analise de conteúdo segundo bardin - exemplo

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5/10/2018 AnalisedeContedosegundoBardin-exemplo-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/analise-de-conteudo-segundo-bardin-exemplo 1/7  Anais do SIMCAM4 – IV Simpósio de Cognição e Artes Musicais — maio 2008 Ricardo Goldemberg e Cristiane Otutumi: Análise de conteúdo segundo Bardin: procedimento metodológico utilizado na pesquisa sobre a situação atual da Percepção Musical nos cursos de graduação em música do Brasil Análise de conteúdo segundo Bardin: procedimento metodológico utilizado na pesquisa sobre a situação atual da Percepção Musical nos cursos de graduação em música do Brasil  Ricardo Goldemberg UNICAMP [email protected] Cristiane Otutumi UFRN [email protected] Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar os procedimentos metodológicos utilizados na dissertação ‘Percepção Musical: situação atual da disciplina nos cursos superiores de música’, defendida na Unicamp, cujas ações principais foram unir duas linhas de pesquisa, ou seja, a quantitativa e a qualitativa para enriquecer e complementar a investigação sobre o objeto de estudo. A análise de conteúdo, segundo as proposições de Bardin (2002), referência importante nesse trabalho, trata-se do desvendamento de significações de diferentes tipos de discursos, baseando-se na inferência ou dedução, mas que, simultaneamente, respeita critérios específicos propiciadores de dados em freqüência, em estruturas temáticas, entre outros. Apesar de essa técnica estar mais evidente na parte qualitativa – na organização e análise das entrevistas com professores da matéria – algumas condutas também foram aplicadas na seção quantitativa – na qual as respostas dos questionários, com um público maior de docentes, puderam ser tratadas e apresentadas. Dessa forma, a metodologia escolhida contribuiu muito para um panorama minucioso da disciplina no Brasil, confirmando fatos costumeiramente ditos pelos professores, revelando outros novos e exprimindo riqueza de detalhes de suas ações pedagógicas. Palavras-chave: Percepção Musical; Música – recursos metodológicos; Música – ensino superior no Brasil. 1. Introdução e fundamentação As falas sobre a disciplina e os estudos didáticos em Percepção Musical nos últimos anos têm revelado afirmações relativas as suas condições e algumas insatisfações e desejos de mudança em sua conduta metodológica. Isso pode ser verificado em Grossi e Montandon (2005), ao mencionarem a constante ênfase do pensar fragmentado no ensino de teoria e percepção; Lacorte (2005) quando diz que os recursos materiais dessa disciplina restringem-se ao piano, quadro-negro, toca fitas ou CD; Barbosa (2005) ao defender nova perspectiva teórica para superação de problemas em percepção; Bhering (2003) explanando sobre a falta de material didático na área para atuantes da música popular, entre outros como Costa (2003), Campolina e Bernardes (2001), Bernardes (2000), Guimarães (2000), Gerling (1995, 1993), Marques (2006), Otutumi (2006), etc. Embora apresentem muitos pontos expressivos, observou-se a necessidade de um estudo aprofundado que trouxesse à tona a real situação da disciplina nos cursos superiores de música do país, deixando a ótica particular para um espectro maior de abrangência, com dados mais específicos.

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 Anais do SIMCAM4 – IV Simpósio de Cognição e Artes Musicais — maio 2008

Ricardo Goldemberg e Cristiane Otutumi: Análise de conteúdo segundo Bardin: procedimento metodológicoutilizado na pesquisa sobre a situação atual da Percepção Musical nos cursos de graduação em música do Brasil

Análise de conteúdo segundo Bardin: procedimento metodológicoutilizado na pesquisa sobre a situação atual da Percepção Musical

nos cursos de graduação em música do Brasil

 Ricardo Goldemberg

[email protected]

Cristiane OtutumiUFRN

[email protected]

Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar os procedimentos metodológicos utilizados nadissertação ‘Percepção Musical: situação atual da disciplina nos cursos superiores de música’, defendidana Unicamp, cujas ações principais foram unir duas linhas de pesquisa, ou seja, a quantitativa e aqualitativa para enriquecer e complementar a investigação sobre o objeto de estudo. A análise de

conteúdo, segundo as proposições de Bardin (2002), referência importante nesse trabalho, trata-se dodesvendamento de significações de diferentes tipos de discursos, baseando-se na inferência ou dedução,mas que, simultaneamente, respeita critérios específicos propiciadores de dados em freqüência, emestruturas temáticas, entre outros. Apesar de essa técnica estar mais evidente na parte qualitativa – naorganização e análise das entrevistas com professores da matéria – algumas condutas também foramaplicadas na seção quantitativa – na qual as respostas dos questionários, com um público maior dedocentes, puderam ser tratadas e apresentadas. Dessa forma, a metodologia escolhida contribuiu muitopara um panorama minucioso da disciplina no Brasil, confirmando fatos costumeiramente ditos pelos

professores, revelando outros novos e exprimindo riqueza de detalhes de suas ações pedagógicas.

Palavras-chave: Percepção Musical; Música – recursos metodológicos; Música – ensino superior noBrasil.

1. Introdução e fundamentação

As falas sobre a disciplina e osestudos didáticos em Percepção Musical nosúltimos anos têm revelado afirmaçõesrelativas as suas condições e algumasinsatisfações e desejos de mudança em suaconduta metodológica. Isso pode serverificado em Grossi e Montandon (2005),ao mencionarem a constante ênfase dopensar fragmentado no ensino de teoria epercepção; Lacorte (2005) quando diz que osrecursos materiais dessa disciplinarestringem-se ao piano, quadro-negro, tocafitas ou CD; Barbosa (2005) ao defender

nova perspectiva teórica para superação deproblemas em percepção; Bhering (2003)explanando sobre a falta de material didáticona área para atuantes da música popular,entre outros como Costa (2003), Campolinae Bernardes (2001), Bernardes (2000),Guimarães (2000), Gerling (1995, 1993),Marques (2006), Otutumi (2006), etc.Embora apresentem muitos pontosexpressivos, observou-se a necessidade deum estudo aprofundado que trouxesse à tonaa real situação da disciplina nos cursossuperiores de música do país, deixando aótica particular para um espectro maior deabrangência, com dados mais específicos.

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Para tanto, foram escolhidas duasabordagens metodológicas, a qualitativa e aquantitativa. Apesar das diferençasexistentes entre ambas, de acordo comNeves (1996, p.2), essas visões não seexcluem, pois não se pode afirmar que seoponham como instrumentos de análise,“[...] na verdade, complementam-se e podemcontribuir, em um mesmo estudo, para ummelhor entendimento do fenômenoestudado”. Dessa forma, lembram Laville eDione (1999) que o essencial seja que aabordagem escolhida esteja a serviço doobjeto de pesquisa. A opção pela variedade

na natureza dos dados foi determinada comintuito de oferecermos um panorama maisdiversificado sobre a situação presente dadisciplina.

Já para orientação no processo deanálise, tomamos Bardin (2002, p. 38) comoreferência principal, com a análise de

conteúdo, no qual diz a autora ser “[...] umconjunto de técnicas de análise dascomunicações que utiliza procedimentossistemáticos e objetivos de descrição do

conteúdo das mensagens”. Taisprocedimentos são criteriosos, com muitosaspectos observáveis, mas que colaborambastante no desvendar dos conteúdos de seusdocumentos. Embora essa técnica seja muitousada em áreas como história, psicologia,ciências políticas, jornalismo e no campo dasaúde – como, por exemplo, na pesquisarecente de Almeida (2007), da Universidadede São Paulo, numa análise de documentosoficiais do ministério da saúde – no campo

da música pouco dessa ferramenta temestado presente nos trabalhos acadêmicos, aexceção de Costa (2004) que, na área deaprendizagem pianística, entrevista alunosdesse instrumento utilizando-se da análise deconteúdo no tratamento das mensagens erevelando pontos interessantes a respeito dascondições motoras e das expectativas dessessujeitos no período de aprendizado emmúsica.

2. Objetivo

Situar as condições atuais dadisciplina Percepção Musical no Brasilatravés de recursos metodológicos queviabilizem a riqueza de dados,complementaridade e a transparência dasetapas e informações obtidas.

3. Metodologia

Para melhor apresentar os processos

metodológicos realizados durante a análisedos dados, organizamos dois pólos deabordagem nos quais evidenciamosobjetivamente as etapas e procedimentoscumpridos na pesquisa qualitativa bem comona quantitativa, além das exigências daanálise de conteúdo segundo Bardin (2002).Assim, temos:

  Pesquisa QualitativaLinhas gerais – realização de cinco

entrevistas1 com quatro professoresvinculados a universidades dedestaque do Brasil e um professor decurso preparatório para vestibular2.Na análise de conteúdo, Bardin(2002) aponta como pilares a fase dadescrição ou preparação do material,a inferência ou dedução e ainterpretação. Dessa forma, osprincipais pontos da pré-análise são aleitura flutuante (primeiras leituras de

contato os textos), a escolha dosdocumentos (no caso os relatostranscritos), a formulação dashipóteses e objetivos (relacionadoscom a disciplina), a referenciação dos

1 O caráter das entrevistas foi o não-estruturado e o semi-estruturado, de acordo com a participação do pesquisador, aelaboração das perguntas e o perfil do docente entrevistado.2 Optou-se também por um olhar externo à universidade,porém, neste artigo conciso, o destaque fica para osprofessores vinculadores à IES.

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índices e elaboração dos indicadores(a freqüência de aparecimento) e apreparação do material. Por isso,todas as entrevistas foram registradasatravés de gravação em áudio,transcritas na íntegra e autorizadaspelos participantes, além de que ostextos passaram por pequenascorreções lingüísticas, porém, nãoeliminando o caráter espontâneo dasfalas. Para o tratamento dos dados atécnica da análise temática oucategorial foi utilizada e, de acordocom Bardin (2002), baseia-se em

operações de desmembramento dotexto em unidades, ou seja, descobriros diferentes núcleos de sentido queconstituem a comunicação, eposteriormente, realizar o seureagrupamento em classes oucategorias.  Além disso, a análisedocumental também esteve presente,para facilitar o manuseio dasinformações, já que, também deacordo com a autora, se constitui

uma técnica que visa representar oconteúdo de um documento diferentede seu formato original, agilizandoconsultas. Assim, na fase seguinte,exploração do material, tem-se operíodo mais duradouro: a etapa dacodificação, na qual são feitosrecortes em unidades de contexto ede registro

3; e a fase dacategorização, no qual os requisitospara uma boa categoria são a

exclusão mútua, homogeneidade,pertinência, objetividade e fidelidadee produtividade. Já a última fase, dotratamento e inferência àinterpretação, permite que os

3 De acordo com Bardin (2002), unidade de registro (UR),apesar de dimensão variável, é o menor recorte de ordemsemântica que se liberta do texto, podendo ser uma palavra-chave, um tema, objetos, personagens, etc. Já unidade de

contexto (UC), em síntese, deve fazer compreender aunidade de registro, tal qual a frase para a palavra.

conteúdos recolhidos se constituamem dados quantitativos e/ou análisesreflexivas, em observaçõesindividuais e gerais das entrevistas.Assim, dentro do discurso dosprofessores de IES foram observadasas seguintes categorias: 1.Dificuldades encontradas pelosdocentes, 2. Ações para superaçãodas dificuldades, 3. Observaçõessobre os alunos, 4. Comentáriossobre o ouvido absoluto, 5.Qualidades para um bom professorda disciplina e 6. Opiniões sobre o

ensino da Percepção Musical. Paraexemplificação, a categoria de maiordestaque pela freqüência dedepoimentos bem como de númerode unidades de contexto (e registro),segue abaixo:

Categoria 2 – Ações parasuperação das dificuldades

UC – Aulas extraclasse

UR: monitoriaUR: plantãoUC – Cuidados com materialUR: grau de dificuldadeprogressivaUR: exemplos musicaisUR: livros com áudioUR: adaptaçãoUR: adoção de livroUC – Não restringir músicaUR: diferentes gêneros

UR: repertório variadoUC – Trabalhos para casaUR: ditados / exercíciosUC – Realização de testes deproficiênciaUR: prova / testeUC – Avaliação com diferentesfocosUR: avaliação variadaUR: individuais e/ou coletivas

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UC – ConteúdoUR: iniciar do zeroUC – Incentivo a experiênciasmusicaisUR: expor-se a diferentespráticasUR: percepção a todo momento

  Pesquisa QuantitativaLinhas gerais – aplicação dequestionários a sessenta docentesrepresentantes de cinqüenta e duasinstituições públicas e particulares

que oferecem cursos de música emtodo país4, num índice percentual de89,65% do total de Instituições deEnsino Superior – IES brasileiras. Osquestionários foram enviados por e-

mail, em cartas-convite, nos mesesde setembro e outubro de 2007,quando foram feitos contatos comcerca de cento e trinta pessoas entresecretárias, coordenadores eprofessores. Primeiramente, foram

tomados cuidados específicos já queo pesquisador geralmente não estápresente no momento dopreenchimento, como: reduzirpossibilidades de interpretação,buscando clareza e objetivos nasquestões, elaborar boa formataçãovisual com ordem coerente deraciocínio e brevidade no tempo depreenchimento, estimulando aparticipação do público alvo (Pádua,

2000). Às dezesseis perguntas foramoferecidas respostas de múltiplaescolha (de a – d), porém, seguindo aorientação de Barros e Lehfeld(1990), combinadas questões decaráter aberto e fechado, permitindo

4 A partir da listagem de 58 instituições cadastradas noportal do Ministério da Educação – MEC em 2007,considerando os cursos de bacharelado e licenciatura emmúsica.

breves respostas dissertativas naúltima opção, obtendo dados aindamais precisos. Com o objetivo deconhecer também o perfil dosprofessores participantes, optou-sepor um cabeçalho que colhesseinformações quanto à titulação e àsinstituições de ensino onderealizaram seus cursos, resultandonum quadro bastante informativosobre esse público. Embora aqui asações sejam bem direcionadas pelasperguntas do questionário, aorganização e o reagrupamento

tiveram procedimentos semelhantes àlinha qualitativa. Então, foramobservadas três principais categoriastemáticas: 1. Estrutura da disciplinanas IES (perguntas 1, 4, 5, 8, 3, 7 e6); 2. Aspectos técnicos epedagógicos da atuação dosprofessores (perguntas 2, 15, 9, 13,12, e 16) e 3. Opiniões sobre o ensino(perguntas 10, 11, 14). A categoriaum, com maior número de questões,

para exemplificação, segue emdetalhe:

Categoria 1 Estrutura dadisciplina nas IES

Nome da disciplina no BrasilObrigatoriedade da disciplinaAs frentes trabalhadasHoras semanais de aulaQuantidade de professores nas

IESQuantidade de alunos numaturmaQuantidade de classes porprofessor

Finalizando essa etapa, foramtrazidos índices principais, secundários alémde comentários reflexivos sobre cada umbem como de algumas associações possíveis.

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4. Alguns resultados e considerações finais

Num breve comentário, trazemos ospontos comuns e diferenciais de cada linhade trabalho, evidenciados por suasferramentas de pesquisa:

  Pontos comuns entre os índices dosquestionários e relatos dasentrevistas

  Estrutura da disciplina nas IES –Nome da disciplina: Percepção

Musical; Obrigatoriedade dadisciplina: em todo curso e/oumodalidade; As frentes trabalhadas:melódica, rítmica e harmônica; Horassemanais de aula: duas horas.  Aspectos técnicos e pedagógicos da

atuação dos docentes – Linha detrabalho: tradicional contextualizada;Instrumento referencial maisutilizado: piano; Material de apoiomais utilizado: CD de áudio e

gravações diversas; Bibliografiautilizada: autores nacionais eestrangeiros.Opiniões sobre o ensino – Perfil dosalunos: tem dificuldade já que nãotiveram boa formação de baseanterior; Maior dificuldadeencontrada: nível heterogêneo deconhecimento entre os estudantes;Maior obstáculo no rendimento dosalunos: pouco estudo.

  Diferenciais entre questionários eentrevistas

Partindo dos índices das questões,houve poucas diferenças, que, naverdade, revelaram asparticularidades dos depoimentos dossujeitos entrevistados. Os temas emque as entrevistas ampliaram a óticadas perguntas: quanto aos problemas

e dificuldades encontradas, as ações ecuidados para melhoria da disciplinaou aprendizagem, o perfil dos alunos,as qualidades para o professor dePercepção Musical, o estudo eaprendizagem em percepção e quantoao ensino da disciplina hoje no país.

Ambas entrevistas e questionáriostiveram positiva recepção por parte dosdocentes. Isso contribuiu para aconcretização do objetivo final da pesquisa eo alcance de resultados coerentes e precisossobre as condições atuais da disciplina.

Também os recursos metodológicoscombinados trouxeram, através de seuspontos fortes, quantidade de informações equalidade de dados que uma só vertente nãoconseguiria abranger. Portanto, é importanteque, de acordo com o objeto de estudoproposto, sejam feitas buscas e verificaçõesrefinadas quanto a metodologias possíveis deserem empregadas, para que os resultadospossam ser melhores expostos eaproveitados, especialmente no campo da

música e percepção musical.

5. Referências

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6. Subáreas de conhecimento

Teoria e Percepção Musical. EducaçãoMusical e ensino superior (Brasil).

Tema: 1. A mente e a percepção musical.Modalidade: comunicação oral