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7/15/2019 Anatomia Comparada Do Aparelho RESPIRATORIO-Teorica http://slidepdf.com/reader/full/anatomia-comparada-do-aparelho-respiratorio-teorica 1/15 - Anatomia dos Animais Domésticos: APARELHO RESPIRATÓRIO  Profa. Dra Adriana Gradela 1 ANATOMIA COMPARADA DO APARELHO RESPI RATÓRIO DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS 1. INTRODUÇÃO O aparelho respiratório compreende um conjunto de órgãos tubulares e alveolares, situados na cabeça, pescoço e cavidade torácica, responsáveis pela respiração. A respiração é uma função básica dos seres vivos que consiste na absorção de O 2 pelo organismo e na eliminação de produtos resultantes do metabolismo celular, especialmente o gás carbônico (CO 2 ).  Nos animais unicelulares o O 2 é retirado diretamente do meio onde vivem, sendo o CO 2  eliminado diretamente também. Nos animais superiores na escala zoológica, embora o princípio seja o mesmo a troca de gases é indireta, pois o sangue é o elemento intermediário entre as células do organismo e o meio habitado pelos animais, e a troca denomina-se hematose. Os órgãos respiratórios, por excelência, são os pulmões, mas nos animais superiores desenvolveram-se órgãos especiais que podem promover o rápido intercâmbio entre o ar e o sangue. Estes órgãos, no conjunto, constituem o aparelho respiratório, que se inicia nas narinas, por onde o ar entra para as cavidades nasais e continua-se pela nasofaringe , laringe e traquéia e desta para os pulmões. A hematose ocorre nos alvéolos pulmonares, onde o sangue dos capilares alveolares entra em contato com o ar através da fina parede alveolar.  Na passagem do ar das narinas para os alvéolos, o ar é usualmente purificado, umedecido e aquecido. O volume de ar que entra no organismo é regulado pelas narinas e laringe. Além disso, o diafragma e os músculos respiratórios também governam a entrada e a saída de ar por meio do aumento ou diminuição do tamanho da cavidade torácica. 2. DIVISÃO FUNCIONAL E FUNÇÃO DO APARELHO RESPIRATÓRIO Sob o ponto de vista funcional o aparelho respiratório pode ser dividido em duas porções: a) Porção Condutora de Ar ou de Condução: constituída por órgãos tubulares cuja função é a de levar o ar inspirado até a porção respiratória e, depois, conduzir o ar da porção respiratória para o meio externo, eliminando desta forma o CO2 e realizando a limpeza e umidificação do ar. Seus componentes são: narinas, parte da faringe (nasofaringe) laringe, traquéia, brônquios e os bronquíolos.  b)  Porção de Respiração: constituída por estruturas localizadas internamente nos pulmões e somente visíveis microscopicamente, onde ocorre a hematose. Seus componentes são bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos pulmonares. 3 NARIZ

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AANNAATTOOMMIIAA CCOOMMPPAAR R AADDAA DDOO AAPPAAR R EELLHHOO R R EESSPPIIR R AATTÓÓR R IIOO DDOOSS 

AANNIIMMAAIISS DDOOMMÉÉSSTTIICCOOSS 

1.  INTRODUÇÃOO aparelho respiratório compreende um conjunto de órgãos tubulares e alveolares, situados

na cabeça, pescoço e cavidade torácica, responsáveis pela respiração.A respiração é uma função básica dos seres vivos que consiste na absorção de O2 pelo 

organismo e na eliminação de produtos resultantes do metabolismo celular, especialmente o gáscarbônico (CO2).

 Nos animais unicelulares o O2 é retirado diretamente do meio onde vivem, sendo o CO2 eliminado diretamente também. Nos animais superiores na escala zoológica, embora o princípioseja o mesmo a troca de gases é indireta, pois o sangue é o elemento intermediário entre as célulasdo organismo e o meio habitado pelos animais, e a troca denomina-se hematose.

Os órgãos respiratórios, por excelência, são os pulmões, mas nos animais superioresdesenvolveram-se órgãos especiais que podem promover o rápido intercâmbio entre o ar e o sangue.Estes órgãos, no conjunto, constituem o aparelho respiratório, que se inicia nas narinas, por ondeo ar entra para as cavidades nasais e continua-se pela nasofaringe, laringe e traquéia e desta paraos pulmões. A hematose ocorre nos alvéolos pulmonares, onde o sangue dos capilares alveolaresentra em contato com o ar através da fina parede alveolar.

 Na passagem do ar das narinas para os alvéolos, o ar é usualmente purificado, umedecido eaquecido. O volume de ar que entra no organismo é regulado pelas narinas e laringe. Além disso, odiafragma e os músculos respiratórios também governam a entrada e a saída de ar por meio doaumento ou diminuição do tamanho da cavidade torácica.

2.  DIVISÃO FUNCIONAL E FUNÇÃO DO APARELHO RESPIRATÓRIOSob o ponto de vista funcional o aparelho respiratório pode ser dividido em duas porções:

a)  Porção Condutora de Ar ou de Condução: constituída por órgãos tubulares cuja função éa de levar o ar inspirado até a porção respiratória e, depois, conduzir o ar da porçãorespiratória para o meio externo, eliminando desta forma o CO2 e realizando a limpeza eumidificação do ar. Seus componentes são: narinas, parte da faringe (nasofaringe) laringe,traquéia, brônquios e os bronquíolos. 

b)  Porção de Respiração: constituída por estruturas localizadas internamente nos pulmões esomente visíveis microscopicamente, onde ocorre a hematose. Seus componentes sãobronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos pulmonares.

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As cartilagens que sustentam as narinas são de forma variável, tamanho relativo eiguais em número nas diversas espécies animais. São representadas pelas:

- cartilagens nasais laterais, dorsais e ventrais;- cartilagens nasais acessórias laterais e mediais e pela - cartilagem alar: que é particularmente desenvolvida no eqüino e tem a forma curiosa de

vírgula, dividindo a narina numa parte ventral, a narina verdadeira que se abre na cavidadenasal e uma parte dorsal, a narina falsa, que se dirige a uma abertura, em fundo cego,denominada divertículo nasal.

Formato das narinas: quando não estão dilatadas as narinas têm o formato de vírgula no eqüino, bovino, cão e gato; de fenda no ovino e caprino e é redonda no suíno.

Em todas as espécies, exceto no eqüino, o tegumento ao redor das narinas e entre estas éfortemente demarcado da pele não modificada que cobre o restante do órgão e, em algumasespécies, ela estende-se para dentro do lábio superior. De acordo com sua extensão, a regiãomodificada é variavelmente conhecida como: plano nasal em carnívoros e pequenos ruminantes, plano rostral em suínos. A pele do plano nasal dos suínos é queratinizada desenvolvendo até

um osso denominado de osso rostral ou osso do grunho 

 plano nasolabial em bovinos, pois o plano nasal é contínuo com o lábio superior. Neste locala pele é pigmentada e com pregueamento, recebendo o nome de região do muflo.Os planos podem ser divididos por um sulco mediano denominado filtro ( philtrum) em

felinos, pequenos ruminantes e cão e conservam-se úmidos no bovino, suíno e cão.

A cada uma das narinas segue-se o vestíbulo nasal, que é revestido interna eexternamente pela pele e termina na transição com o revestimento da cavidade nasal. A terminaçãorostral do septo nasal forma o limite mediano entre os vestíbulos nasais direito e esquerdo e incluium pequeno osso no suíno, o osso rostral. A borda livre do septo nasal liga-se a outras cartilagensque sustentam as margens laterais e dorsais da narina e servem para determinar a forma da abertura.

3.2. Cavidade Nasal (CN)As cavidades nasais são os primeiros segmentos internos do aparelho respiratório, têm a

forma aproximadamente cilíndrica e iniciam-se nas narinas e se estendem até as coanas, as quaisrepresentam seus limites caudo-ventrais com a nasofaringe.

Funções da CN: olfação, preparo (aquecimento e umidificação) e a filtração (limpeza) do ar inspirado para a respiração.A CN está protegida por um arcabouço ósseo formado dorsalmente pelos ossos nasais e

frontais, lateralmente pelos lacrimais, incisivos e maxilas e ventralmente pelos processos palatinosdos ossos incisivos e das maxilas e pelos ossos palatinos e está dividida em metades direita eesquerda por um septo mediano de característica ósteo-cartilago-membranácea, denominado septo

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(dorsal, etmoidais e ventral), as quais são formadas por delgadas lâminas ósseas perfuradas por inúmeros orifícios de forma e tamanho irregulares, enroladas em espiral e revestidas pela mucosa daCN. As paredes laterais de algumas conchas nasais podem produzir saliências que são denominadaspregas nasais. A concha nasal dorsal situa-se próxima ao teto da CN, prolonga-se desde as conchas nasais

etmoidais até próximo ao vestíbulo nasal e forma a prega nasal reta. A concha nasal ventral é mais desenvolvida que a dorsal, é constituída por duas lâminas

ósseas espirais enroladas em direções opostas e forma a prega nasal alar que se continuacom a prega nasal basal.

 As conchas nasais etmoidais situam-se no extremo caudal das CN, são revestidas por 

mucosa olfatória e têm como base estruturas do osso etmóide. A maior delas é a concha nasalmédia que se situa entre as conchas nasais dorsal e ventral.As conchas nasais dividem a CN em quatro espaços denominado meatos nasais que são:

  Meato nasal dorsal: situado entre o teto da CN e a concha nasal dorsal   Meato nasal médio: situado entre as conchas nasais dorsal e ventral, onde encontram-se os

orifícios de abertura dos seios frontal, palatino e maxilar.  Meato nasal ventral: situado entre a concha nasal ventral e o assoalho da CN.  Meato nasal comum: que é o espaço situado entre as conchas nasais e o septo nasal.

Comunica-se com os outros três meatos.Há ainda o óstio naso-lacrimal que é a abertura do ducto naso-lacrimal, com forma de

fenda, cuja localização varia entre as espécies: no eqüino situa-se no assoalho da CN, emruminantes no terço ventral da prega nasal alar, nos carnívoros no assoalho do vestíbulo nasal e nossuínos no meato nasal ventral ou na extremidade da concha nasal ventral.

3.3. Seios Paranasais

Os seios paranasais são cavidades cheias de ar localizadas no interior de alguns ossos docrânio (frontal, maxilar, etmóide e esfenóide). São revestidos de mucosa das CN (mucosa do tiporespiratório) e por isso abrem-se direta ou indiretamente nestas por meio de pequenos orifícios. Sãoestruturas de formas irregulares e às vezes assimétricas. Suas capacidades desenvolvem-se com aidade, havendo variações individuais.

Existem três tipos de seios paranasais:a)  Seio Paranasal Esfenopalatino: é impar e mediano e situa-se dorsalmente ao osso

esfenóide. É muito desenvolvido nos suínos enquanto que nas demais espécies forma umacavidade pouco desenvolvida. Comunica-se com os seios maxilares.

b)  Seios Paranasais Maxilares: são pares, localizam-se no osso maxilar e estão divididos por um septo que forma a porção oral e a porção aboral do seio maxilar. O tamanho da cavidadeaboral depende da idade do animal e da erupção dos dentes desta região. A porção oralrecebe o nome de antro do higmoro. Comunica-se com os seios frontais.

) S i P i F t i ã ã i d iã d f i N

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4.  COANASAs coanas são orifícios nasais caudais, situados no assoalho das CN e que comunicam as CN

com a nasofaringe. Cada coana é circundada rostro-ventralmente pela borda caudal do processo palatino do osso palatino, dorso-caudalmente e medialmente pelo osso vômer e lateralmente pelas partes perpendiculares dos ossos palatinos e pterigóide.

Funções:1- direcionar para a laringe o fluxo aéreo inspirado,2- auxiliar como válvula de retenção do fluxo aéreo inspirado no momento em que ocorre

 passagem de alimento da boca para a faringe e3- fecham-se durante o vômito para evitar o refluxo gástrico na cavidade nasal.

 Nas imediações das coanas, encontra-se um tipo de tecido esponjoso sensível à inflamaçõesconstantes, levando à formação de pólipos nasais e de “carne esponjosa”. Nessa região, localizam-se as glândulas adenóides, freqüentemente hipertrofiadas em crianças, com presença de aderênciasou quistos. Esses achados, em muitos casos, provocam obstrução da passagem do ar, resultandonum quadro de “respirador bucal”.

5.  FARINGEA faringe é um órgão tubular que serve tanto ao aparelho respiratório quanto ao digestório.

Situa-se caudalmente às cavidades nasal e oral e é seguida caudalmente pelo esôfago e laringe. Emvirtude das posições do esôfago (dorsal) e laringe (ventral), há um entrecruzamento das viasdigestória e respiratória na faringe.

O palato mole divide o tubo faríngico parcialmente em dois condutos: a parte situadadorsalmente ao palato mole, a nasofaringe, e a parte situada ventralmente ao palato mole, aorofaringe ou istmo da garganta ou istmo das fauces. Há também uma porção da faringe comum

aos aparelhos respiratório e digestório, situada caudalmente ao palato mole que é a laringofaringe.

5.1. Nasofaringe: é a maior das três e está relacionada diretamente com a via respiratória.Comunica-se rostralmente com as CN através das coanas e caudalmente com a laringofaringe.

 Nos suínos há o divertículo faríngeo que é uma estrutura em fundo cego localizadadorsalmente ao esôfago em sentido médio-caudal, que pode ser lesionado quando daadministração de medicamentos por seringa.

5.2. Divertículo da Tuba Auditiva ou Bolsas Guturais: são uma estrutura própria do cavalo eoutros perissodáctilos, são delimitados dorsalmente pelo atlas e crânio-ventralmente pelafaringe, com a qual se comunica através do orifício guturo-faríngeo, que possui 2,5 cm dediâmetro. As paredes das bolsas guturais são sobrepostas e formam o septo medial.Função: é desconhecida, apesar de poder assumir um papel no resfriamento do cérebro e naregulação da pressão sanguínea cerebral deglutição e audição

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6.  LARINGEA laringe é um órgão tubular, ímpar, com movimentação própria, que forma uma conexão

entre a faringe e a árvore traqueobrônquica. Situa-se ventralmente à faringe e caudalmente à boca,suspensa da base do crânio pelo aparelho hióide. Atua como válvula que se fecha durante adeglutição e ruminação e permanece aberta nos processos de respiração e eructação, sendo tambémum órgão da fonação. Está presente em todos os mamíferos de forma geral, e as aves apresentamuma laringe e uma seringe que são os órgãos da fonação das aves. A seringe situa-se numa regiãodenominada Carina (que é uma bifurcação da traquéia).-  Funções da Laringe: 

a)  Fonação: é um órgão da fonação, ou seja, é o órgão responsável pela emissão de sons

quando o ar expirado passa pelas cordas vocais. O que faz com que estas cordas fiquem emvários estágios de distensão (mais ou menos relaxadas) é a musculatura esqueléticaintrínseca da laringe.

b)  Proteção: impedindo que partículas que não sejam o ar penetrem na traquéiaEsta função é desempenhada através de sua musculatura extrínseca e intrínseca que temmovimentos próprios de ELEVAÇÃO (quando o bolo alimentar passa pela Faringe e ememissão de sons agudos) e de ABAIXAMENTO (quando o bolo alimentar ganha o esôfagoe o ar pode ser inspirado e na emissão de sons graves).

A laringe é constituída anatomicamente por cartilagens, ligamentos e músculos. As Cartilagens da laringe são em número de quatro e denominadas:

a)  Epiglote: é composta de cartilagem elástica, flexível e em forma de folha. Durante adeglutição é deslocada caudalmente cobrindo a glote e impedindo que substânciasestranhas penetrem na traquéia. 

b)  Tireóide: é a maior e mais ventral, composta de cartilagem hialina e com forma deescudo, aloja as cartilagens cricóide e aritenóides. 

c)  Cricóide: também é constituída por cartilagem hialina, é a mais caudal, tem forma decírculo, sua parte dorsal é denominada lâmina e a porção ventral constitui o arco. 

d)  Artenóides: são pares, possuem forma irregular e mais ou menos piramidal. Possui três processos: processo vocal da aritineóide; processo muscular da aritineóide e processocorniculado da aritineóide. 

As cartilagens da laringe unem-se uma às outras por meio das suas membranas e ligamentos

que também servem para prender a laringe ao osso hióide e ao primeiro anel traqueal. Internamente

são revestidas por uma mucosa respiratória.Sobre as cartilagens prendem-se músculos esqueléticos que constituem a musculatura

extrínseca e intrínseca da laringe. Os músculos extrínsecos são músculo esterno-tireoídeo,

músculo tíreo-hioídeo e músculo hio-epiglótico e os músculos intrínsecos são músculo

aritenóideo músculo crico aritenóideo dorsal; músculo crico aritenóideo lateral; músculo

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7.  TRAQUÉIAA traquéia é um órgão tubular cartilagíneo que se situa ao nível do plano sagital mediano,

iniciando-se na laringe e estendendo-se por toda a região cervical (pescoço) ventral até o terçocranial do tórax, onde penetra e termina bifurcando-se nos brônquios principais direito e esquerdo.

Sua parte cervical inicialmente é subcutânea e depois está coberta pelos músculosesternocefálico, esternotireóideo e esternohióideo. Na região cervical ventral pode ser palpada emquase toda a sua extensão. Sua construção previne o colapso e permite o ajuste no comprimentoquando o pescoço está estendido e também quando o diafragma se contrai.

É formada por uma série de cartilagens traqueais em foram de anéis incompletos unidasumas às outras pelos ligamentos anulares da traquéia, os quais contém fibras elásticas que lhe dão

relativa mobilidade.  Internamente a traquéia é forrada por  mucosa  do tipo respiratório, ondeabundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos.Cada cartilagem traqueal é de origem hialina, de forma mais ou menos circular e suas

extremidades livres estão próximas umas das outras. A forma da ultima cartilagem difere dasrestantes porque é mais larga e apresenta internamente uma crista mediana denominada Carina datraquéia, a qual separa as origens dos brônquios principais direito e esquerdo um pouco antes desua bifurcação. Em ruminantes e suínos a traquéia dá origem ao brônquio traqueal para o lobocranial do pulmão direito.

8.  BRÔNQUIOSCada brônquio principal direito e esquerdo origina-se da bifurcação da traquéia e atinge o

hilo do pulmão, onde penetra no órgão.De cada brônquio principal se originam os brônquios lobares, um para cada lobo do

 pulmão. Assim, do 

Brônquio principal direito origina os brônquios lobares cranial, médio, caudal e acessório. Nos ruminantes e suínos o lobo cranial do pulmão direito é ventilado pelo brônquiotraqueal.

 Brônquio principal esquerdo origina os brônquios lobares cranial e caudal 

De cada brônquio lobar originam-se os brônquios segmentares, cada um ventilando umsegmento bronco-pulmonar. Dos brônquios segmentares originam-se os brônquiossubsegmentares que ventilam áreas independentes dentro do organismo e destes originam-se os

bronquíolos terminais e destes os bronquíolos respiratórios que compreendem ductosalveolares, sacos alveolares e alvéolos pulmonares.

9.  PULMÕESOs pulmões são órgãos do aparelho respiratório situados um em cada antímero no

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Cada pulmão tem uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base,três bordas e três faces:  Ápice do pulmão: está voltado cranialmente e situado ao nível da entrada do tórax.

  Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre aface superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profundaque a do esquerdo (devido à presença do fígado).

 Bordas do pulmão: apresentam três bordas: dorsal, ventral (que apresenta uma reentrânciadenominada incisura cardíaca) e basal.

 Faces do pulmão que são: Face costal voltada lateralmente, é lisa e convexa e adapta-se à parede torácica

formada pelas costelas  Face diafragmática voltada caudalmente, é face côncava que assenta sobre a cúpula

diafragmática e que corresponde à base do pulmão  Face medial ou mediastínica de cada pulmão está voltada para a correspondente do pulmão oposto, é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o coração.

Caracteristicamente os pulmões são divididos em lobos pulmonares. Um lobo é definidocomo uma grande parte de tecido pulmonar que é ventilado por um grande brônquio (de um

 brônquio principal ou da traquéia) e que está separado dos lobos adjacentes por  fissurasinterlobares. Os lobos podem ainda conter fissuras intralobares que os dividem em partes craniale caudal.

O critério usado para denominação dos lobos baseia-se na divisão dos brônquios, sendo possível, assim, estabelecer uma homologia entre as espécies domésticas.

Pulmão direito:   Todas as espécies possuem os lobos cranial, caudal e acessório.  Cão, ruminantes e suínos possuem também o lobo médio.

   Nos ruminantes o lobo cranial é dividido em partes cranial e caudal pela fissuraintralobar.

   Nas espécies que possuem o lobo médio (cão, ruminantes e suínos) há uma fissurainterlobar cranial entre os lobos cranial e médio e fissura interlobar caudal entre os lobosmédio e caudal.

   Nos eqüinos, que não possuem lobo médio, há apenas a fissura interlobar. 

Pulmão esquerdo:   Todas as espécies possuem os lobos cranial e caudal.   No cão, ruminantes e suínos o lobo cranial é dividido nas partes cranial e caudal pela

fissura intralobar.  Em todas as espécies há somente uma fissura interlobar entre os lobos cranial e caudal.

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LOBO LOBO

Fissura

intralobarFissura

interlobar 

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Coração

Pulmão

Coração

Pulmão