analise da solidez da cor em tecidos sujeitos a ensaios de lavagens com sabões em pó de diferentes...

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Universidade Estadual de Maringá Campus Regional de Goioerê Departamento de Engenharia Têxtil Controle de Qualidade Têxtil II Professor : Edson Mizoguchi Equipe: Joni Dutra Neves Luciana Crespim Dezembro,2000

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Analise Da Solidez Da Cor Em Tecidos Sujeitos a Ensaios de Lavagens Com Sabões Em Pó de Diferentes Propriedades

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  • Universidade Estadual de Maring

    Campus Regional de Goioer

    Departamento de Engenharia Txtil

    Controle de Qualidade Txtil II

    Professor : Edson Mizoguchi

    Equipe: Joni Dutra Neves

    Luciana Crespim

    Dezembro,2000

  • Agradecimentos: PROCTER AND GAMBLE - LATIN AMERICA

  • Sumrio

    0.1 TTULO:.......................................................................................................................1 02 -OBJETIVO GERAL ............................................................................................................1 03 - OBJETIVO ESPECIFICO..................................................................................................1 04 RESUMO...........................................................................................................................2 05 - INTRODUO TERICA...............................................................................................2

    5.1 - Histria Do Detergente Em P.........................................................................................2 5.2 - Novos detergentes em um mercado globalizado ...............................................................3 5.3 - Perspectiva Latino Americana:.........................................................................................4 5 4 - Lavagem Domstica ........................................................................................................4 5.5 - Sabo X Detergente ........................................................................................................5 5.6 Corantes.........................................................................................................................7 5.7 Solidez de cor.................................................................................................................8

    5.7.1 Escala cinza..............................................................................................................8 Escala Cinza para Manchamento ...............................................................................................10

    5.7 - DETEGENTES UTILIZADOS PARA OS ENSAIOS..................................................12 5.7 - As condies de lavagens e diferente realidade:..............................................................13 5.8 - Condices gerais para sucesivas lavagens:......................................................................14

    6 PROCEDIMENTO ............................................................................................................15 7 RESULTADO ....................................................................................................................16 Grau de desbotamento ..............................................................................................................16 8 CONCLUSO ..................................................................................................................17 9 - REFERNCIAS .................................................................................................................19 10 ANEXO ...........................................................................................................................20

    10.1 - ISO 105 - Solidez de cor a lavagem: Ensaio 4.............................................................20

  • 0.1 TTULO:

    Anlise da Solidez da Cor em tecidos sujeitos a ensaios de lavagens com sabes em p de diferentes caractersticas. 02 -OBJETIVO GERAL Analisar a solidez da cor e a transferncia de corante de tecidos de malha quando expostos a lavagem com sabes em p de diferentes caractersticas. 03 - OBJETIVO ESPECIFICO Verificar como os detergentes agem no tecido Verificar se a especificaes contidas na embalagem quanto as aplicaes dos sabes em p de acordo com o que ocorre na realidade de uma lavagem. Analisar a formulao dos sabes em p existentes no mercado brasileiro e sua influencia na solidez dos tecidos

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    04 RESUMO Atualmente, existe ao redor de todo o mundo um amplo uso prtico das cores e da Cincia e Tecnologia de Aplicao das Cores. Porm, existem questes que ainda no foram solucionadas e, em alguns casos, isso devido s dificuldades experimentais envolvidas na busca das respostas. A perda da cor dos tingimentos de boa solidez lavagem que acaba ocorrendo durante as lavagens domsticas. isso devido natureza das formulaes modernas dos detergentes para lavagem? Como a indstria deveria proceder quanto a essa questo? Existem muitas outras questes ainda no resolvidas, mas se elas deixam o leitor intrigado, ento compartilhamos do mesmo interesse 05 - INTRODUO TERICA 5.1 - Histria Do Detergente Em P

    Apesar do uso de um certo tipo de sabo para limpeza ter ocorrido por volta do ano 2800A.C., detergente em p para lavar roupa como conhecemos hoje relativamente recente. Foi desenvolvido comercialmente apenas em 1946.

    O nome sabo, segundo uma antiga lenda romana, teve origem em um lugar chamado Montanha Sapo. Nessa montanha, animais eram sacrificados e, quando chovia, a gua descia pela montanha carregando a gordura e as cinzas dos animais mortos at barrenta beira do rio Tiber. As mulheres da poca descobriram que esfregando esta mistura nas roupas a sujeira saa com maior facilidade.

    A partir de 1920 toda a lavagem de roupas passou a ser feita com sabo esfarelado. O sabo em barra passou a ser cortado, aparado e dissolvido em gua quente a cada lavada. Em 1930 alguns fabricantes passaram a oferecer sabo em forma de flocos e, mais tarde, sabo em gros. Esses produtos dissolviam-se melhor na gua mas ainda assim reagiam com minerais na gua dura (mineralizada) formando depsitos de sabo. Estes depsitos de sabo deixavam as roupas sujas e desbotadas.

    O primeiro detergente similar nossa definio corrente de um detergente foi desenvolvido na Alemanha, durante a primeira guerra mundial, devido falta de gordura e leos para se fazer o sabo.

    DREFT foi o primeiro detergente sinttico desenvolvido pela P&G nos Estados Unidos para uso domstico, trazendo uma evoluo na tecnologia de produtos para limpeza. Mas a grande descoberta no desenvolvimento de detergentes domsticos veio em 1946 nos Estados Unidos com a fabricao de um detergente composto por uma combinao de surfactante e fosfato. Era a P&G lanando Tide - o milagre da lavagem de roupa. A frmula de Tide limpava melhor que qualquer outro produto disponvel no mercado. At hoje, 52 anos depois, Tide lder no mercado americano levando a P&G liderana da categoria em todo mundo.

    J se passaram cerca de 50 anos desde o aparecimento do memorvel estudo produzido por Vickerstaff sobre a Fsico-Qumica do Tingimento. Esse trabalho foi a fonte bsica de referncia para uma grande parte da ampliao subseqente de nosso conhecimento cientfico dos processos envolvidos no tingimento, e no temos nem mesmo idia do grau de importncia que tal trabalho representou para os profissionais da rea.

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    A ttulo de retrospecto, Vickerstaff retirou o vu de mistrio que circundava a arte dos tintureiros e colocou em seu lugar o conhecimento de que o tingimento um processo baseado nos mesmos princpios que regem todos os outros processos fsicos e qumicos.

    Todavia, o desenvolvimento e o crescimento da importncia das fibras manufaturadas e dos corantes reativos com as fibras fizeram com que o texto produzido por Vickerstaff ficasse incompleto. Muitas das lacunas foram preenchidas, mas h ainda algumas reas bsicas onde nossa avaliao das causas fundamentais dos problemas prticos precisa ser melhorada. Representa tambm um assunto de certo interesse para o autor o fato de que, parafraseando McGregor, alguns sistemas de tingimento so to complexos que, quando eles so estudados com rigor cientfico, h um perigo real de que pouqussimas pessoas sero capazes de apreciar os detalhes de tais estudos.

    Para uma indstria que produz bilhes de libras de artigos tintos satisfatoriamente a cada ano, pareceria haver pouca necessidade adicional de estudos cientficos exticos. Porm, o que necessrio que seja feita uma considerao geral dos princpios fundamentais que governam todas as cincias fsicas. 5.2 - Novos detergentes em um mercado globalizado Desmanchadores ativados: Perborato de sdio Ativadores de desmanche: TAED (tetracetiletilenodiamina), SNOBS (nonanoiloxibenzenesulfonato de sdio) Agentes oxidativos otimizados para a lavagem da roupa. Vantagens para o consumidor: Mantm a brancura, Retirada de sujidades e manchas, Desinfeco. Mantm as cores? Novos mtodos para a seleo dos corantes: Esforos conjunto entre a industria txtil e a industria dos detergentes BS UK-TO. Maio 1998 M&S, C10A. Inicios de 1999 AATCC. ????. Manual 2001 ISO 105-C08. final de 2000

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    5.3 - Perspectiva Latino Americana:

    Maior vida til dos tecidos: CONSUMO PER CAPITA DE FIBRA PARA VESTURIO E TECIDOS

    DO LAR/MERCADO 1.990 2.005

    Amrica do Norte 21,4 36,4 Amrica Latina 3,6 5,0

    Europa Ocidental 14,5 20,5 Europa Oriental 9,5 7,3

    China 4,1 5,5 Japo 17,3 23,2

    frica/Oriente Mdio 2,3 3,6 Global 5,0 7,3

    Fonte: Procter & Gamble - Latin America Caractersticas prprias de lavagem de roupa na Amrica Latina: alta incidncia de lavagem a mo lavado a mquina em baixas temperaturas detergentes diferentes dos usados na Europa e USA uso dos principais ativadores TAED e SNOBS 5 4 - Lavagem Domstica

    Nos ltimos anos, particularmente os mais recentes, os consumidores e os varejistas, especialmente nos EUA, tm crescentemente reclamado, de maneira estridente, a respeito da fraca, e inesperada, solidez da cor lavagem de algumas peas confeccionadas, especialmente no caso de artigos de algodo tintos com corantes reativos. No de causar surpresa que essa crescente preocupao vm emergindo a partir da introduo no mercado dos ativadores de alvejamento, baseados em perboratos, presentes nos produtos para lavagem domstica.

    Os principais objetos de estudo pormenorizado atualmente so os ativadores diamina de tetraetileno (sigla em ingls: TAED) e o sal sdico de sulfonato de nonanoilbenzeno (sigla em ingls: SNOBS), os quais, sob condies oxidantes, transformam-se em cido peractico e cido pernonanico, respectivamente. A diamina de tetraetileno encontrada principalmente na Europa, ao passo que o sulfonato de nonanoilbenzeno encontrado na Amrica do Norte. Esse ltimo um agente mais agressivo. Espera-se ainda pelo desenvolvimento e adoo de mtodos de ensaios que reproduzam de perto o desempenho real das peas confeccionadas aps mltiplas lavagens com detergentes que contenham tais ativadores. J evidente que a configurao molecular de alguns corantes menos susceptvel destruio pela lavagem oxidativa mltipla do que outros. Por exemplo, os grupamentos o,o'-disulfonatoazo so menos susceptveis do que o grupamento o-sulfonatoazo ou o grupamento azo simples (23). Trs estudos recentes feitos por Phillip e oito colaboradores, estudos estes oriundos dos fabricantes de detergentes para a lavagem de roupas, caracterizam os esforos nessa rea importante e pertinente (24-26).

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    5.5 - Sabo X Detergente

    O SABO O sabo em barra, pedra ou sabonete feito atravs de um processo que utiliza basicamente gordura animal e leos vegetais. Quase todo tipo de gordura e leos j foram utilizados na sua manufatura. O sabo contm uma molcula (tensoativo) que tem duas pontas: uma que gosta de sujeira - lipoflica e outra que gosta de gua - hidroflica FUNCIONAMENTO Imaginemos que temos uma roupa suja com leo/graxa e barro/poeira. A gua por si s no ir remover a sujeira. Uma das razes importantes que o leo e a sujeira repelem a molcula da gua. Adicionando-se o sabo, a parte que gosta de sujeira repelida pela gua e atrada pela sujeira. Enquanto isso, a parte que gosta de gua atrada pelas molculas de gua. Estas foras opostas soltam a sujeira e a mantm suspensa na gua. A agitao da gua atravs da mquina de lavar roupa ou do ato de esfregar a roupa com as mos ajuda a soltar a sujeira. A sujeira deve permanecer suspensa na gua para que no seja redepositada sobre o tecido (emulso). A soluo contendo sujeira emulsionada removida pelo enxge. DESVANTAGENS Embora o sabo seja um bom agente de limpeza, sua efetividade pode ser reduzida quando a gua mineralizada - ons de clcio e magnsio (naturais e/ou formados pela sujeira em suspenso). Nessa situao so formados grnulos insolveis, evento chamado de precipitao. Esses grnulos no so enxaguados facilmente e tendem a diminuir a eficincia dos detergentes. Em algumas situaes eles tendem a ficar visveis e depositados nas roupas deixando-as endurecidas. Essa roupa, quando passadas a ferro, torna-se encardida e/ou amarelada. A precipitao tambm visvel em forma de um anel sobre o ralo ou ao redor da banheira depois de um banho de espuma. O DETERGENTE O detergente o produto utilizado para limpar roupas, louas, etc., removendo sujeiras depositadas no dia-a-dia. Devido a escassez de gordura e leos vegetais que houve durante a I Guerra Mundial, a Alemanha desenvolveu uma molcula derivada do petrleo com as mesmas propriedades de limpeza da molcula de gordura animal. Com uma vantagem: desapareceu o problema da precipitao . Finalmente, o grande desenvolvimento do atual detergente domstico veio em 1946, nos Estados Unidos, com a fabricao de um detergente composto por uma combinao de surfactantes e fsforo. Nascia o detergente. TIPOS Existem vrios tipos de detergentes, tais como para lavar roupas, para lavar louas em mquina, para lavar loucas a mo, limpadores de superfcies, cho, janelas, etc. PROCESSO DE LAVAGEM

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    Apesar de aparentemente corriqueiros, o processo de lavagem de roupas complexo e envolve vrios fatores fsicos e qumicos. Os componentes bsicos no processo de lavagem so: Tempo: necessrio para solubilizao da sujeira e o amolecimento ou molhamento de sujeiras

    no solveis Ao Trmica: influi no amolecimento de algumas sujeiras, principalmente as gordurosas Ao Qumica: proporcionada pelo sabo ou detergente. responsvel por modificar a

    solubilizao ou propiciar a suspenso da sujeira, facilitando a remoo da mesma pela gua. Ao Mecnica: proporcionada pela mquina de lavar, esfregando ou batendo no tanque. Essa

    ao auxilia na remoo da sujeira presa nas fibras. COMPOSIO BSICA Os componentes de um detergente de lavar roupa esto divididos em trs grupos: Estruturais, Ingredientes para Alta Performance (aditivos) e Ingredientes Adicionais. ESTRUTURAIS Surfactantes: So os componentes mais importantes dos detergentes, pois tem a finalidade de diminuir a tenso superficial da gua proporcionando o molhamento das sujeiras. Seqestrastes: Sua funo a de amaciar a gua atravs da desmineralizao. Isso ajuda os tensoativos a trabalharem com mais eficincia. Eles tambm ajudam a emulsificar leos e gorduras reduzindo-os a pequenos glbulos. Alm disso so capazes de retirar sais que ficam incrustados nos tecidos provocando o seu encardido. Branqueadores: pticos: So substncias solveis em gua que aderem s fibras dos tecidos. Estas substancias absorvem a luz ultravioleta (invisvel) que incide sobre os tecidos reemitindo luz azulada (visvel). Essa luz azulada neutraliza a cor amarelada tpica de tecidos encardidos, proporcionando uma impresso de brancura e brilho. Corantes e Perfumes: So aditivos que no tem ao sobre o processo de lavagem. Vrios tipos de fragrncias so usadas na frmulas dos detergentes para perfumar as roupas. Alm de diferenciarem os diversos tipos de detergentes pelo cheiro, elas bloqueiam o desagradvel odor da gua utilizada na lavagem, e podem deixar um leve aroma nos tecidos que foram lavados. Os corantes por sua vez, utilizado apenas como uma fator esttico na visualizao do produto quando este esta sendo utilizado. O p pode ser azul, verde, branco, possuir grnulos coloridos, etc.

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    INGREDIENTES DE ALTA PERFORMANCE Alvejante (bleach): So oxidantes base de cloro ou de oxignio, que atuam destruindo os corantes responsveis pelas manchas. Na verdade as manchas permanecem, porm ficam invisveis. Enzimas: So protenas que aceleram a ao qumica dos detergentes, atacando certos tipos de sujeira. Isto faz com que a sujeira seja mais rapidamente retirada pelo detergente e pela gua. Agente Anti-redepositante: A funo principal desse componente no permitir que a sujeira em suspenso na gua, retorne ao tecido. INGREDIENTES ADICIONAIS Inibidor de Espuma: Como o prprio nome diz, so componentes que controlam a formao de espuma. Nvel de espuma menor facilita o enxge e ajuda a economizar gua Amaciante: Os amaciantes normalmente so usados como produto separado, ma podem estar embutidos na frmula dos detergentes. Eles reduzem a eletricidade esttica deixando os tecidos macios. 5.6 Corantes

    Os corantes de uma maneira geral podem ser divididos em duas classes, naturais e sintticos. Os corantes sintticos so de grande aceitao industrial, permitem obter uma alta gama de cores e so sintetizados em grande escala, entretanto so potenciais poluidores ambientais, principalmente de rios, o que acontece freqentemente, atravs da descarga de resduos de industrias sntese de corantes e de tingimento de artigos txteis.

    Corantes extrados de plantas naturais tm sido utilizados desde a antiguidade, para tingimento de fibras txteis, so obtidos atravs de minerais e vegetais. Em pesquisa recentes tem se enfatizado o uso de corantes extrados de plantas em processos de tingimento de fibras txteis, devido as suas vantagens em relao aos corantes sintticos com respeito a impactos ambientais. Os corantes do urucum Bixa Orellana e Aafro Zyngiberaceae so utilizados na indstria alimentcia em produtos como margarinas e carnes enlatadas, e em pinturas artsticas. O corante da beterraba extrado das razes da beterraba vermelha, pode ser obtido atravs de prensagem ou extrao aquosa e posterior purificao. O corante obtido na forma de p, de cor vermelha bem como as solues vermelho violceas so sensveis a luz e temperaturas superiores a 45C. O corante da beterraba tem sido aplicado na indstria alimentcia em substituio ao corante sinttico FD & C Red que cancergeno e proibido pela norma da FAO/OMS.

    Foram desenvolvidos trabalhos no sentido de estudarmos as propriedades de tingimento e solidez dos corantes urucum e aafro em tecidos de l, algodo e seda.

    Aps extrao dos corantes, preparao dos tecidos e tingimento em diferentes condies de tempo e temperaturas, foram realizados: i) testes de solidez a lavagem domstica e industrial, segundo norma da American Association of Textile Chemist and Colorist (AATCC) Test Method 61 1985 ii) teste de alterao de cor segundo norma da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) NBR 8430; iii) teste de transferncia de cor segundo norma ABNT NBR 8429.

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    Os corantes do urucum e do aafro apresentaram afinidade com as fibras de l, seda e algodo, e bons nveis de solidez. O corante de aafro demonstrou maior poder de tingimento nas trs fibras em comparao com o corante do urucum. O corante do urucum demonstrou maior afinidade com a fibra de seda em comparao com as fibras de l e algodo. O corante do aafro demonstrou maior afinidade com as fibras de algodo e seda em comparao com a fibra de l. As notas de solidez do corante de aafro foram as melhores e variaram entre 4 e 4,5 para os testes de solidez a lavagem, transferncia de cor da fibra tingida para fibra de mesma natureza e transferncia de cor da fibra tingida para fibras de natureza diferente. 5.7 Solidez de cor

    Solidez de cor uma propriedade de um corante ou estampa para reter sua profundidade e desbotamento pelo uso de um produto. Corantes so geralmente considerados slidos quando resistem influncias deteriorantes (como lavagem, lavagem seco) na qual sero submetidos no uso para o qual o tecido foi fabricado.

    A norma brasileira- NBR 10187, de fev./88, define solidez de cor como: a resistncia da cor dos materiais txteis aos diferentes agentes, aos quais possam ser expostos durante sua fabricao e uso subseqente. A solidez de cor pode ser avaliada pela alterao da cor da amostra, ou pela capacidade de transferir a cor a um tecido testemunha que no possui corante.

    Atravs de numerosos comits tcnicos a Associao Americana de Qumicos e Coloristas Txteis desenvolveu procedimentos de testes laboratoriais que indicam a solidez da cor e prev sua performance no uso.

    Na avaliao da solidez de cor de tecidos ou vesturio, a mudana da cor original (desbotamento) e/ou manchamento ou transferncia de cor no tecido de teste padro so medidos pela comparao visual do corpo de prova testado com a escala cinza AATCC para mudana de cor e manchamento e escala de transferncia cromtica. A diferena na mudana de cor e o acmulo de transferncia de cor so dados um valor numrico que varia entre 1 e 5. Classe 5 indica sem mudana da cor original (desbotamento) e/ou sem transferncia de cor. Classe 1 indica notvel mudana de cor (desbotamento) e/ou alta transferncia de cor. Essas classes podem ser descritas nos seguintes termos qualitativos:

    Classe 5 Excelente Classe 4 Muito Bom Classe 3 Bom (mdia) Classe 2 Regular Classe 1 Ruim

    Geralmente, esses itens exibindo solidez de cor equivalente as classes 1 e 2 so considerados no aceitveis pelo ponto de vista do consumidor. 5.7.1 Escala cinza

    As avaliaes da solidez de cor exigem escalas cinzas para transferncia de cor (NBR 8429/84) e para alterao de cor (NBR 8430/84).

    possvel para um tecido para mudar a cor no teste de solidez de cor e no exibir nenhum manchamento. Tambm possvel para o tecido manchar e no demonstrar nenhuma mudana de cor. Alguns tecidos tero ambos, mudana de cor e manchamento no teste.

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    Escala Cinza para Mudana de Cor Esta escala consiste de nove pares de fatias cinzas

    padres, cada par representa uma diferena na cor ou contraste (desbotamento e resistncia) correspondendo uma taxa numrica de solidez de cor. Os resultados do teste de solidez de cor so avaliados comparando visualmente a diferena na cor representada pela escala. Uma parte do tecido original e o corpo de prova dele so colocados lado a lado num mesmo plano e orientados na mesma direo. A escala cinza colocada perto num mesmo plano. A diferena visual entre o tecido original e o testado so comprados com as diferenas representadas pela Escala Cinza. A taxa de solidez de cor do corpo de prova e aquele nmero da Escala Cinza que corresponde ao contraste entre o original e o tecido testado. Uma taxa de 5 dada quando no h diferena de cor (desbotamento ou resistncia) entre o tecido original e o corpo de prova testado.

    A escala cinza para avaliao de mudana de cor constituda por pares de tiras-padro cinza, representando cada par um contraste visual da amostra antes e depois da transferncia.

    Tabela 01 - ndice numrico de solidez de cor, na escala cinza de alterao ndice de solidez Diferena de cor Cei-Lab Tolerncia

    5 0 0,2 4/5 0,8 0,2 4 1,7 0,3

    3/ 4 2,5 0,35 3 3,4 0,4

    2/3 4,8 0,5 2 6,8 0,6

    1/ 2 9,6 0,7 1 13,6 1,0

    5 4 3 2 1

    A alterao de cor pode ocorrer na forma de mudana da sua intensidade, nuance, brilho ou suas combinaes, em relao amostra original.

    A fim de expressar as alteraes de nuance ou brilho, deve-se acrescentar ao ndice de solidez as abreviaturas constantes da tabela 02.

    Exclusivamente para solidez da cor luz a avaliao feita pela utilizao de uma escala azul, constituda de oito tiras de tecido de l, tintas em oito tonalidades e intensidades de azul, que corresponde aos ndices de solidez de 1 a 8, de forma crescente. A escala azul exposta luz em conjunto com a amostra de ensaio. Quando esta ltima apresenta alterao de cor pela luz, avalia-se na escala azul qual o ndice mais alto que tambm apresentou a alterao. A cada ensaio utiliza-se uma escala azul.

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    Tabela 02 - ndice numrico de solidez de cor, na escala cinza de azul Abreviatura Significado

    Az Mais azul Vd Mais verde Am Mais amarelo Vm Mais vermelho C Mais claro E Mais escuro O Opaco B Brilhante

    Escala Cinza para Manchamento

    O teste para manchamento ou transferncia de cor to importante quanto o teste original para mudana de cor. Peas de vesturio esto normalmente em contato com outros itens durante o uso ou lavagem. A migrao de cor de um item para o outro (como de forro de casaco para camiseta, de calas para tapearia, de roupas de dormir para roupa de cama, etc.) podem resultar em um artigo inutilizvel.

    Esta escala consiste de pares de brancos nominais e fatias de cor cinza representando cada uma diferena na cor ou contraste (desbotamento ou resistncia) correspondendo a uma taxa numrica para manchamento. O manchamento de roupa no teste de solidez de cor de uma roupa manchada e no manchada com a diferena na cor representada pela escala. Um pedao o tecido no manchado e um pedao seu testado so colocados lado a lado num mesmo plano e mesma orientao e direo. A Escala Cinza para manchamento e colocada perto no mesmo plano. A diferena visual entre os pedaos original no manchado e manchado comparado com a diferena representada pela Escala Cinza. A taxa de solidez de cor do corpo de prova nmero da Escala Cinza que corresponde ao contraste entre os pedaos original e testado. Uma taxa de 5 dada somente quando no h diferena de cor entre o material original e um pedao testado dele.

    A escala cinza para avaliao de transferncia de cor constituda por um par de tiras-padro brancas e de quatro pares de tiras-padro cinza e outra branca, representando, cada par, um contraste visual do tecido - testemunha, antes e depois da transferncia. (Tabela 3).

    Tabela 03 ndice numrico de solidez de cor, na escala cinza de transferncia ndice de solidez Diferena de cor Cei-Lab Tolerncia

    5 0 0,2 4/5 2,3 0,3 4 4,5 0,3

    3/ 4 6,88 0,4 3 9,0 0,5

    2/3 12,8 0,7 2 18,1 1,0

    1/ 2 25,6 1,5 1 36,2 2,0

    5 4 3 2 1

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    A pior avaliao conforme o ndice de solidez o ndice 1, onde a diferena de cor de 36,2 entre o tecido testemunha, antes do ensaio de solidez (sem nenhum corante) e aps o ensaio de solidez (com corante que transferiu).

    O tecido padro sem tingir usado em testes de solidez de cor so:

    A. Tecidos de Multi-fibras H muitos estilos de tecidos multi-fibras que so usados em conjunto com o teste de

    solidez de cor mas os tecidos que so mais usados para avaliao de manchamento em lavagem, lavagem seco, e transpirao so do estilo n 1 e o estilo n 10, e so feito pelas seguintes fibras:

    Estilo n 1 Estilo n 10 Urdume: Filamento Dacron tipo 55 Urdume: Filamento Dacrom tipo 55

    Trama: listra de 1/3 de cada uma das seguintes, espula de acetato, algodo alvejado, espula de nilon 6,6, espula de seda, espula de viscose, estame

    Trama: listras de 1/3 dos seguintes, espula de acetato, algodo alvejado, espula de nilon 6,6, espula de Dacron tipo 54,

    Espula Orlon tipo 75, estame B. Tecido de algodo Este tecido usado para avaliao de transferncia em atrito e presso quente. feito

    de algodo 100%, 80 x 80, desengomado e alvejado, estilo n 400. Quando um corpo de prova examinado sob luz do sol e ento sob luz fluorescente a

    cor parece no poder necessariamente ser a mesma devido ao metamerismo. Quando dois objetos parecem ter a mesma cor sob uma luz mas cores diferentes sob outra luz, ento este fenmeno chamado metamerismo e os dois objetos so ditos fazer um par metamrico. Ento, a fonte de luz um fator que deve ser considerado numa avaliao no teste de solidez de cor. Para eliminar a fonte de luz m\como um elemento varivel a maioria dos mtodos de ensaio de solidez de cor recomendam avaliaes do corpo de prova sob luz do cu de norte ou uma luz equivalente com iluminao de pelo menos 538 lux na superfcie do corpo de prova. A cmara de sombra Macbeth ou Booth prov tal fonte de luz, ento um corpo de prova pode ser avalizado sob mais de uma condio iluminaria.

    Critrios para escolha do tecido testemunha.

    a) Primeiro tecido - testemunha: deve ser da mesma fibra da amostra, quando for constituda de um nico componente ou deve ser da fibra predominante da amostra, quando for constituda de mais de um componente.

    b) Segundo tecido testemunha: deve haver a correspondncia conforme a tabela 1. Se a amostra for constituda de mais de um componente, o segundo tecido testemunha deve ser da segunda fibra predominante na amostra.

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    Tabela 04 Tecido testemunha Primeiro tecido - testemunha Segundo tecido - testemunha

    Algodo, linho ou rami L ou viscose L ou seda Algodo

    Viscose L ou algodo Acetato de celulose Viscose

    Poliamida L ou viscose Polister L ou algodo

    Fonte:Norma NBR 10187

    5.7 - DETEGENTES UTILIZADOS PARA OS ENSAIOS ARIEL (Procter & Gamble) - Para tecidos coloridos um produto de altssima qualidade e foi desenvolvido especialmente para oferecer limpeza e remoo de manchas melhor que qualquer outro detergente em p. Sua mais nova frmula, com a adio de uma nova enzima, alm de tirar as manchas e sujeiras mais difceis, tira tambm aquelas que voc no v, revelando o brilho das cores. Ariel tem o poder de todos os produtos utilizados na limpeza de sua roupa, como sabo em pedra, alvejante seguro e pr-lavagem. Com Ariel voc lava suas roupas de forma mais simples e eficiente, e no precisa colocar a roupa de molho antes de lav-la na mquina. Ariel agora tem o endosso do INMETRO. Ariel passou por intensos testes em laboratrio credenciado do INMETRO e que atestou seu desempenho na remoo de manchas de molho de tomate, graxa de carro, terra preta, papinha de beb, azeite de dend, suco de cenoura, suco de mamo, e ch preto, em tecidos 100% algodo, 50% polister/50% algodo e 65% polister/35% algodo, bem como eficincia de lavagem. Frmula Linear Alquil Benzeno Sulfonato de Sdio, Etleno Diamina Tetracetila, lcool Etoxilado, Alquil Dimetil Hidroxietil Cloreto de Amnio, Tripolifosfato de Sdio, Carboximetilcelulose, Polmero, Pentacetato de Dietilenotriamina, Sulfatos de Magnio/Sdio, Nonanoiloxibenzeno Sulfonado, Carbonato/Silicato de Sdio, Enzimas, Ftalocianina Sulfato de Zinco, Branqueadores pticos, Silicones, Zelito, Pigmento Azul, Fragrncia, gua. ACE (Procter & Gamble) - Para tecidos brancos Deixa suas roupas brancas como novas. Limpa melhor a sujeira do dia-a-dia e tem uma frmula exclusiva capaz de remover o encardido que vai se acumulando nas roupas, recuperando a brancura sem danificar as cores. Mas como ACE remove o encardido? O encardido causado pela sujeira dissolvida na gua e que volta a se depositar no tecido, formando uma fina pelcula escura que retira seu brilho original. ACE tem um sistema triplo de surfactantes que remove o encardido, e um avanado sistema anti-deposio que evita que a sujeira volte para a roupa. Sua nova frmula taz a novidade de espuma controlada, que no transborda na mquina de lavar e facilita o enxge. Frmula Linear Alquil Benzeno Sulfonato de Sdio, Alquil Dimetil Hidroxietil Cloreto de Amnio, Tripolifosfato de Sdio, Zelito, Carbonato/Silicato/Sulfato de Sdio, Enzimas, Polmeros, Ftalocianina Sulfato de Zinco, Derivados de cidos Dissulfnicos, Derivado de Diestil Bifenil,

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    Perfume, Silicone, Alquil ter Sulfato de Sdio, Pentacetato de Dietileno triamina, Polietileno Amina, Pigmento Azul, Carboximetil celulose, Polidimetilsiloxano. MINERVA (Gessy Lever) - Sabo em p com amaciante um sabo em p com amaciante que proporciona excelente limpeza e deixa as roupas mais macias que qualquer outro sabo em p. Deixa suas roupas perfumadas como voc gosta, e foi desenvolvido para lavagens tanto mo como em qualquer tipo de mquina de lavar. Tem na frmula espuma controlada, que no transborda na mquina de lavar e facilita o enxge. a maneira mais inteligente e moderna para dar mais que limpeza s roupas, pois: Limpa removendo manchas e o encardido de todos os dias O perfume deixa as roupas com um cheirinho agradvel de limpeza e sensao de cuidado O amaciante deixa as roupas mais macias, fceis de passar e gostosas de usar. Frmula Alquil Benzeno Sulfonato de Sdio, Tripolifosfato de Sdio, Silicato de Sdio, Carbonato de Sdio, Carboximetilcelulose de Sdio, Pigmento Azul 14,4,4 bis (2 Sulfoesteril Bifenil Dissdico), cido 4,4 Diamino Estilbeno 2,2 Dissulfnico, Perfume, Bentonita, gua, Enzimas, Sulfato de Sdio. OMO Multiao (Gessy Lever) - Multiuso Tem poder espumante e uma frmula equilibrada que limpa e perfuma suas roupas. tambm um detergente em p multi-uso, ideal para a limpeza geral, e pode ser usado para lavar azulejos, pisos, paredes, cozinhas e louas. Frmula Alquil Benzeno Sulfonato de Sdio, Tripolifosfato de Sdio, Silicato de Sdio, Carbonato de Sdio, Carboximetilcelulose de Sdio, Pigmento Azul, 4,4bis (2 Sulfoestiril Bifenil Dissdico), cido 4,4diamino Estilbeno, 2,2Dissulfnico, Sulfato de Sdio, Copolmero Acrlico, Enzimas, Perfume, gua. 5.7 - As condies de lavagens e diferente realidade:

    Europa USA Amrica Latina Maquina Mquina Mo Mquina

    Alimentao Frontal Superior Superior Tempo de lavagem/min

    16-20 min 14 min 8-15 min/K 12 min /

    Temperatura/C 3-60 30-50 15-25 15-25 Relao de Banho 4-6 15-20 2-4 15-20 Concentrao de produtos

    20-30/K alimentado

    20-25/K alimentado

    20-30/K alimentado

    3-50/K alimentado

    Fonte: Procter And Gamble - Latin America Detergentes do mercado Latinoamericano:

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    Mantm altas concentraes de fosfatos com e sem desmachadores ativados os ativadores utilizados so: TAED SNOBS TAED/NOBS Detergentes para as lavagens sucessivas: BASE, comercial sem desmanchadores ativados TAED, comercial, mescla de TAED e perborato de sodio monohidrato SNOBS, comercial, mescla de SNOBS e perborato de sodio monohidrato TAED/SNOBS, comercial, mezcla de TAED/SNOBS e perborato de sdio Monohidrato 5.8 - Condices gerais para sucesivas lavagens:

    Amrica Latina Mo Mquina

    Alimentao frontal gua 20C/160ppm 20C/160ppm Tempo de molho 3 min Relao de banho/molho 6,0 Tempo de lavagem 8 min/K alimentado 12 min/K alimentado Relao de banho/lavagen 3 20 Concentrao de produto/gr 20-26/K alimentado 5-60/K alimentado Numero de lavagens 50 50 Fonte: Procter & Gamble - Latin America Detergente Base acordo com formulaes tpicas na Amrica Latino Evaluacin de activadores en tres formas: SNOBS + detergente base TAED + detergente base TAED + SNOBS + detergente base Colorantes Reativos: No sensveis (RNS). No existe na forma tautomrica hidrazona. 8 Muito sensveis (RS2). Existen na forma tautomerica e no contm um grupo sulfnico na posio orto do componente diazo. 6 Pouco sensvel (RS1). Existem na forma tautomerica e contm um substituinte na posio orto dos respectivos anis aromticos. 6

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    6 PROCEDIMENTO 1) Preparao das amostras: a) Cortou-se os corpos de prova conforma a norma BS 1006, trs corpos de prova para cada tipo de sabo em p, tamanho de 100 x 40 mm, e tecido testemunha alvejado de algodo do mesmo tamanho; b) Fez-se a lavagem dos corpos de prova conforme norma BS 1006 C 06, os trs corpos de prova no mesmo banho com um tipo de detergente por 30 minutos com temperatura de 95 C, lavou-se os tecidos com gua corrente por dois minutos, e secou-se com ferro. Separou-se uma amostra;

    Receita do banho

    Produto g/L Quantidade Sabo em p 10 01 g

    gua (R.B.) 1:80 0,1 L Tecido - 1,2 g

    c) Pegou-se as outras duas amostras e lavou-se no mesmo novamente com o mesmo sabo em p, lavou-se e secou-se. Separou-se outra amostra. d) Repetiu-se o procedimento com o ltimo corpo de prova; e) Fez-se a anlise de solidez com a escala cinza nas amostras junto com um tecido original; f) Analisou-se os resultados dos sabes em p para discusso do resultado.

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    7 RESULTADO Caractersticas do Tecido Utilizado: - Tecido de malha; - Ligao meia malha; - Gramatura 150 g/m2; - Tingido com corante reativo; Notas classificadas pela escala cinza e pela escala de desbotamento. Grau de desbotamento

    Ariel Nota Omo Multiao Nota

    1 Lavagem 4 1 Lavagem 2

    2 Lavagem 3 2 Lavagem 1

    3 Lavagem 4 3 Lavagem 1

    Minerva Balance Nota Ace Nota

    1 Lavagem 2 1 Lavagem 1

    2 Lavagem 2 2 Lavagem 1

    3 Lavagem 2 3 Lavagem 1

    Transferncia de Cor

    Ariel Nota Omo Multiao Nota

    1 Lavagem 4,5 1 Lavagem 5

    2 Lavagem 3 2 Lavagem 5

    3 Lavagem 1 3 Lavagem 4,5

    Minerva Balance Nota Ace Nota

    1 Lavagem 5 1 Lavagem 4,5

    2 Lavagem 5 2 Lavagem 4,5

    3 Lavagem 5 3 Lavagem 4,5

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    8 CONCLUSO

    Nos ensaios referentes a solidez da cor, visivelmente um dos ensaios mais importantes a serem realizado nas mais variados produtos txteis em disposio no mercado, isto porque cada vez mais os consumidores vem exigindo maior qualidade no que se refere a tecidos com excelentes propriedades de solidez da cor, esta caracterstica uma preocupao comum para os fabricantes de vesturio.

    Nos dias atuais uma das grandes preocupaes das industrias que fabricam detergentes para vesturio, esta baseado no fato de poder limpar cada vez mais a roupas, muitas vezes sem se preocupar com o que as caractersticas das fibras que constituem estas peas de vesturio, e principalmente com o tipo de corante com o qual estas roupas foram tingidas.

    visvel a necessidade de que haja uma unio entre txteis e laboratrios de controle de qualidades que so os responsveis pelo desenvolvimento de diferentes tipos de sabes em p. A falta de dialogo entre ambas as partes muitas vezes tem causado muito problemas para coloristas txteis que recebem reclamaes de m solidez de seus corantes, estes por as vez acabam jogando o problema para o tipo de detergente usado. E at se descobrir o problema, ocorreu um dispndio de tempo que poderia ser evitado.

    Alm disso, temos um outro fator muito importante, que consiste na falta de informao da maioria das donas de casa, ests acabam usando sabes especficos para lavagem de roupas brancas, que em sua grande maioria possui um tipo de alvejante qualquer, em roupas coloridas, ocasionado o manchamento.

    Para os ensaios foi escolhido uma lavagem muito mais agressiva ao tecido, pois o interesse era comparar os sabes em p, forando um maior resultado deles. Quanto ao ensaio realizado nos respectivos tecidos conclumos que o ensaio apresentou uma solidez de forma diferente nos distintos sabes em p. Foi observado que o tecido com pior resultado no grau de desbotamento obteve o melhor resultado na transferncia de cor, e vive versa. Observou-se que diferentemente do que se anuncia, o sabo em p que tericamente deveria agredir menos as cores atacou mais fortemente o corante, pois tirou mais corante do tecido mas no transferiu a cor para o tecido testemunha. Um ponto interessante que a primeira lavagem a que faz maior diferena na solidez de cor, onde ocorre maior desbotamento e transferncia de cor, as outras lavagens tem uma diferena muito pequena, isso pode ocorrer devido ao fato de que o tecido, como ainda no foi confeccionado e lavado, pode ter maior quantidade de corante no hidrolisado, podendo o problema de desbotamento ocorrer devido ao tingimento no ter sido de grande qualidade.

    Ainda existem muitas questes relativas tecnologia do tingimento que precisam ser resolvidas antes dos tingimentos se tornarem um processo totalmente rotineiro. Porm, o nmero das questes que sero resolvidas mediante as novas pesquisas fisico-qumicas, sobre a natureza detalhada dos processos de tingimento, ser pequeno e cada soluo encontrada ser distanciada uma da outra. Com certeza, h uma considervel possibilidade de ocorrerem avanos nas reas mais tecnolgicas pertinentes ao desenvolvimento de maquinrio e instrumentao, programas computadorizados relacionados, principalmente, ao controle de qualidade e de processos e at mesmo na qumica envolvida nas reaes de maior eficincia entre os corantes e as fibras.

    Este projeto no tinha como objetivo analisar mtodos de lavagens, marcas de sabo em p ou qualidade de tingimentos, traado o objetivo principal de comparar a solidez de diferentes sabes em p pela sua caracterstica em tecido de algodo chegamos ao resultado desejado, que certas modelos de sabo em p agridem mais o corante do tecido do que outros e o consumidor

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    no tem como saber a no ser na prtica de seu dia-a-dia, por isso uma anlise das marcas de sabo quanto ao desbotamento do tecido garantir uma pea de tecido com a mesma cor por muito mais lavagens.

    A chave para a soluo dos problemas em todas as frentes consiste em se possuir amplos conhecimentos; e na obteno e disseminao mais generalizada de tais conhecimentos que as Universidades continuaro a desempenhar um papel vital.

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    9 - REFERNCIAS 1VICKERSTAFF, Thomas. The physical chemistry of dyeing (Fsico-Qumica do Tingimento). 2 a edio, Londres, Oliver and Boyd, 1954. BS 1006:1991 C 04 ISO 105 A01:1989, Textiles Test for colours fastness Part A 01: General principles. ISO 105 F:1985, Textiles Test for colours fastness Part F: Standard adjacent fabrics.. Site Internet: www.omo.com.br www.gessylever.com.br www.br.pg.com

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    10 ANEXO 10.1 - ISO 105 - Solidez de cor a lavagem: Ensaio 4 1 Resumo Esta parte da ISO 105 especifica o ensaio n 4 de uma srie de cinco ensaios de lavagem que foram estabelecidos para investigar a solidez de cor de txteis e o qual entre eles cobre a gama de lavagem entre suave e severa . 2 Referncias de normas Os seguintes padres contm previses que, atravs de referncias neste ensaio, constituem previses em parte da ISO 105. Na hora da publicao as edies indicadas eram vlidas. Todos padres esto sujeitos a reviso, e partes do acordos baseados em parte da ISO 105 foram encorajados para investigar a possibilidade de aplicao das mais recentes edies dos padres indicados abaixo. Membros do IEC e ISO mantm registros dos padres Internacionais vlidos atualmente.

    ISO 105-A01:1989, Textiles Test for colours fastness Part A01: General principles of Testing.

    ISO 105-A02:1987, Textiles Test for colour fastness Part A02: Gray scale for assessing change in colour.

    ISO 105-A03:1987, Textiles Test for colour fastness Part A03: Gray scale for assessing staining.

    ISO 105-F:1985, Textiles Test for colours fastness Part F: standard adjacent fabrics.

    3 Princpio

    Um corpo de prova de um txtil em contato com um ou mais tecido adjacente mecanicamente agitado sob condies especificadas de tempo e temperatura em uma soluo de sabo, ento enxaguada e secada. A mudana na cor do corpo de prova e o manchamento do tecido adjacente so medidos com as escalas cinza.

    4 Aparelhos e reagentes

    4.1 Aparelho mecnico, consiste de um banho de gua contendo uma haste que carrega, radialmente, continer de vidro ou ao inoxidvel de 75 mm 5 mm de dimetro X 125 mm 10 mm de altura com 550 mL 50 mL de capacidade, o fundo do continer sendo 45 mm 10 mm do centro da haste. O conjunto haste/continer rotacionado a uma freqncia de 40 min-1 2 min-1. a temperatura da gua de banho termostaticamente controlada para manter a soluo de ensaio a uma temperatura de 95 C 2 C. 4.2 Bolas de metal (inoxidvel) no-corrosivas, aproximadamente 6 mm de dimetro.

    4.3 Sabo, contendo no mais que 5 % de umidade e contendo os seguintes requisitos baseados em massa seca:

    - Livre de lcali, calculado como Na2CO3: 0,3 % no mximo;

    - Livre de lcali, calculado como NaOH: 0,1 % no mximo;

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    - Total de material gorduroso: 850 g/Kg no mnimo;

    - Temperatura da mistura de cidos gordos preparados de sabo: 30 C no mximo;

    - Valor de iodo: 50 no mximo.

    O sabo deve ser livre de agentes branqueadores pticos.

    4.4 Soluo de sabo, contendo 5 g de sabo (4.3) e 2 g de carbonato de sdio anidro por litro de gua (4.7).

    4.5 Tecido adjacente (ver ISO 105-A01:1989, sub-clusula 8.3)

    tambm:

    4.5.1 Um tecido adjacente de multifibra no contendo l ou acetato, de acordo com ISO 105-F10.

    Ou:

    4.5.2 Dois tecido adjacentes de uma fibra, de acordo com as sees de F01 a F08 da ISO 105-F:1985.

    Um dos tecido adjacentes deve ser do mesmo tipo de fibra do txtil a ser testado, ou da predominante em caso de misturas, e o segundo pedao feito da fibra como indicada na tabela 1 ou, em caso de misturas, do tipo de fibra segundo predominante na ordem de predominncia, ou como por outro lado especificada.

    Tabela 1 Tecido adjacente de uma fibra Se o primeiro pedao : O segundo pedao ser:

    Algodo Viscose Seda Algodo Linho Algodo ou viscose

    Viscose Algodo Triacetato Viscose Poliamida Algodo ou viscose Polister Algodo ou viscose Acrlico Algodo ou viscose

    4.5.3 Se requerido, um tecido no-tingvel (por exemplo, polipropileno).

    4.6 Escala cinza para avaliao na mudana de cor, de acordo com ISO 105-A02, e escala cinza para avaliao de manchamento, de acordo com ISO 105-A03.

    4.7 gua grau 3 (ver ISO 105-A01:1989, sub-clusula 8.2).

    5 Corpo de prova

    5.1 Se o txtil a ser testado um tecido, ento

    a) coloque ele entre um pedao 40 mm x 100 mm do tecido adjacente multifibras e um pedao 40 mm x 100 mm de um tecido no tingvel e costure-os pelos quatro lados (ver ISO 105-A01:1989, sub-clusula 9.6); ou

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    b) coloque-o entro um pedao 40 mm x 100 mm de cada um dos dois tecidos de uma fibra especificados e costure pelos quatro lados.

    6 Procedimento

    6.1 Coloque o corpo de prova composto em um continer junto com 10 bolas de metal no corrosvel (inoxidvel) (4.2) e adicione a quantidade necessria de soluo de sabo (4.4), previamente aquecido a 95 C 2 C, para dar uma relao de banho de 50:1.

    6.2 Trate do corpo de prova composto a 95 C 2 C por 30 min.

    6.3 Remova o corpo de prova composto, enxge duas vezes em gua grau 3 fria (4.7) e ento em gua de torneira corrente fria por 10 min, e esprema-o abra o corpo de prova composto (cortando a costura exceto em um dos lados menores, se necessrio) e seque com ar segurando uma das pontas, em que temperatura no exceda 60 C, com as duas ou trs partes em contato somente na linha de costura.

    6.4 Avalie a mudana de cor do corpo de prova e o manchamento do(s) tecido(s) adjacente(s) com a escala cinza (4.6).

    7 Relatrio do ensaio

    O relatrio do ensaio deve incluir os seguintes detalhes:

    a) O nmero e a data desta parte da ISO 105, por ex.: ISO 105-C04:1978;

    b) Todos detalhes necessrios para identificao do amostra testada;

    c) A taxa numrica de mudana de cor do corpo de prova;

    d) Se foram usados tecido adjacente de uma fibra, a taxa numrica para manchamento de cada tipo de tecido adjacente usado.

    e) Se foram usados tecidos multifibra, o manchamento de cada tipo de fibra no tecido, e o tipo de tecido multifibra adjacente usado.

    8 Anotao

    Outros aparelhos mecnicos podem ser usados para este teste, desde que os resultados sejam idnticos com os obtidos pelo aparelho descrito em 4.1.