anÁlise preliminar de riscos.docx

23
5/17/2018 ANÁLISEPRELIMINARDERISCOS.docx-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/analise-preliminar-de-riscosdocx 1/23  ESP FACULDADES Pós–Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho TURMA IV GERÊ!IA "E RIS!#S Alunos: Márcio Lucena Aranha de Macedo Semmuth Bezerra de Almeida  

Upload: marcio-aranha

Post on 01-Nov-2015

246 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

IESP FACULDADESPsGraduao em Engenharia de Segurana do TrabalhoTURMA IV

GERNCIA DE RISCOS

Alunos:Mrcio Lucena Aranha de MacedoSemmuth Bezerra de Almeida TRABALHO SOBRE GERNCIA DE RISCOS

1. CONCEITOS BSICOS

Risco uma ou mais condies de uma varivel com potencial necessrio para causar danos (leses a pessoas, danos a equipamentos ou perda de materiais).

Perigo expressa exposio relativa a um risco e favorece sua materializao em danos.

Dano severidade da leso ou perda fsica, funcionais ou econmicas, resultantes da perda de controle sobre um risco.

Causa origem de carter humana ou material, relacionada com o acidente, pela materializao de um risco que resulte em danos.

Segurana antnimo de perigo, iseno de riscos. Sendo praticamente impossvel a eliminao total dos riscos, pode-se definir a segurana como um compromisso com a proteo contra a exposio a riscos.

Perda prejuzo sofrido por uma organizao, sem garantia de ressarcimento por seguro ou outros meios.

Sinistro prejuzo sofrido por uma organizao, com garantia de ressarcimento por seguro ou outros meios.

Incidente qualquer evento ou fato negativo com potencial de provocar danos. Tambm chamado de quase acidente, situao esta em que no h danos visveis.

Acidente toda ocorrncia no programada que altera o curso normal de uma atividade e modifica ou pe fim realizao de um trabalho.

2. ANLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR) e AVALIAO DE RISCOS

2.1. Descrio

A anlise preliminar de riscos (APR) baseia-se na tcnica definida e usada pelos militares nos programas de segurana de seus sistemas. Muitas empresas qumicas possuem um mtodo semelhante implantado , talvez com nome diferente. Esta anlise evidenciou-se altamente eficiente em relao ao custo, na fase de desenvolvimento de todos os sistemas militares perigosos, inclusive as plantas de processo. tambm possvel usar a anlise em questo para anteceder outros mtodos mais detalhados de identificao de riscos a serem utilizados em outras oportunidades no decorrer da vida til da planta.A APR prpria para ser empregada na fase inicial de concepo e desenvolvimento das plantas de processo, na determinao dos riscos que possam existir. Ela no exclui a necessidade de outros tipos de avaliaes de riscos. Ao contrrio, uma precursora de outras anlises. As principais vantagens da APR so: identificao com antecedncia e conscientizao dos perigos em potencial por parte da equipe de projeto e identificao e/ou desenvolvimento de diretrizes e critrios para a equipe de desenvolvimento do processo seguir. Assim, medida que o projeto se desenvolve, os perigos principais podem ser eliminados, minimizados ou controlados logo de incio.A APR realizada mediante a listagem dos perigos associados aos elementos do sistema, como definido no estgio de concepo ou do comeo do projeto. Os elementos da planta , que podem ser definidos neste estgio, compreendem:

matrias primas, produtos intermedirios e finais e sua reatividade; equipamentos de processo; interface entre componentes; ambiente operacional; operaes (teste, manuteno, procedimentos de emergncia, etc ); instalaes; equipamentos de segurana.

medida que cada perigo identificado, as causas em potencial, os efeitos e a gravidade dos acidentes, bem como as possveis medidas corretivas e/ou preventivas, so tambm descritas. Para que o trabalho seja completo, preciso aproveitar a experincia anterior, proveniente do maior nmero possvel de fontes diferentes. Estas fontes compreendem estudos de riscos de instalaes semelhantes, experincia operacional em processos similares e listagem de riscos.

2.2 Guia para utilizao do mtodo

A anlise preliminar de riscos compe-se dos seguintes passos bsicos:

Reunir os dados necessrios; Efetuar a anlise preliminar de riscos; Registrar os resultados.

2.2.1 Reunir os dados necessrios

A APR requer a reunio, antes de tudo, dos dados disponveis sobre a planta (ou sistema) em estudo, e ento, informaes pertinentes, proporcionadas pela experincia prvia com qualquer planta similar, ou mesmo com uma planta que trabalhe com processo diferente, mas utilize equipamentos e materiais similares.Como a APR destina-se especificamente identificao antecipada dos riscos, os dados sobre a planta podero ser escassos. No ponto do desenvolvimento do projeto em que a APR de utilidade, dentre os poucos dados disponveis, consta a concepo do processo.Assim, produtos qumicos e reaes bsicas devero ser conhecidos, bem como os principais tipos de equipamentos, principalmente itens de equipamentos especiais ou de longa vida, por exemplo, vasos, trocadores de calor e tipo de construo das instalaes. Alm dos componentes da planta, os objetivos operacionais desta e os requisitos bsicos de desempenho so teis definio do contexto para os riscos e o ambiente no qual ir a planta operar. muito conveniente que se determine a existncia de experincia prvia com as substncias qumicas e/ou a concepo do processo em estudo. Quaisquer problemas que venham a ser identificados pela experincia prvia, podero auxiliar na APR da planta em estudo.

2.2.2 Realizar a anlise preliminar de riscos

O processo de execuo da APR consiste em identificar os perigos, eventos iniciadores em potencial, e outros eventos capazes de gerar conseqncias indesejveis. Os analistas devem igualmente identificar os critrios de projeto ou alternativas com possibilidades de eliminar ou reduzir os perigos capazes de determinar um nvel de riscos excessivamente elevado para o empreendimento. evidente que necessria uma certa experincia para realizar tais avaliaes.Na realizao da APR, devem ser considerados os seguintes elementos:

a) equipamentos e materiais perigosos da planta como, por exemplo, combustveis, substncias qumicas altamente reativas, substncias txicas, sistemas de alta presso e outros sistemas de armazenamento de energia;

b) interfaces entre equipamentos e substncias da planta associadas segurana como, por exemplo, interaes de materiais, incio de propagao de incndios ou exploses e sistemas de controle ou parada;

c) fatores ambientais susceptveis de influenciar o equipamento e os materiais da planta como, por exemplo, terremotos, vibrao, temperaturas extremas, descargas eletrostticas e umidade;

d) procedimentos de operao, teste, manuteno e atendimento situaes de emergncia, importncia dos erros humanos, funes a serem desempenhadas pelos operadores, disposio (ergonomia) dos controles de equipamentos e proteo contra acidentes com o pessoal;

e) elementos de apoio das instalaes como, por exemplo, armazenamento, equipamentos de teste, treinamento e utilidades;

f) equipamentos relacionados com a segurana: sistemas de atenuao, redundncia, extintores de incndio e equipamentos de proteo pessoal.

2.2.3. Exemplo

Como exemplo, consideremos um processo que utilizar H2S lquido bombeado. O analista de APR s dispe da informao de que este produto ser usado no processo e nenhum outro detalhe do projeto. O analista sabe que o H2S txico e identifica sua liberao como um perigo. Estuda ento as causas para esta liberao:

O cilindro pressurizado vasa ou rompe-se; O processo no consome todo H2S As linhas de alimentao de H2S apresentam vazamento ou ruptura; Ocorre um vazamento durante o recebimento do H2S na planta.

O analista determina, ento, o efeito dessas causas. Neste caso, havendo liberaes maiores, podero ocorrer mortes. A tarefa seguinte consiste em oferecer orientao e critrios para os projetistas aplicarem no projeto da planta, reconhecendo cada um dos mecanismos de liberao em potencial significativos. Por exemplo, para o primeiro item, vazamento no cilindro, o analista poderia recomendar:

Estudar um processo que armazene substncias alternativas de menor toxidez, capazes de gerar o H2S de acordo com as necessidades da operao; Instalar um sistema de alarme na planta; Minimizar o armazenamento local do H2S, sem excesso de manuseio ou de entregas como, por exemplo, armazenamento das necessidades de produo para um perodo de duas semanas a um ms; Desenvolver um procedimento de inspeo de cilindros Estudar um recipiente cilndrico dotado de um sistema de inundao disparado por um detector de vazamentos; Instalar o cilindro de maneira a facilitar o acesso por ocasio das entregas, mas distante do trfego de outras plantas; Sugerir o desenvolvimento de um programa de treinamento para todos os empregados, a respeito dos efeitos do H2S e das prticas de emergncia, a ser entregue a todos os empregados, antes da ativao inicial da planta e, subsequentemente, a todos os novos empregados, junto com um estudo de um programa semelhante para os vizinhos da planta.

2.2.4. Registro dos resultados

Os resultados da APR so registrados convenientemente num formulrio (Figura 01) que mostra os perigos identificados, as causas, o modo de deteco, efeitos potenciais, categorias de frequncia e severidade e risco, as medidas corretivas / preventivas e o nmero do cenrio.

Figura 01. Planilha da Anlise Preliminar de Riscos

1a coluna: Perigo

Esta coluna contm os perigos identificados para o mdulo de anlise em estudo. De uma forma geral, os perigos so eventos acidentais que tm potencial para causar danos s instalaes, aos operadores, ao pblico ou ao meio ambiente. Portanto, os perigos referem-se a eventos tais como liberao de material inflamvel e txico.

2a coluna: Causa

As causas de cada perigo so discriminadas nesta coluna. Estas causas podem envolver tanto falhas intrnsecas de equipamentos (vazamentos, rupturas, falhas de instrumentao, etc), bem como erros humanos de operao e manuteno.

3a coluna: Modo de Deteco

Os modos disponveis na instalao para a deteco do perigo identificado na primeira coluna foram relacionados nesta coluna. A deteco da ocorrncia do perigo tanto pode ser realizada atravs de instrumentao (alarmes de presso, de temperatura, etc), como atravs de percepo humana (visual, odor, etc).

4a coluna: Efeito

Os possveis efeitos danosos de cada perigo identificado foram listados nesta coluna. Os principais efeitos dos acidentes envolvendo substncias inflamveis e txicas incluem:

incndio em nuvem; exploso de nuvem; formao de nuvem txica.

5a coluna: Categoria de Freqncia do Cenrio

No mbito da APR, um cenrio de acidente definido como o conjunto formado pelo perigo identificado, suas causas e cada um dos seus efeitos.De acordo com a metodologia de APR adotada neste trabalho, os cenrios de acidentes foram classificados em categorias de freqncia, as quais fornecem uma indicao qualitativa da freqncia esperada de ocorrncia para cada um dos cenrios identificados, conforme figura 02.

Figura 02. Categorias de Freqncias dos Cenrios Usadas na APR

6a coluna: Categoria de Severidade

Tambm de acordo com a metodologia de APR adotada neste trabalho, os cenrios de acidentes foram classificados em categorias de severidade, as quais fornecem uma indicao qualitativa do grau de severidade das conseqncias de cada um dos cenrios identificados. As categorias de severidade utilizadas no presente trabalho esto na figura 03.

Figura 03. Categoria de Severidade dos Cenrios da APR

7a coluna: Categoria de Risco

Combinando-se as categorias de frequncia com as de severidade obtm-se a Matriz de Riscos, conforme figura 04, a qual fornece uma indicao qualitativa do nvel de risco de cada cenrio identificado na anlise.

Figura 04 - Matriz de Classificao de Riscos Usada em APR.

8a coluna: Medidas/Observaes

Esta coluna contm as medidas que devem ser tomadas diminuir a frequncia ou severidade do acidente ou quaisquer observaes pertinentes ao cenrio de acidente em estudo. A letra (E) - Existente nesta coluna indica que as medidas j foram tomadas.

9a coluna: Identificador do Cenrio de Acidente

Esta coluna contm um nmero de identificao do cenrio de acidente. Foi preenchida sequencialmente para facilitar a consulta a qualquer cenrio de interesse.

3. INSPEES DE SEGURANA

As inspees de segurana tm por objetivo localizar e identificar os riscos e, a partir da, estudar e propor medidas corretivas, segundo o esquema a seguir.

TRABALHO AMBIENTE RISCO INSPEO (identificao e proposta de soluo) ACIDENTE MEDIDA CORRETIVA LESO RISCO ELIMINADO OU MINIMIZADO

3.1 Tipos de Inspeo

Os tipos de inspeo variam quanto origem, objetivos, mtodos e agentes, tambm em seus aspectos especficos, como discriminados a seguir.

Quanto origemInterna (SESMT, gerncia, CIPA, manuteno);Externa (rgos oficiais, seguradoras, servios pblicos).

Quanto aos objetivosPeridicas;Extraordinrias.

Quanto aos mtodosFormais;Informais.

Quanto aos agentesSESMT;CIPA;Instituies alheias

3.2 Passos Gerais

Uma inspeo de segurana implica necessariamente em quatro passos.

1. preparao2. realizao;3. classificao dos riscos;4. estudo de solues.

A fase de preparao requer consulta s estatsticas e normas, conhecimento dos mtodos de trabalho e materiais utilizados, assim como dos resultados de inspees anteriores.

3.3. Lista de Inspeo

De maneira geral, divide-se em grupos amplos, nos quais so listados os itens especficos de cada um. Especificamente, compreende: instalaes gerais, condies ambientais, instalaes de preveno e combate a incndios, e manuteno.

3.3.1. Instalaes Gerais

Locais, pisos, escadas, passagens, aberturas em paredes, etc. (arquitetonicamente); Intervalos entre mquinas; Ordem e limpeza; Sinalizao, iluminao, ventilao, etc.

3.3.2. Condies Ambientais

Vapores, fumaas, gases e poeiras; Rudos; Tempo de exposio; Vibraes, etc.

3.3.3. Instalaes de Preveno e Combate a Incndios

Extintores; Hidrantes; Sadas de emergncia; Alarmes, etc.

3.3.4. Manuteno

Transportes: manual e automtico; Maquinrio: tempo de uso, protees, comandos, periodicidade, sistema de segurana, etc.; EPI; Recipientes sob presso; Trabalhos com riscos especiais: em lugares altos, com solda, com radiaes, etc.

3.4. Como Fazer a Inspeo

A inspeo de segurana tem por objetivos implcitos, entre outros: a manuteno dos maquinrios, a colocao dos equipamentos em locais que evitem o congestionamento de trfego; a verificao de espao para manter e reparar mquinas; a avaliao das condies de iluminao e da eventual necessidade de sinalizao de riscos. Para tanto, o trabalho deve ser feito sem pressa, seguindoprocedimentos definidos, tais como:

Anotar em planta: identificao, caractersticas e tcnicas de segurana, mtodos de trabalho, tempo de exposio, etc.; Se necessrio, recolher amostras, filmar, fotografar, para estudo mais detalhado; Discutir com as chefias os problemas encontrados; Fazer um relatrio minuncioso; Observar, caso seja percebido um risco, o agente material razo do risco, ou parte dele, alm do tipo de acidente provvel; Avaliar o risco: caractersticas tcnicas, mtodo de utilizao dos equipamentos, ferramentas ou materiais, EPIs utilizados, tempo de exposio e gravidade; Propor solues que sejam aplicveis e econmicas e correspondentes aos riscos encontrados.

3.4.1. Projetos e Especificaes

Partes mveis perigosas; Potncia adequada; Partes salientes; Placas indicando capacidade, velocidade, etc.; Interruptores de emergncia; Posio do operador; Rudo; Pintura; EPI; Ferramentas.

3.4.2.Mtodos de Melhoramento

Anlise do mtodo atual Informe o trabalhador de seu propsito, realize a anlise no local, anote distncias, passos, demoras, dificuldades, etc. Questione cada detalhe Por qu? necessrio? Onde o melhor lugar? Quando o melhor momento? Quem o mais indicado? Como melhorar? Anote as idias de melhoramento obtidas. Elabore o novo mtodo Elimine, combine, reordene ou simplifique detalhes, escreva e ilustre o novo mtodo, saliente os pontos positivos e o que necessrio por em prtica. Aprovao do novo mtodo No momento oportuno convena e treine quem deve pratic-lo, e comprove os resultados.

4. CUSTOS DOS ACIDENTES

A reduo dos acidentes, bem como a diminuio dos custos so tarefas que se impem nos dias de hoje, tanto s empresas como aos especialistas em preveno e controle de perdas. bastante comum o pessoal do SESMT enfatizar os custos dos acidentes para justificar os investimentos em preveno, porm sem ter condies dedemonstr-los com exatido, ou quanto eles incidem no custo do produto.

As principais razes para esta ineficcia so:

Dificuldade de as pessoas-chave dentro das empresas assimilarem tais conceitos; Dificuldade de se obterem informaes para a determinao do custo indireto ou no-segurado; No aceitao ou aceitao destes conceitos com desconfiana; Fragmentao das informaes e das responsabilidades pelas consequncias dos acidentes; Aplicao prtica discutvel (no muito adequada) da maioria dos mtodos para controle destes custos;

O calculo em si no difcil, mas muito trabalhoso. Para cada caso h diferentes variveis envolvidas e em muitos casos podem chegar a dezenas de variveis, muitas vezes de difcil identificao. Em linhas gerais pode-se dizer que o custo do acidente o somatrio dos custos diretos e indiretos envolvidos.

C = CD + CI

Custo Direto

o custo mensal do seguro de acidentes do trabalho. No tem relao com o acidente em si. A contribuio calculada a partir do enquadramento da empresa em trs nveis de risco de acidentes do trabalho essa porcentagem calculada em relao folha de salrio de contribuio e recolhida juntamente com as demais contribuies arrecadadas pelo INSS.1% para a empresa de riscos de acidente considerado leve2% para a empresa de risco mdio3% para a empresa de risco grave

Custo Indireto

No envolvem perda imediata de dinheiro. Relaciona-se com o ambiente que envolve o acidentado e com as consequncias do acidente. Entre os custos indiretos podemos citar:

Salrio que deve ser pago ao acidentado no dia do acidente e nos primeiros 15 dias de afastamento, sem que ele produza. Multa contratual pelo no cumprimento de prazos Perda de bnus na renovao do seguro patrimonial Salrio pago aos colegas do acidentado Despesas decorrentes da substituio ou manuteno de pea danificada Prejuzos decorrentes de danos causados ao produto no processo Gastos de contratao e treinamento de um substituto Pagamento de horas-extras para cobrir o prejuzo causado produo Gastos de energia eltrica e demais facilidades das instalaes (horas-extras) Pagamento das horas de trabalho despendidas por supervisores e outras pessoas e ou empresas:

Na investigao das causas do acidente Na assistncia mdica para os socorros de urgncia No transporte do acidentado Em providncias necessrias para regularizar o local do acidente Em assistncia jurdica Em propaganda para recuperar a imagem da empresa

Em caso de acidente com morte ou invalidez permanente ainda devemos considerar o custo da indenizao que deve ser pago mensalmente at que o empregado atinja a idade de 65 anos.Pesquisa feita pela Fundacentro revelou a necessidade de modificar os conceitos tradicionais de custos de acidentes e props uma nova sistemtica para a sua elaborao, com enfoque prtico, denominada Custo Efetivo dos Acidentes, como descrito a seguir:

Ce = C i

Ce = Custo efetivo do acidenteC = Custo do acidentei = Indenizaes e ressarcimento recebidos por meio de seguro ou de terceiros (valor lquido)

C = C1 + C2 + C3

C1 = Custo correspondente ao tempo de afastamento (at os 15 primeiros dias) em conseqncia de acidente com leso;C2 = Custo referente aos reparos e reposies de mquinas, equipamentos e materiais danificados (acidentes com danos a propriedade);C3 = Custos complementares relativos s leses (assistncia mdica e primeiro socorros) e os danos propriedade (outros custos operacionais, como os resultantes de paralisaes, manutenes e lucros interrompidos).

5. FUNDAMENTOS DA PREVENO E CONTROLE DE PERDAS

No incio dos anos 30, o engenheiro H.W. Heinrich, em sua intitulada Industrial Accident Prevention, divulgou pela primeira vez a filosofia do acidente com danos propriedade. Suas anlises trouxeram como resultado a proporo 1:29:300, isto , uma leso incapacitante para 29 leses leves e 300 acidentes sem leses. Essa proporo originou a pirmide de Heinrich.Mais tarde, durante o perodo de 1959 a 1966, analisando mais de 90 mil acidentes e em seu trabalho Damage Control, o engenheiro Frank Bird Jr., atualizou a relao de Heinrich, desenvolvendo a proporo de 1:100:500, ou seja, uma leso incapacitante para 100 leses leves e 500 acidentes apenas com danos propriedade. A figura a seguir mostra os resultados das anlises de Heinrich e Bird.Parte deste estudo compreendeu 4 mil horas de entrevistas com supervisores de linha abordando eventos, que sob certas circunstncias viessem a converter-se em leses ou danos propriedade, tais eventos so tambm conhecidos como quase acidentes, tratados por Heinrich, ou modernamente denominados de incidentes, na tcnica de controle de perdas.Bird analisou acidentes ocorridos em 297 empresas, de 21 grupos industriais diferentes, perfazendo um total de 1 milho 750 mil operrios que trabalharam um total de mais de 3 bilhes de horas durante o perodo de exposio, resultando numa proporo de 1:10:30:600, ou seja: 1 acidente com leses graves ou incapacitantes, 10 com leses leves, 30 com danos propriedade e 600 incidentes. A figura a seguir mostra os resultados dos estudos de Heinrich e Bird.

Figura 05 Comparao dos estudos realizados por Heinrich e Bird.

5.1. Fundamentos do Controle de Perdas

O processo pelo qual ocorre uma perda por acidente composto de trs fases distintas: condio potencial de perdas, acidente, e perda real ou perda potencial.

Condio Potencial de Perda condio ou grupo delas, que sob circunstncias no-planejadas capaz de causar perdas, em momento no previsvel e sob circunstncias favorveis pode provocar o acidente.

Acidente acontecimento inesperado e indesejado (no programado) que produz ou pode produzir perdas, sendo este conceito no exatamente igual ao legal, aproximando-se mais do prevencionista.

Perda Real ou Perda Potencial o produto do acidente e pode manifestar-se como leso ou morte de pessoas, danos a materiais, equipamentos, instalaes ou edificaes, ou descontinuao do processo normal de trabalho. A perda potencial, ou quase-perda, aquela em que sob circunstncias um pouco diferentes poderia transformar-se em perda real.

5.1.1 Circunstncias que levam s perdas

Falta de Controle falha administrativa relacionada a o planejamento, organizao, falta de tato gerencial, e at mesmo a falta de padres de qualidade.

Causas Bsicas descontrole tcnico-administrativo, devem ser consideradas as origens das causas reais e indiretas dos acidentes e, assim aquelas que devem ser realmente analisadas.

Causas Imediatas resultam da existncia de atos e condies que transgridem algo pr-estabelecido e j aceito (normas), que resultaro em perdas na operao industrial.

Os incidentes s ocorrem quando uma srie de fatores se combina sob certas circunstncias, sendo rarssimos os casos em que apenas um fator contribui para a ocorrncia de um evento que resulte em perda.Recordemos ento os quatro elementos relacionados s circunstncias que do origem s causas dos acidentes e que esto inter-relacionados.

Pessoas o trabalhador o que est mais diretamente envolvido na maioria dos acidentes, pois aquilo que faz ou deixa de fazer considerado fator causal imediato.

Equipamento desde os primrdios da preveno de acidentes, o elemento considerado, a fonte principal de incidentes, originando a proteo de mquinas, alm da necessidade de se treinar os trabalhadores para oper-los.

Material elemento que as pessoas usam, transformam e se beneficiam, , tambm a fonte principal de causas de incidentes.

Ambiente composto por tudo aquilo que rodeia o trabalhador durante o trabalho, incluindo a o prprio ar e as edificaes. conveniente atentar para o fato de que grande parte das empresas brasileiras tem construes antigas que fogem aos modernos padres de segurana inclusos nas Normas Regulamentadoras da Portaria 3214. Suas caractersticas causam problemas que afligem as empresas, tais como: reclamaes trabalhistas, absentesmo, doenas ocupacionais, baixa qualidade de trabalho, etc.

6. NOES BSICAS DE SEGURO

6.1. Conceito Segundo Memard: O Seguro uma operao pela qual, mediante o pagamento de uma pequena remunerao, uma pessoa se faz prometer para si ou para outrem, no caso da efetivao de um evento determinado, uma prestao de uma terceira pessoa que, assumindo um conjunto de eventos determinados, os compensa de acordo com as leis da estatstica e o princpio do mutualismo..Seguro uma operao pela qual, mediante o pagamento de uma remunerao (prmio), uma pessoa (segurado) se faz prometer para si ou para outrem (beneficirio) no caso da efetivao de um evento determinado (sinistro), uma prestao (indenizao) por parte de uma terceira pessoa(segurador) que, assumindo um conjunto de eventos determinados, os compensa de acordo com as leis da estatstica e o princpio do mutualismo. As leis da estatstica e o princpio do mutualismo so as tcnicas bsicas utilizadas na operao do seguro.

6.2 . Finalidade e Caractersticas

A morte de uma pessoa, deixando desamparados aqueles que dependem de sua atividade, ou a destruio de coisas ou bens fazendo desaparecer ou reduzir-se o patrimnio so acontecimentos que o homem procurou reparar por intermdio de uma instituio. O seguro foi o organismo que se criou e que progressivamente vem se aperfeioando para restabelecer o equilbrio perturbado. O segurado a pessoa fsica ou jurdica perante a qual o segurador assume a responsabilidade de determinado risco. O prmio, tambm elemento essencial do contrato de seguro, o pagamento feito pelo segurado ao segurador, ou seja, o preo do seguro para o segurado. Os parmetros para clculo do prmio so: prazo do seguro; importncia segurada; e exposio ao risco. O prazo de seguro normalmente de 12 meses, mas nada impede que sejam calculados prmiosa prazos inferiores (curto prazo) ou superiores (longo prazo).

6.3 . Conceitos importantes

6.3.1 Resseguradora

a pessoa jurdica, seguradora e/ou resseguradora que aceita, em resseguro, a totalidade ou parte das responsabilidades repassadas pela seguradora direta, ou por outros resseguradores, recebendo esta ltima operao o nome de retrocesso.

6.3.2 Seguradora

Empresas que operam na aceitao dos riscos de seguro, respondendo, junto ao segurado, pelas obrigaes assumidas. No podem explorar qualquer outro ramo de comrcio ou indstria. S podem operar em seguros para os quais tenham autorizao. Esto sujeitas a normas, instrues e fiscalizao da SUSEP e do IRB. No esto sujeitas falncia, nem podem impetrar concordata.

a) Corretor de Seguros:

Pessoa fsica ou jurdica, o intermedirio legalmente autorizado a angariare promover contratos de seguros entre as sociedades seguradoras e as pessoas fsicas ou jurdicas. O corretor no pode aceitar ou exercer empregos pblicos, manter relao de emprego ou de direo com companhias seguradoras, sendo ainda responsvel civilmente perante os segurados e as sociedades seguradoras pelos prejuzos que a eles causar por omisso, impercia ou negligncia, no exerccio de sua profisso. O corretor est sujeito s normas, instrues e fiscalizao da SUSEP.

b) Inspeo de Riscos:

Em determinados ramos de seguros, h necessidade e obrigatoriedade de uma inspeo prvia no risco ou riscos a segurar. Essa inspeo feita por vrios motivos, principalmente para determinao da taxa aplicvel ao seguro. O tcnico que faz a inspeo de risco chamado de inspetor de risco, que encarregado de examinar o objeto do seguro, descrevendo a atividade e instalaes, examinando os pontos crticos, avaliando a exposio ao risco coberto, bem como propondo aes e medidas que minimizem a materializao de sinistros.

c) Regulador de Sinistros:

Tcnico indicado pelos (re)seguradores nos seguros de que participam, para proceder o levantamento dos prejuzos indenizveis.

d) rbitro regulador:

Tcnico que, vista dos documentos examinados, capaz de definir, em um sinistro, as responsabilidades envolvidas e respectivas participaes.

e) Perito de Sinistros:

Tcnico especialista, ou sabedor das nuances, caractersticas e condies tarifrias (gerais, especiais e particulares) de determinado tipo de risco sinistrado.

6.4.1 Princpios

6.4.1. Primeiro Princpio

A empresa no deve assumir riscos que possam supor perdas que conduzam aum desequilbrio financeiro irreversvel.

6.4.2.Segundo Princpio

A empresa no deve aceitar riscos cujo custo seja superior rentabilidade esperada da atividade geradora de tal risco.

6.5. Franquia

Dizemos que franquia o valor inicial da importncia segurada at o qual o segurado o segurador de si prprio, ou seja, se dissermos que num seguro h uma franquia de um certo valor, isto quer dizer que prejuzos at este valor sero suportados pelo segurado.

6.5.1. Tipos de Franquia

Franquia dedutvel: o valor reduzido de todos os prejuzos; a mais utilizada; Franquia simples: no momento que o prejuzo ultrapassa seu valor, ele deixa de ser deduzido.

EXEMPLO:

Importncia segurada: R$ 500 milFranquia: 10%.Considerando os 2 tipos de franquia, e os seguintes prejuzos: R$ 6 mil; R$ 50 mil; R$ 120 mil

Franquia dedutvel: R$ 50 mil R$ 6 mil < franquia: no h indenizaoR$ 50 mil = franquia: no h indenizaoR$ 120 mil > franquia: indenizao de R$ 70 mil

Franquia simples: R$ 50 mil R$ 6 mil < franquia: no h indenizaoR$ 50 mil = franquia: no h indenizaoR$ 120 mil > franquia: indenizao de R$120 mil

6.6. Seguros Proporcionais e No Proporcionais

6.6.1. Seguros Proporcionais

Na maioria dos seguros de materiais, equipamentos, instalaes, etc., os seguros so proporcionais, ou seja, voc s recebe o valor total do prejuzo se seu seguro estiver suficiente; este o princpio da clusula de rateio, onde:

I - IndenizaoP - PrejuzoIS- Importncia seguradaVR - Valor em Risco

6.6.2. Seguros No Proporcionais

Neste tipo de seguro, no se cogita o valor em risco para o clculo de indenizao. O segurador paga pelos prejuzos ocorridos at o limite da importncia segurada sem aplicar o rateio.

EXEMPLO:

Considerando a seguinte situao: IS: R$ 1,5 Milhes.Sinistro com prejuzo de R$ 400 mil.O seguro proporcional.Calculando o valor da indenizao, considerando um VR de:

a) R$ 500 mil I = 1,2 milhes

b) R$ 1,5 Milhes I = 400 mil

c) R$ 2 Milhes I = 300 mil

6.7. Vantagens e Desvantagens

6.7.1. Vantagens

A indenizao aps uma perda garante a continuidade da operao, com pequena ou nenhuma reduo da operao. A incerteza reduzida, permitindo um planejamento a longo prazo. Seguradoras podem prover servios tais como: controle de perdas, anlise de exposies e determinao do valor da perda. Os prmios de seguro so considerados como despesas dedutveis para fins de imposto de renda.

6.7.2. Desvantagens

O prmio pode ser significativo e pago antecipadamente perda. Tempo e dinheiro considerveis so aplicados escolha das seguradoras e negociao das condies. A implantao de um programa de controle deperdas pode sofrer um relaxamento com a existncia do seguro.

7. ESTRUTURA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS.

TIPO I(1)TIPO II(2)

Informaes de segurana de processoInformaes de segurana de processo

Reviso dos riscos de processos

Gerenciamento de modificaes

Manuteno e garantia da integridade de sistemas crticosManuteno e garantia da integridade de sistemas crticos

Procedimentos operacionaisProcedimentos operacionais

Capacitao de recursos humanosCapacitao de recursos humanos

Investigao de incidentes

Plano de ao a emergncias (PAE)Plano de ao a emergncias (PAE)

Auditorias

(1) Para empreendimentos de mdio e grande porte. (2) Para empreendimentos de pequeno porte. Fonte: Cetesb (2003). Para empreendimentos de mdio e grande porte. Para empreendimentos de pequeno porte.Fonte: Cetesb (2003).

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ARAUJO E LIMA, Jlio C. de & LOPES, Joo C. G. Estudos de Perigos e Operabilidade (Hazards and Operability Studies). Curso de Engenharia da Confiabilidade. IBP - Instituto Brasileiro de Petrleo. 1994.DE CICCO, Francesco & FANTAZZINI, Mrio L. Introduo Engenharia de Segurana de Sistemas. FUNDACENTRO, So Paulo, 1985.JONES, D. W.. Lessons from HazOp experiences. Hydrocarbon Processing. April, 1992.OLIVEIRA, Maria Ceclia de. HazOp - Anlise de Perigos e Operabilidade. Curso Tcnicas de Anlise de Risco. CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. So Paulo, 1993.PONZETTO, Gilberto. Manual Prtico de Mapa de Riscos Editora LTR, 2002.TAVARES, Jos da Cunha. Noes de Preveno e Controle de Perdas em Segurana do Trabalho Editora SENAC,1996.I Seminrio Internacional de Engenharia e Anlise de Riscos em Industrias Qumicas e Petroqumicas. ABGR e UFBA. Salvador - Brasil, 1987.