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FACULDADE IETEC Nayara Teixeira dos Santos ANÁLISE E SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE S&OP INTEGRADO À GESTÃO FINANCEIRA DE UMA INDÚSTRIA: UMA ABORDAGEM DE DINÂMICA DE SISTEMAS Belo Horizonte 2017

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FACULDADE IETEC

Nayara Teixeira dos Santos

ANÁLISE E SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE S&OP INTEGRADO À

GESTÃO FINANCEIRA DE UMA INDÚSTRIA:

UMA ABORDAGEM DE DINÂMICA DE SISTEMAS

Belo Horizonte

2017

Nayara Teixeira dos Santos

ANÁLISE E SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE S&OP INTEGRADO À

GESTÃO FINANCEIRA DE UMA INDÚSTRIA:

UMA ABORDAGEM DE DINÂMICA DE SISTEMAS

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado da Faculdade Ietec, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas. Área de concentração: Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas Linha de pesquisa: Engenharia de Processos e Sistemas Orientadora: Prof.ª Drª. Gisele Tessari Santos Faculdade Ietec

Belo Horizonte

Faculdade Ietec

2017

Santos, Nayara Teixeira dos.

S237a Análise e simulação do processo de S&OP integrado à gestão financeira de uma indústria: uma abordagem de dinâmica de sistemas / Nayara Teixeira dos Santos. - Belo Horizonte, 2017.

132 f., enc.

Orientadora: Gisele Tessari Santos.

Dissertação (mestrado) – Faculdade Ietec.

Bibliografia: f. 84-89

1. Planejamento de venda e operações. 2. Planejamento financeiro. 3. Simulação. 4. Dinâmica de sistemas. I. Santos, Gisele Tessari. II. Faculdade Ietec. Mestrado em Engenharia e Gestão de Processos e Sistemas. III. Título.

CDU: 658.15:681.3.03

Com lágrimas, dedico à minha mãe Maria Lúcia dos Santos que durante esse percurso

(04/01/2016) cumpriu sua missão e foi “chamada” ao plano espiritual. Há algum tempo

atrás ouvi em uma aula de filosofia que “Eu te Amo” significa “Você jamais morrerá”.

Essa tradução nunca foi tão verdadeira como o que tenho vivido. Minha mãe, EU TE

AMO (Você jamais morrerá)!

Dedico também ao meu pai Edison Teixeira dos Santos que mediante tamanha dor e

vendo-me em lágrimas suportou sua dor e me consolou e deu forças necessárias para

continuar minha missão e principalmente o Mestrado.

AGRADECIMENTOS

À Deus: onipotente, onipresente e onisciente. Seus planos são perfeitos e o seu amor

infindável. Somente pela Tua graça foi possível chegar até aqui. Foram muitos

quilômetros, dias de sol, de chuva, de sorriso e de choro. Em todos esses dias Tu

estavas comigo, algumas vezes segurando a minha mão e em várias outras

carregando-me no colo. Agradeço por esta graça concedida e por todas as outras,

meu Pai!

Aos meus pais Maria Lúcia e Edison. Meus exemplos de profissionais, pessoas e bom

(a) filho/a. Mesmo sem entender acolheram todos os meus sonhos e muito se

abdicaram de suas vidas para auxiliar-me na concretização dos meus. Obrigada por

tudo!

À minha família Teixeira e Santos. Impossível agradecer somente alguns. Na sua

medida todos contribuíram com a concretização desse objetivo, principalmente

quando mais precisei me ausentar do meu leito familiar para estudar e tão bem

cuidaram da minha mãe aos sábados.

À minha orientadora Prof. Dra. Gisele Tessari Santos pela partilha diária,

ensinamentos, cuidado e carinho. Agradeço à Deus pela sua presença em minha vida,

pois tive o privilégio de estar ladeada de uma exímia profissional e ao mesmo tempo

de uma pessoa sensível aos meus momentos de medo, tristeza, desânimo, aflição e

desistência. Obrigada por não ter desistido desse projeto. Receba minha gratidão!

Ao Bruno Oliveira Nascimento por ter gentilmente compartilhado o modelo comigo.

Ao Sr. Joaquim Gontijo Pires e Isabela Monteiro Pires Mourão que de forma tão

carinhosa e aberta prontamente manifestaram interesse em contribuir com a aplicação

do modelo em sua empresa. Desejo que os resultados contribuam efetivamente para

o desempenho da empresa e que possa produzir muito frutos. Contem comigo e com

a minha gratidão.

Aos meus colegas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas

Gerais campus Formiga, pelo apoio irrestrito a quem destaco:

- Diretor Geral Prof. Dr. Washington Santos da Silva pelo apoio, paciência e todo

conhecimento transmitido na geração das previsões estatísticas;

-Coordenador do curso de Gestão Financeira Prof. Msc Marcos Franke da Costa pelo

apoio na modelagem do macroprocesso de faturamento e análise financeira.

- Coordenador da Secretaria de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação Prof. Dr. Lélis

Pedro de Andrade por todas as palavras de encorajamento e principalmente por não

medir esforços em contribuir com a pesquisa.

- Aos professores PhD. Anderson Alves Santos e Msc. Robson de Castro Ferreira que

paralisaram suas rotinas diárias para apoiarem na busca de uma empresa para aplicar

o modelo.

- À professora MsC. Luiza Bernardes Real e seu orientado Diego pelas informações

de apoio.

- À professora MsC. Ana Paula Lima dos Santos pelo apoio e amizade nos momentos

finais desta pesquisa.

À minha professora de inglês Clarissa Roque pelo apoio.

À bibliotecária Sirlene Cassiano que com muito carinho e paciência prestou todas as

informações de apoio na formatação do trabalho.

À coordenação do mestrado em nome da Prof.ª Dr.ª Wanyr Romero pela

compreensão e apoio nos momentos críticos da pesquisa.

Aos meus amigos de Arcos que em momento algum soltaram minhas mãos durante

essa jornada e mesmo sem algumas vezes entender meus momentos de ausência

mantiveram acessa a chama de nossa amizade.

Aos meus amigos do mestrado: Aparecida, Rodrigo, George, Sulenira, Larissa e

Karina. Eles que choraram comigo e também proporcionaram muitos momentos de

alegrias. Na reta final tornamos confidentes e psicólogos de nós mesmos nos

momentos de aflição e desespero na conclusão da dissertação. Obrigada por tudo!

Aos meus alunos do IFMG pela presença diária e por tornar-me uma pessoa e

profissional cada dia melhor.

À todas as pessoas que oraram por mim!

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. Eclesiastes 3:1-8

RESUMO

O S&OP (Sales and Operations Planning), do inglês, planejamento de vendas e

operações, tem como propósito balancear oferta e demanda contribuindo, assim, para

a competitividade da organização. O S&OP é um processo complexo e que apresenta

comportamento dinâmico devido às flutuações e incertezas de seus processos

internos. Assim, a utilização de modelos de simulação dinâmicos durante o S&OP visa

fornecer uma visão holística das variáveis e restrições do processo auxiliando, assim,

os gestores na tomada de decisão. Neste trabalho, o objetivo foi modelar e simular o

processo de S&OP integrado ao setor financeiro em uma indústria de transformação

de cal por meio da técnica de dinâmica de sistemas a fim de melhor compreender os

fatores que mais influenciam no desempenho organizacional da indústria analisada.

Inicialmente, o modelo foi validado utilizando-se dados históricos. Posteriormente,

modelaram-se e simularam-se o cenário base considerando a atual estrutura da

empresa, e mais vinte cenários a fim de verificar o comportamento do sistema diante

da variação da previsão de vendas, cobertura de estoque de matéria-prima e plano

de estoque de produto acabado. Os cenários simulados foram divididos em micro e

macro ambiente. Nos cenários do microambiente, levou-se em consideração somente

a perspectiva interna da empresa. Já nos cenários do macro ambiente, fundamentou-

se na projeção do consumo da cal em função do PIB do país, fornecida no plano

duodecenal sobre o perfil da cal, a fim de gerar a variação da previsão de vendas,

além da variação dos outros dois fatores citados. A simulação do modelo e cenários

propostos contribuiu de maneira significativa para análise do equilíbrio entre oferta e

demanda, planejamento econômico-financeiro e análise da necessidade de

investimento em infraestrutura e estoque da indústria estudada. Os resultados

propiciaram contribuições significativas especialmente para o setor da indústria

pesquisada, posto que a indústria de transformação enfrenta dificuldades na obtenção

de suprimento devido às flutuações do preço de aquisição da cal no período da

entressafra e, consequentemente, a oscilação dos seus custos de produção.

Palavras-chave: Planejamento de Vendas e Operações. Planejamento Financeiro.

Simulação. Dinâmica de Sistemas.

ABSTRACT

S&OP (Sales and operations planning) has the purpose of balancing supply and

demand, thus contributing to the competitiveness of the organization. The S&OP is a

complex process and presents dynamic behavior due to the fluctuations and

uncertainties of its internal processes. Thus, the use of dynamic simulation models

during the S&OP aims to provide a holistic view of process variables and constraints,

thus assisting managers in decision making. In this work, the objective was to model

and simulate the integrated S&OP process in the financial sector in a lime

transformation industry through the technique of system dynamics in order to better

understand the factors that most influence the organizational performance of the

industry analyzed. Initially, the model was validated using historical data.

Subsequently, the base scenario was modeled and simulated considering the current

company structure, and twenty more scenarios in order to verify the behavior of the

system in face of the variation of the sales forecast, coverage of raw material stock

and inventory plan of finished product. The simulated scenarios were divided into micro

and macro environments. In the scenarios of the microenvironment, only the internal

perspective of the company was taken into account. In the macro environment

scenarios, it was based on the projection of the consumption of lime as a function of

the country's GDP, provided in the twelve years plan on the lime profile, in order to

generate the variation of the sales forecast, besides the variation of the other two

factors cited. The simulation of the model and proposed scenarios contributed

significantly to the analysis of the balance between supply and demand, economic-

financial planning and analysis of the need for investment in infrastructure and

inventory in the industry studied. The results provided significant contributions

especially for the sector of the industry researched, since the manufacturing industry

faces difficulties in obtaining supply due to the fluctuations of the purchase price of the

lime in the off-season and, consequently, the oscillation of its costs of production.

Keywords: Sales and Operations Planning. Financial planning. Simulation. Systems

Dynamics.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Diagrama de enlace causal ....................................................................... 31

Figura 2 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso de “Previsão de

Vendas” ..................................................................................................................... 34

Figura 3 - Previsão de vendas do produto A (a), produto B (b), produto C (c),

produto D (d) e produto E (e) .................................................................................... 36

Figura 4 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso “Produção” e

“Suprimentos” ............................................................................................................ 39

Figura 5 - Fluxograma do processo de produção da indústria de transformação de

cal analisada ............................................................................................................. 41

Figura 6 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso “Capacidade” .. 44

Figura 7 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso de “Custeio por

Absorção” .................................................................................................................. 46

Figura 8 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso “Faturamento e

Análise Econômica” ................................................................................................... 49

Figura 9 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso “Fluxo de Caixa”

.................................................................................................................................. 54

Gráfico 1 - Receita bruta do período de janeiro a dezembro de 2016 ....................... 70

Gráfico 2 - Lucro líquido do período de janeiro a dezembro de 2016 ........................ 72

Quadro 1 - Resultados obtidos por meio da implementação de S&OP ..................... 24

Quadro 2 - Síntese dos trabalhos que aplicam dinâmica de sistemas em áreas

relacionadas ao S&OP .............................................................................................. 28

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Erro percentual médio absoluto e raiz do erro médio .......................................... 35

Tabela 2 - Cenários para o futuro da Economia Brasileira ................................................... 56

Tabela 3 - Estimativa de vendas por produto para cada cenário .......................................... 58

Tabela 4 - Cenários gerados para o micro ambiente............................................................ 60

Tabela 5 - Previsão de Vendas 0 para o micro ambiente (valores em kg) ............................ 62

Tabela 6 - Previsão de Vendas 1 para o micro ambiente (valores em kg) ............................ 62

Tabela 7 - Plano de Estoque 0 para o micro ambiente (valores em kg) ............................... 63

Tabela 8 - Plano de Estoque 1 para o micro ambiente (valores em kg) ............................... 63

Tabela 9 - Cenários gerados para o macro ambiente .......................................................... 64

Tabela 10 - Impacto no valor de custos dos produtos de acordo com a projeção de cenários

para o preço da cal .............................................................................................................. 65

Tabela 11 - Previsão de vendas 1 para o macro ambiente (valores em kg) ......................... 66

Tabela 12 - Previsão de vendas 2 para o macro ambiente (valores em kg) ......................... 66

Tabela 13 - Previsão de vendas 3 para o macro ambiente (valores em kg) ......................... 66

Tabela 14 - Comparação entre os valores reais e simulados da receita .............................. 70

Tabela 15 - Comparação entre os valores reais e simulados da receita líquida da empresa

no ano de 2016 .................................................................................................................... 71

Tabela 16 - Resultados dos indicadores de desempenho obtidos nas simulações dos

cenários do micro ................................................................................................................ 73

Tabela 17 - Resultados dos indicadores de desempenho obtidos nas simulações dos

cenários do .......................................................................................................................... 77

Tabela 18 - Estoque atual de produto acabado.................................................................. 115

Tabela 19 - Cobertura de estoque planejada (Kg) ............................................................. 115

Tabela 20 - Previsão de vendas (kg) ................................................................................. 116

Tabela 21 - Suprimentos .................................................................................................... 116

Tabela 22 - Lista de Materiais (BOM) ................................................................................ 117

Tabela 23 - Capacidade total................................................................................................121

Tabela 24 - Capacidade ..................................................................................................... 117

Tabela 25 - Total de horas de capacidade utilizada de cada centro produtivo por família de

produto .............................................................................................................................. 118

Tabela 26 - Centro Restrito ................................................................................................ 118

Tabela 27 - Ciclo de produção ........................................................................................... 118

Tabela 28 - Prazo de Suprimento.........................................................................................123

Tabela 29 – Custo................................................................................................................119

Tabela 30 - Fluxo de Caixa ................................................................................................ 119

Tabela 31 – Legenda ......................................................................................................... 120

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

APS Advanced Planning and Scheduling

BM Banco Mundial

BOM Bill of Material

CNI Confederação Nacional das Indústrias

COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social

CPP Contribuição Previdenciária Patronal

CPV Custo Produto Vendido

CSLL Contribuição Social sobre Lucro Líquido

DARF Documento de Arrecadação de Receitas Federais

DRE Demonstrativo de Resultado de Exercício

DS Dinâmica de Sistemas

EBTIDA Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization

EPP Empresas de Pequeno Porte

ERP Enterprise Resource Planning

ERP Erro Relativo Percentual

ETL Erro de Entruncamento Local

IBRE Instituto Brasileiro de Economia

ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

INSS Instituto Nacional de Seguridade Social

IPI Imposto sobre Produtos Industrializados

IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica

ISS Imposto Sobre Serviços

MAPE Mean Absolute Percentual Error

MIT Massachusetts Institute of Technology

MME Ministério de Minas e Energia

MRP II Manufacturing Resource Planning

MRP Material Requirement Planning

MTO Make to Order

MTS Make to Stock

PD Parcela a Deduzir

PEC Ponto de Equilíbrio Contábil

PIB Produto Interno Bruto

PIS Programa de Integração Social

RMSE Root Mean Square Error

S&OP Sales and Operations Planning

SAD Sistema de Apoio à Tomada de Decisão

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 17

2 OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 21

2.1 Objetivos Específicos ..................................................................................... 21

3 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 22

3. 1 Planejamento de Vendas e Operações (S&OP) ............................................. 22

3.2 Dinâmica de Sistemas ..................................................................................... 25

3.2.1 Dinâmica de Sistemas aplicado ao S&OP ................................................. 26

4 METODOLOGIA ................................................................................................... 29

4.2 Caracterização da empresa ............................................................................. 29

4.2 Diagrama de Enlace Causal para o processo de S&OP ampliado................... 30

4.3 Modelo de Dinâmica de Sistemas para o processo de S&OP ampliado .......... 32

4.3.1 Previsão de vendas ................................................................................... 33

4.3.2 Produção ................................................................................................... 38

4.3.3 Suprimento ................................................................................................ 42

4.3.4 Capacidade ................................................................................................ 43

4.3.5 Custeio por Absorção ................................................................................ 45

4.3.6 Faturamento e análise econômica ............................................................. 48

4.3.7 Fluxo de caixa ............................................................................................ 53

4.4 Dados de simulação para validação do modelo ............................................... 55

4.5 Cenários ........................................................................................................... 55

4.4.1 Dados de simulação dos cenários ............................................................. 60

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 67

5.1 Validação do modelo ........................................................................................ 67

5.2 Análise dos resultados dos cenários ................................................................ 72

5.2.1 Análise dos resultados dos cenários do micro ambiente ........................... 72

5.2.2 Análise dos resultados dos cenários do macro ambiente .......................... 76

6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .................................................................. 81

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 84

APÊNDICE A ............................................................................................................ 90

APÊNDICE B .......................................................................................................... 115

17

1 INTRODUÇÃO

A competitividade tem se tornado fator crítico de sucesso no cenário

organizacional dado especialmente pelas mudanças constantes. O termo surgiu na

década de 1980 com o professor Michael Eugene Porter. Após este marco, vários

outros autores estudaram a importância e os fatores de sucesso para a

competitividade empresarial. Estes fatores foram agrupados em 15 grupos, sendo

estes: fatores culturais, alianças estratégicas, conhecimento, capital humano,

confiabilidade, custo, flexibilidade, inovação, rapidez, qualidade, sistemas de controle,

técnicas de produção, relacionamento com clientes, responsabilidade social e

tecnologia da informação e comunicação (EYNG, 2006; ROMAN et al., 2012).

A insurgência de uma nova linha de conceituação e estudo de competitividade

em uma visão que tem por base recursos e competências distintas da escola de

economia industrial proposta por Michael Porter contribuiu para a discussão da

competitividade da forma micro para macro. Deste modo, a busca pela

competitividade parte da estrutura interna do planejamento organizacional em

consonância com o ambiente externo (WESTEREN, 2011; DOMINGOS; POLITANO;

PEREIRA, 2015a).

O planejamento possui três níveis dentro do ambiente organizacional:

estratégico, tático e operacional. O nível estratégico é determinado pela alta gerência

cujo foco é determinar os objetivos estratégicos, missão e visão em um período de

longo prazo. Já o planejamento tático está inserido no nível intermediário o qual

corresponde à média gerência voltada para as decisões de médio prazo dos setores

organizacionais. Por fim, o planejamento operacional é responsável pelo dia a dia

empresarial, decisões de curto prazo. Estes níveis de planejamento quando

executados de maneira eficiente contribuem para a melhoria contínua e a

competitividade organizacional (MENDES; RAISER, 2009; LAPIDE, 2011)

Neste sentido, o processo de planejamento de vendas e operações, do inglês

S&OP (Sales and Operations Planning), embora não seja algo novo no ambiente

organizacional veem tomando novas formas de abrangência e utilização possibilitando

uma visão holística dos processos e ao mesmo tempo proporcionando apoio na

tomada de decisão do nível operacional ao estratégico (DOMINGOS; POLITANO;

PEREIRA, 2015a).

18

O S&OP envolve, portanto, os três níveis de planejamento (estratégico, tático

e operacional) a fim de desenvolver um modelo integrado do negócio por meio da

gestão eficiente de pessoas, processos e informações do suprimento à demanda.

Embora envolva toda a empresa é liderado pela alta gerência. O S&OP têm

proporcionado bons resultados às organizações em diversas áreas como melhoria da

comunicação entre os setores, melhoria no planejamento da capacidade, melhor

equilíbrio entre demanda e suprimento, bons ajustes de metas do nível operacional

ao estratégico, aprendizagem organizacional, definição de planos realísticos, e

alinhamento e integração horizontal e vertical (IVERT et al., 2010; THOMÉ et al., 2011;

PEDROSO; SILVA, 2015).

Assim, o S&OP é um processo complexo que apresenta comportamento

dinâmico devido a flutuações e incertezas de seus processos internos. Além da

complexidade de se desenvolver e gerenciar um S&OP de maneira eficiente, deve-se

considerar ainda a necessidade dos gestores que participam do processo de S&OP

ter uma visão global das atividades e variáveis envolvidas no processo. Para

compreender o comportamento deste tipo de sistema ao longo do tempo, há uma

metodologia chamada Dinâmica de Sistemas (DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA,

2015a).

O planejamento de vendas e operações (S&OP) tem sido feito por meio da

utilização de diferentes ferramentas, como planilhas eletrônicas, e/ou por meio da

utilização de técnicas de pesquisa operacional. A utilização da técnica de Dinâmica

de Sistemas para modelar e simular o processo de S&OP é uma proposta considerada

inovadora e, portanto, será utilizada nesta pesquisa (PALMATIER; CRUM, 2010;

LAPIDE, 2011; DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA, 2015a).

Dinâmica de sistemas surgiu com o engenheiro eletricista Jay W. Forrester na

década de 1950 no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Alguns anos adiante

seu orientado Peter Senge introduziu, na década de 1970, esta metodologia por meio

de conceitos como Organizações que Aprendem e Pensamento Sistêmico. Deste

trabalho surgiu já na década de 1990 o best seller “A Quinta Disciplina”.

A dinâmica de sistemas (DS) possibilita a representação de um sistema por

meio de diagramas causais os quais utilizam variáveis, estoques, fluxos e as relações

entre estes elementos, inclusive relações de retroalimentação para representar o

sistema. A representação, simulação e análise do sistema por meio da técnica de

dinâmica de sistemas possibilita o melhor entendimento do comportamento do

19

sistema como um todo e a influência de cada uma de suas partes no todo (VILELLA,

2005; EYNG, 2006).

A técnica de dinâmica de sistemas tem sido aplicada em diferentes áreas como

ferramenta de apoio a tomada de decisão: Poh (2013) utilizou esta metodologia com

o objetivo de alcançar uma gestão sustentável da água em Cingapura; López et al.

(2013) aplicaram dinâmica de sistemas para mensurar o impacto de material reciclado

na indústria; Breser (2005) aplicou a dinâmica de sistemas na cadeia de suprimentos

da indústria automotiva; já Domingos, Politano e Pereira (2015a) utilizaram a técnica

de DS para modelar e simular o processo de S&OP em empresas que produzem para

estoque - MTS (Make-to-Stock).

Segundo pesquisa conduzida pela IBM e Oracle, citada por Singh (2010), um

terço do processo de S&OP falham ou produzem resultados poucos claros devido a

não participação de setores como finanças e manufatura. Diante disso, o modelo de

DS proposto por – Domingos, Politano e Pereira (2015a) engloba a gestão financeira

da organização no modelo de S&OP o qual os autores denominaram de S&OP

ampliado.

De acordo com a J. Mendo Consultoria (2009) em um estudo elaborado para o

Ministério de Minas e Energia (MME) e para o Banco Internacional para Reconstrução

e Desenvolvimento (BIRD), desde os anos remotos, há cerca de 14000 anos atrás, já

se utilizava a cal como composto na construção civil. Os egípcios utilizaram na

construção de suas pirâmides, já os turcos utilizavam como argamassa há 7000 a

14000 anos atrás. O Brasil ocupa a 5ª colocação no ranking de produção mundial

liderado pela China. As diversas aplicações da cal, como: siderurgia, celulose e papel,

açúcar, álcalis, carbureto de cálcio, tintas, alumínio, tratamento de água, estabilização

de solos e obtenção de argamassas de assentamentos e revestimento, possibilitou a

amplificação do seu consumo.

O consumo per capita mundial de cal é de 30kg por habitante. Já no Brasil o

consumo per capita é de 40kg/hab/ano. Até a década de 1930, a cal era utilizada no

Brasil restritamente na construção civil. Devido as suas diversas aplicações e o

desenvolvimento econômico amplificou-se o consumo em outras aplicações. A região

Centro Oeste de Minas Gerais, loco dessa pesquisa concentra mais de 140 indústrias

de cal que sustentam 40% da população, como a principal fonte de renda de

municípios de Formiga, Córrego Fundo, Pains e Arcos (J. MENDO CONSULTORIA,

2009).

20

Diante dessas constatações, há uma necessidade de consolidação de

vantagem competitiva na indústria pesquisada. Desse modo, utilizou-se a técnica de

Dinâmica de Sistemas para simular o processo de planejamento de vendas e

operações (S&OP) com o objetivo de auxiliar a empresa analisada a obter e consolidar

vantagem competitiva.

Deste modo, neste trabalho, modelou-se e simulou-se o processo de S&OP

ampliado em uma indústria de cal do Centro Oeste de Minas Gerais por meio da

técnica de dinâmica de sistemas. O objetivo geral foi identificar e melhor compreender

as relações causais entre os processos internos da indústria, além de compreender

melhor suas influências na gestão organizacional por meio do cálculo de indicadores

de desempenho financeiros, econômicos, de produção e de vendas. Para isso,

utilizou-se como base o modelo proposto por Domingos, Politano e Pereira (2015a).

Cabe destacar que a melhor compreensão do funcionamento deste sistema é um fator

preponderante no ganho de vantagem competitiva da indústria no Brasil.

21

2 OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho foi modelar e simular o processo de S&OP integrado

à gestão financeira na indústria de cal por meio da técnica de dinâmica de sistemas a

fim de identificar e melhor compreender as relações causais entre seus processos

internos, além de compreender melhor as influências desses processos na gestão

organizacional da indústria analisada.

2.1 Objetivos Específicos

Coletar dados históricos de vendas, produção, custos, estoque e compras da

indústria pesquisada;

Modelar, simular e analisar detalhadamente o processo de S&OP ampliado na

empresa estudada, por meio da técnica de dinâmica de sistemas;

Confirmar e validar o modelo e técnica de simulação proposta utilizando os

dados históricos coletados na indústria analisada comparando-os com os

resultados obtidos por meio das simulações;

Simular diferentes cenários conjugando fatores do micro e macro ambiente da

empresa em níveis diferentes para analisar o impacto da variação desses

fatores no comportamento do sistema.

22

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta seção será apresentado primeiramente um breve histórico do

Planejamento de Vendas e Operações (S&OP- Sales and Operations Planning), sua

importância para as empresas, os desafios e alguns trabalhos que têm sido publicados

na área. Após, será pormenorizado a origem de Dinâmica de Sistemas, objetivo do

método e algumas aplicações encontradas na literatura. Posteriormente, apresentar-

se-á a técnica de Dinâmica de Sistemas aplicada ao S&OP - vantagens, diferenças,

abrangência e limitações de alguns trabalhos encontrados na literatura.

3. 1 Planejamento de Vendas e Operações (S&OP)

O planejamento de vendas e operações, do inglês, Sales and Operations

Planning, surgiu mediante lacunas identificadas nos modelos de planejamento de

recursos e materiais clássicos, definidos por meio de estruturas funcionais e

departamentais, como o Planejamento de Necessidades de Materiais (MRP -Material

Requirement Planning), Planejamento de Recursos de Manufatura (MRP II -

Manufacturing Resource Planning), Planejamento de Recursos do Empreendimento

(ERP - Enterprise Resource Planning), dentre outros (PLATT; KLAES, 2010).

De forma sucinta, torna-se importante descrever a evolução do S&OP para que

se compreenda de forma austera o estado atual de desenvolvimento. O MRP foi

desenvolvido na década de 1960 pela necessidade de definir o quê, quanto e quando

produzir. Já o MRP II surgiu como um desenvolvimento do MRP e tem como foco

integrar o horizonte de tempo do planejamento (curto, médio e longo prazo)

considerando ainda a demanda e as restrições de capacidade. Por fim, o ERP,

conhecido como Sistema Integrado de Gestão, surgiu na década de 1990 como um

sistema transacional cujo foco é o fluxo de dados intra e inter organizacional da cadeia

produtiva (ZAGO, 2013; PLATT; KLAES, 2010).

De acordo com Lupeikiene (2014), o Sistema Avançado de Planejamento (APS

– Advanced Planning and Scheduling) foi desenvolvido pela soma de esforços para

superar as lacunas dos sistemas clássicos, como o dimensionamento e

sequenciamento de produção, dados de roteamento de lista de materiais e restrições.

23

Desse modo, o APS integra o sistema de apoio à decisão (SAD) definido por Zago

(2013) como analítico, já que permite analisar o desempenho da cadeia produtiva por

meio de modelos matemáticos os quais apoiam a tomada de decisão.

Cabe, entretanto, ressaltar que o APS não substitui o ERP, mas sim o

complementa por auxiliar à tomada de decisão integrando os três níveis de

planejamento (estratégico, tático e operacional), através da integração vertical (entre

os níveis de planejamento) e horizontal (dentro do mesmo nível hierárquico),

evoluindo-se assim para o que se define como planejamento empresarial integrado

(THOMAMY, 2008; THOMAS, 2012; DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA, 2015a).

Para Phull (2012), o APS é o único processo que reúne toda a organização da fábrica

ao diretor executivo. É um processo multifuncional, altamente colaborativo e de

equilíbrio (IYENGAR; GUPTA, 2013). Como ressaltado anteriormente, o S&OP têm

sido aplicado através de diferentes ferramentas desde planilhas eletrônicas a modelos

de simulação com programação matemática, principalmente pelas contribuições em

que o mesmo fornece ao planejamento organizacional e ao processo decisório.

Segundo Prokopets (2012), o S&OP promove a redução dos custos

operacionais ao mesmo tempo em que faz crescer a linha superior do negócio.

Consoante a esse resultado, informações obtidas por meio da aplicação do S&OP de

acordo com APQC (Open Standards Benchmarking), aponta que empresas que

possuíam processo de S&OP diminuíram U$ 1,34 de seus custos com planejamento

de demanda e suprimento a cada U$ 1.000,00 em receita. (SPIEGEL, 2011).

Kralik e Fogliatto (2016) apresentaram um quadro comparativo dos resultados

obtidos com a implementação do S&OP em diferentes empresas e países, conforme

pode-se observar no Quadro 1.

24

Quadro 1 - Resultados obtidos por meio da implementação de S&OP

Autores Título Cenário Principais Resultados

Francisco Miguel Barbeiro (2005)

Metodologia de Implementação de Planejamento de Vendas e Operações: Estudo de Caso em Manufatura de Produção para Estoque.

O artigo discorre sobre o caso da implementação do S&OP na divisão de negócios de produtos de limpeza.

Com o S&OP foi possível aumentar a precisão da previsão de demanda em 23%, melhorar o nível de atendimento aos clientes em 33%, aumentar o giro dos estoques em 50% e ainda melhorar a comunicação entre diversos setores envolvidos.

Greg Reyman (2005) How JohnsonDiversey Implemented S&OP in Europe.

O trabalho relata a implementação do S&OP na JohnsonDiversey. Também discorre sobre os esforços para expandir o conceito pela Europa.

O processo de S&OP personalizado para a JohnsonDiversey foi disseminado por diversos países. A posição do planejador de demanda foi criado. O SCOR (supply chain operations reference), suas terminologias e mapeamento, foram utilizados para definir o planejamento da empresa e os processos de entrega.

John Piechule (2008)

Implementing a Sales and Operations Planning Process at Sartomer Company: A Grass-Roots Approach.

O artigo retrata a Implementação do S&OP e seus benefícios em empresa multinacional do ramo de produtos químicos.

Entre as vantagens alcançadas com o S&OP: visualização com antecedência de possíveis faltas de matéria-prima, revisão de compras de terceiros e revendas, planejamento da fábrica e necessidade de interrupções para manutenção e ajustes no quadro de funcionários.

Ana Paula M. Tanajura e Sandro Cabral (2011)

Planejamento de Vendas e Operações (S&OP) em uma Empresa Petroquímica.

O trabalho buscou analisar o funcionamento do S&OP numa indústria petroquímica de grande porte e relacioná-lo com os aspectos preconizados na literatura.

O S&OP contribuiu para a construção de um ambiente multidisciplinar para a tomada de decisão, para a redução da assimetria de informações entre as áreas da empresa e para a ampliação do envolvimento dos membros da empresa. Constatou-se também que, diferentemente das proposições teóricas, o S&OP na empresa incorporou rotinas de programação detalhada da produção.

Andrea Lago da Silva, Felipe Morais Esteves e Carolina Belotti Pedroso (2012)

O processo de Sales and Operation Planning (S&OP) em uma indústria do segmento de eletroeletrônico: um Estudo de caso.

O artigo estuda o processo de S&OP, áreas envolvidas, principais objetivos e benefícios atingidos em empresa de componentes eletroeletrônicos industriais.

O processo contribuiu para o aumento do volume de vendas, maior precisão de previsões de vendas, maximização do equilíbrio na cadeia de suprimentos, além de proporcionar alinhamento entre estratégia organizacional e as áreas funcionais.

Fonte: KRALIK; FOGLIATTO, 2016

25

De acordo com o Quadro 1, constata-se que o S&OP é um processo eficaz

e em economias instáveis ou à deriva, pode ser uma “pedra angular”,

principalmente, na introdução de novos produtos, conforme sugere Tim Vaio,

especialista em soluções de cadeia de suprimentos (Supply Chain) na Hitachi

Consulting (ATKINSON, 2009). Todavia, de acordo com Singh (2010), a maioria

das empresas conhece o conceito, mas não consegue executá-lo corretamente.

Torna-se necessário, então, a vinculação do S&OP aos objetivos estratégicos,

métricas financeiras, mapeamento detalhado de “ação” e “métricas”,

esquivando-se assim do “conhecimento tribal” utilizado por gestores antigos no

gerenciamento do equilíbrio entre oferta e demanda.

Iyengar e Gupta (2013) assevera que muitas empresas adotam o S&OP

como “moda”, mas não conseguem implanta-lo. Phull (2012) elucida que se torna

necessário sair do modo de combate a incêndios e abordar os aspectos mais

profundos das organizações. Ainda segundo a autora, a implantação do S&OP

não funciona se for tratado apenas como uma solução tecnológica ao invés de

um processo de negócios.

3.2 Dinâmica de Sistemas

Em 1950, o biólogo austríaco Ludwig von Bertalanff formalizou a Teoria

Geral dos Sistemas que possui como cerne o raciocínio sistêmico e o

comportamento de interdependência dinâmica de vários fatores (FERNANDES,

2016). Logo após, Forrester, em 1961, e mais tarde Sterman, em 2000,

descreveram um método para testar e analisar modelos matemáticos formais e

simulações, por meio de computadores, de sistemas dinâmicos não lineares

complexos, surgindo, assim, a Dinâmica de Sistemas (STERMAN, 2002).

Adverso à pesquisa operacional, cujo método está associado à resolução

de problemas bem definidos com modelos tipo “caixa preta” (FERNANDES,

2016), Dinâmica de Sistemas (DS) tem por base a teoria de controle de

engenharia e a teoria moderna de sistemas dinâmicos não-lineares (STERMAN,

2002). Os principais componentes de Dinâmica de Sistemas são modelos

matemáticos formais e simuladores de voo cuja função consiste em conectar

recursos tangíveis e intangíveis relacionados às políticas de decisão e análise

26

dos impactos no comportamento do sistema ao longo do tempo (FERNANDES,

2016; STERMAN, 2002).

Sterman (2002) traz à discussão a citação de Thomas More em 1516, cujo

manuscritos sobre os problemas de formulação de políticas, cita: “E cairá como

uma complicação de doenças, que aplicando um remédio a uma ferida, você

provocará outra.” Esta analogia sustenta o objetivo do método de Dinâmica de

Sistemas: entender as influências dos fatores/variáveis no sistema e analisar seu

comportamento no sistema durante um período de tempo, contribuindo assim

nas políticas de decisão organizacional.

3.2.1 Dinâmica de Sistemas aplicado ao S&OP

Como já foi relatado, Dinâmica de Sistemas têm sido aplicada em

diferentes áreas do saber assim como em negócios, aos qual se denomina de

Business Dynamics, do inglês, Dinâmica de Negócios (FERNANDES, 2016).

De acordo com Sterman (2002), a Dinâmica de Sistemas é eficaz quando:

Usada para resolver problemas e não somente modelar um sistema;

Utilizada com limites amplos a fim de capturar feedbacks, atrasos e as

interações não relatadas nos modelos mentais das pessoas;

Os modeladores utilizam-se de informações quantitativas e qualitativas;

Outras ferramentas e métodos são interligados;

Se representa o modelo como uma “caixa aberta” usada para catalisar o

aprendizado ao invés de uma “caixa preta” usada para defender posições

políticas;

Abertos a revisões críticas das partes interessadas e envolvidas.

Desse modo, ressalta-se a colocação de Sterman (2002) ao citar a adesão

de outras ferramentas e métodos à Dinâmica de Sistemas como forma de

produzir resultados eficazes, o que mais uma vez confirma a importância de se

aplicar o modelo de dinâmica de sistemas ao processo de S&OP.

Em se tratando de Dinâmica de Sistemas e o processo de S&OP,

identificou-se algumas lacunas nos trabalhos até então desenvolvidos em ambos

processos aplicados associados ou não associados. A pesquisa desenvolvida

27

por Zago (2013) realizada em uma rede multi-plantas fornecedora de produtos

alimentares perecíveis (laticínio) teve como objetivo geral estudar a implantação

de APS com aplicação focada em S&OP. A autora buscou identificar os

benefícios e os fatores críticos de sucesso. Como fatores críticos, concluiu-se

que havia a necessidade de considerar na entrada frete e impostos e na saída

análises financeiras e indicadores operacionais de estoque e custos de

distribuição. Estas lacunas vão de encontro a falta de abrangência dos

processos modelados.

Domingos, Politano e Pereira (2015b) fizeram um compilado dos trabalhos

que aplicam dinâmica de sistemas em áreas relacionadas ao S&OP. Conforme

representado no Quadro 2 abaixo, percebe-se que a grande maioria dos

trabalhos que aplicam dinâmica de sistemas em algumas áreas relacionadas ao

S&OP não utilizam o processo de Contabilidade e somente um trabalho

considerou o custo e o processo financeiro. Ou seja, quando se refere à

integração das áreas de custos, contabilidade, financeira e faturamento ao

processo de S&OP, encontram-se poucos trabalhos na literatura. Dessa

maneira, o modelo de DS proposto por Domingos, Politano e Pereira (2015a)

para simulação do processo de S&OP ampliado pode ser considerado inovador.

A síntese realizada pelos autores analisou trabalhos do ano de 2006 a 2015.

28

Quadro 2 - Síntese dos trabalhos que aplicam dinâmica de sistemas em áreas relacionadas ao S&OP

REFERÊNCIA Processos modelados na simulação

Capacid

ade

de p

rodução

Pro

dução

Esto

ques

Dem

anda/

Vendas

Suprim

ento

s

Custo

s

Fa

tura

me

nto

Conta

bili

dade

Fin

anceiro

(ORCUN; UZSOY; KEMPF, 2006) X X

(VLACHOS; GEORGIADIS; IAKOVOU, 2007) X X X X X X

(SURYANI et al., 2010) X X X X X

(HELAL et al., 2007) X X X X

(PASTRANA et al., 2010) X X X X X

(TAKO, A. A.; ROBINSON, S., 2012) X X X X X

(GEORGIADIS, P.; MICHALOUDIS, C., 2012) X X X X

(CRESPO, A.M.; BIANCHI,C; GUPTA, J.N.D., 2004) X X X X

(VENKATESWARAN,J.; SON, Y.; JONES,A.,2004) X X X X

(GUIMARÃES, A. A.; GODINHO F., M., 2009) X X X X

(GODINHO FILHO, M.; UZSOY, R., 2009) X X X

GIRIDHAR, K. B.; PRABHU, A., 2015) X X

(SPICAR, R.,2014) X X

(ASIF et al., 2015) X X X X

(RABELO, et al., 2003) X X X

Fonte: DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA, 2015b

29

4 METODOLOGIA

Nesta seção será apresentado o modelo de dinâmica de sistemas para

S&OP ampliado proposto por Domingos, Politano e Pereira (2015a), tal qual

todos os métodos e ferramentas utilizadas e adaptações realizadas no modelo

para a pesquisa.

A primeira etapa desta pesquisa consistiu no entendimento do diagrama

de enlace causal proposto por Domingos, Politano e Pereira (2015a) a fim de

compreender as regras de negócio bem como os feedbacks de reforço e de

equilíbrio. A partir disso, adaptou-se o modelo proposto pelos autores e elaborou-

se o modelo de fluxo de Dinâmica de Sistemas (DS) que permite maior

detalhamento da relação entre as variáveis do processo e sua implementação

computacional. O modelo de DS foi, então, implementado e simulado para

diferentes cenários. A análise dos cenários simulados foi feita a partir da

comparação de diferentes indicadores de desempenho a fim de identificar os

fatores que mais afetam o desempenho da empresa analisada.

4.2 Caracterização da empresa

A empresa pesquisada está localizada no Centro Oeste de Minas Gerais,

na cidade de Arcos. De acordo com plano duodecenal (2010-2030) elaborado

pela J. Mendo consultoria para o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Banco

Mundial (BM) referente ao perfil da cal, a cidade de Arcos está dentre os

principais produtores que merecem destaque em Minas Gerais junto com Sete

Lagoas, Pedro Leopoldo, Pains e Formiga.

Além de estar no reduto de ligação das principais rodovias federais de

acesso a diversos estados como BR-262, BR-354, BR-381 e BR-050, a cidade

ainda conta com a passagem em seus limites territoriais da ferrovia Centro

Atlântica (FCA). Outro ponto importante para o setor pesquisado refere-se as

inúmeras jazidas de calcário encontradas na cidade e região, a qual a cognomina

como a Capital do Calcário.

O objeto social da empresa pesquisada refere-se à calcinação de cal

virgem e hidratada. Ainda de acordo com o plano duodecenal elaborado pela J.

Mendo Consultoria (2009), produtores que realizam a moagem e produzem cal

30

hidratada a partir da cal virgem é classificada como transformadores. Desse

modo, os principais produtos da indústria pesquisada se direcionam para a

construção civil (assentamento de tijolos, reboco e pintura), correção e

recuperação do solo, usinas asfálticas, siderurgia e usina de açúcar. Nesta

pesquisa foram considerados cinco tipos de produtos, sendo: produto A (cal

hidratada aditivada), produto B (cal virgem especial), produto C (cal hidratada

CH-I), produto D (cal hidratada CH-III) e produto E (cal para pintura).

Os produtos da empresa analisada são comercializados nos estados de

Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Paraná atendendo 89 cidades.

Embora a empresa em questão tenha uma ampla participação de mercado, a

mesma não consegue atingir níveis substanciais de vendas em comparação a

diversidade de cidades e regiões em que atua. Este fato pode estar condicionado

a ausência de planejamento, uma vez que seus registros são feitos em planilhas

isoladas, de forma ametódica, consequentemente, sem acurácia gerencial de

análises históricas e projeções futuras, ou ainda resultado de um posicionamento

inadequado dos seus produtos no mercado.

4.2 Diagrama de Enlace Causal para o processo de S&OP ampliado

Pode-se observar na Figura 1, o diagrama causal para o processo de

S&OP ampliado desenvolvido por Domingos, Politano e Pereira (2015a). As

variáveis consideradas no modelo foram distribuídas em sete macroprocessos:

suprimentos, produção, capacidade, previsão de vendas, custeio por absorção,

faturamento/análise econômica e fluxo de caixa. As relações de causa e efeito

entre as variáveis desses sete macroprocessos podem ser vistas no diagrama a

seguir (FIGURA 1).

31

Figura 1 - Diagrama de enlace causal

PREVISÃODE VENDAS

Plano de Vendas

Plano de Estoque

COBERTURA ESTQ

PRODUTO ACABADO

Plano de

Produção

Lista de Materiais

Lista de Compras

Requisição deCompras

Suprimentos

Valor de Aquisição de

Matéria-Prima

Restrição

Financeira

PREÇO LIQ

MATÉRIA-PRIMA

Entrega

Matéria-Prima

Estoque de

Matéria-Prima Restrição Matéria-Prima

Disponível

Reserva

Matéria-Prima

Custo de Mão de

Obra

Ajuste de

Capacidade

CAPACIDAD.PADRÃOPOR CENTRO DE

TRABALHO

TAXA DE

PRODUTIVIDADE

TEMPO PROCESSAMENTOUNIT. POR CENTRO DE

TRABALHO

Contas a ReceberFluxo de Caixa

Contas a Pagar

Impostos Sobre

Vendas

Faturamento

TAXA IMPOSTOS

SOBRE VENDA

Capacidade Planejada

por Centro de Trabalho

Capacidade dos

Centros de Trabalho

Estoque de Produto

Acabado

Vendas

Ordens Produção

Liberadas

Restrição Capacidade

Disponível

Valor de entrada no

estq Matéria-Prima

Custo Estoque

Matéria-Prima

Custo Médio Móvel

Unit. Matéria-Prima

Custo Matéria-Prima

Consumida

Work in Process

Custo Unitário

Direto Variável

Custo de Produção

Direto Variável

Gastos Gerais de

ProduçãoCusto Estoque

Produto Acabado

Custo Total de

Produção

Custo Unit.Médio Móvel

Produto Acabado

Custo dos ProdutosVendidos

PREÇO UNIT.

VENDA

Despesas Administrativas,

Financeiras e Comerciais

TAXA DESPESAS

GERAIS

<Valor de Entrada no estq Matéria-Prima>

Produção

+

+

+

++

+ -

-

+

+

+

+

+-+

++

-

+

+

++

+

-

-

++

+

++

+

+ +

+

-

+

+

+ +

+

+

++

+-

+

+

+ +

+

-

+

+

+

+

+

+

+

-

<<Valor de Entrada no

estq Matéria-Prima>>

<Gastos Gerais de

Produção>

++

<Vendas>

+

+

<Plano de

Produção>

+

<Produção>+

<Estoque de

Produto Acabado>

-

<Ordens Produção

Liberadas> <Custo de Mão de

Obra>

<Estoque de

Matéria-Prima>

<Entrega

Matéria-Prima>

<PREÇO LIQ

MATÉRIA-PRIMA><Reserva

Matéria-Prima>

+

+

+

++

+

++

+

+

+- +

+- -

+

-

-

-

-

-

-

+

-

-

-

-

-

-

-

Fonte: DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA, 2015a

32

No diagrama de enlace causal apresentado na Figura 1, cada seta representa

um relacionamento de causa e efeito entre duas variáveis. Dessa maneira, as relações

positivas implicam que as variáveis crescem ou decrescem em uma relação direta,

por exemplo, quanto maior a demanda (plano de vendas), maior o plano de produção

ou quanto menor a taxa de produção, menor o nível de estoque de produtos acabados.

Por outro lado, as relações negativas estabelecem relação inversa, neste caso, quanto

menor o nível de estoque de matéria-prima, maior a lista de compras de matérias

primas.

O diagrama de enlace causal apresentado na Figura 1 é composto basicamente

por dois tipos de feedback (ciclos de retroalimentação): positivo (loop de reforço) e

negativo (loop de balanço). Um loop de reforço representa uma situação de

consequências crescentes. Por exemplo, na Figura 1 o aumento do plano de produção

aumenta a lista de materiais que, consequentemente, aumenta também a restrição de

matéria-prima disponível, que diminui a ordem de produção liberada, e, por sua vez,

diminui a produção que ao longo do tempo (delay) diminui também o estoque de

produto acabado aumentando, assim, o plano de produção. Já um loop de balanço

tende a estabilizar o sistema. Por exemplo, quando se aumenta as vendas diminui-se,

consequentemente, o estoque de produtos acabado que, por sua vez, diminui as

vendas.

Este diagrama permite uma visão sistêmica do processo de S&OP, além de,

após ser convertido em um diagrama de fluxo, permitir a simulação de múltiplos

cenários proporcionando aprendizado organizacional. Outra vantagem é o tempo de

execução da simulação que é realizada em minutos fornecendo, assim, agilidade na

execução do processo de S&OP e na tomada decisão (DOMINGOS; POLITANO;

PEREIRA, 2015a).

4.3 Modelo de Dinâmica de Sistemas para o processo de S&OP ampliado

O modelo de DS desenvolvido por Domingos, Politano e Pereira (2015a) para

o processo de S&OP ampliado utilizou 216 elementos subdivididos em variáveis do

tipo estoque, fluxo e auxiliares. A fim de considerar no modelo n famílias de produtos

acabados com suas respectivas n matérias-primas e n recursos de produção, várias

variáveis foram consideradas como matrizes unidimensionais ou bidimensionais.

33

Conforme elucidado, Domingos, Politano e Pereira (2015a) desenvolveram 7

macroprocessos para o planejamento de vendas e operações (S&OP) incluindo

macroprocessos não antes representados pelos modelos até então disponíveis na

literatura. A aplicação do modelo se direciona as empresas de manufatura discreta e

produção para estoque, Make-to-Stock (MTS).

O modelo proposto e simulado por Domingos, Politano e Pereira (2015a)

considerou cinco famílias de produtos agregados. Neste estudo, considerou-se

apenas os cinco tipos de produtos produzidos e comercializados pela calcinação

analisada.

A seguir serão descritos os 7 macroprocessos e as adaptações feitas neste

trabalho.

4.3.1 Previsão de vendas

De acordo com Domingos, Politano e Pereira (2015a), a variável de entrada

previsão de vendas é exógena, posto que o modelo não possui a predileção de realizar

métodos de previsão, representada pelo valor médio de uma distribuição probabilística

definida em “PlanoVendas”. Utilizou-se ainda um método de suavização exponencial

simples ligando-se a variável de estoque “demanda” e “EntradaPrev” com a finalidade

de gerar o plano de estoque inicial.

Conforme ilustrado na Figura 2, os dados relativos a previsão de vendas e plano

de estoque são interligados ao macroprocesso produção ao qual se constitui um plano

inicial de estoque e vendas. A variável de entrada previsão de vendas, por ser

preponderante para o processo de S&OP, assumirá diferentes valores a fim de

analisar seu efeito nos indicadores de desempenho selecionados a partir da geração

de cenários.

34

Figura 2 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso de

“Previsão de Vendas”

Fonte: DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA, 2015a

A empresa analisada neste trabalho não dispunha de nenhum método de

previsão de vendas. Para tal, utilizou-se o pacote forecast do software R® para

gerar os dados de entrada da previsão de vendas com base em séries temporais.

Utilizou-se dados históricos relativos às vendas do período de janeiro de 2013 a

abril de 2017, a exceção do produto C em que o mesmo é novo no mercado

tendo sido inserido em janeiro de 2015.

No software R® foram lançados dados relativos as vendas em sacas. Os

produtos de A a D são comercializados em sacas de 20kg e o produto E em

sacas de 8kg. Assim sendo, transformou-se os dados da previsão de vendas em

quilogramas (kg) para a simulação do modelo.

A primeira etapa realizada foi a importação dos dados do período

supracitado. Logo, procedeu-se a análise exploratória dos mesmos. A partir

disso, realizou-se o treinamento e teste dos modelos no software. Extraiu-se 70%

35

dos dados para teste e os outros 30% foram resguardados para a geração das

projeções. Conseguinte, fez-se o ajuste e a seleção do modelo de previsão

mediante análise de testes estatísticos como erro percentual absoluto médio

(MAPE – Mean Absolute Percentual Error) e raiz do erro médio quadrático

(RMSE – Root Mean Square Error), conforme pode ser visto na Tabela 1.

Segundo Guimarães (2008), o MAPE avalia o erro percentual em relação

à série global. Já a raiz do erro médio quadrático (RMSE) aufere a qualidade do

ajuste por meio da diferença entre a predição e o valor real. O RMSE é o erro

mais usado, pois representa o que outros métodos tendem a minimizar (ZUMEL;

MOUNT, 2014).

MAPE RMSE

Produto A 17,23 6713.489

Produto B Não informado 4773.954

Produto C Não informado 1984.757

Produto D 54,9 2108.495

Produto E 39,5 1705.189

Fonte: Da autora, 2017

Cabe ressaltar que os ajustes das previsões obtidas e utilizadas, neste

trabalho, não apresentaram a acurácia esperada devido as características dos

dados reais utilizados, mas entende-se que foi a melhor alternativa encontrada.

Conforme ilustrado na Figura 3 a seguir, a área sombreada (maio de 2017

a abril de 2018) corresponde a previsão de vendas dos produtos gerada pelo

pacote forecast do software R® e a área anterior (janeiro de 2013 a abril de 2017)

se refere aos dados históricos de vendas da empresa pesquisada. Pode-se

observar, em geral, que as vendas dos produtos apresentaram grandes

oscilações durante o período analisado.

Tabela 1 - Erro percentual médio absoluto e raiz do erro médio

quadrático referentes aos melhores ajustes das previsões

de vendas por produto obtidas pelo software R®

36

Figura 3 - Previsão de vendas do produto A (a), produto B (b), produto C (c),

produto D (d) e produto E (e)

(a)

(b)

(c)

(d)

(e)

Fonte: Da autora, 2017.

Fonte: Da autora, 2017

Em relação ao produto A (Figura 3a), o melhor modelo de previsão de

vendas, mediante análise dos erros, foi o auto regressivo integrado e de médias

móveis (ARIMA) de ordem (p,d,q), sendo ARIMA(0,1,1), em que p se refere ao

número de parâmetros auto regressivo, d número de diferenciações e q número

de parâmetros de média móvel.

37

Para o produto B (Figura 3b), selecionou-se o modelo ARIMA (1,0,2) ou

Modelo de Box & Jenkins. Nesta previsão, os meses de junho e julho de 2017,

obtiveram um valor negativo, sendo, portanto, lançado no modelo como zero

uma vez que não existe vendas abaixo de zero. Como pode-se observar na

figura 3b, a previsão de vendas para o período é caracterizada por uma queda e

logo após uma elevação e posterior período de estabilidade.

Para o produto C (Figura 3c) assim como para o produto E (Figura 3e), o

método de previsão utilizado foi espaço estados exponencial. Já para o produto

D (Figura 3d) selecionou-se o ARIMA (0,0,0).

Os modelos de suavização exponencial são compostos por três

elementos os quais são modelados por médias móveis ponderadas, sendo: erro

(E), tendência (T) e sazonalidade (S). A partir desses elementos, define-se a

estrutura de modelagem (PELLEGRINI, 2012, p.6):

N : Nenhuma estrutura ou estrutura ausente;

A: Estrutura aditiva;

M: Estrutura multiplicativa;

Ad: Estrutura damped aditiva;

Md: Estrutura damped multiplicativa.

O componente erro (E) assume duas estruturas (A ou M), o componente

tendência (T) cinco possíveis estruturas (N, A, M, Ad ou Md) e o componente

sazonalidade três estruturas (N, A ou M). Utiliza-se damped quando há curva

suave na tendência (PELLEGRINI, 2012, p.6).

Na previsão do produto C e E, obtiveram-se os parâmetros ETS (A, N, N).

Isso representa modelo de suavização exponencial simples dotado de tendência

e sazonalidade (N, N). Quando a estrutura destes componentes são (A, N)

representa suavização exponencial de Holt e (A, A) o modelo de Holt-Winters

aditivo (PELLEGRINI, 2012).

Conforme constata-se na Figura 3a, o produto A é o de maior demanda

dentre os cinco produtos e por isso, de acordo com a empresa, ela direciona a

este produto cerca de 50% da área de estoque de produto acabado. Não foi

possível analisar se os demais produtos possuem pouca aceitabilidade de

38

mercado, se estão sendo direcionados incorretamente ou se existe um fraco

esforço de vendas dos mesmos.

4.3.2 Produção

O macroprocesso de produção envolve diretamente os macroprocessos

de compras, suprimentos, capacidade, fluxo de caixa e previsão de vendas. O

plano de produção é constituído pela lista de materiais de famílias de produtos.

Neste macroprocesso, o volume de matéria-prima está interligado ao suprimento

e fluxo de caixa. Uma vez em falta, torna-se necessário solicitar o volume a

comprar. É indispensável identificar a capacidade disponível dos centros de

trabalho restrito para que sejam definidos os volumes de ordens de produção e

liberada a matéria-prima para o Work in Process (WIP- estoque em

processamento) que envolve, além da matéria-prima, as horas de mão de obra

necessárias. As ordens de produção somente são concluídas após o ciclo de

produção que é calculado por meio de uma distribuição de probabilidade para

cada família de produtos. Após a efetivação deste processo, o produto acabado

é direcionado para o estoque e disponibilizado para vendas, conforme pode-se

observar na Figura 4.

39

Figura 4 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso “Produção” e “Suprimentos”

Fonte: DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA, 2015a

Demanda

EntradaPrev

alf a

Prev isãoVendas

~

CobertEstq

~

Estq Desejado

~

PlanoEstoque

PlanoProducao

Ordens

EstoqProdProducao

TxProducao Vendas

HorasTotal Consumida

Horas

Consumida

Fam

TCicloProd OPLiberadas HorasUtiliz

CentroFam

EntregaMP

EstoqMat KG

SaidaMP KG

Vendas Total

+

PlanoVendas Total

+

EstoqProd

Total

+

PlanoEstoque

Total

+

Producao Total

+

PlanoProducao Total

+

PercAtend PlanoVendas

PercAtend PlanoEstq PercAtend PlanoProd

PlanoProducao

ListaMatOP

BOM

Reserv aMP

Producao

OPLibMOB

OPLiberadas

OPLibMat

MpDispOP

PercMP PlanoProd

CpRest PorFamilia PercAloc CpRest HoraRestrita Unid HorasTotal Unid

MaterialNec

ListaMatOP

MatPrima Encomenda

ListaCompras

ReqCompras

Suprimento

MatCompra

CobertEstqMP

ReqCompras R$

SuprimentoR$

MatCompra R$Preco MedioMP

~

TotCompraR$ ListaCompras

Compras Aprov adas

LimiteCaixa

Compra

txPercCaixa

Compra

LimitarCompra

Tempo

IncrementoCapProdutiv idade

HoraRestrita Unid

PlanoVendas

TCiclo

BOM

Caixa

PrazoSupr

txMatPrima Encomenda

TempoProc

CentroFam

Previsão de Vendas

Suprimentos

Produção

40

As informações de entrada de plano de estoque (cobertura de estoque e

estoque desejado) assim como de cobertura de estoque de matéria-prima

(macroprocesso suprimento), por serem preponderantes para o processo de

S&OP, assumirão diferentes valores a fim de analisar seu efeito nos indicadores

de desempenho selecionados. Neste macroprocesso serão calculados para

cada cenário simulado alguns indicadores de desempenho, tais como:

percentual de atendimento do plano de produção, percentual de atendimento do

plano de estoque e percentual de atendimento do plano de vendas.

As constantes (parâmetros) e variáveis com entrada gráficas deste

macroprocesso são: horas utilizadas da capacidade restrita, prazo de suprimento

total de horas de capacidade restrita utilizada em cada centro produtivo por

família, cobertura de estoque de matéria-prima, horas de capacidade padrão

para cada centro restrito, centro restrito por família, tempo de ciclo de produção

para cada família de produtos acabados e taxa de encomenda de matéria-prima.

A variável tempo de ciclo de produção foi calculada por meio da divisão

da capacidade total padrão (horas/mês), considerando as paradas programadas

e perdas, pela média da demanda do ano simulado. A empresa pesquisada não

obtinha nenhuma informação dessa variável uma vez que não possui controle

estatístico do processo produtivo.

As informações de tempo de produção foram obtidas por meio de um

benchmarking em uma empresa da região, certificada pela ISO, que possui

estrutura e processo produtivo equivalentes ao da empresa pesquisada. Este

procedimento foi importante já que a empresa não conhecia o ciclo de produção

de todos os centros de trabalho. A empresa tinha disponível apenas informações

referentes ao centro de trabalho do moinho, considerado como sendo o centro

restrito neste trabalho, e da ensacadeira.

Foram considerados na simulação:

5 tipos de produtos: produto A (cal hidratada aditivada), produto B

(cal virgem especial), produto C (cal hidratada CH-I), produto D (cal

hidratada CH-III) e produto C (cal para pintura);

8 itens de matéria-prima: sacaria para cada tipo de produto, cal,

caulim e rejeito;

41

Figura 5 - Fluxograma do processo de produção da

indústria de transformação de cal analisada

Início

Recepção de

matéria-prima

Tremonha

Peneira

classificatória

Britador

Correia

Transportadora

Elevador de

caneca

Silo alimentar

Moinho

Aeroseparador

Ciclone de ar

Rosca sem fim

Elevador de

caneca

Silo de

armazenagem

Término

1 2

Ensacadeira

8 centros de trabalho: tremonha, peneira classificatória, britador,

aeroseparador, ciclone de ar, moinho, rosca sem fim e

ensacadeira; e

Produção em quilogramas (Kg).

Para a melhor compreensão do processo produtivo da empresa em

questão, criou-se um fluxograma no MS Visio para representar o processo,

conforme pode ser visto na Figura 5.

Fonte: Da autora, 2017

O processo de transformação ocorre com a entrada da matéria-prima já

misturada na tremonha. Logo, a matéria-prima passa pela peneira classificadora

onde ocorre a classificação por tamanho. No britador, a Cal é reduzida em

partículas. Em seguida, a cal reduzida é conduzida por correia transportadora e

por gravidade elevada ao silo alimentar. Este silo é dividido ao meio comportando

42

a cal hidratada (10t) e a cal virgem (15t). A partir do silo, a matéria-prima é

conduzida para o moinho (4t/h-10t/h). Adiante, a cal é moída de acordo com a

granulometria adequada e direcionada para o aeroseparador sendo,

posteriormente, levada para o ciclone de ar e encaminhada para o silo de

armazenagem de cal virgem (40t) e hidratada (30t). Por fim, o produto segue

para ser ensacado (600sc/h). A capacidade produtiva da planta industrial é de

10 toneladas por hora, a exceção do centro restrito (moinho).

4.3.3 Suprimento

O macroprocesso de “Suprimentos” tem como dado de entrada do

macroprocesso “Produção” a lista de materiais (Bill of Material - BOM) para

atender ao plano de produção. Com base nisso, realiza-se o cálculo necessário

de matéria-prima a ser adquirida. Leva-se em consideração os níveis de estoque

de matéria-prima disponível, quantidade de compra em processo de aquisição e

a cobertura de estoque de matéria-prima. Contabilizado a quantidade de

matéria-prima a ser adquirida, aufere-se o preço unitário de compra mensal para

o período do planejamento. O processo descrito pode ser observado na Figura

4.

No modelo, considerou-se a variável prazo de suprimento como

estocástica e, para isso, ajustou-se uma distribuição de probabilidade para

representa-la a partir dos dados reais. Buscou-se informações de datas de

pedidos e chegadas da matéria-prima e a partir disso, ajustou-se uma

distribuição normal utilizando a média e o desvio padrão do tempo de aquisição

de cada matéria-prima obtidos por meio dos dados. Já a cobertura de estoque

foi calculada a partir da divisão do estoque inicial de cada matéria-prima pela

média de vendas do ano simulado. Este procedimento foi crucial, uma vez que

o prazo apresentado pela empresa estudada não refletia a realidade. Somente

após este cálculo foi possível validar o modelo.

Ainda neste macroprocesso, considera-se como restrição o valor

disponível na variável “caixa”. Apenas se houver limite de caixa disponível para

compras, confirma-se as requisições de compras. Apenas as compras

aprovadas, são transferidas para a carteira de compras em que aguardam até

que o prazo de suprimento pré-estabelecido de matéria-prima seja cumprido. As

43

entradas no estoque em valores de custos de aquisição e quantidade ocorrem

simultaneamente no modelo.

4.3.4 Capacidade

Este macroprocesso analisa-se a capacidade de cada centro de trabalho

restrito. O principal dado de entrada é o volume de produto acabado definido no

plano de produção. Tendo por base esta informação, calcula-se o total de horas

trabalhadas, considerando-se a produtividade e o tempo padrão para a produção

de uma unidade de cada família de produto. Dessa forma, tem-se o total de horas

planejada por centro de trabalho restrito e o percentual de alocação da

capacidade para cada produto ou família de produtos (FIGURA 6).

44

Figura 6 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso “Capacidade”

Fonte: DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA, 2015a

PercAtend PlanoEstq PercAtend PlanoProdListaMatOP

OPLibMOB

CpRest PorFamilia PercAloc CpRest HoraRestrita Unid HorasTotal Unid

TempoProc

CentroFam

Tempo

IncrementoCapProdutiv idade

HoraRestrita Unid

HorasEf etiv a

HorasAdicionais ReducaoHoras

CapacidadeRestrita

CpUtilizada

AjusteCpRest LimitCaixa

AjusteCpRest LimitCaixa

AjusteCpRest

CpPadrao

CpNec

PercAloc CpRest

TotCpNec PorCpRestCpAdicional

CapacidadeRestrita

HorasAdicTotal RedHorasTotal

CapacidadeTotal

AjusteCpTotalCpTotalNec

txCapacid Aprovada

TotCpPadrao

+

AjusteCpRest LimitCaixaCpNec LimitCaixa

txCapacid Aprov ada

LimiteCaixa Capacid

ValorTotal MOBNec

CpTotalNec

CpTotalPadrao

txRelacaoCpRestrita

CpPadrao

BOM

LimitarCapacid txPercCaixa Capacid

Caixa

CpTotalPadrao

txVlrHoraExtra

VlrHoraMedioMO

Produtividade

CpRest PorFamilia

PlanoProducao

TempoProcTot CentroFam

TotalPlanej CpRest

PercUtil PlanCpRest

CpPadrao

TempoProc

CentroFam

Produção

Capacidade

45

O ajuste de horas é feito por meio da comparação entre as horas

planejadas e as horas de capacidade padrão definida pelo centro restrito.

Quando o ajuste é negativo, significa que a capacidade atual é igual as horas

pré-definidas no modelo. Caso o ajuste seja positivo, será necessário

incrementar horas extras para que o plano de produção seja executado.

Entretanto, algumas restrições deverão ser analisadas como: impacto do custo

adicional de horas extras no fluxo de caixa, o volume de horas extras e o tempo

de atraso para realizar este ajuste.

Os indicadores de desempenho deste macroprocesso são: percentual de

utilização da capacidade restrita dos centros de trabalho e volume de produção.

4.3.5 Custeio por Absorção

De acordo com -Domingos, Politano e Pereira (2015a), neste

macroprocesso os custos são apropriados conforme o custeio por absorção que

é um método aceito e amplamente utilizado pela contabilidade proporcionando

principalmente relatórios destinados ao público externo à empresa. Todos os

custos fixos, variáveis, diretos e indiretos, são apropriados aos produtos.

Fazem parte deste macroprocesso as variáveis do tipo estoque custos

com gastos gerais de produção (WIP GGP), matéria-prima (WIP MP), mão de

obra (WIP MO), ativo imobilizado destinado à produção (Imobilizado Custo),

despesa com imobilizado (Imobilizado Despesa), custo de estoque de matéria-

prima (CustoEstqMP) e custo de estoque de produto acabado (CustoEstqProd).

Cabe ressaltar que as os custos de estoque de produtos acabados e de matéria-

prima são atualizados por meio do custo médio móvel de acordo com as entradas

por aquisição de compras e custos de produção do período (FIGURA 7).

46

Figura 7 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso de “Custeio por Absorção”

Fonte: Adaptado de DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA, 2015a

GastosGerais

Producao

TotCustos

IndFabVar

+

CustosInd

FabVar

WIP MP

EntradaR$

MPProcesso

SaidaR$

MPProcesso

ConsumoMP

BaixaMP

ValorTotal

MaoObra

CustoMP

OP

CustoIndHora

WIP GGP

EntGGP

txDepreciacao 2

SaiGGP

Imobilizado

Custo

Depreciacao

Custo

CustoUnit

DiretoVariav el

CustoMedio

MP

WIP MO

EntMO

R$

SaiMO

R$

CustoUnitario

MaoObra

CustoHora

CustoMO

TotalHoras

Utilizadas

Horas

Utilizadas

Rateio

CustoIndiretoCustoUnitario

CustoEstqMP

EntradaR$

MP

CustoEstqProd

SaidaR$

MP

EntradaR$

Produtos

CustoUnit

MedioMov el

SaidaR$

Produtos

CustoUnit

MP

PercTempo

MargContrib

TotFamilia

PercMargem

Contrib

CustoUnit

Variav el

MargContrib

Total

+

PercMarg

ContrTotal

TxProducao

GastosFixo

Producao

txCustoInd

Variav el

ReservaMP

Producao

BOM

TxProducao

Ordens

Producao

CapacidadeTotal

VlrHoraMedioMO txVlrHoraExtra CpTotalPadrao TxProducao

Producao

HorasTotal Unid OPLiberadas TCiclo TCicloProd

HorasTotal Consumida

Horas

Consumida

Fam

HorasTotal Unid

EntregaMPEstoqMat KGReservaMP

ProducaoMatCompra R$

TxProducao

Horas

Consumida

FamHorasTotal Consumida

CustoUnitario

MaoObra

CustoIndHora TxProducao

TotCustos

IndFabVar

+

CustoUnit

DiretoVariavel

Vendas

Horas

Consumida

Fam

MargContrib

Unitaria

CustoUnit

MP

TotalHoras

Utilizadas

EstoqProd

CD

Fixas

PercMarg

ContrTotal

ReceitaBruta

PEC

ReceitaLiquida

Comissões

Receita Bruta

Total

+

Custeio por Absorção (a)

47

O indicador de desempenho utilizado neste processo é o percentual de

margem de contribuição obtido sobre a receita bruta do período, por produto ou

família de produto.

Neste macroprocesso, diferentemente de Domingos, Politano e Pereira

(2015a), calculou-se ainda mais um indicador: ponto de equilíbrio contábil (PEC).

Também conhecido como diagrama custo-volume-lucro, o ponto de equilíbrio

representa o nível em que o volume de vendas cobre os custos. Em outras

palavras, a partir do ponto de equilíbrio a empresa começa a obter lucros e

abaixo representa uma situação de alerta já que a empresa não está

conseguindo cobrir seus custos com as vendas (COSTA et al., 2010). Assim, de

acordo com Crepaldi (2010, p.239) e Dubois, Kulpa e Souza (2009, p.181), “é o

ponto onde os Custos Totais e as Receitas se igualam”.

Este indicador torna-se relevante a medida em que apresenta a relação

custo-volume-lucro integrando os macroprocessos de vendas, custeio e análise

econômica, proporcionando, assim, informação integrada e, consequentemente,

apoio à tomada de decisão.

Segundo Costa et al. (2010), quando a empresa produz um único produto

a análise se torna mais simplificada. Porém, quando existe um mix de produtos

a análise deve considerar todos em um único denominador. Desse modo, têm-

se a variação dos lucros em função do faturamento total (COSTA et al., 2010).

𝑄 =𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠+𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑎𝑠

𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎−𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠

(1)

ou

𝑄 = 𝐶𝐹+𝐷𝐹

𝑀𝑔𝐶 (2)

em que Q refere-se ao ponto de equilíbrio contábil, CF aos custos fixos, DF

despesas fixas e MgC margem de contribuição (DUBOIS; KULPA; SOUZA,

2009, p.193).

No modelo deste macroprocesso foram criadas mais duas variáveis

auxiliares, sendo: “CD Fixo” que representa a soma dos custos fixos e despesas

fixas, e “PEC” que calcula o ponto de equilíbrio contábil conforme equação 2.

48

Embora o modelo considere todos os custos e despesas, algumas variáveis

foram ramificadas para que procedesse o custeio por absorção. Para simplificar,

criou-se a variável “CD Fixo” com o valor determinado e a variável “PEC” que

constituirá um indicador de desempenho juntamente com margem líquida neste

macroprocesso (FIGURA 7a).

4.3.6 Faturamento e análise econômica

O sexto macroprocesso está relacionado com os macroprocessos de

produção, capacidade, vendas e custos. As variáveis de estoque de despesa

com ativo imobilizado, custo com estoque de matéria-prima e custo de estoque

de produção descritas no macroprocesso de custo por absorção estão

interligadas neste processo. Têm-se ainda as variáveis de estoque de

faturamento em processo e contas a receber. A variável faturamento em

processo advém do macroprocesso de vendas por meio de variáveis auxiliares

(FIGURA 8).

49

Figura 8 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso “Faturamento e Análise Econômica”

Fonte: Adaptado de DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA, 2015a

Depreciacao

Despesas

Tx SN2017 Tx SN2018

CustoEstqMP CustoEstqProd

Mark up

Vendas

PrecoVendas

ValorEstoque

PrecoVenda

Sugerido

PercVendas

TotVendas

PorFam

Giro

Estoque

TotVendas

+Faturamento

emProcesso

ValorVendas

TempoFat

Faturamento

PerdasInadimplencia

Comissões

ContasReceber

TxInadimplencia

EntradasCaixa

txComissPrazoMedio

Recebimento PgtoJuros

CustoProduto

Vendido

SaidaR$

Produtos

FatAnt

Tx SN2017

LucroBruto

ReceitaLiquida

ReceitaBruta

Imposto

SN2017

PercVendas

LucroLiquido

DespesasGerais

Receita Bruta

Total

+

Margem

LiquidaMargemLiquida

TotalImobilizado

Despesa

Depreciacao

Despesas

Despesa

Administrativ a

TotComissoes

+

Despesas

Comerciais

Despesas

Financeiras

Faturamento

Total

+

txDepreciacao

txMargem

Desejada

txDepAdm

txComiss

txDespComerc

txDespFinan

Mark up

txDespFinan

Rateio

DespesasGerais

ReceitaLiquida

txDespComerc

PercVendas

Receita Bruta

Total

+

ReceitaLiquida

Total

+

Vendas

ReceitaBruta

Amortizacao

RBT12

Tx SN2018 Imposto

SN2018

TxImposto

Vendas2017

ImpostoSobre

Vendas2017

IS

ReceitaLiquida

Operacional

RBT12

ReceitaBruta

Despesas

Operacionais

LucroOperacional

Liquido

EBTIDA

MargemEBTDA

Despesa

AdministrativaDespesas

Comerciais

CustoProduto

Vendido

Depreciacao

Despesas

Depreciacao

Custo

ReceitaLiquida

Operacional

TxImposto

Vendas 2018

ImpostoSobre

Vendas 2018

IS2

TxISFaturamento e Análise Econômica

(a)

(b)

50

No modelo desenvolvido por Domingos, Politano e Pereira (2015a), o tipo

de tributação utilizado na simulação foi o Lucro Presumido, com impostos pré-

fixados e com características determinadas para tipos específicos de empresas

por opção ou por imposição do fisco. Na pesquisa em questão, adaptou-se este

macroprocesso para o sistema tributário do Simples Nacional, cuja empresa é

optante.

Cabe ressaltar, que no Brasil existem três tipos de sistema tributário:

Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional. De forma sucinta, empresas

caracterizadas como sociedade de capital aberto, com ganhos ou rendimentos

oriundos do exterior, devem estar inseridas no regime de tributação com base

no Lucro Real. Já o Lucro Presumido, sistema tributário utilizado no modelo de

Domingos, Politano e Pereira (2015a), tem por base de cálculo percentual pré-

fixado de acordo com a atividade da empresa conforme artigo 15 da Lei nº

9.249/95. Por fim, o Simples Nacional se direciona a Empresas de Pequeno

Porte (EPP), com receita bruta anual de até R$3.600.000,00, e que não são

constituídas por ações tampouco como uma instituição financeira. Os principais

benefícios do Simples Nacional são as alíquotas reduzidas e a facilidade de

apuração (SOUZA; OLIVEIRA, 2014;)

O pagamento do imposto Simples Nacional é feito mediante documento

único (Documento de Arrecadação de Receitas Federais- DARF) incluindo os

tributos: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto Produtos

Industrializados (IPI), Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL), Programa

de Integração Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade

Social (COFINS), Contribuição Previdenciária Patronal (CPP), Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Instituto Nacional de Seguridade

Social (INSS). Este sistema tributário foi instituído pela Lei nº 9.317 (CHAVES,

2009, p.154).

Ao contrário do Lucro Presumido, as alíquotas não são pré-fixadas. A

base de cálculo da alíquota incidente se refere à soma do faturamento dos doze

últimos meses anteriores, excluindo o mês de competência. À vista disso, as

alíquotas se alteram a medida que o faturamento base se altera entre as faixas

de valores.

Para não sobrecarregar o modelo e não aumentar o tempo de simulação,

utilizaram-se apenas as faixas de valores referentes a receita bruta total em que

51

a empresa em questão estava representada. Assim, diferentemente do modelo

proposto por Domingos, Politano e Pereira (2015a), foram criadas as seguintes

as variáveis no modelo simulado: “RBT12”, “FatAnt”, “TxSN” e “ImpostoSN”.

Para representar o faturamento dos doze últimos meses da empresa,

criou-se uma variável do tipo array chamada “FatAnt” com 12 linhas na qual é

inserida a soma total dos doze últimos faturamentos da empresa, previamente

conhecida, excluindo-se a receita bruta do período simulado. Essa variável é,

portanto, um parâmetro de entrada desse macroprocesso.

Já a variável “RBT12” foi programada para somar o faturamento anterior

(dos últimos doze meses) com as receitas brutas relativas ao período simulado,

excluindo-se o mês de competência. Para tal, utilizou-se a função History para

que fosse realizado o somatório da receita bruta gerada no tempo anterior ao

mês de competência conforme requerido pelo sistema tributário simulado.

Após, criou-se a variável “TxSN” a fim de selecionar, de acordo com o valor

liberado pela variável “RBT12”, a alíquota incidente no período.

Entretanto, cabe ressaltar que a partir do dia 01/01/2018 o simples

nacional passará por mudanças, tais como (BRASIL, 2016):

Seis faixas de alíquotas e não mais 20;

Teto passará a ser de até R$ 4,8 milhões para Empresas de

Pequeno Porte (EPP);

A empresa que se enquadrar na faixa entre R$ 3,6 milhões e R$

4,8 milhões deverá calcular fora da tabela os impostos ICMS e

imposto sobre serviços (ISS);

Para obter a alíquota do período deve-se utilizar a fórmula

(𝑅𝐵𝑇12 𝑥 𝑎𝑙𝑖𝑞)−𝑃𝐷

𝑅𝐵𝑇12 em que aliq é alíquota nominal (disponível na tabela

vigente de acordo com a faixa de faturamento anterior) e PD

parcela a deduzir correspondente. O resultado dessa equação é

dada pela alíquota efetiva a ser aplicada na receita bruta do

período.

Sendo assim, foi necessário programar a incidência do novo sistema

tributário do Simples Nacional a partir de janeiro de 2018. Utilizou-se, então, no

52

final das nomenclaturas o ano do sistema considerado (2017 e 2018) e

desenvolveu-se na variável “IS” uma lógica de programação a fim de decidir a

partir de qual mês passaria a incidir o novo sistema tributário (FIGURA 8a).

Dessa maneira, adaptou-se no modelo simulado a base do Demonstrativo

do Resultado de Exercício (DRE) para a sistema tributário do Simples Nacional

considerando o cálculo da alíquota vigente e da alíquota que deverá incidir a

partir de janeiro de 2018.

4.3.6.1 Considerações

A adaptação do sistema tributário incorreu ainda alterações em outras

variáveis deste macroprocesso, tais como:

Markup: no modelo proposto por Domingos, Politano e Pereira (2015a),

o Markup foi calculado pelo somatório da taxa de comissão, despesas

(administrativa, comercial e financeira), margem de lucro desejada e

impostos sobre vendas. Como no sistema tributário Simples Nacional

computa-se alíquota única que, segundo Dubois, Kulpa e Souza (2009,

p.229), são elementos integrantes da equação custo da produção

vendida, tributos, despesas e margem de lucro almejada, considerou-se

a alíquota única do Simples Nacional (tributos) e não somente o imposto

sobre vendas;

Margem EBTIDA: a margem EBTIDA (Earning Before Interests, Taxes,

Depreciation and Amortization), lucro antes juros, impostos, depreciação

e amortização, foi calculada no modelo proposto retirando-se da receita

bruta os impostos sobre vendas, excluído imposto de renda (IR) e

contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL). Para efeito de cálculo,

foram criadas no modelo as variáveis “TxImpostoVendas”,

“ImpostoSobreVendas”,“DespesasOperacionais”,

“ReceitaLiquidaOperacional” e “LucroOperacionalLiquido”. Extraiu-se as

alíquotas de impostos sobre vendas (ICMS, PIS, COFINS e IPI) do

Simples Nacional, deduziu-se esta alíquota da receita bruta,

concebendo-se a receita líquida operacional. Adiante, deduziu-se da

53

receita líquida operacional o Custo de Produto Vendido (CPV) e as

despesas operacionais (despesas administrativa e comercial). Do lucro

operacional líquido (receita líquida operacional – (CPV – despesas

operacionais), calculou-se o EBTIDA somando-se a depreciação, custo

e despesa. Por fim, obteve-se a margem EBTIDA. Cabe ressaltar que

para o cálculo do EBITDA foram consideradas também os dois sistemas

do simples nacional vigente em 2017 e que irá vigorar a partir de janeiro

de 2018 (FIGURA 8b).

4.3.7 Fluxo de caixa

O último macroprocesso descrito, não sendo o menos importante, é o

fluxo de caixa. Não se consegue defini-lo mediante alguns macroprocessos que

são precedentes como base de informações (FIGURA 9). O objetivo desse

macroprocesso é representar as projeções de pagamentos e recebimentos mês

a mês a partir da variável faturamento obtida pelas receitas geradas no plano de

vendas. Os macroprocessos de custos e suprimentos também fornecem

informações de pagamentos a serem realizados pela compra de matéria-prima

e o pagamento de salários, despesas, gastos gerais e impostos. Logo, os saldos

de contas a pagar e a receber são simulados através dos prazos médios de

recebimento e pagamentos das entradas e saídas de caixa. De forma peculiar,

é distinto nesse macroprocesso, os empréstimos adquiridos no período. Desse

modo, o macroprocesso fluxo de caixa é preponderante para o planejamento

financeiro da empresa.

54

Figura 9 - Modelo de Dinâmica de Sistemas para o macroprocesso “Fluxo de Caixa”

Fonte: Adaptado de DOMINGOS; POLITANO; PEREIRA,2015a

SaidasCaixa

Parcelas

Amortizacao

PgtoJuros

Depreciacao

Custo

GastosGerais

Producao

ValorTotal

MaoObra

Gastos

Producao

ContasPagar

Titulos

aPagar

?

SaidasCaixa

CaixaFluxoEntrada

Empréstimo

Bancário

FluxoSaida

Despesas

IS

DespesasGerais

MatCompra R$

ContasPagar

Prazo

Titulos

aPagarPrazo

Div ida

Emprestimo

Empréstimo

Bancário

Amortizacao

Fim

Embolso

InicioEmbolso Montante

Emprestimo

PgtoJuros

txJuros

TomarEmprestimo

Tempo

Amortizacao

Depreciacao

DespesasEntradasCaixa

PrazoMedio

Pagamento

Fluxo de caixa

55

4.4 Dados de simulação para validação do modelo

Para a validação do modelo, utilizaram-se os dados disponibilizados pela

indústria analisada referentes ao período de janeiro de 2016 a dezembro de 2016

disponíveis no Apêndice B.

As informações financeiras para a simulação do período de validação foram

obtidas no mês de abril de 2017. A empresa analisada disponibilizou os balancetes

mensais e o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e as planilhas

eletrônicas referente as informações de produção (estoque de produto acabado,

estoque de matéria-prima e vendas).

4.5 Cenários

Os cenários desenvolvidos para a empresa pesquisada foram divididos em

micro e macro ambiente. No cenário do micro ambiente, levou-se em consideração

somente a perspectiva interna da empresa como a previsão de vendas tendo por base

série temporal, a cobertura de estoque de matéria-prima e plano de estoque de

produto acabado, conforme informações fornecidas pela mesma.

Para o macro ambiente, fundamentou-se no plano duodecenal desenvolvido

pela J.Mendo Consultoria para o Ministério de Minas e Energia e o Banco Mundial

sobre o perfil da cal (2009). O projeto consistiu na projeção do consumo da cal para o

período de 2010 a 2030. Foram considerados três cenários tendo por base a projeção

da economia brasileira para o período supracitado.

O cenário frágil retrata o período de estabilidade e retrocesso, já o cenário

vigoroso pode ser caracterizado por estabilidade e reformas e, por fim, o cenário

inovador sugere estabilidade, reformas e inovação.

O Cenário 1 considera uma possível reversão dos atuais condicionamentos

sócio-políticos e a desestabilização do atual contexto fiscal e monetário.

Consequentemente, o país deverá regredir no processo de estabilização de

sua economia, concomitantemente a retrocessos no plano externo, com

deterioração do atual contexto de integração competitiva à economia

internacional. De acordo com as projeções realizadas, o Cenário 1, prevê o

crescimento do PIB à taxa de 2,3%a.a, no período 2010 a 2030, sendo

alcançada uma renda per capta de US$ 11,9 mil, em 2030.

56

O Cenário 2 pressupõe a manutenção e o aperfeiçoamento das atuais

condições de estabilidade e de aprofundamento das reformas político-

institucionais, especialmente nos campos da gestão pública (reforma

administrativa), fiscal (reforma tributária), e da previdência social (reforma

previdenciária), além das concessões de serviços de infraestrutura

(saneamento, energia, portos e transporte rodoviário, fluvial e marítimo). De

acordo com as projeções realizadas, o Cenário 2 prevê o crescimento do PIB

à taxa de 4,6% a.a., no período 2010 a 2030, sendo alcançada uma renda

per capta de US$ 18,9 mil, em 2030.

O Cenário 3 admite um condicionamento ainda mais virtuoso, no qual – além

do aperfeiçoamento da estabilização e do aprofundamento das reformas

institucionais – o país empreende uma vigorosa mobilização nacional pela

inovação, contando com uma ampla participação de instituições públicas,

entidades não governamentais, empresas e da sociedade como um todo.

Admite-se tal processo de mobilização seja focado em planos e programas

direcionados para uma ampla geração e difusão de informação,

conhecimento e aprendizado, como estímulo a projetos específicos de

pesquisa, desenvolvimento e inovação. De acordo com as projeções

realizadas, o Cenário 3 prevê o crescimento do PIB à taxa de 6,9% a.a., no

período 2010 a 2030, sendo alcançada uma renda per capita de US$ 29,2

mil, em 2030 (J.MENDO CONSULTORIA, 2009,p.31).

A partir desses cenários foram elaboradas pela J. Mendo Consultoria (2009)

estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) para o período de 2010 -2015, 2015-2020

e 2020-2030, conforme pode-se visualizar na Tabela 2.

Tabela 2 - Cenários para o futuro da Economia Brasileira Indicadores Econômicos Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Frágil Vigoroso Inovador

Instabilidade e

Retrocesso

Estabilidade e

Reformas

Estabilidade,

Reformas e

Inovação

PIB – Produto Interno Bruto (%

a.a.)

2,3 4,6 6,9

Período 2010 a 2015

Período 2015 a 2020

Período 2020 a 2030

2,8

2,5 2,0

4,0

4,5 5,0

5,0

6,5 8,0

Fonte: J. Mendo Consultoria, 2009

57

Por conseguinte, a empresa de consultoria J.Mendo ajustou um modelo de

previsões da demanda da Cal de acordo com os cenários traçados. O modelo ajustado

e disponibilizado no plano foi o modelo auto regressivo de defasagem distribuída em

que comportamento futuro do consumo da Cal depende da produção de cal e do PIB,

conforme expressão a seguir:

lnCAL = 0.76949 ∗ lnC + 0.811311 ∗ lnPIB + 0.066831 ∗ lnCal(−1)

(3)

em que lnC é a função logarítmica do consumo da Cal, lnPIB a função logarítmica que

representa os valores estimados para o PIB de cada cenário e lnCal (-1) é a função

logarítmica inversa do modelo para ajuste. A transformação logarítmica tende a tornar

os dados aproximadamente normais, o que em geral melhora a qualidade das

previsões.

Na presente pesquisa, utilizou-se por base os dados históricos de vendas

mensais do período de janeiro de 2013 a março de 2017, com exceção do produto C,

sendo o período de janeiro de 2015 a março de 2017. Ao contrário das projeções

anuais realizadas na literatura consultada, propôs-se a geração de cenários (frágil,

vigoroso e inovador) para o período mensal de abril de 2017 a março de 2018.

Para estimar a projeção futura de consumo da Cal para cada produto da

empresa pesquisada e obter, assim, as previsões de vendas dos três cenários,

utilizou-se o PIB mensal referente ao período analisado. O PIB mensal foi aproximado

dividindo-se o valor do PIB estimado anual por 12. Pode-se observar na Tabela 3 a

estimativa de vendas dos produtos no período para cada cenário.

58

Tabela 3 - Estimativa de vendas por produto para cada cenário Produto A

Cenário Frágil ln(𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = 2.9744 ln(𝐶) − 0.9170 ln(0.20833) + 0.7272ln (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Vigoroso ln(𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = 2.5771 + 0.5502 ln(0.375) + 0.7272ln (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Inovador (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = 2021.12805 (𝐶) + 0.7864.07972 (0.5467) + 0.78789 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Produto B

Cenário Frágil ln(𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = 5.8928 ln(𝐶) − 15.1405 ln(0.20833) + 0.6977ln (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Vigoroso ln(𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = −0.6681 ln(𝐶) + 9.0843 ln(0.375) + 06977ln (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Inovador (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = −4800.7015 (𝐶) + 14522.4622 (0.54167) + 0.6734 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Produto C

Cenário Frágil (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = −1761.8662 (𝐶) + 11978.2585 (0.20833) + 0.6597 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Vigoroso (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = 3428.7124 (𝐶) + 7186.9551 (0.375) + 0.6597 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Inovador (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = 2031.2489 (𝐶) − 2395.6517 (0.54167) + 0.6597 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Produto D

Cenário Frágil (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = 6108.2194 (𝐶) − 22184.1453 (0.20833) + 0.3245 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Vigoroso (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = −3504.9103 (𝐶) + 13310.4872 (0.375) + 0.3245 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Inovador (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = −916.7600 (𝐶) + 4436.8291 (0.54167) + 0.3245 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Produto E

Cenário Frágil (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = 7275.6872 (𝐶) − 27506.1517 (0.20833) + 0.3370 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Vigoroso (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = −4643.6452 (𝐶) + 16503.6910 (0.375) + 0.3370 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Cenário Inovador (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) = −1434.5942 (𝐶) + 5501.2303 (0.54167) + 0.3370 (𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠)(−1)

Fonte: Da autora, 2017

59

A biblioteca dynlm do R que estima modelos auto regressivo com

defasagem distribuída não tem uma função pré-programada para gerar

previsões n passos à frente. Para obtê-las, aplicou-se um loop for à equação

estimada utilizando como valor inicial a última observação das vendas para cada

um dos modelos estimados, conforme representado na expressão abaixo:

𝑑𝑦𝑛𝑙𝑚 (log(𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠) ~𝑃𝐼𝐵 + 𝐿 (𝐿𝑜𝑔(𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠, 1) (4)

Cabe ressaltar que para o produto C, cujas vendas do período de março

a julho de 2016 foram iguais a zero, não foi possível a aplicação de uma função

logarítmica o que, em alguns casos, impediu uma melhor qualidade das

previsões. Em vista disso, as previsões para cada cenário deste produto ficaram

praticamente idênticas. Além do produto C, em alguns outros casos também não

foi possível utilizar logaritmo uma vez que obtinham-se valores para os quais não

existe logaritmo devido ao PIB médio mensal ser próximo de zero. Para esses

casos obtiveram-se as previsões usando apenas o nível das variáveis, sem

utilizar-se logaritmo. Foi possível utilizar o logaritmo somente para as previsões

dos cenários frágil e vigoroso para os produtos A e B.

Além do engendramento dos cenários frágil, vigoroso e inovador para a

previsão de demanda conforme referência encontrada, analisou-se o

comportamento do preço de aquisição da matéria-prima Cal em face das

variações do PIB também por cenário. Para tal, coletou-se informações

históricas do preço da Cal para o período de janeiro de 2013 a março de 2017.

Por conseguinte, construiu-se a série temporal multivariada e obteve-se o

modelo auto regressivo com defasagem distribuída. Os resultados apresentaram

preços mensais iguais para cada cenário (frágil, virtuoso e inovador). Esta ação

tornou-se importante uma vez que a empresa pesquisada enfrenta situações de

oscilações no preço de aquisição no período da entressafra da matéria-prima por

não ter jazida própria e obter a matéria de terceiros. Neste período, os

fornecedores contam com o poder de barganha já que a demanda é grande e a

oferta é pequena, direcionando-se o atendimento as usinas de açúcar. Para o

período estimado, obteve-se a média aritmética destes valores como preço de

matéria-prima deste suprimento.

60

4.4.1 Dados de simulação dos cenários

Para os cenários do micro e macro ambiente foram considerados os três

fatores, que segundo Domingos, Politano e Pereira (2015a), são estratégicos

para o S&OP e comprovadamente por meio de testes estatísticos alteram os

resultados dos indicadores de desempenho analisados: lucro líquido, percentual

de margem líquida, percentual de margem de contribuição, percentual de

utilização da capacidade restrita, percentual de atendimento de plano de vendas

e volume de produção.

Dessa forma, utilizou-se, assim como Domingos, Politano e Pereira

(2015a), a variação dos seguintes três fatores: previsão de vendas, plano de

estoque de produto acabado e cobertura de estoque de matéria-prima. Estes

três fatores foram combinados no cenário do micro ambiente com dois níveis,

formando oito combinações de cenários, conforme pode-se observar na Tabela

4.

Tabela 4 - Cenários gerados para o micro ambiente Fator A = Previsão de Vendas

Fator B = Plano de Estoque de Produto Acabado Bo B1 Fator C = Cobertura do Estoque de Matéria-Prima

Co C1 Co C1 Ao A1

AoBoCo A1BoCo

AoBoC1 A1BoC1

AoB1Co A1B1Co

AoB1C1 A1B1C1

Fonte: Domingos, Politano e Pereira (2015a)

Neste cenário, considerou-se:

Em previsão de vendas dois níveis sendo “Previsão de vendas 0”

e “Previsão de Vendas 1”, gerados no software R® por meio de séries

temporais. O nível Ao – Previsão de Vendas 0, corresponde ao ponto de

previsão (point forescast) e o nível A1 ao limite superior da previsão

(Ho95), conforme Tabelas 19-20;

No plano de estoque de produto acabado foram considerados dois

níveis. O “Plano de estoque 0” representa o nível atual de estocagem da

empresa. Já o nível B1, conforme valores descritos na Tabelas 5-8

corresponde à redução de 20% do estoque de produto acabado;

61

Por fim, o fator cobertura de estoque de matéria-prima foi

caracterizado pelo fator Co e C1. O primeiro fator corresponde a cobertura

de estoque atual da empresa de 5 meses, conforme validação do modelo.

Já o segundo fator (C1) foi representado segundo um nível de 4 meses.

62

Tabela 5 - Previsão de Vendas 0 para o micro ambiente (valores em kg) Previsão Vendas - 0

mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18

Produto A 569194 556294 543394 530494 517595 504695 491795 478895 465996 453096 440196 427296

Produto B 37274 0 0 29485 52880 64592 70456 73392 74862 75597 75966 76150

Produto C 28007 28007 28007 28007 28007 28007 28007 28007 28007 28007 28007 28007

Produto D 26838 26838 26838 26838 26838 26838 26838 26838 26838 26838 26838 26838

Produto E 10666 10666 10666 10666 10666 10666 10666 10666 10666 10666 10666 10666

Fonte: Da autora, 2017

Tabela 6 - Previsão de Vendas 1 para o micro ambiente (valores em kg) Previsão Vendas – 1

mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18

Produto A 751342 751295 750451 748943 746869 744307 741317 737948 734241 730229 725941 721400

Produto B 134557 0 126664 180808 206005 218166 224142 227106 228583 229320 229689 229874

Produto C 102362 133155 156785 176705 194256 210123 224714 238295 251051 263116 274591 285556

Produto D 74251 74251 74251 74251 74251 74251 74251 74251 74251 74251 74251 74251

Produto E 27346 27346 27346 27346 27346 27346 27346 27346 27346 27346 27346 27346

Fonte: Da autora, 2017

63

Tabela 7 - Plano de Estoque 0 para o micro ambiente (valores em kg)

Fonte: Da autora, 2017

Tabela 8 - Plano de Estoque 1 para o micro ambiente (valores em kg)

Fonte: Da autora, 2017

Plano de Estoque – 0

mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18

Produto A 40000 40000 40000 40000 40000 40000 40000 40000 40000 40000 40000 40000

Produto B 20000 20000 20000 20000 20000 20000 20000 20000 20000 20000 20000 20000

Produto C 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000

Produto D 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000 14000

Produto E 2400 2400 2400 2400 2400 2400 2400 2400 2400 2400 2400 2400

Plano de Estoque – 1

mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18

Produto A 32000 32000 32000 32000 32000 32000 32000 32000 32000 32000 32000 32000

Produto B 16000 16000 16000 16000 16000 16000 16000 16000 16000 16000 16000 16000

Produto C 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200

Produto D 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200 11200

Produto E 1920 1920 1920 1920 1920 1920 1920 1920 1920 1920 1920 1920

64

Para o cenário denominado de macro ambiente, obtiveram-se 12 combinações

a partir dos três fatores com três níveis de previsão de vendas e dois níveis de plano

de estoque de produto acabado e cobertura de estoque de matéria-prima. Os valores

dos três níveis de previsão de vendas foram obtidos por meio da auto regressão de

defasagem distribuída em relação ao PIB caracterizado por três cenários: frágil (A1),

vigoroso (A2) e inovador (A3) (TABELA 9).

Tabela 9 - Cenários gerados para o macro ambiente Fator A = Previsão de Vendas

Fator B = Plano de Estoque de Produto Acabado Bo B1 Fator C = Cobertura do Estoque de Matéria-Prima

Co C1 Co C1 A1 A2 A3

A1BoCo A2BoCo A3BoCo

A1BoC1 A2BoC1 A3BoC1

A1B1Co A2B1Co A3B1Co

A1B1C1 A2B1C1 A3B1C1

Fonte: Da autora, 2017

Os demais fatores permaneceram iguais ao cenário do micro ambiente. Cabe

ressaltar que foi alterado neste cenário, o valor médio de aquisição da Cal. Conforme

já elucidado anteriormente, o preço sofre variações ao longo do período impactando

o resultado empresarial. Assim, os valores da matéria-prima também foram

correlacionados com o PIB nos cenários frágil, vigoroso e inovador por meio da auto

regressão de defasagem distribuída.

Como os valores de preço dos três cenários para a aquisição da Cal

permaneceram os mesmos, utilizou-se a média aritmética do valor em quilograma (Kg)

e alterou-se o custo unitário da matéria-prima e do produto acabado. O custo da cal

aumentou 11,55% em relação ao modelo de validação cuja média aritmética era de

R$ 94,80/tonelada e passou a ser considerado de R$ 105,75/tonelada para as

simulações dos cenários do macro ambiente. Já o valor de custo dos produtos pode

ser visualizado na tabela 10. Não foi possível projetar mudanças de preços dos

produtos uma vez que o mercado é muito sensível as alterações e, conforme relato

dos gestores, o mesmo não absorve tornando-se fator de estrutura interna a ser

trabalhada pela empresa para tentar minimizar o impacto do aumento dos custos.

65

Tabela 10 - Impacto no valor de custos dos produtos de acordo com a projeção

de cenários para o preço da cal

Produto Valor de custo da cal para o micro ambiente (por kg)

Valor de custo da cal para o macro ambiente (por Kg)

Percentual de variação

A R$ 0,105 R$ 0,116 10,47% B R$ 0,2 R$ 0,211 5,5% C R$ 0,119 R$ 0,13 9,24% D R$ 0,119 R$ 0,13 9,24% E R$ 0,1938 R$ 0,2048 5,67%

Fonte: Da autora, 2017

Pode-se observar nas Tabelas 11-13 os valores das previsões de vendas

utilizados nas simulações dos cenários do macro ambiente para cada um dos

cinco produtos gerados por meio do software R®.

66

Tabela 11 - Previsão de vendas 1 para o macro ambiente (valores em kg) Previsão Vendas - 1

abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18

Produto A 728480 671240 632440 605660 586880 573600 564140 557340 552460 548940 546380 544540

Produto B 223560 206500 195380 187960 182980 179560 177220 175600 174480 173720 173180 172800

Produto C 79520 67140 58960 53560 50000 47660 46120 45100 44420 43980 43680 43480

Produto D 55720 47820 45240 44420 44140 44060 44020 44020 44020 44020 44020 44020

Produto E 17336 18208 18496 18600 18632 18640 18648 18648 18648 18648 18648 18648

Fonte: Da autora, 2017

Tabela 12 - Previsão de vendas 2 para o macro ambiente (valores em kg) Previsão Vendas – 2

abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18

Produto A 728540 671300 632540 605760 587000 573720 564240 557460 552580 549060 546500 544660

Produto B 223540 206480 195340 187940 182940 179520 177180 175580 174460 173680 173140 172760

Produto C 79520 67140 58960 53560 50020 47660 46120 45100 44420 43980 43680 43500

Produto D 55700 47800 45240 44420 44140 44060 44020 44020 44020 44020 44020 44020

Produto E 17336 18208 18496 18592 18632 18640 18640 18648 18648 18648 18648 18648

Fonte: Da autora, 2017

Tabela 13 - Previsão de vendas 3 para o macro ambiente (valores em kg) Previsão Vendas – 3

abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18

Produto A 767960 730700 701320 678180 659960 645580 634260 625360 618320 612780 608420 605000

Produto B 229980 216180 206900 200640 196420 193580 191680 190380 189520 188940 188540 188280

Produto C 79520 67140 58960 53560 50020 47660 46120 45100 44420 43980 43680 43500

Produto D 55720 47800 45240 44420 44140 44060 44020 44020 44020 44020 44020 44020

Produto E 17336 18208 18496 18592 18632 18640 18640 18648 18648 18648 18648 18648

Fonte: Da autora, 2017

67

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A quinta seção têm por objetivo descrever a validação do modelo

adaptado de Domingos, Politano e Pereira (2015a) para planejamento de vendas

e operações (S&OP) da empresa pesquisada. Adiante, serão analisados os

cenários nomeados como micro ambiente e macro ambiente.

O modelo adaptado foi implementado e simulado por meio do software

iThink®, um software útil para a criação de modelos complexos e dinâmicos de

dinâmica de sistemas.

5.1 Validação do modelo

Para validar o modelo adaptado à realidade da empresa pesquisada,

primeiramente, coletou-se dados históricos do período de janeiro a dezembro de

2016. A utilização desse período justifica-se pelos registros contábeis

(balancetes e DRE). O método de integração utilizado foi o método de Euler,

uma vez que é o único método dentre os disponíveis (Euler, Runge-Kutta 2ª e 4ª

ordem) no software utilizado, que possibilita a utilização do tempo de ciclo

(Cycle-Time), modo de execução do modelo desenvolvido. Já o passo de tempo

(dt) utilizado foi de 0,125 mês. Este foi o passo de tempo que melhor representou

o sistema simulado no período analisado. Cabe ressaltar que os métodos

numéricos para resolução de equações diferenciais propostos possuem algumas

particularidades, quanto ao erro de truncamento local (ETL), erro de truncamento

propagado e ao erro de truncamento global (CHAPRA; CANALE, 2008). Este

erro é caracterizado pela “diferença entre a aproximação numérica de qualquer

método em determinado ponto e sua solução real, e do tamanho do passo

utilizado na aproximação numérica” (BRUIN apud SILVA, 2013, p. 17).

Posto isto, a variação do passo de tempo torna-se importante. Utiliza-se

métodos de ordens diferentes ou diferentes tamanhos de passo para proceder

ao controle do erro local ou ao erro de arredondamento (SILVA, 2013; CHAPRA;

CANALE, 2008). De acordo com Barbosa (2013), para que se obtenha uma boa

precisão no método de Euler o passo de tempo, muitas vezes, tem que ser

pequeno.

68

Com o propósito de verificar o quão próximo os resultados obtidos por

meio do modelo simulado estavam dos resultados do sistema real, utilizou-se a

medida de erro relativo percentual (ERP). Logo, obteve-se a medida de erro por

meio da seguinte expressão:

𝐸𝑅𝑃 = [𝑋𝑟−𝑋𝑠

𝑋𝑟] 𝑥100% (5)

em que Xr são os valores ou quantidades reais e Xs são os valores ou

quantidades simuladas obtidas por meio do modelo proposto.

Assim como Domingos, Politano e Pereira (2015a), efetuou-se 10

replicações para cada cenário já que algumas variáveis do modelo foram

consideradas como sendo estocásticas e, portanto, foram modeladas por meio

de distribuições de probabilidade. Nessas 10 replicações, o estado inicial do

sistema permaneceu o mesmo alterando somente as sementes dos geradores

de números aleatórios em cada simulação. Os indicadores de desempenho

foram calculados por meio da média dessas 10 replicações.

A começar pelo macroprocesso de produção, quanto ao indicador de

produção total, obteve-se erro relativo percentual anual de 5,91%. A produção

total real do período simulado anual (2016) foi de 7.540.980 kg e a produção total

média anual das 10 replicações simulada foi de 7.748.183,10kg.

Como os dados históricos são informações conhecidas, modelou-se a

variável “PlanoVendas” por meio de uma distribuição normal considerando a

média sendo igual à previsão de vendas (no caso, igual às vendas históricas da

empresa) e o desvio padrão igual à 1% da média. Já que empresa pesquisada

não dispunha de previsão de vendas, mas somente das vendas passadas, não

foi possível analisar o percentual de atendimento de vendas. Na simulação do

cenário de validação, o percentual médio anual foi de 94,09%. Ou seja, as

vendas históricas foram lançadas como previsão de vendas e na simulação

obteve-se um percentual de atendimento de 94,09%.

Embora a empresa conheça a capacidade e o tempo de processamento

do centro restrito, também não foi possível comparar o percentual de utilização

do centro restrito, já que como mencionado anteriormente, a mesma não possui

controle estatístico do processo ou qualquer outra ferramenta de apoio. O

69

percentual médio de utilização da capacidade restrita anual obtida por meio do

modelo foi de 22%.

Em relação aos indicadores de desempenho dos macroprocessos de

custeio e análise econômica e financeira, tornou-se inviável a verificação dos

indicadores margem líquida total e margem de contribuição, posto que a

empresa desconhecia estas informações e ao mesmo tempo, as mesmas foram

geradas mediante custeio por absorção com base em rateio, taxa de produção

e custo unitário médio móvel. Estes fatores, dificultaram o confronto real versus

simulado em virtude da disponibilidade de tempo para tal e a ausência de

ferramentas que possibilitem o cálculo em relação a taxa de produtividade real e

ao formato do custeio por absorção real da empresa.

Em contrapartida, foi possível analisar e validar a modelagem feita para o

novo sistema tributário implementado no macroprocesso de análise econômica

e financeira e alguns outros elementos do Demonstrativo de Resultado do

Exercício (DRE). Para tal, os valores reais foram reajustados de acordo com o

percentual de atendimento ao plano de vendas já que este influencia diretamente

nos resultados econômicos e financeiros.

Pode-se observar no gráfico 1 a variação da receita bruta real e simulada

no período analisado (ano de 2016). Constata-se que as duas curvas

apresentam comportamento e tendência de crescimento similares durante o

período simulado. Entretanto, nota-se um adiantamento da receita bruta predita

por meio do modelo em relação a receita bruta real. Esta diferença pode ser

explicada pela utilização da técnica de suavização exponencial simples para o

cálculo da variável previsão de vendas que afeta as demais variáveis do modelo.

70

Gráfico 1 - Receita bruta do período de janeiro a dezembro de 2016

Fonte: Da autora, 2017

Na Tabela 14, nota-se o erro percentual relativo mensal e anual referente

ao indicador de desempenho receita bruta no período simulado.

Tabela 14 - Comparação entre os valores reais e simulados da receita

bruta da empresa no ano de 2016

Meses Receita Bruta Real Receita Bruta Simulada

ERP

1 R$ 69.523,50 R$ 51.649,11 26%

2 R$ 87.004,50 R$ 93.629,95 8%

3 R$ 105.435,15 R$ 95.063,28 10%

4 R$ 104.165,55 R$ 80.081,50 23%

5 R$ 86.779,95 R$ 110.248,54 27%

6 R$ 125.637,45 R$ 115.512,86 8%

7 R$ 128.301,00 R$ 108.201,48 16%

8 R$ 121.917,75 R$ 97.802,78 20%

9 R$ 107.994,45 R$ 113.352,01 5%

10 R$ 101.314,20 R$ 119.956,07 18%

11 R$ 134.423,25 R$ 124.681,31 7%

12 R$ 135.039,60 R$ 124.565,68 8%

Total R$ 1.307.536,35 R$ 1.234.744,56 5,57%

Fonte: Da autora, 2017

R$-

R$20.000,00

R$40.000,00

R$60.000,00

R$80.000,00

R$100.000,00

R$120.000,00

R$140.000,00

R$160.000,00

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Re

ce

ita

Bru

ta (

R$

)

Tempo (mês)

Simulado Real

71

De acordo com a Tabela 28, para o indicador receita bruta, observa-se

que o maior erro relativo percentual mensal foi de 27% no mês de maio de 2016

e o menor erro percentual mensal foi de 5% no mês de setembro de 2016. O erro

relativo percentual anual foi de 5,57%.

Outro elemento da DRE analisado foi a receita líquida que corresponde a

receita bruta (vendas) deduzida dos impostos (simples nacional). Nota-se na

Tabela 15 a comparação entre os valores reais e simulados da receita líquida da

empresa no ano de 2016.

Tabela 15 - Comparação entre os valores reais e simulados da receita

líquida da empresa no ano de 2016

Meses Receita Líquida Real Receita Líquida Simulada

ERP

1 R$ 63.363,72 R$ 47.114,32 26%

2 R$ 79.295,63 R$ 85.409,24 8%

3 R$ 96.093,60 R$ 86.716,73 10%

4 R$ 94.936,48 R$ 73.050,35 23%

5 R$ 79.091,25 R$ 100.568,71 27%

6 R$ 114.505,97 R$ 105.333,87 8%

7 R$ 116.933,53 R$ 98.614,83 16%

8 R$ 111.115,84 R$ 89.137,46 20%

9 R$ 98.426,14 R$ 103.309,02 5%

10 R$ 92.337,76 R$ 109.327,96 18%

11 R$ 122.513,35 R$ 113.634,55 7%

12 R$ 122.953,56 R$ 113.529,16 8%

Total R$ 1.191.566,83 R$ 1.125.746,19 5,52% Fonte: Da autora, 2017

Como pode-se observar na Tabela 15, o maior erro percentual relativo

mensal foi de 27% no mês maio de 2016 e o menor erro percentual relativo médio

mensal foi de 5% no mês de setembro de 2016. O erro relativo percentual anual

foi de 5,52%.

Por fim, o lucro líquido foi auferido pela subtração do lucro bruto pelas

despesas gerais (despesas administrativas, despesas comerciais, despesas

financeiras, comissões e despesa de depreciação). De acordo com o Gráfico 2

pode-se constatar que os valores simulados foram mais estáveis no período que

o valores de lucro líquido real da empresa. Percebe-se pelo exposto no Gráfico

2 que em janeiro de 2016 o valor simulado do prejuízo líquido do mês foi maior

72

do o valor real. Por outro lado, em outubro de 2016 o lucro líquido real foi maior

do que o lucro líquido simulado.

Gráfico 2 - Lucro líquido do período de janeiro a dezembro de 2016

Fonte: Da autora, 2017

5.2 Análise dos resultados dos cenários

5.2.1 Análise dos resultados dos cenários do micro ambiente

O micro ambiente é caracterizado pela perspectiva interna (estrutura,

pessoas e processos) da empresa. Ou seja, pela estrutura atual, volume de

vendas, estoque atual, dentre outras variáveis, sem, no entanto, se submeter ao

impacto de variáveis externas (políticas públicas, economia, comércio exterior,

dentre outras).

Conforme item 4.4.1 da metodologia, foram gerados 8 cenários para o

micro ambiente. Pode-se observar na Tabela 16 os resultados dos indicadores

de desempenho obtidos por meio da simulação de cada um dos cenários.

R$(60.000,00)

R$(50.000,00)

R$(40.000,00)

R$(30.000,00)

R$(20.000,00)

R$(10.000,00)

R$-

R$10.000,00

R$20.000,00

R$30.000,00

R$40.000,00

R$50.000,00

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Lu

cro

Líq

uid

o (

R$

)

Tempo (mês)

Simulado Real

73

Tabela 16 - Resultados dos indicadores de desempenho obtidos nas simulações dos cenários do micro

ambiente

Indicadores de desempenho

Lucro Líquido

Total (R$)

% Margem Líquida

% Margem de

Contribuição

%Utilização Capacidade

Restrita

%Atend. Plano

Vendas Produção Total PEC (R$)

Nome das variáveis no modelo de DS

LucroLíquido_Total

PercMargemContrib

MargemLiquida_

Total

PercUtil_PlanCpRest[6]

PercAtend_Plano Vendas

Produção_Total

PEC

AoBoCo 148.983,47 15,64 39,64 16,65 97,27 7.123.259,67 89.939,10

AoBoC1 150.380,12 15,78 39,76 16,65 97,29 7.117.449,21 89.430,25

AoB1Co 149.616,36 15,87 39,68 16,49 96,08 7.026.898,92 89.148,42

AoB1C1 151.759,58 16,11 39,87 16,49 95,91 7.023.761,22 88.437,22

A1BoCo 445.061,51 21,04 39,31 41,01 93,95 14.013.600,20 79.099,01

A1BoC1 440.597,33 20,98 39,30 41,10 93,29 13.901.822,37 79.284,57

A1B1Co 442.286,43 21,12 39,37 40,51 93,13 13.868.516,61 78.801,85

A1B1C1 434.685,42 21,17 39,47 40,62 91,36 13.597.250,96 78.719,50 Fonte: Da autora, 2017

74

Pode-se constatar pelos resultados acima que ao se considerar o ponto médio

das previsões de vendas geradas no software R®, cenários AoBoCo, AoBoC1, AoB1Co

e AoB1C1, a produção total simulada ficou em torno de 6% abaixo da produção total

real do ano anterior (2016) que foi de 7.540.980 kg. Mantendo os níveis atuais dos

dados de entrada do modelo de validação, à exceção da atualização dos valores de

custos e preços para o ano de 2017, e valores da previsão de vendas, no cenário

AoBoCo o percentual de atendimento do plano de vendas foi melhor que o do modelo

de validação, sendo de 97,29%.

Por outro lado, cabe ressaltar que em todos os cenários simulados o ponto de

equilíbrio contábil se elevou. No período do modelo de validação, o ponto de equilíbrio

médio mensal foi de R$ 55.818,30. Já no período de maio/2017 a abril/2018, o ponto

de equilíbrio médio foi de R$ 89.939,10 para o primeiro cenário AoBoCo, por exemplo.

Este aumento de 61,12% no PEC pode ser caracterizado, principalmente, pelo ajuste

dos custos de matéria-prima sem o repasse desse aumento no preço de venda dos

produtos.

Outro ponto importante a se destacar, refere-se à cobertura de estoque de

produto acabado (fator C). De acordo com informações fornecidas pela empresa, seria

necessário investir cerca de R$ 40.000 na ampliação da sua área de estocagem, já

que não se pode armazenar os produtos a céu aberto devido aos mesmos serem

sensíveis as intempéries da natureza.

Nas simulações, constatou-se que mantendo o nível de estoque atual de

produtos acabados (Co) ou reduzindo-o em 20% (C1), a empresa conseguirá atender

na média de 95% do seu plano de vendas nos quatro primeiros cenários simulados.

Dessa forma, ainda não é necessário investir na ampliação já que com um PCP

(planejamento e controle da produção) adequado a mesma conseguirá atender seus

consumidores.

Em relação aos indicadores financeiros (lucro líquido, percentual de margem

líquida e, os cenários A1BoCo, A1BoC1, A1B1Co, A1B1C1, em que se considerou o limite

superior da previsão de vendas, apresentaram resultados mais favoráveis em relação

aos demais cenários, conforme esperado. Como estes indicadores são considerados

cruciais para as empresas, estes cenários podem ser considerados cenários alvo para

que a empresa obtenha bons resultados conforme destaca Domingos, Politano e

Pereira (2015a).

75

Por outro lado, considerando o percentual de atendimento ao plano de vendas,

observa-se que os cenários caracterizados pela previsão de vendas A1,, mesmo

produzindo uma quantidade maior que os cenários com previsão de vendas Ao, nota-

se uma redução do valor deste indicador ficando em torno de 93%. Este fato pode ser

caracterizado pela ausência de dinheiro em caixa para a compra de matéria-prima ou

ainda a escassez da mesma.

Por fim, nota-se que conforme se reduz a cobertura de estoque de matéria

prima e o plano de estoque de produto acabado em 20%, o PEC consequentemente,

diminui (cenários B1C1). Quanto ao percentual de utilização do centro de capacidade

restrita, constata-se que este centro está superdimensionado já que mesmo nos

cenários com maior previsão de vendas (A1) utilizou-se no máximo 41,1% de sua

capacidade total disponível.

Embora o sistema tributário não tenha sido fator de análise direta no modelo de

Domingos, Politano e Pereira (2015a), destaca-se que, durante as simulações dos

cenários neste trabalho, observou-se o comportamento da receita bruta dos últimos

12 meses. Como esperado, o aumento no plano de vendas ocasionou aumento da

alíquota base do simples nacional. Assim, nos cenários que utilizaram o plano de

vendas 1 (A1), referente ao limite superior da previsão de vendas gerada pelo software

R®, a receita bruta anual para os meses de março e abril de 2018 chegou a atingir um

valor superior a R$ 4 milhões. Isto significa que, para esses meses, a receita bruta da

empresa estaria acima do valor de 3,6 milhões que é o limite permitido para o uso do

sistema tributário simples nacional no ano de 2017 (BRASIL, 2016).

Contudo, este fato ainda não impõe a mudança do sistema tributário da

empresa dado que, no ano de 2018, irá vigorar o novo teto e base de cálculo os quais

já foram considerados no modelo conforme descrito na metodologia.

Entretanto, este fato chama a atenção para que a empresa comece a realizar

um planejamento tributário para o próximo ano, posto que, sua permanência no

Simples Nacional pode não ser mais adequada ou até mesmo impossibilitada pela

extrapolação do limite imposto na lei, mesmo considerando o novo teto e base de

cálculo, caso sua receita bruta aumente.

76

5.2.2 Análise dos resultados dos cenários do macro ambiente

Os cenários descritos no macro ambiente representam a conjugação dos

fatores internos da empresa (estrutura, pessoas e processos) com as variáveis de

influência externa (economia e governo). O cenário político-econômico do país sugere

maior atenção das empresas aqui instaladas já que o período de estagnação e crise

do país, advindo pós copa do mundo em 2014, se tornou ainda mais acirrado com o

impeachment da presidente, escândalos de corrupção, dentre outros fatores.

O cenário passa por reestruturações trabalhistas (PERRIN, 2017),

previdenciárias (MARCELLO, 2017) e aumento sucessivo de impostos, como o de

PIS/Cofins sobre combustível para coibir o desequilíbrio orçamentário e o déficit

público (SAFATLE; GRANER; SIMÃO, 2017). Estas ações ocasionam efeito em

cadeia, principalmente nas empresas o que aumenta as incertezas e a necessidade

constante do planejamento.

Desse modo, a análise do macro ambiente vem de encontro a essas questões

visto que considera períodos de reestruturação, inovação ou estabilização para o setor

específico da empresa pesquisada. Por outro lado, não se consegue afirmar com

severidade que estes resultados serão ideais. As mudanças contínuas e bruscas no

atual cenário político-econômico do país têm exigido das empresas mais do que

planejamento e, muitas vezes, tem sido necessário um rápido replanejamento.

O objetivo é fornecer um norte para a empresa analisada e dar uma base

quantitativa para auxiliar sua tomada de decisão, além de identificar alguns fatores

que podem influenciar fortemente em seus resultados. Observa-se na Tabela 17 os

resultados obtidos por meio das simulações dos 12 cenários gerados a partir das

variações das previsões de vendas (cenários frágil, vigoroso e inovador), cobertura de

estoque de matéria-prima e de estoque de produto acabado (atual e reduzida).

77

Tabela 17 - Resultados dos indicadores de desempenho obtidos nas simulações dos cenários do

macro ambiente

Indicadores de desempenho

Lucro Líquido Total (R$)

% Margem Líquida

%Margem de Contribuição

%Utilização Capacidade Restrita

%Atend. Plano Vendas

Produção Total PEC (R$)

Nome das variáveis no modelo de DS

Lucro Líquido_Total

PercMargemContrib

MargemLiquida_Total

PercUtil_PlanCpRest [6]

PercAtend_Plano Vendas

Produção_Total PEC

A1BoCo 256.910,15 17,25 39,12 28,52 96,47 10.151.793,10 90.524,94

A1BoC1 255.378,97 17,19 39,09 28,50 96,31 10.131.514,09 90.740,19

A1B1Co 244.129,10 16,71 39,16 28,11 95,20 10.031.904,71 90.116,75

A1B1C1 254.004,94 17,31 39,09 28,14 94,99 10.002.033,62 90.567,34

A2BoC0 256.035,64 17,18 39,04 28,52 96,49 10.165.870,61 90.767,70

A2BoC1 256.996,60 17,23 39,09 28,52 96,56 10.143.253,56 90.747,18

A2B1Co 252.663,98 17,20 39,10 28,10 95,29 10.010.118,64 90.363,18

A2B1C1 252.855,94 17,23 39,11 28,12 95,16 10.002.441,46 90.561,12

A3BoCo 271.439,54 16,92 39,17 30,63 95,78 10.981.394,22 91.758,93

A3BoC1 275.094,00 17,14 39,32 30,66 95,64 10.956.664,93 91.307,29

A3B1Co 271.276,27 17,10 39,26 30,20 94,58 10.840.397,84 91.482,73

A3B1C1 270.146,54 17,05 39,23 30,22 94,46 10.831.137,40 91.648,23

Fonte: Da autora, 2017

78

Pode-se notar pouca sensibilidade em relação aos cenários com as mudanças

dos três fatores (previsão de vendas, cobertura de estoque de matéria-prima e plano

de estoque de produto acabado) com os dois níveis (atual e reduzido). Entretanto, em

uma análise comparativa entre o primeiro cenário A1BoCo do macro ambiente, no qual

foi alterado somente os dados de entrada de previsão de vendas (cenário frágil) e o

cenário do micro ambiente AoBoCo, o lucro líquido do cenário do macro ambiente teve

um aumento de 72,44%, sendo igual a R$ 148.983,47 (cenário AoBoCo – micro

ambiente) e R$ 256.910,15 (cenário A1BoCo -macro ambiente).

Embora os cenários acima representados indicam aumento na produção total

em relação aos cenários Ao do micro ambiente e em relação ao cenário de validação

e, consequentemente, aumento dos indicadores de desempenho financeiros, cabe

ressaltar que se torna necessário cautela. A fim de ampliar o horizonte de análise,

buscou-se informações de diferentes fontes e especialistas sobre o atual cenário

econômico-político do país assim como as projeções de crescimento.

A começar pelos principais representantes de instituições financeiras do país,

o presidente do Itaú BBA e também responsável pelas operações do Itaú Unibanco

Eduardo Vassimon, acredita que não haverá mudanças radicais para o ano de 2018.

“Ainda temos incertezas sobre ambiente fiscal, que é a principal questão hoje. Fatos

recentes mostram que não há clima (político) para se elevar impostos, por exemplo”

(SCARAMUZZO, 2017).

Para o vice-presidente do Bradesco existem perspectivas ainda que ínfimas.

O País carrega um déficit público colossal, ainda com pouca margem de manobra para fazer uma mudança radical. Considerando os principais indicadores econômicos, vemos um PIB para este ano perto de zero. Para 2018, a previsão é crescer até 2%. Com a taxa de juros no atual patamar e perspectivas de redução no ano que vem, há deslocamento de ativos. Isso naturalmente aquece a economia. Mas, mesmo com a queda da taxa de desemprego, a atividade de consumo ainda está baixa. Minha visão é que há um certo otimismo e uma sensação de que a situação macroeconômica vai melhorar. Se concretizada, vai gerar investimento. Mas isso vai depender da agenda de reformas. Há sinalização boa do mercado de capitais com a Bolsa em alta, a volta dos IPOs (abertura de capital). Já começamos a ver aumento de transações de renda fixa ante o primeiro semestre de 2016. Mas isso não quer dizer que o Brasil resolveu os problemas estruturais. Os investidores globais ainda não voltaram. Começamos a ver a volta de investidores de países emergentes porque há muita liquidez lá fora e eles buscam maior risco. O mercado de crédito, contudo, ainda anda de lado (SCARAMUZZO, 2017).

79

As perspectivas são unânimes em considerar a pausa na retomada da

economia com a delação executiva dos irmãos Batista, donos da JBS. Fato

comprovado na entrevista de Hans Lin, gestor do Bank of America.

O pior da crise já passou, mas ficaram algumas incertezas. Após o

impeachment (de Dilma Rousseff), o mercado voltou a ver que o País poderia

andar de novo. Os anos de 2015 e 2016 foram parados. Nos primeiros meses

do ano, vimos uma recuperação. Até maio, tínhamos um cenário com todo

mundo muito otimista, com os indicadores econômicos melhorando. Parecia

aquele Brasil de 2007. Não vou fazer nenhum julgamento político, mas o fato

é que, após a delação, criou-se uma instabilidade no Brasil. Mesmo após

esse episódio, tivemos importantes movimentos no mercado de capitais.

Antes de maio, contudo, havia uma expectativa de reforma da Previdência.

Agora, é de que poderá até ter essa reforma, só que mais conservadora.

Mesmo com essa instabilidade, há previsão de novas operações no mercado

de capitais. Acho que tem um otimismo cauteloso. Aqui no Brasil é um dia de

cada vez. Há empresas sólidas e fortes, mas os bancos não estão dando

crédito para empresas médias, que ainda têm estrutura de capital frágil. Vejo

investidores estratégicos olhando ativos para fazer consolidação e os

financeiros em busca de boas oportunidades (SCARAMUZZO, 2017).

De acordo com Júlio Mereb, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia,

da Fundação Getúlio Vargas ouvido pela Reuters (2017), o Produto Interno Bruto (PIB)

irá crescer 1,8% em 2018, abaixo da estimativa de 2,5% (GERBELLI, 2017). Segundo

o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), para 2018, a indústria deverá crescer 2,4%,

quatro por cento abaixo das previsões. Já para o economista chefe do banco Itaú

Unibanco, Mário Mesquita, o PIB deverá crescer 0,3% em 2017 e 2,7% em 2018

(SCARAMUZZO, 2017).

Desse modo, de acordo com as previsões e perspectivas dos especialistas

pode-se concluir que embora exista a expectativa da efetivação das reformas

supracitadas e pela retomada da economia com crescimento do PIB na casa de 2% a

2,5% no ano de 2018, conclui-se que o cenário mais propício representado no

contexto do macro ambiente é o cenário frágil ainda que exista perspectivas de

reformas (cenário vigoroso). Desse modo, o cenário A1B1C1, caracterizado pela

previsão de vendas do cenário frágil e a redução de cobertura de estoque de matéria-

prima e plano de estoque de produto acabado, no atual momento representa o

caminho em que a empresa deve se nortear já que dentre os cenários frágil (A1)

simulados este foi o que apresentou melhores resultados para os indicadores

financeiros.

80

Portanto, ainda que nos cenários do macro ambiente os indicadores de

desempenho tenham sido melhores em relação aos indicadores do cenário de

validação e cenários do micro ambiente (Ao), sugere-se ter cautela nas tomadas de

decisões e fazer novas simulações constantemente considerando as novas previsões

do mercado diante das incertezas do cenário político-econômico do país.

81

6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

O presente estudo teve como objetivo analisar o planejamento de vendas e

operações (S&OP) de uma empresa de pequeno porte do setor da construção civil

por meio da técnica de dinâmica de sistemas. Destarte, foram gerados 20 cenários

sendo 8 intitulados de micro ambiente e 12 de macro ambiente. Os cenários gerados

foram simulados mediante a variação de três fatores, sendo: previsão de vendas,

cobertura de estoque de matéria-prima e cobertura de estoque de produto acabado.

A partir dos resultados obtidos pelas simulações pode-se concluir que:

1. A metodologia de dinâmica de sistemas para planejamento de vendas e

operações integrado à gestão financeira é eficaz para identificar as variáveis

que impactam o negócio e, consequentemente, apoiar a tomada de decisão.

Neste modelo, constatou-se que a previsão de vendas é uma das variáveis que

mais impacta o sistema. Como elucidado, a empresa pesquisada não obtinha

nenhuma ferramenta tampouco utilizava metodologias de controle e análise. A

partir da aplicação do modelo, conseguiu-se obter informações cruciais para o

desempenho da mesma, tais como: nível de estoque de produto acabado,

impacto das alterações nas previsões de vendas, nos custos de matéria-prima

e planejamento tributário;

2. Além do modelo proposto e simulado auxiliar no equilíbrio entre a oferta e a

demanda, levando em consideração as restrições do sistema produtivo

proporcionando ainda resultados financeiros satisfatórios, foi possível gerar

diferentes cenários proporcionando informações para a tomada de decisão do

nível estratégico ao operacional. Dentre estes cenários, foi possível ainda

analisar os impactos das variáveis da estrutura interna da empresa (micro

ambiente) e a influência das variáveis externas (macro ambiente) no sistema;

3. Ao contrário da premissa inicial dos gestores em investir cerca de R$ 40 mil

reais na ampliação da área de estocagem de produto acabado, como sugere a

Confederação Nacional das Indústrias (CNI) em seu estudo, a mesma não

precisará imobilizar capital em estrutura e estoque uma vez que foi possível

visualizar por meio das simulações atendimento satisfatório do plano de vendas

mantendo o nível atual de estoque ou ainda reduzindo o mesmo em 20% o que

implica em possível redução de custos para a empresa;

82

4. Outra questão importante a ser destacada se refere ao planejamento tributário.

Como descrito, a partir de 01/01/2018 a reforma tributária entrará em vigor

alterando alíquotas e base de cálculo. Torna-se importante a empresa se

planejar para os possíveis impactos dessa reestruturação e até mesmo, em

caso imperativo, sua mudança de sistema tributário pela extrapolação do limite

superior já que este fato foi constatado nas simulações;

5. Conquanto os resultados das simulações dos cenários do macro ambiente e

micro ambiente (A1) apontem perspectivas de crescimento, deve-se ter cautela.

O ambiente de incerteza em torno do cenário político e as possíveis reformas

em trâmites sugerem maior atenção dos gestores, mesmo o país enfrentando

período de retração e com perspectivas de reestruturação e avanço. Dessa

maneira, sugere-se realizar novas simulações constantemente considerando

as novas previsões do mercado diante das incertezas do cenário político-

econômico do país.

Como trabalhos futuros, sugere-se:

1. Introduzir macroprocessos como Marketing e Distribuição no modelo. Estes

dois macroprocessos são importantes já que o marketing consegue identificar

as necessidades e desejos do mercado e possibilitar a readequação ou

reposicionamento do produto no mesmo. Durante a pesquisa não foi possível

justificar as variações do comportamento de vendas dos dados históricos dos

produtos C, D e E. O produto C obteve vendas iguais a zero por meses

consecutivos. O macroprocesso de marketing auxiliaria nessa tomada de

decisão como apoio aos macroprocessos de previsão de vendas e produção

mediante pesquisas quantitativas. Já o macroprocesso de distribuição também

poderá contribuir com as decisões da empresa uma vez que a mesma atua em

89 cidades de vários estados brasileiros.

2. Adaptar o modelo para produção sob encomenda (make-to-order- MTO), já que

a empresa começou a vender seus produtos também em bag sob encomenda.

3. Realizar modelagem acoplando diferentes técnicas de simulação tais como a

técnica de dinâmica de sistemas acoplada à técnica de simulação de eventos

discretos a fim de melhor compreender o sistema não apenas de maneira

83

estratégica e tática, mas também de maneira operacional. Assim, será possível

identificar e agir diretamente nos gargalos do processo produtivo da empresa

pesquisada uma vez que, conforme os resultados da pesquisa, sua estrutura

produtiva está subutilizada.

Por fim, conclui-se que a técnica de dinâmica de sistemas mostrou-se importante

para o planejamento de vendas e operações (S&OP) integrado à gestão financeira da

empresa pesquisada. Mesmo a empresa contando com um diminuto planejamento,

foi possível mediante o auxílio de outras ferramentas como software R®, identificar os

principais fatores que influenciam os indicadores de desempenho da empresa e

proporcionar um planejamento de curto prazo e a partir disso iniciar o planejamento

de médio e longo prazo.

84

REFERÊNCIAS

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90

APÊNDICE A

Relação das equações do cenário AoBoCo do microambiente

Caixa(t) = Caixa(t - dt) + (FluxoEntrada - FluxoSaida) * dt

INIT Caixa = 200000

INFLOWS:

FluxoEntrada = EntradasCaixa+Empréstimo_Bancário

OUTFLOWS:

FluxoSaida = SaidasCaixa+Amortizacao+PgtoJuros+SaidasCaixa_Parcelas

CapacidadeRestrita[1](t) = CapacidadeRestrita[1](t - dt) + (HorasAdicionais[1] - ReducaoHoras[1]) * dt

INIT CapacidadeRestrita[1] = 20

CapacidadeRestrita[2](t) = CapacidadeRestrita[2](t - dt) + (HorasAdicionais[2] - ReducaoHoras[2]) * dt

INIT CapacidadeRestrita[2] = 20

CapacidadeRestrita[3](t) = CapacidadeRestrita[3](t - dt) + (HorasAdicionais[3] - ReducaoHoras[3]) * dt

INIT CapacidadeRestrita[3] = 20

CapacidadeRestrita[4](t) = CapacidadeRestrita[4](t - dt) + (HorasAdicionais[4] - ReducaoHoras[4]) * dt

INIT CapacidadeRestrita[4] = 20

CapacidadeRestrita[5](t) = CapacidadeRestrita[5](t - dt) + (HorasAdicionais[5] - ReducaoHoras[5]) * dt

INIT CapacidadeRestrita[5] = 20

CapacidadeRestrita[6](t) = CapacidadeRestrita[6](t - dt) + (HorasAdicionais[6] - ReducaoHoras[6]) * dt

INIT CapacidadeRestrita[6] = 46

CapacidadeRestrita[7](t) = CapacidadeRestrita[7](t - dt) + (HorasAdicionais[7] - ReducaoHoras[7]) * dt

INIT CapacidadeRestrita[7] = 20

CapacidadeRestrita[8](t) = CapacidadeRestrita[8](t - dt) + (HorasAdicionais[8] - ReducaoHoras[8]) * dt

INIT CapacidadeRestrita[8] = 4

INFLOWS:

HorasAdicionais[CpRest] = if (AjusteCpRest_LimitCaixa[CpRest]>0) then AjusteCpRest_LimitCaixa[CpRest]/Tempo_IncrementoCap else 0

OUTFLOWS:

ReducaoHoras[CpRest] = if (AjusteCpRest_LimitCaixa[CpRest]) < 0 then abs(AjusteCpRest_LimitCaixa[CpRest]) else 0

91

CapacidadeTotal(t) = CapacidadeTotal(t - dt) + (HorasAdicTotal - RedHorasTotal) * dt

INIT CapacidadeTotal = 170

INFLOWS:

HorasAdicTotal = if (AjusteCpTotal>0) then AjusteCpTotal/Tempo_IncrementoCap else 0

OUTFLOWS:

RedHorasTotal = if (AjusteCpTotal) < 0 then abs(AjusteCpTotal) else 0

ContasPagar(t) = ContasPagar(t - dt) + (Titulos_aPagar - SaidasCaixa) * dt

INIT ContasPagar = 110393.2

INFLOWS:

Titulos_aPagar = Despesas+Gastos_Producao+ValorTotal_MaoObra+ARRAYSUM(Imposto_Selecionado[*])

OUTFLOWS:

SaidasCaixa = DELAY(Titulos_aPagar,1)

ContasPagar__Prazo(t) = ContasPagar__Prazo(t - dt) + (Titulos_aPagarPrazo - SaidasCaixa_Parcelas) * dt

INIT ContasPagar__Prazo = 129742.27

INFLOWS:

Titulos_aPagarPrazo = ARRAYSUM(MatCompra_R$[*])

OUTFLOWS:

SaidasCaixa_Parcelas = ContasPagar__Prazo/PrazoMedio_Pagamento

ContasReceber(t) = ContasReceber(t - dt) + (Faturamento[1] + Faturamento[2] + Faturamento[3] + Faturamento[4] + Faturamento[5] + Faturamento[familia] - PerdasInadimplencia - EntradasCaixa) * dt

INIT ContasReceber = 221715

INFLOWS:

Faturamento[familia] = DELAY(ValorVendas[familia],TempoFat)

OUTFLOWS:

PerdasInadimplencia = ARRAYSUM(Faturamento[*])*TxInadimplencia

EntradasCaixa = ContasReceber/PrazoMedio_Recebimento

CustoEstqMP[1](t) = CustoEstqMP[1](t - dt) + (EntradaR$_MP[1] - SaidaR$_MP[1]) * dt

INIT CustoEstqMP[1] = 27740.60

CustoEstqMP[2](t) = CustoEstqMP[2](t - dt) + (EntradaR$_MP[2] - SaidaR$_MP[2]) * dt

INIT CustoEstqMP[2] = 15330.6

CustoEstqMP[3](t) = CustoEstqMP[3](t - dt) + (EntradaR$_MP[3] - SaidaR$_MP[3]) * dt

INIT CustoEstqMP[3] = 13668

CustoEstqMP[4](t) = CustoEstqMP[4](t - dt) + (EntradaR$_MP[4] - SaidaR$_MP[4]) * dt

INIT CustoEstqMP[4] = 13627.12

92

CustoEstqMP[5](t) = CustoEstqMP[5](t - dt) + (EntradaR$_MP[5] - SaidaR$_MP[5]) * dt

INIT CustoEstqMP[5] = 16139.12

CustoEstqMP[6](t) = CustoEstqMP[6](t - dt) + (EntradaR$_MP[6] - SaidaR$_MP[6]) * dt

INIT CustoEstqMP[6] = 7857.19

CustoEstqMP[7](t) = CustoEstqMP[7](t - dt) + (EntradaR$_MP[7] - SaidaR$_MP[7]) * dt

INIT CustoEstqMP[7] = 17180.8

CustoEstqMP[8](t) = CustoEstqMP[8](t - dt) + (EntradaR$_MP[8] - SaidaR$_MP[8]) * dt

INIT CustoEstqMP[8] = 672

INFLOWS:

EntradaR$_MP[matprima] = MatCompra_R$[matprima]

OUTFLOWS:

SaidaR$_MP[matprima] = ARRAYSUM(ReservaMP_Producao[*,matprima])*CustoUnit_MP[matprima]

CustoEstqProd[1](t) = CustoEstqProd[1](t - dt) + (EntradaR$_Produtos[1] - SaidaR$_Produtos[1]) * dt

INIT CustoEstqProd[1] = 4640

CustoEstqProd[2](t) = CustoEstqProd[2](t - dt) + (EntradaR$_Produtos[2] - SaidaR$_Produtos[2]) * dt

INIT CustoEstqProd[2] = 4220

CustoEstqProd[3](t) = CustoEstqProd[3](t - dt) + (EntradaR$_Produtos[3] - SaidaR$_Produtos[3]) * dt

INIT CustoEstqProd[3] = 1820

CustoEstqProd[4](t) = CustoEstqProd[4](t - dt) + (EntradaR$_Produtos[4] - SaidaR$_Produtos[4]) * dt

INIT CustoEstqProd[4] = 1820

CustoEstqProd[5](t) = CustoEstqProd[5](t - dt) + (EntradaR$_Produtos[5] - SaidaR$_Produtos[5]) * dt

INIT CustoEstqProd[5] = 491.52

INFLOWS:

EntradaR$_Produtos[familia] = CustoUnitario[familia]*TxProducao[familia]

OUTFLOWS:

SaidaR$_Produtos[familia] = Vendas[familia]*CustoUnit_MedioMovel[familia]

Demanda[1](t) = Demanda[1](t - dt) + (EntradaPrev[1]) * dt

INIT Demanda[1] = 498245

Demanda[2](t) = Demanda[2](t - dt) + (EntradaPrev[2]) * dt

INIT Demanda[2] = 52555

Demanda[3](t) = Demanda[3](t - dt) + (EntradaPrev[3]) * dt

INIT Demanda[3] = 28007

93

Demanda[4](t) = Demanda[4](t - dt) + (EntradaPrev[4]) * dt

INIT Demanda[4] = 26838

Demanda[5](t) = Demanda[5](t - dt) + (EntradaPrev[5]) * dt

INIT Demanda[5] = 10666

INFLOWS:

EntradaPrev[familia] = alfa*(PlanoVendas[familia]-Demanda[familia])

Divida_Emprestimo(t) = Divida_Emprestimo(t - dt) + (Empréstimo_Bancário - Amortizacao) * dt

INIT Divida_Emprestimo = 0

INFLOWS:

Empréstimo_Bancário = STEP(Montante_Emprestimo*TomarEmprestimo/(Fim_Embolso-InicioEmbolso),InicioEmbolso) + STEP(-Montante_Emprestimo*TomarEmprestimo/(Fim_Embolso-InicioEmbolso),Fim_Embolso)

OUTFLOWS:

Amortizacao = STEP(Montante_Emprestimo*TomarEmprestimo/Tempo_Amortizacao,Fim_Embolso)+STEP(-Montante_Emprestimo*TomarEmprestimo/Tempo_Amortizacao,Fim_Embolso+Tempo_Amortizacao)

EstoqMat_KG[1](t) = EstoqMat_KG[1](t - dt) + (EntregaMP[1] - SaidaMP_KG[1]) * dt

INIT EstoqMat_KG[1] = 40795

EstoqMat_KG[2](t) = EstoqMat_KG[2](t - dt) + (EntregaMP[2] - SaidaMP_KG[2]) * dt

INIT EstoqMat_KG[2] = 22545

EstoqMat_KG[3](t) = EstoqMat_KG[3](t - dt) + (EntregaMP[3] - SaidaMP_KG[3]) * dt

INIT EstoqMat_KG[3] = 20100

EstoqMat_KG[4](t) = EstoqMat_KG[4](t - dt) + (EntregaMP[4] - SaidaMP_KG[4]) * dt

INIT EstoqMat_KG[4] = 20040

EstoqMat_KG[5](t) = EstoqMat_KG[5](t - dt) + (EntregaMP[5] - SaidaMP_KG[5]) * dt

INIT EstoqMat_KG[5] = 23734

EstoqMat_KG[6](t) = EstoqMat_KG[6](t - dt) + (EntregaMP[6] - SaidaMP_KG[6]) * dt

INIT EstoqMat_KG[6] = 714290

EstoqMat_KG[7](t) = EstoqMat_KG[7](t - dt) + (EntregaMP[7] - SaidaMP_KG[7]) * dt

INIT EstoqMat_KG[7] = 560000

EstoqMat_KG[8](t) = EstoqMat_KG[8](t - dt) + (EntregaMP[8] - SaidaMP_KG[8]) * dt

INIT EstoqMat_KG[8] = 84000

INFLOWS:

EntregaMP[matprima] = MatCompra[matprima]

OUTFLOWS:

SaidaMP_KG[matprima] = ARRAYSUM(ReservaMP_Producao[*,matprima])

EstoqProd[1](t) = EstoqProd[1](t - dt) + (TxProducao[1] - Vendas[1]) * dt

94

INIT EstoqProd[1] = 40000

EstoqProd[2](t) = EstoqProd[2](t - dt) + (TxProducao[2] - Vendas[2]) * dt

INIT EstoqProd[2] = 20000

EstoqProd[3](t) = EstoqProd[3](t - dt) + (TxProducao[3] - Vendas[3]) * dt

INIT EstoqProd[3] = 14000

EstoqProd[4](t) = EstoqProd[4](t - dt) + (TxProducao[4] - Vendas[4]) * dt

INIT EstoqProd[4] = 14000

EstoqProd[5](t) = EstoqProd[5](t - dt) + (TxProducao[5] - Vendas[5]) * dt

INIT EstoqProd[5] = 2400

INFLOWS:

TxProducao[familia] = DELAY(Ordens[familia],TCicloProd[familia])

OUTFLOWS:

Vendas[familia] = MIN(EstoqProd[familia]/dt,PlanoVendas[familia])

Faturamento_emProcesso[1](t) = Faturamento_emProcesso[1](t - dt) + (ValorVendas[1] - Faturamento[1]) * dt

INIT Faturamento_emProcesso[1] = 50044.4

Faturamento_emProcesso[2](t) = Faturamento_emProcesso[2](t - dt) + (ValorVendas[2] - Faturamento[2]) * dt

INIT Faturamento_emProcesso[2] = 26519.4

Faturamento_emProcesso[3](t) = Faturamento_emProcesso[3](t - dt) + (ValorVendas[3] - Faturamento[3]) * dt

INIT Faturamento_emProcesso[3] = 0

Faturamento_emProcesso[4](t) = Faturamento_emProcesso[4](t - dt) + (ValorVendas[4] - Faturamento[4]) * dt

INIT Faturamento_emProcesso[4] = 6993

Faturamento_emProcesso[5](t) = Faturamento_emProcesso[5](t - dt) + (ValorVendas[5] - Faturamento[5]) * dt

INIT Faturamento_emProcesso[5] = 6138

INFLOWS:

ValorVendas[familia] = TotVendas_PorFam[familia]

OUTFLOWS:

Faturamento[familia] = DELAY(ValorVendas[familia],TempoFat)

Imobilizado_Custo(t) = Imobilizado_Custo(t - dt) + (- Depreciacao_Custo) * dt

INIT Imobilizado_Custo = 1270295.35

OUTFLOWS:

Depreciacao_Custo = txDepreciacao_2

Imobilizado_Despesa(t) = Imobilizado_Despesa(t - dt) + (- Depreciacao_Despesas) * dt

INIT Imobilizado_Despesa = 80014.24

95

OUTFLOWS:

Depreciacao_Despesas = txDepreciacao

Producao[1](t) = Producao[1](t - dt) + (Ordens[1] - TxProducao[1]) * dt

INIT Producao[1] = 357460

Producao[2](t) = Producao[2](t - dt) + (Ordens[2] - TxProducao[2]) * dt

INIT Producao[2] = 98220

Producao[3](t) = Producao[3](t - dt) + (Ordens[3] - TxProducao[3]) * dt

INIT Producao[3] = 0

Producao[4](t) = Producao[4](t - dt) + (Ordens[4] - TxProducao[4]) * dt

INIT Producao[4] = 37800

Producao[5](t) = Producao[5](t - dt) + (Ordens[5] - TxProducao[5]) * dt

INIT Producao[5] = 13640

INFLOWS:

Ordens[familia] = OPLiberadas[familia]

TIMESTAMPED

OUTFLOWS:

TxProducao[familia] = DELAY(Ordens[familia],TCicloProd[familia])

Suprimento[1](t) = Suprimento[1](t - dt) + (ReqCompras[1] - MatCompra[1]) * dt

INIT Suprimento[1] = 20000

Suprimento[2](t) = Suprimento[2](t - dt) + (ReqCompras[2] - MatCompra[2]) * dt

INIT Suprimento[2] = 22965

Suprimento[3](t) = Suprimento[3](t - dt) + (ReqCompras[3] - MatCompra[3]) * dt

INIT Suprimento[3] = 0

Suprimento[4](t) = Suprimento[4](t - dt) + (ReqCompras[4] - MatCompra[4]) * dt

INIT Suprimento[4] = 0

Suprimento[5](t) = Suprimento[5](t - dt) + (ReqCompras[5] - MatCompra[5]) * dt

INIT Suprimento[5] = 0

Suprimento[6](t) = Suprimento[6](t - dt) + (ReqCompras[6] - MatCompra[6]) * dt

INIT Suprimento[6] = 187960

Suprimento[7](t) = Suprimento[7](t - dt) + (ReqCompras[7] - MatCompra[7]) * dt

INIT Suprimento[7] = 182000

Suprimento[8](t) = Suprimento[8](t - dt) + (ReqCompras[8] - MatCompra[8]) * dt

INIT Suprimento[8] = 132560

INFLOWS:

ReqCompras[matprima] = Compras_Aprovadas[matprima]

OUTFLOWS:

96

MatCompra[matprima] = Suprimento[matprima]/PrazoSupr[matprima]

SuprimentoR$[1](t) = SuprimentoR$[1](t - dt) + (ReqCompras_R$[1] - MatCompra_R$[1]) * dt

INIT SuprimentoR$[1] = 13600

SuprimentoR$[2](t) = SuprimentoR$[2](t - dt) + (ReqCompras_R$[2] - MatCompra_R$[2]) * dt

INIT SuprimentoR$[2] = 15616.2

SuprimentoR$[3](t) = SuprimentoR$[3](t - dt) + (ReqCompras_R$[3] - MatCompra_R$[3]) * dt

INIT SuprimentoR$[3] = 0

SuprimentoR$[4](t) = SuprimentoR$[4](t - dt) + (ReqCompras_R$[4] - MatCompra_R$[4]) * dt

INIT SuprimentoR$[4] = 0

SuprimentoR$[5](t) = SuprimentoR$[5](t - dt) + (ReqCompras_R$[5] - MatCompra_R$[5]) * dt

INIT SuprimentoR$[5] = 0

SuprimentoR$[6](t) = SuprimentoR$[6](t - dt) + (ReqCompras_R$[6] - MatCompra_R$[6]) * dt

INIT SuprimentoR$[6] = 17819

SuprimentoR$[7](t) = SuprimentoR$[7](t - dt) + (ReqCompras_R$[7] - MatCompra_R$[7]) * dt

INIT SuprimentoR$[7] = 5584

SuprimentoR$[8](t) = SuprimentoR$[8](t - dt) + (ReqCompras_R$[8] - MatCompra_R$[8]) * dt

INIT SuprimentoR$[8] = 1060

INFLOWS:

ReqCompras_R$[matprima] = Compras_Aprovadas[matprima]*Preco_MedioMP[matprima]

OUTFLOWS:

MatCompra_R$[matprima] = SuprimentoR$[matprima]/PrazoSupr[matprima]

WIP_GGP(t) = WIP_GGP(t - dt) + (EntGGP - SaiGGP) * dt

INIT WIP_GGP = 31332.8

INFLOWS:

EntGGP = GastosGerais_Producao

OUTFLOWS:

SaiGGP = CustoIndHora*HorasTotal_Consumida

WIP_MO(t) = WIP_MO(t - dt) + (EntMO_R$ - SaiMO_R$) * dt

INIT WIP_MO = 16650.37

INFLOWS:

EntMO_R$ = ValorTotal_MaoObra

OUTFLOWS:

SaiMO_R$ = HorasTotal_Consumida*CustoHora

WIP_MP[1](t) = WIP_MP[1](t - dt) + (EntradaR$_MPProcesso[1] - SaidaR$_MPProcesso[1]) * dt

INIT WIP_MP[1] = 37533.3

97

WIP_MP[2](t) = WIP_MP[2](t - dt) + (EntradaR$_MPProcesso[2] - SaidaR$_MPProcesso[2]) * dt

INIT WIP_MP[2] = 19644

WIP_MP[3](t) = WIP_MP[3](t - dt) + (EntradaR$_MPProcesso[3] - SaidaR$_MPProcesso[3]) * dt

INIT WIP_MP[3] = 0

WIP_MP[4](t) = WIP_MP[4](t - dt) + (EntradaR$_MPProcesso[4] - SaidaR$_MPProcesso[4]) * dt

INIT WIP_MP[4] = 4479.3

WIP_MP[5](t) = WIP_MP[5](t - dt) + (EntradaR$_MPProcesso[5] - SaidaR$_MPProcesso[5]) * dt

INIT WIP_MP[5] = 2575.23

WIP_MP[6](t) = WIP_MP[6](t - dt) + (EntradaR$_MPProcesso[6] - SaidaR$_MPProcesso[6]) * dt

INIT WIP_MP[6] = 0

WIP_MP[7](t) = WIP_MP[7](t - dt) + (EntradaR$_MPProcesso[7] - SaidaR$_MPProcesso[7]) * dt

INIT WIP_MP[7] = 0

WIP_MP[8](t) = WIP_MP[8](t - dt) + (EntradaR$_MPProcesso[8] - SaidaR$_MPProcesso[8]) * dt

INIT WIP_MP[8] = 0

INFLOWS:

EntradaR$_MPProcesso[matprima] = ARRAYSUM(ReservaMP_Producao[*,matprima]) * CustoUnit_MP[matprima]

OUTFLOWS:

SaidaR$_MPProcesso[matprima] = ARRAYSUM(BaixaMP[*,matprima])

AjusteCpRest[CpRest] = if (CpPadrao[CpRest] >= TotCpNec_PorCpRest[CpRest]) then (CpPadrao[CpRest]-CapacidadeRestrita[CpRest]) else (TotCpNec_PorCpRest[CpRest]-CapacidadeRestrita[CpRest])

AjusteCpRest_LimitCaixa[CpRest] = if (CpPadrao[CpRest] >= CpNec_LimitCaixa[CpRest]) then (CpPadrao[CpRest]-CapacidadeRestrita[CpRest]) else(CpNec_LimitCaixa[CpRest]-CapacidadeRestrita[CpRest])

AjusteCpTotal = if (CpTotalPadrao >= (CpTotalNec*txCapacid_Aprovada)) then (CpTotalPadrao-CapacidadeTotal) else ((CpTotalNec*txCapacid_Aprovada)-CapacidadeTotal)

alfa = 0.2

BaixaMP[familia,matprima] = IF ARRAYSUM(ConsumoMP[*,matprima]) > 0 THEN ((WIP_MP[matprima]+EntradaR$_MPProcesso[matprima])/ARRAYSUM(ConsumoMP[*,matprima])) * (TxProducao[familia]*BOM[familia,matprima]) ELSE 0

BOM[1,1] = 0.05

BOM[1,2] = 0

BOM[1,3] = 0

BOM[1,4] = 0

98

BOM[1,5] = 0

BOM[1,6] = 0.15

BOM[1,7] = 0.85

BOM[1,8] = 0

BOM[2,1] = 0

BOM[2,2] = 0.05

BOM[2,3] = 0

BOM[2,4] = 0

BOM[2,5] = 0

BOM[2,6] = 1

BOM[2,7] = 0

BOM[2,8] = 0

BOM[3,1] = 0

BOM[3,2] = 0

BOM[3,3] = 0.05

BOM[3,4] = 0

BOM[3,5] = 0

BOM[3,6] = 0.15

BOM[3,7] = 0

BOM[3,8] = 0.85

BOM[4,1] = 0

BOM[4,2] = 0

BOM[4,3] = 0

BOM[4,4] = 0.05

BOM[4,5] = 0

BOM[4,6] = 0.15

BOM[4,7] = 0

BOM[4,8] = 0.85

BOM[5,1] = 0

BOM[5,2] = 0

BOM[5,3] = 0

BOM[5,4] = 0

BOM[5,5] = 0.05

BOM[5,6] = 0.15

BOM[5,7] = 0

BOM[5,8] = 0.85

99

CD_Fixas = 23214.61

CobertEstqMP = 5

Comissões[familia] = Faturamento[familia]*txComiss

Compras_Aprovadas[matprima] = if (LimitarCompra=0) then ListaCompras[matprima] else if LimiteCaixa_Compra >= 1 then ListaCompras[matprima] else ListaCompras[matprima]*LimiteCaixa_Compra

ConsumoMP[familia,matprima] = (Producao[familia]+Ordens[familia])*BOM[familia,matprima]

CpAdicional = ARRAYSUM(CapacidadeRestrita[*]) - ARRAYSUM(CpPadrao[*]) + ARRAYSUM(AjusteCpRest[*])

CpNec[familia,percapacid] = IF ARRAYIDX(CpRest_PorFamilia[familia,percapacid],2)=1 THEN

CpRest_PorFamilia[familia,1]

ELSE (HoraRestrita_Unid[familia]*PlanoProducao[familia]) / ARRAYVALUE(Produtividade[*],CpRest_PorFamilia[familia,1])

CpNec_LimitCaixa[CpRest] = (CapacidadeRestrita[CpRest]+AjusteCpRest[CpRest]) * txCapacid_Aprovada

CpPadrao[1] = 20

CpPadrao[2] = 20

CpPadrao[3] = 20

CpPadrao[4] = 20

CpPadrao[5] = 20

CpPadrao[6] = 46

CpPadrao[7] = 20

CpPadrao[8] = 4

CpRest_PorFamilia[1,1] = 6

CpRest_PorFamilia[1,2] = 1

CpRest_PorFamilia[2,1] = 6

CpRest_PorFamilia[2,2] = 1

CpRest_PorFamilia[3,1] = 6

CpRest_PorFamilia[3,2] = 1

CpRest_PorFamilia[4,1] = 6

CpRest_PorFamilia[4,2] = 1

CpRest_PorFamilia[5,1] = 6

CpRest_PorFamilia[5,2] = 1

CpTotalNec = if ((1+ (CpAdicional/TotCpPadrao)) > (1/txRelacaoCpRestrita)) then (1+ (CpAdicional/TotCpPadrao)) * (txRelacaoCpRestrita * CpTotalPadrao) else CpTotalPadrao+CpAdicional

CpTotalPadrao = 170

CpUtilizada[CpRest] = arraysum(HorasUtiliz_CentroFam[*,CpRest]) / CapacidadeRestrita[CpRest]

100

CustoHora = IF TotalHoras_Utilizadas>0 THEN (WIP_MO+ValorTotal_MaoObra) / TotalHoras_Utilizadas ELSE 0

CustoIndHora = IF TotalHoras_Utilizadas>0 THEN (WIP_GGP+GastosGerais_Producao) / TotalHoras_Utilizadas ELSE 0

CustoMedio_MP[familia] = ARRAYSUM(CustoMP_OP[familia,*])

CustoMO[familia] = CustoHora*Horas_ConsumidaFam[familia]

CustoMP_OP[familia,matprima] = IF TxProducao[familia]>0 THEN BaixaMP[familia,matprima] / TxProducao[familia] ELSE 0

CustoProduto_Vendido[familia] = SaidaR$_Produtos[familia]

CustosInd_FabVar[familia] = (TxProducao[familia]*CustoUnit_DiretoVariavel[familia])*txCustoInd_Variavel

CustoUnitario[familia] = CustoUnit_DiretoVariavel[familia]+Rateio_CustoIndireto[familia]

CustoUnitario_MaoObra[familia] = IF (TxProducao[familia]>0) THEN(CustoMO[familia]/TxProducao[familia]) ELSE 0

CustoUnit_DiretoVariavel[familia] = CustoUnitario_MaoObra[familia]+CustoMedio_MP[familia]

CustoUnit_MedioMovel[familia] = IF (EstoqProd[familia]>0) THEN

(CustoEstqProd[familia]+EntradaR$_Produtos[familia])/(EstoqProd[familia]+TxProducao[familia]) ELSE

IF (TxProducao[familia]>0) THEN EntradaR$_Produtos[familia]/TxProducao[familia]

ELSE 0

CustoUnit_MP[matprima] = IF (EstoqMat_KG[matprima]>0)THEN(CustoEstqMP[matprima]+EntradaR$_MP[matprima]) /(EstoqMat_KG[matprima]+EntregaMP[matprima])ELSE(EntradaR$_MP[matprima]/EntregaMP[matprima])

CustoUnit_Variavel[familia] = IF ARRAYSUM(Horas_ConsumidaFam[*])>0 THEN

CustoUnit_DiretoVariavel[familia] + ((TotCustos_IndFabVar / ARRAYSUM(Horas_ConsumidaFam[*])) * HorasTotal_Unid[familia])

ELSE

CustoUnit_DiretoVariavel[familia]

Despesas = DespesasGerais - Depreciacao_Despesas

DespesasGerais = TotComissoes+Despesa_Administrativa+Despesas_Comerciais+Despesas_Financeiras+Depreciacao_Despesas

Despesas_Comerciais = txDespComerc*Faturamento_Total

Despesas_Financeiras = (txDespFinan*Faturamento_Total)+PgtoJuros+Amortizacao

Despesas_Operacionais = Despesas_Comerciais+Despesa_Administrativa

Despesa_Administrativa = txDepAdm*Faturamento_Total

EBTIDA = ARRAYSUM(LucroOperacional_Liquido[*])+Depreciacao_Custo+Depreciacao_Despesas

EstoqProd_Total = ARRAYSUM(EstoqProd[*])

FatAnt[1] = 1712993.75

101

FatAnt[2] = 1810876.6

FatAnt[3] = 1913549.35

FatAnt[4] = 1968752.3

FatAnt[5] = 2015182.6

FatAnt[6] = 2063575.05

FatAnt[7] = 2123667.55

FatAnt[8] = 2163566.05

FatAnt[9] = 2192001

FatAnt[10] = 2218469.2

FatAnt[11] = 2156883.0

FatAnt[12] = 1972886.4

Faturamento_Total = ARRAYSUM(Faturamento[*])

Fim_Embolso = InicioEmbolso+1

GastosFixo_Producao = 1318.92

GastosGerais_Producao = GastosFixo_Producao+Depreciacao_Custo+TotCustos_IndFabVar

Gastos_Producao = GastosGerais_Producao-Depreciacao_Custo

Giro_Estoque = IF (ARRAYSUM(CustoProduto_Vendido[*])>0) THEN

ValorEstoque/ARRAYSUM(CustoProduto_Vendido[*])

ELSE 0

HoraRestrita_Unid[1] = 0.00001

HoraRestrita_Unid[2] = 0.00003

HoraRestrita_Unid[3] = 0.00002

HoraRestrita_Unid[4] = 0.00002

HoraRestrita_Unid[5] = 0.00002

HorasEfetiva[CpRest] = CapacidadeRestrita[CpRest]*Produtividade[CpRest]

HorasTotal_Consumida = ARRAYSUM(Horas_ConsumidaFam[*])

HorasTotal_Unid[1] = 0.0000702

HorasTotal_Unid[2] = 0.0000902

HorasTotal_Unid[3] = 0.0000802

HorasTotal_Unid[4] = 0.0000802

HorasTotal_Unid[5] = 0.00009

HorasUtilizadas[familia] = (OPLiberadas[familia]*HorasTotal_Unid[familia]) + (Producao[familia]*HorasTotal_Unid[familia]*PercTempo[familia])

HorasUtiliz_CentroFam[familia,CpRest] = TempoProc_CentroFam[familia,CpRest]*OPLiberadas[familia]

Horas_ConsumidaFam[familia] = (TxProducao[familia]*HorasTotal_Unid[familia])

ImpostoSobre_Vendas_2017[familia] = ReceitaBruta[familia]*TxImposto_Vendas_2017

102

ImpostoSobre_Vendas_2018[familia] = ReceitaBruta[familia]*TxImposto_Vendas2018

Imposto_Selecionado[familia] = IF TIME<=9 THEN Imposto_SN_2017[familia]

ELSE Imposto_SN_2018[familia]

Imposto_Selecionado2[familia] = IF TIME<=9 THEN ImpostoSobre_Vendas_2017[familia]

ELSE ImpostoSobre_Vendas_2018[familia]

Imposto_Selecionado_2t = ARRAYSUM(Imposto_Selecionado2[*])

Imposto_SN_2017[familia] = ReceitaBruta[familia]*Tx_SN_2017

Imposto_SN_2018[familia] = ReceitaBruta[familia]*TXSN_2018

IMST = ARRAYSUM(Imposto_Selecionado[*])

InicioEmbolso = 1

LimitarCapacid = 0

LimitarCompra = 0

LimiteCaixa_Capacid = Caixa*txPercCaixa_Capacid

LimiteCaixa_Compra = if (arraysum(TotCompraR$[*]))>0 then

(Caixa*txPercCaixa_Compra) / (arraysum(TotCompraR$[*]))

else 1

ListaCompras[matprima] = if (((MaterialNec[matprima] - MatPrima_Encomenda[matprima]) * CobertEstqMP) + (MaterialNec[matprima] - MatPrima_Encomenda[matprima]) - (EstoqMat_KG[matprima] + Suprimento[matprima])) >0 then (((MaterialNec[matprima] - MatPrima_Encomenda[matprima]) * CobertEstqMP) + (MaterialNec[matprima] - MatPrima_Encomenda[matprima]))- (EstoqMat_KG[matprima] + Suprimento[matprima]) + MatPrima_Encomenda[matprima]

else MatPrima_Encomenda[matprima]

ListaMatOP[familia,matprima] = BOM[familia,matprima]*PlanoProducao[familia]

LucroBruto[familia] = ReceitaLiquida[familia]-CustoProduto_Vendido[familia]

LucroLiquido[familia] = LucroBruto[familia]-Rateio_DespesasGerais[familia]

LucroLíquido_Total = ARRAYSUM(LucroLiquido[*])

LucroOperacional_Liquido[familia] = ReceitaLiquida_Operacional[familia]-(CustoProduto_Vendido[familia]+Despesas_Operacionais)

MargContrib_Total = ARRAYSUM(MargContrib_TotFamilia[*])

MargContrib_TotFamilia[familia] = ReceitaLiquida[familia] - Comissões[familia] - (CustoUnit_Variavel[familia] * Vendas[familia])

MargContrib_Unitaria[familia] = IF Vendas[familia]>0 THEN

MargContrib_TotFamilia[familia] / Vendas[familia]

ELSE 0

MargemEBTDA = IF (ARRAYSUM(ReceitaLiquida_Operacional[*])>0)

THEN

103

(EBTIDA/ARRAYSUM(ReceitaLiquida_Operacional[*]))*100

ELSE 0

MargemLiquida_Total = IF ARRAYSUM(ReceitaLiquida[*])>0 THEN

(ARRAYSUM(LucroLiquido[*]) /ARRAYSUM(ReceitaLiquida[*]))*100

ELSE 0

Margem_Liquida[familia] = IF ReceitaLiquida[familia]>0 THEN

(LucroLiquido[familia]/ReceitaLiquida[familia])*100

ELSE 0

Mark_up = txComiss+txDepAdm+txDespComerc+txDespFinan+txMargem_Desejada+TxSelecionada

MaterialNec[matprima] = ARRAYSUM(ListaMatOP[*,matprima])

MatPrima_Encomenda[matprima] = MaterialNec[matprima]*txMatPrima_Encomenda[matprima]

Montante_Emprestimo = 21835.01

MpDispOP[familia,matprima] = if BOM[familia,matprima] > 0 then

(EstoqMat_KG[matprima] * PercMP_PlanoProd[familia,matprima]) / BOM[familia,matprima]

else 999999999

OPLiberadas[familia] = MIN(OPLibMat[familia],OPLibMOB[familia],PlanoProducao[familia])

OPLibMat[familia] = ARRAYMIN(MpDispOP[familia,*])

OPLibMOB[1] = IF (CpRest_PorFamilia[1,2]=1) THEN

INT(( ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[1,1]) * PercAloc_CpRest[1,2] ) / HoraRestrita_Unid[1] )

ELSE

int ( (ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[1,1]) * CpRest_PorFamilia[1,2] ) / HoraRestrita_Unid[1] )

OPLibMOB[2] = IF (CpRest_PorFamilia[2,2] =1) THEN

INT( ( ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[2,1]) * PercAloc_CpRest[2,2] ) / HoraRestrita_Unid[2] )

ELSE

INT( ( ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[2,1]) * CpRest_PorFamilia[2,2] ) / HoraRestrita_Unid[2])

OPLibMOB[3] = IF (CpRest_PorFamilia[3,2] =1) THEN

INT( ( ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[3,1]) * PercAloc_CpRest[3,2] ) / HoraRestrita_Unid[3] )

ELSE

INT( ( ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[3,1]) * CpRest_PorFamilia[3,2] ) / HoraRestrita_Unid[3] )

OPLibMOB[4] = IF (CpRest_PorFamilia[4,2] =1) THEN

INT( ( ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[4,1]) * PercAloc_CpRest[4,2] ) / HoraRestrita_Unid[4] )

104

ELSE

INT( ( ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[4,1]) * CpRest_PorFamilia[4,2] ) / HoraRestrita_Unid[4] )

OPLibMOB[5] = IF (CpRest_PorFamilia[5,2] =1) THEN

INT( ( ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[5,1]) * PercAloc_CpRest[5,2] ) / HoraRestrita_Unid[5] )

ELSE

INT( ( ARRAYVALUE(HorasEfetiva[*],CpRest_PorFamilia[5,1]) * CpRest_PorFamilia[5,2] ) / HoraRestrita_Unid[5] )

PEC = CD_Fixas/(PercMarg_ContrTotal/100)

PercAloc_CpRest[familia,percapacid] = IF ARRAYIDX(CpNec[familia,percapacid],2) =1 THEN CpNec[familia,1]

ELSE

IF ARRAYVALUE(TotCpNec_PorCpRest[*], CpNec[familia,1]) > 0 THEN

CpNec[familia,2] / ARRAYVALUE(TotCpNec_PorCpRest[*],CpNec[familia,1])

ELSE 0

PercAtend_PlanoEstq = if PlanoEstoque_Total > 0 then

(EstoqProd_Total/PlanoEstoque_Total)*100

else 0

PercAtend_PlanoProd = if PlanoProducao_Total>0 then

(Producao_Total/PlanoProducao_Total)*100

else 0

PercAtend_PlanoVendas = if PlanoVendas_Total > 0 then

(Vendas_Total/PlanoVendas_Total)*100

else 0

PercMargem_Contrib[familia] = IF ReceitaBruta[familia]>0 THEN

(MargContrib_TotFamilia[familia]/ReceitaBruta[familia])*100

ELSE 0

PercMarg_ContrTotal = IF Receita_Bruta_Total>0 THEN

(MargContrib_Total/Receita_Bruta_Total)*100

ELSE -100

PercMP_PlanoProd[familia,matprima] = if MaterialNec[matprima]>0 then

(PlanoProducao[familia]*BOM[familia,matprima]) / MaterialNec[matprima]

else 0

PercTempo[familia] = TCiclo[familia]/TCicloProd[familia]

PercUtil_PlanCpRest[CpRest] = (TotalPlanej_CpRest[CpRest]/CpPadrao[CpRest])*100

PercVendas[familia] = IF(TotVendas>0) THEN

105

TotVendas_PorFam[familia]/TotVendas

ELSE 0

PgtoJuros = txJuros*Divida_Emprestimo

PlanoEstoque[familia] = if Estq_Desejado[familia] > 0 then

Estq_Desejado[familia]

else int(CobertEstq[familia]*Demanda[familia])

PlanoEstoque_Total = ARRAYSUM(PlanoEstoque[*])

PlanoProducao[familia] = INT(MAX(0,PlanoEstoque[familia]-EstoqProd[familia]+PlanoVendas[familia]))

PlanoProducao_Total = ARRAYSUM(PlanoProducao[*])

PlanoVendas[familia] = MAX(0,NORMAL(PrevisãoVendas[familia],(0.01*PrevisãoVendas[familia])))

PlanoVendas_Total = ARRAYSUM(PlanoVendas[*])

PrazoMedio_Pagamento = 1

PrazoMedio_Recebimento = 1

PrazoSupr[1] = NORMAL(1,0.05)

PrazoSupr[2] = NORMAL(1,0.05)

PrazoSupr[3] = NORMAL(1,0.05)

PrazoSupr[4] = NORMAL(1,0.05)

PrazoSupr[5] = NORMAL(1,0.05)

PrazoSupr[6] = NORMAL(2.85,2.07)

PrazoSupr[7] = NORMAL(1.35,0.72)

PrazoSupr[8] = NORMAL(3,1.41)

PrecoVendas[1] = 0.13

PrecoVendas[2] = 0.25

PrecoVendas[3] = 0.19

PrecoVendas[4] = 0.18

PrecoVendas[5] = 0.33

PrecoVenda_Sugerido[familia] = IF (Vendas[familia]>0) THEN

((CustoProduto_Vendido[familia] + (Depreciacao_Despesas*PercVendas[familia])) /

(1-Mark_up))/Vendas[familia]

ELSE 0

Producao_Total = ARRAYSUM(TxProducao[*])

Produtividade[CpRest] = 0.8

Rateio_CustoIndireto[familia] = IF TxProducao[familia] >0 THEN

(CustoIndHora*Horas_ConsumidaFam[familia]/TxProducao[familia])

ELSE 0

106

Rateio_DespesasGerais[familia] = DespesasGerais*PercVendas[familia]

RBT12 = IF TIME=1THEN FatAnt[1]

ELSE(IF TIME=2 THEN FatAnt[1]

ELSE (IF TIME=3 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+FatAnt[2])

ELSE (IF TIME=4 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+FatAnt[3])

ELSE (IF TIME=5 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-3)+FatAnt[4])

ELSE (IF TIME=6 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-3)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-4)+FatAnt[5])

ELSE (IF TIME=7 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-3)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-4)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-5)+FatAnt[6])

ELSE (IF TIME=8 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-3)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-4)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-5)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-6)+FatAnt[7])

ELSE (IF TIME=9 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-3)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-4)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-5)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-6)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-7)+FatAnt[8])

ELSE (IF TIME=10 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-3)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-4)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-5)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-6)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-7)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-8)+FatAnt[9])

ELSE (IF TIME=11 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-3)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-4)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-5)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-6)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-7)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-8)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-9)+FatAnt[10])

107

ELSE (IF TIME=12 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-3)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-4)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-5)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-6)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-7)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-8)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-9)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-10)+FatAnt[11])

ELSE (IF TIME=13 THEN SUM(HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-1)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-2)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-3)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-4)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-5)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-6)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-7)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-8)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-9)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-10)+HISTORY(Receita_Bruta_Total, TIME-11)+FatAnt[12])

ELSE 99999))))))))))))

ReceitaBruta[familia] = Faturamento[familia]

ReceitaLiquida[familia] = ReceitaBruta[familia]-Imposto_Selecionado[familia]

ReceitaLiquida_Operacional[familia] = ReceitaBruta[familia]-Imposto_Selecionado2[familia]

ReceitaLiquida_Total = ARRAYSUM(ReceitaLiquida[*])

Receita_Bruta_Total = ARRAYSUM(ReceitaBruta[*])

ReservaMP_Producao[familia,matprima] = OPLiberadas[familia]*BOM[familia,matprima]

TCiclo[familia] = CYCLETIME(TxProducao[familia])

TCicloProd[1] = NORMAL(0.000002,0.0394)

TCicloProd[2] = NORMAL(0.000007,0.0323)

TCicloProd[3] = NORMAL(0.00005,0.034)

TCicloProd[4] = NORMAL(0.000037,0.00000348)

TCicloProd[5] = NORMAL(0.000081,0.0759)

TempoFat = 0

TempoProcTot_CentroFam[familia,CpRest] = TempoProc_CentroFam[familia,CpRest]*PlanoProducao[familia]

TempoProc_CentroFam[1,1] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[1,2] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[1,3] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[1,4] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[1,5] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[1,6] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[1,7] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[1,8] = 0.0000002

TempoProc_CentroFam[2,1] = 0.00001

108

TempoProc_CentroFam[2,2] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[2,3] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[2,4] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[2,5] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[2,6] = 0.00003

TempoProc_CentroFam[2,7] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[2,8] = 0.0000002

TempoProc_CentroFam[3,1] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[3,2] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[3,3] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[3,4] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[3,5] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[3,6] = 0.00002

TempoProc_CentroFam[3,7] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[3,8] = 0.0000002

TempoProc_CentroFam[4,1] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[4,2] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[4,3] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[4,4] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[4,5] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[4,6] = 0.00002

TempoProc_CentroFam[4,7] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[4,8] = 0.0000002

TempoProc_CentroFam[5,1] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[5,2] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[5,3] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[5,4] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[5,5] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[5,6] = 0.00002

TempoProc_CentroFam[5,7] = 0.00001

TempoProc_CentroFam[5,8] = 0.00001

Tempo_Amortizacao = 9

Tempo_IncrementoCap = 0.125

TomarEmprestimo = 0

TotalHoras_Utilizadas = ARRAYSUM(HorasUtilizadas[*])

TotalPlanej_CpRest[CpRest] = ARRAYSUM(TempoProcTot_CentroFam[*,CpRest])

109

TotComissoes = ARRAYSUM(Comissões[*])

TotCompraR$[matprima] = Preco_MedioMP[matprima]*ListaCompras[matprima]

TotCpNec_PorCpRest[1] = (if (CpNec[1,1]=1) then CpNec[1,2] else 0) + (if (CpNec[2,1]=1) then CpNec[2,2] else 0) + (if (CpNec[3,1]=1) then CpNec[3,2] else 0) + (if (CpNec[4,1]=1) then CpNec[4,2] else 0) + (if (CpNec[5,1]= 1) then CpNec[5,2] else 0)

TotCpNec_PorCpRest[2] = (if (CpNec[1,1]=2) then CpNec[1,2] else 0) + (if (CpNec[2,1]=2) then CpNec[2,2] else 0) + (if (CpNec[3,1]=2) then CpNec[3,2] else 0) + (if (CpNec[4,1]=2) then CpNec[4,2] else 0) + (if (CpNec[5,1]= 2) then CpNec[5,2] else 0)

TotCpNec_PorCpRest[3] = (if (CpNec[1,1]=3) then CpNec[1,2] else 0) + (if (CpNec[2,1]=3) then CpNec[2,2] else 0) + (if (CpNec[3,1]=3) then CpNec[3,2] else 0) + (if (CpNec[4,1]=3) then CpNec[4,2] else 0) + (if (CpNec[5,1]= 3) then CpNec[5,2] else 0)

TotCpNec_PorCpRest[4] = (if (CpNec[1,1]=4) then CpNec[1,2] else 0) + (if (CpNec[2,1]=4) then CpNec[2,2] else 0) + (if (CpNec[3,1]=4) then CpNec[3,2] else 0) + (if (CpNec[4,1]=4) then CpNec[4,2] else 0) + (if (CpNec[5,1]= 4) then CpNec[5,2] else 0)

TotCpNec_PorCpRest[5] = (if (CpNec[1,1]=5) then CpNec[1,2] else 0) + (if (CpNec[2,1]=5) then CpNec[2,2] else 0) + (if (CpNec[3,1]=5) then CpNec[3,2] else 0) + (if (CpNec[4,1]=5) then CpNec[4,2] else 0) + (if (CpNec[5,1]= 5) then CpNec[5,2] else 0)

TotCpNec_PorCpRest[6] = (if (CpNec[1,1]=6) then CpNec[1,2] else 0) + (if (CpNec[2,1]=6) then CpNec[2,2] else 0) + (if (CpNec[3,1]=6) then CpNec[3,2] else 0) + (if (CpNec[4,1]=6) then CpNec[4,2] else 0) + (if (CpNec[5,1]= 6) then CpNec[5,2] else 0)

TotCpNec_PorCpRest[7] = (if (CpNec[1,1]=7) then CpNec[1,2] else 0) + (if (CpNec[2,1]=7) then CpNec[2,2] else 0) + (if (CpNec[3,1]=7) then CpNec[3,2] else 0) + (if (CpNec[4,1]=7) then CpNec[4,2] else 0) + (if (CpNec[5,1]= 7) then CpNec[5,2] else 0)

TotCpNec_PorCpRest[8] = (if (CpNec[1,1]=8) then CpNec[1,2] else 0) + (if (CpNec[2,1]=8) then CpNec[2,2] else 0) + (if (CpNec[3,1]=8) then CpNec[3,2] else 0) + (if (CpNec[4,1]=8) then CpNec[4,2] else 0) + (if (CpNec[5,1]= 8) then CpNec[5,2] else 0)

TotCpPadrao = ARRAYSUM(CpPadrao[*])

TotCustos_IndFabVar = ARRAYSUM(CustosInd_FabVar[*])

TotVendas = ARRAYSUM(TotVendas_PorFam[*])

TotVendas_PorFam[familia] = Vendas[familia]*PrecoVendas[familia]

txCapacid_Aprovada = if (LimitarCapacid=0) then 1

else

if (LimiteCaixa_Capacid >= ValorTotal_MOBNec) then 1 else (LimiteCaixa_Capacid/ValorTotal_MOBNec)

txComiss = 0.05

txCustoInd_Variavel = 0.1933

txDepAdm = 0.14256

txDepreciacao = 1925.19

txDepreciacao_2 = 2420.3

txDespComerc = 0.00462

txDespFinan = 0.03247

TxImposto_Vendas2018 = IF (RBT12<= 180000.00) THEN 0.0241

110

ELSE (IF (180000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 360000.00) THEN ((RBT12*0.0417)-5940)/RBT12

ELSE (IF (360000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 720000.00) THEN ((RBT12*0.0535)-13860)/RBT12

ELSE (IF (720000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 1800000.00) THEN ((RBT12*0.0599)-22500)/RBT12

ELSE (IF (1800000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 3600000.00) THEN ((RBT12*0.0786)-85500)/RBT12

ELSE (IF (3600000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 4800000.00) THEN ((RBT12*0.1815)-720000)/RBT12

ELSE 0)))))

TxImposto_Vendas_2017 = IF 1080000.01 < (RBT12) <= 1260000.00 THEN 0.0478

ELSE (IF 1260000.01 < (RBT12) <= 1440000.00 THEN 0.0482

ELSE (IF 1440000.01 < (RBT12) <= 1620000.00 THEN 0.0512

ELSE (IF 1620000.01 < (RBT12) <= 1800000.00 THEN 0.0516

ELSE (IF 1800000.01 < (RBT12) <= 1980000.00 THEN 0.0559

ELSE (IF 1980000.01 < (RBT12) <= 2160000.00 THEN 0.0563

ELSE (IF 2160000.01 < (RBT12) <= 2340000.00 THEN 0.0568

ELSE (IF 2340000.01 < (RBT12) <= 2520000.00 THEN 0.0574

ELSE (IF 2520000.01 < (RBT12) <= 2700000.00 THEN 0.0578

ELSE (IF 2700000.01 < (RBT12) <= 2880000.00 THEN 0.0625

ELSE (IF 2880000.01 < (RBT12) <= 3060000.00 THEN 0.0629

111

ELSE (IF 3060000.01 < (RBT12) <= 3240000.00 THEN 0.0634

ELSE (IF 3240000.01 < (RBT12) <= 3420000.00 THEN 0.0639

ELSE (IF 3420000.01 < (RBT12) <= 3600000.00 THEN 0.0643

ELSE (IF 3600000.01 < (RBT12) <= 4800000.00 THEN 0.0643

ELSE 0))))))))))))))

TxInadimplencia = 0.002

txJuros = 1/100

txMargem_Desejada = 0.1

txMatPrima_Encomenda[1] = 0

txMatPrima_Encomenda[2] = 0

txMatPrima_Encomenda[3] = 0

txMatPrima_Encomenda[4] = 0

txMatPrima_Encomenda[5] = 0

txMatPrima_Encomenda[6] = 0

txMatPrima_Encomenda[7] = 0

txMatPrima_Encomenda[8] = 0

txPercCaixa_Capacid = 0.40

txPercCaixa_Compra = 0.76

txRelacaoCpRestrita = 0.00001

TxSelecionada = IF TIME<=9 THEN Tx_SN_2017

ELSE TXSN_2018

TXSN_2018 = IF (RBT12<= 180000.00) THEN 0.045

ELSE (IF (180000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 360000.00) THEN ((RBT12*0.078)-5940)/RBT12

ELSE (IF (360000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 720000.00) THEN ((RBT12*0.1)-13860)/RBT12

ELSE (IF (720000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 1800000.00) THEN ((RBT12*0.112)-22500)/RBT12

112

ELSE (IF (1800000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 3600000.00) THEN ((RBT12*0.147)-85500)/RBT12

ELSE (IF (3600000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 4800000.00) THEN ((RBT12*0.3)-720000)/RBT12

ELSE 0)))))

txVlrHoraExtra = 0.5

Tx_SN_2017 = IF (1080000.01 < RBT12) AND (RBT12 <= 1260000.00) THEN 0.0886

ELSE (IF (1260000.01 < RBT12) AND (RBT12<=1440000.00) THEN 0.0895

ELSE (IF (1440000.01 < RBT12) AND (RBT12<=1620000.00) THEN 0.0953

ELSE (IF (1620000.01 < RBT12) AND (RBT12<=1800000.00) THEN 0.0962

ELSE (IF (1800000.01 < RBT12) AND (RBT12<=1980000.00) THEN 0.1045

ELSE (IF (1980000.01 < RBT12) AND (RBT12<=2160000.00) THEN 0.1054

ELSE (IF (2160000.01 < RBT12) AND (RBT12<=2340000.00) THEN 0.1063

ELSE (IF (2340000.01 < RBT12) AND (RBT12<=2520000.00) THEN 0.1073

ELSE (IF (2520000.01 < RBT12) AND (RBT12<=2700000.00) THEN 0.1082

ELSE (IF (2700000.01 < RBT12) AND (RBT12<=2880000.00) THEN 0.1173

ELSE (IF (2880000.01 < RBT12) AND (RBT12<=3060000.00) THEN 0.1182

ELSE (IF (3060000.01 < RBT12) AND (RBT12<=3240000.00) THEN 0.1192

ELSE (IF (3240000.01 < RBT12) AND (RBT12<=3440000.00) THEN 0.1201

ELSE (IF (3440000.01 < RBT12) AND (RBT12<=3600000.00) THEN 0.1211

ELSE 0)))))))))))))

ValorEstoque = ARRAYSUM(CustoEstqProd[*])+ARRAYSUM(CustoEstqMP[*])

113

ValorTotal_MaoObra = (CapacidadeTotal*VlrHoraMedioMO)+(((CapacidadeTotal-CpTotalPadrao)*VlrHoraMedioMO*txVlrHoraExtra))

ValorTotal_MOBNec = (CpTotalNec*VlrHoraMedioMO) + (((CpTotalNec-CpTotalPadrao)*VlrHoraMedioMO)* txVlrHoraExtra)

Vendas_Total = ARRAYSUM(Vendas[*])

VlrHoraMedioMO = 135

CobertEstq[1] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.00), (2.00, 0.00), (3.00, 0.00), (4.00, 0.00), (5.00, 0.00), (6.00, 0.00), (7.00, 0.00), (8.00, 0.00), (9.00, 0.00), (10.0, 0.00), (11.0, 0.00), (12.0, 0.00)

CobertEstq[2] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.00), (2.00, 0.00), (3.00, 0.00), (4.00, 0.00), (5.00, 0.00), (6.00, 0.00), (7.00, 0.00), (8.00, 0.00), (9.00, 0.00), (10.0, 0.00), (11.0, 0.00), (12.0, 0.00)

CobertEstq[3] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.00), (2.00, 0.00), (3.00, 0.00), (4.00, 0.00), (5.00, 0.00), (6.00, 0.00), (7.00, 0.00), (8.00, 0.00), (9.00, 0.00), (10.0, 0.00), (11.0, 0.00), (12.0, 0.00)

CobertEstq[4] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.00), (2.00, 0.00), (3.00, 0.00), (4.00, 0.00), (5.00, 0.00), (6.00, 0.00), (7.00, 0.00), (8.00, 0.00), (9.00, 0.00), (10.0, 0.00), (11.0, 0.00), (12.0, 0.00)

CobertEstq[5] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.00), (2.00, 0.00), (3.00, 0.00), (4.00, 0.00), (5.00, 0.00), (6.00, 0.00), (7.00, 0.00), (8.00, 0.00), (9.00, 0.00), (10.0, 0.00), (11.0, 0.00), (12.0, 0.00)

Estq_Desejado[1] = GRAPH(TIME)

(1.00, 40000), (2.00, 40000), (3.00, 40000), (4.00, 40000), (5.00, 40000), (6.00, 40000), (7.00, 40000), (8.00, 40000), (9.00, 40000), (10.0, 40000), (11.0, 40000), (12.0, 40000)

Estq_Desejado[2] = GRAPH(TIME)

(1.00, 20000), (2.00, 20000), (3.00, 20000), (4.00, 20000), (5.00, 20000), (6.00, 20000), (7.00, 20000), (8.00, 20000), (9.00, 20000), (10.0, 20000), (11.0, 20000), (12.0, 20000)

Estq_Desejado[3] = GRAPH(TIME)

(1.00, 14000), (2.00, 14000), (3.00, 14000), (4.00, 14000), (5.00, 14000), (6.00, 14000), (7.00, 14000), (8.00, 14000), (9.00, 14000), (10.0, 14000), (11.0, 14000), (12.0, 14000)

Estq_Desejado[4] = GRAPH(TIME)

(1.00, 14000), (2.00, 14000), (3.00, 14000), (4.00, 14000), (5.00, 14000), (6.00, 14000), (7.00, 14000), (8.00, 14000), (9.00, 14000), (10.0, 14000), (11.0, 14000), (12.0, 14000)

Estq_Desejado[5] = GRAPH(TIME)

(1.00, 2400), (2.00, 2400), (3.00, 2400), (4.00, 2400), (5.00, 2400), (6.00, 2400), (7.00, 2400), (8.00, 2400), (9.00, 2400), (10.0, 2400), (11.0, 2400), (12.0, 2400)

Preco_MedioMP[1] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.68), (2.00, 0.68), (3.00, 0.68), (4.00, 0.68), (5.00, 0.68), (6.00, 0.68), (7.00, 0.68), (8.00, 0.68), (9.00, 0.68), (10.0, 0.68), (11.0, 0.68), (12.0, 0.68)

Preco_MedioMP[2] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.68), (2.00, 0.68), (3.00, 0.68), (4.00, 0.68), (5.00, 0.68), (6.00, 0.68), (7.00, 0.68), (8.00, 0.68), (9.00, 0.68), (10.0, 0.68), (11.0, 0.68), (12.0, 0.68)

114

Preco_MedioMP[3] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.68), (2.00, 0.68), (3.00, 0.68), (4.00, 0.68), (5.00, 0.68), (6.00, 0.68), (7.00, 0.68), (8.00, 0.68), (9.00, 0.68), (10.0, 0.68), (11.0, 0.68), (12.0, 0.68)

Preco_MedioMP[4] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.68), (2.00, 0.68), (3.00, 0.68), (4.00, 0.68), (5.00, 0.68), (6.00, 0.68), (7.00, 0.68), (8.00, 0.68), (9.00, 0.68), (10.0, 0.68), (11.0, 0.68), (12.0, 0.68)

Preco_MedioMP[5] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.68), (2.00, 0.68), (3.00, 0.68), (4.00, 0.68), (5.00, 0.68), (6.00, 0.68), (7.00, 0.68), (8.00, 0.68), (9.00, 0.68), (10.0, 0.68), (11.0, 0.68), (12.0, 0.68)

Preco_MedioMP[6] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.095), (2.00, 0.095), (3.00, 0.095), (4.00, 0.095), (5.00, 0.095), (6.00, 0.095), (7.00, 0.095), (8.00, 0.095), (9.00, 0.095), (10.0, 0.095), (11.0, 0.095), (12.0, 0.095)

Preco_MedioMP[7] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.031), (2.00, 0.031), (3.00, 0.031), (4.00, 0.031), (5.00, 0.031), (6.00, 0.031), (7.00, 0.031), (8.00, 0.031), (9.00, 0.031), (10.0, 0.031), (11.0, 0.031), (12.0, 0.031)

Preco_MedioMP[8] = GRAPH(TIME)

(1.00, 0.008), (2.00, 0.008), (3.00, 0.008), (4.00, 0.008), (5.00, 0.008), (6.00, 0.008), (7.00, 0.008), (8.00, 0.008), (9.00, 0.008), (10.0, 0.008), (11.0, 0.008), (12.0, 0.008)

PrevisãoVendas[1] = GRAPH(TIME)

(1.00, 569194), (2.00, 556294), (3.00, 543394), (4.00, 530494), (5.00, 517595), (6.00, 504695), (7.00, 491795), (8.00, 478895), (9.00, 465996), (10.0, 453096), (11.0, 440196), (12.0, 427296)

PrevisãoVendas[2] = GRAPH(TIME)

(1.00, 37274), (2.00, 0.00), (3.00, 0.00), (4.00, 29485), (5.00, 52880), (6.00, 64592), (7.00, 70456), (8.00, 73392), (9.00, 74862), (10.0, 75597), (11.0, 75966), (12.0, 76150)

PrevisãoVendas[3] = GRAPH(TIME)

(1.00, 28007), (2.00, 28007), (3.00, 28007), (4.00, 28007), (5.00, 28007), (6.00, 28007), (7.00, 28007), (8.00, 28007), (9.00, 28007), (10.0, 28007), (11.0, 28007), (12.0, 28007)

PrevisãoVendas[4] = GRAPH(TIME)

(1.00, 26838), (2.00, 26838), (3.00, 26838), (4.00, 26838), (5.00, 26838), (6.00, 26838), (7.00, 26838), (8.00, 26838), (9.00, 26838), (10.0, 26838), (11.0, 26838), (12.0, 26838)

PrevisãoVendas[5] = GRAPH(TIME)

(1.00, 10666), (2.00, 10666), (3.00, 10666), (4.00, 10666), (5.00, 10666), (6.00, 10666), (7.00, 10666), (8.00, 10666), (9.00, 10666), (10.0, 10666), (11.0, 10666), (12.0, 10666

115

APÊNDICE B

Dados de entrada do modelo de validação

Tabela 18 - Estoque atual de produto acabado

Produto Estoque inicial (quantidade)

Unidade de medida

Valor do estoque (custo)

Preço de venda (Kg)

Custo (Kg)

A 40.000 kg R$ 4.200,00 0,13 0,105

B 20.000 kg R$ 4.000,00 0,25 0,2

C 14.000 kg R$ 1.659,00 0,19 0,1185

D 14.000 kg R$ 1.659,00 0,18 0,1185

E 2.400 kg R$ 453,12 0,33 0,1888

Fonte: Da autora, 2017

Tabela 19 - Cobertura de estoque planejada (Kg)

Produto Jan/15 Fev/15 Mar/15 Abr/15 Mai/15 Jun/15 Jul/15 Ago/15 Set/15 Out/15 Nov/15 Dez/15

A 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000 40.000

B 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000

C 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000

D 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000

E 2.4000 2.4000 2.4000 2.4000 2.4000 2.4000 2.4000 2.4000 2.4000 2.4000 2.4000 2.4000

Fonte: Da autora, 2017

116

Tabela 20 - Previsão de vendas (kg)

Produto Jan/15 Fev/15 Mar/15 Abr/15 Mai/15 Jun/15 Jul/15 Ago/15 Set/15 Out/15 Nov/15 Dez/15

A 319.940 410.800 480.560 467.920 408.580 466.160 522.140 497.800 406.680 495.400 329.700 390.380

B 74.080 96.660 90.440 98.080 75.020 182.700 168.160 122.400 115.000 160.880 243.100 207.740

C 13.000 10.000 0 0 0 0 0 14.000 42.000 28.000 56.000 75.6000

D 800 8.000 74.420 42.780 27.140 26.300 20.000 27.700 6.800 26.000 25.300 38.760

E 6.750 3.700 4.050 12.025 11.625 15.640 16.035 25.450 21.385 7.600 15.950 7.850

Fonte: Da autora, 2017

Tabela 21 - Suprimentos

Fonte: Da autora, 2017

Matéria-Prima

Estoque inicial de Matéria-prima em quantidade

Unidade Medida

Valor do estoque de MP (custo)

Cobertura de estoque em dias

Preço médio líquido para compras

Saldo atual em processo de compras (quantidade)

Saldo atual em processo de compras (R$)

MP encomendada

Sacaria 76.056 sc R$ 51.718,08 120 0,68 20.000 13.600 0

Sacaria 16.112 sc R$ 10.956,16 120 0,68 22.965 15.616 0

Sacaria 35.816 sc R$ 24.354,88 120 0,68 0 0 0

Sacaria 7.170 sc R$ 4.875,60 120 0,68 0 0 0

Sacaria 6.665 sc R$ 4.532,20 120 0,68 0 0 0

Cal 152.220 kg R$ 14.430,46 120 0,0948 187.960 17.819 0

Caulim 294.000 kg R$ 9.019,92 120 0,03068 182.000 5.584 0

Rejeito 184.370 kg R$ 1.474,96 120 0,008 132.560 1.060 0

117

Tabela 22 - Lista de Materiais (BOM)

Produto A B C D E

Quantidade de MP em estoque Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade

Sacaria (sc/kg) 0,05 0,05 0,05 0,05 0,125

Cal (kg) 0,75 1,00 0,75 0,75 0,750

Caulim (kg) 0,25 0,00 0,00 0,00 0,000

Rejeito (kg) 0,00 0,00 0,25 0,25 0,250

Fonte: Da autora, 2017

Tabela 23 - Capacidade total Tabela 24 - Capacidade

Fonte: Da autora, 2017

Fonte: Da autora, 2017

Capacidade total padrão (horas)

170 Centro de trabalho restrito

Capacidade padrão em horas

Taxa de produtividade

Taxa de relação com a capacidade total

Centro 1 20,4 0,9 0,12

Centro 2 20,4 0,9 0,12

Centro 3 20,4 0,9 0,12

Centro 4 20,4 0,9 0,12

Centro 5 20,4 0,9 0,12

Centro 6 42,5 0,9 0,25

Centro 7 20,4 0,9 0,12

Centro 8 5,1 0,9 0,0025

118

Tabela 25 - Total de horas de capacidade utilizada de cada centro produtivo por família de produto CT 1 2 3 4 5 6 7 8

A 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000000 0,000070

B 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000030 0,000010 0,000000 0,000090

C 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000020 0,000010 0,000000 0,000080

D 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000020 0,000010 0,000000 0,000080

E 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000010 0,000020 0,000010 0,000000 0,000080

0,000050 0,000050 0,000050 0,000050 0,000050 0,000100 0,000050 0,000001 0,000401

Fonte: Da autora, 2017

Tabela 26 - Centro Restrito

Tabela 27 - Ciclo de produção

Fonte: Da autora, 2017 Fonte: Da autora, 2017

Produto Centro Horas unitárias utilizadas do Centro de Trabalho restrito

Total horas utilizadas da capacidade total

A 6 0,000100 0,000070

B 6 0,000300 0,000090

C 6 0,000200 0,000080

D 6 0,000200 0,000080

E 6 0,000200 0,000080

Produto A

Normal (0.000393, 6.71)

Produto B

Normal (0.001248,0.00055)

Produto C

Normal (0.00855,0.006017)

Produto D

Normal (0.006296,0.059194)

Produto E

Normal (0.013779,0.012904)

119

Tabela 28 - Prazo de Suprimento Tabela 29 - Custo

Fonte: Da autora, 2017

Fonte: Da autora, 2017

Tabela 30 - Fluxo de Caixa

Fonte: Da autora, 2017

Valor de custo do ativo imobilizado

Depreciação mensal

Valor total de gastos fixos de produção (média mensal)

Valor Hora Médio da Mão de Obra Direta

Percentual de custo Indireto e Variável

R$ 1.270.295,35 R$ 2.420,30 R$ 1.318,92

R$ 135,00 1,0%

Centro 1 Normal (1,0.05)

Centro2 Normal (1,0.05)

Centro 3 Normal (1,0.05)

Centro 4 Normal (1,0.05)

Centro 5 Normal (1,0.05)

Centro 6 Normal (2.85,2.07)

Centro 7 Normal (1.35,0.72)

Centro 8 Normal (3,1.41)

Imobilizado

Valor ativo imobilizado (despesas)

Depreciação mensal

Percentual do caixa destinado a compra de matéria-prima

Percentual do caixa destinado a horas adicionais de capacidade. Ex.: horas extras, Mp)

Percentual de comissão sobre vendas

Margem de lucro desejada

Montante de empréstimo

Mês de Embolso

Tempo de Amortização

Taxa de juros

R$ 80.014,24

R$ 1.925,19 76% 40% 5% 10% 15.2935,57 16/09/2016 15 1%

120

Tabela 31 – Legenda

EstoqProd SuprimentoRS Horas total unidade

CobertEstoq CpTotalPadrao Hora restrita unidade

Previsão Vendas BOM CP Total restrito

EstoqMatKg CPPadrão ImobilizadoCusto

CobertEstopMP TCicloProd CustoEstProd

Suprimento PrazoSuprimento CustoEstMP

Fonte: Da autora, 2017

TxDepreciacao2 TxPercCaixaCompra Amortizacao

GastosFixoProducao TxPercCaixaCapacid TxJuros

VlrHoraMedioMO Comissões

txCustoIndVariavel TxMargemDesejada

ImobilizadoDespesa MontanteEmprestimo

TxDepreciacao InicioEmbolso