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ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA REGIÃO DA PRAIA CENTRAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC FRENTE AO PROCESSO DE EXPANSÃO E VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA RAQUEL MARTIN LOUZADA ITAJAÍ, SC Julho de 2017

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ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA REGIÃO DA PRAIA

CENTRAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC FRENTE AO PROCESSO DE

EXPANSÃO E VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

RAQUEL MARTIN LOUZADA

ITAJAÍ, SC

Julho de 2017

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar – CTTMar Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Ciência e Tecnologia

Ambiental – PPCTA

RAQUEL MARTIN LOUZADA

ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA REGIÃO DA PRAIA

CENTRAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC FRENTE AO PROCESSO DE

EXPANSÃO E VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

ITAJAÍ, SC

Julho de 2017

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar – CTTMar Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Ciência e Tecnologia

Ambiental – PPCTA

ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA REGIÃO DA PRAIA

CENTRAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC FRENTE AO PROCESSO DE

EXPANSÃO E VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

Dissertação apresentada como requisito

parcial para a obtenção do título de Mestre

em Ciência e Tecnologia Ambiental, na

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de

Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar.

Orientador: Marcus Polette, PhD.

RAQUEL MARTIN LOUZADA

ITAJAÍ, SC

Julho de 2017

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais

Maria Isabel e Saul por serem meu

alicerce e fonte de inspiração, e à minha

irmã Andresa por ser o raio de luz que

ilumina minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, por ter guiado meus passos e me

fortalecido em todos os momentos da minha caminhada.

Ao professor Dr. Marcus Polette, pela orientação e pelos ensinamentos

que levarei por toda a vida.

À minha família, por todo amor, apoio e incentivo, e por entenderem meus

momentos de ausência.

À Isabela Germani de Oliveira Delfino e Maraysa Pereira Bastos, por

serem sempre tão atenciosas e solícitas.

Aos mestrandos e doutorandos do Programa de Pós Graduação em

Ciência e Tecnologia Ambiental, pela amizade e convivência que mantivemos

nesse período.

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EPÍGRAFE

“Se toda dificuldade...

todo esforço...

toda a saudade...

toda a dedicação,

for em benefício do próximo...

então nunca será em vão.”

(Damáris G. Padilha)

“... não aceiteis o que é de hábito como

coisa natural, pois em tempo de

desordem sangrenta, de confusão

organizada, de arbitrariedade

consciente, de humanidade

desumanizada, nada deve parecer

natural, nada deve parecer impossível

de mudar.”

(Bertold Brecht)

“Toda ação gera uma força de energia

que nos é devolvida na mesma

espécie... Aquilo que semeamos é

aquilo que colhemos. E quando

escolhemos ações que trazem aos

outros felicidade e sucesso, o fruto do

nosso carma será felicidade e sucesso.”

(Jung)

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RESUMO

Atualmente, a faixa litorânea de Santa Catarina apresenta as maiores densidades populacionais do estado, onde está situado o município de Balneário Camboriú. O aumento populacional nas cidades contribui para a valorização imobiliária que por sua vez causa um adensamento urbano que pode refletir negativamente na Qualidade Ambiental Urbana. A Qualidade Ambiental Urbana (QAU) é definida como aquela que relaciona a qualidade ambiental com a qualidade de vida da população. Portanto, sendo a urbanização um dos processos mais impactantes no meio ambiente, o rápido aumento populacional que ocorreu sem planejamento na Praia Central de Balneário Camboriú, contribuiu para a geração de problemas ambientais e sociais. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar as relações entre a QAU da região da Praia Central de Balneário Camboriú – SC, e sua expansão urbana e valorização imobiliária. Para isso, foram utilizados estudos de percepção da população residente fixa, por meio de um questionário semiestruturado, contendo 49 questões sobre os temas Infraestrutura Urbana, Áreas Verdes, Praia, Saneamento, Conforto Ambiental, Mobilidade Urbana, Limpeza Pública Urbana e Infraestrutura Social e Cultural, no qual 423 entrevistados participaram. Foram levantados também dados de valorização imobiliária de jornais antigos, revistas e sites de imobiliárias, totalizando 1464 anúncios. Além disso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica acerca da história e do desenvolvimento do município e evolução das suas leis, a fim de compreender como os instrumentos de gestão utilizados pelas políticas públicas afetam esses processos. Os dados de QAU e valorização imobiliária foram organizados em Sistema de Informação Geográfica (SIG), no qual foi possível observar que as áreas mais valorizadas são aquelas que detém as melhores médias de QAU. No entanto, as classificações de todos os setores da área de estudo ficaram como “Regular”, evidenciando o descontentamento da população em relação ao ambiente em que vivem. Os problemas relacionados com a QAU, foram intensificados pelas leis municipais que cada vez mais elevaram os índices urbanísticos, promovendo assim uma verticalização da região e trazendo os efeitos a ela relacionados. Esses fatos evidenciam a importância de haver um adequado Planejamento Urbano pela Administração Municipal contribuindo com o crescimento econômico, melhor ordenamento territorial e desenvolvimento sustentável. Por ter um caráter pioneiro, este estudo mostra-se de relevante importância por contar com a percepção de uma parcela significativa da população quanto às qualidades e os problemas presentes na região. Com os resultados obtidos, o poder público tem subsídio para melhor compreender o ambiente urbano e garantir assim tomadas de decisões, elaboração de instrumentos de gestão e ações adequadas, para minimizar e/ou resolver os problemas encontrados, evitar problemas futuros e engendrar as potencialidades que Balneário Camboriú, sendo a capital turística de Santa Catarina, contempla.

Palavras-chave: Balneário Camboriú, Qualidade Ambiental Urbana,

valorização imobiliária

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ABSTRACT

The coastal strip of Santa Catarina currently has the highest population density

in the state, where the municipality of Balneário Camboriú is located. The

population increase of cities contributes to real estate valuation, which in turn,

leads to urban densities that can reflect negatively on Urban Environmental

Quality. Urban Environmental Quality (UEQ) is defined as the link between

environmental quality and the quality life of the population. With urbanization

being one of the processes that most impacts on the environment, the rapid and

unplanned population increase that occurred alongside the Central Beach of

Balneário Camboriú has contributed to the generation of environmental and

social problems. In this context, this study analyzes the relationship between the

UEQ of the Central Beach region of Balneário Camboriú and its urban expansion

and real estate valuation. For this purpose, we used the perceptions of the fixed

resident population, through a semi-structured questionnaire containing 49

questions on Urban Infrastructure, Green Areas, Beach, Sanitation,

Environmental Comfort, Urban Mobility, Urban Public Cleaning and Social and

Cultural Infrastructure. A total of 423 residents responded to the questionnaire.

Data from real estate valuation of old newspapers, magazines and real estate

websites were also collected, with a total of 1464 listings. Bibliographical research

was also carried out on the history and development of the municipality and the

evolution of its laws, in order to understand how the management instruments

used by public policies affect these processes. The data on QAU and real estate

valorization were organized in a Geographic Information System (GIS), in which

it was observed that the most valued areas are those that hold the best average

QAUs. However, the classifications of all sectors of the study area remained

"Regular", evidencing the discontent of the population in relation to the

environment in which they live. The problems related to the QAU were intensified

by the municipal laws that have increasingly raised the proportion of urbanized

areas, promoting a vertical integration of the region and bringing related effects.

These facts show the importance of adequate Urban Planning by the Municipal

Administration, contributing to economic growth, better territorial planning and

sustainable development. Due to its pioneering nature, this study is important

because it shows the perceptions of a representative portion of the population

regarding the qualities and problems that exist in the region. The results of the

study will enable the public authority to better understand the urban environment

and thus ensure decision-making, elaboration of management instruments and

appropriate actions, to minimize and/or solve the problems encountered, avoid

future problems, and maximize the potential of the city, as the tourist capital of

Santa Catarina.

Keywords: Balneário Camboriú, real estate valuation, Urban Environmental

Quality

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ................................................................................................. iv

AGRADECIMENTOS ......................................................................................... v

EPÍGRAFE ........................................................................................................ vi

RESUMO.......................................................................................................... vii

ABSTRACT ..................................................................................................... viii

SUMÁRIO ......................................................................................................... ix

LISTA DE FIGURAS ........................................................................................ xii

LISTA DE TABELAS ...................................................................................... xiv

LISTA DE GRÁFICOS .................................................................................... xvi

INTRODUÇÃO GERAL ................................................................................... 17

Perguntas de Pesquisa ................................................................................. 20

Objetivos ....................................................................................................... 21

Geral .......................................................................................................... 21

Específicos ................................................................................................ 21

Organização da Estrutura da Dissertação .................................................... 21

REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................... 23

Turismo de Sol e Praia .................................................................................. 23

Meio Ambiente, Urbanização e Problemas Ambientais Urbanos .................. 24

Adensamento urbano e valorização imobiliária ......................................... 25

Urbanização e seus impactos ambientais .................................................. 28

Qualidade Ambiental Urbana (QAU) ............................................................. 30

Indicadores de Qualidade Ambiental Urbana ................................................ 34

Percepção da População .............................................................................. 36

Cartografia Temática no Auxílio a Estudos Ambientais Urbanos .................. 39

Referências Bibliográficas ............................................................................. 40

CAPÍTULO 1 - ANÁLISE DO PROCESSO DE EXPANSÃO URBANA E

VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA NA REGIÃO DA PRAIA CENTRAL DE

BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC ....................................................................... 46

RESUMO ...................................................................................................... 47

ABSTRACT ................................................................................................... 47

1.1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 48

1.1.1 Área de estudo ............................................................................. 50

1.2 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................... 52

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x

1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................... 56

1.4 CONCLUSÃO ..................................................................................... 76

1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................... 78

CAPÍTULO 2 - ANALISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA REGIÃO

DA PRAIA CENTRAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC ............................. 81

RESUMO ...................................................................................................... 82

ABSTRACT ................................................................................................... 82

2.1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 83

2.1.1 Área de estudo ............................................................................. 85

2.2 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................... 87

2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................... 92

2.3.1 Análise dos Setores Geográficos .................................................. 96

2.3.2 Análise da QAU para a região da Praia Central de Balneário

Camboriú ................................................................................................. 108

2.4 CONCLUSÃO ................................................................................... 114

2.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 117

CAPÍTULO 3 - ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE A QUALIDADE

AMBIENTAL URBANA E A VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA NA REGIÃO DA

PRAIA CENTRAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC ................................. 120

RESUMO .................................................................................................... 121

ABSTRACT ................................................................................................. 121

3.1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 122

3.1.1 Área de Estudo ........................................................................... 124

3.2 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................. 127

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................ 132

3.3.1 Evolução da legislação municipal ............................................... 132

3.3.2 Outorga Onerosa em Balneário Camboriú ................................. 136

3.3.3 Relações entre a QAU e a valorização imobiliária região da Praia

Central .....................................................................................................138

3.4 CONCLUSÃO ................................................................................... 144

3.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................. 146

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 149

APÊNDICES .................................................................................................. 152

APÊNDICE 1 – Tabelas e Gráficos de valorização imobiliária para cada setor de

acordo com cada período ............................................................................... 152

APÊNDICE 2 – Gráficos das médias dos valores dos imóveis por quantidade de

dormitórios para cada setor ............................................................................ 236

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APÊNDICE 3 – Comparação entre períodos em relação à valorização por

quantidade de dormitórios para cada setor .................................................... 241

APÊNDICE 4 – Questionário de percepção da população sobre a Qualidade

Ambiental Urbana da região da Praia Central de Balneário Camboriú .......... 246

APÊNDICE 5 – Média das respostas do questionário de percepção da população

sobre a Qualidade Ambiental Urbana da Praia Central de Balneário Camboriú

....................................................................................................................... 250

APÊNDICE 6 – Mapas de qualidade para cada tema de QAU analisado ...... 258

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema teórico do processo perceptivo ........................................ 38

Figura 2 - Localização geográfica de Balneário Camboriú, SC. ....................... 51

Figura 3 - Localização da área utilizada na análise de valorização imobiliária da

Praia Central de Balneário Camboriú, SC. ....................................................... 52

Figura 4 - Fluxograma metodológico ................................................................ 53

Figura 5 - Mapa de localização e delimitação dos setores ............................... 55

Figura 6 - Evolução histórica da expansão da mancha urbana de Balneário

Camboriú .......................................................................................................... 58

Figura 7 - Mapa do crescimento urbano de Balneário Camboriú ..................... 59

Figura 8 - Valorização imobiliária no período de 1994-2000 a 2001-2010 ....... 70

Figura 9 - Valorização imobiliária no período de 2001-2010 a 2011-2016 ....... 71

Figura 10 - Valorização imobiliária no período de 1994-2000 a 2011-2016 ..... 72

Figura 11 - Mapa da localização geográfica de Balneário Camboriú ............... 86

Figura 12 - Mapa de localização da área utilizada na análise de QAU ............ 87

Figura 13 - Fluxograma metodológico .............................................................. 88

Figura 14 - Mapa de localização e delimitação dos setores ............................. 92

Figura 15 - Mapa de qualidade para cada tema analisado .............................. 95

Figura 16 - Imagem do Setor Avenida Atlântica ............................................... 96

Figura 17 - Imagem do Setor Avenida Brasil ................................................... 98

Figura 18 - Imagem do Setor Avenida Central ................................................ 99

Figura 19 - Imagem do Setor Avenida do Estado .......................................... 100

Figura 20 - Despejo de esgotos irregulares no Setor Norte .......................... 102

Figura 21 – Atrativos turísticos do Setor Sul .................................................. 103

Figura 22 - Verticalização característica do Setor Central 1 .......................... 104

Figura 23 - Imagem do Setor Central 2 .......................................................... 105

Figura 24 - Precariedade da Limpeza Pública Urbana no Setor Central 3 ..... 106

Figura 25 - Imagem do Setor Central 3 .......................................................... 108

Figura 26 - Mapa final de QAU para a região da Praia Central de Balneário

Camboriú ........................................................................................................ 114

Figura 27 - Mapa da localização geográfica de Balneário Camboriú ............. 125

Figura 28 - Mapa de localização da área de estudo ....................................... 127

Figura 29 - Fluxograma metodológico ............................................................ 128

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xiii

Figura 30 - Mapa de localização e delimitação dos setores ........................... 130

Figura 31 - Mapa dos locais mais valorizados em Balneário Camboriú ......... 140

Figura 32 - Verticalização da Praia Central .................................................... 143

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xiv

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade de ofertas encontradas por setor para cada período

analisado .......................................................................................................... 62

Tabela 2 - Média dos valores (R$) dos imóveis encontrados para cada setor e de

acordo com cada período analisado ................................................................ 63

Tabela 3 - Média dos valores convertidos para dólar ($) dos imóveis encontrados

para cada setor e de acordo com cada período analisado ............................... 63

Tabela 4 - Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitório para

cada setor e período analisados ...................................................................... 65

Tabela 5 - Comparação entre períodos em relação ao aumento nos valores dos

imóveis ............................................................................................................. 67

Tabela 6 - Comparação entre períodos em relação ao aumento nos valores dos

imóveis por quantidade de dormitório .............................................................. 68

Tabela 7 - Aumento nos valores dos imóveis corrigidos pelos índices

inflacionários .................................................................................................... 73

Tabela 8 - Características dos imóveis encontrados para o ano de 2016 ........ 74

Tabela 9 - Quantidade de imóveis encontrados por faixa de valores ............... 74

Tabela 10 - Temas e seus indicadores relacionados para elaboração do

questionário de percepção da população em relação à QAU .......................... 88

Tabela 11 - Médias calculadas para cada tema de acordo com cada setor

analisado ........................................................................................................ 109

Tabela 12 - Classes de qualidade alcançadas para cada tema e de acordo com

cada setor analisado ...................................................................................... 110

Tabela 13 - Média final de Qualidade Ambiental Urbana - QAU para cada setor

analisado ........................................................................................................ 111

Tabela 14 - Resumo histórico da emancipação e desenvolvimento de Balneário

Camboriú ........................................................................................................ 126

Tabela 15 - Evolução das leis em Balneário Camboriú .................................. 132

Tabela 16 - Cenário da construção civil em Balneário Camboriú ao longo dos

anos ............................................................................................................... 134

Tabela 17 - Dados dos imóveis encontrados para a região da Praia Central de

Balneário Camboriú entre os anos de 2011 a 2016. ...................................... 139

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xv

Tabela 18 - Média final de QAU de cada setor analisado em Balneário Camboriú

....................................................................................................................... 141

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xvi

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Oferta de imóveis de acordo com os meses do ano ....................... 62

Gráfico 2 - Gráfico da média geral dos valores dos imóveis para cada setor de

acordo com cada período analisado ................................................................ 64

Gráfico 3 - Comparação entre períodos em relação ao aumento nos valores

dos imóveis ...................................................................................................... 67

Gráfico 4 – Faixa etária dos entrevistados ....................................................... 94

Gráfico 5 - Local de nascimento dos entrevistados .......................................... 94

Gráfico 6 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Avenida Atlântica

......................................................................................................................... 97

Gráfico 7 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Avenida Brasil . 98

Gráfico 8 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Avenida Central

......................................................................................................................... 99

Gráfico 9 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Avenida do

Estado ............................................................................................................ 101

Gráfico 10 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Norte ........... 102

Gráfico 11 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Sul ............... 103

Gráfico 12 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Central 1 ..... 104

Gráfico 13 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Central 2 ..... 105

Gráfico 14 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Central 3 ..... 107

Gráfico 15 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Terceira Avenida

....................................................................................................................... 108

Gráfico 16 - Porcentagem das classes de respostas da QAU para cada setor

analisado ........................................................................................................ 142

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17

INTRODUÇÃO GERAL

O turismo de sol e praia constitui-se das atividades turísticas relacionadas

à recreação, entretenimento ou descanso em praias, em função da presença

conjunta de água, sol e calor (BRASIL, 2010). Essa recreação está relacionada

com o divertimento e contemplação da paisagem, que são fatores de atratividade

nas praias, como por exemplo no que se refere à quantidade de áreas verdes,

balneabilidade e temperaturas agradáveis. Essa atratividade contribui para o

adensamento populacional nas praias que vão além da sazonalidade turística,

onde pessoas buscam cada vez mais fixar residências nesses locais.

Segundo Reis (2008), a faixa litorânea de Santa Catarina, no sul do Brasil,

concentra as maiores densidades populacionais do Estado, onde está situado o

município de Balneário Camboriú, que têm experimentado intenso crescimento

demográfico decorrente da atratividade turística que exerce.

A inauguração da BR-101, rodovia litorânea que interliga o norte e o sul

do país, em 1971, foi responsável por parte desse crescimento, pois como afirma

Skalee (2008), ela aumentou o fluxo de pessoas na região e facilitou a vinda de

turistas para o litoral. A partir desse momento, impactos negativos desse

aumento populacional começaram a afetar os mais diversos setores, importantes

para o desenvolvimento da cidade e bem-estar da população (PIATTO &

POLETTE, 2012).

Isso ocorreu principalmente na região da Praia Central, que concentra

mais da metade da população total do município (IBGE, 2010), por ter

experimentado maiores investimentos na cidade para turistas e moradores na

década de 1990, como a construção do Shopping Atlântico, Cristo Luz e Parque

Unipraias, segundo Danielski (2009). Para o autor, neste período também correu

um “boom” no setor da construção civil, gerando aumento na quantidade de

oferta de empregos.

Desse modo, o acesso fácil à cidade pela BR-101, a atratividade do local

pelo turismo de sol e praia que ganhava cada vez mais força e as oportunidades

de emprego decorrentes dos setores ligados ao turismo e à construção civil,

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18

fizeram com que, ao longo dos anos, o número de habitantes na região

aumentasse rapidamente.

A partir desse momento, houve um incremento na procura de imóveis na

região e a valorização imobiliária ficou cada vez maior, o que nem sempre se

apresenta de forma positiva, pois Pagani et al. (2015) acredita que o que ocorre

é uma valorização desigual do solo e consequentemente dos espaços urbanos,

onde se torna presente a segregação socioespacial.

De um modo geral, esse fenômeno é o que acontece na ocupação do

litoral, onde há um descompasso entre os valores dos edifícios a beira mar e os

demais locais, pois todos buscam a paisagem marinha como forma de bem-estar

e tranquilidade. A valorização desigual dos espaços urbanos desperta o

interesse do setor da construção civil que vê na cidade litorânea a oportunidade

de lucro potencial. Isso ocorreu principalmente na região mais central de

Balneário Camboriú e o intenso adensamento urbano que acontecia fez os

edifícios substituírem pouco a pouco a paisagem natural.

Segundo Sposito (1994), a valorização imobiliária torna-se agente

ampliador de importância territorial, de polarização e atratividade de pessoas, de

investimentos e serviços para estas localizações. No entanto, mesmo gerando

efeitos positivos, ela ocasiona também alterações negativas à qualidade de vida

urbana da população, que está intimamente ligado à Qualidade Ambiental

Urbana (QAU) do local. Essa afirmação é citada por Nahas (2009) quando diz

que o conceito de qualidade de vida urbana está relacionado ao desenvolvimento

das cidades, dos problemas socioambientais e também ao necessário

monitoramento desses locais.

A QAU exprime as relações entre a qualidade ambiental e de vida de uma

população de determinado local, onde o homem, por diversos fatores, é agente

tanto ativo quanto passivo nos processos de formação e degradação do

ambiente urbano (BENINI & ROSIN, 2009).

A perda da qualidade ambiental em Balneário Camboriú já foi descrita por

alguns estudos realizados que mostram como o crescimento urbano pode ser

responsável por esses efeitos negativos. Wagner & Belloto (2008), relatam o

problema de tratamento de esgoto na cidade principalmente no verão, onde o

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19

fluxo de pessoas é maior na região devido ao turismo de sol e praia. O mesmo

problema de infraestrutura é citado por Kuroshima et al. (2010), onde, segundo

a autora, é um problema que pode comprometer o equilíbrio ecológico natural do

ambiente e causar doenças infectocontagiosas e gastrointestinais à população

devido à contaminação das águas pela falta de tratamento adequado.

O estudo da QAU deve ser realizado a partir de diversas áreas do

conhecimento pela importância a que se refere a qualidade dos recursos naturais

relacionados à água, solo, áreas de preservação entre outros, já que são

elementos necessários ao desenvolvimento das comunidades urbanas que por

sua vez são fatores essenciais à qualidade de vida da população (LIMA, 2014).

A relação entre a alteração na qualidade do ambiente urbano implicando

diretamente na alteração do bem-estar da população já foi mencionada por

Morato (2008, p. 2281), quando afirma que a qualidade do ambiente urbano

“Vem se tornando um dos aspectos mais importantes para a

determinação da qualidade de vida da população. Sob o ponto de vista social, o aumento da conscientização de que problemas ambientais podem afetar a saúde da população, associado ao crescimento da urbanização, cria a necessidade de avaliação da qualidade ambiental das áreas urbanas. ”

Gomes & Soares (2004) acreditam que a avaliação da qualidade do

ambiente, apesar de englobar critérios objetivos das ciências físico naturais,

também se referem a critérios de subjetividade daqueles que vivem no local em

questão. Para isso, foi utilizado estudo de percepção da população, que é o ato,

efeito ou faculdade de perceber, de adquirir conhecimentos sobre algo através

dos sentidos (FERREIRA, 2001). Cunha e Leite (2009) ressaltam ainda que

existem vários conceitos para a percepção ambiental, mas mesmo assim todos

eles citam a relação que existe entre homem e natureza, onde cada um desses

indivíduos o percebe de uma maneira, tem seus anseios, necessidade, opiniões

e ações.

Para essa análise de percepção, tornou-se importante o trabalho com

indicadores que serviram de base para a elaboração e aplicação de um

questionário semiestruturado. A escolha dos indicadores abrangeu temas

capazes de descrever a cidade de forma adequada e contemplar suas

características intrínsecas, já que “devem expressar a capacidade do município

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em oferecer determinada qualidade de vida a seus moradores, enfatizando a

acessibilidade a determinados serviços” (ROGGERO & LUCHIARI, 2012, p. 04).

Com os dados obtidos, foi possível conhecer a percepção dos moradores

quanto ao meio ambiente, infraestrutura e equipamentos urbanos e outros temas

relacionados ao local de estudo, observando as características próprias da

região, pois conforme considera Lima (2013), a qualidade ambiental envolve

muitas questões, como a complexidade dos elementos culturais, sociais,

econômicos, políticos e ambientais do local, associando muitas áreas do

conhecimento.

Portanto, sendo a urbanização um dos processos mais impactantes no

meio ambiente, afetando nossos recursos naturais, infraestruturas e

equipamentos urbanos (BRAGA & CARVALHO, 2001; TORRES et al, 2013), a

análise da QAU da região da Praia Central de Balneário Camboriú frente ao seu

processo de expansão e valorização imobiliária possibilitou entender como

esses processos se relacionam e também permitiu verificar se as regiões que

sofreram maior valorização são aquelas que apresentam melhor QAU ou não.

Além disso, os resultados gerados são informações valiosas na gestão

municipal, auxiliando as tomadas de decisão, controle e planejamento do

ambiente urbano, promovendo o desenvolvimento da região com garantia à

qualidade ambiental e social.

Perguntas de Pesquisa

1. Como e onde ocorreram os processos de expansão urbana de Balneário

Camboriú ao longo dos anos?

2. Quais foram as áreas de maior valorização imobiliária na região da Praia

Central ao longo dos anos? Em qual proporção?

3. Como a população local classifica a Qualidade Ambiental Urbana da

região da Praia Central de Balneário Camboriú?

4. Existe relação direta das áreas mais valorizadas com aquelas que detém

maior Qualidade Ambiental Urbana?

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Objetivos

Geral

Analisar a Qualidade Ambiental Urbana da região da Praia Central de

Balneário Camboriú – SC frente ao processo de expansão e valorização

imobiliária.

Específicos

a) Analisar a expansão urbana de Balneário Camboriú ao longo dos anos

bem como sua valorização imobiliária no período de 1994 a 2016;

b) Avaliar a Qualidade Ambiental Urbana da região da Praia Central de

acordo com a percepção da população residente fixa.

c) Analisar as relações entre a dinâmica territorial imobiliária e os resultados

da avaliação da qualidade ambiental urbana.

Organização da Estrutura da Dissertação

Este item apresenta a forma em que a dissertação está estruturada,

composta por seis capítulos.

A Introdução Geral destina-se à contextualização sobre a pesquisa,

objetivos gerais e específicos, perguntas de pesquisa e organização da estrutura

da dissertação.

Ao Referencial Teórico, está reservada a revisão bibliográfica sobre as

temáticas que envolvem a dissertação, como turismo de sol e praia, qualidade

ambiental urbana, percepção da população, adensamento urbano e valorização

imobiliária entre outros.

O Capítulo 1 apresenta a Análise do processo de expansão urbana e

valorização imobiliária na região da Praia Central de Balneário Camboriú-SC,

mostrando a evolução e a intensidade da valorização dos imóveis nos setores,

desde 1994 até 2016.

O Capítulo 2 discorre sobre a Análise da Qualidade Ambiental Urbana

(QAU) na Praia Central de Balneário Camboriú-SC, por meio da percepção

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ambiental da população residente fixa, revelando seus anseios, preocupações e

opiniões sobre diversos temas que caracterizam a QAU.

O Capítulo 3 destina-se à Análise das relações entre a Qualidade

Ambiental Urbana e a valorização imobiliária na região da Praia Central de

Balneário Camboriú-SC, onde foi possível observar se as regiões mais

valorizadas apresentam a melhor QAU ou não, e o porquê desse resultado.

As Considerações Finais fazem referência à síntese dos principais

resultados da pesquisa e sua relevância, a eficácia da metodologia utilizada e as

contribuições aos gestores, empreendedores e comunidade para um melhor

conhecimento do ambiente urbano e promoção da QAU do local, bem como

algumas recomendações para trabalhos futuros.

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REFERENCIAL TEÓRICO

Turismo de Sol e Praia

Turismo de Sol e Praia constitui-se das atividades turísticas relacionadas

à recreação, entretenimento ou descanso em praias, em função da presença

conjunta de água, sol e calor (BRASIL, 2010).

O Brasil possui ao todo 32 destinos turísticos no segmento denominado

Sol e Praia segundo o Ministério do Turismo (BRASIL, 2010). É uma rede de

atividades e dinâmicas diferentes dentro do país que englobam, além da

recreação, entretenimento e descanso em praias, serviços como alimentação,

hospedagem, transporte, agenciamento turístico e outros serviços, produtos e

equipamentos disponibilizados por esses destinos. Sendo assim, Silva & Silva

(2016) cita o desafio em se definir um perfil único desse turista de Sol e Praia.

Essas pessoas são atraídas pela natureza, história e cultura de um local.

O grau de atratividade está relacionado com os recursos que essas localidades

dispõem, mas o seu desenvolvimento se dá através da valorização e dos

investimentos para aumentar a demanda turística e os fatores de atração

(CUNHA, 2009).

Outro fato interessante diz respeito às altas taxas de sazonalidade.

Principalmente nos períodos de férias e feriados, e nos meses de verão e

estiagem, é que ocorre uma alta demanda turística nas cidades do litoral, onde

pessoas escolhem seus destinos de acordo com o tipo de atividade que buscam,

podendo ser desde paz e tranquilidade até aventuras e adrenalina. Isso ocorre

porque cada cidade teve seu próprio processo de urbanização e

desenvolvimento que criaram características únicas a cada local. Portanto,

praias são locais de multiusos e atendem turistas com os mais diversos anseios

reunindo massas populacionais em determinados locais e períodos do ano.

A combinação de alguns elementos constitui fator essencial à atratividade

turística, como temperaturas quentes ou amenas, balneabilidade e quantidade

de horas de sol na praia (BRASIL, 2010). Além desses fatores, outros

condicionantes como infraestrutura urbana adequada, limpeza pública,

saneamento entre outros, são fatores importantes ao destino turístico, onde sua

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precariedade ocasiona uma diminuição do interesse turístico, podendo causar

problemas na economia local que dependa dessa atividade. Portanto, torna-se

importante o desenvolvimento desse setor com os adequados investimentos na

cidade e manutenção do meio ambiente para continuar atraindo visitantes e

movimentando a economia local.

Meio Ambiente, Urbanização e Problemas Ambientais Urbanos

Um dos maiores desafios presentes na atualidade, é o problema com os

impactos do homem no meio ambiente. Jatobá (2011) afirma que a urbanização

e o meio ambiente têm uma relação direta, pois a concentração de pessoas e

atividades produtivas com seus padrões de consumo, necessidade de moradia

e infraestruturas e produção de rejeitos sobre um espaço restrito, acabam

gerando impactos degradadores do meio ambiente com efeitos persistentes, que

segundo Silva et al. (2014), são problemas que vem se agravando nos últimos

anos.

Dentre os impactos ambientais a um nível local como nos centros

urbanos, pode-se destacar a questão da falta de infraestrutura adequada,

saneamento urbano insuficiente, problemas com falta de água, poluição dos

mais diversos tipos, impermeabilização dos solos, enchentes, mobilidade urbana

deficitária, ausência de áreas verdes entre outros.

Esses impactos ambientais negativos acabam afetando saúde e bem-

estar da população nas cidades, pois o ser humano muda constantemente suas

necessidades ao longo da vida, mas tem necessidades que são essenciais e não

mudam nunca como a necessidade por ar fresco, água potável, quantidade

mínima de alimento por dia, saneamento, saúde etc. (NUCCI, 1999).

Para entender como a urbanização pode afetar o meio ambiente e causar

impactos negativos, é necessário o entendimento de como ocorreu o processo

de adensamento urbano de determinado local, suas causas e consequências,

pois esses problemas são facilmente observados e acabam afetando

diretamente na qualidade de vida de quem vive nos centros urbanos.

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Adensamento urbano e valorização imobiliária

A partir da década de 1950, as cidades brasileiras começam a apresentar

um aumento populacional significante. A intensificação da urbanização decorreu

principalmente do avanço da industrialização, que atraiu grandes fluxos de mão-

de-obra do campo, associada ao crescimento vegetativo da população urbana

(MENDONÇA et al., 2009).

É exatamente nesse contexto que a vida nas cidades se torna importante

e ganha destaque tendo em vista as condições do meio físico urbano que

adquiriu características peculiares decorrentes da ação antrópica intensificada

juntamente com o avanço das técnicas no decorrer do século XX e,

consequentemente com a aquisição de novos padrões de vida em função

também da urbanização (GOMES & SOARES, 2004).

Um dos problemas gerados pelo aumento populacional e urbanização que

ocorreram após essa época, é o adensamento urbano principalmente a partir da

década de 1970 que foi favorecido pela especulação imobiliária nesses locais.

Consequentemente, o meio ambiente foi se modificando e construções foram

tomando pouco a pouco a paisagem natural.

Essa paisagem natural presente nos centros urbanos é uma necessidade

que, infelizmente, foi engolida e propagada pelas possibilidades que o mercado

imobiliário criou com o passar dos anos. A natureza torna-se uma mercadoria

para parte seleta de consumidores onde não há mais uma cidade

desempenhando seu papel, mas sim uma cidade com exclusão sem se importar

com a necessidade coletiva (HENRIQUE, 2006).

Esse fato é facilmente observado nas paisagens litorâneas de

determinadas cidades. Elas despertam os interesses de lazer associados aos

interesses econômicos onde há uma modificação da paisagem natural,

agregando valores, seletivizando os usos da terra, e criando espaços

especulativos para a prática do turismo praiano (ZEMKE, 2007).

Nesse sentido, a atuação do setor da construção civil no litoral exerce

papel significativo, principalmente em locais onde a atratividade turística se faz

presente. Nestes locais, grandes investimentos são aplicados para trazerem

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mais pessoas aos centros turísticos, que estão em busca de conforto, bem-estar

e tranquilidade aliado às belas paisagens, o que faz com que a economia local

cresça e se fortaleça. Hotéis de alto luxo, shoppings centers, moradia, bares e

restaurantes são construídos acelerando o processo de urbanização.

Segundo Sposito (1994), não só o setor da construção civil, mas também

a ação dos promotores do mercado imobiliário que se utilizam de mecanismos

de especulação imobiliária, tem papel fundamental para ampliar o grau de

importância territorial de determinado local, exercem poder de polarização e de

atratividade de pessoas, de investimentos e serviços para determinadas regiões.

Além disso, de acordo com Resende (2013), o aumento populacional também

se intensifica pela criação de novos eixos de circulação, implantação de linhas

facilitadoras de deslocamento como estradas, rodovias e transporte público

urbano, disponibilização de serviços mais sofisticados e diversificados,

instalação de equipamentos urbanos, investimentos em atrativos turísticos e

promoção da verticalização e do adensamento.

Quando isso ocorre, a maioria dos municípios litorâneos brasileiros não

estão preparados para atender a nova demanda populacional que necessita de

infraestrutura urbana adequada para todos (ZEMKE, 2007). Isso acontece não

só aos próprios moradores das cidades, mas o problema se agrava nas épocas

de temporada onde o número de população flutuante aumenta

consideravelmente.

Tanto o aumento populacional como a intensificação do turismo e dos

investimentos em determinada cidade fazem com que ocorra uma valorização

imobiliária crescente onde, pouco a pouco, as moradias mais antigas acabem

sendo substituídas pelos grandes edifícios, com um padrão cada vez mais

elevado, criando um ambiente onde a população que ali morava agora acabe

tendo que se deslocar para áreas mais periféricas. Como afirma Silva (2008,

p.17):

“Quando uma área se valoriza, a população residente se retira,

dando lugar à população de uma classe social mais abastada. O contrário ocorre com a desvalorização de uma área, a população mais abastada migra em busca de novos e melhores espaços, dando lugar à chegada de uma população de estrato social inferior”.

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Esse processo de valorização imobiliária, além de poder afetar a

mobilidade, causar déficit de moradias, exclusão social e degradação ambiental

em função do adensamento urbano sem planejamento (VIANA & SILVA, 2016),

acaba causando uma segregação sócio-espacial diante dos interesses

capitalistas, onde somente classes mais abastadas conseguem fixar suas

residências nos centros e regiões a beira-mar além de deixar em segundo plano

as preocupações referentes aos problemas ambientais que podem causar.

Para Resende (2013, p.82):

“Nota-se ainda que o mecanismo de especulação, ao acarretar

a expansão do tecido urbano a partir do centro original mais condensado, promove o desequilíbrio entre a oferta e a demanda por terra e moradia, através da produção de uma escassez artificial. Neste momento, os agentes imobiliários aumentam seus lucros, uma vez que torna a posse da terra urbana um importante instrumento de barganha, cobrando mais caro pelos imóveis disponibilizados em forma de torres de

apartamentos”.

Toda essa dinâmica não acontece de forma homogênea dentro da cidade,

sendo seletiva, buscando sempre as melhores áreas ou as mais valorizadas pela

população mais abastada. Sendo assim, a localização exerce grande influência

nas áreas onde se decide investir e também na valorização dos

empreendimentos (SILVA, 2008). Existem ainda outros condicionantes da

estipulação dos preços que refletem os valores dos espaços urbanos, e esses

levam em consideração elementos como edifícios, ruas, praças, infraestrutura

(VILLAÇA, 1998, apud SCALCO, 2011) além da localização desses elementos,

como já mencionado.

Mesmo o mercado imobiliário atuando em toda uma cidade em escala não

homogênea, é nos grupos mais bem remunerados que ele encontra espaço para

se apresentar de forma mais abrangente. Transformam o solo urbano e a

habitação em uma mercadoria onde quem pagar mais poderá ocupar a melhor

localização com maior conforto (ALBUQUERQUE & LINS, 2006). Como

consequência, o espaço urbano acaba se tornando “fragmentado, articulado,

reflexo e condicionante social, cheio de símbolos e campo de lutas”. Além disso,

podemos afirmar que ele se apresenta como um “produto social, resultado de

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ações acumulativas através do tempo engendradas por agentes que produzem

e consomem o espaço” (CORREA, 2002, p.11, apud BOVO, 2015).

Urbanização e seus impactos ambientais

Em todo o Brasil, a urbanização se deu de forma desordenada,

principalmente nos últimos anos onde ocorreu de maneira rápida e se

concentrando em poucos locais, resultando nos problemas que hoje a população

urbana enfrenta (COSTA, 2015). Esses problemas não são só efeito das

alterações provocadas pelo homem na natureza, mas tem a ver com o próprio

espaço construído pelo homem, onde questões de ordem social e física

influenciam direta e indiretamente no bem-estar e na qualidade de vida da

população (MAZETTO, 2000).

Soares et al. (2014) afirma que o aumento populacional em cidades não

preparadas e que se transformaram sem planejamento, deixam o ambiente

vulnerável a riscos de desastres e problemas sociais. Freitas (2001) cita ainda

alguns desses riscos e problemas como por exemplo a falta de fluência do

trânsito, transporte público deficitário, processos de degradação dos rios,

impermeabilização dos solos, saneamento urbano inadequado entre outros,

além de muitas vezes, segundo Pereira et al. (2016), ser um processo de

segregação e exclusão socioespacial.

Há muitos outros exemplos de ações impactantes ao meio ambiente

quando as atividades humanas não atentam para a exploração de modo

sustentável, sem esgotar o ambiente ou causar danos ambientais que muitas

vezes podem ser de difícil mitigação ou até mesmo irreparáveis. Alguns desses

problemas tem a ver com a precariedade de infraestrutura, de serviços de coleta

e tratamento de esgoto, de disponibilidade de água, de mobilidade urbana, de

saúde, de áreas verdes, de coleta de resíduos sólidos, de conforto ambiental

entre outros temas.

É um problema complexo que engloba diversas áreas do conhecimento e

exige um tratamento especial e transdisciplinar, como sugere Leal et al. (2008,

p.2). Para o autor:

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“[...]as cidades não são apenas espaços onde se evidenciam problemas sociais. O próprio ambiente construído desempenha papel preponderante na constituição do problema, que transcende ao meio físico e envolve questões culturais,

econômicas e históricas. ”

Muitos autores citam o problema do intenso adensamento urbano

afetando diretamente no meio ambiente e consequentemente na qualidade de

vida da população. É o caso de Vestena & Schmitd (2009) que estudou a

migração da população rural para Guarapuava e criou uma forte concentração

urbana, gerando uma grande situação de pobreza associada à forte

desigualdade regional, inclusive pelos serviços oferecidos na cidade e na região

serem insuficientes para o aumento de renda da população, gerando moradias

precárias, alimentação insuficiente, falta de higiene e cuidados médicos. Além

disso, o autor cita os problemas ambientais provocados no local como destinos

incorretos dos resíduos e esgotos domésticos, enchentes e inundações em

áreas de ocupação irregular dos solos, retirada da vegetação,

impermeabilização das áreas e problemas relacionados.

Mendonça et al. (2009) estudou as epidemias de Dengue no Brasil e

concluiu que diversos fatores corroboraram para tal acontecimento, dentre eles

o rápido crescimento demográfico associado à intensa e desordenada

urbanização, a inadequada infraestrutura urbana, o aumento da produção de

resíduos não orgânicos e os modos de vida da cidade.

Hogan (2001) verificou, para a cidade de Campinas, que o crescimento

observado nesta cidade não foi acompanhado por uma expansão equivalente

dos serviços e equipamentos urbanos. Há problemas com coleta e tratamento

de esgotos onde apenas 3% do esgoto doméstico é tratado. Os outros 97% são

jogados diretamente nos cursos d’água contaminando-os. Outro problema se

refere à questão de drenagem onde ocorrem inundações periódicas além da

contaminação do ar pelo intenso fluxo de veículos automotores.

Nucci (1999, p.11) relata também o aspecto da verticalização como tendo

papel significativo ao aumento da densidade demográfica de determinado local.

Para o autor, os impactos causados pela verticalização

“[...]vão de aspectos facilmente identificados, como

impermeabilização total do solo, aumento da densidade

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demográfica, diminuição do espaço livre, diminuição da insolação, aumento do volume construído, até as consequências mais difíceis de serem estudadas, como a alteração na dinâmica dos ventos e criação de microclimas alterando o conforto térmico

da população. ”

No entanto, se a verticalização de um determinado local ocorrer de forma

planejada e organizada pelos órgãos públicos, tanto a população quanto o

município serão beneficiados. Haverá mais segurança, o acesso a áreas mais

urbanizadas com serviços e equipamentos urbanos, a diminuição da

descontinuidade das atividades na cidade entre outros.

Isso nos mostra a importância da Administração Pública, que estabelece

planos de desenvolvimento, leis de zoneamento e de uso e ocupação do solo,

determinantes no adequado ordenamento territorial e na mitigação dos

problemas urbanos.

Portanto, tanto a urbanização, quanto a construção de infraestruturas,

verticalização de edificações e aumento das superfícies artificializadas em uma

cidade, principalmente quando nos referimos às áreas litorâneas são

alavancados por fatores como crescimento populacional, localização geográfica,

êxodo rural e diversas políticas aplicadas em determinado local. Além disso as

comunidades e indústrias com seus investimentos tem seu papel nesse

processo (PIATO & POLETTE, 2012).

Qualidade Ambiental Urbana (QAU)

Há uma grande pressão exercida pelos aglomerados urbanos no território,

não só na zona costeira como também na zona litorânea, gerando uma série de

problemas e também uma tendência de concentração e acúmulo de riqueza

pelas classes mais abastadas em decorrência do crescimento populacional

desordenado (ADÃO & POLETTE, 2016).

Esses problemas causados pelo crescimento populacional desordenado,

estão relacionados principalmente ao uso e exploração dos recursos naturais em

demasia através da ocupação. O ambiente se torna um local mal utilizado, como

por exemplo no que se refere os recursos de água, terra e mar, provocando

diminuição do conforto e consequentemente da qualidade de vida nesses locais,

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além de riscos à saúde com propagação de epidemias e eventos naturais,

questões relativas aos equipamentos urbanos que não atendem à demanda e o

nível econômico das ocupações (PECHINCHA & ZAIDAN, 2015).

Além disso, a expansão urbana faz com que ocorra supressão da

vegetação para instalação de novos loteamentos e construções, prejudicando a

qualidade ambiental e consequentemente a de vida, já que as oportunidades de

recreação, lazer, descanso e contemplação da paisagem relacionadas ao

ambiente natural ficam comprometidas (PINA & SANTOS, 2012). Outro setor que

pode ser prejudicado é o econômico já que esta problemática de expansão

urbana desordenada pode, por exemplo, afetar o turismo de uma cidade que tem

nessa atividade a base para o seu desenvolvimento, pois sem uma harmonia de

elementos naturais e artificiais como infraestrutura adequada e meio ambiente

equilibrado, os turistas perderão o interesse pelo local e passarão a buscar

outros destinos turísticos mais bem conservados e com mais conforto.

Essas relações existentes entre a qualidade ambiental e de vida de uma

população de determinado local, onde o homem, por diversos fatores, é agente

tanto ativo quanto passivo nos processos de formação e degradação do

ambiente urbano, é denominada Qualidade Ambiental Urbana (QAU) (BENINI &

ROSIN, 2009).

O estudo da QAU auxilia na compreensão dos problemas existentes nas

cidades contemporâneas que ocorreram devido ao crescimento urbano

desordenado e às ações antrópicas, além de auxiliar na mitigação desses

problemas e até mesmo poder evitá-los (NUCCI, 1999).

Esses problemas relacionados à QAU têm relação direta com a qualidade

ambiental e de vida de uma população onde ambos os fatores estão

correlacionados, como descrevem Pina & Santos (2012, p.1):

“Ao se tratar sobre qualidade de vida, é logo feita uma

associação com a questão ambiental, levando-se em consideração as condições ambientais capazes de tornar uma determinada área propícia, ou não, para habitações humanas. Nesse sentido, sabe-se que quanto mais próximo das condições naturais, melhor será a qualidade ambiental, por consequência, melhor será a qualidade de vida. [...] a qualidade ambiental é um dos vários indicadores que influenciam na qualidade de vida. No caso do ambiente urbano, a ocupação humana produz diversas

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modificações nos ambientes naturais, e isso se torna o principal vetor para a degradação da qualidade ambiental, comprometendo assim a qualidade de vida”.

Bandeira & Aquino (2010), também pontuam a ocupação urbana afetando

diretamente na qualidade ambiental e de vida de uma população. Segundo os

autores, se não houver um adequado planejamento infraestrutural e uma

conscientização de que problemas ambientais podem realmente afetar na

qualidade de vida, esta sentirá negativamente os efeitos na sua própria saúde e

bem-estar.

A saúde e bem-estar de uma população, segundo a Organização Mundial

de Saúde – OMS (1998), depende de um sistema que envolve diversas áreas e

que devem estar em harmonia, como saúde física e mental, relações sociais e

com o meio, atendimento de seus anseios e expectativas, entre outros. Sendo

assim, a qualidade de vida assume papel subjetivo já que, cada pessoa tem suas

próprias necessidades, desejos e preocupações. Pelicione (1998) ressalta então

que o conceito de qualidade de vida vai muito além do TER, conferindo

importância maior ao SER, e deve conferir um nível de vida minimamente

aceitável à sociedade já que, conforme Herculano (2000, p.26), de nada adianta

viver em locais “idílicos e hígidos” se não há acesso adequado a serviços de

saúde, educação e a tecnologias, tampouco se nesses locais não há um

ambiente natural e equilibrado. Portanto, a QAU torna-se resultado da soma de

diversos fatores como econômicos, sociais, culturais, ambientais que propiciam

um meio agradável e que atenda às necessidades do viver.

Dessa maneira, torna-se importante o estudo da QAU, mostrando-se

como um aliado ao planejamento urbano, fornecendo informações importantes

que ajudarão a compor táticas e tomar decisões para a melhor qualidade de vida

da população. No entanto, deve ser tratada de maneira ampla e multidisciplinar,

pois é marcada por processos históricos, culturais, detentora de características

específicas para cada região e envolvendo tanto o ambiente físico como também

o socioeconômico e cultural que podem influenciar o bem-estar individual e de

toda uma sociedade (ADÃO & POLETTE, 2016; ROGGERO, 2015).

Esse fato é observado principalmente em cidades que alcançam a

máxima expansão vertical com a construção de altos edifícios cada vez mais

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luxuosos. A intensificação desse adensamento urbano mostrado por meio da

verticalização, faz com que esses locais se tornem centros de problemas

ambientais que muitas vezes são de difícil reparação. Pouco a pouco vão

perdendo sua qualidade ambiental e a população vai sentindo na pele os efeitos

negativos desse crescimento a qualquer custo (MINAKI & AMORIM, 2007).

O homem então surge como um agente modificador da paisagem e das

condições de equilíbrio natural, onde há uma real necessidade do planejamento

urbano que vise um ordenamento territorial adequado devido à perca da

qualidade de vida desfavorecida pela diminuição da qualidade ambiental nas

cidades (MINAKI & AMORIM, 2007).

No entanto, nem sempre esses temas tiveram uma real importância e

atenção por meio da administração pública. Nas décadas de 60 e 70, a

administração do Brasil e do mundo preocupavam-se apenas em suas cadeias

produtivas funcionando e nos lucros que geravam. Com o passar dos anos e de

forma acelerada, essa visão foi se modificando devido às preocupações

ambientais que o sistema produtivo até então gerava. Começou a se desenvolver

a consciência de que nossos recursos eram finitos e que o meio ambiente

deveria ser protegido e explorado de modo adequado (PIVA et al., 2006).

Atualmente, a gestão ambiental vem ao encontro com o planejamento urbano

para desenvolver políticas e ações que gerem o desenvolvimento sustentável

sem comprometer nossos recursos, já que a qualidade de vida é também

expressa nesses pilares.

O desenvolvimento sustentável é um tema atual e importante no cenário

em que hoje vivemos. Foi consagrado na metade da década de 80, através do

Relatório de Brundtland onde define que esse tipo de desenvolvimento deve ser

aquele responsável por atender as necessidades atuais, sem comprometer as

gerações futuras em atender suas próprias necessidades.

Essa mudança de pensamento que ocorreu nos últimos anos em relação

ao sistema de produção e consumo, além de afirmar que a população está cada

vez mais estreitando laços com o meio ambiente e a vida cotidiana, desperta a

atenção para um novo conceito de viver a vida no qual não mais o TER está em

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primeiro lugar, mas agora a atenção está voltada para a arte de viver

(PELICIONE, 1998).

Os estudos relacionados à QAU mostram-se então subjetivos uma vez

que essa arte de viver é intrínseca a cada indivíduo e composta por um conjunto

de fatores a serem julgados pela estética, composição paisagística, organicidade

de elementos, problemas e qualidades de um local que conferem ao homem

determinado grau de satisfação pessoal ou até mesmo repúdio ao ambiente

(GOMES & SOARES, 2004). Por essa razão, a utilização de indicadores de QAU

aliado à percepção ambiental da população são ferramentas adequadas que

devem ser aliados aos estudos da QAU para que estes consigam alcançar

adequadamente seus objetivos.

Indicadores de Qualidade Ambiental Urbana

A expansão urbana e o adensamento populacional envolvem uma série

de dinâmicas históricas, culturais e situacionais que vão caracterizando o

ambiente em que hoje vivemos. No âmbito do território marinho e costeiro, há

uma necessidade de se estudar esses processos visto que são importantes para

o melhor ordenamento territorial e preservação de qualidade do meio e de vida

da população. Sendo assim, o trabalho com indicadores mostra-se interessante

no sentido de que este vem para “analisar, avaliar e monitorar essas áreas e

suas particularidades” (ADÃO & POLETTE, 2016, p.326), permitindo a

percepção das condições de um objeto ou uma situação de maneira

compreensível e comparável.

Braga et al. (2003, p.7), também relaciona a importância de se trabalhar

com indicadores no que diz respeito ao seu auxílio no processo de gestão e

planejamento de cidades. Para o autor, a avaliação da qualidade de vida e do

ambiente com indicadores são eficazes à administração por serem capazes de

indicar “as áreas de melhor ou pior performance relativa, apontar tendências e

chamar a atenção para pontos fracos”.

Segundo Herculano (2000, p.12), isso se torna possível porque os

indicadores

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“[...] além de condensarem informações para as tomadas de

decisões referentes às escolhas políticas, têm também a função de espelhar a forma e os rumos que toma essa coisa gigantesca e misteriosa que é o coletivo. O cidadão comum é levado a perceber a sociedade na qual está mergulhado, não apenas através da sua experiência imediata, mas através das sinalizações e interpretações daqueles que têm a tarefa de perscrutar o cenário social no seu conjunto e nos seus rumos e

horizontes. ”

Devido à sua importância e eficácia, os indicadores têm ganhado

destaque na atualidade buscando informações que ajudem a gerir o meio face

ao processo de desenvolvimento que o mundo se encontra, pois tem por

principal objetivo “simplificar, quantificar, analisar e comunicar”, conseguindo

assim caracterizar diversos tipos de fenômenos (BANDEIRA & AQUINO, 2010,

p.6).

Ramos (2013) também defende a importância de se utilizar indicadores

para geração de informações técnicas e científicas que irão auxiliar os gestores

e outros grupos de interesse a entender, avaliar, gerir e divulgar as informações

fundamentais para uma boa gestão ambiental. O autor complementa dizendo

que a escolha dos indicadores deve ser feita de modo a contemplar as

características intrínsecas de determinado local, bem como considerar o objetivo

final que se deseja atingir com essa ferramenta.

Quando definimos esse objetivo, assim como seu propósito e finalidade,

contribuímos para que os indicadores cumpram seu papel e sejam corretamente

utilizados. No caso do ambiente urbano costeiro, os indicadores são ferramentas

capazes de fornecer o conhecimento sobre as diversas particularidades e

relações físico-urbanas de uma região, que pode ajudar gestores nas tomadas

de decisões e ações que visem um desenvolvimento adequado para a população

e para o ambiente (ADÃO & POLETTE, 2016).

A ideia de se utilizar indicadores que auxiliariam no desenvolvimento

sustentável das cidades surgiu pela primeira vez na Conferência Mundial sobre

o Meio Ambiente – Rio-92, a fim de contribuírem como uma base sólida para

adotar decisões em todos os níveis e que pudessem promover um equilíbrio

entre o meio ambiente e o desenvolvimento. “A proposta era definir padrões

sustentáveis de desenvolvimento que considerassem aspectos ambientais,

econômicos, sociais, éticos e culturais”. (SICHE et al., 2007, p.138)

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Quando falamos de indicadores, falamos, portanto, sobre uma série de

questões teórico-metodológicas a que estes estão inseridos, pois além de serem

ferramentas que contribuem para o desenvolvimento sustentável, também são

fundamentais para o monitoramento da qualidade de vida, qualidade ambiental

além de servir de apoio ao planejamento e gestão urbana auxiliando das

tomadas de decisões (NAHAS, 2009).

Apesar de sua importância e ampla gama de setores de utilização, os

indicadores geralmente são válidos a curto e médio prazo face as mudanças que

frequentemente estamos vivendo. No meio ambiente urbano podem contar com

“aspectos relativos à saúde e capacidade de suporte do ambiente, ao controle

de fontes poluentes, à administração dos recursos naturais e à equidade inter e

intragerações”, envolvendo “pluralidade de disciplinas e áreas de conhecimento”

(BRAGA et al., 2003, p.8).

Nesse sentido, selecionar indicadores que representem as questões

urbanas mostra-se como tarefa complexa pelos diversos fatores que configuram

a qualidade ambiental e de vida de um determinado local. É necessário a “análise

do ambiente urbano nos aspectos social, econômico, ambiental, cultural, político

e outros que possam ser focalizados” (ROSSETO, 2003, p.76), pois nesses

locais há uma diversidade de pessoas com os mais diversos anseios,

preocupações e interesses, interagindo nas esferas social, econômica, política e

cultural. Isso vem afetando na disponibilidade e qualidade de recursos do meio,

causando uma “valorização e revalorização do solo, produção, expansão,

potencialidades, usos, manifestações, ocupações, trocas, trabalho,

infraestrutura, entre outros fatores positivos e negativos” (SALES et al, 2013,

p.282).

Percepção da População

Realizar estudos que envolvam a QAU de um determinado local pode,

muitas vezes, se tornar uma tarefa de difícil execução no sentido de que há uma

grande deficiência em produção de dados de monitoramento ambiental para

algumas cidades (RAMOS, 2013). Nesse sentido, uma forma de realização

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interessante é a que utiliza indicadores de QAU através da percepção ambiental

da população.

Percepção é o ato, efeito ou faculdade de perceber, de adquirir

conhecimentos sobre algo através dos sentidos (FERREIRA, 2001). Cunha e

Leite (2009) ressaltam que existem vários conceitos para a percepção ambiental,

mas mesmo assim todos eles citam a relação que existe entre homem e

natureza, onde cada um desses indivíduos o percebe de uma maneira, tem seus

anseios, necessidade, opiniões e ações.

Portanto, a percepção tem a ver com a interação do indivíduo e o meio

em que vive, e esta interação se dá através dos órgãos do sentido, do interesse

que se tem sobre determinado assunto, do conhecimento individual, da cultura,

da ética, suas ações, decisões e interações são movidas pelo modo como

percebem e assimilam as mais diversas situações. No entanto, diante de uma

mesma situação, cada indivíduo irá sentir e responder de maneira diferente

àquela situação de acordo com as experiências de vida individuais e perceberão

um mesmo objeto de maneira diferenciada (MARENZI & GUERRA, 2001;

PALMA, 2005).

Melazzo (2005) afirma que a percepção é tanto resultado dos órgãos do

sentido quanto da mente e diversos processos que ocorrem em nosso cotidiano,

como pode ser observado na Figura 1.

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A percepção diferenciada de cada indivíduo permite que se conheça as

relações existentes entre o homem e a natureza, onde esse exprime seus

desejos, anseios, satisfações e decepções sobre o meio em que vive

(FERNANDES et al, 2004) permitindo transformar as informações recebidas em

um instrumento a favor de um ambiente equilibrado e com maior QAU quando

utilizadas de maneira correta pelo planejamento e gestão urbana de determinada

cidade.

Os estudos de percepção ambiental podem, então, ser considerados uma

importante ferramenta aliada aos projetos de tomada de decisões. Com ela é

possível compreender como um grupo de pessoas ou comunidade avalia o

estado de um determinado local frente aos mais diversos temas onde, a partir

desse momento, poderá ser feita uma avaliação dos problemas atuais presentes

no meio ambiente urbano e posteriormente auxiliar órgãos públicos municipais a

melhorar a qualidade ambiental e de vida da população.

REALIDADE

SENSAÇÕES

MOTIVAÇÃO Interesse, necessidade

COGNIÇÃO Memória, imagem

AVALIAÇÃO

Julgamento, seleção

CONDUTA

Comportamento, ação

Figura 1 - Esquema teórico do processo perceptivo Fonte: Melazo (2005). Adaptado pela autora.

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Cartografia Temática no Auxílio a Estudos Ambientais Urbanos

O entendimento de diversos fenômenos que ocorrem na superfície

terrestre por vezes se exprime como uma tarefa árdua de difícil compreensão.

No entanto, algumas ferramentas auxiliam na simplificação desse processo,

tornando esses fenômenos claros e de fácil assimilação, como é o caso da

cartografia temática.

“A cartografia é ciência e arte ao mesmo tempo”. É, entre outras coisas,

uma técnica que está para auxiliar várias ciências através de uma série de

operações que, muito mais do que transportar a superfície curva da Terra para

um plano, busca a melhor simbologia para representar os mais diversos fatos e

temas desta mesma superfície (DUARTE, 1991, p.135), o qual denominamos

cartografia temática.

A cartografia temática surgiu no final do século XVIII e início do século

XIX, onde floresceram os diferentes ramos de estudo a partir da divisão do

trabalho científico na época (MARTINELLI, 2003, p.16). Atualmente, segundo o

autor, entra na era da informática e torna-se um verdadeiro Sistema de

Informações Geográficas - SIG, “visando à coleta, armazenamento,

recuperação, análise e apresentação de informações sobre lugares, ao longo do

tempo”, além de proporcionar as mais diversas simulações de eventos de acordo

com as necessidades dos interessados.

Os sistemas de informações geográficas são ferramentas computacionais

capazes de manipular dados espaciais e permitir que o usuário realize operações

complexas de análises sobre esses dados. Possui uma vasta área de aplicação

como por exemplo temas ligados à ocupação humana, uso da terra, uso dos

recursos naturais, meio ambiente e atividades econômicas. Além disso, tem sido

utilizado principalmente por órgãos públicos, empresas de prestação de serviços

e institutos de pesquisa devido a sua extensa aplicabilidade, praticidade e

confiabilidade (FILHO & IOCHPE, 1996).

Portanto, a cartografia temática é ampla e pode representar diversas

áreas do conhecimento como por exemplo a ambiental, econômica, política,

social, cultural entre outras. Ela auxilia no entendimento e espacialização de

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diversos fenômenos que acontecem na superfície terrestre e pode ser elaborada

nas mais diversas escalas, tanto para se obter um panorama mais geral de

determinada situação quanto um fenômeno local. A representação cartográfica

temática, quando apoiada em ambiente SIG, se apresenta como uma importante

ferramenta capaz de fornecer informações claras para cientistas, comunidades,

gestores e quem mais possa interessar, a fim de que estes compreendam

fenômenos e possam correlacioná-los com o intuito de dar suporte à estudos e

melhorias do espaço ambiental urbano.

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CAPÍTULO 1

ANÁLISE DO PROCESSO DE EXPANSÃO URBANA E VALORIZAÇÃO

IMOBILIÁRIA NA REGIÃO DA PRAIA CENTRAL DE BALNEÁRIO

CAMBORIÚ - SC

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RESUMO

O aumento populacional nas cidades, ao gerar uma crescente necessidade por

habitação, contribui para a instalação de processos como o aumento dos valores

dos imóveis urbanos. O presente capítulo apresenta uma análise histórica da

valorização imobiliária que ocorreu na região da Praia Central de Balneário

Camboriú desde o ano de 1994 a 2016, por ser uma região que experimentou

um intenso crescimento em um curto período de tempo. Para tanto, foram

utilizados 1485 recortes de classificados de imóveis de jornais pretéritos como o

Diarinho, de Itajaí e região, além de consultadas revistas como a Imóveis&Cia e

site de imobiliárias como o Chave Fácil, no qual 1464 anúncios foram levantados.

Posteriormente, os dados obtidos foram divididos em 3 períodos de acordo com

as décadas do período de estudo para a elaboração de mapas que mostraram

os locais de maior e menor valorização. Como resultado, as regiões mais

próximas ao mar foram as que apresentaram imóveis com valores mais elevados

enquanto as regiões mais afastadas da orla detêm os imóveis com os valores

mais acessíveis, mostrando como a localização é um fator determinante de

valorização imobiliária. Por ser uma pesquisa inédita já que nenhuma outra

contempla um período tão extenso de análise, além do conhecimento acerca da

valorização imobiliária local, as informações geradas servem para auxiliar todas

as esferas do poder público ao melhor ordenamento territorial e consequente

promoção do equilíbrio ambiental, social e econômico.

Palavras-chave: Balneário Camboriú, valorização imobiliária.

ABSTRACT

The population increase in cities, by generating a growing need for housing, contributes to the installation of processes such as the increase of urban real estate values. This article presents a historical analysis of the real estate valuation that occurred in the region of Balneário Camboriú 's Central Beach from 1994 to 2016, since it is a region that experienced intense growth in a short period of time. In order to do so, 1485 newspaper classified ads were used as well as Diarinho, from Itajaí and region, magazines such as Imóveis&Cia and real estate websites such as Chave Fácil, in which 1464 advertisements were lifted. Subsequently, the data obtained were divided into 3 periods according to the decades of the study period for the elaboration of maps that showed the places of greatest and lowest valuation. As a result, the regions closest to the sea were the ones that presented higher priced properties while the more distant regions of the border hold the properties with the most accessible prices, showing how location is a determining factor of real estate valuation. Because it is an unpublished research since no other contemplates such a long period of analysis, besides the knowledge about the local real estate valuation, the information generated serve to assist all spheres of the public power to the best territorial

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ordering and consequent promotion of the environmental, social balance and economic.

Keywords: Balneário Camboriú, real estate valuation.

1.1 INTRODUÇÃO

A rápida expansão urbana e valorização imobiliária que aconteceram na

região da Praia Central de Balneário Camboriú, cidade litorânea que se localiza

na região centro-norte de Santa Catarina, ocorreu principalmente devido ao

aumento populacional decorrente da consolidação do turismo de sol e praia na

região.

No atual mundo globalizado, o turismo é um seguimento capaz de realizar

alterações em toda a dinâmica de um município, não só no setor econômico

como também no cultural, social e político (SILVA, 2010). Em cidades litorâneas,

o segmento do turismo denominado Turismo de Sol e Praia constitui-se das

atividades turísticas relacionadas à recreação, entretenimento ou descanso em

praias, em função da presença conjunta de água, sol e calor (BRASIL, 2010).

Neste segmento, o Brasil possui ao todo 32 destinos turísticos (BRASIL,

2010), sendo uma rede de atividades e dinâmicas diferentes dentro do país que

englobam, além da recreação, entretenimento e descanso em praias, serviços

como alimentação, hospedagem, transporte, agenciamento turístico e outros

serviços, produtos e equipamentos disponibilizados por esses locais.

Há um desafio em se definir um perfil único desse turista de sol e praia

que são atraídos pela natureza, história e cultura de um local (SILVA, 2016).

Portanto, o grau de atratividade está relacionado com os recursos que essas

localidades dispõem, e o seu desenvolvimento se dá através da valorização e

dos investimentos para aumentar a demanda turística e os fatores de atração

(CUNHA, 2009).

Para Resende (2013), esses fatores de atração ocorrem devido à

implementação de linhas facilitadoras de deslocamento, criação de novos eixos

de circulação, disponibilização de serviços diversificados, instalação de

equipamentos urbanos e atrativos turísticos, e oportunidades de lazer, moradia

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e trabalho. Assim ocorreu na região da Praia Central de Balneário Camboriú,

que experimentou um significativo crescimento demográfico em função de seu

turismo de sol e praia, que atualmente é o principal setor que movimenta sua

economia.

Não só o turismo de sol e praia, como também outros fatores, contribuíram

para que ocorresse esse crescimento demográfico na região, como a construção

da BR-101 em 1970, rodovia litorânea que liga o norte e o sul do país, que

facilitou o acesso ao litoral, aumentou os fluxos turísticos e econômicos que

auxiliaram no crescimento do local (SKALEE, 2008). Além disso, em meados de

1990, houve grandes investimentos na cidade, como Cristo Luz, Parque

Unipraias e Shopping Atlântico, e uma expansão no setor de construção civil

gerando alta demanda por funcionários (DANIELSKI, 2009). Dessa forma,

muitas pessoas buscando melhor qualidade de vida e oportunidades de

emprego, migraram para fixar residência no município.

Tanto o aumento populacional nas cidades quanto seu grau de

atratividade turística e infraestruturas geram uma crescente necessidade por

habitação (FREITAS, 2005). Ocorre, então, uma relação direta entre oferta e

procura, onde os construtores e investidores visam a oportunidade de lucro

potencial e a valorização imobiliária se instala, aumentando à medida que a

demanda por habitação também se eleva.

O intenso aumento populacional na região da Praia Central de Balneário

Camboriú, decorrente principalmente da atratividade turística que exerce,

contribuiu para a expansão urbana e valorização imobiliária do local. Esses

processos surgem pela necessidade de moradia do novo contingente

populacional, que contribui para o adensamento urbano observado por meio da

verticalização. Isso ocorre quando o crescimento horizontal não é mais possível,

fazendo as cidades se expandirem verticalmente com a construção de torres de

apartamentos.

Nucci (1999) cita alguns impactos causados pela verticalização, como a

impermeabilização dos solos, diminuição do espaço livre nas cidades,

diminuição da insolação, aumento das áreas edificadas, alteração na dinâmica

dos ventos e microclimas urbanos entre outras consequências que acabam

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afetando tanto o meio ambiente quanto o bem-estar e a qualidade de vida da

população.

Nessa perspectiva, sabendo que a valorização imobiliária é responsável

por promover importantes transformações nas estruturações das cidades

podendo causar problemas que muitas vezes são de difícil reversão, o objetivo

deste capítulo está em entender com qual intensidade esse fenômeno ocorreu

ao longo das últimas décadas e quais áreas foram mais afetas por esse

processo, além de identificar seu panorama atual. Busca ainda analisar o

processo de expansão urbana da cidade desde 1938 até a atualidade a fim de

estabelecer relações com as áreas mais e menos valorizadas da região da Praia

Central.

Para realizar a pesquisa, foram utilizados dados de anúncio de vendas de

imóveis desde o ano de 1994 até 2016, levantados em jornais antigos, revistas

e sites imobiliários. Os dados foram organizados em uma matriz para melhor

visualização e análise e, posteriormente, foram elaborados mapas para cada

período de estudo de acordo com a divisão da região por setores.

Os resultados obtidos fornecem o conhecimento do comportamento da

expansão urbana e da valorização imobiliária na região da Praia Central de

Balneário Camboriú, assim como da evolução e intensidade dos índices de

valores dos imóveis, pois envolveu um período de análise extenso (1994-2016)

uma vez que ainda não há pesquisas que cobrem um período tão abrangente

para o local. Busca, ainda, analisar os processos de expansão urbana e

valorização imobiliária dando à administração municipal condições para melhor

repensar a sua expansão e entender as melhores formas de valorizar os imóveis

em toda a região da Praia Central de Balneário Camboriú, diminuindo as

diferenças e injustiças sociais ainda existentes.

1.1.1 Área de estudo

Balneário Camboriú é um município que fica no litoral centro-norte de

Santa Catarina e a 85km da capital do estado, Florianópolis. Sua área é de

46,238km² e possui densidade populacional estimada 2.848,89hab/km², uma

das mais elevadas de Santa Catarina (IBGE, 2017). Faz parte da mesorregião

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do Vale do Itajaí e possui limite com os municípios de Itajaí ao Norte, Itapema ao

Sul e Camboriú a Oeste da planície. Possui localização privilegiada sendo

margeado pelo Oceano Atlântico e também pela rodovia BR-101, fatores

importantes para sua economia que atualmente é baseada principalmente no

turismo de sol e praia. A Figura 2 apresenta o mapa de localização do município.

Figura 2 - Localização geográfica de Balneário Camboriú, SC.

Elaborado pela autora

Apesar da expansão urbana ter sido analisada para todo o município, a

valorização imobiliária foi realizada somente para a região de sua Praia Central.

Neste local, o setor imobiliário alcançou um crescimento expressivo

devido ao aumento populacional (fixo e flutuante) na cidade, pois essas pessoas

precisavam de locais de acomodação. A partir desse momento, a construção

civil observou oportunidade de lucro e trouxe grandes empreendimentos para a

região, causando uma rápida expansão imobiliária que se intensificou com o

passar dos anos (BEUTING & MARTINS, 2016).

A Figura 3 apresenta a delimitação da área de estudo para a análise da

valorização imobiliária.

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Figura 3 - Localização da área utilizada na análise de valorização imobiliária da Praia Central de Balneário Camboriú, SC.

1.2 MATERIAL E MÉTODOS

As etapas da metodologia utilizada foram estruturadas na forma de

fluxograma e podem ser observadas na Figura 4.

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Para realizar o mapeamento da expansão urbana ao longo das últimas

décadas, foi utilizada uma base cartográfica do IBGE referente à região de

estudo e imagens aéreas dos anos de 1938, 1957, 1969, 1978 e 2000, fornecidas

pela Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina e Prefeitura

Municipal de Balneário Camboriú, além de uma imagem orbital Landsat-8 do ano

de 2016, fornecida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.

Os dados foram inseridos e organizados em ambiente SIG onde delimitou-

se os períodos de expansão conforme os anos das fotos fornecidas e criou-se

um mapa de expansão urbana desde 1938 até 2016.

Em seguida, foram realizados os levantamentos dos dados pretéritos de

vendas de imóveis por meio de investigação em classificados de jornais da

época, como os disponibilizados no acervo histórico do Jornal Diarinho de Itajaí

e região, e consultas em revistas, como a Imóveis&Cia e sites como o Chave

Fácil, portal lançado pelos Sindicatos de Habitação – SECOVIs de dez estados

reunindo ofertas de seus associados

As séries históricas proporcionaram a verificação do comportamento da

valorização dos imóveis localizados na região da Praia Central de Balneário

Camboriú, desde o ano de 1994 até o ano de 2016. A escolha do ano de início

da coleta ocorreu devido ao fato de que em julho de 1994 a moeda brasileira

Aquisição das imagens aéreas de

Balneário Camboriú dos anos 1938,

1857, 1969, 1978, 2000 e 2016

Levantamento dos anúncios

dos imóveis através de

jornais, revistas e imobiliárias

Análise dos dados de expansão urbana e

valorização imobiliária para a região da Praia

Central de Balneário Camboriú

Geração dos mapas de expansão

urbana e valorização imobiliária

em ambiente SIG

Organização dos dados de valorização

imobiliária em uma matriz

Figura 4 - Fluxograma metodológico

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mudou, passando do Cruzeiro Real para o Real. Dessa forma, só seria possível

estabelecer relações e comparações entre valores se estes estivessem na

mesma moeda, o que justifica o período analisado.

Para a coleta dos anúncios de venda, foram selecionados somente

aqueles que não se repetiam e que continham a correta localização com nome

da rua e número do edifício, data da publicação do anúncio, tipo do imóvel (kitnet,

apartamento, cobertura), valor e quantidade de dormitórios e suítes. Informações

adicionais também foram coletadas, mas não foram utilizados por não estarem

presentes em todos os anúncios, como quantidade de garagens, metragem e

andar em que o imóvel se encontrava.

Após a coleta de todos os anúncios, os mesmos foram organizados em

uma matriz para melhor tratamento e análise dos dados e divididos por períodos,

que foram escolhidos de acordo com as décadas, como se segue:

• 1° Período: 1994 a 2000;

• 2° Período: 2001 a 2010;

• 3° Período: 2011 a 2016.

A partir da organização dessa matriz, foi realizada uma análise prévia dos

dados onde observou-se, por exemplo, os setores da Praia Central de maior e

menor valorização ao longo das décadas. Foi analisado também se a quantidade

de dormitórios influenciou no aumento dos valores de mercado, os meses do ano

e locais de maior e menor oferta de imóveis e a renda necessária para se adquirir

um imóvel na região.

Os dados foram organizados em ambiente SIG e combinados para gerar

mapas de cada período estudado, mostrando as regiões mais valorizadas da

Praia Central, conforme a divisão da região em:

• Setor Norte;

• Setor Sul;

• Setor Central 1 (entre a Avenida Atlântica e Avenida Brasil);

• Setor Central 2 (entre a Avenida Brasil e Terceira Avenida/Avenida do

Estado);

• Setor Central 3 (entre a Terceira Avenida e a BR-101);

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• Setor Avenida Atlântica;

• Setor Avenida Brasil;

• Setor Avenida do Estado;

• Setor Terceira Avenida;

• Setor Avenida Central.

A Figura 5 nos mostra o mapa da área de estudo e sua divisão por setores.

Figura 5 - Mapa de localização e delimitação dos setores

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A divisão de setores ocorreu pelas principais quadras e avenidas da

região da Praia Central. Como não há uma divisão legal para os setores norte e

sul do município, considerou-se a localização e a amostragem para a delimitação

dessas áreas, estabelecendo como setor norte a partir da rua 1301 em direção

ao norte, e como setor sul a partir da rua 3700 em direção sul.

Os mapas de valorização das décadas foram combinados e geraram um

mapa final de valorização imobiliária desde 1994 até o ano de 2016, no qual é

possível observar a intensidade da valorização imobiliária para cada setor

delimitado.

1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Balneário Camboriú experimentou um intenso aumento populacional em

um curto período de tempo, principalmente na região da Praia Central. Esse

aumento contribuiu para o adensamento urbano do local, que atualmente

encontra-se quase totalmente verticalizado, e para processos como a

valorização imobiliária. Portanto, os resultados a serem apresentados revelam

como ocorreu a expansão urbana da cidade e a valorização imobiliária na região

da Praia Central.

O aumento populacional significativo nas cidades brasileiras, começou a

surgir a partir da década de 1950. A intensificação da urbanização decorreu

principalmente do avanço da industrialização, que atraiu grandes fluxos de mão-

de-obra do campo, associada ao crescimento vegetativo da população urbana

(MENDONÇA et al., 2009).

É exatamente nesse contexto que a vida nas cidades se torna importante

e ganha destaque, tendo em vista as condições do meio físico urbano que

adquiriu características peculiares decorrentes da ação antrópica intensificada

juntamente com o avanço das técnicas no decorrer do século XX e,

consequentemente, com a aquisição de novos padrões de vida decorrentes

também da urbanização (GOMES & SOARES, 2004).

Um dos problemas gerados pela intensa urbanização que ocorreu a partir

dessa época, é o adensamento urbano principalmente a partir da década de

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1970 que foi favorecido pela especulação imobiliária nesses locais. Assim, o

meio ambiente foi se modificando e construções foram tomando pouco a pouco

a paisagem natural.

Balneário Camboriú é uma cidade que sofreu com esse processo. No ano

de 1938, o local ainda era praticamente todo rural, com parcelamentos agrícolas

na região ao norte da Praia Central. As ruas começaram a ser construídas no

ano de 1957. Em 1969 há uma consolidação urbana e a obra de uma importante

rodovia começa a ser implementada, a BR-101. Nove anos mais tarde, em 1978,

a cidade já está completamente formada. A partir desse momento, é possível

observar o adensamento urbano que, nos anos de 2000 em diante, se mostrou

através da verticalização que se iniciou a partir da orla e avançou para outros

setores da região central do município.

As Figura 6 apresenta uma linha do tempo do desenvolvimento da

urbanização de Balneário Camboriú. As imagens do ano de 1938, 1957 e 1978

foram fornecidas pela Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina,

as do ano de 1969 e 2000 pela Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú e a

imagem de 2016 foi disponibilizada pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais.

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(A) Balneário Camboriú em 1938 (B) Balneário Camboriú em 1957 (C) Balneário Camboriú em 1969

(D) Balneário Camboriú em 1978 (E) Balneário Camboriú em 2000 (F) Balneário Camboriú em 2016

Figura 6 - Evolução histórica da expansão da mancha urbana de Balneário Camboriú

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Após manipulação das imagens em ambiente SIG onde delimitou-se, para

cada ano de tomada das fotografias, a expansão da mancha urbana na cidade,

foi gerado um mapa representando essa evolução desde 1938 até 2016, o qual

pode ser visualisado através da Figura 7.

Figura 7 - Mapa do crescimento urbano de Balneário Camboriú

O processo de urbanização do município de Balneário Camboriú iniciou

nas regiões da Avenida Atlântica e Avenida Central. Em 1957, segue para o

interior da planície e no ano de 1969 a área urbanizada também se extende em

sentido norte e sul.

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Na região da Praia Central, é possível observar que o período de maior

expansão foi do ano de 1957 a 1969, época em que foi criado efetivamente o

Município de Balneário Camboriú, que ocorreu no ano de 1964, e houve a

consolidação do turismo no local.

O aumento populacional que ocorria na cidade, a intensificação do turismo

e dos investimentos no local, alavancaram uma valorização imobiliária

crescente, onde as moradias mais antigas foram sendo substituídas pelos

edifícios com padrão cada vez mais elevados, criando um ambiente onde a

população que ali morava muitas vezes teve que se deslocar para áreas mais

periféricas. Como afirma Silva (2008, p. 17):

“Quando uma área se valoriza, a população residente se retira, dando lugar à população de uma classe social mais abastada. O contrário ocorre com a desvalorização de uma área, a população mais abastada migra em busca de novos e melhores espaços, dando lugar à chegada de uma população de estrato social inferior. ”

Esse processo acaba causando uma segregação sócio espacial diante

dos interesses capitalistas, onde somente classes com maior poder aquisitivo

conseguem fixar suas residências nos centros e regiões à beira-mar, além de

deixar em segundo plano as preocupações referentes aos problemas ambientais

que este processo de adensamento urbano e valorização imobiliária podem

causar.

Para Resende (2013, p. 82):

“Nota-se ainda que o mecanismo de especulação, ao acarretar a expansão do tecido urbano a partir do centro original mais condensado, promove o desequilíbrio entre a oferta e a demanda por terra e moradia, através da produção de uma escassez artificial. Neste momento, os agentes imobiliários aumentam seus lucros, uma vez que torna a posse da terra urbana um importante instrumento de barganha, cobrando mais caro pelos imóveis disponibilizados em forma de torres de apartamentos. ”

A fim de verificar se esses processos ocorreram na região da Praia Central

de Balneário Camboriú, foi realizado uma análise da evolução da valorização

imobiliária dos apartamentos da cidade com base nos valores médios dos

imóveis e valor médio por quantidade de dormitórios para cada período de

interesse e setor delimitado. A análise por metragem não foi possível de ser

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realizada devido ao fato de que poucos anúncios disponibilizavam essa

informação, o que traria uma amostragem insuficiente para o desenvolvimento

da investigação.

Para o período de 1993 a 2000, foram encontrados 305 anúncios no total.

Alguns locais como Setor Sul, Setor Avenida Central e Setor Terceira Avenida

apresentaram um número reduzido de imóveis ofertados para o período, sendo

10, 10 e 11 respectivamente, apresentando-se como regiões com o mercado

imobiliário ainda desaquecido. No mesmo período, o imóvel de menor valor foi

de R$ 8.100,00 com dois quartos e uma vaga de garagem localizado no Setor

Central 2. Já o imóvel de maior valor de oferta estava localizado no Setor

Avenida Atlântica, contando com um quarto mais duas suítes por R$ 320.000,00.

Para o período de 2001 a 2010, houve um significativo aumento na

quantidade de ofertas de imóveis do Setor Sul, passando para 28. O mesmo

ocorreu em relação aos valores dos imóveis neste setor, chegando a R$

720.000,00 um apartamento com dois quartos e uma suíte. Para o Setor Terceira

Avenida, foram encontrados 26 imóveis à venda com valores desde R$

22.000,00 para apartamentos de um dormitório até R$ 210.000,00 para os de

dois dormitórios mais uma suíte e vaga de garagem. O Setor Avenida Central

contou com 58 ofertas mostrando um crescimento expressivo com imóveis

chegando a R$ 450.000, 00 com duas suítes mais duas vagas de garagem.

No Setor Avenida Atlântica, ainda para o período de 2001 a 2010, há uma

notória diferença de valores para os imóveis que são frente mar, com vista lateral

ou fundos. No ano de 1997 aparece pela primeira vez um imóvel com valor acima

de dois milhões de reais, contendo 4 suítes e 4 vagas de garagem. Para imóveis

de 1 dormitório, o valor mais baixo chegou a R$ 40.000,00 em 2001, mostrando

como o local estava se valorizando e desenvolvendo de forma acelerada. Ao

todo, foram encontrados 825 anúncios nesse período.

Entre 2011 a 2016, foram encontrados 336 anúncios de imóveis,

amostragem alta pelo curto período de tempo analisado, mostrando que a região

da Praia Central já consolidou a atividade imobiliária como ponto forte em sua

economia. As maiores quantidades de ofertas se localizaram no Setor Avenida

Atlântica com 65 ofertas seguidos do Setor Avenida Brasil com 61.

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Na Tabela 1, é possível observar a quantidade de imóveis encontrados

para cada período e setor.

Tabela 1 - Quantidade de ofertas encontradas por setor para cada período analisado

Setores 1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

Setor Norte 48 105 39

Setor Sul 10 28 25

Setor Central 1 26 42 23

Setor Central 2 55 158 38

Setor Central 3 14 45 22

Setor Av. Atlântica 69 170 65

Setor Av. Brasil 41 150 61

Setor Av. Estado 20 42 16

Setor Terceira Avenida 11 26 20

Setor Av. Central 10 58 27

TOTAL 304 824 336

1.464

Os meses de maior oferta de imóveis foram os de verão, entre janeiro e

fevereiro, e também os de inverno, entre julho e agosto, e estão expressos no

Gráfico 1.

Gráfico 1 - Oferta de imóveis de acordo com os meses do ano

Esses 1.344 dados são somente os encontrados nos jornais de época,

não constando os dados coletados em revistas e sites de imobiliárias que

completam os 1464 anúncios. Isso ocorreu porque as revistas possuem edições

trimestrais e nos sites de imobiliárias não constam a data correta da publicação

do anúncio, impossibilitando, assim, a discriminação dos dados por meses do

ano.

131137

113108

117

88

129122

92

113

96 99

5060708090

100110120130140150

Oferta de imóveis

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Comparando os períodos em relação à média dos valores dos imóveis, é

possível observar que entre 1994 a 2000, os valores se mantiveram mais

estáveis quando comparados aos demais períodos, sendo a média mais alta

encontrada no Setor Avenida Atlântica com R$ 98.818,00 e a mais baixa no Setor

Avenida do Estado com uma média de R$ 17.575,00. No entanto, para o

segundo período de 2001 a 2010, já é significativo o aumento das médias em

todos os setores principalmente nos setores Avenida Atlântica, Central 1, Sul e

Norte que apresentaram os valores mais elevados. Esse padrão se estendeu no

período de 2011 a 2016, mas agora o Setor Sul é o local mais valorizado seguido

do Setor Avenida Atlântica, nos quais as médias ultrapassam R$ 1.000.000,00.

A Tabela 2 apresenta as médias dos valores dos imóveis para cada setor

da região da Praia Central de Balneário Camboriú de acordo com cada período

analisado.

Tabela 2 - Média dos valores (R$) dos imóveis encontrados para cada setor e de acordo com

cada período analisado

Setores 1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

Setor Norte 43.563,00 150.314,00 834.923,00

Setor Sul 63.900,00 165.518,00 1.391.000,00

Setor Central 1 46.599,00 175.442,00 846.957,00

Setor Central 2 42.428,00 126.152,00 587.603,00

Setor Central 3 26.857,00 84.609,00 304.659,00

Setor Av. Atlântica 98.818,00 463.404,00 1.110.183,00

Setor Av. Brasil 41.212,00 142.148,00 454.843,00

Setor Av. do Estado 17.575,00 47.101,00 198.063,00

Setor 3º Avenida 20.455,00 76.135,00 615.940,00

Setor Av. Central 45.650,00 125.198,00 472.787,00

Considerando as médias mensais do dólar para os respectivos períodos,

verifica-se que entre os anos de 1994 a 2000 ele ficou em $1,2818, entre 2001

a 2010 chegou a $2,3413 e entre 2011 a 2016 alcançou $2,5044. Os valores

médios dos imóveis convertidos podem ser observados na Tabela 3.

Tabela 3 - Média dos valores convertidos para dólar ($) dos imóveis encontrados para cada setor e de acordo com cada período analisado

Setores 1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

Setor Norte 33.985,41 64.200,98 333.382,48

Setor Sul 49.851,77 70.694,85 555.422,46

Setor Central 1 36.354,35 74.933,54 338.187,40

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64

Setor Central 2 33.100,36 53.881,13 234.628,21

Setor Central 3 20.952,68 36.137,57 121.649,53

Setor Av. Atlântica 77.093,13 197.925,93 443.293,00

Setor Av. Brasil 32.151,93 60.713,21 181.617,40

Setor Av. do Estado 13.711,19 20.117,46 79.085,81

Setor 3º Avenida 15.957,67 32.518,09 245.943,14

Setor Av. Central 35.613,98 53.473,83 188.782,56

No Gráfico 2 é possível visualizar proporcionalmente o aumento das

médias dos imóveis fornecidos pela Tabela 3, percebendo a discrepância que

existe principalmente nos valores analisados entre 2011-2016 se comparado aos

demais períodos. No geral, à medida que as regiões se afastam da orla, os

valores tendem a diminuir, mostrando a influência que a paisagem marinha tem

na valorização imobiliária.

Gráfico 2 - Gráfico da média geral dos valores dos imóveis para cada setor de acordo com

cada período analisado

Além da localização, outro fator que exerceu grande influência no

aumento dos valores dos imóveis foi a quantidade de dormitórios. Lê-se quatro

ou mais dormitórios para os imóveis referentes a quatro dormitórios

apresentados na Tabela 4, que mostra a média dos valores dos imóveis agora

separados por essa variável para cada período.

- 200.000 400.000 600.000 800.000

1.000.000 1.200.000 1.400.000 1.600.000

Média geral dos valores dos imóveis

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

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65

Tabela 4 - Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitório para cada setor e período analisados

Setores Dormitórios 1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

Setor Norte

1 24.540,00 69.279,00 63.750,00

2 44.960,00 149.113,00 372.923,00

3 73.988,00 255.870,00 1.207.571,00

4 115.333,00 425.000,00 1.300.000,00

Setor Sul

1 36.667,00 78.250,00 360.000,00

2 37.750,00 149.400,00 550.000,00

3 126.000,00 222.583,00 1.526.071,00

4 - - 3.066.667,00

Setor Central 1

1 26.400,00 129.167,00 220.000,00

2 45.846,00 116.000,00 552.857,00

3 60.447,00 252.371,00 1.088.462,00

4 - 240.000,00 620.000

Setor Central 2

1 24.672,00 63.990,00 159.500,00

2 35.338,00 140.856,00 370.769,00

3 78.429,00 179.128,00 764.258,00

4 - 163.500,00 1.175.000,00

Setor Central 3

1 17.875,00 38.169,00 152.727,00

2 35.600,00 103.636,00 363.214,00

3 55.000,00 166.667,00 620.000,00

4 - 337.500,00 -

Setor Av. Atlântica

1 28.486,00 94.067,00 257.000,00

2 88.611,00 240.020,00 605.660,00

3 121.033,00 611.827,00 1.216.125,00

4 157.000,00 674.188,00 2.629.400,00

Setor Av. Brasil

1 25.421,00 88.836,00 217.707,00

2 43.465,00 132.543,00 323.275,00

3 61.271,00 221.129,00 677.280,00

4 - 219.000,00 650.000,00

Setor Av. do Estado

1 13.625,00 36.297,00 119.500,00

2 33.375,00 111.925,00 433.750,00

3 - - -

4 - - -

Setor 3º Avenida

1 15.500,00 46.100,00 195.000,00

2 26.400,00 73.611,00 374.000,00

3 - 126.833,00 732.414,00

4 - 95.000,00 -

Setor Avenida Central

1 40.643,00 92.500,00 230.308,00

2 32.000,00 145.194,00 335.000,00

3 70.000,00 149.857,00 954.375,00

4 - 165.000,00 1.700.000,00

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O Setor Sul não apresentou ofertas de imóveis de 4 dormitórios ou mais

para o primeiro e segundo período analisados. Isso se deve ao fato de que essa

região possuiu um desenvolvimento mais acentuado no terceiro período, de

2011 a 2016, com a construção de edifícios novos de alto padrão.

O mesmo aconteceu nos anos de 1994 a 2000 com os Setores Central 1,

Central 2, Central 3, Avenida Brasil e Avenida Central, onde só apresentaram

imóveis de 1 a 3 dormitórios. Já para o Setor Avenida do Estado e Terceira

Avenida, no mesmo período não houve ocorrência de imóveis com 3 e 4

dormitórios, mostrando a desvalorização desses locais com construções mais

simples e de baixo padrão.

Os Setores Avenida Atlântica e Norte foram os únicos que apresentaram

imóveis de 1 a 4 dormitórios ou mais nos 3 períodos analisados devido ao

desenvolvimento da cidade ter iniciado principalmente a partir desses locais,

garantindo melhor infraestrutura além da vista para o mar que são atrativos aos

compradores e investidores.

Outro fato interessante é que o Setor Central 3 e Terceira Avenida não

apresentaram ofertas com imóveis de 4 ou mais dormitórios para os anos de

2011 a 2016, evidenciando o poder da legislação urbana que cada vez mais vem

estabelecendo áreas mínimas e máximas para os apartamentos. Essas áreas

vão decrescendo à medida em que as regiões se afastam do litoral em sentido

ao interior da planície, ou seja, de Leste para Oeste do município.

No Apêndice 2 é possível encontrar os gráficos que expressam as médias

dos valores dos imóveis por quantidade de dormitórios para cada setor e período.

A comparação realizada entre os três períodos de estudo em relação ao

aumento nos valores médios dos imóveis, mostrou um incremento na taxa de

crescimento em oitos dos dez setores, destacando-se o Setor Terceira Avenida

no qual seus imóveis valorizaram 3011% em 22 anos. As únicas exceções foram

para o Setor Avenida Atlântica que apresentou uma diminuição de 229%,

passando de 469% no período de 1994-2000 a 2001-2010 para 240% entre

2001-2010 a 2011-2016, e também para o Setor Avenida Brasil com diminuição

de 25% entre esses mesmos períodos.

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A Tabela 5 apresenta os dados gerados a partir da comparação da média

geral dos valores dos imóveis para cada período.

Tabela 5 - Comparação entre períodos em relação ao aumento nos valores dos imóveis

Setores 1994-2000 a 2001-2010 2001-2010 a 2011-2016 1994-2000 a 2011-2016

Setor Norte 345% 555% 1917%

Setor Sul 259% 840% 2177%

Setor Central 1 376% 483% 1818%

Setor Central 2 297% 466% 1385%

Setor Central 3 315% 360% 1134%

Setor Av. Atlântica 469% 240% 1123%

Setor Av. Brasil 345% 320% 1104%

Setor Av. do Estado 268% 421% 1127%

Setor 3º Avenida 372% 809% 3011%

Setor Av. Central 274% 378% 1036%

No Gráfico 3 é possível observar os setores de maior e menor crescimento

quando comparamos os valores médios de cada período. De maneira geral,

todos os setores analisados apresentaram aumento de mais de 1000% na média

dos valores anunciados desde 1994 até 2016.

Gráfico 3 - Comparação entre períodos em relação ao aumento nos valores dos imóveis

Entre os períodos de 1994-2000 a 2011-2016, após o Setor Terceira

Avenida, os que mais valorizaram foram os Setores Sul, Norte, Central 1, Central

2, Central 3, Avenida do Estado, Avenida Atlântica, Avenida Brasil e Avenida

0%

500%

1000%

1500%

2000%

2500%

3000%

3500%

Valorização imobiliária por período

1994-2000 a 2001-2010 2001-2010 a 2011-2016 1994-2000 a 2011-2016

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68

Central. Tanto o Setor Avenida Atlântica quanto o setor Avenida Central

apresentaram uma evolução baixa pois foram as regiões mais valorizadas desde

o início da colonização urbana do município que começou a se expandir a partir

desses locais.

Sendo assim, devido à proximidade com o mar na Avenida Atlântica, a

urbanização que se desenvolveu a partir da Avenida Central com as primeiras

infraestruturas e o Setor Avenida Brasil sendo influenciado por estar entre os

dois setores e por ser uma importante rota comercial, esses locais sempre foram

valorizados despertando o interesse do setor imobiliário. Possuindo valores mais

elevados desde o início da investigação, com o passar das décadas, não houve

uma variação tão expressiva como é possível ver em outros setores da cidade

que começaram a se desenvolver tempos mais tarde.

Com relação aos dados gerados a partir da comparação da média por

quantidade de dormitórios de cada período e para cada setor, estes mostraram

que os apartamentos com 1 dormitório foram os que menos valorizaram na

maioria dos setores, principalmente entre o período de 1994-2000 a 2011-2016.

A tendência de incremento na valorização ocorre à medida que o número de

dormitórios aumenta, ou seja, apartamentos com quatro ou mais dormitórios

tendem a possuir uma média dos valores dos dormitórios mais elevados, pois

são imóveis que geralmente apresentam uma metragem maior e um padrão mais

elevado do que os com menor quantidade de dormitórios, fatores que influenciam

a valorização imobiliária.

A Tabela 6 apresenta o aumento nos valores dos imóveis de acordo com

a quantidade de dormitórios comparando-se os períodos para cada setor.

Tabela 6 - Comparação entre períodos em relação ao aumento nos valores dos imóveis por quantidade de dormitório

Setores Dormitórios 1994-2000 a 2001-2010

2001-2010 a 2011-2016

1994-2000 a 2011-2016

Setor Norte

1 282% 381% 1075%

2 332% 250% 829%

3 346% 472% 1632%

4 368% 306% 1127%

Setor Sul 1 213% 460% 982%

2 396% 368% 1457%

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3 177% 686% 1211%

4 - - -

Setor Central 1

1 489% 170% 833%

2 253% 477% 1206%

3 418% 431% 1801%

4 - 258% -

Setor Central 2

1 259% 249% 646%

2 399% 263% 1049%

3 228% 427% 974%

4 - 719% -

Setor Central 3

1 214% 400% 854%

2 291% 350% 1020%

3 303% 372% 1127%

4 - - -

Setor Av. Atlântica

1 330% 273% 902%

2 271% 252% 684%

3 506% 199% 1005%

4 429% 390% 1675%

Setor Av. Brasil

1 349% 245% 856%

2 305% 244% 744%

3 361% 306% 1105%

4 - 297% -

Setor Av. do Estado

1 266% 329% 877%

2 335% 388% 1300%

3 - - -

4 - - -

Setor 3º Avenida

1 297% 423% 1258%

2 279% 508% 1417%

3 - 577% -

4 - - -

Setor Avenida Central

1 228% 249% 567%

2 454% 231% 1047%

3 214% 637% 1363%

4 - 1030% -

O Apêndice 3 expressa os gráficos da comparação da valorização entre

períodos em relação ao número de dormitórios para cada setor.

Para melhor comparação e visualização das áreas mais e menos

valorizadas de cada período analisado, foram elaborados mapas (Figuras 8, 9 e

10) que representassem esses fenômenos.

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70

A Figura 8 apresenta o mapa de valorização imobiliária para os períodos

de 1994-2000 a 2001-2010. A região mais valorizada foi o Setor Avenida

Atlântica com 469% de aumento nos valores dos imóveis, seguida dos setores

Central 1 e Terceira Avenida, posteriormente os setores Norte, Central 3 e

Avenida Brasil, e as regiões com menor valorização foram os setores Sul, Central

2, Avenida do Estado e Avenida Central, com a valorização não ultrapassando

300%.

Figura 8 - Valorização imobiliária no período de 1994-2000 a 2001-2010

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A Figura 9 apresenta o mapa de valorização entre os períodos de 2001-

2010 e 2011-2016. Os setores mais valorizados foram o Sul e Terceira Avenida

com mais de 600% de valorização entre os períodos, seguidos do Setor Norte,

setores Central 1, Central 2 e Avenida do Estado, posteriormente os setores

Central 3, Avenida Brasil e Avenida Central, com o Setor Avenida Atlântica

apresentando 240%, passando da maior para a menor taxa de valorização.

Figura 9 - Valorização imobiliária no período de 2001-2010 a 2011-2016

A Figura 10 apresenta o mapa final de valorização, sendo este

representado por todo o período analisado, de 1994-2000 a 2011-2016. O Setor

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terceira Avenida se mostra como o que obteve maior valorização em 22 anos.

Outros setores que merecem destaque são o Norte e Sul seguidos do Setor

Central 1, Setor Central 2 e os demais setores foram os que apresentaram os

imóveis que menos valorizaram. No entanto, mesmo a menor valorização se

mostra elevada quando comparados aos índices inflacionários, mostrando um

potencial imobiliário que cresceu e ainda cresce além dos valores de mercado.

Figura 10 - Valorização imobiliária no período de 1994-2000 a 2011-2016

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A espacialização das áreas permite concluir que à medida que se

passavam as décadas, os imóveis valorizaram exponencialmente, visto que

estes valores extrapolam os índices de inflação para todo o período analisado.

O índice inflacionário utilizado para comparação é o Índice Geral de

Preços de Mercado - IGP-M, calculado mensalmente pela Fundação Getúlio

Vargas – FGV para representar a variação dos preços. Atualmente, ele é

utilizado para o reajuste dos valores dos aluguéis.

Outro índice muito utilizado é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo -

IPCA, divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

– IBGE e oficial do governo, medindo a inflação em determinado período.

No período compreendido entre julho de 1994 a dezembro de 2016, no

qual foram realizadas as coletas das ofertas de imóveis na região da Praia

Central de Balneário Camboriú, o IGP-M e o IPCA chegaram a um valor

percentual correspondente a 617,00851% e 457,08205% com índice de correção

do período de 7,1700851 e 5,5708205 respectivamente (BACEN, 2017). Esses

valores apresentaram-se inferiores quando comparados ao aumento nos valores

dos imóveis para o período analisado, no qual o aumento mínimo chegou a

1036% para o Setor Avenida Central e o aumento máximo ficou em 3011% para

o Setor Terceira Avenida.

A Tabela 7 apresenta os aumentos corrigidos pelos índices IGP-M e IPCA

para cada setor. Nota-se que mesmo após correção pelos índices para todo o

período analisado, houve um aumento significativo nos valores dos imóveis

caracterizando a valorização imobiliária no local.

Tabela 7 - Aumento nos valores dos imóveis corrigidos pelos índices inflacionários

Setores 1994-2000 a 2011-2016

Corrigido IGP-M

Corrigido IPCA

Setor Norte 1.917% 1.300% 1.460%

Setor Sul 2.177% 1.560% 1.720%

Setor Central 1 1.818% 1.201% 1.360%

Setor Central 2 1.385% 768% 928%

Setor Central 3 1.134% 517% 677%

Setor Av. Atlântica 1.123% 506% 666%

Setor Av. Brasil 1.104% 487% 647%

Setor Av. do Estado 1.127% 510% 670%

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Setor 3º Avenida 3.011% 2.394% 2.554%

Setor Av. Central 1.036% 419% 579%

Em relação ao ano de 2016, foram encontrados 93 anúncios de imóveis

englobando todos os setores da região da Praia Central de Balneário Camboriú.

Algumas análises puderam ser realizadas pela amostragem significativa além de

apresentarem a metragem de cada imóvel anunciado.

O valor do m² em 2016, alcançou R$ 8.551,23 enquanto o Custo Unitário

Básico - CUB/m², que mede o custo por m² de construção, no mesmo período

apresentou uma média de R$ 1.602,81 (SINDUSCON, 2017), ou seja, os imóveis

em 2016 apresentaram um valor cerca de 5,3 vezes o seu custo, o que equivale

dizer que atualmente se constroem cinco apartamentos pelo valor de um. Esse

é um dos fatores que estimulam as construtoras a continuarem lançando novos

empreendimentos mesmo quando o estoque de imóveis da cidade está elevado.

Além disso, segundo Camboim et al. (1999) e SEBRAE (2013), o setor da

construção civil realiza constante pesquisa de mercado a fim de avaliar, dentre

outros itens, o crescimento econômico, as taxas de juros para financiamento, o

poder aquisitivo de seus clientes e clientes potenciais e até quanto estão

dispostos a pagar, as tendências do setor e os principais concorrentes, utilizando

essas informações para ponderar quando, onde e como irão lançar um novo

empreendimento. A Tabela 8 apresenta os valores citados acima.

Tabela 8 - Características dos imóveis encontrados para o ano de 2016

Quantidade de imóveis

Valor médio dos

imóveis

Metragem média dos

imóveis

Valor do m²

Valor médio do CUB/m²

93 1.101.554,3 128,82 8.551,23 1.602,81

Para o mesmo ano de 2016, apenas 24,73% dos imóveis apresentaram

valores até R$ 550.000,00 e 32,26% estavam acima de R$1.000.000,00, como

pode ser observado na Tabela 9.

Tabela 9 - Quantidade de imóveis encontrados por faixa de valores

Valor em 2016 Quantidade de

imóveis em 2016

Até R$ 250.000,00 1

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De R$ 250.00,01 a R$ 400.00,00 10

De R$ 400.00,01 a R$ 550.00,00 12

De R$ 550.00,01 a R$ 700.00,00 21

De R$ 700.00,01 a R$ 1.000.000,00 19

De R$ 1.000.000,01 a R$ 1.500.000,00 12

Maior que R$ 1.500.000,00 18

Total 93

No último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística – IBGE, em 2010, o rendimento médio mensal per capta dos

domicílios estava em R$ 1.933,90, e mesmo com a correção desse valor para o

ano de 2016, a maioria dos imóveis ofertados está acima do poder de compra

da população.

De acordo com a Calculadora do Cidadão, ferramenta fornecida pelo

Banco Central do Brasil para o cálculo de financiamentos com prestações fixas,

considerando que a média dos imóveis em 2016 estava em R$ 1.101.554,00, se

uma pessoa financiar este valor durante 30 anos com uma entrada de 20% e

taxa média de juros do Banco Central para 2016 de 1,1094% ao mês, o valor da

prestação seria R$ 9.964,22. Considerando ainda que para um financiamento

imobiliário é aconselhável que se comprometa até 30% de sua renda, a média

salarial para que se consiga pagar o financiamento deveria ser de no mínimo R$

33.214,06. Portanto, a renda média da população de Balneário Camboriú deveria

aumentar cerca de 17 vezes para conseguirem adquirir um imóvel na região da

Praia Central de Balneário Camboriú.

Os valores dos imóveis demonstram que a maior parte da população

residente não está apta a adquirir um imóvel na região da Praia Central. Sendo

a renda básica necessária para realizar a compra mais alta do que o rendimento

médio da população, apenas um grupo seleto estaria apto a realizá-la. Esse fato

também pode ser observado através do índice GINI que mede a concentração

de renda em determinado local e está em 0,526 para Balneário Camboriú

(BRASIL, 2010), considerado alto já que varia de zero a um e quanto mais

próximo deste, maior a desigualdade. Isso explica o porquê de as taxas médias

de ocupação anual dos imóveis da cidade girarem em torno de valores menores

que 50% (SINDUSCON, 2015), pois grande parte dos clientes do setor da

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76

construção civil não são os moradores fixos da cidade, mas possivelmente

pessoas que já possuem algum imóvel e acabam adquirindo somente para

investimento, além dos segundos-residentes e turistas.

Portanto, visto que o mercado imobiliário atua em toda a cidade em escala

não homogênea, é nos grupos mais bem remunerados que ele encontra espaço

para se apresentar de forma mais abrangente. O solo urbano é transformado e

a habitação se torna uma mercadoria onde quem pagar mais poderá ocupar a

melhor localização com maior conforto (ALBUQUERQUE, 2006).

Essa dinâmica da valorização dos imóveis acontecendo de forma não

homogênea dentro da cidade é retratada por Silva (2008), onde afirma que esta

é seletiva, buscando sempre as melhores áreas ou as mais valorizadas pela

população mais abastada. Sendo assim, a localização exerce grande influência

em locais onde se decide investir e também na valorização dos

empreendimentos. Existem ainda outros condicionantes da estipulação dos

valores que refletem nos espaços urbanos e esses levam em consideração

elementos como edifícios, ruas, praças, infraestrutura além da localização

desses elementos, como já mencionado. (VILLAÇA, 1998 apud SCALCO, 2011).

Com este processo, segundo (CORREA, 2002, p. 11, apud BOVO, 2015), o

espaço urbano acaba se tornando

“fragmentado, articulado, reflexo e condicionante social, cheio de símbolos e campo de lutas. É um produto social, resultado de ações acumulativas através do tempo engendradas por agentes que produzem e consomem o espaço[...]”.

1.4 CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos é possível identificar como ocorreu o

processo de expansão urbana de Balneário Camboriú desde 1938 até a

atualidade e suas relações com as áreas mais e menos valorizadas. Também se

observa a intensidade da valorização imobiliária da região da Praia Central nos

últimos 22 anos de acordo com cada setor analisado e também seu panorama

atual.

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77

Com o mapa de expansão urbana de Balneário Camboriú, foi possível

observar que o início da urbanização ocorreu nas regiões mais próximas ao mar,

por isso setores como Avenida Atlântica, Central 1 e Avenida Central, para o

período de 1994 a 2000, apresentaram as maiores médias nos valores dos

imóveis já que contavam com localização privilegiada e uma infraestrutura

consolidada. A exceção foi o Setor Sul que apresentou a segunda média mais

alta para o mesmo período analisado que ocorreu devido ao intenso crescimento

que o setor experimentou em um curto período de tempo, com instalação de

edifícios de alto padrão.

Este fato se estende para o período compreendido entre os anos de 2001a

2010, onde o setor Avenida Atlântica continua com a média mais alta nos valores

dos imóveis, seguida pelos Setores Central 1, Sul e Norte, mas para os anos

2011 a 2016, o Setor Sul ganha destaque ficando à frente do Setor Avenida

Atlântica que agora passa para o segundo setor com a maior média dos valores

dos imóveis encontrados. Em seguida encontram-se os setores Central 1, Norte,

Terceira Avenida, Central 2, Avenida Central, Avenida Brasil, Central 3 e Avenida

do Estado, mostrando uma certa regularidade para os valores dos imóveis que

se mostram mais elevados à medida que se aproximam da orla marítima.

Além da localização, fatores como quantidade de dormitórios, metragem,

suítes, tipo do imóvel dentre outras características, são fatores que agregam

valor nos imóveis. Contudo, não é maioria da população residente que consegue

comprar um apartamento na região da Praia Central de Camboriú, pois o

rendimento médio mensal das famílias não é suficiente para arcar com os altos

valores que superam até mesmo os índices inflacionários dos períodos

analisados.

No geral, observou-se que as áreas em que inicialmente a cidade se

desenvolveu e apresentavam maior valorização no início, durante todo o período

analisado foram as que mantiveram os níveis de valorização mais estáveis se

comparadas com áreas como Setor Sul, Setor Norte e Setor Terceira Avenida.

Estes se urbanizaram mais tarde apresentando um padrão mais elevado dos

edifícios que foram sendo construídos, além dos equipamentos urbanos e

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78

infraestrutura implementadas que aumentavam ainda mais o grau de importância

territorial desses locais.

Através dos altos índices de valorização imobiliária da região da Praia

Central de Balneário Camboriú, mostra-se ser mais rentável investir em um

imóvel na cidade do que em outros setores da economia. No entanto, se por um

lado a valorização imobiliária movimenta a economia da cidade e proporciona

seu desenvolvimento, por outro lado, acaba causando uma verticalização

intensa, reflexo do adensamento urbano e da corrida das construtoras em lançar

novos empreendimentos.

Quando esses processos ocorrem de forma desordenada na cidade, sem

um planejamento adequado do território, acabam gerando problemas de difícil

reversão. Nesse sentido, a pesquisa mostrou-se relevante, pois há uma

necessidade em se conhecer os processos de expansão urbana e valorização

imobiliária de uma cidade para entender suas dinâmicas e particularidades.

As informações geradas fornecem condições para a administração

municipal compreender e repensar o ambiente urbano, a fim de transformar

esses processos de expansão urbana e valorização imobiliária que ocorrem em

oportunidades para o crescimento e desenvolvimento do local aliado à qualidade

social e ambiental, minimizando ainda as diferenças e injustiças sociais ainda

existentes na cidade.

1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CAPÍTULO 2

ANALISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA REGIÃO DA PRAIA

CENTRAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC

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RESUMO

A Qualidade Ambiental Urbana (QAU) é definida como aquela que relaciona a

qualidade ambiental com a qualidade de vida da população. Nesse sentido,

Balneário Camboriú nos últimos anos, tem diminuído sua QAU especialmente

devido à urbanização rápida e sem planejamento. Portanto, o presente capítulo

busca analisar a QAU da Praia Central de Balneário Camboriú por meio da

percepção da população residente fixa. Para isso, foi elaborado um questionário

contendo 49 questões sobre os temas Infraestrutura Urbana, Áreas Verdes,

Praia, Saneamento, Conforto Ambiental, Mobilidade Urbana, Limpeza Pública

Urbana e Infraestrutura Social e Cultural, no qual 423 entrevistados participaram

sendo homens e mulheres, em sua maioria, naturais do estado de Santa

Catarina, possuindo as mais diversas profissões e numa faixa etária

predominante de 20 a 60 anos. O cálculo da média de todos os temas resultou

na classificação de QAU para toda a área de estudo como “Regular”. No entanto,

a maior média alcançada foi para o Setor Avenida Atlântica e a pior média

registrada ficou para o Setor Central 3, mostrando como a QAU sofre um

incremento à medida que os locais se aproximam da orla. Além de propiciar o

conhecimento das potencialidades e pontos a serem melhorados da região da

Praia Central, os dados gerados servem para auxiliar todas as esferas do poder

público ao melhor ordenamento territorial e promoção do equilíbrio ambiental,

social e econômico.

Palavras-chave: Balneário Camboriú, indicadores, Qualidade Ambiental

Urbana

ABSTRACT

The Urban Environmental Quality (UEQ) is defined as one that relates an environmental quality to the population quality of life. In this sense, Balneário Camboriú in recent years, has decreased its UEQ especially due to rapid urbanization and without planning. Therefore, the present article seeks to analyze the UEQ of Balneário Camboriú Central Beach through the perception of the fixed resident population. For this, a questionnaire containing 49 questions on Urban Infrastructure, Green Areas, Beach, Sanitation, Environmental Comfort, Urban Mobility, Urban Public Cleaning and Social and Cultural Infrastructure was prepared, in which 423 interviewees participated as men and women in their Majority, from the state of Santa Catarina, possessing the most diverse professions and in a predominant age range of 20 to 60 years. The average calculation of all subjects resulted in the classification of UEQ for the whole study area as "Regular". However, the highest average reached was for the Sector Avenida Atlântica and the worst average registered was for Central Sector 3, showing how the UEQ increases as the locals approach the sea shore. In addition to providing knowledge of the potentialities and points to be improved in the Central Beach region, the data generated serve to assist all spheres of public

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power to better territorial planning and promote environmental, social and economic balance.

Keywords: Balneário Camboriú, indicators, Urban Environmental Quality

2.1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento do meio urbano ao longo dos anos gera uma “intensa

e profunda manipulação do ambiente” (FORATTINI, 1991, p. 77). Dessa forma,

a urbanização, muitas vezes, surge como um processo de segregação e

exclusão socioespacial, podendo gerar uma série de problemas sociais e

ambientais na sociedade (PEREIRA et al., 2016).

Esses problemas iniciaram de forma mais expressiva a partir da década

de 1960, com o desenvolvimento tecnológico pós revolução industrial, quando

houve uma perda da qualidade de vida no mundo todo, tornando esse fato uma

problemática devido ao crescimento desordenado das cidades (NAHAS, 2009).

Em cidades não preparadas e que se transformaram de maneira

desordenada e sem planejamento, esse crescimento deixou o ambiente

vulnerável a riscos de desastres e problemas sociais (SOARES et al., 2014).

Freitas (2001) cita alguns desses riscos e problemas que ocorrem quando há o

despreparo das cidades para acolher o imenso contingente humano, que é o que

acontece na maioria dos casos, como, por exemplo, problemas de trânsito,

transporte público, processos de degradação dos rios, impermeabilização dos

solos, problemas de saneamento entre outros.

Não só o aumento populacional, mas também a localização geográfica, o

êxodo rural e diversas políticas aplicadas em determinado local alavancam a

urbanização, além de favorecerem a construção de infraestruturas, a

verticalização de edificações e o aumento das superfícies artificializadas em uma

cidade, principalmente quando nos referimos às áreas litorâneas (PIATTO &

POLETTE, 2012). É um problema complexo que engloba diversas áreas do

conhecimento e exige um tratamento especial e transdisciplinar, como sugere

Leal et al. (2008, p. 02):

“As cidades não são apenas espaços onde se evidenciam problemas sociais. O próprio ambiente construído desempenha

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papel preponderante na constituição do problema, que transcende ao meio físico e envolve questões culturais, econômicas e históricas.”

Balneário Camboriú, cidade localizada na região centro-norte de Santa

Catarina, enfrentou todos esses processos. A intensa urbanização que ocorreu

em um curto período de tempo, o adensamento urbano e a verticalização da

cidade, principalmente na região da Praia Central, podem ter causado problemas

na Qualidade Ambiental Urbana (QAU) do local. Além disso, pode causar efeitos

negativos à economia no qual o setor dominante é o turismo, pois quando não

há uma QAU adequada em determinada região, os turistas não se sentem

instigados a visitar tal destino.

A QAU consiste na relação existente entre a qualidade ambiental e de

vida de uma população de determinado local. Esse local, por sua vez, define a

existência ou não de condições saudáveis de habitação em termos sociais,

ambientais e econômicos (ARANA et al, 2012), onde o homem, por diversos

fatores, é agente tanto ativo quanto passivo nos processos de formação e

degradação do ambiente urbano (BENINI & ROSIN, 2009). Ela é marcada por

processos históricos, culturais e detentora de características específicas para

cada região, por isso deve ser analisada de maneira ampla e multidisciplinar

(ADÃO & POLETTE, 2016).

Portanto, o objetivo deste capítulo está em entender como está a QAU na

região da Praia Central de Balneário Camboriú através da percepção da

população residente fixa que vive e sente em seu dia-a-dia todos os problemas

e qualidades que esta região possui. Busca, ainda, analisar os vários temas

utilizados para compor a QAU de acordo com cada setor da área de estudo,

mostrando seus pontos fortes e pontos a serem melhorados.

Entender a QAU torna-se fundamental, pois pela primeira vez a população

local opinou sobre os mais diversos temas que impactam diretamente em seu

bem-estar e qualidade de vida, revelando seus anseios, preocupações, aspectos

positivos e negativos do ambiente em que vivem.

Para realização da pesquisa, foi elaborado um questionário com 49

questões acerca de indicadores relacionados dos temas Infraestrutura Urbana,

Áreas Verdes, Praia, Saneamento, Conforto Ambiental, Limpeza Pública

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Urbana, Mobilidade Urbana e Infraestrutura Social e Cultural, a fim de obter

dados que serviram de base para a construção de mapas de qualidade para

cada um desses temas e de acordo com os setores em que a região da Praia

Central foi dividida.

Os resultados da pesquisa, são utilizados não apenas para entender

como está a qualidade ambiental e de vida no ambiente em questão, mas

também fornecem dados e informações importantes que poderão ajudar todas

as esferas do poder público a compor táticas e tomar decisões para a melhor

planejamento e ordenamento territorial, conhecendo as potencialidades e

deficiências de cada setor da região analisada.

2.1.1 Área de estudo

Balneário Camboriú é um município que fica no litoral centro-norte de

Santa Catarina e a 85km da capital do estado, Florianópolis. Sua área é de

46,238km² e possui densidade populacional estimada 2.848,89hab/km², uma

das mais elevadas de Santa Catarina (IBGE, 2017). Faz parte da mesorregião

do Vale do Itajaí e possui limite com os municípios de Itajaí ao Norte, Itapema ao

Sul e Camboriú a Oeste da planície. Possui localização privilegiada sendo

margeado pelo Oceano Atlântico e também pela rodovia BR-101, fatores

importantes para sua economia que atualmente é baseada principalmente no

turismo de sol e praia. A Figura 11 apresenta o mapa de localização do

município.

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Figura 11 - Mapa da localização geográfica de Balneário Camboriú

Elaborado pela autora

O município concentra, ao todo, dez praias em seu território, sendo elas:

Praia dos Amores, Praia do Buraco, Praia do Canto, Praia Central, Laranjeiras,

Taquaras, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho (LEITE, 2016). Por ser mais

desenvolvida, a Praia Central assume posição de destaque. Com

aproximadamente 7km de extensão, dispõe de opções de lazer, serviços e

infraestruturas que transformaram o local no mais urbanizado do município.

Nesse sentido, a análise referente à QAU foi realizada somente na região

da Praia Central de Balneário Camboriú, e a delimitação da área de estudo pode

ser observada através da Figura 12.

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Figura 12 - Mapa de localização da área utilizada na análise de QAU

2.2 MATERIAL E MÉTODOS

As etapas da pesquisa foram estruturadas na forma de fluxograma e

podem ser observadas na Figura 13.

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Para analisar a QAU na região da Praia Central de Balneário Camboriú,

foram levantados oito temas de natureza ambiental e diversos indicadores

relacionados para a elaboração de um questionário adequado que objetivou

descrever a percepção dos moradores com relação à qualidade do local em

questão.

A escolha dos temas a serem analisados a partir da percepção da

população residente, levou em consideração as questões mais relevantes

relacionadas à qualidade ambiental e de vida urbana da região da Praia Central

de Balneário Camboriú e em seguida, para cada tema foram escolhidos

indicadores relacionados. A partir desses indicadores, as questões foram

elaboradas e o questionário de percepção da população em relação à QAU foi

montado. Foram formuladas 49 questões no total, conforme os temas e

indicadores listados na Tabela 10.

Tabela 10 - Temas e seus indicadores relacionados para elaboração do questionário de

percepção da população em relação à QAU

TEMA INDICADORES

Infraestrutura Urbana

Energia elétrica; iluminação pública; pavimentação das vias; estado das calçadas; comércio; segurança pública; serviços de informações; quantidade de placas informativas.

Saneamento

Odor, coleta e tratamento do esgoto; drenagem das águas pluviais; qualidade e disponibilidade da água.

Áreas Verdes Arborização; praças e parques; manutenção de áreas verdes em locais edificados.

Escolha dos

indicadores de

QAU

Elaboração do

questionário de

QAU

Realização do pré-teste de

aplicação do questionário em campo

Adequação do

questionário final de

QAU

Aplicação do

questionário à população

residente fixa

Organização

dos dados

Elaboração de mapas,

gráficos e tabelas

Análise da QAU na região da

Praia Central de Balneário

Camboriú

Figura 13 - Fluxograma metodológico

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Praia

Balneabilidade; uso e manutenção das duchas públicas; limpeza da faixa de areia; coleta de resíduos na praia; serviço de salva-vidas; tempo de exposição do sol; serviços de praia; qualidade ambiental geral.

Limpeza Pública Urbana

Qualidade da limpeza pública; situação das calçadas quanto à fezes e urinas de animais; qualidade e quantidade de lixeiras; coleta dos resíduos sólidos; coleta seletiva.

Conforto Ambiental Qualidade do ar; poluição visual; conforto térmico, acústico e visual.

Mobilidade Urbana Trânsito; quantidade e qualidade das ciclovias; acessibilidade; transporte público.

Infraestrutura Social e Cultural Acesso e qualidade dos serviços de saúde e educação; acesso ao lazer e a serviços culturais.

Esses temas e indicadores foram escolhidos segundo levantamento de

sistemas de indicadores já realizados no Brasil e exterior e adaptados à cidade

de Balneário Camboriú, como o estudo apresentado por Borja (1998), pois,

segundo este autor, permitem avaliar a QAU em um nível local. Além disso,

foram consultados os indicadores do Sistema Nacional de Indicadores

Ambientais – PNIA (2012) e selecionados aqueles mais adequados ao contexto

urbano de Balneário Camboriú. Os demais indicadores que não constavam

nesses estudos foram escolhidos devido à sua relevância para a cidade a fim de

complementar a análise de QAU.

As alternativas de respostas para cada questão relacionada a cada

indicador escolhido foram cinco: péssimo (1), ruim (2), regular (3), bom (4) ou

excelente (5). Ao final, foi calculada a média das pontuações para cada região a

ser analisada a fim de obter uma classificação de qualidade para cada região e

de acordo com cada tema. No caso específico da classe regular, a mais presente

quando realizada a média das pontuações, foi realizada ainda uma subdivisão

dos valores maiores (+) e menores (+) a fim de propiciar uma análise adequada

dos setores mais e menos valorizados.

A média das pontuações para cada indicador e para cada tema resultou

em um valor fracionado, sendo necessário uma aproximação dos valores e

divisão das classes como se segue: classe péssimo – valores de 1,00 a 1,79;

classe ruim – valores de 1,80 a 2,59; classe regular – valores de 2,60 a 3,39;

classe bom – valores de 3,40 a 4,19; classe excelente – valores de 4,20 a 5.

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Tendo em vista que o último censo do IBGE foi em 2010, utilizamos os

dados relativos a este ano para determinar o tamanho da amostra necessária a

entrevistar com base na estimativa da proporção populacional. O erro máximo

de estimativa adotado foi de 7% e o grau de confiança de 90%, valores aceitos

para estudos acadêmicos. A Equação 1 representa a fórmula para o cálculo da

proporção populacional é dada por Tagliacarne (1978, apud ADDSON, 2003) e

recomendada por Miot (2011) quando se trata de estudos com descrição de

variáveis qualitativas e populações infinitas, geralmente maiores ou iguais a

10000 indivíduos.

𝑛 =

𝑍𝛼2

2 ∗ 𝑝 ∗ 𝑞

𝐸2 (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 01)

Onde,

n = número da amostra;

𝑍𝛼

2 = grau de confiança;

p = proporção populacional de indíviduos que pertencem à região de estudo;

q = proporção populacional de indivíduos que não pertencem à região de estudo;

E = erro máximo de estimativa.

Para esta pesquisa, considerando o erro máximo e o grau de confiança já

citados, e também o número total de habitantes na cidade como 108.089 e o

número de habitantes do local de estudo em 51.074 (IBGE, 2010), o número

amostral foi definido utilizando 𝑍𝛼

2 = 1,645, p = 0,47251801756, q =

0,5274819825 e E = 0,07, conforme segue:

𝑛 = 1,6452 ∗ 0,47251801756 ∗ 0,5274819825

0,072

𝑛 =2,706025 ∗ 0,2492447406

0,0049

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𝑛 = 0,6744624993

0,0049

𝑛 = 137,6454080173

Portanto, o número amostral de pessoas entrevistadas na região da Praia

Central de Balneário Camboriú deveria ser maior ou igual a 138.

Inicialmente, realizou-se um pré-teste com 10 moradores a fim de

identificar qual seria a melhor abordagem na população, elaborar mais questões

relevantes que seriam adicionadas ao questionário e adequar aquelas passíveis

de dúvidas. Dessa forma, foi elaborada a versão definitiva do questionário e

iniciadas as atividades em campo para a coleta de informações da percepção da

população. Além das questões relativas aos indicadores, também eram

registradas informações sobre o gênero do entrevistado, idade, profissão, local

de nascimento e local atual da residência.

A aplicação do questionário durou 60 dias e foram realizadas, ao todo,

423 entrevistas, das quais 362 aconteceram por meio de ambiente virtual e 61

foram através de abordagens interpessoais a residentes fixos dos setores de

interesse para melhor entender os anseios e opiniões dessa população acerca

dos temas trabalhados. Essa alta amostragem obtida através do ambiente virtual

se tornou possível mediante o contato com jornalistas que divulgaram o

questionário em mídia local, abrangendo um número de pessoas considerável

que participaram ao tomar conhecimento da pesquisa.

As respostas posteriormente foram organizadas em planilhas e com base

nos dados obtidos, foram elaborados gráficos e tabelas para melhor visualização

dos aspectos relativos à percepção da população. Foram elaborados também

oito mapas de qualidade ambiental para os temas analisados, que

posteriormente foram cruzados para gerar um mapa final de QAU da Praia

Central de Balneário Camboriú.

A Figura 14 apresenta o mapa da divisão da área de estudo por setores,

os quais foram utilizados para analisar a QAU.

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92

Figura 14 - Mapa de localização e delimitação dos setores

2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A QAU na região da Praia Central de Balneário Camboriú tem sido um

desafio desde o início do processo de ocupação do município. O

desenvolvimento rápido e sem planejamento contribuíram para alterações em

sua qualidade ambiental onde cada setor de análise apresentou diferentes

características segundo a percepção da população residente fixa.

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93

A definição de percepção está como o ato, efeito ou faculdade de

perceber, de adquirir conhecimentos sobre algo através dos sentidos

(FERREIRA, 2001). Cunha & Leite (2009) ressaltam ainda que existem vários

conceitos para a percepção ambiental, mas mesmo assim todos eles citam a

relação que existe entre homem e natureza, onde cada um desses indivíduos o

percebe de uma maneira, tem seus anseios, necessidades, opiniões e ações.

Portanto, a percepção tem a ver com a interação do indivíduo e o meio

em que vive e essa interação se dá através dos órgãos do sentido, do interesse

que se tem sobre determinado assunto, do conhecimento individual, da cultura

e da ética, “fazendo com que cada pessoa tenha uma percepção diferenciada

para o mesmo objeto” (PALMA, 2005, p. 16).

A utilização de indicadores para realizar estudos de percepção da população

foi escolhida pelo fato que são uma importante ferramenta capaz de indicar “as

áreas de melhor ou pior performance relativa, apontar tendências e chamar a

atenção para pontos fracos” (BRAGA et al., 2003, p. 7). Além disso, as

informações obtidas podem ser utilizadas como auxílio à gestão urbana, em seus

diversos subprocessos como diagnóstico, planejamento, execução e controle

(TRENTIN, 2008).

Os resultados relativos às informações pessoais dos participantes

apresentaram um nível de heterogeneidade significativo das informações sobre

os entrevistados, com variedade de faixa etária, de naturalidade e profissionais,

além de um número equilibrado dos gêneros. Das 423 pessoas que participaram

da pesquisa, 46,57% possuem ensino superior completo, 14,42% trabalham no

setor do comércio, 8,03% são estudantes e 30,88% realizam outros tipos de

atividades.

A alta amostragem alcançada na aplicação do questionário, maior do que

as 138 entrevistas determinadas inicialmente, foi responsável por diminuir o erro

máximo de estimativa que passou de 7% para 4%.

Com relação à participação da população por gênero, verificou-se um

quantitativo de mulheres cerca de 9% acima em relação à quantidade de

homens, porcentagem maior do que a verificada no último censo do IBGE em

2010, onde a população residente de mulheres de aproximadamente 4,9% maior

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94

do que a quantidade de homens, que corresponde a uma diferença de 5303

pessoas para toda a cidade. Além disso, apenas 1% dos moradores fixos que

responderam o questionário não colocaram o gênero.

Em relação a faixa etária, a pesquisa abrangeu pessoas maiores de 18

anos sem limite de idade e os períodos foram divididos por décadas a partir dos

20 até 60 anos, períodos nos quais houve uma certa homogeneidade na

quantidade de pessoas para cada faixa etária. No entanto, participantes da

pesquisa que possuíam de 18 a 20 anos representaram apenas 5% do total, os

com mais de 60 anos foram 9% e apenas 4% não discriminaram a idade. O

Gráfico 4 representa esses valores.

Gráfico 4 – Faixa etária dos entrevistados

Com relação ao local de nascimento dos entrevistados, 48% são do

estado de Santa Catarina com 20% destes nascidos em Balneário Camboriú e

os demais são naturais principalmente do Rio Grande do Sul, Paraná e São

Paulo. A quantidade de pessoas residentes de outros locais, incluindo estados

e países, e que não responderam a essa pergunta, foram ambas de 7%. O

Gráfico 5 demonstra esses dados.

Gráfico 5 - Local de nascimento dos entrevistados

5%

21%

20%

21%

20%

9%4%

Idade

Até 20

De 21 a 30

De 31 a 40

De 41 a 50

De 51 a 60

Mais de 60

48%

19%

6%

13%

7%7%

Local de Nascimento

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

São Paulo

Paraná

Outros locais

Não responderam

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95

A classificação final de QAU para cada tema foi baseada nos critérios

apresentados anteriormente na metodologia e os resultados podem ser

observados na Figuras 15.

Figura 15 - Mapa de qualidade para cada tema analisado

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96

Os mapas de qualidade individuais para cada tema são encontrados no

Apêndice 06. Observa-se que não houve classe de qualidade “Excelente” e nem

“Péssimo” para nenhum dos temas analisados.

2.3.1 Análise dos Setores Geográficos

Setor Avenida Atlântica

Para o Setor Avenida Atlântica, a média dos indicadores de QAU resultou

em 8% dos entrevistados considerando o local excelente, 37% bom, 31%

regular, 15% ruim e 9% consideraram péssima, sendo o local com maior

porcentagem de classificação excelente e bom, totalizando 45%.

As maiores médias foram alcançadas pelos temas Conforto Ambiental e

Infraestrutura Urbana com os valores de 3,54 e 3,45 respectivamente, devido

tanto à proximidade com o mar, às belas paisagens naturais e o bem-estar que

esses elementos provocam ao homem como também pelo fato de ser a avenida

que contorna toda a orla da região da Praia Central, recebendo constantes

investimentos em infraestrutura para continuar atraindo turistas o ano todo. Já a

menor média alcançada foi para o tema Áreas Verdes com um valor de 2,90

onde, apesar do contato próximo com a natureza, houve um processo de

verticalização da orla que foi tomando pouco a pouco a paisagem natural.

A Figura 16 apresenta um trecho do Setor Avenida Atlântica em que é

possível observar as características cênicas da paisagem, a verticalização da

orla e infraestruturas como quiosques, restaurantes, ciclofaixa entre outros.

Figura 16 - Imagem do Setor Avenida Atlântica Fonte: Google Street View

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97

A média final de QAU para este setor resultou em 3,18, sendo esta a maior

média entre todos os setores analisados. O Gráfico 6 representa a porcentagem

das classes de qualidade citadas.

Gráfico 6 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Avenida Atlântica

Setor Avenida Brasil

Para o Setor Avenida Brasil, a média dos indicadores de QAU resultou em

6% dos entrevistados considerando o local excelente, 31% bom, 32% regular,

17% ruim e 14% consideraram péssima.

As maiores médias foram alcançadas pelos temas Infraestrutura Urbana

e Infraestrutura Social e Cultural com os valores de 3,29 e 3,25 respectivamente,

por ser uma avenida de importante rota veicular e também com um comércio

fortemente ativo e abrangendo os mais diversos segmentos e infraestruturas que

se necessite. Já a menor média alcançada foi para o tema Áreas Verdes com

um valor de 2,47, sendo inferior ao valor encontrado para o setor Avenida

Atlântica citado anteriormente já que a área edificada desta região é maior,

abrangendo os dois lados da avenida. Estas características podem ser

observadas através da Figura 17 que apresenta um trecho do Setor Avenida

Brasil.

8%

37%

31%

15%

9%

Setor Avenida Atlântica

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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98

Figura 17 - Imagem do Setor Avenida Brasil Fonte: Google Street View

A média final de QAU para este setor resultou em 2,96. O Gráfico 7

representa a porcentagem das classes de qualidade citadas.

Gráfico 7 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Avenida Brasil

Setor Avenida Central

Para o Setor Avenida Central, a média dos indicadores de QAU resultou

em 6% dos entrevistados considerando o local excelente, 34% bom, 25%

regular, 21% ruim e 14% consideraram péssima, sendo o local com a maior

porcentagem de classificações entre ruim e péssima, totalizando 35%.

A maior média foi alcançada pelo tema Infraestrutura Urbana com o valor

de 3,41, a segunda maior média encontrada para este tema, perdendo somente

para o Setor Avenida Atlântica. Esse resultado ocorreu devido às formas de

colonização urbana do município, iniciando por estes dois setores que

desenvolveram uma sólida infraestrutura para atender a população que ali se

fixava. Já as menores médias alcançadas foram para o indicador Balneabilidade

com 1,78, a menor nota entre todos os indicadores e para toda a região de

estudo, e para os temas Áreas Verdes seguido de Mobilidade Urbana com os

6%

31%

32%

17%

14%

Setor Avenida Brasil

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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99

valores de 2,36 e 2,62 respectivamente, os menores alcançados por ambos os

temas.

A Figura 18 apresenta um trecho do Setor Avenida Central onde é

possível observar elementos de infraestrutura como comércio forte, qualidade de

pavimentação das vias, placas informativas entre outros itens, além da

precariedade de áreas verdes devido à urbanização.

Figura 18 - Imagem do Setor Avenida Central Fonte: Google Street View

A mobilidade urbana prejudicada, principalmente nos horários de pico,

ocorre pelo fato da Avenida Central ser uma importante rota de acesso a outras

ruas e avenidas da região da Praia Central, faltando uma melhor fluidez no

trânsito já que nos dez últimos anos a frota de veículos quase dobrou na cidade

(DETRAN, 2017). O setor apresenta ainda problemas com acessibilidade, falta

de ciclofaixa e de melhorias nas linhas de transporte público.

A média final de QAU para este setor resultou em 2,93. O Gráfico 8

representa a porcentagem das classes de qualidade citadas.

Gráfico 8 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Avenida Central

Setor Avenida do Estado

6%

34%

25%

21%

14%

Setor Avenida Central

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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100

Para o Setor Avenida do Estado, a média dos indicadores de QAU

resultou em 5% dos entrevistados considerando o local excelente, 37% bom,

32% regular, 18% ruim e 8% consideraram péssima, sendo o segundo setor com

a maior porcentagem de classificações excelente e bom totalizando 42% e

também o segundo setor apresentando a menor porcentagem de classificação

ruim e péssimo com 26%, perdendo apenas para o Setor Avenida atlântica

nesses dois quesitos.

As maiores médias foram alcançadas pelos temas Infraestrutura Urbana

e Conforto Ambiental com valor de 3,25 seguido do tema Áreas Verdes com a

maior nota para o tema dentre todos os demais setores, com valor de 3,22.

Esta é uma avenida que oferece acesso direto à cidade de Itajaí com um

tráfego diário intenso, portanto, possui boas condições de pavimentação das

vias, iluminação pública, comércio entre outros. A média elevada, quando

comparado a outros setores, do tema Conforto Ambiental surge por ser uma área

mais afastada da intensa movimentação turística que acontece nas regiões mais

próximas ao mar, onde problemas relacionados à poluição visual, conforto

térmico e acústico e de qualidade do ar são mais recorrentes.

A menor média alcançada para o setor foi para o tema Mobilidade Urbana

com um valor de 2,92, com ocorrência de congestionamentos em determinados

períodos do dia principalmente pela quantidade de moradores que se deslocam

para trabalharem em locais e cidades próximas. Essas características podem ser

observadas através da Figura 19 que apresenta um trecho do Setor Avenida do

Estado.

Figura 19 - Imagem do Setor Avenida do Estado Fonte: Google Street View

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101

A média final de QAU para este setor resultou em 3,12. O Gráfico 9

representa a porcentagem das classes de qualidade citadas.

Gráfico 9 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Avenida do Estado

Setor Norte

Para o Setor Norte, a média dos indicadores de QAU resultou em 5% dos

entrevistados considerando o local excelente, 33% bom, 32% regular, 17% ruim

e 13% consideraram péssima.

As maiores médias foram alcançadas pelos temas Conforto Ambiental e

Infraestrutura Social e Cultural com os valores de 3,36 e 3,21 respectivamente,

por ser um local próximo às áreas verdes, ao mar e também dispõe de serviços

essenciais como escolas e hospitais. Além disso, este setor possui atrativos de

lazer como o Morro do Careca que oferece voo duplo de parapente e o Deck do

Pontal Norte onde é possível fazer uma caminhada através das Praias “do

Canto” e “do Buraco”, entre outros. Já as menores médias alcançadas foram

para Saneamento com valor de 2,76, o setor com menor média encontrada para

o tema, seguido do Áreas Verdes com valor de 2,74.

O problema relacionado ao saneamento decorre da poluição do Canal do

Marambaia, responsável pelo escoamento de águas pluviais de grande parte da

região da Praia Central, onde somente no início de 2016 foram encontrados e

lacrados 45 pontos de despejo de esgoto de ligações irregulares (BALNEÁRIO

CAMBORIÚ, 2016), levando água contaminada a desembocar no Setor Norte,

causando odor e qualidade imprópria da água para banho, como pode ser

observado na Figura 20.

5%

37%

32%

18%

8%

Setor Avenida do Estado

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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102

Figura 20 - Despejo de esgotos irregulares no Setor Norte

A média final de QAU para este setor resultou em 3,00. O Gráfico 10

representa a porcentagem das classes de qualidade citadas.

Gráfico 10 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Norte

Setor Avenida Sul

Para o Setor Sul, a média dos indicadores de QAU resultou em 5% dos

entrevistados considerando o local excelente, 35% bom, 28% regular, 18% ruim

e 11% consideraram péssima.

A maior média foi alcançada pelo tema Conforto Ambiental com valor de

3,49 sendo a segunda maior média para este tema entre todos os setores

analisados. Já as menores médias alcançadas foram para Infraestrutura Social

com valor de 2,80, sendo o setor com a menor média encontrada para o tema

seguido do Áreas Verdes com o valor de 2,93.

Esses resultados ocorrem devido ao fato de além de ser um local próximo

ao Rio Camboriú e vegetações, é o setor com a menor densidade demográfica

5%

33%

32%

17%

13%

Setor Norte

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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103

entre os locais estudados, estando entre 20 e 8850 habitantes/km² (BALNEÁRIO

CAMBORIÚ, 2014), apresentando um melhor o conforto ambiental referente aos

ruídos, qualidade do ar, conforto térmico e visual entre outros. No entanto,

apesar de estar próximo da Marina e atividades de lazer como Bondinho Aéreo,

Barco Pirata, Passarela da Barra e Molhe, como pode ser observado na Figura

21, as infraestruturas como hospitais, escolas e acesso a serviços culturais

receberam notas baixas quando comparadas a outros indicadores analisados,

por estarem mais distantes o que gera uma necessidade de deslocamento maior.

Figura 21 – Atrativos turísticos do Setor Sul

A média final de QAU para este setor resultou em 3,11. O Gráfico 11

representa a porcentagem das classes de qualidade citadas.

Gráfico 11 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Sul

Setor Central 1

Para o Setor Central 1, a média dos indicadores de QAU resultou em 6%

dos entrevistados considerando o local excelente, 33% bom, 32% regular, 20%

ruim e 9% consideraram péssima.

8%

35%

28%

18%

11%

Setor Sul

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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104

As maiores médias foram alcançadas pelos temas Infraestrutura Urbana

e Conforto Ambiental com os valores de 3,36 e 3,27 respectivamente, devido a

sua localização e proximidade com os setores Avenida Atlântica e Avenida

Brasil, locais que receberam boas notas para esses temas. Já a menor média

alcançada foi para o tema Áreas Verdes com um valor de 2,37, sendo o segundo

menor valor encontrado para o tema, inferior somente ao Setor Avenida Central

por ser uma área densamente verticalizada e urbanizada, com deficiência de

elementos naturais e predomínio de elementos artificiais, como pode ser

observado através da Figura 22.

Figura 22 - Verticalização característica do Setor Central 1 Fonte: Google Street View

A média final de QAU para este setor resultou em 3,01. O Gráfico 12

representa a porcentagem das classes de qualidade citadas.

Gráfico 12 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Central 1

Setor Central 2

Para o Setor Central 2, a média dos indicadores de QAU resultou em 6%

dos entrevistados considerando o local excelente, 32% bom, 32% regular, 18%

ruim e 12% consideraram péssima.

6%

33%

32%

20%

9%

Setor Central 1

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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105

As maiores médias foram alcançadas pelos temas Infraestrutura Urbana

e Infraestrutura Social e Cultural com os valores de 3,26 e 3,19 respectivamente

devido também à sua localização entre os setores Avenida Brasil e Avenida do

Estado/Terceira Avenida, com boas médias para energia elétrica, iluminação

pública, comércio entre outros indicadores. Já a menor média alcançada foi para

o tema Áreas Verdes com um valor de 2,43, um pouco acima do valor encontrado

para o Setor Central 1, onde ainda é possível observar mais frequentemente

árvores, casas com jardins e terrenos sem edificações, como é apresentado na

Figura 23.

Figura 23 - Imagem do Setor Central 2 Fonte: Google Street View

A média final de QAU para este setor resultou em 2,96. O Gráfico 13

representa a porcentagem das classes de qualidade citadas.

Gráfico 13 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Central 2

Setor Central 3

Para o Setor Central 3, a média dos indicadores de QAU resultou em 7%

dos entrevistados considerando o local excelente, 29% bom, 30% regular, 20%

ruim e 14% consideraram péssima, sendo o segundo setor com a maior

6%

32%

32%

18%

12%

Setor Central 2

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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106

porcentagem de ruim e péssimo com 34%, atrás somente do Setor Avenida

Central.

A maior média alcançada foi pelo tema Conforto Ambiental com o valor de

3,23 por ser um local tranquilo, sem as agitações dos setores localizados mais

próximos à Praia Central. Já a menor média alcançada foi para o tema Áreas

Verdes com um valor de 2,67. Além disso, foi o setor que apresentou a menor

média para o tema Limpeza Pública Urbana devido às baixas notas obtidas

relativas à limpeza das vias e calçadas, quantidade e qualidade insuficiente de

lixeiras, precariedade na coleta dos resíduos sólidos domiciliares entre outros.

Esse problema pode ser observado através da Figura 24 que apresenta

um trecho do Setor Central 3 onde parte das calçadas aparecem tomadas por

folhas de árvores e entulhos, além de residências que não tiveram seu lixo

coletado.

Figura 24 - Precariedade da Limpeza Pública Urbana no Setor Central 3 Fonte: Google Street View

A média final de QAU para este setor resultou em 2,92, sendo o setor que

apresentou a pior classificação, já que obteve a menor nota entre todos os

setores para o tema Limpeza Pública Urbana e os demais temas alcançaram

valores geralmente abaixo da média.

O Gráfico 14 representa a porcentagem das classes de qualidade citadas.

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107

Gráfico 14 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Central 3

Setor Terceira Avenida

Para o Setor Terceira Avenida, a média dos indicadores de QAU resultou

em 8% dos entrevistados considerando o local excelente, sendo o setor com a

maior porcentagem para esta classe juntamente com o Setor Avenida Atlântica,

além dos 32% que consideraram bom, 32% regular, 15% ruim e 13% péssimo.

As maiores médias foram alcançadas para Limpeza Pública Urbana, a

maior média alcançada para este tema com valor de 3,38 seguido do tema

Infraestrutura Urbana com valor de 3,23, já que se desenvolveu com um

comércio diversificado recebendo investimentos em sua infraestrutura para

manter esse padrão, além de também ser uma importante rota para outros locais

da cidade e municípios arredores. Já as menores médias alcançadas foram para

os temas Áreas Verdes e Infraestrutura Social e Cultural os valores de 2,61 e

2,89 respectivamente, este último devido à precariedade principalmente em

serviços de saúde, culturais e de lazer, os quais receberam as menores médias.

A Figura 25 que apresenta um trecho do Setor Terceira Avenida em que

é possível observar características relativas à qualidade e limpeza das vias e

calçadas, comércio, placas informativas entre outros itens que conferiram notas

elevadas para o tema Limpeza Pública Urbana e Infraestrutura Urbana, além de

mostrar também o déficit de Áreas Verdes no local.

7%

29%

30%

20%

14%

Setor Central 3

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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108

Figura 25 - Imagem do Setor Central 3 Fonte: Google Street View

A média final de QAU para este setor resultou em 3,05. O Gráfico 15

representa a porcentagem das classes de qualidade citadas.

Gráfico 15 - Percentual das classes de qualidade para o Setor Terceira Avenida

2.3.2 Análise da QAU para a região da Praia Central de Balneário

Camboriú

O resultado da aplicação do questionário para a população residente fixa

da região da Praia Central de Balneário Camboriú, resultou numa pontuação

média para cada indicador relativo a cada setor analisado.

No geral, as melhores classificações foram alcançadas pelos temas

Conforto Ambiental, Infraestrutura urbana, Limpeza Pública Urbana e

Infraestrutura Social e Cultural com médias de 3,27, 3,26, 3,08 e 3,08

respectivamente. Em seguida ficaram os temas Saneamento com 2,98,

Mobilidade Urbana com 2,93 e Praia com 2,92 pontos. O tema Áreas Verdes

obteve média de 2,67, a menor entre todos os temas analisados.

8%

32%

32%

15%

13%

Setor terceira Avenida

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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109

A Tabela 11 apresenta as médias para cada tema de acordo com cada

setor analisado.

Tabela 11 - Médias calculadas para cada tema de acordo com cada setor analisado

Infraestrutura Urbana

Áreas Verdes

Praia Saneamento Limpeza Pública Urbana

Conforto Ambiental

Mobilidade Urbana

Infraestrutura Social e Cultural

Setor Avenida Atlântica

3,45 2,90 2,99 2,99 3,18 3,54 3,20 3,16

Setor Avenida

Brasil 3,29 2,47 2,79 2,880 2,89 3,19 2,93 3,25

Setor Avenida Central

3,41 2,36 2,75 2,85 3,19 3,00 2,62 3,25

Setor Avenida do

Estado 3,25 3,22 2,96 3,12 3,09 3,25 2,92 3,14

Setor Norte 3,18 2,74 2,88 2,76 2,97 3,36 2,87 3,21

Setor Sul 3,10 2,93 3,04 3,02 3,33 3,49 3,19 2,80

Setor Central 1

3,36 2,37 2,98 3,06 3,07 3,27 3,07 2,93

Setor Central 2

3,26 2,43 2,92 2,92 2,99 3,16 2,87 3,19

Setor Central 3

3,08 2,67 2,90 3,00 2,75 3,23 2,70 3,01

Setor Terceira Avenida

3,23 2,61 2,96 3,20 3,38 3,22 2,96 2,89

Com base nos resultados médios obtidos, os setores foram classificados

em uma das cinco classes de qualidade de acordo com a média que obteve para

cada tema relativo à QAU, como descrito na metodologia.

Por apresentar as médias mais baixas, o tema Áreas Verdes foi o único

que obteve a classe de qualidade “Ruim” para alguns setores, que são Avenida

Brasil, Avenida Central, Central 1 e Central 2. Isso ocorre pelo fato da região

analisada ser intensamente urbanizada e verticalizada, com supressão da

vegetação para a instalação de novas construções. De acordo com Pina &

Santos (2012), isso prejudica a qualidade ambiental e consequentemente a de

vida, já que as oportunidades de recreação, lazer, descanso e contemplação da

paisagem relacionadas ao ambiente natural ficam comprometidas.

Quanto mais o adensamento urbano se faz presente, maiores os

problemas ambientais encontrados, que muitas vezes são de difícil reparação. A

população passa a sentir na pele os efeitos que o crescimento a qualquer custo

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110

causa não só no meio ambiente, mas também em sua qualidade de vida que se

torna prejudicada (MINAKI & AMORIM, 2007).

No entanto, dois temas alcançaram a classe de qualidade “Bom” para a

área de estudo: Conforto Ambiental por meio dos setores Avenida Atlântica e Sul

pela proximidade com o mar, contato com a natureza e diversas opções de lazer;

e Infraestrutura Urbana nos setores Avenida Atlântica e Avenida Central.

A infraestrutura urbana é garantia do atendimento das necessidades

básicas e da qualidade de vida da população (ARAÚJO & CÂNDIDO, 2015).

Assim, por serem locais onde inicialmente Balneário Camboriú se desenvolveu

e apresentando um elevado fluxo de pessoas, tanto o Setor Avenida Atlântica

como o Setor Avenida Central apresentam uma infraestrutura urbana sólida,

fortalecida, no intuito de continuar atraindo turistas e atendendo os anseios da

população.

Todos os demais setores foram classificados como “Regular”, onde

“Regular+” representa o setor com a maior média para determinado tema e

“Regular-“ o setor com a menor média. Essa classificação pode ser observada

na Tabela 12.

Tabela 12 - Classes de qualidade alcançadas para cada tema e de acordo com cada setor analisado

Infraestrutura Urbana

Áreas Verdes

Praia Saneamento Limpeza Pública Urbana

Conforto Ambiental

Mobilidade Urbana

Infraestrutura Social e Cultural

Setor Avenida Atlântica

Bom Regular Regular Regular Regular Bom Regular+ Regular

Setor Avenida

Brasil Regular Ruim Regular Regular Regular Regular Regular Regular+

Setor Avenida Central

Bom Ruim Regular- Regular Regular Regular- Regular- Regular+

Setor Avenida do

Estado Regular Regular+ Regular Regular Regular Regular Regular Regular

Setor Norte Regular Regular Regular Regular- Regular Regular+ Regular Regular

Setor Sul Regular Regular Regular+ Regular Regular Bom Regular Regular-

Setor Central 1

Regular+ Ruim Regular Regular Regular Regular Regular Regular

Setor Central 2

Regular Ruim Regular Regular Regular Regular Regular Regular

Setor Central 3

Regular- Regular Regular Regular Regular- Regular Regular Regular

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111

Setor Terceira Avenida

Regular Regular- Regular Regular+ Regular+ Regular Regular Regular

A Tabela 13 mostra os valores de QAU alcançados pela média das notas

de cada tema analisado. O Setor Avenida Atlântica recebeu a melhor média entre

os setores, enquanto o Setor Central 3 ficou com a pior classificação, mas com

valor muito próximo ao Setor Avenida Central, mostrando que este local também

possui maiores deficiências em relação à QAU quando comparado aos demais

setores analisados.

Tabela 13 - Média final de Qualidade Ambiental Urbana - QAU para cada setor analisado

Média Final de QAU

Nome do Setor

3,18 Setor Avenida Atlântica 2,96 Setor Avenida Brasil 2,93 Setor Avenida Central

3,12 Setor Avenida do Estado

3,00 Setor Norte 3,11 Setor Sul 3,01 Setor Central 1 2,97 Setor Central 2 2,92 Setor Central 3 3,05 Setor Terceira Avenida

Apesar de obter média “Regular” para todos os setores analisados na

região da Praia Central, o município de Balneário Camboriú é o único do país a

receber a condição “Muito Bom” em relação à Infraestrutura Urbana do Índice de

Bem-Estar Urbano dos Municípios Brasileiros – IBEU-Municipal, pesquisa

realizada pelo Observatório das metrópoles em 2016, e necessária ao ideal

funcionamento de uma localidade. Além desse índice, Balneário Camboriú está

como o 4º município brasileiro com melhor qualidade de vida e em 2º lugar no

ranking estadual, com um IDH-M de 0,854, considerado muito alto (PNUD,

2013).

O IBEU-Municipal levou em conta dos dados do Censo Demográfico de

2010 do IBGE e contemplou sete indicadores: iluminação pública, pavimentação,

calçada, meio-fio/guia, bueiro ou boca de lobo, rampa para cadeirantes e

logradouros. Para o cálculo do IBEU-Municipal, todos os indicadores receberam

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112

o mesmo peso por considerar que são de mesma importância para garantia do

bem-estar humano e seu resultado foi classificado numa escala de zero a um,

onde Balneário Camboriú obteve a pontuação 0,926, a maior entre todas as

cidades brasileiras analisadas.

Além da Infraestrutura Urbana, outras dimensões compõem o IBEU, como

Mobilidade Urbana, Condições Ambientais Urbanas, Condições Habitacionais

Urbanas E Atendimento De Serviços Coletivos Urbanos, onde Balneário

Camboriú ficou na 14º posição no ranking geral do Brasil e em 1º no estado de

Santa Catarina.

A divergência de resultados entre a Infraestrutura Urbana da QAU e do

IBEU-Municipal foi ocasionada por diversos fatores. O primeiro se relaciona com

a dimensão da área de estudo, pois a QAU foi aplicada somente para a região

da Praia Central de Balneário Camboriú, diferentemente do IBEU-Municipal que

contemplou todo o município. O segundo fator se relaciona com os indicadores

escolhidos para compor o tema Infraestrutura Urbana, em sua maioria, diferentes

nas duas análises, que para a QAU foram definidos como: qualidade da energia

elétrica, iluminação pública, fiação de rua, pavimentação das vias, estado das

calçadas, comércio, segurança pública, serviços de informações e quantidade

de placas informativas. Outro fator significativo na divergência de resultados,

quando se compara duas análises, tem a ver com a metodologia utilizada, pois

o QAU utiliza a percepção da população enquanto o IBEU-Municipal adotou os

números fornecidos pelo IBGE que foram registrados pelos agentes censitários

em 2010, onde além da metodologia de coleta de dados, a diferença nas datas

de coleta de dados também pode ter exercido influência na classificação final do

tema Infraestrutura Urbana.

Como afirmam Palma (2005) e Marenzi & Guerra (2001), a percepção da

população tem a ver com sua interação com o meio através tanto dos órgãos do

sentido como também pelo seu interesse em determinadas questões, seu

conhecimento, sua cultura, pelo modo como percebem e assimilam as mais

diversas situações. Por isso, cada indivíduo irá sentir e responder de forma

diferente às questões que envolvem o ambiente urbano.

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113

A percepção diferenciada de cada indivíduo é uma metodologia eficaz de

análise pois permite se conhecer como o homem se relaciona com o meio em

que vive, exprimindo suas satisfações e decepções (FERNANDES et al, 2004).

No entanto, quando o objetivo é analisar a qualidade de um determinado local,

há uma necessidade de participação de um número adequado de pessoas para

evitar erros de tendência no resultado final.

O estudo da QAU da região da Praia Central de Balneário Camboriú,

através da aplicação de um número elevado de questionários (423) e superior

ao inicialmente proposto (138) para avaliar a percepção da população, permitiu

uma consistência maior em seu resultado final, onde toda a região foi classificada

como “Regular”. Dentro desta classe, a maior média ficou para o Setor Avenida

Atlântica, e a pior para o Setor Central 3, sendo estes os locais mais próximos e

mais afastados da orla, respectivamente.

O mapa da classificação da QAU para o local pode ser observado através

da Figura 26.

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114

Figura 26 - Mapa final de QAU para a região da Praia Central de Balneário Camboriú

2.4 CONCLUSÃO

Sendo os indicadores de QAU instrumentos fundamentais para avaliar

determinado fenômeno e suas tendências e progressos ao longo dos anos

(BRASIL, 2012), sua utilização foi útil para que se tornasse possível estabelecer

as relações entre as principais pressões e impactos no âmbito da Praia Central

de Balneário Camboriú a partir da percepção da população residente fixa.

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115

Como cada indivíduo responde de maneira diferente à uma mesma

situação, a quantidade de questionários aplicados, superior à quantidade mínima

calculada, auxiliou na minimização dos possíveis erros e tendências do resultado

final da pesquisa, garantindo um mapeamento fiel da percepção da população

residente fixa em relação à QAU de cada setor estudado.

Quanto aos resultados, observou-se uma maior insatisfação com o tema

Áreas Verdes que obteve as menores médias para a maioria dos setores, sendo

o único a apresentar a classe de qualidade “Ruim”. Essa classificação foi

alcançada pelos setores Avenida Brasil, Avenida Central, Central 1 e Central 2

que são os locais mais densamente urbanizados e verticalizados da região.

A qualidade da Praia alcançou o menor resultado no Setor Avenida

Central considerado o “coração da cidade” com uma das maiores densidades

populacionais de Balneário Camboriú principalmente nos períodos de férias e

feriados onde o número de turistas na cidade aumenta consideravelmente,

causando uma sobrecarga neste local. Já a maior nota para o mesmo setor ficou

para a Infraestrutura Urbana, a segunda maior média obtida para este tema.

Em relação ao Saneamento, a menor média apresentada foi pelo Setor

Norte, onde a população exprime um desconforto principalmente com relação ao

odor e qualidade de água, além do fato do Canal do Marambaia ainda possuir

ligações irregulares de esgoto que são canalizadas diretamente nesta região da

Praia Central.

A Mobilidade Urbana recebeu as piores médias para o Setor Norte e

também para as avenidas de tráfego intenso de veículos como Setor Avenida

Central que recebeu a pior média para o tema, e Setores Avenida Brasil, Avenida

do Estado e Terceira Avenida. Os moradores alegam que deveria haver mais

rotas e horários disponíveis já que para quem não mora na Avenida Atlântica ou

Avenida Brasil, muitas vezes necessitam recorrer a táxis ou moto-táxis pela

demora ou falta de linhas para os demais locais da cidade. No entanto, a maior

média para este tema foi recebida pelo Setor Avenida Atlântica, que também

recebeu a maior nota nos temas Infraestrutura Urbana e Conforto Ambiental,

sendo o único setor que apresentou a classe de qualidade “Bom” para mais de

um tema.

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116

Outros setores que obtiveram uma classe de classificação “bom” foram o

Setor Avenida Central para o tema Infraestrutura Urbana e o Setor Sul para o

tema Conforto Ambiental.

No caso da Infraestrutura Social e Cultural, dois setores empataram com

as melhores médias para o tema, sendo eles os setores Avenida Brasil e Avenida

Central, apontando como locais estratégicos para o desenvolvimento da saúde,

educação, cultura e lazer dos cidadãos. O mesmo não pode ser dito do Setor Sul

que apresentou a pior média para o tema.

Para a Limpeza Pública Urbana, a melhor e pior média foram para os

setores Terceira Avenida e Central 3 respectivamente, mostrando que mesmo

por sua localização próxima, os setores não são contemplados com a mesma

igualdade de investimentos, faltando lixeiras em quantidade e qualidade além de

limpeza das ruas e calçadas adequadas.

A média geral dos temas analisados resultou na QAU da região da Praia

Central de Balneário Camboriú, onde todos os setores foram classificados como

“Regular”, mas a maior média ficou para o Setor Avenida Atlântica, com boas

notas para todos os temas, e a pior média ficou para o setor Central 3, mostrando

como essa qualidade vai diminuindo à medida que as regiões se afastam da orla.

Na classificação geral dos temas, a Infraestrutura Urbana foi a que obteve

a segunda maior média entre todos os temas analisados, com uma diferença de

0,01 para a maior média alcançada que foi pelo tema Conforto Ambiental, por

ser uma região de Praia onde as pessoas buscam o bem-estar e qualidade de

vida aliado às belas paisagens, boas condições de temperatura e ar fresco, entre

outros.

A partir de todos os resultados gerados por essa pesquisa que envolveu

a percepção da população residente da área de estudo, pode-se considerar a

metodologia adequada por ter conseguido alcançar os objetivos propostos. Além

disso, as informações geradas se mostraram como uma importante ferramenta

que deve ser aliada aos projetos de tomada de decisões do município de

Balneário Camboriú, pois com essas informações é possível compreender como

a comunidade avalia a região da Praia Central frente as mais diversas questões.

Pretende-se assim que essas informações cheguem a órgãos públicos

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117

municipais onde poderá ser feita uma avaliação das potencialidades e dos

problemas apontados no meio ambiente urbano, auxiliando nas tomadas de

decisões mais adequadas para a cidade e consequentemente para a qualidade

ambiental e de vida da população.

2.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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120

CAPÍTULO 3

ANÁLISE DAS RELAÇÕES ENTRE A QUALIDADE AMBIENTAL URBANA E

A VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA NA REGIÃO DA PRAIA CENTRAL DE

BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC

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121

RESUMO

O presente capítulo investigou e analisou as relações existentes entre a

Qualidade Ambiental Urbana (QAU) e a valorização imobiliária que ocorreu na

região da Praia Central de Balneário Camboriú. Para tanto, foi utilizado um

levantamento bibliográfico do histórico do desenvolvimento do município e

evolução de suas leis, análise da QAU do local por meio da percepção da

população residente fixa, além de dados de anúncios de venda de imóveis na

região. A pesquisa revelou que a legislação urbana teve papel significativo no

processo de valorização imobiliária quando aprovou índices urbanísticos cada

vez maiores e instrumentos como a Outorga Onerosa, promovendo a

verticalização na região. Nesse cenário, quanto mais próximos os setores

analisados se encontravam do mar, maior a valorização imobiliária, que diminuía

à medida que os setores se aproximavam da planície. Esses processos tiveram

relação direta com a QAU, que apesar de obter classificação “Regular” para toda

a região analisada, foi possível observar que as regiões que apresentaram maior

valorização foram aquelas que alcançaram as maiores médias de QAU. Por ser

um estudo pioneiro, os resultados encontrados servem como instrumento de

tomada de decisão na Administração Municipal para promoção de um melhor

ordenamento territorial e desenvolvimento sustentável, através da melhor

compreensão do ambiente urbano.

Palavras-chave: Balneário Camboriú, Qualidade Ambiental Urbana,

valorização imobiliária

ABSTRACT

This article investigated and analyzed the relationship between the Urban

Environmental Quality (UEQ) and the real estate valuation that occurred in the

region of Balneário Camboriú 's Central Beach. For this purpose, a bibliographic

survey of the municipality development history and the evolution of its laws, local

UEQ analysis through the perception of the fixed resident population, as well as

data of real estate for sale ads in the region were used. The research revealed

that urban legislation played a significant role in the real estate valuation process

when it approved ever-increasing urbanization rates and instruments such as the

Onerous Grant, promoting the verticalization in the region. In this scenario, the

closer the analyzed sectors were to the sea, the higher the real estate valuation,

that decreased as the sectors approached the plains. These processes had a

direct relationship with the UEQ, which, despite obtaining a "Regular"

classification for the entire analyzed region, it was possible to observe that the

regions that presented the highest value were those that reached the highest

UEQ averages. As a pioneering study, the results found will serve as a decision-

making tool in municipal management to promote better territorial planning and

sustainable development through a better understanding of the urban

environment characteristics.

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Keywords: Balneário Camboriú, real estate valuation, Urban Environmental

Quality

3.1 INTRODUÇÃO

Atualmente, há uma grande pressão exercida pelos aglomerados urbanos

no território, não só na zona costeira como também na zona litorânea, gerando

uma série de problemas de ordem ambiental e social causados pelo crescimento

populacional desordenado (ADÃO & POLETTE, 2016). Esses problemas

surgem porque a urbanização e o meio ambiente têm uma relação direta. A

concentração de pessoas e atividades produtivas com seus padrões de

consumo, necessidade de habitação e produção de rejeitos sobre um espaço

restrito, acaba gerando impactos degradadores do meio ambiente (JATOBÁ,

2011) e que vêm se agravando nos últimos anos (SILVA et al., 2014).

Além disso, o crescimento populacional nas cidades também contribui

para a valorização imobiliária, pois há uma demanda maior por habitação, onde

a “lei da oferta e da procura” aquece o setor imobiliário. No entanto, os imóveis

tendem a se desvalorizar se uma determinada região não oferecer uma

satisfatória Qualidade Ambiental Urbana (QAU).

A QAU relaciona a qualidade ambiental e de vida de uma população de

determinado local, onde o homem, por diversos fatores, é agente tanto ativo

quanto passivo nos processos de formação e degradação do ambiente urbano

(BENINI & ROSIN, 2009).

A qualidade ambiental afetando diretamente a qualidade de vida da

população, ocorre porque apesar do ser humano mudar constantemente suas

necessidades ao longo da vida, algumas destas são essenciais e não mudam

nunca, como a necessidade por ar fresco, água potável, saneamento, saúde etc.

Se esses aspectos estiverem em falta, haverá um impacto negativo no bem-estar

de uma população (NUCCI, 1999).

Segundo a ONU (2012), os problemas relacionados à QAU se

intensificam quando não há leis específicas que promovam o desenvolvimento e

crescimento urbano sustentáveis e adequados. A criação dessas leis é essencial

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123

para “disciplinar, normatizar e reduzir os impactos provocados pelo processo de

urbanização” sobre o ambiente. Além disso, devem buscar sempre a melhoria

da QAU da região (FAO, 2002). Assim, entender a evolução da legislação e o

efeito dos seus instrumentos em determinada cidade, auxilia na compreensão

das dinâmicas territoriais e suas transformações.

Um desses instrumentos é a Outorga Onerosa. Inicialmente proposta pelo

Estatuto da Cidade em 2001, permitia o aumento da área construída acima dos

índices básicos estabelecidos. Isso ocorria mediante contrapartida a ser

prestada à prefeitura para cada m² da obra excedido, e gerou um aumento das

áreas edificadas em diversas cidades do país.

No caso de Balneário Camboriú, a Outorga Onerosa foi adotada apenas

para a Avenida Atlântica, promovendo a verticalização da orla, aumento da

densidade demográfica e transformações na paisagem urbana. Além disso,

auxiliou na valorização imobiliária e influenciou a QAU do local.

Nesse sentido, o objetivo deste capítulo é investigar e analisar as relações

existentes entre duas consequências desses processos para a cidade, que são

a QAU e a valorização imobiliária, a fim de entender se as áreas mais valorizadas

são aquelas que detém melhor QAU ou não. Busca-se ainda avaliar os principais

instrumentos de gestão urbana utilizados pelas políticas públicas urbanas e a

suas relações com a valorização imobiliária e a QAU do local, reforçando a

importância de se realizar um adequado Planejamento Urbano no município

Para que isso ocorra, a investigação utilizou-se: de mecanismos de

pesquisa bibliográfica para uma investigação histórica da região de interesse,

tanto com relação à criação do município como a evolução das leis urbanas

responsáveis pelo zoneamento e uso e ocupação do solo; análise da QAU da

região da Praia Central através da percepção da população residente fixa pela

aplicação de um questionário semiestruturado contendo 49 questões relativas

aos temas Infraestrutura Urbana, Áreas Verdes, Conforto Ambiental,

Saneamento, Praia, Mobilidade Urbana e Infraestrutura Social e Cultural; e

análise da valorização imobiliária entre os anos de 2011 a 2016 realizada pela

coleta de dados referentes a anúncios de vendas de imóveis em jornais e

revistas antigos e consultas em imobiliárias.

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124

Por se tratar de um estudo inovador para a região, pretende-se que os

resultados encontrados sirvam como auxilio à tomada de decisão por gestores,

empreendedores, órgãos públicos municipais e sociedade. Estes poderão servir

para uma melhor conscientização, entendimento e planejamento do ambiente

urbano que vise um desenvolvimento sustentável e democrático, evitando erros

redundantes e promovendo as potencialidades que a região dispõe.

3.1.1 Área de Estudo

Balneário Camboriú é um município que fica no litoral Centro-Norte de

Santa Catarina e a 85km da capital do estado, Florianópolis. Sua área é de

46,238km² e possui densidade populacional estimada 2.848,89hab/km², uma

das mais elevadas de Santa Catarina (IBGE, 2017). Faz parte da mesorregião

do Vale do Itajaí e possui limite com os municípios de Itajaí ao Norte, Itapema ao

Sul e Camboriú a Oeste da planície. Possui localização privilegiada sendo

margeado pelo Oceano Atlântico e também pela rodovia BR-101, fatores

importantes para sua economia que atualmente é baseada principalmente no

turismo de sol e praia.

A Figura 27 apresenta o mapa de localização do município.

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125

Figura 27 - Mapa da localização geográfica de Balneário Camboriú

Elaborado pela autora

Os primeiros povos a habitarem o local foram os índios tupi-guaranis

desfrutando de água doce, beleza, pesca farta e todos os outros privilégios que

a Mata Atlântica disponibilizava. A colonização do local chegou por volta de 1758

com as primeiras famílias que já moravam ao redor, mas em 1826 começou-se

efetivamente a utilização da terra para cultivo e moradia e posteriormente

formou-se o “Arraial do Bom Sucesso” já com um número considerável de

famílias.

O efetivo processo de desenvolvimento ocorreu somente no final da

década de 1920, com o surgimento das primeiras casas de veraneio no centro

da Praia Central, onde os alemães da região, principalmente os vindos do Vale

do Itajaí, começaram a trazer o banho de praia como forma de divertimento que

logo foi virando hábito, algo que até então só era conhecido como forma de

tratamento medicinal ou para a pesca. Nesse período, inicia-se a colonização

voltada ao turismo que ganhava força a cada ano que se passava.

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126

Em 1964, com o desenvolvimento acontecendo e o turismo se

consolidando, ocorre a emancipação de Balneário Camboriú, cidade que

experimentou intenso crescimento demográfico em um curto período de tempo,

onde somente entre os anos de 1980 a 2016, a população passou de 21.854

para 131.727 habitantes.

Na Tabela 14 é possível observar um resumo do histórico da emancipação

e desenvolvimento de Balneário Camboriú desde sua criação, até a sua

emancipação.

Tabela 14 - Resumo histórico da emancipação e desenvolvimento de Balneário Camboriú

DATA ACONTECIMENTO HISTÓRICO

Até 1758 Os primeiros habitantes foram os índios tupi-guaranis

1758 Início da colonização pelas famílias que moravam ao redor do local

1826 Utilização da terra para cultivo e moradia no atual Bairro Pioneiros

1840 Autorizada a construção da primeira igreja que atualmente denomina-se Capela de Santo Amaro

1849 Foi fundado o Arraial de Camboriú e logo em seguida o local foi elevado à Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso

1884 Criação do Município de Camboriú

1920 Começam a se instalar as primeiras casas de veraneio

1959 Com o movimento de turistas intensificado, foi aprovado a criação do Distrito da Praia de Camboriú

1960 Consolidação da atratividade turística

1964 Criação e instalação do Município de Balneário Camboriú

1970 O turismo aparece como principal atividade econômica do município e construção da BR-101

O incremento populacional que acontecia na cidade aumentou o fluxo de

capital pelos turistas e pelas pessoas que buscavam fixar residência no local,

gerando uma valorização imobiliária devido à crescente necessidade por

habitação. Nesse momento o setor da construção civil ganha força e a

verticalização se instala na região da Praia Central, principal destino turístico do

município.

Atualmente, Balneário Camboriú apresenta-se como um município onde

sua população é oriunda dos mais diversos locais do país, trazendo suas

origens, costumes e cultura de um modo geral. Dessa maneira, torna-se difícil

encontrar nativos na cidade, pois a apropriação desse espaço pela valorização

imobiliária acabou afastando a população local de fato que não conseguiu mais

arcar com os custos dessa nova realidade (SANTOS & OLIVEIRA, 2010).

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127

O município também é considerado como a capital catarinense do turismo

(SOHN et al., 2016), possuindo ao todo dez praias no qual a mais urbanizada é

a Praia Central. Dessa maneira, a área de estudo das análises realizadas por

esta pesquisa, se restringiu à região da Praia Central de Balneário Camboriú,

cuja delimitação da área pode ser observada na Figura 28.

Figura 28 - Mapa de localização da área de estudo

3.2 MATERIAL E MÉTODOS

As etapas da metodologia utilizada foram estruturadas na forma de

fluxograma e podem ser observadas na Figura 29.

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128

Inicialmente, para melhor compreensão e discussão dos resultados, foi

realizado um levantamento bibliográfico acerca da história, formação e

desenvolvimento do município de Balneário Camboriú e das principais

legislações responsáveis por caracterizar a região da Praia Central quando

disciplinavam sobre questões como zoneamento e uso e ocupação do solo.

Em seguida, foi realizada uma análise da variação dos preços dos imóveis

que mostraram uma diferença na valorização imobiliária dos diversos setores

que compreendem a região de estudo, sendo eles:

• Setor Norte;

• Setor Sul;

• Setor Central 1 (entre a Avenida Atlântica e Avenida Brasil);

• Setor Central 2 (entre a Avenida Brasil e Terceira Avenida/Avenida do

Estado);

• Setor Central 3 (entre a Terceira Avenida e a BR-101);

• Setor Avenida Atlântica;

Análise do

desenvolvimento histórico

do município e da evolução

das leis municipais

Análise da valorização

imobiliária na região da

Praia Central nos anos de

2011 a 2016

Análise da QAU na região

da Praia Central

Contribuição das leis de zoneamento,

uso e ocupação do solo e da Outorga

Onerosa no processo de verticalização

da região

Influência da verticalização

na valorização imobiliária e

na QAU

Relação entre a valorização

imobiliária e QAU na região

da Praia Central

Contribuição das análises

para o Planejamento

Urbano por meio da

Administração Municipal

Figura 29 - Fluxograma metodológico

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• Setor Avenida Brasil;

• Setor Avenida do Estado;

• Setor Terceira Avenida;

• Setor Avenida Central.

Para coleta dos dados dos valores dos imóveis, foram consultados

revistas como “Imóveis&Cia” e sites como o “Chave Fácil”, portal criado pelo

SECOVIs – Sindicatos da Habitação de dez estados que reúne dados de

diversas imobiliárias nele cadastradas.

Com essa investigação, foram encontrados 336 anúncios de imóveis entre

os anos de 2011 a 2016. Essa data foi escolhida por ser o período mais recente

para se analisar a valorização imobiliária e por conter um número significativo de

anúncios responsáveis por gerar um resultado final consistente, já que a

quantidade de dados somente para o ano de 2016 não permitiria uma

representatividade adequada do panorama imobiliário local.

Os mesmos setores utilizados na análise dos valores dos imóveis foram

também utilizados na análise da QAU a fim de tornar possível a comparação

entre os resultados dos dois estudos, e podem ser observados na Figura 30.

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Figura 30 - Mapa de localização e delimitação dos setores

A análise da QAU foi realizada a partir da elaboração de um questionário

contendo 49 questões que compreendia os temas e seus respectivos

indicadores relacionados a seguir:

• Infraestrutura Urbana: Energia elétrica; iluminação pública; pavimentação

das vias; estado das calçadas; comércio; segurança pública; serviços de

informações; quantidade de placas informativas.

• Saneamento: Odor, coleta e tratamento do esgoto; drenagem das águas

pluviais; qualidade e disponibilidade da água.

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• Áreas Verdes: Arborização; praças e parques; manutenção de áreas

verdes em locais edificados. .

• Praia: Balneabilidade; uso e manutenção das duchas públicas; limpeza da

faixa de areia; coleta de resíduos na praia; serviço de salva-vidas; tempo

de exposição do sol; serviços de praia; qualidade ambiental geral.

• Limpeza Pública Urbana: Qualidade da limpeza pública; situação das

calçadas quanto à fezes e urinas de animais; qualidade e quantidade de

lixeiras; coleta dos resíduos sólidos; coleta seletiva.

• Conforto Ambiental: Qualidade do ar; poluição visual; conforto térmico,

acústico e visual.

• Mobilidade Urbana: Trânsito; quantidade e qualidade das ciclovias;

acessibilidade; transporte público.

• Infraestrutura Social e Cultural: Acesso e qualidade dos serviços de saúde

e educação; acesso ao lazer e a serviços culturais.

O questionário foi aplicado a 423 residentes fixos da região da Praia

Central de Balneário Camboriú e posteriormente foi realizada a média das

pontuações para cada tema, onde todos os indicadores receberam o mesmo

peso por considerar que são de igual importância para a qualidade de vida e

bem-estar da população.

Esse procedimento também foi adotado para se chegar à média final de

QAU para cada setor a ser analisado, onde a média das notas de todos os temas

resultou na pontuação responsável por caracterizar os setores através das

classes de qualidade “Excelente”, “Bom”, “Regular”, “Ruim” ou “Péssimo”.

A média das pontuações para cada indicador e para cada tema resultou

em um valor fracionado, sendo necessário uma aproximação dos valores e

divisão das classes como se segue: classe péssimo – valores de 1,00 a 1,79;

classe ruim – valores de 1,80 a 2,59; classe regular – valores de 2,60 a 3,39;

classe bom – valores de 3,40 a 4,19; classe excelente – valores de 4,20 a 5.

Por fim, com o auxílio da investigação bibliográfica que forneceu subsídios

para entender o panorama atual da região da Praia Central de Balneário

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Camboriú, foi possível cruzar as análises referentes aos valores dos imóveis e

QAU a fim de entender como elas se relacionam e o porquê isso acontece.

3.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.3.1 Evolução da legislação municipal

A valorização imobiliária que ocasionou a verticalização da região da

Praia Central de Balneário Camboriú, como é possível observar atualmente, foi

estimulada por elementos como aumento populacional, expansão urbana e

criação e evolução de Leis Municipais, principalmente as que tratam sobre o

zoneamento e disciplinam o uso e ocupação do solo.

Essas leis foram criadas a partir de 1970 a fim de estabelecer limites à

expansão e verticalização do município. Elas definiam a divisão da cidade em

zonas e estabeleciam seus respectivos Coeficiente de Aproveitamento (CA),

densidade habitacional e gabarito das edificações (número máximo de andares),

além de outros itens.

O CA é um índice que, multiplicado pela área do lote, indica a quantidade

máxima de m² que é permitido construir somando-se as áreas de todos os

pavimentos. Ele influencia diretamente na dimensão dos empreendimentos, pois

quanto maior esse índice, maior será a área edificada.

A Tabela 15 traz um resumo das principais leis e seus respectivos índices

urbanísticos responsáveis por guiar as construções regulares e revelar a

proporção da verticalização do município que foi desenvolvida ao longo do

tempo.

Tabela 15 - Evolução das leis em Balneário Camboriú

Lei Descrição CA Densidade

Habitacional (hab/ha)

Gabarito

128/1970

Institui o plano de urbanização de Balneário Camboriú e suas normas ordenadoras e disciplinadoras, e dá outras providências

1,2 234 Livre

299/1974 Institui o plano diretor do município, e dá outras providências

- - -

300/1974 Institui o código de normas e instalações municipais,

- - -

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revogando a lei nº 62/67, e dá outras providências

301/1974

Dispõe sobre o código de obras e edificações do município de Balneário Camboriú, estado de Santa Catarina, revogando a lei nº 128/70

- - -

885/1989

Cria e delimita zonas especiais para ocupação e uso do solo urbano, para efeito de edificações; dispõe sobre a regularização de edificações em situação irregular e serviços e obras que causem danos a natureza e bens públicos, e dá outras providências

6 1170 Cone de 70%

1677/1997

Dispõe sobre a alteração do zoneamento urbano, uso e ocupação do solo do município de Balneário Camboriú instituída pelas leis nº 885/89 e 990/89, e dá outras providências

2 390 Cone de 70%

2195/2002

Altera dispositivos da lei nº 1677/97 - plano diretor do município de Balneário Camboriú, e dá outras providências

3 585 Cone de 70%

2794/2008

Disciplina o uso e a ocupação do solo, as atividades de urbanização e dispõe sobre o parcelamento do solo no território do município de Balneário Camboriú

6 1170 Emb.: 16m;

Torre: cone de 70%

Fonte: Beuting & Martins (2016). Adaptado pela autora.

Com a Lei nº 885/1989, é possível observar um aumento significativo do

CA para a região central de Balneário Camboriú, passando de 1,2 para seis.

Após esse período, ocorre uma diminuição do CA que perdurou até 2008, ano

em que alcançou novamente o valor seis. Mas mesmo com esse período de

diminuição do índice, houve um grande aumento na altura e quantidade de novas

edificações e nas médias dos seus gabaritos, uma vez que muitas das áreas dos

empreendimentos deixaram de ser computadas no cálculo do CA. Assim,

permitiu que se construísse grandes empreendimentos em terrenos menores do

que era estabelecido anteriormente e consequentemente mais fáceis de se

comercializar (BEUTING & MARTINS, 2016).

Esses índices contribuíram para a evolução dos padrões construtivos na

cidade e podem ser observados na Tabela 16 que exprime o cenário da

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construção civil em Balneário Camboriú desde 1964, data da sua emancipação,

até o ano de 2016.

Tabela 16 - Cenário da construção civil em Balneário Camboriú ao longo dos anos

Período Média do Gabarito

Média de Altura (m)

Área Construída (m²)

População

1964 - 1970 8 25,82 171.250,83 ND

1971 - 1975 9 29,65 551.217,44 ND

1976 - 1980 11 33,09 1.019.831,83 21.854

1981 - 1985 9 28,09 1.283.563,44 ND

1986 - 1990 12 37,47 2.081.941,72 ND

1991 - 1995 12 37,75 2.147.085,36 40.308

1996 - 2000 13 39,77 1.286.159,83 73.455

2001 - 2005 16 48,03 1.955.222,33 ND

2006 - 2010 19 57,00 ND 108.089

2011 - 2013 22 65,09 ND ND

2016 ND ND ND 131.727

Fonte: Beuting & Martins (2016); Danielsky (2009); IBGE (2017) Organizado pela autora.

Apesar de ter ocorrido um decremento na quantidade de área construída

na cidade entre 1996-2000 e 2001-2005 em decorrência da diminuição dos CA

nesses períodos, o adensamento populacional na região sofria incremento tanto

pelo turismo de sol e praia, com pessoas buscando qualidade de vida,

tranquilidade e bem-estar, quanto pelas oportunidades de emprego geradas pelo

setor da construção civil que ganhava cada vez mais força.

Na tentativa de desacelerar o processo de adensamento populacional na

segunda menor cidade do estado de Santa Catarina, algumas medidas para

diminuir a quantidade de apartamentos e aumentar as unidades de habitação

foram tomadas, como as da Lei 2195/2002 que aumentavam os valores das

taxas que deveriam ser pagas à prefeitura e determinavam áreas mínimas das

unidades habitacionais, como aconteceu com a Avenida Atlântica, onde só era

permitido construir apartamentos acima de 90m². Isso geraria uma menor oferta

de moradia e seu valor elevado diminuiria a densidade populacional na cidade.

Porém, essa manobra só intensificou o acúmulo e concentração de renda,

principalmente nas regiões próximas ao mar que se tornaram locais ainda mais

valorizados.

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Atualmente, o uso e ocupação do solo urbano é definido pela Lei

2794/2008, onde as zonas referentes à Avenida Atlântica, entre a Avenida

Atlântica e Avenida Brasil, e entre a Avenida Brasil e Terceira Avenida/Avenida

do Estado possuem gabarito livre, sem limite de pavimentos. Essas

especificações estão elevando os padrões construtivos onde se percebe uma

corrida entre construtoras que levam seus empreendimentos cada vez mais

rumo ao céu e ao luxo.

A falta de limites à ocupação urbana promove o processo de densificação

construtiva ao longo dos eixos paralelos à orla, fazendo com que a cidade perca

sua função social que, segundo o Estatuto das Cidades, Lei 10.257 de 10 de

julho de 2001, em seu Art. 2º, define que deve haver, para todos os habitantes,

“garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra

urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao

transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e

futuras gerações”. Mas o que se observa é uma cidade que visa os interesses

privados aos da comunidade, gerando problemas ambientais e sociais que

impactam diretamente na qualidade de vida e no bem-estar da população.

A fim de mitigar esses impactos através de um ordenamento territorial

adequado, o Estatuto da cidade também estabelece diretrizes gerais da política

urbana e dá outras providências. Dentre elas, em seu Capítulo II – Dos

Instrumentos da Política Urbana – Art. 4º, temos os instrumentos que serão

utilizados para o planejamento municipal, cujo primeiro item é o Plano Diretor.

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e

expansão urbana, introduzindo “uma mudança paradigmática ao tornar os usos

coletivos e sociais preponderantes sobre os usos privados no que concerne aos

espaços públicos” (PEREIRA & MACHADO, 2008, p. 13).

Esse Plano Diretor deve ser participativo e democrático, estabelecendo

normas que regulem os interesses coletivos da comunidade, dando equidade

social, econômica e ambiental. Deve também garantir a qualidade de habitação,

saúde, lazer, mobilidade para que todos possam viver com dignidade, prevendo

melhorias diante do crescimento desordenado da cidade, procurando respostas

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alternativas aos problemas já existentes e se antecipando-se aos que possam

surgir (BARBOSA, 2010).

Portanto, a propriedade urbana cumprirá seu papel social quando atender

às exigências de ordenação da cidade expressas nesse plano, assegurando o

atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à

justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas (BRASIL, 2001).

Desse modo, as leis municipais, como é o caso do Plano Diretor, se

apresentam fundamentais para o ideal funcionamento de uma cidade e por isso

devem ser elaboradas a partir de muito estudo, com prudência e serenidade,

procurando respeitar os interesses públicos e privados sem esgotar o meio

ambiente, o que nem sempre ocorre.

Algumas exigências contidas no Plano Diretor não são cumpridas ou

executadas de forma adequada, como Costa (2015, p. 162). Segundo o autor:

“apesar de constar na maioria dos planos diretores os instrumentos de desenvolvimento do processo urbanístico delimitados pelo Estatuto da Cidade, os planos, em quase sua totalidade, não preveem a forma de concretização e aplicação desses instrumentos nos territórios municipais, o que dificulta a concretização do previsto pelo Estatuto. O que se tem, na verdade, é um grande embate entre o interesse público e privado, na medida em que a implantação de certas medidas pelos planos diretores vai contra os anseios dos proprietários fundiários. Tanto os instrumentos que buscam evitar a valorização fundiária, quanto os que tratam do parcelamento, edificação e utilização compulsória de áreas particulares não são, quase sempre, previstos pelos planos diretores, e quando o são, não se faz especificada a maneira que possibilitaria a sua real aplicação.”

3.3.2 Outorga Onerosa em Balneário Camboriú

O Estatuto das Cidades, Lei 10.257 de 10 de julho de 2001, disponibilizou

diversos instrumentos de natureza urbana para as cidades brasileiras, dentre

eles a Outorga Onerosa do Direito de Construir, ou simplesmente Outorga

Onerosa.

A Outorga Onerosa constitui-se da possibilidade de aumento da área a

ser construída acima dos limites básicos estabelecidos nos Planos Diretores

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Municipais (CA básico), mediante contrapartida prestada pelo beneficiário ao

município, podendo ser cobrado em forma de taxa, pelas prefeituras municipais,

ou ainda em bens e serviços.

A área construída que se apresenta acima dos limites básicos

estabelecidos pelos Planos Diretores é denominada “Solo Criado”. Ele

concretiza a multiplicação dos direitos sobre o solo urbano obtido através da

Outorga Onerosa e começou a ser implementado com a Lei nº 2195/2002.

Segundo (FERREIRA & MATTEDI, 2014, p. 143), a Outorga Onerosa é

um instrumento importante na organização das cidades, pois

“se tornam fontes de desenvolvimento social, sendo mecanismos de prevenção e solução de diversos problemas sociais urbanísticos, na medida em que se fundam no princípio da equidistribuição dos benefícios e ônus do processo de urbanização”.

Os problemas sociais urbanísticos são aqueles decorrentes, principalmente,

do crescimento urbano desordenado, que pode gerar falta de equipamentos e

serviços urbanos para a população e ainda elevar os valores da terra e dos

imóveis, contribuindo para a segregação socioespacial.

No entanto, Baltrusis (2006) afirma que, ao invés de conter a elevação dos

valores dos imóveis, a Outorga Onerosa se apresenta como uma espécie de

flexibilização da legislação em favor do mercado imobiliário local. Isso ocorre

porque a contrapartida a ser paga ao município aumentaria os custos de

produção, que seriam repassados ao consumidor final. Além disso, ao permitir o

aumento da área a ser construída, permite também maiores lucros por parte dos

empreendimentos privados.

Outro fator gerado pela Outorga Onerosa e que estimula a valorização

imobiliária do local é a verticalização, processo que pode ser tanto positivo

quanto negativo dependendo do modo como a cidade se desenvolve. Nesse

sentido, quanto maior o CA básico estabelecido pelas leis municipais com o

passar dos anos, mais intensa seria a verticalização pela Outorga Onerosa.

A verticalização apresenta-se positiva quando acontece de forma

organizada e ordenada, promovendo segurança, o acesso a áreas mais

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urbanizadas com serviços e equipamentos urbanos, a diminuição da

descontinuidade das atividades na cidade entre outros.

Os problemas relacionados à verticalização surgem quando esta ocorre

sem limites, visando o lucro dos empreendimentos privados em detrimento do

bem-estar da população. A verticalização passa a gerar uma sobrecarga da

infraestrutura urbana, dificultar a circulação do ar e da incidência solar, causar

microclimas urbanos e outros problemas decorrentes dos paredões de concreto

(NUCCI, 1999). Nesse momento, a QAU da região fica comprometida.

Além da Administração Municipal e dos empreendedores, o comprador do

imóvel também se torna responsável pelo processo de verticalização, pois

estimula o mercado imobiliário. Há, portanto, uma necessidade de

conscientização de todos esses agentes para controlar e planejar o

desenvolvimento das cidades e evitar problemas relacionados a esse processo,

promovendo assim um desenvolvimento urbano sustentável que garanta

qualidade ambiental e de vida da população sem prejudicar o crescimento

econômico.

Em Balneário Camboriú, a Outorga Onerosa poderia ser aplicada

somente na Avenida Atlântica, mas dependia da aprovação pelo Conselho da

Cidade ou órgão equivalente, assim como o destino da aplicação das taxas

arrecadadas com esse instrumento. Seria uma forma de compensar o município

pelos efeitos negativos das grandes edificações, com melhorias em

infraestruturas e investimentos ambientais.

Suspensa em 2016, a Outorga Onerosa contribuiu para elevar o gabarito

e a densidade das edificações no setor da Avenida Atlântica. Como

consequência, houve estímulo à verticalização e valorização imobiliária da área

que contribuiu para alterações na sua QAU.

3.3.3 Relações entre a QAU e a valorização imobiliária região da

Praia Central

Todas as particularidades e dinâmicas da região da Praia Central de

Balneário Camboriú são decorrentes de uma série de processos históricos que,

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pouco a pouco, foram transformando o ambiente da forma como o conhecemos

hoje.

Atualmente, a região da Praia Central apresenta a maior densidade

populacional do município e é altamente verticalizada possuindo nove entre os

dez prédios residenciais construídos mais altos do Brasil

(SKYSCRAPERCENTER, 2017). Além disso, somente entre os anos de 2000 e

2016, houve um aumento de 79,33% na população residente fixa, onde esta

alcança valores acima de dois milhões entre os meses de dezembro e março.

Nesse cenário, a valorização imobiliária tornou-se característica marcante

da região, mas não ocorreu de forma homogênea. Quanto mais próximo à orla,

maior a valorização. Isso acontece, além de todo processo que orientou o

desenvolvimento da região, porque os locais à beira-mar são os mais procurados

pelos turistas. Ao mesmo tempo, estes dispõem de melhor infraestrutura mais

equipamentos e serviços urbanos para atraí-los. A medida que as regiões se

afastam em direção à planície, tendem a receber uma menor atenção por parte

dos órgãos públicos.

A Tabela 17 apresenta os valores médios dos imóveis e quantidade de

anúncios encontrados para cada setor analisado.

Tabela 17 - Dados dos imóveis encontrados para a região da Praia Central de Balneário Camboriú entre os anos de 2011 a 2016.

Setores Valor médio

(R$) Quantidade de

anúncios

Setor Sul 1.391.000,00 25

Setor Av. Atlântica 1.110.183,00 65

Setor Central 1 846.957,00 23

Setor Norte 834.923,00 39

Setor 3º Avenida 615.940,00 20

Setor Central 2 587.603,00 38

Setor Av. Central 472.787,00 27

Setor Av. Brasil 454.843,00 61

Setor Central 3 304.659,00 22

Setor Av. do Estado 198.063,00 16

Para a elaboração do mapa que apresenta o ranking dos locais mais e

menos valorizados, os setores foram agrupados de acordo com sua classificação

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140

por valor médio dos imóveis. O resultado pode ser observado por meio da Figura

31.

Figura 31 - Mapa dos locais mais valorizados em Balneário Camboriú

Em primeiro lugar estão os setores Sul e Avenida Atlântica; em segundo

lugar estão os setores Central 1 e Norte; em terceiro lugar estão os setores

Terceira Avenida e Central 2; em quarto lugar estão os setores Avenida Central

e Avenida Brasil; em quinto lugar estão os setores Central 3 e Avenida do

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141

Estado. Esse resultado confirma o fato de que o primeiro e o último lugar estão

para as regiões mais próximas e mais afastadas da orla, respectivamente.

Essa valorização imobiliária desigual dos setores tem relação direta com

a QUA das áreas, pois segundo Villaça (1998, apud Scalco, 2011), elementos

como localização, equipamentos urbanos, praças, dentre outros itens, são

fatores condicionantes na estipulação dos preços dos imóveis, além de serem

indicadores de qualidade ambiental e de vida dos moradores.

Esse fato é comprovado pelo estudo da QAU da região da Praia Central

de Balneário Camboriú, que mesmo obtendo classificação “Regular” para todos

os setores analisados, os que obtiveram maior e menor nota foram o Setor

Avenida Atlântica e o Setor Terceira Avenida, como pode ser observado na

Tabela 18, condizentes com as áreas mais e menos valorizadas apresentadas

pela Figura 20.

Tabela 18 - Média final de QAU de cada setor analisado em Balneário Camboriú

Ranking

Média Final de

QAU Nome do Setor

1 3,18 Setor Avenida Atlântica

2 3,12 Setor Avenida do Estado

3 3,11 Setor Sul

4 3,05 Setor Terceira Avenida

5 3,01 Setor Central 1

6 3,00 Setor Norte

7 2,97 Setor Central 2

8 2,96 Setor Avenida Brasil

9 2,93 Setor Avenida Central

10 2,92 Setor Central 3

A média final de QAU para o Setor Avenida Atlântica alcançou 3,18, sendo

esta a avenida mais próxima à orla. Os temas que apresentaram as melhores

médias foram Conforto Ambiental, Infraestrutura Urbana, Mobilidade Urbana e

Limpeza Pública Urbana. Já os que apresentaram as piores médias foram

Infraestrutura Social e Cultural, Praia, Saneamento e Áreas Verdes.

Em último lugar no ranking de QAU ficou com o Setor Central 3, região

compreendida entre a Terceira Avenida/Avenida do Estado e a BR-101, local

mais afastado da orla, obteve média final de QAU em 2,92. Os temas que

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142

apresentaram as melhores médias foram Conforto Ambiental, Infraestrutura

Urbana, Infraestrutura Social e Cultural e Saneamento. Já os que apresentaram

as piores médias foram Praia, Limpeza Pública Urbana, Mobilidade urbana e

Áreas Verdes.

O Gráfico 16 apresenta a porcentagem de cada classe de resposta obtida

para os setores analisados e estão dispostos em ordem decrescente em relação

à média final da QAU. É possível observar que as classes “Bom” e “Regular” são

as com maiores porcentagens de resposta.

Gráfico 16 - Porcentagem das classes de respostas da QAU para cada setor analisado

Sendo o Setor Avenida Atlântica o local mais valorizado e que detém a

melhor QAU da região, a Outorga Onerosa em Balneário Camboriú foi

fundamental para esse resultado quando permitia construções além das taxas

básicas estabelecidas pelo Plano Diretor. Essas taxas se referem ao CA básico

descritos na Tabela 15.

Como esse instrumento foi aplicado somente à Avenida Atlântica, este

setor é o que concentra os edifícios mais altos da região. No entanto, as demais

áreas também se encontram verticalizadas, porém em menor escala, já que os

índices urbanísticos se intensificaram ao longo dos anos, chegando a ter gabarito

livre em determinados períodos.

7%

6%

6%

6%

5%

6%

8%

5%

5%

8%

29%

34%

31%

32%

33%

33%

32%

35%

37%

37%

30%

25%

32%

32%

32%

32%

32%

28%

32%

31%

20%

21%

17%

18%

17%

20%

15%

18%

18%

15%

14%

14%

14%

12%

13%

9%

13%

11%

8%

9%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Setor Central 3

Setor Avenida Central

Setor Avenida Brasil

Setor Central 2

Setor Norte

Setor Central 1

Setor Terceira Avenida

Setor Sul

Setor Avenida do Estado

Setor Avenida Atlântica

Excelente Bom Regular Ruim Pessimo

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143

A Figura 32 demonstra a verticalização na região da Praia Central de

Balneário Camboriú diminuindo à medida que as regiões se afastam da orla.

Figura 32 - Verticalização da Praia Central

A valorização imobiliária observada no setor Avenida Atlântica, decorrente

do instrumento Outorga Onerosa, não ocorreu somente pelo Solo Criado que

elevou os padrões construtivos e os gabaritos das edificações. O aumento nos

custos de produção, devido à contrapartida a ser paga ao município pelo direito

de construir além do CA básico, era repassado diretamente ao valor final do

imóvel. Além disso, a densidade populacional e localização são fatores que

exerceram influência nos valores mais altos dos imóveis, já que a beira-mar é

um dos locais mais atrativos da cidade.

Tanto a Outorga Onerosa na Avenida Atlântica, quanto a valorização

imobiliária que ocorria em toda a região da Praia Central, foram fatores que

estimularam a verticalização do local. Se com isso, por um lado, o Setor Avenida

Atlântica se favoreceu com infraestruturas, melhorias no trânsito, serviços e

equipamentos urbanos, por outro lado sofre efeitos negativos desse crescimento

desordenado. Há sombreamento na praia, ruído, falta de áreas verdes, entre

outros problemas que afetam a QAU.

Ainda assim, os problemas relacionados à QAU se apresentaram em

menor proporção no Setor Avenida Atlântica, local que ficou em primeiro lugar

no ranking de QAU e apresentou maior valorização imobiliária, quando

comparado ao Setor Central 3, local com a pior QAU local e mais desvalorizado.

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144

Um setor que destoou nos resultados foi o Setor Avenida do Estado. Ele

aparece como o menos valorizado em conjunto com o Setor Central 3, mas está

como o segundo maior em QAU na região da Praia Central. Isso ocorre porque

além de ser uma importante via de acesso a cidades vizinhas e outras regiões

de Balneário Camboriú, é também um local mais afastado da área turística mais

adensada, localizada às proximidades do mar e preferidas pelos investidores por

terem um maior potencial de lucratividade. Além disso, mesmo estando afastado

dos locais de maior movimento turístico, possui uma infraestrutura ampla, com

grande parte do comércio local, além de hospitais, escolas e demais serviços

que tornam a vida do morador prática e confortável no dia-a-dia.

No geral, a classificação “Regular” da QAU em toda a região da Praia

Central expressa os problemas advindos do crescimento populacional e da

verticalização do local, já que os temas analisados e seus respectivos

indicadores abordaram e demonstraram, em grande parte, esses problemas.

Por meio do resultado da QAU, foi possível identificar que a população

residente fixa considera a região com muitos pontos positivos, mas também com

muitos pontos a serem melhorados, como a questão das áreas verdes na cidade,

área de praia, mobilidade urbana e saneamento, sendo estes os que receberam

as médias mais baixas entre todos os temas. Em cada região há uma

necessidade específica, pois apresentam características e particularidades

diferentes entre si, cada uma contendo seus respectivos pontos fortes e pontos

a serem melhorados.

3.4 CONCLUSÃO

A pesquisa bibliográfica acerca da história de colonização e

desenvolvimento do município, da criação das leis municipais e sua influência na

verticalização da região da Praia Central de Balneário Camboriú, foi fundamental

para entender os fatores relacionados à valorização imobiliária e as alterações

na QAU dos setores analisados.

A valorização imobiliária foi promovida principalmente pelo acelerado

crescimento populacional no município, disparando também o crescimento do

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145

setor da construção civil. Com esses processos ganhando cada vez mais força,

a verticalização, caracterizada pela grande quantidade de torres de

apartamentos numa determinada área, se instalou.

A verticalização da Praia Central e seu desenvolvimento também foi

impulsionado por leis municipais que disciplinavam o zoneamento e o uso e

ocupação do solo, estabelecendo índices urbanísticos cada vez maiores ou

ainda gabaritos livres em determinadas épocas, como é o caso da atual

legislação que está em vigor no município onde observa-se que da orla até o

Setor Terceira Avenida e Setor Avenida do Estado o céu é o limite e, após esses

setores, os gabaritos diminuem à medida que se aproximam da planície.

Sem restrição no número de andares, edifícios cada vez mais altos e

luxuosos foram construídos, elevando o padrão do imóvel e aumentando seu

valor. Além disso, a Outorga Onerosa que se aplicava na Avenida Atlântica,

intensificou ainda mais esses processos neste setor.

A QAU se apresentou diretamente proporcional à valorização das áreas,

onde os setores que detém os imóveis de valores mais elevados são aquelas

que apresentam a melhor QAU. Isso confirma que temas como infraestrutura

urbana, conforto ambiental, áreas verdes, praia, saneamento, limpeza pública

urbana, mobilidade urbana e infraestrutura social e cultural também são fatores

determinantes nos preços dos imóveis.

A média das notas de todos esses temas resultou numa mesma

classificação para todos os setores da região da Praia Central, que ficaram com

um QAU “Regular”. Apesar das diferentes pontuações nesse intervalo de

classificação, que nos permitiu identificar os locais que obtiveram as maiores e

menores médias, esse resultado revela uma insatisfação da população quanto

ao local em que vive, já que foi obtido por meio da percepção da população

residente fixa com um número considerável de entrevistados.

O resultado da QAU está relacionado com as modificações realizadas

pelo homem no espaço quando esta ocorre sem um planejamento adequado,

podendo promover uma série de problemas ao meio ambiente e a população.

Este fato poderá afetar também o setor econômico uma vez que o setor turístico,

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146

essencial à economia da cidade, pode ser comprometido sem um ambiente

equilibrado.

Atualmente, Balneário Camboriú é considerada como a capital

catarinense do turismo com um alto nível de desenvolvimento e eleita a nona

cidade turística preferida por estrangeiros que visitam o Brasil (SOHN et al.,

2016). Dessa forma, a pesquisa mostrou-se importante pois tornou possível a

melhor compreensão do ambiente urbano através de aspectos que até então

não haviam sido estudados, como as relações entre a valorização imobiliária e

QAU. Permitiu ainda verificar como a Administração Municipal tem papel

preponderante nesses processos à medida que estabelece leis que definem e

alteram o uso e a ocupação do solo. Além disso, forneceu informações capazes

de auxiliar nas tomadas de decisões referentes ao município de Balneário

Camboriú por meio do Planejamento Urbano, para que este promova um

ordenamento territorial que que possa direcionar ao desenvolvimento

sustentável.

3.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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______. Lei nº 2794 de 14 de janeiro de 2008. Disciplina o uso e a ocupação do solo, as atividades de urbanização e dispõe sobre o parcelamento do solo no território do município de Balneário Camboriú. Balneário Camboriú-SC.

______. Lei nº 885 de 1989. Cria e delimita zonas especiais para ocupação e uso do solo urbano, para efeito de edificações; dispõe sobre a regularização de edificações em situação irregular e serviços e obras que causem danos a natureza e bens públicos, e dá outras providências. Balneário Camboriú-SC.

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149

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise da Qualidade Ambiental Urbana (QAU) frente ao processo de

expansão e valorização imobiliária para a cidade de Balneário Camboriú – SC,

a partir do cruzamento de dados da percepção da população residente fixa,

variação nos valores dos imóveis na região, desenvolvimento histórico do

município e evolução de suas leis, permitiram identificar como esses processos

se relacionam e o porquê isso acontece.

A QAU permitiu identificar como a população residente fixa percebe a

realidade e os problemas do local em que vive frente aos mais diversos temas,

como Infraestrutura Urbana, Áreas Verdes, Praia, Saneamento, Conforto

Ambiental, Mobilidade Urbana, Limpeza Pública Urbana e Infraestrutura Social

e Cultural. Os 423 entrevistados garantiram uma consistência nos resultados da

pesquisa onde o erro máximo ficou em 4%.

O resultado da QAU classificou todos os setores da região da Praia

Central com classe de qualidade “Regular”, mostrando que mesmo sendo um

importante centro turístico brasileiro, nem sempre a Administração Pública

confere atenção devida aos problemas da área, muitas vezes apenas

providenciam soluções provisórias, que não garantem melhoria na qualidade

ambiental e social da população.

No entanto, a análise da QAU tem por finalidade fornecer o conhecimento

do ambiente urbano quanto aos diversos aspectos que comprometem a

qualidade de vida e o bem-estar da população, com a finalidade de evidenciar

as potencialidades da região e principalmente seus pontos fracos, para que estes

sejam melhorados a partir da geração de ações e tomadas de decisões efetivas

e não apenas temporárias pelos órgãos municipais.

A pesquisa bibliográfica acerca da história e desenvolvimento do

município, bem como a evolução das leis que tratam sobre o zoneamento e uso

e ocupação do solo, mostraram como esses órgãos municipais foram

responsáveis pelo processo de verticalização da região, quando estabeleciam

índices urbanísticos cada vez mais altos. O rápido adensamento urbano,

observado por meio da verticalização, que ocorreu sem planejamento adequado,

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150

foi impulsionado também pelo aumento populacional devido ao turismo de sol e

praia na região. Ambos os fatores contribuíram para uma valorização imobiliária

intensa.

Com as análises da valorização imobiliária, foi verificado o acentuado

aumento no valor dos imóveis em um curto período de tempo, muito além dos

índices inflacionários para o período estudado. Assim, não é a maioria da

população que possui condições para adquirir um imóvel na região da Praia

Central, pois a renda média da população é insuficiente para tal propósito.

Tanto a promoção da verticalização quanto da valorização imobiliária,

acabam afetando a QAU uma vez que o aumento populacional em cidades não

preparadas, podem gerar precariedade de infraestruturas e serviços urbanos

que afetarão a qualidade de vida e o bem-estar da população. Além disso, com

a verticalização, as paisagens artificiais vão substituindo as naturais,

comprometendo assim o meio ambiente.

As relações estabelecidas entre a QAU e a valorização imobiliária na Praia

Central, revelaram que os locais com as melhores médias de QAU são os que

detém os imóveis de valores mais elevados. À medida que os setores analisados

se afastam da orla em direção à planície, tanto a QAU quanto a média dos

valores dos imóveis tendem a diminuir.

Assim, a metodologia utilizada nesta pesquisa mostrou-se adequada e

eficiente por fornecer resultados capazes de atender a todos os objetivos

propostos. Foi possível analisar a QAU, a valorização imobiliária e sua

intensidade, como esses fatores se relacionam e ainda o papel dos órgãos

públicos nesses processos.

A importância da pesquisa está no fato de ser um estudo pioneiro, pois

nenhum outro avaliou a percepção da população da região da Praia Central de

Balneário Camboriú com uma quantidade tão significativa de entrevistados, nem

avaliaram a valorização imobiliária local por um período tão abrangente. Assim,

gestores municipais, empreendedores e comunidade possuem subsídio para

conhecer o ambiente urbano com todos os pontos fortes e fracos, promovendo

as potencialidades e solucionando os problemas, traçando planos e estratégias

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151

que estimulem o desenvolvimento econômico, social e ambiental do município,

conferindo uma adequada QAU para a região.

Visto o exposto, recomenda-se, para trabalhos futuros, que análises de

QAU sejam realizadas periodicamente, com o acréscimo ou não de novos

indicadores, a fim de manter sempre uma realidade fiel ao local de estudo, já que

o trabalho com a percepção da população pode ser validado somente a curto e

médio prazo face às mudanças que frequentemente estamos vivendo.

O aprofundamento do estudo em alguns indicadores seria de relevante

importância frente às alterações significativas da verticalização no ambiente

urbano, como microclimas, sombreamento na praia e transformação das áreas

naturais em áreas artificializadas.

Além disso, sugere-se que a área de estudo seja ampliada para todo o

município de Balneário Camboriú, onde será possível conhecer a QAU dos

bairros e assim contribuir para a melhoria da qualidade ambiental e de vida de

toda a população.

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152

APÊNDICES

APÊNDICE 1 – Tabelas e Gráficos de valorização imobiliária para cada

setor de acordo com cada período

PERÍODO DE 1994 A 2000

Setor Avenida Atlântica

Tabela 1 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

Atlântica no período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 30.000,00 1 1 1

apartamento 18.000,00 1 1

apartamento 27.000,00 1 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

kitnet 16.500,00 1 1

kitnet 17.000,00 1 1

apartamento 30.000,00 1 1 1

apartamento 18.000,00 1 1

apartamento 65.000,00 1 1

apartamento 47.850,00 1 1 1

kitnet 19.000,00 1 1

apartamento 15.000,00 2 2 1

apartamento 30.000,00 2 2 1

apartamento 85.000,00 1 1 2 1 140

apartamento 55.000,00 2 2 1

apartamento 90.000,00 1 1 2 250

apartamento 28.000,00 2 2 120

apartamento 72.000,00 2 2

apartamento 75.000,00 1 1 2 1

apartamento 100.000,00 2 2 1

apartamento 120.000,00 1 1 2 1

apartamento 50.000,00 2 2 2

apartamento 130.000,00 2 2

apartamento 65.000,00 1 1 2

apartamento 65.000,00 2 2 1

apartamento 80.000,00 1 1 2 1

apartamento 150.000,00 1 1 2 283

apartamento 280.000,00 1 1 2 2

apartamento 105.000,00 1 1 2 1

apartamento 70.000,00 2 1 3 1

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153

apartamento 48.000,00 3 3

apartamento 110.000,00 2 1 3

apartamento 70.000,00 3 3 1 160

apartamento 75.000,00 2 1 3 1

apartamento 65.000,00 2 1 3 1 148

apartamento 65.000,00 2 1 3 1 140

apartamento 75.000,00 1 2 3 1

apartamento 60.000,00 2 1 3

apartamento 75.000,00 2 1 3 1 134

apartamento 62.000,00 2 1 3

cobertura 200.000,00 3 3

apartamento 75.000,00 2 1 3

apartamento 180.000,00 3 3 2

apartamento 130.000,00 1 2 3 1

apartamento 185.000,00 3 3 2

apartamento 110.000,00 2 1 3 1

apartamento 175.000,00 3 3 2

cobertura 220.000,00 1 2 3

cobertura 160.000,00 2 1 3 2

apartamento 110.000,00 2 1 3 1

apartamento 90.000,00 2 1 3

apartamento 53.000,00 3 3 0

apartamento 100.000,00 2 1 3

apartamento 320.000,00 1 2 3

apartamento 130.000,00 2 1 3

apartamento 130.000,00 2 1 3 1 198

apartamento 250.000,00 3 3 2

apartamento 78.000,00 2 1 3 1

apartamento 160.000,00 2 1 3 1

cobertura 120.000 3 1 4 2 360

apartamento 65.000,00 4 4

apartamento 50.000,00 4 4 1 220

apartamento 280.000,00 4 4 2

apartamento 270.000,00 2 2 4 2 480

Tabela 2 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida Atlântica

no período de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 11 28.486,00 28.486,00

98.818,00 2 18 88.611,00 44.306,00

3 30 121.033,00 40.344,00

4 5 157.000,00 39.250,00

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154

Gráfico 1 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida Atlântica no período de

1994/2000

Gráfico 2 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida Atlântica no período de

1994/2000

17%

28%47%

8%

Quantidade de imóveis por quarto

1 2 3 4

28.486,00

88.611,00

121.033,00

157.000,00

98.818,00

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

140.000,00

160.000,00

180.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

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155

Gráfico 3 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida Atlântica para o

período de 1994/2000

Setor Avenida Brasil

Tabela 3 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

Brasil no período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 49.574,00 1 1

apartamento 13.875,00 1 1

apartamento 27.000,00 1 1 1

kitnet 20.000,00 1 1

apartamento 22.000,00 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

apartamento 18.000,00 1 1

apartamento 23.000,00 1 1

apartamento 22.000,00 1 1 1

apartamento 17.000,00 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

apartamento 27.000,00 1 1

apartamento 27.000,00 1 1 1

apartamento 39.442,00 1 1

apartamento 15.000,00 2 2

apartamento 32.375,00 2 2

apartamento 35.000,00 2 2

apartamento 45.000,00 1 1 2 1

apartamento 40.000,00 1 1 2 1

apartamento 35.000,00 2 2 1

apartamento 16.000,00 2 2 1

28.486 ,00

44.306 ,0040.344 ,00 39.250 ,00

0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

35.000,00

40.000,00

45.000,00

50.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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156

apartamento 29.000,00 2 2

apartamento 38.000,00 1 1 2 1

apartamento 23.000,00 2 2

apartamento 55.000,00 1 1 2 1

apartamento 55.000,00 1 1 2 1

apartamento 48.000,00 2 2 1

apartamento 110.000,00 1 1 2

apartamento 35.000,00 2 2 1

apartamento 80.000,00 1 1 2 1

apartamento 46.000,00 2 2 1

apartamento 45.000,00 2 2 1 130

apartamento 100.440,00 3 3 275

apartamento 40.000,00 2 1 3 1

Cobertura 90.000,00 3 3 2 250

apartamento 75.000,00 2 1 3

apartamento 38.000,00 3 3 1

apartamento 50.000,00 2 1 3 1

apartamento 53.000,00 3 3 1

apartamento 50.000,00 2 1 3 1

apartamento 55.000,00 2 1 3 1

Tabela 4 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida Brasil no

período de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 14 25.421,00 25.421,00

41.212,00 2 18 43.465,00 21.733,00

3 9 61.271,00 20.424,00

4 0 - -

Gráfico 4 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida Brasil no período de

1994/2000

34%

44%

22%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

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157

Gráfico 5 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida Brasil no período de 1994/2000

Gráfico 6 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida Brasil para o período

de 1994/2000

Setor Avenida Central

Tabela 5 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

Central no período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 130.000,00 1 1

25.421,00

43.465,00

61.271 ,00

-

41.212,00

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

25.421 ,0021.733 ,00 20.424 ,00

-0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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158

apartamento 17.500,00 1 1

apartamento 25.000,00 1 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

apartamento 30.000,00 1 1

apartamento 30.000,00 1 1

apartamento 27.000,00 1 1

apartamento 32.000,00 1 1 2 1

apartamento 110.000,00 3 3 2

apartamento 30.000,00 3 3

Tabela 6 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida Central

no período de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 7 40.643,00 40.643,00

45.650,00 2 1 32.000,00 16.000,00

3 2 70.000,00 23.333,00

4 0 - -

Gráfico 7 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida Central no período de

1994/2000

70%

10%

20%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

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159

Gráfico 8 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida Central no período de

1994/2000

Gráfico 9 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida Central para o

período de 1994/2000

Setor Avenida do Estado

Tabela 7 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

do Estado no período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$)

Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 18.000,00 1 1

kitnet 10.000,00 1 1

40.643,0032.000,00

70.000,00

-

45.650,00

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

80.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

40.643,00

16.000,0023.333,00

-0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

35.000,00

40.000,00

45.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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160

kitnet 9.500,00 1 1

apartamento 11.000,00 1 1

kitnet 12.500,00 1 1

apartamento 18.000,00 1 1

kitnet 13.000,00 1 1

kitnet 13.000,00 1 1

kitnet 11.000,00 1 1

kitnet 11.000,00 1 1

kitnet 11.500,00 1 1

kitnet 12.000,00 1 1

apartamento 15.000,00 1 1

kitnet 13.500,00 1 1

kitnet 12.000,00 1 1

apartamento 27.000,00 1 1

cobertura 50.000,00 1 1 2 1 162

apartamento 30.000,00 2 2

apartamento 27.000,00 2 2

apartamento 26.500,00 2 2 1

Tabela 8 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida do

Estado no período de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 16 13.625,00 13.625,00

17.575,00 2 4 33.375,00 16.688,00

3 0 - -

4 0 - -

Gráfico 10 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida do Estado no período

de 1994/2000

80%

20%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

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161

Gráfico 11 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida do Estado no período de

1994/2000

Gráfico 12 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida do Estado para o

período de 1994/2000

Setor Terceira Avenida

Tabela 9 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Terceira

Avenida no período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$)

Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

kitnet 12.000,00 1 0 1

kitnet 12.000,00 1 0 1 1

13.625,00

33.375,00

- -

17.575,00

0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

35.000,00

40.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

13.625 ,00

16.688 ,00

- -0,00

2.000,00

4.000,00

6.000,00

8.000,00

10.000,00

12.000,00

14.000,00

16.000,00

18.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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162

apartamento 18.000,00 1 0 1

apartamento 18.000,00 1 0 1

apartamento 18.000,00 1 0 1

kitnet 15.000,00 1 0 1

apartamento 19.000,00 2 0 2

apartamento 24.000,00 2 0 2 80

apartamento 25.000,00 2 0 2 1

apartamento 29.000,00 2 0 2 1

apartamento 35.000,00 2 0 2 1

Tabela 10 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Terceira

Avenida no período de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 6 15.500,00 15.500,00

20.455,00 2 5 26.400,00 13.200,00

3 0 - -

4 0 - -

Gráfico 13 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Terceira Avenida no período de

1994/2000

55%

45%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

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163

Gráfico 14 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Terceira Avenida no período de

1994/2000

Gráfico 15 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Terceira Avenida para o

período de 1994/2000

Setor Central 1

Tabela 11 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Central 1

no período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

kitnet 10.000,00 1 1

kitnet 37.000,00 1 1

15.500,00

26.400,00

- -

20.455,00

0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

15.500 ,0013.200 ,00

- -0,00

2.000,00

4.000,00

6.000,00

8.000,00

10.000,00

12.000,00

14.000,00

16.000,00

18.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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164

apartamento 30.000,00 1 1 1

apartamento 30.000,00 1 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

apartamento 30.000,00 2 2

apartamento 22.000,00 2 2

apartamento 40.000,00 1 1 2 1

apartamento 25.000,00 2 2 1

apartamento 25.000,00 2 2

apartamento 25.000,00 2 2 1

apartamento 93.000,00 1 1 2 1

apartamento 26.000,00 2 2 1

apartamento 40.000,00 2 2

apartamento 110.000,00 1 1 2

apartamento 35.000,00 2 2 1

apartamento 80.000,00 1 1 2 1

apartamento 45.000,00 2 2 1 130

apartamento 100.000,00 2 1 3

apartamento 55.000,00 2 1 3

apartamento 35.000,00 3 3 0

apartamento 70.000,00 2 1 3 150

apartamento 27.000,00 3 3

apartamento 62.000,00 2 1 3 1

apartamento 85.000,00 2 1 3 1 146

apartamento 49.574,00 2 1 3

Tabela 12 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Central 1 no

período de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 5 26.400,00 26.400,00

46.599,00 2 13 45.846,00 22.923,00

3 8 60.447,00 20.149,00

4 0 - -

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165

Gráfico 16 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Central 1 no período de

1994/2000

Gráfico 17 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Central 1 no período de 1994/2000

19%

50%

31%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

26.400,00

45.846,00

60.447,00

-

46.599,00

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

26.400,0022.923 ,00

20.149 ,00

-0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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166

Gráfico 18 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Central 1 para o período de

1994/2000

Setor Central 2

Tabela 13 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Central 2

no período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios

Vagas de

garagem Metragem

apartamento 15.000,00 1 1 1

apartamento 23.000,00 1 1

apartamento 28.000,00 1 1 1

apartamento 20.000,00 1 1

apartamento 22.000,00 1 1

kitnet 17.000,00 1 1 1

apartamento 23.000,00 1 1 1

apartamento 23.000,00 1 1 1

apartamento 18.000,00 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

apartamento 13.000,00 1 1

apartamento 18.000,00 1 1

apartamento 25.000,00 1 1 1

apartamento 30.000,00 1 1

apartamento 25.000,00 1 1 1

apartamento 30.000,00 1 1

apartamento 22.000,00 1 1 1

apartamento 22.000,00 1 1 1

apartamento 39.442,00 1 1

apartamento 55.000,00 1 1 1 110

apartamento 27.000,00 2 2

apartamento 35.000,00 2 2

apartamento 8.100,00 2 2 1

apartamento 50.000,00 1 1 2 115

apartamento 18.000,00 2 2

apartamento 32.000,00 2 2

apartamento 37.000,00 2 2

apartamento 34.000,00 2 2 118

apartamento 30.000,00 2 2 1

apartamento 20.000,00 1 1 2 1

apartamento 37.000,00 2 2

apartamento 34.000,00 1 1 2

apartamento 35.000,00 2 2

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167

apartamento 38.000,00 1 1 2

apartamento 45.000,00 1 1 2 1

apartamento 45.000,00 1 1 2 1

apartamento 22.000,00 2 2

apartamento 65.000,00 1 1 2 1

apartamento 35.000,00 2 2

apartamento 35.000,00 2 2 1

apartamento 60.000,00 2 2 2

apartamento 65.000,00 2 1 3 1

apartamento 55.000,00 2 1 3 1

apartamento 65.000,00 2 1 3 147

apartamento 23.000,00 3 3

apartamento 155.000,00 3 3 1 301

apartamento 88.000,00 2 1 3 1

apartamento 92.000,00 2 1 3

apartamento 65.000,00 2 1 3 1

apartamento 75.000,00 2 1 3 1 164

apartamento 75.000,00 2 1 3 1

cobertura 130.000,00 2 1 3 1 350

apartamento 70.000,00 2 1 3

apartamento 75.000,00 2 1 3 1

apartamento 65.000,00 2 1 3 1

Tabela 14 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Central 2 no

período de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 20 24.672,00 24.672,00

42.428,00 2 21 35.338,00 17.669,00

3 14 78.429,00 26.143,00

4 0 - -

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168

Gráfico 19 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Central 2 no período de

1994/2000

Gráfico 20 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Central 2 no período de 1994/2000

Gráfico 21 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Central 2 para o período de

1994/2000

36%

38%

26%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

24.672,0035.338,00

78.429,00

-

42.428,00

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

80.000,00

90.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

24.672 ,00

17.669 ,00

26.143 ,00

-0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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169

Setor Central 3

Tabela 15 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Central 3

no período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$)

Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 22.000,00 1 1 1

apartamento 20.000,00 1 1 1

apartamento 20.000,00 1 1

apartamento 18.000,00 1 1

kitnet 13.000,00 1 1

kitnet 11.500,00 1 1

kitnet 13.500,00 1 1

apartamento 25.000,00 1 1 1

apartamento 33.000,00 1 1 2 1

apartamento 33.000,00 1 1 2

apartamento 30.000,00 2 2

apartamento 27.000,00 2 2

apartamento 55.000,00 1 1 2

apartamento 55.000,00 2 1 3 1

Tabela 16 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Central 3 no

período de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 8 17.875,00 17.875,00

26.857,00 2 5 35.600,00 17.800,00

3 1 55.000,00 18.333,00

4 0 - -

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170

Gráfico 22 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Central 3 no período de

1994/2000

Gráfico 23 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Central 3 no período de 1994/2000

57%36%

7%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

17.875,00

35.600,00

55.000,00

-

26.857,00

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

17.875 ,00 17.800 ,00 18.333 ,00

-0,00

2.000,00

4.000,00

6.000,00

8.000,00

10.000,00

12.000,00

14.000,00

16.000,00

18.000,00

20.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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171

Gráfico 24 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Central 3 para o período de

1994/2000

Setor Norte

Tabela 17 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Norte no

período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

kitnet 10.000,00 1 1

kitnet 13.000,00 1 1

kitnet 12.000,00 1 1

apartamento 18.000,00 1 1

apartamento 122.500,00 1 1 1

kitnet 9.500,00 1 1 100

apartamento 20.000,00 1 1 1

apartamento 17.000,00 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

apartamento 20.000,00 1 1

apartamento 11.000,00 1 1

apartamento 24.000,00 1 1 1 160

apartamento 15.500,00 1 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

apartamento 23.000,00 1 1 1

apartamento 26.000,00 1 1

apartamento 23.000,00 1 1

kitnet 11.000,00 1 1

apartamento 18.000,00 1 1

apartamento 18.500,00 1 1 138

apartamento 15.000,00 1 1

apartamento 52.500,00 1 1 1

apartamento 51.000,00 1 1 1

apartamento 17.000,00 1 1

kitnet 16.000,00 1 1

apartamento 23.000,00 2 2

apartamento 23.000,00 2 2

apartamento 35.000,00 2 2

apartamento 100.000,00 1 1 2 1

apartamento 60.000,00 1 1 2 1

apartamento 16.000,00 2 2 2

apartamento 33.000,00 2 2

apartamento 33.000,00 2 2 1

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172

apartamento 50.000,00 1 1 2

apartamento 45.000,00 2 2

apartamento 59.000,00 1 1 2

apartamento 62.600,00 1 1 2 1

apartamento 70.000,00 2 1 3 1

apartamento 70.000,00 3 3 1

apartamento 75.000,00 1 2 3 1

apartamento 80.000,00 1 2 3 1

apartamento 92.000,00 2 1 3 1

apartamento 99.900,00 2 1 3 1

apartamento 50.000,00 2 1 3 1 146

apartamento 55.000,00 2 1 3 1

apartamento 58.000,00 3 1 4

apartamento 65.000,00 3 1 4

apartamento 223.000,00 2 2 4 2

Tabela 18 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Norte no

período de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 25 24.540,00 24.540,00

43.563,00 2 12 44.967,00 22.483,00

3 8 73.988,00 24.663,00

4 3 115.333,00 28.833,00

Gráfico 25 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Norte no período de 1994/2000

52%

25%

17%6%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

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173

Gráfico 26 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Norte no período de 1994/2000

Gráfico 27 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Norte para o período de

1994/2000

Setor Sul

Tabela 19 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Sul no

período de 1994/2000

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 20.000,00 1 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

24.540,0044.967,00

73.988,00

115.333,00

43.563,00

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

140.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

24.540,00 22.483 ,00 24.663 ,0028.833 ,00

0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

35.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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174

apartamento 65.000,00 1 1

apartamento 34.000,00 2 2 1

apartamento 26.000,00 2 2

apartamento 26.000,00 2 2 1

apartamento 65.000,00 1 1 2

apartamento 130.000,00 1 2 3 1

apartamento 195.000,00 3 3

apartamento 53.000,00 3 3

Tabela 20 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Sul no período

de 1994/2000

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 3 36.667,00 36.667,00

63.900,00 2 4 37.750,00 18.875,00

3 3 126.000,00 42.000,00

4 0 - -

Gráfico 28 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Sul no período de 1994/2000

30%

40%

30%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

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175

Gráfico 29 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Sul no período de 1994/2000

Gráfico 30 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Sul para o período de

1994/2000

PERÍODO DE 2001 A 2010

Setor Avenida Atlântica

Tabela 21 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

Atlântica no período de 2001/2010

Data do anúncio

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

36.667,00 37.750,00

126.000,00

-

63.900,00

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

140.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

36.667 ,00

18.875 ,00

42.000 ,00

-0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

35.000,00

40.000,00

45.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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176

fev/02 apartamento 40.000,00 1 1

mai/02 apartamento 50.000,00 1 1

out/02 apartamento 170.000,00 1 1

mai/03 apartamento 49.000,00 1 1

jun/03 apartamento 65.000,00 1 1

jun/03 apartamento 37.000,00 1 1

jul/03 apartamento 65.000,00 1 1 75

set/03 apartamento 110.000,00 1 1

mai/04 apartamento 230.000,00 1 1

fev/05 apartamento 66.000,00 1 1

ago/05 apartamento 90.000,00 1 1

jul/06 apartamento 69.000,00 1 1

ago/06 apartamento 120.000,00 1 1 1 80

ago/07 apartamento 85.000,00 1 1

abr/09 apartamento 165.000,00 1 1

fev/01 apartamento 70.000,00 2 2 2

fev/02 apartamento 85.000,00 1 1 2 1

mai/02 apartamento 100.000,00 2 2 1

jun/02 apartamento 65.000,00 2 2

jul/02 apartamento 95.000,00 1 1 2 1

dez/02 apartamento 110.000,00 2 2 1

dez/02 apartamento 110.000,00 1 1 2 1

fev/03 apartamento 78.000,00 2 2

mar/03 apartamento 128.000,00 2 2

abr/03 apartamento 72.000,00 2 2 1

abr/03 apartamento 80.000,00 2 2 1

jun/03 apartamento 80.000,00 2 2 1

jul/03 apartamento 130.000,00 1 1 2 1

jan/04 apartamento 85.000,00 2 2 1

abr/04 apartamento 80.000,00 2 2 1

abr/04 apartamento 255.000,00 2 2 1 140

mai/04 apartamento 65.000,00 2 2

jul/04 apartamento 130.000,00 2 2 1

out/04 apartamento 160.000,00 1 1 2 1

mar/05 apartamento 200.000,00 2 2 1

mar/05 apartamento 155.000,00 1 1 2

jun/05 apartamento 200.000,00 2 2 1

fev/06 apartamento 230.000,00 2 2 1

fev/06 apartamento 490.000,00 2 2

mar/06 apartamento 240.000,00 2 2 1

abr/06 apartamento 490.000,00 2 2 1 165

mai/06 apartamento 350.000,00 1 1 2 1

ago/06 apartamento 600.000,00 2 2

set/06 apartamento 170.000,00 2 2 1

set/06 apartamento 330.000,00 2 2

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177

out/06 apartamento 550.000,00 1 1 2 2

jan/07 apartamento 330.000,00 2 2

jan/07 apartamento 180.000,00 1 1 2 1

abr/07 apartamento 270.000,00 2 2

mai/07 apartamento 200.000,00 2 2

ago/07 apartamento 198.000,00 1 1 2 1

dez/97 apartamento 250.000,00 1 1 2 1

jan/08 apartamento 375.000,00 1 1 2 1

fev/08 apartamento 260.000,00 1 1 2

abr/08 apartamento 220.000,00 2 2

jun/08 apartamento 400.000,00 2 2

dez/08 apartamento 300.000,00 2 2 1

fev/09 apartamento 280.000,00 2 2

ago/09 apartamento 250.000,00 2 2

fev/10 apartamento 350.000,00 1 1 2

fev/10 apartamento 470.000,00 2 2 1

abr/10 apartamento 370.000,00 1 1 2 2

abr/10 apartamento 210.000,00 2 2 1

abr/10 apartamento 800.000,00 1 1 2

jul/10 apartamento 325.000,00 1 1 2 1

set/10 apartamento 220.000,00 1 1 2

jan/01 apartamento 250.000,00 3 3 2

jan/01 apartamento 300.000,00 1 2 3 2 250

fev/01 apartamento 260.000,00 1 2 3 2 250

jun/01 apartamento 310.000,00 3 3 306

ago/01 apartamento 150.000,00 2 1 3

set/01 apartamento 41.000,00 3 3

set/01 apartamento 180.000,00 2 1 3 2

out/01 apartamento 85.000,00 3 3 1

fev/02 apartamento 175.000,00 2 1 3 1

jul/02 apartamento 430.000,00 3 3 2 360

jul/02 apartamento 110.000,00 2 1 3 2

jul/02 apartamento 169.000,00 3 3 200

set/02 apartamento 250.000,00 2 1 3 1 325

out/02 apartamento 660.000,00 3 3

fev/03 apartamento 380.000,00 3 3 1

abr/03 apartamento 195.000,00 2 1 3 1

mai/03 apartamento 230.000,00 2 1 3 3 250

jun/03 apartamento 158.500,00 2 1 3 2 80

jun/03 apartamento 210.000,00 2 1 3 1

jun/03 apartamento 180.000,00 2 1 3 1

ago/03 apartamento 340.000,00 3 3 302

nov/03 apartamento 520.000,00 2 1 3 2

nov/03 apartamento 490.000,00 2 1 3 2

nov/03 apartamento 1.500.000,00 3 3 2

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178

jan/04 apartamento 766.100,00 3 3 1 188

jan/04 apartamento 520.000,00 2 1 3 1

fev/04 apartamento 350.000,00 2 1 3 1

mai/04 cobertura 800.000,00 3 3 2

jun/04 apartamento 900.000,00 3 3

ago/04 apartamento 810.000,00 3 3 2 288

out/04 apartamento 850.000,00 3 3

out/04 apartamento 560.000,00 2 1 3 2 196

out/04 apartamento 630.000,00 2 1 3 2 196

out/04 apartamento 874.000,00 3 3 2 305

jan/05 apartamento 820.000,00 3 3 2 288

fev/05 apartamento 800.000,00 3 3 2 240

fev/05 apartamento 352.000,00 2 1 3 1

mai/05 apartamento 568.576,00 3 3 3

ago/05 apartamento 650.000,00 3 3 1

nov/05 apartamento 480.000,00 2 1 3 2

jan/06 apartamento 480.000,00 2 1 3 2

mar/06 apartamento 630.000,00 3 3

mar/06 apartamento 370.000,00 3 3

jul/06 apartamento 890.000,00 3 3 2

jul/06 apartamento 215.000,00 2 1 3 1

ago/06 apartamento 780.000,00 2 1 3 320

out/06 apartamento 350.000,00 2 1 3 1

nov/06 apartamento 1.300.000,00 2 1 3 3 380

fev/07 apartamento 690.000,00 2 1 3 1

fev/07 apartamento 350.000,00 2 1 3 1

out/97 apartamento 360.000,00 2 1 3 1

out/97 apartamento 750.000,00 3 3 1

nov/97 apartamento 950.000,00 2 1 3 2

nov/97 apartamento 1.737.000,00 3 3 3

nov/97 apartamento 750.000,00 3 3 3

dez/97 apartamento 1.100.000,00 3 3 2

jan/08 apartamento 198.000,00 2 1 3 1

jan/08 apartamento 1.100.000,00 3 3 2

fev/08 apartamento 500.000,00 3 3 2

jul/08 apartamento 440.000,00 3 3 1

jul/08 apartamento 850.000,00 2 1 3 1

ago/98 apartamento 850.000,00 2 1 3 1

ago/98 apartamento 390.000,00 2 1 3 1

ago/98 cobertura 647.000,00 1 2 3

out/08 apartamento 340.000,00 2 1 3 1

jan/09 apartamento 340.000,00 2 1 3 1

fev/09 apartamento 920.000,00 3 3 2

mai/09 apartamento 550.000,00 3 3 1

mai/09 apartamento 340.000,00 2 1 3 1

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179

ago/09 apartamento 920.000,00 3 3

ago/09 apartamento 340.000,00 2 1 3 1

set/09 apartamento 2.100.000,00 3 3

jan/10 apartamento 920.000,00 3 3

fev/10 apartamento 2.100.000,00 3 3

fev/10 apartamento 400.000,00 3 3 1

fev/10 apartamento 330.000,00 3 3

abr/10 apartamento 980.000,00 3 3

mai/10 apartamento 1.300.000,00 3 3 2

nov/10 apartamento 650.000,00 2 1 3 1

dez/10 apartamento 1.435.000,00 3 3

mai/01 apartamento 180.000,00 3 1 4 1

mai/01 apartamento 70.000,00 3 1 4 1

jul/01 apartamento 65.000,00 3 1 4 1

nov/01 apartamento 398.000,00 4 4 2

dez/01 apartamento 400.000,00 4 4 2

jun/02 apartamento 420.000,00 4 4 3

jun/02 apartamento 450.000,00 4 4 2

jun/02 apartamento 700.000,00 4 4 4 1000

out/02 apartamento 650.000,00 4 4 2

out/02 apartamento 800.000,00 4 4 3

out/02 apartamento 450.000,00 4 4 2

fev/03 apartamento 700.000,00 4 4 2 508

mar/03 apartamento 300.000,00 2 2 4 2

mar/03 apartamento 500.000,00 4 4 1

ago/03 apartamento 820.000,00 4 4 1

nov/03 apartamento 1.400.000,00 4 4 3

jun/04 apartamento 700.000,00 4 4 2

fev/05 apartamento 260.000,00 4 4

mar/05 apartamento 785.000,00 4 4 2 325

abr/06 apartamento 900.000,00 2 2 4

nov/97 apartamento 2.482.500,00 4 4 4

dez/97 apartamento 600.000,00 2 2 4 2 300

mai/09 apartamento 1.400.000,00 4 4 3

mar/05 cobertura 750.000,00 2 3 5 458

Tabela 22 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida

Atlântica no período de 2001/2010

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 15 94.067,00 94.067,00

463.404,00 2 51 240.020,00 120.010,00

3 80 611.827,00 203.942,00

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180

4 24 674.188,00 168.547,00

Gráfico 31 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida Atlântica no período

de 2001/2010

Gráfico 32 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida Atlântica no período de

2001/2010

15

51

80

24

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

94.067,00240.020,00

611.827,00674.188,00

463.404,00

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

800.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

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181

Gráfico 33 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida Atlântica para o

período de 2001/2010

Setor Avenida Brasil

Tabela 23 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

Brasil no período de 2001/2010

Data do anúncio

Tipo de imóvel Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

jul/01 apartamento 25.000,00 1 1

jul/01 apartamento 35.000,00 1 1 1

ago/01 apartamento 31.000,00 1 1 1

out/01 kitnet 20.000,00 1 1

out/01 apartamento 29.000,00 1 1 1

jan/02 apartamento 37.000,00 1 1

jun/02 apartamento 29.500,00 1 1

ago/02 apartamento 43.000,00 1 1 1

ago/02 apartamento 100.000,00 1 1

ago/02 apartamento 35.000,00 1 1 1

ago/02 kitnet 24.000,00 1 1

set/02 apartamento 34.000,00 1 1

set/02 apartamento 43.000,00 1 1 1

mar/03 apartamento 55.000,00 1 1 1

set/03 apartamento 42.000,00 1 1

jun/04 apartamento 60.000,00 1 1 1

out/04 apartamento 110.000,00 1 1 1 104

nov/04 apartamento 50.000,00 1 1

nov/04 apartamento 55.000,00 1 1 1

94.067 ,00120.010 ,00

203.942 ,00168.547 ,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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182

jan/05 apartamento 58.000,00 1 1 1

mar/05 apartamento 62.000,00 1 1 1

nov/05 apartamento 75.000,00 1 1

mai/06 apartamento 95.000,00 1 1 1

mai/06 apartamento 80.000,00 1 1 1

set/06 apartamento 85.000,00 1 1 1

fev/07 apartamento 88.000,00 1 1

fev/07 apartamento 82.000,00 1 1 1

mar/07 apartamento 90.000,00 1 1 1

mai/07 apartamento 110.000,00 1 1 1 52.72

jun/07 apartamento 75.000,00 1 1

jun/07 apartamento 90.000,00 1 1

nov/97 apartamento 80.000,00 1 1

abr/08 kitnet 68.000,00 1 1

abr/08 apartamento 100.000,00 1 1 48

abr/08 apartamento 90.000,00 1 1

abr/08 apartamento 95.000,00 1 1 1

jul/08 apartamento 65.000,00 1 1

ago/98 apartamento 92.000,00 1 1

ago/98 apartamento 130.000,00 1 1 1

out/08 apartamento 110.000,00 1 1 1

nov/08 apartamento 112.000,00 1 1

nov/08 apartamento 120.000,00 1 1

dez/08 apartamento 148.000,00 1 1

fev/09 apartamento 130.000,00 1 1 1

fev/09 apartamento 130.000,00 1 1 1

fev/09 apartamento 128.000,00 1 1 1

abr/09 apartamento 135.000,00 1 1

jun/09 apartamento 130.000,00 1 1 1

jun/09 apartamento 135.000,00 1 1

jul/09 apartamento 110.000,00 1 1

ago/09 apartamento 135.000,00 1 1

out/09 apartamento 165.000,00 1 1 1

nov/09 apartamento 132.000,00 1 1

mai/10 apartamento 143.000,00 1 1

mai/10 apartamento 115.000,00 1 1

ago/10 apartamento 210.000,00 1 1 1

set/10 apartamento 152.000,00 1 1 1

out/10 apartamento 145.000,00 1 1 1

jul/01 apartamento 57.000,00 2 2

nov/01 apartamento 48.000,00 1 1 2 1

jan/02 apartamento 65.000,00 2 2 1

fev/02 apartamento 65.000,00 2 2 1

jul/02 apartamento 80.000,00 1 1 2 1

ago/02 apartamento 60.000,00 2 2

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183

ago/03 apartamento 65.000,00 2 2

set/03 apartamento 130.000,00 2 2 1

nov/03 apartamento 130.000,00 1 1 2 1 87

mai/04 apartamento 80.000,00 2 2 1

nov/04 apartamento 78.500,00 2 2 1

jan/05 apartamento 90.000,00 2 2 1

jan/05 apartamento 115.000,00 1 1 2 50

fev/05 apartamento 80.000,00 2 2

mai/05 apartamento 120.000,00 2 2 1

jun/05 apartamento 140.000,00 1 1 2 1

ago/05 apartamento 90.000,00 2 2 1

out/05 apartamento 85.000,00 2 2 1

dez/05 apartamento 130.000,00 1 1 2

dez/05 apartamento 105.000,00 2 2 1

abr/06 apartamento 133.000,00 2 2 1

abr/06 apartamento 160.000,00 1 1 2

abr/06 apartamento 90.000,00 2 2 1

abr/06 apartamento 180.000,00 1 1 2 1

jul/06 apartamento 92.000,00 2 2 1

nov/06 apartamento 90.000,00 2 2

fev/07 apartamento 160.000,00 1 1 2 1

mar/07 apartamento 138.000,00 2 2 1

abr/07 apartamento 130.000,00 1 1 2 1

mai/07 apartamento 120.000,00 1 1 2 1

jul/07 apartamento 250.000,00 1 1 2 1

ago/07 apartamento 145.000,00 2 2 1

mar/08 apartamento 125.000,00 2 2 1

mar/08 apartamento 140.000,00 2 2 1

ago/09 apartamento 260.000,00 2 2 1

set/09 apartamento 180.000,00 2 2

dez/09 apartamento 130.000,00 2 2

jan/10 apartamento 180.000,00 2 2 1

fev/10 apartamento 230.000,00 2 2 1

fev/10 apartamento 185.000,00 2 2 1

mar/10 apartamento 160.000,00 2 2 1

abr/10 apartamento 190.000,00 2 2 1

mai/10 apartamento 150.000,00 2 2

mai/10 apartamento 180.000,00 2 2 1

mai/10 apartamento 220.000,00 2 2 1

nov/10 apartamento 218.000,00 2 2

dez/10 apartamento 180.000,00 2 2

jan/01 apartamento 65.000,00 2 1 3 1

mai/01 apartamento 65.000,00 3 3

jun/01 apartamento 75.000,00 2 1 3 1

set/01 apartamento 140.000,00 2 1 3

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184

nov/01 apartamento 110.000,00 2 1 3 1

dez/01 duplex 180.000,00 3 3 2

jan/02 cobertura 180.000,00 3 3 2

mai/02 apartamento 150.000,00 2 1 3 1

jul/02 apartamento 160.000,00 3 3 276

ago/02 apartamento 250.000,00 2 1 3 2 260

out/02 apartamento 160.000,00 2 1 3

mai/03 apartamento 140.000,00 2 1 3 2 150

mai/03 apartamento 95.000,00 2 1 3 1

out/03 apartamento 92.000,00 2 1 3 1

ago/04 apartamento 95.000,00 3 3

ago/04 apartamento 355.000,00 3 3 2 239

ago/04 apartamento 280.000,00 3 3 2 239

out/04 apartamento 377.000,00 3 3 1 210

out/04 apartamento 418.000,00 3 3 2 239

out/04 apartamento 105.000,00 3 3

fev/05 apartamento 97.000,00 3 3

mai/05 apartamento 432.560,00 1 2 3 2

mai/05 apartamento 284.616,00 2 1 3 1

jan/06 apartamento 135.000,00 2 1 3

abr/06 apartamento 220.000,00 2 1 3 1 204

jul/07 apartamento 320.000,00 2 1 3 3

set/07 apartamento 300.000,00 2 1 3

nov/97 apartamento 280.000,00 2 1 3

jan/08 cobertura 195.000,00 3 3

jul/08 apartamento 150.000,00 2 1 3 1

jul/08 apartamento 210.000,00 3 3

jul/08 apartamento 440.000,00 2 1 3 2

ago/98 apartamento 220.000,00 2 1 3 1

out/08 apartamento 280.000,00 2 1 3 1

jan/09 apartamento 280.000,00 2 1 3 1

fev/09 apartamento 220.000,00 2 1 3 1

fev/09 apartamento 169.000,00 2 1 3 1 120

jun/09 cobertura 280.000,00 3 3

out/09 apartamento 450.000,00 2 1 3 1

nov/10 apartamento 390.000,00 2 1 3 1

mar/01 apartamento 65.000,00 3 1 4 1

jun/01 apartamento 320.000,00 3 1 4 2

dez/01 apartamento 180.000,00 4 4 2

jan/02 apartamento 180.000,00 4 4 2

set/07 apartamento 350.000,00 3 1 4 1

Tabela 24 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida Brasil

no período de 2001/2010

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185

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 58 88.836,00 88.836.00

142.148.00 2 47 132.543,00 66.271,00

3 40 221.129,00 73.710,00

4 5 219.000,00 54.750,00

Gráfico 34 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida Brasil no período de

2001/2010

Gráfico 35 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida Brasil no período de

2001/2010

39%

31%

27%

3%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

88.836,00

132.543,00

221.129,00 219.000,00

142.148,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

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186

Gráfico 36 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida Brasil para o

período de 2001/2010

Setor Avenida Central

Tabela 25 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

Central no período de 2001/2010

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 45.000,00 1 1

kitnet 34.000,00 1 1

apartamento 44.000,00 1 1

apartamento 70.000,00 1 1

apartamento 53.000,00 1 1

apartamento 65.000,00 1 1

apartamento 70.000,00 1 1

apartamento 65.000,00 1 1 1

apartamento 70.000,00 1 1

apartamento 85.000,00 1 1 1

apartamento 76.000,00 1 1

apartamento 80.000,00 1 1

apartamento 110.000,00 1 1

Kitnet 50.000,00 1 1

apartamento 89.000,00 1 1

apartamento 98.000,00 1 1

apartamento 113.000,00 1 1 1

apartamento 173.000,00 1 1 1

apartamento 150.000,00 1 1

88.836 ,00

66.271 ,0073.710 ,00

54.750 ,00

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

80.000,00

90.000,00

100.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

Page 187: ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA ... - …siaibib01.univali.br/pdf/Raquel Martin Louzada.pdf · negativamente na Qualidade Ambiental Urbana. A Qualidade Ambiental Urbana

187

apartamento 80.000,00 1 1

apartamento 145.000,00 1 1 1

apartamento 130.000,00 1 1 1

apartamento 160.000,00 1 1 1

apartamento 165.000,00 1 1 1

apartamento 35.000,00 1 1 2

apartamento 68.000,00 1 1 2 1

apartamento 65.000,00 2 2

apartamento 85.000,00 2 2 1

apartamento 105.000,00 2 2

apartamento 79.500,00 1 1 2 1

apartamento 140.000,00 2 2 1

apartamento 85.000,00 1 1 2 1

apartamento 125.000,00 2 2

apartamento 180.000,00 1 1 2 1

apartamento 165.000,00 1 1 2 1

apartamento 150.000,00 2 2

apartamento 155.000,00 2 2

apartamento 240.000,00 1 1 2

apartamento 190.000,00 1 1 2 1

apartamento 158.000,00 2 2

apartamento 138.000,00 2 2

apartamento 450.000,00 2 2 2

apartamento 100.000,00 2 1 3 1

apartamento 140.000,00 3 3

apartamento 68.000,00 2 1 3 1

apartamento 135.000,00 2 1 3

apartamento 135.000,00 2 1 3 1

apartamento 150.000,00 2 1 3

apartamento 139.000,00 3 3 2

apartamento 110.000,00 1 2 3

cobertura 170.000,00 3 3 2

apartamento 238.000,00 2 1 3 2 205

apartamento 170.000,00 2 1 3 1

apartamento 135.000,00 2 1 3 1

apartamento 188.000,00 2 1 3 1

apartamento 220.000,00 3 3 120

apartamento 100.000,00 3 1 4

apartamento 230.000,00 1 3 4

Tabela 26 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida Central

no período de 2001/2010

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188

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 24 92.500,00 92.500,00

125.198,00 2 18 145.194,00 72.597,00

3 14 149.857,00 49.952,00

4 2 165.000,00 41.250,00

Gráfico 37 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida Central no período de

2001/2010

Gráfico 38 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida Central no período de

2001/2010

41%

31%

24%4%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

92.500,00

145.194,00 149.857,00165.000,00

125.198,00

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

140.000,00

160.000,00

180.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

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189

Gráfico 39 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida Central para o

período de 2001/2010

Setor Avenida do Estado

Tabela 27 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

do Estado no período de 2001/2010

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

kitnet 14.000,00 1 1

kitnet 13.300,00 1 1

kitnet 17.900,00 1 1 1

apartamento 28.000,00 1 1 1 70

apartamento 23.500,00 1 1 1

kitnet 15.000,00 1 1

kitnet 17.000,00 1 1

kitnet 22.000,00 1 1

kitnet 22.000,00 1 1

apartamento 30.000,00 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

kitnet 23.000,00 1 1

kitnet 26.000,00 1 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

kitnet 23.000,00 1 1

kitnet 26.000,00 1 1

apartamento 25.000,00 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

kitnet 36.000,00 1 1

92.500 ,00

72.597 ,00

49.952 ,0041.250 ,00

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

80.000,00

90.000,00

100.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

Page 190: ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA ... - …siaibib01.univali.br/pdf/Raquel Martin Louzada.pdf · negativamente na Qualidade Ambiental Urbana. A Qualidade Ambiental Urbana

190

kitnet 30.000,00 1 1

apartamento 31.000,00 1 1

apartamento 29.000,00 1 1

kitnet 30.000,00 1 1

kitnet 32.000,00 1 1

kitnet 28.000,00 1 1

apartamento 43.000,00 1 1

apartamento 36.000,00 1 1

kitnet 40.000,00 1 1

Kitnet 53.000,00 1 1

Kitnet 45.000,00 1 1

Kitnet 50.000,00 1 1

kitnet 55.000,00 1 1

kitnet 60.000,00 1 1 1

apartamento 85.000,00 1 1 1

apartamento 85.000,00 1 1

apartamento 138.000,00 1 1

apartamento 36.550,00 1 1 2 1

apartamento 120.000,00 2 2 1

apartamento 120.000,00 2 2 1

apartamento 90.000,00 2 2 56

apartamento 150.000,00 1 1 2 1

apartamento 155.000,00 1 1 2 1

Tabela 28 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida do

Estado no período de 2001/2010

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 36 36.297,00 36.297,00

47.101,00 2 6 111.925,00 55.963,00

3 0 - -

4 0 - -

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191

Gráfico 40 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida do Estado no período

de 2001/2010

Gráfico 41 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida do Estado no período de

2001/2010

86%

14%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

36.297,00

111.925,00

- -

47.101,00

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

36.297 ,00

55.963 ,00

- -0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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192

Gráfico 42 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida do Estado para o

período de 2001/2010

Setor Terceira Avenida

Tabela 29 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Terceira

Avenida no período de 2001/2010

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

kitnet 29.000,00 1 1

kitnet 22.000,00 1 1

kitnet 32.000,00 1 1

apartamento 38.000,00 1 1

kitnet 55.000,00 1 1

kitnet 55.000,00 1 1

apartamento 70.000,00 1 1 2 68

kitnet 50.000,00 1 1

apartamento 55.000,00 1 1 1

apartamento 55.000,00 1 1

apartamento 55.000,00 2 2 1

apartamento 42.500,00 2 2 1

apartamento 45.000,00 2 2 1

apartamento 53.000,00 2 2

apartamento 53.000,00 2 2

apartamento 54.000,00 2 2

apartamento 100.000,00 2 2 1

apartamento 150.000,00 2 2

apartamento 110.000,00 2 2

apartamento 55.000,00 2 1 3 1

apartamento 59.000,00 3 3 163

apartamento 72.000,00 3 3 1

apartamento 165.000,00 2 1 3 1

apartamento 210.000,00 2 1 3 1

apartamento 200.000,00 2 1 3 1

apartamento 95.000,00 3 1 4 2

Tabela 30 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Terceira

Avenida no período de 2001/2010

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 10 46.100,00 46.100,00 76.135,00

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193

2 9 73.611,00 36.806,00

3 6 126.833,00 42.278,00

4 1 95.000,00 23.750,00

Gráfico 43 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Terceira Avenida no período de

2001/2010

Gráfico 44 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Terceira Avenida no período de

2001/2010

38%

35%

23%4%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

46.100,00

73.611,00

126.833,00

95.000,00

76.135,00

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

140.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

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194

Gráfico 45 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Terceira Avenida para o

período de 2001/2010

Setor Central 1

Tabela 31 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Central 1

no período de 2001/2010

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 110.000,00 1 1

apartamento 110.000,00 1 1

apartamento 110.000,00 1 1

apartamento 140.000,00 1 1

apartamento 145.000,00 1 1 1

apartamento 160.000,00 1 1

apartamento 82.000,00 2 2 1

apartamento 55.000,00 2 2

apartamento 60.000,00 2 2 1

apartamento 150.000,00 1 1 2 1

apartamento 70.000,00 2 2

apartamento 55.000,00 2 2

duplex 78.000,00 2 2

apartamento 90.000,00 1 1 2 1

apartamento 75.000,00 2 2 1

apartamento 65.000,00 2 2

apartamento 88.000,00 1 1 2 1 90

apartamento 90.000,00 1 1 2 1

apartamento 100.000,00 2 2 1

46.100 ,00

36.806 ,0042.278 ,00

23.750 ,00

0,00

5.000,00

10.000,00

15.000,00

20.000,00

25.000,00

30.000,00

35.000,00

40.000,00

45.000,00

50.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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195

apartamento 90.000,00 2 2 1

duplex 100.000,00 2 2 1

apartamento 330.000,00 2 2

apartamento 330.000,00 2 2

apartamento 180.000,00 2 2

apartamento 160.000,00 2 1 3 1

apartamento 180.000,00 2 1 3 3

apartamento 90.000,00 2 1 3 1

apartamento 90.000,00 2 1 3

apartamento 135.000,00 2 1 3

apartamento 135.000,00 2 1 3 1

apartamento 150.000,00 2 1 3

apartamento 200.000,00 2 1 3

apartamento 48.000,00 3 3

apartamento 217.560,00 1 2 3 1

apartamento 120.000,00 3 3

apartamento 270.000,00 2 1 3

apartamento 1.200.000,00 3 3 1

apartamento 450.000,00 2 1 3 1

apartamento 340.000,00 2 1 3

apartamento 320.000,00 3 1 4 2

apartamento 180.000,00 4 4 2

apartamento 220.000,00 4 4 2

Tabela 32 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Central 1 no

período de 2001/2010

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 6 129.167,00 129.167,00

175.442,00 2 18 116.000,00 58.000,00

3 15 252.371,00 84.124,00

4 3 240.000,00 60.000,00

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196

Gráfico 46 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Central 1 no período de

2001/2010

Gráfico 47 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Central 1 no período de 2001/2010

14%

43%

36%

7%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

129.167,00 116.000,00

252.371,00 240.000,00

175.442,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

129.167 ,00

58.000 ,00

84.124 ,00

60.000 ,00

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

140.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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197

Gráfico 48 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Central 1 para o período de

2001/2010

Setor Central 2

Tabela 33 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Central 2

no período de 2001/2010

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 30.000,00 1 1 1

kitnet 29.000,00 1 1

apartamento 35.000,00 1 1

apartamento 70.000,00 1 1 2

apartamento 36.000,00 1 1 1

apartamento 23.000,00 1 1 1

apartamento 45.000,00 1 1

apartamento 32.000,00 1 1

apartamento 53.000,00 1 1 1

apartamento 40.000,00 1 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

apartamento 19.000,00 1 1 1

kitnet 17.000,00 1 1

apartamento 43.000,00 1 1 1

apartamento 43.000,00 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

apartamento 32.000,00 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

apartamento 45.000,00 1 1 1

apartamento 50.000,00 1 1 56

kitnet 45.000,00 1 1 1

apartamento 40.000,00 1 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

apartamento 65.000,00 1 1 1

apartamento 35.000,00 1 1 1

apartamento 45.000,00 1 1 1

apartamento 55.000,00 1 1

apartamento 38.000,00 1 1

kitnet 35.000,00 1 1

kitnet 41.500,00 1 1 1

kitnet 38.000,00 1 1

apartamento 60.000,00 1 1

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198

apartamento 70.000,00 1 1

apartamento 85.000,00 1 1 1

apartamento 76.000,00 1 1

kitnet 55.000,00 1 1

kitnet 52.000,00 1 1

apartamento 110.000,00 1 1

apartamento 82.000,00 1 1 1

apartamento 110.000,00 1 1 1

apartamento 89.000,00 1 1

apartamento 98.000,00 1 1

apartamento 170.000,00 1 1 1

apartamento 113.000,00 1 1 1

apartamento 130.000,00 1 1

apartamento 173.000,00 1 1 1

apartamento 80.000,00 1 1

apartamento 145.000,00 1 1 1

apartamento 160.000,00 1 1 1

apartamento 165.000,00 1 1 1

apartamento 100.000,00 1 1

apartamento 35.000,00 1 1 2

apartamento 38.000,00 2 2

apartamento 68.000,00 1 1 2 1

apartamento 55.000,00 2 2 1

apartamento 100.000,00 1 1 2

apartamento 27.000,00 2 2 1

apartamento 65.000,00 2 2 1

apartamento 100.000,00 1 1 2 1

apartamento 58.000,00 2 2 1

apartamento 70.000,00 1 1 2 1 70

apartamento 55.000,00 2 2 1

apartamento 115.000,00 1 1 2 1

apartamento 75.000,00 1 1 2 1

apartamento 60.000,00 1 1 2

apartamento 79.000,00 1 1 2

apartamento 55.000,00 2 2 1

apartamento 55.000,00 2 2 1

apartamento 95.000,00 1 1 2 1

apartamento 83.000,00 1 1 2 1

apartamento 90.000,00 1 1 2 1

apartamento 98.000,00 2 2 1

apartamento 79.500,00 1 1 2 1

apartamento 80.000,00 2 2

apartamento 130.000,00 1 1 2 1

apartamento 85.000,00 2 2

apartamento 140.000,00 2 2 1

Page 199: ANÁLISE DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA DA ... - …siaibib01.univali.br/pdf/Raquel Martin Louzada.pdf · negativamente na Qualidade Ambiental Urbana. A Qualidade Ambiental Urbana

199

apartamento 87.000,00 2 2 1

apartamento 140.000,00 1 1 2 1

apartamento 133.000,00 2 2 1

apartamento 180.000,00 1 1 2 1

apartamento 135.000,00 2 2 1

apartamento 95.000,00 2 2 1

apartamento 230.000,00 1 1 2 1

apartamento 180.000,00 1 1 2 1

apartamento 180.000,00 1 1 2 1

apartamento 160.000,00 2 2

apartamento 200.000,00 1 1 2 1 132,71

apartamento 245.000,00 1 1 2 1

apartamento 190.000,00 1 1 2

apartamento 230.000,00 1 1 2

apartamento 130.000,00 2 2 1

apartamento 190.000,00 1 1 2

apartamento 170.000,00 1 1 2 1

apartamento 180.000,00 2 2 1

apartamento 86.000,00 2 2 1

apartamento 158.000,00 1 1 2 1

apartamento 150.000,00 1 1 2 1

apartamento 220.000,00 1 1 2

apartamento 130.000,00 2 2 1

apartamento 190.000,00 1 1 2 1

apartamento 190.000,00 1 1 2 1

apartamento 255.000,00 1 1 2

apartamento 255.000,00 1 1 2

apartamento 166.000,00 2 2 1

apartamento 290.000,00 2 2 151

cobertura 240.000,00 2 2

apartamento 185.000,00 2 2 1

apartamento 300.000,00 1 1 2

apartamento 450.000,00 2 2 2

apartamento 145.000,00 3 3 1

apartamento 145.000,00 2 1 3 1

apartamento 55.000,00 2 1 3 1

apartamento 95.000,00 2 1 3 2 180

apartamento 85.000,00 2 1 3 1

apartamento 120.000,00 2 1 3

apartamento 92.000,00 2 1 3 1

apartamento 73.000,00 2 1 3 1

apartamento 140.000,00 3 3

apartamento 100.000,00 2 1 3 2

apartamento 150.000,00 2 1 3 1

apartamento 68.000,00 2 1 3 1

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200

apartamento 150.000,00 2 1 3 1

apartamento 100.000,00 2 1 3 2

apartamento 110.000,00 2 1 3 1

apartamento 65.000,00 3 3 1

apartamento 95.000,00 2 1 3 1 150

duplex 160.000,00 1 2 3 1

apartamento 160.000,00 2 1 3 2

apartamento 95.000,00 2 1 3 1

apartamento 130.000,00 2 1 3 1

apartamento 130.000,00 2 1 3 1

apartamento 170.000,00 2 1 3 1

apartamento 175.000,00 2 1 3 220

apartamento 135.000,00 2 1 3

apartamento 280.000,00 2 1 3

apartamento 235.000,00 1 2 3 1 195

apartamento 340.000,00 2 1 3 1

apartamento 200.000,00 3 3 1

apartamento 260.000,00 2 1 3 1

apartamento 380.000,00 2 1 3 1

apartamento 135.000,00 2 1 3 1

apartamento 270.000,00 2 1 3 1

apartamento 295.000,00 2 1 3 1

apartamento 188.000,00 2 1 3 1

apartamento 350.000,00 2 1 3

apartamento 330.000,00 2 1 3

apartamento 450.000,00 2 1 3 1

apartamento 330.000,00 2 1 3

duplex 60.000,00 4 4 2

apartamento 100.000,00 3 1 4

apartamento 68.000,00 4 4 1

apartamento 90.000,00 2 2 4 2

cobertura 180.000,00 3 1 4 2

apartamento 230.000,00 1 3 4

apartamento 350.000,00 3 1 4 1

apartamento 230.000,00 3 1 4 1

Tabela 34 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Central 2 no

período de 2001/2010

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 52 63.990,00 63.990,00

126.152,00 2 59 140.856,00 70.428,00

3 39 179.128,00 59.709,00

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201

4 8 163.500,00 40.875,00

Gráfico 49 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Central 2 no período de

2001/2010

Gráfico 50 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Central 2 no período de 2001/2010

33%

38%

24%

5%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

63.990,00

140.856,00

179.128,00163.500,00

126.152,00

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

140.000,00

160.000,00

180.000,00

200.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

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202

Gráfico 51 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Central 2 para o período de

2001/2010

Setor Central 3

Tabela 35 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Central 3

no período de 2001/2010

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 25.000,00 1 1

kitnet 36.000,00 1 1

kitnet 14.000,00 1 1

kitnet 17.900,00 1 1 1

kitnet 20.000,00 1 1

kitnet 15.000,00 1 1

kitnet 17.000,00 1 1

kitnet 22.000,00 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

apartamento 29.500,00 1 1

kitnet 23.000,00 1 1

kitnet 26.000,00 1 1

kitnet 30.000,00 1 1

apartamento 31.000,00 1 1

apartamento 29.000,00 1 1

kitnet 32.000,00 1 1

kitnet 28.000,00 1 1

apartamento 60.000,00 1 1 1

apartamento 43.000,00 1 1

63.990 ,0070.428 ,00

59.709 ,00

40.875 ,00

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

80.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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203

apartamento 36.000,00 1 1

apartamento 58.000,00 1 1 1

kitnet 40.000,00 1 1

apartamento 80.000,00 1 1 1

kitnet 55.000,00 1 1

kitnet 60.000,00 1 1 1

apartamento 140.000,00 1 1

apartamento 40.000,00 2 2 1 80

apartamento 67.000,00 1 1 2 1

apartamento 80.000,00 1 1 2 1

apartamento 60.000,00 2 2

apartamento 45.000,00 2 2 1

apartamento 55.000,00 2 2 1

apartamento 75.000,00 2 2

apartamento 68.000,00 2 2

apartamento 200.000,00 2 2 1

apartamento 220.000,00 1 1 2 1

apartamento 230.000,00 1 1 2 1

apartamento 40.000,00 1 2 3 1

apartamento 115.000,00 2 1 3 1

cobertura 140.000,00 2 1 3 1 150

apartamento 350.000,00 3 3

apartamento 220.000,00 2 1 3 1

apartamento 135.000,00 2 1 3 1

apartamento 95.000,00 3 1 4 2

apartamento 580.000,00 4 4 3

Tabela 36 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Central 3 no

período de 2001/2010

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 26 38.169,00 38.169,00

84.609,00 2 11 103.636,00 51.818,00

3 6 166.667,00 55.556,00

4 2 337.500,00 84.375,00

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204

Gráfico 52 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Central 3 no período de

2001/2010

Gráfico 53 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Central 3 no período de 2001/2010

58%24%

13%5%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

38.169,00103.636,00

166.667,00

337.500,00

84.609,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

350.000,00

400.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

38.169 ,0051.818 ,00 55.556 ,00

84.375 ,00

0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

80.000,00

90.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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205

Gráfico 54 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Central 3 para o período de

2001/2010

Setor Norte

Tabela 37 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Norte no

período de 2001/2010

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 28.000,00 1 1 1

apartamento 27.000,00 1 1 1

apartamento 100.000,00 1 1

apartamento 35.000,00 1 1

kitnet 22.000,00 1 1

apartamento 27.000,00 1 1

kitnet 23.000,00 1 1

apartamento 30.000,00 1 1

apartamento 38.000,00 1 1 1 40

kitnet 30.000,00 1 1

kitnet 25.000,00 1 1

apartamento 110.000,00 1 1 1 104

apartamento 45.000,00 1 1

apartamento 45.000,00 1 1 1

kitnet 45.000,00 1 1

apartamento 45.000,00 1 1 1

apartamento 55.000,00 1 1

apartamento 60.000,00 1 1 1

apartamento 56.000,00 1 1

apartamento 65.000,00 1 1 1

apartamento 70.000,00 1 1

apartamento 70.000,00 1 1

apartamento 80.000,00 1 1

apartamento 70.000,00 1 1 1

Kitnet 53.000,00 1 1

apartamento 85.000,00 1 1

apartamento 70.000,00 1 1

apartamento 65.000,00 1 1 1

apartamento 69.000,00 1 1 1

apartamento 76.000,00 1 1

apartamento 85.000,00 1 1

apartamento 150.000,00 1 1

apartamento 90.000,00 1 1 1

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206

apartamento 100.000,00 1 1

apartamento 85.000,00 1 1 1

apartamento 120.000,00 1 1 1

apartamento 85.000,00 1 1 1

apartamento 95.000,00 1 1

apartamento 65.000,00 1 1

apartamento 180.000,00 1 1 1 84.5

apartamento 95.000,00 1 1 1

apartamento 110.000,00 1 1

apartamento 100.000,00 1 1

apartamento 40.000,00 2 2 1 1

apartamento 40.000,00 2 2 1 90

apartamento 60.000,00 2 2 1

apartamento 85.000,00 1 1 2 1

apartamento 65.000,00 2 2 1

apartamento 70.000,00 2 2 1

apartamento 70.000,00 2 2 1

apartamento 45.000,00 2 2 1

apartamento 37.000,00 2 2

apartamento 50.000,00 2 2

apartamento 130.000,00 2 2 1

apartamento 78.000,00 2 2 80

apartamento 85.000,00 2 2 120

apartamento 150.000,00 1 1 2 1

apartamento 150.000,00 1 1 2 1

apartamento 174.445,00 1 1 2 2

apartamento 200.000,00 2 2 1

apartamento 94.500,00 2 2

apartamento 220.000,00 2 2 1

apartamento 160.000,00 2 2 1

apartamento 350.000,00 1 1 2 1

apartamento 160.000,00 2 2 1

apartamento 125.000,00 2 2 1

apartamento 125.000,00 2 2 1

apartamento 219.000,00 2 2

apartamento 265.000,00 1 1 2

apartamento 130.000,00 2 2

apartamento 161.000,00 2 2 1

apartamento 160.000,00 2 2 1

apartamento 160.000,00 2 2 1

apartamento 270.000,00 2 2 1

apartamento 150.000,00 2 2 1

apartamento 360.000,00 2 2 2

apartamento 320.000,00 1 1 2 2

apartamento 260.000,00 2 2

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207

apartamento 65.000,00 2 1 3 1

apartamento 75.000,00 2 1 3 1

apartamento 310.000,00 3 3 306

apartamento 140.000,00 2 1 3 2

cobertura 180.000,00 3 3 2

apartamento 140.000,00 2 1 3 2

cobertura 180.000,00 3 3 2

apartamento 130.000,00 2 1 3 1

apartamento 90.000,00 2 1 3 1 120

apartamento 190.000,00 2 1 3 1

apartamento 170.000,00 2 1 3 1

apartamento 140.000,00 2 1 3 2 150

apartamento 150.000,00 2 1 3 1 130

apartamento 220.000,00 2 1 3 1

apartamento 265.000,00 3 3 1

apartamento 295.000,00 2 1 3

cobertura 590.000,00 3 3 3

apartamento 500.000,00 3 3 1

apartamento 245.000,00 2 1 3 1

apartamento 750.000,00 3 3

apartamento 310.000,00 2 1 3 3

apartamento 350.000,00 2 1 3

apartamento 400.000,00 2 1 3

apartamento 180.000,00 4 4 2

apartamento 180.000,00 4 4 2

apartamento 490.000,00 3 1 4 4

cobertura 850.000,00 3 1 4

Tabela 38 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Norte no

período de 2001/2010

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 43 69.279,00 69.279,00

150.314,00 2 35 149.113,00 74.556,00

3 23 255.870,00 85.290,00

4 4 425.000,00 106.250,00

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208

Gráfico 55 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Norte no período de 2001/2010

Gráfico 56 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Norte no período de 2001/2010

Gráfico 57 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Norte para o período de

2001/2010

41%

33%

22%4%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

69.279,00

149.113,00

255.870,00

425.000,00

150.314,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

350.000,00

400.000,00

450.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

69.279 ,00 74.556 ,0085.290 ,00

106.250 ,00

0,00

20.000,00

40.000,00

60.000,00

80.000,00

100.000,00

120.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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209

Setor Sul

Tabela 39 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Sul no

período de 2001/2010

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 29.500,00 1 1

apartamento 49.000,00 1 1 1

apartamento 47.000,00 1 1 1

apartamento 110.000,00 1 1 1

apartamento 100.000,00 1 1

apartamento 134.000,00 1 1

apartamento 85.000,00 1 1 2 120

apartamento 52.000,00 2 2 1

apartamento 60.000,00 2 2 1

apartamento 65.000,00 2 2

apartamento 90.000,00 2 2

apartamento 170.000,00 2 2 1

apartamento 165.000,00 2 2 75

apartamento 252.000,00 2 2 2

apartamento 410.000,00 2 2

apartamento 145.000,00 2 2 1

apartamento 75.000,00 2 1 3 120

apartamento 41.000,00 3 3

cobertura 250.000,00 2 1 3 2

apartamento 100.000,00 2 1 3 1

apartamento 220.000,00 2 1 3 2

apartamento 160.000,00 2 1 3 1

apartamento 165.000,00 2 1 3

apartamento 110.000,00 2 1 3 1

apartamento 300.000,00 2 1 3 1

apartamento 350.000,00 3 3 2

apartamento 150.000,00 2 1 3 1

apartamento 750.000,00 2 1 3

Tabela 40 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Sul no período

de 2001/2010

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210

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 6 78.250,00 78.250,00

165.518,00 2 10 149.400,00 74.700,00

3 12 222.583,00 74.194,00

4 0 - -

Gráfico 58 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Sul no período de 2001/2010

Gráfico 59 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Sul no período de 2001/2010

21%

36%

43%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

78.250,00

149.400,00

222.583,00

-

165.518,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

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211

Gráfico 60 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Sul para o período de

2001/2010

PERÍODO DE 2011 A 2016

Setor Avenida Atlântica

Tabela 41 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

Atlântica no período de 2011/2016

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 285.000,00 1 1 1 95

apartamento 300.000,00 1 1 2

apartamento 270.000,00 1 1

apartamento 195.000,00 1 1

kitnet 235.000,00 1 1

apartamento 420.000,00 2 1 1

apartamento 450.000,00 2 2 1

apartamento 420.000,00 1 1 2 1

apartamento 395.000,00 2 2 1

apartamento 330.000,00 2 2 1

apartamento 420.000,00 2 2 1

apartamento 450.000,00 2 2 1

apartamento 600.000,00 2 2 1

apartamento 600.000,00 2 2 1

apartamento 950.000,00 2 2 1

apartamento 750.000,00 1 1 2 2

78.250 ,00 74.700 ,00 74.194 ,00

-0,00

10.000,00

20.000,00

30.000,00

40.000,00

50.000,00

60.000,00

70.000,00

80.000,00

90.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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212

apartamento 750.000,00 1 1 2 2

apartamento 950.000,00 2 2 1

apartamento 750.000,00 2 2 1

apartamento 849.900,00 1 1 2 1 82

apartamento 1.400.000,00 2 1 3 2

apartamento 1.500.000,00 3 3

apartamento 650.000,00 2 1 3 1 138

apartamento 800.000,00 2 1 3

apartamento 1.435.000,00 3 3

apartamento 520.000,00 3 3 1 154

apartamento 830.000,00 2 1 3 1 180

apartamento 1.020.000,00 1 2 3

apartamento 560.000,00 2 1 3

apartamento 1.500.000,00 3 3 2

apartamento 880.000,00 3 3 2

apartamento 1.090.000,00 2 1 3

apartamento 830.000,00 2 1 3 1 180

apartamento 1.500.000,00 3 3 2

apartamento 1.300.000,00 3 3 2

apartamento 2.200.000,00 3 3 3

apartamento 1.300.000,00 3 3 2

apartamento 1.390.000,00 2 1 3

apartamento 1.400.000,00 3 3 2

apartamento 500.000,00 2 1 3 1 134

apartamento 450.000,00 2 1 3 1

apartamento 650.000,00 2 1 3

apartamento 690.000,00 2 1 3

apartamento 690.000,00 2 1 3 1 166

apartamento 1.700.000,00 2 1 3 2

apartamento 750.000,00 2 1 3 1

apartamento 680.000,00 3 3 1

apartamento 690.000,00 2 1 3 305

apartamento 550.000,00 3 3 1

apartamento 1.700.000,00 3 3 2

apartamento 950.000,00 1 2 3 1

apartamento 1.250.000,00 2 1 3 1

apartamento 2.500.000,00 3 3 4

apartamento 3.550.000,00 3 3 3

apartamento 1.100.000,00 2 1 3 1

apartamento 590.000,00 3 3 1 101.53

apartamento 2.370.000,00 2 1 3 1 150

apartamento 1.180.000,00 2 1 3 1 137

apartamento 2.300.000,00 3 3 2 190

apartamento 1.700.000,00 3 3 4 140

apartamento 2.600.000,00 4 4 3

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213

apartamento 3.297.000,00 4 4 2 191

apartamento 2.650.000,00 4 4 2 200

apartamento 1.300.000,00 4 4 1 96

apartamento 3.300.000,00 4 4 3 330

Tabela 42 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida

Atlântica no período de 2011/2016

Dormitórios Quantidade

imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média total

(R$)

1 5 257.000,00 257.000,00

1.110.183,00 2 15 605.660,00 302.830,00

3 40 1.216.125,00 405.375,00

4 5 2.629.400,00 657.350,00

Gráfico 61 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida Atlântica no período

de 2011/2016

8%

23%

61%

8%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

257.000,00 605.660,00

1.216.125,00

2.629.400,001.110.183,00

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

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214

Gráfico 62 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida Atlântica no período de

2011/2016

Gráfico 63 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida Atlântica para o

período de 2011/2016

Setor Avenida Brasil

Tabela 43 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

Brasil no período de 2011/2016

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 190.000,00 1 1 1 75.5

apartamento 150.000,00 1 1 1

apartamento 158.000,00 1 1 1

apartamento 160.000,00 1 1 1

apartamento 225.000,00 1 1 1

apartamento 220.000,00 1 1 1

apartamento 180.000,00 1 1 1

apartamento 175.000,00 1 1 1

apartamento 250.000,00 1 1

apartamento 235.000,00 1 1 1

kitnet 130.000,00 1 1

apartamento 195.000,00 1 1 1

apartamento 449.900,00 1 1 1 40

apartamento 330.000,00 1 1 57

apartamento 198.600,00 2 2

apartamento 196.000,00 2 2

257.000,00 302.830,00405.375,00

657.350,00

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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215

apartamento 200.000,00 2 2

apartamento 230.000,00 2 2 1

apartamento 175.000,00 2 2

apartamento 320.000,00 1 1 2 1

apartamento 260.000,00 1 1 2 1

apartamento 265.000,00 2 2 1

apartamento 320.000,00 2 2 1

apartamento 450.000,00 1 1 2 1

apartamento 460.000,00 2 2 2

apartamento 320.000,00 2 2 1

apartamento 385.000,00 2 2 1 89

apartamento 420.000,00 1 1 2 1

apartamento 350.000,00 2 2 1

apartamento 366.000,00 2 2 1

apartamento 260.000,00 2 2

apartamento 550.000,00 2 2 1 97

apartamento 270.000,00 2 2 53

apartamento 469.900,00 2 2 1 70

apartamento 257.000,00 2 1 3 2

apartamento 390.000,00 2 1 3 1

apartamento 350.000,00 2 1 3 1

apartamento 390.000,00 2 1 3 1

apartamento 605.000,00 2 1 3 2

apartamento 650.000,00 1 2 3 2 183

apartamento 850.000,00 3 3 2

apartamento 320.000,00 2 1 3 1

apartamento 460.000,00 2 1 3 2

apartamento 460.000,00 2 1 3 2

apartamento 460.000,00 2 1 3 1

apartamento 470.000,00 2 1 3 2

apartamento 470.000,00 2 1 3 2

apartamento 485.000,00 2 1 3 2

apartamento 485.000,00 2 1 3 2

apartamento 550.000,00 3 3 1

apartamento 670.000,00 2 1 3 2 200

apartamento 450.000,00 3 3 1

cobertura 900.000,00 2 1 3 3 361.39

apartamento 430.000,00 2 1 3 1

apartamento 750.000,00 2 1 3 1

apartamento 2.150.000,00 3 3 2 152

apartamento 950.000,00 2 1 3 2 112

apartamento 680.000,00 2 1 3 2 105

apartamento 2.300.000,00 3 3 2 220

apartamento 650.000,00 2 2 4 1

apartamento 650.000,00 2 2 4 1

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216

Tabela 44 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida Brasil

no período de 2011/2016

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média Total

(R$)

1 14 217.707,00 217.707,00

454.843,00 2 20 323.275,00 161.638,00

3 25 677.280,00 225.760,00

4 2 650.000,00 162.500,00

Gráfico 64 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida Brasil no período de

2011/2016

Gráfico 65 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida Brasil no período de

2011/2016

23%

33%

41%

3%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

217.707,00323.275,00

677.280,00 650.000,00

454.843,00

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

800.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média total

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217

Gráfico 66 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida Brasil para o

período de 2011/2016

Setor Avenida Central

Tabela 45 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

Central no período de 2011/2016

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 148.000,00 1 1

apartamento 170.000,00 1 1

apartamento 165.000,00 1 1

apartamento 153.000,00 1 1

apartamento 153.000,00 1 1

apartamento 260.000,00 1 1 1

apartamento 280.000,00 1 1 1

apartamento 220.000,00 1 1

apartamento 190.000,00 1 1

apartamento 265.000,00 1 1 35

apartamento 290.000,00 1 1 43

apartamento 360.000,00 1 1 1 55

apartamento 340.000,00 1 1 1 55

apartamento 290.000,00 1 1 2 1

apartamento 310.000,00 1 1 2 2

apartamento 380.000,00 1 1 2 1

apartamento 295.000,00 2 2 1

apartamento 250.000,00 2 2 1

apartamento 320.000,00 2 2

217.707 ,00

161.638 ,00

225.760 ,00

162.500 ,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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218

apartamento 500.000,00 1 1 2 1

apartamento 800.000,00 2 1 3

apartamento 850.000,00 3 3 2 136

apartamento 926.250,00 3 3 2 185

apartamento 500.000,00 2 1 3 1

apartamento 1.400.000,00 3 3 3 130

apartamento 1.250.000,00 2 1 3 2 200

apartamento 1.700.000,00 4 4

Tabela 46 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida Central

no período de 2011/2016

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média Total

(R$)

1 13 230.308,00 230.308,00

472.787,00 2 7 335.000,00 167.500,00

3 6 954.375,00 318.125,00

4 1 1.700.000,00 1.700.000,00

Gráfico 67 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida Central no período de

2011/2016

48%

26%

22%4%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

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219

Gráfico 68 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida Central no período de

2011/2016

Gráfico 69 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida Central para o

período de 2011/2016

Setor Avenida do Estado

Tabela 47 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Avenida

do Estado no período de 2011/2016

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

kitnet 79.000,00 1 1

apartamento 155.000,00 1 1 1

230.308,00 335.000,00

954.375,00

1.700.000,00

472.787,00

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1.600.000,00

1.800.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

230.308 ,00 167.500 ,00 318.125 ,00

1.700.000,00

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1.600.000,00

1.800.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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220

kitnet 98.800,00 1 1

kitnet 106.000,00 1 1

kitnet 116.000,00 1 1

kitnet 95.000,00 1 1 1

apartamento 128.000,00 1 1 1

kitnet 128.600,00 1 1

kitnet 125.000,00 1 1 1

kitnet 136.000,00 1 1

kitnet 128.000,00 1 1

kitnet 138.600,00 1 1 1

apartamento 380.000,00 1 1 2 2 60

apartamento 540.000,00 2 2 1 90

apartamento 420.000,00 1 1 2 1 67

apartamento 395.000,00 2 2 2 66

Tabela 48 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Avenida do

Estado no período de 2011/2016

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média Total

(R$)

1 12 119.500,00 119.500,00

198.063,00 2 4 433.750,00 216.875,00

3 0 - -

4 0 - -

Gráfico 70 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Avenida do Estado no período

de 2011/2016

75%

25%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2

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221

Gráfico 71 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Avenida do Estado no período de

2011/2016

Gráfico 72 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Avenida do Estado para o

período de 2011/2016

Setor Terceira Avenida

Tabela 49 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Terceira

Avenida no período de 2011/2016

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 195.000,00 1 1 1

apartamento 245.000,00 1 1 2 1

119.500,00

433.750,00

- -

198.063,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

350.000,00

400.000,00

450.000,00

500.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

119.500,00

216.875 ,00

- -0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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222

apartamento 245.000,00 1 1 2 1

apartamento 390.000,00 1 1 2 1 73

apartamento 550.000,00 2 2 2 90

apartamento 440.000,00 1 1 2 1 90

apartamento 290.000,00 1 2 3 1

apartamento 395.000,00 2 1 3 1

apartamento 880.000,00 2 1 3 2 118.85

apartamento 1.500.000,00 3 3 2 119

apartamento 649.900,00 2 1 3 2 102

apartamento 970.900,00 2 1 3 2 92

apartamento 800.000,00 2 1 3 2 120

apartamento 390.000,00 2 1 3 1 90

apartamento 390.000,00 2 1 3 1 99

apartamento 950.000,00 2 1 3 2 161

apartamento 580.000,00 2 1 3 2 108

apartamento 695.000,00 2 1 3 2 149

apartamento 813.000,00 2 1 3 2 102

apartamento 950.000,00 2 1 3 2 127

Tabela 50 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Terceira

Avenida no período de 2011/2016

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média Total

(R$)

1 1 195.000,00 195.000,00

615.940,00 2 5 374.000,00 187.000,00

3 14 732.414,00 244.138,00

4 0 - -

Gráfico 73 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Terceira Avenida no período de

2011/2016

5%

25%

70%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

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223

Gráfico 74 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Terceira Avenida no período de

2011/2016

Gráfico 75 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Terceira Avenida para o

período de 2011/2016

Setor Central 1

Tabela 51 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Central 1

no período de 2011/2016

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 220.000,00 1 1

apartamento 370.000,00 1 1 2 1

195.000,00

374.000,00

732.414,00

-

615.940,00

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

800.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

195.000,00 187.000 ,00

244.138 ,00

-0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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224

apartamento 830.000,00 2 2 2

apartamento 550.000,00 2 2 1 146

apartamento 490.000,00 2 2 1 65

apartamento 520.000,00 2 2 1 96

apartamento 620.000,00 1 1 2 1 65

apartamento 490.000,00 2 2 1 65

apartamento 200.000,00 2 1 3

apartamento 450.000,00 1 2 3 1

apartamento 520.000,00 3 3 171.82

apartamento 1.730.000,00 3 3 3 132

apartamento 980.000,00 2 1 3 1 200

apartamento 690.000,00 3 3 1 160

apartamento 1.750.000,00 3 3 3 136

apartamento 2.400.000,00 3 3 2 151

apartamento 680.000,00 2 1 3 1 100

apartamento 1.500.000,00 3 3 2 128

apartamento 850.000,00 2 1 3 1 204

apartamento 1.650.000,00 3 3 3 128

apartamento 750.000,00 2 1 3 1

apartamento 520.000,00 2 2 4 1 180

apartamento 720.000,00 2 2 4 1

Tabela 52 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Central 1 no

período de 2011/2016

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média Total

(R$)

1 1 220.000,00 220.000,00

846.957,00 2 7 552.857,00 276.429,00

3 13 1.088.462,00 362.821,00

4 2 620.000,00 155.000,00

4%

30%

57%

9%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

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225

Gráfico 76 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Central 1 no período de

2011/2016

Gráfico 77 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Central 1 no período de 2011/2016

Gráfico 78 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Central 1 para o período de

2011/2016

Setor Central 2

Tabela 53 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Central 2

no período de 2011/2016

220.000,00

552.857,00

1.088.462,00

620.000,00

846.957,00

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

220.000,00276.429 ,00

362.821 ,00

155.000 ,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

350.000,00

400.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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226

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios

Vagas de

garagem Metragem

apartamento 153.000,00 1 1

apartamento 195.000,00 1 1 1

apartamento 130.000,00 1 1

kitnet 160.000,00 1 1

apartamento 270.000,00 1 1 2 1

apartamento 290.000,00 1 1 2 1

apartamento 390.000,00 2 2 1

apartamento 225.000,00 2 2

apartamento 525.000,00 1 1 2 1 91.69

apartamento 245.000,00 1 1 2 1

apartamento 525.000,00 1 1 2 1 91.69

apartamento 190.000,00 2 2

apartamento 380.000,00 1 1 2 1

apartamento 320.000,00 2 2

apartamento 330.000,00 1 1 2 1

apartamento 580.000,00 1 1 2 1 70

apartamento 550.000,00 1 1 2 1 93

apartamento 484.910,00 2 1 3

apartamento 400.000,00 3 3 1

apartamento 800.000,00 2 1 3 2

apartamento 380.000,00 2 1 3 1

apartamento 290.000,00 1 2 3 1

apartamento 370.000,00 2 1 3 1

apartamento 1.600.000,00 3 3 3

apartamento 800.000,00 2 1 3

apartamento 1.800.000,00 3 3 3

apartamento 595.000,00 2 1 3 1 197.92

apartamento 880.000,00 3 3 2

apartamento 550.000,00 2 1 3 1

apartamento 700.000,00 2 1 3 1 102

apartamento 940.000,00 1 2 3 2 130

apartamento 455.000,00 2 1 3 1 112

apartamento 830.000,00 3 3 2 121

apartamento 950.000,00 3 3 2 132

apartamento 1.060.000,00 1 2 3 2 105

apartamento 636.000,00 2 1 3 1 104

apartamento 1.350.000,00 4 4 3

apartamento 1.000.000,00 2 2 4 3 138

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227

Tabela 54 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Central 2 no

período de 2011/2016

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média Total

(R$)

1 4 159.500,00 159.500,00

587.603,00 2 13 370.769,00 185.385,00

3 19 764.258,00 254.753,00

4 2 1.175.000,00 293.750,00

Gráfico 79 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Central 2 no período de

2011/2016

Gráfico 80 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Central 2 no período de 2011/2016

11%

34%50%

5%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

159.500,00370.769,00

764.258,00

1.175.000,00587.603,00

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

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228

Gráfico 81 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Central 2 para o período de

2011/2016

Setor Central 3

Tabela 55 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Central 3

no período de 2011/2016

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

kitnet 79.000,00 1 1

kitnet 98.800,00 1 1

kitnet 106.000,00 1 1

kitnet 116.000,00 1 1

apartamento 128.000,00 1 1 1

kitnet 128.600,00 1 1

kitnet 136.000,00 1 1

kitnet 138.600,00 1 1 1

apartamento 260.000,00 1 1 1

apartamento 269.000,00 1 1 38

apartamento 220.000,00 1 1 1 35

apartamento 200.000,00 1 1 2 1

apartamento 280.000,00 2 2 1

apartamento 320.000,00 2 2 1 89.20

apartamento 630.000,00 2 2 1 90

apartamento 280.000,00 2 2 1 85

apartamento 355.000,00 1 1 2 1 72

apartamento 477.500,00 1 1 2 1 92

apartamento 280.000,00 2 1 3 1

159.500,00185.385 ,00

254.753 ,00293.750 ,00

0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

350.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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229

apartamento 470.000,00 1 2 3 145

apartamento 900.000,00 2 1 3 2 127

apartamento 830.000,00 3 3 3 132

Tabela 56 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Central 3 no

período de 2011/2016

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média Total

(R$)

1 11 152.727,00 152.727,00

304.659,00 2 7 363.214,00 181.607,00

3 4 620.000,00 206.667,00

4 0 - -

Gráfico 82 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Central 3 no período de

2011/2016

50%

32%

18%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

152.727,00

363.214,00

620.000,00

-

304.659,00

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

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230

Gráfico 83 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Central 3 no período de 2011/2016

Gráfico 84 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Central 3 para o período de

2011/2016

Setor Norte

Tabela 57 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Norte no

período de 2011/2016

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios Vagas de garagem

Metragem

apartamento 200.000,00 1 1 1

apartamento 200.000,00 1 1 1

apartamento 205.000,00 1 1

apartamento 450.000,00 1 1 1 36

apartamento 180.000,00 2 2 1

apartamento 248.000,00 1 1 2 1

apartamento 260.000,00 2 2 1

apartamento 260.000,00 2 2 1

apartamento 440.000,00 2 2 2

apartamento 270.000,00 2 2

apartamento 280.000,00 2 2 1

apartamento 530.000,00 1 1 2 1 80

apartamento 620.000,00 1 1 2 1 116

apartamento 380.000,00 2 2 1 68

apartamento 550.000,00 1 1 2 1 88

apartamento 380.000,00 2 2 1 61

152.727,00181.607 ,00

206.667 ,00

-0,00

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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231

apartamento 450.000,00 1 1 2 1 148

apartamento 1.400.000,00 2 1 3 2

apartamento 850.000,00 3 3 2

apartamento 489.000,00 2 1 3 2

apartamento 700.000,00 2 1 3 2

apartamento 1.800.000,00 3 3 3

apartamento 2.500.000,00 3 3 4

apartamento 3.550.000,00 3 3 3

apartamento 1.100.000,00 2 1 3 1

apartamento 2.350.000,00 3 3 3 323

apartamento 590.000,00 3 3 1 101.53

apartamento 700.000,00 2 1 3 1 115

apartamento 690.000,00 2 1 3 1 115

apartamento 695.000,00 2 1 3 1 100

apartamento 780.000,00 2 1 3 1 110

apartamento 695.000,00 2 1 3 1 131

apartamento 1.650.000,00 3 3 2 142

apartamento 1.300.000,00 3 3 2 123

apartamento 680.000,00 2 1 3 2 105

apartamento 990.000,00 3 3 2 117

apartamento 1.200.000,00 3 3 2 118

apartamento 650.000,00 2 1 3 2 107

apartamento 1.300.000,00 4 4 3 281.8

Tabela 58 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Norte no

período de 2011/2016

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média Total

(R$)

1 4 263.750,00 263.750,00

834.923,00 2 13 372.923,00 186.462,00

3 21 1.207.571,00 402.524,00

4 1 1.300.000,00 1.300.000,00

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232

Gráfico 85 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Norte no período de 2011/2016

Gráfico 86 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Norte no período de 2011/2016

Gráfico 87 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Norte para o período de

2011/2016

10%

33%54%

3%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

263.750,00372.923,00

1.207.571,00 1.300.000,00

834.923,00

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

263.750,00 186.462 ,00402.524 ,00

1.300.000,00

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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233

Setor Sul

Tabela 59 – Resumo das informações encontradas para cada imóvel do Setor Sul no

período de 2011/2016

Tipo de imóvel

Valor (R$) Dormitórios Suíte Total de

dormitórios

Vagas de

garagem Metragem

apartamento 360.000,00 1 1 1 76

apartamento 500.000,00 1 1 2 1

apartamento 570.000,00 1 1 2 1 123.16

apartamento 460.000,00 1 1 2 1

apartamento 530.000,00 2 2 1

apartamento 800.000,00 1 1 2 1 72

apartamento 420.000,00 2 2 1

apartamento 570.000,00 2 2 1 87

apartamento 540.000,00 2 1 3 1

apartamento 450.000,00 2 1 3 1

apartamento 400.000,00 3 3 1

apartamento 1.350.000,00 3 3 2

apartamento 1.750.000,00 3 3 2 168

apartamento 1.750.000,00 3 3 2 168

apartamento 350.000,00 2 1 3 1

apartamento 2.475.000,00 3 3 2 283

apartamento 800.000,00 2 1 3 2

apartamento 1.200.000,00 2 1 3

apartamento 3.760.000,00 3 3

apartamento 4.600.000,00 3 3 3 180

apartamento 590.000,00 2 1 3 1 140

apartamento 1.350.000,00 2 1 3 2 180

apartamento 4.200.000,00 4 4 4 258

apartamento 3.800.000,00 4 4 4 260

apartamento 1.200.000,00 2 2 4 3 154

Tabela 60 – Resumo dos dados de valorização imobiliária para o Setor Sul no período

de 2011/2016

Dormitórios Quantidade de imóveis

Valor médio

(R$)

Valor por dormitório

(R$)

Média Total

(R$)

1 1 360.000,00 360.000,00 1.391.000,00

2 7 550.000,00 275.000,00

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234

3 14 1.526.071,00 508.690,00

4 3 3.066.667,00 766.667,00

Gráfico 88 – Quantidade de imóveis por dormitório para o Setor Sul no período de 2011/2016

Gráfico 89 – Valor (R$) médio dos imóveis para o Setor Sul no período de 2011/2016

4%

28%

56%

12%

Quantidade de imóveis por dormitório

1 2 3 4

360.000,00 550.000,00

1.526.071,00

3.066.667,001.391.000,00

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

3.500.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio dos imóveis

Valor médio Média Total

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235

Gráfico 90 – Valor (R$) médio por dormitório dos imóveis do Setor Sul para o período de

2011/2016

360.000,00275.000 ,00

508.690 ,00

766.667 ,00

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

800.000,00

900.000,00

1 2 3 4

Valor (R$) médio por dormitório

Valor por dormitório

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236

APÊNDICE 2 – Gráficos das médias dos valores dos imóveis por

quantidade de dormitórios para cada setor

Figura 1 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor

Avenida Atlântica

Figura 2 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor

Avenida Brasil

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

3.500.000,00

4.000.000,00

1 2 3 4

Setor Avenida Atlântica

Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1 2 3 4

Setor Avenida Brasil

Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

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237

Figura 3 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor

Avenida Central

Figura 4 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor

Avenida do Estado

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

1 2 3 4

Setor Avenida Central

Média dos valores (R$) dos imóveis por dormitório

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

0,00

100.000,00

200.000,00

300.000,00

400.000,00

500.000,00

600.000,00

700.000,00

1 2 3 4

Setor Avenida do Estado

Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

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238

Figura 5 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor

Terceira Avenida

Figura 6 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor

Central 1

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1 2 3 4

Setor Terceira Avenida

Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1.600.000,00

1 2 3 4

Setor Central 1

Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

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239

Figura 7 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor

Central 2

Figura 8 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor

Central 3

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

1.400.000,00

1.600.000,00

1 2 3 4

Setor Central 2

Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

0,00100.000,00200.000,00300.000,00400.000,00500.000,00600.000,00700.000,00800.000,00900.000,00

1 2 3 4

Setor Central 3

Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

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240

Figura 9 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor

Norte

Figura 10 – Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios para o Setor Sul

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

1 2 3 4

Setor Norte

Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

2.500.000,00

3.000.000,00

3.500.000,00

1 2 3 4

Setor Sul

Média dos valores (R$) dos imóveis por quantidade de dormitórios

1994 - 2000 2001 - 2010 2011 - 2016

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241

APÊNDICE 3 – Comparação entre períodos em relação à valorização por

quantidade de dormitórios para cada setor

Figura 1 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de dormitórios

para o Setor Avenida Atlântica

Figura 2 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de dormitórios

para o Setor Avenida Brasil

0%

500%

1000%

1500%

2000%

2500%

3000%

1 2 3 4

Setor Avenida Atlântica

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

0%

500%

1000%

1500%

2000%

1 2 3 4

Setor Avenida Brasil

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

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242

Figura 3 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de dormitórios

para o Setor Avenida Central

Figura 4 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de dormitórios

para o Setor Avenida do Estado

0%

500%

1000%

1500%

2000%

2500%

1 2 3 4

Setor Avenida Central

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

0%

500%

1000%

1500%

2000%

2500%

1 2 3 4

Setor Avenida do Estado

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

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243

Figura 5 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de dormitórios

para o Setor Terceira Avenida

Figura 6 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de dormitórios

para o Setor Central 1

0%

500%

1000%

1500%

2000%

2500%

1 2 3 4

Setor Terceira Avenida

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

0%

500%

1000%

1500%

2000%

2500%

3000%

1 2 3 4

Setor Central 1

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

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244

Figura 7 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de dormitórios

para o Setor Central 2

Figura 8 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de dormitórios

para o Setor Central 3

0%200%400%600%800%

1000%1200%1400%1600%1800%

1 2 3 4

Setor Central 2

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

0%

500%

1000%

1500%

2000%

1 2 3 4

Setor Central 3

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

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245

Figura 9 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de dormitórios

para o Setor Norte

Figura 10 - Comparação entre períodos em relação à valorização por quantidade de

dormitórios para o Setor Sul

0%

500%

1000%

1500%

2000%

2500%

3000%

1 2 3 4

Setor Norte

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

0%

500%

1000%

1500%

2000%

2500%

1 2 3 4

Setor Sul

Comparação da valorização entre períodos em relação ao número de dormitórios

94/00 - 01/10 01/10 - 11/16 94/00 - 11/16

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246

APÊNDICE 4 – Questionário de percepção da população sobre a

Qualidade Ambiental Urbana da região da Praia Central de Balneário

Camboriú

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL

Resumo: O presente questionário busca entender o estado atual da Qualidade Ambiental Urbana da Praia Central de Balneário Camboriú por meio da percepção da população que reside nas diferentes quadras localizadas desde a praia (Avenida Atlântica) ao interior da planície (4º Avenida). Você deve apenas colocar o local mais próximo onde mora e responder as questões que englobam temas fundamentais relacionados ao seu dia-a-dia, tais como infraestrutura urbana, áreas verdes, água, saneamento, resíduos sólidos ente outros. O resultado deste trabalho realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental será enviado para a Prefeitura, bem como deverá ser divulgado na imprensa. Sua opinião é muito importante para entendermos os desafios atuais e futuros para a cidade que você vive.

Você sabia que a Qualidade Ambiental Urbana está intimamente relacionada com a qualidade de vida da população de um determinado local? Esse local, por sua vez, define a existência ou não de condições saudáveis de habitação em termos sociais, ambientais e econômicos. Vale lembrar ainda que o homem é o sujeito tanto ativo como passivo dos processos de produção e degradação do ambiente em que vive.

Qualquer dúvida ou sugestão: [email protected] ou [email protected]

QUESTIONÁRIO Gênero: ( ) homem ( ) mulher Idade: _______ Profissão: __________________________________________________ Local de nascimento: ____________________________________________________________ Endereço atual: _____________________________________________________Nº__________

1. INFRAESTRUTURA URBANA a. Como você classifica a qualidade da energia elétrica na sua residência?

Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

b. Como você classifica a iluminação pública na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

c. Como você classifica a fiação de rua na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

d. Como você classifica a pavimentação das vias na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

e. Como você classifica o estado das calçadas na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

f. Como você classifica o comércio na região onde mora (você encontra o que necessita)? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

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247

g. Como você classifica a segurança pública na região onde mora?

Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

h. Como você classifica o serviço de informações (folders, jornais e bancas de revista) na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

i. Como você classifica a quantidade de placas informativas na cidade na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

2. ÁREAS VERDES a. Como você classifica a arborização na região onde mora?

Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

b. Como você classifica a situação das praças e parques na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

c. Como você classifica a manutenção de áreas verdes em locais edificados na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

3. PRAIA a. Como você classifica a qualidade ambiental geral da Praia Central de

Balneário Camboriú na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

b. Como você classifica a balneabilidade da Praia Central na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

c. Como você classifica o uso das duchas públicas da Praia Central na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

d. Como você classifica a manutenção das duchas públicas da Praia Central na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

e. Como você qualifica a qualidade da limpeza da faixa de areia da Praia Central na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

f. Como você classifica o serviço de coleta de resíduos em área pública na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

g. Como você classifica o serviço de salva-vidas da Praia Central na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

h. Como você classifica o tempo de exposição do sol existente na Praia Central de Balneário Camboriú na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

i. Como você classifica os serviços de praia (quiosques e afins) na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

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248

4. SANEAMENTO a. Como você classifica a qualidade da água para consumo em sua residência?

Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

b. Como você classifica a disponibilidade de água ofertada para abastecimento em sua residência? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

c. Como você classifica a frequência de odor de esgoto na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

d. Como você classifica a coleta de esgoto sanitário na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

e. Como você classifica o tratamento de esgoto sanitário na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

f. Como você classifica a drenagem de águas pluviais da região onde mora (quantidade de canaletas/galerias)? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

5. LIMPEZA PÚBLICA URBANA a. Como você classifica a qualidade da limpeza pública na região onde mora?

Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

b. Como você classifica a situação das calçadas quanto ao estado de limpeza das fezes e urinas de animais na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

c. Como você classifica a quantidade de lixeiras dispostas nas ruas na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

d. Como você classifica a qualidade das lixeiras dispostas nas ruas na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

e. Como você classifica o serviço de coleta de resíduos sólidos residenciais na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

f. Como você classifica o serviço de coleta seletiva na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

6. CONFORTO AMBIENTAL a. Como você classifica a qualidade do ar na região onde mora?

Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

b. Como você classifica a poluição visual (placas, outdoor e etc.) na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

c. Como você classifica o conforto visual (características cênicas e da paisagem natural) na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

d. Como você classifica o conforto térmico dentro de sua residência/comércio? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

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249

e. Como você classifica o conforto acústico (ruído de carros, construções e etc.) na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

7. MOBILIDADE URBANA a. Como você classifica o transito na região onde mora?

Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

b. Como você classifica a qualidade de ciclofaixas na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

c. Como você classifica a quantidade de ciclofaixas na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

d. Como você classifica a acessibilidade (rampas de acesso, vagas reservadas, sinalização adaptada, corrimão e piso antiderrapantes e etc.) na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

e. Como você classifica o transporte público na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

8. INFRAESTRUTURA SOCIAL E CULTURAL a. Como você classifica o acesso a Serviços de Saúde na região onde mora?

Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

b. Como você classifica a qualidade dos Serviços de Saúde na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

c. Como você classifica o acesso à educação na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

d. Como você classifica a qualidade educacional na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

e. Como você classifica o acesso ao lazer na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

f. Como você classifica o acesso a serviços culturais na região onde mora? Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo ( )

Gostaria de adicionar algum comentário ou observação?

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

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250

APÊNDICE 5 – Média das respostas do questionário de percepção da população sobre a Qualidade Ambiental Urbana da

Praia Central de Balneário Camboriú

Tabela 1 – Média das respostas do questionário de Qualidade Ambiental Urbana para cada setor analisado

Setor

Avenida Atlântica

Setor Avenida Brasil

Setor Avenida Central

Setor Avenida

do Estado

Setor Barra Norte

Setor Barra Sul

Setor Central 1

Setor Central

2

Setor Central

3

Setor Terceira Avenida

Tema Infraestrutura

Urbana

Como você classifica a segurança pública na região em que reside?

3,06 2,71 2,48 3,16 2,91 2,91 2,85 2,72 2,43 2,63

Como você classifica o serviço de informações

(folders, jornais e bancas de revistas) na região em que reside?

3,00 3,34 3,22 3,13 2,69 2,70 3,12 3,17 2,77 3,00

Como você classifica a quantidade de placas informativas na região

em que reside?

3,18 3,45 3,57 3,16 3,07 3,18 3,24 3,16 3,10 3,26

Como você classifica a qualidade da energia

elétrica em sua residência?

3,97 4,10 4,00 3,97 4,11 3,82 4,18 4,11 3,96 4,15

Como você classifica a iluminação pública na região em que reside?

3,94 3,41 3,65 3,38 3,54 3,55 3,53 3,48 3,52 3,55

Como você classifica a fiação de rua na região

em que reside? 2,97 2,44 3,26 2,60 2,74 2,48 2,68 2,88 2,81 2,70

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251

Como você classifica a pavimentação das vias

na região em que reside?

3,67 3,00 3,30 3,47 3,40 2,88 3,26 3,08 3,01 2,95

Como você classifica o estado das calçadas

na região em que reside?

3,32 2,90 2,96 2,77 2,53 2,75 3,26 2,64 2,22 2,50

Como você classifica o comércio na região em

que reside? (Você encontra o que

necessita?)

3,94 4,28 4,26 3,59 3,66 3,59 4,12 4,12 3,93 4,30

Tema Áreas Verdes

Como você classifica a arborização na região

em que reside? 3,20 2,49 2,13 3,16 2,85 2,97 2,47 2,37 2,68 2,53

Como você classifica a situação das praças e parques na região em

que reside?

2,74 2,49 2,83 3,16 2,54 3,00 2,35 2,36 2,57 2,35

Como você classifica a manutenção das áreas

verdes em locais edificados na região

em que reside?

2,77 2,44 2,13 3,34 2,83 2,82 2,27 2,56 2,76 2,94

Tema Praia

Como você classifica a qualidade ambiental

geral da Praia Central de Baln. Camboriú na região em que reside?

2,57 2,38 2,05 2,53 2,49 2,44 2,88 2,44 2,43 2,42

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252

Como você classifica a balneabilidade da Praia Central na região em

que reside?

2,26 2,03 1,78 2,50 2,12 2,39 2,47 2,27 2,24 2,26

Como você classifica o uso das duchas

públicas da Praia Central na região em

que reside?

2,82 2,77 2,52 2,78 2,85 3,12 2,67 2,79 2,77 2,89

Como você classifica a manutenção das

duchas públicas da Praia Central na região

em que reside?

2,54 2,36 2,39 2,47 2,56 2,61 2,55 2,57 2,48 2,42

Como você classifica a qualidade da limpeza da faixa de areia da

Praia Central na região em que reside?

3,49 3,13 3,26 3,26 3,42 3,50 3,35 3,35 3,25 3,32

Como você classifica o serviço de coleta de resíduos em área

pública na região em que reside?

3,49 3,33 3,35 3,50 3,44 3,61 3,38 3,47 3,52 3,63

Como você classifica o serviço de salva-vidas

da Praia Central na região em que reside?

3,85 4,05 4,35 3,78 3,78 3,50 3,85 4,09 3,97 4,21

Como você classifica a exposição do sol na

Praia Central na região em que reside?

3,09 2,41 2,35 2,66 2,45 3,26 2,91 2,49 2,56 2,56

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253

Como você classifica os serviços de praia

(quiosques e afins) na região em que reside?

2,80 2,62 2,70 3,13 2,82 2,97 2,73 2,85 2,87 2,89

Tema Saneamento

Como você classifica a qualidade da água

para consumo em sua residência?

3,17 3,03 2,83 3,13 2,85 3,18 3,15 2,96 2,90 3,05

Como você classifica a disponibilidade da água ofertada para

abastecimento em sua residência?

3,74 3,82 3,52 3,66 3,50 3,76 3,79 3,75 3,74 3,90

Como você classifica a frequência de odor de esgoto na região em

que reside?

2,51 2,28 2,61 3,03 2,15 2,68 2,59 2,45 2,72 2,61

Como você classifica a coleta do esgoto

sanitário na região em que reside?

2,94 2,92 3,09 3,25 2,81 3,09 3,09 3,09 3,10 3,47

Como você classifica o tratamento do esgoto sanitário na região em

que reside?

2,97 2,90 2,81 3,06 2,59 2,88 3,06 2,89 3,00 3,25

Como você classifica a drenagem de águas

pluviais na região em que reside?

(Quantidade de canaletas/galerias)

2,63 2,33 2,26 2,61 2,66 2,55 2,71 2,41 2,57 2,89

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254

Tema Limpeza Pública Urbana

Como você classifica o serviço de coleta de resíduos sólidos em

sua residência?

3,58 3,21 3,50 3,66 3,42 3,58 3,52 3,43 3,42 3,74

Como você classifica o serviço de coleta seletiva em sua

residência?

3,23 3,08 2,57 3,16 3,18 3,12 3,35 2,99 3,15 3,47

Como você classifica a qualidade da limpeza pública na região em

que reside?

3,26 3,31 3,57 3,53 3,40 3,67 3,38 3,49 3,07 3,47

Como você classifica a situação das calçadas quanto ao estado de limpeza das fezes e urinas de animais na

região em que reside?

2,80 2,54 3,17 2,69 2,75 3,06 2,91 2,79 2,33 3,11

Como você classifica a quantidade de lixeiras dispostas na rua da

região em que reside?

3,12 2,58 3,04 2,66 2,50 3,41 2,82 2,57 2,28 3,21

Como você classifica a qualidade de lixeiras dispostas na rua da

região em que reside?

3,11 2,62 3,30 2,88 2,57 3,12 2,45 2,65 2,26 3,28

Tema Conforto

Ambiental

Como você classifica a qualidade do ar na

região em que reside? 3,67 3,62 3,43 3,63 3,68 3,94 3,68 3,68 3,56 3,67

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255

Como você classifica a poluição visual (placas, outdoor, propagandas etc) na região em que

reside?

3,09 2,62 2,70 2,88 3,09 2,97 3,03 2,92 3,04 2,89

Como você classifica o conforto visual

(características cênicas e da paisagem natural)

na região em que reside?

3,97 3,26 2,83 3,19 3,50 3,59 3,35 3,07 3,13 3,42

Como você classifica o conforto térmico dentro

de sua residência? 4,00 3,79 3,57 3,53 3,50 3,85 3,71 3,56 3,59 3,28

Como você classifica o conforto acústico

(barulho de carros, construções e etc) na região em que reside?

3,00 2,67 2,48 3,03 3,05 3,09 2,58 2,59 2,84 2,83

Tema Mobilidade

Urbana

Como você classifica o trânsito na região em

que reside? 2,70 2,69 2,57 2,88 3,10 2,85 2,71 2,75 2,65 2,89

Como você classifica a qualidade das

ciclofaixas na região em que reside?

3,74 3,36 2,83 3,13 3,02 3,64 3,50 3,11 2,87 3,16

Como você classifica a quantidade das

ciclofaixas na região em que reside?

3,53 3,15 2,76 2,97 3,08 3,50 3,45 3,10 3,00 3,11

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256

Como você classifica a acessibilidade (rampas

de acesso, vagas reservadas, sinalização adaptada, corrimão e

pisos antiderrapantes e etc) na região em que

reside?

3,24 2,66 2,35 2,84 2,47 3,03 3,12 2,73 2,45 2,95

Como você classifica o transporte público na

região em que reside? 2,79 2,76 2,61 2,81 2,68 2,94 2,56 2,64 2,51 2,68

Tema Infraestrutura

Social e Cultural

Como você classifica o acesso a serviços de saúde na região em

que reside?

3,00 3,24 2,62 2,84 3,02 2,44 2,62 2,78 2,84 2,58

Como você classifica a qualidade dos serviços de saúde na região em

que reside?

2,91 3,21 2,67 2,74 2,96 2,50 2,69 2,89 2,81 2,47

Como você classifica o acesso à educação na região em que reside?

3,41 3,35 3,19 3,45 3,60 2,91 3,14 3,54 3,44 3,30

Como você classifica a qualidade educacional

na região em que reside?

3,34 3,33 3,43 3,41 3,60 2,73 3,00 3,51 3,36 3,40

Como você classifica o acesso ao lazer na

região em que reside? 3,47 3,61 3,95 3,28 3,27 3,47 3,42 3,42 2,97 3,05

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257

Como você classifica o acesso a serviços

culturais na região em que reside?

2,85 2,78 3,65 3,09 2,80 2,74 2,70 2,99 2,65 2,53

Legenda

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo

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258

APÊNDICE 6 – Mapas de qualidade para cada tema de QAU analisado

A Figura 1 apresenta a Qualidade da Infraestrutura Urbana na região da

Praia Central de Balneário Camboriú. Os setores Avenida Atlântica e Avenida

Central foram classificados como “Bom”, o Setor Central 1 como “Regular +” e o

Setor Central 3 como “Regular -“. Os demais setores foram classificados como

“Regular”. No geral, este tema apresentou uma média de 3,26, sendo a segunda

maior entre os demais temas analisados.

Figura 1 - Mapa de qualidade do tema Infraestrutura Urbana

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259

A Figura 2 apresenta a Qualidade das Áreas Verdes na região da Praia

Central de Balneário Camboriú. Os setores Central 1, Avenida Brasil, Avenida

Central e Central 2 foram classificados como “Ruim”, o Setor Avenida do Estado

como “Regular +” e o Setor Terceira Avenida como “Regular -“. Os demais

setores foram classificados como “Regular”. No geral, este tema apresentou uma

média de 2,67, sendo a menor média entre os demais temas analisados.

Figura 2 - Mapa de qualidade do tema Áreas Verdes

A Figura 3 apresenta a Qualidade da Praia na região da Praia Central de

Balneário Camboriú. O setor Sul foi classificado como “Regular +” e o Setor

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260

Avenida Central como “Regular -“. Os demais setores foram classificados como

“Regular”. No geral, este tema apresentou uma média de 2,92.

Figura 3 - Mapa de qualidade do tema Praia

A Figura 4 apresenta a Qualidade do Saneamento na região da Praia

Central de Balneário Camboriú. O setor Terceira Avenida foi classificado como

“Regular +” e o Setor Norte como “Regular -“. Os demais setores foram

classificados como “Regular”. No geral, este tema apresentou uma média de

2,98.

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261

Figura 4 - Mapa de qualidade do tema Saneamento

A Figura 5 apresenta a Qualidade da Limpeza Pública Urbana na região

da Praia Central de Balneário Camboriú. O setor Terceira Avenida foi classificado

como “Regular +” e o Setor Central 3 como “Regular -“. Os demais setores foram

classificados como “Regular”. No geral, este tema apresentou uma média de

3,08.

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262

Figura 5 - Mapa de qualidade do tema Limpeza Pública Urbana

A Figura 6 apresenta a Qualidade do Conforto Ambiental na região da

Praia Central de Balneário Camboriú. Os setores Avenida Atlântica e Sul foram

classificados como “Bom”, o Setor Norte como “Regular +” e o Setor Avenida

Central como “Regular -“. Os demais setores foram classificados como “Regular”.

No geral, este tema apresentou uma média de 3,27, sendo a maior entre os

demais temas analisados.

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263

Figura 6 - Mapa de qualidade do tema Conforto Ambiental

A Figura 7 apresenta a Qualidade da Mobilidade Urbana na região da

Praia Central de Balneário Camboriú. O setor Avenida Atlântica foi classificado

como “Regular +” e o Setor Avenida Central como “Regular -“. Os demais setores

foram classificados como “Regular”. No geral, este tema apresentou uma média

de 2,93.

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264

Figura 7 - Mapa de qualidade do tema Mobilidade Urbana

A Figura 8 apresenta a Qualidade da Infraestrutura Social e Cultural na

região da Praia Central de Balneário Camboriú. Os setores Avenida Brasil e

Avenida Central foram classificados como “Regular +” e o Setor Sul como

“Regular -“. Os demais setores foram classificados como “Regular”. No geral,

este tema apresentou uma média de 3,08.

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Figura 8 - Mapa de qualidade do tema Infraestrutura Social e Cultural