anatomia interna dental

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ANATOMIA DENTAL INTERNA E CIRURGIA DE ACESSO 1 O CAPÍTULO CANAL DENTINÁRIO CANAL CEMENTÁRIO OBJETIVOS DO CAPÍTULO: Conhecer as características gerais e particulares de cada grupamento dental Reconhecer a importância da anatomia interna dental para o sucesso da terapia endodôntica Associar as características anaômicas com as necessidades próprias da cirurgia de acesso à câmara pulpar Conhecer cada passo da cirurgia de acesso para proceder de maneira segura e eficaz Reconhecer a importância de se associar o conhecimento anatômico às características radiográficas Reconhecer o volume da câmara pulpar e sua localização Compreender que a forma de contorno é determinada de dentro da câmara para fora Aprender a determinar o ponto de eleição e a direção de trepanação mais seguros para o acesso endodôntico Reconhecer a necessidade de se adequar o acesso convenientemente ao tratamento (forma de conveniência) Rielson José Alves Cardoso Mary Caroline Skelton Macedo Nilden Carlos Alves Cardoso João Humberto Antoniazzi A utilização do material aqui contido encontra-se sob licença Creative Commons: Atribuição-Uso não-comercial Compartilhamento pela mesma licença

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Manual of Dental Anatomy with important information, measures, photos, drawings and X-ray exams.

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Page 1: Anatomia Interna Dental

ANATOMIA DENTAL INTERNA E CIRURGIA DE ACESSO

1O C APÍTULO

CANALDENTINÁRIO

CANALCEMENTÁRIO

OBJETIVOS DO CAPÍTULO:

➡Conhecer as características gerais e particulares de cada grupamento dental

➡Reconhecer a importância da anatomia interna dental para o sucesso da terapia endodôntica

➡Associar as características anaômicas

com as necessidades próprias da cirurgia de acesso à câmara pulpar

➡Conhecer cada passo da cirurgia de acesso para proceder de maneira segura e eficaz

➡Reconhecer a importância de se associar o conhecimento anatômico às características radiográficas

➡Reconhecer o volume da câmara

pulpar e sua localização

➡Compreender que a forma de contorno é determinada de dentro da câmara para fora

➡Aprender a determinar o ponto de eleição e a direção de trepanação mais seguros para o acesso endodôntico

➡Reconhecer a necessidade de se

adequar o acesso convenientemente ao tratamento (forma de conveniência)

Rielson José Alves CardosoMary Caroline Skelton MacedoNilden Carlos Alves Cardoso

João Humberto Antoniazzi

A utilização do material aqui contido encontra-se sob licença Creative Commons:

Atribuição-Uso não-comercialCompartilhamento pela mesma licença

Page 2: Anatomia Interna Dental

Anatomia Dental Interna e Cirurgia de Acesso

Para que se possa atuar dentro dos limites biológicos e alcançar desta maneira o sucesso da terapia endodôntica é necessário que se conheça o espaço

endodôntico: a autoridade do conhecimento da normalidade permite que as alterações possíveis sejam facilmente reconhecidas e bem administradas durante a terapia endodôntica.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Aspecto TridimensionalA cavidade endodôntica é constituída pela Câmara Pulpar (porção coronária) e o Canal Radicular. A porção radicular pode ser dividida em canal

dentinário (envolto por dentina) e canal cementário (envolto por cemento). Ambos podem ser identificados como dois cones truncados unidos pelas

bases menores na área denominada Limite CDC (canal - dentina - cemento).

Na área correspondente à mpacção alimentar dos dentes anteriores existirá uma aposição mineralizada

denominada cotovelo de dentina.

Anatomia digna de respeitoCurvaturas e achatamentos completam o quadro de características anatômicas importantes para que se

estabeleça a estratégia correta de tratamento. Na arcada superior, a partir do incisivo lateral, caminhando-se para a distal da cavidade oral, o

achatamento radicular se inicia timidamente, mas separa a raiz do primeiro pré-molar em duas e à raiz mésio-vestibular do 1o molar imprime a condição de apresentar um quarto canal por palatal.

Nos dentes inferiores essa condição é observada acentuadamente nos incisivos (dentes mais achatados de toda a arcada dentária).

A penetração do feixe vásculo-nervoso nas áreas determinadas para a formação dos vários elementos dentais (de distal para mesial) exige respeito na

formação do terço apical, o que faz com que a maioria dos elementos apresente saída foraminal para-apical distalizada.

Por causa das características peculiares, os maiores

insucessos endodônticos são apresentados pelos laterais superiores (curvatura apical), prés inferiores (anatomia irregular) e raiz mesio-vestibular dos 1os

molares superiores (achatamento mesio-distal) .

C ANAL RADICULAR

CANAL DENTINÁRIO E CANAL CEMENTÁRIO - DOIS CONES

TRUNCADOS UNIDOS PELAS BASES MENORES NA ÁREA DE CDC (LIMITE

CANAL - DENTINA - CEMENTO)

SISTEMA DE C ANAIS

RADICULARES

A - PRINCIPAL

B - COLATERAL

C - LATERAL

D - SECUNDÁRIO

E - ACESSÓRIO

F - INTERCONDUTO

G - RECORRENTE

H - CAVO

DELTA APIC AL

AO FINALIZAR A FORMAÇÃO RADICULAR, A DEPOSIÇÃO CEMENTÁRIA RESPEITA A PENETRAÇÃO DO FEIXE VÁSCULO-

NERVOSO, FAZENDO SURGIR ASSIM O QUE SE DENOMINA DELTA APICAL, POR SE ASSEMELHAR AO DELTA

DE UM RIO OU À COPA DE UMA ÁRVORE SEM FOLHAS (INÚMERAS RAMIFICAÇÕES CANALICULARES).

a

b

c

d e

h

g

f

CANALDENTINÁRIO

CANALCEMENTÁRIO

JAVIER CAVIEDES

COPA DE UMA PAINEIRA

Licença Creative Commons

Page 3: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:. reto - 90%. curvo - 10%

➡Número de Raizes e Canais: . única raiz e único canal - 100%

➡Achatamento mesio-distal:

. quase nulo

➡Ao corte transversal:

. terço cervical - canal ligeiramente triangular. terços médio e apical - canal circular

➡Calibre do canal:

. 1mm do forame - de 0,3 a 0,45mm

. 2mm do forame - de 0,3 a 0,7mm

➡Ângulo de inserção na arcada:. 15° para a palatina e 3° para a distal.

➡Posição foraminal:

. para-apical (distal) - 45% das vezes

Medidas➡Comprimentos médios:

. total - 22mm

. raiz -11,5mm

. coroa - 10,5mm

➡Distâncias da câmara:

. à vestibular - 2,0mm

. às proximais e ao cíngulo - 1,5mm

AcessoPonto de Eleição - na face palatal, em

cima do cíngulo, equidistante das faces

proximais (broca esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara, revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - 45° com o longo eixo do dente;

Forma de contorno - é dada pela

projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro para fora), aproximando-se do contorno externo

da coroa (triangular com base incisal).

Forma de Conveniência - paredes lisas e expulsivas para a parede palatal;

remoção do cotovelo de dentina (preparo da entrada do canal).

INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES

VESTIBULAR PALATAL

CIRURGIA DE ACESSODENTES ANTERIORES

- broca esférica de calibre menor que o volume mesio-distal da câmara pulpar, observado na radiografia de estudo. - penetração em 45° com o longo eixo do dente (a broca deve ser conduzida à área de maior volume da câmara, correndo-se menor risco de desgastes desnecessários e erros técnicos diversos)

- abre-se espaço suficiente para que a cabeça da broca trabalhe com liberdade, na direção proposta- após trepanar a câmara, a broca deve assumir direção paralela ao longo eixo para a remoção completa do teto da câmara, por encaixe da cabeça esférica sob a área do teto, em movimentos de retrocesso (para fora da câmara)- remover o cotovelo de dentina (da parede palatal interna no terço cervical da raiz) com brocas tronco-cônicas sem corte na ponta (ex: 3083, endo Z, Largo, Gates-Glidden, LA Access)- alisar paredes com as mesmas brocas.

DISTAL - MESIAL

Licença Creative Commons

Page 4: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:. apical disto-palatal acentuada

➡Número de Raizes e Canais:

. única raiz e único canal - 100%

➡Achatamento mesio-distal:. mais evidente

➡Ao corte transversal:. terço cervical e médio - canal

alongado no sentido vestibulo-palatino. terço apical - canal circular

➡Calibre do canal:

. 1mm do forame - de 0,3 a 0,6mm

. 2mm do forame - de 0,35 a 0,8mm

➡Ângulo de inserção na arcada:

. 20° para a palatina e 5° para a distal.

➡Posição foraminal:. para-apical (distal) - a 1 ou 2mm do

vértice anatômico

Medidas➡Comprimentos médios:. total - 22,5mm. raiz - 9,6mm

. coroa - 12,9mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular - 2,5mm

. às proximais - 1,5mm

. ao cíngulo - 2,0mm

AcessoPonto de Eleição - na face palatal, em

cima do cíngulo, equidistante das faces proximais (broca esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara,

revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - 45° com o longo eixo do dente;

Forma de contorno - é dada pela projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro para fora),

aproximando-se do contorno externo da coroa (triangular com base incisal).

Forma de Conveniência - paredes lisas e

expulsivas para a parede palatal; remoção do cotovelo de dentina (preparo da entrada do canal).

INCISIVOS LATERAIS SUPERIORES

CIRURGIA DE ACESSOADAPTAÇÃO

- a forma de contorno do ILS ficará mais alongada em sentido cervico-incisal com relação ao ICS em função do achatamento MD da coroa- alisar paredes brocas tronco-cônicas, imprimindo maior divergência da parede mesial, como desgaste compensatório por causa da curvatura apical acentuada.

VESTIBULAR PALATAL DISTAL - MESIAL

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Page 5: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:. reta - 40%. para a distal - 20%

. para a vestibular - 13%

➡Número de Raizes e Canais: . única raiz e único canal - 100%

➡Achatamento mesio-distal:. mais evidente

➡Ao corte transversal:

. terço cervical e médio - canal alongado no sentido vestibulo-palatino. terço apical - canal circular

➡Calibre do canal:. 1mm do forame - de 0,2 a 0,45mm

. 2mm do forame - de 0,2 a 0,55mm

➡Ângulo de inserção na arcada:. 17° para a palatina e 6° para a distal.

➡Posição foraminal:

. para-apical (distal) - principalmente nos curvos

Medidas➡Comprimentos médios:. total - 26,5mm. raiz - 16,5mm

. coroa - 10,0mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular - 3,5mm

. às proximais - 2,0mm

. ao cíngulo - 2,5mm

AcessoPonto de Eleição - na face palatal, em

cima do cíngulo, equidistante das faces proximais (broca esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara,

revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - 45° com o longo eixo do dente;

Forma de contorno - é dada pela projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro para fora),

aproximando-se do contorno externo

da coroa (losangular com eixo maior cervico-incisal).

Forma de Conveniência - paredes lisas e

expulsivas para a parede palatal; remoção do cotovelo de dentina (preparo da entrada do canal).

CANINOS SUPERIORES

- a forma de contorno oferecida pela projeção da câmara pulpar dos caninos superiores na face palatal se assemelha ao contorno externo da coroa: losangular, com eixo maior no sentido cervico-incisal

CIRURGIA DE ACESSOADAPTAÇÃO

VESTIBULAR PALATAL MESIAL - DISTAL

Licença Creative Commons

Page 6: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:Raiz vestibular:. reta - 28% / para a palatal - 37%

Raiz Palatal:. reta - 44% / para a vestibular - 27%

➡Número de Raizes e Canais:

. 2 raízes - 42%

. 1 raiz - 35,5%

. 2 canais - 80%

. 1 canal - 20%

➡Achatamento mesio-distal:. bastante evidente, de coroa e raiz

➡Ao corte transversal:. terço cervical - canal único e alongado (VP)

. terços médio e apical - 2 canais circulares

➡Calibre do canal (2 canais):

. 1mm do forame - de 0,15 a 0,7mm

. 2mm do forame - de 0,2 a 1,0mm

➡Ângulo de inserção na arcada:

. 11° para a palatina e 7° para a distal.

➡Posição foraminal:. para-apical, próximo ao vértice anatômico

Medidas➡Comprimentos médios:. total - 21,0mm. raiz - 12,8mm

. coroa - 8,2mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular e à palatal - 2,5mm

. às proximais - 2,0mm

. à oclusal - 3,5mm

AcessoPonto de Eleição - na face oclusal, na

fosseta central, equidistante das faces proximais (broca esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara,

revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - paralela ao longo eixo do dente, com ligeira

inclinacão para o corno pulpar palatal;

Forma de contorno - é dada pela projeção da câmara pulpar na face

palatal: elíptica.

Forma de Conveniência - paredes lisas e expulsivas para a parede oclusal; preparo das entradas dos canais

(eliminar constrições)

Os pré-molares superiores apresentam um grande achatamento MD da coroa, o que faz com que a câmara pulpar esteja também bastante achatada.

Durante a penetração da broca para a trepanação da câmara pulpar é necessária atenção dobrada para que

não se imprima desgaste desnecessário nas paredes proximais, correndo-se assim menor risco inclusive de

perfurações totalmente indesejadas.

1os PRÉ-MOLARES SUPERIORES

- broca esférica de calibre menor que o volume mesio-distal da câmara pulpar, observado na radiografia de estudo. - penetração paralela ao longo eixo do dente (a broca deve ser conduzida à área de maior volume da câmara: o corno pulpar palatal)- após trepanar a câmara,, deve-se proceder a remoção completa do teto da câmara, por

encaixe da cabeça esférica sob a área do teto, em movimentos de retrocesso (para fora da câmara)- alisar paredes promovendo maior divergência da parede mesial como desgaste compensatório para facilitar entrada de luz, instrumentos e visão.

CIRURGIA DE ACESSOADAPTAÇÃO

VESTIBULAR PALATAL

CUIDADO!

MESIAL - DISTAL

Licença Creative Commons

Page 7: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:. para a palatal - 38%. para a distal - 30%

. em baioneta - 20%

➡Número de Raizes e Canais: Raízes:

. 1 - 35,5%

. 2 - 42%Canais:

. 1 - 65%

. 2 - 35%

➡Achatamento mesio-distal:

. pronunciado, de coroa e raiz

➡Ao corte transversal:. terço cervical - canal alongado no

sentido vestibulo-palatino. terços médio e apical - canal circular

➡Calibre do canal (1 canal):

. 1mm do forame - de 0,2 a 0,7mm

. 2mm do forame - de 0,25 a 0,7mm

➡Ângulo de inserção na arcada:

. 7° para a palatina e 7° para a distal.

➡Posição foraminal:. para-apical (distal)

Medidas➡Comprimentos médios:

. total - 21,5mm

. raiz - 13,6mm

. coroa - 7,9mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular - 2,5mm. à palatal - 2,0mm

. às proximais - 1,5mm

. à oclusal - 3,0mm

AcessoPonto de Eleição - na face palatal, em

cima do cíngulo, equidistante das faces proximais (broca esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara,

revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - 45° com o longo eixo do dente;

Forma de contorno - é dada pela projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro para fora),

aproximando-se do contorno externo da coroa (losangular com eixo maior cervico-incisal).

Forma de Conveniência - paredes lisas e expulsivas para a parede oclusal; preparo da entrada do canal eliminando

constrições.

Os pré-molares superiores apresentam um grande achatamento MD da coroa, o que faz com que a câmara pulpar

esteja também bastante achatada.

Durante a penetração da broca para a trepanação da câmara pulpar é

necessária atenção dobrada para que não se imprima desgaste desnecessário nas paredes proximais, correndo-se assim menor risco inclusive de

perfurações totalmente indesejadas.

2os PRÉ-MOLARES SUPERIORES

FACE OCLUSAL

CIRURGIA DE ACESSO

VESTIBULAR PALATAL DISTAL - MESIAL

CUIDADO!

Licença Creative Commons

Page 8: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:. DV reta - 54%. Palatal para a vestibular - 55%

. MV - acentuada em 78%

➡Número de Raizes e Canais: Raízes:

. 3 - 95% (fusionadas - 5%)Canais:. 4 - 75%

. 3 - 35%

➡Achatamento mesio-distal:. pronunciado na raiz MV

➡Ao corte transversal:Canais P e DV:. circular nos 3 terços

Canal MV:. terços cervical e médio - achatado. terço apical - circular

➡Calibre dos canais:MV:. 1mm do forame - de 0,1 a 0,4mm

. 2mm do forame - de 0,1 a 0,5mmDV e P:. 1mm do forame - de 0,15 a 0,4mm

. 2mm do forame - de 0,15 a 0,55mm

➡Ângulo de inserção na arcada:. 15° para a palatina e 0° para a distal.

➡Posição foraminal:. para-apical (distal)

Medidas➡Comprimentos médios:

. total - 19,0mm

. raiz V - 11,7mm

. raiz P - 13,7mm

. coroa - 7,3mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular e à palatal - 2,5mm

. às proximais - 2,0mm

. à oclusal - 2,5mm

AcessoPonto de Eleição - na face oclusal, na

fosseta central (broca esférica de calibre menor que o volume da câmara);

Direção de trepanação - paralela ao longo

eixo do dente, com ligeira inclinação visando encontrar o corno palatal;

Forma de contorno - é dada pela projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro para fora), aproximando-se do

contorno externo da coroa (triangular com base vestibular).

Forma de Conveniência - paredes lisas e

expulsivas para a parede oclusal; preparo das entradas dos canais, removendo constrições e realizando-se

desgaste compensatório anticurvatura no canal MV.

FACE OCLUSAL

1os MOLARES SUPERIORES

CIRURGIA DE ACESSO

VESTIBULAR PALATAL MESIAL - DISTAL

Licença Creative Commons

Page 9: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvaturas:. P - 63% reta. MV - 54% para a distal

. DV - 54% reta

➡Número de Raizes e Canais: . 3 raizes - 100%

. 4 canais - 45% / 3 canais - 45%

➡Achatamento mesio-distal:. pronunciado na raiz MV

➡Ao corte transversal:. terço cervical e médio - canal alongado no sentido vestibulo-palatino

. terço apical - canal circular

➡Calibres do canal:Canal MV:

. 1mm do forame - de 0,2 a 0,6mm

. 2mm do forame - de 0,2 a 0,8mm

Canal DV e P:

. 1mm do forame - 0,15 a 0,4mm

. 2mm do forame - 0,15 a 0,55mm

➡Ângulo de inserção na arcada:

. 11° para a palatal e 5° para a distal.

➡Posição foraminal:. para-apical (distal)

Medidas➡Comprimentos médios:

. total - 20,0mm

. raiz - 12,8mm

. coroa - 7,2mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular - 3,0mm. à distal e à palatal - 2,0mm

. à oclusal - 3,5mm

. à mesial - 1,0mm

AcessoPonto de Eleição - na face oclusal, fosseta

central (broca esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara, revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - paralela ao longo eixo do dente, com ligeira inclinacão para o corno pulpar palatal;

Forma de contorno - é dada pela projeção da câmara pulpar na face oclusal (de dentro para fora),

aproximando-se do contorno externo

da coroa (triangular com base vestibular).

Forma de Conveniência - paredes lisas e

expulsivas para a parede oclusal; preparo das entradas dos canais.

Para que se encontre o canal DV: trace uma reta imaginaria que una a entrada do P com o MV: sua metade é o raio de um semi-círculo traçado para a distal. A entrada do canal DV estará em algum ponto da metade vestibular do hemi-círculo.

2os MOLARES SUPERIORES

FACE OCLUSAL

- o acesso tem início da mesma maneira do 1o molar superior, porém o 2o tem um grande achatamento MD da coroa, que faz com que a entrada do canal DV assuma um posição notadamente mesializada, por vezes na linha que une o P ao MV (ver Regra de Marmasse).

CIRURGIA DE ACESSOADAPTAÇÃO

VESTIBULAR PALATAL

MARMASSE

MESIAL - DISTAL

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Page 10: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:. reto - 67% no ICI. reto - 54% no ILI

➡Número de Raizes e Canais: . única raiz - 100%. 1 canal - 59%

. 2 canais - 41%

➡Achatamento mesio-distal:. é o grupamento dental de maior grau

de achatamento de toda a arcada

➡Ao corte transversal:. terço cervical e medio - canal

alongado. terço apical - canal circular

➡Calibre do canal:

. 1mm do forame - de 0,15 a 0,7mm

. 2mm do forame - de 0,3 a 1,0mm

➡Ângulo de inserção na arcada:

. 15° para a palatina e 0° para a distal.

➡Posição foraminal:. para-apical (distal)

Medidas

➡Comprimentos médios:. total - 20,5mm. raiz -11,6mm

. coroa - 8,9mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular - 2,0mm

. às proximais e ao cíngulo - 1,0mm.

AcessoPonto de Eleição - na face lingual, em cima do cíngulo, equidistante das faces

proximais (broca esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara, revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - 45° com o longo eixo do dente;

Forma de contorno - é dada pela

projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro para fora), aproximando-se do contorno externo

da coroa (triangular com base incisal).

Forma de Conveniência - paredes lisas e expulsivas para a parede palatal;

remoção do cotovelo de dentina;

adaptação com maior desgaste para a cervical e cuidado na remoção do cotovelo de dentina quando existe a

possibilidade de um segundo canal por lingual.

INCISIVOS INFERIORES

FACE PALATAL

- segue as mesmas condições dos anteriores superiores, com a cautela de se observar o achatamento MD da coroa, o que faz com que o acesso fique bastante alongado no contorno final.

- na possibilidade de um segundo canal, este se encontrará por lingual, exigindo desgaste compensatório no sentido cervical e remoção cuidadosa do cotovelo de dentina.

CIRURGIA DE ACESSOADAPTAÇÃO

VESTIBULAR PALATAL MESIAL - DISTAL

Licença Creative Commons

Page 11: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:. reto - 68%

➡Número de Raizes e Canais:

. única raiz - 94%

. 2 fusionadas - 6%Canais:

. 1 - 90%

. 2 - 10%

➡Achatamento mesio-distal:

. bem definido

➡Ao corte transversal:. terço cervical e medio - canal achatado

. terço apical - canal circular

➡Calibre do canal:. 1mm do forame - de 0,1 a 0,5mm

. 2mm do forame - de 0,2 a 0,6mm

➡Ângulo de inserção na arcada:. 2° para a palatina e 3° para a distal.

➡Posição foraminal:. para-apical (distal)

Medidas➡Comprimentos médios:. total - 25,0mm. raiz -10,5mm

. coroa - 14,5mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular - 2,5mm

. às proximais - 1,5mm

. ao cíngulo - 3,0mm.

AcessoPonto de Eleição - na face palatal, em

cima do cíngulo, equidistante das faces proximais (broca esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara,

revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - 45° com o longo eixo do dente;

Forma de contorno - é dada pela projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro para fora), aproximando-se do

contorno externo da coroa (triangular com base incisal).

Forma de Conveniência - paredes lisas e expulsivas para a parede palatal; remoção do cotovelo de dentina.

CANINOS INFERIORES

FACE LINGUAL

CIRURGIA DE ACESSO

VESTIBULAR PALATAL MESIAL - DISTAL

Licença Creative Commons

Page 12: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:. reta no 1o PMI- 48%. reta no 2o PMI - 40%

➡Número de Raizes e Canais: . única raiz - 82%. 2 fusionadas - 18%

Canais:. 1 - 66,6%. 2 - 31,3%

➡Achatamento mesio-distal:. evidente, tornando o canal achatado

➡Ao corte transversal:

. terço cervical e médio - canal aachatado mesio-distalmente. terço apical - canal circular

➡Calibre do canal:. 1mm do forame - de 0,1 a 0,35mm

. 2mm do forame - de 0,2 a 0,5mm

➡Ângulo de inserção na arcada:. 3° para a palatina e 5° para a distal.

➡Posição foraminal:. para-apical (distal)

Medidas➡Comprimentos médios:

. total - 21,5mm

. raiz - 8,0mm

. coroa - 13,5mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular e à lingual - 2,5mm. às proximais - 1,5mm

. à oclusal - 2,0mm

AcessoPonto de Eleição - na face oclusal, na fosseta mesial (broca esférica de calibre

menor que o volume M-D da câmara, revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - paralela ao

longo eixo do dente, com inclinação para o centro da coroa;

Forma de contorno - é dada pela

projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro para fora),

aproximando-se do contorno externo da coroa (circular, no máximo ovóide).

Forma de Conveniência - paredes lisas e

expulsivas para a parede palatal; maior divergência da parede mesial.

Nota-se no pré-molar inferior fotografado que o achatamento radicular MD produziu a divisão do canal principal em dois, a partir do

início do terço médio. Um sinal característico dessa ocorrência é o esfumaçamento da imagem radiografica

(ou perda da nitidez dos limites), observado na imagem radiografica VP.

PRÉ-MOLARES INFERIORES

FACE OCLUSAL

- penetração paralela ao longo eixo do dente, com ligeira inclinaçãopara o centro do dente (a câmara dos prés inferiores apresentam-se mesializadas: a inclinacão da broca para o centro da coroa permite que se evite perfuracões da parede mesial)

CIRURGIA DE ACESSO

VESTIBULAR PALATAL MESIAL - DISTAL

Licença Creative Commons

Page 13: Anatomia Interna Dental

Características Próprias➡Curvatura:. reta - 40%. para a distal - 20%

. para a vestibular - 13%

➡Número de Raizes e Canais: . 2 raizes - 92,2%

. 3 raízes - 2,5%

. 2 fusionadas - 5,3%Canais:

. 3 - 60%

. 4 - 30%

. 2 - 10%

➡Achatamento mesio-distal:

. bastante pronunciado nas duas raízes

➡Ao corte transversal:

. terço cervical e médio - canais achatados (maior achatamento dos mesiais)

. terço apical - canal circular

➡Calibre dos canais:.Mesiais:

1mm do forame - de 0,15 a 0,4mm

. 2mm do forame - de 0,2 a 0,1mmDistal:. 1mm do forame - 0,25 a 0,6mm

. 2mm do forame - 0,25 a 1,0mm

➡Ângulo de inserção na arcada:. 13° para a palatina e 10° para a distal.

➡Posição foraminal:. para-apical (distal)

Medidas➡Comprimentos médios:

. total - 21,0mm

. raiz - 7,7mm

. coroa - 13,3mm

➡Distâncias da câmara:. à vestibular - 3,0mm. à lingual - 2,5%

. às proximais - 2,0mm

. à oclusal - 4,0mm

AcessoPonto de Eleição - na face oclusal, na

fosseta central, com ligeira inclinação para o corno pulpar distal (broca

esférica de calibre menor que o volume M-D da câmara, revelado na radiografia de estudo);

Direção de trepanação - paralela ao longo eixo do dente;

Forma de contorno - é dada pela

projeção da câmara pulpar na face palatal (de dentro para fora), aproximando-se do contorno externo

da coroa (trapezoidal, com base maior mesial, onde se localizam as entradas dos dois canals da raiz mesial).

Forma de Conveniência - paredes lisas e

expulsivas para a parede palatal; maior divergência da mesial; preparo das

entradas dos canais mesiais com movimentos anticurvatura (brocas próprias ou instrumentos preparados).

MOLARES INFERIORES

FACE OCLUSAL

- a entrada do canal distal nos molares inferiores nãõ exige que o desgaste da oclusal caminhe para muito além da metade da coroa em sentido distal.

PROXIMAIS

CIRURGIA DE ACESSO

VESTIBULAR PALATAL

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