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ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE CONFORTO TÉRMICO E INFRAESTRUTURA VERDE DO BAIRRO DO HUMAITÁ/RJ ATRAVÉS DO AJUSTE DA CARTA BIOCLIMÁTICA DE OLGYAY PARA O CLIMA LOCAL Renan Hatakeyama Pontes Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientadora: Elaine Garrido Vazquez Rio de Janeiro Fevereiro/2018

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ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE CONFORTO TÉRMICO

E INFRAESTRUTURA VERDE DO BAIRRO DO

HUMAITÁ/RJ ATRAVÉS DO AJUSTE DA CARTA

BIOCLIMÁTICA DE OLGYAY PARA O CLIMA LOCAL

Renan Hatakeyama Pontes

Projeto de Graduação apresentado ao

Curso de Engenharia Civil da Escola

Politécnica, Universidade Federal do Rio de

Janeiro, como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de

Engenheiro.

Orientadora: Elaine Garrido Vazquez

Rio de Janeiro

Fevereiro/2018

ANÁLISE DA INTERAÇÃO ENTRE CONFORTO TÉRMICO E INFRAESTRUTURA

VERDE DO BAIRRO DO HUMAITÁ/RJ ATRAVÉS DO AJUSTE DA CARTA

BIOCLIMÁTICA DE OLGYAY PARA O CLIMA LOCAL

Renan Hatakeyama Pontes

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A

OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.

Examinado por:

Prof. Elaine Garrido Vazquez, D. Sc.

Prof. Lais Amaral Alves, M. Sc. e Professora do CEFET/RJ

Prof. Sandra Oda, D. Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

FEVEREIRO de 2018

Pontes, Renan Hatakeyama

Análise da interação entre conforto térmico e

infraestrutura verde do bairro do Humaitá/RJ através do

ajuste da carta bioclimática de Olgyay para o clima local/

Renan Hatakeyama Pontes – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola

Politécnica, 2018.

XIII, 93 p.: il.; 29,7 cm.

Orientadora: Elaine Garrido Vazquez

Referências Bibliográficas: p. 71-81.

1. Conforto térmico 2. Infraestrutura verde 3. Espaços

abertos 4. Aclimatação. I. Vazquez, Elaine Garrido. II.

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica,

Curso de Engenharia Civil. III. Título.

Dedicatória

Aos meus pais, por sempre me incentivarem a conquistar o mundo através do

conhecimento e por me amarem incondicionalmente.

Ao meu irmão, por ser meu grande exemplo e amigo, aquele com quem sempre

poderei contar.

À minha família, pelos momentos marcantes que partilhamos e pela força nos

momentos que precisei.

À Carol, por cada sonho e devaneio compartilhado comigo em momentos de

inspiração.

Aos meus amigos Danielle, Gabriela, Ignez, Jéssica, Matheus e Paola, por me

mostrarem que 34 molhos rendem muitas memórias.

Aos meus amigos Ana, Athon, Emília, Gabriel, Luciana e Rodrigo, por me mostrarem

que o tempo e a distância não afastam quem viveu no número 34.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado capacidade emocional e intelectual

para concluir minha graduação. Não foi fácil, em vários momentos me senti fraco e

sozinho, mas Ele foi minha rocha, me amparou e me fortaleceu para que eu seguisse

em frente.

Agradeço à minha orientadora Elaine Garrido Vazquez, não somente por ter me

guiado durante a elaboração deste trabalho, mas também por ter me auxiliado em

questões pessoais, com minhas necessidades relacionadas aos prazos e por

prontamente se mostrar disponível quando precisei.

Agradeço à professora Sandra Oda pelo apoio na fase final da preparação deste

trabalho e por aceitar o convite de integrar a minha banca avaliadora, demonstrando

ser mais que uma professora, mas alguém com quem sempre poderei contar.

Agradeço à professora Lais Amaral por ter aceitado fazer parte da banca avaliadora do

meu trabalho, me auxiliando em um momento que muito precisei.

Agradeço ao arquiteto e amigo Fernando Acylino por ter me proporcionado a

oportunidade de participar do projeto que deu origem a essa monografia, sendo uma

ótima companhia nas manhãs de domingo das medições.

Agradeço aos demais parceiros de medição pela companhia e auxílio durante o

período de medição. Cristiano, Guilherme, Luciano, Manuela, Nelson e Viviane, foi um

prazer estar com vocês.

Por fim, agradeço aos demais professores que me auxiliaram na minha vida

acadêmica, compartilhando seus conhecimentos e me ensinando as bases da

Engenharia Civil. Me esforçarei para me fazer digno do título de Engenheiro Civil e

fazer jus ao nível da formação que me foi oferecida.

PONTES, R. H. Análise da interação entre conforto térmico e infraestrutura verde

do bairro do Humaitá/RJ através do ajuste da carta bioclimática de Olgyay para o

clima local. 2018. 105p. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – Escola

Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.

Resumo

Proporcionar condições bem-estar térmico aos usuários de espaços abertos é de vital

importância para a melhora da qualidade da vida urbana. O conforto térmico pode ser

definido a partir de variáveis ambientais (temperatura do ar, temperatura radiante

média, umidade do ar, velocidade do ar), individuais (atividade desempenhada e

vestimenta) e subjetivas (sensação e preferência térmica). A Carta Bioclimática de

Olgyay é uma ferramenta de análise de conforto térmico para ambientes externos,

composta por uma zona de conforto central e propostas de intervenções corretivas

para as demais zonas. Entretanto, a definição destes setores segue padrões de países

de clima temperado (Estados Unidos e países europeus), limitando a aplicação desta

ferramenta para zonas de clima tropical. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo

propor adaptações à Carta Bioclimática de Olgyay para as condições climáticas do

bairro do Humaitá (Rio de Janeiro), levando em conta a aclimatação dos indivíduos

neste ambiente com condições climáticas diferenciadas e examinar a influência da

infraestrutura verde em relação ao conforto térmico. A metodologia consistiu na

realização de revisão bibliográfica dos conceitos de conforto térmico para ambientes

externos, medições de campo das variáveis microclimáticas no local em questão,

proposta de um novo modelo gráfico e análise dos dados obtidos em campo. Foram

propostas faixas da zona conforto térmico para o bairro do Humaitá para as estações

de Primavera e Verão através de ferramentas de avaliação conforto térmico de

espaços abertos e faixas interpretativas calibradas para a cidade de São Paulo. Estas

zonas de conforto foram utilizadas na comparação das condições em pontos sob a

sombra de árvores e pontos expostos à ação solar. Constatou-se que a infraestrutura

verde contribuiu para redução da temperatura do ar e aumento da umidade relativa do

ar, mas esta contribuição não foi suficiente para que as condições de conforto térmico

fossem atingidas.

Palavras-chave: Conforto térmico. Espaços externos. Infraestrutura verde.

Aclimatação. Microclima urbano.

PONTES, R. H. Analysis of the interaction between thermal comfort and green

infrastructure of Humaitá/RJ through the adjustment of Olgyay’s Bioclimatic

Chart for the local climate. 2018. 105p. Monography (Undergraduate degree in Civil

Engineering) – Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de

Janeiro, 2018.

Abstract

Providing thermic well-being conditions to people who use open spaces is of vital

importance to the improvement of urban life quality. Thermal comfort can be defined

through environmental variables (air temperature, mean radiant temperature, air

humidity, air velocity), individual variables (activity performed and clothing) and

subjective variables (thermal sensation and preference). Olgyay’s Bioclimatic Chart is a

tool to analyze outdoor thermal comfort, compound by a central comfort zone and

proposals of corrective interventions for the other zones. Nonetheless, these sectors

are defined by standards from temperate climate countries (the United States of

America and European countries), which limits the application of this tool for tropical

climate areas. Therefore, the objectives of the present work are to propose adaptations

to Olgyay’s Bioclimatic Chart for the climate conditions of Humaitá, a neighborhood in

Rio de Janeiro, considering the acclimatization of the individuals in this environment

with differentiated climate conditions and to examine the influence of the green

infrastructure on thermal comfort. The methodology consisted on performing a

bibliography review on the concepts of thermal comfort for outdoor environments, field

measurements of the microclimatic variables of the site in question, proposal of a new

graphic model and analysis of the data obtained on field. Spring and Summer comfort

zone ranges were proposed for Humaitá by utilizing tools of assessment of thermal

comfort for open spaces and interpretative ranges calibrated for the city of São Paulo.

These comfort zones were used to compare the conditions of spots under the shade of

trees and spots exposed to solar action. It was verified that even though the green

infrastructure contributed to the reduction of air temperature and the increase of

relative air humidity, this contribution was not enough to achieve the thermal comfort

conditions.

Keywords: Thermal comfort. Open spaces. Green infrastructure. Acclimatization. Urban

microclimate.

Sumário

1. Introdução .................................................................................................... 13

1.1. Contextualização .......................................................................................... 13

1.2. Objetivo ........................................................................................................ 15

1.3. Justificativa ................................................................................................... 16

1.4. Metodologia .................................................................................................. 16

1.5. Descrição dos capítulos ................................................................................ 17

2. Conforto térmico ........................................................................................... 18

2.1. Variáveis de conforto térmico ....................................................................... 19

2.1.1. Variáveis físicas ou ambientais .............................................................. 19

2.1.1.1. Temperatura do ar (Tar) .................................................................. 19

2.1.1.2. Temperatura radiante média (Trm) .................................................. 20

2.1.1.3. Velocidade do ar (var)...................................................................... 20

2.1.1.4. Umidade do ar ................................................................................ 21

2.1.2. Variáveis pessoais ou individuais .......................................................... 21

2.1.2.1. Atividade desempenhada ............................................................... 21

2.1.2.2. Vestimenta ..................................................................................... 22

2.1.3. Variáveis subjetivas ............................................................................... 23

2.2. Ferramentas para avaliação de conforto térmico de ambientes externos ..... 24

2.2.1. Voto real de sensação ........................................................................... 26

2.2.2. Índice de sensação térmica (thermal sensation) .................................... 27

2.2.3. Temperatura neutra exterior .................................................................. 28

2.2.4. Índice Humidex ...................................................................................... 29

2.3. Carta Bioclimática de Olgyay ........................................................................ 31

2.4. Infraestrutura verde e o conforto térmico de ambientes externos .................. 32

2.5. Influência da aclimatação em avaliações de conforto térmico ....................... 38

3. Metodologia da pesquisa de campo e proposta para aclimatação ................ 43

3.1. Características climáticas do Rio de Janeiro ................................................. 43

3.2. Detalhamento das etapas da pesquisa de campo ........................................ 43

3.2.1. Escolha do objeto de estudo .................................................................. 43

3.2.2. Delimitação da área de estudo .............................................................. 45

3.2.3. Frequência e percurso de medições ...................................................... 48

3.2.4. Grandezas medidas e equipamentos .................................................... 49

3.3. Proposta de adequação climática (aclimatação) a partir do ajuste do diagrama

bioclimático ................................................................................................................. 53

4. Análise e discussão dos resultados da pesquisa de campo .......................... 56

4.1. Classificação dos pontos de medição quanto à condição de exposição ....... 56

4.2. Ajuste da carta bioclimática de olgyay .......................................................... 58

4.2.1. Ajuste proposto por Olgyay .................................................................... 58

4.2.2. Voto real de sensação ........................................................................... 59

4.2.3. Índice de sensação térmica ................................................................... 60

4.2.4. Temperatura neutra exterior .................................................................. 60

4.2.5. Índice Humidex ...................................................................................... 61

4.3. Análise das condições de conforto ............................................................... 64

4.3.1. Primavera .............................................................................................. 64

4.3.2. Verão ..................................................................................................... 67

5. Considerações finais .................................................................................... 69

Referências Bibliográficas .......................................................................................... 71

Apêndice 1 – Seções transversais dos pontos de medição ........................................ 82

Apêndice 2 – Dados coletados (primavera) ................................................................ 94

Apêndice 3 – Dados coletados (Verão) ....................................................................... 96

Apêndice 4 – Dados coletados após exclusão ............................................................ 98

Apêndice 5 – Dados coletados de luminância ........................................................... 101

Apêndice 6 – Dados separados por condição de exposição ao sol ........................... 102

Lista de Figuras

Figura 1 - Carta Bioclimática de Olgyay (PONTES e LIMA, 2017) .............................. 31

Figura 2 - Localização e delimitação do bairro do Humaitá (GOOGLE MAPS, 2018) . 44

Figura 3 - Demarcação da área de estudo .................................................................. 46

Figura 4 - Croqui da planta baixa da faixa de interesse da Rua Humaitá .................... 47

Figura 5 – Exemplo de seção transversal (pontos de medição 7 e 9) ......................... 47

Figura 6 - Percurso de medição (PONTES e LIMA, 2017) .......................................... 48

Figura 7 - Termohigrômetro AK625 (AKSO, 201?) ...................................................... 50

Figura 8 - Medidor de luz solar TES-1333 (TPM EQUIPOS, 2016) ............................. 50

Figura 9 - Luxímetro digital LD-400 (INSTRUTHERM, 2015) ...................................... 51

Figura 10 - Medidor de luz ultravioleta digital MRU-201 (INSTRUTHERM, 2010) ....... 51

Figura 11 – Modelo de planilha de campo (PONTES e LIMA, 2017) ........................... 52

Figura 12 – Exemplo de planilha de campo preenchida (PONTES e LIMA, 2017) ...... 52

Figura 13 – Utilização de medidor de luz solar TES-1333 e de luxímetro digital LD-400

durante as medições................................................................................................... 53

Figura 14 - Valores médios de luminância por ponto de medição ............................... 56

Figura 15 - Exemplo de ponto de medição solar - PM9 (GOOGLE MAPS, 2018) ....... 57

Figura 16 - Exemplo de ponto de medição sombreado - PM13 (GOOGLE MAPS, 2018)

................................................................................................................................... 58

Figura 17 – Comparação entre zonas de conforto (Primavera) ................................... 63

Figura 18 - Comparação entre zonas de conforto (Verão) .......................................... 64

Figura 19 – Condições de conforto para a Primavera ................................................. 65

Figura 20 – Condições de conforto para o Verão ........................................................ 67

Lista de Quadros

Quadro 1 - Relação entre características urbanas e elementos climáticos ................. 15

Quadro 2 - Ações estruturantes de gestão da infraestrutura verde do Plano Diretor de

Desenvolvimento Sustentável ..................................................................................... 36

Quadro 3 - Componentes morfológicos de acordo com escala de análise .................. 44

Quadro 4 - Divisão da área de estudo e demarcação dos pontos de medição ............ 45

Quadro 5 - Grandezas medidas no levantamento de campo ...................................... 49

Quadro 6 - Condição de exposição dos pontos de medição ....................................... 57

Lista de Tabelas

Tabela 1 - Estimativa da taxa metabólica a partir da atividade desenvolvida .............. 22

Tabela 2 - Valores típicos de isolamento térmico para vestimentas ............................ 22

Tabela 3 - Calibração proposta para o voto real de sensação .................................... 27

Tabela 4 - Calibração proposta para o índice de sensação térmica ............................ 28

Tabela 5 - Correção de velocidade do vento para o nível do pedestre ........................ 29

Tabela 6 - Calibração proposta para a diferença entre temperatura do ar e temperatura

neutra exterior............................................................................................................. 29

Tabela 7 - Faixa interpretativa do Humidex ................................................................. 30

Tabela 8 - Calibração proposta para o índice Humidex ............................................... 30

Tabela 9 - Limites de temperatura da faixa de conforto para diferentes locais ............ 40

Tabela 10 - Limites de umidade da faixa de conforto para diversos locais .................. 41

Tabela 11 - Especificações do termohigrômetro ......................................................... 50

Tabela 12 - Faixas limite das variáveis medidas por Monteiro (2008) ......................... 54

Tabela 13 - Valores de referência dos índices de avaliação de conforto para limitação

da zona de conforto .................................................................................................... 54

Tabela 14 - Valores médios das variáveis ambientais................................................. 58

Tabela 15 – Temperaturas mensais máximas e mínimas por estação ........................ 59

Tabela 16 - Valores limites da zona de conforto de acordo com as sugestões de

Olgyay (1968, apud BOGO et al, 1994) ...................................................................... 59

Tabela 17 - Valores limites da zona de conforto de acordo com o voto real de

sensação .................................................................................................................... 59

Tabela 18 - Valores limites da zona de conforto de acordo com o índice de sensação

térmica ........................................................................................................................ 60

Tabela 19 - Valores limites da zona de conforto de acordo com a temperatura neutra

exterior ....................................................................................................................... 61

Tabela 20 - Valores limites da zona de conforto de acordo com o índice Humidex ..... 61

Tabela 21 - Resumo dos cálculos do ajuste da Carta Bioclimática de Olgyay para a

Primavera ................................................................................................................... 62

Tabela 22 - Resumo dos cálculos do ajuste da Carta Bioclimática de Olgyay para o

Verão .......................................................................................................................... 63

Tabela 23 – Valores médios de temperatura do ar e umidade relativa do ar para cada

condição de exposição solar (Primavera) ................................................................... 66

Tabela 24 – Distribuição dos pontos segundo condição de exposição e zonas de

conforto (Primavera) ................................................................................................... 66

Tabela 25 – Valores médios de temperatura do ar e umidade relativa do ar para cada

condição de exposição solar (Verão) .......................................................................... 68

13

1. INTRODUÇÃO

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO

Desde meados do século XX, o crescimento urbano acelerado no Brasil

resultou em uma ocupação das cidades sem o devido planejamento. A condição

ambiental dos espaços tem sofrido com os processos de crescimento e urbanização

através da verticalização, aumento das áreas impermeabilizadas, redução de áreas

verdes, aumento descontrolado da malha urbana e uso intensivo do solo em zonas

centrais. A principal consequência é o aumento da temperatura, resultante das

distinções entre as propriedades térmicas da vegetação e dos materiais de construção

(MARTELLI e SANTOS JR, 2015; NINCE, 2013).

Assis (1995, apud MENDONÇA E ASSIS, 2001) e Nince (2013) destacam que

as modificações no clima local geram consequências negativas como enchentes

urbanas, aumentos do consumo energético, problemas de saúde na população,

formação de ilhas de calor, inversão térmica, aumento dos índices de poluição e

desconforto térmico. Entretanto, Monteiro e Alucci (2011) argumentam que as

alterações climáticas são maléficas somente quando resultam em condições fora das

zonas de conforto térmico, podendo inclusive ser usadas como foco de intervenções.

O uso do espaço urbano pode ser de dois tipos: de passagem, quando a

circulação de pessoas é o uso predominante, ou de permanência, quando a

convivência dos indivíduos é o principal fator (LABAKI et al, 2012). Esta diferenciação

influencia os projetos urbanísticos, sendo os espaços planejados de modo diferente.

Por exemplo, Fontes et al (2010, apud LABAKI et al, 2012) conclui que a tendência de

se arborizar espaços de convivência contribui para que haja maior tolerância para

condições climáticas quentes em relação aos espaços de passagem.

Segundo Nikolopoulou (2004), um espaço aberto ou externo é um complexo nó

na comunidade local de atividades sociais, econômicas e culturais, constituindo um

motivo para o desenvolvimento local e uso do solo. Estas atividades são relevantes

para a estrutura comunitária, sendo, portanto, parte dos serviços que devem ser

ofertados aos cidadãos. Ananian (2005) destaca que a atração do público para estes

espaços depende dos níveis de conforto térmico e visual oferecidos através das

condições morfológicas das áreas urbanas.

Além disso, Lois e Labaki (2001) afirmam que os espaços urbanos devem

proporcionar condições de lazer, deslocamento e trabalho. A escolha do horário de

maior conforto para uso dos ambientes externos pode ser feita no caso de atividades

de lazer, mas não para casos de trabalho, estando os trabalhadores mais suscetíveis

14

a condições de desconforto. Portanto, fornecer ambientes com qualidade ambiental é

de vital importância, principalmente para os trabalhadores.

O número de estudos de conforto térmico externo tem aumentado com o

objetivo de auxiliar no planejamento das cidades. A avaliação e compreensão da

correlação entre variáveis ambientais e satisfação térmica contribuem para

proporcionar melhor qualidade urbana, impactando o uso destes espaços e a

qualidade de vida (ROSSI, KRÜGER e GUIMARÃES, 2013; MONTEIRO e ALUCCI,

2010a).

O entendimento das diversas características microclimáticas de espaços

urbanos externos e suas implicações quanto ao conforto fornece um leque de

possibilidades para o desenvolvimento destes espaços, chegando ao ponto das

condições climáticas dos ambientes externos determinarem seu uso

(NIKOLOPOULOU, 2004). Katzschner (2005) ressalta ainda que os estudos sobre

clima urbano levantam questões sobre aspectos ambientais de novos

empreendimentos, contribuindo com a desconstrução do conceito tradicional de

espaços abertos como área para edificações.

Além disso, estes estudos contribuem para a educação ambiental, que é de

extrema importância na preservação do meio ambiente através da consciência e

conhecimentos adquiridos pelas pessoas, tornando-as capazes de solucionar

problemas ambientais e despertando seu interesse em questões ambientais

(MARTELLI e SANTOS JR, 2015).

Silva e Corbella (2004) enunciam algumas características do meio urbano que

podem ser alvo de intervenções, dentre elas: gabaritos das edificações, afastamentos

arquitetônicos, propriedades dos materiais e superfícies, relação entre a caixa das

ruas e a altura dos edifícios, orientação das ruas e a vegetação presente. O quadro 1

apresenta algumas destas características e os elementos climáticos influenciados

pelas mesmas. Callejas e Nogueira (2013) destacam que estas intervenções devem

auxiliar a circulação de ar e diminuir a quantidade de energia armazenada pela

infraestrutura urbana, potencializando as condições térmicas e minimizando os efeitos

do fenômeno de ilha de calor.

15

Quadro 1 – Relação entre características urbanas e elementos climáticos

Atributos

da forma

urbana

Elementos climáticos

Temperatura

do ar

Umidade

relativa do ar

Direção e

velocidade

dos ventos

Radiação

solar Precipitação

Natureza

das

superfícies

X X X

Densidade

das

edificações

X X X X X

Altura das

edificações X X X X X

Vegetação X X X X

(GIRALT, 2006)

Entretanto, há dificuldades em se propor recomendações de intervenções que

locais com condições climáticas muito variáveis que satisfaçam as condições de

conforto durante todo o ano (MENDONÇA E ASSIS, 2003). Estas intervenções devem

obedecer a uma abordagem em 3 estágios: reconhecimento das condições

microclimáticas termicamente confortáveis, análise dos meios pelos quais o microclima

é formado e impactado e a junção de ambos os conhecimentos na elaboração da

proposta de intervenção (BROWN e GILLESPIE, 1995, apud MONTEIRO e ALUCCI,

2010a).

Outro ponto que merece destaque é a não existência de uma legislação

urbanística que considere questões relativas a conforto térmico de modo eficiente, que

contribui para a piora das condições ambientais dos espaços urbanos (GIRALT, 2006).

Por exemplo, Nikolopoulou (2004) ressalta que a escolha dos materiais é feita

baseada em exigências técnicas que atendam às legislações e necessidades locais,

não levando em conta requisitos ambientais. A autora propõe que as exigências

técnicas estejam associadas às ambientais para que seja promovido o controle do

conforto térmico.

1.2. OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo contribuir com os estudos de conforto

térmico para ambientes externos ao avaliar a influência da infraestrutura verde nas

condições de bem-estar e satisfação térmicos para o bairro do Humaitá – RJ,

16

considerando os processos de adaptação e aclimatação dos habitantes do bairro às

condições climáticas locais através do ajuste da zona de conforto térmico da Carta

Bioclimática de Olgyay.

1.3. JUSTIFICATIVA

A infraestrutura verde proporciona melhorias no ambiente urbano e,

consequentemente, na qualidade de vida. Portanto, estudos sobre sua influência no

bem-estar dos usuários das áreas urbanas são de especial relevância para o processo

de planejamento urbanístico, principalmente no que tange a preservação ambiental,

consumo energético e sustentabilidade.

Além disso, a existência de poucas pesquisas sobre as condições específicas

de conforto térmico para a cidade do Rio de Janeiro se configura em um problema nas

análises, resultando e superestimação dos efeitos das variáveis de conforto térmico.

1.4. METODOLOGIA

O presente trabalho pode ser caracterizado como uma pesquisa de campo por

analisar o conforto térmico através da observação do fenômeno tal como ocorre de

maneira espontânea em um objeto de estudo, definindo as técnicas utilizadas no

levantamento de dados e uma amostra que seja representativa e adequada para

validar as considerações finais (FONSECA e RIBAS, 2008).

Foram medidas semanalmente as variáveis climáticas como temperatura do ar,

temperatura do ponto de orvalho, temperatura do bulbo úmido, umidade relativa do ar,

luminância e radiação solar em diversas ruas do bairro do Humaitá, focando nos

dados da Rua Humaitá.

A análise da influência da infraestrutura verde no conforto térmico foi feita a

partir da comparação entre os dados ambientais em pontos de medição de sombra e

pontos de medição expostos ao longo da Rua Humaitá. Apesar dos dados terem sido

coletados ao longo de 1 ano e dois meses, o foco do presente trabalho serão as

estações de Primavera e Verão, pelo fato das mesmas terem apresentado condições

de desconforto mais severas em estudo prévio realizado.

A ferramenta utilizada para este estudo foi a Carta Bioclimática de Olgyay,

ajustada para as condições locais a partir dos dados coletados em campo, de alguns

índices empíricos de análise de conforto térmico e dos resultados de calibrações das

faixas de conforto destes índices para a cidade de São Paulo, presente em Monteiro

(2008).

17

1.5. DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS

O capítulo 1 faz uma breve exposição do tema abordado, contextualizando-o e

apresentando o objetivo e justificativas do presente trabalho. Também é feito um

resumo da metodologia aplicada e uma descrição da estrutura do trabalho.

O capítulo 2 consiste na revisão bibliográfica de conforto térmico, abrangendo

os principais conceitos, variáveis que influenciam o conforto dos indivíduos,

ferramentas de análise de conforto térmico para ambientes externos, em especial a

Carta Bioclimática de Olgyay e a influência da infraestrutura verde e da aclimatação

dos indivíduos no conforto térmico.

O capítulo 3 apresenta a metodologia aplicada no estudo. É feita a

caracterização climática da área de interesse, a escolha do objeto de estudo, a

delimitação da zona de estudo, a frequência e abrangência das medições, o percurso

de medição, a apresentação dos equipamentos utilizados nas medições de campo.

Além disso, a metodologia aplicada no ajuste da Carta Bioclimática de Olgyay para o

clima local está presente no capítulo em questão.

O capítulo 4 trata da análise dos dados coletados em campo com a discussão

dos mesmos em termos de influência da infraestrutura verde no conforto térmico e na

aplicabilidade da Carta Bioclimática adaptada.

O capítulo 5 apresenta as considerações finais do trabalho, com observações a

respeito dos resultados obtidos, da metodologia aplicada e das limitações da mesma.

Adicionalmente, são propostas sugestões para estudos futuros, de forma a contribuir

com a produção científica a respeito do tema.

Por fim, são apresentadas as referências bibliográficas e os apêndices.

18

2. CONFORTO TÉRMICO

A necessidade do condicionamento de ambientes internos visando aumento de

produtividade dos indivíduos impulsionou o surgimento dos estudos de conforto

ambiental. A melhoria da eficiência energética dos edifícios através de mecanismos

bioclimáticos e preocupações a respeito do bem-estar dos usuários de espaços

públicos despertou o interesse para avaliações em espaços abertos (NINCE, 2013).

O conforto térmico pode ser conceituado do ponto de vista pessoal ou

ambiental. Do ponto de vista pessoal, consiste em um indivíduo encontrar-se satisfeito

em relação à sua sensação térmica em determinado ambiente. Do ponto de vista

ambiental, trata-se do estabelecimento de uma condição térmica para o meio em

questão, considerando suas variáveis físicas, com o intuito de gerar o menor grau de

insatisfação, ou seja, com o menor número de pessoas descontentes (XAVIER, 1999).

Fanger (1970) argumenta que as características individuais das pessoas

impossibilitam que as condições térmicas de um ambiente agradem a todos os

indivíduos de um grupo que partilha do local em questão simultaneamente. Ananian,

Fontes e Silva (2005) complementam este pensamento ao afirmar que mesmo sendo

o conceito de conforto dependente de fatores pessoais como cultura, atividade e

vestimenta, é possível traçar critérios que atendam à maioria da população.

Segundo Lamberts e Xavier (2002), três condições devem ser satisfeitas para

que um indivíduo se encontre em conforto térmico. A neutralidade térmica é a primeira

delas, que pode ser entendida como o estado físico no qual a temperatura corporal é

mantida constante através da troca de calor entre o indivíduo (gerado pelo

metabolismo) e o meio ao redor, não ocorrendo perda excessiva nem acúmulo. Fanger

(1970) define esta condição como o estado no qual uma pessoa não prefira aumento

ou diminuição da temperatura do ambiente ao redor.

Quando esta condição não é satisfeita, o indivíduo se encontra sob carga

térmica, que é definida por Lamberts e Xavier (2002) como o saldo entre o calor

trocado com o ambiente e o gerado pela atividade metabólica. Brajejczyk (1992)

afirma que as condições climáticas exercem forte influência sobre a carga térmica,

dificultando o alcance do estado de neutralidade térmica.

A segunda condição de conforto térmico diz respeito à taxa de secreção de

suor e à temperatura da pele do indivíduo, que devem ser limitadas a certos valores de

acordo com a atividade que está sendo exercida. Finalmente, a terceira condição

refere-se a desconfortos localizados, que podem ser entendidos como fatores que não

atingem o corpo em sua totalidade causando incômodos. Os fatores mais comuns que

19

causam desconfortos localizados são correntes de ar, variação da temperatura do ar

ao longo da altura, uso de técnicas de resfriamento ou aquecimento em pisos e

assimetria na incidência de radiação térmica (LAMBERTS E XAVIER, 2002).

De acordo com Auliciems e Szokolay (1997), desconforto térmico não se

resume somente a uma sensação desagradável subjetiva, havendo efeitos

cumulativos que podem se converter em respostas fisiológicas ou compensações

comportamentais como as descritas por Nicol (1993, apud XAVIER, 1999), ou em

efeitos adversos à saúde. Os autores afirmam que exposição ao desconforto ocasiona

perda de capacidade para trabalhos físicos e mentais, como coordenação motora e

destreza, habilidade ou disposição para se concentrar.

Segundo Silva e Corbella (2004), os principais afetados pelo calor e pela

poluição são crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares e cardíacas. Mas a

contínua exposição de indivíduos saudáveis ao desconforto causado por tais fatores

pode resultar em problemas de saúde nos mesmos.

Nicol (1993, apud XAVIER, 1999) argumenta que o ser humano possui

mecanismos, conscientes ou inconscientes, que auxiliam na obtenção do conforto

térmico, como a alteração de sua taxa metabólica pela mudança da atividade

desenvolvida, trocas de roupa de acordo com a necessidade, ingestão de líquidos,

mecanismos biológicos termorreguladores, uso de equipamentos para aquecer ou

resfriar o ambiente e até mesmo a mudança do ambiente térmico.

Além disso, podem ser feitas alterações nas condições térmicas de espaços

externos visando o aumento do grau de satisfação dos usuários e, consequentemente,

sua produtividade em atividades cotidianas (ROSSI et al, 2009).

2.1. VARIÁVEIS DE CONFORTO TÉRMICO

Segundo Xavier (1999) as variáveis para avaliação do conforto térmico podem

ser divididas em 3 categorias: variáveis físicas ou ambientais (temperatura do ar,

temperatura radiante média, velocidade do ar e umidade), variáveis pessoais ou

individuais (atividade desempenhada e vestimenta) e variáveis subjetivas (sensações

e preferências térmicas).

2.1.1. Variáveis físicas ou ambientais

2.1.1.1. Temperatura do ar (Tar)

Trata-se da temperatura em torno do corpo humano, sendo um indicador da

troca de calor entre indivíduos e o ambiente ao redor, expressa em ºC (ISO-DIS 7726,

1996, apud XAVIER, 1999; MONTEIRO, 2008). De acordo com Givoni (1976, apud

20

GIRALT, 2006), a temperatura do ar varia devido ao fluxo das massas de ar e da

incidência diferenciada da radiação solar, sendo influenciada principalmente pela taxa

de resfriamento e aquecimento da superfície da Terra.

2.1.1.2. Temperatura radiante média (Trm)

As trocas por radiação dependem da temperatura média das superfícies do

entorno, chamada de temperatura radiante média (Trm) (AULICIEMS e SZOKOLAY,

1997). Outra definição desta temperatura é dada pela ISSO-DIS 7726 (1996, apud

XAVIER, 1999) e consiste na temperatura uniforme de um meio imaginário onde a

passagem de calor radiante do indivíduo é igual a passagem de calor radiante no meio

real não uniforme, expressa em ºC. Humphreys (1975) afirma que a temperatura

radiante média e a temperatura do ar diferem pouco usualmente, podendo uma ser

usada como aproximação da outra.

Todos os elementos da paisagem emitem radiação. A temperatura superficial

destes elementos influencia o balanço térmico e o conforto através de trocas

radiativas, que são dominantes em ambientes pouco ventilados. Porém, essas

emissões podem ser minoradas a partir do uso de materiais adequados, cores menos

reflexivas e de vegetação (NIKOLOPOULOU, 2004; SILVA E CORBELLA, 2004).

Um estudo na cidade de Bauru – SP (ANANIAN, FONTES e SILVA, 2005)

concluiu que o uso da cobertura em telhas de fibra de vidro pintadas de azul oferece

um ambiente menos quente quando comparado com ambientes expostos à incidência

de radiação solar direta, não sendo, entretanto, suficiente para que as condições de

conforto sejam atingidas. É sugerida a escolha de um novo material para esta

estrutura com o objetivo de amenizar as condições climáticas.

Outro exemplo pode ser encontrado em Giralt (2006) num estudo realizado

com 3 praças de Torres – RS. Concluiu-se que as praças que possuíam maior área

revestida com elementos naturais apresentaram melhores condições de conforto,

resultado semelhante aos estudos de Souza, Silva e Silva (2016) em João Pessoa –

PB, que destacam que áreas onde predomina o uso de concreto e solo exposto

apresentam maior temperatura de superfície quando comparadas com áreas verdes.

2.1.1.3. Velocidade do ar (var)

Segundo a ISO-DIS 7726 (1996, apud XAVIER, 1999), é o módulo do vetor

velocidade do fluxo de ar no ponto de medição, influenciando na transferência

convectiva e evaporativa de calor na posição do indivíduo, expressa em m/s.

21

O vento não é um fenômeno constante, variando em direção e intensidade

momentaneamente, anualmente ou sazonalmente, podendo se referir a valores

médios como opção (NIKOLOPOULOU, 2004).

Ait-Ameur (1999) afirma que o vento possui boa capacidade de resfriamento,

especialmente em ambientes quentes e secos, contribuindo para trocas de calor por

convecção, controle de temperatura superficial e diminuição da carga térmica solar.

Entretanto, velocidades muito altas podem causar desconforto por perturbações

aerodinâmicas, superando seu efeito benéfico. Auliciems e Szokolay (1997) e

Nikolopoulou (2004) ressaltam que as reações aos efeitos do vento dependem da

temperatura do ar, sendo benéficos para temperaturas altas e indesejados para baixas

temperaturas.

Esta variável é altamente influenciada pela forma do meio urbano, que pode

oferecer obstáculos aos canais de ventilação, inibindo os efeitos benéficos da

velocidade do vento (MENDONÇA e ASSIS, 2003).

2.1.1.4. Umidade do ar

Segundo a ISO-DIS 7726 (1996, apud XAVIER, 1999) e Monteiro (2008), é a

quantidade de água presente em uma unidade de volume de ar úmido. Pode ser

expressa pela pressão parcial de vapor de água do ar (par, expressa em kPa) ou em

termos de umidade relativa do ar (ur, expressa em %). Giralt (2006) esclarece que

esta água em forma de vapor é resultado dos processos de evapotranspiração vegetal

e da evaporação natural da água. O autor afirma ainda que a umidade do ar tende a

diminuir com o aumento da temperatura e aumentar quando a temperatura diminui e

que a umidade influencia na taxa de evaporação do suor, interferindo no conforto

térmico.

2.1.2. Variáveis pessoais ou individuais

Giralt (2006) destaca que há diversas variáveis individuais que influenciam no

conforto térmico, como a atividade desempenhada, vestimenta, idade, sexo, cor da

pele, peso, altura e nível econômico. As principais são a atividade desempenhada e a

vestimenta e, portanto, serão destacadas nesta seção.

2.1.2.1. Atividade desempenhada

De acordo com a ASHRAE Standard 55 (1992, apud XAVIER, 1999), é um

indicador da taxa metabólica, ou seja, da taxa de produção energética do corpo. É

expresso na unidade “met”, que corresponde a 58,2 W/m².

22

De acordo com Auliciems e Szokolay (1997), a produção de calor metabólico

pode ser de duas formas: metabolismo basal, devido aos processos biológicos

contínuos e inconscientes, e metabolismo muscular, que é controlável

conscientemente. Esta taxa pode ser estimada para algumas atividades a partir da

tabela 1.

Tabela 1 – Estimativa da taxa metabólica a partir da atividade desenvolvida

Atividade Taxa metabólica (W/m²)

Dormindo 40

Reclinado 45

Descansando sentado 55

Descansando em pé 70

Caminhando (sem peso, a 2km/h) 110

Caminhando (sem peso, a 3km/h) 140

Caminhando (sem peso, a 4km/h) 165

Caminhando (sem peso, a 5km/h) 200

Caminhando (com peso de 10kg, a 4km/h) 185

Caminhando (com peso de 30kg, a 4km/h) 250

(Adaptado de ISO 8996, 2004)

2.1.2.2. Vestimenta

A roupa utilizada pelo indivíduo oferece resistência à troca de calor sensível

com o ambiente através do isolamento térmico (Iclo). Trata-se do isolamento

característico da pele para a face externa da vestimenta. Esta propriedade depende do

material utilizado na confecção das peças, bem como de sua espessura e é expresso

usualmente na unidade “clo”, que equivale a 0,155m²·K/W (ASHRAE STANDARD 55,

1992, apud XAVIER, 1999). A tabela 2 fornece os valores típicos de isolamento

térmico de algumas combinações de vestimenta.

Tabela 2 – Valores típicos de isolamento térmico para vestimentas

Vestimenta Isolamento térmico (clo)

Shorts de caminhada e camisa de manga curta 0,36

Calça e camisa de manga curta 0,57

Calça e camisa de manga longa 0,61

Calça, camisa de manga longa e jaqueta 0,96

Calça, camisa de manga longa, colete e camiseta 1,14

continua

23

Tabela 2 – Valores típicos de isolamento térmico para vestimentas

continuação

Calça, camisa de manga longa, casaco de manga

longa e camiseta 1,01

Calça de moletom e camiseta 0,74

Pijama, roupão e chinelo 0,96

Saia, camisa de manga curta, roupa íntima e

sandálias 0,54

Saia, camisa de manga longa, roupa íntima 0,67

Saia, camisa de manga longa, roupa íntima, casaco

de manga longa 1,10

Saia, camisa de manga longa, roupa íntima, blazer 1,04

Saia longa, camisa de manga longa, blazer e roupa

íntima 1,10

Macacão de manga longa e camiseta 0,72

Macacão, camisa de manga longa, camiseta 0,89

Macacão térmico, roupa íntima térmica 1,37

(Adaptado de ASHRAE, 2001)

Alterações na vestimenta se configuram em estratégias mais significativas para

climas frios, podendo ser aumentado o isolamento térmico com roupas apropriadas.

Entretanto, para climas quentes, existe um valor mínimo correspondente a roupas

leves, que podem ainda ser insuficientes para que se alcance a condição de satisfação

térmica (ADELI BURIOL et al, 2015).

2.1.3. Variáveis subjetivas

São parâmetros intrínsecos à natureza humana e particularidades individuais,

sendo os principais as sensações, que consistem na maneira como o indivíduo

percebe o conforto térmico, e preferências térmicas, que consistem nos desejos e

predileções deste em relação ao conforto. Estas variáveis são levantadas em campo

através de entrevistas com os usuários dos espaços com escalas sensoriais e de

preferência (XAVIER, 1999).

Höppe (2002) considera que aspectos psicológicos, como a expectativa por

condições térmicas específicas e o histórico térmico, são os que exercem maior

influência nas avaliações subjetivas de conforto. Rossi, Krüger e Guimarães (2013)

vão além ao afirmar que sensação e preferência nem sempre produzem resultados

condizentes, podendo um indivíduo manifestar estar em conforto, mas preferir um

24

ambiente térmico diferente ou aceitar as condições do meio em questão mesmo não

declarando estar satisfeito.

Costa e Araújo (2006) ressaltam que a análise estatística das variáveis

ambientais associada às entrevistas possibilita a determinação de limites de conforto

térmico externo, devendo atentar-se, entretanto, ao tamanho da amostra devido à

multiplicidade dos parâmetros envolvidos.

Lin et al (2010, apud CALLEJAS e NOGUEIRA, 2013) destaca que a decisão

de permanência em ambientes abertos é altamente influenciada pela sensação

térmica devido às variáveis ambientais, que interferem na percepção, preferência e

satisfação térmica dos indivíduos. Para Nikolopoulou e Steemers (2003, apud ROSSI,

KRÜGER e GUIMARÃES, 2013), estas variáveis justificam cerca de 50% da variação

entre aspectos objetivos e subjetivos de conforto, sendo o restante decorrente de

adaptações físicas, psicológicas e fisiológicas.

2.2. FERRAMENTAS PARA AVALIAÇÃO DE CONFORTO TÉRMICO DE

AMBIENTES EXTERNOS

Segundo Monteiro e Alucci (2007), existem três tipos de abordagem para

avaliar o conforto térmico para espaços abertos: índices empíricos, modelos analíticos

e a abordagem adaptativa.

Os autores alegam que o uso de índices empíricos de avaliação de conforto

térmico está limitado às situações particulares em que foram definidos. Os modelos

analíticos tendem a proporcionar resultados mais universais, possibilitando análises

específicas das trocas térmicas e, consequentemente, facilitando a definição de

intervenções no ambiente externo. Por fim, a abordagem adaptativa consiste na

consideração da adaptação ao clima por parte dos indivíduos, com a definição de

faixas interpretativas regionais.

Segundo Monteiro (2008), a maior parte dos estudos de conforto térmico é

desenvolvida para ambientes fechados, nos quais as condições climáticas podem ser

mais facilmente controladas. O autor afirma ainda que a ausência de confinamento em

ambientes externos reduz o controle sobre estas variáveis, fazendo-se necessária a

consideração de determinadas especificidades. Além disso, Givoni et al (2003) alega

que interações peculiares entre os elementos climáticos em épocas e locais

específicos tornam a análise dos efeitos combinados destes elementos mais complexa

em estudos de conforto externo, dificultando o desenvolvimento de modelos

matemáticos.

25

Costa e Araújo (2006) afirmam que a falta de controle e a grande quantidade

de variáveis envolvidas no estudo de conforto térmico externo dificultam a definição

dos parâmetros, não permitindo a adoção dos resultados de alguns estudos como

regra, mas sim como contribuição metodológica e estudo de caso.

Os efeitos da radiação solar e a influência do vento associada à incerteza de

sua ação são os principais fatores que tornam o estudo do conforto térmico em

ambientes externos mais complexo (AROZTEGUI, 1995; GIVONI et al, 2003;

KATZSCHNER et al, 1999; LOIS e LABAKI, 2001; MONTEIRO e ALUCCI, 2006;).

Nikolopoulou (2004) explica que as dificuldades de previsão e controle a respeito do

vento decorrem de inúmeros fatores globais (áreas de alta e baixa pressão), regionais

e locais (tipologia da paisagem). Em contrapartida, Adeli Buriol et al (2015) afirmam

que as variáveis condicionantes para conforto térmico em ambientes internos são

temperatura e umidade do ar.

Katzschner et al (1999) concluiu que, na cidade de Salvador, o desconforto

térmico ocorria principalmente em becos estreitos de áreas densamente ocupadas,

visto que se trata de um local de grande armazenamento de calor, alta incidência de

radiação e ventilação insuficiente. Para Ait-Ameur (1999), a radiação solar é um dos

fatores que mais influencia o conforto térmico externo, atrás somente da ação do

vento, sendo benéfica no inverno e prejudicial no verão.

Monteiro (2008), Rossi, Krüger e Guimarães (2013) destacam ainda a

heterogeneidade de indivíduos e atividades que compõem estes ambientes, e o

controle limitado de temperatura e umidade do ar devido à ação do vento no transporte

de massa e energia como fatores que diferenciam o estudo de conforto térmico em

ambientes externos e internos. Além disso, Höppe (2002) afirma que o tempo de

permanência para cada tipo de ambiente também influencia, sendo da ordem de

minutos a algumas horas para ambientes externos e de várias horas para ambientes

internos.

Adicionalmente, devem ser considerados os processos de adaptação e

aclimatação dos indivíduos, exigindo estudos experimentais mais complexos

(MONTEIRO e ALUCCI, 2011). Este assunto será abordado mais adiante neste

trabalho.

A complexidade do assunto resulta em um número limitado de estudos

específicos para espaços abertos, e mesmos os existentes derivam, em sua maioria,

de trabalhos desenvolvidos para espaços fechados ou são analogias de situações

características (MONTEIRO e ALUCCI, 2011).

26

Entretanto, o uso de índices baseados em modelos de estado estável para

ambientes internos não são adequados para a avaliação de conforto externo,

superestimando-os na maioria dos casos. Isso ocorre devido ao tempo de

permanência, que, por ser menor em ambientes externos, se configura em um

obstáculo para atingir o estado estável (HÖPPE, 2002).

Nince (2013) destaca que as pesquisas de campo nos estudos de conforto

podem ser de dois tipos: pesquisas ao ar livre, denominadas externas, com indivíduos

em suas atividades usuais; e pesquisas laboratoriais em câmara climatizada,

denominadas internas, feitas com a modificação das variáveis de conforto térmico

visando descobrir a melhor combinação possível das mesmas.

Monteiro e Alucci (2011) consideram que o desenvolvimento de novas

pesquisas deve ser direcionado para a elaboração de modelos analíticos universais

que consideram os mecanismos termofisiológicos, e para calibrações particulares que

consideram os processos de aclimatação e adaptação, nas quais é necessário o

desenvolvimento de estudos empíricos.

A seguir, são apresentados alguns índices utilizados na avaliação do nível de

conforto para espaços abertos.

2.2.1. Voto real de sensação

Nikolopoulou (2004) definiu o voto real de sensação (ASV) a partir de dados

meteorológicos de cidades europeias e de entrevistas com usuários dos espaços

abertos. O resultado foi uma equação que combina as variáveis ambientais com o

índice (equação 1).

𝐴𝑆𝑉 = 0,049 · 𝑇𝑎𝑟 + 0,001 · 𝑅𝑑𝑛 − 0,051 · 𝑣𝑎𝑟 + 0,014 · 𝑢𝑟 − 2,079 (Eq. 1)

onde:

ASV = voto real de sensação (adimensional)

Tar = temperatura do ar, em ºC

Rdn = radiação solar direta normal, em W/m²

var = velocidade do ar, em m/s

ur = umidade relativa do ar, em %

A autora salienta que poucas entrevistas foram feitas para condições de muito

calor ou muito frio, estabelecendo uma faixa limite de 5ºC a 35ºC para a temperatura

do ar.

27

Monteiro (2008) propôs uma calibração da faixa de valores interpretativos para

a cidade de São Paulo através de seus estudos, conforme pode ser observado na

tabela 3.

Tabela 3 – Calibração proposta para o voto real de sensação

Voto real de sensação

1ª calibração Sensação 2ª calibração Sensação

> 1,20 Muito calor > 1,00 Muito calor

0,40 a 1,20 Calor 0,35 a 1,00 Calor

0,15 a 0,40 Pouco calor 0,15 a 0,35 Pouco calor

-0,15 a 0,15 Neutra -0,25 a 0,15 Neutra

-0,40 a -0,15 Pouco frio -0,40 a -0,25 Pouco frio

-1,20 a -0,40 Frio -1,20 a -0,40 Frio

< -1,20 Muito frio < -1,20 Muito frio

(MONTEIRO, 2008)

2.2.2. Índice de sensação térmica (thermal sensation)

Givoni e Noguchi (2000, apud GIVONI et al, 2003) desenvolveram uma fórmula

preditiva para a sensação térmica que leva em consideração os efeitos da temperatura

do ar, da radiação solar direta normal (Rdn) e da velocidade do ar. Trata-se do índice

de sensação térmica (TS), que pode ser calculado pela equação 2. Vale ressaltar que

a amostra do estudo utilizado para definição desta equação é relativamente pequena,

devendo considerar os resultados como aproximação grosseira.

𝑇𝑆 = 1,2 + 0,1115 · 𝑇𝑎𝑟 + 0,0019 · 𝑅𝑑𝑛 − 0,3185 · 𝑣𝑎𝑟 (Eq. 2)

onde:

TS = índice de sensação térmica (adimensional)

Tar = temperatura do ar, em ºC

Rdn = radiação solar direta normal, em W/m²

var = velocidade do ar, em m/s

Monteiro (2008) propôs uma calibração da faixa de valores interpretativos para

a cidade de São Paulo através de seus estudos, conforme pode ser observado na

tabela 4.

28

Tabela 4 – Calibração proposta para o índice de sensação térmica

Índice de sensação térmica

1ª calibração Sensação 2ª calibração Sensação

6,7 Muito calor 6,5 Muito calor

5,6 Calor 5,6 Calor

4,7 Pouco calor 4,7 Pouco calor

4,0 Neutra 4,0 Neutra

3,3 Pouco frio 3,3 Pouco frio

2,4 Frio 2,4 Frio

1,3 Muito frio 1,5 Muito frio

(MONTEIRO, 2008)

2.2.3. Temperatura neutra exterior

A temperatura neutra é um índice de avaliação de conforto térmico interno que

representa a temperatura ambiental considerada nem quente e nem fria por um grupo

de indivíduos (HUMPHREYS, 1975). Aroztegui (1995) definiu então a temperatura

neutra exterior (Tne) com base no conceito de temperatura neutra, acrescentando os

efeitos dos principais agentes térmicos externos. Segundo o autor, o vento

normalmente reduz a temperatura percebida, enquanto que a radiação solar a

aumenta.

Este índice foi definido para uma taxa de suor nula e arbitrando condições

médias para as características do entorno (isolamento térmico de roupas igual a

0,8clo; atividade sedentária; umidade relativa entre 35% e 65%). Ele pode ser

calculado pela equação 3 (AROZTEGUI, 1995).

𝑇𝑛𝑒 = 3,6 + 0,31 · 𝑇𝑚𝑚 +100 + 0,1 · 𝑅𝑑𝑛 · [1 − 0,52 · (𝑣𝑎𝑟

0,2 − 0,88)]

11,6 · 𝑣𝑎𝑟0,3

(Eq. 3)

onde:

Tne = temperatura neutra exterior, em ºC

Tmm = temperatura média mensal, em ºC

Rdn = radiação solar direta normal, em W/m²

var = velocidade do ar, em m/s

Aroztegui (1995) explica que as diversas situações dos efeitos térmicos

produzidos pelo vento sobre os pedestres fazem com que seja necessária a adoção

29

de simplificações, podendo ser usadas informações de estações meteorológicas

corrigidas a partir da classe de rugosidade, conforme a tabela 5. A classe I

corresponde a ambientes próximos ao mar e a classe V corresponde a grandes

centros urbanos.

Tabela 5 – Correção de velocidade do vento para o nível do pedestre

Classe de rugosidade Coeficiente de correção

Classe I 0,98

Classe II 0,65

Classe III 0,40

Classe VI 0,20

Classe V 0,12

(GANDEMER, 1981, apud AROZTEGUI, 1995)

Monteiro (2008) propôs uma calibração da faixa de valores interpretativos para

a cidade de São Paulo através de seus estudos, conforme pode ser observado na

tabela 6.

Tabela 6 – Calibração proposta para a diferença entre temperatura do ar e temperatura neutra exterior

Temperatura neutra exterior

1ª calibração Sensação 2ª calibração Sensação

> 11,5 Muito calor > 12,0 Muito calor

8,0 a 11,5 Calor 8,0 a 12,0 Calor

4,5 a 8,0 Pouco calor 4,0 a 8,0 Pouco calor

-4,5 a 4,5 Neutra -4,0 a 4,0 Neutra

-8,0 a -4,5 Pouco frio -8,0 a -4,0 Pouco frio

-11,5 a -8,0 Frio -12,0 a -8,0 Frio

< -11,5 Muito frio < -12,0 Muito frio

(MONTEIRO, 2008)

2.2.4. Índice Humidex

O índice Humidex (HU), proposto por Masterson e Richardson (1979),

conforme citado por Monteiro (2008), apresenta uma temperatura equivalente que

pode ser calculada a partir dos valores de temperatura e umidade relativa do ar.

Apesar de poder ser usado para a avaliação do conforto térmico em espaços abertos,

este índice não considera a influência da radiação solar, da velocidade do ar e das

variáveis individuais (vestimenta e metabolismo). A equação 4 apresenta a forma de

cálculo deste índice.

30

𝐻𝑈 = 𝑇𝑎𝑟 + (5/9) · (𝑝𝑎𝑟 − 10) (Eq. 4)

onde:

HU = índice Humidex, em ºC

Tar = temperatura do ar, em ºC

par = pressão parcial de vapor de água do ar, em kPa

A pressão parcial de vapor (par) pode ser calculada pela equação 5

(MONTEIRO E ALUCCI, 2005).

𝑝𝑎𝑟 = 6,11 · 10−3 · 𝑢𝑟 · 𝑒17,27·𝑡𝑎𝑟

𝑡𝑎𝑟+237,3 (Eq. 5)

onde:

ur = umidade relativa do ar, em %.

A tabela 7 apresenta a faixa de interpretação para este índice.

Tabela 7 – Faixa interpretativa do Humidex

Humidex (ºC) Classificação

≤ 30 Sem desconforto

30 – 40 Algum desconforto

40 – 45 Muito desconforto, evitar esforço físico

≥ 45 Situação de perigo

≥ 54 Golpe térmico iminente

(MAAROUF e BITZOS, 2000, apud MONTEIRO, 2008)

Monteiro (2008) propôs uma calibração da faixa de valores interpretativos para

a cidade de São Paulo através de seus estudos, conforme pode ser observado na

tabela 8.

Tabela 8 – Calibração proposta para o índice Humidex

Índice Humidex

1ª calibração Sensação 2ª calibração Sensação

> 34,0 Muito calor > 37,0 Muito calor

30,5 a 34,0 Calor 32,0 a 37,0 Calor

30,0 a 30,5 Pouco calor 30,0 a 32,0 Pouco calor

< 30,0 Neutra < 30,0 Neutra

(MONTEIRO, 2008)

31

2.3. CARTA BIOCLIMÁTICA DE OLGYAY

Givoni (1992) afirma que o uso cartas bioclimáticas facilita a análise das

características climáticas locais em termos de conforto térmico por ser uma forma de

apresentar as combinações de temperatura e umidade a qualquer instante em uma

carta psicométrica estruturada em torno de uma zona de conforto.

O autor define esta zona como o intervalo de condições climáticas nas quais a

maioria dos indivíduos não sentiria desconforto térmico, tanto para calor quanto para

frio. Segundo Auliciems e Szokolay (1997), Olgyay foi o pioneiro no uso de cartas

bioclimáticas em análises de conforto.

Olgyay (1998) utilizou diversos estudos sobre as condições de satisfação

térmica para definir uma zona de conforto de modo gráfico, através de um diagrama

construído com a temperatura do ar no eixo das ordenadas e a umidade relativa no

eixo das abscissas, denominado Carta Bioclimática de Olgyay.

Conforme pode ser observado na figura 1, existe uma zona central de

neutralidade térmica delimitada por uma linha representativa da situação de tensão. A

partir deste limite, o indivíduo encontra-se em situação de desconforto (OLGYAY,

1998).

Figura 1 – Carta Bioclimática de Olgyay (PONTES e LIMA, 2017)

32

A faixa de temperatura para a zona de conforto proposta por Olgyay (1998)

está compreendida entre os valores de 27,8ºC e 19,5ºC, válida para a zona temperada

dos Estados Unidos. A zona de conforto desejado está delimitada ao intervalo de

umidade relativa de 35% a 65%.

Entretanto, pode-se estender esta área para se considerar o clima de regiões

de alta ou baixa umidade sem que sejam produzidos incômodos, o que caracteriza a

zona de conforto prático. O autor recomenda ainda que os indivíduos não se

exponham a estas condições por um intervalo de tempo muito prolongado.

Olgyay (1998) afirma que o gráfico pode ser ajustado para outros tipos de

clima, sugerindo a correção na temperatura máxima de 2/5ºC para cada 5º de latitude

de diferença em relação à latitude de 40º, sem, contudo, ultrapassar o valor máximo

de 29,4ºC.

Apesar da representação gráfica, o autor afirma que não há limites reais para a

faixa de conforto, pois qualquer perímetro que represente as condições de conforto é

determinado a partir de suposições arbitrárias.

Fora dos limites de conforto propostos, Olgyay (1998) sugere uma série de

modificações no ambiente de forma a restabelecer as condições de satisfação dos

usuários.

Condições de temperatura e umidade acima dos limites da zona de conforto

necessitam da ação do vento como medida corretiva. Entretanto, esta medida só é

eficiente para o caso de alta umidade. No caso de umidade baixa, recomenda-se a

diminuição da temperatura por evaporação. A medida corretiva para condições de

temperatura e umidade abaixo do perímetro de conforto é melhorar as condições de

incidência da radiação solar (OLGYAY, 1998).

Givoni (1992) afirma que esta ferramenta é aplicável somente a ambientes

externos, apesar das observações de Olgyay (1963, apud Givoni, 1992) de que as

temperaturas internas são bem semelhantes às externas, permitindo o uso desta carta

bioclimática na proposição de diretrizes. Entretanto, Givoni (1992) ressalta que esta

aproximação é válida para construções pequenas e ventiladas naturalmente em

regiões úmidas.

2.4. INFRAESTRUTURA VERDE E O CONFORTO TÉRMICO DE AMBIENTES

EXTERNOS

Franco (2010) conceitua infraestrutura verde como a associação de áreas

verdes naturais e espaços urbanos abertos que preservam funções e valores

33

ecológicos que devem servir de base para o planejamento visando o desenvolvimento

sustentável. A autora esclarece ainda que a definição de infraestrutura verde pode

variar de acordo com o contexto, se referindo desde o plantio de espécies arbóreas

em áreas urbanas até o uso de obras de engenharia com o objetivo de melhoria das

condições ambientais e sanitárias.

Outro conceito pode ser encontrado em Herzog (2013), que afirma que a

infraestrutura verde consiste numa rede ecológica urbana que remodela a paisagem e

recompõe o ecossistema urbano ao tentar imitar os processos naturais, objetivando o

aumento da sustentabilidade e resiliência do meio urbano e priorizando o ambiente

natural, os usuários dos mesmos e as interações entre eles.

Além disso, Lima et al (1994, apud ALBUQUERQUE e LOPES, 2016)

conceituam a área verde urbana como zonas de superfície permeável com a presença

de árvores e que desempenham função ecológica ou estética, como parques, jardins,

canteiros e praças.

Segundo Borges e Labaki (2004), as características da circunvizinhança (como

existência e dimensão de áreas verdes, proximidade com corpos hídricos e área

impermeabilizada) impactam significativamente na temperatura urbana. Alguns

autores evidenciam esta influência, como Katzschner et al (1999), que afirmam que os

efeitos das ilhas de calor podem ser amenizados pelo uso de árvores combinado a

maiores velocidades do vento, e Gomes e Soares (2003), que ressaltam a contribuição

relevante da arborização, em especial de espécies nativas, na amenização das

condições climáticas e no aumento da qualidade de vida.

Segundo Monteiro e Alucci (2010a) e Torres e Barbirato (2004), este aumento

na qualidade se dá em virtude das áreas verdes serem elementos relevantes para a

estética urbana, boas opções de locais de lazer e exercerem grande influência nas

condições climáticas. Para os autores, planejamento e projetos adequados contribuem

para o desenvolvimento de atividades econômico-culturais (como exposições,

espetáculos, eventos e atividades turísticas) em espaços abertos, favorecendo a

utilização dos espaços públicos.

Amaral e Fontes (2012) ressaltam que a presença de árvores e o tipo de uso

dos espaços urbanos influenciam na tolerância de indivíduos às condições de frio e

calor. As autoras concluem que os usuários são capazes de suportar temperaturas

mais elevadas em espaços de permanência arborizados, enquanto que os usuários de

espaços de passagem não arborizados tendem a tolerar temperaturas mais baixas.

34

Analogamente, uma menor área arborizada no ambiente urbano impacta

negativamente o clima urbano, como aumento da temperatura, diminuição da

umidade, aumento da incidência de radiação solar, maior emissão de radiação de

onda longa, modificação nos ciclos de chuva e mudança na direção dos ventos,

causando desconforto aos usuários (ABREU, 2008; LABAKI et al, 2011).

Costa e Araújo (2006) destacam alguns problemas ambientais decorrentes da

ocupação inadequada do espaço urbano no bairro de Petrópolis, em Natal – RN. Alta

taxa de ocupação dos lotes, insuficiência de vegetação e aumento de área suscetível

à radiação solar são alguns exemplos. Albuquerque e Lopes (2016) argumentam que

a diminuição da qualidade do ambiente urbano é resultado da integração insuficiente

entre as áreas verdes e os equipamentos urbanos, associado ao planejamento

inadequado e à expansão urbana acelerada.

Estudos em espaços abertos de diversos locais do mundo demonstram que

áreas arborizadas tendem a apresentar menores valores de temperatura do ar

(ALBUQUERQUE E LOPES, 2016; GIRALT, 2006; MARTELLI e SANTOS JR, 2015;

NIKOLOPOULOU, 2004; TORRES e BARBIRATO, 2004) e maiores valores de

umidade do ar (ALBUQUERQUE e LOPES, 2016; GIRALT, 2006; MARTELLI e

SANTOS JR, 2015; ROSSI et al, 2009; SILVA e CORBELLA, 2004; TORRES e

BARBIRATO, 2004).

Gartland (2010) e Nikolopoulou (2004) afirmam ainda que a vegetação natural

absorve menos calor que materiais não naturais usados como revestimento,

resultando em um menor aquecimento superficial em zonas vegetadas e,

consequentemente, em menores temperaturas do ar. Contudo, Giralt (2006) esclarece

que na realidade esta absorção é alta, sendo de aproximadamente 90% da radiação

visível e 60% da radiação infravermelha. Esta divergência é explicada por Giralt (2006)

quando o mesmo afirma que a maior parte desta energia é utilizada no processo de

fotossíntese do vegetal, reduzindo, portanto, a parcela emitida de volta ao meio.

Além disso, Labaki et al (2011, apud MARTELLI e SANTOS JR, 2015) e Nince

(2013) explicam que as árvores impossibilitam que toda a radiação solar incida sobre

as superfícies, reduzindo sua temperatura e a quantidade de energia emitida destas

para o meio. Os autores ressaltam ainda a influência da evapotranspiração, que auxilia

na redução da temperatura através da remoção do calor latente, proporcionando o

resfriamento passivo das construções do entorno.

Ananian, Fontes e Silva (2005), Callejas e Nogueira (2013), Costa e Araújo

(2003), Mendonça e Assis (2001), Nikolopoulou (2004) e Silva e Corbella (2004)

35

sugerem o aumento de áreas com vegetação como medida para melhoria das

condições de conforto térmico em espaços abertos a partir do aumento de áreas

sombreadas, funcionando como um filtro para a radiação solar.

Segundo Givoni et al (2003), a intensidade da radiação solar direta na sombra

das árvores é aproximadamente 10% da intensidade em áreas expostas, enquanto

que, na sombra de um guarda-sol, o valor desta variável é de 30% em relação a áreas

não sombreadas.

Evans et al (2001, apud KATZSCHNER, 2005) explicam que este tipo de

medida auxilia também na proteção contra ventos excessivos e exposição à radiação

de onda longa. Gonçalves et al (2012, apud MARTELLI E SANTOS JR, 2015) vão

além ao incluir o aumento da taxa de evapotranspiração, redução da poluição do ar,

aumento do conforto sonoro e diminuição do consumo energético em áreas de clima

quente como benefícios da arborização.

Adicionalmente, Katzschner et al (1999) explicam que além de apresentar

características climáticas mais amenas, as áreas verdes produzem ar fresco, que é

transportado para outros locais, induzindo a circulação térmica local. Portanto, os

benefícios não se limitam localmente, influenciando também a vizinhança.

Contudo, Marteli e Santos Jr (2015) defendem que, apesar das vantagens de

existirem locais vegetados em pontos da área urbana, a arborização uniforme nos

logradouros contribui substancialmente com a melhoras das condições térmicas e

qualidade de vida dos indivíduos.

Araújo e Caram (2006) propõem a utilização de árvore de pequeno porte em

ruas de largura pequena e aumento da cobertura vegetal (plantas rasteiras e grama)

para canteiros como medidas para abrandar as condições climáticas locais. Em

contrapartida, Torres e Barbirato (2004) afirmam que o uso de árvores de grande porte

reduz a diferença entre as temperaturas máximas e mínimas (gradiente térmico)

devido ao aumento de umidade e limitação da incidência de radiação solar.

Marteli e Santos Jr (2015) destacam que apesar da grande quantidade de

estudos sobre a relevância dos espaços arborizados para o conforto térmico, os

esforços para se colocar em prática as conclusões dos mesmos não são suficientes,

resultando em uma gestão inadequada da infraestrutura verde e numa visão ruim por

parte dos cidadãos devido aos confrontos com outros equipamentos urbanos (fiação

elétrica, calçadas, calhas, postes de iluminação, entre outros).

36

Mendonça e Assis (2003) complementam este ponto ao afirmar que as leis

brasileiras de planejamento urbano não são eficientes em determinar os diferentes

usos do solo para as zonas urbanas visando o estabelecimento de condições

climáticas adequadas.

Lima (201?) afirma que a gestão da infraestrutura verde na cidade do Rio de

Janeiro é feita a partir de dois tipos de instrumentos legais: aqueles que definem os

mecanismos técnicos de manejo e aqueles que estruturam os órgãos ambientais.

Segundo o autor, as principais ferramentas de gestão ambiental do município são o

Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável (PDDUS), a Lei Orgânica

Municipal (LOM) e o Plano Diretor de Arborização Urbana da Cidade do Rio de Janeiro

(PDAU-Rio).

O PDDUS estipula ferramentas de estruturação urbana com o objetivo de

melhorar as condições ambientais da cidade com o uso dos conceitos de corredores

verdes, espaços abertos e arborização urbana. As ações estruturantes para gestão

das áreas verdes propostas por esse plano podem ser observadas no quadro 2.

Algumas leis complementares são regulamentadas por esse plano, sendo as principais

a Lei de Uso e Ocupação do Solo, a Lei de Parcelamento do Solo Urbano, o Código

de Obras e Edificações, o Código ambiental e o Código de Licenciamento e

Fiscalização (PDAU-RIO, 2015, apud LIMA, 201?).

Quadro 2 – Ações estruturantes de gestão da infraestrutura verde do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável

Ações estruturantes do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável

1 Elaborar diagnóstico urbano ambiental das diversas regiões do município, visando a criação, implantação e incremento de praças e parques urbanos, visando atenuar o adensamento da malha urbana.

2 Elaborar e implantar o Plano Diretor de Arborização, visando o

planejamento e manejo adequado do arboreto urbano.

3 Cadastrar as áreas verdes de domínio privado de interesse ambiental, bem

como o estímulo à sua implantação e proteção.

4 Levantar e efetuar o tratamento fitossanitário dos indivíduos arbóreos da

arborização pública.

5 Estabelecer índice de área de lazer e de áreas verdes por habitante.

6 Editar normas específicas para controle de usos e atividades nas áreas

verdes urbanas e no entorno de bens tombados naturais.

7

Implantar sistemas orgânicos de cultivo em hortos de produção de plantas

ornamentais, jardins, jardineiras, hortas orgânicas e com a produção de

composto orgânico de iniciativa pública, privada e de entidades não

governamentais.

continua

37

Quadro 2 – Ações estruturantes de gestão da infraestrutura verde do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável

continuação

8 Criar incentivos à conservação e manutenção de áreas públicas, através do

programa de adoção de áreas verdes.

9 Executar planos de manejo, visando compatibilizar o fluxo de usuários e

visitantes nos parques públicos urbanos e naturais com a sua conservação.

10 Elaborar diagnósticos específicos para os jardins históricos quando da

intervenção dentro do seu espaço físico e/ou seu entorno.

11 Capacitar jovens e adultos em jardinagem, paisagismo e horticultura, dentro

dos preceitos do manejo orgânico.

12 Utilizar composto orgânico obtido com o reaproveitamento de resíduos de

poda ou dos resíduos sólidos urbanos nas ações da arborização e das

áreas verdes públicas.

13 Elaborar caderno de encargos visando à sistematização de informações

para padronização de equipamentos, serviços e obras de urbanização em

praças e parques.

14 Indicar espécies nativas adequadas ao tratamento paisagístico das áreas

verdes e espaços livres públicos, de acordo com as características do uso e

de localização dos logradouros.

15 Implantar áreas verdes em locais de recarga de aquíferos.

16 Ampliar os índices de áreas verdes e áreas permeáveis, visando à melhoria

da ambiência urbana e a qualidade de vida da população.

17 Implantação de parques dotados de equipamentos comunitários de lazer

nas proximidades das faixas marginais de rios e lagoas, desestimulando

invasões e ocupações indevidas.

18 Fomentar à adoção de calçadas, coberturas e telhados com plantio verde.

(PDAU-RIO, 2015, apud LIMA, 201?)

Segundo o PDAU-Rio (2015, apud LIMA, 201?), a LOM está relacionada a

planos de longo prazo da gestão ambiental, visando recompor e preservar indicadores

relevantes de áreas verdes. Já o PDAU-Rio determina as especificações para

implantação, acompanhamento, verificação, conservação e ampliação do arboreto

urbano, destacando a participação das pessoas na gestão das áreas verdes.

Segundo Lima (201?), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de

Janeiro, a COMLURB e a Fundação Parques e Jardins são os agentes responsáveis

pela gestão da infraestrutura verde no município do Rio de Janeiro. O autor ressalta

ainda que problemas administrativos são resultado da transferência de

responsabilidades da Fundação Parques e Jardins para os outros agentes, gerando

incerteza na população sobre qual órgão deve ser acionado em situações

emergenciais. O autor propõe que as políticas públicas relacionadas à infraestrutura

verde devem ser revistas com o intuito de resolver estas falhas administrativas.

38

Por fim, Nikolopoulou (2004) defende que o contato com a natureza e o

estímulo ambiental são importantes objetivos nos projetos de espaços abertos,

devendo ser encorajados. Adicionalmente, Costa e Araújo (2003) destacam que a

população possui função importante, ao lado do Poder Público, nas questões

ambientais em zonas urbanas, principalmente quanto à sua conservação, estando de

acordo com a definição de infraestrutura verde de Herzog (2013). As autoras

argumentam que os indivíduos produzem resíduos, consomem recursos e poluem o

ambiente, gerando um padrão insustentável de vida que deve ser revisto.

2.5. INFLUÊNCIA DA ACLIMATAÇÃO EM AVALIAÇÕES DE CONFORTO

TÉRMICO

Aclimatação é um conjunto complexo de reajustes psicológicos e fisiológicos

que ocorrem quando o organismo é exposto a condições de estresse térmico. Este

processo resulta em redução da sensação de desconforto, melhora do rendimento das

atividades desenvolvidas e aumento do bem-estar em geral (AULICIEMS e

SZOKOLAY, 1997).

Os autores afirmam ainda que o ser humano possui grande adaptabilidade em

relação às condições climáticas, com uma capacidade de aclimatação em diferentes

condições. Estas adaptações podem ser de curto prazo, como ajustes fisiológicos que

levam de 20 a 30 minutos para ocorrer, ou de longo prazo, como ajustes endócrinos

que podem levar meses para serem alcançados e que constituem o processo de

aclimatação. Os mecanismos vasomotores e de sudorese fazem parte deste processo,

como o aumento de até 20% no volume sanguíneo circulante para manter a

vasodilatação e o aumento da taxa de secreção de suor ao longo de várias semanas

em climas quentes.

Nikolopoulou, Baker e Steemers (1999, apud Nikolopoulou, 2004) explicam que

o processo adaptativo envolve também processos psicológicos, através de escolhas

pessoais, memória e expectativas, que são parâmetros críticos para que o indivíduo

atinja o estado de satisfação térmica.

Além disso, Auliciems e Szokolay (1997) afirmam que indivíduos que

desempenham atividades mais intensas tendem a aclimatar-se mais rapidamente em

virtude do aumento da produção de calor metabólico e, consequentemente, do

estresse térmico.

Todavia, viver em ambientes homogeneizados e condicionados artificialmente

reduz essa capacidade, estreitando os limites de sobrevivência. Portanto, os autores

destacam que devem ser proporcionadas condições de bem-estar térmico aos

39

usuários que não se afastem muito da situação natural. Callejas e Nogueira (2013)

corroboram estas afirmações ao dizer que limitações nas oportunidades adaptativas

resultam em diferenças entre sensação e satisfação térmicas, possibilitando a

consideração de ambientes confortáveis inicialmente como ambientes desconfortáveis.

Um exemplo pode ser encontrado em Krüger e Drach (2016), que citam o

artigo de Busch (1992) sobre a diferença entre os limites superiores de conforto para

indivíduos habituados a ambientes com ventilação natural ou climatizados na

Tailândia. Os resultados mostram que a diferença entre estes valores foi de 3ºC,

sendo os indivíduos que frequentam ambientes climatizados artificialmente menos

tolerantes ao calor. Do ponto de vista dos ambientes externos, essa redução na

tolerância tende a agravar o problema de estresse térmico por calor, aumentando a

demanda dos indivíduos por medidas que amenizem essa condição.

Os resultados de Krüger e Drach (2016) corroboram estas afirmações,

concluindo que o desconforto em ambientes externos está relacionado ao aumento da

frequência de utilização de climatização artificial. Os autores ressaltam, entretanto,

que para os casos de climatização artificial no trabalho, as diferenças não foram

significativas. Os autores sugerem que uma maior atenção às condições climáticas

externas durante a operação dos aparelhos de ar condicionado pode reduzir a chance

dos indivíduos se encontrarem em condição de estresse térmico e,

consequentemente, a demanda por parte dos usuários por intervenções nos

equipamentos urbanos.

Monteiro (2008) afirma que a região de origem da pessoa e o tempo de

exposição dela a uma nova condição climática são fatores que influenciam na

sensação e preferência térmicas. Em estudo realizado em São Paulo – SP, o autor

constatou que as respostas de sensação térmica de um grupo de indivíduos

provenientes, em sua maioria, de locais mais quentes foram semelhantes às do grupo

de indivíduos residentes na cidade nas situações de temperaturas mais altas.

Entretanto, quando as temperaturas registradas eram mais baixas, o grupo não

aclimatado manifestava maior desconforto, evidenciando menor tolerância destas

pessoas ao frio.

Auliciems e Szokolay (1997) afirmam que a noção de níveis ótimos de conforto

constantes e estáticos para todas as localidades não é mais uma hipótese aceitável.

Givoni (1992) corrobora esta afirmação, destacando que a aplicação dos limites de

umidade e velocidade do ar da ASHRAE para climas quentes e úmidos sem a

consideração da aclimatação resulta em problemas.

40

O autor exemplifica com um estudo realizado em Colima – México, no qual os

dados climáticos foram analisados em uma carta bioclimática com os limites da

ASHRAE, concluindo que se tratava de um ambiente desconfortável. Contudo,

entrevistas com habitantes da cidade revelaram que os mesmos se sentiam

confortáveis termicamente durante os períodos da manhã e da noite, refletindo a

aclimatação destes indivíduos ao clima local.

Nikolopoulou (2004) afirma que uma abordagem puramente fisiológica é

inadequada para caracterização das condições de conforto térmico de ambientes

externos, sendo necessário levar em conta o processo de adaptação.

Monteiro e Alucci (2010b) ressaltam ainda que é necessária a existência de

um modelo empírico próprio e representativo de uma dada população adaptada a

condições específicas para uma previsão adequada da sensação térmica. Uma

sugestão é dada pelos mesmos autores em trabalho posterior (2011) ao afirmar que

as pesquisas de conforto térmico devem considerar os processos de aclimatação e

adaptação das pessoas através de calibrações específicas para os locais onde são

desenvolvidos os estudos, correlacionando as variáveis ambientais às variáveis

subjetivas.

A tabela 9 apresenta os resultados das faixas de temperatura consideradas

confortáveis para diversos locais, retirados de diversos estudos. A tabela 10 apresenta

informações análogas para a variável umidade relativa do ar.

Tabela 9 – Limites de temperatura da faixa de conforto para diferentes locais

Local

Limite inferior

de temperatura

do ar

Limite superior

de temperatura

do ar

Bangladesh (AHMED, 2003, apud GHANI et al,

2017) 28,5ºC 32,0ºC

Bauru – SP – Brasil (AMARAL e FONTES, 2012) 16,4ºC 28,0ºC

Bauru – SP – Brasil (LABAKI et al, 2012) 21,0ºC 30,0ºC

Campinas – SP – Brasil (LABAKI et al, 2012) 20,0ºC 29,0ºC

Colombo – Sri Lanka (JOHANSSON e EMMANUEL,

2006 apud GHANI et al, 2017) 27,5ºC 32,5ºC

Índia (INDRAGANTI, 2010b, apud GHANI et al,

2017) 26,0ºC 32,5ºC

Hungria (KÁNTOR et al, 2012a, apud GHANI et al,

2017) 18,0ºC 23,0ºC

continua

41

Tabela 9 – Limites de temperatura da faixa de conforto para diferentes locais

continuação

Maceió – AL – Brasil (TORRES e BARBIRATO,

2004) - 29,5ºC

Petrópolis – RN – Brasil (COSTA e ARAÚJO, 2003) 24,2ºC 30,4ºC

Petrópolis (verão) – RN – Brasil (COSTA e ARAÚJO,

2006) 27,3ºC 31,3ºC

Petrópolis (inverno) – RN – Brasil (COSTA e

ARAÚJO, 2006) 23,2ºC 29,4ºC

Presidente Prudente – SP – Brasil (LABAKI et al,

2012) 14,0ºC 24,0ºC

Taiwan (KÁNTOR et al, 2012a, apud GHANI et al,

2017) 21,3ºC 29,8ºC

Taiwan (LIN e MATZARAKIS, 2007, apud GHANI et

al, 2017) 24,2ºC 32,8ºC

Taiwan (LIN, 2009, apud GHANI et al, 2017) 21,3ºC 28,5ºC

Tel Aviv – Israel (COHEN et al, 2013, apud GHANI

et al, 2017) 20,0ºC 25,0ºC

Pode-se perceber que os valores limites de temperatura variam de lugar pra

lugar, demonstrando que as condições climáticas locais influenciam nas condições de

conforto dos indivíduos. Outro ponto a destacar são os elevados limites inferiores de

umidade, que podem ser explicados pelo fato de terem sido determinados a partir de

dados coletados no local, não havendo a possibilidade de se analisar a influência de

umidades mais baixas nas sensações dos usuários.

Tabela 10 – Limites de umidade da faixa de conforto para diversos locais

Local

Limite inferior

de umidade

relativa do ar

Limite superior

de umidade

relativa do ar

Petrópolis – RN – Brasil (COSTA e ARAÚJO, 2003) 67% 89%

Petrópolis (verão) – RN – Brasil (COSTA e ARAÚJO,

2006) 65% 81%

Petrópolis (inverno) – RN – Brasil (COSTA e

ARAÚJO, 2006) 70% 92%

Segundo Olgyay (1968, apud BOGO et al, 1994), o ajuste da Carta Bioclimática

de Olgyay levando em conta a aclimatação deve ser feito considerando a temperatura

média do local no mês mais quente e somar 2,8ºC a este valor. Analogamente, deve-

42

se usar a temperatura média do mês mais frio e subtrair 2,8ºC. A faixa ideal de

umidade encontra-se entre 30% e 70%, podendo ser estendida para 20% e 80% em

zonas úmidas. Além disso, a partir do valor de 50% de umidade, as linhas de

temperatura deixam de ser constantes e passam a seguir as linhas de temperatura

efetiva.

De acordo com Szokolay (2001, apud Monteiro, 2008), a inclinação das retas

de temperatura efetiva pode ser calculada pelas equações 6 e 7.

𝑖 = 0,023 · (𝐸𝑇 − 14), 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐸𝑇 < 30º𝐶 (Eq. 6)

𝑖 = 0,028 · (𝐸𝑇 − 14), 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐸𝑇 > 30º𝐶 (Eq. 7)

onde:

i = inclinação das retas de temperatura efetiva, em ºC/%

ET = temperatura efetiva, em ºC

As temperaturas efetivas iniciais serão estimadas como os limites superior e

inferior de conforto adotados.

43

3. METODOLOGIA DA PESQUISA DE CAMPO E PROPOSTA PARA ACLIMATAÇÃO

O presente trabalho pode ser caracterizado como uma pesquisa de campo por

analisar o conforto térmico através da observação do fenômeno tal como ocorre de

maneira espontânea em um objeto de estudo, definindo as técnicas utilizadas no

levantamento de dados e uma amostra que seja representativa e adequada para

validar as considerações finais (FONSECA e RIBAS, 2008).

Foram medidas semanalmente as variáveis climáticas como temperatura do ar,

temperatura do ponto de orvalho, temperatura do bulbo úmido, umidade relativa do ar,

luminância e radiação solar em diversas ruas do bairro do Humaitá, focando nos

dados da Rua Humaitá.

3.1. CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS DO RIO DE JANEIRO

Segundo dados da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (2009), a cidade do

Rio de Janeiro é a capital do estado de mesmo nome, localizado na Região Sudeste

do Brasil. O município se localiza a 43º10’21’’ de longitude oeste e a 22º54’23’’ de

latitude sul. O oceano Atlântico limita a cidade ao sul, a Baía de Sepetiba a oeste e a

Baía de Guanabara a leste.

O clima do município é tropical (quente e úmido), com diferenças locais

ocasionadas pela proximidade do oceano, presença de vegetação e diferença de

altitude. A temperatura média é de 22ºC, sendo mais elevadas no verão, quando

variam de 30ºC a 32ºC. A faixa de variação da precipitação é de 1200mm a 1800mm

por ano (PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, 2009).

Segundo Câmara et al (2009), a temperatura para o município do Rio de

Janeiro varia entre 20ºC e 27º, com o período mais quente entre novembro e abril e o

mais frio entre maio e outubro. Os autores afirmam ainda que a temperatura chega a

atingir 40ºC no verão e pode cair a 15ºC no inverno.

3.2. DETALHAMENTO DAS ETAPAS DA PESQUISA DE CAMPO

3.2.1. Escolha do objeto de estudo

Segundo Rossi, Ramió e Cantarell (1977), o estudo da paisagem urbana pode

ser feito segundo três tipos de escala: escala de rua, de bairro ou de cidade. O autor

define bairro como um conjunto com características típicas, uma unidade estrutural e

morfológica, com determinada paisagem urbana, função e conteúdo social próprios.

Figueiredo (2016) enuncia os principais componentes morfológicos de acordo

com as escalas de rua e de bairro, que podem ser observados no quadro 3.

44

Quadro 3 – Componentes morfológicos de acordo com escala de análise

Escala de rua Escala de bairro

Árvores

Edifícios

Traçados

Estruturas verdes

Ruas

Praças

Quarteirões

Jardins

(FIGUEIREDO, 2016)

Para Rossi (1964, apud FIGUEIREDO, 2016), a análise na escala de bairro

permite a consideração de grupos de características comuns, como a espécies de

árvores que compõem a vegetação, o relevo e parâmetros construtivos.

Portanto, as medições de campo foram realizadas considerando a escala de

bairro, selecionando o bairro do Humaitá na cidade do Rio de Janeiro.

O bairro do Humaitá está localizado na Zona Sul do município, fazendo divisa

com os seguintes bairros: Botafogo, Jardim Botânico, Lagoa, Alto da Boa Vista, Santa

Teresa e Copacabana. A população do bairro é de 13285 habitantes, com uma área

territorial de 105,45ha. (BAIRROS CARIOCAS, 2018). A figura 2 mostra a localização

e delimitação do bairro na cidade do Rio de Janeiro.

Segundo Figueiredo (2016), a vegetação natural do bairro conta com uma

parcela de Mata Atlântica (Floresta da Tijuca) e a organização das ruas segue o

modelo de ruas transversais à rua principal (Rua Humaitá).

Figura 2 - Localização e delimitação do bairro do Humaitá (GOOGLE MAPS, 2018)

45

As análises levarão em conta os valores médios das variáveis microclimáticas

medidas, considerando a escala de bairro. Entretanto, em vista do interesse do

trabalho em avaliar a influência das árvores no conforto térmico, será considerada

também a escala de rua em parte das avaliações.

3.2.2. Delimitação da área de estudo

A área de estudo é constituída por 6 trechos, com pontos de medição

demarcados segundo o quadro 4. A figura 3 apresenta a localização dos trechos e sua

demarcação.

Quadro 4 – Divisão da área de estudo e demarcação dos pontos de medição

Trecho Descrição Marcação de pontos de medição

1

Rua Humaitá (trecho iniciando no

Largo dos Leões e finalizando na

Rua Viúva Lacerda)

Demarcados a cada 50m ao longo

do canteiro central e ao longo da

calçada direita no sentido do fluxo de

carros, totalizando 13 pontos de

medição.

2 Rua David Campista

Demarcados a cada 50m ao longo

da calçada direita no sentido do fluxo

de carros que saem da Rua

Humaitá, totalizando 5 pontos de

medição

3 Rua Cesário Alvim

Demarcados a cada 50m ao longo

da calçada direita no sentido do fluxo

de carros que saem da Rua

Humaitá, totalizando 5 pontos de

medição

4 Rua João Afonso

Demarcados a cada 50m ao longo

da calçada direita no sentido do fluxo

de carros que saem da Rua

Humaitá, totalizando 5 pontos de

medição

continua

46

Quadro 4 – Divisão da área de estudo e demarcação dos pontos de medição

continuação

5 Rua Viúva Lacerda

Demarcados a cada 50m ao longo

da calçada direita no sentido do fluxo

de carros que saem da Rua

Humaitá, totalizando 5 pontos de

medição

6 Largo dos Leões

Demarcados a cada 50m ao longo

das praças, totalizando 7 pontos de

medição.

Figura 3 – Demarcação da área de estudo

Apesar dos dados ambientais terem sido levantados para todos os trechos, o

presente trabalho trata da análise dos dados somente para a Rua Humaitá.

Na figura 4, pode ser observado um croqui da planta baixa da Rua Humaitá,

localizando as árvores presentes na rua e os pontos de medição, sem muita precisão.

A figura 5 apresenta um exemplo de seção transversal em um ponto de medição. As

demais seções podem ser observadas no apêndice 1.

47

Figura 4 – Croqui da planta baixa da faixa de interesse da Rua Humaitá

Figura 5 – Exemplo de seção transversal (pontos de medição 7 e 9)

48

3.2.3. Frequência e percurso de medições

As medições de campo foram realizadas semanalmente, no período

compreendido entre 4 de junho de 2016 e 16 de julho de 2017. Evitou-se realizar

medições em dias de chuva intensa, visando o bom funcionamento dos equipamentos

e buscando repor, sempre que possível, em outro dia de forma a reunir dados relativos

a 4 dias para cada mês.

Apesar dos dados terem sido levantados para todas as estações, o presente

trabalho se limitará a analisar o período relativo ao verão e à primavera. O motivo de

tal decisão foi a análise prévia e simplificada dos dados realizada por Pontes e Lima

(2017), que permitiu observar que as estações do ano em questão foram as que

apresentaram maiores níveis de desconforto para calor, que é a principal condição

relacionada a conforto térmico que se deseja evitar na cidade do Rio de Janeiro.

A figura 6 apresenta um esquema do percurso de medição. A coleta de dados

se iniciava no canteiro central da Rua Humaitá, seguindo o fluxo dos carros e

retornando pela calçada direita da mesma rua. Logo após, eram feitas as medições

nas ruas transversais na seguinte ordem: David Campista, Cesário Alvim, João Afonso

e Viúva Lacerda. Finalmente, eram coletados os dados do Largo dos Leões, iniciando

na praça a direita e finalizando na da esquerda, em relação ao fluxo dos carros.

Figura 6 – Percurso de medição (PONTES e LIMA, 2017)

49

As medições foram realizadas no período da manhã, iniciando-as às 9:20, com

ajustes para 10:20 durante o período de vigência do horário de verão. A duração

média do percurso era de 2 horas e 10 minutos.

3.2.4. Grandezas medidas e equipamentos

As grandezas medidas durante os trabalhos de campo podem ser observadas

no quadro 5.

Quadro 5 – Grandezas medidas no levantamento de campo

Grandeza Unidade Equipamento

Temperatura do ar ºC Termohigrômetro portátil com

sonda AK625

Temperatura de ponto de

orvalho ºC

Termohigrômetro portátil com

sonda AK625

Temperatura de bulbo

úmido ºC

Termohigrômetro portátil com

sonda AK625

Umidade relativa do ar % Termohigrômetro portátil com

sonda AK625

Radiação solar W/m² e

Btu/(ft²×h) Medidor de luz solar TES-1333

Luminância LUX Luxímetro digital de modelo LD-400

Radiação ultravioleta μW/Cm² Medidor de luz ultravioleta digital de

modelo MRU-201

Vale ressaltar que a coleta de dados relativos à radiação ultravioleta se iniciou

posteriormente, no dia 19 de fevereiro de 2017 devido ao desenvolvimento de outro

estudo com a mesma zona de interesse. Portanto, estes dados não serão analisados

neste trabalho.

Foi utilizado um termohigrômetro portátil com sonda AK625 (figura 7) para

medir as temperaturas do ar, do ponto de orvalho e de bulbo úmido e a umidade

relativa dor ar. As faixas de medição, resolução e exatidão do aparelho encontram-se

na tabela 11. Segundo a AKSO (201?), a faixa de temperatura de operação do

equipamento é de -10ºC a 50ºC e a faixa de umidade de operação sem condensação

é de 10% a 90%. O equipamento era transportado com o auxílio de um veículo de

transporte de compras, fixado a uma altura aproximada de 70cm.

50

Tabela 11 – Especificações do termohigrômetro

Grandeza Faixa de

medição Resolução Exatidão

Temperatura do ar -30ºC a 100ºC 0,1ºC ± 0,8ºC

Temperatura de ponto de orvalho -30ºC a 100ºC 0,1ºC -

Temperatura de bulbo úmido 0ºC a 80ºC 0,1ºC -

Umidade relativa 0% a 100% 0,1% ± 2%

(AKSO, 201?)

Figura 7 – Termohigrômetro AK625 (AKSO, 201?)

A radiação solar foi medida com o auxílio do medidor de luz solar TES-1333

(figura 8). A faixa de medição do aparelho é de 0 a 2000W/m² ou 0 a 634 Btu/(ft²×h),

sua resolução é de 1W/m² ou 1 Btu/(ft²×h) e sua precisão básica é de ± 10W/m² ou ±

5%, considerando o maior valor (TPM EQUIPOS, 2016). As medições eram feitas com

o equipamento nivelado com a horizontal com o auxílio de um nível de bolha, apoiado

em um suporte de madeira de aproximadamente 1,00m de altura.

Figura 8 – Medidor de luz solar TES-1333 (TPM EQUIPOS, 2016)

51

Foi utilizado um luxímetro digital de modelo LD-400 (figura 9) para medir a

luminância. Segundo manual de instruções da Instrutherm (2015), a faixa de medição

é de 200LUX, 2000LUX, 20000LUX (escala de leitura ×10), 200000LUX (escala de

leitura ×100). A precisão do equipamento é de ± 3% ± 10LUX para medidas inferiores

a 10000LUX e de ± 4% ± 10LUX para medidas maiores ou iguais a 10000LUX. As

medições eram feitas com o equipamento nivelado com a horizontal com o auxílio de

um nível de bolha, apoiado em um suporte de madeira de aproximadamente 1,00m de

altura.

Figura 9 – Luxímetro digital LD-400 (INSTRUTHERM, 2015)

A radiação ultravioleta foi medida com o uso de um medidor de luz ultravioleta

digital de modelo MRU-201 (figura 10). O equipamento possui duas escalas de

medição: Lo (1999μW/Cm² × 1) e Hi (1999μW/Cm² ×10). A precisão do equipamento é

de ± (4% FE + 2 dígitos), sendo FE o fundo de escala (INSTRUTHERM, 2010). As

medições eram feitas com o equipamento nivelado com a horizontal com o auxílio de

um nível de bolha, apoiado em um suporte de madeira de aproximadamente 1,00m de

altura.

Figura 10 – Medidor de luz ultravioleta digital MRU-201 (INSTRUTHERM, 2010)

52

Além destas grandezas, foram levantados os valores diários da velocidade do

ar a partir dos dados da Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica

(REDEMET) para estação meteorológica do Aeroporto Santos Dumont, que é a

estação mais próxima da área de estudo. As consultas foram feitas sempre ao início

das medições, adotando um valor único da velocidade do ar para todos os pontos de

medição.

A figura 11 apresenta o modelo de planilha de campo utilizada durante o

levantamento de dados. Um exemplo de planilha preenchida pode ser observado na

figura 12.

Figura 11 – Modelo de planilha de campo (PONTES e LIMA, 2017)

Figura 12 – Exemplo de planilha de campo preenchida (PONTES e LIMA, 2017)

A figura 13 apresenta um registro fotográfico das medições, no momento de

utilização do medidor de luz solar TES-1333 e do luxímetro digital LD-400.

53

Figura 13 – Utilização de medidor de luz solar TES-1333 e de luxímetro digital LD-400 durante as medições

3.3. PROPOSTA DE ADEQUAÇÃO CLIMÁTICA (ACLIMATAÇÃO) A PARTIR DO

AJUSTE DO DIAGRAMA BIOCLIMÁTICO

A definição das faixas de temperatura e umidade para delimitação da zona de

conforto será feita a partir do trabalho de Monteiro (2008). O autor adaptou as faixas

interpretativas de diversos índices de avaliação de conforto térmico para a cidade de

São Paulo a partir de dados obtidos com medições de variáveis ambientais, individuais

e subjetivas. As tabelas 3, 4, 6 e 8 apresentam estas novas faixas.

Serão utilizadas as equações de 1 a 5 com as faixas interpretativas referentes

a cada índice e os valores médios das variáveis envolvidas para cada estação do ano,

excluindo os conjuntos de dados que estiverem incompletos, ou seja, com a ausência

de alguma grandeza envolvida na fórmula. Adicionalmente, nas fórmulas que

envolvem temperatura e umidade, será considerada a média de cada valor em

separado com o objetivo de determinar valores adaptados para ambas as variáveis.

Segundo recomendações de Monteiro (2008), serão utilizados os dados

referentes à segunda calibração, pois a mesma foi feita utilizando dados de situações

térmicas mais abrangentes e pelo fato dos dados levantados em campo extrapolarem

as faixas limites das variáveis medidas por Monteiro referentes à primeira calibração,

que podem ser observadas na tabela 12.

54

Tabela 12 – Faixas limite das variáveis medidas por Monteiro (2008)

Variável 1ª calibração 2ª calibração

Tar 20ºC – 29ºC 15ºC – 33ºC

ur 40% – 75% 30% – 95%

var 0,1m/s – 2,2m/s 0,1m/s – 3,6m/s

Trm 20ºC – 60ºC 15ºC – 66ºC

(MONTEIRO, 2008)

Para o voto real de sensação e para a temperatura neutra exterior serão

considerados os pontos médios dos trechos das sensações de pouco calor ou pouco

frio na determinação da faixa de conforto. Para o índice de sensação térmica, será

considerado o valor referente à sensação de pouco calor e pouco frio no ajuste das

condições de conforto. O índice Humidex permitirá o ajuste do limite máximo de

temperatura, a partir do ponto médio do trecho da sensação de pouco calor. Os

resultados destas considerações estão resumidos na tabela 13.

Tabela 13 – Valores de referência dos índices de avaliação de conforto para limitação da zona de conforto

Índice de avaliação de

conforto Limite superior Limite inferior

Voto real de sensação 0,250 -0,325

Índice de sensação térmica 4,35 3,65

Temperatura neutra exterior 6,0 -6,0

Humidex 31,0 -

Além disso, será feita a adaptação proposta por Olgyay através das

temperaturas médias mensais, atentando para o valor máximo de 29,4ºC. Os valores

dos novos limites da zona de conforto serão obtidos pela média dos valores calculados

para cada proposta de adaptação.

Uma vez que as calibrações propostas por Monteiro (2008) para as faixas

interpretativas dos índices de avaliação de conforto para ambientes externos foram

feitas usando o mesmo conjunto de dados, o uso da média dos resultados derivados

destas calibrações é adequado.

Além disso, visto que o objetivo do presente trabalho é propor um ajuste da

Carta Bioclimática de Olgyay com limites mais abrangentes que os propostos por

Olgyay, serão adotados os limites do autor em questão nos casos em que os valores

calculados resultarem em condições mais restritivas.

55

Serão utilizadas as equações 6 e 7 no cálculo da inclinação da reta de

temperatura efetiva, aproximando a temperatura efetiva inicial como os limites

superiores e inferiores da zona de conforto.

56

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO

Os dados coletados para as estações da Primavera e do Verão se encontram

nas tabelas dos apêndices 2 e 3. Pode-se observar que as tabelas de temperatura do

ar, umidade relativa do ar e radiação solar encontram-se completas. Entretanto, os

dados da velocidade do ar encontram-se incompletos, pois não foram levantados os

dados referentes a 3 dias na primavera e 2 dias no verão.

Portanto, para o cálculo do ajuste da carta bioclimática serão excluídos os

dados das três primeiras variáveis mencionadas do cálculo da média referentes aos

dias nos quais não foram levantados os valores da velocidade do ar. As tabelas com

os dados após a exclusão encontram-se no apêndice 4.

Além disso, os dados coletados referentes à luminância serão utilizados para

determinar se um ponto de medição se encontra exposto à radiação solar ou sob

sombra das árvores. Estes dados podem ser observados na tabela do apêndice 5.

4.1. CLASSIFICAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO QUANTO À CONDIÇÃO DE

EXPOSIÇÃO

A figura 14 apresenta um gráfico contendo o valor médio da luminância por

ponto de medição. Pode-se observar que a ordem de grandeza da média de

luminância entre alguns pontos é significativamente diferente, permitindo a

classificação de 5 pontos de medição como pontos expostos ao Sol.

Consequentemente, os demais pontos serão considerados como sombreados.

Figura 14 – Valores médios de luminância por ponto de medição

0.0

10000.0

20000.0

30000.0

40000.0

50000.0

60000.0

70000.0

80000.0

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Luminância média por ponto de medição (LUX)

57

Os pontos de medição classificados de acordo com sua condição podem ser

observados no quadro 6.

Quadro 6 – Condição de exposição dos pontos de medição

Pontos de medição solares Pontos de medição sombreados

PM 1

PM 4

PM 8

PM 9

PM 12

PM 2

PM 3

PM 5

PM 6

PM 7

PM 10

PM 11

PM 13

Conforme pode ser observado no quadro 6, a quantidade de pontos de

medição sombreados é superior em comparação aos expostos ao sol, o que implica

em maior quantidade de dados para este grupo. Portanto, com o objetivo de obter

conjuntos de dados de mesmo tamanho para as duas condições, serão considerados

os 5 pontos com menor luminância média. Os pontos em questão são 2, 5, 10, 11 e

13.

Vale ressaltar que os pontos de medição 1, 4, 8 e 12 não apresentam

luminância média tão elevada quanto o 12 porque os mesmos se encontram sob

copas de árvores não suficientemente densas para prover condição de sombra,

bloqueando apenas uma parte da luz incidente.

A figura 15 apresenta uma foto de um exemplo de um ponto de medição

considerado solar. Analogamente, pode ser observado na figura 16 um exemplo de

ponto de medição sombreado.

Figura 15 – Exemplo de ponto de medição solar - PM9 (GOOGLE MAPS, 2018)

58

Figura 16 – Exemplo de ponto de medição sombreado - PM13 (GOOGLE MAPS, 2018)

4.2. AJUSTE DA CARTA BIOCLIMÁTICA DE OLGYAY

Os dados médios utilizados nos cálculos para definição dos valores limites da

nova zona de conforto podem ser observados na tabela 14. Serão utilizados os 4

índices de avaliação de conforto para espaços externos mencionados na seção 2.2, as

faixas interpretativas calibradas para a cidade de São Paulo propostas por Monteiro

(2008) constantes nas tabelas 3, 4, 6 e 8 e as sugestões de Olgyay presentes na

seção 2.5, que podem ser observadas na tabela 16.

Tabela 14 – Valores médios das variáveis ambientais

Variável Primavera Verão

Temperatura do ar 25,6ºC 31,2°C

Umidade relativa do ar 69,6% 64,4%

Radiação solar 104,8W/m² 161,6W/m²

Velocidade do vento 1,54m/s 2,06m/s

Além disso, o valor médio da velocidade do ar foi ajustado conforme as classes

de rugosidade constantes na tabela 5, considerando que o bairro do Humaitá possui

classe de rugosidade II por estar próxima ao mar, mas não fazer parte da orla.

4.2.1. Ajuste proposto por Olgyay

Segundo as sugestões propostas no item 2.5, foram determinadas as faixas de

temperatura do ar e umidade relativa do ar da zona de conforto adaptada para os

dados locais. Foram consideradas as temperaturas médias mensais mais baixa e mais

alta para as estações em questão (tabela 15) e adicionando-se ou subtraindo-se 2,8ºC

e adotando o valor máximo de 29,4ºC.

59

Visto que as sugestões do autor são para um diagrama climático geral, serão

consideradas estas condições para ambas as estações.

Tabela 15 – Temperaturas mensais máximas e mínimas por estação

Limite de conforto Primavera Verão

Temperatura mensal máxima 28,3ºC 32,3ºC

Temperatura mensal mínima 24,8ºC 30,6ºC

Além disso, foi considerada a faixa de umidade de 30% a 70% como limite da

zona de conforto desejado, estendendo aos limites de 20% e 80% para definição da

zona de conforto prático. Estas informações encontram-se resumidas na tabela 16.

Tabela 16 – Valores limites da zona de conforto de acordo com as sugestões de Olgyay (1968, apud BOGO et al, 1994)

Limite de conforto Primavera Verão

Temperatura do ar máxima 29,4ºC 29,4ºC

Temperatura do ar mínima 22,0ºC 27,8ºC

Umidade relativa do ar máxima 80% 80%

Umidade relativa do ar mínima 20% 20%

4.2.2. Voto real de sensação

As temperaturas e umidades limites para a zona de conforto foram

determinadas utilizando a equação 1 e os valores das tabelas 3 e 13. Vale salientar

que o cálculo da temperatura do ar foi feito utilizando os valores médios da radiação

solar, velocidade do ar e umidade relativa do ar. Analogamente, o cálculo da umidade

relativa do ar foi feito utilizando os valores médios da temperatura do ar, da radiação

solar e velocidade do ar. Os resultados dos cálculos podem ser observados na tabela

17.

Tabela 17 – Valores limites da zona de conforto de acordo com o voto real de sensação

Limite de conforto Primavera Verão

Temperatura do ar máxima 26,5ºC 27,2ºC

Temperatura do ar mínima 14,8ºC 15,5ºC

Umidade relativa do ar máxima 72,9% 50,5%

Umidade relativa do ar mínima 31,8% 9,4%

Pode-se observar que os valores da umidade relativa do ar para o verão

encontram-se muito baixos, estando abaixo dos valores recomendados por Olgyay

60

para a zona de conforto desejado (70%) e para a zona de conforto prática em locais

de baixa umidade (20%). Isto pode ser explicado pelo fato da temperatura média do ar

utilizada no cálculo ser muito elevada, reduzindo muito a umidade por apresentarem

uma relação linear.

Portanto, estes valores não serão utilizados no cálculo dos valores limites da

zona de conforto ajustada.

4.2.3. Índice de sensação térmica

As temperaturas limites para a zona de conforto foram determinadas utilizando

a equação 2 e os valores das tabelas 4 e 13. Vale salientar que o cálculo da

temperatura do ar foi feito utilizando os valores médios da radiação solar e velocidade

do ar. Os resultados dos cálculos podem ser observados na tabela 18.

Tabela 18 – Valores limites da zona de conforto de acordo com o índice de sensação térmica

Limite de conforto Primavera Verão

Temperatura do ar máxima 29,3ºC 29,3ºC

Temperatura do ar mínima 23,0ºC 23,0ºC

Conforme pode ser observado na equação 2, este índice não considera o efeito

da umidade do ar, impossibilitando a determinação de valores limites para esta

variável. Além disso, pode-se perceber que os valores de temperatura para as

estações são iguais, o que pode ser explicado pelo pequeno coeficiente associado à

radiação solar, que é a variável que mais varia de uma estação para a outra.

Adicionalmente, as temperaturas mínimas resultaram em valores elevados.

Porém, ambos serão considerados visto que o interesse maior para a cidade do Rio de

Janeiro é para sensações de estresse térmico por calor, sendo as temperaturas

calculadas consideradas agradáveis para as estações em questão.

4.2.4. Temperatura neutra exterior

As temperaturas limites para a zona de conforto foram determinadas utilizando

a equação 3, considerando a temperatura média mensal como a temperatura média

do ar, e os valores das tabelas 6 e 13. Vale salientar que o cálculo da temperatura do

ar foi feito utilizando os valores médios da radiação solar e velocidade do ar. Os

resultados dos cálculos podem ser observados na tabela 19.

61

Tabela 19 – Valores limites da zona de conforto de acordo com a temperatura neutra exterior

Limite de conforto Primavera Verão

Temperatura do ar máxima 27,6ºC 27,1ºC

Temperatura do ar mínima 10,3ºC 9,7ºC

Pode-se perceber a partir dos dados da tabela 19 que as temperaturas

calculadas para o verão são menores que as calculadas para a primavera. Isto indica

que a velocidade do vento tem maior influência na temperatura percebida em

comparação com a radiação solar, visto que durante o verão foi registrado um valor

maior de radiação solar e menor de velocidade do vento.

Entretanto, os valores estão razoavelmente próximos e serão considerados no

cálculo das temperaturas da zona de conforto adaptada.

4.2.5. Índice Humidex

As temperaturas limites para a zona de conforto foram determinadas utilizando

as equações 4 e 5 e os valores das tabelas 8 e 13. Vale salientar que o cálculo da

temperatura do ar foi feito utilizando somente os valores da umidade relativa do ar e

que o cálculo da umidade relativa do ar foi feito utilizando somente os valores da

temperatura do ar. Os resultados dos cálculos podem ser observados na tabela 20.

Tabela 20 – Valores limites da zona de conforto de acordo com o índice Humidex

Limite de conforto Primavera Verão

Temperatura do ar máxima 34,4ºC 34,6ºC

Umidade relativa do ar máxima 35,9% 35,7%

Os valores da umidade relativa do ar máxima encontrados para este caso

encontram-se excessivamente abaixo dos valores indicados por Olgyay para a zona

de conforto desejado (70%) e, portanto, serão excluídos cálculo do valor médio da

faixa de umidade adaptada.

Apesar dos valores de temperatura do ar calculados para este caso

encontrarem-se superiores aos calculados pelos demais índices, os mesmos serão

incluídos no cálculo do valor médio por não se tratar de uma diferença exorbitante em

relação ao valor máximo de Olgyay. Além disso, o tamanho da amostra que será

utilizada no cálculo da média para a zona de conforto adaptada inclui a análise de 5

ferramentas de avaliação de conforto térmico e inclui valores que subestimam as

condições de aclimatação, podendo considerar valores que as superestimam.

62

A tabela 21 apresenta um resumo dos valores encontrados para cada caso e a

média que será adotada para definição da zona de conforto para a Primavera.

Tabela 21 – Resumo dos cálculos do ajuste da Carta Bioclimática de Olgyay para a Primavera

Ferramenta de análise de conforto

Temperatura do ar

máxima (ºC)

Temperatura do ar

mínima (ºC)

Umidade relativa do ar máxima

(%)

Umidade relativa do ar mínima

(%)

Olgyay 29,4 22,0 80,0 20,0

Voto real de sensação 26,5 14,8 72,9 31,8

Índice de sensação térmica

29,3 23,0 - -

Temperatura neutra exterior

27,6 10,3 - -

Humidex 34,4 - - -

Média 29,4 17,5 76,5 25,9

A curva de temperatura efetiva será obtida iterativamente com o uso da

equação 6, das temperaturas máxima e mínima como valores iniciais e incrementos de

1% de umidade a partir da umidade de 50%.

Além disso, pode ser observado que a temperatura máxima média resultou em

um valor igual ao sugerido por Olgyay (1968, apud BOGO et al, 1994), o que pode

indicar que a afirmação do autor é adequada. Além disso, a faixa de umidade

considerada será a proposta por Olgyay para as zonas úmidas, visto que as médias

resultantes representam condições mais restritivas que as propostas por Olgyay.

A figura 17 apresenta a zona de conforto resultante para a Primavera,

juntamente com a proposta de Pontes e Lima (2017). Pode-se observar que a

proposta do presente trabalho possui limites maiores de temperatura superior e

inferior, e de umidade máxima, resultando em uma zona de conforto mais abrangente.

Além disso, é possível perceber que as curvas de temperatura efetiva se

tangenciam conforme os valores de temperatura se aproximam, indicando que a

aproximação feita pela equação 6 é apropriada.

63

Figura 17 – Comparação entre zonas de conforto (Primavera)

A tabela 22 apresenta um resumo dos valores encontrados para cada caso e a

média que será adotada para definição da zona de conforto para o Verão.

Tabela 22 – Resumo dos cálculos do ajuste da Carta Bioclimática de Olgyay para o Verão

Ferramenta de análise de conforto

Temperatura do ar

máxima (ºC)

Temperatura do ar

mínima (ºC)

Umidade relativa do ar máxima

(%)

Umidade relativa do ar mínima

(%)

Olgyay 29,4 27,8 80,0 20,0

Voto real de sensação 27,2 15,5 - -

Índice de sensação térmica

29,3 23,0 - -

Temperatura neutra exterior

27,1 9,7 - -

Humidex 34,6 - - -

Média 29,5 19,0 80,0 20,0

A curva de temperatura efetiva será obtida iterativamente com o uso da

equação 6, das temperaturas máxima e mínima como valores iniciais e incrementos de

1% de umidade a partir da umidade de 50%.

Apesar da temperatura máxima média resultante não ser idêntica à proposta

por Olgyay (1968, apud BOGO et al, 1994), a mesma encontra-se bem próxima,

reforçando a ideia de que a limitação imposta pelo autor é adequada.

64

A figura 18 apresenta a zona de conforto resultante para o Verão, juntamente

com a proposta de Pontes e Lima (2017). Pode-se observar que, assim como ocorreu

na Primavera, a proposta do presente trabalho possui limites maiores de temperatura

superior e inferior, e de umidade máxima, resultando em uma zona de conforto mais

abrangente.

Adicionalmente, os resultados a respeito das curvas de temperatura efetiva são

semelhantes para as duas propostas conforme os valores de temperatura se

aproximam, tal como ocorreu na Primavera. Isto reforça a adequação da aplicação da

equação 6 como forma de aproximação.

Figura 18 – Comparação entre zonas de conforto (Verão)

4.3. ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE CONFORTO

4.3.1. Primavera

Os valores de umidade e temperatura coletados na Rua Humaitá durante a

Primavera para os pontos de medição solares e os sombreados que serão

considerados foram plotados na Carta Bioclimática proposta, podendo ser observado

na figura 19.

65

Figura 19 – Condições de conforto para a Primavera

Pode-se observar na figura 19 que os pontos se encontram majoritariamente

fora da zona de conforto. Além disso, os pontos de medição sombreados se

concentraram em zonas de maior umidade e apresentam temperaturas mais amenas

fora da zona de conforto. Os valores médios da temperatura do ar e umidade relativa

do ar considerando somente pontos sombreados ou solares podem ser observados na

tabela 23. As tabelas com os dados separados por condição de exposição ao sol

podem ser observadas no apêndice 6.

Conforme esperado, a temperatura do ar média em locais de sombra foi menor

que a temperatura do ar média em locais expostos ao Sol. Adicionalmente, o efeito da

infraestrutura verde na umidade relativa do ar foi comprovado, registrando valores

menores sob a sombra das árvores.

Entretanto, a diferença entre as médias é pequena, o que pode ser explicado

pela tipologia da Rua Humaitá, assim como seu uso. A largura da rua e o intenso fluxo

unidirecional de veículos resultam numa circulação de ar contínua, transportando o

calor e distribuindo-o ao longo da rua, tendendo ao equilíbrio das condições climáticas.

66

Tabela 23 – Valores médios de temperatura do ar e umidade relativa do ar para cada condição de exposição solar (Primavera)

Grandeza Condição

sombreada Condição solar

Diferença

(em módulo)

Temperatura do ar 26,5ºC 27,1ºC 0,6ºC

Umidade relativa do

ar 69,6% 67,5% 2,1%

A contagem dos pontos segundo a condição de exposição solar e as zonas do

diagrama pode ser observada na tabela 24. Pode-se observar que a distribuição dos

pontos é igual para ambas as condições de exposição, indicando que, aparentemente,

a infraestrutura verde não exerce influência nas condições de conforto. Uma

explicação plausível é a de que as condições climáticas diárias exercem maior

influência nas condições de conforto em comparação com a infraestrutura verde.

Esse comportamento pode ser explicado ao observar que os 10 pontos dentro

das condições de conforto desejado pertencem a medições no mesmo dia, ou seja,

com condições climáticas mais amenas. A mesma lógica se aplica aos pontos dentro

da zona de conforto prático. Além disso, a influência da ação do vento contribui para

esta explicação ao considerar que a mesma equilibra as condições climáticas através

do transporte de calor.

Tabela 24 – Distribuição dos pontos segundo condição de exposição e zonas de conforto (Primavera)

Condição de

exposição

solar

Número de

pontos na zona

de conforto

desejado

Número de

pontos na zona

de conforto

prático

Número de

pontos fora da

zona de

conforto

Total

Total % Total % Total %

Sombreado 5 5% 5 5% 40 40% 50

Solar 5 5% 5 5% 40 40% 50

Total 10 10% 10 10% 80 80% 100

Apesar da maioria dos pontos coletados se encontrarem fora das zonas de

conforto, observa-se que a infraestrutura verde contribui para a redução da

temperatura do ar e aumento da umidade relativa do ar conforme argumentado por

diversos autores. Contudo, há indícios de que a tipologia da rua e velocidade do ar são

fatores de maior influência nas condições de satisfação térmica.

67

4.3.2. Verão

Os valores de umidade e temperatura coletados na Rua Humaitá durante o

Verão para os pontos de medição solares e os sombreados que serão considerados

foram plotados na Carta Bioclimática proposta, podendo ser observado na figura 20.

Figura 20 – Condições de conforto para o Verão

Pode-se observar na figura 20 que os pontos se encontram em sua totalidade

fora da zona de conforto. Os pontos de medição sombreados se concentram em

umidades maiores e menores valores de temperatura do ar. Os valores médios da

temperatura do ar e umidade relativa do ar considerando somente pontos sombreados

ou solares podem ser observados na tabela 25. As tabelas com os dados separados

por condição de exposição ao sol podem ser observadas no apêndice 6.

Apesar de apresentar valores médios superiores de temperatura do ar e

inferiores de umidade relativa do ar em relação à Primavera, foi registrado um

comportamento semelhante no Verão, corroborando a afirmação de que a

infraestrutura verde contribui para redução da temperatura do ar e elevação da

umidade relativa do ar.

68

Além disso, a diferença entre as médias para as condições de exposição solar

durante o Verão também foi pequena, reforçando a ideia de que o transporte de calor

pela ação dos ventos contribui para o balanceamento das condições climáticas da Rua

Humaitá.

Tabela 25 – Valores médios de temperatura do ar e umidade relativa do ar para cada condição de exposição solar (Verão)

Grandeza Condição

sombreada Condição solar

Diferença

(em módulo)

Temperatura do ar 30,7ºC 31,6ºC 0,9ºC

Umidade relativa do

ar 65,5% 63,2% 2,3%

Visto que a totalidade dos pontos se encontram fora da zona de conforto, não

será feita a contagem dos mesmos para categorização conforme havia sido feito para

a Primavera.

69

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A avaliação de conforto térmico através da Carta Bioclimática de Olgyay requer

a sua adaptação ao clima local. O presente trabalho se configura como uma tentativa

de suprir tal necessidade, através do uso de outros índices de avaliação de conforto

térmico e de dados coletados em pesquisa de campo.

Foram definidas novas zonas de conforto para o bairro do Humaitá nas

estações de Primavera e Verão com faixas de temperatura variando 29,4ºC e 17,5ºC

(Primavera), e 29,5ºC e 19,0ºC (Verão). As faixas de umidade definidas para ambas

as estações foram as propostas por Olgyay, considerando o intervalo entre 30% e

70% como a faixa de conforto desejado, com extensões para 20% e 80% para a zona

de conforto prático.

A partir deste diagrama ajustado e dos dados coletados em campo, constatou-

se que apesar dos pontos de medição sombreados apresentarem temperaturas mais

baixas e maiores umidades em relação aos expostos à ação solar, o seu efeito

mitigador não foi o suficiente para que as condições de satisfação térmica fossem

atingidas. Inclusive, a variação entre os valores médios de temperatura do ar e

umidade relativa do ar para os dois tipos de condição de exposição foi muito pequena,

indicando um certo equilíbrio ao longo da Rua Humaitá.

Uma explicação para este comportamento é a de que a ação do vento e a

tipologia da rua em questão contribuem para a transferência de calor ao longo da área,

balanceando as condições climáticas locais, visto que se trata de uma rua de grande

largura e com intenso fluxo unidirecional de veículos.

Quanto à performance insatisfatória da infraestrutura verde no conforto térmico,

supõe-se que há duas explicações. Primeiramente, acredita-se que as árvores

presentes na Rua Humaitá são inadequadas do ponto de vista do conforto térmico,

com folhas que não oferecem proteção suficiente da ação solar. Além disso, a

presença pequena de revestimentos naturais (grama) pode contribuir para o aumento

da sensação de desconforto por elevar a quantidade de calor emitido pelas

superfícies.

A outra explicação para o desempenho insuficiente se relaciona com a forma

como foi determinada a nova zona de conforto. Em vista das informações disponíveis

do levantamento de campo, foram utilizados índices desenvolvidos para diversos

locais diferentes da área de estudo e calibrados para a cidade de São Paulo, sendo

esta a cidade mais próxima com informação de qualidade disponível. Portanto, é

70

possível que as condições de adaptação local tenham sido subestimadas, resultando

em uma zona de conforto mais restrita.

Portanto, em vista das limitações e deduções resultantes do presente trabalho,

foram desenvolvidas algumas sugestões de pesquisas futuras a respeito do tema em

questão.

A primeira delas é a de se realizar um levantamento de campo semelhante ao

feito com o uso de pesquisas com os usuários dos espaços a respeito da sua

percepção e preferência térmicas, com o objetivo de tratar da questão da aclimatação

de modo mais apropriado, com informações locais.

Além disso, sugere-se que sejam realizadas medidas da velocidade do ar

juntamente com a temperatura para que possa ser entendido como ocorre a

transferência de calor ao longo da rua e como a ação do vento a afeta.

Também se considera importante realizar medidas da temperatura radiante

média para aferir a quantidade de calor emitida pelas superfícies e melhor avaliar os

efeitos da infraestrutura verde.

Por fim, sugere-se que sejam feitas medidas em outros períodos do dia, não

somente pela manhã, visto que os picos de temperatura e, consequentemente, de

estresse térmico para o calor ocorrem nos períodos de tarde. Além disso, a medida

das variáveis de conforto térmico em outros períodos do dia permitiria entender como

se comporta o microclima do bairro ao longo de um dia. Este tipo de informação

serviria de base não somente para projetos de melhorias em ambientes externos, mas

também para diretrizes na concepção de ambientes internos.

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82

APÊNDICE 1 – SEÇÕES TRANSVERSAIS DOS PONTOS DE MEDIÇÃO

83

Figura A1.1 – Seção transversal do ponto de medição 2 (PM2)

84

Figura A1.2 – Seção transversal do ponto de medição 3 (PM3)

85

Figura A1.3 – Seção transversal do ponto de medição 4 (PM4)

86

Figura A1.4 – Seção transversal do ponto de medição 5 (PM5)

87

Figura A1.5 – Seção transversal do ponto de medição 6 (PM6)

88

Figura A1.6 – Seção transversal dos pontos de medição 7 e 9 (PM7 e PM9)

89

Figura A1.7 – Seção transversal do ponto de medição 8 (PM8)

90

Figura A1.8 – Seção transversal do ponto de medição 10 (PM10)

91

Figura A1.9 – Seção transversal do ponto de medição 10 (PM10)

92

Figura A1.10 – Seção transversal do ponto de medição 12 (PM12)

93

Figura A1.11 – Seção transversal do ponto de medição 13 (PM13)

94

APÊNDICE 2 – DADOS COLETADOS (PRIMAVERA)

Tabela A2.1 – Dados coletados de temperatura do ar (ºC)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

OUTUBRO de 2016

02/10/16 21.5 21.3 21.3 21.6 21.5 21.5 21.8 21.7 22.0 21.7 21.8 21.6 21.3 21.6

09/10/16 26.4 25.9 26.6 26.0 25.7 25.9 25.3 25.2 25.4 25.4 25.0 25.9 24.5 25.6

16/10/16 29.8 29.3 29.7 31.4 30.0 30.0 30.3 31.3 31.8 31.3 30.7 30.8 29.8 30.5

23/10/16 24.9 24.5 25.2 25.3 24.6 25.7 25.2 26.0 28.7 25.9 25.5 27.0 25.3 25.7

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 24.5 24.4 24.6 24.7 24.6 25.0 25.2 24.6 25.9 24.5 24.9 24.9 24.5 24.8

20/11/16 22.6 22.4 22.5 23.0 23.2 22.2 22.0 22.7 25.4 23.6 23.9 23.3 22.6 23.0

27/11/16 28.4 28.6 29.1 29.2 29.4 29.8 28.6 31.4 29.6 28.9 28.3 28.9 28.5 29.1

DEZEMBRO de 2016

04/12/16 26.9 27.1 27.2 27.4 27.9 28.3 28.5 28.6 28.6 28.0 27.9 28.4 28.3 27.9

12/12/16 30.1 30.0 30.4 30.9 30.4 30.2 30.9 32.0 32.2 30.7 30.6 30.7 30.1 30.7

18/12/16 27.0 27.3 26.9 29.2 28.0 27.3 28.0 30.1 31.3 28.0 28.2 28.9 28.3 28.3

Média por ponto de medição

26.2 26.1 26.4 26.9 26.5 26.6 26.6 27.4 28.1 26.8 26.7 27.0 26.3 26.7

Tabela A2.2 – Dados coletados de umidade relativa do ar (%)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

OUTUBRO de 2016

02/10/16 77.7 77.8 77.6 77.8 77.3 78.1 76.9 76.4 75.9 76.4 76.3 76.3 78.1 77.1

09/10/16 63.8 64.6 62.9 64.2 66.0 66.2 68.2 71.9 70.5 72.6 73.8 70.6 77.3 68.7

16/10/16 66.6 69.2 67.9 63.2 66.9 66.2 66.0 62.6 59.0 64.2 65.9 65.4 67.9 65.5

23/10/16 74.8 74.8 72.9 72.5 73.7 70.4 71.4 69.8 60.6 68.8 70.9 65.8 71.3 70.6

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 80.7 80.7 79.0 79.1 79.4 78.9 78.1 78.9 74.4 80.6 79.6 78.7 80.1 79.1

20/11/16 60.5 61.6 60.2 59.0 57.5 58.3 57.0 56.1 51.2 56.6 57.3 58.7 61.2 58.1

27/11/16 66.1 66.6 64.7 64.1 64.3 63.2 65.4 57.3 62.8 65.1 63.3 65.0 66.5 64.2

DEZEMBRO de 2016

04/12/16 68.8 68.4 69.8 67.4 64.0 63.6 63.6 63.3 61.3 63.2 64.6 61.8 62.2 64.8

12/12/16 76.9 76.2 72.3 70.4 70.4 70.8 68.3 65.5 65.5 69.4 70.5 70.1 72.1 70.6

18/12/16 72.4 70.4 71.6 64.4 69.3 70.9 69.9 62.8 58.9 68.7 68.5 67.4 67.5 67.9

Média por ponto de medição

70.8 71.0 69.9 68.2 68.9 68.7 68.5 66.5 64.0 68.6 69.1 68.0 70.4 68.7

95

Tabela A2.3 – Dados coletados de radiação solar (W/m²)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

OUTUBRO de 2016

02/10/16 19.3 23.9 21.6 49.4 23.8 23.2 35.5 53.5 112.9 10.0 9.7 38.0 14.9 33.5

09/10/16 67.1 38.0 36.6 128.6 69.0 69.6 94.6 111.9 198.1 20.6 11.2 42.8 19.9 69.8

16/10/16 35.5 44.6 39.0 198.0 57.8 77.0 92.1 59.2 812.9 41.0 21.1 31.0 45.7 119.6

23/10/16 101.1 45.5 59.6 212.2 83.9 123.3 100.0 146.1 614.6 44.7 37.1 109.8 34.0 131.7

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 19.1 33.1 42.7 147.9 82.1 85.7 151.9 138.3 282.6 37.6 17.2 41.2 22.9 84.8

20/11/16 39.7 23.6 29.9 128.7 63.1 63.5 99.5 83.1 748.4 63.1 42.2 52.1 51.6 114.5

27/11/16 185.7 43.4 37.6 724.5 53.5 67.1 63.7 251.3 871.9 46.8 30.2 44.3 50.9 190.1

DEZEMBRO de 2016

04/12/16 8.4 14.2 22.6 63.6 28.0 30.8 77.4 68.8 126.1 12.8 6.4 25.7 9.4 38.0

12/12/16 58.9 40.3 44.9 147.0 65.3 95.3 122.2 155.6 312.6 23.2 14.8 47.6 20.8 88.3

18/12/16 254.6 50.9 43.8 838.9 46.0 65.0 66.2 400.3 438.3 40.0 24.1 31.6 40.0 180.0

Média por ponto de medição

78.9 35.8 37.8 263.9 57.3 70.1 90.3 146.8 451.8 34.0 21.4 46.4 31.0 105.0

Tabela A2.4 – Dados coletados de velocidade do ar

Mês Dia kt m/s

OUTUBRO de 2016

02/10/16 3 1.543332

09/10/16 2 1.028888

16/10/16 3 1.543332

23/10/16 2 1.028888

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 2 1.028888

20/11/16 3 1.543332

27/11/16 - -

DEZEMBRO de 2016

04/12/16 - -

12/12/16 - -

18/12/16 6 3.086664

Média por ponto de medição 3 1.543332

96

APÊNDICE 3 – DADOS COLETADOS (VERÃO)

Tabela A3.1 – Dados coletados de temperatura do ar (ºC)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 30.1 30.4 30.7 30.8 30.6 30.5 31.0 30.4 31.2 30.3 30.2 29.7 29.9 30.4

JANEIRO de 2017

08/01/17 30.2 30.5 30.2 31.1 30.0 30.9 30.8 31.7 31.6 31.1 30.9 31.2 30.4 30.8

15/01/17 30.1 30.3 29.8 32.1 30.8 31.0 31.6 34.0 32.4 30.7 30.5 29.7 29.7 31.0

20/01/17 27.5 27.7 27.8 28.5 27.6 28.1 28.0 28.4 30.4 28.5 28.0 28.5 27.7 28.2

29/01/17 32.1 31.7 31.5 32.4 31.6 35.6 33.1 33.4 33.0 31.7 30.9 30.8 30.9 32.2

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 31.3 31.8 32.9 32.5 32.2 31.9 31.2 31.4 34.9 32.2 32.1 33.3 32.0 32.3

12/02/17 31.9 32.2 31.0 37.6 32.0 31.5 31.1 32.6 32.2 32.1 32.1 31.5 30.7 32.2

19/02/17 33.2 31.5 32.7 32.5 31.2 32.0 32.6 32.1 33.0 33.4 31.8 33.6 31.9 32.4

MARÇO de 2017

01/03/17 31.2 31.6 31.2 31.5 31.5 31.9 32.0 32.2 33.5 32.2 31.8 34.1 31.9 32.0

05/03/17 34.3 31.7 32.2 30.9 30.6 30.2 30.5 30.7 32.5 31.3 30.8 33.5 30.5 31.5

12/03/17 29.6 29.2 29.2 28.9 29.0 29.3 29.1 29.3 32.9 28.9 28.7 30.0 29.5 29.5

Média por ponto de medição

31.1 30.8 30.9 31.8 30.7 31.2 31.0 31.6 32.6 31.2 30.8 31.6 30.5 31.1

Tabela A3.2 – Dados coletados de umidade relativa do ar (%)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 76.5 75.4 74.9 74.2 74.4 74.6 74.3 75.0 73.2 74.7 75.0 77.2 77.2 75.1

JANEIRO de 2017

08/01/17 69.7 68.6 69.6 65.6 69.4 67.2 66.5 64.5 64.7 65.7 66.5 65.4 68.1 67.0

15/01/17 71.5 70.6 73.2 65.6 69.6 68.9 67.0 58.2 63.9 69.3 70.0 72.8 72.8 68.7

20/01/17 77.9 76.2 74.6 73.1 75.5 74.4 74.7 73.2 67.8 73.4 73.7 73.2 74.9 74.0

29/01/17 60.0 59.8 60.2 58.4 60.3 50.8 57.3 55.4 56.2 61.4 62.1 62.5 63.8 59.1

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 61.5 60.5 57.6 58.4 59.4 62.9 64.9 64.7 54.3 59.8 59.3 57.9 62.5 60.3

12/02/17 53.1 53.2 54.3 42.0 54.6 57.8 58.8 55.8 54.8 55.8 55.4 56.6 58.4 54.7

19/02/17 57.2 60.3 57.7 57.8 60.6 57.5 56.3 57.6 55.0 53.9 54.7 51.7 55.1 56.6

MARÇO de 2017

01/03/17 55.4 54.4 55.2 54.5 55.4 53.5 53.1 52.9 50.3 53.3 53.9 49.5 53.0 53.4

05/03/17 57.9 65.6 64.5 68.7 69.7 71.1 70.2 69.0 64.3 68.0 69.6 60.5 69.0 66.8

12/03/17 73.2 74.7 75.5 75.5 75.5 74.7 75.5 74.4 64.3 75.7 76.2 72.1 74.2 74.0

Média por ponto de medição

63.7 64.4 64.2 62.0 65.0 63.9 64.4 62.6 59.6 63.6 64.1 62.2 65.2 64.5

97

Tabela A3.3 – Dados coletados de radiação solar (W/m²)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 39.3 35.6 37.3 105.8 68.9 50.0 68.9 68.8 81.7 7.6 4.6 17.3 6.7 45.6

JANEIRO de 2017

08/01/17 56.8 44.2 51.5 175.5 68.3 86.8 135.9 208.1 265.7 26.8 16.6 47.9 15.7 92.3

15/01/17 42.9 58.5 60.1 695.1 80.2 121.3 112.9 908.6 845.7 46.0 40.9 48.2 51.0 239.3

20/01/17 43.9 65.6 56.4 144.8 61.7 68.3 114.8 100.8 242.8 19.2 23.1 35.5 21.7 76.8

29/01/17 350.4 46.3 61.0 802.7 52.5 78.7 148.3 676.3 807.6 42.1 30.4 62.3 31.7 245.4

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 49.3 42.2 38.1 597.7 44.0 74.3 56.8 794.6 478.8 35.5 22.9 256.1 36.2 194.3

12/02/17 580.7 46.8 38.4 809.4 46.5 203.6 69.5 806.6 834.9 36.2 27.3 40.8 37.1 275.2

19/02/17 708.7 79.2 37.3 82.5 41.8 128.9 58.3 146.8 846.2 22.9 27.8 804.5 35.9 232.4

MARÇO de 2017

01/03/17 218.1 38.8 36.2 109.7 27.5 91.0 77.2 109.4 264.9 14.0 14.1 495.1 30.1 117.4

05/03/17 601.9 51.3 43.9 95.3 44.7 74.1 58.2 90.5 760.1 9.9 14.8 324.0 19.0 168.3

12/03/17 364.9 48.1 48.9 134.7 54.0 72.5 70.0 107.3 569.3 23.5 27.1 541.5 29.5 160.9

Média por ponto de medição

301.8 52.1 47.2 364.7 52.1 100.0 90.2 394.9 591.6 27.6 24.5 265.6 30.8 168.0

Tabela A3.4 – Dados coletados de velocidade do ar

Mês Dia kt m/s

DEZEMBRO de 2016 29/12/16 5 2.57222

JANEIRO de 2017

08/01/17 4 2.057776

15/01/17 2 1.028888

20/01/17 4 2.057776

29/01/17 4 2.057776

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 5 2.57222

12/02/17 3 1.543332

19/02/17 - -

MARÇO de 2017

01/03/17 7 3.601108

05/03/17 3 1.543332

12/03/17 - -

Média por ponto de medição 4 2.057776

98

APÊNDICE 4 – DADOS COLETADOS APÓS EXCLUSÃO

Tabela A4.1 – Dados coletados de temperatura do ar (ºC) após exclusão (Primavera)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

OUTUBRO de 2016

02/10/16 21.5 21.3 21.3 21.6 21.5 21.5 21.8 21.7 22.0 21.7 21.8 21.6 21.3 21.6

09/10/16 26.4 25.9 26.6 26.0 25.7 25.9 25.3 25.2 25.4 25.4 25.0 25.9 24.5 25.6

16/10/16 29.8 29.3 29.7 31.4 30.0 30.0 30.3 31.3 31.8 31.3 30.7 30.8 29.8 30.5

23/10/16 24.9 24.5 25.2 25.3 24.6 25.7 25.2 26.0 28.7 25.9 25.5 27.0 25.3 25.7

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 24.5 24.4 24.6 24.7 24.6 25.0 25.2 24.6 25.9 24.5 24.9 24.9 24.5 24.8

20/11/16 22.6 22.4 22.5 23.0 23.2 22.2 22.0 22.7 25.4 23.6 23.9 23.3 22.6 23.0

DEZEMBRO de 2016

18/12/16 27.0 27.3 26.9 29.2 28.0 27.3 28.0 30.1 31.3 28.0 28.2 28.9 28.3 28.3

Média por ponto de medição

25.2 25.0 25.3 25.9 25.4 25.4 25.4 25.9 27.2 25.8 25.7 26.1 25.2 25.6

Tabela A4.2 – Dados coletados de umidade relativa do ar (%) após exclusão (Primavera)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

OUTUBRO de 2016

02/10/16 77.7 77.8 77.6 77.8 77.3 78.1 76.9 76.4 75.9 76.4 76.3 76.3 78.1 77.1

09/10/16 63.8 64.6 62.9 64.2 66.0 66.2 68.2 71.9 70.5 72.6 73.8 70.6 77.3 68.7

16/10/16 66.6 69.2 67.9 63.2 66.9 66.2 66.0 62.6 59.0 64.2 65.9 65.4 67.9 65.5

23/10/16 74.8 74.8 72.9 72.5 73.7 70.4 71.4 69.8 60.6 68.8 70.9 65.8 71.3 70.6

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 80.7 80.7 79.0 79.1 79.4 78.9 78.1 78.9 74.4 80.6 79.6 78.7 80.1 79.1

20/11/16 60.5 61.6 60.2 59.0 57.5 58.3 57.0 56.1 51.2 56.6 57.3 58.7 61.2 58.1

DEZEMBRO de 2016

18/12/16 72.4 70.4 71.6 64.4 69.3 70.9 69.9 62.8 58.9 68.7 68.5 67.4 67.5 67.9

Média por ponto de medição

70.9 71.3 70.3 68.6 70.0 69.9 69.6 68.4 64.4 69.7 70.3 69.0 71.9 69.6

99

Tabela A4.3 – Dados coletados de radiação solar (W/m²) após exclusão (Primavera)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

OUTUBRO de 2016

02/10/16 19.3 23.9 21.6 49.4 23.8 23.2 35.5 53.5 112.9 10.0 9.7 38.0 14.9 33.5

09/10/16 67.1 38.0 36.6 128.6 69.0 69.6 94.6 111.9 198.1 20.6 11.2 42.8 19.9 69.8

16/10/16 35.5 44.6 39.0 198.0 57.8 77.0 92.1 59.2 812.9 41.0 21.1 31.0 45.7 119.6

23/10/16 101.1 45.5 59.6 212.2 83.9 123.3 100.0 146.1 614.6 44.7 37.1 109.8 34.0 131.7

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 19.1 33.1 42.7 147.9 82.1 85.7 151.9 138.3 282.6 37.6 17.2 41.2 22.9 84.8

20/11/16 39.7 23.6 29.9 128.7 63.1 63.5 99.5 83.1 748.4 63.1 42.2 52.1 51.6 114.5

DEZEMBRO de 2016

18/12/16 254.6 50.9 43.8 838.9 46.0 65.0 66.2 400.3 438.3 40.0 24.1 31.6 40.0 180.0

Média por ponto de medição

76.6 37.1 39.0 243.4 60.8 72.5 91.4 141.8 458.3 36.7 23.2 49.5 32.7 104.8

Tabela A4.4 – Dados coletados de temperatura do ar (ºC) após exclusão (Verão)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 30.1 30.4 30.7 30.8 30.6 30.5 31.0 30.4 31.2 30.3 30.2 29.7 29.9 30.4

JANEIRO de 2017

08/01/17 30.2 30.5 30.2 31.1 30.0 30.9 30.8 31.7 31.6 31.1 30.9 31.2 30.4 30.8

15/01/17 30.1 30.3 29.8 32.1 30.8 31.0 31.6 34.0 32.4 30.7 30.5 29.7 29.7 31.0

20/01/17 27.5 27.7 27.8 28.5 27.6 28.1 28.0 28.4 30.4 28.5 28.0 28.5 27.7 28.2

29/01/17 32.1 31.7 31.5 32.4 31.6 35.6 33.1 33.4 33.0 31.7 30.9 30.8 30.9 32.2

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 31.3 31.8 32.9 32.5 32.2 31.9 31.2 31.4 34.9 32.2 32.1 33.3 32.0 32.3

12/02/17 31.9 32.2 31.0 37.6 32.0 31.5 31.1 32.6 32.2 32.1 32.1 31.5 30.7 32.2

MARÇO de 2017

01/03/17 31.2 31.6 31.2 31.5 31.5 31.9 32.0 32.2 33.5 32.2 31.8 34.1 31.9 32.0

05/03/17 34.3 31.7 32.2 30.9 30.6 30.2 30.5 30.7 32.5 31.3 30.8 33.5 30.5 31.5

Média por ponto de medição

31.1 30.9 30.8 32.1 30.8 31.4 31.0 31.8 32.6 31.2 30.9 31.6 30.5 31.2

100

Tabela A4.5 – Dados coletados de umidade relativa do ar (%) após exclusão (Verão)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 76.5 75.4 74.9 74.2 74.4 74.6 74.3 75.0 73.2 74.7 75.0 77.2 77.2 75.1

JANEIRO de 2017

08/01/17 69.7 68.6 69.6 65.6 69.4 67.2 66.5 64.5 64.7 65.7 66.5 65.4 68.1 67.0

15/01/17 71.5 70.6 73.2 65.6 69.6 68.9 67.0 58.2 63.9 69.3 70.0 72.8 72.8 68.7

20/01/17 77.9 76.2 74.6 73.1 75.5 74.4 74.7 73.2 67.8 73.4 73.7 73.2 74.9 74.0

29/01/17 60.0 59.8 60.2 58.4 60.3 50.8 57.3 55.4 56.2 61.4 62.1 62.5 63.8 59.1

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 61.5 60.5 57.6 58.4 59.4 62.9 64.9 64.7 54.3 59.8 59.3 57.9 62.5 60.3

12/02/17 53.1 53.2 54.3 42.0 54.6 57.8 58.8 55.8 54.8 55.8 55.4 56.6 58.4 54.7

MARÇO de 2017

01/03/17 55.4 54.4 55.2 54.5 55.4 53.5 53.1 52.9 50.3 53.3 53.9 49.5 53.0 53.4

05/03/17 57.9 65.6 64.5 68.7 69.7 71.1 70.2 69.0 64.3 68.0 69.6 60.5 69.0 66.8

Média por ponto de medição

63.4 63.6 63.7 60.8 64.2 63.3 64.1 61.7 59.5 63.3 63.8 62.3 65.3 64.4

Tabela A4.6 – Dados coletados de radiação solar (W/m²) após exclusão (Verão)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 39.3 35.6 37.3 105.8 68.9 50.0 68.9 68.8 81.7 7.6 4.6 17.3 6.7 45.6

JANEIRO de 2017

08/01/17 56.8 44.2 51.5 175.5 68.3 86.8 135.9 208.1 265.7 26.8 16.6 47.9 15.7 92.3

15/01/17 42.9 58.5 60.1 695.1 80.2 121.3 112.9 908.6 845.7 46.0 40.9 48.2 51.0 239.3

20/01/17 43.9 65.6 56.4 144.8 61.7 68.3 114.8 100.8 242.8 19.2 23.1 35.5 21.7 76.8

29/01/17 350.4 46.3 61.0 802.7 52.5 78.7 148.3 676.3 807.6 42.1 30.4 62.3 31.7 245.4

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 49.3 42.2 38.1 597.7 44.0 74.3 56.8 794.6 478.8 35.5 22.9 256.1 36.2 194.3

12/02/17 580.7 46.8 38.4 809.4 46.5 203.6 69.5 806.6 834.9 36.2 27.3 40.8 37.1 275.2

MARÇO de 2017

01/03/17 218.1 38.8 36.2 109.7 27.5 91.0 77.2 109.4 264.9 14.0 14.1 495.1 30.1 117.4

05/03/17 601.9 51.3 43.9 95.3 44.7 74.1 58.2 90.5 760.1 9.9 14.8 324.0 19.0 168.3

Média por ponto de medição

243.0 49.2 48.2 428.8 53.2 99.8 96.7 461.9 562.6 28.7 23.8 163.7 30.3 161.6

101

APÊNDICE 5 – DADOS COLETADOS DE LUMINÂNCIA

Tabela A5.1 – Dados coletados de luminância (LUX)

Mês Dia Pontos de Medição

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

OUTUBRO de 2016

02/10/16 2550.0 2810.0 2480.0 6390.0 2850.0 2710.0 5050.0 6950.0 15130.0 670.0 854.0 4680.0 880.0

09/10/16 7390.0 3610.0 3630.0 15660.0 5900.0 6670.0 10820.0 11590.0 26900.0 1852.0 978.0 3920.0 1220.0

16/10/16 4620.0 3680.0 3210.0 93700.0 2800.0 12690.0 8100.0 5270.0 103600.0 1421.0 626.0 3010.0 1470.0

23/10/16 12090.0 4600.0 6010.0 25700.0 8800.0 12000.0 12010.0 16560.0 103900.0 3240.0 2490.0 11610.0 1650.0

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 2750.0 4220.0 5120.0 18570.0 9380.0 9460.0 19540.0 16370.0 37700.0 3080.0 1360.0 5260.0 1330.0

20/11/16 4660.0 4890.0 3080.0 14530.0 6400.0 6660.0 12520.0 9700.0 115600.0 2700.0 1796.0 5390.0 2180.0

27/11/16 5600.0 3600.0 2510.0 81100.0 4300.0 4000.0 5700.0 32200.0 101600.0 1650.0 1340.0 5220.0 2080.0

DEZEMBRO de 2016

04/12/16 1368.0 1906.0 2540.0 8340.0 3390.0 3680.0 9420.0 8240.0 15270.0 1160.0 452.0 3310.0 510.0

12/12/16 5390.0 4850.0 4970.0 29000.0 7000.0 8000.0 15400.0 23100.0 45000.0 2200.0 1068.0 8080.0 1220.0

18/12/16 25900.0 13300.0 2700.0 97300.0 3500.0 3900.0 9030.0 107900.0 86600.0 2110.0 870.0 3760.0 1480.0

29/12/16 4670.0 4190.0 3920.0 11950.0 7550.0 5060.0 7550.0 7700.0 10940.0 695.0 417.0 2000.0 300.0

JANEIRO de 2017

08/01/17 6190.0 4330.0 5420.0 21100.0 6000.0 7600.0 16000.0 19800.0 35200.0 2340.0 1420.0 6940.0 850.0

15/01/17 3710.0 4380.0 4470.0 88700.0 6320.0 16010.0 12020.0 96000.0 94100.0 1509.0 2150.0 4080.0 1570.0

20/01/17 5070.0 5440.0 5290.0 16620.0 5530.0 6210.0 13640.0 10230.0 31000.0 1576.0 1708.0 5460.0 1060.0

29/01/17 9910.0 4540.0 3500.0 82900.0 3600.0 4300.0 8700.0 74300.0 91200.0 1089.0 882.0 8390.0 790.0

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 3050.0 2130.0 2700.0 5240.0 280.0 5030.0 5840.0 86400.0 89600.0 810.0 1052.0 35800.0 917.0

12/02/17 46700.0 2400.0 2140.0 87900.0 2700.0 9400.0 4100.0 30100.0 95200.0 800.0 1020.0 3580.0 940.0

19/02/17 74400.0 2070.0 4240.0 7170.0 2490.0 38400.0 3400.0 10700.0 89800.0 1015.0 951.0 86700.0 1660.0

MARÇO de 2017

01/03/17 11580.0 2940.0 3550.0 12090.0 2650.0 7570.0 6580.0 8940.0 30500.0 764.0 1198.0 62600.0 1048.0

05/03/17 66400.0 2500.0 2700.0 8800.0 3200.0 3400.0 4190.0 8820.0 84100.0 435.0 861.0 38600.0 698.0

12/03/17 40600.0 3650.0 3170.0 12630.0 3600.0 4530.0 6530.0 8800.0 61900.0 836.0 1495.0 57300.0 993.0

Média por ponto de medição

26761.0 3438.0 3718.0 34315.0 3637.0 10245.0 8100.0 35409.0 70260.0 1117.4 1273.7 30945.0 1052.6

102

APÊNDICE 6 – DADOS SEPARADOS POR CONDIÇÃO DE EXPOSIÇÃO AO SOL

Tabela A6.1 – Dados de temperatura do ar (ºC) para os pontos de medição solares (Primavera)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 4 8 9 12

OUTUBRO de 2016

02/10/16 21.5 21.6 21.7 22.0 21.6 21.7

09/10/16 26.4 26.0 25.2 25.4 25.9 25.8

16/10/16 29.8 31.4 31.3 31.8 30.8 31.0

23/10/16 24.9 25.3 26.0 28.7 27.0 26.4

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 24.5 24.7 24.6 25.9 24.9 24.9

20/11/16 22.6 23.0 22.7 25.4 23.3 23.4

27/11/16 28.4 29.2 31.4 29.6 28.9 29.5

DEZEMBRO de 2016

04/12/16 26.9 27.4 28.6 28.6 28.4 28.0

12/12/16 30.1 30.9 32.0 32.2 30.7 31.2

18/12/16 27.0 29.2 30.1 31.3 28.9 29.3

Média por ponto de medição

26.2 26.9 27.4 28.1 27.0 27.1

Tabela A6.2 – Dados de temperatura do ar (ºC) para os pontos de medição sombreados (Primavera)

Mês Dia

Média do Dia 2 5 10 11 13

OUTUBRO de 2016

02/10/16 21.3 21.5 21.7 21.8 21.3 21.5

09/10/16 25.9 25.7 25.4 25.0 24.5 25.3

16/10/16 29.3 30.0 31.3 30.7 29.8 30.2

23/10/16 24.5 24.6 25.9 25.5 25.3 25.2

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 24.4 24.6 24.5 24.9 24.5 24.6

20/11/16 22.4 23.2 23.6 23.9 22.6 23.1

27/11/16 28.6 29.4 28.9 28.3 28.5 28.7

DEZEMBRO de 2016

04/12/16 27.1 27.9 28.0 27.9 28.3 27.8

12/12/16 30.0 30.4 30.7 30.6 30.1 30.4

18/12/16 27.3 28.0 28.0 28.2 28.3 28.0

Média por ponto de medição

26.1 26.5 26.8 26.7 26.3 26.5

103

Tabela A6.3 – Dados de umidade relativa do ar (%) para os pontos de medição solares (Primavera)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 4 8 9 12

OUTUBRO de 2016

02/10/16 77.7 77.8 76.4 75.9 76.3 76.8

09/10/16 63.8 64.2 71.9 70.5 70.6 68.2

16/10/16 66.6 63.2 62.6 59.0 65.4 63.4

23/10/16 74.8 72.5 69.8 60.6 65.8 68.7

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 80.7 79.1 78.9 74.4 78.7 78.4

20/11/16 60.5 59.0 56.1 51.2 58.7 57.1

27/11/16 66.1 64.1 57.3 62.8 65.0 63.1

DEZEMBRO de 2016

04/12/16 68.8 67.4 63.3 61.3 61.8 64.5

12/12/16 76.9 70.4 65.5 65.5 70.1 69.7

18/12/16 72.4 64.4 62.8 58.9 67.4 65.2

Média por ponto de medição

70.8 68.2 66.5 64.0 68.0 67.5

Tabela A6.4 – Dados de umidade relativa do ar (%) para os pontos de medição sombreados (Primavera)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 2 5 10 11 13

OUTUBRO de 2016

02/10/16 77.8 77.3 76.4 76.3 78.1 77.2

09/10/16 64.6 66.0 72.6 73.8 77.3 70.9

16/10/16 69.2 66.9 64.2 65.9 67.9 66.8

23/10/16 74.8 73.7 68.8 70.9 71.3 71.9

NOVEMBRO de 2016

06/11/16 80.7 79.4 80.6 79.6 80.1 80.1

20/11/16 61.6 57.5 56.6 57.3 61.2 58.8

27/11/16 66.6 64.3 65.1 63.3 66.5 65.2

DEZEMBRO de 2016

04/12/16 68.4 64.0 63.2 64.6 62.2 64.5

12/12/16 76.2 70.4 69.4 70.5 72.1 71.7

18/12/16 70.4 69.3 68.7 68.5 67.5 68.9

Média por ponto de medição

71.0 68.9 68.6 69.1 70.4 69.6

104

Tabela A6.5 – Dados de temperatura do ar (ºC) para os pontos de medição solares (Verão)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 4 8 9 12

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 30.1 30.8 30.4 31.2 29.7 30.4

JANEIRO de 2017

08/01/17 30.2 31.1 31.7 31.6 31.2 31.2

15/01/17 30.1 32.1 34.0 32.4 29.7 31.7

20/01/17 27.5 28.5 28.4 30.4 28.5 28.7

29/01/17 32.1 32.4 33.4 33.0 30.8 32.3

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 31.3 32.5 31.4 34.9 33.3 32.7

12/02/17 31.9 37.6 32.6 32.2 31.5 33.2

19/02/17 33.2 32.5 32.1 33.0 33.6 32.9

MARÇO de 2017

01/03/17 31.2 31.5 32.2 33.5 34.1 32.5

05/03/17 34.3 30.9 30.7 32.5 33.5 32.4

12/03/17 29.6 28.9 29.3 32.9 30.0 30.1

Média por ponto de medição

31.1 31.8 31.6 32.6 31.6 31.6

Tabela A6.6 – Dados de temperatura do ar (ºC) para os pontos de medição sombreados (Verão)

Mês Dia

Média do Dia 2 5 10 11 13

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 30.4 30.6 30.3 30.2 29.9 30.3

JANEIRO de 2017

08/01/17 30.5 30.0 31.1 30.9 30.4 30.6

15/01/17 30.3 30.8 30.7 30.5 29.7 30.4

20/01/17 27.7 27.6 28.5 28.0 27.7 27.9

29/01/17 31.7 31.6 31.7 30.9 30.9 31.4

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 31.8 32.2 32.2 32.1 32.0 32.1

12/02/17 32.2 32.0 32.1 32.1 30.7 31.8

19/02/17 31.5 31.2 33.4 31.8 31.9 32.0

MARÇO de 2017

01/03/17 31.6 31.5 32.2 31.8 31.9 31.8

05/03/17 31.7 30.6 31.3 30.8 30.5 31.0

12/03/17 29.2 29.0 28.9 28.7 29.5 29.1

Média por ponto de medição

30.8 30.7 31.2 30.8 30.5 30.7

105

Tabela A6.7 – Dados de umidade relativa do ar (%) para os pontos de medição solares (Verão)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 1 4 8 9 12

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 76.5 74.2 75.0 73.2 77.2 75.2

JANEIRO de 2017

08/01/17 69.7 65.6 64.5 64.7 65.4 66.0

15/01/17 71.5 65.6 58.2 63.9 72.8 66.4

20/01/17 77.9 73.1 73.2 67.8 73.2 73.0

29/01/17 60.0 58.4 55.4 56.2 62.5 58.5

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 61.5 58.4 64.7 54.3 57.9 59.4

12/02/17 53.1 42.0 55.8 54.8 56.6 52.5

19/02/17 57.2 57.8 57.6 55.0 51.7 55.9

MARÇO de 2017

01/03/17 55.4 54.5 52.9 50.3 49.5 52.5

05/03/17 57.9 68.7 69.0 64.3 60.5 64.1

12/03/17 73.2 75.5 74.4 64.3 72.1 71.9

Média por ponto de medição

63.7 62.0 62.6 59.6 62.2 63.2

Tabela A6.8 – Dados de umidade relativa do ar (%) para os pontos de medição sombreados (Verão)

Mês Dia Pontos de Medição

Média do Dia 2 5 10 11 13

DEZEMBRO de 2016

29/12/16 75.4 74.4 74.7 75.0 77.2 75.3

JANEIRO de 2017

08/01/17 68.6 69.4 65.7 66.5 68.1 67.7

15/01/17 70.6 69.6 69.3 70.0 72.8 70.5

20/01/17 76.2 75.5 73.4 73.7 74.9 74.7

29/01/17 59.8 60.3 61.4 62.1 63.8 61.5

FEVEREIRO de 2017

05/02/17 60.5 59.4 59.8 59.3 62.5 60.3

12/02/17 53.2 54.6 55.8 55.4 58.4 55.5

19/02/17 60.3 60.6 53.9 54.7 55.1 56.9

MARÇO de 2017

01/03/17 54.4 55.4 53.3 53.9 53.0 54.0

05/03/17 65.6 69.7 68.0 69.6 69.0 68.4

12/03/17 74.7 75.5 75.7 76.2 74.2 75.3

Média por ponto de medição

64.4 65.0 63.6 64.1 65.2 65.5