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LOUISE ALINE DE CAMPOS STIHAIENCO ANÁLISE DA EFICÁCIA DE MÉTODOS DE LIMPEZA DE RESINA ACRÍLICA MACIA PARA PRÓTESES ODONTOLÓGICAS Londrina 2016

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LOUISE ALINE DE CAMPOS STIHAIENCO

ANÁLISE DA EFICÁCIA DE MÉTODOS DE LIMPEZA DE

RESINA ACRÍLICA MACIA PARA PRÓTESES

ODONTOLÓGICAS

Londrina 2016

LOUISE ALINE DE CAMPOS STIHAIENCO

ANÁLISE DA EFICÁCIA DE MÉTODOS DE LIMPEZA DE

RESINA ACRÍLICA MACIA PARA PRÓTESES

ODONTOLÓGICAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção de diploma de graduação em Odontologia. Orientador: Prof. Dr. Edwin Fernando Ruiz Contreras

Londrina 2016

LOUISE ALINE DE CAMPOS STIHAIENCO

ANÁLISE DA EFICÁCIA DE MÉTODOS DE LIMPEZA DE

RESINA ACRÍLICA MACIA PARA PRÓTESES

ODONTOLÓGICAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção de diploma de graduação em Odontologia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Orientador: Prof. Dr. Edwin Fernando Ruiz

Contreras Universidade Estadual de Londrina - UEL

____________________________________ Prof. Dr. Andres Felipe Cartagena Molina Universidade Estadual de Londrina - UEL

Londrina, 20 de Dezembro de 2016.

Dedico este trabalho a minha mãe

Nazaré de Campos Stihaienco, por todo

amor e carinho e a quem devo toda

minha admiração.

Ao meu pai Gilberto Aparecido

Stihaienco, a quem devo todo apoio

para conclusão de mais uma etapa de

minha vida, e a quem tenho maior

respeito e gratidão.

AGRADECIMENTOS

À minha mãe pelo apoio nos momentos difíceis da faculdade e da

vida, e que me levou a conclusão desta etapa.

Ao meu pai, por ser exemplo de pessoa íntegra, esforçada e dedicada,

que sempre me incentivou a estudar e me apoiou

A meu namorado Gustavo Henrique Fantinelli Ortiz, pessoa que me

acompanhou durante todos os anos deste curso, que me deu apoio, carinho e

preocupação e com o qual aprendi muitas lições desta vida e amadureci como pessoa.

Ao meu irmão Theodore Alexander de Campos Stihaienco, pessoa

que admiro e que proporcionou a conclusão deste trabalhos através dos

conhecimentos transmitidos.

À Deus por me guiar pelo caminho correto e ser pilar nos mementos

e escolhas difíceis desta vida.

Ao Profº Drº Edwin Fernando Ruiz Contreras não apenas pela

paciência, apoio, dedicação e pelos conhecimentos transmitidos e orientação neste

trabalho, como também por ser um exemplo de professor dedicado que trouxe-me

inspiração para buscar sempre estudar e aprender cada vez mais.

Ao Profº Drº Andres Felipe Cartagena Molina por contribuir para a

conclusão deste trabalho.

Ao todos os meus amigos, tanto os que estiveram ao meu lado na

faculdade, quanto aqueles distantes.

À minha amiga e dupla de clínica Mariel de Souza Kussano, que não

é apenas grande amiga, mas uma pessoa a qual me espelhei e que deixou grande

significado em minha vida.

A todos os mestres que tive durante a graduação e que transmitiram

conhecimentos necessários para minha formação acadêmica.

Aos pacientes pela paciência e por contribuir para meu aprendizado

e experiência.

A todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização

deste trabalho.

STIHAIENCO, Louise Aline de Campos. Análise da eficácia de métodos de limpeza de resina acrílica macia para próteses odontológicas. 2016. 28 fls. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial à obtenção de diploma de graduação, Londrina, 2016.

RESUMO

O uso de resinas acrílicas macias pode ser limitado por fatores críticos como o nível de rugosidade superficial. A maior rugosidade superficial destes materiais comparado às resinas acrílicas tradicionais age como fator que favorece a aderência de microrganismo, aumentando as possibilidades para o estabelecimento de doenças oportunistas como candidíase oral. Portanto, é desejável que os métodos de limpeza não aumentem a rugosidade das peças reembasadas com esse material, para não comprometer a viabilidade clínica do mesmo. Este estudo objetivou avaliar a rugosidade de uma resina acrílica macia submetida a diferentes métodos de limpeza. Foram confeccionadas 70 corpo de prova com resina acrílica macia (Soft Confort® - Dencril Com. e Ind. de Plásticos Ltda., Caieiras, São Paulo, Brasil), divididas em sete grupos: G1 – somente escovação com escova Oral-B Indicator Plus macia; G2 – somente escovação com escova Colgate Twister macia; G3 – somente escovação com escova Dentalclean Ideal macia; G4 – Imersão em Corega Tabs e escovação com escova Oral-B Indicator Plus macia; G5 - Imersão em Corega Tabs e escovação com escova Colgate Twister macia; G6 - Imersão em Corega Tabs e escovação com escova Dentalclean Ideal macia; G7 – Somente imersão em Corega tabs. Das técnicas analisadas, a imersão isolada em Corega Tabs foi a única que resultou em aumento na rugosidade superficial das corpo de prova. Portanto, conclui-se que o uso de limpador químico como único meio de higienização de próteses reembasadas com resina acrílica macia não é recomendado, sendo indicado o método de limpeza mecânica com escovas macias, associadas ou não a limpeza química. Palavras-chave: Reembasadores de dentadura. Higienizadores de dentadura. Escovação dentária. Materiais dentários. Tecidos. Polimetil Metacrilato

13

STIHAIENCO, Louise Aline de Campos. Analysis of the effectiveness of cleaning methods of soft acrylic resin for dental protheses. 2016. 28 fls. Search. Completion of course work submitted to the School of Dentistry, State University of Londrina, as a partial requirement for obtaining a bachelor's degree. Londrina. 2016.

ABSTRACT The use of soft acrylic resins may be limited by critical factors such as surface roughness level. The higher surface roughness of these materials compared to traditional acrylic resins acts as a factor favoring the adhesion of microorganism, increasing the possibilities for the establishment of opportunistic diseases like oral candidiasis. Therefore, it is desirable that the cleaning methods do not increase the roughness of the pieces relinquished with such material, so as not to compromise the clinical feasibility thereof. This study aimed to evaluate the roughness of a soft acrylic resin submitted to different cleaning methods Seventy samples were prepared with soft acrylic resin (Soft Confort® - Dencril Com. And Ind. De Plásticos Ltda., Caieiras, São Paulo, Brazil), divided into seven groups: G1 - brushing with Oral-B Indicator Plus soft 30 toothbrush only; G2 - brushing with Colgate Twister soft small head toothbrush only; G3 - brushing with Dentalclean Ideal soft 30 toothbrush only; G4 - Immersion in Corega Tabs and brushing with Oral-B Indicator Plus soft 30 toothbrush; G5 - Immersion in Corega Tabs and brushing with Colgate Twister soft small head toothbrush; G6 - Immersion in Corega Tabs and brushing with Dentalclean Ideal soft 30 toothbrush; G7 - Immersion in Corega Tabs only; Key words: Denture liners. Denture Cleansers. Toothbrushing. Dental materials. Tissues. Polymethyl Methacrylate.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Matriz de silicone confeccionada no dispositivo de polimento múltiplo de

uma politriz ............................................................................................................. 14

Figura 2 – Politriz Lixadeira Metalográfica .............................................................. 14

Figura 3– Corpo de prova a 1mm além do silicone ................................................ 16

Figura 4– Rugosímetro ........................................................................................... 17

Figura 5 – Corpo de prova durante avaliação da rugosidade superficial ................ 17

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Delineamento do estudo ....................................................................... 15

Tabela 2 – Resultados estatísticos ......................................................................... 18

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 11

2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 13

2.1 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 13

2.2 RESULTADOS ............................................................................................. 18

2.3 DISCUSSÃO ................................................................................................ 19

3 CONCLUSÃO .......................................................................................... 20

REFERENCIAS ....................................................................................... 22

11

1 INTRODUÇÃO

As próteses odontológicas, em destaque próteses totais, como

conhecemos hoje, por muitos anos foram fabricadas apenas a partir de resinas

acrílicas, por ser um material que proporciona boa estética, resistência, tem baixo

custo e é de fácil manipulação (ANUSAVICE, 1998; PEYTON, 1975). No entanto,

devido a rigidez, distribuição desigual da pressão ou desadaptação, prejudica

mucosas finas e/ou pouco resilientes e rebordos com reabsorções alveolares severas,

causando desconforto ao paciente e diminuindo o desempenho mastigatório (DE

CARLI et al, 2013; EICK,1977; MEDEIROS et al, 2015; MURATA el al., 2002;

KAWANO et al., 1991). Sendo assim, como alternativa para as bases rígidas, surgiram

as resinas acrílicas macias ou resilientes (soft liners). Continuamente aprimorado,

tomou popularidade dentro da área protética (ELSYAD, 2016; HASHEM, 2015;

JAYASHREE; PAUL, 2013; LAMMIE, 1958; MURATA el al, 2002), estando hoje, entre

os materiais normalmente propostos para o reembasamento de próteses (GOIATO et

al, 2013).

Segundo Kawano et al (1991) e Murata et al (2002), as resinas

acrílicas macias tem por finalidade distribuir o estresse funcional de maneira uniforme

em virtude de seu comportamento elástico e quando em contato com os tecidos de

suporte da prótese, desta forma, funcionam como um amortecedor entre a base rígida

da dentadura e os tecidos, atenuando as forças funcionais e melhorando o

desempenho mastigatório (TATA, NANDEESHWAR, 2012; TELLES; HOLLWEG;

CASTELLUCCI, 2003). Essa propriedade permite que sejam usados em situações

como reabsorções ou rebordos atróficos, sensíveis a dor, perdas ósseas, bruxismo,

defeitos orais congênitos ou adquiridos que exigem reparo, pacientes com xerostomia

e próteses ocluindo em oposição a dentição natural (DOOTZ; KORAN; CRAIG, 1993;

OLIVEIRA et al., 2006). Alguns funcionam como condicionadores dos tecidos orais e

podem ser utilizados para permitir que os tecidos bucais tenham tempo para se

recuperarem até a cicatrização de uma ferida cirúrgica, instalação de uma nova

prótese, ou para reembasar uma já existente (BASLAS et al, 2014; MCCARTHY;

MOSER, 1984; STARCKE, 1972; TURANO, 2007). É possível seu uso também como

material de moldagem, para manutenção de dentaduras imediatas, auxiliar durante a

fala quando da existência de fendas palatinas, em ferulizações cirúrgicas imediatas e

em casos de sobredentaduras implantossuportadas (BRADEN; WRIGHT; PARKER,

12

1995; JAYASHREE; PAUL, 2013; KAWANO et al., 1997; LAMMIE; STORER, 1958;

MCCARTH; MOSER, 1978; MURATA et al., 1998; QUDAH; HARRISON; HUGGETT,

1990).

Apesar da característica permanente citada, julga-se seu uso apenas

provisório, isto porque, apresentam, característica de absorção de líquidos (água,

saliva, soluções de limpeza), (CANAY et al., 1999; MURATA et al, 1998; 2002), em

consequência desse fenômeno, para manter o equilíbrio, ocorre lixiviação de

componentes para o meio, como plasticizante e álcool, resultando em mudanças em

sua estrutura e perda gradual de suas propriedades. (ALVES-REZENDE et al, 2008;

BRADEN; WRIGHT, 1983; BRADEN, 1970; EL-HADARY; DRUMMOND, 2000;

GARCIA, 2003; KAWANO et al, 1994; PARR; RUEGGEBERG, 2002). Assim ocorrem

degenerações de coloração, odor e perda de macies e do efeito amortecedor, junto

ao aumento da porosidade e rugosidade, facilitando o acumulo de placa e

microrganismos, propiciando irritação da mucosa e a proliferação de bactérias como

Candida Albicans (BRADEN; WRIGHT, 1983; EL-HADARY; DRUMMOND, 2000;

HONG et al, 2008; KAWANO et al., 1994; KRISHNAMURTHY; HALLIKERIMATH,

2016; MANCUSO et al, 2012; PINTO et al., 2002;).

Para minimizar essas interações com o meio, foi desenvolvida uma

espécie de cobertura ou glaze a ser aplicada sobre o material, preservando suas

características, tornando possível o uso por mais tempo (CASEY; SCHEER, 1993;

GARDNER; PARR, 1988; GRONET; DISCOLL; HONDRUM, 1997; MALMSTROM et

al., 2002). Igualmente, soluções de limpeza foram desenvolvidas com o propósito de

agirem como coadjuvantes na higienização de próteses, tornando os tecidos moles

menos susceptíveis a infecções, prevenindo principalmente, a proliferação de Candida

Albicans, um dos principais agentes causadores de estomatites (MCCABE; MURRAY;

KELLY, 1995; NAKAMOTO; TAMAMOTO; HAMADA, 1991). Todavia, não deve-se

apenas considerar o poder limpador e antimicrobiano desses produtos, mas a

interação com o material a qual está sendo aplicada (GOIATO et al., 2007; GUIOTTI;

GOIATO, 2004). Atualmente existe pouca informação disponível sobre os efeitos das

soluções em materiais tão sensíveis quanto as resinas acrílicas macias. Sabe-se que

alguns produtos utilizados na limpeza de próteses podem produzir efeitos deletérios

nesses materiais. Makila e Honka (1979) concluíram que uma das maiores

desvantagens do material é a dificuldade em mantê-lo limpo, pois, crescimentos

fúngicos podem ocorrer devido a rugosidade normal da superfície do produto. É

13

imprescindível o controle clínico rigoroso e o de placa, seja ele através de escovação

ou limpadores, a fim de evitar estomatites. Logo, a escovação feita para livrar o

material desta formação deveria ser pesada, no entanto, isso estragaria o material e

causaria dano tecidual (HARRISON; BASKER; SMITH, 1997). Ademais, mesmo

algumas soluções de limpeza de dentaduras podem causar danos a resina acrílica

macia. Sendo imprescindível avaliar a correta escolha entre limpador e o material ou

mesmo a real necessidade da utilização de um limpador químico. (DAVENPORT;

WILSON; BASKER, 1978; HARRISON; BASKER; SMITH, 1997). Portanto, devido as

características das resinas acrílicas macias e a pequena quantidade de estudos que

definem o melhor método de desinfecção, próprio, eficaz e que não interfira em suas

diversas propriedades, este estudo foi desenvolvido para avaliar o efeito de três

métodos de limpeza: somente escovação, escovação e imersão em limpador químico

e somente imersão em limpador químico sobre a rugosidade superficial de uma resina

acrílica macia.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 MATERIAIS E MÉTODOS

Inicialmente, confeccionou-se uma matriz de silicone (Fig. 1) por

condensação (Perfil da Coltene), de forma a preencher um dos orifícios do dispositivo

de polimento múltiplo de uma politriz lixadeira metalográfica (Fig. 2) adaptada (PVV

da Teclago) e em seguida, a matriz foi perfurada na região central para obter-se um

orifício padrão.

14

Figura 1: Matriz de silicone confeccionada no dispositivo de polimento múltiplo de

uma politriz.

Fonte: o próprio auto

Figura 2: Politriz Lixadeira Metalográfica

Fonte: o próprio autor

15

A resina acrílica macia (Soft Confort da Dencril) foi proporcionada e

manuseada conforme as instruções do fabricante, acomodada no interior da matriz e

pressionada entre duas placas de vidro lisas para remover o excesso de material. Os

corpos de prova formados, com medidas de 1,2x1,5 cm, receberam duas camadas de

glaze Soft Confort. Foram confeccionados 70 corpos de prova e divididos em 7 grupos

(Tabela 1), com 10 corpo de prova para cada grupo: G1 – somente escovação com

escova Oral-B Indicator Plus macia 30; G2 – somente escovação com escova Colgate

Twister macia cabeça pequena; G3 – somente escovação com escova Dentalclean

Ideal macia 30; G4 – Imersão em Corega Tabs e escovação com escova Oral-B

Indicator Plus macia; G5 - Imersão em Corega Tabs e escovação com escova Colgate

Twister macia; G6 - Imersão em Corega Tabs e escovação com escova Dentalclean

Ideal macia; G7 – Somente imersão em Corega tabs; (Tabela 1).

Tabela 1 - Delineamento do estudo

Grupo Corpos de prova de Soft Confort

Escova dental Imersão em limpador

Tempo de escovação

G1 10 corpos de prova de resina acrílica macia

Oral-B Indicator Plus 25 minutos

G2 10 corpos de prova de resina acrílica macia Colgate Twister 25 minutos

G3 10 corpos de prova de resina acrílica macia

Dentalclean Ideal 25 minutos

G4 10 corpos de prova de resina acrílica macia

Oral-B Indicator Plus Corega Tabs 25 minutos

G5 10 corpos de prova de resina acrílica macia Colgate Twister Corega Tabs 25 minutos

G6 10 corpos de prova de resina acrílica macia

Dentalclean Ideal Corega Tabs 25 minutos

G7 10 corpos de prova de resina acrílica macia Corega Tabs

Fonte: o próprio autor

Subsequente a confecção, os corpo de prova foram armazenadas em

água por 12 horas antes do início dos ensaios. Foi utilizado um único tipo de dentifrício

(Sorriso Dentes branco da Colgate-Palmolive), devido a diferentes características

físicas dos abrasivos em cremes dentais. Foram determinadas 3 marcas de escovas

dentais (Indicator plus da oral B; Twister da Colgate e Ideal da Dentalclean), pois os

diferentes tipos de cerdas poderiam influenciar na abrasividade. As cabeças das

escovas foram seccionadas de sua haste intermediária com um disco de carborundun

16

Americam Burs® e fixada no disco de lixa d´gua (240A da 3M) da politriz lixadeira

metalográfica com cola de secagem rápida (Super Bonder da Locite), de modo que

todo o seu longo eixo passasse pelo corpo de prova. A matriz contendo um corpo de

prova foi fixada no dispositivo porta matriz e o acessório de polimento de múltiplas

corpo de prova foi posicionado e fixado para não permitir o movimento da corpo de

prova e proporcionar às cerdas da escova uma passagem suave sobre o corpo de

prova. (Fig. 3) Este procedimento foi repetido para cada corpo de prova.

Figura 3: Corpo de prova a 1mm além do silicone

Fonte: o próprio autor

Para os corpos de prova que passaram apenas pela escovação,

foram programados 306 rpm durante 25 minutos, correspondendo a 7.650 ciclos,

representando 3 meses de escovação, considerando 3 escovações ao dia. Um volume

de 0,3 ml de dentifrício foi injetada no início e na metade do tempo do experimento,

sob as escovas. Ao final, os corpos de prova foram lavadas em água corrente, secas

em papel absorvente e analisadas.

Para corpos de prova que simularam apenas a uso de limpador de

próteses odontológicas, foi feita uma imersão em uma solução de 250ml de água

morna (28°C) com uma pastilha efervescente (Corega Tabs da Corega), durante 5

minutos. Este procedimento foi repetido 12 vezes para um mesmo corpo de prova

simulando uma imersão por semana, durante 3 meses. Posteriormente, os corpos de

prova foram lavados, secos e analisados, assim como as anteriores.

Para corpos de prova que simularam escovação e imersão, foi feito

primeiro o processo de imersão e a seguir o de escovação com as mesmas

especificações mencionadas anteriormente. Somente ao final foi feita a análise.

17

A rugosidade foi mensurada em um rugosímetro da marca Mitutoyo

modelo SJ-400 (fig. 4) antes e após os ensaios de escovação mecânica e/ou imersão,

utilizando uma ponta de diamante com 5 µm de raio para três leituras sequenciais no

sentido transversal do sentido da escovação. (fig. 5)

Figura 4: Rugosímetro

Fonte: o próprio autor

Figura 5: Corpo de prova durante avaliação da rugosidade superficial

Fonte: o próprio autor

Foram feitas 3 leituras em cada corpo de prova, totalizando 210 leituras.

Os parâmetros utilizados foram: padrão JIS; comprimento da onda limite (cut-off): λc

de 0,8mm; filtro de Gaus; percurso de medição de 2,4mm; e velocidade de leitura de

0,1 mm/s. Os registros foram submetidos a cálculos estatísticos feitos através do

programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) para Windows versão

22 (SPSS, 2013, SPSS Inc, New York). Avaliou-se a Normalidade através dos testes

de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk. Em seguida, teste de Kruskal-Wallis e Mann-

18

Whitney-U foram utilizados para avaliar dados dentro do mesmo grupo, antes e depois

dos ensaios de escovação e/ou imersão e para comparação de dados entre os grupos.

Para todos os testes foi considerado p < 0,05.

2.2 RESULTADOS

Pelo teste de Kruskal-Wallis identificou-se diferenças estatísticas nos valores

de rugosidade coletados após os testes. Em seguida, o teste de Mann-Whitney-U

revelou diferenças estatísticas significativas entre o grupo G7 e os grupos G1, G3, G4,

G5 e G6. O grupo G2 não apresentou diferenças estatísticas frente a nenhum grupo.

A tabela 2 mostra as médias de rugosidade produzida pela abrasão dos dentifrícios

durante a escovação com ou sem imersão em Corega Tabs® (Tabela 2).

Tabela 2 – Resultados estatístico

Grupos Valor inicial Valor Final

G1 0,66 (0,39) Aa 0,74 (0,31) Aa

G2 0,74 (0,32) Aa 0,94 (0,44) Aab

G3 0,81 (0,44) Aa 0,92 (0,42) Aa

G4 0,67 (0,24) Aa 0,78 (0,30) Aa

G5 0,61 (0,18) Aa 0,64 (0,30) Aa

G6 0,61 (0,17) Aa 0,74 (0,31) Aa

G7 0,95 (0,40) Aa 1,27 (0,38) Ab

Fonte: o próprio autor

Letras minúsculas iguais nas colunas indicam que não há diferença estatística

significativa entre os grupos pelos testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney-U

(p<0,05)

Letras maiúsculas iguais nas linhas indicam que não há diferença estatística

significativa entre os grupos pelos teste de Mann-Whitney-U (p<0,05)

19

2.3 DISCUSSÃO

No presente estudo, observou-se como diferentes formas de limpeza

influenciam a rugosidade superficial do material.

O fato de termos trabalhado com uma máquina politriz lixadeira metalográfica

adaptada para realizar escovação mecânica limitou a aplicação dos testes, sendo que

apenas medidas de tempo foram comparativas a outros estudos.

Foram realizadas duas comparações: uma intragrupo e outra intergrupo. Na

análise intragrupos, nenhum grupo apresentou diferenças estatísticas significante nos

valores médios de rugosidade superficial antes e após a aplicação dos testes. Estes

resultados mostram que o aumento numérico de rugosidade superficial causado pelos

diferentes métodos de higiene não foram relevantes. Entretanto, na segunda análise,

os dados sugerem que o valor de rugosidade superficial final obtidos pela comparação

intergrupo, tenha sido encontrado apenas para o grupo G7, relativo a corpos de prova

que passaram somente pela imersão com limpador, pelo fato de que durante a mistura

dos componentes das resinas acrílicas macias, o ar é normalmente incorporado

formando bolhas e alguns limpadores químicos como Corega®Tabs, pela alta

liberação de oxigênio produzida pelo peroxido alcalino constituinte de suas formulas,

deterioram a superfície do material pelo efeito de aumento do tamanho dessas bolhas,

que eventualmente atingem a superfície, formando crateras (HARRISON; JAGGER,

1995; MURATA et al., 2010). Essa diferença não observada nos demais grupos

sugere que, apesar dos grupos G4, G5 e G6 experimentarem a imersão previamente

a escovação, esta presumivelmente provocou um polimento ante a rugosidade

elevada deixada pelo limpador devido ao efeito abrasivo derivado das cerdas das

escovas conjuntamente ao abrasivo da pasta dental (BOTEGA et al., 2004). O grupo

G2, apesar de ter apresentado resultados muito próximos aos demais grupos, teve

valor estatístico final significativo na comparação intergrupos. Isso pode ser explicado

devido a maior abrasão provocada pelas cerdas da escova utilizada para esse grupo,

que foi suficiente para causar a piora da rugosidade superficial, em oposição ao

polimento observado anteriormente em outros grupos (CAVALCANTE et al., 2013).

20

Portanto, entende-se que a mesma rugosidade superficial pode ser obtida tanto

através da imersão seguida de escovação quanto somente pela escovação, livrando

o material da necessidade de passar pelos dois processos de limpeza, tornando-se

suficiente apenas a escovação.

Apesar da limpeza química sobre resinas acrílicas macias ter outra função

como a prevenção de estomatites (BUERGERS et al, 2008), pode influenciar as

propriedades mecânicas do material, portanto, usar apenas um método de limpeza

eficaz pode ser vantajoso. Ademais, o material sofre sorção de água, saliva e

limpadores químicos dentre outros líquidos e lixiviamento de seus componentes

(YANIKOGLU; DUYMUS, 2004).

Dada a importância destas resinas devido as suas diversas vantagens e

aplicações como o amortecimento e distribuição equilibrada de forças sobre o rebordo,

favorecimento da mastigação, condicionamento da mucosa bucal debilitada dentre

outras prestabilidades, é fundamental procurar a melhor forma de conservar este tipo

de material (KAWANO et al, 1991; MURATA et al, 2002; OKITA, 1991; TATA;

NANDEESHWAR, 2012).

No presente estudo observou-se que na comparação entre o grupo escovação

e imersão e o grupo escovação, os valores não foram estatisticamente significativos,

portanto, poder-se-ia evitar mais riscos ao material, abstendo-o de imersões em

limpadores químicos, porém, é inegável o papel antimicrobiano. Portanto, a fim de

ponderar os malefícios e benefícios que limpadores acarretam, mais pesquisas são

necessárias.

3 CONCLUSÃO

Considerando os efeitos dos métodos de higienização em relação a lisura

superficial de resinas acrílicas macias e as limitações deste estudo laboratorial,

conclui-se que:

1. O uso de limpador químico como único meio de higienização da prótese com

resinas acrílicas macias deve ser evitado.

2. O uso isolado de escovação com escovas de cerdas macias higienização da

prótese contendo resinas acrílicas macias é o mais recomendado.

3. A associação dos dois métodos de higienização da prótese com resinas

21

acrílicas macias também pode ser utilizada, seguindo a sequência: imersão em

limpador químico e escovação.

22

REFERÊNCIAS

ANUSAVICE, Kenneth John. Phillips, materiais dentários. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. 412 p.

ALVES-REZENDE, Maria Cristina Rosifini et al. Efeito da estocagem e desinfecção

na rugosidade, dureza e peso de reembasador resiliente. Rev. Odontol. Araçatuba,

v. 29, n. 1, p. 38-46, 2008.

BASLAS, Varun et al. A technique for using short-term soft liners as complete dentures

final impression material. Journal of Oral Biology and Craniofacial Research, v. 4,

n. 3, p. 204-207, 2014.

BOTEGA, Daniela Maffei; FILHO, José Lopes Carmo; MESQUITA, Marcelo Ferraz;

NÓBILO, Mauro A. A., HENRIQUES, Guilherme E. P. Influence of toothbrushing in

surface roughness of soft denture liners: an in vitro study. RPG: Rev Pós-Grad, São

Paulo, v.11, p.125-9, 2004.

BRADEN, Michael. Tissue conditioners: II. Rheologic properties. Journal of dental

research, v. 49, n. 3, p. 496-501, 1970.

BRADEN, M.; WRIGHT, P. S. Water absorption and water solubility of soft lining

materials for acrylic dentures. Journal of dental research, v. 62, n. 6, p. 764-768,

1983.

BRADEN, M.; WRIGHT, P. S.; PARKER, S. Soft lining materials--a review. The

European journal of prosthodontics and restorative dentistry, v. 3, n. 4, p. 163-

174, 1995.

BUERGERS, Ralf et al. Efficacy of denture disinfection methods in controlling Candida

albicans colonization in vitro. Acta Odontologica Scandinavica, v. 66, n. 3, p. 174-

180, 2008.

23

CANAY, Ş. et al. Evaluation of colour and hardness changes of soft lining materials in

food colorant solutions. Journal of oral rehabilitation, v. 26, n. 10, p. 821-829, 1999.

CASEY, David M.; SCHEER, Ellen C. Surface treatment of a temporary soft liner for

increased longevity. The Journal of prosthetic dentistry, v. 69, n. 3, p. 318-324,

1993.

CAVALCANTE, Larissa Maria et al. Avaliação da abrasividade de escovas dentais

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