analise de falha 25.09 - marcos e caio
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Analise de falhaTRANSCRIPT
PRINCÍPIOS DE ANÁLISE DE FALHAS DE COMPONENTES SMM-0177Estudos de caso:
1. Trincamento de Processo em Presilha Bicromatizada.2. Exame de Trinca em Suporte de Trem de Pouso
Prof.: Dr.: Cassius RuchertAlunos:Caio FerreiraMarcos Vinícius B. Nicolino
ESTUDO DE CASO
1.2 Dados do cliente:
• “Observando a morfologia da trinca e considerando que a peça possui uma camada metálica depositada por um processo eletrolítico, a hipótese sugerida pelo cliente como causa primária da falha foi fragilização por hidrogênio.”
FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO
Causas:
• Penetração de Hidrogênio atômico em altas temperaturas devido a carga
úmida, atmosfera úmida ou eletrodos úmidos;
• Ex: Fundição, Forjamento, Soldagem e Tratamento térmico
• Contato de metais com o gás hidrogênio aonde é possível a sua dissociação;
• Ex: Ocorrerá em condições de Pressão Parcial de Hidrogênio e Temperatura
específica.
• Processos eletroquímicos;• Corrosão, ELETRODEPOSIÇÃO e o desengraxamento eletrolítico.
FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIO
Consequências:
• Acúmulo de hidrogênio em descontinuidades microestruturais que gera pressôes suficientes para estimular a propagação e a nucleação da trinca;
• Átomos de hidrogênio se difundem para a ponta de microtrincas pré-existentes, dificultando a deformação plástica, fragilizando o material;
• Concentração do hidrogênio junto as discordâncias;
• A formação de hidretos é estimulada pela tendência do hidrogênio fazer ligacões com Ti, Zr, Hf, V, Nb, Ta e Pd. Assim ocorre a precipitação dessas particulas, acompanhada por mudanças volumétricas que desenvolvem tensões geralmente em locais de nucleação, como pontas de trincas;
FRAGILIZAÇÃO POR HIDROGÊNIOTratamentos:
• Menor exposição do material ao hidrogênio;
• Aquecimento após processos como fosfatização;
• Realização de testes para verificar efeito;
• Uso de aços de menor resistência;
• Evitar limpeza ácida;
• Redução de tensões residuais ou aplicadas.
2. Objetivos:
• Analisar um grampo de fixação que rompeu integralmente durante sua montagem, observando a morfologia da sua trinca e identificar os possíveis causadores.
3.Condições de Operação:
• Nenhuma condição de uso foi fornecida pelo cliente.
ESTUDO DE CASO
4. Propriedades do Material:
• O material da peça não foi obtida porém sabe-se que a mesma é revestida por uma camada metálica depositada por processo eletrolítico.
ESTUDO DE CASO
5. Amostras enviadas para análise e procedimento:
• Metalografia: O procedimento de preparo da amostra foi usual, passando pelas etapas de corte, lixamento, polimento e ataque, para a verificação da microestrutura.
• Limpeza: a amostra ainda foi imersa em acetona em banho ultra-sônico por 15 minutos.
• Microscopia Eletrônica de Varredura.
ESTUDO DE CASO
5. Resultados da análise:• Microscopia Eletrônica de Varredura:
Figura 1 – Detalhes de uma região contendo uma trinca em que a camada depositada acompanhou a topografia da trinca, sendo esta, portanto pré-existente
5. Resultados da análise:
• Microscopia Eletrônica de Varredura:
• Região da fratura contendo altas concentrações de Zn;
• Parte da camada depositada acompanha a trinca.
ESTUDO DE CASO
5.Resultados da Análise.
• Microscopia Eletrônica de Varredura:
Figura 02 – Região da fratura vista em corte longitudinal. Note nas proximidades da fratura a presença de mais duas trincas perpendiculares à superfície situadas no raio interno da região conformada.
5. Resultados da análise:
• Microscopia Eletrônica de Varredura:
• Trincas perpendiculares à superfície;
• Presença de mais duas trincas situadas no raio interno da região conformada, possivelmente causadas durante o seu processo de conformação, resultante do excesso de atrito ferramenta/arame que pode gerar o esforço necessário à formação das trincas
• Microestrutura:
• Não foram encontradas feições que pudessem estar associadas diretamente à falha do componente.
6. Conclusões:
• Região da fratura contendo Zn, que é o mesmo material da camada superficial, o que nos leva a inferir que as trincas observadas tem origem interior a deposição da camada.
7. Sugestões:
• Pode-se fazer diminuir o excesso de atrito ferramenta/arame durante seu processamento
ESTUDO DE CASO
8. Referências:
• SCHELLE, Gustl. Manual de procedimentos para utilização de tecnologia limpa na indústria galvânica. Revisado por Haroldo A. Ponte. Curitiba. 1998. Série SIDEE n° 18.
• <http://www.heat-treat-doctor.com/documents/hydrogen%20embrittlement.pdf > Acessado em 24/09/2014
Teoria da Mecânica da Fratura
Fadiga: Falha mecânica causada pela aplicação cíclica de carregamentos e caracterizada pela nucleação e propagação lenta e gradual de trincas.
Três estágios definidos: 1. Nucleação e propagação por planos; 2. Propagação perpendicular ao eixo de tensão (formação
de estrias); 3. Ruptura catastrófica.
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Teoria da Mecânica da Fratura
Concentração de tensão:Mudanças na geometria podem aumentar a
tensão no local, facilitando a nucleação de trincas, devido a distribuição desigual da tensão local.
Teoria Envolvendo a Solda
União de metais por ligação química, processo versátil, simples e de baixo custo;
Continuidade do material, transmissão de tensões;
Soldagem por arco elétrico:Baixo custo;Fácil controle;Alta temperatura e potência.
Teoria Envolvendo a Solda Alta temperatura localizada influencia o
material:
Grandes gradientes de temperatura:Regiões de variadas granulações e até mesmo
fases diferentes
Metal Base > ZTA > ZF
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Estudo de Caso
1. Dados Gerais:
Título: Exame de trinca em suporte de trem de pouso.
Montante recolhedor direito do trem de pouso de uma aeronave;
Extensa trinca formada;Trecho tubular, na região em que está
soldada uma peça destinada à articulação.
Estudo de Caso
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Componentes do trem de pouso de um F16.
Peça fornecida para análise de falha.
Estudo de Caso
2. Objetivos:Discutir a causa da falha da peça a partir de
dados como:○ Inspeção visual;○ Exame Metalográfico;○ Análise Química;○ Ensaio de dureza e seguida metalografia.
3. Condições de OperaçãoNenhuma condição de operação foi fornecida.
Estudo de Caso
4. Propriedades do materialNenhuma propriedade fornecida pré-testes.
Sabe-se que a falha se deu em região soldada.
Estudo de Caso
5. Amostras enviadas e
procedimentoInspeção Visual:
Retirada a tinta
por solução de soda
• Trinca acompanha limite entre tubo e solda;
• Falha atravessa toda a espessura do tubo.
Estudo de Caso
A trinca acompanha o limite entre camada de solda e o tubo, prosseguindo para ambos os lados.
Estudo de Caso
Exame Metalográfico:Parte soldada foi seccionada, polida e
atacada. Análise Química:
Elemento
Carbono
Silício Manganês
Fósforo
Enxofre
Cromo
Molibdênio
Teor 0,32% 0,24% 0,54% 0,016%
0,010% 0,88% 0,18%
A tabela nos leva a inferir que seja um aço Cromo-Molibdênio (SAE 41XX). Há ainda traços de alumínio e cobre, revelados pela análise espectográfica.
Estudos de Caso
Ensaio de Dureza e Metalografia: Regiões não atingidas pelo calor de solda: 29 HRC ou 280
HB;
Regiões afetadas: de 24 a 20 HRC, isto é: 247 a 226 HB.
○ Coalescimento da microestrutura Diminuição da dureza.
Amostra de tubo recozida, esfriamento ao forno:
○ 81 HRB ou 153 HB, normal para aços com 0,30% de
carbono.
Estudo de Caso6. Resultados e Discussão
Trinca se deu em região de rigidez variável, local de concentração de esforços;
Espessura reduzida e ângulo de chanfro; Solda: superaquecimento localizado provocando têmpera e
certa fragilização; Surgimento de tensões internas, somadas a tensões de serviço
FADIGA; Propagação a camadas adjacentes de resistência a tração
inferior: tratamento térmico prejudicado pelo calor da soldagem.
1. Solda;2. Alteração microestrutural;3. Encontro: tubo, solda e
reforço.
Estudo de Caso
Microestrutura colunar: bruta de fusão de solda. Mais abaixo: microestrutura superaquecida e parcialmente temperada
Reativo ácido nítrico. 200x.
Estudo de Caso 7. Conclusões
Nucleação da trinca por fadiga:○ Região de grande concentração de tensão;○ Microestrutura de superaquecimento (ZTA, ou
zona termicamente afetada pela solda)
Zona de transição entre tubo e solda, mais afastado da superfície: maior aspecto de superaquecimento e têmpera do aço do tubo. 200x Reativo Ácido Nítrico.
Região de têmpera branda
Estudo de caso
8. SugestõesMelhoria da geometria do projeto na região
de modo a concentrar menos tensão, ou mesmo melhor processo de conformação;
Utilização de método, temperatura ou metal de adição de solda mais apropriado;
Alterar o material da peça.
Referências Bibliográficas <
http://www.engineeringtoolbox.com/aisi-sae-steel-numbering-system-d_1449.html > Acessado em 24/09/2014