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7 VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica ÀREAS DE CONHECIMENTO 1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE

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VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

ÀREAS DE CONHECIMENTO

1 - CIÊNCIAS DA SAÚDE

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VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica VIII Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica

INTERAÇÃO DE STICOLISINA, UMA TOXINA FORMADORA DE P OROS, COM MEMBRANAS CONTENDO LIPÍDEOS OXIDADOS

Bolsista: Beatriz Amaral Bonome Orientador: Andreza Barbosa Gomide

Curso: Farmácia INTRODUÇÃO: A Sticholysin I (StI), uma actinoporina¹ purificada da anêmona do mar Stichodactyla helianthus, exibe atividade hemolítica em baixas concentrações². Devido a sua eficácia em induzir apoptose celular, a StI, assim como outras actinoporinas, têm uma potencial aplicação na construção de imunotoxinas contra tumores celulares³. A interação preferencial das actinoporinas com esfingomielina (SM) ocorre devido ao fato desse fosfolipídio atuar como um receptor dessas toxinas na membrana, entretanto, outros pesquisadores vem demonstrando que a presença da SM não é necessária para que ocorra permeabilização da membrana. Sabe-se que a presença de lipídeos oxidados na membrana também pode induzir separação de fases na membrana. Neste trabalho, foi estudada a ação de StI em membranas oxidadas, investigando as alterações nas propriedades biofísicas das membranas. OBJETIVO: Investigar a alteração das propriedades da membrana de fosfolipídeos e lipídeos peroxidados, quanto à permeabilidade, elasticidade sob formação de poros e tensão de lise, durante a interação com StI. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados os fosfolipídios esfingomielina de cérebro (SM), colesterol (Chol), 1-palmitoyl-2-oleoyl-sn-glycero-3-phosphocholine (POPC), sacarose e glicose todos obtidos da Avanti Polar Lipids. A StI que foi purificada por combinação decromatografia de filtração em gel em Sephadex G-50 médio (Pharmacia-LKB, Suécia) e cromatografia de troca catiónica em CM-celulose 52 (Whatman, Maidstone, Reino Unido). Os hidroperóxidos de lipídios foram sintetizados pela Dra. Helena C. Junqueira no laboratório do grupo da Profª Itri na Universidade de São Paulo. A formação de vesículas foi realizada pelo método de eletroformação4. Para o crescimento das vesículas, ~20 �L da solução de lipídio foi espalhada sobre duas lâminas de vidro recobertas por uma liga de óxido de índio (III) e óxido de estanho (IV) formando uma superfície condutora (ITO). Um espaçador de teflon de 2 mm de espessura foi colocado entre as duas lâminas que são presas com duas presilhas formando uma câmara semifechada. A câmara foi preenchida por uma 1 S.García-Linares a, I. Castrillo, M. Bruix, M. Menéndez, J. Alegre-Cebollada, Á. Martínez-del-Pozo a, J.G. Gavilanes, Three-dimensional structure of the actinoporin solução de sacarose 0,2 molL-1. Então o gerador de função é conectado em cada uma das lâminas e uma tensão de ~2 V foi aplicada com uma frequência de 10 Hz em corrente alternada por 2 horas. RESULTADOS: Com o intuito de entender o efeito da sticholysina I (StI) em membranas, GUVs contendo POPC, POPC:SM na proporção de 50:50(%), POPC:DPPC:Chol, na proporção de 33:33:33(%), e POPC:PAzPC:DPPC:Chol, aonde o lipídeo peroxidado (PAzPC), passa a fazer parte de uma porção de 10% de um dos componentes da membrana (POPC), portanto, a proporção é 29,7:3,3:33:33(%). Nas GUVs compostas por POPC e POPC:SM 50:50 (%), com a adição da toxina, a membrana se manteve estável e nenhuma alteração foi observada. Na composição de POPC:PAzPC:DPPC:Chol 29,7:3,3:33:33(%), a adição da toxina levou as GUVs à lise ou perda do contraste de fase, indicando a formação de poros na membrana. Foram usadas composições binárias de lipídios para formação das GUVs, POPC:Chol, POPC:SM, POPC:DPPC e POPC:PAzPC. A interação da StI (21nM) com as vesículas compostas por Chol, SM e PAzPC não sofreram efeito com a presença da toxina, já na presença de DPPC as GUVs perderam o contraste de fase. CONCLUSÃO: A pesquisa ainda está em andamento, precisa de várias outras medidas para concluir algo mais certo. Mas pelas análises dos primeiros ensaios mostrados nesse trabalho, podemos verificar que

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a toxina, StI, interage mais com as vesículas que são compostas de sistema ternário, POPC:DPPC:Chol, em que a toxina interagiu com a membrana provocando formação de poros estáveis fazendo com que as vesículas perdessem o contraste de fase. Ao acrescentar PAzPC (10%) na composição da GUVs verificou que as vesículas estouravam ou perdiam contraste de fase em um tempo menor comparado ao sistema ternário, sem a presença de PAzPC. Foi feito estudo com sistema binário observou que a toxina interagiu mais forte com as GUVs compostas de POPC:DPPC e que mesmo a presença do PAzPC nas composições binárias a toxina não provocou nenhuma mudança na estrutura da membrana. Estudos mais detalhados precisam ser feitos para que se possa chegar em uma melhor compreensão do mecanismo de ação dessa toxina. PALAVRAS CHAVES: Sticholysin I, Lipídeos peroxidados, GUVs. REFERÊNCIAS: 1. S.GARCÍA-LINARES A, I. CASTRILLO, M. BRUIX, M. MENÉNDEZ, J. ALEGRE-CEBOLLADA, Á. MARTÍNEZ-DEL-POZO A, J.G. GAVILANES, Three-dimensional structure of the actinoporin sticholysin I. Influe nce of long-distance effects on protein function, Archives of Biochemistry and Biophysics 532 (2013) 39–45 2. LANIO, M.E., MORERA, V., ÁLVAREZ, C., TEJUCA, M., GOMEZ, T., PAZOS, F., BESADA, V., MARTINEZ, D., HUERTA, V., PADRON, G., CHAVEZ, M.A., Purification and characterization of two hemolysins from Stichodacty la helianthus , Toxicon 39 (2001) 187–194. 3. TEJUCA, M., DÍAZ, I., FIGUEREDO, R., ROQUE, L., PAZOS, F., MARTÍNEZ, D., IZNAGA- ESCOBAR, N., PÉREZ, R., ALVAREZ, C., LANIO, M.E., 2004. Construction of an immunotoxin with the pore forming protein StI an d ior C5, a monoclonal antibody against a colon cancer cell line . Int. Immunopharmacol. 6, 731– 744 4. [M.I.,ANGELOVA, D.S., DIMITROV, Liposomeselectroformation , Faraday Discuss, 81, 303-311, 1986.]

APOIO FINANCEIRO: Bolsa Institucional (BIC)

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RELAÇÃO ENTRE ALCOOLISMO E TENTATIVA E IDEAÇÃO SUIC IDA

Bolsista: Nathália Bertasse

Orientadora: Lívia Márcia Batista de Andrade Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: O Suicídio é definido como o ato de tirar a própria vida, onde o indivíduo utiliza métodos que ele acredita serem letais. Também engloba o comportamento suicida, que seriam os pensamentos, planos ou mesmo tentativa sem êxito. Sua causa pode ser multifatorial, levando em consideração uma gama fatores biológicos, psicológicos e até mesmo genético, culturais e sociais. Para entender sua causalidade, é preciso levar em conta todos esses fatores, que se acumularam na vida do indivíduo. Sendo assim, não atribuindo a razão do suicídio a um único e exclusivo evento pontual da vida do indivíduo. (Associação Brasileira de Psiquiatria, 2014) De acordo com Botega (2007) apud Servio e Cavalcante (2013) a cada suicídio cometido, aproximadamente cinco ou seis pessoas envolvidas com o falecido tem suas vidas extremamente afetadas. Deve-se considerar, que a associação entre dependência de álcool e outras substancias aumentam o risco de suicídio. O álcool está correlacionado a 50% dos casos de óbito por suicídio em muitos países, incluindo o Brasil. Ele apresenta-se com um potente fator de predisposição ao comportamento suicida. (Werlang e Botega 2004 apud Servia e Cavalcante 2013.). O transtorno por ingestão de álcool tem um curso variável, caracterizado por recaídas e remissão. A decisão de parar de beber vem após alguma crise, tendenciada a algum período em abstinência, semanas ou meses, porém assim que ocorre a ingestão do álcool, é provável que o consumo aumente consideravelmente e com isso a retomada de problemas graves. (DSM-V, 2014) esses fatores atuam como a gota da água para individuo, e por isso o risco de suicídio torna-se altíssimo, por exemplo, termino de relacionamento, perda do emprego, intoxicação por álcool ou outras substancias, mudança da condição médica, entre outros, apontam Fawcett e Shaughnessy (1995). Cassorla (1984) salienta que não existe apenas o suicídio intencional ou consciente, pode existir também o suicídio inconsciente. O consciente é aquele onde fica evidente o desejo de morte, nos casos onde as pessoas se jogam de um prédio, atiram em si mesmas, suicídio consumado no geral. O inconsciente é mais sutil. Por exemplo: Um fumante já com caso clínico grave, seu médico o orienta a parar de fumar ou terá pouquíssimo tempo de vida. O mesmo não o faz. Neste caso, fica evidente que o paciente está contribuindo para sua morte mesmo que inconscientemente. Turecki (1999) afirma que existe um fator genético que pode contribuir com o risco de suicídio, é um gene que pode ser transmitido entre familiares e potencializado dependendo da criação ou costumes do indivíduo. OBJETIVOS: O presente trabalho teve como objetivo geral estudar a relação entre alcoolismo e a tentativa e ideação suicida. Como objetivo específico identificar se o alcoólatra inserido dentro de um grupo de apoio possui predisposição ao suicídio. MATERIAL E METÓDOS: O instrumento utilizado foi um dos inventários da Escala Beck, a Escala de Ideação Suicida (QIS). Após a aplicação do teste, foi feita uma entrevista semiestruturada, no próprio espaço do AA individualmente. Inicialmente o projeto previa 10 participantes, porém foi aplicada em um grupo de 11 indivíduos voluntários do Alcoólicos Anônimos (AA.) O tratamento de dados foi feito, de forma qualitativa devido as entrevistas. O tratamento estatistico que existiu, foi referente aos dados demográficos. RESULTADOS: A população estudada foi de 11 indivíduos, com totalidade masculina, idade média de 51 anos. A maioria dos indivíduos são casados e aposentados e apresentou alguma internação. Os indivíduos que foram internados 3 vezes ou mais em alguma clínica possuem histórico de suicídio. Ao serem questionados quanto a

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tentativa ou ideação suicida, alguns sujeitos percebem que mesmo não havendo a tentativa efetiva, a falta de cuidados ou mesmo o fato de beberem é uma forma de suicídio, já que pouco a pouco o álcool tem efeitos devastadores. Pode-se interpretar que a influência do grupo é de valor considerável, alguns participantes relataram não conseguir parar de beber apenas com intervenção clínica, mas frequentando o grupo, alcançaram a sobriedade. Outro fato importante a ser analisado, seria a permanência de alguns sujeitos no grupo, mesmo estando sóbrios há mais de 20 anos. CONCLUSÃO: Através dos dados obtidos, pode-se concluir que o alcoolismo possui grande influência na ideação suicida e risco de suicídio consumado. O indivíduo mesmo inserido dentro de um grupo de apoio possui risco de tentativa e forte índice de recaída. É de grande importância o fator genético em relação tanto ao suicídio como o alcoolismo, visto que os 11 participantes relataram ter casos de alcoolismo na família e 6 relataram ter casos de suicídio na família. A comorbidade entre alcoolismo e depressão também foi presente nos dados obtidos. Os participantes relataram fazer acompanhamento com profissionais da saúde em conjunto com o grupo de apoio para suprir também as necessidades de medicação. Pode-se notar também, o desejo inconsciente em morrer, visto uma desvalorização da vida como um todo, falta de segurança na direção de automóveis, falta de cuidados básicos como alimentação, saúde e higiene. O trabalho pode contribuir para a realização de uma nova pesquisa, explorando a necessidade de profissionais da saúde dentro de grupos de apoio, visto que no AA os encontros são ministrados apenas por membros mais antigos, não existindo um acompanhamento profissional. REFERÊNCIAS

1. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION: DSM – IV- TR. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.

2. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION: DSM – V. Manual diagnóstico e

estatístico de transtornos mentais . 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

3. CASSORLA, Roosevelt M.S. O que é suicídio. 1.ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.

4. FAWCETT, Jan, SHAUGHNESSY, Rita. O paciente suicida. In: FLAHERTY, Joseph A..; DAVIS, John G.; JANICAK, Fhilip G. Psiquiatria: Diagnóstico e tratamento. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. p. 96-102.

5. Suicídio: informando para prevenir . Associação Brasileira de Psiquiatria,

Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio – Brasília: CFM/ABP, 2014.

6. TURECKI, GUSTAVO. O suicício e a sua relação com o comportamento impulsivo-agressivo . Revista Brasileira de Psiquiatria. São Paulo, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000600006 acessado em jul. 2015.

7. SERVIO, SELENA MESQUITA TEIXEIRA; CAVALCANTE, ANA CÉLIA SOUSA.

Retratos de autópsias Psicossociais sobre suicídio de idosos em Teresina . Brasília: 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-9893201300 0500016& script=sci_arttext acessado em: mar. 2014.

APOIO FINANCEIRO: Bolsa Institucional (BIC)

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INTERAÇÃO DE ALQUILFOSFOLIPÍDIOS DE ATIVIDADE ANTI- NEOPLÁSICA COM MEMBRANAS MODELOS

Bolsista: Juliana Helena de Assis Ferlini Orientadora: Andreza Barbosa Gomide

Curso: Farmácia

INTRODUÇÃO: Alquilfosfolipidios (ALPs) são promissores candidatos terapêuticos contra o câncer, uma vez que se acumulam nas membranas celulares, resistem à lipase, inibem a neovascularização, induzem a diferenciação das células tumorais e interferem com a biossíntese de fosfolipídios e com a base de lipídios de transdução de sinal (VINK et al, 2005; BLITTERSWIJK et al, 2008; BLITTERSWIJK et al, 2010; LÓPEZ et al, 2010). Acredita-se, portanto, que os domínios lipídicos de membrana podem estar relacionados como porta de entrada dos ALPs induzindo apoptose em linfomas e células leucemicas (LUIT et al, 2007; BLITTERSWIJK et al, 2013). Recentemente, o alquilfosfolipídio 10-(octiloxi) decil-2-(trimetilamônio) etil fosfato, ODPC, mostrou efeitos citotóxicos em algumas linhagens de células cancerígenas comparável com os outros ALPs, mas com menor atividade hemolítica e citotoxicidade, visto isso, seu estudo e investigação é de extrema importância para desenvolvimento de protocolos melhorados em terapias anticâncer, apresentando potencial aplicação em saúde pública (SANTOS et al, 2010). OBJETIVO: Investigar a ação de ALPs, em particular ODPC, em membranas modelo de diferentes composições lipídicas, visando entender como a presença de fases Ld-Lo (domínios lipídicos) influencia no mecanismo de ação desta molécula à temperatura ambiente e fisiológica (explorando o papel da temperatura e força iônica sobre a resposta das membranas à ação dos ALPs). MATERIAIS E MÉTODOS: Para a formação das vesículas gigantes, realizou-se o método da eletroformação, que consiste no espalhamento do filme lipídico sobre duas lâminas condutoras (ITO) que são presas a um espaçador de teflon, formando um poço onde é colocada a sacarose. Um gerador de tensão alternada é conectado nas extremidades de cada lâmina do sistema que será submetido a aquecimento em estufa. As vesículas foram observadas por microscopia óptica de contraste de fase e fluorescência e a temperatura acompanhada com auxílio de um termopar. RESULTADOS: Para compreender os mecanismos de ação e efeitos da ODPC foram utilizadas membranas formadas por DOPC, SM e Chol, com o intuito de mimetizar a camada externa da membrana plasmática. Foi observado na composição ternária de DOPC:SM:Chol 1:1:1 à temperatura ambiente, que o ODPC a 100µM não afetou a integridade da membrana, mas favoreceu a mistura de lipídios até a completa separação de fase, porém após em média 12 minutos ocorre redistribuição de lipídios na membrana fazendo com que os domínios lipídicos reapareçam, entretanto com a variação da temperatura os domínios lipídicos não voltaram a aparecer. Já nas composições 20:60:20 e 20:40:40, podemos notar o mesmo efeito que na 1:1:1, alterando apenas o tempo em que os domínios levaram para ressurgir, porém na 20:60:20 ocorreu também o rompimento súbito de GUV’s entre 3-10 minutos. Na composição 55:15:30, temos vesículas originalmente homogêneas (sem domínios visíveis), onde pudermos observar que o ODPC induz a formação de domínios e, semelhante ao ocorrido nesta composição, na 45:15:40 também houve a formação de domínios lipídicos, sendo que a mesma apresentava apenas uma única fase uniforme, além de haver rompimento súbito de GUV’s entre 1 e 4 minutos para essa composição. Para a 20:50:30 houve formação de poros na membrana e, com a elevação da temperatura, houve também o rompimento das vesículas e, já na 55:25:20, não foi possível visualizar nenhum efeito. CONCLUSÃO: Concluiu-se, por meio do estudo que a molécula de ODPC interage com as vesículas provocando um rearranjo nos lipídios fazendo com que domínios lipídicos que

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antes existiam nas GUVs desparecessem e aparecessem com o passar do tempo. E em composições de vesículas que antes não tinham formação de domínios lipídicos passam a ter. Mas estudos mais detalhes precisam e serão realizados na continuação deste trabalho. PALAVRAS CHAVES : ODPC, Anticâncer, GUV’s. REFERÊNCIAS: 1. VINK, S. R.; SCHELLENS, J. H.; BLITTERSWIJK, W. J. V.; VERHEIJ, M. Tumor and

normal tissue pharmacokinetics of perifosine, an or al anti-cancer alkylphospholipid . Invest New Drugs. v. 23, p. 279-286, 2005.

2. BLITTERSWIJK, W. J. V.; VERHEIJ, M. Anticancer alkylphospholipids: mechanisms

of action, cellular sensitivity and resistance, and clinical prospects . Curr Pharm Des. v. 14, p. 2061-2074, 2008.

3. BLITTERSWIJK, W. J. V.; KLARENBEEK, J. B.; LUIT, A. H.; ALDERLIESTEN, M. C.

LUMMEL, M. V.; VERHEIJ, M. Fas/CD95 down-regulation in lymphoma cells through acquired alkyllysophospholipid resistance: partial role of associated sphingomyelin deficiency . Biochem J England. v. 425, p. 225-234, 2010.

4. LÓPEZ, J. M. J.; MARCO, P. R.; MARCO, C.; SEGOVIA, J. L.; CARRASCO, M. P.

Alterations in the homeostasis of phospholipids and cholesterol by antitumor alkylphospholipids. Lipids in Health and Disease . v.9:33, p. 1-10, 2010.

5. LUIT, A. H.; VINK, S. R.; KLARENBEEK, J. B.; PERRISSOUD, D.; SOLARY, E.;

VERHEIJ, M.; BLITTERSWIJK, W. J. V. A new class of anticancer alkylphospholipids uses lipid rafts as membrane gateways to induce apo ptosis in lymphoma cells . Mol Cancer Ther. v. 6, p. 2337-2345, 2007

6. BLITTERSWIJK, W. J. V.; VERHEIJ, M. Anticancer mechanisms and clinical

application of alkylphospholipids. Biochimica et Bi ophysica Acta . v. 1831, p. 663-674, 2013.

7. SANTOS, G. A.; THOMÉ, C. H.; FERREIRA, G. A.; YONEDA, J. S.; NOBRE, T. M.;

DAGHASTANLI, K. R. P.; SCHEUCHER, P. S.; TEIXEIRA, H. L. G.; CONSTANTINO, M. G.; OLIVEIRA, K. T.; FAÇA, V. M.; FALCÃO, R. P.; GREENE, L. J.; REGO, E. M.; CIANCAGLINI, P. Interaction of 10-(octyloxy) decyl-2(trimethylammonium) ethyl phosphate with mimetic membranes and cytotoxic effect on leukemic cells, Biochim Biophys Acta. v. 1798, p. 1714-1723, 2010.

APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq

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BENEFÍCIOS DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA SAÚDE DA MULH ER NA MENOPAUSA

Bolsista: Felipe Pereira Carvalho Orientador: Veronica Cristina Gomes Soares Co-Orientador: Heder Frank Gianotto Estrela

Curso: Farmácia

INTRODUÇÃO: Atenção Farmacêutica (AF) é um conjunto de ações desenvolvidas pelo farmacêutico voltadas à promoção, à proteção e à recuperação da saúde, tendo o medicamento como insumo essencial (IVAM, et al., 2002). O farmacêutico coopera com o paciente e outros profissionais da saúde mediante a identificação e solução de problemas relacionados com medicamento (PRM) (SIMONI, 2009). Os medicamentos são considerados a principal ferramenta terapêutica para recuperação ou manutenção das condições de saúde da população. A menopausa é tratada em nossa cultura como um dos principais marcos do envelhecimento feminino, um dos agravantes da fase de climatério vem sendo o aumento dos sintomas depressivos, devido a diminuição significativa na concentração de hormônios, como: estrógenos, progesteronas, testosterona e dehidroepiandrosterona (DHEA), que exercem papel modulador sobre diversas funções psíquicas, particularmente sobre o humor e a cognição(SOARES,et al., 2002). A AF vem sendo benéfica em diversas patologias tais como: hipertensão e diabetes, no entanto, os estudos de seus benefícios na menopausa vem caminhando devagar, mesmo sabendo que a AF tem papel importante na adesão do paciente ao tratamento (AMARAL, et al., 2006; CASTRO, et al., 2006).OBJETIVO: Buscar através da aplicação de questionários sobre saúde da mulher na menopausa e AF, um levantamento sobre os benefícios que a AF pode promover na adesão ao tratamento medicamentoso realizando intervenções Farmacêuticas associadas a saúde da mulher em menopausa. MATERIAL E MÉTODO: Para verificar os benefícios da AF na saúde da mulher em menopausa, foram aplicados a 18 mulheres, questionários sobre: sinais e sintomas da menopausa, principais medicamentos utilizados, no início da pesquisa e no final, sendo que durante a pesquisa foi realizada AF e intervenções como: aferição de glicemia e pressão arterial. Os resultados foram analisados por programa estatístico EXCEL (2010). RESULTADOS: Os principais sinais e sintomas relatados foram, pelo grupo de 18 mulheres, em menopausa, foram: fogacho (n= 18, 100%), cólicas abdominais (n=8, 47%), dores de cabeça (n=13, 73%), ansiedade (n=11, 60%), perda de memória (n=13, 73%), insatisfação sexual (n=16, 93%), tristeza (n=16, 93%), medo (n=13, 73%), poliúria/polidpsia (n=14, 80%). Entre as entrevistadas as principais patologias foram: hipertensão(n=3, 20%), dislipidemia (n=2,13%), depressão (n=10,53%), mialgia (n=6,33%), enxaqueca (n=6,33%), desconforto gástrico (n=6, 33%), Diabetes (n=1, 7%), hipertiroidismo (n=1, 7%). As classes de medicamentos mais consumidas foram: protetor gástrico (n=7, 40%), AINES (n=13, 73%), hipolipêmiante (n=2, 13%), anti-hipertensivo (n=2, 13%), analgésicos opióides (n=2, 7%), ansiolítico (n=4, 26%), repositores hormonais (TRH) (n=2, 13%), broncodilator (n=1, 7%), antibióticos(n=1, 7%), antidepressivo (n=3, 21%). Distinto do que se esperava somente 2 pacientes faziam uso de repositores hormonais (11%). O desconforto gástrico foi uma das principais queixas, das pacientes e principalmente no grupo que que fazia uso de AINES(n=13, 73%), desse grupo 5 utilizavam protetor gástrico (n= 5, 38%), as demais não utilizavam protetores. Como esperado das pacientes que não utilizavam TRH o número de depressivas foi maior, e para as que não utilizavam hormônios, mas tomavam antidepressivos, o quadro da patologia permaneceu inalterado. No levantamento dos PRMs utilizou-se o método de Dáder. No grupo os PRM

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mais encontrados foram; necessidade (n=13, 73%) e segurança (n=6, 33%). Como intervenções de AF foram realizadas dosagens periódicas de glicemia e PA, por 8 semanas, sendo que encontrou-se valores elevados de PA quando a aferição levava em consideração o ajuste do tamanho do braço da paciente, o que revela que o acompanhamento do anti-hipertensivo não tem sido realizado de forma eficiente. Quanto a glicemia o acompanhamento permitiu verificar que a dieta não estava sendo seguida de forma adequada, pois os valores continuavam altos, no entanto, as oscilações foram menores, o que representa um ganho para paciente em qualidade de vida. Um dado relevante foi a constatação de que nenhuma das pacientes no início da pesquisa sabia o que era AF (n=18, 100%) e na última todas sabiam, o que demonstrou eficiência da aplicação dos conceitos durante a pesquisa. CONCLUSÃO: A partir da aplicação dos questionários ficou evidente que as pacientes não sabiam o que é AF, o que demonstra que essa fase da vida tem sido negligência, o número de PRMs e sintomas simples de menopausa como fogachos, poderiam ser amenizados com intervenções do profissionalfarmacêutico, o que demonstra que mais investimentos e estudos são necessários para essa área. PALAVRAS CHAVES: Atenção Farmacêutica (AF), Problemas Relacionados a Medicamento (PRM), Menopausa

REFERÊNCIAS: 1. AMARAL, M. K. et al.,Atenção Farmacêutica no Sistema Único de Saúde: Um

Exemplo de experiência Bem sucedida com Pacientes p ortadores de Hepatite C.Rev. Bras. Farm., 87(1):19-21,2006.

2. BASTIANI, M. et al. Atenção Farmacêutica na menopausa, 2005.

3. CASTRO, S. M. et al.Contribuição da atenção farmacêutica no tratamento de pacientes hipertensos. Rev.Bras.Hipertens. vol.13(3): 198-202, 2006.

4. FAGULHA, T. et al. Menopausa, sintomas de menopausa e depressão: Influ ência do

nível educacional e de outras variáveis sociodemogr áficas. Psicologia, vol.19, n.1-2, pp. 19-38.ISSN 0874-2049, 2005.

5. IVAMA, A. M et al. Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica. Brasíl ia: Organização Pan-Americana da Saúde , 2002. 24 p

6. MIGUEL, M. et al. Atenção Farmacêutica na Menopausa . Visão acadêmica, Curitiba, v.b, n.s,- ISSN: 1518-5192, jan-jul./2005

7. SOARES, C. N. etal.Ocorrência e tratamento de quadros depressivos por hormônios sexuais. Rev. bras. psiquiatr;24(supl.1):48-54, abr. 2002.

APOIO FINANCEIRO: UNIANCHIETA/ BIC

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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E QUALIDADE VIDA DE FUNCIONÁRIOS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA, SEGUNDO QUESTI ONÁRIO SF-36,

ANTES E APÓS INTERVENÇÃO NUTRICIONAL

Bolsista: Carolina Herrerias Vulcani Orientador: Profa. Dra. Taciana Davanço

Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: O excesso de peso da população mostra necessidade urgente de implementação de mudanças comportamentais, alimentares e sociais. Os programas de educação nutricional são importante ferramenta para iniciar esse processo. A principal causa do eutrofismo aparente, do sobrepeso e da obesidade é o excesso da ingestão calórica, cuja origem pode estar no desequilíbrio quantitativo e/ou qualitativo dos alimentos consumidos ou no hábito de vida sedentário cultivado ao longo dos anos1. A prevenção é, certamente, a melhor maneira de reduzir o número de casos de excesso de gordura corporal, porém, devido ao grande número de casos de sobrepesos, obesos e ‘falsos magros’ já existentes, também faz-se necessária uma atenção especial no que diz respeito a sua cura e ao seu tratamento2. O controle e o tratamento da obesidade tem evoluído ao longo dos anos3, porém mais pesquisas são necessárias para a conquista de novos conhecimentos e aumento das possibilidades de redução da obesidade, bem como das doenças associadas. A ênfase em práticas clínicas integradas ao processo de educação nutricional é prioritária para concretizar não só o acesso, mas principalmente a incorporação de hábitos saudáveis de vida e alimentação4. A qualidade de vida é um aspecto relevante na avaliação nutricional e sua evolução pode ser apreciada desde o início da prática de intervenção nutricional, quando este for o caso. O termo “qualidade de vida” é amplamente utilizado tanto na linguagem cotidiana quanto na pesquisa cientifica5. Neste trabalho, foi utilizado o questionário de qualidade de vida SF-36, por ser um questionário validado no Brasil e utilizado em diversos trabalhos científicos. OBJETIVO: Avaliar a composição corporal e a qualidade de vida de funcionários do Centro Universitário Padre Anchieta, antes e após intervenção nutricional. METODOLOGIA: Os grupos controle e intervenção foram compostos por funcionários do Centro Universitário Padre Anchieta e o recrutamento dos participantes foi de caráter voluntário, tendo como principal fator motivacional o interesse pela adoção de hábitos alimentares saudáveis. A coleta de dados foi feita pessoalmente por meio de avaliação do estado nutricional e qualidade de vida em dois momentos do projeto: no início (T0) e final (T1). Os selecionados dos grupos intervenção participaram das sessões de Educação Nutricional. Os resultados da pesquisa foram tabulados manualmente, com registro dos dados em planilha do programa Microsoft Excel®. A análise estatística foi realizada utilizando o programa SPSS (STATISTICAL PACKAGE FOR THE SOCIAL SCIENCES, 2004). Para a comparação entre os dois tempos (T0 e T1) foi utilizado o teste de Wilcoxon, sendo o nível de significância adotado para os testes estatísticos de 5% (p<0,05). O teste de Wilcoxon foi aplicado nas duas coletas de dados e nos dois grupos estudados. Para comparação dos resultados entre os grupos controle e intervenção foi realizado o teste de Mann-Whitney com nível de significância para resultados menores que 5% (p<0,05). RESULTADOS: Na primeira coleta, participaram 74 sujeitos e, em virtude da desistência ocorrida no período transcorrido até a segunda coleta, o total de participantes ao final da pesquisa foi de 38 indivíduos, dos quais 15 integraram o grupo intervenção e 23 compuseram o grupo controle. A composição corporal foi avaliada a partir de dados de sexo, peso, altura, idade, IMC, circunferência da cintura, relação cintura-quadril, relação cintura-altura e porcentagem de gordura corporal. A avaliação de IMC na primeira coleta (T0) mostrou que 32,43% dos indivíduos classificaram-se como eutróficos, 43,24% enquadraram-

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se na categoria de sobrepeso (pré-obesidade) e os demais (22,97%) foram classificados nas três classes de obesidade; apenas um (1,35%) participante se enquadrou como magreza leve. Na segunda coleta (T1), houve a prevalência de sobrepeso e obesidade, conforme classificação do IMC, com 31,58% classificados como eutróficos, 50,00% na categoria de sobrepeso e os demais (18,42%) nas três classes de obesidade. Observou-se que não houve prevalência de magreza leve, pois o indivíduo em questão foi classificado como eutrófico na segunda coleta. Em relação ao % de gordura corporal na primeira coleta (T0) 75,67% dos indivíduos apresentaram classificação que variou de “abaixo da média” a “muito ruim” e apenas 24,33% não apresentaram riscos cardiovasculares. Na segunda coleta (T1), 52,64% dos indivíduos enquadram-se em classificações que variam de “abaixo da média” a “muito ruim” e apenas 47,37% não apresentam riscos cardiovasculares e se encontram dentro do esperado, distribuídos nas categorias “média”, “acima da média”, “bom” e “excelente”. A circunferência da cintura na primeira coleta (T0), mostrou que 24,32% da população estudada apresentava risco elevado e 31,08% risco muito elevado e, na segunda coleta (T1), respectivamente 21,05% e 36,84%. Em relação à adequação da cintira-quadril o grupo estudado apresentou 67,57% de adequação na primeira coleta (T0) e 52,63% de adequação da segunda coleta (T1). O resultado obtido na primeira coleta (T0) aponta que 57 (N=74) indivíduos (77,33%) apresentam riscos de doenças cardiovasculares (RDC) segundo a RCQ; na segunda coleta (T1), esse número passa a ser 30 (N=38) indivíduos (78,94%). A relação cintura-altura mostrou nas duas coletas, apenas 2 indivíduos apresentariam riscos cardiovasculares (CVD), de acordo com sua composição corporal. O teste Wilcoxon apresentou diferenças significativas (p<0,05) entre as coletas do grupo controle para as seguintes variáveis: percentual de gordura corporal, circunferência da panturrilha e pregas bicipital, abdominal, axilar média, peitoral e suprailíaca. Para o grupo intervenção apenas as variáveis circunferência da panturrilha e prega bicipital apresentaram diferença para o mesmo teste. A análise entre grupos não apresentou diferença significativa para p<0,05 com base no teste de Mann-Whitney. Os resultados da avaliação da qualidade de vida segundo questionário SF-36 foram de 76 na primeira coleta (T0) e 77 na segunda coleta (T1) e não houve diferença significativa entre as coletas e entre os grupos para p<0,05. CONCLUSÃO: Com base nos resultados referentes à primeira e à segunda coletas, tanto para o grupo controle quanto para o grupo intervenção, conclui-se que a composição corporal dos indivíduos apresenta riscos associados à obesidade e ao sobrepeso, principalmente os relacionados a distúrbios cardiovasculares. A avaliação de qualidade de vida não apresentou diferenças significativas entre os resultados de ambos os grupos. O crescente aumento da prevalência de sobrepeso e de obesidade tem se tornado um problema de saúde pública e pesquisas como esta são de extrema importância para apontar os caminhos a serem seguidos para reversão deste quadro. Este é o grande desafio dos profissionais da área de saúde. Deste modo, fica evidenciada a necessidade de práticas e de ações preventivas e promotoras de saúde, bem como a importância dos profissionais da área de nutrição na busca de crescentes e melhores condições de saúde e qualidade de vida para a população através da orientação e conscientização para práticas alimentares saudáveis. PALAVRAS-CHAVE: composição corporal, obesidade, educação nutricional, qualidade de vida. REFERÊNCIAS: 1. Santos PLS. Efeitos de intervenção interdisciplinar em grupo pa ra pessoas com diagnóstico de sobrepeso ou obesidade [dissertação de mestrado]. Brasília: Universidade de Brasília; 2010.

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2. CORNIER MA, MARSHALL JA, HILL JO, MAAHS DM E ECKEL RH. Prevention of Overweight/Obesity as a Strategy to Optimize Cardio vascular Health . Circulation. 2011; 124:840-50. 3. GEE M, MAHAN LK, ESCOTT-STUMP S. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia . Trad. Pereira NR, et al. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier; 2011. Controle do peso corporal; v. 1.p. 532-562. 4. PINHEIRO AR DE O, FREITAS SFT DE, CORSO ACT. Uma abordagem epidemiológica da obesidade . Rev de nutrição. 2004. Out.-Set. Vol.17. n. 4. 5. NOVAIS PFS. Evolução do peso, consumo alimentar e qualidade d e vida de mulheres com mais de dois anos da cirurgia bariátri ca [dissertação de mestrado]. Araraquara: Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP; 2009. APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq

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AVALIAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR DE MACRO E MICRONUT RIENTES E ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR DOS FUNCIONÁRIOS DO

CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA ANTES E APÓS IN TERVENÇÃO NUTRICIONAL

Bolsista: Gabriela Mayumi Hatano Orientadora: Profa. Dra. Taciana Davanço

Co-orientador: Prof. Dr. Wanderley Carvalho Curso: Nutrição

INTRODUÇÃO: Dentre os métodos de tratamento utilizados no combate à obesidade, a abordagem nutricional mostra-se de suma importância para a conquista dos objetivos de redução de peso. Tal abordagem tem como principal foco a reeducação alimentar, que tem o objetivo de proporcionar ao indivíduo. não só a teoria, como também a prática da alimentação saudável, o que inclui o conceito de quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos e o comportamento alimentar que deve ser adquirido (SANTOS, 2010). A caracterização nutricional do indivíduo estabelece o seu padrão de consumo alimentar e pode ser obtida através de inquéritos alimentares. Dois dos inquéritos alimentares mais utilizados são o Recordatório de 24 horas (R24h) e o Questionário de Frequência Alimentar [QFA] (MOREIRA; SILVA; ANDRADE, 2008). Juntos, os inquéritos auxiliam na identificação de hábitos inadequados, tanto qualitativa quanto quantitativamente, e fornecem informações para auxiliar na educação nutricional (HOLANDA; FILHO, 2006). OBJETIVOS: Avaliar a ingestão alimentar dos funcionários do Centro Universitário Padre Anchieta antes e após intervenção nutricional. METODOLOGIA: Estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do centro universitário Padre Anchieta [PROCESSO N0 641.908], conforme recomendações para pesquisas biomédicas envolvendo seres humanos propostas pela Resolução no 196 de 10 de outubro de 1996 do Conselho Nacional de Saúde. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram avaliados 36 funcionários cuja ingestão alimentar foi avaliada por Recordatório 24h (R24h) e Questionário de Frequência Alimentar (QFA). Os dados obtidos pelo R24h foram inseridos no software DietSmart para a quantificação dos macro e micronutrientes e o QFA foi tabulado por meio do Microsoft Excel. Ambos os questionários tiveram sua análise estatística feita pelo software SPSS. RESULTADOS: Na primeira coleta de dados, houve participação de 71 pessoas, e devido à diversos fatores, houve desistência de alguns sujeitos , resultando num total de 36 pessoas ao final da pesquisa, dos quais 15 compuseram o grupo intervenção e 21 o grupo controle. Houve diferença significativa (p<0,05) no consumo de gordura saturada, carne de vaca, frango frito e pães /biscoitos integrais e de gordura saturada, gordura insaturada, magnésio, frango, feijão e gorduras pelos grupos intervenção e controle, respectivamente. Tais diferenças indicam que as ações de educação nutricional surtiram efeito positivo no que diz respeito ao consumo alimentar dos participantes. CONCLUSÃO: Os resultados mostram dados semelhantes aos encontrados na literatura no que diz respeito à adesão às mudanças de hábitos alimentares; Houve resultados positivos na intervenção realizada, porém, é necessário lembrar que a mudança de hábito é um processo lento, que exige contínua construção, e que a educação nutricional faz parte dele e deve ser sempre incentivada. PALAVRAS-CHAVE: Educação nutricional, Hábito saudável, Macronutrientes, Micronutrientes, Inquéritos Alimentares

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REFERÊNCIAS:

1. HOLANDA LB E FILHO AZB. Métodos aplicados em inquéritos alimentares. Rev Paul Pediatria. 2006; 24: 62-70.

2. MOREIRA SLN, SILVA JÁ E ANDRADE KC. Instrumentos de inquérito dietético

utilizados na avaliação do consumo alimentar em pac ientes de uma clínica escola de nutrição: comparação entre dois métodos . Rev Brasileira de Ciências da Saúde. 2008; 18: 21-8.

3. SANTOS PLS. Efeitos de intervenção interdisciplinar em grupo pa ra pessoas

com diagnóstico de sobrepeso ou obesidade [disserta ção de mestrado]. Brasília: Universidade de Brasília; 2010.

APOIO FINANCEIRO: PIBIC-CNPq

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CORRELAÇÃO ENTRE PENSAMENTOS RUMINATIVOS E RESILIÊN CIA

Bolsista: Edson Santos de Jesus Orientador: Eduardo Augusto Menga Jr.

Curso: Psicologia INTRODUÇÃO: O presente trabalho teve como intuito verificar o grau de correlação entre resiliência e o estilo de pensamentos ruminativos. A resiliência pode ser entendida como um “processo em que o sujeito enfrenta adversidades, se abala, supera as adversidades e o seu próprio abalo e amadurece, desenvolvendo-se a partir deste enfrentamento” (BRANDÃO, 2009 p. 109) e a ruminação como um padrão de pensamentos repetitivos, onde há um foco negativo, repetitivo, e mal adaptativo de pensamentos, comportamentos e sentimentos que ameaçam o próprio indivíduo (LYUBOMIRSKY & NOLEN-HOEKSEMA, 1993). OBJETIVO: Verificar o grau de correlação entre o estilo de resposta ruminativa e a resiliência. MATERIAL E MÉTODO: Para verificar o grau de correlação entre a resiliência e o estilo de resposta ruminativa dos participantes foi utilizado uma abordagem quantitativa. Para essa pesquisa participaram 100 estudantes universitários matriculados em algum curso de graduação, com a idade mínima de 18 anos, de ambos gêneros. Todos os participantes receberam o Termo de Consentimento Livre Esclarecido e as informações obtidas estão sob confidência e sigilo, para garantir a privacidade de todos os participantes. Os participantes foram submetidos a duas escalas: a Escala de Resposta Ruminativa avalia se as pessoas se utilizam de um estilo de resposta ruminativa quando diante de um humor deprimido, os seus itens são respondidos em uma escala likert de 1 (quase nunca) a 4 (quase sempre), obtendo escores que variam entre 22 e 88 pontos; e a Escala de Resiliência, que mede os níveis de adaptação psicossocial positiva do indivíduo em situações e eventos de vida adversos, com 25 itens descritivos em escala likert de 1 (discordo totalmente) a 7 (concordo totalmente), podem obter o escore que variam de 25 a 175 pontos. Os dados coletados foram trabalhados por meio de uma análise estatística descritiva para a obtenção da média, mediana, moda, desvios padrões, máximo e mínimo e pela correlação de Pearson. RESULTADOS: Os resultados mostraram que os constructos resiliência e de ruminação apresentaram um grau de correlação negativo, por meio da correlação de Pearson foi obtido o valor de r= -0,114. Esse valor indica baixa correlação negativa entre os instrumentos. Esse resultado sugere que enquanto um constructo é elevado para o sujeito respondente o outro se mostra inversamente proporcional, isto é, quanto mais resiliente o indivíduo é menos ruminativo ele tende a ser para resolver os seus problemas. Outros resultados observados foi o fato das mulheres tenderem a ser mais ruminativas que o homem, como observado em literatura e estes recorrerem a terapia mais que as mulheres. CONCLUSÃO: Esse trabalho teve como objetivo averiguar o grau de correlação existente entre a ruminação e a resiliência identificando um grau de baixa magnitude de correlação. A correlação entre esses constructos me mostrou negativa, indicando que quanto mais resiliente é o sujeito menos ele rumina. Acredita-se que a baixa correlação se deva aos itens referentes ao pensamento reflexivo (componente saudável do estilo de resposta ruminação). Esse estudo mostrou que as mulheres tendem a ruminar mais que o homem, e esses recorrem a terapia mais que aquelas. PALAVRAS CHAVE: Resiliência, Ruminação, Pensamento. REFERÊNCIA:

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1. BRANDÃO, J. M. Resiliência de que se trata?: o conceito e suas imp licações . 2009. 2. LYUBOMIRSKY, S.; NOLEN-HOEKSEMA, S. Self-perpetuating properties of dysphoric rumination. Journal of Personality and Social Psychology, v. 65, p.339–349. 1993.

SUPORTE FINANCEIRO: Voluntário.

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ESTUDO EXPLORATÓRIO DOS FATORES DA CONTINUIDADE E E NGAJAMENTO DOS ALUNOS INGRESSANTES NO ENSINO SUPERIOR

Aluno: Emerson Fernandes Luís Orientador: Profa. Dra. Maria Cristina Zago Castelli

Curso: Psicologia

INTRODUÇÃO: Esse presente projeto e relatório de pesquisa integra-se ao Programa de Serviço de Atendimento Psicopedagógico Unianchieta, o SAPUnianchieta. O Serviço de Atendimento Psicopedagógico foi concebido para avaliar e atender o aluno em suas necessidades para que possa desenvolver de forma plena suas atividades acadêmicas com o objetivo da excelência na sua formação específica e como cidadão crítico de uma perspectiva social e histórica (CASTELLI, 2005; FINI, 2001). O SAP tem o objetivo de propiciar um acolhimento amplo de diferentes pedidos de ajuda dos discentes do ensino superior. Outro objetivo do SAP é contribuir para o aprimoramento do cotidiano acadêmico em todos os seus segmentos. Para isso necessita detectar fragilidades no processo ensino/aprendizagem e prestar assistência na seleção de estratégias para a resolução das mesmas. A autorregulação da aprendizagem é a capacidade de controle sobre seus próprios processos cognitivos e a emissão de comportamentos estratégicos durante o processo de aprendizado, de forma a compreender as informações e transformá-las em conhecimento teórico e prático. A metacognição é a capacidade de monitorar e administrar suas próprias cognições (FREIRE, 2009). Esse presente relatório apresenta informações mais refinadas sobre os ingressantes do curso de Psicologia ao longo de um processo de um ano e avaliou sucintamente os efeitos de algumas estratégias de aprendizagem que sistematicamente já vem sendo apresentadas aos alunos ingressantes. OBJETIVO(S): Comparar diversos indicadores do repertório dos alunos dos dois grupos constituídos (Grupo Experimental e Grupo Controle); aumentar a aderência dos alunos no ambiente e na rotina acadêmica; iniciar o desenvolvimento de processos de autorregulação na aprendizagem. MATERIAL E METODO: Foram participantes desse estudo 12 alunos (9 do sexo feminino e 3 do sexo masculino) de idades variadas, regularmente matriculados no semestre 2 do curso de Psicologia do Centro Universitário Padre Anchieta. Essa presente pesquisa foi do tipo interventiva. Foram constituídos 2 grupos Grupo Experimental e Grupo Controle. Aos participantes do Grupo Experimental foram discutidas especificamente estratégias de aprendizagem. Foram realizados 9 encontros. Dentre outras atividades os participantes responderam a 3 questionários sobre autorregulação da aprendizagem, organização do tempo e expectativas do ensino superior. As medidas comparadas entre os Grupos Experimental e Controle foram as respostas aos questionários e rodas de conversa além do acompanhamento de notas ao longo de 1 ano, dois semestres acadêmicos. RESULTADOS: De maneira geral, analisando a Tabela I, nota-se que há um ligeiro aumento no Coeficiente Acadêmico (CR) do 2º. sem. para o 3º. sem. para virtualmente todos os alunos, participantes de ambos os grupos. Apenas o aluno 2 do Grupo Controle apresenta um CR que diminui. No 2º.sem o CR =9 e no 3º. Sem o CR=8,86. Esse aumento do CR para todos os alunos de ambos os grupos foi considerado estatisticamente significante t=0.038, p<0,05. Pode-se constatar que o aumento de CR de um semestre para o outro apesar de pequeno é sistemático para quase todos os alunos. Não houve diferença estatística entre os grupos Controle e Experimental. Isto nos leva a hipotetizar que as atividades desenvolvidas dentro dos grupos Controle e Experimental apesar de terem sido diferentes, na realidade não diferiram muito entre si do ponto de vista da função de

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aumentar a aderência ao curso e desenvolver interesse e formas melhores de estudar. O trabalho discute algumas respostas de forma qualitativa por similaridade de conteúdo. PALAVRAS CHAVES: Ensino Superior, autorregulação da aprendizagem, estratégias de aprendizagem. REFERÊNCIAS: 1. CASTELLI, M. C. Z. Atendimento Aos Discentes: Concepção do Serviço de Atendimento Psicopedagógico . Em Projeto Pedagógico do Curso de Psicologia, 2005. 2. FINI, M.I.; RELATÓRIO PEDAGÓGICO ENEN – INEP MEC: Boa Escola pa ra Todos , 2001. 3. FREIRE, L. G. L. AUTORREGULAÇÃO NA APRENDIZAGEM , Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, 2009. 4. FREITAS- SALGADO F. A. Autorregulação da aprendizagem em alunos ingress antes no ensino superior . Dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Educação da UNICAMP, 2013

APOIO FINANCEIRO: BIC

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AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DO ULTRASSOM TERAPÊUTICO, A SSOCIADO OU NÃO AO EXERCÍCIO FÍSICO, PARA REDUÇÃO DE GORDURA LOCALI ZADA EM MULHERES

Bolsista: Sandra Polozzi Pedroso Orientador: Danilo Roberto Xavier de Oliveira Crege

Curso: Fisioterapia INTRODUÇÃO: A pele é um verdadeiro órgão com múltiplas funções, de grande extensão, que é dividida em epiderme e derme (GUIRRO & GUIRRO, 2002). Alguns estudos publicados consideram a hipoderme parte da pele, embora sobre isso não haja consenso. Composta por células adiposas, está situada abaixo da derme e é ricamente vascularizada. Gordura localizada são depósitos resistentes ao emagrecimento, codificados geneticamente, e que mantêm as características familiares. Existem dois tipos de depósitos de gordura: depósito geral e depósito hereditário, sendo esse último resistente ao emagrecimento. Inúmeros procedimentos não invasivos têm sido propostos em substituição à lipoaspiração para melhoria do contorno corporal, um dos mais utilizados em anos recentes é o ultrassom (US) (NEVES & OLIVEIRA, 2007; NIWA et al., 2010). OBJETIVO: Avaliar o uso do ultrassom tridimensional 3MHz como método de redução de gordura localizada da região infrabdominal, associado ou não a exercício aeróbio, além do grau de satisfação das voluntárias com o tratamento. MATERIAL E MÉTODO: A pesquisa foi realizada em laboratório no Centro Universitário Padre Anchieta, com aprovação prévia do comitê de Ética e Pesquisa (registro nº. 701.316). Foram convidadas 28 mulheres voluntárias, na faixa etária de 30 a 45 anos, sendo que seis desistiram do projeto logo após a primeira semana. As voluntárias eram saudáveis, sedentárias, com avaliação clínica de gordura localizada da região infrabdominal. As voluntárias foram submetidas a 12 sessões de tratamento estético na região infrabdominal para redução de gordura localizada, duas vezes por semana. Para o tratamento, foi utilizado o aparelho de ultrassom Manthus, da marca KLD, no programa Sonophasys–RT, direcionado para lipólise. As voluntárias foram divididas aleatoriamente em dois grupos (A: ultrassom tridimensional 3 MHz modo contínuo com gel base; B: ultrassom tridimensional 3 MHz modo contínuo com gel base, seguido de 20 minutos de caminhada). Para as voluntárias que realizaram exercício físico, a intensidade da caminhada foi determinada utilizando 42 a 56% da frequência cardíaca de reserva. Antes do início das sessões de tratamento, bem como ao final das 12 sessões, foram realizadas as seguintes avaliações: Registro fotográfico por câmera digital, para obtenção de registro da região a ser tratada; Determinação da circunferência infrabdominal; Determinação da prega abdominal. Também foi realizada a determinação da quantidade de glicerol em amostras de urina das participantes. Essa avaliação foi realizada nas duas sessões semanais da primeira, sexta e última semana de tratamento. Nesses dias, as pacientes coletaram a primeira amostra de urina do dia, e a primeira amostra de urina após a sessão de tratamento. No final das 12 sessões as participantes também responderam questão acerca da satisfação com o tratamento realizado. Os resultados estão apresentados em média + SEM. A análise estatística foi realizada com o teste t de Student ou ANOVA seguido de Tukey, considerando as diferenças significativas quando p<0,05. RESULTADOS: Apesar de observarmos uma redução nos valores da circunferência abdominal para ambos os grupos, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas, tanto na comparação dentro do próprio grupo, quanto na comparação entre o grupo que realizou exercício e o grupo que não realizou (Grupo A: Primeira sessão – 107 cm vs. Última sessão 103 cm; Grupo B: Primeira sessão – 100 cm vs. Última sessão 97 cm). Para os resultados da prega abdominal, em ambos os grupos, as sessões de ultrassom promoverem redução significativa da prega, tanto para a segunda, quanto para terceira avaliação. Também

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observamos diferença significativa durante o segundo momento da avaliação, quando fizemos a comparação do grupo exercício com o grupo sem exercício (Grupo A: Primeira sessão – 49 mm; Segunda sessão – 43 mm; Última sessão 34 mm; Grupo B: Primeira sessão – 42 mm; Segunda sessão – 36 mm; Última sessão 29 mm). Os resultados das quantidades de glicerol na urina não foram estatisticamente significativos tanto na comparação dentro do próprio grupo, quanto na comparação entre os grupos. No tocante a satisfação pessoal das pacientes quanto ao tratamento empregado, para ambos os grupos, as voluntárias relataram que ficaram muito satisfeitas com os resultados obtidos. CONCLUSÃO: Podemos concluir que 12 sessões de tratamento estético com ultrassom contínuo promoveram diminuição significativa da medida da prega abdominal, sendo que para as voluntárias do grupo que realizaram o exercício físico associado ao ultrassom, a redução foi maior que para as voluntárias que não fizeram exercício físico. A análise visual do registro fotográfico utilizado também mostrou melhora na distribuição da gordura corporal. De acordo com as voluntárias participantes, os resultados foram muito satisfatórios. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para a liberação de glicerol e para circunferência abdominal de ambos os grupos. PALAVRAS CHAVES: Tecido Adiposo, Ultrassom, Exercício Físico, Fisioterapia REFERÊNCIAS: 1. GUIRRO EC, GUIRRO RJ. Fisioterapia dermato-funcional; fundamentos, recurs os e patologias . Ed. Manole, São Paulo, 2002. 2. NEVES SR, OLIVEIRA D. Eficácia da Associação de Técnicas Manuais e Eletrotermoterapia na Redução de Medidas do Abdome . Biology & Health Journal; São Paulo, p. 67-71, 2007. 3. NIWA, MAB. Experiência no uso ultrassom focado no tratamento d a gordura localizada em 120 pacientes . Surg Cosmet Dermatol, Sociedade Brasileira Dermatologia do Brasil, São Paulo, v.2, p.323-325, out/nov, 2010.

APOIO FINANCEIRO: UNIANCHIETA

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ESTUDO DOS EFEITOS DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSCRANIA NA COM CORRENTE CONTÍNUA NA APRENDIZAGEM MOTORA

Orientanda: Edilaine Gaigher Orientadora: Andrea Peterson Zomignani

Curso: Fisioterapia INTRODUÇÃO: A aprendizagem motora refere-se a uma mudança na capacidade do indivíduo em executar uma tarefa, mudança esta que surge em função da prática e é acompanhada por uma melhoria relativamente permanente no desempenho (PELLEGRINI, 2000). Todavia, a aprendizagem motora é um processo contínuo e, diante disso, é importante investigá-la não apenas em relação à padronização da habilidade motora mas, também, em relação a como o padrão formado se reorganiza (TERTULIANO, 2008). Na Eletroestimulção Trancraniana por Corrente Contínua (ETCC), diferentes regiões do cérebro podem ser estimuladas ou inibidas no córtex, podendo ter repercussões subcorticais, envolvendo vias glutamatérgicas e fatores neurotróficos derivados do cérebro, e efeitos de modulação cerebral, gerando, nos neurônios, potenciação de longa duração (LTP) ou depressão de longa duração (LTD) (CAVENAGHI, 2013). OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho foi verificar os efeitos da eletroestimulação transcraniana na aprendizagem motora. MATERIAL E MÉTODO: Foram selecionados 15 indivíduos jovens, saudáveis com idade entre 18 e 35 anos, os quais foram divididos em três grupos de 5 indivíduos cada: Grupo Controle (GC) que realizou apenas tarefa motora sem receber a ETCC; Grupo Experimental (GE) que realizou a tarefa motora, sendo submetido a aplicação da eletroestimulação e o grupo placebo (GP) que realizou a tarefa motora com o aparelho de corrente galvânica desligado. O equipamento utilizado para a realização deste trabalho foi um computador modelo Acer TravelMate 242X ao qual estavam ligados canais que foram conectados aos sujeitos e que monitoraram o desempenho, quanto ao número de acertos e erros na realização das sequências e quanto ao número total de sequências, através do software JParkin, específico para esse registro. A tarefa motora praticada foi uma sequência pré determinada de oponência de dedos. Em seguida foi realizada a avaliação inicial e logo após, o treino formado por quatro blocos de cinco minuto intercalados por um período descanso. No final do treino realizou-se a avaliação pós treino. Os voluntários foram reavaliados, novamente, vinte e quatro horas pós treino, sete dias pós treino e trinta dias pós treino. RESULTADOS: Houve melhora em todos os grupos em relação a quantidade de acertos. No GE, houve uma melhora na quantidade de acertos na avaliação de 24 horas e uma diminuição na quantidade de erros, o que sugere um favorecimento da aprendizagem, comparando aos grupos GC E GP. CONCLUSÃO: Com base nos resultados, pode-se concluir que a ETCC parece ter potencializado a aprendizagem após o período de sono, embora não tenha se destacado dos outros grupos, em outras etapas das avaliações. Em todos os grupos houve melhora do desempenho na atividade. PALAVRAS-CHAVES: Atividade motora, estimulação elétrica, aprendizagem. REFERÊNCIAS: 1. ANA MARIA PELLEGRINI. A aprendizagem de habilidades motoras i: O que muda com a prática . Rev. Paul. Educ. Fís., São Paulo, supl. 3, p. 29-34, 2000. 2. UMPHRED, D. A. Reabilitação Neurológica . v.2. São Paulo: Editora Manole, 2004.

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3. GOMES, THÁBATA VIVIANE BRANDÃO ET AL. Efeitos do posicionamento e quantidade de prática mental na aprendizagem do arr emesso do dardo de salão . Motriz: rev. educ. fis., Rio Claro , v. 18, n. 2, jun. 2012. 4. MARCUCCI FCI, Filho SV. Métodos de investigação funcional do cérebro e suas implicações na prática da fisioterapia neurológica . Functional Investigation Methods of the Brain and its implication in Neurological Physiotherapy Practice. Revista Neurociencias V14 N4 (198-203) -OUT/DEZ, 2006 5. PACHECO M, MACHADO S, LATTARI JE, PORTELLA CE, VELASQUES B,SILVA JG,BASTOS VH, RIBEIRO P. Efeitos da prática mental combinada à cinesioterapi a em pacientes pós-acidente vascular encefálico: uma rev isão sistemática . Rev. Neurocienc 15/4: 304-309, 2007 6. YENG LT, STUMP P, KAZIYAMA HHS, TEIXEIRA MJ, IMAMURA M, GREVE JMD. Medicina física e reabilitação em doentes com dor c rônica. Rev. Med. (São Paulo), 80(ed. esp. pt.2):245-55, 2001 7. MACHADO S, VELASQUES B, CUNHA M, BASILE L, BUDDE H, CAGY M, PIEDADE R, RIBEIRO P. Aplicações terapêuticas da estimulação cerebral por corrente contínua na neuroreabilitação clínica /Therapeutic applications of transcranial direct current stimulation on clinical neurorehabilitation. Rev Neurocienc 17(3):298-300; 2009. 8. OKANO, ALEXANDRE HIDEKI ET AL. Estimulação cerebral na promoção da saúde e melhoria do desempenho físico . Rev. bras. educ. fís. esporte, São Paulo , v. 27, n. 2, June 2013 9. CAVENAGHI VB, Serafim V, Gagliardi RJ, Santos MD, Simis M, Fregni F. Estimulação cerebral não-invasiva na prática clínica: atualizaç ão/Non-invasive brain stimulation in clinical practice: update. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo 2013. 10. BERLIM MT, Neto VD, TURECKI G. Estimulação Transcraniana por corrente direta: uma alternativa promissora para o tratamento da dep ressão maior?/ Trancranial direct current stimulation: a promising alternative for the treatment of major depression?. Ver. Bras Psiquiatr: 31(Supl I): S34-8: 2009. 11. BORELLA, MARCELLA DE PINHO; SACCHELLI, TATIANA. Os efeitos da prática de atividades motoras sobre a neuroplasticidade. Rev Neurocienc, v. 17, n. 2, p. 161-9, 2009. 12. LAURIE LUNDY-EKMAN A. Neurociencia Fundamentos para Reabilitação . 3ed. pág 62. editora Elsevier 2007. 13. DASILVA AF, VOLZ MS, BIKSON M, FREGNI F. Electrode positioning and montage in TDCS . Journal of Visualized Experiments 51, 1-11, 2011. 14. OLIVEIRA e ANASTÁCIO. Influência da qualidade do sono na saúde, no comportamento e na aprendizagem de adolescentes de 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico português . Editora Ediciones de la Asociación Nacional de Psicología y Educación, 2011.

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15. TERTULIANO I.W. SOUZA JUNIOR O.P, SILVA FILHO A.S, CORREA U.C. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.22, n.2, p.103-18, abr./jun. 2008. 16. BENDA R.N, Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, p.43-45, set. 2006. 17. COSTA V.M, Pereira L.A, Montenegro R.A, Okano A.H, Altimari L.R, Rev. Educ. Fis/UEM, v. 23, n. 2, p. 167-174, 2. trim. 2012.

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ESTUDO EXPERIMENTAL COMPARATIVO DA PRÁTICA MENTAL E PRÁTICA REAL NA APRENDIZAGEM MOTORA

Bolsista: Gabriela Pereira da Silva Orientadora: Andrea Peterson Zomignani

Curso: Fisioterapia

INTRODUÇÃO: A prática mental (PM) de uma forma simplificada é a imaginação da realização de movimentos sem a execução real. A teoria bioinformacional explica que a PM fortalece o processamento da informação desde a identificação do estímulo até a seleção e programação da resposta (GOMES et al, 2012). Durante a PM, realizamos o movimento internamente e assim ativamos as vias responsáveis pela execução do movimento, simulando-o mentalmente várias vezes, dentro de um contexto específico, sem que se realize a atividade física real, melhorando a estabilidade e a execução do movimento (PAZ, 2012). No ensino de habilidades motoras, uma área que investiga fatores que auxiliam no processo de aprendizagem é denominada Aprendizagem Motora (UGRINOWITSCH & BENDA, 2011). Segundo Oliveira (2001) a aprendizagem faz parte de uma das etapas da plasticidade do SNC, modificando a resposta motora temporária o definitivamente. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi Avaliar os efeitos da prática mental sobre a aprendizagem motora de uma tarefa específica. MATERIAL E MÉTODO: : Para a realização desse estudo experimental participaram 10 indivíduos, de ambos os sexos, com idade de 18 a 35 anos, divididos em dois grupos. Um grupo realizando o treino real (Grupo Controle-GC) e o outro o treino mental (Grupo Experimental-TM). A tarefa realizada foi o movimento de oposição de dedos com a sequência 4-2-3-1-4 pré-definida. O equipamento utilizado para a realização deste trabalho foi um computador modelo ACER TRAVELMATE 242X ao qual estavam ligados canais conectados aos sujeitos e que monitoravam o desempenho deles através do software JParking, quanto ao número de acertos e erros na realização das sequências e quanto ao número total de sequências. A fase de treinamento mental foi composta por quatro blocos de cinco minutos, intercalados por períodos de descanso também de cinco minutos. Nesse tipo de treinamento, os sujeitos foram orientados a imaginar que estavam realizando o movimento da sequência a ser treinada, que realizavam o movimento de oponência dos dedos e a sentir os dedos tocando um nos outros. A fase de treinamento motor foi composta também por quatro blocos de cinco minutos, intercalados por períodos de descanso de cinco minutos, porém com o sujeito realizando, efetivamente, a sequência pré-estabelecida. Todos os sujeitos foram avaliados em seis etapas: (1) avaliação inicial; (2) treinamento (mental ou real); (3) avaliação pós treinamento; (4) avaliação vinte e quatro horas pós treinamento; (5) avaliação sete dias pós treinamento e (6) avaliação trinta dias pós treinamento. RESULTADOS: Houve aprendizagem motora, do membro superior treinado, por meio dos dois treinos, com favorecimento do treino real na avaliação final. No entanto, o TM teve melhoras posteriores ao treinamento em todos os retestes, superiores ao GC. Parece haver favorecimento da transferência da aprendizagem no TM. CONCLUSÕES: Houve ganhos na consolidação e retenção da aprendizagem por meio da prática mental, assim como favorecimento da transferência da aprendizagem. Esse tipo de prática pode ser incorporado à prática clínica fisioterapêutica, nos casos em que o movimento esteja prejudicado e nos casos em que o objetivo seja a transferência da aprendizagem. PALAVRAS-CHAVES: Atividade motora, aprendizagem, pensamento.

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REFERÊNCIAS: 1- GOMES, T.V.B. ET AL. Efeitos do posicionamento e quantidade de prática m ental na aprendizagem do arremesso do dardo de salão . Motriz: rev. educ. fis., Rio Claro , v. 18, n. 2, jun. 2012. 2- PAZ, C.C.S.C. ET AL. A influência aguda da prática mental sobre as oscil ações corticais delta: um estudo piloto . Rev. Bras. Eng. Bioméd., Rio de Janeiro , v. 28, n. 4, dez. 2012. 3- PACHECO, M. ET AL. Efeitos da prática mental combinada à cinesioterapi a em pacientes pós-acidente vascular encefálico: uma rev isão sistemática . Rev. Neurocienc; 15/4: 304-309, 2007. 4- SANT’ANNA, L.F, ET AL. Informações Somatossensorias nos Processos da Práti ca Mental na Fisioterapia Neurofuncional: Estudo de Re visão . Rev. Neurocienc 22(1):95-101, 2014. 5- MAGILL, R.A. Motor learning: concepts and applications . Boston: WCB McGraw-Hill, 1998. 6- MARCUCCI, F.C.I. Métodos de investigação funcional do cérebro e suas implicações na prática da fisioterapia neurológica /Functional Investigation Methods of the Brain and its implication in Neurological Physiotherapy Practice. Revista Neurociencias v14, n4 (198-203) -OUT/DEZ, 2006. 7- UGRINOWITSCH H.; BENDA, R.N. Contribuições da aprendizagem motora: a prática na intervenção em educação física . Rev. bras. educ. fís. esporte vol.25 no.spe São Paulo Dec. 2011. 8- PELLEGRINI, A.M. A Aprendizagem De Habilidades Motoras I: O Que Muda Co m A Prática? Rev. Paul. Educ. Fís., São Paulo, supl. 3, p. 29-34, 2000. 9- UMPHRED, D. A. Reabilitação Neurológica . v.2. São Paulo: Editora Manole, 2004. 10- SCHMIDT R.A, WRISBERG, C.A. Uma introdução à aprendizagem e à performance motora. In: Aprendizagem e Performance Motora. Porto Alegre: Editora Artmed, 2ª. Edição15-36, 2001. 11- FONSECA, F. S. et al. Demonstração e prática mental na aquisição de habil idades motoras . Motri.,Santa Maria da Feira , v. 4, n. 2, jun. 2008. 12- HAASE, V.G. Neuroplasticidade, variação interindividual e recup eração funcional em neuropsicologia . Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 12, n. 1, jun. 2004 . 13- OLIVEIRA, C.E.N. Fatores ambientais que influenciam a plasticidade d o SNC. Acta Fisiátr. 8910:6-13, 2001. 14- BORELLA MP, Sacchelli T- Os efeitos da prática de atividades motoras sobre a neuroplasticidade . Rev. Neurocienc; 17(2): 161-9, 2009

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15- DENNIS, M. Developmental plasticity in children: the role of b iological risk,development, time, and reserve . Journal of Communication Disorders 33, 321-332, 2000. 16- ROSENZWEIG, M.R. Aspects of the search for neural mechanisms of memory . Annual Review of Psychology,47, 1-32, 1996. 17- FLORINDO, M.; Ricardo, P. – O processo de aprendizagem motora e a neuroplasticidade – Revista de Ciências da Saúde da ESSCVP, Vol.6 – Julho 2014. 18- LAURIE LUNDY-EKMAN- Neurociencia Fundamentos para Reabilitação 3ed. pág 62. editora Elsevier 2007. 19- OLIVEIRA E ANASTÁCIO, Influência da qualidade do sono na saúde, no comportamento e na aprendizagem de adolescentes de 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico português. Editora Ediciones de la Asociación Nacional de Psicología y Educación, 2011. 20- MINGUETTI, G. Tomografia computadorizada na agenesia do corpo cal oso: achados em 27 casos . Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo , v. 56, n. 3B, p. 601-604, Sept. 1998 . APOIO FINANCEIRO: BIC

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ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO GLICÓLI CO DE ROMÃ

Bolsista: Hellen Frezza do Nascimento Orientadora: Aparecida Érica Bighetti Ribas

Co-orientadora: Patrícia Gisela Sampaio Reolon Curso: Farmácia

INTRODUÇÃO: Antioxidantes são substâncias capazes de diminuir ou bloquear as reações de oxidação induzidas pelos radicais livres, evitando ou minimizando, assim, o envelhecimento cutâneo. A aplicação tópica de antioxidantes reduz os danos oxidativos induzidos pelo ataque radicalar em que a pele se submete, devido a sua extensa área e função protetora do organismo (SCOTTI et al., 2007). Nesse contexto, tornou-se crescente a busca para a avaliação da atividade antioxidante de ativos capazes de ajudar a combater o processo oxidativo. Embora muitos compostos já tenham sua atividade antioxidante avaliada, torna-se necessário testá-la em seus derivados, como em uma formulação cosmética (produto acabado), por ser uma mistura mais complexa, como por exemplo, em um sérum. OBJETIVOS: O objetivo desse trabalho foi a determinação da presença de substâncias ativas antioxidantes presentes no sérum contendo extrato glicólico de romã 10%, a partir do teste do poder redutor (OLIVEIRA et al., 2011; RIBEIRO, 2006), assim como a comprovação de sua atividade antioxidante, baseando-se no teste de redução do radical DPPH (SOUSA et al., 2007; MAURIUTTI e BRAGAGNOLO, 2007; MORAIS et al., 2013). MATERIAL E MÉTODO: Antes de submeter as amostras de sérum às análises espectrofotométricas foram feitas diluições. Após as diluições, as soluções obtidas foram submetidas às análises espectrofotométricas para identificação da presença ou não de antioxidantes. Para a determinação qualitativa de substâncias antioxidantes utilizou-se o Teste do Poder Redutor, que se baseia nas mudanças visuais de coloração das soluções de amarela, característico ferricianeto (Fe3+) para a cor verde, característico do ferrocianeto (Fe2+). Para uma análise mais criteriosa, foram realizados testes na amostra de sérum sem extrato de romã. Para a determinação quantitativa, utilizou-se o Teste do DPPH, tendo como padrão o ácido gálico por meio de análises espectrofotométricas em 517 nm, e calculou-se a atividade antioxidante em porcentagem (AA %). Para efeito de comparação de AA % da amostra do sérum com extrato de romã com o padrão ácido gálico, utilizaram-se soluções da amostra e do padrão com volumes expressos em microlitros (650; 600; 550 ;500 ;450 e 400). Foram calculados também valores de IC50 (Concentração Inibitória) para o sérum com extrato de romã e para o padrão de ácido gálico. RESULTADOS: A construção dos espectros de varredura das amostras de sérum com e sem extrato de romã, assim como do padrão ácido gálico, teve como objetivo a confirmação do comprimento de onda de absorção máxima. A amostra com extrato de romã mostra comportamento característico de compostos fenólicos, altos valores de absorbância em comprimentos de onda no ultravioleta e diminuição da absorção somente após 403 nm. Na amostra sem extrato, não possui bandas características de compostos fenólicos e no espetro do padrão de ácido gálico foi semelhante ao encontrado na literatura (VERZA, 2006). No Teste do Poder Redutor, os antioxidantes presentes na amostra sérum com extrato de romã tem a capacidade de serem agentes redutores do íon ferro (Fe3+ a Fe2+). Notou-se a mudança da coloração da solução de amarelo para verde, sendo comprovada com medidas espectrofotométricas em 700 nm, apresentando alta clareza na descoberta da presença de antioxidante no extrato de romã. O Teste de DPPH baseia-se na capacidade de redução do radical DPPH, cuja captura de hidrogênios altera gradualmente sua coloração de violeta para amarelo, o que pode ser quantificado espectrofotometricamente em 517 nm (MORAIS et al., 2013). Os valores obtidos de AA %, e seus desvios padrão, nos diferentes volumes de amostra do serum com

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extrato de romã foram respectivamente (59,39 ± 0,12), (51,92 ± 0,08), (50,38 ± 0,03), (49,52 ± 0,02), (46,13 ± 0,12) e 43,64 ± 0,05), e para o padrão foram (89,76 ± 0,03), (76,21 ± 0,05), (73,15 ± 0,07), (68,03 ± 0,13), (64,92 ± 0,08) e (59,67 ± 0,01) enquanto que para a amostra do sérum sem extrato não foi verificada atividade antioxidante. O IC50 expressa a concentração de antioxidante necessária para reduzir em 50 % a concentração inicial de DPPH, comprovando realmente a presença de antioxidante no sérum com extrato de romã. Os valores calculados foram de 0,4853 µg/mL para o sérum com extrato de romã e de 0,2891 µg/mL para o padrão. Quanto menor o valor de IC50, maior a atividade antioxidante. CONCLUSÕES: Os resultados encontrados comprovam por meio do estudo do poder redutor das substâncias antioxidantes no sérum contendo extrato glicólico de Romã a 10 % a indicação qualitativa de suas presenças ao verificar visualmente e espectrofotometricamente a mudança de coloração das soluções de amarela para verde, caracterizando a mudança da redução dos íons ferricianeto (Fe3+) em ferrocianeto (Fe2+). O Teste da redução do radical DPPH mostrou, quantitativamente, a presença de atividade antioxidante no Sérum com extrato de Romã a 10 %, a partir das porcentagens de atividade antioxidante (AA %) em diferentes volumes da amostra. Mostrando ainda que quanto maior a concentração de antioxidante na amostra com extrato, maior será sua atividade antioxidante, pois maior foi o consumo do radical DPPH. Além disso, o ensaio realizado na amostra sem extrato não alterou a cor violeta, comprovada espectrofotometricamente, indicando que nenhum dos outros componentes da formulação agiu como antioxidante. Dessa forma, comprova-se a eficácia do extrato de romã em formulações cosméticas na prevenção do envelhecimento cutâneo. PALAVRAS CHAVES: Sérum, Romã, Antioxidante, Poder redutor, DPPH, IC50. REFERÊNCIAS:

1. MARIUTTI, L.R.B.; BRAGAGNOLO, N. Revisão: Antioxidantes Naturais da Família Lamiaceae Aplicação em Produtos Alimentício s. Brazilian Journal of Food Technology, v.10, n.2, p.96-103, 2007.

2. MORAIS, S. M.; LIMA, K. S. B.; SIQUEIRA, S. M. C.; CAVALCANTI, E. S. B.;

SOUZA, M. S. T.; MENEZES, J. E. S. A.; TREVIZAN, M. T. S. Correlação entre as atividades antiradical, antiacetilcolinesterase e t eor de fenóis totais de extratos de plantas medicinais de farmácias vivas . Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 15, n. 4, 2013.

3. OLIVEIRA, D. S.; AQUINO, P. P.; RIBEIRO, S. M. R.; PROENÇA, R. P. C.;

PINHEIRO-SANT’ANA, H. M. Vitamina C, carotenóides, fenólicos totais e atividade antioxidante de goiaba, manga e mamão pro cedentes da Ceasa do Estado de Minas Gerais . Acta Scientiarum Health Sciences. v. 33, n. 1, p. 89-98, 2011.

4. RIBEIRO, S. M. R. Caracterização e avaliação do potencial antioxidant e de

mangas (Mangifera indica L.) cultivadas no Estado d e Minas Gerais . Tese de Doutorado em Bioquímica Agrícola – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, 2006.

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5. SCOTTI, L.; SCOTTI, M. T.; CARDOSO, C.; PAULETTI, P.; CASTRO-GAMBOA, I.; BOLZANI, V. S.; VELASCO, M. V. R.; MENEZES, C. M. S.; FERREIRA, E. I. Modelagem molecular aplicada ao desenvolvimento de moléculas com atividade antioxidante visando ao uso cosmético . Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v. 43, n. 2, p. 153-166, 2007.

6. SOUSA, C. M. M.; SILVA H. R.; VIEIRA-JUNIOR, G. M.; AYRES, M. C. C.; COSTA, C. L. S.; ARAÚJO, D. S.; CAVALCANTE, L. C. D.; BARROS, E. D. S.; ARAÚJO, P. B. M.; BRANDÃO, M. S.; CHAVES, M. H. Fenóis totais e atividade antioxidante de cinco plantas medicinais . Química Nova, v. 30, n. 2, p. 351-355, 2007.

7. VERZA, S. G. Avaliação das Variáveis Analíticas dos Métodos de D eterminação

do Teor de Taninos Totais Baseados na Formação de C omplexos com Substâncias Protéicas e Derivados da Polivinilpirro lidona . Dissertação de mestrado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2006. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/7578 /000548883.pdf?sequence=1 > Acesso em: 07 de agosto de 2015.

SUPORTE FINANCEIRO: PIBIC/CNPq