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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”
Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”
Curso de Habilitação Profissional de
Técnico em Segurança do Trabalho
Analise dos Riscos
Tatuí-SP
2018
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Sumário CONCEITOS DE CONFIABILIDADE ........................................................................... 4
DESENHO TÈCNICO ............................................................................................ 7
TIPOS DE DESENHO ......................................................................................... 8
O DESENHO TÉCNICO QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO ..................................... 9
NORMAS DA ABNT .......................................................................................... 10
FORMATO DAS FOLHAS ................................................................................... 10
POSIÇÃO DO PAPEL ........................................................................................ 11
PROJEÇÕES: ................................................................................................. 15
HACHURAS ......................................................................................................... 20
DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I (SEM 0502) .................................................................. 22
SOLDAS ......................................................................................................... 37
MANUAL SEGURANÇA DO TRABALHO ........................................................................... 42
FATORES QUE INFLUENCIAM OS RISCOS .................................................................... 43
MEDIDAS PREVENTIVAS ....................................................................................... 47
RISCOS NO TRABALHO EM SILOS ............................................................................. 50
ORIENTAÇÕES GERAIS EM CASO DE ACIDENTES ........................................................... 58
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA ........................................................................................ 58
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CONCEITOS DE CONFIABILIDADE “Dependability Concepts”
Por João Paulo Ribeiro ([email protected])
Mário Guimarães ([email protected])
Motivação
Conceitos introdutórios
Modelo de sistema
Impedimentos à confiabilidade
Realização de sistemas confiáveis
Conclusões
MOTIVAÇÃO – (Nenhum Sistema é 100% correto):
Erros na especificação, desenho e realização;
“time-to-market” cada vez mais importante (e curto!);
Imprevisibilidades internas e externas ao sistema;
Nas empresas:
Dependência de sistemas de informação críticos
Sistemas é fator de concorrência;
Falhas nos sistemas podem parar o negócio (na aviação podem resultar em perda de vidas
humanas!)
O que é importante nos sistemas:
O reconhecimento de que podem falhar
A compreensão das causas de falha
Diminuição do impacto de falhas (interno e externo)
A comprovação do seu bom funcionamento
Abordagem sistemática destes problemas é urgente;
Necessidade de acordo na terminologia a utilizar;
Base comum para estudo e discussão;
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS:
Confiabilidade é a qualidade do sistema que nos permite confiar, justificadamente, no
serviço oferecido.
Confiabilidade é um conceito global, que se decompõe em vários vectores quantificáveis:
Fiabilidade (reliability)
Disponibilidade (availability)
Reparabilidade (maintainability)
Segurança contra acidentes (safety)
Segurança contra acesso não autorizado (security)
Fiabilidade (reliability):
Medida do tempo de funcionamento de um sistema até falhar, ou da probabilidade de não
falhar durante o tempo de missão, (ex.: MTTF, MTBF, 10-5 falhas/hora, 99.9%)
Disponibilidade (availability):
Medida do tempo (ou %) em que o sistema está operacional. (ex.: MTBF/(MTBF+MTTR),
5000h/ano)
Reparabilidade (maintainability):
Medida do tempo de reposição em serviço do sistema. (ex.: MTTR);
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Segurança contra acidentes durante funcionamento (safety):
Medida de fiabilidade do sistema relativa a faltas que ocasionem efeitos catastróficos
Segurança contra acesso não autorizado (security):
Idem, relativo à faltas contra integridade, confidencialidade e autenticidade.
MODELO DE SISTEMA
Cada sistema
Obedece a uma especificação
Oferece serviços ao exterior
Possui um estado interno de execução
Pode ser composto por subsistemas internos
Pode utilizar os serviços de sistemas externos
Modelo “Caixa Preta” (black box”)
IMPEDIMENTOS À CONFIABILIDADE
É tudo aquilo que queríamos que não existisse:
Os obstáculos são vários (“the impairments”):
Faltas (faults): é a raiz do mau funcionamento do sistema
Podem ser vistas quanto à:
Natureza: acidentais; intencionais
Origem: fenomenais, no sistema, na criação (ex: desenho);
Persistência: permanentes, temporárias, intermitentes;
Exemplos:
Circuito que se queimou por sobreaquecimento;
Posição de memória sempre com o valor “0”;
Pode resultar em erro do sistema!
Erros (errors) são estados inconsistentes em que o sistema foi colocado em resultado de faltas.
Escrita de “1” seguida de leitura de “0”;
Pode resultar em falha;
Falhas (failures): são manifestações para o exterior de erros internos no sistema (desvios do especificado).
Podem ser vistas quanto à:
Domínio: valor, temporal;
Percepção: consistente, inconsistente;
Consequência: benigna, catastrófica;
Exemplos:
Entrega de resultado indevido
Quem conhece o “Blue Screen”?);
Representa uma falha se não for reconhecida como falha;
Modelo de “cascata” de impedimentos:
Exemplo de falha no componente “A” causando uma falta no componente “B”:
“A” falha na leitura da temperatura do forno sobreaquecido, e retorna um valor muito baixo
(“A” pode ser sensor avariado);
“B” lê a temperatura (a falta), verifica que está dentro dos limites (o erro), e não faz nada;
“B” falhou porque não tomou as ações devidas para baixar a temperatura (falha catastrófica!);
Entretanto o forno rebenta!
Componente A falta > erro > falha
Componente B falta > erro > falha
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REALIZAÇÃO DE SISTEMAS CONFIÁVEIS
Como desenvolver sistemas que funcionem como esperado?
Métodos de desenvolvimento de sistemas confiáveis ou como obter confiança no funcionamento
(the means”):
Prevenção de faltas (prevention)
Tolerância à faltas (tolerance)
Supressão de faltas (avoidance)
Previsão de faltas (forecasting)
Como não introduzir faltas ou evitar a sua ocorrência?
Prevenção de faltas:
Auto-teste self-check), assinaturas
Correta reutilização de componentes fiáveis
Especificação rigorosa
Ambientes e linguagens apropriados
Proteção de HW
E se raio cair vindo do nada? Funcionará depois?
Tolerância à faltas:
Exemplos: Replicação, votadores, transações, assinaturas e checkpoints, temporização,
repetição;
Técnicas de processamento de erros:
Mascaramento de erros (error masking)
Detecção, recuperação (detection, recovery)
E se os “pontos de falta” forem conhecidos?
Supressão de faltas:
Depuração (debug)
Simulação
Validação
E se tudo para trás tiver falhado, só nos resta prever!
Previsão de faltas:
Injeção de faltas em software
Injeção de faltas em hardware
Conclusões
Nenhum sistema é 100% correto!
O impossível acontece mesmo [Murphy’s Law]
Sistemas críticos devem ser tolerantes a faltas!
Confiabilidade deve ser pensada desde o inicio!
Credibilidade é importante, e talvez um dia o Murphuy esteja errado;
PERGUNTAS?
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DESENHO TÈCNICO Introdução:
Desenho não-projetivo – na maioria dos casos corresponde a desenhos resultantes dos cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas, esquemas, ábacos, fluxogramas, organogramas, etc. Exemplo: O QUE SEUS PAIS PENSAM QUANDO VOCÊ NÃO ATENDE O CELULAR
Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou mais planos de
projeção e correspondem às Perspectivas e às Vistas ortográficas.
Perspectivas – são figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano,
com a finalidade de permitir a percepção da forma global de um objeto.
Vistas ortográficas: são figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais de odo a
representar com exatidão a forma do objeto com seus detalhes.
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TIPOS DE DESENHO
Perspectiva Vistas ortográficas
Definição
Desenho Técnico: é a linguagem técnica e gráfica empregada para expressar e documentar formas, dimensões, acabamento, tolerância, montagem, materiais e demais características de peças e produtos. É a única linguagem gráfica formal para representação de produtos de Engenharia. Como linguagem técnica deve obedecer a regras e normas internacionais e regionais. Para isto utiliza-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e representações.
Histórico A representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais evoluiu gradualmente através dos tempos...
1490 - Giuliano de Sangalo que fez uso de planta e elevação está incluído no álbum de desenhos na Livraria do Vaticano.
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Século XVIII - Gaspar Monge, matemático francês, para facilitar as construções de fortificações,
criou, utilizando projeções ortogonais, um sistema com correspondência biunívoca entre os
elementos do plano e do espaço. O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o
título “Geometrie Descriptive” é a base da linguagem usada pelo Desenho Técnico.
Século XVIII - No século XIX, ocorreram iniciativas de normalização da forma de utilização da
Geometria Descritiva para transformá-la numa linguagem gráfica normalizada. A Comissão
Técnica TC 10 da International Organization for Standardization – ISO – realizou a primeira
normalização internacional visando a utilização da Geometria Descritiva como linguagem gráfica
da engenharia e da arquitetura, chamando-a de Desenho Técnico.
O DESENHO TÉCNICO QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO
• Esboços: usado para primeira representação da ideia de um produto em seu ambiente- elaborados
à mão livre;
• Desenhos preliminares ou anteprojetos: desenhos correspondentes aos estágios intermediários
de desenvolvimento da ideia do produto (produto como um todo, partes do produto ou suas
aplicações);
• Croqui: desenhos normalmente feitos a mão livre, sem escala, mas proporcional, com uma única
espessura de traço e em papel não normalizado, porém de acordo com normalização das
representações e contendo todas as informações técnicas das peças/produtos;
• Desenhos formais: são os desenhos elaborados totalmente de acordo com a normalização
envolvida e contêm todas as informações relativas à funcionalidade do projeto.
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NORMAS DA ABNT
• NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMAGERAL (04/1989), cujo objetivo é definir os termos
empregados em desenho técnico. A norma define os tipos de desenho quanto aos seus aspectos
geométricos (Desenho Projetivo e Não Projetivo), quanto ao grau de elaboração (Esboço, Desenho
Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Componentes, desenhos de
Conjuntos e Detalhes) e quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando computador);
• NBR 10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO (05/1995)
• NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO - LEIAUTE E DIMENSÕES (10/1987), padronizam as
características dimensionais das folhas em branco e pré-impressas aplicadas a todos os desenhos
técnicos.
FORMATO DAS FOLHAS Os formatos da série “A” têm como base o formato A0, cujas dimensões guardam entre si a mesma
relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal (841 =1189), e que corresponde a
um retângulo de área igual a 1 m2.
Os Formatos da série “A” seguem as seguintes dimensões, em milímetros:
FORMATO
DIMENSÕES
MARGEM
COMPRIMENTO DA LEGENDA
ESPESSURA LINHAS DAS MARGENS ESQUERDA
OU MARGEM
DE ARQUIVO
OUTRAS
A0 841X1189 25 10 175 1,4
A1 594X841 25 10 175 1.0
A2 420X594 25 7 178 0,7
A3 297X420 25 7 178 0,5
A4 210X297 25 7 178 0,5
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POSIÇÃO DO PAPEL
O papel sempre deve ser posicionado na parte inferior direita da mesa de trabalho com a
margem de arquivo do papel na posição esquerda.
LEGENDAS
A legenda é um elemento obrigatório e deve conter todos os dados para identificação do desenho
(número, origem, título, executor etc.). Sempre estará situada no canto inferior direito da folha.
HORIZONTES DE ESCRITA E LEITURA DO PAPEL
A margem de arquivo e a legenda definem os horizontes de escrita e leitura do papel.
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NBR 13142 –– DESENHO TÉCNICO - DOBRAMENTO DE CÓPIA (12/1999), que fixa a forma de
dobramento de todos os formatos de folhas de desenho: para facilitar a fixação em pastas, eles
são dobrados até as dimensões do formato A4.
NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO (12/1988) normaliza a
distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho
etc.. Como regra geral, devem-se organizar os desenhos distribuídos na folha, de modo a ocupar
toda a área, e organizar os textos acima da legenda junto à margem direita, ou à esquerda da
legenda logo acima da margem inferior.
NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTER PARA ESCRITA EM DESENHO TÉCNICO (03/1994)
que, visando à uniformidade e à legibilidade para evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar
a possibilidade de interpretações erradas, fixou as características de escrita em desenhos
técnicos.
NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas– Larguras das linhas (03/1984).
NBR 8404 – Indicação do estado de superfícies em desenho técnico (03/1984).
NBR 8196 – Desenho técnico – emprego de escalas (12/1999).
NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico
(04/1995).
NBR 12288 – Representação simplificada de furos de centro em desenho técnico (04/1992).
NBR10126 – Cotagem em desenho técnico (11/1987)
NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenhos técnicos (08/1985).
NBR 6409 – Tolerâncias geométricas – Tolerâncias de forma, orientação, posição e batimento
Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenhos (05/1997).
NBR 11534 - Representação de engrenagens em desenho técnico (04/1991).
NBR 11145 – Representação de molas em desenho técnico (06/1990)
NBR 13043 – Soldagem, números e nomes de processos (09/1993).
NBR 13104 – Representação de entalhado em desenho técnico (03/1994).
NBR 13272 – Elaboração das listas de itens (12/1999).
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NBR 13273 – Referência a itens (12/1999).
NBR 14699 – Desenho Técnico – Representação de símbolos aplicados à tolerância geométrica
Proporções e dimensões (05/2001).
NBR 14957 – Desenho técnico - Representação de recartilhado (06/2003).
LINHAS
Em desenho técnico cada linha tem um significado próprio. Pode-se trabalhar até com 9 espessuras
de linhas, dependendo do papel. Utiliza-se o mínimo de 3 espessuras de linha: grossa, larga e
estreita, sendo que a relação entre elas não deve ser inferior a 2. A linha de maior espessura será
sempre utilizada para desenho exclusivo das margens da folha.
O lápis (grafite).
Os lápis médios são os recomendados para uso em desenho técnico, a seleção depende, sobretudo
de cada usuário.
LINHAS – NBR 8403
*OBS: aplicar somente uma das opções
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LINHAS
Prioridades
Caso ocorram coincidências entre duas ou mais linhas de diferentes tipos, a seguinte ordem de prioridade deve ser seguida: Contornos não visíveis (linhas do tipo E ou F) Superfícies de corte e seções (linhas tipo H) Linhas de centro (linhas tipo G) Linhas de cota e auxiliar (linhas tipo B)
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PROJEÇÕES:
Em desenho técnico mecânico utiliza-se de basicamente de projeções ortogonais (no 1º e 3º
diedros) e projeções axonométricas (isométrica).
PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS - (Projeção Isométrica)
Em perspectiva isométrica os três eixos (x;y;z) formam entre si ângulos De 120º. Os eixos oblíquos
formam com a horizontal ângulos de 30º. Toda linha paralela aos eixos isométricos são chamadas de
linhas isométricas.
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA – (Traçado)
A utilização da projeção isométrica provoca redução igual em todos os eixos de aproximadamente
19%. Por serem iguais utiliza-se do tamanho real do objeto e a proporção será mantida, isto é
chamado de perspectiva isométrica simplificada.
O uso do papel reticulado simplifica o aprendizado.
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA – (Prisma Retangular)
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PERSPECTIVA ISOMÉTRICA – (Elementos Paralelos e Oblíquos)
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA – (Círculo)
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PROJEÇÕES CILINDRICAS ORTOGONAIS
Linhas projetantes paralelas entre si (cilíndricas) e perpendiculares ao plano de projeção (ortogonais) reproduzem no plano uma imagem com o mesmo contorno e mesma grandeza do objeto. Na Projeção Ortogonal, a figura plana considerada é reproduzida em verdadeira grandeza.
Projeção Ortogonal – Vista Superior – Primeiro Diedro
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Projeção ortogonal no 1º Diedro Exemplo:
Vistas necessárias Exemplo:
Vistas desnecessárias – (pois possuem informações redundantes).
Distâncias entre as vistas – Exemplo
Desenhar a terceira vista
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Método 1 – colocar ponta seca do compasso no canto inferior direito da vista frontal e projetar linhas.
Método 2 – traçar uma reta a 450 com a horizontal, estender as linhas de uma vista até tocar a linha inclinada, projetá-las na outra vista até a altura correta. A Projeção no terceiro diedro é utilizada por alguns países como Estados Unidos, Canadá e outros. Devido à natureza globalizada das engenharias esta projeção deve ser bem compreendida.
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Exercício 1 – Desenhe a perspectiva isométrica
Exercício 2 - Desenhe a perspectiva isométrica
HACHURAS Na projeção em corte, a superfície imaginada cortada é preenchida com hachuras que são linhas
estreitas geralmente traçadas a 45°, porém em alguns casos permitido uma inclinação de 30°.
Existem hachuras específicas, correspondentes a certos materiais que podem ser empregadas.
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Existem hachuras específicas, correspondentes a certos materiais que podem ser empregadas.
Outras hachuras também podem ser utilizadas, devendo estar identificadas (representadas em
uma nota ou legenda).
As hachuras em uma peça composta (unidas ou montagem) são feitas em direções diferentes.
Cortes em componentes de paredes muito delgadas, como por exemplo: chapas, juntas, guarnições,
perfis estruturais, devem ser representadas em negrito com espaçamento em branco.
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DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I (SEM 0502)
COTAS, ESCALAS, TOLERÂNCIAS E SÍMBOLOS
ESCALA
A escala é a relação entre as medidas reais da peça e as do desenho. É a representação que
mantém as proporções das medidas lineares do objeto representado e as formas dos objetos reais
são mantidas.
Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com o tamanho real
da peça. A escala permite representar, no papel, peças de qualquer tamanho real. Nos desenhos em
escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas, ou então são aumentadas ou reduzidas
proporcionalmente.
Redução As escalas podem ser de Ampliação ou Natural (tamanho real) As escalas podem ser abreviadas por “ESC.” (NBR 8196/1983), e devem ser OBRIGATORIAMENTE
indicadas na legenda do desenho. Quando em uma mesma folha existirem desenhos com escalas
diferentes, somente a escala principal deve ser escrita na legenda. As demais devem ser escritas
junto aos desenhos correspondentes.
Escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196/1983
Nas representações em escala as dimensões angulares do objeto permanecem inalteradas.
ENCURTAMENTO
Quando um desenho em escala prejudica a interpretação dos elementos da peça, usa-se a
representação com encurtamento. Nesta retira-se uma ou mais parte da peça. Feitas em peças
longas com formas constantes.
Categoria Escala Recomendada
Escalas de Ampliação
20:1 50:1 10:1
2:1 5:1
Escala Natural
1:1
Escala de Redução
1:2 1:5 1:10
1:20 1:50 1:100
1:200 1:500 1:1000
1:2000 1:5000 1:10000
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Processo
Conclusão
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TOLERÂNCIA DIMENSIONAL Tolerância dimensional é o valor da variação permitida na dimensão de uma peça. Em termos práticos é a diferença tolerada entre as dimensões máxima e mínima de uma dimensão nominal. Toda medida da peça deve possuir uma tolerância.
TOLERANCIA ANGULAR NÃO ESPECIFICADA – ISO
Classe de Tolerância
Desvios (mm)
Descrição
< 10
>10 a 50
>50 a 120
120 a 400
> 400
Fina
+1º
+0º30’
+0º20’
+0º10’
+0º5’ Média
Grosseira
+1º30
+1º
+0º30’
+0º15’
+0º10’
Muito
Grosseira
+3º
+2º
+1º
+0º30’
+0º30’
TOLERANCIA ANGULAR NÃO ESPECIFICADA – ISO
Classe de Tolerância
Desvios (mm)
Descrição
>0,5 a 3
>3 a 6
>6 a 30
>30 a120
>120 a 400
>400 a 1000
>1000 a
2000
>2000 a
4000
Fina
+0,05
+0,05
+0,1
+0,15
+0,2
+0,3
+0,5
____
Média
+01
+0,1
+0,2
+0,3
+0,5
+0,8
+1,2
+2
Grosseira
+0,2
+0,3
+0,5
+0,8
+1,2
+2
+3
+4
Muito grosseira
__
+0,5
+1
+1,5
+2,5
+4
+6
+8
Indicações Afastamentos, indicados junto das cotas nominais.
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Afastamentos gerais, indicados abaixo do desenho.
Conceitos:
Medida nominal: é a medida representada no desenho
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Medida com tolerância: é a medida com afastamento para mais ou menos da medida nominal.
+0,3 40 -0,2
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Medida efetiva: é a medida real da peça fabricada:
EX: 40,024
Dimensão máxima: é a medida máxima permitida:
EX: 40,3
Dimensão mínima: é a medida mínima permitida:
EX: 39,8
Afastamento superior: é a diferença entre a dimensão máxima permitida e a medida nominal:
EX: 40,3 - 40 = 0,3
Afastamento inferior: é a diferença entre a dimensão mínima permitida e a medida nominal:
EX: 49,8 - 30 = -0,2
Campo de tolerância: é a diferença entre a medida máxima e a medida mínima permitida:
EX: 40,3 - 39,8 = 0,5
As tolerâncias podem ser representadas por afastamentos ou pela norma ISO adotadas pela ABNT.
Tolerância ISO (International Organization for Standardization)
O sistema de tolerância ISO adotado pela ABNT, conhecido como sistema internacional de tolerância, consiste numa série de princípios, regras e tabelas que permitem a escolha racional de tolerâncias na produção de peças. A unidade de medida para tolerância ISO é o micrômetro (μm = 0,001mm). A tolerância ISO é representada normalmente por uma letra e um numeral colocados à direta da cota. A letra indica a posição do campo de tolerância e o numeral, a qualidade de trabalho. Exercícios:
a) Complete a lacuna com os valores correspondentes
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b) Em uma folha A4:
Desenhar em escala 1:1;
Desenhar em escala 1:2;
Desenhar em corte total em escala 1:2 sem cotas.
DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I (SEM 0502)
TOLERÂNCIA DE FORMA E POSIÇÃO, ROSCAS, PARAFUSOS E PORCAS
Tolerâncias de forma: limitam os afastamentos de um dado elemento em relação à sua forma
geométrica ideal.
Tolerâncias de posição: limitam os afastamentos da posição mútuos de dois ou mais elementos
por razões funcionais ou para assegurar uma interpretação inequívoca. Geralmente um deles é
usado como referência para a indicação das tolerâncias. Se for necessário, pode ser tomada
mais de uma referência.
Representações:
O elemento de referencia deve ser suficientemente exato e, quando necessário, indica-se também
uma tolerância de forma.
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Características:
As tolerâncias de forma e posição estão relacionadas à dimensão total dos elementos, a não ser
no caso de exceções, indicadas no desenho (por exemplo: 0,02/100 significa que a tolerância de
0,02 mm é aplicada numa extensão de 100 mm de comprimento, medida em posição
convenientemente no elemento controlado).
Indicação do elemento tolerado: O quadro de tolerância deve ser ligado ao elemento tolerado
por uma linha de chamada, terminada por uma flecha.
Toca o contorno de um elemento ou o prolongamento do contorno (mas não uma linha de cota), se a tolerância se aplicar à linha ou à própria superfície.
Toca a linha de extensão, em prolongamento à linha de cota, quando a tolerância for aplicada ao eixo ou ao plano médio do elemento cotado.
Toca o eixo, quando a tolerância for aplicada ao eixo ou ao plano médio de todos os elementos comuns a este eixo ou este plano médio.
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Indicação do campo de tolerância
SÍMBOLOS DE TOLERÂNICA E CARACTERÍSTICAS TOLERADAS DE POSIÇÃO
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SÍMBOLOS DE TOLERÂNICA E CARACTERÍSTICAS TOLERADAS DE FORMA
ROSCAS É o conjunto de reentrâncias e saliências, com perfil constante, em forma helicoidal, que se desenvolvem, externa ou internamente, ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica. As saliências são os filetes e as reentrâncias, os vãos.
Características
Entrada: é o início da rosca. As roscas podem ter uma ou mais entradas. As roscas com mais de uma entrada são usados quando é necessário um avanço mais rápido do parafuso na porca ou vice-versa.
Avanço (A) é a distância que o parafuso ou porca percorre em relação a seu eixo, quando completa uma rotação.
Rotação (B) é uma volta completa do parafuso ou da porca em relação a seu eixo. Quando o avanço é igual ao passo, diz-se que a porca é de uma entrada.
Passo (P) é a distância entre dois filetes consecutivos.
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Entradas
Rosca à direita é aquela em que o parafuso ou a porca avança girando no sentido dos ponteiros do relógio.
Rosca à esquerda é aquela em que o parafuso ou a porca avançam girando no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
REPRESENTAÇÃO DE ROSCAS
Normal
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Convencional Rosca com perfil triangular Rosca com perfil especial (com Cotagem)
REPRESENTAÇÃO: CONVENCIONAL DE FUROS ROSCADOS
REPRESENTAÇÃO: FABRICAÇÃO DO FURO ROSCADO E UNIÃO POR PRISIONEIRO E
PORCA
REPRESENTAÇÃO: UNIÕES POR PARAFUSOS
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REPRESENTAÇÃO: UNIÕES POR PARAFUSOS E PORCAS
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PROPORÇÃO PARA DESENHAR PARAFUSOS E PORCAS PARAFUSO COM CABEÇA E PORCA HEXAGONAIS FIGURA PARAFUSOS DE CABEÇA COM FENDA FIGURAS PARAFUSO COM SEXTAVADO INTERNO FIGURAS PARAFUSO COM CABEÇA E PORCA HEXAGONAIS
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PARAFUSOS DE CABEÇA COM FENDA
PARAFUSO COM SEXTAVADO INTERNO
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PORCA BORBOLETA
ARRUELA
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SOLDAS – são elementos de fixação ou de revestimento de materiais, obtidos através da aplicação de calor, assistido ou não de pressão.
TIPOS DE UNIÕES (JUNTAS) SOLDADAS
a) União em topo com flange;
b) União em topo reta;
c) União em topo em V;
d) União em topo em duplo V;
e) União em topo em U;
f) União em topo em duplo U;
g) União sobreposta;
h) União de centro;
i) União de canto;
j) União em T;
k) União em T;
l) União em T.
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SÍMBOLOS SUPLEMENTARES
REPRESENTAÇÕES DE SOLDA NO DESENHO
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SIMBOLOGIA
TAMANHOS DE SOLDAS. Dimensões fundamentais a serem dadas nos símbolos de soldagem.
POSIÇÃO DOS SÍMBOLOS NOS DESENHOS
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JUNTA EM CRUZ COM DUAS SOLDAS DE ÂNGULO
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MANUAL SEGURANÇA DO TRABALHO
PREVENÇÃO DE ACIDENTES USO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO – EPI
OBJETIVO:
Conscientização de todos os funcionários para prática de segurança em todas as atividades
exercidas na propriedade, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a
preservação da vida, a promoção da saúde dos funcionários e a preservação do meio ambiente.
FINALIDADE:
Proteção de acidentes é responsabilidade de todos os funcionários da propriedade, para tanto
observar as seguintes regras práticas:
1) Caminhar com cuidado no interior da propriedade, evitar correria.
2) Não operar máquinas/equipamentos sem autorização do encarregado.
3) Não fazer limpeza ou reparo em máquinas (no caso manutenção) quando estiverem em
movimento. Certificar se estão efetivamente desligadas.
4) Ao realizar a limpeza e higienização em máquinas/equipamentos nunca entrar dentro das
mesmas.
5) Não tentar fazer quaisquer reparos nas máquinas/equipamentos, a não ser que isso faça parte
do seu trabalho normal. Pessoal treinado e equipado é designado para executar esse tipo de
trabalho.
6) As proteções e os dispositivos de segurança são instalados na máquina para evitar acidentes,
não retire sem permissão especial.
7) Utilizar Equipamentos de Proteção Individual, na realização de suas atividades, conforme
orientação recebida pela chefia imediata.
8) Utilizar sempre ferramentas adequadas para o trabalho. Devolver qualquer ferramenta
defeituosa para reparo.
9) Anéis, alianças, relógios, braceletes, brincos, correntes e outros objetos dessa natureza, não
devem ser usados e/ou portados em determinados ambientes de trabalho, como fábrica de
ração.
10) Quando for necessário levantar peso, fazer corretamente para evitar esforços desnecessários,
lesões musculares e na coluna. Ficar junto ao objeto e abaixar-se dobrar somente os joelhos,
manter a costa reta, segurar a carga com firmeza junto ao corpo e levantar, empregando a
musculatura da perna.
11) Todo trabalho em superfície elevada onde há risco de queda de funcionários, só poderá ser
executado com a devida proteção (cinto de segurança e moitão de segurança).
OBS: acima de 2 metros, obrigatório.
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12) Em caso de acidentes, por mais simples que sejam procurar sempre o posto de saúde mais
próximo da propriedade.
13) Manter desobstruídos os acessos aos equipamentos de combate contra incêndio (extintores),
assim como, cooperar com sua conservação.
14) Quando da necessidade da utilização de extintores, avisar o responsável da propriedade para
realizar a substituição ou recarga.
15) Não utilizar para se locomover dentro das áreas de produção equipamentos como: tratores,
colheitadeiras e outros equipamentos similares (somente para cargas).
16) Trator: nunca transportar pessoas sobre os para lamas ou no suporte do engate, somente em
carretas.
17) Permanecer somente no seu local de trabalho, se ausentando, somente com autorização do
seu superior imediato.
18) Cabine de energia elétrica: somente entrada permitida para pessoas autorizadas e treinadas.
19) Painéis elétricos sempre permanecer fechados.
O RUÍDO
O risco do ruído
Em nossa vida diária, seja em casa, no trabalho, viajando ou nos divertindo, existem inúmeras
situações nas quais estamos expostos a ruídos. O trabalho, na maioria das vezes, se apresenta
como a situação mais perigosa em função das muitas máquinas e equipamentos ruidosos e tempo
considerável que passamos sob estas condições. O ruído é formado por vibrações sonoras que
alcançam altos níveis de freqüências, medidas em Hertz, e intensidade medida em Decibéis, e que
prejudicam a saúde humana, causando sensações desagradáveis, bem como variados danos à
saúde.
FATORES QUE INFLUENCIAM OS RISCOS
Tempo de exposição: quanto maior este tempo, maior o perigo.
Tipo de ruído: pode ser contínuo (sem parar), intermitente (ocorre de vez em quando) ou de
impacto (com duração menor que 1 segundo e intervalo maior que 1 segundo).
Lesões no ouvido: causados por problemas anteriores no ouvido (infecções e inflamações).
Sensibilidade individual: varia de acordo com a idade e com a resistência do organismo de
cada pessoa.
Distância da fonte ruidosa: quanto mais próximo, maior o perigo.
Intensidade: quanto maior a intensidade, maior o risco para o trabalhador.
Limites de tolerância: A partir de 85 dB (A), para exposição contínua de 8 horas por dia, o ruído
se torna ainda mais prejudicial. Nestas situações, é obrigatório o uso de equipamento de
proteção auditiva.
Efeitos do ruído no trabalho: Problemas na comunicação (é o primeiro sintoma visível); baixa
concentração; desconforto; cansaço; nervosismo; baixo rendimento e acidentes.
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Efeitos do ruído ao organismo: Alterações menstruais e impotência sexual; insônia; zumbido
no ouvido; estreitamento dos vasos sanguíneos e aumento da pressão arterial; contração dos
músculos; ansiedade e tensão.
Como funciona o nosso ouvido: As ondas sonoras do ruído penetram pelo canal auditivo,
movimentam os ossículos do ouvido médio, o martelo, a bigorna e o estribo, transmitindo
vibrações e estimulando a cóclea, onde se encontram localizadas as células auditivas. Por serem
constituídas de tecido nervoso, uma vez destruídas, não se regeneram originando perdas
progressivas da capacidade auditiva.
Como proteger-se do ruído: Uma maneira de se proteger dos efeitos do ruído é a utilização de
protetores auditivos de modo habitual e permanente durante toda jornada de trabalho.
Higienização do protetor auricular: Deve ser lavado diariamente com água morna e sabão
neutro.
Como colocar o protetor auricular: Após lavar as mãos, passe o braço por trás da cabeça, puxe
a orelha para cima e para o lado inserindo o protetor segurando firmemente a haste, observando
que as três flanges estejam inseridas no canal auditivo. Faça o mesmo procedimento em ambas
as orelhas.
OS RISCOS QUÍMICOS
Em nossa vida diária, seja em casa ou no trabalho, existem situações em que estamos expostos à
produtos químicos. O trabalho, às vezes, se apresenta como uma situação mais perigosa em função
dos produtos que manuseamos ou utilizamos durante a limpeza dos equipamentos, paredes e pisos
das seções. O manuseio de produto químico sem identificação e/ou por pessoa sem orientação
adequada, compromete a segurança e a saúde das pessoas e a produtividade da propriedade.
Esses riscos podem afetar o trabalhador a curto, médio ou longo prazos, provocando acidentes com
lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do trabalho. A presença de produtos
químicos no local de trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde. Isso
depende da composição de muitas condições como a natureza do produto, sua concentração, tempo
e intensidade que a pessoa fica exposta a eles.
Fatores que influenciam a toxicidade: Os riscos dos produtos químicos dependem dos
seguintes fatores;
Concentração: Quanto maior a concentração do produto, mais rapidamente seus efeitos nocivos
se manifestarão no organismo.
Índice respiratório: Representa a quantidade de ar inalado pelo trabalhador durante a jornada
de trabalho.
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Sensibilidade individual: É o nível de resistência de cada um. Varia de pessoa para pessoa.
Tempo de exposição: É o tempo que o organismo fica exposto ao contaminante.
VIAS DE PENETRAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS:
O agente químico pode penetrar no trabalhador pela pele (via cutânea), pela boca e estômago
(via digestiva) e pelo nariz e pulmões (via respiratória).
Via cutânea: Os ácidos, álcalis (soda) e solventes, ao atingirem a pele, podem ser absorvidos ou
provocar lesões como caroços ou chagas (acne química), podendo também comprometer as
mucosas dos olhos, boca e nariz. A soda em escamas e os pós também podem penetrar na pele
e contaminar. Esses problemas podem acontecer quando os trabalhadores manipulam produtos
químicos sem equipamentos de proteção individual EPI como: luvas, aventais, botas, máscaras e
óculos de segurança.
Via digestiva: A contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou não de
substâncias nocivas, presentes em alimentos contaminados, deteriorados ou na saliva. Hábitos
inadequados como se alimentar ou ingerir líquidos no local de trabalho, umedecer os lábios com
a língua, usar as mãos para beber água e a falta de higiene contribuem para a ingestão de
substâncias nocivas. Há casos de ingestão acidental ou proposital de ácidos, álcalis, solventes.
Conforme o tipo de produto ingerido, podem ocorrer lesões (queimaduras na boca, esôfago e
estômago).
Via respiratória: As substâncias penetram pelo nariz e boca, afetando a garganta e chegando
aos pulmões. Através da circulação sanguínea, podem seguir para outros órgãos, onde
manifestarão seus efeitos tóxicos. Substâncias químicas na forma de pó em suspensão no ar
podem facilmente penetrar no organismo pela respiração. Partículas muito pequenas podem
vencer as barreiras naturais das vias respiratórias, chegando a atingir partes mais profundas do
pulmão. Em todos esses casos pode existir risco de contaminação se os funcionários não usarem
os equipamentos de proteção individual ou não manusearem de forma adequada o produto.
PREVENÇÃO E CUIDADOS COM PRODUTOS QUÍMICOS: Para proteger-se dos produtos
químicos faz-se necessário:
Uso dos equipamentos de proteção individual de modo habitual e permanente durante toda
jornada de trabalho;
Não alimentar-se ou ingerir líquidos no local de trabalho;
Lavar as mãos e o rosto antes das refeições;
Manter a higiene pessoal;
Manter os equipamentos de proteção em bom estado de conservação;
Substituir os equipamentos de proteção sempre que necessário;
Manter-se informado sobre os procedimentos de emergência (ficha de emergência) de cada produto;
Conservar o rótulo do produto na embalagem;
Manter o produto na embalagem original;
Pedir orientação em caso de dúvida. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Uso de equipamentos de proteção respiratória
a) Colocar o respirador; certificando-se de que ele está na posição correta e ajustando-o de forma a obter uma boa acomodação;
b) Testar o respirador; quanto a vazamento, usando um método de pressão positiva;
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c) Substituir os elementos filtrantes quando;
Se for filtro mecânico: havendo resistência à inalação;
Se for cartucho químico: quando sentir o cheiro de gás ou irritação no nariz, boca, garganta ou olhos.
d) Abandonar a área imediatamente se:
A respiração tornar-se difícil;
Ocorrer tontura ou qualquer outro sintoma desagradável;
Sentir gosto ou cheiro do contaminante.
e) Limpeza e higienização:
A peça facial deve ser limpa e higienizada com água morna (50 ºC) e sabão neutro;
Mergulhe o equipamento sujo na água com sabão e esfregue cuidadosamente com uma escova macia até limpar. Tome cuidado ao limpar a válvula de exalação na peça e todas as outras partes que entrem em contato com o ar exalado;
Enxague em água morna e deixe secar. f) Manutenção:
O respirador deve ser mantido em boas condições para funcionar apropriadamente.
Quando qualquer peça exibir evidências de uso excessivo ou defeito, deve ser substituída imediatamente pela peça apropriada junto ao Departamento de Segurança do Trabalho;
O respirador, quando não estiver em uso, deve ser guardado em local seco e limpo. Não distorça a peça facial quando guardado.
g) Cuidados:
Siga as instruções cuidadosamente. Elas foram feitas para sua proteção;
Nunca altere ou modifique o respirador;
No caso de intoxicação encaminhar o pronto socorro mais próximo e levar o rótulo
RISCOS NO USO DE FERRAMENTAS MANUAIS:
No Brasil existem cerca de 35 milhões de trabalhadores no setor agrícola. Segundo a Fundacentro,
cerca de 64% das operações de risco na agricultura, estão ligadas às atividades de colheita e tratos
culturais, onde se registram 56% dos acidentes.
Entre os principais fatores causadores de acidentes, estão os equipamentos manuais.
Somente o uso do facão é responsável por 65% das ocorrências com ferramentas manuais
registradas.
Na zona rural, os equipamentos manuais são usados:
Na residência (chave de fenda, alicate, martelo, etc.)
Na oficina (serrote, furadeira, serra circular, etc.)
No plantio (enxada, trado, motosserra, etc.)
Na colheita (foice, facão, alicate, etc.)
Em outros serviços (construções rurais, tratos culturais, etc.)
No corte manual da cana-de-açúcar, por exemplo, o trabalhador rural se sujeita a uma série de riscos
de acidentes, próprios da operação, dos quais destacamos: cortes nas mãos, pernas e pés,
provenientes da utilização do facão, foice ou podão. Além de lombalgias (dores lombares), dores
musculares, lesões oculares, irritação da pele, quedas e ferimentos.
Principais Causas dos Acidentes
Ato inseguro (falha humana)
Ferramentas defeituosas
Ferramenta imprópria para o serviço
Uso incorreto da ferramenta
Má conservação da ferramenta
Guarda em local inseguro ou inadequado
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Como ATO INSEGURO, podem ser listados: 1. Operar sem autorização;
2. Utilizar equipamento de maneira imprópria ou operar em velocidades inseguras;
3. Usar equipamento inseguro (com conhecimento);
4. Lubrificar, limpar, regular ou consertar máquinas em movimento, energizadas ou sob pressão;
5. Misturar indevidamente;
6. Utilizar ferramenta imprópria ou deixar de utilizar a ferramenta própria;
7. Tornar inoperantes ou inseguros os dispositivos de segurança;
8. Usar mãos e outras partes do corpo impropriamente;
9. Assumir posição ou postura insegura;
10. Fazer brincadeiras de mau gosto;
11. Não usar o Equipamento de Proteção Individual (E.P.I.) disponível;
12. Descuidar-se no pisar e na observação do ambiente;
13. Deixar de prender, desligar, sinalizar, etc.
MEDIDAS PREVENTIVAS
A lei diz que as ferramentas manuais devem ser apropriadas ao uso a que se destinam e devem ser
mantidas em perfeito estado de conservação, sendo proibida a utilização das que não atendam a
essas exigências. Seguem-se algumas medidas necessárias à prevenção de acidentes:
Arrumar cuidadosamente as ferramentas em painéis apropriados: sente-se a falta da ferramenta;
não há acúmulo sobre a bancada; e não ficam abandonadas no chão. Ou guardá-las no estojo
próprio.
Vistoriar regularmente as ferramentas, antes do início do trabalho; escolher e usar as adequadas
e encaminhá-las para manutenção, sempre que necessário.
Ao transportar um conjunto de ferramentas, utilizar uma caixa de ferramentas com alça, uma
sacola resistente ou um cinturão porta ferramentas; nunca conduza ferramentas afiadas ou
pontiagudas no bolso.
Proteja-se de: lascas (com óculos de segurança ou máscaras), incêndios (não use roupas muito
folgadas e de tecido inflamável, como os sintéticos), escalpo (principalmente se usar ferramentas
girantes e cabelo comprido), marteladas (olhe e cuide do seu dedo), amputações (não use anéis,
pulseiras, cordões, etc. quando estiver trabalhando), choques elétricos (não use uma chave de
fenda para ver se um circuito elétrico está em carga).
Concentre-se no seu trabalho: evite brincadeiras, conversas, a pressa e o mau humor.
As ferramentas deverão ter cabos corretos, com encaixes justos, de tamanho apropriado e livre
de lascas.
Manter as ferramentas de corte constantemente afiadas, pois quando as lâminas estão gastas
(rombudas), requerem pressão excessiva e "marteladas" para funcionarem; movimente a lâmina,
sempre, em direção oposta ao corpo humano.
Os lados de um rebolo de esmeril poderão quebrar-se, caso utilizemos sua superfície lateral para
afiar ferramentas; apenas no rebolo tipo copo, é que podemos utilizar a sua superfície lateral para
isso.
A chave de fenda é das ferramentas manuais caseiras ou de oficina, a que mais se apresenta
como causas de acidentes, devido à sua manutenção inadequada; na sua afiação, por exemplo,
deve-se usar uma lima, ao invés do rebolo de esmeril.
Uma ferramenta para cortar madeira, possui canto de corte fino e deve ser utilizado para afiá-la,
uma pedra de amolar, com um pouco de água.
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Uso de Ferramentas Elétricas
Devem ter proteção contra choques ou eletrocução: isolante duplo, tomada de três pinos e
interruptores.
Evite operar em áreas alagadas ou úmidas: use luvas e botas apropriadas.
Nunca carregue ferramentas pelo fio; nunca desconecte-as com um puxão.
Sempre desligue as ferramentas quando não em uso, assim como antes de operá-la e ao trocar
acessório.
Ferramenta danificada deve ser removida do serviço e deve ser afixado o aviso: "NÃO USE".
Uso de Ferramentas a Gasolina
Exigem o uso de E.P.I., guarda seguro, bom estado de conservação e uso correto.
O reabastecimento merece cuidado especial:
a) esteja certo de que a máquina esfriou, antes de reabastecer;
b) reabasteça em áreas ventiladas;
c) recoloque a tampa do tanque e enxugue os respingos;
d) não fume em serviço.
Leia e siga o Manual de Operação, bem como as advertências escritas no equipamento.
Use todos os dispositivos de proteção.
Deixe as ferramentas fora do alcance de crianças e de adultos não treinados.
RISCOS NO TRATO COM ANIMAIS
Os animais domésticos são úteis ao homem: como fonte de alimento, como um meio de transporte,
no trabalho e no lazer.
Trouxeram também riscos de acidentes: quedas, chifradas, coices, mordidas, pisadas e as temidas
zoonoses (doenças transmitidas ao homem pelos animais).
Cuidados no Manejo de Animais:
As atividades comuns no manejo dos animais domésticos são: parto, castrações, descornas,
vacinações, separação, marcação, limpeza das instalações, pastoreio, controle do rebanho, preparo
de rações, ordenha, amansamento, e outras. Nesses casos, tome os seguintes cuidados, para evitar
acidentes:
Aproximar-se do animal pelo lado, sem pressa e com atenção, principalmente se ele estiver nervoso. Castre, amanse e treine os animais de serviço, de forma a adaptá-los ao sistema de trabalho e às ordens recebidas.
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A descorna dos bovinos deve ser feita, sempre que possível, para torná-los menos perigosos.
Arreios inadequados ou incômodos provocam ferimentos e tornam agressivos os animais. Para arrear os animais, amarre-os de forma segura, para evitar movimentos bruscos.
Nos trabalhos agrícolas, não conduza os animais com a corda amarrada na cintura ou no braço, pois, qualquer movimento inesperado poderá derrubá-lo. Use somente os animais mansos e treinados, e não aqueles com hábito de morder e coicear. CUIDADOS NA CONTENÇÃO DE ANIMAIS
Mourão: usado para animais indóceis, a serem submetidos a tratamento ou abate.
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Brete: tronco ou manga de contenção - usado na ferração, castração, vacinação, tratamento de
feridas, etc.
Peia ou corda: usada nos trabalhos de ordenha, tomada de temperatura.
RISCOS NO TRABALHO EM SILOS
Os silos e os armazéns são construções indispensáveis ao armazenamento da produção agrícola e
influem decisivamente na sua qualidade e preço. Entretanto, por sua dimensão e complexidade,
podem ser fonte de vários e graves acidentes do trabalho.
Vejamos algumas das causas desses acidentes:
1) Explosões;
2) Problemas ergonômicos (relacionados aos esforços no trabalho);
3) Lesões do trato respiratório (poeiras) e do globo ocular;
4) Riscos físicos (ruído, iluminação, umidade, vibrações, etc.);
5) Acidentes em geral (quedas, sufocamento, etc.).
1 - Riscos de explosões:
A decomposição de grãos pode gerar vapores inflamáveis. Se a umidade do grão for superior a 20%,
poderá gerar metanol, propanol ou butanol. Os gases metano e etano, também produzidos pela
decomposição de grãos, são igualmente inflamáveis e podem gerar explosões. Para diminuir esse
risco, deve-se evitar a solda e o fumo no interior e nas proximidades dos silos. Alguns fumigantes
contêm produtos inflamáveis: dissulfeto de carbono, dicloreto de etileno, fosfina e outros. Fumigantes
e pesticidas são um risco habitual para os trabalhadores das unidades armazenadoras de grãos.
Normalmente implicam na exposição ao tetracloreto de carbono, dissulfeto de carbono, dibrometano,
fosfeto de alumínio e dióxido de enxofre, todos potencialmente perigosos.
A maior parte dos acidentes ocorre nas regiões em que a umidade relativa do ar atinge valores
inferiores a 50%, e onde se armazenam produtos de risco como: trigo, milho e soja, ricos em óleos
inflamáveis.
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2 - Problemas ergonômicos
Os problemas ergonômicos, normalmente, estão associados ao transporte de grãos ensacados.
São eles:
Agressões à coluna vertebral;
Lombalgias;
Torções;
Esmagamento de discos da vértebra.
A figura esquemática abaixo mostra a forma errada (ou não ergonômica) de levantar peso, à
esquerda e a forma correta, à direita.
Da mesma forma, para transportar sacos... 3 - Problemas com os pulmões e os olhos
Alguns grãos armazenados, como o arroz em casca, desprendem uma poeira que pode causar lesão
aos olhos ou dificuldades respiratórias. A soja, por ser uma planta de porte baixo, ao ser colhida com
colheitadeira, leva consegue muita terra. Assim, ao ser armazenada, ao movimentar-se, desprende
essa poeira, que pode provocar uma doença terrível chamada silicose ou o empedramento dos
pulmões.
Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI's recomendados são:
a) máscaras contra poeiras;
b) óculos de segurança.
4 - Riscos físicos (ruídos, iluminação, etc.)
Além dos riscos físicos já relacionados anteriormente, juntam-se: a falta de aterramento de motores,
o uso de lâmpadas inadequadas e a terrível eletricidade estática.
Os EPI's recomendados são:
a) protetores auriculares;
b) óculos ray-ban (para raios ultravioletas) nas fornalhas à lenha;
c) capacete de segurança.
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5- Acidentes em geral
Vários tipos de acidentes podem acontecer com os trabalhadores de silos e armazéns. Nos silos
grandes, como o da foto a seguir.
Quando o operário entrar sozinho no seu interior e tentar andar sem o cinto de segurança sobre a
superfície dos grãos, aparentemente firmes.
Neste caso, ocorreram dois atos inseguros:
O operário entrou no silo sozinho;
Não usou cinto de segurança (tipo paraquedista).
Sérios acidentes também podem ocorrer no sistema transportador de grãos dos silos (a rosca sem-
fim) que, por ser um elemento girante, é muito perigoso.
TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS
O transporte manual de cargas é uma das formas de trabalho mais antigas e comuns, sendo
responsável por um grande número de lesões e acidentes do trabalho. Estas lesões, em sua grande
maioria, afetam a coluna vertebral, mas também podem causar outros males como, por exemplo, a
hérnia escrotal.
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A figura abaixo mostra a técnica correta para o levantamento de cargas (caixa, barra, saco, etc.). O
joelho deve ficar adiantado em ângulo de 90 graus. Braços esticados entre as pernas. Dorso plano.
Queixo não dirigido para baixo. Pernas distanciadas entre si lateralmente. Carga próxima ao eixo
vertical do corpo. Tronco em mínima flexão.
Na figura abaixo, a técnica indicada para a movimentação lateral de carga (no caso, um barril) é a
seguinte: posição dos pés em ângulo de 90 graus, para evitar a torção do tronco. No outro croqui, em
que o modelo carrega uma caixa, o porte da carga é feito com os braços retos (esticados), de modo
a obter menor tensão nos músculos dos mesmos.
A movimentação manual de cargas é cara, ineficaz (o rendimento útil para operações de
levantamento é da ordem de 8 a 10%), penosa (provoca fadiga intensa) e causa inúmeros acidentes.
Portanto, sempre que possível, deve ser evitada ou minimizada.
Recomendações gerais para o transporte manual de cargas Evitar manejo de cargas não adequadas ao biotipo, à forma, tamanho e posição;
Usar técnica adequada em função do tipo de carga;
Procurar não se curvar; a coluna deve servir como suporte;
Quando estiver com o peso, evite rir, espirrar ou tossir;
Evitar movimentos de torção em torno do corpo;
Manter a carga na posição mais próxima do eixo vertical do corpo;
Procurar distribuir simetricamente a carga;
Transportar a carga na posição ereta;
Movimentar cargas por rolamento, sempre que possível;
Posicionar os braços junto ao corpo;
Usar sempre o peso do corpo, de forma a favorecer o manejo da carga;
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USO DE FERRAMENTAS ELÉTRICAS
1- Devem ter proteção contra choques ou eletrocução: isolante duplo, tomada de três pinos e
interruptores.
2- Evite operar em áreas alagadas ou úmidas: use luvas e botas apropriadas.
3- Nunca carregue ferramentas pelo fio; nunca desconecte-as com um puxão.
4- Sempre desligue as ferramentas quando não em uso, assim como antes de operá-la e ao trocar
acessório.
5- Ferramenta danificada deve ser removida do serviço e deve ser afixado o aviso:
"NÃO USE".
CUIDADOS COM ENXAME DE ABELHAS
Abelhas (Apis mellifera) são insetos himenópteros (com 2 pares de asas membranosas) que
polinizam as plantas, produzem mel e também picadas mortais.
Há cerca de 20.000 espécies de abelhas no mundo. O seu tamanho varia de 2 mm a 4 cm. Algumas
são pretas ou cinzas, mas há as de cor amarela brilhante, vermelhas e verdes ou azuis metálicas.
As abelhas africanas ou "abelhas assassinas" descendem das Sul-Africanas, importadas em 1956
por cientistas brasileiros, com vistas à melhoria da produção de mel e, desde então, vem se
cruzando com as abelhas européias.
Em virtude de um acidente ocorrido em São Paulo (1957), quando alguns enxames escaparam das
colméias, grande área do Brasil é hoje povoada pela abelha africana, de extraordinária produtividade,
mas também de grande agressividade. Sua marcha para o Norte do Continente há muito inquieta os
criadores dos EUA.
PERIGO CONSTANTE
Trate as abelhas como você faria com qualquer outro animal venenoso, tal como uma cobra ou
escorpião. Esteja alerta e afaste-se! Você já imaginou o desespero de um tratorista, ao ser atacado
por um enxame, ao desmatar certa área? Ou um agricultor, no topo de uma escada, colhendo frutos
num laranjal? As ocorrências relacionadas a enxames representam 33% das chamadas ao Corpo de
Bombeiros dos 15 a 20 registros diários, só 2 ou 3 envolvem ataque a pessoas. No Brasil já houve
casos de pessoas atendidas em Hospital, com mais de 500 (quinhentas) picadas de abelhas. Caso
você seja picado por mais de 15 (quinze) abelhas, ou se sentir qualquer sintoma além de dor e
inflamação nos locais das picadas, procure auxílio médico imediatamente.
CONHEÇA OS HÁBITOS DAS ABELHAS
Conhecer sobre este inseto e tomar certos cuidados pode reduzir o risco de ser picado.
A abelha africana (ou africanizada) é muito parecida com a abelha europeia, usada como
polinizadora na agricultura e para produção de mel. Os dois tipos têm a mesma aparência e seu
comportamento é similar, em muitos aspectos.
Nenhuma das duas tende a picar quando retiram néctar e pólen das flores, mas ambas o farão para
defender-se, se são provocadas. Um enxame em voo, ou descansando momentaneamente,
raramente molesta a gente; sem dúvida, todas as abelhas se tornam defensivas quando se
estabelecem para formar uma colmeia e começam a reproduzir-se.
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CUIDADOS GERAIS PARA EVITAR PICADAS DE ABELHAS Use roupas claras, pois às escuras atraem as abelhas;
Não use perfume, sabonete, loção pós-barba e spray fixador para cabelo;
Evite movimentos bruscos e excessivos quando próximo à colméias;
Não grite: as abelhas são atraídas por ruídos, principalmente os agudos;
Evite operar qualquer máquina barulhenta próxima às colméias;
Preste atenção ao zumbido característico de um enxame;
Tenha cuidado ao entrar em local que possa abrigar colméia;
Examine a área de trabalho antes de usar equipamentos motorizados;
Idem, ao amarrar animais domésticos ou gado;
Mantenha-se alerta ao executar as práticas culturais;
Para remover colméias, chame os bombeiros, um apicultor ou firma especializada;
Ensine as crianças a se precaverem e não molestarem as abelhas;
Pergunte ao Médico sobre Primeiros Socorros e o que fazer se for alérgico a picadas;
Observe se há abelhas entrando ou saindo do mesmo lugar.
COMO O VENENO SE MANIFESTA
Forte dor, nos primeiros 2 a 3 minutos, proporcional ao número de picadas e conforme o local do
corpo;
Inchação mais ou menos acentuada, de acordo com o local do corpo atingido;
Vermelhidão no local da ferroada;
Coceira local ou generalizada (nas pessoas alérgicas);
Aumento da temperatura corporal, principalmente no local da picada;
Falta de ar (dificuldade de respirar);
Os lábios adquirem cor azulada (em casos de alergia).
PRIMEIROS SOCORROS
Uma pessoa alérgica vai apresentar os primeiros sintomas 3 a 4 minutos após receber a(s) picada(s):
dificuldade de respirar, pele avermelhada e até desmaio. Nesses casos, o melhor é não tentar
atender em casa, mas levá-la ao Hospital para os Primeiros Socorros, o quanto antes.
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Todo incêndio começa pequeno, às vezes de uma simples ponta de cigarro aceso, por isso qualquer
pessoa pode domina-lo desde que o fogo não tenha tomado grandes proporções, utilizando neste
caso o extintor adequado.
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O que causa um incêndio?
Cigarro (cestos de lixo, combustíveis, serrarias, etc.);
Curto circuito (sobrecarga de energia elétrica, gambiarras.);
Borras de solda ou corte oxi-acetileno (madeiras, papelão, próximo a líquidos inflamáveis, etc);
Raios.
O que fazer em caso de incêndio?
Avisar ao Brigadista;
Abandonar a área, não tente salvar objetos, tente salvar sua vida;
Mantenha a calma e acalme as pessoas.
QUEIMADURAS
Faça parar de queimar;
Remova a fonte de calor, como roupas ou joias;
Esfrie pequenas queimaduras com água corrente fresca;
Nunca aplique gelo, óleo, pasta de dentes ou manteiga;
A água fresca interrompe a queimadura, diminuindo a dor e o edema.
Se houver roupa grudada na queimadura, não remova.
Cuidadosamente corte o tecido ao redor da queimadura para remover a roupa.
Não fure as bolhas.
Para queimaduras severas, ou se não tiver certeza, vá imediatamente ao hospital;
Retardar o tratamento piora a lesão;
Queimaduras na face, genitália, mãos e pés devem ser sempre considerados sérios, recebendo
atenção médica imediata.
Mantenha os números de emergência sempre próximos de cada telefone e ensine as crianças
como chamá-los.
Em queimaduras químicas: remova as roupas, escove qualquer pó seco presente e, depois,
lave abundantemente com água por 20 minutos.
Em queimaduras com líquidos: remova as roupas e comece a lavar com água imediatamente.
Em queimaduras elétricas: retire o fio da tomada ou desligue a energia geral, mas nunca toque
na vítima enquanto ela estiver em contato com a eletricidade. Depois, verifique se ela está
respirando e cubra a queimadura com uma gaze estéril ou pano limpo.
OBS: Todas as queimaduras elétricas devem receber atenção médica.
Lembre que a inalação de fumaça causa severas queimaduras nos pulmões e deve sempre
receber atenção médica, mesmo que não haja queimadura externa visível.
ACIDENTE DE TRABALHO
Acidente do trabalho é uma ocorrência não programada, inesperada, que interrompe ou interfere no
processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo no trabalho, lesões e danos
materiais e acontecem por Ato Inseguro que é uma conduta a partir de uma decisão, escolha ou
opção que desnecessariamente conduzam a ocorrência de um acidente ou contribua direta ou
indiretamente para que ele ocorra, e Condição Insegura que é determinada pelas irregularidades
existentes no ambiente em que vivemos.
Ocorrendo um ACIDENTE DE TRABALHO, por mais insignificante que seja, deve-se comunicar
imediatamente:
A pessoa mais próxima de você;
O seu superior imediato;
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O funcionário que sofrer um ACIDENTE DE TRABALHO deverá ser encaminhado para
prestação de primeiros socorros, devendo ser relatado pelo mesmo, como aconteceu o acidente.
Nos casos de ACIDENTE DE TRAJETO, o funcionário deverá entrar em contato com a empresa e
apresentar o boletim de ocorrência. O acidentado deverá comunicar o acidente até 24 horas após o
acidente.
O ACIDENTE NÃO COMUNICADO, NÃO SERÁ CONSIDERADO PARA EFEITOS LEGAIS.
Complicação Pós-Acidente
Sofrimento físico;
Incapacidade para o trabalho;
Reabilitação Profissional;
Desamparo à Família;
Pagamento Auxílio Acidente – INSS;
Outros
Como evitar tudo isso?
Seguir as Normas de Segurança contidas neste manual, não cometendo atitudes perigosas e antecipando aos riscos existentes, neutralizando-os para uma condição de ambiente de trabalho seguro.
ORIENTAÇÕES IMPORTANTES:
Fatores de risco no ambiente de trabalho:
Imperícia, ou seja, executar tarefas sem instruções fundamentais relacionadas ao procedimento
e riscos presentes em cada atividade;
Negligência: ou seja, ter o conhecimento dos riscos e procedimentos corretos de cada atividade,
não evidenciá-los quer seja por descuido ou falta de atenção;
Imprudência: ou seja, tendo o conhecimento dos procedimentos corretos e dos riscos de cada
atividade, porém não estar em condições;
Curiosidade: ou seja, deslocar-se ou desviar atenção de seu posto de trabalho para observar ou
realizar tarefas a qual não foi designado ou autorizado;
Falta de Atenção: ou seja, não estar atento á atividade que executa durante o período laboral,
deixando que problemas externos não relacionados com a atividade, possam desviar sua
atenção do posto de trabalho.
Equipamento de proteção individual – EPI: É todo dispositivo de uso individual, destinado a
proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
ANIMAIS PEÇONHENTOS E PRIMEIROS SOCORROS
Se uma pessoa ou um animal for picado por um animal peçonhento, devemos tomar imediatamente,
as seguintes providências:
Identificar o animal para dar, o mais rápido possível, o soro adequado;
Fazer o paciente ficar o mais quieto possível e sem se mexer;
Resfriar sem interrupção, o membro ou parte afetada, com água fria, água gelada ou, melhor
ainda, com gelo.
Essas medidas são para fazer com que o veneno leve o maior tempo possível para cair na circulação
sangüínea, dando tempo para a aplicação e atuação do soro e para que o organismo também reaja
contra ele.
Cobras e sintomas Os sintomas de envenenamento variam de acordo com o animal cobra, aranha e escorpião.
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Por exemplo: à cascavel ou jararaca, a vítima apresenta tonteiras, perda passageira da visão,
convulsões e, às vezes, entra em estado de coma. Aparecem hemorragias e os braços, pernas e
nuca vão ficando paralisados, a respiração se modifica, há sangue na urina e a vítima pode deixar de
urinar. Nos casos mal tratados, aparece gangrena no local da picada.
Quando há queda de temperatura, é o sinal de perigo de vida, mas a morte não vem antes de 12 a
15 horas após o incidente. Devem ser usados o soro anti-crotálico, para a cascavel, o anti-botrópico,
para as jararacas e o anti-ofídico polivalente, quando a cobra não for identificada. Quando o acidente
é causado por surucucu ou surucutinga, o que é raro, porque esta cobra vive nas florestas, deve ser
usado o soro antiofídico polivalente. Além da grande quantidade, seu veneno age sobre o sangue e
os nervos, ao mesmo tempo. Os acidentes por corais são muito raros, porque elas vivem nas matas
e apresentam hábitos subterrâneos; não têm presas para inocular o veneno e, por essa razão,
precisam ficar mordendo durante algum tempo para que o veneno penetre na vítima, o que dá tempo
para que seja atirada longe. Os sintomas do envenenamento por corais são diferentes, porque o seu
veneno é de ação rápida, matando em 5 ou 6 horas. No ponto da mordida aparece uma dormência
que vai se alastrando, há perturbações da visão e as pálpebras ficam caídas; aumenta muito a
salivação; há lágrimas; aparecem líquidos nos pulmões; andar, engolir e respirar tornam-se tarefas
cada vez mais difíceis. A vítima, angustiada, entra em coma e morre por asfixia, por paralisação dos
músculos da respiração. Para corais, usar o soro anti-mercrúrico.
A maioria das picadas de cobras ocorre do joelho para baixo, por essa razão, aconselhamos: usar
botas de cano alto ou calças bem grossas e nunca enfiar a mão em tocas, buracos ou montes de
madeira, para evitar uma picada na mão.
ORIENTAÇÕES GERAIS EM CASO DE ACIDENTES
Mantenha a calma;
Afaste os curiosos;
Quando aproximar-se, tenha certeza de que está protegido (evitar ser atropelado);
Faça uma barreira com seu carro, protegendo você e a vítima de um novo trauma;
Chame uma ambulância;
Evite movimentos desnecessários da vítima, para não causar maiores e/ou novas lesões, ex.
lesões na coluna cervical, hemorragias, etc;
Utilize luvas, para evitar contato direto com sangue ou outras secreções, (luvas descartáveis).
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
A avaliação da vítima pode ser dividida em primária e secundária. É através dela que vamos
identificar as condições da vítima e poder eliminar ou minimizar os fatores causadores de risco de
vida.
Atenção
Durante o atendimento, deve-se reavaliar a vítima (avaliação primária e secundária) sempre que
possível, pois o quadro pode agravar-se.
Ex.: a vítima parar de respirar ou entrar em estado de choque.
Interrompe-se a avaliação e começam-se os procedimentos imediatamente, quando detectado que a
vítima encontra-se em parada respiratória ou parada cardiorrespiratória.
Avaliação Primária
A avaliação primária deve ser cuidadosa e respeitar uma rotina, como podemos ver abaixo:
1. Respiração e manutenção da coluna cervical
2. Circulação / hemorragias
3. Avaliação neurológica
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Importante observar que:
É fundamental que a vítima chegue ao hospital sem 2º trauma e, preferencialmente, com as
possíveis situações de risco estabilizadas (ex. obstrução das vias aéreas).
Sabendo disso, preocupe-se com as prioridades, mantenha a calma, aja coerentemente e tenha
a certeza de que o socorro está a caminho.
O socorrista é o primeiro a atender a vítima, outros o sucederão, dando continuidade a
manutenção da vida e evitando complicações como 2º trauma.
O transporte deve ser realizado pela ambulância, evite carregar a vítima em outro transporte, pois
isso interfere no atendimento. Transporte inadequado causa 2º trauma ou a morte da vítima.
Em locais onde não haja ambulância, a vítima deve ser transportada somente após avaliada,
estabilizada e imobilizada adequadamente.
Não retire a vítima do local do acidente, salvo se o local em que ela se encontra possa causar
risco de vida para ela e para o socorrista.
Ex.: carro que tenha risco de explosão, pista perigosa e que não tenha como sinalizar com o carro,
faróis e sem triângulo, podendo vir outro veículo e ocorrer outro acidente.
Vítimas presas em ferragens devem ser retiradas por pessoas especializadas, (ex: bombeiros);
Evite movimentos desnecessários.
Avaliação Secundária: Respiração e manutenção da coluna cervical:
1. Abra a boca da vítima para retirada de prováveis corpos estranhos (secreções, pedaços de
alimentos, dentes quebrados), tendo o cuidado de não fazer movimentos desnecessários com a
coluna cervical.
2. Faça esta manobra: firme a cabeça da vítima com os joelhos ou solicite auxílio.
3. Projete o maxilar para frente, agarrando-o firmemente e logo após para baixo. Esta manobra
fará com que a boca se abra e possa ser visualizado seu interior, sem causar trauma de coluna
cervical.
4. Retire da boca os objetos e prótese dentária se houver.
5. Imobilize a coluna cervical, tendo o cuidado de não elevá-la e não colocando nada em baixo
(proteja-a com uma roupa dobrada) improvise um colar cervical.
6. Se a vítima não estiver respirando após a retirada do corpo estranho, mas está com os
batimentos cardíacos presentes, comece a respiração boca a boca. Realize esse procedimento
cerca de 16 vezes por minuto até ela voltar a respirar espontaneamente.
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7. Observe se há elevação do tórax ou abdômen quando você não está soprando ar para dentro
dos pulmões da vítima.
Avaliação Primária
Circulação:
1. Verifique se o coração da vítima está batendo.
2. Utilize os dedos indicador e médio e apalpe a artéria carótida (no pescoço) ou a artéria femural
(na virilha).
3. Se ausentes os batimentos, proceda a ressuscitação cardio pulmonar (RCP).
4. Verifique se há hemorragias ou presença de sinais e sintomas que indiquem uma hemorragia
interna.
Avaliação Neurológica:
1. Se ela estiver consciente, pergunte nome, telefone para contato, endereço. Faça também
perguntas que você possa avaliar se ela está respondendo com coerência.
Ex.: Que dia é hoje? É dia ou é noite? Que bairro está?
2. Caso esteja inconsciente, abra os olhos dela e verifique as pupilas:
Pupilas normais: sem lesões neurológicas aparentes e oxigenação presente.
Pupilas diferentes: uma normal e a outra dilatada: presença de lesão neurológica. Intensificar
a avaliação, pois pode entrar em Parada Cardiorrespiratória.
As duas pupilas dilatadas: Parada Cardiorrespiratória há mais de um minuto. Também pode
ter lesão neurológica. Iniciar manobras de RCP.
Avaliação secundária
Somente após completar todos os passos da avaliação primária é que se parte para a
secundária, onde deve-se fazer a inspeção da cabeça aos pés, de forma a observar a presença
de alterações:
• Estado de Choque
• Fraturas
• Objetos encravados
• Deslocamento de articulações, etc
Alterações
Vários são os tipos de ferimentos com os quais você poderá se deparar num acidente ou
situação de emergência. Sabendo dos passos a serem seguidos (avaliação da vítima) será
mais fácil prestar um adequado socorro e evitar complicações ou pioras do quadro.
Antes de prosseguir, certifique-se de que as orientações e os passos da avaliação da vítima
estão aprendidos, revisando-os caso necessário.
Estado de choque
Conceito;
Causas;
Sinais e Sintomas;
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Atendimento em Primeiros Socorros.
Conceito:
Grave diminuição do fluxo sangüíneo e oxigenação, de maneira que se torna insuficiente para
continuar irrigando os tecidos e órgãos vitais do corpo. Pode levar à vítima a morte se não
revertido.
Causas:
Hemorragias e/ou fraturas graves;
Dor intensa;
Queimaduras graves;
Esmagamentos ou amputações;
Exposições prolongadas a frio ou calor extremos;
Acidente por choque elétrico;
Ferimentos extensos ou graves;
Ataque cardíaco;
Infecções graves;
Intoxicações alimentares ou envenenamento.
Sinais e Sintomas:
Pele fria e pegajosa, com suor abundante.
Respiração rápida, fraca e irregular.
Pulso rápido e fraco.
Diminuição da circulação e oxigenação nas extremidades, a pele apresenta-se cianosada
(roxa) nas mãos, pés e lábios.
Sensação de frio.
Agitação ou inconsciência.
Hipotensão arterial.
Atendimento em Primeiros Socorros:
Observar se não há objetos ou secreções na boca da vítima, de maneira que ela possa se
asfixiar com ele. Ex. bala, chiclete, prótese, etc.
Descobrir a causa do estado de choque (hemorragia interna, externa, queimadura, etc.)
Tentar eliminar a causa, ex.: estancar hemorragias.
Afrouxar as roupas, cintos.
Elevar os membros inferiores.
Obs.: se a vítima tiver suspeita de hemorragias no crânio ou fratura nos membros inferiores não
eleve-os.
Aquecer a vítima com um cobertor ou roupas, mantendo uma temperatura adequada, evite
abafá-la.
Conversar com a vítima, se consciente.
Não dar líquidos para ela beber, pois vai interferir caso necessite de uma cirurgia e também
ela poderá se afogar, já que está com os reflexos diminuídos.
Mantê-la avaliada até a chegada do socorro médico (avaliação primária e secundária).
Obs.: Se a vítima estiver vomitando sangue em jato, tem o risco de engolir este sangue e ele
pode ir para os pulmões. Proceda da seguinte maneira:
Não tendo suspeita de lesão da coluna cervical e a vítima podendo virar o pescoço para o
lado, mantenha-o lateralizado.
Na suspeita de lesão da coluna cervical, imobilize-a totalmente e vire-a (em bloco) para o lado.
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HEMORRAGIA
Conceito
Classificação
Atendimento
Conceito: É a perda constante de sangue ocasionada pelo rompimento de um ou mais vasos
sanguíneos (veias ou artérias).
Classificação: A hemorragia pode ser interna ou externa.
Hemorragia interna: É a que ocorre internamente, ou seja, não se enxerga o sangue saindo,
é mais difícil de identificar. Algumas vezes, pode exteriorizar-se, saindo sangue em golfadas
pela boca da vítima. Podemos suspeitar de hemorragia interna através do Estado de Choque,
no caso de um acidente.
Hemorragia externa: É aquela que é visível, sendo, portanto mais fácil identificar. Se não for
prestado atendimento, pode levar ao Estado de Choque.
A hemorragia pode ser arterial ou venosa:
Na Arterial, a saída de sangue acompanha os batimentos cardíacos.
Na Venosa, o sangue sai contínuo.
Atendimento para hemorragia interna: O mesmo do Estado de Choque.
Atendimento para hemorragia externa:
Proteger-se com luvas (sempre que em contato com sangue ou fluidos corpóreos).
Identificar o local exato da hemorragia, o sangue espalha-se e podemos estar realizando
atendimento no local errado.
Colocar um pano limpo dobrado, no local do ferimento que ocasiona a hemorragia.
Colocar a atadura em volta ou fazer uma atadura improvisada, com tiras largas ou cintos. Não
utilizar objetos que possam causar dificuldade circulatória (arames, barbante, fios, etc.). Faça
um curativo compressivo, sem prejudicar a circulação daquele membro.
Se a hemorragia for em braço ou perna, eleve o membro, só não o faça se houver fraturas.
Pressione a área com os seus dedos (ponto de pressão) para auxiliar a estancar a
hemorragia.
Caso o sangue continue saindo mesmo após a realização do curativo compressivo, não retire
os panos molhados de sangue. Coloque outro pano limpo em cima e uma nova atadura,
evitando com isso, interferir no processo de coagulação.
Evite usar torniquete, pois ele pode levar a amputação cirúrgica de membro se não for
afrouxado corretamente e no tempo certo.
Se a hemorragia for abundante, pegue uma camisa ou um cinto, coloque um pouco acima da
hemorragia e de um nó e puxe, fique segurando firme, isso vai diminuir a chegada de sangue
ao local. Esse método é para substituir o torniquete, e não causa lesões circulatórias, pois
cada vez que o socorrista cansar e tiver que "tomar fôlego", vai diminuir a pressão e aquela
área será irrigada com sangue arterial.
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FRATURAS
Conceito Classificação
Sinais e Sintomas
Atendimento
Conceito: É o rompimento de um ou mais ossos.
Classificação:
A fratura pode ser fechada (não há rompimento da pele, o osso não aparece) e externa ou
aberta (quando o osso exterioriza-se).
Sinais e Sintomas:
Dor intensa no local;
Edema (inchaço);
Coloração roxa no local da fratura;
Membro ou local afetado fica em posição disforme (braço, perna, etc.), anatomicamente mal
posicionado;
Dificuldade para movimentar o membro ou ausência de movimentos;
Presença ou não de pulso (pulsação arterial) no membro;
Atendimento:
Evite movimentar o local fraturado.
Caso o socorro for demorar, ou seja, um local onde não tenha como chamar uma ambulância
e for necessário transportar, serão necessários procedimentos para atender a vítima antes
de transportá-la. (imobilização adequada).
Se foi chamado socorro, não realize esses procedimentos, deixe que a equipe de socorro o
faça, pois eles dispõem de material adequado para o mesmo.
Se a fratura for em braço ,dedo ou perna, retire objetos que possam interferir na circulação
(relógio, anéis, calçados, etc.), porque ocorre edema (inchaço) no membro atingido.
Em caso de fratura exposta, há sangramento, podendo ser intenso ou de pouco fluxo,
proteja a área com um pano limpo e enrole com uma atadura no local do sangramento.
Evite comprimir o osso.
Improvise uma tala. Utilize revistas, papelão, madeiras. Imobilize o membro da maneira que
se encontra, sem movimentá-lo.
Fixe as extremidades com tiras largas.
Não fixe com tiras em cima da área fraturada, em função do edema e também para observar
a evolução e para não forçar o osso para dentro, podendo romper vasos sangüíneos e
causar intensa dor.
Utilize uma tipoia, lenço ou atadura.
Não tente recolocar o osso no lugar, isso é um procedimento médico realizado dentro do
hospital, com todos os cuidados necessários.
Se suspeitar de fratura no crânio ou coluna cervical, proteja a cabeça da vítima de maneira
que ela não possa realizar movimentos, não lateralize a cabeça e não eleve-a.
Em caso de fratura de bacia, o risco de ter hemorragia interna deve ser avaliado. Pois pode
ter rompido vasos sangüíneos importantes, como a artéria femural e ou a veia femural,
observe se há presença de sinais e sintomas que possam levar ao Estado de Choque.
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Caso tenha que transportar, imobilize toda a vítima, o ideal é uma superfície rígida (tipo uma
tábua), fixe-a com tiras largas em todo o corpo e também faça um colar cervical.
Mantenha-a avaliada constantemente.
FERIMENTOS
Conceito
Atendimento
Em ferimentos por Objeto Encravado
Em Perfuração de Vísceras
Conceito: É o rompimento da pele, podendo atingir camadas mais profundas do organismo,
órgãos, vasos sanguíneos e outras áreas. Pode ser provocado por vários fatore, dentre eles:
faca arma de fogo, objetos perfuro-cortantes, arames, pregos, pedaços de metais, etc.
Atendimento: Em ferimentos com hemorragias preste o atendimento conforme o capítulo:
HEMORRAGIAS
Em ferimentos por Objeto Encravado:
Não retire objetos encravados, (madeira, ferro, arame, vidros, galho, etc.). A retirada pode
provocar lesões nos órgãos e graves hemorragias, pois libera o ponto de pressão que está
fazendo.
Proteja a área com pano limpo, sem retirar o objeto, fixando-o para evitar movimentação
durante o transporte.
Aguarde a chegada do socorro. Fique ao lado da vítima e conforte-a.
Em Perfuração de Vísceras:
Não recoloque as vísceras para dentro da cavidade abdominal.
Coloque um pano limpo em cima.
Umedeça com água limpa para evitar a ressecação.
Aguarde a chegada do socorro.
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METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS
Métodos pró ativos, a priori, equacionam a ação preventiva antes de acontecer o acidente;
Métodos reativos, a posteriori, utilizados após a ocorrência;
O conhecimento adquirido com a análise de acidentes e incidentes é um elemento de
enriquecimento dos métodos pró-ativos e uma referência para a estimativa e a valoração.
A caracterização da exposição a fatores de risco respeita as situações de trabalho simples e
àquelas em que os riscos podem originar catástrofes.
Da mesma forma, a multiplicidade de riscos á proporcional à diversidade de métodos
vocacionados para a sua detecção e caracterização;
Trataremos métodos mais usuais e mais comuns na pratica da atividade preventiva;
Analise de Riscos
Analise das condições de
trabalho
Análise clínica do acidente
Analise epidemiológica
Caraterística e recolha Recolha de fatores Estudos estatísticos de dados dos componentes arvore de causas analise de dados do processo e dos riscos potenciais METODOS A POSTERIORI O estudo estatístico da sinistralidade laboral permite uma visão global das áreas problemáticas, a detecção de riscos particulares e a evidenciação de fatos menos óbvios de produção de acidentes; Objetivos preventivos decorrentes:
Determinar magnitude dos problemas de acidente, extensão e gravidade;
Determinar alterações na repartição e na incidência das lesões;
Identificar eventualmente novos riscos;
Estabelecer necessidades de medidas preventivas e estabelecer prioridades;
Monitorar e avaliar a eficácia das ações
Supervisionar os riscos, advertir e levar a cabo campanhas de sensibilização;
Estimar consequências de lesões profissionais, em dias perdidos ou em custos;
Proporcionar dados de retroalimentação empregadores e empregados e demais atores de prevenção;
Os resultados da recolha e tratamento de dados estatísticos não permitem observar a complexidade
da situação acidental, nem a interação de causas subjacentes, pelo que se torna relevante a analise
clinica só acidente, para classificar os antecedentes e a sua relação cronológica;
Estas abordagens constam da lista de atividades de SHST no DL 26/94;
Recolha, tratamento e comunicação dos resultados é um método de analise que permite estudos
epidemiológicos, testando hipóteses correlações entre variáveis selecionadas;
O âmbito de recolha deve abranger acidentes de trabalho, doenças profissionais, acidentes de
trajeto, incidentes e eventos perigosos, o que permite melhor conhecer a realidade a analisar;
ANALISE a posteriori
ANALISE a priori
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CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Trabalhadores – incluem-se todas as pessoas que ocupam um emprego, permanente ou
temporário, ao serviço do empregador, bem assim como o tirocinante, o estagiário e o aprendiz e
os que estejam nas dependências econômicas do empregador, em resultado dos meios de
trabalho e do resultado da sua atividade, embora não titulares de uma relação jurídica de
emprego.
Acidente de trabalho – todo o acontecimento inesperado e imprevisto, incluindo atos de
violência, derivado do trabalho ou com ele relacionado, do qual resulta uma lesão corporal ou
mental, ou a morte, de um ou vários trabalhadores;
Doença profissional – doença contraída em consequência de exposição, durante um período de
tempo, a fatores de risco decorrentes de uma atividade profissional;
Acidente de trajeto – acidente do qual resulta a morte ou lesões corporais, e que ocorre no
trajeto habitualmente efetuado pelo trabalhador, qualquer que seja a direção em que se desloca
entre o seu local de trabalho e:
O local de formação ligada à sua atividade profissional
A sua residência principal ou secundária
O local onde toma normalmente as suas refeições;
O local onde recebe normalmente o seu salário;
Evento perigoso – acontecimento facilmente identificável e ligado ao trabalho que pode ser
causa de lesão corporal;
Incidente: acontecimento derivado do trabalho, ou ocorrido durante o trabalho, que não provocou
lesão corporal ou em que a lesão corporal apenas necessita de primeiros socorros;
Lesão profissional – lesão corporal, doença ou morte provocada por um acidente de trabalho; a
lesão é distinta da doença profissional;
Caso de lesão profissional – caso de um único trabalhador vitima de uma lesão profissional,
resultante de um único acidente de trabalho, vários trabalhadores vítimas de um mesmo
acidente, implica registros separados;
Incapacidade para trabalhar – incapacidade da pessoa lesionada, devido a lesão profissional
de que foi vítima, para executar as tarefas normais correspondentes, no emprego ou posto de
trabalho que ocupava no momento em que se produziu o acidente de trabalho;
ÁRVORE DE CAUSAS
Ferramenta de trabalho apropriada para a investigação de acidentes
Técnica dedutiva; usa um percurso ascendente ou inverso do acidente para as causas;
estabelece a correlação de fatos e disfunções que originaram um evento de topo o acidente e que
contribuíram para a sua conseqüência; é um método de diagnostico que busca identificar o estado
do sistema através do conhecimento do sintoma;
Elaboração do diagrama sinóptico dos fatores de acidente para evidenciar a relação lógica, e não
a relação causa efeito entre os fatos que contribuíram para a produção do acidente;
O seu processo de construção parte do evento de topo o acidente e representa os fatores de
acidente de cima para baixo ou da direita para esquerda;
Procede-se ao questionamento sobre os fatos que antecederam o evento de topo e a partir dai os
fatos que estiveram na sua origem antecedentes imediatos até não ser possível obter mais
respostas;
Fatos ocasionais Fatos permanentes
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RESPONDER AS QUESTÕES:
1) Qual o antecedente lógico que implicou este fato?
2) O que teve de ocorrer para que este fato se produzisse?
3) Este antecedente é necessário à produção deste fato?
4) Foi suficiente?
5) Não existiram outros?
O DIAGRAMA DA ÁRVORE DE CAUSAS: está terminado quando se identificam os eventos
primários que estão na origem dos acidentes e não carecem de uma situação anterior para serem
explicados ou quando se desconhecem os antecedentes que propiciaram uma situação de fato;
DE UMA FORMA GERAL, OS EVENTOS PRIMARIOS SÃO, NORMALMENTE, FALHAS
ORGANIZATIVAS, QUE POR SUA VEZ PERMITEM FALHAS OU INSUFICIENCIAS DE
CONTROLE AO NIVEL TÉCNICO OU COMPORTAMENTAL.
Métodos Pró Ativos ou a Priori
Conhece-se uma extensão e uma disparidade de métodos pró ativos assinaláveis, o que dificulta o
estabelecimento de um catálogo de técnicas e procedimentos operacionais;
Pode estabelecer-se uma classificação com base em dois eixos, em que o horizontal contém os
métodos aplicáveis à concepção e á exploração, e o vertical contém os pólos da técnica e o
organizacional; ficam assim 4 quadrantes com métodos de analise pró ativos.
POSICIONAMENTO DOS METODOS A PRIORI
MÉTODOS GLOBAIS
E ERGONOMICOS
I II
Empresa Secção
Serviço Posto
Máquina Conjunto Téc.
Instalação Complexo
SEGURANÇA DE CONTROLES E VERIFICAÇÕES SISTEMAS IV III
Quadrante I – representa a concepção de instalações e unidades produtivas e desenvolve técnicas
de simulação de diferentes cenários de funcionamento normal local, maquinas meios de transporte e
de circulação para aumentar fiabilidade e evitar falhas ou estrangulamentos, limitando os efeitos da
improvisação posterior e a sinistralidade normalmente associada.
Quadrante II – Compreende uma serie de abordagens que vão desde a analise de riscos dos postos
de trabalho aos contributos de ergonomia para a relação dos sistemas home-máquina, até às
abordagens sócio técnicas sobre o funcionamento global da empresa e dos seus relacionamentos
internos e externos.
Quadrante III – reporta-se aos métodos que se destinam a formalizar saberes técnicos que apoiam
diagnósticos e controles de funcionamento da exploração das unidades produtivas.
ORGANIZAÇÃO
CONCEPÇÃO EXPLORAÇÃO
TÉCNICA
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Quadrante IV – reflete todo o conjunto de métodos desenvolvidos particularmente os reagrupáveis
na segurança dos sistemas ou engenharia dos sistemas.
Os métodos de controle e de verificação correspondem às técnicas mais antigas de diagnostico
pró ativo de riscos;
Tem por finalidade reconhecer, numa situação de trabalho existente, as falhas, as anomalias ou
as insuficiências respeitantes aos dispositivos técnicos, ás instalações ou aos modos
operatórios.
Estabelecem uma relação com a regulamentação ou as regras da arte ou verificam a
presença ou ausência das medidas de prevenção prescritas.
Os controles e verificações materializam-se em visitas de inspeção estruturadas de acordo
com o seu objeto: um setor, uma empresa ou estabelecimento, seção, uma instalação, uma
máquina ou um risco em particular.
Os controles e verificações estão associados a listas de verificação que estabeleçam, com o
detalhe adequado, os aspectos a observar.
As listas de verificação ou check-lists verificam em geral conformidades batizadas por normas ou
leis ou para controlar riscos identificados por outras técnicas. Os métodos de controle e
verificação englobam também as Inspeções de segurança, que se perspectivam em torno de
três campos.
1º - Exame aos Riscos comuns (6 grupos)
Riscos de incêndio: demarcação de zonas perigosas, setores vulneráveis, tipos de fogos
possíveis;
Riscos elétricos: identificação de materiais e dispositivos que necessitam de medidas de
prevenção especifica;
Riscos associados à circulação de pessoas e maquinas: implantação dos postos de trabalho,
obstruções, estado dos pavimentos, iluminação;
Riscos ligados ás atividades de manutenção: intervenções em condutas de produtos
inflamáveis, operações de soldadura e corte;
Riscos ligados á armazenagem: produtos e substancias químicas, movimentação manual de
cargas;
Riscos do ambiente de trabalho: ruído, contaminantes, desconforto térmico;
2º - Identificação de zonas que carecem de estudo mais aprofundados.
3º - Reflexão sobre a capacidade de empresa no tocante á segurança e saúde do trabalho.
ALERTAS
A inspeção pode ser realizada com apoio de análise estatística de taxas de freqüência e
incidência de acidentes e incidentes, apesar da sua configuração reativa.
A eficácia e a eficiência das inspeções dependem da qualidade dos padrões de referência, da
habilidade para detectar desvios, e da técnica de observação.
A realização solitária de inspeções, a utilização mecânica de listas de verificação, a sua
configuração fechada, a inexistência de questões abertas ou a não consulta aos trabalhadores,
podem retirar às inspeções as suas potencialidades.
À medida que a situação melhora, os instrumentos de controle devem sofrer adaptações para
maior precisão e até exaustão.
O recenseamento dos riscos deve dar origem a manuais técnicos de amplitude variável, em
permanente estado de adaptação e correspondência com o evoluir da realidade alvo.
A definição dos conteúdos dos controles e das verificações repousa na utilização de leis,
regulamentos ou normas.
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Estes documentos contem prescrições técnicas a observar.
Tais prescrições contem previsões circunscritas a situações particulares
Por isso, esta metodologia não garante só por si a segurança e saúde de todos os trabalhadores
em todos os aspectos do trabalho.
Os métodos de controle e verificação – inspeções – implicam planificação – pelo que as
inspeções devem incidir sobre:
Regras de segurança aplicáveis – contexto legal e regulamentar, informação de fabricantes e fornecedores, códigos de boas praticas;
Identificação dos alvos da inspeção;
Pessoas ou organismos inspectivos, internos e externos, constituição de equipes pluridisciplinares participação dos representantes dos trabalhadores;
Reunião de informação sobre alvos a inspecionar para determinar probabilidade e consequências das falhas;
Definição das estratégicas das inspeções a desenvolver, atendendo a aspectos críticos e frequência;
Definição de procedimentos adequados para garantia de fiabilidade das inspeções e da periodicidade respectiva;
Observância de processos de reavaliação para verificar eficácia;
ALERTAS:
A definição dos conteúdos dos controles e das verificações repousa na utilização de leis,
regulamentos ou normas;
Estes documentos contem prescrições técnicas a observar;
Tais prescrições contem previsões circunscritas a situações particulares;
Por isso, esta metodologia não garante só por si a segurança e saúde de todos os trabalhadores
em todos os aspectos do trabalho;
A eficácia máxima dos métodos de controle e verificações através de listas de verificação e/ou
inspeções de segurança, ocorre quando;
Quando se pretende baixar rapidamente um nível de risco muito elevado, situações precárias de
segurança, riscos manifestos, desvios acentuados face à regulamentação;
Quando se pretende manter um nível de risco relativamente baixo, para evitar o deslize de um
processo (organização) ou instalação (desgaste);
Decomposição do trabalho em tarefas (Taylor);
Tarefas encadeadas no processo produtivo;
Interligação das tarefas com gestos profissionais simples;
Aplicação de metodologias baseadas na dicotomia, condições perigosas, atos inseguros;
Técnicas concebidas para postos fixos ou geograficamente limitadas, ou onde a atividade do
operador é marcada pela repetitividade ou pela estabilidade;
(NOTA: a noção tradicional posto, um homem/uma máquina, tende a desaparecer)
1- Observação direta e atos inseguros
Relevância do fator humano;
E mais fácil agir sobre a eliminação ou minimização das condições perigosas;
No diagnostico sobre o ato inseguro, corre-se o risco de exprimir mais a convicção do analista do que a realidade do trabalho;
Caracterização dos riscos associados à fiabilidade humana com recurso a listas de comportamentos perigosos para observação direta e identificação de necessidades de formação e de campanhas de sensibilização;
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As observações diretas direcionam-se para o comportamento das pessoas, enquanto que as inspeções de segurança se direcionam ás condições físicas do trabalho;
Observações diretas ou observações planeadas pressupõem uma seqüência articulada de atividades de planificação:
Preparação – periodicidade, tarefas a observar (novos trabalhadores, menor e melhor desempenho, propensão para o risco, portadores de deficiência;
Realização – detecção de praticas de risco, necessidades de formação e treino, adequação de procedimentos;
Consulta aos interessados sobre boas praticas evidenciada ou formas mais eficazes de realizar o trabalho;
Registro para consulta posterior;
Acompanhamento e monitorização de medidas;
2 - Análises de segurança de tarefas
Integra a função de gestão de controle de perdas;
Procura enquadrar segurança – qualidade – ambiente
Tem por alvo principal o ato inseguro
Inventário de tarefas sistemáticas;
Identificação de tarefas críticas;
Decomposição das tarefas em passos ou atividades;
Identificação de perigos que podem produzir perdas – para segurança, ambiente, qualidade;
Comprovação de eficiência dos passos anteriores;
Recomendações pertinentes a cada passo;
Definição dos procedimentos das tarefas críticas;
Atualização e manutenção dos registros;
O inventário das tarefas refere-se à ocupação normal, embora pouco freqüente abarca o trabalho
real e não apenas o prescrito e, portanto deve ser feito com a cooperação do trabalhador;
A identificação das tarefas críticas pode seguir uma grelha de avaliação com frequência
gravidade – probabilidade;
A decomposição das tarefas em passos não pode ser simplista – não permitiria visualizar
situações perigosas – nem demasiado extensa – dificultaria a compreensão
A identificação de perigos e perdas traduz-se na formulação de um conjunto de questões: esta é
a melhor de realizar esta tarefa? Pode ser melhorada? Qual o perigo que pode afetar a
segurança, a qualidade, o ambiente e a perda de rendimento?
A comprovação da eficiência das medidas adaptadas consiste numa reflexão sobre a sua
exeqüibilidade, adequação ou experimentação. Pergunta-se: quem faz o que como onde?
Quando e por quê?
Perspectivar e registrar as medidas de controle;
3 - Abordagens ergonômicas do sistema homem-máquina
Analise dos processos de interação entre os homens e as máquinas, para modificar os próprios
processos, atuando igualmente sobre as competências dos operadores, sobre a organização do
trabalho ou sobre as características das máquinas;
Identificar anomalias e obtenção de referencias para eliminá-las ou corrigir, a usar nas visitas de
controle:
Formação;
Consulta e participação,
Analise de acidentes,
Elaboração de listas de verificação;
Pontos de controle ergonômico
Movimentação e armazenamento de materiais;
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Seleção e utilização de ferramentas manuais;
Segurança na utilização de maquinas;
Desenho de postos de trabalho;
Iluminação e configuração dos locais;
Manipulação de substancias perigosa;
Configuração de instalações sociais;
Seleção de equipamentos e organização;
4. Estudo de identificação de perigos e de operabilidade HAZOP
Consta do estudo, de comprovação sistemática e crítica, de todas as falhas, erros ou desvios
previsíveis, em relação a padrões tidos como normais, para estimar potencial de perigo e seus
efeitos;
Aplica-se a processos de descrição precisa e rigorosa do seu funcionamento normal;
Compõe-se de 4 etapas de preparação para aplicação;
Existência de desenho do processo;
Grupo de trabalho com técnicos do processo e de segurança, para brainstorming;
Fixação de objetivos/delimitação do objeto de estudo toda a instalação, uma unidade,
procedimentos, sistemas de emergência;
Reunião de informação básica sobre a instalação industrial;
Reunião de informação básica sobre a instalação industrial, descrição do processo com dados
sobre o fluxo; características e perigosidade das substâncias químicas a usar e reações, vapor,
refrigeração, eletricidade; sistemas de emergência, instruções e procedimentos; operações em
cada unidade do processo; condições de realização;
O principio metodológico consiste em descobrir os fatores que impedem que o objeto selecionado
para estudo funcione em conformidade com o concebido; questão com palavras guia;
METODOS DE SEGURANÇA DE SISTEMAS
Análise preliminar de riscos APR:
Identificam-se os perigos e analisam-se os riscos
Identificam-se eventos perigosos, causas e conseqüências, e estabelecem-se medidas de
controle através de um método indutivo.
Causa Conseqüência;
Análise dos modos de falha e efeitos AMFE:
Tem por objetivo analisar as conseqüências das falhas que podem afetar um equipamento, os seus componentes, um sistema, bem como identificar possíveis avarias que possam ter consequências;
Análise por árvore de eventos AAE:
Técnica indutiva de analise de riscos que identifica seqüência de eventos que pode suceder-se a um evento iniciador, para antecipar a diferente seqüência de um percurso acidental que se possam desencadear, bem como as suas possíveis conseqüências danosas; o seu objetivo privilegiado é o estudo de áreas e sistemas de controle de emergência;
Análise por árvore de falhas AAF:
Técnica dedutiva de analise proativa de riscos, que parte de um evento de topo escolhido a priori para estudo e estabelece as combinações de falhas e condições que sequencialmente poderiam causar esse evento.