análise de negócios em ti - apostila

20
Análise de Negócios em TI Curso Intermediário

Upload: daniel-denis-moreira

Post on 04-Jul-2015

1.013 views

Category:

Documents


62 download

TRANSCRIPT

Page 1: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI Curso Intermediário

Page 2: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 2

Introdução

No mercado de tecnologia, gestores e profissionais estão cansados de ouvir aquela velha

máxima que diz “é necessário alinhar tecnologia da informação aos negócios”. Falar é fácil,

mas para colocar isso em prática é necessário que as áreas de negócios e de tecnologia de

uma organização se entendam muito bem, o que geralmente é um grande desafio.

Para criar esse entendimento, existe um tipo de profissional específico no mercado: é o analista

de negócios. Por meio de uma convivência intensa com a área da empresa ou cliente que

demanda tecnologia, o profissional passa a conhecer toda a rotina de trabalho do usuário e

consegue coletar dados para orientar o projeto, de forma que ele ofereça as melhores

soluções.

O Analista de Negócios deve compreender as reais necessidades do usuário de tecnologia e

garantir eficiência das soluções.

Papel do Analista de Negócios

Segundo o BABOK, o papel do analista de Negócios é:

Trabalhar como uma ligação entre os diversos stakeholders (partes interessadas) para

levantar, analisar, comunicar e validar os requisitos para mudança de processos,

políticas e sistemas da informação.

Entender os problemas e as oportunidades do negócio e recomendar soluções que

possibilitem à organização atingir suas metas.

Page 3: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 3

O que é um Analista de Negócios?

O analista de negócios busca as melhores oportunidades para o negócio, analisa tendências,

cria novos produtos, recria produtos existentes, está sempre preocupado em encontrar novos

caminhos para a empresa. Ele está em permanente contato com o cliente e os donos do

negócio.

O analista de negócios, na nova abordagem da O&P (organizações e processos), antigo O&M

(organizações e métodos), vem de maneira a complementar o analista de processos e o

analista de sistemas. Os três tipos de analistas diferentes não devem ser confundidos entre si,

não são mutuamente exclusivos e eles podem se complementar naquilo que têm de melhor.

Fundamentalmente, esta função está atrelada ao conhecimento e facilidade em lidar com

negócios, assim como descrita acima, mas muito focada nos recursos de TI e de Sistemas (em

toda sua extensão) para poder prover soluções exequíveis para atingir um determinado

objetivo.

Escopo de um Analista de Negócios:

Um analista de Negócios não vai dominar todas as técnicas de Análise de Negócios.

O profissional vai se especializar em determinadas ferramentas, tipos de solução ou áreas de

mercado, conforme o seu crescimento e o desenvolvimento de sua carreira profissional.

Alguns autores defendem a proposta de dois perfis de Analista de Negócios:

Analista de Negócios – trabalha no contexto do negócio. É uma pessoa envolvida na

melhoria de processos, redução de custos e nas propostas de visão estratégica da

empresa.

Analista de Negócios em TI – trabalha no contexto dos projetos de TI.

Por que a empresa precisa de um Analista de Negócios?

Porque em geral, os stakeholders possuem dificuldade em externar suas necessidades

e problemas de comunicação.

Para reduzir o gap entra a visão estratégica e a execução (operação).

Para estabelecer uma linguagem comum entre o negócio e a tecnologia.

Construir uma ponte entre o negócio e a TI.

O ANALISTA DE NEGÓCIO PRECISA TER:

Visão de negócio (estratégia)

Visão de processos (operação)

Visão de tecnologia da informação

Page 4: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 4

Visão do Negócio

Page 5: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 5

IIBA, BABOK, CBAP e CCBA

IIBA (International Institute of Business Analysis)

Agrupou em um corpo de conhecimento, uma espécie de guia (BABOK), a soma das

atividades, habilidades e técnicas globalmente aceitas como sendo de uso dos

profissionais de Análise de Negócios.

BABOK (Business Analysis Body of Knowledge)

Proporciona a definição de um vocabulário comum e uma referência básica para todos

os praticantes dessa atividade.

CBAP (Certified Business Analysis Professional)

Processo de Certificação

CCBA (Certification of Competency in Business Analysis)

Nova certificação anunciada pelo IIBA em 2010

Possui os mesmos requisitos do CBAP com número de horas de experiência menor

IIBA

O IIBA (lnternational Instituto of Business Analysis) é uma associação sem fins lucrativos que

tem como objetivo facilitar o trabalho de profissionais que atuam na área de análise de negócio.

A análise do negócio possibilita entender a estrutura, as políticas e operações de uma

organização e recomendar soluções para que uma organização atinja seus objetivos.

O analista de negócio age como elo entre os integrantes de uma organização para obter,

analisar, comunicar e validar necessidades de alterações em processos, políticas ou sistemas

de informação. Ele entende os problemas e as oportunidades e recomenda soluções.

Seja qual for a sua responsabilidade – levantamento de requerimentos, análise de sistemas,

análise de negócio, gerenciamento de projeto, melhoria de processos – o IIBA tem como

objetivo facilitar o seu trabalho.

Áreas de Conhecimento do BABOK

Page 6: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 6

Planejamento e Monitoramento da Análise de Negócios

Planejamento da abordagem de análise de negócios.

Condução da análise de Stakeholders.

Planejamento das atividades de análise de negócios.

Planejamento da comunicação de análise de negócios.

Planejamento do processo de gestão de requisitos.

Planejamento, monitoração e divulgação da performance de análise de negócios.

Julgamento de especialistas.

Análise de Stakeholders.

Análise de requisitos de comunicação; análise de variação.

Replanejamento.

Sistema de controle de mudança.

Processo de lições aprendidas.

Page 7: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 7

Eliciação de Requisitos

Preparação para a eliciação.

Condução à eliciação.

Documentação dos resultados

Confirmação dos resultados

Brainstorming

Análise de documentos

Grupos focais

Identificação de interfaces

Entrevistas

Observação direta

Prototipação

Workshop de requisitos

Engenharia reversa

Pesquisa/questionários

Gerenciamento e Comunicação de Requisitos

Gerenciamento do escopo dos requisitos da solução

Gerenciamento da rastreabilidade dos requisitos

Manutenção dos requisitos para reuso

Preparação do pacote de requisitos

Comunicação de requisitos

Gerenciamento de conflitos com requisitos

Apresentação de requisitos

Revisão de requisitos

Aprovação formal de requisitos

Baseline

Page 8: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 8

Análise Corporativa

Definição das necessidades do negócio

Definição do gap nas capacidades para atender as necessidades do negócio

Determinação da abordagem recomendada para a solução

Definição do escopo da solução

Desenvolvimento de Business Case

Análise de competitividade e Benchmark

Análise decisória

Decomposição

Modelos econômicos e análise de benefícios

Arquitetura corporativa

Técnicas de estimativas

Análise de viabilidade

Análise de Gaps

Análise de objetivos

Análise de oportunidades

Análise de problemas

Análise SWOT

Análise de Requisitos

Priorização de requisitos

Organização de requisitos

Especificação e modelagem de requisitos

Determinação de premissas e restrições

Verificação de requisitos

Validação de requisitos

Regras de negócios

Page 9: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 9

Modelagem de dados

Modelagem de estados e eventos

Indicadores, métricas e relatórios.

Requisitos não funcionais

Modelagem organizacional

Cenários e casos de uso

Modelagem de processos

Avaliação e Validação da Solução

Avaliação de solução proposta

Alocação de requisitos

Determinação de quão pronta está a organização

Definição dos requisitos de transição

Validação da solução

Avaliação da performance da solução

Divulgação de defeitos e questões

Contratações por RFI, RFQ, RFP

Inspeções estruturadas

Testes de aceite de usuários (UAT)

Competências de um Analista de Negócios

Conhecimentos, Habilidades e Atitudes.

Técnicas:

Conhecimento de metodologias, frameworks, padrões, normas, ferramentas,

técnicas, aplicações/sistemas e melhores práticas de gestão.

Negócio

Conhecer os processos (de negócio e de apoio), linha de negócio, estratégia

(visão, missão e valores), cadeia de valor da empresa.

Comportamentais:

Page 10: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 10

Empreendedorismo, comunicação, pró-ação, bom relacionamento pessoal,

responsável, ser facilitador, saber negociar, liderança, criatividade e pensamento

analítico e solução de problemas.

Mapeamento de Processos

O Mapeamento de Processos objetiva captar as atividades relativas a determinado processo,

organizá-las em ordem funcional, gerando um fluxograma de atividades, havendo uma

posterior descrição em relação às tarefas, responsáveis, duração, frequência, etc.

Gerenciamento de Processos de Negócio

O Gerenciamento de Processos de Negócio ou Gestão de Processos de Negócio (em inglês

Business Process Management ou BPM) é um conceito que une gestão de negócios e

tecnologia da informação com foco na otimização dos resultados das organizações através da

melhoria dos processos de negócio.

São utilizados métodos, técnicas e ferramentas para analisar, modelar, publicar, otimizar e

controlar processos envolvendo recursos humanos, aplicações, documentos e outras fontes de

informação.

Modelagem de Negócio

Notação

A notação permite fazer representação gráfica das atividades, regras de negócio,

tarefas, papéis, responsabilidades e fluxo de trabalho do processo.

A notação do processo geralmente também define os seguintes elementos:

Objetivo do processo

Especifica as entradas

Especifica as saídas

Recursos consumidos

Regras de negócio

Atividades feitas em alguma ordem (fluxo de trabalho)

Eventos que conduz o processo

Alguns exemplos de notação:

IDF0

Fluxograma

Page 11: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 11

BPM

EPC

Ericson-Penker Business Extensions

UML

Exemplos de Notações

IDEF0

Integration Definition Function Modeling (IDEF0) é um padrão desenvolvido nos anos 70. Tem

grande aceitação pelo mercado.

IDEF0 é um método projetado para modelar decisões, ações e atividades de organização ou

um sistema.

IDEF0 foi derivada de outra linguagem gráfica chamada SADT (Structed Analysis and Design

Technique). Os modelos IDEF0 ajudam a organizar a análise de sistemas e promove a

comunicação entre os analistas e os clientes.

Principais Características:

Promove a comunicação;

Simplicidade

Diagramas são baseados em caixas (box) e setas

Modelo:

Exemplo:

Page 12: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 12

A linguagem IDEF0 pressupõe a explosão em níveis de abstração, do maior nível de abstração

ao menor nível, ou seja, o mais detalhado.

Fluxograma

Descrição:

O fluxograma é muito simples. Um retângulo é usado para indicar um passo de processamento.

Um losango representa uma condição e as setas mostram a orientação do fluxo de controle.

Exemplos:

BPMN (Business Process Modeling Notation)

O BPMN fornece uma notação para expressar os processos de negócio em um único diagrama

de processo de negócio (Bussiness Process Diagram – BPD).

Fornece uma notação que é compreensível por todos os usuários, analistas e técnicos do

negócio.

Garante que linguagens projetadas para a execução de processos de negócio, tais como o

BPEL4WS e o BPML sejam visualmente expressos com uma notação comum.

Simbologia do BPMN

Page 13: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 13

Um dos objetivos da BPMN é criar um mecanismo simples para o desenvolvimento dos

modelos de processos de negócio e ao mesmo tempo poder garantir a complexidade inerente

aos processos.

Quatro categorias básicas de elementos:

Objetos de Fluxo:

o Eventos

o Atividades

o Gateways

Objetos de Conexão:

o Fluxo de Sequência (Sequence Flow)

o Fluxo de Mensagem (Message Flow)

o Associação

Swimlanes:

o Pools

o Lanes

Artefatos:

o Objeto de Dados (Data Object)

o Grupo

o Anotação

EPC (Event-Driven Process Chain)

O EPC habilita a modelagem de processo com uma sequência lógica de funções.

Considerando o EPC como um processo que pode ser entendido como a quantidade de

funções que são disparadas por um ou mais eventos.

Exemplos:

A EPC foi desenvolvida em uma colaboração da empresa IDS (que desenvolveu a ARIS

Toolset) com a SAP AG, sendo o componente chave de modelagem de business process do

SAP R/3. A principal crítica com relação a este tipo de ferramenta é sobre o seu alto custo, a

Page 14: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 14

complexidade de utilização e barreira que este tipo de ferramenta impõe à participação de

todos os membros da equipe. Ela dificulta a atividade de “mão na massa”, distanciando um

pouco as pessoas do modelo gerado.

Eriksson-Penker Business Extensions (EPBE)

EPBE é um poderoso conjunto de conceitos que pode ajudar na modelagem de negócio. A

extensão é composta por: visões, diagramas, “constraints”, “tagged values” e estereotipo.

Notação:

O processo de negócio é uma coleção de atividades que tem como objetivo produzir um

resultado (saída). Ele implica em fluxo de atividades que começa da esquerda para direita.

Geralmente um elemento que representa um evento é colocado à esquerda do processo e

saídas são colocadas à direita.

Para demonstrar atividades internas do processo um diagrama de atividades (UML) pode ser

colocado dentro do elemento do processo de negócio que é uma coleção de atividades que

tem como objetivo produzir um resultado (saída).

A notação usada para representar um processo de negócio é apresentada abaixo.

Exemplo:

UML

A UML (Linguagem de Modelagem Unificada) é uma linguagem-padrão (OMG) para

elaboração da estrutura de projetos de software. A UML poderá ser usada para:

Visualização;

Especificação;

Page 15: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 15

Construção de modelos e diagramas;

Documentação.

A UML é adequada para a modelagem de sistemas, cuja abrangência poderá incluir sistemas

de informação corporativos a serem distribuídos por aplicações baseadas na Web e até

sistemas complexos embutidos de tempo real.

A UML é apenas uma linguagem e, portanto, é somente parte de um método para

desenvolvimento de software. Ela é independente do processo, apesar de ser perfeitamente

utilizada em processo orientado a casos de uso, centrado na arquitetura, iterativo e

incremental.

Exemplo:

O Diagrama de Atividades deve ser utilizado para facilitar o entendimento das regras de

negócio (principalmente para regras complexas):

Page 16: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 16

Elementos do diagrama de atividades:

Um business case (caso de negócio) tem foco em modelar o processo de negócio. Ele modela

os processos. Por exemplo, um business case para um processo de “Check IN” pode incluir os

seguintes passos:

1. Solicita o TKT do passageiro;

2. Verifica o TKT, nome, destino e nº do voo;

3. Solicita a bagagem;

4. Pesar e colocar a etiqueta de identificação na bagagem;

5. Entregar o TKT ao passageiro e

6. Despachar a bagagem.

Page 17: Análise de Negócios em TI - Apostila

Análise de Negócios em TI 17

Page 18: Análise de Negócios em TI - Apostila

Anotações

Page 19: Análise de Negócios em TI - Apostila

Anotações

Page 20: Análise de Negócios em TI - Apostila

Anotações