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Gondomar Maio 2007 Curso Técnico Superior de Higiene e Segurança no Trabalho Relatório de Estágio ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL OBRA : “PAVILHÃO MULTIUSOS DE GONDOMAR” Trabalho Realizado por: Marta Claro Pessoa

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Page 1: Análise de Riscos na Construção Civil-Estágio SHST

Gondomar Maio 2007

Curso Técnico Superior de

Higiene e Segurança no Trabalho

Relatório de Estágio

ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL

OBRA : “PAVILHÃO MULTIUSOS DE GONDOMAR”

Trabalho Realizado por: Marta Claro Pessoa

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

Gondomar Maio 2007

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

Gondomar Maio 2007

Marta Alexandra Dias Pereira Pimenta Claro Pessoa

Relatório de Estágio

ANÁLISE DE RISCOS NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL

OBRA : “PAVILHÃO MULTIUSOS DE GONDOMAR”

Relatório de Estágio apresentado no Cenatex - Porto

como parte dos requisitos para a obtenção do curso de

Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

Gondomar Maio 2007

AGRADECIMENTOS

Quero aqui expressar os meus agradecimentos a um conjunto de

pessoas que me ajudaram durante a realização deste estágio,

tornando-o um projecto aliciante!

Á Empresa Alberto Martins de Mesquita e Filhos, SA em especial ao

Engº Paulo Oliveira e Engº Ferreira Neves, pela oportunidade de

realização deste estágio e aconselhamento técnico e pessoal.

Ao Técnico de Segurança e Saúde, Nuno Costa, da Empresa Ferreira

Construções, S.A., pelo acompanhamento em obra, e sua

disponibilidade constante na transmissão de conhecimentos.

A toda a equipa do ACE, pela disponibilidade e simpatia.

Ao Engº José Carlos Silva, meu orientador de estágio, no Cenatex, o

apoio, força e ajuda prestada.

Aos meus colegas de curso, não esquecerei estes 4 meses!

À minha família, pela paciência e carinho.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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1. Introdução 8

1.1. Conceitos gerais 8

1.2. Perspectiva Histórica 9

1.3. Objectivos 10

2. Enquadramento legal 11

2.1. As funções do Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho 13

3. Apresentação da Empresa A.M.Mesquita S.A. 16

3.1. Identificação e actividade económica 16

3.2 Organigrama 17

3.2. Organização dos Serviços de Higiene e Segurança no Trabalho 17

3.3.1 Enquadramento legal 17

3.3.2 Serviços de S.H.S. 18

3.3.3 Formação e Informação 18

3.3.4 Estatística dos acidentes de trabalho 18

4. Objecto de Estudo 22

4.1 Identificação da Obra 22

5. Avaliação de Riscos 25

5.1 Metodologia utilizada 26

5.2 Análise de Riscos 30

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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5.2.1 Trabalhos de Riscos Correntes 30

5.2.2 Trabalhos de Riscos Especiais 31

6. Considerações finais 32

7. Bibliografia 33

8. Regulamentação aplicável 34

Anexos

Anexo 1 - Planta de implantação

Anexo 2 - Manual de acolhimento a visitantes

Anexo3 - Registo de Formação

Anexo 4 - Planos de trabalhos de riscos especiais

Anexo 5 - Relatório mensal

Anexo 6 - Fichas de segurança

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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“ O trabalho mutila, provoca enfermidades e em alguns casos mata…

Não por fatalidade, mas por negligência

Não por ausência de normas, mas pela sua violação

Não por pobreza, mas por falta de prevenção”

(OIT)

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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1. INTRODUÇÃO

1.1. CONCEITOS GERAIS

No decorrer da sua vida, o Homem procura a satisfação de necessidades de

diversa ordem, umas primárias ou essenciais à sua sobrevivência, como a

alimentação, vestuário, habitação, protecção e segurança, outras

secundárias, como estímulos de diversa ordem, reconhecimento social e

desenvolvimento de capacidades individuais.

Para satisfazer estas necessidades, cada pessoa organiza o seu próprio

tempo da forma que lhe parece mais adequada aos fins que procura atingir.

Uma das formas de satisfazer aquelas necessidades é através do trabalho.

Cerca de 50% do tempo total de vida activa de uma pessoa é passado no

exercício de uma actividade profissional. Em média, cada pessoa dorme

cerca de oito horas por dia, trabalha outras tantas, utilizando as restantes em

transportes, alimentação, diversões, etc.

Tudo o que o homem faz tem o seu risco (perigo). Este conceito estende-se,

portanto, a todas as actividades profissionais. O risco é a existência de

condições, neste caso, de trabalho capazes de afectar a segurança e a

saúde dos trabalhadores.

Enquanto dormimos, esses riscos existem, mas não são preocupantes – as

vulgares regras de higiene são suficientes para que não ocorram problemas

graves. Mas quando percorremos as estradas, esses riscos aumentam e são

preocupantes, quer por não se respeitar os elementares princípios do

civismo, quer por se desrespeitar o código da estrada e outras normas

legais, quer ainda pelo mau estado das estradas ou do veículo.

No exercício da actividade profissional de cada um os riscos são, geralmente

maiores, podendo dar origem ao "acidente de trabalho" que poderemos

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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definir como:

Um "acontecimento súbito e imprevisto, sofrido pelo trabalhador, que se

verifique no local e no tempo de trabalho.” (Segundo o nº 1 do artigo 284 da

Lei nº99/2003, de 27 de Agosto

Ou como o define o nº 1 do artigo 6º da Lei 100/971, de 13 de Setembro,

"acidente de trabalho é o acidente que se verifique no local e tempo de

trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação

funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de

ganho ou a morte".

1.2. PERSPECTIVA HISTÓRICA

Modernamente, os primórdios da medicina do trabalho remontam ao Factory

Act of 1833. Por outro lado, a análise dos acidentes de trabalho e os exames

de admissão seriam duas funções originais e primordiais, atribuídas aos

industrial medical officers, a partir de 1855.

De qualquer modo, haverá que distinguir entre a organização de serviços de

medicina do trabalho no seio da empresa, com uma função primordialmente

preventiva, e a própria medicina do trabalho enquanto especialidade médica,

devidamente reconhecida e ensinada. É hoje aceite que a generalização dos

serviços de SH&ST (occupational safety and health services, em inglês) é

um facto relativamente recente: o seu desenvolvimento está associado à

segunda revolução industrial e, portanto, ao taylorismo-fordismo. Grosso

modo, a medicina do trabalho não tem mais do que meio século na

generalidade dos países ocidentais desenvolvidos!

1 foi revogada com a entrada em vigor das normas regulamentares da Lei nº99/2003, de 27 de Agosto.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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1.3. OBJECTIVOS

O presente trabalho surge no âmbito da componente prática do Curso de

Técnico Superior de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho e foi realizado

na Obra : “Pavilhão Multiusos de Gondomar”, cuja entidade executante é

uma ACE (Agrupamento Complementar de Empresas), composta, por:

Alberto Martins de Mesquita e Filhos, SA

R. do Souto nº1 – Apartado 1123

4470 – 215 Maia

Ferreira Construções, S.A.

Zona Industrial Tuias - Apartado 23

4634-909 Marco de Canaveses

De acordo com as actividades previstas e a realidade da Construção Civil, o

trabalho que aqui se apresenta compreende a identificação dos perigos e a

avaliação dos riscos associados aos trabalhos de execução (fase final de

acabamentos) da empreitada, no intuito de estabelecer prioridades em

termos de implementação de medidas preventivas e correctivas que

permitam não só eliminar ou reduzir esses riscos, como também promover a

melhoria das condições de segurança e higiene dos colaboradores.

A metodologia de procedimentos adoptada na realização deste trabalho

assentou nos seguintes pontos:

Investigação e pesquisa de documentação;

Selecção e recolha de dados;

Contacto com colaboradores da empresa

Análise e estudo das diversas actividades;

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2. ENQUADRAMENTO LEGAL

Todos os países da união europeia reconhecem cada vez mais que se torna

necessário melhorar as normas de segurança e saúde no trabalho no sector

da construção, e que em cada ano e só nos 15 Estados Membros originais

da EU, morrem á volta de 1300 pessoas por ano, 800 000 ficam feridas e

um elevado número padece de problemas de saúde, repercutindo-se esses

problemas no seio familiar.

Dado que estes acidentes, acarretam custos financeiros elevados, as

Empresas estão a melhorar os seus sistemas de segurança e saúde, mas

apesar de se notar alguma melhoria, o nº de acidentes contínua bastante

elevado.

Vejamos o caso de Portugal, nestes últimos 5 anos, no sector da

construção:

As causas destes acidentes, são bem conhecidas, os trabalhadores, têm o

dobro de probabilidade de ficarem incapacitados, relativamente a outros

sectores.

As quedas em altura, de andaimes, constituem uma das causas mais

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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frequentes, assim como acidentes com transportes, dentro ou fora da obra,

as dermatites, a surdez, são algumas de tantas doenças, que afectam a

longo prazo os trabalhadores deste sector.

A todos os Estados Membros é aplicado um conjunto de Directivas, cujo

objectivo é a Prevenção dos Riscos, para a segurança e saúde no

trabalho. Relativamente a este sector as Directivas, mostram-nos que as

obrigações legais, competem ás pessoa que participam no projecto, desde

o seu desenho, passando pela execução e terminando na manutenção.

A Directiva Comunitária (92/57/CEE), relativa ás prescrições mínimas de

segurança e saúde no trabalho a aplicar nos estaleiros temporários ou

móveis, traduz a necessidade da prevenção de riscos profissionais no

sector da construção.

A Directiva Estaleiro foi transposta para o direito português pelo D.L. nº

155/95 de 1 de Julho, posteriormente regulamentado pela Portaria nº

101/96 de 3 de Março e revista no novo diploma D.L. nº 273/2003 de 29

de Outubro.

Essa nova legislação refere-se à segurança e saúde nos estaleiros

temporários ou móveis, entendendo-se como qualquer estaleiro onde se

efectuam trabalhos de construção civil e de engenharia civil.

Como principais características dessa nova legislação, importa referir que

atribui novas responsabilidade/obrigações aos:

Donos de Obra;

Autores de projecto

Empreiteiros

Introduz também dois novos intervenientes no acto de construir e três

novos documentos ou instrumentos de prevenção de riscos profissionais.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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Coordenador do projecto em matéria de segurança e saúde;

Coordenador de obra em matéria de segurança e saúde

Comunicação Prévia

Plano de Segurança e Saúde (P.S.S.)

Compilação Técnica

Em linha gerais, esse Decreto-Lei introduz assim os novos conceitos de

Coordenação de segurança e saúde nas fases de Projecto e de

Obra,considerando o Dono da Obra na primeira linha de responsabilidade

em matéria de Segurança e Saúde na Construção.

Ao Dono de Obra, compete nomear os coordenadores de segurança e

saúde e prever a elaboração dos 3 novos instrumentos atrás referidos :

Comunicação Prévia, PS.S. e Compilação Prévia.

.

2.1. AS FUNÇÕES DO TÉCNICO SUPERIOR DE SEGURANÇA E HIGIENE

DO TRABALHO

Os coordenadores de segurança em obra, não se confundem, nem

substituem aos Técnicos de Segurança previstos na legislação de

organização dos serviços de Prevenção das Empresas (última versão

dada pelo D.L. nº 109/200 de 30 de Junho).

O Técnico de Segurança e Higiene no trabalho, representa a entidade

executante, reportará ao Director de Obra e será também o interlocutor

com os responsáveis de Fiscalização, em matéria de segurança.

A segurança e saúde do trabalho deve ser não só da responsabilidade do

Técnico Superior, mas também de todos os intervenientes na construção

civil.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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Adjuntos Fiscalização

Trabalhadores Dono Obra

Director de Obra Subempreiteiros Equipa Técnica

A segurança deve estar presente nas fases de concepção, projecto,

instalação de estaleiros e execução de projecto, e todos os intervenientes

devem estar sensibilizados para a importância da segurança e saúde., daí

o PSS, não poder ser um documento estático, estando sujeito a alterações

por todos os activos na construção civil.

Assim, o Técnico terá a seu cargo as seguintes atribuições:

Proceder à elaboração periódica de relatórios de segurança;

Supervisionar a aquisição, o aprovisionamento e a distribuição dos

equipamentos de segurança;

Estabelecer, em colaboração com a Direcção de Obra, a política e

medidas especiais de segurança a adoptar em cada fase dos trabalhos;

Supervisionar, com regularidade, a montagem de dispositivos de

segurança colectivos, prescritos para cada tipo de trabalho, bem como

assegurar-se periodicamente a eficácia do seu funcionamento;

Fiscalizar periodicamente a correcta utilização pelos trabalhadores dos

Técnico Superior de Segurança e Higiene

no Trabalho

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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meios de protecção individual distribuídos;

Organizar a estatística de acidentes de trabalho;

Accionar com rapidez e eficiência os mecanismos de evacuação em

caso de sinistro, dos quais lhe será previamente dado conhecimento;

Acolher os novos trabalhadores e proceder à distribuição dos E.P.I.’s,

bem como dos meios especiais de protecção quando se trata de

trabalhadores cujas funções os exponham a riscos particulares;

Identificar os trabalhadores com as principais regras e medidas de

segurança a observar;

Acompanhar sempre que possível a montagem de instalações e

equipamentos;

Verificar o estado de conservação do equipamento colectivo de

segurança e informar o Director de Obra de todas as anomalias,

eventualmente encontradas;

Fazer o acompanhamento dos trabalhos quer pela sua natureza ou

especiais condições de execução, impliquem maior grau de riscos para

os trabalhadores neles envolvidos;

Requisitar e fazer instalar os meios de sinalização e protecção colectiva

prescritos para o tipo de trabalho, local e condições onde os mesmos

irão ser executados;

Proceder à divulgação do Plano de Segurança e Saúde Geral e o Plano

de Segurança e Saúde Específico a todos os subempreiteiros e seus

colaboradores;

Entrega do Manual de Acolhimento a todos os trabalhadores que

entrem em obra.

Na última semana do meu estágio, o Técnico Superior teve que elaborar,

para apresentação á Coordenação de Segurança, o relatório mensal,

correspondente ao mês de Maio, o qual eu colaborei, no cálculo dos

índices de segurança.

Assim apresento no Anexo 5, o Relatório Mensal de Segurança.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA A.M.MESQUITA S.A.

3.1 IDENTIFICAÇÃO E ACTIVIDADE ECONÓMICA

A Alberto Martins de Mesquita S.A., fundada em 1958, tem como actividade

principal a Construção Civil e Obras Publicas.

Constitui uma Sociedade Anónima de capital integralmente privado e

nacional, estando situada no ranking das vinte e cinco maiores empresas do

ramo, possuindo, um quadro de pessoal de cerca de 500 trabalhadores.

As suas instalações industriais e técnicas situam-se na Cidade da Maia,

sendo que possui neste momento 2 delegações, uma na região Autónoma

da Madeira, (há 20 anos) e outra em Lisboa.

Do seu vasto espólio de obras públicas e privadas destacam-se as

seguintes construções: Pavilhão Multiusos da EXPO 98, o Europarque e a

Casa da Música, no Porto.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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3.2 ORGANIGRAMA

Conselho de

Administração

Conselho Executivo

Major Committee

Administrador

Executivo

Administrador

Executivo

Sistemas de Gestão

Delegado da Administração da

Madeira

Ambiente e

Energia

Gabinete Juridico

Recursos

Humanos

Departamento de

Imagem

Gestão de

Propostas

SHST

Aprovisionamento

e Subempreitadas

Obras em Fase

de Garantia

Unidade de

Construção Civil -

Norte

Unidade de

Construção Civil -

Sul

Unidade Vias de

Comunicação

Unidade Madeira

Contabilidade e

Controlo de Gestão

Controlo de

Gestão em Obras

Tesouraria

Sistemas de

Informação

Equipamentos

Gestão da

Qualidade

Name

Title

3.3 ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE HIGIENE E SEGURANÇA NO

TRABALHO

3.3.1 Enquadramento Legal

O artigo 276º do Código do Trabalho estabelece que o empregador deve

garantir a organização e o funcionamento dos serviços de segurança,

higiene e saúde no trabalho (SHST), nos termos previstos em legislação

especial.

Por sua vez, o nº1 do artigo 219º da Lei nº35/2004, de 29 de Julho,

estabelece três modalidades de organização dos serviços de SHST:

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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Serviços internos (criados pela própria empresa);

Serviços inter empresas (criados por várias empresas ou

estabelecimentos, tendo em vista a sua utilização comum);

Serviços externos (contratados pela empresa a outras

entidades).

3.3.2 Serviços de S.H.S

A A.M.Mesquita e Filhos, S.A., juntamente com outras empresas,

pertencem ao Grupo A.M.Mesquita, e desde o ano de 1997, possui

Serviços Internos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

O Departamento de Segurança, Higiene, Saúde e Ambiente no Trabalho,

desenvolve um leque variado de actividades (Elaboração de Planos de

Segurança; Fichas de análise de risco; Elaboração de registos

estatísticos;análise do ambiente de trabalho, níveis de ruído e poeiras,

etc), tendo por base a aplicação dos Princípios Gerais de Prevenção,

como elementos essenciais, da Política de Segurança e Saúde no

Trabalho, constituindo assim, a principal base da estratégia de melhoria e

de desenvolvimento sustentado do Sistema de Gestão da Segurança,

Higiene, Saúde e Ambiente implementado nos estaleiros e empresas do

Grupo.

3.3.3 Formação e Informação

A realização de acções de formações em várias áreas, e nos Estaleiros de

Obra, é uma preocupação da gestão da empresa nas quais não são

esquecidas no âmbito da segurança e higiene no trabalho. São também

realizadas, acções de segurança e prevenção contra incêndios.

3.3.4 Estatísticas dos acidentes de trabalho

Os serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho devem recolher e

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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organizar os elementos estatísticos relativos a acidentes de trabalho, bem

como proceder à sua análise. Por outro lado, os registos correspondentes a

baixa por doença contribuem significativamente para a identificação e

caracterização de doenças profissionais, cujo estudo pode ser apoiado pelos

exames médicos realizados de forma regular e direccionados para o tipo de

actividade desempenhada. Estas informações adquirem especial relevância,

sendo mesmo fundamentais para a detecção de anomalias nos métodos de

prevenção e protecção, fornecendo indicações importantes que não só

validam a avaliação de riscos, como permitem adoptar medidas preventivas

e correctivas.

A estatística dos acidentes de trabalho constitui o método mais frequente de

análise de riscos, permitindo conhecer as actividades de maior risco, os

sectores com os indicadores mais relevantes e maior incidência de

acidentes. Fornece também informação indispensável da evolução da

sinistralidade e permite o cálculo dos custos económicos e sociais

associados.

O Grupo, tem implementado um sistema de registos de todos os acidentes.

Por forma a estabelecer os objectivos e medir os resultados o Grupo, utiliza

Índices de Segurança, incorporando-os nos seus sistemas de gestão da

segurança.

Índice de frequência (If) – representa o número de acidentes com baixa

ocorridos por cada milhão de horas.homem trabalhadas e pode ser calculado

pela equação:

If = strabalhadamemhohorasdeN

baixacomacidentesdeN

10º 6

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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Índice de Incidência (Ii) – representa o número de acidentes com baixa

ocorridos por cada mil trabalhadores (em média) e é calculado através da

relação:

Ii = efectivosrestrabalhadodemédioN

baixacomacidentesdeN

º

10º 3

Índice de Gravidade (Ig) – representa o número de dias úteis perdidos por

mil horas.homem trabalhadas e é calculado da seguinte forma:

Ig =strabalhadaemhorasdeN

perdidosúteisdiasdeN

hom.º

10º6

Nota: Um acidente mortal equivale à perda de 7500 dias de trabalho (resolução da

6ª Conferência Internacional dos Estaticistas do trabalho, em 1962).

Alguns países adoptam, contudo, uma perda equivalente de 6000 dias, valor

proposto pelo Instituto Nacional de Normalização dos Estados Unidos (ANSI).

Índice de avaliação da gravidade (Iag) – é um índice combinado que

representa o número de dias perdidos em média por acidente.

Iag =If

Ig 310

Importa referir que os dados apresentados serão avaliados também em

termos de Taxa de frequência e Taxa de Gravidade, uma vez que estes

são os valores de referência utilizados no modelo INCM 1714 (Relatório da

Actividade dos Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho),

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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expressos, respectivamente, por:

Tf = 610.º

º

strabalhadamemhohorasdeN

trabalhodeacidentesdeN

Tg =

610hom.º

º

strabalhadaemhorasN

perdidosdiasdeN

Todos os índices estatísticos são reportados a um determinado período de

tempo, geralmente 1 ano.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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22

4. OBJECTO DE ESTUDO

Este trabalho surge a partir da minha “Pequena estadia” em obra, no

acompanhamento da actividade diária do Técnico Superior, por forma a

conseguir elaborar uma Análise das Condições Gerais e da Identificação dos

Perigos e a Avaliação dos Riscos associados á “Construção do Pavilhão

Multiusos de Gondomar”, na sua fase final de execução.

4.1 IDENTIFICAÇÃO DA OBRA

A Empreitada, localiza-se na cidade de Gondomar, a noroeste do segundo

sublanço da Via Rápida, o projecto de Arquitectura é da autoria do Arquitecto

Siza Vieira, tendo como Dono de Obra a Câmara Municipal de Gondomar.

O seu valor global é de cerca de 14.850.000,00€, e com um prazo de

execução de 15 meses, já ultrapassados.

A Obra caracteriza-se do ponto de vista arquitectónico por um edifício

multifuncional dividido em dois sectores interligados, a Sala Elíptica (Sector

de Pratica Desportiva) e o Sector de Apoio aos atletas, técnicos e sector

administrativo/serviços complementares, além de um pavilhão independente

(sector de armazenamento e áreas técnicas).

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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Estes Sectores estão articulados de modo a definir, no lado sudeste, um

espaço público protegido por coberto (pala) para acesso do público e pessoal

administrativo, a zona a noroeste considerada área de serviço, destina-se a

acesso a pessoas adstritas ao funcionamento do edifício e para cargas e

descargas de materiais e equipamentos.

A espectacularidade desta sala elíptica reside na sua cobertura, uma

estrutura em treliça de aço.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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O Empreendimento contém ainda dois parques de estacionamento, um com

capacidade para 262 veículos (5.508 m2) e outro para 649 veículos (12.900

m2).

A área adoptada para o recinto desportivo ultrapassa os mínimos exigidos

pelo Instituto de Desporto (48x28) de modo a permitir uma utilização para 2

recintos de basquetebol e 1 de voleibol, ou 1 utilização para treino de 3

recintos de basquetebol.

A capacidade máxima em lugares sentados é de 4216, a capacidade para

espectáculos para assistência sentada é de 6000 lugares, já que existem 4

filas de bancadas retrateis e uma bancada desmontável.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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25

5. AVALIAÇÃO DE RISCOS

A avaliação de riscos tem como objectivo o levantamento de todos os

factores do sistema de trabalho Homem / Máquina / Ambiente que podem

ser geradores de um acidente de trabalho.

Existem vários métodos para avaliação de riscos. Neste trabalho foi utilizado

o método das matrizes. Este é um método simples que permite uma

classificação fácil e concisa de todos os riscos envolvidos.

Em primeiro lugar vai ser definido um quadro de avaliação de riscos, onde

tem de estar identificado o estaleiro, o director de obra, o dono de obra e a

actividade em análise. No quadro temos de colocar todos os riscos

identificados e todas as causas prováveis que possam originar esse risco,

pois a partir das causas é possível determinar formas de eliminar alguns

riscos de uma forma mais rápida. Temos também uma coluna para

avaliação do risco, nível de risco, cumprimento da legislação e por fim

classificação do risco.

Após a apresentação do quadro de avaliação de riscos é explicado de que

forma este deve ser preenchido e posteriormente far-se-á uma aplicação

prática do método de avaliação de riscos, para os trabalhos em fase final de

execução.

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

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5.1 METODOLOGIA UTILIZADA

Para determinar o nível de risco tem de ser definida uma escala para os

critérios definidos. Os critérios considerados relevantes ou seja mais

importantes para a definição do nível de risco enunciados

anteriormente foram a probabilidade de ocorrência e a gravidade.

A probabilidade de ocorrência quantifica a maior ou menor

possibilidade de que aconteça algum acidente, tendo em consideração

as condições em que o trabalho é realizado. Em relação á gravidade,

esta quantifica as consequências da ocorrência de um acidente, em

termos de lesões para o trabalhador. Qualquer prejuízo material não é

tido em consideração.

Nas tabelas seguintes definem-se os critérios acima enunciados e

numa escala de 1 a 5 e descreve-se em que situações se deve aplicar

cada uma delas.

TABELA 5 – CRITÉRIOS APLICADOS PARA A PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA

PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA

Nív

el

do

ris

co

1 Remota Não conhece nenhum relato de acidente nessas circunstâncias.

2 Pouco provável

Há referência de que já ocorreu no sector da construção.

3 Possível Tem conhecimento que já ocorreu noutras obras. (Mais que uma vez)

4 Provável Já ocorreu nas "suas obras". (Uma vez por ano, ou menos que uma vez por ano)

5 Muito provável

Já ocorreu nas "suas obras". (Duas ou mais vezes por ano)

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

Gondomar Maio 2007

27

TABELA 6 – CRITÉRIOS APLICADOS PARA A GRAVIDADE

Gravidade

Nív

el

do

ris

co

1 Moderada Lesões ligeiras que são tratadas com os meios existentes no estaleiro.

2 Significativa Provoca incapacidade temporária com duração inferior a 15 dias.

3 Importante Provoca incapacidade temporária com duração entre 15 e 90 dias.

4 Séria Provoca incapacidade permanente parcial ou incapacidade temporária com duração superior a 90 dias.

5 Muito séria Provoca a morte ou incapacidade permanente absoluta.

Para determinar o nível de risco global, ou seja, relacionando os dois

critérios apresentados aplica-se a seguinte relação:

Nível de risco = Probabilidade x Gravidade

Para uma mais fácil visualização do nível de risco construiu-se uma

matriz que relaciona a probabilidade de ocorrência com a gravidade. ~

A matriz está representada de seguida.

TABELA 7 – MATRIZ DE CÁLCULO DA DIMENSÃO DO RISCO

NÍVEL DO RISCO

GRAVIDADE

1 2 3 4 5

P

RO

BA

BIL

IDA

DE

1 1 2 3 4A 5V

2 2 4 6 8 10V

3 3 6 9 12 15

4 4 8 12 16 20

5 5 10 15 20 25

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

Gondomar Maio 2007

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Classifica-se o risco como aceitável ou não aceitável com base na

matriz representada na tabela 7. Todos os riscos qualificados entre 1 e

6 têm cor cinza e são riscos considerados aceitáveis (devem ser

assinalados com um x na coluna (A)). Os riscos com valores entre 8 e

12 de cor amarela, são riscos não aceitáveis baixos, com excepção do

4A (devem ser assinalados com um x na coluna (NAB)). Por fim, os

riscos acima de 15 inclusive estão assinalados a vermelho e são riscos

não aceitáveis elevados (devem ser assinalados com um x na coluna

(N/A)). Os valores 5V e 10V devem ser inseridos nesta última categoria.

No quadro de avaliação de riscos temos uma coluna destinada ao

cumprimento da legislação. Embora este critério não entre directamente

no cálculo do nível de risco, é um critério muito importante para a

classificação do mesmo. Deste modo qualquer actividade, mesmo que

tenha um nível de risco aceitável se não cumprir os dispositivos legais é

sempre considerada não aceitável. Se estiver na zona cinza passa a

NAB, na zona amarela e vermelha mantém-se a classificação anterior.

Os riscos não aceitáveis assinalados pelas cores amarela e vermelha,

têm de ser controlados com medidas adequadas de forma a eliminar o

risco ou em último recurso diminuir o nível de risco para valores

aceitáveis. Para uma mais fácil definição de um plano para controlar os

riscos deve-se utilizar o quadro representado na página seguinte.

A primeira coluna corresponde á referência. A segunda enuncia o risco

em questão, ou seja, o risco que foi considerado não aceitável. Na

terceira são descritas as causas que levaram ao surgimento do risco. A

quarta coluna serve para definir a prioridade de cada uma das medidas

de controlo (mais á frente serão estabelecidos níveis de prioridade). De

seguida são definidas medidas de controlo, isto é, acções que devem

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Análise de Riscos no Sector da Construção Civil – “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

Gondomar Maio 2007

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ser tomadas de modo a eliminar ou reduzir o risco. Todas as acções

que são definidas de maneira a controlar os riscos devem ser

assinadas por um responsável pela sua implementação e tem de ser

estipulado um prazo para a aplicação dessas acções.

O nível de prioridade para a implementação de acções para controlo

dos riscos é determinado pela dimensão do risco. De seguida serão

definidos três níveis de prioridade:

1º Nível – Actuação urgente, requer medidas imediatas. Para situações

que se encontrem na zona vermelha da matriz de cálculo da dimensão do

risco. A actividade se estiver a decorrer deve parar imediatamente e só de

retomar após serem tomadas as medidas de controlo.

2º Nível – Actuação urgente, devem ser tomadas medidas no prazo

máximo de 1 dia. Para situações que se encontrem na zona amarela da

matriz.

3º Nível – Actuação a médio prazo, devem ser tomadas medidas no prazo

máximo de uma semana. Para situações que se encontram na zona cinza

da matriz, mas que não cumprem a legislação.

Os riscos aceitáveis não são mencionados no plano de controlo, no

entanto não devem ser esquecidos e deverão ser feitas avaliações

periódicas a estas situações de forma a assegurar que se mantêm sob

controlo.

Na página seguinte está representado o quadro de controlo de riscos,

que deve ser preenchido em conformidade com os critérios definidos

anteriormente.

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Gondomar Maio 2007

30

5.2 ANÁLISE DOS RISCOS

Aquando da minha entrada em Obra, esta encontrava-se em fase de

acabamentos, embora estivessem a decorrer alguns trabalhos

pontuais, tais como: construção de alvenarias exteriores, alvenarias

interiores, escavações e trabalhos de demolição interior (em altura).

Para concretizar o método de avaliação de riscos, não irei limitar-me

apenas a uma actividade específica, irei demonstrar, por tudo aquilo

que pude observar e acompanhar, uma avaliação de várias tarefas

nesta fase final de execução, que mesmo próximo do fim, acarreta

riscos vários, devido aos timings apertados a cumprir com o Dono de

Obra, estes podem-se tornar muito sérios!

Estas tarefas, estão identificáveis como trabalhos de riscos correntes,

mas dado ter presenciado trabalhos, que por serem objecto mais

frequente de acidentes, são classificados como trabalhos de riscos

especiais.

5.2.1 Trabalhos de riscos correntes

5.1.1.1. Trabalhos de alvenaria: revestimento das paredes

exteriores e muros, a tijolo de burro

5.1.1.2. Trabalhos de serralharia e montagem de envidraçados

5.1.1.3. Trabalhos (em altura) de demolição de laje em betão

5.1.1.4. Trabalhos de acabamento de pavimentos - aplicação de

pavimentos autonivelantes

5.1.1.5. Trabalhos de pavimentação com misturas betuminosas

5.1.1.6. Trabalhos de preparação de superfícies e pinturas de

interiores

5.1.1.7. Utilização de equipamentos de movimentação e elevação

de cargas: Multifunções

5.1.1.8. Uso de Plataforma Auto Elevatória (tesoura) para

colocação de equipamento de iluminação

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Gondomar Maio 2007

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5.1.1.9. Uso de Andaime Móvel na aplicação dos painéis

electrónicos da sala elíptica

5.2.2 Trabalhos de Riscos especiais

A empreitada de construção do “Pavilhão Multiusos de Gondomar”

inclui diversos trabalhos com riscos especiais para a segurança e

saúde dos trabalhadores

Conforme previsto no Decreto-Lei n ° 273/03, são considerados

trabalhos com riscos especiais, todos os que:

Exponham os trabalhadores a riscos de soterramento, de

afundamento ou de queda em altura, particularmente agravados

pela natureza actividade ou dos meios utilizados, ou do meio

envolvente do posto, ou da situação de trabalho, ou do

estaleiro.

Trabalhos de montagem e desmontagem de elementos pré –

fabricados ou outros, cuja forma, dimensão ou peso exponham

os trabalhadores a risco grave

Quaisquer outros trabalhos que o dono de obra ou o autor do

projecto fundamentalmente considerem susceptíveis de

constituir risco grave para a segurança e saúde dos

trabalhadores

Durante o decorrer da obra, foram elaborados alguns PTRE’S – Plano

de Trabalhos de Riscos Especiais, que se encontram no Anexo 4,

tendo em conta o artigo 7º do D.L. 273/2003 de 29 de Outubro:

Plano para trabalhos com riscos especiais de escavação

Plano para trabalhos com riscos especiais de montagem de

tectos falsos

Plano para trabalhos com riscos especiais de colocação de

rufos na cobertura

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Avaliação de Riscos é uma ferramenta para reduzir e até eliminar

acidentes. Como tal, podemos dizer que contribui para o melhoramento

económico da empresa.

Na sequência desta Avaliação foram identificados alguns perigos, sugeridas

algumas medidas.

No entanto, e como é de prever num trabalho com esta índole, onde o tempo

é contado, nem tudo foi dito. O caminho a percorrer é ainda longo, tendo

este trabalho sido um motor de arranque …

Da pequena experiência vivida, retiro algumas lições…

A segurança e saúde do trabalho deve ser, não só da responsabilidade do

Técnico Superior, mas também de todos os intervenientes na construção

civil.

O Técnico, como técnico de prevenção, para além de organizar, coordenar,

desenvolver e controlar as actividades de prevenção e de protecção contra

riscos profissionais, deve estar ciente da importância da educação,

formação e informação para a prevenção de riscos profissionais e

principalmente implementá-la.

Essa educação, formação e informação, deve ser permanente, durante toda

a vida profissional, objectiva e concisa, ilustrativa e em ambiente de trabalho.

Assim promove-se a aquisição de valores, responsabilidades, empenho e

motivação no que diz respeito à segurança, higiene e saúde no trabalho,

para todos e de todos.

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7. BIBLIOGRAFIA

Informações fornecidas pela empresa Alberto Martins de Mesquita e

Filhos, SA

Informações fornecidas ao longo do curso

Abel Pinto, Manual de Segurança, Edições Sílabo

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8. REGULAMENTAÇÃO APLICÁVEL

Para a elaboração deste relatório de estágio, foram seguidas as bases legais

que se seguem:

Regulamento de Segurança no trabalho da Construção Civil

Decreto-lei n.º 41820 de 11 de Agosto de 1958 - Estabelece que as normas

de segurança que devem ser obrigatoriamente adoptadas para protecção do

trabalho nas obras de construção civil serão objecto de regulamento a

publicar.

Decreto-lei n.º 41821 de 11 de Agosto de 1958 – Aprova o Regulamento de

segurança no trabalho da construção civil

Decreto-lei n.º 441/91

Lei-quadro de higiene e segurança no trabalho.

Transpõe a Directiva n.º 89/391/CEE relativa á aplicação de medidas destinadas

a promover a melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores no local de

trabalho.

Decreto-lei n.º 273/2003

Procede à revisão da regulamentação das condições de Segurança e de Saúde

no trabalho em estaleiros temporários ou móveis, constante no Decreto – Lei n.º

155/95, de 1 de Julho (revogado), continuando naturalmente a assegurar a

transposição para o direito interno da Directiva n.º 92/57/CEE.

Decreto-lei n.º 9/92

O Decreto regulamentar nº9/92 de 28 de Abril estabelece as normas relativas á

protecção dos trabalhadores contra os riscos decorrentes da exposição ao ruído

durante o trabalho.

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Decreto-lei nº72/92

O Decreto-lei nº72/92 de 28 de Abril estabelece o quadro geral de protecção dos

trabalhadores contra os riscos decorrentes da exposição ao ruído durante o

trabalho e transpõe para o direito interno a directiva 86/188/CEE, do Conselho,

de 12 de Maio de 1986, relativa á protecção dos trabalhadores contra os riscos

devidos á exposição ao ruído durante o trabalho.

Decreto-lei n.º 182/2006

Transpões para o direito interno a Directiva nº2003/10/CE do Parlamento

Europeu relativa á protecção dos trabalhadores contra os riscos devidos á

exposição ao ruído durante o trabalho

Decreto-lei n.º 46/2006

Prescrições mínimas de protecção da saúde e segurança dos trabalhadores em

caso de exposição a riscos devidos ás vibrações

Decreto-lei n.º 347/93

Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 89/654/CEE, do Conselho,

de 30 de Novembro, relativa ás prescrições mínimas de segurança e de saúde

nos locais de trabalho.

Decreto-lei n.º 348/93

Transpõe para a ordem jurídica a Directiva n.º 89/656/CEE, do Conselho, de 30

de Novembro, relativa ás prescrições mínimas de segurança e de saúde dos

trabalhadores na utilização de equipamentos de protecção individual.

Portaria n.º 988/93

Prescreve as condições mínimas de segurança e saúde dos trabalhadores na

utilização de equipamento de protecção individual, E.P.I..

Decreto-lei 26/94

Estabelece o regime de organização e funcionamento das actividades de

segurança, higiene e saúde no trabalho previstas no artigo 13º do Decreto-lei n.º

441/91 de 14 de Novembro.

Decreto-lei 7/95

Alteração, por ratificação, do Decreto-lei n.º 26/94 de 1 de Fevereiro.

Decreto-lei 141/95

Estabelece as prescrições mínimas para a sinalização de segurança e de saúde

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no trabalho. Transpõe a Directiva n.º 92/58/CEE.

Decreto-lei n.º 292/2000

Altera a revisão do regulamento geral do ruído, provado pelo Decreto-Lei n.º

251/87 de 24 de Junho.

Decreto-lei n.º 273/2003

Procede à revisão da regulamentação das condições de Segurança e de Saúde

no trabalho em estaleiros temporários ou móveis, constante no Decreto – Lei n.º

155/95, de 1 de Julho (revogado), continuando naturalmente a assegurar a

transposição para o direito interno da Directiva n.º 92/57/CEE.

Portaria n.º 101/96

Regulamenta as prescrições mínimas de segurança e de saúde dos locais e

postos de trabalho nos estaleiros temporários ou móveis.

Portaria n.º 695/97

Altera os anexos I e V da Portaria n.º 1131/93 de 4 de Novembro (fixa os

requisitos essenciais relativas á saúde e segurança aos E.P.I.).

Norma Portuguesa NP 523/66

Sinais e símbolos.

Norma Portuguesa NP 1800/81

Agentes extintores. Selecção segundo as classes de fogos.

Norma Portuguesa NP 2310/89

Equipamento de protecção individual. Luvas de protecção. Definições,

classificação e dimensões.

Norma Portuguesa NP EN 136/92

Aparelhos de protecção respiratória. Máscaras completas. Características,

ensaios e marcação.

Norma Portuguesa NP 3992/94

Sinais de segurança.

Norma Portuguesa NP EN 397/96

Segurança no trabalho. E.P.I. Capacetes. Terminologia e características.

Directiva 89/656/CEE

Directiva do Conselho, de 30 de Novembro de 1989, relativo ás prescrições

mínimo de segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores de E.P.I.

no trabalho (terceira directiva especial, na acepção do nº 1 do artigo 16º da

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directiva 89/391/CEE), E.P.I.

Directiva 92/57/CEE

Directiva dos estaleiros.

Decreto-lei n.º 59/99, de 2 de Março

Regime Jurídico das Empreitadas de Obras Públicas.

Directiva 98/37/CE

Relativa à aproximação da Legislação dos Estados membros, respeitante ás

máquinas.

Decreto-lei n.º 50/2005

Revoga o Decreto-Lei n.º 82/99, de 16 de Março, que regula as prescrições

mínimas de segurança e saúde dos trabalhadores na utilização de equipamentos

de trabalho, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 89/655/CEE,

do Conselho de 30 de Novembro, alterada pela Directiva n.º 95/63/CE, do

Conselho de 5 de Dezembro.

Norma HD 1000

Documento de Harmonização dos andaimes de trabalho compostos por

elementos pré-fabricados, materiais, dimensões, cargas de cálculo e requisitos

de segurança.

Decreto-lei n.º 90/84

Regulamento de segurança de redes de distribuição de energia

eléctrica em baixa tensão.

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