análise de projetos saídas (custos) e entradas (receitas) do projeto
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Análise de Projetos
Saídas (Custos) e
Entradas (Receitas) do
Projeto
Análise de Projetos
CRITÉRIOS DE ANÁLISE DE PROJETOS TOMADA DE DECISÃO
“Obtidos os custos e benefícios antes mencionados, a avaliação econômica do empreendimento se deu a partir da metodologia de comparação entre a variação da renda real (diferença entre a alternativa proposta e a situação anterior ao projeto) e os investimentos realizados, calculados em termos econômicos”.
Critérios de Análise
“Considerando uma taxa de desconto social de 12% a.a., os parâmetros ou figuras de mérito adotados para considerar viável o projeto sob a ótica social foram: relação benefício/custo superior à unidade; diferença entre benefícios e custos ou valor presente líquido – NPV positivos; e taxa interna de retorno – TIR superior ao custo de oportunidade de capital, de 12%”.
Critérios de Análise
“ Inicialmente, foi realizada uma avaliação ... considerando os seguintes casos: Caso 1: custo de investimento descontado do benefício de incentivo à atividade econômica (BAECON), somado ao custo de manutenção e aos benefícios de redução do custo de manutenção do sistema viário (BRCM) e de redução do custo de operação dos ônibus (BRCOo);”
Critérios de Análise
“ Caso 2: custo de investimento descontado do BAECON, somado ao custo de manutenção e ao benefício total estimado (BRCM+BRCOo+BRTVo+BRACID)”;
Critérios de Análise
“ Caso 3: custo de investimento acrescido de 20%, descontado do BAECON, somado ao custo de manutenção e ao benefício total estimado;”
Critérios de Análise
“Caso 4: custo de investimento descontado do BAECON, somado ao custo de manutenção e ao benefício total sem a projeção de crescimento de 4% a.a.”
Critérios de Análise
• Os resultados obtidos nessa avaliação constam da tabela a seguir:
Critérios de Análise
B/C NPV TIR
Caso 1 0,4308 (255.796) 3,67%Caso 2 2,0220 459.320 23,28%Caso 3 1,7249 381.906 19,98%Caso 4 1,4612 207.262 18,96%
Tabela 3.10.– Resultados da Avaliação Original (1991)
• Os critérios de escolha de projetos são os tradicionalmente utilizados e classificados em estáticos e dinâmicos, diferenciando-se pelo valor da taxa de desconto utilizando no seu cálculo.
• Ao passo que no primeiro tipo usa-se taxa de desconto igual a zero.
• No segundo conjunto o valor da taxa de desconto é maior que zero.
Critérios de Análise
• Para a análise de projetos da iniciativa privada sua aplicação é imediata e direta.
• No caso de investimentos governamentais os critérios apresentam utilização idêntica, devendo-se no entanto em alguns casos, usar o critério mais simples de custo mínimo atualizado semelhante ao critério de valor atual que será apresentado a seguir.
Critérios de Análise
• CRITÉRIOS ESTÁTICOS
• São critérios que apresentam características particulares, onde a taxa de desconto utilizada é zero, por conseqüência o valor do dinheiro é o mesmo durante o horizonte de análise dos fluxos, considerando o custo de oportunidade do capital constante.
Critérios de Análise
• Os critérios mais utilizados são:
• TEMPO DE RETORNO DE CAPITAL OU PAYBACK
• RECEITA/CUSTO
• RECEITA MÉDIA/CUSTO
Critérios de Análise
• TEMPO DE RETORNO DO CAPITAL OU PAYBACK
• Este é o critério mais simples de ser calculado, servindo como indicador do prazo necessário para que os desembolsos sejam integralmente recuperados.
Critérios de Análise
ANO PROJETO A PROJETO B
0 - 100 - 100
1 50 30
2 50 30
3 20 40
4/10 30 40
TRCI 2 anos 3 anos
Exemplo 1
• Melhor alternativa: Projeto A. • VANTAGENS
Facilidade de cálculo
Indicador setorial
Critérios de Análise
• DESVANTAGENS
Uso de taxa de desconto zero
Não considera os valores durante toda a vida útil do projeto Não contempla a idéia de lucro
Critérios de Análise
• RECEITA / CUSTO
• Este método permite saber quanto cada real investido, gerará de receitas ou benefícios durante o horizonte de planejamento de projeto apesar de ponderar com o mesmo valor as receitas em períodos de tempo diferentes.
Critérios de Análise
• Seu cálculo é também bastante simples, permitindo seu uso como parâmetros de comparação entre outros projetos.
Critérios de Análise
Inv
RlCR /
ANO PROJETO A PROJETO B
0 - 100 - 100
1 50 30
2 50 30
3 20 40
4/10 30 40
330 380
100 100
R/C 3,3 3,8
MELHOR ALTERNATIVA O PROJETO B
Rl Inv
• VANTAGENS
• Facilidade de cálculo
• Serve como indicador setorial
Critérios de Análise
• DESVANTAGENS
• Uso de taxa de desconto zero
Critérios de Análise
• RECEITA MÉDIA/CUSTO
• Trata-se de um critério que serve para medir o mérito do projeto, refletindo em termos médio o beneficio ou receita por cada real investido.
• Quando estamos realizando comparação entre alternativas com a mesma vida útil, sua utilização perde importância devido ao fato do resultado ser o mesmo do critério anterior dividido pela vida útil.
Critérios de Análise
Invn
RlCRm /
ANO PROJETO A PROJETO B
0 - 100 - 100
1 50 30
2 50 30
3 20 40
4/10 30 40
330 380
100 100
Rm/C 0,33 0,38
MELHOR ALTERNATIVA O PROJETO B
• VANTAGENS
• Facilidade de cálculo
• Serve como indicador setorial
Critérios de Análise
• DESVANTAGENS
• Uso de taxa de desconto zero
• Supõe homogêneo o fluxo
Critérios de Análise
• CRITÉRIOS DINÂMICOS
• São critérios que utilizam taxas de descontos positiva, em outras palavras considera-se custo de oportunidade do capital positivo em relação aos valores dos saldos fluxo de caixa.
Critérios de Análise
• Os critérios mais utilizados são:
• VALOR ATUAL (PRESENTE)
• TAXA INTERNA DE RETORNO
• RELAÇÃO BENEFICIO – CUSTO
Critérios de Análise
• VALOR ATUAL
• Trata-se do valor atual de um projeto, descontando a taxa do custo de oportunidade de capital considerada para análise.
Critérios de Análise
• A taxa de desconto utilizada deve ser a mesma durante o horizonte de planejamento visto que trata-se de um polinômio, e ademais este valor deverá ser sempre positivo refletindo a preferência de uma quantia maior no futuro à uma menor (equivalente) no dia da tomada de decisão.
Critérios de Análise
• O seu resultado deverá estar sempre relacionado a uma taxa de desconto definida.
Critérios de Análise
NN
oN
NN
NNn
L
i
INVEST
i
RVa
0 )1()1(
ANO PROJETO A PROJETO B
0 - 100 - 100
1 50 30
2 50 30
3 20 40
4/10 30 40
VA 10% 111,53 128,43
A MELHOR ALTERNATIVA À TAXA DE DESCONTO DE 10% É O PROJETO B, APRESENTA O VALOR
ATUAL MAIOR
• VANTAGENS
• Taxa de desconto positiva.
• Pode ser utilizado em fluxos de caixa não convencional.
Critérios de Análise
• DESVANTAGENS
• Quando os projetos apresentam vida útil diferente
• Dificuldade da estimação da taxa de desconto ex-ante
• Dificuldade de diferenciar projetos de escalas distintas.
Critérios de Análise
• TAXA INTERNA DE RETORNO
• Este critério trata de determinar a taxa média geométrica anual de rentabilidade do projeto (investimento).
• Em outras palavras seria a taxa de desconto que determina que o valor atual igual a zero.
Critérios de Análise
TIRi
INVEST
i
RVa
NN
oN
NN
NNn
L
0)1()1( 0
ANO PROJETO A PROJETO B
0 - 100 - 100
1 50 30
2 50 30
3 20 40
4/10 30 40
TIR 36,49 33,38
A MELHOR ALTERNATIVA É O PROJETO A, COM A MAIOR TAXA DE RENTABILIDADE, AMBOS
APRESENTANDO VALORES SUPERIORES A TAXA DE ATRATIVIDADE MÉDIA DE RENTABILIDADE DE
15% a.a.
• VANTAGENS
• Considera o valor do dinheiro no tempo.
• Apresenta a idéia de rentabilidade.
• Pode ser utilizado para projetos com vidas úteis diferentes.
Critérios de Análise
• DESVANTAGENS
• No caso de valores negativos do fluxo (não convencional ) o uso deve ser limitado;
• Dificuldade na determinação da taxa de atratividade (custo de oportunidade do capital) ex-post.
Critérios de Análise
• RELAÇÃO BENEFICIO – CUSTO
• Este critério apresenta a relação entre os benefícios líquidos (entradas) e os custos líquidos (saídas) atualizados à taxa de desconto (custo de oportunidade do capital).
Critérios de Análise
NN
NN
NN
NN
i
Ci
B
CB
0
0
)1(
)1(/
• A sua utilização apresenta quase as mesmas vantagens e desvantagens do critério de valor atual.
Critérios de Análise
PROJETO A PROEJTO B
ANO BENEFICIOS CUSTOS BENEFICIOS CUSTOS
0 100 100
1 70 20 50 20
2 70 20 50 20
3 100 80 60 20
4/10 100 70 60 20
Beneficio 10% 562,39 - 351,32 -
Custos 10% - 450,86 - 222,89
B10%/C10% 1,25 1,58
A MELHOR ALTERNATIVA É O PROJETO B, APRESENTA A MAIOR RELAÇÃO
• A Taxa Interna Econômica de Retorno – TIRE
• Os conceitos que fundamentam a taxa interna econômica de retorno são os mesmos que apóiam a taxa financeira, com diferença de que, no caso presente, tanto os fluxos de entrada como os de saída são analisados do ponto de vista da economia em geral, e não somente do ponto de vista da empresa ou do empresário.
Critérios de Análise
• O passo fundamental no calculo da TIRE consiste em transformar os custos do projeto, do ponto de vista da empresa em custos do ponto de vista econômico.
• Observe-se a estrutura dos custos de um projeto apresentada anteriormente.
Critérios de Análise
• Do ponto de vista do empresário, não há duvida de que todos esses itens influem com efeito negativo, na rentabilidade do projeto.
• Entretanto, analisados do ponto de vista de toda a coletividade, alguns desses itens podem deixar de representar um custo da mesma forma que outras parcelas, não consideradas no orçamento do empresário, podem vir a constituir gastos para a coletividade.
Critérios de Análise
• Por exemplo, os impostos indiretos não tem o efeito de um custo econômico, ao contrário, são um valor agregado à riqueza nacional por efeito da produção. • Quanto à mão-de-obra, do ponto de vista do empresário, ao nível do projeto, os salários, vencimentos e honorários são custos que devem ser reduzidos ao máximo.
Critérios de Análise
• Mas, para a economia como um todo, a contabilidade dos salários pode ser diferente, uma vez que se há grande desemprego de mão-de-obra, a criação de emprego pode ser um fator positivo.
• Se a criação de emprego pode ser um fator positivo, os salários não devem ser necessariamente um custo econômico, em sua totalidade ou em parte.
Critérios de Análise
• Se o salário para o calculo da TIRF é S para o cálculo da TIRE é S*.
• O Valor de S* é o que se chama preço-sombra, preço de conta, preço de eficiência ou preço econômico da mão-de-obra .
Critérios de Análise
• Isto é, um preço calculado para adaptá-lo aos verdadeiros custos que o uso desses recursos representa, não para os empresários, mas para toda a coletividade.
Critérios de Análise
• Em resumo, a diferença entre a TIRF e a TIRE é que, nesta última, as receitas e os custos são calculados de forma tal que traduzam o ponto de vista econômico global, e não o privado.
Preço de Mercado, de Bem Público e Sombra
• Para isso, não são considerados os “custos” que signifiquem unicamente transferência entre membros da sociedade e computam-se os demais custos com base em valores transformados que se chamam preços e custos econômicos ou preços e custo-sombra.
Preço de Mercado, de Bem Público e Sombra
• Além disso, é necessário considerar os custos e os benefícios que não são levados em conta pelo empresário por não representarem desembolso ou ganho do ponto de vista privado.
Preço de Mercado, de Bem Público e Sombra
• Assim a taxa interna econômica de retorno de um projeto é a taxa de desconto em virtude da qual o valor presente dos benefícios econômicos é igual ao valor presente dos custos econômicos, considerando-se como custo e benefícios econômicos todos os benefícios e custos gerados ou exigidos pelo projeto sobre o conjunto da economia durante o seu processo de implantação e produção.
Preço de Mercado, de Bem Público e Sombra
• Para o cálculo da TIRE tem-se que considerar vigentes, em principio, as mesmas suposições básicas feitas quanto ao cálculo da TIRF, ou seja, as mesmas considerações quanto à estrutura dos fluxos de fundos.
• É necessário transformar o fluxo de fundos financeiros (a preço de mercado) em um fluxo de fundos econômicos, via três passos:
Preço de Mercado, de Bem Público e Sombra
• Eliminação das transferências entre membros da sociedade.
• Alguns pagamentos que aparecem nos fluxos de custos da análise financeira não representam utilização direta dos recursos da economia mas simplesmente refletem a transferência do controle sobre esses recursos de uma membro da sociedade a outros.
Preço de Mercado, de Bem Público e Sombra
• Eliminação das transferências entre membros da sociedade.
• Por exemplo, pagamento de juros, reembolsos ou empréstimos, atribuições para depreciação, impostos diretos ou indiretos, subsídios.
• Eles não representam assim gastos nem benefícios para o conjunto da sociedade.
Preço de Mercado, de Bem Público e Sombra
• Ajustes nos preços utilizados na elaboração do fluxo de fundos financeiros que transforme os valores de mercado em valores econômicos.
• A orientação básica para a realização dos ajustes que transformam os custos e benefícios privados em econômicos consiste em determinar o custo ou o valor de oportunidade econômica, para a coletividade, da cada bem ou insumo do projeto.
Preço de Mercado, de Bem Público e Sombra
• Inclusão das externalidades.
• Alguns dos efeitos do projeto sobre o conjunto da economia não exercem influência sobre a empresa, não sendo considerado no fluxo de fundos privado, mas, do ponto de vista econômico, entretanto, tem que ser considerado como economias externas.
Preço de Mercado, de Bem Público e Sombra