análise financeira: usiminas e u.s. steel

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO RAFAEL AUGUSTO DA SILVA ANÁLISE FINANCEIRA USIMINAS Trabalho de análise de análise financeria para aprovação na disciplina de Análise Financeira I: Gestão do Capital de Giro da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Docente Responsável: Prof. Dr. Alberto Borges Matias. RIBEIRÃO PRETO MAIO DE 2011

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Análise financeira da Usiminas que fiz para a disciplina Analise financeira I: gestao do capital de giro (falta uma revisão completa)

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Page 1: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE

RIBEIRÃO PRETO

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

RAFAEL AUGUSTO DA SILVA

ANÁLISE FINANCEIRA – USIMINAS

Trabalho de análise de análise financeria

para aprovação na disciplina de Análise

Financeira I: Gestão do Capital de Giro da

Faculdade de Economia, Administração e

Contabilidade de Ribeirão Preto da

Universidade de São Paulo.

Docente Responsável: Prof. Dr. Alberto

Borges Matias.

RIBEIRÃO PRETO

MAIO DE 2011

Page 2: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

2

SUMÁRIO

1 Diagnóstico Financeiro ................................................................................................. 6

1.1 Análise Macro-financeira ....................................................................................... 6

1.2 Análise Nacional ..................................................................................................... 6

1.3 Análise Internacional ............................................................................................ 11

1.3.1 Estados Unidos .............................................................................................. 11

1.3.2 China ............................................................................................................. 16

1.3.3 Japão .............................................................................................................. 20

1.4 Análise Setorial..................................................................................................... 23

1.5 Análise dos Indicadores E2S ................................................................................ 26

1.6 Projeções ............................................................................................................... 29

1.6.1 Macrofinanceira Nacional ............................................................................. 29

1.6.2 Macrofinanceira Internacional ...................................................................... 29

1.6.3 Setorial Siderurgia ......................................................................................... 30

1.6.4 Empresarial, Usiminas .................................................................................. 31

1.6.5 Balanço e Indicadores da USIMINAS para 2011 e 2012 .............................. 31

2 Análise de Risco de Crédito ........................................................................................ 34

2.1 Análise de Restritivos ........................................................................................... 34

2.2 Análises de Crédito ............................................................................................... 35

2.3 Parecer Sobre Crédito ........................................................................................... 38

3 Análise da Administração do capital de giro .............................................................. 39

3.1 Analise das Demonstrações de Origens e Aplicações dos Recursos .................... 39

3.1.1 Dimensionamento da necessidade de Capital de Giro .................................. 41

3.2 Administração do Capital de Giro da Empresa .................................................... 43

3.2.1 Gestão de Contas a Receber .......................................................................... 43

3.2.2 Gestão de Estoques ........................................................................................ 44

3.2.3 Gestão de Financiamentos a curto prazo ....................................................... 48

3.2.4 Gestão Tributária ........................................................................................... 50

3.2.5 Sistemas de Informação ................................................................................ 51

3.2.6 Gestão de Tesouraria ..................................................................................... 52

3.2.7 Gestão da Geração de Valor do Capital de Giro ........................................... 55

3.2.8 Gestão do Capital de Giro Internacional ....................................................... 56

3.2.9 Impactos Comportamentais na Gestão do Capital de Giro ........................... 57

3.2.10 Parecer ........................................................................................................... 58

4 Gestão do Capital de Giro internacional ..................................................................... 59

Page 3: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

3

4.1.1 Projeção ......................................................................................................... 59

4.1.2 Análise Economico-financeira ...................................................................... 61

4.1.3 Parecer de Crédito ......................................................................................... 62

4.1.4 Análise dos Demonstrativos de Fluxo de Caixa ............................................ 64

4.1.5 Análise da Administração do capital de giro ................................................ 66

4.1.6 Parecer ........................................................................................................... 71

5 Competitividade da Gestão do Capital de Giro das Empresas Brasileiras .................. 72

6 Referências bibliográficas ........................................................................................... 73

7 Anexos ......................................................................................................................... 76

7.1 Anexo 1 – Balanços Padronizados, atualizados, 2001-2010. ............................... 76

7.2 Anexo 2 – Índices Modelo E2S ............................................................................ 80

7.3 Anexo 3 – Demonstrativos Financeiros Padronizados U.S. Steel ........................ 83

7.4 Anexo 4 – Indicadores Financeiros U.S. Steel ..................................................... 87

7.5 Anexo 4 – Empresas Utilizadas para Geração da Pontuação dos indicadores ..... 92

Page 4: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

4

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Indicadores financeiros Pontuação ..................................................................... 26 Tabela 2 - Índices ................................................................................................................ 35

Tabela 3 - Índices comparativos 3T10 (fonte: www.infomoney.com.br) ........................... 37 Tabela 4 - Demonstração das Origens e Aplicações de Recurso (fonte:

www.infoinvest.com.br) ...................................................................................................... 39 Tabela 5 - Matérias Primas e Fornecedores (fonte: USIMINAS, 2007) ............................. 45 Tabela 6 - Matérias Primas e Fornecedores (fonte: USIMINAS, 2008) ............................. 45

Tabela 7 - Composição dos estoques .................................................................................. 45 Tabela 8 - Receita por serviço (fonte: USIMINAS, 2009) ................................................. 47 Tabela 9 - Fontes Operacionais ........................................................................................... 48 Tabela 10 - Contas a Receber de Clientes (fonte: USIMINAS, 2011) ............................... 49 Tabela 11 - Composição dos Estoques ................................................................................ 50

Tabela 12 - Tributos (fonte: USIMINAS, 2011) ................................................................ 51 Tabela 13 - Fluxo de Caixa 2006 a 2010 ............................................................................ 52

Tabela 14 - Demonstração do Valor Adicionado 2006-08 (fonte:

http://usiminas.infoinvest.com.br/) ..................................................................................... 55 Tabela 15 - Negócios Internacionais ................................................................................... 56 Tabela 16 - Fornecedores estrangeiros ................................................................................ 57

Tabela 17 - Projeção DFCs U.S. Steel ................................................................................ 59 Tabela 18 - At. Permanente e PL ........................................................................................ 62 Tabela 19 - Empréstimos e % do PL ................................................................................... 63

Tabela 20 - Fluxo de Caixa (fonte: http//us.advfn.com) ..................................................... 64

Page 5: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

5

Índice de Figuras

Figura 1 - IPCA (fonte: IPEADATA) ................................................................................... 7 Figura 2 - Taxa de Câmbio (fonte: IPEADATA) .................................................................. 8

Figura 3 - Renda média (fonte: IPEADATA) ....................................................................... 8 Figura 4 - Desemprego (fonte: IPEADATA) ........................................................................ 9 Figura 5 - PIB Per capita (fonte: IPEADATA) ..................................................................... 9 Figura 6 - PIB real (fonte: IPEADATA) ............................................................................. 10 Figura 7 - Investimento real (fonte: IPEADATA) .............................................................. 10

Figura 8 - NASDAQ (fonte: IPEADATA) ......................................................................... 11 Figura 9 - PIB EUA (fonte: IPEADATA) ........................................................................... 12 Figura 10 - (fonte: OCDE apud. MATIAS, 2007) .............................................................. 12 Figura 11 - Juros EUA (fonte: IPEADATA) ...................................................................... 14 Figura 12 - Euro/US$ (fonte: IPEADATA) ....................................................................... 14

Figura 13 - IPC EUA (fonte: IPEADATA) ........................................................................ 15 Figura 14 - Desemprego EUA (fonte: IPEADATA) .......................................................... 15

Figura 15 - PIB per capita (fonte: IPEADATA) ................................................................ 16 Figura 16 - PIB China (fonte: IPEADATA) ...................................................................... 16 Figura 17 - (fonte: Inepad apud MATIAS, 2007) ............................................................... 17 Figura 18 - China PIB per capita (fonte: IPEADATA) ...................................................... 18

Figura 19 - Taxa de Cãmbio - yuan/US$ (fonte: IPEADATA) ......................................... 18 Figura 20 - China IPC (fonte: IPEADATA) ...................................................................... 19 Figura 21 - (fonte: Internacional Labor Organization apud. MATIAS, 2007) ................... 19

Figura 22 - (fonte: Indexmundi, 2011) ................................................................................ 20 Figura 23 - PIB Japão (fonte: IPEADATA) ....................................................................... 20

Figura 24 - Balança comercial Japão (fonte: IPEADATA) ............................................... 21 Figura 25 - PIB Japão (fonte: IPEADATA) ....................................................................... 21

Figura 26 - Desemprego Japão (fonte: IPEADATA) ......................................................... 22 Figura 27 - Juros Japão (fonte: IPEADATA)..................................................................... 22

Figura 28 - IPC Japão (fonte: IPEADATA) ........................................................................ 23 Figura 29 - Câmbio Japão (fonte: IPEADATA) ................................................................ 23 Figura 30 - (fonte: Instituto Aço Brasil, 2010)................................................................... 24

Figura 31 - Produção Aço (fonte: IPEADATA) ................................................................ 24 Figura 32 - Produção Aço por empresa (fonte: Instituto Aço Brasil, 2010) ....................... 25

Figura 33 - Produção Mundial de Aço (fonte: Instituto Aço Brasil, 2010) ........................ 26 Figura 34- PIB Mundial – projeção (fonte: IPEADATA) ................................................... 30 Figura 35 - Créditos e Contas a Receber ............................................................................. 43

Figura 36 - Percentagem - Créditos sobre Ativo Circ. ........................................................ 44 Figura 37 - Giro de Estoques ............................................................................................... 46

Figura 38 - Aplicação em Estoques ..................................................................................... 47

Figura 39 - Fluxo de Caixa .................................................................................................. 54

Figura 40 - Ativo, Passivo e PL .......................................................................................... 61 Figura 41 - Receita Líquida e Resultado do Exercício ........................................................ 62 Figura 42 - Disponibilidades ............................................................................................... 66 Figura 43 - Estoques ............................................................................................................ 68 Figura 44 - Percentagem dos Estoques na Receita Líquida ................................................ 68

Figura 45 - Créditos ............................................................................................................. 69 Figura 46 - Impostos ........................................................................................................... 70 Figura 47 - Percentagem Impostos Sobre Passivo .............................................................. 70

Page 6: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

6

1 DIAGNÓSTICO FINANCEIRO

O atual trabalho visa fazer uma analise financeira retrospectiva dos últimos dez

anos e prospectiva para os próximos dois anos da empresa do setor de siderurgia, Usinas

Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (CNPJ: 60.894.730/0001-05) que utiliza o nome

comercial de USIMINAS.

Inicialmente faremos uma análise macro-financeira nacional e internacional,

seguida de uma analise setorial. Apresentaremos a analise das fontes de financiamento,

depois de risco de crédito, seguindo uma analise de estoques e analise dos indicadores do

modelo E2S. E para finalizar a projeção para os próximos dois anos: macro-financeira e

para a USIMINAS.

Os Demonstrativos Financeiros Padronizados da empresa (de 2001 a 2011) serão

encontrados no anexo 1 deste documento. E o valor de todos os indicadores E2S serão

encontrados no anexo 2.

1.1 ANÁLISE MACRO-FINANCEIRA

Nesse capítulo faremos a analise nacional e posteriormente a análise internacional.

Os países escolhidos para a análise internacional foram

a) Estados Unidos: pela sua relevância global e por ser responsável por 6% das

exportações da USIMINAS em 2010.

b) China: por se tratar do maior comprador externo do aço da empresa analisada,

representou 16% das vendas externas da empresa em 2010.

c) Japão, pelo fato de que o conglomerado japonês Nippon Steel é atualmente o

controlador e maior investidor da USIMINAS.

1.2 ANÁLISE NACIONAL

O ano de 2001 foi o período final do mandato de Fernando Henrique Cardoso. Foi

um ano conturbado nacionalmente e internacionalmente:

No ano de 2001, tem-se uma mudança na trajetória de crescimento em

função dos choques externos (pressões cambiais em função da crise da

Argentina), que promoveu outra desvalorização do Real frente ao Dólar

e a crise energética (racionamento de energia no país) promovendo

Page 7: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

7

redução do consumo e pressões de custo. Houve pressões inflacionárias

em função da nova desvalorização cambial (interrompendo o processo

de queda nas taxas de juros), retraindo os investimentos nos anos de

2001 e 2002. (MATIAS, 2007)

Fatos que trouxeram à tona a fragilidade da economia brasileira.

As eleições de 2002 trouxeram muitas incertezas para o mercado, agravando esse

cenário de recessão. O IPCA disparou junto com vários outros indicadores diante da

incerteza de como seria a política de então eleito presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Abaixo o gráfico mostrando as variações do IPCA desde 1996.

Figura 1 - IPCA (fonte: IPEADATA)

A política de FHC era tida como a que possuiu o objetivo final de estabilizar a

economia como um todo e principalmente a inflação. A inflação era um terror que

assombrava gerações brasileiras que viveram em épocas que esta chegava a 80% ao mês. O

sentimento de insegurança dos investidores estrangeiros diante dessa transição política

traduziu-se pelo considerável aumento da taxa de cambio (a mais alta dos últimos 10 anos),

do risco-país, das taxas de juros e do índice Bovespa:

Nesse período (dezembro de 2002), o índice IBOVESPA somava 11.268

pontos, o risco pais aproximava-se dos 1.446 pontos e a cotação da

moeda americana (1 US$) chegava a R$ 3,54, enquanto a taxa de juros

SELIC chegou ao patamar de 25% ao ano e as reservas internacionais

não passavam de US$ 37,8 bilhões. Os títulos da dívida brasileira

chegaram a se desvalorizar em 20%. (MATIAS, 2007)

Page 8: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

8

Figura 2 - Taxa de Câmbio (fonte: IPEADATA)

O inicio da política de Lula visou acalmar o mercado. Seu plano econômico seguiu

as diretrizes já impostas pelo governo atual. O novo governo cumpriu todas as medidas já

formadas no governo anterior e se caracterizou muito pela política de divisão de rendas. De

modo geral houve um aumenta da renda média real, gráfico abaixo.

Figura 3 - Renda média (fonte: IPEADATA)

E também uma diminuição das taxas de desemprego.

Page 9: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

9

Figura 4 - Desemprego (fonte: IPEADATA)

Essa evolução em termos sociais é condizente com a evolução econômica não só do

país, mas do mundo nesses últimos anos. Abaixo, o gráfico do PIB per capita.

Figura 5 - PIB Per capita (fonte: IPEADATA)

O PIB per capita evolui quase linearmente passando de US$ 7,04 mil em 2000 para

US$ 8,33 mil em 2009.

Page 10: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

10

Figura 6 - PIB real (fonte: IPEADATA)

Tirando as sazonalidades, o PIB real seguiu uma linha crescente de aumento,

acompanhado a tendência mundial de crescimento. Embora seu crescimento ficasse aquém

de outros países emergentes, seus pontos mínimos de crescimento no período foram o já

citado período da transição política FHC-Lula e a crise econômica de 2008.

O investimento real segue uma trajetória parecida com a variação do PIB. O

período da transição do governo foi marcado por taxas negativas de investimento

(calculado segundo o IPEADATA pela “variação percentual em relação ao mesmo período

do ano anterior”) no determinado período, tendo também seu ponto mínimo em 2009 como

consequência da crise financeira que abalou o mundo naquele período.

Figura 7 - Investimento real (fonte: IPEADATA)

Page 11: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

11

1.3 ANÁLISE INTERNACIONAL

1.3.1 ESTADOS UNIDOS

Os Estados Unidos é a maior economia global. Segundo o FMI seu PIB em 2010

equivale a US$ 14.624,184 bilhões, sendo maior do que a soma dos três outros maiores

PIBs do mundo, a saber, China, Japão e Alemanha.

O período da análise corresponde de 2001 à 2010, o que equivale aos dois

mandatos do presidente George W. Bush. Eleito em 2000, Bush tomou posse no inicio de

2001. Seu mandato iniciou-se fraco com imagem de uma polêmica eleição. O País já

estava com uma retração na economia devido ao estouro da Bolha das empresas “ponto

com” na bolsa de valores eletrônica NASDAQ como podemos ver no gráfico abaixo: em

2000 o índice da bolsa atingiu seu ápice iniciando um processo de queda que só iniciou um

processo concreto de crescimento em 2003.

Figura 8 - NASDAQ (fonte: IPEADATA)

No PIB (abaixo) também podemos ver essa retração no período.

Page 12: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

12

Figura 9 - PIB EUA (fonte: IPEADATA)

Em 11 de setembro de 2001 ocorreram os atentados terroristas no World Trade

Center em Nova Iorque e no Pentágono em Washington. As bolsas de valores de Dow

Jones e NASDAQ ficaram fechadas durante alguns dias, na reabertura registravam

drásticas quedas. O PIB do país após esse período mostrou grande crescimento,

provavelmente boa parte devido aos gastos públicos terem aumentado com as intervenções

militares no Afeganistão e, posteriormente, Iraque.

Figura 10 - (fonte: OCDE apud. MATIAS, 2007)

Os EUA vinham de um grande período em que seus gastos superavam sua receita e

estavam em um período de equilíbrio entre as contas. Com o inicio da “Guerra ao Terror” a

voltou ao seu estado de déficit orçamentário. O então governo Bush, que até o momento

dos atentados era tido como fraco, passou a adquirir grande aprovação com a intervenção

militar em resposta aos ataques. Esse foi um período que causou instabilidade no mundo,

Page 13: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

13

houve aumento no preço do petróleo que ocasionou uma piora na balança comercial dos

EUA (MATIAS, 2007). Ainda segundo Matias (2007):

“Apenas em 2004 os investidores retomaram a confiança na economia

norte americana e aumentaram os investimentos, resultando em uma

melhora dos indicadores financeiros, notadamente no índice de

desemprego que caiu de 6,4% em junho de 2003, para 5,6% no mesmo

período de 2004.”

Desde então a economia americana continuou crescendo em um bom ritmo até

sofrer com outra crise econômica, dessa vez só comparada com a de 1929. A Crise

financeira de 2008-2009 começou através de uma crise de hipotecas subprime.

Hipotecas subprime são empréstimos residenciais que não se encaixam

nos critérios de hipotecas prime, ou seja, são empréstimos que possuem

menor expectativa de pagamento integral. O empréstimo subprime facilitou a expansão da compra do imóvel próprio para as comunidades

mais pobres que são geralmente consideradas muito arriscadas para os

empréstimos tradicionais. (MATIAS, 2007)

O grande número de inadimplência começou a fazer com que houvesse um

mercado mobiliário com grande oferta de residências. Os bancos não conseguiam se livrar

mais dessas casas que adquiriam em hipotecas realizadas, aumentando assim sua

quantidade de ativos de difícil realização e havendo ao mesmo tempo a massiva

desvalorização desses; até que, em linhas gerais, os bancos não possuíam capital de giro

para manter suas operações, levando alguns à insolvência. A crise começou por atingir os

Bancos que fizeram tais tipos de investimentos, e posteriormente seguradoras que criaram

seguros contra a inadimplência desse tipo de empréstimo; tudo isso gerou quedas históricas

nas bolsas de valores num efeito dominó de queda de cotações que contaminou as bolsas

de todo o mundo. As conseqüências desse caso podem ser vistas nos gráficos mostrados

acima, inclusive do Brasil, e será notado em boa parte das subseqüentes analises.

O Federal Reserve (Banco Central dos EUA, FED)

Tanto na crise de 1991, quanto na crise de 2001 (...) optou por diminuir a

taxa de juros básica. A diminuição dos juros aumenta a liquidez na

economia, uma vez que diminui o custo de capital e pode atuar como um

impulso para o consumo. (MATIAS, 2007)

Page 14: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

14

Figura 11 - Juros EUA (fonte: IPEADATA)

A taxa de juros básica corrente desde janeiro de 2009 é de 0,125%.

A moeda americana tornou-se cada vez mais desvalorizada no mercado

internacional. Desde 2001 ela vinha apresentando certa queda diante do Euro, até atingirem

suas menores cotações com a crise de 2008-09.

Figura 12 - Euro/US$ (fonte: IPEADATA)

A atual baixa do dólar em relação ao real brasileiro pode ser explicada em partes

por esse contínuo fenômeno de desvalorização do dólar que vem ocorrendo.

Page 15: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

15

Figura 13 - IPC EUA (fonte: IPEADATA)

Acima mostramos o IPC no período. Os EUA vinham com uma constante e leve

inflação que deu uma retraída devido à grande queda no consumo interno e aumento da

oferta de produtos.

Figura 14 - Desemprego EUA (fonte: IPEADATA)

A taxa de desemprego (acima) que vinha sofrendo oscilações desde 2000, no ano de

2008 atingindo patamares em torno de 9%. Os EUA e sua população entraram numa crise

há muito tempo não vista. O PIB per capita (abaixo) que vinha em um aumento anual,

começou se estagnar e diminuir.

Page 16: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

16

Figura 15 - PIB per capita (fonte: IPEADATA)

1.3.2 CHINA

É um lugar comum dizer que na China tudo é grande. É um dos maiores países em

termos de território; possui a maior população do planeta; seu PIB real já é o segundo

maior do mundo, perdendo somente para os EUA, e o que mantêm maiores taxas de

crescimento no mundo. Nesse nível de crescimento analistas acreditam que o PIB chinês

irá superar o estadosunidensses até 2020. Abaixo o gráfico de crescimento do PIB em

paridade do poder de compra.

Figura 16 - PIB China (fonte: IPEADATA)

A China é uma economia socialista de mercado. Sua economia é planificada pelo

governo e executada pela livre iniciativa. Mas nem sempre foi assim, esse novo modelo

surgiu com Deng Xiaoping.

Page 17: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

17

Em 1978, após um período de prolongada seca, o governo foi forçado a

afrouxar os controles sobre a atividade agrícola. Pelas novas regras, os

produtores agrícolas podiam reter parte de sua produção para consumo

ou venda. Essa oportunidade estimulou muito os camponeses e a

produtividade agrícola aumentou bastante. O sucesso das reformas

agrícolas logo foi adaptado para a indústria e estas rapidamente

obtiveram sucesso com o relaxamento dos rigorosos controles estatais.

No final da década de 70, também foram criadas as ZEE (Zonas

Econômicas Especiais), responsáveis por grande produção industrial e

comércio com o exterior. (MATIAS, 2007)

A modificação de sua postura econômica abriu as portas para um crescimento

gigantesco e ganhar participação e espaço seja político ou econômico no mundo. Hoje a

China faz parte da ONU, da OMC, do FMI, entre outros órgãos internacionais de prestígio

e de suma importância.

Seu grande crescimento pode ser explicado em grande parte pelo país ter se tornado

um grande exportador de bens faturados para o mundo. Abaixo apresentamos a balança

comercial da China.

Figura 17 - (fonte: Inepad apud MATIAS, 2007)

Apesar de seu crescimento gigantesco o PIB per capita não atinge grandes níveis se

comparado aos demais países de tamanha economia. Por exemplo, o PIB per capita

brasileiro, é maior que o chinês. Abaixo o gráfico em US$ de sua evolução.

Page 18: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

18

Figura 18 - China PIB per capita (fonte: IPEADATA)

Uma das explicações do grande nível de exportações chinesas é a política cambial

de manter a sua moeda (o Yuan) desvalorizada. Os produtos ficam mais baratos ao serem

produzidos na China do que em outro lugar. Mas mesmo assim a partir de 2005, o Yuan

teve alguma valorização diante do dólar.

Figura 19 - Taxa de Cãmbio - yuan/US$ (fonte: IPEADATA)

A inflação chinesa era muito inconstante. Mas nos últimos 10 anos se comportou de

modo relativamente mais estável. Ela é geralmente baixa e chegou a pontos de deflação em

2009, provavelmente como efeito da crise financeira norte-americana.

Page 19: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

19

Figura 20 - China IPC (fonte: IPEADATA)

A mão de obra chinesa em termos comparativos é uma das mais baratas e

abundantes do mundo. Segundo o documentário de Micha Peled, China Blue, o pais vem

sofrendo um processo de êxodo rural muito forte, o que vem fornecendo força de trabalho

abundante para as fabricas. Abaixo dois gráficos sobre desemprego na China, o primeiro

cobrindo de 1990 a 2005, o segundo de 2005 a estimativa para 2011.

Figura 21 - (fonte: Internacional Labor Organization apud. MATIAS, 2007)

Page 20: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

20

Figura 22 - (fonte: Indexmundi, 2011)

1.3.3 JAPÃO

O Japão é atualmente a terceira maior economia do mundo, perdendo apenas para

EUA e China. Ele girou nos últimos anos na faixa dos ¥500 trilhões. Por se tratar de uma

das grandes superpotência do mundo desenvolvido, a variação do PIB mostrada no gráfico

abaixo se assemelha com a dos EUA, já tratada nesse trabalho, porém com variações mais

drásticas.

Figura 23 - PIB Japão (fonte: IPEADATA)

De 2001 a 2003 o Japão apresentou recessão como uma conseqüência da crise da

bolha das “ponto com” e dos atentados terroristas nos EUA. A Economia se recuperou

tendo crescimento consideráveis para novamente entrar em uma forte recessão, dessa vez

causa pela crise americana que contaminou o mundo em 2008-2009, mas houve uma

recuperação e volta para os patamares de 2005 no ano de 2010.

Page 21: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

21

O Japão é um país grande produtor de tecnologias, altamente industrializado porém

dependente do mercado externo para obtenções de matéria prima. Apesar de suas altas

importações de matéria prima, sua balança comercial é positiva devido a grandes

exportações de produtos acabados.

Figura 24 - Balança comercial Japão (fonte: IPEADATA)

A população do Japão é estimada em 127,9 milhões de pessoas. Sua renda per

capita não está entre as maiores do mundo, mas é uma das maiores entre os países do G7.

Ela vinha num crescimento constante, mas foi abalado pela crise de 2008-09.

Figura 25 - PIB Japão (fonte: IPEADATA)

A força de trabalho no Japão é tida como uma das mais especializadas no mundo.

Sua capacidade de gerar revoluções tecnológicas deve-se em boa parte a esses

profissionais. A taxa de desemprego no período girou em torno de 5%

Page 22: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

22

Figura 26 - Desemprego Japão (fonte: IPEADATA)

Os desempregos mostram maiores taxas em 2002, um pico em 2007 e no começo

de 2009. Reflexos respectivamente da crise mundial de 2001, de uma mudança agressiva

na variação na base monetária em 2007 (ROQUE, 2010), e a crise financeira mundial de

2008-2009.

Figura 27 - Juros Japão (fonte: IPEADATA)

Segundo Roque (2010) em 2007 o governo aumentou os juros (gráfico acima) para

conter uma onda de deflação que vinha ocorrendo, (gráfico abaixo). A atitude foi capaz de

fazer com que a inflação não fosse mais negativa, porém afetou a taxa de emprego naquele

período. Porém o mesmo voltou rapidamente a patamares anteriores.

Page 23: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

23

Figura 28 - IPC Japão (fonte: IPEADATA)

O Yene, moeda japonesa, apresentava sazonalidade de variação até 2008. Diante da

crise financeira desse ano, e do enfraquecimento do dólar como moeda, visto no mundo

todo, o Yene apresentou valorização diante do dólar a partir de 2008; chegando hoje em

dia a preços históricos de alta diante do dólar.

Figura 29 - Câmbio Japão (fonte: IPEADATA)

1.4 ANÁLISE SETORIAL

A siderurgia brasileira atende prioritariamente ao mercado interno. Em relação ao

consumo interno de aço, muito pouco do aço que o mercado nacional demanda é

importado.

Page 24: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

24

Figura 30 - (fonte: Instituto Aço Brasil, 2010)

O Brasil vem passando por um período de forte crescimento. As novas políticas de

investimento em infra-estrutura fizeram com que nos últimos anos a produção de aço

apresentasse crescimento. A quantidade recorde de aço produzida foi atingida um pouco

antes da crise mundial de 2008-2009.

Figura 31 - Produção Aço (fonte: IPEADATA)

Depois do ápice da produção antes da crise, a capacidade instalada tornou-se muito

ociosa. O crescimento retomou, mas ainda não atingiu o mesmo patamar.

Existe, desde a crise econômica em 2008, elevado desbalanceamento

entre a capacidade de produção e o consumo mundial de produtos

siderúrgicos. O excedente de capacidade na produção de aço mundial

gira, hoje [dezembro de 2010], em torno de 500 milhões de toneladas,

segundo o World Steel Association . Em consequência disso os preços

no mercado mundial estão artificialmente baixos e as condições de

financiamento incompatíveis com as práticas usuais do mercado.

(INSTITUTO AÇO BRASIL, 2010)

Page 25: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

25

Desde a época desse informativo até hoje, o preço do aço, assim como das

commodities em geral subiram. O aço vive um momento de preços altos em que boa parte

é explicado pelo terremoto ocorrido em 11 de março no Japão.

As condições atuais do mercado de aço resultam em alta dos preços da

commodity, dificuldade de suprimento da demanda e grande aumento da

volatilidade das cotações. Esta volatilidade incentiva a busca por meios

de redução dos riscos para os agentes deste mercado. Esta é a função

primordial dos contratos futuros e de opções de aço. (WIKI-ADVFN,

2011)

Nesse contexto o Brasil mostra-se um dos dez maiores produtores de aço do mundo

produzindo 25,3 milhões de toneladas em 2009. Essa produção é dividida da seguinte

maneira:

Figura 32 - Produção Aço por empresa (fonte: Instituto Aço Brasil, 2010)

A empresa analisada nesse trabalho, a USIMINAS, representa a segunda maior

produtora de aço bruto do Brasil. Que é o nono maior produtor de aço do mundo como

podemos ver na tabela a seguir:

Page 26: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

26

Figura 33 - Produção Mundial de Aço (fonte: Instituto Aço Brasil, 2010)

1.5 ANÁLISE DOS INDICADORES E2S1

Num sistema de pontuação variando de 0 a 9, usando como comparação cerca de 40

empresas nacionais de diversos setores, chegamos na seguinte pontuação para a

USIMINAS:

Tabela 1 - Indicadores financeiros Pontuação

Indicadores: pontuação (0 a 9) 2001 2002 2003 2004 2005

Cap

taçã

o

Capitalização Ajustada 2 2 3 4 7

Capitalização Seca 2 3 3 4 7

Endividamento Ajustado Total 2 1 3 3 7

Endividamento Seco 2 2 3 3 6

Captação de Curto Prazo 7 6 7 8 6

Captação de Longo Prazo 2 3 2 2 3

Exigibilidades Tributárias 5 5 4 2 2

Comprometimento Bancário 5 4 6 7 6

Comprometimento com Fornecedores 8 7 8 8 8

Ap

licaç

ão

Imobilização Ajustada do Capital Próprio 2 1 2 2 4

Imobilização de Recursos não Correntes 2 2 2 3 3

Recursos de Longo Prazo em Giro 2 1 2 3 3

Recursos Próprios em Giro 2 1 2 2 5

Aplicação em Ativos de Crédito 5 6 6 5 3

Aplicaçao em Estoques 3 6 4 4 2

Aplicação em Disponibilidades 4 4 5 6 5

Aplicação em Investimentos 3 4 4 3 1

Aplicação em Imobilizado 1 1 1 1 2

1 Os índices em números absolutos estão no Anexo 2 desse documento.

Page 27: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

27

Efic

iên

cia

Despesa de Overhead - 5 5 5 5

Custo de Produção - 7 7 6 7

Despesa Administrativa - 6 6 6 6

Despesa de Comercialização - 6 6 6 6

Eficiência Operacional 0 0 0 0 0

Custo do Endividamento 8 8 7 8 8

Despesa Financeira - 8 9 8 8

Despesa Operacional 5 5 5 5 5

Provisionamento para IR e contribuições 0 7 7 7 6

Ren

tab

ilid

ades

Margem Bruta - 6 7 7 7

Margem da Atividade - 7 7 8 8

Constribuição do Resultado Financeiro - 0 0 2 7

Margem Operacional - 1 7 9 8

Margem Líquida - 1 7 9 9

Giro do Ativo Operacional 2 2 2 3 3

Giro do Ativo Total 1 1 2 3 2

Rentabilidade da Atividade do PL 6 7 7 7 7

Rentabilidade do Ativo Total (ROI) 2 1 6 8 9

Rentabilidade do Ativo Operacional 4 2 6 9 9

Rentabilidade do Patrimônio Líquido 4 2 6 8 7

Solv

enci

a Liquidez Geral 1 2 2 3 4

Liquidez Corrente 1 1 2 6 5

Liquidez Seca 1 1 2 6 4

CC

G

Coeficiente do Capital de Giro Líquido 1 1 2 6 5

Coeficiente do Capital de Giro Próprio 2 2 3 5 8

Indicadores: pontuação (0 a 9) 2006 2007 2008 2009 2010

Cap

taçã

o

Capitalização Ajustada 8 8 8 8 7

Capitalização Seca 8 8 8 8 8

Endividamento Ajustado Total 8 8 7 8 7

Endividamento Seco 8 8 7 8 8

Captação de Curto Prazo 7 5 6 6 7

Captação de Longo Prazo 3 4 3 3 2

Exigibilidades Tributárias 3 1 2 5 4

Comprometimento Bancário 7 7 5 5 6

Comprometimento com Fornecedores 7 6 6 6 6

Ap

licaç

ão Imobilização Ajustada do Capital Próprio 4 4 5 5 4

Imobilização de Recursos não Correntes 2 3 4 3 2

Recursos de Longo Prazo em Giro 3 4 5 4 4

Recursos Próprios em Giro 5 6 6 6 5

Aplicação em Ativos de Crédito 3 3 5 4 2

Aplicaçao em Estoques 2 3 2 1 2

Aplicação em Disponibilidades 7 7 5 6 7

Page 28: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

28

Aplicação em Investimentos 1 1 1 1 1

Aplicação em Imobilizado 2 2 3 2 2 Ef

iciê

nci

a Despesa de Overhead 6 6 5 6 6

Custo de Produção 7 7 7 8 9

Despesa Administrativa 6 6 6 7 8

Despesa de Comercialização 6 6 6 6 6

Eficiência Operacional 0 0 0 1 0

Custo do Endividamento 8 7 9 2 -

Despesa Financeira 8 7 9 2 -

Despesa Operacional 5 5 5 6 5

Provisionamento para IR e contribuições 6 7 6 7 -

Ren

tab

ilid

ades

Margem Bruta 7 7 7 7 7

Margem da Atividade 8 8 8 5 5

Constribuição do Resultado Financeiro 2 6 1 8 9

Margem Operacional 8 8 8 6 6

Margem Líquida 8 9 8 6 7

Giro do Ativo Operacional 3 3 2 2 2

Giro do Ativo Total 2 2 2 2 2

Rentabilidade da Atividade do PL 5 6 6 3 2

Rentabilidade do Ativo Total (ROI) 7 8 7 4 4

Rentabilidade do Ativo Operacional 8 9 7 5 5

Rentabilidade do Patrimônio Líquido 5 6 6 3 3

Solv

enci

a Liquidez Geral 5 6 6 5 5

Liquidez Corrente 8 7 8 8 9

Liquidez Seca 7 7 8 7 8

CC

G

Coeficiente do Capital de Giro Líquido 6 7 7 7 7

Coeficiente do Capital de Giro Próprio 8 9 8 9 8

Através da análise do desempenho dos indicadores e da análise dos Demonstrativos

financeiros (Anexo 1) vemos que a USIMINAS teve um expressivo crescimento nesses

últimos 10 anos. A empresa estava numa excelente fase em 2008, de recordes de

faturamento e investimento; com a crise financeira a demanda por aço decaiu

drasticamente no mundo inteiro e a empresa não ficou isolada disso. Muitos analistas

criticaram que a USIMINAS não apresentou resultados satisfatórios em 2010, o mercado

via que os resultados de 2010 deveriam demonstrar a retomada do crescimento a níveis que

apresentavam em 2008, antes da crise. A USIMINAS não apresentou resultados

comparáveis aos de 2008, mas percebe-se através de seus balanços e dos índices a

formação de uma estratégia da empresa dispor de grandes somas de capital de giro. Capital

que poderiam ter sido aplicados em outras rubricas das contas acabou sendo aplicada nas

Page 29: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

29

disponibilidades, estratégia coerente para uma empresa que vem demonstrando interesses

de realizar fortes investimentos nos próximos anos.

1.6 PROJEÇÕES

1.6.1 MACROFINANCEIRA NACIONAL

O Brasil foi considerado um dos países que melhores lidou com a crise. A crise

financeira de 2008-09 atingiu, sim, o Brasil, porém não de uma forma tão impactante como

em outros países. Muito da crise econômica não ter atingido o Brasil com tamanha força

deve-se as políticas econômicas para gerar liquidez tomada pelo Brasil. Isso evitou uma

retração do consumo e conseqüentemente da produção.

Segundo o IPEADATA o PIB do Brasil deve crescer 5,4% em 2011 e 5,9% em

2012. O consumo privado 6,0% e 6,4%, respectivamente para os mesmos anos. A taxa de

juros deverá manter-se 11,3% para os dois anos.

O Brasil está numa fase de expansão das suas infra-estruturas, tanto versando sobre

um aceleramento econômico (como por exemplo, o Programa de Aceleração do

Crescimento, o PAC, que tem orçado para esse ano investimentos de R$ 39,750 bilhões)

quanto investimentos para os futuros eventos globais que irá ocorrer no Brasil: a Copa do

Mundo em 2014, e a Olimpíadas em 2016.

O IPEADATA prevê investimentos fixos para o Brasil de R$ 757,80 bilhões em

2011 e R$ 928,30 bilhões em 2012; o que corresponderia a uma variação real de 6,0% e

6,4% respectivamente, em relação aos anos anteriores.

Deste modo, as expectativas de crescimento para o Brasil são boas.

1.6.2 MACROFINANCEIRA INTERNACIONAL

Segundo o IPEADATA o PIB mundial deverá ter um crescimento entre 4% e 5%

ao ano até 2015.

Page 30: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

30

Figura 34- PIB Mundial – projeção (fonte: IPEADATA)

O mundo está num processo de recuperação econômica da crise de 2008-2009. Sem

contar que num ritmo acelerado de crescimento impulsionado pela economia chinesa.

Ainda segundo o IPEADATA os EUA apresentarão um crescimento de 2,1% em 2011, a

China 8,7%, e o Japão 1,7%. Mas o caso do Japão já é visível uma diferenciação entre essa

previsão de crescimento e o crescimento que ele irá de fato apresentar. O terremoto que

abalou seu território em 11 de março de 2011 fará com que essa projeção seja revista para

baixo. Mas acredita-se que em ritmo de recuperação estrutural e econômica, o Japão irá

necessitar de muita matéria prima e commodities – esse é um dos fatores da alta dos preços

das commodities atualmente no mercado internacional – e o Brasil é um país que sua

balança de exportações é constituída em boa parte por esses produtos.

1.6.3 SETORIAL SIDERURGIA

O setor siderúrgico irá apresentar forte crescimento diante desse cenário. O grande

mercado desse setor é nacional e boa parte dele é voltada para aços com fins na construção

civil. Os projetos do PAC, a Copa do Mundo e a Olimpíadas, irão demandar grandes

volumes de aço, capazes de superar a capacidade produtiva brasileira no setor. O Instituto

Aço Brasil prevê um crescimento de 7% no setor para os próximos anos, algumas

siderúrgicas estão fazendo pesados investimentos para competir com o aço chinês. A alta

das commodities internacionais deixa o aço brasileiro com certa margem de lucro, porém

quando esse preço internacional está em seu nível normal, as margens de produção

brasileira não conseguem fazer preços competitivos ao aço Chinês.

Page 31: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

31

1.6.4 EMPRESARIAL, USIMINAS

Como dito no parágrafo anterior, o preço alto das commodities faz com que esse

período seja um bom período para a siderurgia brasileira. Está pode competir com o

mercado Chinês diante desse cenário de preços altos. Mas diante de preços normais para o

aço, o Brasil obtêm margens menores e menor capacidade competitiva. Por isso a

USIMINAS possui projetos de grandes investimentos na área de extração mineral,

horizontalizando a cadeia e podendo operar com margens melhores e competitivamente

com o mercado de aço Chinês.

O grupo está expandindo as unidades industriais localizadas nos

municípios de Ipatinga, Pouso Alegre, Itatiaiuçu e Mateus Leme, onde

ele está presente com a Usiminas, Usipart e Unigal. Os investimentos

vão gerar 4 mil empregos diretos.

“Este é o maior investimento na siderurgia brasileira em todos os

tempos, de uma empresa individualmente. São investimentos em

qualidade e aumento de capacidade produtiva. Somente em Ipatinga,

vamos aumentar em mais de 3,2 milhões de toneladas. Se falarmos em

empregos indiretos, na construção e na montagem, estamos falando em

algo acima de 20 mil pessoas”, explicou o presidente do Sistema

Usiminas, Rinaldo Campos Soares. (GOVERNO DE MINAS GERAIS,

2010)

Ao se perceber que a empresa está acumulando capital em disponibilidades, fica

claro a sua intenção de realizar esse grande investimento. As possibilidades a partir dele

serão uma maior competitividade no mercado externo e interno de aço, podendo

juntamente aumentar sua produtividade, utilizando-se da capacidade já instalada que

atualmente não está operando a plena capacidade, e também da expansão das Usinas já

existentes. Os próximos anos apresentam-se assim com um grande potencial de

crescimento para a USIMINAS.

1.6.5 BALANÇO E INDICADORES DA USIMINAS PARA 2011 E 2012

Abaixo estão as projeções de resultados para a USIMINAS para os anos de 2011 e

2012, juntamente com seus resultados de 2008 a 2010. Lembrando que o Anexo 1 deste

documento possui todos os balanços dos últimos 10 anos.

Page 32: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

32

Ativo, Consolidado

Milhões 2008 2009 2.010 2011 2012

Ativo Total 21.850,678 20.398,680 25.209,485 26.974,15 28.862,34

Ativo Circulante 9.426,989 7.390,825 9.749,110 10.431,55 11.161,76 Disponibilidades 2.316,770 2.442,587 3.607,878 3.860,43 4.130,66 Créditos 2.425,063 1.554,584 1.394,979 1.492,63 1.597,11 Estoques 4.026,327 2.881,624 3.880,755 4.152,41 4.443,08 Outros 658,829 512,030 865,498 926,08 990,91 Ativo Não Circulante 12.423,688 13.007,855 15.460,375 16.542,60 17.700,58 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.000,838 1.119,468 1.137,796 1.217,44 1.302,66

Créditos Diversos 29,543 27,632 25,078 26,83 28,71 Créditos com Pessoas Ligadas 6,572 5,818 4,722 5,05 5,41 Outros 964,724 1.086,018 792,498 847,97 907,33 Ativo Permanente 11.422,850 11.888,387 14.322,578 15.325,16 16.397,92 Investimentos 1.645,054 1.368,187 1.633,003 1.747,31 1.869,63 Imobilizado 8.191,777 9.159,878 11.309,571 12.101,24 12.948,33 Intangível 1.586,019 1.360,322 1.380,005 1.476,61 1.579,97 Diferido 0,000 0,000 0,000 0,00 0,00

Passivo, Consolidado

Milhões 2008 2009 2.010 2011 2012

Passivo Total 21.850,678 20.398,680 25.209,485 26.974,15 28.862,34

Passivo Circulante 3.501,640 2.565,205 2.798,136 2.994,01 3.203,59 Empréstimos e Financiamentos 839,396 582,001 671,668 718,68 768,99

Debêntures 22,858 14,791 17,759 19,00 20,33 Fornecedores 873,396 645,922 996,563 1.066,32 1.140,97 Impostos, Taxas e Contribuições 658,920 201,412 244,836 261,98 280,31 Dividendos a Pagar 485,316 303,531 126,619 135,48 144,97 Provisões 0,000 74,090 0,000 0,00 0,00 Dívidas com Pessoas Ligadas 44,049 43,397 63,021 67,43 72,15

Outros 577,705 700,062 594,501 636,12 680,64 Passivo Não Circulante 6.442,151 5.776,172 7.335,015 7.848,47 8.397,86 Passivo Exigível a Longo Prazo 6.373,587 5.494,597 7.731,147 8.272,33 8.851,39 Empréstimos e Financiamentos 3.567,501 2.919,121 5.469,888 5.852,78 6.262,47 Debêntures 871,490 871,490 396,132 423,86 453,53 Provisões 1.652,614 1.289,001 1.387,891 1.485,04 1.589,00 Dívidas com Pessoas Ligadas 1,362 0,000 33,931 36,31 38,85

Page 33: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

33

Outros 280,621 414,985 443,306 474,34 507,54 Resultados de Exercícios Futuros 0,000 0,000 0,000 0,00 0,00

Participações Minoritárias 68,563 281,575 1.265,117 1.353,68 1.448,43 Patrimônio Líquido 11.906,888 12.057,303 13.811,217 14.778,00 15.812,46 Capital Social Realizado 9.626,005 9.626,005 9.626,005 10.299,83 11.020,81 Reservas de Capital 0,000 0,000 0,000 0,00 0,00 Reservas de Reavaliação 0,000 0,000 0,000 0,00 0,00

Adiantamento p/ futuro aumento de capital 0,000 0,000 0,000 0,00 0,00

Outras Reservas de Lucro 1.900,572 2.593,674 3.420,197 3.659,61 3.915,78 Lucros/Prejuízos Acumulados 0,000 0,000 0,000 0,00 0,00

DRE no Ano Fiscal,

Consolidado

Milhões 2008 2009 2.010 2011 2012 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 17.550,301 12.287,419 14.281,186 15.280,87 16.350,53

Deduções da Receita Bruta (4.536,385) (3.236,033)

0,00 0,00 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 13.013,917 9.051,385 10.740,217 11.492,03 12.296,47

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (8.035,766) (7.327,417) (8.643,232) (9.248,26) (9.895,64)

Resultado Bruto 4.978,151 1.723,969 2.096,985 2.243,77 2.400,84 Despesas de Atividade (506,299) (613,507) (746,934) (799,22) (855,16) Com Vendas (210,465) (235,428) (310,095) (331,80) (355,03) Gerais e Administrativas (295,834) (378,079) (436,839) (467,42) (500,14)

Resultado da Atividade 4.471,852 1.110,462 1.350,051 1.444,55 1.545,67 Outras Receitas Operacionais 196,508 156,502 142,940 152,95 163,65 Outras Despesas Operacionais (543,723) (505,477) (83,327) (89,16) (95,40) Resultado Antes de Juros e Tributos 4.124,636 761,487 1.409,664 1.508,34 1.613,92

Resultado Financeiro (604,870) 804,618 206,406 220,85 236,31 Receitas Financeiras 813,907 113,422 324,089 346,78 371,05 Despesas Financeiras (1.798,163) 552,363 (313,130) (335,05) (358,50)

Resultado da Equivalência Patrimonial 379,386 138,833 195,447 209,13 223,77 Resultado Operacional 3.519,766 1.566,105 1.576,319 1.686,66 1.804,73

Resultado Não Operacional 0,000 0,000 Receitas Nao Operac 0,000 0,000 Despesas Nao Operac 0,000 0,000 Resultado Antes de IR e Contr.

Social 3.519,766 1.566,105 1.782,725 1.907,52 2.041,04 Provisão para IR e Contribuição

Social (610,271) (197,719)

Page 34: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

34

Participações (12,727) (2,013) (9,785) (10,47) (11,20)

Contribuições 0,000 0,000 IR Diferido (225,108) (253,126) Reversão dos Juros sobre

Capital Próprio 0,000 0,000 Resultado do Exercício 2.671,660 1.113,246 1.312,451 1.404,32 1.502,62

2 ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO

2.1 ANÁLISE DE RESTRITIVOS

A pesquisa de restritivos junto ao SPC/SERASA forneceu a resposta copiada na

integra abaixo.

ADMINISTRADOR 25/03/2011 16:57:08 Pág.:1

------------> RESPOSTA CONCENTRE <---------------------------------------------

CONSULTA.......: CONCENTRE

SOLICITANTE....: 19397 - ADMINISTRADOR

DOCUMENTOS.....: CNPJ 60894730000105

--------------------------------------------------------------------------------

REGISTRO CONFIRMEI:

--------------------------------------------------------------------------------

Razão Social.....................: USINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S/A

USIMINAS

Data da Fundação.................: 08/09/1966

Situação do CNPJ em 03/03/2011...: ATIVA

UF / Municipio...................: MG / BELO HORIZONTE

--------------------------------------------------------------------------------

VARIAÇÕES DE GRAFIAS PARA O DOCUMENTO:

--------------------------------------------------------------------------------

USINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S A

USIMINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S/A

USINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S A USIMINAS

USINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S/A

--------------------------------------------------------------------------------

PROTESTOS: 1 ocorrência(s) de 15/03/2011 a 15/03/2011

--------------------------------------------------------------------------------

Data Cart Nat Valor Prca UF Cidade SJ

--------------------------------------------------------------------------------

15/03/2011 0001 Z1 2.648,34 IIG MG IPATINGA

--------------------------------------------------------------------------------

PEFIN: 9 ocorrência(s) de 06/07/2009 a 11/02/2011

--------------------------------------------------------------------------------

Data Contrato Nat Valor Prca UF Prc Jdc CNPJ Credor

--------------------------------------------------------------------------------

11/02/2011 145668 0NF 17.498,10 S 61602199

ULTRAGAZ

07/02/2011 144939 0NF 17.191,50 S 61602199

ULTRAGAZ

07/01/2011 BRA/114810 0DP 36.680,70 S 88246251

TRANSEICH

05/04/2010 6986 0NF 303,75 S 61602199

ULTRAGAZ

05/04/2010 6982 0NF 303,75 S 61602199

ULTRAGAZ

29/03/2010 85045 0NF 708,75 S 61602199

Page 35: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

35

ULTRAGAZ

17/08/2009 44643 0NF 82,50 S 61602199

ULTRAGAZ

03/08/2009 42691 0NF 221,45 S 61602199

ULTRAGAZ

06/07/2009 37662 0NF 752,40 S 61602199

ULTRAGAZ

500 - CONSULTA CONCLUIDA

A USIMINAS é uma empresa com Patrimônio Líquido de R$ 17 bilhões, e valor de

mercado de R$ 19.424 milhões; com isso a avaliação de restritivos não mostra, de acordo

com seu porte, valores relevantes para que aja uma restrição de crédito.

2.2 ANÁLISES DE CRÉDITO

Em fevereiro de 2011 a STANDARD AND POORS (2011) divulgou a

reclassificação do rating da USIMINAS, este passou de BBB-/Estável/-- para BBB-

/Negativa/-- na escala de rating global; e de brAAA/Estável/-- para brAAA/Negativa/-- na

escala nacional. A empresa possuiu um fraco desempenho operacional na recuperação da

crise financeira de 2008 que a tornaram neste momento em especifico incapaz de

acompanhar a retomada da economia e retornar aos seus níveis anteriores de geração de

caixa no curto prazo e rentabilidade.

Acreditamos que a estratégia comercial e de produção da Usiminas tem

levado a uma precificação ineficiente (com descontos objetivando liberar

capital de giro) e a um mix de produtos menos nobre, restringindo ainda

mais suas margens e suas métricas de crédito. No entanto, a política

financeira da Usiminas permanece conservadora, com forte liquidez.

(STANDARD AND POORS, 2011)

Alguns índices calculados a seguir a partir dos Balanços Patrimoniais e

Demonstrações de Resultado veem a confirmar a opinião da Standard and Poors e

aprofundar mais a questão.

Tabela 2 - Índices

Índices 4T08 4T09 3T10 Situação Mais Favorável

Comprometimento Bancário 0,18 0,18 0,14 Menor

Endividamento Ajustado 0,83 0,67 0,79 Menor

Captação de Curto Prazo 0,35 0,32 0,24 Menor

Captação de Longo Prazo 0,64

0,68 0,76 Maior

Imobilização Ajustada de Capital Próprio 0,96 0,99 1,11 Menor

Recursos próprios em giro -0,04 -0,08 -0,20 Maior

Page 36: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

36

Custo Endividamento -0,10 0,08 -0,01 Menor

Despesas Financeiras -0,08 0,07 -0,04 Menor

Percebe-se uma relativa fraca utilização de capital de terceiros, capital este que

pode ser proveniente tanto de crédito de fornecedores quanto crédito de instituições

financeiras. Esse endividamento com terceiros sofreu ligeira queda de 2008 para 2009 e

posteriormente uma ligeira alta no terceiro trimestre de 2010. A Captação de curto prazo

vem se tornando menor a cada período e a de longo prazo, maior. Nota-se com isso que

dificilmente a empresa terá dificuldades de sustentabilidade financeira.

Quando o índice de Imobilização Ajustada de Capital Próprio é menor do que 1,0

há “uma „folga‟ financeira de recursos não-exigíveis da empresa (...) o que aumenta, de

certa forma, a liquidez da empresa. (...) Visto de Outra forma (...) indica que todo capital

de terceiro foi aplicado apenas em ativos „não-permanentes‟” (MATIAS, 2007). Durante

os dois últimos anos, 2008-09 o índice mostrou-se inferior, porém próximo a 1,0, passando

a ser 1,11 em 2010 – o ativo permanente começa a superar o patrimônio liquido.

Nessa situação a empresa começa a ficar pressionada a gerar resultados

futuros suficientes à cobertura do custo de financiamento da parcela dos

recursos de terceiros aplicados em ativo permanente ou vê-se em

situação de maior necessidade de renovar as aplicações obtidas de

terceiro para sua continuidade operacional, o que pode ser percebido

como fator de aumento de risco, gerando financiamento de terceiros a

custos mais elevados. (MATIAS, 2007)

Apesar de não ser satisfatório o nível da empresa nos Recursos Próprios em Giro,

vale lembrar que trata de uma indústria de siderúrgica e mineração. Segundo Matias (2007)

“Em setores de atuação onde o faturamento é altamente proporcional ao tamanho do ativo

imobilizado e as margens são baixas, valores baixos e negativos para o índice de recursos

próprios em giro são mais comuns”. À título de exemplificação, podemos ver que uma das

maiores siderúrgicas do Brasil, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), possui esse

indicador em -1,02.

O Custo de Financiamento e de Despesas Financeiras da USIMINAS é

extremamente baixo, chegando a praticamente zero no terceiro trimestre de 2010. O

pagamento de juros e outras despesas de capital de terceiros que estão inclusas na rubrica

da DRE despesas financeiras mostram-se muito baixo. O ideal para qualquer empresa.

2 A CSN mostrou um patrimônio líquido de R$7.520.138 mil e um Ativo Não Circulante de

R$17.401.371 mil no Balanço do terceiro trimestre de 2010. Sendo assim Recurso Próprios de Cap. De Giro

= (PL+ At. Não-Circ)/ PL = (7.520.138+17.401.371)/7.520.138 = -1,0

Page 37: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

37

Mais uma vez confirma o relatório da Standard and Poors citado anteriormente, a saúde

financeira da USIMINAS é conservadora e preza pela liquidez, mas está comprometendo

sua saúde operacional.

Abaixo mostramos uma tabela comparativa de alguns índices relativos ao terceiro

trimestre de 2010 entre as maiores siderúrgicas nacionais: a Companhia Siderúrgica

Nacional (CSN), a Gerdau3 e a USIMINAS.

Tabela 3 - Índices comparativos 3T10 (fonte: www.infomoney.com.br)

3T10 CSN Gerdau Usiminas

Dív. curto prazo (%) 11,4 20,78 8,11

Dív. longo prazo (%) 88,6 79,22 91,89

Endiv. longo prazo (%) 88,6 79,22 91,89

Endividamento líquido (%) 99,6 99,92 64,89

Liquidez corrente (%) 1,26 0,69 3,08

Liquidez seca (x) 0,63 0,69 1,75

Liquidez geral (x) 0,31 0,48 0,86

Margem bruta (%) 44,88 16,48 19,78

Margem operacional (%) 16,97 9,53 20,87

Margem líquida (%) 19,32 - 15,96

Ret. ativo (%) 5,75 10,76 6,97

Retorno sobre patrimônio (%) 29,14 13,27 11,94

Podemos ver que em relação a outros concorrentes do setor a USIMINAS possui

pouco endividamento de curto prazo e um maior endividamento de longo prazo. Mas seu

endividamento líquido é bem menor do que qualquer uma das outras. Sua liquidez, seja ela

corrente, seca ou geral é bem superior as outras citadas empresas do setor. Já a Margem

Bruta está muito abaixo a da CSN e pouco acima da Gerdau e a Margem Operacional está

acima de todas as outras. Sua margem operacional alta parece ser derivada de sua política

de geração de capital de giro (que atingiu a marca de R$4.553,885 milhões no fechamento

do quarto trimestre de 20104) através de descontos no preço de seus produtos.

Vale notar que muitos analistas criticaram o fraco desempenho operacional da

USIMINAS, tal desempenho não é refletido pelo índice Margem Operacional, mas sim

pelo fraco crescimento (bem abaixo do esperado) do resultado operacional da empresa em

relação ao ano de 2009. Vale salientar que o resultado antes de juros e tributos (antes do

acréscimo dos resultados financeiros na conta) foi quase o dobro do ano 2009: isso mostra

3 Não foram encontrados dados para a geração do indicador de Margem Líquida da Gerdau.

4 USIMINAS. Relatório 4T10.

Page 38: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

38

que naquele ano a empresa teve rendimentos advindos de resultados financeiros, próximos

a rendimentos vindos de sua atividade fim, a siderurgia.

A USIMINAS, portanto vem apresentando alguns problemas na geração de

resultado ante a concorrência, em parte devido à importação de aço chinês e ao elevado

preço internacional das commodities minerais.

A alta diferença entre a Margem Bruta da CSN e da USIMINAS mostra que a

última possui um custo de operação maior que a primeira.

2.3 PARECER SOBRE CRÉDITO

Dito isto, percebe-se que a empresa USIMINAS possui excelente liquidez, boa

saúde financeira, mas vem apresentando resultados indesejáveis:

A siderúrgica teve um lucro líquido 38% menor nos três últimos meses

de 2010, no valor de R$ 413 milhões, em comparação aos R$ 662

milhões somados no trimestre final de 2009. O resultado também foi

menor perante os R$ 495 milhões do intervalo de julho a setembro de

2010, por causa "do decréscimo dos preços médios dos produtos

siderúrgicos e da elevação dos custos de produção", como apontou a

Usiminas. (VALOR ONLINE, 2011)

A disponibilidade de crédito para a USIMINAS pode ser um excelente negócio. Na

USIMINAS créditos advindos de terceiros é relativamente muito baixo em relação às

outras empresas do setor. Isso pode ser uma oportunidade para inserção de crédito na

empresa, sem comprometer seus índices relacionados à independência financeira.

A empresa vem acumulando progressivamente grandes montantes de capital de giro

com a pretensão de gerar investimentos em mineração própria, a fim de criar uma

horizontalização da cadeia produtiva, tornando-se menos dependente das recentes altas dos

preços internacionais das commodities minerais a empresa poderá praticar preços muito

mais competitivos, tanto no mercado interno quanto no mercado externo – tal competição

com aço importado chinês, e o alto custo da matéria prima foram o principal culpado pelo

fraco resultado da empresa em 2010. Os resultados abaixo da expectativa da USIMINAS

em 2010 geraram decepção por parte dos investidores e se refletiu em quedas no valor das

ações que chegou a 11,5% na ultima semana de fevereiro (EXAME, 2011). Esses futuros

investimentos aliados com as expectativas de melhora do consumo do aço – expectativas

advindas inclusive da tragédia ocorrida no Japão dia 11 deste mês – e também em seu

preço elevado, fazem com que seja um excelente negócio a concessão de crédito a

USIMINAS.

Page 39: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

39

Apesar de, como anteriormente dito, a Standard and Poors ter reclassificado para

baixo o rating da empresa, essa classificação poderá voltar aos níveis anteriores diante de

um cenário otimista para 2011. Com o fato do rebaixamento para BBB-/Negativa/-- na

escala de rating global, e para brAAA/Negativa/-- na escala nacional, existe a

possibilidade dos juros aplicados num empréstimo à USIMINAS serem alterados para

mais.

O risco de insolvência diante de um cenário positivo para o setor em 2011 é muito

baixo, segundo o modelo Matias a probabilidade de insolvência é de apenas 0,16%.

Portanto é altamente recomendável um empréstimo de curto prazo a USIMINAS com o

valor máximo de R$ 1.743,26 milhões.

3 ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

3.1 ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES DE ORIGENS E APLICAÇÕES DOS

RECURSOS

Tabela 4 - Demonstração das Origens e Aplicações de Recurso (fonte: www.infoinvest.com.br)

Demonstração das Origens e Aplicações de Recurso Consolidadas (x R$ 1000)

Código da Conta:

Descrição da Conta: 01/01/2006 a 31/12/2006 01/01/2005 a 31/12/2005

4.01 Origens 4.793.498 4.658.206

4.01.01 Das Operações 3.115.540 3.725.369

4.01.01.01 Lucro/Prejuízo do Período 2.515.461 3.918.429

4.01.01.02 Vls. que não repr. mov. Cap. Circulante

600.079 (193.060)

4.01.01.02.01

Variações monetárias de longo prazo

(75.157) (58.057)

4.01.01.02.02

Depreciação e amortização 687.784 680.192

4.01.01.02.03

Partic. em Soc. controladas e coligadas

(150.171) (922.964)

4.01.01.02.04

Imposto de renda e contribuição social

24.796 (84.722)

4.01.01.02.05

Valor residual do permanente baixado

15.797 57.071

4.01.01.02.06

Particip.de acionistas não controladores

19.878 23.339

4.01.01.02.07

Provisões de longo prazo 153.382 129.475

4.01.01.02.08

Outras (76.230) (17.394)

4.01.02 Dos Acionistas 0 5.764

4.01.02.01 Integralização de capital 0 5.764

4.01.03 De Terceiros 1.677.958 927.073

4.01.03.01 Ingressos de financiamentos 904.744 360.976

4.01.03.02 Decréscimo em outros realizáveis

364.310 399.633

4.01.03.03 Amort. de vrs. a receber de Soc. ligadas

256.093 0

4.01.03.04 Acréscimo em outras contas a pagar

17.879 10.267

4.01.03.05 Baixa de investimentos 0 93.213

Page 40: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

40

4.01.03.06 Transf. de financ. p/ longo prazo

134.877 0

4.01.03.07 Dividendos recebidos / declarados

0 59.910

4.01.03.08 Outras 55 3.074

4.02 Aplicações 3.086.806 4.409.321

4.02.01 No ativo permanente 792.750 471.426

4.02.02 Transf.de emprest e financ.p/curto prazo

812.589 1.391.384

4.02.03 Acréscimo em outros realizáveis

174.864 232.784

4.02.04 Dividendos / juros s/ capital próprio

850.000 1.115.308

4.02.05 Transf.de outros exigíveis p/curto prazo

259.406 214.033

4.02.06 Decréscimo em outros exigíveis

32.716 342.070

4.02.07 Valores a receber de sociedades ligadas

27.474 140.652

4.02.08 Variação da partic.acionistas não contr.

0 138.660

4.02.09 Reversão de provisões 126.379 208.342

4.02.10 Outras 10.628 154.662

4.03 Acréscimo/Decréscimo no Cap. Circulante

1.706.692 248.885

4.04 Variação do Ativo Circulante 942.107 305.169

4.04.01 Ativo Circulante no Início do Período

6.640.126 6.334.957

4.04.02 Ativo Circulante no Final do Período

7.582.233 6.640.126

4.05 Variação do Passivo Circulante

(764.585) 56.284

4.05.01 Passivo Circulante no Início do Período

3.940.371 3.884.087

4.05.02 Passivo Circulante no Final do Período

3.175.786 3.940.371

(Fonte: http://usiminas.infoinvest.com.br/modulos/DFP.asp?codcvm=014320&arquivo=01432060.WFL&topic=8&language=ptb)

O lucro de 2005 para 2006 da USIMINAS caiu de R$3.918.429 mil para

R$2.515.461 mil. Uma queda alta para um único período de operação. Mas houve fortes

compensações fazendo com que as origens de capital como um todo não sofressem bruscas

variações. Isso deve-se a um aumento substancial nos Valores que não representam

movimentação de Capital Circulante, Maior capital vindo de terceiros e o ingresso de

financiamentos – Apesar do lucro do período ter diminuído essas operações tiveram grande

responsabilidade para fazer com que houvesse um aumento de R$135.292 mil na origem

de recursos (dentro das operações).

Juntamente com a diminuição do lucro no período, como vimos acima, e as

estratégias para manter o nível de origens de recursos, há uma queda nas aplicações. Todas

as contas de aplicações sofreram bruscas quedas com exceção de aplicações no ativo

permanente.

Houve no período um acréscimo substancial no Capital Circulante, passando de

R$248.885 mil em 2005, para R$1.706.692 mil em 2006. A variação do ativo circulante foi

Page 41: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

41

de R$942.107 mil em 2006 e de R$305.169 mil em 2005. O passivo circulante por sua vez

teve uma variação negativa de R$764.585 mil em 2006. Com um passivo menor a empresa

mostrou-se mais capaz de tolerar a queda substancial que houve nos lucros.

Vemos que a empresa em 2006 obteve lucros bem abaixo de 2005, mas pautou-se

em certas estratégias para manter, ou até aumentar, seus recursos financeiros, seu ativo

circulante e seu capital de giro. Estratégias que foram principalmente captar recursos de

terceiros e diminuir o passivo circulante.

3.1.1 DIMENSIONAMENTO DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

Balanço Patrimonial Consolidado Ativo (x R$ 1000)

Código da Conta: Descrição da Conta: 31/12/2006 31/12/2005

1 Ativo Total 18.975.489 18.195.258

1.01 Ativo Circulante 7.582.233 6.640.126

1.01.01 Disponibilidades 2.721.062 1.930.654

1.01.02 Créditos 1.909.243 1.751.085

1.01.02.01 Clientes 1.796.056 1.657.527

1.01.02.02 Créditos Diversos 113.187 93.558

1.01.03 Estoques 2.542.793 2.531.860

1.01.04 Outros 409.135 426.527

1.01.04.02 Impostos a recuperar 98.853 87.535

1.01.04.03 Imp.de renda e cont.social diferidos 256.836 243.617

1.01.04.04 Outros 53.446 95.375

1.02 Ativo Não Circulante 11.393.256 11.555.132

1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.133.673 1.549.137

1.02.01.01 Créditos Diversos 35.128 44.008

1.02.01.01.01 Contas correntes devedoras 35.128 44.008

1.02.01.02 Créditos com Pessoas Ligadas 0 267.140

1.02.01.02.01 Com Coligadas e Equiparadas 0 0

1.02.01.02.02 Com Controladas 0 267.140

1.02.01.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 0

1.02.01.03 Outros 1.098.545 1.237.989

1.02.01.03.01 Imp. de renda e cont.social diferidos 540.972 824.666

1.02.01.03.02 Ações de outras Companhias 47.123 18.330

1.02.01.03.03 Depósitos judiciais 426.064 303.943

1.02.01.03.04 Outros 84.386 91.050

1.02.02 Ativo Permanente 10.259.583 10.005.995

1.02.02.01 Investimentos 1.762.748 1.329.045

1.02.02.01.01 Participações Coligadas/Equiparadas 0 0

1.02.02.01.02 Participações Coligadas/Equiparadas-Ágio 0 0

1.02.02.01.03 Participações em Controladas 1.740.541 1.307.092

1.02.02.01.04 Participações em Controladas - Ágio 0 0

1.02.02.01.05 Outros Investimentos 22.207 21.953

1.02.02.02 Imobilizado 8.471.965 8.648.782

1.02.02.02.01 Em operação 13.423.578 13.024.403

1.02.02.02.02 Depreciação (5.724.959) (5.057.004)

1.02.02.02.03 Em obras 773.346 681.383

1.02.02.03 Intangível 0 0

1.02.02.04 Diferido 24.870 28.168

06.02 - Balanço Patrimonial Consolidado Passivo (x R$ 1000)

Código da Conta: Descrição da Conta: 31/12/2006 31/12/2005

2 Passivo Total 18.975.489 18.195.258

Page 42: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

42

2.01 Passivo Circulante 3.175.786 3.940.371

2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 739.947 1.151.218

2.01.02 Debêntures 0 0

2.01.03 Fornecedores 525.044 395.096

2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 492.245 773.357

2.01.04.01 Tributos a recolher 135.389 121.637

2.01.04.02 Salários e encargos sociais 145.039 134.125

2.01.04.03 Imposto de renda e contribuição social 211.817 517.595

2.01.05 Dividendos a Pagar 508.709 546.955

2.01.06 Provisões 0 0

2.01.07 Dívidas com Pessoas Ligadas 228.747 58.208

2.01.08 Outros 681.094 1.015.537

2.01.08.01 Contas a pagar 181.404 153.897

2.01.08.02 Adiantamento de clientes 231.827 154.052

2.01.08.03 Tributos parcelados 20.956 31.771

2.01.08.04 Instrumentos financeiros 246.907 675.817

2.02 Passivo Não Circulante 5.283.632 5.418.178

2.02.01 Passivo Exigível a Longo Prazo 5.283.632 5.418.178

2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 2.319.159 2.292.584

2.02.01.02 Debêntures 0 0

2.02.01.03 Provisões 1.053.957 1.058.218

2.02.01.03.01 Passivos contingentes 1.053.957 1.058.218

2.02.01.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0

2.02.01.05 Adiantamento para Futuro Aumento Capital 0 0

2.02.01.06 Outros 1.910.516 2.067.376

2.02.01.06.01 Imp.de renda e cont.social diferidos 254.652 253.202

2.02.01.06.02 Tributos parcelados 127.637 144.240

2.02.01.06.04 Passivo atuarial 1.250.432 1.292.239

2.02.01.06.05 Instrumentos financeiros 258.843 336.736

2.02.01.06.06 Outros 18.952 40.959

2.02.02 Resultados de Exercícios Futuros 0 0

2.03 Part. de Acionistas Não Controladores 98.040 84.139

2.04 Patrimônio Líquido 10.418.031 8.752.570

2.04.01 Capital Social Realizado 5.400.000 2.400.000

2.04.01.01 Ações ordinárias 2.691.305 1.196.135

2.04.01.02 Ações preferenciais 2.708.695 1.203.865

2.04.02 Reservas de Capital 1.831.542 1.831.542

2.04.02.01 Incentivo fiscal - Lei 7554/86 149.524 149.524

2.04.02.02 Valor excedentre na subscrição de ações 1.787.313 1.787.313

2.04.02.03 Ações em tesouraria (105.295) (105.295)

2.04.03 Reservas de Reavaliação 0 0

2.04.03.01 Ativos Próprios 0 0

2.04.03.02 Controladas/Coligadas e Equiparadas 0 0

2.04.04 Reservas de Lucro 3.186.489 4.521.028

2.04.04.01 Legal 539.083 413.985

2.04.04.02 Estatutária 0 0

2.04.04.03 Para Contingências 0 0

2.04.04.04 De Lucros a Realizar 0 0

2.04.04.05 Retenção de Lucros 0 0

2.04.04.06 Especial p/ Dividendos Não Distribuídos 0 0

2.04.04.07 Outras Reservas de Lucro 2.647.406 4.107.043

2.04.04.07.01 Para investimentos e capital de giro 2.647.406 4.107.043

2.04.05 Lucros/Prejuízos Acumulados 0 0

2.04.06 Adiantamento para Futuro Aumento Capital 0 0

(fonte: http://usiminas.infoinvest.com.br)

Segundo Matias (2007), resumidamente, “a necessidade de capital de giro (NCG)

representa a diferença entre o ativo circulante operacional e o passivo circulante

Page 43: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

43

operacional”5. Sendo assim tiramos do Balanço Patrimonial que Ativo Circulante

Operacional de 2006 da Usiminas é a soma das contas Clientes (R$1.796.056 mil) e

Estoques (R$ 2.542.793 mil), ou seja, seu Ativo Circulante Operacional é de R$4.338.849

mil.

O Passivo Circulante Operacional se dá através da soma de Fornecedores

(R$525.044 mil) e Salários e Encargos Sociais (R$145.039 mil). Totalizando R$670.083

mil.

Assim a NCG = AC operacional – PC operacional; NCG = 4.338.849 - 670.083;

NCG = 3.668.766

A necessidade de capital de giro é de R$3.668.766 mil.

3.2 ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO DA EMPRESA

3.2.1 GESTÃO DE CONTAS A RECEBER

Créditos e contas a receber é a rubrica no ativo circulante que diz respeito ao

financiamento que a empresa dá aos seus clientes. Impacta no capital de giro na medida em

que é necessário que a empresa consiga bancar suas operações no curtíssimo prazo sem ter

esse capital em caixa.

Figura 35 - Créditos e Contas a Receber

5 Pag. 52

0,000

0,500

1,000

1,500

2,000

2,500

3,000

3,500

4,000

Milh

õe

s d

e R

eai

s

Créditos e Contas a Receber

Créditos e Contas a Receber

Page 44: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

44

O oferecimento de crédito da Usiminas aos seus clientes seguiu uma linha quase

constante em todo esse período. Um leve crescimento de 2001 a 2003, estabilização de

2003 a 2004; a partir de 2004 apresentou tendência de queda até apresentar um pico em

2008 para cair novamente. 2008 foi o ano que a empresa bateu recordes de produção e

vendas, portanto era de se esperar um aumento nessa conta neste ano. O gráfico abaixo

trata dessa anomalia em 2008.

Figura 36 - Percentagem - Créditos sobre Ativo Circ.

Vemos que apesar do aumento anormal na oferta de crédito da empresa, a

porcentagem do crédito oferecido em relação ao ativo circulante não sofreu grandes

variações em 2008, apresentando-se em cerca de 20% de todo o ativo circulante. A

porcentagem do ativo circulante que correspondeu aos créditos e contas a receber já foi

maiores em outros anos da empresa, chegando próximos de 30% em 2001 a 2003; e vem

apresentando tendência de queda nos últimos anos.

3.2.2 GESTÃO DE ESTOQUES

A contabilização de estoques da USIMINAS trabalha com a metodologia de

estoques médios: o preço médio das aquisições de todo o material que está no estoque, seja

ele matéria prima ou produto final.

A matéria prima da empresa é formada por carvão metalúrgico; minério de ferro;

ferro ligas de Manganês, Silício e Cromo; refratários; coque grosso. Algumas delas

adquiridas no mercado externo, e uma parcela considerável são advindas de empresas

ligadas à USIMINAS. Abaixo a tabela de principais fornecedores do ano 2007 e 2008.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2.010

Percentagem - Créditos sobre Ativo Circ.

Ativo Circulante

Créditos e contas a receber

Page 45: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

45

Tabela 5 - Matérias Primas e Fornecedores (fonte: USIMINAS, 2007)

Matérias Primas e Fornecedores - 2007

Item: Matéria Prima: Importação: Nome do

Fornecedor:

% de Fornecimento sobre o Total das Compras da Cia.:

1 CARVÃO METALÚRGICO Sim ESTADOS UNIDOS 9,59%

2 CARVÃO METALÚRGICO Sim AUSTRALIA 13,13%

3 MINÉRIO DE FERRO Não CIA VALE DO

RIO DOCE 25,54%

5 FERRO LIGAS DE Mn ,Si,Cr Não

RIO DOCE MANGANÊS S/A 2,45%

6 REFRATÁRIOS Não MAGNESITA S.A. 3,88%

7 COQUE GROSSO Sim CHINA 10,11%

TOTAL: 62,70%

Tabela 6 - Matérias Primas e Fornecedores (fonte: USIMINAS, 2008)

Matérias Primas e Fornecedores - 2008

Item: Matéria Prima: Importação: Nome do

Fornecedor:

% de Fornecimento sobre o Total das Compras da Cia.:

1 CARVÃO METALÚRGICO Sim ESTADOS UNIDOS 11,75%

2 CARVÃO METALÚRGICO Sim AUSTRALIA 15,19%

3 MINÉRIO DE FERRO Não CIA VALE DO

RIO DOCE 23,12%

7 COQUE GROSSO Sim CHINA 12,64%

TOTAL: 64,70%

A composição dos estoques nos últimos três anos é mostrada na tabela a seguir.

Tabela 7 - Composição dos estoques

31/12/2010 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

Produtos acabados 1.684.163 1.245.286 1.386.744 823.279

Produtos em elaboração 1.152.323 706.480 1.028.982 493.418

Matérias-primas 907.861 689.899 1.076.613 581.601

Suprimentos e sobressalentes 811.903 690.723 714.786 599.325

Importações em andamento 248.977 168.194 790.794 169.326

Outros 93.084 136.621 84.134 26.765

TOTAL 4.898.311 3.637.203 5.082.053 2.693.714

O ano de 2008 foi muito bom para os resultados da empresa até o estouro da crise

financeira que abalou o mundo no final do ano. Os problemas de tal crise se refletiram

especificamente no ano de 2009. Houve queda na produção, três dos cinco alto-fornos da

companhia permaneceram parte do período desligados. A gestão visou também reduzir os

Page 46: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

46

estoques a níveis mínimos. Estratégia que acabou mostrando seu lado negativo com

inesperada disparada do preço do minério de ferro (principal matéria prima da siderurgia) a

partir de maio de 2009: a formação de estoques quando seu preço estava nos menores

níveis nos últimos cinco6 anos poderia ter diminuído os custos de produção da empresa.

Em 2010, em clima de recuperação econômica os estoques aumentaram, assim

como a produção da empresa. O cálculo do estoque de segurança – utilizando-se como

base a receita líquida desde 2007 e probabilidade de 98% de não haver falta de estoque –

tem por resultado a cifra de R$4.087,88 milhões, ou seja, permanece um pouco abaixo do

estoque do ultimo balanço da empresa, mostrando assim que sua estratégia de estoques

baixos continua. Diante do cenário atual de preços altos das commodities minerais, essa se

revela uma boa estratégia.

O giro do estoque apresenta uma linha de queda nos últimos dez anos como mostra

o gráfico 1.1, demonstrando que cada vez mais a USIMINAS vem tentando maximizar

seus custos de estocagem. O Giro em 2010 foi de 1,22.

Figura 37 - Giro de Estoques

Um indicador que diz respeito aos estoques é o de Aplicações em Estoques (gráfico

1.2). É um indicador que mostra o quanto dos recursos da empresa são estoques. Nos

últimos dez anos cada vez mais a USIMINAS alocou recursos em estoques, fator que é

explicável pelas altas no preço do minério de ferro e seus derivados.

6 Segundo o Internacional Monetary Fund, o preço praticado em abril de 2009 foi de 59,78 centavos de

dólares por tonelada métrica, menor preço desde 2005.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Giro de estoques

Page 47: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

47

Figura 38 - Aplicação em Estoques

Em 2010 a produção voltada ao mercado interno correspondeu a 83% da receita

líquida total da empresa, sendo três produtos responsáveis por cerca de 75% de toda a sua

receita. Os dados são da produção da USIMINAS entre 2006 e 2008 e mostram um padrão

bem constante de seus principais produtos.

Tabela 8 - Receita por serviço (fonte: USIMINAS, 2009)

Produtos e Serviços Oferecidos % da Receita Líquida:

Principais Produtos e/ou Serviços: 2008 2007 2006

CHAPAS GROSSAS 28,00% 28,80% 25,20%

LAMINADOS A QUENTE 26,51% 25,20% 24,50%

LAMINADOS A FRIO 23,47% 26,10% 27,10%

CHAPAS GALVANIZADAS 11,29% 10,80% 11,10%

ESTAMPADOS - 4,20% 5,00%

PLACAS 4,85% 4,90% 7,10%

OUTROS 5,87% 0,00% 0,00%

A produção de Chapas Grossas, Laminados a quente e Laminados a frio,

corresponderam nesse período sempre algo em torno de 75% a 80% da receita líquida total

da empresa. Tais itens devem ser considerados como prioridades de produção, mantendo

margens mais seguras de estocagem.

0

0,05

0,1

0,15

0,2

0,25

0,3

0,35

0,4

0,45

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Aplicação em estoques

Page 48: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

48

3.2.3 GESTÃO DE FINANCIAMENTOS A CURTO PRAZO

3.2.3.1 ANÁLISE DAS FONTES DE FINANCIAMENTO

As fontes de financiamento de capital de giro podem advir das atividades

operacionais e/ou das atividades financeiras da empresa. Ambas são visualizadas

sinteticamente no balanço patrimonial, especificamente dentro das contas de ativo

circulante e passivo circulante. Para fins de melhor analise das fontes de financiamento da

USIMINAS, organizaremos separadamente as análises em duas grandes partes: fontes de

financiamento operacionais e fontes de financiamento financeiras.

3.2.3.2 FONTES OPERACIONAIS

A USIMINAS apresentou na subconta Disponibilidades o valor de R$ 4.553,885

milhões em 2010 e R$ 2.098,196 milhões em 2009. O valor disponível da empresa nunca

foi tão alto em seus anos de operação como o demonstrado no último ano. A divisão das

disponibilidades está detalhada na tabela abaixo.

Tabela 9 - Fontes Operacionais

2010 2009

Bancos conta movimento 85.481 176.473

Certificados de depósitos bancários (CDBs) 3.916.342 1.872.108

Aplicações financeiras no exterior 154.275 49.615

Total 4.156.098 2.098.196

Percebe-se que 89% e 93%, do capital para disponibilidades da empresa,

respectivamente para os anos de 2009 e 2010, estão aplicados em CDBs com

possibilidades de retirada imediata – são, portanto aplicações financeiras – sendo

remunerado por juros: “os rendimentos das aplicações financeiras em Certificados de

Depósitos Bancários são atrelados a uma variação de 100% a 106,5% do CDI.”

(USIMINAS, 2011).

Segundo as notas explicativas do relatório do quarto trimestre de 2010:

“As contas a pagar registradas na rubrica “Fornecedores, empreiteiros e

fretes” não possuem caráter de financiamento e são inicialmente

reconhecidas pelo valor justo e subsequentemente mensuradas pelo custo

amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva, se aplicável.”

(USIMINAS, 2011)

Page 49: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

49

Da conta „Passivo Circulante‟ rubrica „Fornecedores‟ não há, portanto, alguma

forma de aplicação de juros e/ou caráter de financiamento. Essa rubrica atingiu o valor de

R$ 1.257,868 milhões, constituindo 3,953% do Passivo Total.

Os salários e encargos, Impostos e contribuições sociais também são uma fonte

operacional de financiamento de capital de giro. Tais rubricas aparecem dentro da conta

„Passivo Circulante‟ e reunidas na subconta „Impostos, Taxas e Contribuições‟ que

totalizou R$ 387,442 milhões. Tal subconta em 2009 apresentou-se da seguinte forma:

Tributos a recolher 130.383

Salários e encargos sociais 206.519

Imposto de renda e contribuição Social 50.540

TOTAL 387.442

3.2.3.3 FONTES FINANCEIRAS

As contas a receber no ativo circulante chegaram ao total de R$ 1.760,751 milhões

em 2010 e R$ 1.798.390 milhões em 2009 e são constituídos da seguinte forma:

Tabela 10 - Contas a Receber de Clientes (fonte: USIMINAS, 2011)

Contas a Receber de Clientes 2010 2009

Clientes no país 1.527.394 1.606.274

Clientes no exterior 294.488 269.854

Provisão para perdas de contas a receber de clientes (71.156) (81.484)

Contas a receber de clientes, líquidas 1.750.726 1.794.644

Contas a receber de partes relacionadas 10.025 3.746

Total 1.760.751 1.798.390

As contas a receber da USIMINAS “não possuem caráter de financiamento e estão

avaliadas e registradas inicialmente pelo valor justo” (USIMINAS, 2011).

Os empréstimos e financiamentos no passivo circulante totalizaram R$ 847,783

milhões em 2010, correspondente a 2,664% de todo o passivo da companhia. Trata-se de

empréstimos e financiamentos com data de pagamento inferiores a um ano – a maioria dos

empréstimos da empresa são de longo prazo. Desse total R$ 418.634 milhões são em

moeda estrangeira7 e R$ 406.733 milhões são em moeda nacional. O principal financiador

da companhia no curto prazo é o BNDES, sendo responsável por R$ 327,267 milhões. Em

7 Os valores dos empréstimos foram convertidos para reais com os câmbios de 31/12/2010

Page 50: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

50

moeda estrangeira seus empréstimos encontram-se mais pulverizados, sendo o maior

financiador a JBIC juntamente com a Nippon Usiminas (do grupo Nippon Steel, que é a

maior acionista da USIMINAS) com o valor de R$ 98,011 milhões. Vale salientar também

que há vários empréstimos indexados ao Yene.

A mensuração do valor de estoques da USIMINAS usa o método de estoques

médios, o preço médio de aquisição de seus estoques ou o valor médio de seus produtos

acabados.

O Giro dos estoques no período foi de 2,12 dias. A composição dos estoques nos

últimos dois anos é mostrada na tabela a seguir.

Tabela 11 - Composição dos Estoques

31/12/2010 31/12/2009

Produtos acabados 1.684.163 1.245.286

Produtos em elaboração 1.152.323 706.480

Matérias-primas 907.861 689.899

Suprimentos e sobressalentes 811.903 690.723

Importações em andamento 248.977 168.194

Outros 93.084 136.621

TOTAL 4.898.311 3.637.203

3.2.4 GESTÃO TRIBUTÁRIA

A Usiminas (2011) em suas notas explicativas diz:

“As Empresas Usiminas estão sujeitas ao imposto de renda em todos os

países em que opera. É necessário um julgamento significativo para

determinar a provisão para impostos sobre a renda nesses diversos

países. Em muitas operações, a determinação final do imposto é incerta.

Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre

o lucro líquido do exercício de 2009, as companhias brasileiras puderam

optar pelo Regime Tributário de Transição (RTT), que permite à pessoa

jurídica eliminar os efeitos contábeis decorrentes das mudanças nas

práticas contábeis adotadas no Brasil com base nas Leis nº 11.638/07 e

nº 11.941/09, por meio de registros no livro de apuração do lucro real

(LALUR) ou de controles auxiliares, sem qualquer modificação da

escrituração mercantil. A opção por esse regime foi manifestada quando

da entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ).”

Por se tratar de uma empresa com operações internacionais, sob ela incorrem

impostos incertos para cada país, estes são provisionados na rubrica de provisões de

imposto de renda. O imposto de rende de pessoa jurídica (IRPJ) e a contribuição social são

Page 51: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

51

calculados a partir do lucro real da empresa, com alíquotas de 25% para imposto de renda e

9% para contribuição social. Abaixo segue tabela discriminando esses valores.

Tabela 12 - Tributos (fonte: USIMINAS, 2011)

3.2.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Segundo Silva (2011), a Usiminas utiliza um sistema integrado de informação, um

ERP (Enterprise Resource Planning), da SAP do Brasil chamado R/3.

De acordo com o Uol (2011), a Usiminas em abril de 2010 iniciou um processo de

reestruturação de toda sua área de tecnologia da informação, incluindo a criação de uma

Diretoria de TI corporativa que abriga três superintendências de TI: Superintendência

corporativa, siderúrgica (dividida em duas gerências: Ipatinga e Cubatão) e a de bens de

capital; há ainda a proposta de criação de uma nova superintendência, a de mineração.

Com isso vemos que a Usiminas possui um sistema integrado de informação

contando com sua própria diretoria, superintendências e gerências. Fatores que elevam a

confiança que podemos ter sobre a empresa no quesito da gestão de sistemas de

informação integrados.

Page 52: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

52

3.2.6 GESTÃO DE TESOURARIA

A gestão de tesouraria é o conceito mais amplo do que os de gestão das

disponibilidades. As disponibilidade são de extrema importância ao ser visto que pesquisas

apontam que a maior quantidade de insolvência de empresas se dá por falta de capacidade

de pagamento de suas funções no curto prazo (MATIAS, 2007). O capital disponível em

caixa ter finalidades de: transação (devido a falta de sincronia entre pagamentos e

recebimentos), precaução (evitar riscos de eventuais atrasos ou falta de pagamento

influenciar a capacidade da empresa continuar operando) e especulação (oportunidades

futuras de investimento).

O fluxo de caixa é uma maneira de verificar como e em que estão sendo aplicadas

as entradas e saídas dos disponíveis da empresa. A Tabela 8 mostra o fluxo de caixa da

Usiminas entre 2006 e 2010.

Tabela 13 - Fluxo de Caixa 2006 a 2010

Descrição da Conta:

01/01/2010 a

31/12/2010:

01/01/2009 a

31/12/2009:

01/01/2009 a

31/12/2009:

01/01/2007 a 31/12/2007:

01/01/2006 a 31/12/2006

Caixa Líquido Atividades Operacionais 413.708 -446.557 390.658 2.083.227 2.281.944

Caixa Gerado nas Operações 607.311 329.988 2.909.529 2.143.518 1.915.156

Lucro líquido do exercício 328.786 -154.133 3.248.781 3.187.417 2.501.964

Encargos e var.monet./cambiais, líquidas 66.766 43.108 709.751 73.404 70.542

Despesas de juros 69.941 115.512 178.907 0 0 Depreciação e

amortização 199.981 217.893 419.053 278.883 263.468

Baixa de invest., imobilizado e diferido 3.805 49.368 73.332 4.703 15.024

Participações em controladas e coligadas -53.588 89.793 -1.905.543 -1.303.313 -997.368

Imp.de renda e contrib.social diferidos -53.497 -61.747 -159.102 111.969 148.030

Constituição (reversão) de provisões 45.117 30.194 344.350 -209.545 -86.504

Particip.de acionistas não controladores 0 0 0 0 0

Variações nos Ativos e Passivos -193.603 -776.545 -2.299.233 -60.291 366.788

Títulos e valores mobiliários -49.047 -21.871 -627.742 0 0

Clientes -330.686 -67.626 86.808 183.229 -133.156

Estoques -82.478 303.963 -1.328.487 -126.227 17.229

Impostos a recuperar -34 -120.267 -321.393 -24.192 -22.712

Valores a receber de empresas ligadas 280 408 761 -73.554 -79.614

Depósitos judiciais -9.530 1.946 -62.177 7.738 318.539

Page 53: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

53

Outros (acréscimos)decréscimos de ativos 1.402 8.942 -65.234 -56.623 172.614

Fornecedores, empreiteiros e fretes 170.741 -290.291 261.607 79.600 105.815

Adiantamentos de clientes 161.921 -6.831 112.362 -217.640 185.492

Valores a pagar a sociedades ligadas 1.711 -13.902 3.652 -113 -490

Tributos a recolher 90.923 45.585 -40.445 24.505 1.474

Imposto de renda e contribuição social 3.731 -380.546 -100.524 87.232 -177.389

Juros pagos -125.177 -136.599 -82.972 0 0 Pagamento passivo

atuarial -36.857 0 -219.638 0 0

Outros acréscimos (decréscimos) passivos 9.497 -99.456 -135.449 55.754 -21.014

Outros 0 0 0 0 0

Ajustes de adoção Lei 11.638/07 0 0 -219.638 0 0

Caixa Líquido Atividades de Investimento -791.083 -249.676 -2.436.605 -281.735 -581.900

Adições de investimentos -32.527 20.482 -84.725 0 -527.320

Adições para imobilizado -757.151 -233.449 -1.138.459 -495.792 -257.790

Adições do intangível -2.071 3.290 -1.554.848 0 0

Dividendos recebidos 666 13.895 341.427 214.057 203.210 Aquisição de

controladas 0 -53.894 0 0 0

Caixa Líquido Atividades Financiamento -184.119 -18.347 1.749.586 -1.062.884 -1.487.717

Ingressos de empr.,financ. e debêntures 242.731 755.243 3.070.303 218.918 100.625

Pagamento empréstimos e financiamentos -370.039 -639.731 -146.318 -260.964 -355.207

Pagamento de tributos parcelados -11.589 -2.595 -24.927 -19.525 -31.496

Resgate de operações de swap -10.621 -89.009 -4.446 -2.097 -313.981

Dividendos e juros s/cap.próprio pagos -34.601 -42.255 -1.145.026 -999.216 -887.658

Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes 0 0 7.238 -43.001 -19.752

Aumento(Redução) de Caixa e Equivalentes -561.494 -714.580 -289.123 695.607 192.575

Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 2.098.196 2.924.241 1.970.101 1.274.494 1.081.919

Saldo Final de Caixa e Equivalentes 1.536.702 2.209.661 1.680.978 1.970.101 1.274.494

Utilizando-se de algumas rubricas da tabela acima, montamos o seguinte gráfico.

Page 54: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

54

Figura 39 - Fluxo de Caixa

Analisando ambos, percebemos que o resultado operacional apresentava queda

desde 2006, chegando a ser negativo em 2009, o ano da crise financeira.Neste ano houve

uma brusca redução das disponibilidades da empresa (Linha „Aumento (redução) de caixa

e equivalentes‟). A empresa vinha captando em atividades de financimento cerca de 1

milhão de reais em 2006 e em 2007. Em 2008 houve um forte crescimento de sua

produção, e o nível de captação financeira também aumento, para manter estável o Saldo

final de disponibilidades (este apresentou leve queda de 2007 para 2008) e a variação de

Caixas e equivalentes. Com crise financeira de 2008-09 houve uma queda da demanda de

aço no final de 2008 e em todo o ano de 2009, refletindo na queda do caixa liquido de

financiamentos, e também no de atividades operacionais (que já apresentava tendência de

queda); houve uma forte variação negativa no caixa e equivalentes, mas que foi suportado

pelo alto saldo de caixa que a empresa apresentava. Sem essas disponibilidades em alto

valor, é possível que a empresa tivesse tido problemas sério de caixa e disponibilidades de

curto prazo devido a crise. Em 2010 a Usiminas apresentou melhoras na sua situação em

relação a 2009, porém ainda fraco em relação aos anos anteriores a crise. Fatores esses que

refletem que causaram uma insatisfação dos acionistas (EXAME, 2011).

Vale salientar como já visto anteriormente8, que a maior parte das aplicações de

caixa são CDBs.

8 Tópico: 3.2.3 Gestão de Financiamentos a curto prazo

-2

-1

0

1

2

3

4

Milh

õe

s d

e R

eai

sFluxo de Caixa

Saldo Final de Caixa e Equivalentes

Aumento(Redução) de Caixa e Equivalentes

Caixa Líquido Atividades Financiamento

Caixa Líquido Atividades Operacionais

Page 55: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

55

3.2.7 GESTÃO DA GERAÇÃO DE VALOR DO CAPITAL DE GIRO

Maximizar o valor de uma empresa para todos seus stakeholders é um dever

econômico e social da companhia. Em todos os seus aspectos é preciso explorar sua

capacidade de melhorar sua geração de renda incluindo gerar valores a partir do capital de

giro. Abaixo mostramos a tabela do demonstrativo de valor adicionado da Usimininas

entre 2006 e 2008.

Tabela 14 - Demonstração do Valor Adicionado 2006-08 (fonte: http://usiminas.infoinvest.com.br/)

DVA (x1000 Reais) 2008 2007 2006

Receitas 11.412.986 9.814.433 8.932.649

Vendas Mercadorias, Produtos e Serviços

11.401.174,000 9.806.671,000 8.932.649,000

Outras Receitas 7.901,000 7.762,000 0,000

Receitas refs. à Constr. Ativos Próprios 0,000 0,000 0,000

Provisão/Rev. Créds. Liquidação Duvidosa

3.911,000 0,000 0,000

Insumos Adquiridos de Terceiros -6.912.033,000 -5.356.416,000 -5.037.397,000

Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos

-6.394.375,000 -5.134.245,000 -5.037.397,000

Materiais-Energia-Servs Terceiros-Outros

-517.658,000 -222.171,000 0,000

Perda/Recuperação de Valores Ativos 0,000 0,000 0,000

Outros 0,000 0,000 0,000

Valor Adicionado Bruto 4.500.953,000 4.458.017,000 3.895.252,000

Retenções -284.726,000 -267.464,000 -264.307,000

Depreciação, Amortização e Exaustão -284.726,000 -267.464,000 -264.307,000

Outras 0,000 0,000 0,000

Valor Adicionado Líquido Produzido 4.216.227,000 4.190.553,000 3.630.945,000

Vlr Adicionado Recebido em Transferência

2.528.627,000 1.482.348,000 1.058.767,000

Resultado de Equivalência Patrimonial 1.905.543,000 1.303.313,000 997.368,000

Receitas Financeiras 623.084 179.035 61.399

Outros 0 0 0

Valor Adicionado Total a Distribuir 6.744.854,000 5.672.901,000 4.689.712,000

Distribuição do Valor Adicionado 6.744.854,000 5.672.901,000 4.689.712,000

Pessoal 628.733,000 630.774,000 555.961,000

Remuneração Direta 356.588,000 354.011,000 384.427,000

Benefícios 156.804,000 129.399,000 93.391,000

F.G.T.S. 42.066,000 35.330,000 0,000

Outros 73.275,000 112.034,000 78.143,000

Impostos, Taxas e Contribuições 1.567.438,000 1.829.200,000 1.495.902,000

Federais 955.600,000 1.311.661,000 1.056.396,000

Estaduais 598.455,000 505.010,000 428.052,000

Municipais 13.383,000 12.529,000 11.454,000

Page 56: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

56

Remuneração de Capitais de Terceiros 1.299.902,000 25.510,000 135.885,000

Juros 1.445.449,000 25.510,000 135.885,000

Aluguéis 0,000 0,000 0,000

Outras -145.547,000 0,000 0,000

Remuneração de Capitais Próprios 3.248.781,000 3.187.417,000 2.501.964,000

Juros sobre o Capital Próprio 758.004,000 645.001,000 650.002,000

Dividendos 379.071,000 470.594,000 199.998,000

Lucros Retidos / Prejuízo do Exercício

2.111.706,000 2.071.822,000 1.651.964,000

Outros 0,000 0,000 0,000

O fato da dissolução da receita entre todos os stakeholders da empresa “pode ser

notado pela Demonstração de Valor Adicionado (DVA), que apresenta, na distribuição da

riqueza gerada pela organização, qual a participação dos empregados, do Governo, dos

Agentes financiadores e dos Proprietários” (MATIAS, 2007). Como podemos ver o lucro

retido nos exercícios de 2008, 2007 e 2006 correspondem, respectivamente, a 18%, 21% e

18%.

3.2.8 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO INTERNACIONAL

A Usiminas possui diversos negócios no exterior. A Companhia controladora da

Usiminas é a japonesa Nippon Steel com 23,57% das ações ordinárias (com direito a voto).

Apensar disso, a Nippon Steel não tem capacidades de tomadas de decisão para a

Usiminas; a empresa brasileira é gerida através de um organograma que possui em sua

estrutura fundamentos da governança corporativa, tornando-se mais transparente e

imparcial em suas decisões.

A partir das tabelas 7, 9 e 10 deste documento, podemos extrair a seguinte tabela

onde mostram todas as aplicações internacionais da Usiminas.

Tabela 15 - Negócios Internacionais

2.010 2.009

Aplicações financeiras no exterior 154.275 49.615

% do total de Aplicações financeiras 4,00% 2,00%

Clientes no exterior 294.488 269.854

% do total de Clientes a receber 16,73% 15,01%

Importações em andamento 248.977 168.194

% do total de estoques 5,08% 4,62%

Page 57: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

57

Podemos ver que somente nestes três quesitos a empresa teve aplicado US$ 697

milhões em 2010 e US$ 487 milhões em 2009. A Usiminas não é uma empresa com

grandes prioridades em negócios internacionais, seu foco de mercado de aço é claramente

o mercado interno. As vendas para o exterior somam 16,73% do total de vendas em 2010 e

15,01% em 2009. As porcentagens de aplicações financeiras que dão-se no exterior é

percentualmente pequena em relação ao montante total de capital voltado para aplicações

financeiras.

Tabela 16 - Fornecedores estrangeiros

2.008 2.007

% do total de Fornecedores que estrangeiros 39,58% 32,83%

Porém um fator que é decisivo nos negócios internacionais da Usiminas é sua

dependência de matéria prima estrangeira; com 39,58%, em 2008, e 32,83%, em 2007, de

seus fornecedores sendo de fora do Brasil.

3.2.9 IMPACTOS COMPORTAMENTAIS NA GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO

Aspectos comportamentais que envolvem pessoas também podem influir na gestão

da empresa; incluindo a gestão do capital de giro. Essa é uma relação profunda entre a

psicologia e as finanças que deve ser entendida para melhor ser entendida a empresa, seu

perfil comportamental e com isso o seu próprio funcionamento.

A gestão não se dá somente pelos fatores racionais, há também fatores

comportamentais que a determinam: Deve-se considerar também que há uma importante

participação do componente “emocional”, assim como do componente “racional”, nas

atitudes pessimistas e otimistas, que refletem a análise da perspectiva de aquisição de

recursos.

“Administrar dinheiro não é nada mais do que administrar recursos. Os

recursos na espécie humana possuem valor de autoconservação, valor

reprodutivo e valor hedonístico (que geram prazer).

Isso explica facilmente porque lidar com dinheiro pode “mexer” tanto

com a emoção. Na gestão de finanças, a auto-análise de emocionalidade

deve ser uma tarefa cotidiana.

Devem-se trabalhar métodos de avaliação contínua, para evitar que

tendências de personalidade ou de momentos bons ou ruins possam

influenciar negativamente nas decisões financeiras.” MATIAS, 2007.

Page 58: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

58

Podemos ver que a Usiminas percebe esses fatores que podem comprometer sua

adequada gestão, incorporando conceitos de governança corporativa em sua gestão.

Quantos mais pessoas pensarem e lidarem com as decisões importantes menos riscos a

empresa correrá a partir dessas decisões, isso faz com que a empresa se enquadre “Em uma

administração financeira mais racional, cabe, pois, a constante tentativa de identificação e

correção dos erros que implicam em perdas financeiras, mesmo que por vezes custe a

humildade da admissão pública destes mesmos erros.” (MATIAS, 2007)

3.2.10 PARECER

A Usiminas apresentou resultados operacionais fracos nesse ultimo ano, o mercado

numa ansiedade de ver as empresas recuperarem seus níveis anteriores a crise de 2008-09

decepcionou-se. A empresa realmente não apresentou resultados equivalentes ao esperado

nesse quesito, mas é visível sua melhora.

Com a formação de grandes montantes de capital de giro (em caixa ou em

aplicações financeiras) percebe-se um movimento na empresa de querer se expandir. A

expansão se dará com a verticalização da cadeia produtiva do aço – ou seja, com a

aquisição de mineradoras – para reduzir seus custos e aumentar sua competitividade,

principalmente frente ao aço chinês, tanto no mercado interno quanto no externo. Uma

redução de custos dessa magnitude vai ser capaz de melhorar bruscamente seus resultados,

incluindo o operacional que fora tão atacado pelos investidores no primeiro trimestre de

2011.

A empresa mostra um pequeno índice de endividamento, fator que favorece muito

sua capacidade de captação de recursos de terceiros. Seu endividamento é menor do que o

de suas principais concorrentes no mercado interno de aço. Seu nível de solvência, e

portanto, risco de insolvência, é muito baixo.

O modelo de gestão corporativa faz com que sua gestão seja mais racional,

profissional e consciente.

O setor siderúrgico mostra forte tendência de alta, a partir de toda a análise é

possível ver que a Usiminas possui forte capacidade de crescimento de maneira muito bem

sustentada financeiramente. Diante desse aspecto é uma empresa muito atraente para

investimentos a longo prazo

.

Page 59: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

59

4 GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO INTERNACIONAL

A empresa internacional que analisaremos é a United States Steel Corporation;

comumente chamada de U.S. Steel. É uma siderúrgica com mais de um século de

existência – foi fundada em 1 de abril de 1901. Sua sede fica em Pittsburgh, Pensilvânia.

Seus demonstrativos financeiros completos poderão ser vistos no Anexo 3 deste

documento.

4.1.1 PROJEÇÃO

Segundo o Folha de São Paulo (2011) “As transações de fusões e aquisições no

setor de siderurgia devem subir entre 15% e 25% em 2011, após somarem US$ 10,7

bilhões no ano passado, segundo previsão da consultoria PwC”. Considerar juntamente

com a projeção macro-financeira dos Estados Unidos, um crescimento de 15% para a U.S.

Steel, soa razoável. Sendo assim, abaixo são apresentados os demonstrativos financeiros da

empresa para os próximos dois anos considerando um crescimento de 15% para 2011 e de

10% para 2012. Os valores encontram-se em milhões de Euros sob a taxa de 31 de

dezembro de 2011.

Tabela 17 - Projeção DFCs U.S. Steel

Ativo, Consolidado

Milhões 2.010 2011 2.012

Ativo Total 11.463,8 13.183,4 15.160,9

Ativo Circulante 3.961,2 4.555,4 5.238,7

Disponibilidades 431,7 496,4 570,9

Créditos 1.510,8 1.737,5 1.998,1

Estoques 1.756,5 2.020,0 2.323,0

Outros 262,1 301,5 346,7

Ativo Não Circulante 7.502,7 8.628,1 9.922,3

Ativo Realizável a Longo Prazo 754,3 867,4 997,6

Créditos Diversos - 0,0 0,0

Créditos com Pessoas Ligadas - 0,0 0,0

Outros - 0,0 0,0

Ativo Permanente 4.904,0 5.639,6 6.485,5

Investimentos 202,7 233,1 268,0

Imobilizado 4.843,9 5.570,5 6.406,1

Intangível 1.519,8 1.747,8 2.009,9

Diferido - 0,0 0,0

Page 60: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

60

Passivo, Consolidado

Milhões 2.010 2011 2.012

Passivo Total 8.587,1 9.875,1 11.356,4

Passivo Circulante 2.350,3 2.702,8 3.108,2

Empréstimos e Financiamentos 193,4 222,4 255,8

Debêntures 0,0 0,0 0,0

Fornecedores 1.347,3 1.549,4 1.781,8

Impostos, Taxas e Contribuições 809,6 931,0 1.070,6

Dividendos a Pagar 0,0 0,0 0,0

Provisões 0,0 0,0 0,0

Dívidas com Pessoas Ligadas 0,0 0,0 0,0

Outros 86,6 99,6 114,6

Passivo Não Circulante 6.237,5 7.173,2 8.249,1

Passivo Exigível a Longo Prazo 0,0 0,0 0,0

Empréstimos e Financiamentos 2.626,6 3.020,6 3.473,7

Debêntures 0,0 0,0 0,0

Provisões 0,0 0,0 0,0

Dívidas com Pessoas Ligadas 0,0 0,0 0,0

Outros 3.259,9 3.748,9 4.311,2

Resultados de Exercícios Futuros 0,0 0,0 0,0

Participações Minoritárias 0,0 0,0 0,0

Patrimônio Líquido 2.876,0 3.307,4 3.803,6

Capital Social Realizado 0,0 0,0 0,0

Reservas de Capital 0,0 0,0 0,0

Reservas de Reavaliação 0,0 0,0 0,0

Adiantamento p/ futuro aumento de capital 0,0 0,0 0,0

Outras Reservas de Lucro 0,0 0,0 0,0

Lucros/Prejuízos Acumulados 2.761,8 3.176,0 3.652,5

DRE no Ano Fiscal, Consolidado

Milhões 2.010 2011 2.012

Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 12.975,4 14.921,7 17.160,0

Deduções da Receita Bruta 0,0 0,0 0,0

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 12.975,4 14.921,7 17.160,0

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos ######## ######## (16.058,7)

Resultado Bruto 832,7 957,6 1.101,3

Despesas de Atividade (455,6) (523,9) (602,5)

Com Vendas 0,0 0,0 0,0

Gerais e Administrativas 0,0 0,0 0,0

Resultado da Atividade 281,7 323,9 372,5

Outras Receitas Operacionais (31,4) (36,1) (41,5)

Outras Despesas Operacionais 0,0 0,0 0,0

Page 61: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

61

Resultado Antes de Juros e Tributos (141,90) (163,2) (187,7)

Resultado Financeiro 204,63 235,3 270,6

Receitas Financeiras 0,00 0,0 0,0

Despesas Financeiras (145,63) (167,5) (192,6)

Resultado da Equivalência Patrimonial 0,0 0,0 0,0

Resultado Operacional 46,9 53,9 62,0

Resultado Não Operacional 0,000 0,0 0,0

Receitas Nao Operac (82,9) (95,3) (109,6)

Despesas Nao Operac 0,0 0,0 0,0

Resultado Antes de IR e Contr. Social (287,5) (330,7) (380,3)

Provisão para IR e Contribuição Social 72,4 83,3 95,8

Participações 0,0 0,0 0,0

Contribuições 0,0 0,0 0,0

IR Diferido 0,0 0,0 0,0

Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0,0 0,0 0,0

Resultado do Exercício (360,0) (414,0) (476,1)

4.1.2 ANÁLISE ECONOMICO-FINANCEIRA

Nos últimos 10 anos, assim como a Usiminas, a US Steel cresceu

significativamente. Seu patrimônio líquido aumentou para quase € 25 bilhões, seu passivo

acompanhou um aumento maior que seu ativo, mostrando que houve mais captação de

recursos do que seu uso. O Gráfico abaixo demonstra essas mudanças.

Figura 40 - Ativo, Passivo e PL

Porém durante todo esse período a empresa mostrou índices de lucros muito baixos.

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Bilh

õe

s d

e E

uro

s

Ativo, Passivo e PL

Patrimônio Líquido

Passivo Total

Ativo Total

Page 62: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

62

Figura 41 - Receita Líquida e Resultado do Exercício

Seus resultados líquidos sempre foram muito baixos em relação a receita total da

empresa, tendo momentos em que a empresa obteve prejuízos no período. Em 2009 houve

uma brusca redução em sua receita, que também refletiu em prejuízo operacional. A U.S.

Steel é uma empresa que está com visível problemas na geração de lucros, muito

provavelmente devido à concorrência estrangeira no mercado norte americano. Assim

como a Usiminas a U.S. Steel ainda não recuperou-se totalmente dos abalos da crise

financeira.

4.1.3 PARECER DE CRÉDITO

Num empréstimo a empresa pode dar por garantias seus ativos permanentes e

imobilizados. E usualmente o limite de crédito é dado a partir de uma porcentagem do

Patrimônio líquido.

Tabela 18 - At. Permanente e PL

2006 2007 2008 2009 2010

Ativo Permanente 3.037,0

5.084,2 4.934,1 5.061,8 4.904,0

Imobilizado 3.307,7

4.994,8 4.985,8 5.093,4 4.843,9

Patrimônio Líquido 3.259,9 4.130,7 3.655,7 3.492,2 2.876,0

Lucros/Prejuízos Acumulados 2.167,3 2.750,6 4.231,5 3.143,4 2.761,8

(5,0)

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2.010

Bilh

õe

s d

e €€

Receita Líquida e Resultado do Exercício

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços

Resultado do Exercício

Page 63: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

63

Mas podemos ver conforme a tabela abaixo, onde é mostrado os valores dos

empréstimos de curto e longo prazo e a porcentagem desses valores sobre o patrimônio

líquido, que a US Steel está extremamente endividada no longo prazo, chegando a 91,33%

em 2010. Possuindo um endividamento grande em relação ao total do seu patrimônio.

Tabela 19 - Empréstimos e % do PL

2005 2006 2007 2008 2009 2010

Empréstimos e Financiamentos Curto prazo 209,1 84,4 97,1 85,1 38,1 193,4

% do PL 8,42% 2,59% 2,35% 2,33% 1,09% 6,73%

Empréstimos e Financiamentos Longo Prazo 1.017,9 704,3 2.350,3 2.288,3 2.498,1 2.626,6

% do PL 41,00% 21,60% 56,90% 62,59% 71,54% 91,33%

Fato perigoso que vem ser comprovado com a utilização dos indicadores E2S.

Abaixo em números absolutos e posteriormente, numa escala de pontuação de 0 a 99.

Indicadores em números absolutos

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Situação

Mais Favorável

Cap

taçã

o

Capitalização Ajustada

0,43 0,34 0,16 0,57 0,51 0,7 0,55 0,44 0,44 0,33 maior

Capitalização Seca 0,3 0,21 0,04 0,45 0,37 0,54 0,52 0,41 0,41 0,31 maior

Endividamento Ajustado Total

2,33 2,94 6,17 1,76 1,95 1,43 1,83 2,29 2,3 2,99 menor

Endividamento Seco

3,35 4,75 25,8 2,24 2,67 1,86 1,93 2,42 2,43 3,21 menor

Captação de Curto Prazo

0,22 0,23 0,32 0,36 0,42 0,43 0,3 0,25 0,23 0,27 menor

Captação de Longo Prazo

0,78 0,77 0,68 0,64 0,58 0,57 0,7 0,75 0,77 0,73 maior

Exigibilidades Tributárias

0,08 0,09 0,15 0,17 0,19 0,21 0,11 0,11 0,09 0,09 menor

Comprometimento Bancário

0,01 0,01 0,01 0,01 0,04 0,02 0,01 0,01 0 0,02 menor

Comprometimento com Fornecedores

0,12 0,13 0,15 0,18 0,19 0,21 0,17 0,13 0,14 0,16 menor

Solv

enci

a Liquidez Geral 0,94 0,82 0,64 1,09 0,92 1,05 0,87 0,85 0,8 0,76 maior

Liquidez Corrente 1,65 1,78 1,46 1,68 1,76 1,92 1,65 2,06 2,03 1,69 maior

Liquidez Seca 0,96 1,03 0,86 1,2 1,22 1,33 0,89 1,17 1,35 0,94 maior

9 Escala elaborada a partir de levantamento dos indicadores de 76 empresas nacionais e internacionais. A

Listagem dessas empresas encontra-se no anexo 4.

Page 64: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

64

Pontuação Indicadores

2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 C

apta

ção

Capitalização Ajustada 2 2 3 4 5 3 4 1 3 3

Capitalização Seca 1 3 3 3 3 2 3 1 2 2

Endividamento Ajustado Total

7 2 3 3 5 3 4 1 2 3

Endividamento Seco 8 2 2 3 3 2 2 0 1 1

Captação de Curto Prazo 2 7 8 8 6 6 7 8 8 8

Captação de Longo Prazo

6 2 1 2 4 3 2 2 2 1

Exigibilidades Tributárias 8 1 1 1 0 0 1 0 2 1

Comprometimento Bancário

2 9 8 8 8 8 9 9 9 9

Comprometimento com Fornecedores

4 4 4 3 2 2 2 3 3 4

Solv

enci

a Liquidez Geral 2 1 2 1 4 3 5 1 4 4

Liquidez Corrente 3 5 6 4 6 6 6 5 7 6

Liquidez Seca 3 5 4 2 6 6 6 4 6 5

Vemos índices de solvência muito baixos, e alguns índices de captação deixam

muito a desejar; juntamento com indicadores que mostram que a empresa possui um

elevado endividamento. Fatores esses que dificultam a liberação de crédito para essa, e

aumentam seus riscos.

Os índices de solvência apresentarem um nível tão fraco mostram que a US Steel

está em condições perigosas; a estratégia de captação advinda principalmente de

fornecedores e não bancária (como será visto no item 4.1.5.3) está claramente relacionada

a essa dificuldade de captar recursos que a baixa solvência oferece.

Para uma instituição financeira, um empréstimo para esta empresa não é

recomendável a não ser com altas taxas de juros e utilizando-se de covenants.

4.1.4 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS DE FLUXO DE CAIXA

Abaixo o demonstrativo de fluxo de caixa da empresa nos últimos quatro anos.

Tabela 20 - Fluxo de Caixa (fonte: http//us.advfn.com)

CASH-FLOW STATEMENT

OPERATING ACTIVITIES 2006 2007 2008 2009 2010

Net Income/Loss 1,374.0 879.0 2,112.0 -1,406.0 -482.0

Depreciation 441.0 506.0 605.0 661.0 658.0

Amortization 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Amortization Of Intangibles 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Page 65: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

65

Deferred Income Taxes -3.0 182.0 366.0 -156.0 155.0

Operating Gains 8.0 238.0 -665.0 -286.0 -132.0

Extraordinary Gains 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

(Increase) Decrease In Receivables -93.0 222.0 -150.0 735.0 -433.0

(Increase) Decrease In Inventories -109.0 305.0 -376.0 867.0 -688.0

(Increase) Decrease In Prepaid Expenses 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

(Increase) Decrease In Other Current Assets 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Decrease (Increase) In Payables 274.0 -440.0 81.0 -347.0 412.0 Decrease (Increase) In Other Current Liabilities 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Decrease (Increase) In Other Working Capital 0.0 0.0 -182.0 12.0 8.0

Other Non-Cash Items -206.0 -147.0 -133.0 -141.0 123.0

Net Cash From Continuing Operations 1,686.0 1,745.0 1,658.0 -61.0 -379.0

Net Cash From Discontinued Operations 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Net Cash From Total Operating Activities 1,686.0 1,745.0 1,658.0 -61.0 -379.0

INVESTING ACTIVITIES

Sale Of Property, Plant & Equipment 26.0 42.0 24.0 366.0 169.0

Sale Of Long-Term Investments 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Sale Of Short-Term Investments 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Purchase Of Property, Plant & Equipment -612.0 -692.0 -36.0 0.0 -676.0

Acquisitions 0.0 -4,029.0 -105.0 0.0 0.0

Purchase Of Long-Term Investments -4.0 -9.0 -21.0 -62.0 0.0

Purchase Of Short-Term Investments 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Other Investing Changes, Net 0.0 13.0 -894.0 -678.0 -76.0

Cash From Discontinued Investing Activities 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Net Cash From Investing Activities -590.0 -4,675.0 -1,032.0 -374.0 -583.0

FINANCING ACTIVITIES

Issuance Of Debt 0.0 2,976.0 359.0 966.0 776.0

Issuance Of Capital Stock 33.0 18.0 5.0 667.0 5.0

Repayment Of Long-Term Debt -607.0 -873.0 -424.0 -800.0 -417.0

Repurchase Of Capital Stock -442.0 -117.0 -227.0 0.0 0.0

Payment Of Cash Dividends -77.0 -95.0 -129.0 105.0 -29.0

Other Financing Charges, Net -62.0 -18.0 111.0 0.0 0.0

Cash From Discontinued Financing Activities 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Net Cash From Financing Activities -1,155.0 1,891.0 -305.0 938.0 335.0

NET CASH FLOW

Effect Exchange Rate Changes 2.0 18.0 2.0 -9.0 -13.0

Net Change In Cash & Equivalents -57.0 -1,021.0 323.0 494.0 -640.0

Cash At Beginning Of Period 1,479.0 1,422.0 401.0 724.0 1,218.0

Cash End Of Period 1,422.0 401.0 724.0 1,218.0 578.0

*

Foreign Sales 3,991.0 0.0 5,485.0 2,944.0 3,989.0

Domestic Sales 11,774.0 0.0 18,269.0 8,104.0 13,385.0

Auditor Name PWC LLP PWC LLP

PricewaterhouseCoopers LLP

PricewaterhouseCoope

rs LLP

PricewaterhouseCo

opers LLP

Auditor Report UQ UQ UQ UQ UQ

Page 66: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

66

Em 2006, 2007 e 2010 a variação do caixa foi negativa, ou seja, houve queda no

fluxo de caixa em relação aos outros anos. As atividades operacionais mostraram um fluxo

negativo somente em 2009 e 2010, e em números que não foram tão expressivos.

Aparentemente um grande vilão para fluxos negativos foram os fluxos advindos de

investimentos: a empresa anda fazendo investimentos altos todos os anos – uma aquisição

em 2006 chegou a US$ 4 bilhões – o que vem comprometendo suas disponibilidades de

caixa. Suas atividades financeiras foram capazes de gerar recursos para a empresa que

melhorasse a conta do fluxo de caixa geral.

4.1.5 ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO

Conforme vemos na tabela 20 – Fluxo de Caixa; a empresa não está criando

satisfatoriamente capital para disponibilidades. Em 2010 a US Steel possuía somente US$

578 milhões em caixa (€ 431,7 milhões); contra € 3.607,878 milhões da Usiminas.

Mas aparentemente isso não vem a ser um grande problema para a empresa, já que

ela aparenta possuir a estratégia de possuir poucos recursos em caixa, exceto nos anos

anteriores em que ela preparava uma grande aquisição (aquisição de imobilizados de cerca

de US$ 4 Bilhões em 2006), e no ano de 2009 em que foi abatida por uma forte crise

econômica em seu país.

Figura 42 - Disponibilidades

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1.000,0

1.200,0

Milh

õe

s d

e E

uro

s

Disponibilidades

Disponibilidades

Page 67: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

67

4.1.5.1 GESTÃO DE CONTAS A RECEBER

Assim como é visto posteriormente no tópico 4.1.5.3, a US Steel fornece mais

créditos do que consegue captar. Provavelmente como uma maneira de competir com o

mercado externo de aço.

A disposição de créditos nos últimos 10 anos foi sempre crescente, e sua tendência

é de maior crescimento ainda.

4.1.5.2 GESTÃO DE ESTOQUES

Quando comparados a evolução do nível da receita líquida da empresa e seu nível

de estoques podemos perceber que estes acompanharam, no mesmo nível, a evolução das

receitas brutas da empresa.

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1.000,0

1.200,0

1.400,0

1.600,0

1.800,0

Milh

õe

s d

e E

uro

s

Créditos a Clientes

Créditos a Clientes

Page 68: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

68

Figura 43 - Estoques

A evolução de sua quantidade foi grande passando de cerca de € 600 milhões em

2001 até seu ápice de cerca de € 1,8 bilhões em 2008. Mas a margem desses estoques em

relação a receita líquida da empresa permanece quase sempre por volta de 10%.

Figura 44 - Percentagem dos Estoques na Receita Líquida

4.1.5.3 GESTÃO DE FINANCIAMENTOS A CURTO PRAZO

A empresa busca captação de créditos principalmente a partir de fornecedores. Os

créditos captados com instituições financeiras são muito poucos se comparado a esses.

Esse fato que a US Steel tem uma grande capacidade de negociação com seus fornecedores

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1.000,0

1.200,0

1.400,0

1.600,0

1.800,0

2.000,0 M

ilhõ

es d

e Eu

ros

Estoques

Estoques

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2.010

Milh

ões

de

Eu

ros

Percentagem dos Estoques na Receita Líquida

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços

Estoques

Page 69: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

69

provavelmente por se tratar de uma empresa com muita tradição e história na cultura

americana.

Figura 45 - Créditos

O crescimento de seu patrimônio líquido deve muito ao crescimento na captação de

crédito que houve nesse mesmo período. É possível ver que a empresa obteve cada vez

mais créditos de fornecedores, e tentou evitar a captação bancária.

Porém o fornecimento de crédito a seus clientes mostra-se superior a ambas

captação de recursos. Ela fornece mais crédito do que capta, tendo uma necessidade de

investimento de capital próprio para esse feito, provavelmente é uma estratégia para arcar

com a concorrência de aço vindos de fora dos EUA.

4.1.5.4 GESTÃO TRIBUTÁRIA

Houve um alto crescimento na carga tributária da empresa de 2001 para 2004,

porém posteriormente os encargos a ela atribuídos mantiveram-se na mesma faixa e até

decaíram em alguns anos.

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ce

nte

nas

de

Milh

are

s d

e E

uro

s

Créditos

Créditos a Clientes

Empréstimos e Financiamentos

Créditos de Fornecedores

Page 70: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

70

Figura 46 - Impostos

O gráfico abaixo vem somente a título de comparação entre a percentagem de

impostos pagos sobre o Passivo Circulante de ambas as empresas analisadas nesse

trabalho; a americana US Steel e a brasileira Usiminas.

Figura 47 - Percentagem Impostos Sobre Passivo

4.1.5.5 GESTÃO DE TESOURARIA

Conforme visto nos diversos tópicos anteriores, a empresa tende a utilizar menores

quantias para o capital de giro, fazendo com que a variação em seu fluxo de caixa nunca

seja tão grande. Estando num ambiente econômico mais estável que o Brasil, ela pode se

utilizar dessa estratégia.

Os estoques mantém-se num nível de 10% do valor total do ativo circulante e

acompanham claramente o crescimento ou a redução das vendas.

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1.000,0

1.200,0

2001 2003 2005 2007 2009

Milh

õe

s d

e E

uro

s

Impostos, Taxas e Contribuições

Impostos,Taxas e Contribuições

Page 71: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

71

Os créditos oferecidos superam a quantidade de créditos captados – seja de bancos

ou de fornecedores – oferecendo assim um diferencial diante da forte concorrência com o

aço importado pelos EUA. A empresa além disso, não apresenta boa capacidade de

aquisição de crédito bancário, uma vez que já está amplamente comprometida.

4.1.5.6 GESTÃO DA GERAÇÃO DE VALOR DO CAPITAL DE GIRO

A US Steel mostra claramente que trabalha com baixos índices de capital de giro. A

geração do valor do capital de giro dá-se justamente com esse fato: o capital que poderia

ser utilizado para o giro da empresa, costuma ser utilizado em outros investimentos com

boas capacidades de liquidez.

4.1.6 PARECER

A U.S. Steel vem apresentando resultados em que mostram um grande

endividamento bancário de longo prazo, seu nível nos indicadores de solvência chega a ser

preocupante. Haja visto que:

A solvência complementa-se à estratégia e à rentabilidade na avaliação

abrangente do desempenho da empresa. Ela se refere a um estado

verificado na data focal dos demonstrativos, que se torna importante pela

percepção dos terceiros em relação à capacidade da empresa em honrar-

lhes os compromissos. Quando a solvência é reduzida, várias atividades

de empresa são prejudicadas, sua captação em princípio torna-se mais

cara, e no limite os agentes dos quais a empresa depende para existir

podem se recusar a transacionar e/ou financiar a empresa, determinando

o encerramento sua falência.

Conforma já visto, muitas são as causas mediatas, de longo prazo, que

conduzem uma empresa à falência e determinam o encerramento de suas

atividades normais, conquanto a causa imediata da interrupção de

atividades da empresa seja sempre sua incapacidade de honrar

compromissos financeiros com terceiros no curtíssimo prazo. Neste

sentido, os indicadores de solvência avaliam exatamente essa

capacidade. (MATIAS, 2007)

A estratégia da empresa captar mais recursos de fornecedores ao invés de

instituições bancárias, mostra-se que não é somente uma conveniência de mercado – apesar

de sua grande capacidade de negociação. Cerca de 91% do valor de seu Patrimônio

Líquido correspondem a empréstimos e financiamentos a longo prazo. Para piorar sua

Page 72: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

72

situação, ela oferece mais crédito a seus clientes do que é capaz de captar; mostrando

alguns sintomas da síndrome do supermercado:

SÍNDROME DO SUPERMERCADO. O Supermercado que obtém

financiamento dos fornecedores (prazo médio de recebimento de vendas

curto, prazo médio de estocagem curto e prazo médio de pagamento de

compras longo) e não mantém disponível (gasta, expande), quando de

redução de vendas acaba tendo dificuldade em financiar sua necessidade

de capital, e normalmente, visando aumentar as vendas, passa a oferecer

maior prazo de pagamento a seus clientes, agravando sua situação.

(MATIAS, 2007)

5 COMPETITIVIDADE DA GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO DAS

EMPRESAS BRASILEIRAS

A Usiminas apresenta um montante de capital de giro muito maior do que a US

Steel, porém deve-se atentar ao fato de que atualmente a Usiminas planeja fazer grandes

investimentos. De modo geral percebe-se que a empresa estrangeira tem um montante mais

curto de capital de giro e não faz questão de aumentá-lo substancialmente, pode-se

considerar isso como uma forma de gerar mais valor para a corporação; enquanto que no

Brasil o montante que a empresa deve ter para operar é maior, provavelmente por serem

maiores as incertezas de nossa economia em comparação com a economia dos EUA – sem

contar que os custos inerentes a uma captação imediata de recursos seriam maiores.

Diante disso, a empresa brasileira deve utilizar de instrumentos financeiros

(aplicações com rápida liquidez) como um instrumento a mais para gerar lucro, além dos

instrumentos típicos da empresa , isso é a chamada geração de valor a partir do capital de

giro – tal utilização para o capital de giro não é percebida na empresa estrangeira, porém,

conforme já dito, essa utiliza margens muito menores de capital de giro para se sustentar,

ou seja, utiliza o capital que ficaria retido no giro, em aplicações relacionadas com sua

atividade fim. A manutenção das taxas de juros altas no Brasil, ajuda a agravar o quadro:

reduzir o capital de giro, colocando-o em aplicações materiais relacionadas com a

atividade fim da empresa, pode por vezes, não oferecer o retorno de investimento que um

investimento financeiro é capaz de dar.

Page 73: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

73

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 76: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

76

7 ANEXOS

7.1 ANEXO 1 – BALANÇOS PADRONIZADOS, ATUALIZADOS, 2001-2010.

(Valores em milhões de Euros)

Ativo, Consolidado Valores inflacionados e em Euro, Cotação de 31 de Dezembro de 2010 R$2,221

L.S. L.S. L.S. L.S. L.S.

Milhões 2001 2002 2003 2004 2005

Ativo Total 10.876,640 12.298,171 12.337,775 13.442,443 14.415,444

Ativo Circulante 2.138,585 2.931,969 3.365,244 5.018,957 5.260,732

Disponibilidades 356,447 579,743 667,884 1.513,688 1.529,587

Créditos 806,677 1.198,141 1.393,091 1.522,113 1.387,321

Estoques 975,461 990,632 1.142,322 1.583,741 2.005,901

Outros 0,000 163,452 161,947 399,415 337,922

Ativo Não Circulante 8.738,056 9.366,202 8.972,531 8.423,486 9.154,713

Ativo Realizável a Longo Prazo

1.311,684 1.896,687 1.442,557 1.069,028 1.227,325

Créditos Diversos 129,698 205,801 51,532 44,915 34,866

Créditos com Pessoas Ligadas

8,861 5,941 61,401 64,005 211,645

Outros 1.173,126 1.684,945 1.329,624 960,108 980,814

Ativo Permanente 7.426,372 7.469,515 7.529,974 7.354,458 7.927,388

Investimentos 167,005 47,731 142,229 262,898 1.052,954

Imobilizado 7.204,021 7.366,451 7.347,803 7.052,685 6.852,117

Intangível 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Diferido 55,346 55,333 39,942 38,876 22,316

Passivo, Consolidado Valores inflacionados e em Euro, Cotação de 31 de Dezembro de 2010

Milhões 2001 2002 2003 2004 2005

Passivo Total 10.876,640 12.298,171 12.337,775 13.442,443 14.415,444

Passivo Circulante 2.426,331 3.991,804 3.331,690 3.077,222 3.121,813

Empréstimos e Financiamentos

1.799,813 2.979,179 2.048,515 1.075,863 912,068

Debêntures 6,817 106,048 13,279 0,000 0,000

Fornecedores 236,626 544,357 379,127 260,026 313,020

Impostos, Taxas e Contribuições

120,858 152,786 228,483 631,311 612,703

Dividendos a Pagar 40,819 1,599 242,762 640,737 433,333

Provisões 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Dívidas com Pessoas Ligadas

25,802 26,671 34,335 46,058 46,116

Outros 195,596 181,164 385,190 423,227 804,573

Passivo Não Circulante 5.789,753 5.903,098 5.837,488 5.651,688 4.359,287

Passivo Exigível a Longo Prazo

5.685,691 5.834,166 5.746,850 5.483,261 4.292,626

Page 77: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

77

Empréstimos e Financiamentos

3.385,869 3.793,031 3.238,278 2.779,526 1.816,331

Debêntures 458,190 258,487 190,143 0,000 0,000

Provisões 491,115 499,617 724,379 807,751 1.862,182

Dívidas com Pessoas Ligadas

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Outros 1.350,517 1.283,031 1.594,051 1.895,984 614,113

Resultados de Exercícios Futuros

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Participações Minoritárias

104,062 68,932 90,638 168,427 66,660

Patrimônio Líquido 2.660,557 2.403,269 3.168,597 4.713,533 6.934,344

Capital Social Realizado 967,354 967,354 1.014,762 1.014,762 1.901,433

Reservas de Capital 1.583,557 1.435,915 1.451,064 1.451,064 1.451,064

Reservas de Reavaliação 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Adiantamento p/ futuro aumento de capital

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Outras Reservas de Lucro 109,645 0,000 702,770 2.247,706 3.581,847

Lucros/Prejuízos Acumulados

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

DRE no Ano Fiscal, Consolidado

Valores inflacionados e em Euro, Cotação de 31 de Dezembro de 2010

Milhões 2001 2002 2003 2004 2005

Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços

5.199,573 6.954,736 9.193,437 13.270,922 14.134,063

Deduções da Receita Bruta (1.154,086) (1.458,143) (2.018,119) (3.126,586) (3.328,943)

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços

4.045,487 5.496,593 7.175,318 10.144,335 10.805,119

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos

(2.812,991) (3.547,305) (4.634,072) (5.499,230) (6.318,128)

Resultado Bruto 1.232,496 1.949,287 2.541,246 4.645,105 4.486,991

Despesas de Atividade (245,490) (297,578) (336,320) (411,212) (405,926)

Com Vendas (97,920) (133,618) (149,359) (203,910) (191,656)

Gerais e Administrativas (147,570) (163,960) (186,960) (207,302) (214,270)

Resultado da Atividade 987,006 1.651,709 2.204,926 4.233,893 4.081,065

Outras Receitas Operacionais

0,000 0,000 0,000 68,794 78,054

Outras Despesas Operacionais

(48,967) (55,845) (112,356) (173,881) (215,534)

Resultado Antes de Juros e Tributos

938,038 1.595,864 2.092,570 4.128,806 3.943,584

Resultado Financeiro (944,959) (2.144,289) (609,605) (366,064) 212,749

Receitas Financeiras 189,671 444,423 (12,231) 107,808 94,640

Despesas Financeiras (1.247,002) (2.658,181) (693,248) (744,867) (646,629)

Resultado da Equivalência 112,372 69,469 95,874 270,995 764,738

Page 78: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

78

Patrimonial

Resultado Operacional (6,920) (548,425) 1.482,965 3.762,743 4.156,333

Resultado Não Operacional 0,785 23,116 (28,016) (92,523) (34,012)

Receitas Nao Operac 0,785 23,116 15,744 3,800 9,542

Despesas Nao Operac 0,000 0,000 (43,759) (96,367) (43,554)

Resultado Antes de IR e Contr. Social

(6,136) (525,309) 1.454,949 3.670,220 4.122,321

Provisão para IR e Contribuição Social

(42,988) 162,504 (214,775) (848,435) (686,363)

Participações 173,453 32,288 (54,671) (75,997) (19,338)

Contribuições 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

IR Diferido 78,321 58,318 (135,224) (230,261) (169,938)

Reversão dos Juros sobre Capital Próprio

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Resultado do Exercício 202,651 (272,200) 1.050,280 2.515,528 3.246,682

Ativo, Consolidado

L.S. L.S. L.S. L.S. IFRS

Milhões 2006 2007 2008 2009 2.010

Ativo Total 14.812,969 16.398,870 21.850,678 20.398,680 25.209,485

Ativo Circulante 6.007,129 7.101,003 9.426,989 7.390,825 9.749,110

Disponibilidades 2.155,799 3.130,184 2.316,770 2.442,587 3.607,878

Créditos 1.512,624 1.524,689 2.425,063 1.554,584 1.394,979

Estoques 2.014,563 2.134,132 4.026,327 2.881,624 3.880,755

Outros 324,143 311,998 658,829 512,030 865,498

Ativo Não Circulante 8.805,840 9.297,866 12.423,688 13.007,855 15.460,375

Ativo Realizável a Longo Prazo

677,544 808,557 1.000,838 1.119,468 1.137,796

Créditos Diversos 27,831 32,408 29,543 27,632 25,078

Créditos com Pessoas Ligadas

0,000 0,000 6,572 5,818 4,722

Outros 649,713 776,148 964,724 1.086,018 792,498

Ativo Permanente 8.128,296 8.489,310 11.422,850 11.888,387 14.322,578

Investimentos 1.396,561 1.333,585 1.645,054 1.368,187 1.633,003

Imobilizado 6.712,031 7.139,412 8.191,777 9.159,878 11.309,571

Intangível 0,000 0,000 1.586,019 1.360,322 1.380,005

Diferido 19,704 16,313 0,000 0,000 0,000

Passivo, Consolidado

Milhões 2006 2007 2008 2009 2.010

Passivo Total 14.812,969 16.398,870 21.850,678 20.398,680 25.209,485

Passivo Circulante 2.516,060 2.986,352 3.501,640 2.565,205 2.798,136

Page 79: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

79

Empréstimos e Financiamentos

586,233 446,771 839,396 582,001 671,668

Debêntures 0,000 0,000 22,858 14,791 17,759

Fornecedores 415,973 660,586 873,396 645,922 996,563

Impostos, Taxas e Contribuições

389,988 642,562 658,920 201,412 244,836

Dividendos a Pagar 403,032 496,683 485,316 303,531 126,619

Provisões 0,000 0,000 0,000 74,090 0,000

Dívidas com Pessoas Ligadas

181,228 60,947 44,049 43,397 63,021

Outros 539,606 678,803 577,705 700,062 594,501

Passivo Não Circulante 4.043,080 3.529,557 6.442,151 5.776,172 7.335,015

Passivo Exigível a Longo Prazo

3.965,406 3.439,177 6.373,587 5.494,597 7.731,147

Empréstimos e Financiamentos

1.837,386 1.594,013 3.567,501 2.919,121 5.469,888

Debêntures 0,000 0,000 871,490 871,490 396,132

Provisões 1.605,060 1.383,213 1.652,614 1.289,001 1.387,891

Dívidas com Pessoas Ligadas

0,000 0,000 1,362 0,000 33,931

Outros 522,961 461,951 280,621 414,985 443,306

Resultados de Exercícios Futuros

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Participações Minoritárias 77,674 90,380 68,563 281,575 1.265,117

Patrimônio Líquido 8.253,829 9.882,961 11.906,888 12.057,303 13.811,217

Capital Social Realizado 4.278,225 6.417,337 9.626,005 9.626,005 9.626,005

Reservas de Capital 1.451,064 0,000 0,000 0,000 0,000

Reservas de Reavaliação 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Adiantamento p/ futuro aumento de capital

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Outras Reservas de Lucro 2.524,540 3.465,624 1.900,572 2.593,674 3.420,197

Lucros/Prejuízos Acumulados

0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

DRE no Ano Fiscal, Consolidado

Milhões 2006 2007 2008 2009 2.010

Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços

13.559,729 15.339,455 17.550,301 12.287,419 14.281,186

Deduções da Receita Bruta

(3.272,803) (3.884,642) (4.536,385) (3.236,033)

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços

10.286,927 11.454,813 13.013,917 9.051,385 10.740,217

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos

(6.750,895) (7.404,487) (8.035,766) (7.327,417) (8.643,232)

Resultado Bruto 3.536,032 4.050,326 4.978,151 1.723,969 2.096,985

Despesas de (451,510) (463,423) (506,299) (613,507) (746,934)

Page 80: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

80

Atividade

Com Vendas (218,845) (198,951) (210,465) (235,428) (310,095)

Gerais e Administrativas

(232,664) (264,471) (295,834) (378,079) (436,839)

Resultado da Atividade 3.084,522 3.586,904 4.471,852 1.110,462 1.350,051

Outras Receitas Operacionais

148,836 286,413 196,508 156,502 142,940

Outras Despesas Operacionais

(283,636) (184,887) (543,723) (505,477) (83,327)

Resultado Antes de Juros e Tributos

2.949,722 3.688,430 4.124,636 761,487 1.409,664

Resultado Financeiro (150,494) 2,452 (604,870) 804,618 206,406

Receitas Financeiras 153,701 238,543 813,907 113,422 324,089

Despesas Financeiras (428,622) (243,705) (1.798,163) 552,363 (313,130)

Resultado da Equivalência Patrimonial

124,427 7,614 379,386 138,833 195,447

Resultado Operacional 2.799,228 3.690,882 3.519,766 1.566,105 1.576,319

Resultado Não Operacional

38,101 5,926 0,000 0,000

Receitas Nao Operac 18,170 68,570 0,000 0,000

Despesas Nao Operac 19,931 (62,644) 0,000 0,000

Resultado Antes de IR e Contr. Social

2.837,329 3.696,808 3.519,766 1.566,105 1.782,725

Provisão para IR e Contribuição Social

(559,023) (932,295) (610,271) (197,719)

Participações (16,470) (19,207) (12,727) (2,013) (9,785)

Contribuições 0,000 0,000 0,000 0,000

IR Diferido (177,607) (117,178) (225,108) (253,126)

Reversão dos Juros sobre Capital Próprio

0,000 0,000 0,000 0,000

Resultado do Exercício 2.084,229 2.628,129 2.671,660 1.113,246 1.312,451

7.2 ANEXO 2 – ÍNDICES MODELO E2S

Indicadores 2001 2002 2003 2004 2005 Situação

Mais Favorável

Cap

taçã

o

Capitalização Ajustada 0,3238 0,2429 0,3456 0,5400 0,9269 maior

Capitalização Seca 0,3035 0,2381 0,3301 0,5099 0,7862 maior

Endividamento Ajustado Total 3,0881 4,1173 2,8938 1,8519 1,0788 menor

Endividamento Seco 3,2949 4,2007 3,0298 1,9613 1,2720 menor

Page 81: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

81

Captação de Curto Prazo 0,2953 0,4034 0,3634 0,3525 0,4173 menor

Captação de Longo Prazo 0,7047 0,5966 0,6366 0,6475 0,5827 maior

Exigibilidades Tributárias 0,0147 0,0154 0,0249 0,0723 0,0819 menor

Comprometimento Bancário 0,2757 0,3379 0,2456 0,1233 0,1219 menor

Comprometimento com Fornecedores 0,0288 0,0550 0,0413 0,0298 0,0418 menor

Ap

licaç

ão

Imobilização Ajustada do Capital Próprio 2,7913 3,1081 2,3764 1,5603 1,1432 menor

Imobilização de Recursos não Correntes 0,8788 0,8993 0,8361 0,7095 0,7019 menor

Recursos de Longo Prazo em Giro 0,0341 0,1276 0,0037 0,1873 0,1894 maior

Recursos Próprios em Giro 2,2843 2,8973 1,8317 0,7871 0,3202 maior

Aplicação em Ativos de Crédito 0,2338 0,2481 0,2898 0,2500 0,2138 maior

Aplicaçao em Estoques 0,2827 0,2052 0,2376 0,2601 0,3092 menor

Aplicação em Disponibilidades 0,1033 0,1201 0,1389 0,2486 0,2358 maior

Aplicação em Investimentos 0,0154 0,0039 0,0115 0,0196 0,0730 menor

Aplicação em Imobilizado 0,6623 0,5990 0,5956 0,5247 0,4753 menor

Efic

iên

cia

Despesa de Overhead 0,0607 0,0541 0,0469 0,0405 0,0376 menor

Custo de Produção 0,6953 0,6454 0,6458 0,5421 0,5847 menor

Despesa Administrativa 0,0365 0,0298 0,0261 0,0204 0,0198 menor

Despesa de Comercialização 0,0242 0,0243 0,0208 0,0201 0,0177 menor

Eficiência Operacional 16,4792 18,4711 21,3348 24,6693 26,6185 maior

Custo do Endividamento 0,1518 0,2686 0,0756 0,0853 0,0864 menor

Despesa Financeira 0,3082 0,4836 0,0966 0,0734 0,0598 menor

Despesa Operacional 0,0853 0,0732 0,0933 0,0961 0,0958 menor

Provisionamento para IR e contribuições 7,0063 0,3093 0,1476 0,2312 0,1665 menor

Ren

tab

ilid

ades

Margem Bruta 1,2853 1,2653 1,2813 1,3082 1,3081 maior

Margem da Atividade 0,2440 0,3005 0,3073 0,4174 0,3777 maior

Constribuição do Resultado Financeiro 0,2336 0,3901 0,0850 0,0361 0,0197 maior

Margem Operacional 0,0017 0,0998 0,2067 0,3709 0,3847 maior

Margem Líquida 0,0501 0,0495 0,1464 0,2480 0,3005 maior

Giro do Ativo Operacional 1,1725 1,1383 1,4924 1,6663 1,6654 maior

Giro do Ativo Total 0,3719 0,4469 0,5816 0,7546 0,7496 maior

Rentabilidade da Atividade do PL 0,3710 0,6873 0,6959 0,8982 0,5885 maior

Rentabilidade do Ativo Total (ROI) 0,0186 0,0221 0,0851 0,1871 0,2252 maior

Rentabilidade do Ativo Operacional 0,0587 0,0564 0,2185 0,4132 0,5004 maior

Rentabilidade do Patrimônio Líquido 0,0762 0,1133 0,3315 0,5337 0,4682 maior

Page 82: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

82

Solv

enci

a Liquidez Geral 0,4199 0,4880 0,5243 0,6975 0,8673 maior

Liquidez Corrente 0,8814 0,7345 1,0101 1,6310 1,6852 maior

Liquidez Seca 0,4794 0,4863 0,6672 1,1163 1,0426 maior

CC

G

Coeficiente do Capital de Giro Líquido 0,0711 0,1928 0,0047 0,1914 0,1980 maior

Coeficiente do Capital de Giro Próprio 0,7735 0,6367 0,3720 0,0925 0,2383 maior

Indicadores 2006 2007 2008 2009 2010 Situação

Mais Favorável

Cap

taçã

o

Capitalização Ajustada 1,2584 1,5167 1,1974 1,4455 1,3630 maior

Capitalização Seca 1,0455 1,3121 1,0320 1,2815 1,2018 maior

Endividamento Ajustado Total 0,7947 0,6593 0,8351 0,6918 0,7337 menor

Endividamento Seco 0,9565 0,7622 0,9690 0,7804 0,8321 menor

Captação de Curto Prazo 0,3836 0,4583 0,3521 0,3075 0,2761 menor

Captação de Longo Prazo 0,6164 0,5417 0,6479 0,6925 0,7239 maior

Exigibilidades Tributárias 0,0595 0,0986 0,0663 0,0241 0,0242 menor

Comprometimento Bancário 0,0894 0,0686 0,1744 0,1760 0,1071 menor

Comprometimento com Fornecedores 0,0634 0,1014 0,0878 0,0774 0,0983 menor

Ap

licaç

ão

Imobilização Ajustada do Capital Próprio 0,9848 0,8590 0,9593 0,9860 1,0370 menor

Imobilização de Recursos não Correntes 0,6610 0,6329 0,6225 0,6666 0,6773 menor

Recursos de Longo Prazo em Giro 0,2839 0,3068 0,3229 0,2706 0,2689 maior

Recursos Próprios em Giro 0,0669 0,0592 0,0434 0,0788 0,1194 maior

Aplicação em Ativos de Crédito 0,2263 0,1928 0,2326 0,1827 0,1281 maior

Aplicaçao em Estoques 0,3014 0,2698 0,3861 0,3386 0,3565 menor

Aplicação em Disponibilidades 0,3225 0,3957 0,2222 0,2870 0,3314 maior

Aplicação em Investimentos 0,0943 0,0813 0,0753 0,0671 0,0648 menor

Aplicação em Imobilizado 0,4531 0,4354 0,3749 0,4490 0,4486 menor

Efic

iên

cia

Despesa de Overhead 0,0439 0,0405 0,0389 0,0678 0,0695 menor

Custo de Produção 0,6563 0,6464 0,6175 0,8095 0,8048 menor

Despesa Administrativa 0,0226 0,0231 0,0227 0,0418 0,0407 menor

Despesa de Comercialização 0,0213 0,0174 0,0162 0,0260 0,0289 menor

Eficiência Operacional 22,7834 24,7179 25,7040 14,7535 14,3791 maior

Custo do Endividamento 0,0653 0,0374 0,1808 0,0662 - menor

Despesa Financeira 0,0417 0,0213 0,1382 0,0610 - menor

Despesa Operacional 0,1100 0,0820 0,1007 0,1315 0,0763 menor

Page 83: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

83

Provisionamento para IR e contribuições 0,1970 0,2522 0,1734 0,1262 - menor

Ren

tab

ilid

ades

Margem Bruta 1,3182 1,3391 1,3486 1,3575 1,3297 maior

Margem da Atividade 0,2998 0,3131 0,3436 0,1227 0,1257 maior

Constribuição do Resultado Financeiro 0,0146 0,0002 0,0465 0,0889 0,0192 maior

Margem Operacional 0,2721 0,3222 0,2705 0,1730 0,1468 maior

Margem Líquida 0,2026 0,2294 0,2053 0,1230 0,1222 maior

Giro do Ativo Operacional 1,5389 1,4482 1,2480 1,0636 0,9865 maior

Giro do Ativo Total 0,6945 0,6985 0,5956 0,4437 0,4260 maior

Rentabilidade da Atividade do PL 0,3737 0,3629 0,3756 0,0921 0,0978 maior

Rentabilidade do Ativo Total (ROI) 0,1407 0,1603 0,1223 0,0546 0,0521 maior

Rentabilidade do Ativo Operacional 0,3118 0,3323 0,2562 0,1308 0,1206 maior

Rentabilidade do Patrimônio Líquido 0,2525 0,2659 0,2244 0,0923 0,0950 maior

Solv

enci

a Liquidez Geral 1,0191 1,2139 1,0487 1,0203 1,0744 maior

Liquidez Corrente 2,3875 2,3778 2,6922 2,8812 3,4841 maior

Liquidez Seca 1,5868 1,6632 1,5423 1,7578 2,0972 maior

CC

G

Coeficiente do Capital de Giro Líquido 0,3394 0,3592 0,4553 0,5331 0,6472 maior

Coeficiente do Capital de Giro Próprio 0,4093 0,5546 0,4199 0,6939 0,6030 maior

7.3 ANEXO 3 – DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS PADRONIZADOS U.S.

STEEL

Ativo, Consolidado (valores em Euros da data 31/12/2010)

L.S. L.S. L.S. L.S.

Milhões 2001 2002 2003 2004

Ativo Total 6.226,3 5.957,5 5.853,7 8.182,3

Ativo Circulante 1.548,2 1.822,3 2.320,4 3.168,8

Disponibilidades 109,8 181,5 236,0 774,5

Créditos 619,9 697,5 910,4 1.321,9

Estoques 649,7 769,2 958,2 894,0

Outros 168,8 174,0 215,8 178,5

Ativo Não Circulante 4.678,1 4.135,2 3.533,3 5.013,5

Ativo Realizável a Longo Prazo 2.374,9 1.602,0 354,0 2.246,5

Créditos Diversos - - - -

Créditos com Pessoas Ligadas - - - -

Outros - - - -

Ativo Permanente 2.146,8 2.324,2 2.634,8 2.517,1

Investimentos 571,3 578,8 621,4 633,3

Page 84: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

84

Imobilizado 2.303,2 2.224,1 2.550,4 2.708,8

Intangível - 309,2 356,2 28,4

Diferido - - - -

Passivo, Consolidado (valores em Euros da data 31/12/2010)

Milhões 2001 2002 2003 2004

Passivo Total 4.354,8 4.443,6 5.037,4 5.217,4

Passivo Circulante 940,3 1.024,7 1.590,7 1.890,2

Empréstimos e Financiamentos 59,7 52,3 69,5 27,6

Debêntures 0,0 0,0 0,0 0,0

Fornecedores 516,8 572,8 767,0 959,7

Impostos, Taxas e Contribuições 363,7 399,6 754,3 902,9

Dividendos a Pagar 0,0 0,0 0,0 0,0

Provisões 0,0 0,0 0,0 0,0

Dívidas com Pessoas Ligadas 0,0 0,0 0,0 0,0

Outros 178,5 189,7 485,4 602,7

Passivo Não Circulante 3.414,5 3.419,0 3.446,6 3.327,1

Passivo Exigível a Longo Prazo 0,0 0,0 0,0 0,0

Empréstimos e Financiamentos 1.071,0 1.051,5 1.411,5 1.017,9

Debêntures 0,0 0,0 0,0 0,0

Provisões 0,0 0,0 0,0 0,0

Dívidas com Pessoas Ligadas 0,0 0,0 0,0 0,0

Outros 1.796,9 2.200,9 2.030,6 1.841,7

Resultados de Exercícios Futuros 0,0 0,0 0,0 0,0

Participações Minoritárias 0,0 0,0 0,0 0,0

Patrimônio Líquido 1.871,6 1.513,8 816,3 2.964,9

Capital Social Realizado 0,0 0,0 0,0 0,0

Reservas de Capital 0,0 0,0 0,0 0,0

Reservas de Reavaliação 0,0 0,0 0,0 0,0

Adiantamento p/ futuro aumento de capital 0,0 0,0 0,0 0,0

Outras Reservas de Lucro 0,0 0,0 0,0 0,0

Lucros/Prejuízos Acumulados 0,0 31,4 (314,4) 486,2

DRE no Ano Fiscal, Consolidado (valores em Euros da data 31/12/2010)

Milhões 2001 2002 2003 2004

Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 4.761,0 5.268,1 7.063,5 10.536,3

Deduções da Receita Bruta 0,0 0,0 0,0 0,0

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 4.694,6 5.214,4 6.966,4 10.432,5

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (4.548,9) (4.599,0) (6.324,9) (8.519,1)

Resultado Bruto 145,6 615,4 641,5 1.913,4

Despesas de Atividade (68,7) (312,2) (502,6) (551,9)

Page 85: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

85

Com Vendas 0,0 0,0 0,0 0,0

Gerais e Administrativas 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado da Atividade 57,4 226,4 103,7 1.016,8

Outras Receitas Operacionais 188,9 0,0 510,1 0,0

Outras Despesas Operacionais 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado Antes de Juros e Tributos (293,50) 105,30 (531,00) 1.205,38

Resultado Financeiro 105,30 85,89 97,09 88,87

Receitas Financeiras 0,00 0,00 0,00 0,00

Despesas Financeiras (114,26) (95,59) (111,28) (114,26)

Resultado da Equivalência Patrimonial 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado Operacional (140,6) 142,8 (324,1) 966,6

Resultado Não Operacional 0 0 0 0

Receitas Nao Operac (368,9) 41,8 (642,3) 1.076,2

Despesas Nao Operac 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado Antes de IR e Contr. Social (407,8) 9,7 (642,3) 1.091,1

Provisão para IR e Contribuição Social (245,0) (35,8) (339,1) 262,1

Participações 0,0 0,0 0,0 24,6

Contribuições 0,0 0,0 0,0 0,0

IR Diferido 0,0 0,0 0,0 0,0

Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado do Exercício (162,8) 45,6 (345,8) 814,8

Ativo, Consolidado (valores em Euros da data

31/12/2010)

L.S. L.S. L.S. L.S. L.S. IFRS

Milhões 2005 2006 2007 2008 2009 2.010

Ativo Total 7.335,4 7.905,9 11.674,4 12.014,3 11.517,6 11.463,8

Ativo Circulante 3.607,9 3.880,5 3.703,5 4.280,8 3.745,4 3.961,2

Disponibilidades 1.104,6 1.062,0 299,5 540,7 909,6 431,7

Créditos 1.193,4 1.343,5 1.551,2 1.708,7 1.170,3 1.510,8

Estoques 1.094,9 1.197,9 1.702,0 1.861,1 1.253,9 1.756,5

Outros 215,1 277,1 150,9 170,3 411,5 262,1

Ativo Não Circulante 3.727,4 4.025,4 7.970,9 7.733,4 7.772,3 7.502,7

Ativo Realizável a Longo Prazo 519,8 640,8 1.372,7 837,9 781,2 754,3

Créditos Diversos - - - - - -

Créditos com Pessoas Ligadas

- - - - - -

Outros - - - - - -

Ativo Permanente 2.893,1 3.037,0 5.084,2 4.934,1 5.061,8 4.904,0

Investimentos 666,2 758,8 221,4 208,6 186,2 202,7

Imobilizado 2.998,5 3.307,7 4.994,8 4.985,8 5.093,4 4.843,9

Intangível 209,1 - 1.591,5 1.412,3 1.498,1 1.519,8

Diferido - - - - - -

Page 86: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

86

Passivo, Consolidado (valores em Euros da data

31/12/2010)

Milhões 2005 2006 2007 2008 2009 2.010

Passivo Total 4.852,9 4.646,0 7.543,7 8.358,5 8.025,4 8.587,1

Passivo Circulante 2.053,0 2.017,9 2.242,7 2.074,7 1.847,7 2.350,3

Empréstimos e Financiamentos 209,1 84,4 97,1 85,1 38,1 193,4

Debêntures 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Fornecedores 938,0 980,6 1.292,0 1.107,5 1.088,1 1.347,3

Impostos, Taxas e Contribuições 905,9 953,0 853,6 882,0 721,4 809,6

Dividendos a Pagar 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Provisões 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Dívidas com Pessoas Ligadas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Outros 681,1 817,0 782,7 151,6 66,5 86,6

Passivo Não Circulante 2.799,9 2.628,1 5.301,0 6.283,8 6.177,8 6.237,5

Passivo Exigível a Longo Prazo 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Empréstimos e Financiamentos 1.017,9 704,3 2.350,3 2.288,3 2.498,1 2.626,6

Debêntures 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Provisões 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Dívidas com Pessoas Ligadas

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Outros 1.758,0 1.895,5 2.764,0 3.866,3 3.094,1 3.259,9

Resultados de Exercícios Futuros

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Participações Minoritárias 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Patrimônio Líquido 2.482,5 3.259,9 4.130,7 3.655,7 3.492,2 2.876,0

Capital Social Realizado 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Reservas de Capital 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Reservas de Reavaliação 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Adiantamento p/ futuro aumento de capital

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Outras Reservas de Lucro 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Lucros/Prejuízos Acumulados 1.198,7 2.167,3 2.750,6 4.231,5 3.143,4 2.761,8

DRE no Ano Fiscal, Consolidado (valores em Euros da data 31/12/2010)

Milhões 2005 2006 2007 2008 2009 2.010 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 10.484,7 11.736,4 12.601,3 17.740,2 8.251,0 12.975,4

Deduções da Receita Bruta 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Page 87: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

87

Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 10.484,7 11.736,4 12.601,3 17.740,2 8.251,0 12.975,4

Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (8.664,0) (9.684,9) (10.928,4) (14.729,7) (8.661,0) (12.142,7)

Resultado Bruto 1.820,8 2.051,5 1.672,9 3.010,5 (410,0) 832,7

Despesas de Atividade (521,3) (451,1) (439,9) (466,8) (461,5) (455,6)

Com Vendas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Gerais e Administrativas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado da Atividade 970,5 1.195,3 920,9 1.899,7 (650,9) 281,7

Outras Receitas Operacionais (48,5) (62,0) (50,8) (200,2) (107,5) (31,4)

Outras Despesas Operacionais 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado Antes de Juros e Tributos 1.074,69 1.371,93 94,10 2.371,93 (1.259,16) (141,90)

Resultado Financeiro 94,85 46,30 78,42 46,30 120,24 204,63

Receitas Financeiras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Despesas Financeiras (94,85) (85,14) (113,52) (126,21) (118,75) (145,63)

Resultado da Equivalência Patrimonial 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado Operacional 873,4 1.059,2 128,8 1.806,0 (850,6) 46,9

Resultado Não Operacional 0 0 0 0 0 0,000

Receitas Nao Operac 1.074,7 1.333,1 905,9 2.292,0 (1.257,7) (82,9)

Despesas Nao Operac 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado Antes de IR e Contr. Social 979,8 1.286,8 827,5 2.245,7 (1.377,9) (287,5)

Provisão para IR e Contribuição Social 272,6 242,0 162,8 637,0 (327,9) 72,4

Participações 27,6 18,7 8,2 31,4 (3,7) 0,0

Contribuições 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

IR Diferido 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Reversão dos Juros sobre Capital Próprio

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Resultado do Exercício 679,6 1.026,1 656,5 1.577,3 (1.046,3) (360,0)

7.4 ANEXO 4 – INDICADORES FINANCEIROS U.S. STEEL

Indicadores 2001 2002 2003 2004 2005 Situação

Mais Favorável

Cap

taçã

o Capitalização Ajustada 0,430 0,341 0,162 0,568 0,512 maior

Capitalização Seca 0,299 0,210 0,039 0,447 0,374 maior

Endividamento Ajustado Total 2,327 2,935 6,171 1,760 1,955 menor

Endividamento Seco 3,349 4,752 25,843 2,238 2,672 menor

Captação de Curto Prazo 0,216 0,231 0,316 0,362 0,423 menor

Captação de Longo Prazo 0,784 0,769 0,684 0,638 0,577 maior

Page 88: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

88

Exigibilidades Tributárias 0,084 0,090 0,150 0,173 0,187 menor

Comprometimento Bancário 0,014 0,012 0,014 0,005 0,043 menor

Comprometimento com Fornecedores 0,119 0,129 0,152 0,184 0,193 menor

Ap

licaç

ão

Imobilização Ajustada do Capital Próprio 1,147 1,535 3,228 0,849 1,165 menor

Imobilização de Recursos não Correntes 0,406 0,471 0,618 0,400 0,548 menor

Recursos de Longo Prazo em Giro 0,115 0,162 0,171 0,203 0,294 maior

Recursos Próprios em Giro -1,500 -1,732 -3,328 -0,691 -0,502 maior

Aplicação em Ativos de Crédito 0,152 0,192 0,283 0,233 0,269 maior

Aplicaçao em Estoques 0,159 0,212 0,298 0,158 0,246 menor

Aplicação em Disponibilidades 0,027 0,050 0,073 0,137 0,249 maior

Aplicação em Investimentos 0,092 0,097 0,106 0,077 0,091 menor

Aplicação em Imobilizado 0,370 0,373 0,436 0,331 0,409 menor

Efic

iên

cia

Despesa de Overhead -0,015 -0,060 -0,072 -0,053 -0,050 menor

Custo de Produção -0,969 -0,882 -0,908 -0,817 -0,826 menor

Despesa Administrativa -0,015 -0,060 -0,072 -0,053 -0,050 menor

Despesa de Comercialização - - - - - menor

Eficiência Operacional -

68,326 -

16,703 -

13,860 -

18,903 -

20,113 maior

Custo do Endividamento -0,026 -0,022 -0,022 -0,022 -0,020 menor

Despesa Financeira -0,024 -0,018 -0,016 -0,011 -0,009 menor

Despesa Operacional -0,017 -0,086 -0,156 -0,097 -0,117 menor

Provisionamento para IR e contribuições 0,601 -3,692 0,528 0,240 0,278 menor

Ren

tab

ilid

ades

Margem Bruta 1,014 1,010 1,014 1,010 1,000 maior

Margem da Atividade 0,012 0,043 0,015 0,097 0,093 maior

Constribuição do Resultado Financeiro 0,022 0,016 0,014 0,009 0,009 maior

Margem Operacional -0,030 0,027 -0,047 0,093 0,083 maior

Margem Líquida -0,035 0,009 -0,050 0,078 0,065 maior

Giro do Ativo Operacional 1,151 1,435 2,164 1,842 2,360 maior

Giro do Ativo Total 0,754 0,875 1,190 1,275 1,429 maior

Rentabilidade da Atividade do PL 0,031 0,150 0,127 0,343 0,391 maior

Rentabilidade do Ativo Total (ROI) -0,026 0,008 -0,059 0,100 0,093 maior

Rentabilidade do Ativo Operacional -0,040 0,013 -0,107 0,144 0,153 maior

Rentabilidade do Patrimônio Líquido -0,087 0,030 -0,424 0,275 0,274 maior

Solv

enci

a Liquidez Geral 0,937 0,818 0,639 1,086 0,915 maior

Liquidez Corrente 1,647 1,778 1,459 1,676 1,757 maior

Liquidez Seca 0,956 1,028 0,856 1,203 1,224 maior

CC

G

Coeficiente do Capital de Giro Líquido 0,129 0,153 0,105 0,123 0,148 maior

Coeficiente do Capital de Giro Próprio -0,329 -0,365 -0,378 -0,035 -0,030 maior

Indicadores 2006 2007 2008 2009 2010 Situação

Mais

Page 89: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

89

Favorável C

apta

ção

Capitalização Ajustada 0,702 0,548 0,437 0,435 0,335 maior

Capitalização Seca 0,538 0,518 0,412 0,412 0,311 maior

Endividamento Ajustado Total 1,425 1,826 2,286 2,298 2,986 menor

Endividamento Seco 1,858 1,930 2,425 2,428 3,212 menor

Captação de Curto Prazo 0,434 0,297 0,248 0,230 0,274 menor

Captação de Longo Prazo 0,566 0,703 0,752 0,770 0,726 maior

Exigibilidades Tributárias 0,205 0,113 0,106 0,090 0,094 menor

Comprometimento Bancário 0,018 0,013 0,010 0,005 0,023 menor

Comprometimento com Fornecedores 0,211 0,171 0,133 0,136 0,157 menor

Ap

licaç

ão

Imobilização Ajustada do Capital Próprio 0,932 1,231 1,350 1,449 1,705 menor

Imobilização de Recursos não Correntes 0,516 0,539 0,496 0,523 0,538 menor

Recursos de Longo Prazo em Giro 0,316 0,155 0,222 0,196 0,177 maior

Recursos Próprios em Giro -0,235 -0,930 -1,115 -1,226 -1,609 maior

Aplicação em Ativos de Crédito 0,276 0,235 0,241 0,181 0,230 maior

Aplicaçao em Estoques 0,246 0,258 0,263 0,194 0,268 menor

Aplicação em Disponibilidades 0,218 0,045 0,076 0,141 0,066 maior

Aplicação em Investimentos 0,096 0,019 0,017 0,016 0,018 menor

Aplicação em Imobilizado 0,418 0,428 0,415 0,442 0,423 menor

Efic

iên

cia

Despesa de Overhead -0,038 -0,035 -0,026 -0,056 -0,035 menor

Custo de Produção -0,825 -0,867 -0,830 -1,050 -0,936 menor

Despesa Administrativa -0,038 -0,035 -0,026 -0,056 -0,035 menor

Despesa de Comercialização - - - - - menor

Eficiência Operacional -

26,018 -

28,647 -

38,006 -

17,877 -

28,482 maior

Custo do Endividamento -0,018 -0,015 -0,015 -0,015 -0,017 menor

Despesa Financeira -0,007 -0,009 -0,007 -0,014 -0,011 menor

Despesa Operacional -0,093 -0,067 -0,066 -0,071 -0,069 menor

Provisionamento para IR e contribuições 0,188 0,197 0,284 0,238 -0,252 menor

Ren

tab

ilid

ades

Margem Bruta 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 maior

Margem da Atividade 0,102 0,073 0,107 -0,079 0,022 maior

Constribuição do Resultado Financeiro 0,004 0,006 0,003 0,015 0,016 maior

Margem Operacional 0,090 0,010 0,102 -0,103 0,004 maior

Margem Líquida 0,087 0,052 0,089 -0,127 -0,028 maior

Giro do Ativo Operacional 2,410 1,912 2,506 1,278 1,978 maior

Giro do Ativo Total 1,485 1,079 1,477 0,716 1,132 maior

Rentabilidade da Atividade do PL 0,367 0,223 0,520 -0,186 0,098 maior

Rentabilidade do Ativo Total (ROI) 0,130 0,056 0,131 -0,091 -0,031 maior

Rentabilidade do Ativo Operacional 0,211 0,100 0,223 -0,162 -0,055 maior

Rentabilidade do Patrimônio Líquido 0,315 0,159 0,431 -0,300 -0,125 maior

Solv

enc

ia Liquidez Geral 1,048 0,874 0,847 0,804 0,764 maior

Liquidez Corrente 1,923 1,651 2,063 2,027 1,685 maior

Page 90: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

90

Liquidez Seca 1,329 0,892 1,166 1,348 0,938 maior C

CG

Coeficiente do Capital de Giro Líquido 0,159 0,116 0,124 0,230 0,124 maior

Coeficiente do Capital de Giro Próprio 0,054 -0,093 -0,148 -0,325 -0,259 maior

Indicadores 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001

Cap

taçã

o

Capitalização Ajustada 2 2 3 4 5 3 4 1 3 3

Capitalização Seca 1 3 3 3 3 2 3 1 2 2

Endividamento Ajustado Total

7 2 3 3 5 3 4 1 2 3

Endividamento Seco 8 2 2 3 3 2 2 0 1 1

Captação de Curto Prazo 2 7 8 8 6 6 7 8 8 8

Captação de Longo Prazo 6 2 1 2 4 3 2 2 2 1

Exigibilidades Tributárias 8 1 1 1 0 0 1 0 2 1

Comprometimento Bancário

2 9 8 8 8 8 9 9 9 9

Comprometimento com Fornecedores

4 4 4 3 2 2 2 3 3 4

Ap

licaç

ão

Imobilização Ajustada do Capital Próprio

8 1 1 2 4 2 4 1 2 3

Imobilização de Recursos não Correntes

8 2 3 2 2 2 5 2 5 5

Recursos de Longo Prazo em Giro

2 3 3 3 4 5 3 4 4 3

Recursos Próprios em Giro 1 2 3 2 4 4 3 1 2 2

Aplicação em Ativos de Crédito

7 6 7 7 7 7 6 8 6 4

Page 91: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

91

Aplicaçao em Estoques 7 3 2 1 2 2 6 1 3 6

Aplicação em Disponibilidades

2 3 3 2 6 7 4 4 2 2

Aplicação em Investimentos

6 2 3 3 1 1 1 1 1 2

Aplicação em Imobilizado 6 3 3 2 2 3 4 3 4 4

Efic

iên

cia

Despesa de Overhead 3 6 5 5 5 5 5 6 5 5

Custo de Produção 0 9 9 9 9 9 9 9 9 9

Despesa Administrativa 1 7 6 6 6 7 7 9 7 6

Despesa de Comercialização

9 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Eficiência Operacional 4 0 0 0 0 1 0 0 0 0

Custo do Endividamento 3 6 5 6 6 6 6 6 5 5

Despesa Financeira 1 7 5 6 6 5 6 7 6 6

Despesa Operacional 4 6 5 5 5 5 5 6 5 4

Provisionamento para IR e contribuições

3 3 1 4 3 3 3 0 9 1

Ren

tab

ilid

ades

Margem Bruta 7 6 6 7 6 6 6 6 6 7

Margem da Atividade 1 0 5 3 4 4 4 1 2 1

Constribuição do Resultado Financeiro

7 6 7 6 7 7 7 6 6 7

Margem Operacional 0 0 6 0 5 5 5 0 3 0

Margem Líquida 0 0 6 4 5 4 4 0 2 0

Giro do Ativo Operacional 6 5 8 8 8 7 6 7 5 3

Giro do Ativo Total 4 5 6 5 6 6 6 5 4 3

Rentabilidade da Atividade do PL

2 1 8 6 7 7 6 2 4 2

Rentabilidade do Ativo Total (ROI)

0 0 7 4 7 5 5 0 2 0

Rentabilidade do Ativo Operacional

0 0 8 4 8 5 5 0 3 1

Rentabilidade do Patrimônio Líquido

0 0 8 4 6 5 6 0 2 1

Solv

enci

a Liquidez Geral 2 1 2 1 4 3 5 1 4 4

Liquidez Corrente 3 5 6 4 6 6 6 5 7 6

Liquidez Seca 3 5 4 2 6 6 6 4 6 5

CC

G

Coeficiente do Capital de Giro Líquido

4 4 4 3 3 4 3 4 5 5

Coeficiente do Capital de Giro Próprio

2 3 4 5 6 6 6 3 3 4

Page 92: Análise Financeira: Usiminas e U.S. Steel

92

7.5 ANEXO 4 – EMPRESAS UTILIZADAS PARA GERAÇÃO DA PONTUAÇÃO

DOS INDICADORES

As empresas participantes nacionais foram: BRF - Brasil Foods SA; Fibria Celulose

S.A.; Cyrela construtora; Ambev; Klabin; Cia Hering; Saraiva; Natura; Marfrig; Net

Serviços de comunicação S.A; CAMBUCI S.A.; USIMINAS; Vale; Rio Grande

Energia; Souza Cruz S/A; Drogasil; Cia Siderurgica Nacional; Globex Utilidades S.A.;

Aços Villares S.A; Suzano Papel e Celulose S.A.; Vulcabras S.A; Brasil Telecom S/A;

Vale Fertilizantes; Petrobras; Itautec; Clarion S/A; Baumer; Grupo Pão de Açúcar; Confab;

Gerdau S/A; TAM; Bombril; Whirlpool; Gafisa S/A; Marcopolo S.A.

As empresas participantes internacionais foram: Tyson Foods; Wausau Paper;

Beazer Homes; Pepsi; Rock Tenn; Abercrombie; Amazon; Avon; Tyson Foods; Comcast

Corp; Nike; U.S. Steel; FCX; Hilton Hoteis; Calpine Corp.; Philip Morris; Walgreen;

Allegheny Technologies; Best Buy; Nippon Steel; International Paper; Timberland;

VERIZON; Syngenta;Exxon Mobil; Dell; Archer Daniels Company; Exxon Mobil;

Intuitive Surgical; Wal Mart; Northwest; American Air Lines; The Clorox Company; GE;

China Railway; Thor Industries.