anÁlise tÉcnico-econÔmica de implementaÇÃo de um sistema de … · 2014-09-20 · em conta...
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ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GERAÇÃO
ELÉTRICA FOTOVOLTAICA APLICADA PARA CARGAS DE REFRIGERAÇÃO
PAULO V. S. VESCOVI, PAULO J. M. MENEGÁZ
Departamento de Engenharia Elétrica, Centro Tecnológico, Universidade Federal do Espírito Santo
Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória – ES / CEP 29.075-910
E-mails: [email protected], [email protected]
Abstract The idea of this study stems from the fact that for many years buildings were build without taking into account the
electrical loads from air conditioners, so this graduation project proposes to investigate the feasibility of using a renewable ener-
gy source, which meets the technical design, and are capable to meet the cooling demand of a floor of a building. So the objec-
tive of this study is to conduct a techno-economic analysis, about alternative methods of generating electricity, which can be
used to cool a floor of a building, and can be implemented if found its technical and economic viability. Thus, using a compara-
tive method, first will present some possible ways of ambient air conditioning. In the next step some alternative forms of energy
generation will be analysed, among these alternatives, the one that most fit the requirements of the project will be chosen, and
later will have his technical aspects widely debated. Finally, a technical-economic analysis of this alternative method, which is
capable of generate the energy required for the new electrical load that will be ad to the building, will be made. At the end this
paper will present the economic analysis of this system that uses an alternative method of power generation and from the current
legislation, that defines how the electricity compensation will be paid from the current energy concessionaires to new energy
suppliers, we will determine the feasibility of alternative power generation for the case analysed.
Keywords Alternative energy sources, technical-economic analysis, refrigeration, photovoltaic system.
Resumo A ideia deste estudo advém do fato de que durante muitos anos prédios foram construídos e planejados, sem levar
em conta cargas elétricas provenientes de aparelhos condicionadores de ar, sendo assim, este projeto de graduação se propõe a
investigar qual a viabilidade do uso de uma fonte renovável, que se enquadre tecnicamente ao projeto, para atender à demanda
de refrigeração de um andar de uma edificação. O objetivo deste trabalho é realizar uma análise técnico-econômica, a respeito de
métodos alternativos de geração de energia elétrica, que possa ser utilizada para refrigerar um andar de um prédio, e que possa
ser implementado caso seja constatada sua viabilidade técnica e econômica. Assim, utilizando-se o método comparativo, primei-
ramente serão apresentadas algumas formas possíveis de climatização de ambientes. A seguir, serão analisadas algumas formas
alternativas de geração de energia, dentre estas alternativas, a que melhor se enquadrar nas exigências do projeto será escolhida e
posteriormente terá seus aspectos técnicos amplamente debatidos. Por fim será feita uma analise técnico-econômica deste méto-
do alternativo, que seja capaz de gerar a energia necessária para a nova carga elétrica que será adicionada no edifício, composta
basicamente pelas condensadoras dos aparelhos condicionadores de ar. Ao final deste trabalho se apresentará a análise econômi-
ca do sistema que utiliza a fonte alternativa de geração de energia, e a partir da legislação atual que delimita como deve ser feita
a compensação de energia elétrica por parte das concessionarias aos novos fornecedores de energia, se determinará a viabilidade
de geração alternativa de energia para o caso analisado.
Palavras-chave Fontes alternativas de energia, análise técnico-econômica, refrigeração, sistema fotovoltaico.
1 Apresentação
1.1 Panorama Energético Nacional
Apesar do Brasil possuir 42,4% da energia ofertada
internamente por fontes renováveis (EPE, 2013), a
maior parte da energia utilizada no país ainda provém
de fontes não renováveis, das quais o gás natural,
petróleo e derivados foram responsáveis por 97% do
crescimento da oferta interna de energia (EPE, 2013).
Os principais setores consumidores de energia no
Brasil são os setores de indústrias (35,1%), transpor-
tes (31,3%), residências (9,4%), setor energético
(9%), serviços (4,5%) e agropecuária (4,1%) (EPE,
2013).
Logo, mesmo no Brasil, um país cuja matriz energé-
tica é majoritariamente hidráulica, o elevado consu-
mo energético tem conduzido o país a formar uma
sociedade que, mantendo o padrão atual de utilização
de fontes não renováveis como maior fonte de novas
energias, não será sustentável energeticamente. Sen-
do assim, este trabalho se propõe a estudar possibili-
dades mais eficientes e ecologicamente corretas para
tentar minimizar os problemas decorrentes do pano-
rama energético nacional.
1.2 Impacto da Refrigeração no Setor Energético
O mundo está se aquecendo, o poder aquisitivo da
população está aumentando e, consequentemente, o
mercado de condicionadores de ar está em expansão.
As vendas mundiais em 2011 subiram 13 por cento
em relação a 2010, e o esperado é que este cresci-
mento deva se acelerar nas próximas décadas (COX,
2012).
A citação acima evidencia um fenômeno bastante
interessante que vem ocorrendo ao longo dos anos,
uma vez que, o desenvolvimento econômico, tão vi-
sado por países emergentes como o Brasil, tem bus-
cado a energia necessária para se desenvolver em
combustíveis fosseis. A queima destes combustíveis
leva à emissão de dióxido de carbono, que é o mais
importante antropogênico gás do efeito estufa. Neste
cenário, as taxas de emissões anuais de CO2 aumenta-
ram 80% entre 1970 e 2004 (IPCC, 2007), contribu-
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indo com o aumento da temperatura do planeta.
Este aumento da temperatura global devido à emis-
são de gases de efeito estufa, tem levado a população
- que agora possui um poder aquisitivo maior graças
ao desenvolvimento econômico - a comprar cada vez
mais aparelhos condicionadores de ar, responsáveis
pelo consumo de cerca de um trilhão de quilowatts-
hora (kWh) de eletricidade por ano (COX, 2012).
O nível de utilização de aparelhos de refrigeração
chega a ser tão grande que só os EUA utilizam mais
energia para o resfriamento que todo o continente
africano, lar de um bilhão de pessoas, consome para
todos os efeitos (COX, 2012). O impacto energético
dos sistemas de ar condicionado se agrava ainda mais
quando se considera, também, a questão da demanda
de energia. Na maioria dos países desenvolvidos, por
exemplo, devido ao uso cada vez maior desses siste-
mas, se observa a ocorrência de picos de demanda no
verão.
1.3 Problema a ser Investigado
Neste cenário, onde a busca por alternativas energéti-
cas que sejam ecologicamente corretas e sustentáveis
se faz cada vez mais inevitável, onde a refrigeração
de ambientes se mostra como uma carga cada vez
mais elevada e importante, este trabalho se propõe a
investigar a seguinte questão: qual a viabilidade téc-
nico-econômica da energia solar fotovoltaica para
atender à demanda de refrigeração de um andar de
uma edificação, que ainda não possui um sistema de
refrigeração?
2 Estudo de Caso
A metodologia adotada neste trabalho é a seguinte:
Primeiramente, estima-se a carga térmica do
andar do edifício, através do método especi-
ficado em 2.2;
Posteriormente, dimensionam-se duas possí-
veis alternativas de climatização, a fim de
encontrar a alternativa que atenda a todas às
exigências técnicas e que também possua o
menor custo econômico possível;
Por fim, é feito o projeto e a simulação do
sistema de geração fotovoltaica de energia,
que seja capaz de atender a carga elétrica do
sistema de refrigeração previamente dimen-
sionado, para que se possa comparar os re-
sultados da simulação com os valores calcu-
lados e implementar uma análise econômica
do estudo de caso.
2.1 Caracterização do Edifício
As características do prédio deste estudo são as se-
guintes:
21,7 metros de altura na parte mais alta, e
14,9 metros de altura na parte mais baixa (o
edifício foi construído em cima de uma su-
perfície que não é plana por isso existem es-
sas diferenças de altura);
92,0 metros de comprimento;
13,10 metros de largura;
3,0 metros de pé direito em cada andar;
As janelas do edifício são cortadas por pa-
redes e divididas em três partes, duas iguais
com 39,5 metros de comprimento e uma
menor central com 6,0 metros de compri-
mento, sendo que todas as janelas possuem
1,65 metros de altura.
O andar a ser refrigerado encontra-se no último piso
deste edifício. Cada andar, com exceção do subsolo,
é composto por onze salas, das quais nove tem apro-
ximadamente sessenta metros quadrados, e as duas
restantes têm aproximadamente noventa e dois me-
tros quadrados. Destas onze salas, todas possuem
8,15 metros de largura, e todas devem ser climatiza-
das, ou seja, com exceção dos corredores, todo o
andar será climatizado.
Outra característica importante é que este prédio ain-
da não possui nenhum sistema central de refrigera-
ção. Além disso, as salas dos andares inferiores, que
possuem refrigeração já instalada, utilizam cada uma
seu próprio sistema de refrigeração do tipo Split.
2.2 Cálculo Estimado da Carga térmica
Para que se possa efetuar o cálculo da carga térmica
estimada, referente ao andar do edifício, será utiliza-
do o método de cálculo simplificado presente na
NBR 5858, que se aplica aos aparelhos condiciona-
dores de ar utilizados para fins residenciais, comerci-
ais, ou industriais, com a finalidade de obtenção de
conforto.
Para efetuar o cálculo simplificado a NBR 5858 for-
nece um formulário que, uma vez preenchido, é ca-
paz de estimar a carga térmica de conforto nas insta-
lações de condicionadores de ar, que não requeiram
condições específicas de temperatura e umidade, as-
sim como escritórios e salas, dentre outros.
Para que seja possível preencher o formulário é ne-
cessário preparar um croqui do ambiente a ser condi-
cionado de forma que se possam saber exatamente as
dimensões do ambiente, além das dimensões de por-
tas, janelas e quaisquer outros elementos que possam
influir no cálculo da carga térmica, indicando ainda a
direção norte-sul do local.
Assim, para que se obtenha o melhor resultado deve-
se escolher um ou mais condicionadores de ar, com
capacidade de acordo com as especificações, que
mais se aproximam da carga térmica calculada.
Na Tabela 1, encontra-se o resumo da carga térmica
estimada de cada uma das salas, e na ultima linha
desta tabela apresenta-se a carga térmica total do
andar. Devido à especificação técnica, de que no
local da instalação dos equipamentos o barulho de
influência das condensadoras deve ser mínimo, exis-
tem três opções disponíveis que permitem uma dis-
tância significativa entre as condensadoras e as eva-
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poradoras, que são os sistemas do tipo Split, os sis-
temas com VRF e os sistemas tipo fan coil/chiller.
Assim, para avaliar qual dos sistemas, VRF ou fan
coil/chiller, possui um melhor rendimento energético
foram utilizados os trabalhos de Lucca (2012) e de
Souza (2010), os quais apontam que o sistema VRF
possui um consumo energético menor em 33,8% e
22,4% respectivamente, frente a sistemas que utili-
zam água gelada. Portanto a disputa final ficou entre
os sistemas que utilizam VRF e Split.
Tabela 1. Carga térmica de cada uma das salas e carga térmica
total do andar.
Ambiente Carga térmica [BTU/h]
Sala 1 46031
Sala 2 44686
Sala 3 44686
Sala 4 44686
Sala 5 44686
Sala 6 43391
Sala 7 39929
Sala 8 44686
Sala 9 44686
Sala 10 67147
Sala 11 68617
Total 533231
2.3 Sistema de Refrigeração do Tipo Split Aplicado
ao Estudo de Caso
A fim de se obter uma melhor eficiência energética,
todos os aparelhos condicionadores de ar do tipo
Split listados possuem a tecnologia Inverter, e o selo
A do Procel. Como não foram encontrados no mer-
cado aparelhos que possuíssem uma capacidade mai-
or que 42000 BTU/h, e que atendessem às duas ca-
racterísticas citadas anteriormente, todas as salas do
estudo de caso teriam que possuir mais de um apare-
lho, com exceção da sala 7.
As características de cada um dos modelos escolhi-
dos para integrar este projeto estão listadas na Tabela
2. Para efeito de comparação, serão montadas duas
opções de refrigeração para o andar, a mais econômi-
ca entre elas será a escolhida.
A partir das Tabelas 1 e 2, foram obtidas as Tabelas
3 e 4, as quais permitem simplificar a análise, além
de uma melhor visualização de como cada uma das
salas será configurada a fim de atender a suas respec-
tivas cargas térmicas.
Os custos de mão de obra para a segunda opção, que
mostrou-se a opção mais econômica, foram orçados
com uma empresa de climatização local e incluem a
mão de obra, os materiais necessários para a interli-
gação das unidades evaporadoras com as unidades
condensadoras através de tubos de cobre eletrolítico
(que é um tubo próprio para as pressões de trabalhos
requeridas pelo sistema de refrigeração) e isolamento
térmico em tubos esponjosos. Este custo ficou orçado
em vinte e oito mil reais (R$ 28.000,00), conduzindo
a um custo global do sistema de refrigeração com
Split para a segunda opção em torno de R$
104.440,00.
Tabela 2. Condicionadores do Tipo Split Utilizados.
Marca
Capacida-
de
[BTU/h]
Tensão
[V]
Potên-
cia
[W]
Preço
[R$]1
Samsung 24000 220 2130 3.185,00
Fujitsu 30000 220 2650 4.749,05
Fujitsu 42000 220 4620 10.799,00
Tabela 3. Primeira configuração Split possível.
Sala
Capacidade
do aparelho
[BTU/h]
Quatidade
de
aparelhos
Potência
total da
sala
[kW]
Preço
total da
sala [R$]
Sala 1 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 2 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 3 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 4 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 5 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 6 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 7 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 8 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 9 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 10 30000/
42000 1.0/1.0 7,27 15.548,0
Sala 11 30000/
42000 1.0/1.0 7,27 15.548,0
TOTAL 22 52.88 88.426,00
Tabela 4. Segunda configuração Split possível.
Sala
Capacidade
do aparelho
[BTU/h]
Quatidade
de
aparelhos
Potência
total da
sala
[kW]
Preço
total da
sala [R$]
Sala 1 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 2 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 3 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 4 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 5 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 6 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 7 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 8 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 9 24000 2 4,26 6.370,00
Sala 10 24000 3 6,39 9.555,00
Sala 11 24000 3 6,39 9.555,00
TOTAL 24 51,12 76.440,00
2.4 Sistema de Refrigeração do Tipo VRF Aplicado
ao Estudo de Caso
Os sistemas VRF podem ser constituídos de uma
única unidade condensadora e por várias unidades
evaporadoras, ou ser constituído por mais de uma
1 Os valores foram orçados segundo o site STRAR (2013)
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unidade condensadora e também por múltiplas uni-
dades evaporadoras. Uma característica bastante
interessante e útil dos sistemas VRF é que a soma das
capacidades de todas as unidades evaporadoras pode
possuir uma capacidade maior do que a soma das
capacidades das unidades condensadoras. Esta dife-
rença existe porque o sistema VRF possibilita consi-
derar o fator de simultaneidade das cargas térmicas,
ou seja, nem todos os equipamentos funcionarão em
sua capacidade máxima ao mesmo tempo, ao passo
que, o dimensionamento de cada ambiente é feito
para a máxima carga térmica que ocorre em horários
diferentes (CARNEIRO, 2012).
Sendo assim, pode-se dimensionar um sistema VRF
para o Estudo de Caso em questão, conforme mostra-
do na Tabela 5. Este sistema possui uma unidade
condensadora de 54 hp (maior condensadora encon-
trada no catálogo do fabricante consultado), com
capacidade de 516.000 Btu/h; e vinte e quadro con-
densadoras com capacidade de 24.000 Btu/h cada
uma, o que geraria um fator de simultaneidade (con-
densadora/evaporadoras) de 89,6%, valor que é 5%
maior do que os utilizados por Carneiro (2012).
Os custos de mão obra, mais o restante dos materiais
necessários à interligação das unidades evaporadoras
à unidade condensadora, como tubos de cobre eletro-
lítico e seu revestimento térmico em tubos elastomé-
ricos, estão orçados em cento e dois mil reais por
andar. Desta forma, o custo global do sistema de re-
frigeração VRF ficou em R$ 311.470,00.
Tabela 5. Configuração com VRF possível
DESCRIÇÃO MODELO.SUFIXO QTD
Unid. Condensa-
dora MULTI V III
220V Frio de 54HP
ARUV540BT3.AWGBLAT 1
Unid. Evaporado-
ra TETO de
24000Btu/h
URNU24GVJA2.ENWALEU 24
Controle Remoto
Sem Fio PQWRHDF0.ENCXLEU 24
Piping Ramif. em
"Y" ARBLN03321.ENCXLEU 23
Piping Interliga-
ção Cond. ARCNN21.ENCXLEU 1
Piping Interliga-
ção Cond. ARCNN31.ENCXLEU 1
VALOR TOTAL
DA PROPOSTA
(R$)2
209.470,00
2.5 Cálculo da Energia Produzida pelos Módulos
Fotovoltaicos e Quantidade de Módulos a ser Utili-
zada
No dimensionamento de sistemas fotovoltaicos é
muito importante saber determinar quanta energia é
produzida diariamente por um módulo fotovoltaico.
Para realizar este cálculo, será utilizado o método da
2 Orçamento segundo revendedor local.
insolação, que é empregado quando se possui infor-
mações a respeito da energia do Sol disponível diari-
amente no local da instalação. Estas informações
podem ser comumente encontradas na forma da inso-
lação, expressa em watt-hora por metro quadrado por
dia (Wh/m2dia), através de mapas solarimétricos ou
de ferramentas computacionais. Contudo, o método
da insolação para o cálculo da energia produzida pelo
módulo fotovoltaico é válido apenas quando se con-
sidera a utilização do recurso MPPT (Maximum Po-
wer Point Tracking – rastreamento do ponto de má-
xima potência), que é utilizado neste trabalho.
Logo, para que a energia produzida pelos módulos
fotovoltaicos seja corretamente determinada deve-se
primeiramente encontrar as coordenadas de latitude e
longitude do local da instalação. O local do caso es-
tudado possui -20,35° de latitude e -40,30° de longi-
tude (os sinais negativos representam que se está no
sul e no oeste respectivamente). A partir das coorde-
nadas geográficas de localização, utilizou-se o pro-
grama computacional SunData, que destina-se ao
cálculo da radiação solar diária média em um deter-
minado mês, em qualquer ponto do território nacional
e constitui-se em uma ferramenta de apoio ao dimen-
sionamento de sistemas fotovoltaicos. Os dados da
insolação diária média, fornecidos pelo programa em
(kWh/m2dia), estão disponíveis na Figura 13.
Figura 1. Insolação diária média por mês
Como existe uma variação muito grande entre os
valores obtidos durante os meses de verão e os meses
de inverno, a questão principal agora é como dimen-
sionar o sistema para atender a demanda de energia
elétrica em todos os dias do ano. Para tal, deve-se
utilizar o valor de insolação referente ao pior mês do
ano. Desta forma, o abastecimento de energia elétrica
será garantido tanto nos meses de maior, quanto nos
de menor insolação (VILLALVA e GAZOLI, 2013).
A energia produzida pelo módulo é dada pela Equa-
ção 1.
Ep = Es x Am x (1)
onde:
Ep = Energia produzida pelo módulo diariamente
[Wh];
3 Valores de insolação segundo CRESESB (2014).
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Es = Insolação Diária Média do pior mês
[Wh/m2dia];
Am = Área da superfície do módulo [m2];
= Eficiência do módulo [%].
O próximo passo consiste em escolher um módulo
fotovoltaico adequado. Esta escolha se mostrou um
pouco complexa, visto que o módulo fotovoltaico
escolhido para o projeto deve estar disponível para
venda no mercado nacional, a fim de que posterior-
mente seja feita a análise econômica do projeto, além
de constar no banco de dados do software que será
utilizado para a simulação do projeto. O único módu-
lo encontrado que atendia a estes dois pré-requisitos,
além de atender as normas que regem os equipamen-
tos fotovoltaicos, tais como a IEC 61730, IEC
61215.2, IEC 62716 e IEC 61701, foi o módulo fo-
tovoltaico de silício policristalino da empresa Jetion
Solar modelo JT235PCe, cujas características elétri-
cas foram testadas na STC (Standard Test Condi-
tions), que considera uma irradiância solar de 1000
W/ m2 e a temperatura da célula em 25°C. As carac-
terísticas elétricas e mecânicas deste módulo fotovol-
taico estão listadas na Tabela 6.
Substituindo os valores pertinentes da Tabela 6 e o
valor mínimo de insolação diária da Figura 1 na
Equação 1, pode-se concluir que a energia produzida
diariamente pelo módulo no local estudado seria
igual a 861,6 Wh.
Tabela 6. Características do módulo fotovoltaico
Características elétricas4
Potência máxima [Wp] 235
Potência de Tolerância[W] +0 ~ +5
Tensão de potência máxima Vm [V] 30.5
Corrente de potência máxima Im [A] 7.71
Tensão de circuito aberto Voc [V] 37
Corrente de curto-circuito Isc[A] 8.4
Tensão máxima permitida no sistema [V] 1000 (IEC)
Eficiência do módulo η (%) 14.3
Temperatura de operação normal
da célula (°C) 45 +- 2
Características mecânicas1
Tipo de módulo Policristalino
Número de células por módulo 60
Dimensões do módulo (mm) 1655 x 992 x 40
Peso(kg) 20
Em seguida, deve-se fazer o levantamento do consu-
mo de energia elétrica, procurando identificar quais
aparelhos elétricos terão sua energia gerada pelo sis-
tema fv e por quantas horas ele ficarão ligados duran-
te um dia ou durante um mês (VILLALVA e
GAZOLI, 2013).
4 Informações obtidas através do datasheet do modulo
fotovoltaico disponibilizado pelo fabricante.
O cálculo da energia para alimentar um aparelho elé-
trico ou eletrônico é feito com a potência do aparelho
e o número de horas em que ele é utilizado. Desta
forma, a energia elétrica consumida por um aparelho
eletroeletrônico é calculada de acordo com a Equa-
ção 2.
Ec = P x T (2)
sendo:
Ec = Energia consumida [Wh];
P = Potência elétrica do aparelho [W];
T = Tempo de uso do aparelho [h].
As salas deste projeto possuem um período de utili-
zação diário de 9 horas. Os valores de potência elé-
trica gasta pelo sistema que utiliza Split encontram-se
na Tabela 4, já a potência elétrica do sistema que
utiliza VRF encontra-se na Tabela 7.
Através da Equação 2, os valores de energia consu-
mida diariamente para cada um dos dois tipos de
refrigeração são 475920 Wh e 375138 Wh, para os
sistemas de refrigeração Split e VRF, respectivamen-
te. Com base nos valores de energia consumida cal-
culados, pode-se calcular o número total de módulos
necessários através da Equação 3.
N = Ec/Ep (3)
onde:
N = Número de módulos fotovoltaicos empregados
no sistema;
Ec = Energia diária consumida no sistema [Wh];
Ep = Energia diária produzida por cada módulo fv
[Wh].
Através da Equação 3, o sistema Split necessitaria de
553 módulos fotovoltaicos e o sistema VRF, de 436
módulos.
Tabela 7. Potência elétrica do sistema de refrigeração VRF
Potência
Conden-
sadora
[kW]5
Potência
evapora-
dora
[kW] 5
Quanti-
dade de
Conden-
sadoras
Quanti-
dade de
Evapora-
doras
Potência
Total
[kW]
40,17 0,063 1 24 41,682
2.6 Escolha do Inversor
A escolha dos inversores que devem ser utilizados no
projeto seguiu a mesma filosofia da escolha dos mó-
dulos fotovoltaicos, ou seja, os inversores que serão
utilizados devem constar para venda no mercado na-
cional, a fim de facilitar a análise econômica; constar
no banco de dados do software de simulação, para
uma posterior simulação do projeto; além de estar de
acordo com as normas vigentes.
5 Os valores utilizados estão de acordo com LG
ELETRONICS (2012).
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2712
Como o local, no qual se pretende construir o sistema
de geração de energia fotovoltaica, já é atualmente
atendido pela rede local de distribuição de energia,
optou-se por utilizar o modelo de inversor conectado
a rede elétrica.
O inversor escolhido pertence a linha Sunny Mini
Central, do fabricante SMA Solar Technology. O
modelo adotado foi o SMC 7000HV-11, por atender
às considerações descritas anteriormente apresentan-
do o menor custo por kW. As características deste
inversor estão listadas na Tabela 8.
Tabela 8. Características do inversor SMC 7000HV-11
Características elétricas6
Entrada CC
Potência máxima CC (para fp=1,0) [W] 7500
Tensão Máxima CC [V] 800
Intervalo de tensão MPPT [V] 335-560
Corrente Máxima CC por string [A] 23
N° de entradas MPPT independentes /
String por entrada MPPT 1 / 4
Saída CA
Potência CA Máxima [VA] 7000
Tensão nominal / Range [V] 220,230,240 /
160-265
Frequência CA / Range [Hz] 50,60 / -6...+5
Corrente máxima de saída [A] 31
Ligação CA Monofásica
Eficiência Máxima [%] 96,2
Características mecânicas6
Peso [Kg] 65
Temperatura de operação [°C] -25...+60
Dimensões do módulo [mm] 468 x 613 x 242
2.7 Simulação Através do Software Sunny Design
O software de simulação Sunny Design (versão
Sunny Design Web 3.02) é um programa voltado para
o planejamento e dimensionamento de sistemas fv,
conectados ou não à rede convencional, o qual permi-
te a simulação do sistema fv proposto neste trabalho.
Através deste programa, pode-se obter, de forma
otimizada, uma combinação entre os módulos fv com
os inversores, para o sistema proposto, de acordo
com quesitos econômicos ou de acordo com os ren-
dimentos energéticos do sistema.
Apesar de o programa possuir os dados meteorológi-
cos de uma vasta gama de cidades, ele não possui a
os dados de insolação referentes à cidade de Vitória
(ES). Sendo assim, optou-se por utilizar os dados
climáticos da cidade do Rio de Janeiro (RJ), devido à
6 Informações obtidas através do datasheet do inversor
disponibilizado pelo fabricante.
proximidade e à semelhança climatológica com a
cidade onde o sistema será instalado. A tensão da
rede no local é igual a 220 V (110/220 V).
Nesta fase do projeto, deve-se observar que, caso se
defina a escolha do número de módulos considerando
apenas os valores previamente especificados, com o
inversor também previamente selecionado, o sistema
de geração projetado se tornará previamente desequi-
librado, o que é algo indesejado. Como o sistema é
projetado utilizando-se o valor de insolação referente
ao pior mês do ano, que é o mês de Junho, ou seja um
mês do inverno, e durante os meses de inverno o con-
sumo e a utilização de sistemas de refrigeração cai
consideravelmente, torna-se mais sensato e econômi-
co diminuir-se o número de módulos fotovoltaicos,
respeitando-se sempre as características dos inverso-
res nos quais os módulos serão acoplados, a fim de
tornar o sistema equilibrado. Desta forma, o número
de módulos utilizado neste trabalho será de 540 mó-
dulos para o sistema Split e 420 para o sistema VRF.
Assim sendo, os resultados encontrados na simulação
dos dois sistemas foram de 130,66 MWh por ano
para o sistema com refrigeração VRF e 167,74 MWh
por ano para os sistema de refrigeração Split.
3 Análise Econômica
3.1 Custo Total do Sistema de Geração
Os custos de um sistema fv estão divididos basica-
mente em três grandes áreas: na primeira, estão os
custos com os módulos fotovoltaicos; na segunda,
estão os custos com os inversores; e na terceira, estão
os custos com BOS (Balance of Systems), que desig-
na todos os componentes complementares de um
sistema solar fotovoltaico como os cabos, os conecto-
res, a estrutura de fixação, as proteções, custos de
mão de obra entre outros (USDOE,2012). A Figura 2
mostra a distribuição típica dos custos (em Dólares)
por Watt produzido em corrente contínua, durante o
quarto trimestre de 2010 e durante o quarto trimestre
de 2011, para instalações residenciais, instalações
comerciais com o sistema fv instalado no telhado
(que é o caso deste projeto), para sistemas instalados
no solo com inclinação fixa e por fim para sistemas
instalados no solo com rastreamento solar em uma
única direção.
A partir da Figura 2, pode-se obter a distribuição
percentual dos custos de um sistema fv em relação a
cada uma das três grandes áreas que constituem um
sistema fv. Nela, 33% dos custos de aquisição de um
novo sistema são devidos aos módulos fotovoltaicos,
15% são provenientes dos inversores e 52%, do BOS.
Como já se sabe que os módulos fotovoltaicos cus-
tam, no Brasil, aproximadamente R$999,00
(NEOSOLAR, 2014) e os inversores, aproximada-
mente R$14.523,00 (ENERGIAPURA, 2014), pode-
se estimar os custos que se teria com o BOS. Desta
forma, o custo total de aquisição do sistema para ge-
rar a energia através dos aparelhos de refrigeração do
Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014
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tipo VRF seria de R$1.271.454,55 e o custo total
deste sistema, ou seja, aparelhos de refrigeração mais
sistema de geração fotovoltaica de energia, é de
R$1.582.924,55. Por outro lado, o custo total de
aquisição do sistema para gerar a energia com os
aparelhos de refrigeração do tipo Split seria de
R$1.634.727,27 e o custo total do sistema (aparelhos
de refrigeração mais sistema de geração fotovoltaica
de energia), de R$1.739.167,27. Como se sabe, os
custos com a aquisição de um sistema de geração
alternativa visam cobrir apenas o consumo elétrico de
seu respectivo sistema de refrigeração, logo, optou-se
em utilizar o sistema de refrigeração VRF, já que o
mesmo é capaz de suprir plenamente a carga térmica
requerida com um custo de aquisição global menor.
Figura 2. Distribuição típica dos custos de um sistema fotovoltai-
co conectado a rede
3.2 Premissas Adotadas para Implementar a Análise
Econômica
A seguir apresenta-se todas as premissas utilizadas
para efetuar a análise econômica deste projeto:
1. A energia gerada adotada será dada pelo va-
lor encontrado na simulação, ou seja, 130,66
MWh para o sistema VRF;
2. Segundo Jetion Solar Europe (2012) os mó-
dulos fotovoltaicos possuem um aproveita-
mento de 80% da energia, que era inicial-
mente aproveitada, após 25 anos. O que gera
uma taxa de decaimento de 0,889% ao ano
no aproveitamento inicial de energia;
3. A vida útil de um sistema fotovoltaico corre-
tamente instalado e com equipamentos de
boa qualidade pode atingir de 15 a 25 anos
(HEINEMAN, 2007). Logo, estima-se que
este projeto terá uma vida útil de 25 anos.
4. A manutenção dos sistemas fotovoltaicos
representa de 3 a 5% do custo total do sis-
tema ao longo de sua vida útil
(HEINEMAN, 2007). Sendo assim, aplican-
do-se o pior caso, têm-se que os custos de
manutenção serão de 5% do custo total do
sistema de geração de energia;
5. A taxa mínima de atratividade (TMA) será
de 6% ao ano, valor que se encontra acima
da inflação;
6. A taxa de inflação será de 5,6% ao ano, va-
lor médio de 2008 a 2012 (GASPARIN,
2014).
7. O valor residual do sistema será nulo após
os 25 anos;
8. Crescimento anual de 14,856% para a TE
mais a TUSD.
3.3 Payback simples, Payback descontado e Método
do Valor Presente Líquido (VPL)
Implementando a análise do tempo de retorno sim-
ples do investimento, encontra-se um período de re-
torno de dezessete anos e três meses. Contudo, quan-
do se implementa a análise de retorno levando-se em
conta uma taxa mínima de atratividade de 6% ao ano
têm-se um período de retorno de vinte e quatro anos
e três meses. A Tabela 9 contém o VPL do projeto
para diferentes taxas mínimas de atratividade.
Tabela 9. VPL para diferentes taxas mínimas de atratividade
TMA Aplicada [%
a.a.] VPL
10% -R$460,840.73
9% -R$363,456.70
8% -R$244,135.33
7% -R$97,658.08
6% R$82,553.47
5% R$304,820.44
4% R$579,704.72
3% R$920,659.06
2% R$1,344,878.33
1% R$1,874,418.11
0% R$2,537,669.44
Conforme os valores de Payback calculados e mos-
trados na Tabela 9, os valores do VPL, para taxas
menores do que seis por cento ao ano, são todos posi-
tivos em vinte e cinco anos.
4 Conclusão
Através dos valores obtidos na análise econômica,
verifica-se que, para uma taxa mínima de atratividade
pouco maior do que os valores da inflação dos últi-
mos 5 anos, o projeto torna-se economicamente atra-
tivo. Contudo, sabe-se que, de uma forma geral, a
grande maioria dos investimentos feitos no Brasil
baseiam-se nos valores da caderneta de poupança,
que segundo Gasparin (2014) rendeu 6,3% pelas re-
gras antigas (alteradas em maio de 2012) e 5,8% pe-
las novas regras (para aplicações feitas a partir de
maio de 2012), valores que se encontram bastante
próximos aos da inflação, a qual fechou o ano de
2013 em 5,91% (GASPARIN, 2014).
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Portanto, mesmo que se utilizasse o valor da caderne-
ta de poupança com as regras antigas como taxa de
atratividade, o projeto ainda seria economicamente
atrativo, visto que o valor presente líquido do projeto
se torna nulo para uma taxa mínima de atratividade
de 6,4324% ao ano.
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