anais stpe dtpen 2009

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Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor de Educação Departamento de Teoria e Prática de Ensino Anais do VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino e XV Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola 18 a 21 de novembro de 2009

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Page 1: Anais STPE DTPEN 2009

Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor de Educação Departamento de Teoria e Prática de Ensino

Anais do VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino e

XV Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física

Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola

18 a 21 de novembro de 2009

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Catalogação na publicação Sirlei do Rocio Gdulla – CRB 9ª/985

Biblioteca de Ciências Humanas e Educação - UFPR

Seminário de Teoria e Prática de Ensino (6.:2009:Curitiba) S471 Olhares sensíveis na Universidade e na escola / Anais do VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino e XV Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação

Física, Curitiba, 2009; organizadores: Nadia Gaiofatto Gonçal- ves e Crislaine Estevão de Jesus. -- Curitiba, 2009. 1 CD-ROM ISBN 978-85-89799-38-6

1. Educação – Seminários. 2. Ensino – Meios auxiliares. 3. Professores – Formação. 4. Tecnologia educacional. 5. Profes- sores e alunos. 6. Aprendizagem por atividades. I. Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física (15.:2010:Curitiba). II.Jesus, Crislaine Estevão de. III. Gonçalves, Nadia Gaiofatto. IV.Titulo. CDD 370 CDU 370:061.3(81)

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3

Direção do Setor de Educação: Ettiène Cordeiros Guérios Vice diretora: Clara Brener Mindal

Chefe do Departamento de Teoria e Prática de Ensino: Dulce Dirclair Huf Bais

Suplente: Christian Carla Aparecida Volski Cassi

Comissão Organizadora

Prof. Dr. André Pietsch Lima

Prof.ª MSc. Berenice Marie Ballande Romanelli

Prof.ª MSc. Christian Carla Aparecida Volski Cassi

Prof.ª Drª. Deise Cristina de Lima Picanço

Prof.ª Drª. Dulce Dirclair Huf Bais

Prof. Dr. Geraldo Balduíno Horn

Prof. Dr. Guilherme Gabriel Ballande Romanelli

Prof.ª Drª. Kátia Maria Kasper

Prof.ª Dr.ª Liane Maria Vargas Barboza

Prof.ª Dr.ª Maria Auxiliadora Schmidt

Prof.ª Dr.ª. Rosicler Terezinha Goedert

Prof. Dr. Sérgio Camargo

Prof. Dr. Ubirajara Inácio de Araújo

Prof.ª MSc. Wanirley Pedroso Guelfi

Organização dos Anais e revisão

Profª Drª Nadia G. Gonçalves – DTPEN/UFPR

Organização dos Anais e revisão

Crislaine Estevão de Jesus (Discente do curso de Letras da UFPR, bolsista do DTPEN)

Todos os resumos deste livro foram reproduzidos dos textos fornecidos pelos autores,

e seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade deles. A Comissão Organizadora do evento VII Seminário de Teoria e Prática de Ensino e XVI Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física não

se responsabiliza por consequências decorrentes do uso de quaisquer dados, afirmações e/ou opiniões inexatas (ou que conduzam a erro) publicadas nestes Anais.

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SUMÁRIO

Apresentação dos Anais 10

Programação geral do Evento 11

Oficinas ofertadas no Evento 12

EIXO TEMÁTICO 1 - O PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES NA ESCOLA E NO CONTEXTO DE AULA

13

Um olhar sensível para o conhecimento etnobotânico presente no cotidiano dos alunos descendentes de africanos e indígenas - Claudemira Vieira Gusmão Lopes, Dulce Dirclair Huf Bais

14

A Informática e a Química: Fenolite na composição de um circuito impresso - Ehrick Eduardo Martins Melzer, Ingrid Fiedler Machado, Liane Maria Vargas Barboza, Sonia Maria Chaves Haracemiv

15

Origens do Universo: uma proposta interativo-pedagógica sobre formação, composição e relação entre os componentes do Universo - Evaldo Victor Lima Bezerra, Kamilla Louise Schneider, Leandro Siqueira Palcha

16

Uma proposta de ensino integrando conhecimentos físicos e biológicos: Origem da vida e Evolução - Ingrid Rodriguez Tellez, Nitiananda Falvo Fuganti, Vanessa Cadan

17

Técnica pela técnica? Uma experiência de Ensino na Educação Física Escolar - Jean Carlos Sauer e Mariana Sikora

18

Gripe H1N1. As influências e os problemas que o novo vírus trouxe para o planejamento e a Prática docente - Paulo Sérgio da Costa Alves, Roberson Fontoura

19

Projeto de Docência – Jogando Matemática - Cecília Monteiro Leite 20

Poluição da água: riscos as futuras gerações - Ehrick Eduardo Martins Melzer, Liane Maria Vargas Barboza, Sonia Maria Chaves Haracemiv

21

Aprendendo a ser professor (a)... - Janaína Sant’Anna de Rezende 22

Educação física: uma proposta para além das quadras esportivas - Susy Nathallie da Silva

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Page 5: Anais STPE DTPEN 2009

5

Saberes Docentes X Saberes Dicentes - Taísa Helena Jochinsein; Ticiane F. Pietro e Yuri Sazanoff

24

Refletindo sobre o uso de listas de exercícios/problemas e questões abertas em aulas de Física no Ensino Médio - Marlon Labas, Ivanilda Higa

25

A utilização de experimentos demonstrativos no Ensino de Física - Jaqueline Miriam Cascaes, Sérgio Camargo

26

Intercâmbio - Vanderléia Belarmino 27

Experiência em Prática de Ensino na Educação Física: Possibilidade do Trabalho com Lutas na escola - Ana Paula Fernandes, Natália Takaki

28

Oficina de desenho e pintura para deficientes visuais - Caroline Caregnato 29

Fatores obstacularizadores na implementação da lei 10.639/03 de história e cultura afrobrasileira e africana na perspectiva dos/as professores/as das escolas públicas estaduais do município de Almirante Tamandaré-PR - Claudemir Figueiredo Pessoa Onasayo, Tânia Maria Baibich-Faria

30

Diferentes significados para os conteúdos e práticas corporais nas aulas de educação física: reflexões a partir dos entendimentos dos alunos - Fernanda de Mattos

31

Aulas de educação física dentro de sala: possibilidades e dificuldades - Louise Mazza do Nascimento e Adriane Nogueira

32

A resistência ao ensino da ginástica e da dança na educação física escolar na periferia curitibana - Márcio Tinelli

33

O planejamento como central no processo de trabalho de ser docente na escola - Milena Nichel

34

O ensino de fundamentos ecológicos numa abordagem lúdica e interdisciplinar - Fabiano Rodrigo da Maia, Adriana Vasco, Devânia Patrícia de Jesus, Carlos Eduardo Pilleggi de Souza

35

Educação Física escolar: desafios do que ensinar - Karin Fabiola Herrmann 36

Avaliação da aprendizagem em Matemática através de jogos didáticos - Kicia Cristina Kusdra

37

A Física e o Cotidiano do Aluno em Aulas de Física no Ensino Médio - Luiz Fernando Frecceiro Martins, Ivanilda Higa

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6

Na escola de EJA as soluções químicas do cotidiano - Swami Maruyama, Karine Priscila Naidek, Sonia Maria Chaves Haracemiv, Liane Maria Vargas Barboza

39

Socialização nas aulas de educação física: um relato de experiência do planejamento docente - Thomas Guido Ito

40

Implicações do (re)pensar a prática pedagógica nas aulas de Educação Física: um relato de experiência - Elaine dos Santos Oliveira, Hildete de Almeida Galvão da Silva, Tiago Zanlorenzi

41

Dimensão social do conhecimento químico - Aline Garus Saint Clair Colimo, Sonia Maria Chaves Haracemiv, Liane Maria Vargas Barboza

42

EIXO TEMÁTICO 2: PRODUÇÃO E/OU UTILIZAÇÃO DE LIVROS E OUTROS SUPORTES DIDÁTICOS

43

Aprendendo a produzir materiais de ensino de História a partir da cultura local: Projeto “Recriando histórias” - Alexandre Boing, Anne Cacielle Ferreira da Silva, Janira Feliciano Pohlmann

44

Como a utilização de experimentos didáticos em sala de aula pode contribuir para a compreensão dos conteúdos de Óptica - Eliane de Campos Moreira, Sérgio Camargo

45

Re-significação dos conteúdos escolares através da prática educomunicativa: o jornal em sala de aula - Karen Calonaci Gonçalves

46

Física e a Realidade: Sobre a utilização de Experimentos Didáticos a partir do Cotidiano - Gustavo Niano Lindolm, Milton da Silva, Sérgio Camargo

47

Concepções prévias dos alunos como subsídio para o desenvolvimento de habilidades e características desejáveis nos estudantes - Aline Portella Biscaino

48

Reflexões sobre a influência da mídia no processo de construção corporal: uma experiência na produção de material didático-pedagógico destinado a alunos do ensino médio - Rosane de Cássia Capilé

49

Proposta de aplicação e resultado de unidade temática no ensino de língua espanhola, sob o enfoque da abordagem comunicativa - Manoela de Moura Rosa

50

Abordagem sobre identidade nas aulas de língua espanhola básica - Francinne de Oliveira Lima - Universidade Federal do Paraná

51

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7

O papel das Atividades Experimentais na Formação dos Alunos da Educação Básica da Rede Pública - Aline Portella Biscaino, Sérgio Camargo

52

Como a utilização de experimentos didáticos em sala de aula pode contribuir para a compreensão dos conteúdos de Óptica - Eliane de Campos Moreira e Sérgio Camargo

53

EIXO TEMÁTICO 3: AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) NO CONTEXTO DE AULA

54

Função quadrática no cabri geometry II - Fabiano José Dantas de Oliveira 55

Considerações sobre a utilização das Tecnologias de Comunicação e Informação no Ensino de Física - Camila Correia Machado, Sérgio Camargo

56

Considerações sobre a utilização das Tecnologias de Comunicação e Informação no Ensino de Física II - Camila Correia Machado, Sérgio Camargo

57

EIXO TEMÁTICO 4: RELAÇÃO PROFESSORES-ALUNOS E ALUNOS-ALUNOS

58

A motivação dos alunos de ensino médio para as aulas de Educação Física: principais aspectos e determinantes - Cauê Cristiano Vieira

59

Aluno: sujeito ativo no processo ensino- aprendizagem - Juliana Beatriz Ferst Strapasson

60

Corporalidade e a comunicação - Rúbia Zimermann 61

Reconhecimento da educação física como disciplina escolar - Andressa Schmidt e Rafaela Berté

62

A Educação Física Escolar como possibilidade de intervenção no meio social e humano - Hélcio Arthur Kricky e Thiago Soneghett Cotta

63

Reflexões sobre os critérios de mediação da aprendizagem de Feuerstein em aulas de Física no Ensino Médio - Igor Konieczniak

64

Reflexão acerca do descumprimento às regras dos/as alunos/as da escola municipal herley mehl - Maria Claudia Pykosz de Oliveira , Letícia Queiroz Mendes

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8

A possibilidade de os jogos e as brincadeiras atuarem como elementos de discriminação e exclusão nas aulas de Educação Física - Matheus Antonio Pinto Bellin

66

EIXO TEMÁTICO 5 : RELAÇÕES UNIVERSIDADE – ESCOLA

67

Falácias sobre a escola pública: uma nova experiência - Ana Paula Reinbold e Willian Hey Alexandre da Silva

68

Curitiba: a importância dos parques urbanos para a conservação da mata atlântica - Leonardo Giraldi Damaceno Gustman, Lívia Priori Gonçalves; Rosana Ribeiro; Vanessa Ribeiro; Vinicius Richardi; Ligia Strey; Juliana Wojciechowski, Carlos Eduardo Pilleggi de Souza

69

EIXO TEMÁTICO 6: AVALIAÇÃO DO ENSINO

70

Frações: Uma análise dos erros cometidos por alunos de 5ª série - Pauliane Waifan Garcia Chu, Suellen Rodrigues de Oliveira, Patrícia Stocco, Pamela Jéssika Balotin

71

Análise de erros: alunos do 2º ano do ensino médio - Simone Venturi 72

EIXO TEMÁTICO7: PESQUISA SOBRE/NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

73

Os jovens escolares no ensino médio e as formas de tratar os saberes escolares nas aulas de Educação Física: PDE e suas possibilidades de mudança na formação do professor/a - Francisco Antonio Albano

74

Formação do Professor de Artes: Novas Possibilidades - Luciana Gurgel de Siqueira, Ana Luiza Suhr Reghelin, Clenice Thomas Maciel

75

A inserção de física moderna no ensino médio: o laser e suas aplicações - Vandertone Santos Machado

76

Prática de ensino: como está, fica? - Caroline Francye Rosa de Freitas 77

A contribuição da Educação Física escolar na formação humana - Leilane Lazarotto

78

Page 9: Anais STPE DTPEN 2009

9

Utilização Didática da História da Ciência no ensino de Física e a Formação de Professores: uma análise das provas do ENADE para os cursos de Licenciatura em Física - Luis Felipe Pikcius Bezerra de Siqueira, Ivanilda Higa

79

EIXO TEMÁTICO 8: ESPAÇOS ALTERNATIVOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

80

Escolarização Hospitalar: Um olhar diferenciado na práxis pedagógica - Luciane R. Santos Souza

81

Criação de histórias e a confecção dos personagens com uso de materiais recicláveis - Margarete Schaffer

82

Projeto de educação em saúde sobre pediculose e gastroenterites na infância aplicado no CEI - Centro Educacional Infantil HC/UFPR Pipa Encantada - Fúlvia Fernandes Pereira, Isabel Talina F. F. Catraio, Vânia Carvalho de Oliveira, Israel Esteves Dias

83

EIXO TEMÁTICO 9: EDUCAÇÃO E INVENÇÃO

84

Capitalismo, trabalho e educação: uma tríade inerente - Everton Ribeiro 85

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Apresentação dos Anais do VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino e XV Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação

Física: Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola

Reunimos nestes Anais, os resumos dos trabalhos aprovados para

apresentação em nosso Seminário, a fim de registrar as contribuições e discussões

que o permearam, como subsídio para a reflexão sobre a prática docente.

Foram sessenta e três trabalhos, com a participação de discentes das disciplinas

de Prática de Ensino desenvolvidas pelo DTPEN, e também com a participação ou

orientação de docentes do Departamento e de professores PDE.

Esperamos que este registro contribua tanto para a percepção da complexidade

e das múltiplas dimensões que a prática docente envolve, quanto para a reflexão de

que muitas das necessidades, dos desafios e dos dilemas encontrados no âmbito

escolar são comuns a áreas de conhecimento distintas. Dessa forma, o diálogo que o

DTPEN propõe e fomenta, por meio deste evento anual, é absolutamente relevante

para a formação acadêmica de nossos discentes, mas também para a formação

continuada daqueles docentes que já estão em exercício nas escolas.

Curitiba, abril de 2011.

Profª Drª Nadia G. Gonçalves

Organizadora dos Anais do VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino e XV Seminário

de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física: Olhares

Sensíveis na Universidade e na Escola

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Programação geral do Evento 18 de novembro de 2009 18h30- Credenciamento

19h00- Abertura

19h45- Apresentação artística

20h- Conferência de abertura: “ Olhares sensíveis na Universidade e na escola “- Prof. ª Dr. ª Tânia Maria Baibich-Faria

19 de novembro de 2009 8h- Apresentação artística

8h15- Mesa-redonda I:” A ética, as artes e a corporalidade na escola”- Expositores : Prof. Dr.Geraldo Balduíno Horn, Prof. Dr. Guilherme Gabriel Ballande Romanelli, Prof.ª Dr.ª Luciane Paiva Alves de Oliveira e Prof.ª Dr.ª Maria Rita de Assis César. Moderadora: Prof.ª Dr.ª Ana Maria Petraitis Liblik

10h- Apresentação de trabalhos e oficinas

14h- Apresentação de trabalhos e oficinas

16h- Apresentação de trabalhos

18h30- Apresentação artística

18h45- Mesa-redonda II: “Educação e invenção“ - Expositores : Prof.ª Dr.ª Kátia Maria Kasper. Prof. Dr. André Pietsch Lima e Discente Jonathan Taveira Braga - Moderadora: Prof.ª Dr.ª Andréia Aparecida Marin

20h30- Apresentação de trabalhos e oficinas

20 de novembro de 2009 8h- Apresentação Artística

8h15- Mesa redonda III: “As boas práticas educativas“ – Expositores : Prof. Dr. Marcus Aurélio Taborda de Oliveira e participantes do projeto “Boas Práticas Educativas”- Moderadora: Prof.ª MS. Cristian Carla Aparecida Volski Cassi

10h- Apresentação de trabalhos e oficinas

14h- Apresentação de trabalhos e oficinas

16h- Apresentação de trabalhos

18h30- Apresentação artística

18h45- Mesa – redonda IV: “As metodologias e as práticas de ensino: entre o conceitual e o real“- Expositores: Prof. Dr. Sérgio Camargo, Prof.ª MS. Wanirley Pedroso Guelfi, Prof.ª MS Liane Maria Vargas Barboza e representante discente – Moderadora: Prof.ª Dr.ª Ivanilda Higa

20h30- Apresentação de trabalhos e oficinas

21 de novembro de 2009 8h- Apresentação de trabalhos e oficinas

10h- Apresentação artística

10h15- Mesa -redonda V: “A didática do antipreconceito” – Expositores : Prof.ª Dr. ª Tânia Maria Baibich-Faria e doutorandos Wagner Amaral , Edimara Soares, Jair Santana e Silvia Andreis - Moderadora: Prof.ª Dr.ª Rosicler Terezinha Goedert

12h- Encerramento

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Oficinas Título e Ministrante(s)

O corpo na educação: contribuições da Psicomotricidade Relacional na formação de formadores para a primeira infância - Daniel Vieira da Silva

Alfabetização no Ensino Fundamental de 9 anos - Sheila Oliveira Lima

Uso didático de documentos para o ensino de História - Nadia Gaiofatto Gonçalves

Pedagogia de Projetos no Ensino de Química - Liane Maria Vargas Barboza

Identificando Animais Peçonhentos - Carlos Eduardo Pilleggi de Souza

Leitura e produção de sentidos - Ubirajara Inácio de Araújo

Atividades Lúdicas na educação infantil - Carolina Moura, Matilde Fernandes dos Santos e Tania Bruns Zimer

Ensinando Matemática com o GeoGebra - Francieli Triches e Leandra Karina da Cruz - Orientadora: Profa. Dra. Tania Teresinha Bruns Zimmer

Jogos didáticos e a elaboração de regras no processo de ensino e de aprendizagem da Matemática - Joacida Padilha, Leonora Padilha e Tania Teresinha Bruns Zimer

Ludicidade, estratégias na aprendizagem - Milene Torres Gonçalves Stall e Darcicly de Souza Junqueira

Proposições metodológicas em cartografia escolar - Roberto Filizola

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EIXO TEMÁTICO 1

O PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES NA ESCOLA E NO CONTEXTO DE AULA

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Um olhar sensível para o conhecimento etnobotânico presente no cotidiano dos alunos descendentes de africanos e indígenas

Claudemira Vieira Gusmão Lopes (SEED) [email protected]

Dulce Dirclair Huf Bais (UFPR) [email protected]

O artigo 26-A da Lei 11.645/08 em seu parágrafo primeiro estabelece a obrigatoriedade dos conteúdos programáticos das escolas públicas e privadas incluírem aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir dos grupos étnicos negros e indígenas. Entretanto, na disciplina de Ciências o ensino dos vegetais negligencia a contribuição indígena e africana. Por outro lado, o uso da flora local na confecção de remédios para cura dos mais diversos males, foi uma das contribuições dadas ao povo brasileiro, tanto pelos negros oriundos da África quanto pelos povos indígenas que aqui viviam. Culturalmente, a existência da relação homem/vegetal é de suma importância tanto para o negro (BARROS, 1993), quanto para o índio. No que se refere ao negro, o conhecimento e a ligação com os vegetais, dizia respeito à própria existência. Um exemplo dessa ligação pode ser vista na cosmovisão dos grupos de origem jêje-nagô, para quem o conhecimento dos vegetais era preponderante nas relações que estabeleciam com o mundo em que viviam. Por meio deste relacionamento, conheciam, organizavam, classificavam e experimentavam os vegetais, interligando o mundo natural ao social a partir de “uma lógica particular” (BARROS; NAPOLEÃO, 2007). Embora esse processo tenha sido interrompido com a escravização, a chegada do negro ao continente americano impôs a ele como condição, para não perder sua identidade, a necessidade de encontrar aqui espécies que pudessem reproduzir sua flora original. Assim, sobreviver física e culturalmente, implicou não só em conhecer a biodiversidade brasileira, como transplantar o sistema vegetal africano para cá (BARROS; NAPOLEÃO, 2007). Quanto à contribuição indígena BARBOSA RODRIGUES (1992), apresenta um trabalho sobre os indígenas da família lingüística Tupi-Guarani, afirmando que “os indígenas seguiam e seguem um método sintético na classificação das plantas. Designam as espécies por nomes tirados dos caracteres das folhas, das flores, dos frutos, ou das propriedades como o cheiro, o sabor, a dureza, a duração, a cor, o emprego, etc”. HAVERROTH (2007) em seu livro sobre os Kaingang da TI Xapecó mostrou que o conhecimento vegetal desses índios aponta para três formas de classificação: morfoecológica, utilitária e simbólica. Apesar de todas as contribuições dadas tanto pelos indígenas, quanto pelos negros, a forma de classificação do vegetal trabalhada na disciplina de Ciências no currículo oficial, só apresenta a visão ocidental. Essa forma de trabalhar desvaloriza o conhecimento do “outro” e não contribui para que os alunos tanto de origem de indígena quanto africana busquem sua identidade. O conflito se manifesta quando pessoas cujas capacidades foram adquiridas por “auto-aprendizagem” são excluídas ou desconsideradas, fazendo com que a ciência se torne inalcançável aos que não conseguiram um lugar na Academia. Diante disso é que se coloca o seguinte problema de pesquisa: De que forma é possível resgatar e valorizar, na disciplina de Ciências, o conhecimento tradicional sobre o uso terapêutico das plantas presente no cotidiano dos alunos descendentes de africanos e indígenas visando contribuir com seu processo de aprendizagem ? Palavras-chave: etnobotânica, identidade, aprendizagem de ciências

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Universidade Federal do Paraná Setor de Educação Departamento de Teoria e Prática de Ensino VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino/ XV Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola 18 a 21 de novembro de 2009

A Informática e a Química: Fenolite na composição de um circuito impresso

Ehrick Eduardo Martins Melzer, Universidade Federal do Paraná

[email protected] Ingrid Fiedler Machado, Universidade Federal do Paraná

[email protected] Liane Maria Vargas Barboza, Universidade Federal do Paraná

[email protected] Sonia Maria Chaves Haracemiv

[email protected] Este projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Pedro Macedo, localizado no Bairro Portão na cidade de Curitiba, com a turma do 2º ano de Ensino Médio Técnico Integrado de Informática, pelos licenciandos, na disciplina de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de Química I e II. O tema abordado, a Química e a Informática, composição do Fenolite, matéria prima do circuito de impressão, foi desafiador, uma vez que o professor de química ao desenvolvê-lo teve que articular conhecimentos e habilidades nas áreas de Informática, Eletrônica e relacioná-los com os da Química. O principal objetivo do projeto foi de possibilitar aos educandos, futuros profissionais de informática, compreender a importância dos conhecimentos da referida ciência no cotidiano de suas vidas. Os múltiplos recursos e técnicas didáticas foram utilizados para o ensino de Química Orgânica, Estrutura do Carbono. O processo pedagógico contou com a contribuição de um engenheiro elétrico, convidado durante as aulas de montagem dos circuitos simples, quando foram revistos e construídos conceitos como óxido redução. Os resultados obtidos foram significativos, o envolvimento dos alunos, que se mostraram entusiasmados com o assunto e com a diversificação da aplicabilidade da química. Esse espaço didático para questionar e esclarecer dúvidas possibilitou uma maior articulação entre a teoria e a prática. O trabalho desenvolvido foi elogiado pelos outros professores e profissionais presentes no Colégio. Palavras – chave: Química e Cotidiano Profissional; Teia de Conhecimentos; Engenharia didática.

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Origens do Universo: uma proposta interativo-pedagógica sobre formação, composição e relação entre os componentes do Universo

Evaldo Victor Lima Bezerra - Universidade Federal do Paraná- PROGRAD Kamilla Louise Schneider – Universidade Federal do Paraná - PROGRAD

Leandro Siqueira Palcha - Universidade Federal do Paraná- PROGRAD [email protected]

O presente estudo faz parte de uma proposta de ensino desenvolvida no âmbito do Projeto Licenciar “As pesquisas em ensino e a formação do licenciando: enfoque em ciências físicas e biológicas”, realizada pelos acadêmicos de licenciatura dos cursos de Ciências Biológicas e Física da UFPR, sobre o tema “Origens do Universo e da Vida”. Havendo primazia no trabalho em reunir e discutir os assuntos relacionados à disciplina de ciências com base no referencial teórico de MORTIMER (2002) e DE LONGH (2000). Para tanto a proposta foi dividida em dois módulos, tendo como o objetivo principal a análise dos questionamentos, a interação professor-aluno em sala de aula e os possíveis erros conceituais que os estudantes apresentem sobre o tema. Dentro da proposta os enfoques trabalhados foram, primeiramente, “A Origem do Universo” e posteriormente “A Origem da Vida e Evolução Humana”, entretanto neste estudo focalizamos as questões relacionadas ao primeiro enfoque da proposta de ensino. Sendo as atividades aplicadas por graduandos dos cursos de Ciências Biológicas e Física em uma turma de 3º ano do curso de Pedagogia da UFPR, através de um minicurso em que as aulas foram vídeogravadas e com duração de aproximadamente 90 minutos. Os conteúdos abordados foram: as teorias e hipóteses de origem, conceitos, definições e as interações entre os componentes do Universo. Durante a aula propomos questionamentos sobre o Big-Bang, Sistema Solar, Sol, astros, satélites, movimentos de rotação e translação, estações do ano, entre outros. Uma vez que a temática desperta muito interesse nos professores e alunos. Todavia, este assunto gera especulação e pode levar a interpretações equivocadas relacionadas ao conteúdo de maneira geral. Seu ensino, por vezes, é marcado por imagens presentes no livro didático sem escala ou qualquer proporção; informações incompletas vinculadas à mídia, além de pouco conhecimento e habilidades dos educadores ao lidar com o tema. Para estimular a participação dos alunos empregamos recursos didáticos como, por exemplo, vídeos para abordar ou exemplificar questões e conceitos, projeção de imagens, além do uso da escrita. As análises ainda estão sendo realizadas, mas de uma forma geral, percebeu-se que houve abordagens discursivas e padrões de interação semelhante a fundamentação teórica para o estudo. Demonstrando uma possibilidade de implementação positiva nas praticas docentes. Palavras-chave: Origens do universo, questionamento; interação professor-aluno.

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Uma proposta de ensino integrando conhecimentos físicos e biológicos: Origem da vida e Evolução

Ingrid Rodriguez Tellez - Universidade Federal do Paraná- PROGRAD Nitiananda Falvo Fuganti – Universidade Federal do Paraná- PROGRAD

Vanessa Cadan – Universidade Federal do Paraná- PROGRAD [email protected]

Este trabalho faz parte de uma proposta de ensino desenvolvida no âmbito do Projeto Licenciar “As pesquisas em ensino e a formação do licenciando: enfoque em ciências físicas e biológicas”, aplicada por graduandos de licenciatura dos cursos de Ciências Biológicas e de Física da UFPR, sobre o tema “Origens do Universo e da Vida”. O intuito do trabalho é reunir e discutir, dentro do tema geral, assuntos relacionados à disciplina com base no referencial teórico de MORTIMER (2002) e DE LONGHI (2000). Esta proposta foi dividida em dois módulos, tendo como principal objetivo a análise dos questionamentos, a interação professor-aluno em sala de aula e os possíveis erros conceituais que os estudantes apresentem sobre o tema. Dentro da proposta os dois enfoques trabalhados foram: o primeiro “A Origem do Universo” e o segundo “ A Origem da Vida e Evolução Humana”. Neste trabalho iremos apresentar e discutir a implementação do segundo bloco da proposta de ensino. Esta proposta foi aplicada pelas alunas do curso de Ciências Biológicas em uma turma de 3º ano do curso de Pedagogia da UFPR, através de um minicurso em que as aulas foram vídeogravadas e teve a duração de aproximadamente 90 minutos. Os conteúdos abordados foram: as condições e as hipóteses para a origem da vida na Terra, as transformações no ambiente, a evolução dos seres vivos, as principais teorias evolutivas (Lamarck, Darwin e Wallace), a evolução humana e a diversidade biológica. Durante a aula direcionamos os questionamentos principalmente sobre a evolução biológica, uma vez que esse tema para a biologia é de extrema importância. Para estimular a participação dos alunos, com a finalidade de obtenção de dados para a posterior análise, utilizamos os seguintes recursos didáticos: discussões em pequenos grupos, vídeos para abordar ou exemplificar questões e conceitos, projeção de imagens, materiais lúdicos, além do uso de leitura e escrita. As análises ainda estão sendo realizadas, mas de uma forma geral, percebeu-se que, com o tempo reduzido para o minicurso os debates esperados não ocorreram, entretanto foram feitos questionamentos que promoveram a interação professor-aluno. Além do mais o tema abordado revelou-se particularmente atraente por todos os aspectos míticos e religiosos que o envolve, e os alunos mostraram grande interesse acerca do que diz a ciência. Palavras-chave: questionamento; interação professor-aluno; formação de professores

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Universidade Federal do Paraná Setor de Educação Departamento de Teoria e Prática de Ensino VI Seminário de Teoria e Prática de Ensino/ XV Seminário de Encerramento da Disciplina de Prática de Ensino de Educação Física Olhares Sensíveis na Universidade e na Escola 18 a 21 de novembro de 2009

Técnica pela técnica? Uma experiência de Ensino na Educação Física Escolar

Jean Carlos Sauer e Mariana Sikora Universidade Federal do Paraná

E-mails: [email protected] [email protected]

Não é de hoje que questões educacionais são motivos de grandes discussões: várias são as preocupações acerca da escola. Neste contexto, um dos assuntos mais debatidos diz respeito ao conteúdo lecionado nas aulas. O que nossos alunos realmente devem aprender? O que estamos ensinando dá conta das necessidades educacionais dos alunos? Estas são apenas algumas das questões que freqüentemente vêm sendo debatidas nos últimos anos, especialmente na área da Educação Física. O presente estudo foi desenvolvido sobre a realidade de um colégio estadual, situado no bairro Lindóia, em Curitiba/PR. Os escolares são, em sua maioria, pertencentes à classe baixa e moradores da região. As discussões levantadas estão centradas nas relações existentes entre ensino/aprendizagem e, de maneira mais específica, na relação professor/aluno. Dentre outros assuntos, centramos nossa inquietação nas questões da aprendizagem de uma aula que aborde apenas aspectos técnicos que determinados esportes possam oferecer. O objetivo não é a crítica ferrenha à abordagem tecnicista de ensino, tampouco ao esporte, mas sim apenas ao fato desta prática predominar durante a maior parte do tempo do semestre observado. Enfim, buscou-se identificar diversos problemas que dificultam e/ou empobrecem o ensino, bem como discutir possíveis soluções que contribuam para melhorá-lo. No decorrer do estudo novas questões surgiram e se somaram às outras já existentes, entre elas o fato do professor não problematizar o conteúdo dado na aula ou não relacionar o ensino com algumas questões/problemas sociais que poderiam ser abordados em algum momento da aula. O início deste estudo ocorreu ainda no primeiro semestre deste ano, quando foram coletados, através de observações, os registros acerca da realidade observada na escola. Estas informações fundamentaram um estudo prévio, neste caso um diagnóstico, que embasou todas as ações realizadas no segundo semestre, ou seja, as aulas, ou intervenções, desenvolvidas por todos nós, alunos da disciplina de Prática de Ensino. A discussão criada foi confrontada com estudos que de alguma forma abordaram o tema. Dentre os autores pesquisados pode-se citar Valter Bracht, Marcus Aurélio Taborda de Oliveira, Alexandre Fernandez Vaz, além de propostas curriculares de ensino. Concluindo, com as observações e intervenções realizadas na disciplina de Prática de Ensino no ano de 2009, pudemos perceber o quanto é importante a relação entre o professor, os alunos e o conteúdo a ser ensinado, pois o professor deve dar significação e sentido para o conteúdo, a fim de que os alunos possam assimilá-lo de forma mais eficaz. Nem sempre há respostas para todas as questões que temos, mas com as experiências obtidas e os estudos analisados será mais fácil superar as dificuldades encontradas e identificar as possibilidades de ensino do conteúdo aos alunos. Palavras-chave: Ensino; Conteúdo; Esporte; Técnica.

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Gripe H1n1. As influências e os problemas que o novo vírus trouxe para o planejamento e a prática docente

Paulo Sérgio Da Costa Alves Roberson Leonardo Fontoura

Durante a construção de um planejamento escolar, inúmeros fatores podem contribuir positiva ou negativamente. Especificamente nesse ano ocorreu uma epidemia que assustou e ainda assusta a população brasileira e que afetou planejamento e aplicação das aulas no país. A suspensão das aulas, a reestruturação do calendário escolar e do cronograma das aulas bem como a adoção de novos procedimentos de segurança implicam também uma nova organização das atividades curriculares. No presente trabalho, pretendemos expor as dificuldades e os meios utilizados para sanar, ou amenizar, os problemas trazidos para a prática docente nas aulas de educação física das séries iniciais do ensino fundamental de uma escola municipal. Nossa experiência na escola foi pautada a partir de uma premissa básica da escola de que a segurança das crianças e dos professores estava assegurada, ou de certa forma quase garantida, pelo fato de as crianças não compartilharem materiais e não manterem contato entre si. Desta maneira, a prática da educação física teve que ser pautada em uma sistematização fechada e centrada no desenvolvimento de atividades lúdicas, visando apenas aspectos lúdicos e muito pouco do sócio-educacional do brincar e ser criança.

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Projeto de Docência – Jogando Matemática

Cecília Monteiro Leite Universidade Federal do Paraná

[email protected] Este trabalho refere-se ao Projeto de Docência desenvolvido pela disciplina de Prática de Docência II como atividade de estágio a alunos da 6ª série do ensino fundamental, do Colégio Paulo Leminski, situado em Curitiba. A proposta estava baseada na realização de uma revisão do conteúdo de potenciação e multiplicação de números inteiros, seguida da construção de um jogo de “tabuleiro”, contendo uma trilha com 20 casas. Para jogar, o aluno, utilizando um dado, andará na trilha com um peão o número de casas correspondente ao número que sair no dado e, então, responderá uma carta com um fato matemático. Ao responder o fato matemático, acertando a resposta poderá caminhar novamente na trilha, porém se errar deve voltar o número de casas presente no fato; passando a vez a outro jogador (ou equipe de jogadores). Quem faz a pergunta dos fatos é o adversário, pois a resposta estará presente no fato. Vence o primeiro jogador (ou equipe de jogadores) que chegar ao final da trilha. Nesta atividade, foram formados grupos de 4 a 5 alunos; cada grupo construiu 25 questões (expressões matemáticas de potenciação e multiplicação de números inteiros). Após a construção, os grupos trocaram de questões para a correção destas, em seguida trocaram novamente para jogarem. Com a troca de questões cada grupo passou por 75 questões, ou seja, tiveram que criar e resolver 25 para colocarem nos fatos, corrigir 25 feitas pelo outro grupo e, depois, jogar outras 25. Assim, puderam perceber os erros cometidos, a sua causa e como não cometê-los novamente. Para a elaboração das questões presentes nas cartas com os fatos matemáticos, os alunos pesquisaram no livro de matemática e/ou inventaram. Este jogo foi proposto com o intuito de sanar as dificuldades dos alunos em relação aos conteúdos de potenciação e regras de sinais. Palavras - chave: jogo matemático, dificuldades de aprendizagem, potenciação, multiplicação de números inteiros.

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Poluição da água: riscos as futuras gerações

Ehrick Eduardo Martins Melzer, Universidade Federal do Paraná

[email protected] Liane Maria Vargas Barboza, Universidade Federal do Paraná

[email protected] Sonia Maria Chaves Haracemiv, Universidade Federal do Paraná

[email protected] Este projeto teve como objetivo desenvolver a temática ambiental da poluição da água e de suas implicações, econômicas, físicas e químicas no ambiente. Foi desenvolvido com alunos do 1º ano do Ensino Médio, do Colégio Papa João Paulo I, localizado na cidade de Curitiba. A sensibilização sobre problemas da poluição foi possível pelo debate sobre o assunto, que se originou do fato de que muitos alunos desconheciam a verdadeira dimensão da poluição dos recursos hídricos na vida cotidiana. O conhecimento de química contribuiu na compreensão de que resíduos domésticos e industriais, solúveis e insolúveis formam misturas homogêneas ou heterogêneas, exigem da sociedade novas posturas, evitando com isso prejuízos de todas as ordens, principalmente de qualidade de vida. Também visando atender a Proposta Política Pedagógica e o Plano de Ensino do professor, que estão embasados nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino de Médio de Química. O trabalho foi desenvolvido com a metodologia de projeto, partindo-se de uma situação problema, instrumentalizando os educandos com informações necessárias para elucidação do tema, com aulas dialogadas, seminários e recursos didáticos disponíveis na comunidade e na escola. Como resultado verificou-se que o ensino da Química a partir de um tema gerador, bem como, o uso de metodologias apropriadas aos reais interesses dos alunos promove uma maior participação no processo de aprendizagem e de mudança de postura, esperando-se que a partir desse trabalho pedagógico tenha-se uma consciência cidadã, com responsabilidade coletiva ambiental. Palavras – chave: Prática Pedagógica; Ensino de Química; Educação Ambiental.

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Aprendendo a ser professor (a)...

Janaína Sant’Anna de Rezende

Universidade Federal do Paraná [email protected]

O Objetivo deste trabalho parte dos relatos das experiências da disciplina de Prática de Ensino do curso de Licenciatura em Educação Física. Realizou-se as observações e posteriores intervenções em uma escola estadual de ensino médio da cidade de Curitiba/ PR. A escola localiza-se numa região, de fácil acesso e com boa estrutura física, dados que contribui para um bom desenvolvimento do ensino por parte dos jovens alunos/as. Durante nossas observações constatamos que as relações professor-aluno e aluno-aluno na disciplina de Educação Física foram consideradas positivas, o que gerou a possibilidade de pensar que esta escola poderia ampliar o conhecimento sobre os objetivos atuais da Educação Física Escolar. Neste sentido buscamos trabalhar com o conhecimento que trata Educação Física Escolar, com o objetivo de contribuir na sua formação tornando-o um aluno crítico e emancipado (FREIRE, 1987). Planejamos nossa intervenção em dois blocos de conhecimento, com o objetivo de motivar a participação dos alunos, demonstrando aos jovens que eles podem fazer parte do processo de ensino-aprendizagem. Para isto, organizou-se atividades e dinâmicas de grupo que possibilitassem a aproximação e considerassem as individualidades, buscando alternativas de superação e trabalhando com a linguagem corporal. Assim, tivemos a experiência de trabalhar “Jogos e Brincadeiras” como conteúdo estruturante e como conteúdos básicos os “Jogos Dramáticos e os Jogos e Brincadeiras Populares”, com a finalidade de apresentar possibilidades de jogos e brincadeiras para o tempo de lazer e fazer com que os alunos reflitam a apropriação dos jogos pela indústria cultural, priorizando a mediação de uma concepção de Educação e Educação Física durante a discussão e avaliação de cada aula com a apresentação de novas propostas e um encaminhamento para o próximo encontro. A participação dos jovens alunos foi surpreendente, pois suas práticas foram significativas e motivadoras, demonstraram organização e respeito durante as aulas. Alguns jovens tinham vergonha de participar, mas foram muito incentivados pelos colegas. O outro conteúdo pautou-se nas Danças, sendo que o conteúdo básico contemplava a Dança Criativa. As aulas visam: apresentar aos jovens novas possibilidades de danças; reconhecer a apropriação das danças pela indústria cultural; trabalhar com a expressão. Os critérios avaliativos de ambos os blocos resumiram-se na organização coletiva e individual, no respeito com os colegas e com o professor, na participação e na cooperação, na criatividade e no interesse, na superação e no compromisso, na tomada de decisão, na reflexão do conhecimento e na linguagem corporal. A avaliação foi feita de forma processual, realizada no dia-a-dia das aulas através da observação de cada momento e diálogo com os alunos. Posso dizer que, com estas vivências no interior da escola pública e experiências anteriores, ampliaram as possibilidades de compreender esta “passagem de aluno a professor”, e que foi e é necessário “mergulhar” não só na literatura específica, mas principalmente na compreensão do que é uma prática pedagógica, lembrando que nesta relação sempre temos algo a mais para apreender. Palavras-chave: Educação Física Escolar, Ensino Médio, Significação do Conhecimento, Emancipação.

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Educação física: uma proposta para além das quadras esportivas.

Susy Nathallie da Silva

Universidade Federal do Paraná Email: [email protected]

No decorrer deste ano, foram realizadas observações e posteriormente intervenções pedagógicas com uma turma de 4ª série e uma turma de 5ª série do ensino fundamental de uma escola estadual, na cidade de Curitiba. A proposta do trabalho foi a de vivenciar a transição do “ser aluno para o ser professor”, experiência adquirida durante o desenvolvimento das disciplinas de prática de ensino. A escola encontra-se em região carente, onde a violência se tornou corriqueira na vida dos alunos e alunas. Através das observações foram levantados problemas como a indisciplina, a falta de respeito para com os colegas e professores e também o significado que as aulas de educação física passa aos alunos, os quais acreditam que as aulas possuem um único sentido: “que é o de jogar bola”. Estes grupos de alunos/as demonstraram uma grande resistência em aderir a propostas de conteúdos que fogem ao habitual, no caso, futebol, pois as aulas de educação física de um modo em geral acabaram sendo reconhecidas como um lugar exclusivo do movimento. Elaboramos um planejamento para a realização de aulas com propostas de conteúdos diversificados que fossem além da simples prática de movimentos dos quais estavam acostumados. Com isso era esperado que ao “trazer” algo novo o interesse dos alunos fosse voltado para além do habitual, o que ainda não ocorreu. Neste sentido através da experiência adquirida na disciplina de prática de ensino, pude perceber que a educação física encontra grandes dificuldades em ser reconhecida fora do ginásio esportivo, mas que as proposta que tem como objetivo romper com esse paradigma possuem grande força, sendo assim possíveis.

Palavras chaves: Aprendizagem significativa; Ensino de Educação Física; Realidade escolar.

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Saberes Docentes X Saberes Discentes

Taísa Helena Jochinsein; Ticiane F. Pietro e Yuri Sazanoff Universidade Federal do Paraná

[email protected] [email protected]

[email protected] Considerando que todo conhecimento é mediado por alguém ou algo, nós professores precisamos estar sempre atentos a “o que”, “para que” e “como” vamos ensinar os nossos alunos, estando cientes do nosso papel dotado de grande responsabilidade pelo seu desenvolvimento integral. Além disto, devemos contemplar em nossas práticas o fato de que os mesmos pertencem a realidades diferentes, possuem experiências singulares, sentem, percebem, conceituam, raciocinam, discursam, criam e transformam de maneira peculiar a si mesmo e o meio em que vivem como também contribuem para a constituição dos demais sujeitos, no sentido de reconhecerem-se enquanto indivíduos a partir das diversidades, garantindo que os mesmos se desenvolvam por meio de situações agradáveis, estimulantes, espontâneas e criativas. Desta forma, planejar o processo educativo é planejar o indefinido. Portanto, ainda que planejemos nossas aulas não devemos nos prender a idéia de que os resultados que pretendemos alcançar possam ser, em sua totalidade, previamente definidos, identificados como um produto resultante de uma ação puramente mecânica e impensável. Com freqüência tem-se observado que a educação física vem se legitimando como uma prática de saberes indefinidos, pois o perfil das aulas não tem apresentado muitas variações, e muito menos alguma relevância com relação ao que está sendo ensinado – salvo poucas exceções. Ao contrário disso, devemos pensar que a educação consiste em um processo de formação e construção dos sujeitos através de uma abordagem histórico-social estabelecendo uma relação homem-ambiente, que é, de fato, muito significativa para o processo de aprendizagem, pois permite que haja um contato maior com a realidade além de favorecer as relações interpessoais, o que possibilita uma troca maior de experiências, ou seja, interação com o meio (experimentar, vivenciar situações por meio de instrumentos e estímulos diferentes) e com os sujeitos de forma dinâmica e bidirecional partindo do contexto dos mesmos, o qual representa suas condições concretas de vida, ampliando-as para outros conhecimentos sobre o mundo, visto que, quando um conteúdo é dotado de significado para o aluno torna-se mais fácil a sua assimilação, repercutindo em um melhor aprendizado por levar os alunos a se situarem na contemporaneidade. Sendo assim, o educador deve interagir com a criança de modo a ser um facilitador, interventor, problematizador e propositor de novas idéias, espaços e brincadeiras, levando em conta as reações das mesmas e as encorajando em seus modos de brincar e de perceber o seu em torno. Assim, o educador e as crianças, juntos, poderão transformar e descobrir diferentes modos de se relacionar. Palavras chave: saberes, contexto social, planejamento, alunos, papel dos docentes.

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Refletindo sobre o uso de listas de exercícios/problemas e questões abertas em aulas de Física no Ensino Médio

Marlon Labas

[email protected] Universidade Federal do Paraná – Licenciatura em Física

Ivanilda Higa Universidade Federal do Paraná - DTPEN

O presente trabalho enfoca o ensino-aprendizado de física no Ensino Médio, investigando a utilização “listas de exercícios/problemas” (LEP), alternativa didática largamente utilizada por professores dessa disciplina. Muitos trabalhos destacam que o aprendizado de física está inserida numa sistemática, utilizada pela maioria dos professores que, conforme ressalta Penna-Firme (2004), consiste em uma extensa fundamentação teórica, seguida da resolução de exercícios e listas de problemas. Esse ciclo é repetido periodicamente a cada nova unidade de ensino, na qual prevalece uma geral incompreensão conceitual dos alunos. Compreendendo que esse ciclo realmente é utilizado nas aulas de física em geral, vimos então sugerir à indagação de um dos momentos desse ciclo, que é a proposição de LEP’s. Trata-se de uma das etapas de um ciclo de aprendizagem, instante em que o aluno é confrontado com uma série de problemas físicos. Daí à importância do estudo das LEP’s nesse processo de aprendizagem no ensino médio. Durante pesquisa bibliográfica atentou-se para o uso de questões ditas “problemas abertos” como uma proposta para enfrentar os problemas de ensino e aprendizagem dos alunos. Segundo Peduzzi (1997), esses Problemas de enunciados abertos causam um impacto inicial e interesse no estudante, e se isso for devidamente explorado pelo professor nas tradicionais listas de problemas, podem contribuir para mudar o perfil do tradicional aluno resolvedor de problemas, origem de tantos insucessos. Nesse sentido, no projeto aqui descrito será proposto o uso de problemas com ênfase qualitativa nas LEP’s durante o processo de docência. Ou seja, a lista de exercícios/problemas proposta em sala vai atentar mais ao aprendizado físico dos conteúdos e não exclusivamente no rigor puramente matemático e mecânico de se chegar a resultados numéricos esvaziados de sentido físico, enfoque comumente presente nas aulas de física. A resolução e entrega pelos alunos de uma lista desse tipo será uma das fontes de dados para esse estudo. O uso da técnica de inquérito por questionário também auxiliará na coleta de informações, tomando o cuidado de manter a identidade do aluno no anonimato. Será proposto um questionário composto por perguntas de múltipla escolha, seguidos de pedidos de justificativas, e por perguntas de resposta aberta, priorizando a importância dos respondentes apresentarem suas razões e concepções. Um questionário diferente quanto ao foco das perguntas será aplicado aos professores de física que se dispuserem a participar desse processo, no qual enfatizar-se-á as concepções dos docentes quanto ao uso de questões abertas nas suas LEP’s. Pretende-se assim propor sugestões para elaboração de LEP’s que possuam objetivos claros, sejam possíveis para os alunos e principalmente maximizem o aprendizado da física. Palavras-chave: Ensino de Física, questões abertas, resolução de problemas, listas de exercícios, Ensino Médio.

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A utilização de experimentos demonstrativos no Ensino de Física

Jaqueline Miriam Cascaes

[email protected]

Sérgio Camargo [email protected]

Este trabalho foi desenvolvido em uma escola da Educação Básica da Rede Pública de Ensino da Cidade de Curitiba Estado do Paraná. O objetivo central foi desenvolver aulas utilizando experimentos demonstrativos produzidos com materiais do dia-a-dia para trabalhar conceitos de Física. Quando os alunos chegam à escola, trazem consigo conhecimentos adquiridos durante sua vida até aquele instante e que estão relacionados com a sua vivencia e experiência de vida. Na literatura de Ensino de Ciências esses conhecimentos são intitulados “conhecimentos prévios”. A maioria dos autores dessa área está de acordo que às explicações dadas com base nesses conhecimentos nem sempre são aceitas cientificamente. Não obstante, afirmam também que nem sempre é uma tarefa fácil modificar essas concepções, mesmo que o aluno apreenda o conceito correto, muitas vezes utiliza o anterior. Assim, durante as aulas em que foram utilizadas tais experiências, incentivava-se a participação dos alunos por meio de perguntas. Além de ser uma forma de investigar os conhecimentos dos alunos, a utilização dos experimentos vem tentar facilitar o ensino-aprendizagem já que, através dele, fica mais fácil explicar e introduzir determinados conceitos físicos. Além disso, o aluno pode observar o fenômeno físico. Conhecendo os equipamentos experimentais, o aluno também terá maior facilidade de reproduzir alguns experimentos no laboratório. Para que os novos conhecimentos adquiridos em aula fizessem ainda mais sentido para o aluno, foi incentivado que eles fizessem determinadas pesquisas, relacionadas ao assunto e com aplicações de seu interesse. Através de um questionário avaliativo produzido pela autora e respondido pelos alunos, no final do projeto, pode-se avaliar se houve mudanças nas concepções dos alunos e verificar a opinião dele quanto à utilização dessa metodologia de ensino.

Palavras-Chave: Ensino de Física, Prática de Ensino de Física, Concepções Espontâneas, Experimentos Demonstrativos.

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Intercambio

Vanderléia Belarmino Universidade Federal do Paraná

[email protected] Este trabalho é resultado de uma das várias atividades desenvolvidas na disciplina de Prática de Ensino de Língua Estrangeira Moderna Neolatinas, disciplina obrigatória para os licenciandos do curso de Letras (Francês/Italiano/Espanhol, etc.). Após leitura e discussões sobre textos teóricos relacionados ao ensino de língua estrangeira, conflitos e possibilidades encontradas em sala de aula, nos foi proposto a elaboração de uma Unidade Temática que privilegiasse a abordagem comunicativa, levando em consideração a realidade dos alunos, graduandos de diferentes cursos, da própria entidade UFPR, para quem as aulas seriam ministradas, dentro do curso de Formação em Espanhol para Fins Acadêmicos. Após a aplicação de um questionário foi possível verificar que muitos alunos mostravam interesse em aprender uma segunda língua para uma posterior situação de intercambio. Devido a ter vivido esta experiência, o tema por mim desenvolvido, juntamente com a professora da Prática, Deise Cristina Picanço, foi o Intercâmbio. Para isto a unidade foi elaborada a partir de documentos autênticos, necessários para a inscrição do aluno na Associação Universidades Montevideo (AUGM), da qual nossa Universidade (UFPR) faz parte. Inicialmente apresentamos aos alunos os documentos necessários para a sua inscrição: formulários, carta de intenção e nas etapas posteriores, quando o intercambio já seria uma realidade: carta de aceitação da universidade de destino, e recebimento de emails em linguagens formais ou informais. Foram trabalhados também alguns depoimentos de estudantes que vivenciaram a situação de intercambio. Foi perceptível que, ao elaborar uma aula que desenvolvesse atividades cujo tema estivesse presente na realidade do estudante haveria espaço para a integração entre alunos/professor, aluno/aluno e, maior participação dos mesmos na realização destas atividades. A aprendizagem aqui obtida seria mais consistente, pois o aluno aprende e apreende informações pertinentes a uma situação real de intercambio. Isso faz com que o aluno se sinta integrado, mais motivado a seguir buscando cada vez mais informações sobre o objeto almejado, ou seja, informações relacionadas à situação de intercambio. Palavras-chave: Ensino de LEM, intercâmbio, abordagem comunicativa

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Experiência em prática de ensino na educação física: Possibilidade do trabalho com lutas na escola

Ana Paula Fernandes, Universidade Federal do Paraná

Natália Takaki, Universidade Federal do Paraná

[email protected]

[email protected]

O presente trabalho é um relato da experiência de duas acadêmicas do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Paraná durante intervenções realizadas em uma escola pública da cidade de Curitiba - PR como proposta da disciplina de Prática de Ensino do curso de formação. As experiências tidas no contexto escolar trouxeram relevantes elementos para se pensar as questões da importância da disciplina de prática de ensino nos cursos de formação docente, a possibilidade de se realizar boas práticas na Educação Física Escolar e a possibilidade de construção de sentido formativo e educativo no trabalho com as lutas nas aulas de Educação Física Escolar. As discussões a respeito da tematização das lutas como conteúdo relevante ou não relevante para ser trabalhado na escola são controversas, especialmente ao que se refere à dimensão da violência nas lutas. No entanto, a partir da concepção de que a violência e as relações sociais precisam ser problematizadas na escola, a luta foi transformada didático-pedagogicamente durante a elaboração do planejamento das intervenções para a prática de ensino para ser um caminho de reflexão para as crianças. Durante a realização das aulas na instituição escolar, evidenciou-se a viabilidade do trabalho com as lutas na escola para discutir a violência, a competição e as relações interpessoais. Dessa forma, compartilhando especialmente das idéias dos autores Taborda de Oliveira (2008), Almeida (2007) e Nascimento (2007), o relato de experiência contribui para o campo da Educação Física Escolar no sentido das reflexões sobre as metodologias de ensino, o caráter dos conhecimentos da Educação Física Escolar e sobre a busca pelo reconhecimento da disciplina para a instituição escolar na evidência da importância dos conhecimentos e saberes que são tratados por ela.

Palavras-chave: Educação Física Escolar; Lutas; Violência.

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Oficina de desenho e pintura para deficientes visuais

Caroline Caregnato – Universidade Federal do Paraná [email protected]

O desenho e a pintura são atividades praticadas por todas as crianças com naturalidade, interesse e por vezes bastante afinco. Eles também trazem à tona os desejos, o imaginário, as elaborações da realidade que a criança é capaz de realizar. O contato constante dos pequenos com a produção visual de sua sociedade, ao mesmo tempo em que oferece “parâmetros” para a produção de imagens, também estimula a comunicação através do uso da visualidade. Mas, o que dizer das crianças portadoras de deficiência visual e que não tem acesso às obras visuais de sua cultura? Estariam elas impossibilitadas de compreender o desenho e a pintura e de produzir discursos através dessas linguagens artísticas, assim como as demais crianças? É caracterizado como deficiente visual o sujeito que possui, em pelo menos um dos olhos, acuidade visual para enxergar a 6 metros de distância, ou menos, o que sujeitos sem comprometimento visual enxergam a 60 metros de distância. Logo, fazem parte deste grupo os cegos, que não possuem resquício visual suficiente para reconhecer o ambiente, e os sujeitos com baixa visão, que podem utilizar esses recursos no reconhecimento do seu meio. Este trabalho apresenta os resultados de uma proposta de ensino de desenho e pintura, aplicada a grupos de crianças cegas e com baixa visão, que procurou demonstrar que os deficientes visuais também podem usufruir do desenho e da pintura assim como os sujeitos sem comprometimento visual. A metodologia de trabalho foi embasada na análise crítica de duas metodologias já existentes e na observação de aulas de artes ministradas a esse público em uma escola de educação especial. A proposta metodológica apresentada neste trabalho foi elaborada de modo a favorecer a formação da identidade e do auto-conhecimento, bem como promover a valorização das produções plásticas individuais por parte de cada um dos alunos, tendo como objetivo a construção da autonomia das crianças. Os desenhos e pinturas foram realizados a partir da leitura de reproduções especiais de obras de arte (que favorecessem o reconhecimento dos elementos visuais pelos deficientes visuais), visando oferecer aos cegos e portadores de baixa visão a compreensão da produção visual de sua sociedade e promover o contato com vários discursos plásticos. As atividades de desenho e pintura também foram alicerçadas na exploração de sólidos geométricos visando a formação da imagem mental, necessária à construção de representações plásticas. Palavras-chave: deficiência visual; ensino de artes visuais; educação especial.

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Fatores obstacularizadores na implementação da Lei 10.639/03 de história e cultura afrobrasileira e africana na perspectiva dos/as professores/as das escolas públicas estaduais do município de Almirante Tamandaré-Pr

Claudemir Figueiredo Pessoa Onasayo

Rede Pública de Ensino Estadual do Paraná Email: [email protected] (41-96103810)

Orientadora: Profa. Dra. Tânia Maria Baibich-Faria

Analisa a Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, e os principais fatores obstacularizadores de sua implementação nas Escolas Públicas do Município de Almirante Tamandaré na perspectiva dos/as professores/as. Buscou-se compreender e analisar o pensamento e as práticas dos/as professores/as das Escolas Públicas do Município de Almirante Tamandaré em relação ao racismo, à discriminação e aos preconceitos ocorridos no ambiente escolar e o que pensam sobre a implementação e os obstáculos da Lei 10.639/03. Tinha-se como objetivo encontrar respostas para as seguintes questões: (a) qual a eficiência da Lei 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana nas Escolas Públicas e privadas brasileiras no combate a todo e qualquer tipo de discriminação, racismo e preconceito no ambiente escolar? (b) Por que a Lei 10.639/03 que já completou cinco (05) anos de sua publicação, efetivamente não foi implementada? Quais os fatores obstacularizadores que podem ser destacados nesta ação não-ação dos/as professores/as na visão desses/as sujeitos? E (c) Quais as causas identificadas pelos/as professores/as como sendo as principais dificuldades para a implementação da lei? Para encontrar tais respostas buscou-se conhecer a realidade através de dois questionários semi-estruturados, os quais foram respondidos por professores/as de dez entre as dezessete Escolas Públicas estaduais de Almirante Tamandaré. Ao analisar-se a realidade a partir das respostas desses/as sujeitos escolares, pode-se constar que (i) o pressuposto de que a Lei 10.639/03 é um importante instrumento para o resgate da História e Cultura Afrobrasileira e Africana, essencial para a construção de uma sociedade sem racismos, sem discriminações e sem preconceitos que hoje afetam metade da população brasileira, os/as afrodescendentes; (ii) que a Escola e os/as educadores/as cumprem um papel protagonista na construção da pluralidade cultural no processo educacional; (iii) que para cumprir este papel os/as educadores/as precisam romper com uma prática preconceituosa que, consciente ou inconscientemente, (re) produz o racismo nos ambientes escolares; (iv) e que o Estado brasileiro deve ser responsável pelo fornecimento amplo de acesso dos/as educadores/as à formação continuada, teórico-prática, que dê subsídios a estes/as profissionais para o efetivo trabalho de reconhecimento e valorização da diversidade cultural peculiar ao ambiente escolar. Reflete-se nesta análise algumas importantes considerações sobre as noções de raça e etnia. Palavras chaves: racismo, Lei 10.639/03, afrodescendência, obstáculos à implementação da Lei, antipreconceito.

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Diferentes significados para os conteúdos e práticas corporais nas aulas de educação física: reflexões a partir dos entendimentos dos alunos

Fernanda de Mattos

Universidade Federal do Paraná [email protected]

O presente trabalho retrata basicamente as impressões e reflexões acerca da Educação Física escolar durante as ações da disciplina de Prática de Ensino do curso de Licenciatura em Educação Física realizadas no Colégio Estadual Maria Montessori. As intervenções, que inicialmente eram realizadas individualmente e tinham seus objetivos voltados para as práticas esportivas através de diferentes meios, passaram a ser uma tentativa de ressignificação escolar, dos espaços, das práticas, dos conteúdos e dos valores sociais da disciplina. Trabalhávamos com o conteúdo estruturante esporte, especificamente com o voleibol, porém cada um dos acadêmicos planejou suas aulas com metodologias e olhares diferenciados, com a intenção de realizar uma futura comparação de aprendizado das três turmas em que seriam feitas as intervenções. O meu trabalho estaria sob a égide do esporte adaptado, e seria feito através de jogos pré-desportivos e recreativos que colocassem em questão as dificuldades das pessoas com deficiência. Devido principalmente à frustração resultante dos primeiros trabalhos com o conteúdo voleibol a escola e, além disso, a falta de interesse e menosprezo da maioria dos alunos pela Educação Física na escola, optamos por investigar, na forma de uma simples avaliação subjetiva, o que os alunos da sexta série do Colégio Estadual Maria Montessori acreditam que é Educação Física. A partir dessas impressões dos alunos sobre a disciplina na escola, pudemos notar que a grande maioria acredita que apenas o esporte faz parte da Educação Física escolar, ou, que a disciplina remete à prática de atividades físicas e manutenção da saúde. Então, modificamos o planejamento das aulas seguintes, voltando os olhares para valores sociais e questões que acreditamos ser pertinentes à Educação Física escolar e relevantes na sociedade, com o objetivo de mostrar para aqueles alunos que também fazem parte das aulas de Educação Física as discussões, debates, a reflexão e a conscientização, e também que outras práticas corporais podem ser realizadas na escola, ultrapassando os limites da atividade física e do esporte. As alterações no planejamento ocorreram também em função das diversas mudanças na grade horária da disciplina durante o período de intervenções. Passamos a dar aulas para apenas uma turma em um único dia, dividindo as tarefas entre os três acadêmicos. Essas alterações tinham o objetivo de conscientizar e dar subsídios para que os alunos reflitam sobre suas práticas, atitudes e preconceitos, etc. Entretanto, a alteração mais significativa, tanto no planejamento, quanto na prática docente, foi o novo significado dos conteúdos e das práticas corporais da Educação Física mostrada aos alunos, que vai muito além da prática esportiva.

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Aulas de educação física dentro de sala: possibilidades e dificuldades

Louise Mazza do Nascimento e Adriane Nogueira Universidade Federal do Paraná

Email: [email protected] e [email protected]

As quadras e os ginásios esportivos devem ser compreendidos como uma das possibilidades dos espaços ocupados pelas aulas de Educação Física, e não como os únicos locais em que a disciplina curricular pode apropriar-se. Para isto, parte-se do pressuposto de que: a sala de aula é um local que pode promover experiências diferenciadas para alunos e alunas independentemente de suas idades. Ao vivenciar na Disciplina de Prática de Docência a rotina e acompanhar a dinâmica pedagógica de uma escola pública de ensino médio em Curitiba/PR, foi possível observar e problematizar algumas questões presentes nesta realidade escolar o que resultou nas possibilidades de intervir mediante a realização de algumas aulas de Educação Física. Nesta trajetória foi possível reconhecer que esta escola possui características próprias, singulares, conseqüentemente determinada pela cultura escolar e cultura da escola, o resultou na identificação de uma cultura específica das aulas de Educação Física e suas relações com os espaços de ensino e aprendizagem. Ocorre que há uma concepção de Educação Física, apoiada num processo histórico e que prevalece no “senso comum”, em que reconhece a área somente como uma disciplina “prática”, que se legitima pelo corpo em movimento e não pelo “Corpo, Pensamento, Movimento e Pensamento” (BRACHT, 2000). Esta foi a maior dificuldade encontrada neste contexto, dar aula de Educação Física, sem negar sua especificidade, dentro de uma sala de aula e “convencer” os/as alunos/as de que isto é possível, apesar das limitações. Percebemos que estas aulas dentro de sala só teriam êxito se tivessem algum significado, deste modo buscamos através do ensino do conteúdo Jogos, suas formas de tratar questões de interesse dos/as alunos/as como: o corpo e a sexualidade; assim como formas de interação que pudessem ser divertidos como: o jogo e a mímica. Esta experiência nos permitiu dialogar SOUZA JUNIOR (1999) quando nos alerta para a função de um componente curricular na escola, que justamente é oferecer ao aluno uma reflexão acerca de um corpo de conhecimentos específico e que venha a integrar-se, no conjunto de todos os componentes, assumindo responsabilidade com a formação humana. Foi neste sentido que compreendemos e interpretamos este processo de nossa formação de professores/as ao adentrarmos numa realidade e nos inquietarmos a ponto de querer mudá-la - seria até certo ponto utópico pensar nesta possibilidade. Mas, enquanto acadêmicos de curso de licenciatura acreditamos que podemos instigar e provocar alunos/as e professores/as para uma possibilidade de mudanças de comportamento em relação às concepções e maneiras de tratar os conhecimentos escolares e suas disciplinas, o que poderia ampliar por vezes uma concepção simplista – no caso do Ensino de Educação Física - à que a mesma é reduzida na maioria das escolas.

Palavras Chaves: Ensino de Educação Física; Espaços de Aprendizagem; Metodologia.

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A resistência ao ensino da ginástica e da dança na educação física escolar na periferia curitibana

Márcio Tinelli

Universidade Federal do Paraná [email protected]

Culturalmente a educação física escolar tem se mostrado como instrumento da promoção e ensino de esportes coletivos privilegiados pelas mídias, tais como o futebol, voleibol, handebol e basquetebol. Raramente privilegia-se o ensino de outros modalidades na escola. Logo, o alunado envolvido com estas atividades desde o início de sua formação passa a entender que a educação física somente se legitimará se tais atividades forem trabalhadas. Assim, surge uma grande resistência à prática de outras atividades, tidas como novas e até mesmo pela corporalidade. Nesse campo de resistência pode-se destacar a ginástica e a dança. Quebrar um tabu de senso comum quanto ao que se deve aprender na educação física escolar, introduzindo a ginástica e a dança neste ambiente de formação, conforme determina e orienta as diretrizes curriculares, constitui um processo lento, árduo e desafiador. Nessa busca por todas as possibilidades de estudo e prática efetiva das diversas expressões corporais, resolvemos introduzir a ginástica e a dança em uma escola da periferia curitibana na qual pouco ou quase nada havia sido trabalhado em torno de tais temáticas. De princípio a resistência nos parecia algo comum e praticamente intransponível, pois o alunado se negava a realizar as atividades propostas. Por certo não se poderia esperar outra reação, afinal o ser humano tende a rejeitar o novo, diverso e diferente, ainda mais em uma região pouco habituada a estas práticas. Essa resistência não permitiu que desistíssemos. Na verdade tornou-se um desafio e uma dificuldade a ser transposta. No final, surpreendentemente, mais da metade dos alunos das três turmas envolvidas com a ginástica e a dança passaram a realizar as atividades propostas. Isso nos leva a crer que ainda é possível uma mudança nessa cultura massificada onde predomina os esportes nas aulas de educação física. Palavras-Chave: Educação Física Escolar; Ensino da Ginástica; Ensino da Dança; Resistência ao Ensino.

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O planejamento como central no processo de trabalho de ser docente na escola

Milena Nichel

Universidade Federal do Paraná [email protected]

Este presente trabalho pretende expor algumas inquietações e reflexões que venho tendo ao cursar o curso de Licenciatura em Educação Física na Universidade Federal do Paraná (UFPR), especificamente na disciplina Prática de Ensino. O que proponho enquanto problematização na pesquisa é a importância do trabalho pedagógico e todo o seu processo de construção, para professoras e professores de uma maneira geral. A importância do planejamento, dos planos de aula e de ensino, das reflexões, dos registros, dentre outros aspectos que são essenciais no processo. Tais apontamentos surgiram das intervenções realizadas na escola estadual João de Oliveira Franco, localizada no bairro Vila Fanny, na cidade de Curitiba; as relações em todos os seus possíveis âmbitos que coexistiram durante as aulas realizadas nessa escola, oportunizaram muitas reflexões a respeito da importância do ato de planejar enquanto instrumento de trabalho e da prática pedagógica diária enquanto critério de experiência e de amadurecimento do que é ser docente. O planejamento entendido enquanto sistematizador para a futura socialização do conhecimento na escola é também organizador e ainda um dos principais instrumentos de trabalho a ser desenvolvido e utilizado. De acordo com Alessandra Arce “observar, registrar e refletir são três ações que devem ser incorporadas à prática pedagógica” (Arce, 2007, p.20). Essas considerações colocadas nos permitem argumentar e defender com maior propriedade sobre a necessidade e importância do planejamento no processo de ensino aprendizagem. Por fim quero também fazer uma ligação entre planejamento e prática pedagógica, deixando registrado nesse trabalho, que através das experiências que vivenciei na escola durante a participação nessa disciplina acadêmica, pude ter clareza de que a prática realmente é o critério da verdade. Só aprenderemos e saberemos a compreender e lidar com as diversas situações que permeiam as escolas quando estivermos lá no dia a dia com as “mãos na massa” mesmo, estudando, intervindo, construindo, refletindo, avaliando nossas ações enquanto sujeitos que fazem concretamente parte do contexto escolar. Palavras chave: planejamento; prática pedagógica; contexto escolar.

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O ensino de fundamentos ecológicos numa abordagem lúdica e interdisciplinar

Adriana Vasco – Universidade Federal do Paraná Devânia Patrícia de Jesus – Universidade Federal do Paraná Fabiano Rodrigo da Maia – Universidade Federal do Paraná

Prof. Dr. Carlos Eduardo Pilleggi de Souza (Orientador) – Universidade Federal do Paraná e-mail: [email protected]

O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de uma prática pedagógica de ensino de ciências que contemplasse o ensino e aprendizagem de fundamentos de ecologia, através do emprego de atividades lúdicas, buscando despertar na criança e no adolescente valores não utilitaristas e maniqueístas da natureza. Foram realizadas vivências pedagógicas, visando um melhor entendimento sobre os conceitos de ecologia, de uma maneira diferenciada da mera transmissão do conhecimento, resgatando conteúdos provenientes das disciplinas da área de ciências naturais e das ciências humanas, utilizando os conteúdos de forma integrada para que o aluno pudesse acompanhar a temática satisfatoriamente, respeitando-se a “bagagem” teórica de disciplinas do próprio currículo do Ensino Fundamental. A metodologia consistiu em um primeiro momento, identificar entre os alunos da 8ª. Série do ensino fundamental da Escola Estadual Prof. João Loyola, o conhecimento prévio sobre os fundamentos ecológicos, mediante diálogos e reflexões. Posteriormente foi realizada a aplicação de jogos que ilustrassem fundamentos ecológicos, de forma, a proporcionar uma maior motivação nos alunos para que estes buscassem relacionar os conceitos ecológicos com diferentes conteúdos de outras disciplinas. Durante todo o projeto, foram realizadas avaliações para se verificar o aproveitamento e adequações, levando muitas vezes ao redirecionamento das atividades inicialmente propostas. Os resultados obtidos até o momento indicam que houve uma aprendizagem mais significativa por parte dos alunos na apreensão de alguns conceitos sobre o tema alvo quando do emprego de jogos, uma vez que o aluno passou a ser sujeito ativo no seu processo de educação. Contudo, em alguns momentos pode-se verificar que embora os alunos tenham sido motivados para a aprendizagem através do emprego de jogos, houve pouca eficácia no aprendizado de conteúdos de natureza interdisciplinar. Avaliou-se que para se obter um melhor resultado dessa proposta pedagógica, há a necessidade de desenvolvimento de atividades como oficinas e saídas de campo reforçando os conhecimentos adquiridos com a sua importância ecológica no âmbito local e global, ampliando a discussão para a formação de um pensamento ecológico crítico.

Palavras – chave: Ensino, Ecologia, Interdisciplinaridade, Lúdico.

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Educação Física escolar: desafios do que ensinar

Karin Fabiola Herrmann Universidade Federal do Paraná

Email: [email protected]

Vivenciando a experiência de pratica de docência em uma escola pública estadual pudemos observar e analisar, diversos fatores que de alguma forma afetam a compreensão da Educação Física neste contexto escolar, reconhecidos nos discursos de professores e alunos, o que nos leva a pensar como essa pratica tem acontecido, se realmente tem acontecido. Muito ainda se fala sobre apenas termos os “quatro bols” (vôlei, basquete, handebol, futebol) como conteúdos estruturantes nas aulas de Educação Física, porém ao observar as aulas nesta escola, reconhecemos que nem estes têm sido contemplados, que os alunos não detêm os fundamentos básicos destas modalidades. O conjunto de conhecimento, entre estes as diversas práticas esportivas, que deveriam estar nos currículos, apenas são citados como assuntos que devem ser “conhecido”, algo como “curiosidades da Educação Física”, onde o aluno deve saber que existe, mas não sabe como, porque e para que saber. As minhas inquietações não se atem em porque os alunos não sabem os fundamentos básicos dessa ou daquela modalidade, e sim em relatar as possíveis “perdas” que esses alunos estariam tendo pela falta de uma pratica efetiva do ensino de Educação Física. Neste sentido, verifico que esta prática poderia ajudar tanto nas “etapas” do seu desenvolvimento motor e cognitivo - como em todo o seu processo de formação - já que os sujeitos alunos/as observados se encontram em uma das fases mais importantes do seu desenvolvimento, a puberdade. Acredito que a escola e os professores/as necessitam “olhar” para seus alunos/as e compreende-los como sujeitos que buscam alguma resposta e ensinamentos para as suas vidas no processo escolar. Palavras chave: Ensino; Educação Física; Conhecimento e Compromisso.

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Avaliação da aprendizagem em Matemática através de jogos didáticos Kicia Cristina Kusdra, UFPR.

[email protected]

Uma das funções da matemática escolar é o desenvolvimento de competências para resolver problemas cotidianos que as pessoas encontram. Nas últimas décadas, intensificou-se a necessidade de buscar alternativas que possibilitem uma maior compreensão do conhecimento matemático, com isso a educação matemática vem buscando formas diferenciadas de ensino, que propiciam aos alunos aulas mais motivadoras. Dentro desse contexto, está a utilização de jogos no ensino de matemática, onde a utilização destes propicia um ambiente favorável para a construção e reconstrução do conhecimento matemático, criando um ambiente motivador e desafiador. Nessa perspectiva de jogos no ensino de matemática, concentra-se este projeto, que tem como objetivo, avaliar a aprendizagem dos alunos em matemática, quando da utilização de jogos. Para fazer a análise de como os jogos contribuem na aprendizagem dos alunos em matemática, foram desenvolvidas duas atividades, as quais foram aplicadas com alunos de 5ª série do ensino fundamental, do Colégio Estadual Eleutério Fernandes Andrade, no município de Quitandinha, região metropolitana de Curitiba. Estas atividades foram desenvolvidas em duas etapas, na primeira os alunos receberam um jogo pronto, e na outra os próprios alunos construíram seus jogos. Para avaliar a aprendizagem dos alunos foram realizados exercícios antes e pós o jogo, no intuito de viabilizar a comparação do conhecimento matemático dos alunos ao realizarem estas atividades. A análise desta atividade ainda não foi concluída totalmente, mas neste primeiro momento pode-se observar que os alunos demonstraram grande interesse pelas aulas de matemática, devido ao uso dos jogos e também que o número de erros nos exercícios diminuiu, em relação ao proposto antes da atividade do jogo, para o resolvido após a atividade. Palavra-Chave: Avaliação da aprendizagem, jogos didáticos, ensino de matemática.

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A Física e o Cotidiano do Aluno em Aulas de Física no Ensino Médio

Luiz Fernando Frecceiro Martins

Universidade Federal do Paraná Curso de Licenciatura em Física

[email protected]; [email protected] Ivanilda Higa

Universidade Federal do Paraná – DTPEN

Uma pergunta freqüentemente feita pelos estudantes do Ensino Médio (EM), é o porquê estudar física, se ele nunca mais usará a utilizará quando concluir seus estudos. Isto reflete grande parte da insatisfação dos alunos em estudar Física, e talvez a falta de significado que esta disciplina tem assumido no EM. Durante minha graduação, sempre me perguntei o que nós (professores de Física) podemos fazer para reverter esse quadro. Das várias opções para tal feito, o que me chamou mais a atenção foi a utilização do Cotidiano do aluno como forma de motivação para o ensino de Física. Desta forma, este projeto visa analisar o efeito da utilização do cotidiano do aluno nas aulas de física do EM. Após a escolha do tema da pesquisa, a pergunta que procurei responder foi: De que maneira posso abordar o cotidiano do aluno nas aulas ministradas por mim. Para isto, foi de fundamental importância a leitura do texto de Alice Pierson, “As diferentes formas de abordagem do cotidiano nas Pesquisas em Ensino de Física”, parte de sua tese de Doutorado (O Cotidiano e a busca de sentido para o Ensino de Física). Segundo Pierson (1997), existem 5 maneiras de abordar o cotidiano do aluno numa aula de física. A primeira é utilizar o cotidiano do aluno na preparação do conteúdo a ser ministrada. A segunda, utilizar fatos relacionados à Ciência, Tecnologia e Sociedade. O terceiro é abordar o cotidiano como motivação para o ensino da Física. No quarto, o cotidiano é um espaço onde surgem concepções espontâneas por parte dos alunos. O quinto e último é a utilização do cotidiano como exemplificação do conhecimento físico. A abordagem das duas primeiras maneiras exige uma preparação desde o início do ano. Portanto, optei por utilizar o terceiro modo de abordagem do cotidiano em minhas aulas. O passo seguinte foi o planejamento da metodologia utilizada para o desenvolvimento da docência e a coleta dos dados que seriam analisados para o estudo acerca da abordagem do cotidiano no ensino da física. Em minha docência e investigação, procuro estudar a possibilidade da utilização do Cotidiano no aprendizado dos alunos e para isto, elaborei um questionário composto de 6 perguntas referentes à Hidrostática, todas com temas ligados à situações vivenciadas pelos alunos no dia-a-dia. Tal questionário foi respondido antes das aulas terem sido ministradas e será aplicada novamente aos alunos em momento oportuno, após o estudo desses conteúdos. Espera-se poder compreender a apreensão do aluno dos conteúdos estudados em Hidrostática, e a relação que ele faz desses conteúdos com o seu cotidiano. As análises realizadas, embora preliminares, indicam que há uma maior utilização dos termos específicos da física e em contextos do cotidiano. Palavras chave: ensino de física, cotidiano, ensino médio, hidrostática

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Na escola de Eja as soluções químicas do cotidiano

Swami Maruyama, Universidade Federal do Paraná, (UFPR) [email protected]

Karine Priscila Naidek, Universidade Federal do Paraná, (UFPR) [email protected]

Liane Maria Vargas Barboza, Universidade Federal do Paraná, (UFPR) [email protected]

Sonia Maria Chaves Haracemiv, Universidade Federal do Paraná, (UFPR) [email protected]

Vários conceitos químicos são ainda abordados no Ensino Médio ligados a uma concepção empirista e operacional da Química, como misturas e soluções. No laboratório diversas reações envolvendo solução ocorrem, não havendo exigência de reações apenas com compostos puros, como é verificado num laboratório de uma indústria química. Porém, nas práticas pedagógicas observa-se que o ponto de partida para tratar o referido assunto ainda é a o processo industrial. Talvez a causa das dificuldades encontradas pelos alunos ao procurar correlacionar conceituação macroscópica com as microscópicas, as que ocorrem na estrutura da matéria, em especial no caso das soluções, resida neste tipo de abordagem. Esta abordagem estrutural microscópica é a utilizada para explicar a formação de soluções. O presente projeto de pesquisa-ação visou intervir no processo de ensino de Química de forma que o aluno adulto apreenda os conceitos a partir dos conhecimentos prévios, vividos em seu cotidiano. O projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Leôncio Correia, no primeiro ano da EJA, período noturno. A metodologia pauta-se num primeiro momento em identificar as soluções do dia a dia dos alunos. Os conteúdos foram trabalhados de forma problematizada e contextualizada. A partir dos conhecimentos prévios dos alunos, foi trabalhado o conceito de soluções. O tema foi abordado com a realização de aulas de laboratório, desenvolvidas de forma dialógica instigando os alunos para a construção de hipóteses e desenvolver o espírito crítico e reflexivo. Também foi abordado o conteúdo concentração, densidade e diluição. Pode-se concluir frente a aprendizagem apresentada pelos alunos nos momentos de avaliação, que houve um maior interesse e participação na busca da compreensão dos fenômenos químicos abordados. Palavras-chave: Prática Pedagógica; Química e o Cotidiano; Conhecimento Prévio; Construção de Conceitos.

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Socialização nas aulas de educação física: um relato de experiência do planejamento docente

Thomas Guido Ito

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

[email protected]

O presente trabalho procura, de forma sucinta, contribuir como um relato de experiências do processo de ensino em Educação Física, desde a sua parte inicial, de diagnóstico e planejamento, da execução de atividades e dos resultados obtidos com as mesmas, e ainda, tentando construir uma reflexão sobre estas fases do processo docente que se deram no decorrer das aulas de Educação Física. Importante ressaltar que este planejamento de atividades teve início com observações das aulas, para ter a noção do contexto em que estávamos nos inserindo, as principais necessidades, interesses, possíveis problemáticas e demais peculiaridades das turmas com que seria feito o trabalho de planejamento docente. Estas aulas foram realizadas em uma escola da rede municipal de ensino do município de Curitiba, durante uma disciplina de prática de ensino, do curso de graduação de Licenciatura em Educação Física. A Escola em questão é uma C.E.I. da região do Pilarzinho, a população atendida pelo ensino é, em sua maioria, de baixa renda e a série da turma específica, das quais foram ministradas as aulas é a 4ª série do ensino fundamental. A experiência relatada tem o intuito de buscar e discutir novas formas no que diz respeito ao planejamento de atividades, da mesma forma que, visa identificar as principais dificuldades encontradas no transcorrer do processo, para diagnosticar possíveis causas, ajudando na busca de novos caminhos e possibilidades para diminuí-las ou até mesmo resolve-las. Esta experiência para melhor organização foi dividida em três momentos: 1) O planejamento das Atividades, com seus objetivos, seleção de conteúdos etc. 2) A execução das mesmas, ressaltando as principais situações nas aulas e por final 3) as principais dificuldades encontradas durante o processo, como discussão. A problemática central do planejamento e o norte com que os conteúdos foram trabalhados, diagnosticada por meio de observações anteriores, foi a da socialização dos alunos nas aulas, estabelecendo uma contribuição de experiências da prática do ensino e uma reflexão das atividades que compõem a mesma, na tentativa de encontrar e discutir soluções, possibilidades e novas perspectivas no âmbito da socialização e cooperativismo nas aulas de Educação Física. Palavras chave: Educação Física escolar, socialização, Prática de ensino, Jogos cooperativos.

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Implicações do (re)pensar a prática pedagógica nas aulas de Educação Física: um relato de experiência.

Elaine dos Santos Oliveira Hildete de Almeida Galvão da Silva

Tiago Zanlorenzi UFPR

[email protected] O presente estudo busca relatar a experiência vivenciada por ocasião da Prática de Ensino A e B, realizada nos dois últimos semestres do curso de Licenciatura em Educação Física. No primeiro momento, quatro acadêmicos observaram simultaneamente as aulas de Educação Física ministrada para uma turma de 4ª série, em uma Escola Municipal da Zona Sul de Curitiba. Essas anotações tinham por objetivo compor considerações relevantes a prática docente, entretanto, durante a compilação das informações surgiu a seguinte questão: O que é uma boa aula de Educação Física? A partir de então, cada um dos observadores expôs às suas experiências na tentativa de buscar elementos que respondessem a essa inquietação. Contudo, quando pensado no currículo vigente do curso de Licenciatura em Educação Física, concordou-se que existem lacunas que impossibilitam tal análise. No segundo momento, na prática B, a exigência era ministrar aulas em turmas distintas, nas manhãs de segunda-feira e na mesma escola. Considerando a discussão anterior e, na tentativa de realizar boas práticas, os planejamentos para as aulas pautaram-se em objetivos diversificados e, por conseqüência, diferentes atividades. Na medida em que as aulas transcorreram surgiu a seguinte situação: O tempo não era suficiente para o desenvolvimento efetivo da aula conforme planejado, e pela fala dos alunos, era visto que pareciam não ter se apropriado do conteúdo trabalhado. Tal fato foi observado pelo professor coordenador da Prática de Ensino, durante suas visitas, o que levou os acadêmicos a uma mudança de perspectiva e reformulação de seus planejamentos. Desse modo, buscou-se reduzir o número de atividades a fim de contemplar um único objetivo por aula. Sendo assim, foi perceptível uma sensível diferença no envolvimento e comprometimento dos educandos nas aulas de Educação Física, e o processo de planejamento e administração das aulas tornou-se facilitado. Retomando-se a discussão acerca da atual conformação do currículo, nota-se ser emergente uma reformulação que amplie as experiências na escola, contemplando possibilidades efetivas para (re)pensar a prática pedagógica. Palavras-chave: escola, currículo, práticas pedagógicas.

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Dimensão social do conhecimento químico

Aline Garus Saint Clair Colimo, Universidade Federal do Paraná, (UFPR) [email protected]

Liane Maria Vargas Barboza, Universidade Federal do Paraná, (UFPR) [email protected]

Sonia Maria Chaves Haracemiv, Universidade Federal do Paraná, (UFPR) [email protected]

A diarréia é uma das maiores causas de mortalidade de crianças abaixo de cinco anos, principalmente nos países em desenvolvimento. No Brasil, cerca de 50.000 crianças morrem anualmente em conseqüência dessa enfermidade. Estima-se que 60 a 70% das mortes por diarréia devam-se à desidratação que atinge, principalmente, as camadas sócio-econômicas desfavorecidas. A Terapia da Reidratação Oral (TRO) tem sido proposta como uma maneira de corrigir e evitar a desidratação. Um tratamento simples, eficaz e de baixo custo é o soro caseiro, uma solução de sal e açúcar que pode ser preparada em casa. Com base na Pedagogia de Projetos, o tema “Soro Caseiro” foi trabalhado pelos licenciandos, na disciplina de Prática de Ensino de Química I, com alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Professor Guido Straube. O trabalho objetivou refletir sobre a relevância social do conhecimento de química a partir da preparação desta solução. As metodologias utilizadas foram aula expositiva dialogada e experimental. Como complemento das atividades foram apresentadas situações problemas do cotidiano envolvendo o preparo de soluções, das quais os alunos participaram ativamente. Foram abordados aspectos químicos envolvidos no preparo do soro e a importância das concentrações de sal e açúcar para a eficiência e segurança do tratamento. O projeto despertou o interesse de toda comunidade escolar. Observou-se que ao trabalhar o conteúdo de soluções a partir de um tema gerador, relacionado com o cotidiano do aluno, a aprendizagem em química tornou-se mais significativa. Palavras-chave: Prática Pedagógica; Aprendizagem significativa; Química do cotidiano.

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EIXO TEMÁTICO 2

PRODUÇÃO E/OU UTILIZAÇÃO DE LIVROS E OUTROS SUPORTES DIDÁTICOS

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Aprendendo a produzir materiais de ensino de História a partir da cultura local: Projeto “Recriando histórias”

Alexandre Boing (Licenciatura em História /UFPR)

Anne Cacielle Ferreira da Silva (Licenciatura em História /UFPR)

Janira Feliciano Pohlmann (Licenciatura em História /UFPR)

[email protected]

Relata experiência dos alunos de graduação em História na produção de livros e outros materiais de ensino de História tomando como referência a cultura local. Desenvolvido desde1997, o Projeto Recriando Histórias busca novas formas de ensinar História para crianças e jovens. Toma como princípios norteadores: a) a História como estudo da experiência humana no tempo (Thompson); b) o uso de documentos em estado de arquivo familiar (Artières); c) a literacia histórica como objetivo do Ensino de História (Lee). Tem como objetivos contribuir para o desenvolvimento profissional de professores do sistema do sistema público, para a produção de materiais de ensino de História destinados ao uso com alunos das séries iniciais do ensino fundamental e desenvolver investigações sobre possibilidades teórico-metodológicas para ensinar a ler e a escrever em História. O projeto já foi desenvolvido em quatro municípios da região metropolitana de Curitiba. Em 2007 e 2008, foi desenvolvido em Araucária (PR) e resultou na produção de um livro que tem sua estruturação apoiada em elementos da epistemologia da História, específicos da cognição histórica como a narrativa histórica, a imaginação histórica e a explicação histórica. Em 2009, o livro está em avaliação o uso do livro nas escolas municipais e está em planejamento o Projeto para outro Município da Região Metropolitana. Também estão sendo preparados os documentos do acervo para a produção de um arquivo virtual. O que se deve destacar é que os materiais são produzidos em atividades colaborativas entre a Universidade e professores e alunos da terceira série do ensino Fundamental, a partir dos resultados do trabalho desenvolvido pelos professores comn seus alunos, nas aulas de História. Palavras-chave: Didática da História – Educação Histórica – Manuais escolares – Documentos em estado de arquivo familiar – Formação de professores

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Como a utilização de experimentos didáticos em sala de aula pode contribuir para a compreensão dos conteúdos de Óptica

Eliane de Campos Moreira (UFPR)

[email protected] Sérgio Camargo (UFPR)

[email protected]

Este trabalho foi desenvolvido, no âmbito da disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Física II e III, em duas turmas diferentes de alunos do 3° ano do Ensino Médio em uma escola da Educação Básica da Rede Pública do Estado do Paraná. Trata-se da análise da influência do uso de experimentos didáticos de baixo custo numa aula que aborda conteúdos de óptica. Em cada aula, adotou-se uma determinada seqüência de revisão e realização de experimentos. Inicialmente, nas duas turmas, uma rápida revisão foi feita, buscando-se recordar aos alunos algumas características de fenômenos ópticos. Na primeira turma, após a revisão e discussão de propagação retilínea da luz e formação de sombras, um teste abordando tais fenômenos foi aplicado e em seguida foram realizados os experimentos demonstrativos. Com a segunda turma, os experimentos foram mostrados logo após a revisão, e somente no fim da aula o teste foi aplicado. Assim, temos também uma comparação em relação ao momento mais oportuno para a exposição de experimentos durante a aula. Os resultados mostram que, adotando a seqüência aplicada na segunda turma, os alunos tornam-se mais participativos e a relação ensino - aprendizagem acontece de maneira satisfatória. Palavras - chave: experimentos, óptica, propagação retilínea da luz.

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Re-significação dos conteúdos escolares através da prática educomunicativa: o jornal em sala de aula

Karen Calonaci Gonçalves

[email protected]

O presente trabalho expõe a necessidade uma abordagem diferenciada com os conteúdos escolares, de forma que estes sejam relacionados à vida real e tenham maior significação para o aluno, resultando numa aprendizagem efetiva, pois ainda é notável um distanciamento entre o que é ensinado na escola e a vida real. É preciso que o processo de ensino/aprendizagem seja fundamentado numa ideologia dialógica e, principalmente, participativa, lançando mão de estratégias capazes de ajudar o aluno a tornar-se um cidadão apto a atuar no mundo em que vive. Para tanto, proponho como estratégia a prática educomunicativa. De acordo com os princípios da educomunicação - segundo a perspectiva de Ismar Soares – destaca-se a importância da utilização dos recursos midiáticos na prática educativa como ferramentas para a criação de “ecossistemas educacionais”, estratégias elaboradas com o fim de levar o discente a construir seu saber de maneira global, interativa e inclusiva, processo no qual o professor tem o papel de mediador. Os recursos da mídia podem conferir aos conteúdos escolares uma maior significação, uma relação direta com a realidade. Evidencio o uso do jornal em sala de aula, instrumento de incentivo à leitura, de desenvolvimento da criticidade e recurso para promover a contextualização dos conteúdos escolares de forma a produzirem mais sentido para os discentes. O jornal, canal informativo e formativo, fornece ao aluno ferramentas de acesso à informação, instigando-o a interessar-se pela leitura, pelos acontecimentos do cotidiano de sua comunidade e do mundo e promove uma melhor compreensão desses fatos. Isso irá estimular o aluno a envolver-se com aula e o assunto abordado e a expressar-se, possibilitando uma melhor assimilação dos conteúdos curriculares trabalhados na atividade. Durante uma aula de Produção Textual para uma turma do 1º ano do ensino médio em um colégio da rede privada em Curitiba, tive a oportunidade fazer esse trabalho. Com o pressuposto de que conseguiria captar a atenção da turma e obter bons resultados se trabalhasse com temas que lhes interessasse - segundo a perspectiva de Marcuschi, no que concerne à influência dos conhecimentos individuais no processo de leitura -, coloquei os alunos em contato com tipos diferentes de texto - História em Quadrinhos (HQ’s), Texto Informativo, Carta, blog. Procurei assumir o papel de mediadora, como propõe a teoria educomunicativa, e aproveitei o conhecimento prévio dos alunos. Utilizei o jornal para trabalhar: gêneros textuais; leitura; interpretação textual; leitura de imagens; uso da ironia; vocabulário; formas de tratamento. Observei que a compreensão dos conteúdos trabalhados foi satisfatória. Os alunos se sentiram mais estimulados, pois os temas e textos trabalhados em aula eram produtos da vida real e tinham relação com o que conheciam ou lhes interessava. Palavras-chave: conteúdos escolares, ensino-aprendizagem, mídias e educação, mídia jornal.

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Física e a Realidade: Sobre a utilização de Experimentos Didáticos a partir do Cotidiano

Gustavo Niano Lindolm - UFPR

Milton da Silva - UFPR

Sérgio Camargo – DTPEN/UFPR

Este trabalho foi desenvolvido em uma escola da Educação Básica da Rede Publica do Estado do Paraná. O mesmo aborda questões relacionadas ao desenvolvimento de conteúdos de Física presentes no cotidiano dos alunos por meio de experimentos didáticos. Quando realizamos o Estágio de Observação e Monitoria, vivenciamos um pouco da realidade do Ensino de Física numa escola pública de ensino médio e percebemos que existe uma enorme distância entre a Física vivenciada no cotidiano dos alunos e a metodologia utilizada para ensinar essa ciência em sala de aula. Pensando em reverter esse quadro, optamos por utilizar as práticas experimentais com enfoque no cotidiano dos alunos em nossas atividades de docência. Realizamos vários experimentos demonstrativos conforme o conteúdo de cada turma, os quais foram estudados detalhadamente com foco nos conceitos físicos envolvidos. Com essa metodologia procuramos criar condições para que os alunos possam compreender e relacionar os conceitos físicos estudados ao observarem os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem em seu dia a dia, tendo condições de lançar um olhar mais crítico sobre os mesmos. Os dados foram constituídos a partir de questionário próprio, registro em diário de bordo e do preenchimento de roteiros avaliativos. Estamos na fase de tabulação dos dados e construção dos gráficos comparativos com os estados antes e após as práticas.

Palavras - Chave: Experimento Didático, Conceitos de Física, Física e Realidade.

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Concepções prévias dos alunos como subsídio para o desenvolvimento de habilidades e características desejáveis nos estudantes

Aline Portella Biscaino – Universidade Federal do Paraná [email protected]

Baseando-se em características apresentadas por grande parte dos estudantes, o presente trabalho buscou investigar as consequências no aprendizado dos alunos sob a perspectiva da utilização das concepções prévias destes como subsídio para o ensino de Física e verificar o desenvolvimento de competências do pensar, da autonomia e autoconfiança dos alunos, bem como de uma postura mais ativa no processo educativo. Com intuito de conhecer essas concepções prévias foram utilizados experimento demonstrativo, situação-problema, pesquisa histórica e discussões em grupo. As atividades foram desenvolvidas em uma turma de 1º ano do Ensino Médio de uma escola pública de Curitiba, entre os meses de agosto e novembro de 2009. Avaliando os resultados foi possível perceber que os alunos, ao final do processo investigativo, demonstravam maior motivação e participação com relação às atividades propostas, bem como uma maior autonomia e autoconfiança diante do conhecimento de ciências. Palavras-chave: Concepções prévias. Competências do pensar. Autonomia.

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Reflexões sobre a influência da mídia no processo de construção corporal: uma experiência na produção de material didático-pedagógicodestinado a alunos do ensino médio

Rosane de Cássia Capilé

Professora Integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/SEED/UFPR

[email protected] Esse trabalho visa relatar minha experiência, sob a condição de professora da rede estadual de ensino do Paraná, na elaboração e implementação de um recurso didático-pedagógico voltado a alunos do ensino médio, com o intuito de promover a análise da influência dos veículos midiáticos na construção corporal. Ao longo de meu trabalho com a disciplina de Educação Física pude notar que meninos e meninas vêm-se envoltos com as mudanças que ocorrem na fase da adolescência, demonstrando certa insatisfação em relação a si e almejando a conquista por “corpos perfeitos”. Ao entender que a noção de corpo é construída no seio da cultura e que, entre seus vários determinantes, destacam-se a mídia e seus múltiplos artefatos, percebi que, muitas vezes, esses sujeitos atrelam a sua auto-imagem àquelas veiculadas e reproduzidas pelos personagens de minisséries, novelas, revistas de moda e beleza, filmes e propagandas. Desse modo, os alunos acabam desenvolvendo um ideal que segue os padrões de beleza ditados pela indústria cultural. Nesse sentido, preocupei-me em elaborar um material que pudesse abordar questões importantes tais como: as mudanças que envolveram a noção de beleza ao longo da história; os interesses comerciais que se escondem em torno dessa supervalorização do corpo; os valores humanos que estão sendo esquecidos em detrimento da ditadura da beleza; os reflexos dessa busca desenfreada pelo “corpo perfeito” e que se traduzem em efeitos nocivos à própria saúde, entre eles distúrbios alimentares como a anorexia, a bulimia e a vigorexia, bem como o uso indiscriminado de anabolizantes, diuréticos e outras drogas; etc. Para isso elaborei um Caderno Pedagógico que contém textos, recortes de artigos e questões para reflexão dirigidas ao professor, bem como sugestões de atividades a serem desenvolvidas com os alunos; o qual objetiva promover reflexões sobre as contradições que envolvem o discursos midiáticos em relação à beleza. Nessa pesquisa utilizei o método da pesquisa-ação, que foi realizada no ano de 2009, no Colégio Estadual Campos Sales, situado em Campina Grande do Sul/ PR, com um grupo de 50 alunos. No decorrer do projeto tornou-se visível o grande interesse dos alunos pelos temas abordados e nas atividades desenvolvidas, ainda que em determinados momentos tenha ficado claro que a maioria deles sente-se atraído e sugestionado por alguns programas e propagandas, mesmo afirmando o contrário, evidenciando o fato, que o bombardeio de informações veiculadas pela mídia invade a rotina dos adolescentes sugestionando-os seja na busca pelo corpo perfeito, seja disseminando a cultura de consumo voltadas ao embelezamento, o que reforça a necessidade de se demonstrar ao aluno o sentido das informações oferecidas pela mídia,de tal forma que o mesmo se torne crítico em relação ao conteúdo midiático, reconstruindo seu significado.

Palavras-chave: Adolescência; Corpo; Mídia; Ensino Médio; Material Didático-Pedagógico.

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Proposta de aplicação e resultado de unidade temática no ensino de língua espanhola, sob o enfoque da abordagem comunicativa.

Manoela de Moura Rosa Universidade Federal do Paraná

[email protected] O presente texto tem como objetivo apresentar os trabalhos de produção e aplicação de uma unidade temática, na disciplina de Prática de ensino de línguas estrangeiras modernas neolatinas, sendo disciplina obrigatória para os alunos que optam por licenciatura. O projeto faz parte da PRAE através de sua Coordenação de Assistência Estudantil e do Programa Bolsa Permanência, oportunizar a formação inicial para alunos de graduação com fragilidade financeira que estejam projetando uma futura participação em Cursos de Pós-Graduação e/ou programas de mobilidade estudantil através de intercâmbio e outras ações em que o domínio de uma língua estrangeira, é importante. O curso constitui um conjunto de 4 módulos de 45 horas/aulas que devem totalizar 180 horas de estudos, sendo o módulo básico da aplicação da unidade temática em questão. O tema abordado é o intercâmbio, acredito ser muito pertinente no mundo acadêmico, e contemplando os métodos da abordagem comunicativa na elaboração das atividades com materiais autênticos, na tentativa de aproximar o aluno de algo mais concreto, para que o aluno reflita sobre a língua, na elaboração e reflexão de hipóteses, para que ele interaja mais no processo de ensino aprendizagem. Para tanto utilizou-se de filme como compreensão e expressão oral e de interpretação de diferentes gêneros para produção e compreensão escrita, e com subsídios de vocabulário e elementos lingüísticos trabalhados em aulas antecedentes, que sempre são retomados de forma contínua. O tempo utilizado para este tema foi de 8 horas/aula e foi muito produtivo, pois o aproveitamento dos alunos foi muito bom, já que esta turma especificamente é bastante participativa, o que motiva ainda mais o trabalho do professor. A abordagem comunicativa surtiu um efeito positivo para os alunos, porque em cada momento em que realizavam suas hipóteses em seus momentos de interação e estas eram valorizadas, porque eles mesmos percebem que estão aprendendo, sua autoestima foi cada vez mais recuperada.

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Abordagem sobre identidade nas aulas de língua espanhola básica

Francinne de Oliveira Lima - Universidade Federal do Paraná [email protected]

O presente trabalho foi desenvolvido durante a disciplina de Prática de Ensino de Línguas Estrangeiras Neolatinas, onde uma das atividades avaliativas consiste na produção de uma unidade temática para aplicação aos alunos de língua espanhola básica. Esta unidade Temática foi elaborada e desenvolvida com os alunos do Curso de Espanhol para Fins Acadêmicos, dentro do Programa Bolsa Instrutor Letras. O tema central da unidade desenvolvida é a Identidade, pois tem como objetivo expandir a visão dos alunos sobre a aquisição de uma segunda língua, ampliando também a noção lingüística (para além das regras formais de um idioma – no caso a língua espanhola), e refletir sobre os aspectos que corroboram na constituição da identidade (lingüística, cultural e pátria). Para abordar qualitativamente alguns pontos em específico, esta unidade foi dividida em três partes: 1. “¿Quién soy yo?” (tratando de aspectos pessoais como: descrição física e psicológica em 1ª e 3ª pessoas). 2. “¿Quién es el otro?” (aspectos de identificação social: variação lingüística e estereótipos sociais e culturais). 3. “¿Quiénes somos nosotros?” (reflexão sobre a identidade latino-americana e a diversidade lingüística / cultural que envolvem os países latinos). No conjunto destas três partes, foram contempladas as quatro práticas sociais de linguagem: leitura, escrita, audição e prática oral – através de atividades escritas e orais de interpretação sobre diversos gêneros apresentados. Entre as atividades desenvolvidas foram realizadas: audição e leitura de letras de músicas, exibição de vídeos, leitura de textos diversos extraídos de sites de jornal, blogs, sites de enquetes. Ao trabalharmos com os elementos da descrição pessoal percebemos que os alunos demonstraram um bom domínio de vocabulário relacionado ao tema, levando em consideração que tal atividade retomou o conteúdo dado nas primeiras aulas do curso, que foi completado com expressões para demonstrar gostos e opiniões. No entanto, apresentaram também certa insegurança no uso dos verbos. Os alunos da turma da manhã se mostraram mais receptivos para as atividades orais – o que inclui uma melhor fluência nas leituras-, já os alunos da tarde se apresentaram mais confortáveis ao realizar atividades escritas. Um ponto comum às duas turmas, foi a dificuldade em exteriorizar a imagem que possuíam sobre determinados países de língua espanhola, apresentados dentro de uma atividade escrita. A impressão passada foi de que até o momento da atividade os alunos não haviam parado para refletir a respeito do estereótipo que eles têm a respeito dos países que têm como língua oficial a mesma que eles pretendem adquirir. A partir desse ponto destaca-se a importância da temática escolhida, onde além das questões de aquisição lingüística inicia-se um processo (jogo) de construção e desconstrução de imagens, através de reflexões a respeito do que envolve a língua e nela está contido. Palavras-chave: Ensino de língua espanhola, identidade, estereótipos.

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O papel das Atividades Experimentais na Formação dos Alunos da Educação Básica da Rede Pública

Aline Portella Biscaino [email protected]

Sérgio Camargo [email protected]

Este trabalho foi desenvolvido no âmbito da disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Física III, trata-se investigar as potencialidades da utilização de atividades experimentais como uma ferramenta didática na formação de alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Rede Pública de Ensino. Realizou-se um diagnóstico das concepções prévias dos alunos para utilizarmos como subsidio para o planejamento das aulas sobre os fenômenos físicos abordados. Foram utilizados diversos experimentos demonstrativos, focando algumas situações-problema para discussão, visita ao projeto Fibra (Departamento de Física da UFPR) e vídeos produzidos pelos próprios alunos. Com o intuito de nos fundamentarmos para a realização do trabalho consultamos os anais de dois eventos de grande destaque na área de Ensino de Física, o SNEF e o EPEF, realizando a leitura e seleção de diversos artigos relacionados ao uso de experimentos didáticos em aulas de Física. Selecionados artigos publicados entre os anos de 2002 e 2007, por pesquisadores de diferentes universidades do Brasil e com as mais diversas abordagens. Numa segunda etapa o material selecionado será analisado e classificado segundo a temática adotada bem como os principais enfoques, metodologias e estratégias utilizadas. Para a constituição dos dados foram utilizados procedimentos próprios da pesquisa qualitativa tais como: questionários e registros das aulas em um diário de bordo.

Palavras - Chave: Atividades Experimentais, Ensino de Física, Prática de Ensino de Física.

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Como a utilização de experimentos didáticos em sala de aula pode contribuir para a compreensão dos conteúdos de Óptica

Eliane de Campos Moreira e Sérgio Camargo – Universidade Federal do Paraná

[email protected]

Este trabalho analisa a influência do uso de experimentos de baixo custo e didáticos em uma aula que aborde conteúdos de óptica, para o qual foram usadas duas aulas dadas em um colégio da rede pública de ensino, no estado do Paraná. As aulas aconteceram em duas turmas diferentes de alunos do 3° ano do Ensino Médio, os quais já tinham tido contato com o conteúdo citado. Em cada aula, adotou-se uma determinada seqüência de revisão e realização de experimentos. Inicialmente, nas duas turmas, uma rápida revisão foi feita, buscando-se recordar aos alunos algumas características de fenômenos ópticos. Na primeira turma, após a revisão e discussão de propagação retilínea da luz e formação de sombras, um teste abordando tais fenômenos foi aplicado e em seguida foram realizados os experimentos demonstrativos. Com a segunda turma, os experimentos foram mostrados logo após a revisão, e somente no fim da aula o teste foi aplicado. Assim, temos também uma comparação em relação ao momento mais oportuno para a exposição de experimentos durante a aula. Os resultados mostram que, adotando a seqüência aplicada na segunda turma, os alunos tornam-se mais participativos e a aprendizagem acontece de maneira satisfatória, tanto para o docente quanto para os alunos que percebem que realmente aprenderam.

Palavras chave: experimentos, óptica, propagação retilínea da luz.

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EIXO TEMÁTICO 3

AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)

NO CONTEXTO DE AULA

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Função quadrática no cabri geometry ii

Fabiano José Dantas de Oliveira – UFPR

[email protected] O desenvolvimento contínuo de tecnologias de informação e comunicação e de softwares didáticos possibilita um novo fazer pedagógico matemático, mais dinâmico e contextualizado. Os softwares didáticos, quando utilizados com objetivos definidos de aprendizagem, possibilitam ao professor, dispor do uso do computador na elaboração do conhecimento científico e, conseqüentemente, oportunizam uma formação mais sólida e mais ampla aos seus alunos. Assim temos como problemática a seguinte questão: “De que maneira estas ferramentas podem atuar como facilitadoras do processo ensino-aprendizagem na educação matemática?”. Em busca de uma possível resposta para essa questão, escolhemos o uso do software Cabri-Geometry II, uma poderosa ferramenta da geometria dinâmica que permite criar e explorar figuras geométricas, bem como tratar essas construções em coordenadas cartesianas, o que nos vai permitir estudar, em particular, o conteúdo de função quadrática. A atividade propõe a resolução do seguinte problema: “Uma região retangular tem perímetro igual a 40m. Quais devem ser as dimensões do retângulo para que a área seja máxima?”. O problema consiste em construir, inicialmente, retângulos de mesmo perímetro e observar o que acontece com a área ao mudar-se a forma do retângulo. Com o Cabri-Geometry II, podemos modificar as dimensões do retângulo sem alterar seu perímetro, a partir de deslocamento de vértices, e relacionar a figura com o gráfico da função obtida. Através desses procedimentos, chegamos a resultados que nos permitem afirmar que é possível desenvolver atividades matemáticas relacionadas ao conteúdo funções, em particular funções quadráticas, utilizando softwares didáticos, de forma a contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem, facilitando sobremaneira o trabalho do professor e sua interação com as atividades do educando. Palavras-chave: Educação matemática, processo ensino-aprendizagem, softwares didáticos, funções quadráticas.

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Considerações sobre a utilização das Tecnologias de Comunicação e Informação no Ensino de Física

Camila Correia Machado,Universidade Federal do Paraná

[email protected] Sérgio Camargo, Universidade Federal do Paraná (DTPEN)

[email protected]

Este trabalho está sendo realizado em uma escola da Educação Básica da Rede Pública Federal de ensino, trata-se da utilização de recursos relacionados as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no Ensino de Física. A questão central é verificar qual o impacto da utilização das tecnologias de informação e comunicação para o entendimento dos conceitos Fisicos no contexto da sala de aula? Como os alunos respondem a utilização desses recursos didáticos no ensino de Física ? Na tentativa de responder esses problemas, planejamos as aulas a partir de trechos de desenhos, filmes, séries e programas afins, que continham conceitos Fisicos de Termodinâmica e Óptica Geométrica. As aulas foram ministradas utilizando-se um equipamento multimídia. Os dados foram constituidos a partir de procedimentos da pesquisa qualitativa mais especificamente questionários e registros das aulas em um diário de bordo. Existe uma crescente utilização de novas tecnologias na sociedade, porém o uso dessas em sala de aula ainda restringe-se a poucos professores de algumas instituições. Com a opção por uma metodologia de ensino que incorpora as TICs como um instrumento didático, acreditamos que possa haver uma mudança significativa na concepção dos alunos sobre os conceitos de Física.

Palavras-Chave: Tecnologia da Informação e Comunicação, Ensino de Física, Termodinâmica, Optica Geométrica, Recursos Didáticos.

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Considerações sobre a utilização das Tecnologias de Comunicação e Informação no Ensino de Física II

Camila Correia Machado,Universidade Federal do Paraná [email protected]

Prof. Dr. Sérgio Camargo, Universidade Federal do Paraná (DTPEN) [email protected]

Sabemos que há uma crescente evolução e utilização de novas tecnologias no cotidiano das pessoas. Porém, o uso de tecnologias dentro da sala de aula fica restrito a alguns professores de algumas entidades. Durante os meses de março a junho de 2009 foi realizado um estudo a respeito do ensino de Física em uma Instituição de Ensino Federal de Tecnologia. Por saber que tal entidade até pouco tempo atrás era vinculada a uma Universidade Pública Federal, e depois se elevando ao título de Instituto Federal, se imaginou algumas diferenças no ensino de Física, comparando-a a outras escolas Públicas de Curitiba. Porém, enquanto eram feitas as primeiras atividades de Observação na Escola, pode-se perceber que o ensino ali proposto era tão tradicional quanto em qualquer outra escola. Outra coisa a se observar é a de que uma entidade que recebe status de Instituto Federal não possui um simples laboratório de Física. Depois de analisar as aulas ministradas, a turma a ser desenvolvido o trabalho e as condições de infra-estrutura que poderiam ser utilizadas, em conjunto com o professor orientador, chegamos a conclusão que o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) seria bastante interessante. alunos já conhecem Como a turma a ser trabalhada é uma turma de Dependência, ou seja, tais o conteúdo a ser abordado, mas por algum motivo, não conseguiram assimilar esse conteúdo de acordo com o que o professor avaliou, a idéia é criar uma motivação para que esses alunos não “odeiem a Física”, simplesmente porque reprovaram na disciplina. A questão central é verificar qual o impacto da utilização das tecnologias de informação e comunicação para o entendimento dos conceitos Físicos no contexto da sala de aula? Como os alunos respondem a utilização desses recursos didáticos no ensino de Física ? Na tentativa de responder esses problemas, planejamos as aulas a partir de trechos de desenhos, filmes, séries e programas afins, que continham conceitos Físicos de Termodinâmica e Óptica Geométrica. Os dados foram constituidos a partir de procedimentos da pesquisa qualitativa mais especificamente questionários e registros das aulas em um diário de bordo. Espera-se que tais recursos possam gerar um acréscimo de interesse dos alunos e também que o entendimento da Física por eles se modifique, passando a vê-la como ciência e não mais uma disciplina de decorar fórmulas. Outra proposta seria encorajar o professor orientador, e porque não, outros professores da entidade, a utilizarem esses recursos, como uma ferramenta a mais na difícil, mas prazerosa, tarefa de ensinar. O importante é que, não sabemos quem estamos formando. Quem sabe futuros professores? Com uma mudança significativa na metodologia do ensino e na utilização de outros instrumentos de ensino que não o giz e o quadro, espero não estar só motivando uma mudança nas aulas e nas concepções Físicas e sim uma motivação formativa profissional. Palavras-Chave : Tecnologias de Informação e Comunicação; Metodologia ; Pesquisa qualitativa.

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EIXO TEMÁTICO 4

RELAÇÃO PROFESSORES-ALUNOS E ALUNOS-ALUNOS

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A motivação dos alunos de ensino médio para as aulas de Educação Física: principais aspectos e determinantes

Cauê Cristiano Vieira, Universidade Federal do Paraná

[email protected] No primeiro bloco de intervenções da disciplina de Prática de Ensino B, a temática por mim abordada foi a motivação dos alunos de Ensino Médio, ou a falta dela, para as aulas de Educação Física. Nas aulas que estive com as turmas pude perceber o quão é difícil motivar os adolescentes para qualquer tipo de atividade, principalmente quando a proposta de aula contempla conteúdos pouco vivenciados por eles. As aulas, as observações e as conversas com os alunos foram determinantes para a abordagem da temática neste trabalho, bem como as conversas com a professora regente. As turmas escolhidas foram duas turmas de 2º ano e duas turmas de 3º ano do ensino médio. As intervenções ocorreram no turno da manhã e as atividades propostas foram pensadas de acordo com o planejamento da professora sem esquecer das diretrizes curriculares, para que todos os conteúdos estruturantes fossem trabalhados, com o objetivo de fazer com que os jovens percebessem que a Educação Física escolar não se resume a prática dos esportes. Muitas problemáticas surgiram no decorrer do estágio e todas seriam passíveis de maior reflexão e gerariam boas discussões, porem para o grupo de alunos observado, a motivação destes, ou a falta dela, durante as aulas de Educação Física, foi o que mais me chamou a atenção. É necessário uma atenção especial com alunos do ensino médio, afinal são jovens que passam por uma fase de transição, seja esta física ou social. O presente trabalho busca entender como se da o processo de motivação dos adolescentes e seus determinantes. Palavras-chave: Educação Física, Motivação, Adolescência.

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Aluno: sujeito ativo no processo ensino- aprendizagem

Juliana Beatriz Ferst Strapasson Universidade Federal do Paraná Email:[email protected]

Este trabalho é fruto da prática de ensino, disciplina realizada no último ano do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Paraná. No período de um ano, ocorreu a permanência em uma escola estadual na região sul de Curitiba, onde ocorreram intervenções a partir de observações e da problemática encontrada naquela realidade escolar. Neste ano, a escola contou com dois professores de Educação Física e um período sem professor. O espaço físico externo é pequeno e os materiais são escassos e, por vezes, inadequados. Por acreditar que a Educação Física é a única disciplina onde os alunos/as têm liberdade para se movimentar, observei que as aulas de Educação Física, no primeiro momento, se configuraram, conforme Oliveira (2003) como “um tempo de passar o tempo”. Os alunos tiveram sempre aulas livres e, ao contrário do que muitos pensam, não estavam satisfeitos com esta situação, reivindicando sempre por AULAS de Educação Física. No inicio do segundo semestre os alunos estavam sem professor e solicitavam por “aula” de Educação Física, e neste contexto, comecei as intervenções. O maior objetivo foi gerar possibilidades aos alunos aprenderem novos conteúdos e fazer com que estes jovens manifestassem suas vozes no processo ensino-aprendizagem, chamando-os para a participação e discussão dos temas, gerando alguma condição de que ocupassem e se posicionassem como sujeitos da sua aprendizagem. Quando chegou a escola o “outro/novo professor”, os alunos continuaram participando das minhas aulas, porém com algumas indagações e a procura de referência: “Afinal, quem é o professor?”. Expliquei a este grupo de alunos que estou na escola como estudante e ao mesmo tempo como professora, deste modo, eles teriam aula um dia comigo e outro dia com o professor recém chegado, devendo respeitar e procurar entender o que cada um tem a ensinar. Durante as minhas intervenções, os alunos não participaram diretamente da escolha dos conteúdos, mas participaram do processo das aulas dando opiniões, tirando dúvidas, arriscando respostas, construindo materiais alternativos, inventando novas possibilidades de jogar e compreender os conteúdos clássicos da Educação Física ( como os Esportes, as Danças, os jogos, a Ginástica e as Lutas), reclamando do que não gostaram, elogiando o que gostaram além, é claro, participando da construção das aulas práticas e experimentando as diversas possibilidades. Assim, posso afirmar a participação do sujeito aluno/a nas aulas de Educação Física deve ir além da presença na quadra, e que o professor necessita organizar seu trabalho para gerar a possibilidade da criança e do jovem “falar e ser ouvido”, fazendo com que ele sinta-se parte da aula e não mero recebedor de um determinado conhecimento. Palavras-chave: Educação Física Escolar; Processo Ensino-Aprendizagem; Participação Efetiva.

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Corporalidade e a comunicação

Rúbia Zimermann

Universidade Federal do Paraná [email protected]

O presente artigo pauta-se não somente e exclusivamente em relatar as experiências vividas por meio de intervenções nas aulas de educação física no Colégio Estadual Cecília Meireles. Mais que isso, proponho nesse artigo a discutir, ainda que não completamente, a importância das práticas corporais na idade escolar pensando em alunos do ensino médio. Pensando na corporalidade como forma de relacionamento, comunicação, e o contato físico propriamente dito. Segundo Maria Helena Imbassaí (2003) é por intermédio co corpo que recebemos e emitimos informações, de fora e de dentro de nós. A discussão aprofunda-se ainda com auxílio de alguns autores do assunto. Para tratar do tema escolhi como formato de trabalho, jogos, de diversos tipos, abordando o assunto de forma lúdica e ainda que um pouco implícita. Observei durante as aulas também a participação e o crescente interesse dos alunos a respeito das aulas ministradas por mim. Apareceram algumas dificuldades ao longo de toda a prática, ainda que poucas, que relatarei no decorrer do trabalho. Trazer essa discussão e esses apontamentos durante as aulas hoje em dia, se fazem, na minha tão pessoal opinião, de extrema significância. Levo essa conclusão tendo como base o crescente aumento tecnológico na comunicação que nos faz perder um pouco do contato e intimidade com as outras pessoas. Palavras-chave: Educação Física Escolar, corporalidade e comunicação

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Reconhecimento da educação física como disciplina escolar

Andressa Schmidt e Rafaela Berté

Universidade Federal do Paraná Email: [email protected] , [email protected]

A educação física como qualquer outra disciplina existente no currículo escolar, deve proporcionar para a formação do aluno o desenvolvimento da autonomia, proporcionando a reflexão, o questionamento e a conscientização durante as aulas, permitindo assim a concepção de valores e atitudes, além de práticas corporais pré-estabelecidas pelo profissional da área. Neste sentido, reconhecemos que o educador na sua prática, quer queira quer não, é um veiculador de valores, em que reside a ligação, conforme Bracht (1992) da forma de ensino com seu conteúdo. Assim, entendemos que os alunos devem reconhecer as aulas de educação física como também sendo uma disciplina com conteúdos a serem ensinados e que devem ser cumpridos e não somente um momento de lazer e tempo livre, o que também depende da forma como o professor ensina. Estas reflexões surgiram a partir da experiência de prática de docência realizada em uma escola pública municipal de Curitiba, por meio de observações e do diagnósticos, que nos auxiliaram levantar esta problematização. Assim foi possível reconhecer que a maioria das aulas ocorreram nestes aspectos levantados, e posteriormente a nossa intervenção, juntamente com a mudança de professor de educação física na escola, podemos dizer que houve ênfase na assimilação da educação física como sendo parte do currículo e importante como qualquer outra disciplina para a formação e desenvolvimento da criança, o que não deixou de caracterizar em uma grande dificuldade encontrada em nossa prática. Convencer os alunos a participarem de aulas com conteúdos já determinados, atividades já estabelecidas e que algumas vezes não eram a que gostariam de realizar e, portanto todos tendo que participar, foi um obstáculo difícil de ultrapassar. Barreiras estas, resultado de um tempo na escola em que a educação física era trabalhada de outra maneira, onde a prática de atividade física acontecia sem um direcionamento formal, a cultura da educação física era outra. E os obstáculos surgiram a partir da mudança de como fazer a educação física na metade do ano letivo, atingir objetivos a cada aula, a partir de conteúdos e reflexões do fazer. Ressaltar que o professor tem o papel de intervir tanto em situações em que os alunos e alunas não queiram participar das aulas quanto nas situações em que participam, segundo Guimarães et al (2001) no sentido de integrá-las, discutindo, se necessário, a postura destas relações possibilitar um fortalecimento daqueles que se sintam criticados e inibidos pelos colegas. Foi neste caminho que trabalhamos e através do dialogo e da reflexão por parte dos alunos que foi alcançado o valor da educação física como verdadeira disciplina.

Palavras-chaves: Educação Física, Disciplina escolar, Formação do professor.

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A Educação Física Escolar como possibilidade de intervenção no meio social e humano.

Hélcio Arthur Kricky e Thiago Soneghett Cotta

Universidade Federal do Paraná Emails: [email protected]; [email protected]

O presente relato se baseia no trabalho de intervenção realizado em uma escola estadual na cidade de Curitiba, situada numa realidade conflituosa e violenta. Neste contexto, procurando situações em que os adolescentes se percebessem em relação às suas limitações e possibilidades através das aulas de Educação Física, para contribuir na formação de sujeitos cooperativos e atuantes no meio social. Neste sentido este trabalho foi possível a partir de práticas embasadas na idéia de Cassimiro (2008), que destaca a importância de realizar uma análise conjuntural do meio social onde a escola está inserida para então entender ou identificar as razões de tanta violência no ambiente escolar. Assim, desde a nossa inserção na escola, observou-se muitos conflitos entre os alunos/as e alunos/as e professores/as, principalmente manifestados na linguagem corporal como na verbal. A partir destas observações e análises, foram estruturadas atividades corporais com a finalidade de atender às necessidades de um grupo de alunos/as da 5 ª série, o qual apresenta “carência” de valores humanos, sejam eles cooperativos; afetivos; de solidariedade; de respeito a si mesmo, ao outro e ao ambiente. Neste processo grandes resistências foram apresentadas por parte dos alunos, justamente pelo fato das dinâmicas se apresentarem diferentes do que os mesmo estão acostumados. Optamos em desenvolver a proposta metodológica dos jogos cooperativos, partindo do pressuposto que está contida nos conteúdos estruturais da Educação Física, como Jogos e Brincadeiras, o qual possibilita maior integração, tanto física quanto sócio-afetiva e por envolver situações nas quais emoções vem à tona, sejam elas positivas ou negativas, que facilitem ou dificultem a atividade. Reconhecemos que todas estas manifestações são relevantes e importantes por aumentar o arcabouço de vivências e/ou experiências dos alunos/professores, pelo processo de ensino-aprendizagem. Em decorrência das dificuldades encontradas para a continuidade do processo e pelo fato de nos depararmos com diferentes e contraditórias concepções de Educação, entendemos que não poderíamos abandonar os princípios formadores de uma sociedade humana e de uma Educação Física significativa. Assim, neste processo de intervenção das práticas corporais, lembramos apoiados em Silva (2004) que a Educação é um processo de construção coletiva, contínua e permanente de formação do indivíduo, porque trabalha com o conhecimento, valores, atitudes e formação de hábitos. Palavras chave: Valores humanos, Formação de Sujeitos, Educação e Educação Física.

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Reflexões sobre os critérios de mediação da aprendizagem de Feuerstein em aulas de Física no Ensino Médio

Igor Konieczniak Universidade Federal do Paraná

[email protected] Ivanilda Higa

Universidade Federal do Paraná – DTPEN

As dificuldades no ensino de física sempre foram mérito de indagações pelos profissionais da educação. Também se questionam quais as origens e quais propostas de soluções poderiam auxiliar no enfrentamento da falta de interesse, o baixo desempenho e a aversão demonstrados pelos alunos com relação à Física no Ensino Médio. Nesse sentido, se propõe com esse trabalho uma reflexão sobre esses elementos, no âmbito da docência realizada na disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de Física III, do curso de Licenciatura em Física. A teoria da aprendizagem mediada de Reuven Feuerstein fornece elementos que possibilitam compreender as dificuldades de aprendizagem como tendo origem em experiências de aprendizagem mediada (EAMs) deficientes ou insuficientes. A teoria elenca 13 critérios que podem estar presentes numa EAM, sendo que 4 destes são fundamentais, ou seja, estes devem estar presentes para que a interação seja considerada uma EAM. São eles: a) Intencionalidade e Reciprocidade; b) transcendência; c) Mediação do Significado e d) Mediação da consciência da modificabilidade. Particularmente no que se refere ao aprendizado de Física, ressaltam-se ainda como importantes, além dos 4 considerados essenciais, os critérios de: e) mediação do sentimento de competência; f) mediação do planejamento e da busca por objetivos; g) Mediação da procura pelo novo e da busca pela complexidade e h) Mediação da escolha pela alternativa positiva. O objetivo do trabalho é então planejar e executar uma docência com base nesses critérios de mediação, refletindo sobre as possibilidades e dificuldades de contemplá-las numa situação de docência em Física no Ensino Médio, e sua importância na aprendizagem e busca de significado ao estudo da Física nesse nível de ensino. Nesse sentido, aulas de Física para o Ensino Médio foram preparadas e ministradas procurando considerar estes critérios de mediação. Para se avaliar a presença ou não desses critérios mediação de Feuerstein nas aulas ministradas, foram utilizados como instrumentos questionários apresentados aos alunos, esperando se analisar, assim, se tais aulas se apresentaram como EAMs. Palavras Chave: Experiência de Aprendizagem Mediada, Ensino de Física, Feuerstein, Mediação, Ensino Médio.

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Reflexão acerca do descumprimento às regras dos/as alunos/as da escola municipal Herley Mehl

Maria Claudia Pykosz de Oliveira

Letícia Queiroz Mendes Universidade Federal do Paraná

[email protected] [email protected]

De acordo com as observações e intervenções - motivadas pela disciplina de Prática de Ensino A e prolongadas na Prática de Ensino B - realizadas nas aulas de Educação Física dos/as alunos/as do primeiro ano, do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, da Escola Municipal Professor Herley Mehl, foram levantadas reflexões sobre questões relevantes acerca da disciplina destes/as alunos/as. Eles/as desobrigam-se de acatar as regras na ausência do/a professor/a. No entanto se este/a adverte o/a aluno/a sobre uma atitude que não corresponda às regras preestabelecidas, diante da supervisão da autoridade as crianças se submetem, temendo uma punição. Foucault ajuda-me a articular á essas questões quando escreve sobre esse tipo de organização: "A disciplina faz "funcionar" um poder relacional que se auto-sustenta por seus próprios mecanismos e substitui o brilho das manifestações pelo jogo ininterrupto dos olhares calculados.” (p.148). Os/as alunos/as não compreendem a significação das regras, eles/as não tem a consciência social do que ela representa, e sim obedecem a uma figura de autoridade. Portanto as crianças da escola localizada no bairro do Pilarzinho em Curitiba têm um conjunto de normas a qual reproduzem e preceitos destinados a elas, e, no entanto nem ao menos fazem parte do processo da construção dessas normas. Desta maneira não há noção da responsabilidade que cada um/a tem na construção do processo, e nem mesmo concepção das conseqüências de seus atos, visto que boicotam o que foi imposto. Para tanto numa reflexão interminável, constante e mutável, pensaremos sobre o comportamento destas crianças e outros modos para intervenção docente, no intuito de modificar parte da realidade no que corresponde a uma construção coletiva para alcançar determinados fins. Incluindo os/as alunos/as como determinantes para atingir um exímio resultado, para que os cumprimentos das regras façam sentido.

Palavras-Chave: disciplina, comportamento; primeiro ciclo do ensino fundamental; regras.

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A possibilidade de os jogos e as brincadeiras atuarem como elementos de discriminação e exclusão nas aulas de Educação Física.

Matheus Antonio Pinto Bellin, Universidade Federal do Paraná

[email protected] Os jogos e as brincadeiras são elementos representativos da cultura corporal. Trazem junto de si uma gama de características e particularidades, as quais colocam o ato de jogar e brincar como importantes ferramentas pedagógicas a serem abordadas durante as aulas de Educação Física. Como benefícios, trazem a alegria, a satisfação e a sensação de bem estar daqueles que nessas atividades se envolvem, fazendo com que sejam vivenciados momentos de interação e companheirismo com os colegas, sendo que é exatamente essa a situação mais propícia para estimular a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Contudo, problemas relacionados à discriminação e à exclusão sempre fizeram parte do cotidiano das escolas, assim como da rotina das aulas de Educação Física. Inúmeros fatores podem contribuir para isso, dificultando, dessa maneira, detectar com exatidão qual (ais) é (são) a(s) causa(s) de tais acontecimentos, assim como impossibilitando apontar com precisão o que poderia ser feito para evitar que eles acontecessem. E as aulas de Educação Física têm se configurado como uns dos momentos mais cruciais para que tais acontecimentos tomem lugar, pois é nelas que os alunos exibem os seus corpos e o que podem ou sabem fazer com eles. Todo esse contexto pode inibir alguns, assim como estimular a provocação, o xingamento e a humilhação provinda de outros, o que pode discriminar e até excluir alunos que talvez não tenham o padrão físico semelhante ao da maioria, ou então não consigam desempenhar com semelhante destreza o que os outros fazem. Objetiva-se, então, demonstrar alguns resultados de um estudo realizado com alunos do Ensino Fundamental, que responderam a um questionário e posicionaram-se frente a estes acontecimentos de discriminação e exclusão analisando, posteriormente, se realmente os jogos e as brincadeiras podem sugerir brechas para que determinados alunos sejam vítimas desses comportamentos, englobando-os sob a denominação Bullying, termo usado contemporaneamente quando se deseja falar de situações como as descritas acima. Palavras-chave: jogos, brincadeiras, discriminação, exclusão e Bullying.

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EIXO TEMÁTICO 5

RELAÇÕES UNIVERSIDADE – ESCOLA

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Falácias sobre a escola pública: uma nova experiência

Ana Paula Reinbold e Willian Hey Alexandre da Silva

Universidade Federal do Paraná Emails:[email protected] e [email protected]

As reflexões deste trabalho surgem da experiência de prática de docência ligada à disciplina de Pratica de Ensino B do curso de Licenciatura em Educação Física. em uma escola pública, situada nas redondezas da Vila Fanny/Curitiba-PR. O ponto de referência deste estudo baseia-se no que nos é apresentado – a partir do senso comum - sobre as repercussões do ensino na escola pública. De certa forma, ainda é muito presente dentro ou fora da Universidade, que na escola pública a educação é de baixa qualidade, entre outros itens apresenta carência de estrutura física e de materiais. Neste sentido, ao remetermos para a especificidade da educação física, ouvimos ainda nesta relação de “senso comum” que alunos e professores são desmotivados, os conteúdos trabalhados limitam-se aos quatro esportes (futebol, handebol, basquetebol e voleibol) e que existe uma cultura da não realização da “aula”. Porém, ao iniciarmos nossa experiência de docência nesta escola surpreendemos com uma realidade diferente. Encontramos, entre outras possibilidades, uma escola organizada, com boa estrutura física e materiais didáticos em boas condições, alunos e professores motivados e engajados. De início, ficamos intrigados por não encontrarmos nenhum “problema” com as turmas que estivemos trabalhando. Foi assim, que percebemos problematizar a prática – não significa necessariamente encontrar “problemas” dificuldades em garantir o trabalho docente e que naquele momento o maior “problema” seria então a nossa concepção sobre escola pública. Acreditamos que esta relação presente na nossa formação e na cultura escolar se constituiu um “abismo” entre a Escola e Universidade. Ficamos motivados em querer preparar nossas aulas e proporcionar aos alunos situações ainda mais significativas para o seu aprendizado e consequentemente para as suas vidas. Para isto, baseamos nos registros das observações, nas conversas com os alunos e com a professora de Educação Física da e nas orientações da Disciplina de Prática de Ensino. Neste processo, tivemos a oportunidade de trabalhar com algumas questões abertas onde os alunos deveriam se posicionar sobre: o que significa a escola e o que significa a educação física e os seus interesses sobre o que aprender durante as aulas. Mediante este diagnóstico, escolhemos o conteúdo do Ensino de Jogos Cooperativos, por acreditarmos e apoiados nos estudos de VAGO (2002,2003), teríamos elementos para despertar e contemplar a relação de que cada sujeito aluno/a é portador de uma “cultura corporal singular” a qual é constituída mediante suas experiências cotidianas e sociais. A partir dessa experiência com os alunos/as nesta escola, percebemos que muito do “senso comum” que tínhamos apreendido sobre a escola pública se dissolveu. Podemos afirmar que, mesmo neste pouco tempo de prática de docência, ocorreu uma aproximação efetiva com a realidade escolar, o que nos permitiu querer entender os diferentes sentidos e significados atribuídos à escola pública, e com isto o processo de formação de nossa identidade enquanto professores/as. Palavras-chave: Escola Pública, Aulas de Educação Física, Cultura Escolar, Formação de professores (as).

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Curitiba: a importância dos parques urbanos para a conservação da mata atlântica

Uma problemática atual no ensino de Ciências e Biologia nas escolas brasileiras é a falta de propostas pedagógicas com abordagens mais críticas dos temas ambientais locais e regionais. Muitas vezes a educação ambiental é trabalhada pelos professores de uma forma bastante superficial, através de aulas expositivas repletas de explicações teóricas descontextualizadas dos problemas políticos, econômicos e sociais. Esse tipo de abordagem pode vir a ser um obstáculo na aprendizagem e conscientização ecológica por parte dos alunos. Com o objetivo de minimizar tal problemática, um projeto de educação ambiental vem sendo desenvolvido através da disciplina “Atividades complementares (Bio 001)” do currículo de Ciências Biológicas da UFPR, cujo tema central se baseia na importância de se conservar um dos biomas mais ameaçados do Brasil, a Mata Atlântica. A cidade de Curitiba está inserida nos domínios da Floresta com Araucária, um dos principais ecossistemas da Mata Atlântica, cuja distribuição encontra-se atualmente restrita a pequenos e isolados fragmentos florestais. Na capital, esses remanescentes são formados principalmente por parques e bosques urbanos, daí a importância conservacionista dessas áreas verdes. O projeto vem sendo desenvolvido no Colégio Estadual Santa Gemma Galgani localizado na Barreirinha, próximo a um dos parques mais bem preservados da cidade, o Parque da Barreirinha. As atividades estão sendo aplicadas a todos os primeiros anos do ensino médio do colégio e foram divididas nas seguintes etapas: 1ª) realizada durante os dias 09, 10 e 11 de novembro, onde se abordou os principais aspectos relacionados à Mata Atlântica em forma de aula expositiva dialogada. 2ª) programada para o dia 14 de novembro, consistirá em uma atividade de campo no parque da Barreirinha, para aplicação prática dos conteúdos abordados em sala de aula, principalmente o reconhecimento de espécies animais e vegetais da Floresta com Araucária. 3ª) agendada para os dias 18 e 19 de novembro, onde os alunos serão auxiliados no laboratório de informática pela equipe executora deste projeto para a confecção de cd’s e relatórios de campo com as experiências por eles relatadas. Os resultados parciais são satisfatórios e a grande maioria dos alunos demonstrou-se motivados com o desenvolvimento do projeto, principalmente com o recurso do uso de imagens ilustrativas sobre o bioma estudado. Embora tenha sido pouco intensa a participação e a interatividade dos alunos até o presente momento, estes têm ficado atentos as principais informações apresentadas, atendendo em parte a nossa expectativa. Acredita-se que com a realização das atividades que se sucederão nas próximas etapas, os conhecimentos a serem apreendidos pelos alunos irão possibilitar o alcance dos objetivos propostos neste trabalho. Palavras-chave: Educação ambiental; Mata atlântica; Conservação.

Leonardo Giraldi Damaceno Gustman ([email protected]); Lívia Priori Gonçalves; Rosana Ribeiro; Vanessa Ribeiro; Vinicius Richardi; Ligia Strey; Juliana Wojciechowski, Carlos Eduardo Pilleggi de Souza (Orientador) Universidade Federal do Paraná, Curso de Ciências Biológicas.

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EIXO TEMÁTICO 6

AVALIAÇÃO DO ENSINO

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Frações: Uma análise dos erros cometidos por alunos de 5ª série

Pauliane Waifan Garcia Chu – Universidade Federal do Paraná Patrícia Stocco – Universidade Federal do Paraná

Pamela Jéssika Balotin – Universidade Federal do Paraná Suellen Rodrigues de Oliveira – Universidade Federal do Paraná

Pensando no estágio como uma ação formadora de professores-pesquisadores, fora proposto, pela Profª Drª Tania Teresinha Bruns Zimer, responsável pela disciplina Prática de Docência em Matemática II, a investigação sobre a aprendizagem dos alunos na disciplina de Matemática. Teve-se como campo de estágio, no segundo semestre de 2009, duas escolas da rede estadual de ensino localizadas em Curitiba e observou-se, no total, nove turmas de 5ª série do Ensino Fundamental. Estas escolas atendem, em maior parte, alunos da região leste da cidade e dos municípios de Pinhais e Piraquara. Este estudo tem por objetivo encontrar as possíveis causas que geraram esses erros através da sistematização e análise dos dados coletados. A observação foi realizada através da monitoria desses alunos em sala de aula com a professora da turma. Durante as observações, evidenciou-se a dificuldade apresentada por alguns alunos nos conteúdos relacionados a frações. Em um segundo momento, sistematizou-se as evidências coletadas no campo de estágio e fez-se a separação por categorias, onde foram incluídos algumas naturezas do erro (erros operacionais, erros devido à falta de atenção, erros conceituais e erros de interpretação) e um tópico relacionado à ausência do erro (repetição de exercícios, da contextualização do conteúdo ou da base que o aluno possui). Percebeu-se que os erros e/ou dificuldades observados possuem diversas causas e que em cada tópico do conteúdo estudado, por exemplo: leitura e interpretação gráfica de frações, soma e subtração de frações, frações equivalentes e comparação de frações, surgem dificuldades diferentes, e que isto varia de aluno para aluno. Também foi observado que os erros mais freqüentes são pela compreensão errônea de determinado conceito sendo este atual ou não. Palavras-chave: avaliação da aprendizagem, frações, análise de erro, educação matemática.

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Análise de erros: alunos do 2º ano do ensino médio

Simone Venturi – Universidade Federal do Paraná (UFPR)

E-mail: [email protected] A análise de erros é uma metodologia de pesquisa e ensino que pode auxiliar professores e alunos a rever conteúdos nos quais surgem dificuldades. Nesta pesquisa são apresentados resultados de investigações sobre erros cometidos na disciplina de Matemática por alunos do 2º ano do Ensino Médio. A coleta de dados é organizada a partir de blocos de conteúdos programáticos do 2º ano do Ensino Médio, e em cada bloco há a exposição dos erros mais comuns encontrados na escola, avaliando trabalhos, exercícios em sala, provas, e ainda através dos diálogos feitos em sala de aula. Têm-se em seguida algumas ilustrações exemplificando o erro cometido pelo aluno, seguido do motivo pelo qual o aluno veio a cometer aquele erro. Os erros mais comuns compreendem um conteúdo anterior, o qual o aluno devia ter aprendido nas séries anteriores do ensino fundamental. Além disso, a maior parte dos erros se reflete no domínio de conceitos básicos matemáticos, os quais algumas vezes são abandonados pelos professores para “facilitar” os cálculos do aluno. Porém, quando o aluno não tem o domínio dos conceitos, acaba tendo erros básicos, mas não por falta de atenção, e sim por falta da concretização desses conceitos matemáticos. Por tais motivos, os erros avaliados se repetem em vários conteúdos do ensino médio, e que muitas vezes passam despercebidos pelo professor. Tal análise de erros torna-se uma ferramenta para o ensino-aprendizagem, permitindo ao professor planejar intervenções didáticas que revisem os conteúdos nos quais os alunos mostram dificuldades. Contribui ainda para uma diversificação da educação matemática baseando-se principalmente nos erros e dificuldades dos alunos, além de possibilitar uma inovação no ensino-aprendizagem do Ensino Médio. Palavras-Chave: Análise de erros. Conceitos Matemáticos. Ensino-Aprendizagem.

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EIXO TEMÁTICO7

PESQUISA SOBRE/NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

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Os jovens escolares no ensino médio e as formas de tratar os saberes escolares nas aulas de Educação Física: PDE e suas possibilidades de mudança na formação do professor/a

Francisco Antonio Albano Secretaria de Educação do Paraná

Email:[email protected] Quem ainda não ouviu comentários que na aula de Educação Física o professor da uma bola e pronto?Quem ainda não ouviu comentários sobre as práticas de sala de aula da disciplina de Educação Física? Questionamentos como esses e outros, sempre me levaram a pensar na legitimidade da educação física como disciplina - componente da matriz curricular obrigatória - com um saber formal a ser utilizado entre tantas outras formas, de construir o conhecimento. Assim, como professor da rede estadual de Educação, atuante em diversos níveis da Educação Básica, venho procurando compreender a Educação Física como elemento de formação do sujeito, com um papel importante na compreensão dos benefícios que muito deveriam contribuir através de seus conteúdos para a vida do jovem/aluno. Logo, para tratar dessas questões relativas aos saberes escolares nas aulas de Educação Física entendemos a necessidade de compreender os jovens escolares do ensino médio, como sujeitos que trazem de seu dia a dia saberes cotidianos adquiridos dentro e fora da escola, e como esses saberes tratados nas aulas de Educação Física influenciam na vida desses alunos. As discussões destas questões ocorrerá em um primeiro momento com a elaboração de um grupo de estudos com professores de Educação Física da Rede Estadual de Educação, atuantes em sala de aulas, denominado de GTR (Grupo de Trabalho em Rede). Através desse grupo de estudo procura-se: a) Gerar um espaço de possibilidades para refletir e se aproximar da realidade social de jovens escolares, reconhecendo-os como sujeito social e cotidiano. b) Debater com e entre os sujeitos professores/as de Educação Física sobre as formas/maneiras encontradas para tratar os conhecimentos específicos e pedagógicos da área no Ensino médio. c) Analisar as relações do mundo da escola e do mundo juvenil, procurando reconhecer e interpretar elementos presentes no processo de formação. e) Discutir o Ensino da Educação Física e as relações construídas social e culturalmente na vida do sujeito escolar mediadas nas relações professor x aluno – aluno x aluno. Este estudo faz parte de um projeto de políticas publicas do Governo Federal desenvolvido nas Unidades Federativas sendo diferenciadas de estado para estado conforme a necessidade local, denominado Plano de desenvolvimento da Educação – PDE. O PDE é uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da Educação Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense. Palavras chave: Ensino Médio; Jovens escolares; Aulas de Educação Física; Formação continuada.

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Formação do Professor de Artes: Novas Possibilidades

Luciana Gurgel de Siqueira - Universidade Federal do Paraná

Ana Luiza Suhr Reghelin - Universidade Federal do Paraná Clenice Thomas Maciel - Universidade Federal do Paraná

[email protected] O ensino de artes visuais demanda tempo e recursos do professor além de uma boa estrutura escolar, Em meio à tantas mudanças de currículo, como pensar em novas possibilidades que acrescentem na prática do professor nas aulas de Artes? O seguinte trabalho tem como objetivo, relatar a experiência do curso “Paleta de Possibilidades: Pensando o ensino de Artes na escola”, da disciplina Projetos Integrados do terceiro ano de Educação Artística – Artes Plásticas, da Universidade Federal do Paraná, orientado pela professora doutora Dulce Osinski. O objetivo deste curso foi trabalhar e discutir juntamente com professores da rede estadual de educação, a prática do professor de Artes, o cotidiano escolar e as metodologias na escola, refletindo e criando novas possibilidades para o ensino de Artes. Com duração de 60 horas, foi proposto como curso de extensão do departamento de Artes e foi planejado no formato de fórum de discussão, aberto a debate de temas atuais e troca de experiências entre os professores, com propostas teóricas e/ou práticas em cada aula. O curso teve uma freqüência de 16 alunos , sendo 14 concluintes. O curso teve boa aceitação por parte dos professores participantes além de ter possibilitado outros dois eventos de formação do professor. O município de Campina Grande do Sul convidou o curso “Paleta de Possibilidades” para participar de sua semana pedagógica para auxiliar no processo de formação dos professores de Artes. Outro resultado importante foi a mesa redonda “A Polivalência do Professor de Artes” que promoveu um espaço de reflexão e discussão sobre as novas exigências do currículo. Acredita-se que através desse caminho de mão dupla, onde quem ensina aprende e quem aprende ensina, foi possível por meio de discussões, relatos de experiências e atividades práticas, criar novos olhares sobre as aulas de Artes, novas maneiras de se trabalhar os conteúdos, novos rumos (possibilidades) para o ensino/aprendizagem de Artes. Palavras-chave: formação de professores, ensino das artes visuais, reflexão teórico/prática do ensino.

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A inserção de física moderna no ensino médio: o laser e suas aplicações

Vandertone Santos Machado Universidade Federal do Paraná – UFPR

[email protected] O ensino tradicional de Física encontra-se totalmente defasado das necessidades atuais. Nossos alunos deparam-se com novas tecnologias, que simplesmente não podem ser explicadas pela Física Clássica, pois os conhecimentos científicos e tecnológicos envolvidos estão muito além da Física tradicional. A Física Moderna que é fundamental na sociedade atual, deve cada vez mais estar presentes nas salas de aula do ensino médio. Um dos tópico mais interessantes da Física Moderna refere-se ao Laser. Propomos como atividade de aprofundamento o estudo do Laser, o princípio Físico de funcionamento e suas aplicações no cotidiano. Trabalhamos com uma turma do 3º ano do ensino médio de uma escola pública. Aplicamos ao alunos um questionário sobre a Física Moderna e o Laser, antes do início dos trabalhos. Após as apresentações, os alunos responderam o mesmo questionário. Assim pudemos verificar os conhecimentos dos alunos antes e depois dos estudos, verificando a evolução dos conceitos que os mesmos possuem sobre a Física Moderna e sua inserção no ensino médio.

Palavras chave: Física Moderna, Ensino Médio, Laser, Cotidiano.

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Prática de ensino: como está, fica?

Caroline Francye Rosa de Freitas

O presente trabalho surge da experiência na disciplina de Prática de Ensino do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Paraná. Por ter como questionamento central a própria disciplina e a relação dela com o currículo do curso e com a escola em geral, não acho necessário nominar as escolas em que a Prática de Ensino ocorreu, visto que não será esse o contexto específico a ser analisado. O que pretendemos problematizar aqui é: o que é a prática de ensino, para que ela serve e como ela poderia assumir outras formas mais eficazes? Tais questionamentos surgiram da percepção da defasagem entre Escola e Universidade, defasagem percebida na falta de comunicação real entre ambas ao não se considerarem mutuamente em seus contextos. O estagiário não é um elemento pensado na constituição do projeto escolar e as legalidades e cronogramas escolares são tratados como meros detalhes pela Universidade, que impõe o seu calendário ao calendário e burocracias da Escola. Além disso, na relação com o currículo do curso, a disciplina aqui tratada encontra-se desarticulada com as outras, e parece desenvolver-se tardiamente. Desarticulada no sentido de que não dialoga profundamente com as disciplinas teóricas relacionadas á educação, como didática e metodologia, talvez justamente por acontecer muito tempo depois dessas duas. Essa relação temporal tardia não se expressa unicamente na desarticulação dela com outras disciplinas, mas também ao não permitir que se desenvolva um trabalho de pesquisa embasado na prática de forma mais elaborada, pois matéria acontece no último ano quando a maioria dos alunos e das alunas já estão desenvolvendo seus trabalhos finais de conclusão de curso. Seria de maior relevância as problematizações provenientes da disciplina se as alunas e os alunos tivessem a oportunidade de dar continuidade ao que se inicia e se acaba tão brevemente na disciplina. Surgem desses questionamentos dois antigos problemas que permeiam a educação: a antiga discussão da divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual e a forma como nosso currículo é construído na lógica formal e linear sem considerar o movimento da consciência. Nosso currículo explicita não apenas a idéia de progressão pedagógica, ao colocar algumas disciplinas teóricas que “embasariam a prática” antes da prática, como se essa fosse o culminante de todo o trabalho, mas também coloca a premissa do teórico sobre o intelectual. Premissa presente na ordem curricular do curso de Educação Física e na relação com a Escola, ao não se estabelecer uma relação duradoura e conseqüente, onde a presença do estagiário seria apenas uma das etapas da relação. A forma como a disciplina de Pratica de Ensino se encontra hoje no currículo do curso de Educação Física da UFPR constitui-se em um problema sério que influencia inclusive o tipo de produção e problematização provenientes dessa prática, visto que é seu formato que embasará a forma como os alunos e as alunas do curso desenvolvem e pensam sua prática de ensino.

Palavras-Chave: Currículo; Teoria e Prática; Escola e Universidade; Formação Inicial.

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A contribuição da Educação Física escolar na formação humana

Leilane Lazarotto

Universidade Federal do Paraná [email protected]

Busca-se na experiência prática de docência a possibilidade do acadêmico de licenciatura “aprender a ser professor”, com o objetivo de que ao final do processo, possa promover o desenvolvimento dos sujeitos e contribuir na formação de cidadãos, ensinando e ampliando os conhecimentos dos/as alunos/as. Nossa experiência de prática de ensino, do curso de Licenciatura em Educação Física foi realizada durante o 1º e 2º semestre de 2009, em uma escola estadual, próxima a região dos bairros Rebouças e Parolin, Curitiba/PR. Esta realidade escolar conta com um público de ensino médio geral e profissionalizante – Técnico Secretariado e Técnico Administrativo, com idade média entre 15 e 18 anos. Em primeiro momento, foram realizadas observações quanto ao cotidiano escolar e as aulas de educação física, gerando questionamentos aos grupos dos alunos/as. Por exemplo: quando questionados sobre o significado e quais os objetivos da educação física na escola, 5,3% dos alunos não souberam responder, 35% afirmaram ser uma aula voltada para o esporte, 17% afirmaram ser uma aula de descontração e 41% afirmaram ser uma aula voltada para atividade física, qualidade de vida e saúde. Foi possível observar durante as aulas de Educação Física, a fragmentação do conhecimento, a repetição dos conteúdos em diferentes níveis e séries, e principalmente a tendência em desenvolver uma prática pedagógica voltada “ao fazer pelo fazer”, o que em parte não permitia atingir os objetivos propostos numa perspectiva crítica de educação. Com isto, pode-se observar a projeção de um antagonismo entre a relação teoria – prática, pois o processo fundamenta-se em um pensamento criativo, em um ambiente aberto a novas experiências e reflexão (PALMA, 2001; RESENDE, 1994). Neste sentido, em um segundo momento realizamos um planejamento, o qual através de atividades corporais, buscou–se possibilitar aos jovens um processo reflexivo do seu desenvolvimento da consciência corporal. Para isto, apoiou-se na concepção “crítico-emancipatória” (KUNZ, 1996), a qual busca transformar, reproduzir, criar e instrumentalizar conhecimentos e ações, visando a formação de cidadãos crítico-emancipatórios, que sejam capazes de transcender ao senso comum”. Neste sentido, os estudos de Soares (1996) fortaleceram nossa prática de docência quando nos esclarece que, como professores de educação física, podemos atualmente romper com a visão tecnicista, sendo capazes de ensinar os conteúdos da área, valendo-se criativamente de suas metodologias, a fim de transmitir e contribuir com a constituição de um patrimônio a ser tratado pela escola: a cultura corporal, assim como Vago (1995) afirma, que a formação, deve estar aberta às inúmeras possibilidades de expressão, sendo a educação física um saber passível de ensinar a história do movimento dos seres humanos, estes como sujeitos sociais. Foi neste caminho, que situamos a importância de apontar em conjunto com suas adversidades que o Ensino de Educação Física contribui no processo de formação humana. Palavras chave: Educação Física Escolar; Ensino; Formação.

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Utilização didática da história da ciência no ensino de física e a formação de professores: uma análise das provas do ENADE para os cursos de licenciatura em física

Luis Felipe Pikcius Bezerra de Siqueira-Universidade Federal do Paraná, Apoio : CNPQ – bolsa de

Iniciação Científica - PIBIC Ivanilda Higa

Neste trabalho temos como objetivo realizar um estudo acerca a História da Ciência nas provas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). É indiscutível a necessidade de um bom professor dominar o conteúdo a ser passado aos seus alunos, porém, acreditar que apenas com esse conhecimento e com a vivência escolar passada como aluno ele será capaz de ministrar uma aula de qualidade é um ato que acaba por negligenciar os saberes ligados à pesquisa educacional, à didática e à pedagogia em geral, caindo assim nas chamadas “idéias de senso comum” (Carvalho e Gil, 1993). O uso da história da ciência no ensino de física tem sido bastante recomendada por pesquisadores e professores dessa área, os quais dizem que o enfoque histórico pode trazer contribuições diretas para o ensino de Física e como tal, deve ser também enfatizada na formação de professores. Também a Portaria Inep nº 128 de 07 de agosto de 2008 recomenda que reconhecer as relações do desenvolvimento histórico e conceitual da Física com outras áreas do saber, com as diversas tecnologias e com diferentes instâncias sociais deve ser um atributo privilegiado pela prova. Além disso, A formação em Física atualmente exige certa flexibilidade de currículo que segundo as Diretrizes de Formação (MEC) para esses profissionais, deve ser oferecida de modo a ser complementada com os chamados módulos seqüenciais, referentes à ênfase escolhida pelo estudante, por isso analisamos também essas Diretrizes com relação a inserção da História da Ciência na formação de professores. Nesse sentido, para que os professores possam utilizar-se desse enfoque, é preciso que tenham uma formação que os habilite para tal. È nesse sentido que realizamos um estudo acerca da presença da história da ciência nas questões do ENADE, por este ser um instrumento de avaliação do estudante, futuro professor de física, e como parte de uma avaliação institucional, tal exame pode ser um indutor das práticas na formação desses professores. Buscamos informações a respeito de como é organizado o ENADE e qual o tipo de avaliação que ele determina, além de discutirmos algumas visões sobre as influências do uso da História da Ciência na aprendizagem da física. A partir de uma articulação entre as provas do ENADE para a licenciatura em física e as diversas visões sobre a inserção de um enfoque histórico em ciências, fizemos uma seleção de questões das provas de 2005 e 2008 do ENADE para os cursos de Licenciatura em Física, visando analisar a presença ou não da história da ciência nessas questões, e a compreensão dos diversos métodos de se utilizar esse tipo de enfoque no ensino de física. Das 50 questões analisadas em cada prova (2005 e 2008), 6 traziam elementos da História da Física sendo que 2 dessas questões estavam na prova de 2005 e 4 na de 2008. Uma análise mais apurada destas indicou que nem todas exigem conhecimento específico de História para serem respondidas.

Palavras-chave: história da ciência, formação de professores, ENADE, ensino de física.

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EIXO TEMÁTICO 8

ESPAÇOS ALTERNATIVOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

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Escolarização Hospitalar: Um olhar diferenciado na práxis pedagógica

Luciane R. Santos Souza

[email protected] O presente texto procura o situar o leitor sobre os caminhos da escolarização hospitalar no que tange a sua implantação e a práxis pedagógica diária em uma das unidades conveniadas a Secretaria do Estado da Educação do Paraná, refletindo o trabalho intenso e comprometido da Equipe SAREH-Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar na unidade conveniada APACN (Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia), que após período de implantação do programa, conseguiu definir um plano pedagógico hospitalar, pautado na legislação vigente e nos inúmeros limites e possibilidades encontradas durante este processo, onde a perseverança e persistência são as armas deste programa contra o desânimo que se abate sobre os alunos-pacientes. Será proposto uma viagem pela legislação que embasa a educação hospitalar, a caminhada da política pública de implantação do programa Sareh até uma das unidades conveniadas, o perfil do profissional atuante na classe hospitalar e algumas considerações sobre a escolarização em ambiente hospitalar. Relatar-se-á, referências da prática pedagógica já vivenciada satisfatoriamente, provocando o desenvolvimento de um novo olhar na compreensão da importância deste espaço de escolarização, demonstrando a necessidade de sensibilizar-se, apoiar e investir nesse processo de educação hospitalar diferenciado de grande importância para o resgate da subjetividade e melhoria da saúde dos alunos-pacientes. Relatar essa realidade prática, suas dificuldades e avanços, requer ter-se em mente um projeto político pedagógico, um projeto de escola, um projeto de transformação social, de uma política pública comprometida com o sujeito histórico, com o processo de inclusão calcada em mudanças sistêmicas, que tenham o alcance de alternativas de sucesso pedagógico de nosso aluno, lá no chão da escola e que se reflete para o ambiente hospitalar. Comprometer-se com o processo de inclusão é mais que comprometer-se com o magistério, mas sim, querer ser o articulador e mediador da consciência social, suas mazelas, preconceitos e barreiras. Palavras chave: Política Pública, Escolarização, Hospital.

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Criação de histórias e a confecção dos personagens com uso de materiais recicláveis.

Autora: Margarete Schaffer Instituição: Colégio Estadual Amâncio Moro - PR

E-mail: [email protected]

O presente trabalho teve a intenção de conscientizar os alunos do ensino fundamental, sobre a importância da preservação e da recuperação do meio ambiente e dos recursos naturais que o compõe, sendo estes os minerais, as plantas e os animais. O trabalho foi desenvolvido em duas fases, uma de pesquisa na educação ambiental e outra de atividade prática e lúdica, onde os alunos puderam desenvolver a criatividade, primeiro na forma escrita de uma pequena história e depois na criação dos personagens para contar esta história. Os personagens adquiriram formas de fantoches ou mesmo fantasias, como num verdadeiro teatro. A temática principal foi a seguinte: os seres humanos precisam dos recursos naturais para sua sobrevivência, para poderem se alimentar precisam extrair a energia das plantas; para se abrigar precisam transformar os materiais encontrados na natureza em construções; para se locomover criam veículos diversos, portanto devem estabelecer uma convivência harmoniosa com este meio ambiente que lhes dá a subsistência. O uso inteligente e sustentável dos recursos naturais é o principal agente de preservação, porque os materiais encontrados no meio ambiente são finitos e, portanto teremos que adotar uma consciência de reaproveitar, de reduzir e de reciclar. Os humanos precisam cuidar para não poluir e extinguir os recursos energéticos como a água, plantas, florestas e animais, bem como cuidar do ar e das rochas, o ar é o oxigênio que respiramos, e as rochas com o passar do tempo se transformam em solos, que dão suporte para as plantas. A reciclagem foi o tema das histórias, e a reutilização de embalagens descartadas foi o recurso material utilizado para que as crianças pudessem contar suas histórias sobre este tema tão pertinente aos dias atuais. Formados em equipes os alunos criaram suas histórias, e estas aos poucos foram sendo incorporadas com personagens que adquiriram as mais diversas formas. Com o uso e a transformação criativa de materiais recicláveis como caixas de papelão, garrafas pet, latinhas, tampas, embalagens de isopor, tecidos, lãs coloridas, linha e cola; estes materiais simples foram pouco a pouco se transformando em fantoches. A finalização do trabalho se deu quando cada equipe contou sua história para os colegas, dando voz e vida aos seus personagens em um palco criado com caixas de papelão e uma cortina de tecido. As histórias abordaram o tema da motivação principal que foi: por que devemos preservar a natureza e os recursos naturais? Os alunos ficaram motivados com o tema desde o início da pesquisa. Os resultados finais foram surpreendentes, pois os alunos apresentaram idéias criativas em suas histórias ao abordarem o tema proposto. Os objetos e os bonecos de fantoches criados pelos alunos para demonstrar suas idéias, apresentaram formas interessantes e coloridas, e até mesmo engraçadas. Alguns alunos optaram por incorporar os personagens de sua história com fantasias feitas de materiais recicláveis, e se apresentaram no formato de teatro vivo para os colegas, compondo inclusive com fundo musical. É importante que os professores possam programar e proporcionar atividades criativas, que permitam aos seus alunos além de apreender conhecimentos, fantasiar, criar e sonhar com um mundo melhor.

Palavras Chave: Preservação ambiental, histórias, personagens, materiais recicláveis, criatividade.

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Projeto de educação em saúde sobre pediculose e gastroenterites na infância aplicado no cei - centro educacional infantil HC/UFPR pipa encantada Fúlvia Fernandes Pereira Universidade Federal do Paraná UFPR Isabel Talina F. F. Catraio Universidade Federal do Paraná UFPR Vânia Carvalho de Oliveira Universidade Federal do Paraná UFPR Israel Esteves Dias Universidade Federal do Paraná UFPR [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; Este trabalho foi apresentado à disciplina de Prática de ensino II, de licenciatura em enfermagem, e teve como objetivo atingir o nível básico de educação em saúde para o público alvo crianças na faixa etária de 0-03 anos (maternal, 29 alunos) e 04-06 anos (pré-38 alunos). Os temas abordados foram pediculose e gastroenterite, uma vez que são situações cotidianas na faixa etária do público alvo e causam afastamento das atividades das crianças. O trabalho aliou os significados já conhecidos para fixar novos conhecimentos, instigando os sentidos da visão, audição, tato e olfato e a percepção lúdica como reforço para fixação. O objetivo proposto foi relatar os principais aspectos da pediculose e das gastroenterites na infância, o que é, sintomatologia, transmissão e prevenção e identificar a mudança de comportamento por parte dos sujeitos, estimular o cuidado, quanto a prevenção das doenças. Como metodologia, utilizamos diferentes materiais educativos como desenhos para colorir, cartazes, pentes finos e folders para os pais; material lúdico e dramaturgo como fantoches para teatro; e recursos audiovisuais como aparelho de som e power point. Para as crianças da faixa etária citada, acreditamos que a metodologia utilizada foi a mais adequada, pois conseguiu prender a atenção delas o tempo todo, em quatro atividades de pouca duração, de forma a prender a atenção sem se tornar enfadonho para elas, e ser um dia diferente do qual vão recordar juntamente com as instruções. Consideramos que a sequência das atividades foi útil para a fixação do conteúdo evitando a repetição. O resultado foi satisfatório uma vez que ao final do processo as crianças referiam com exatidão frases como: “Não pode colocar o dedo na boca”, “ Aprendi a lavar as mãos”, “ Tem que lavar as frutas antes de comer”, “ os bichos que não dá pra ver são bactérias”. Houve a oportunidade de esclarecer duvidas, dentre elas verificou-se a dúvida quanto ao nome do desenho que estavam pintando (confundiram o piolho com o caranguejo). Constatamos então que as crianças são excelentes em absorver, ótimos em praticar e peritos em multiplicar o conhecimento recebido aos pais e colegas. A educação em saúde também não se limita quanto ao ambiente físico, ocorrendo nas ruas, nas praças, no comércio, ou mesmo em instituições públicas ou privadas. Seja como for e onde ocorrer, o enfermeiro deve ser um veículo eficaz na transmissão do conhecimento em saúde. Palavras-chave: educação em saúde; enfermagem; educação.

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EIXO TEMÁTICO 9

EDUCAÇÃO E INVENÇÃO

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Capitalismo, trabalho e educação: uma tríade inerente

Everton Ribeiro (Eevee), Faculdade de Artes do Paraná – FAP [email protected]

Com a concepção teórico-metodológica do materialismo histórico a educação passa a ser um direito, torna-se um processo intencional com o ideal de fazer do indivíduo um membro da sociedade. Nesta concepção, ainda, o trabalho era tido como uma atividade digna, contrariando os ideais da antiga sociedade feudal. As relações sociais de produção são condutoras da sociedade e, sendo assim, a educação, como esfera social, não pode ser concebida de forma dissociada de todo o processo das relações sociais, já que o próprio conteúdo ensinado na escola, nos grupos sociais e meios de comunicação, é conseqüência destas relações. As condições de funcionamento do mercado capitalista, através das crises econômicas, da autonomia da máquina, do avanço tecnológico como potência máxima para a exploração da força de trabalho, determinam intrinsecamente o sistema educacional. Atualmente, a educação tida como um bem de produção transformou o processo de ensino-aprendizagem num reflexo do plano econômico, numa concepção produtivista. Com o desemprego estrutural, as perspectivas da educação básica se transformaram na busca da formação do profissional qualificado, dotado de habilidades inerentes ao mundo do trabalho, pela busca daquele que produz de forma “perfeita”. Estas habilidades deram o surgimento à chamada empregabilidade que, segundo Frigotto, por conseqüência da globalização, só não encontra emprego aquele que é incompetente, que está excluído das exigências do mercado de trabalho. A própria universalização do ensino fundamental nos princípios da eficiência, eqüidade e qualidade, denota o quanto a competitividade do mercado de trabalho está instaurada na educação escolar. Para que a escola pública se transformasse numa instituição competitiva, ela precisaria nivelar o ensino por cima, o que iria contra o princípio de acesso à educação. Desta forma, isto abriu margem ao bem público ser considerado um fracasso e permitiu à iniciativa privada, regida pelas leis de mercado, desenvolver a educação para o progresso, conforme constatado por Libâneo. O trabalhador polivalente é aquele que deve ser formado na escola. É aquele que acompanha o avanço científico e tecnológico e que se permite a um contínuo processo de aprendizagem. Estas habilidades, de acordo com a perspectiva social, não devem ser vistas apenas como parâmetro de uma qualidade economicista, mas de inclusão daqueles que não tem as mesmas possibilidades de vida digna, de acesso às transformações contemporâneas. A orientação trazida pelo Banco Mundial de “educar para produzir mais e melhor” (LIBÂNEO, 2003, p. 95) deve ser tomada como parcial no tocante aos princípios norteadores da educação na contemporaneidade. É lógico que não há como desvincular a formação escolar do processo produtivo, porém não se pode ignorar quão é a importância do aluno ter uma formação cidadã crítica e participativa. A formação de valores é aquela que dará ao aluno o mínimo de possibilidade de conhecer a si mesmo, de tentar e errar. Afinal, a busca incessante pela qualidade tem sido tão esmagadora que relega os mais inseguros de seu conhecimento de nem ao menos tentarem, o que se torna muito insensato num espaço, como a escola, em que se espera do aluno a disponibilidade para aprender.

Palavras-chave: capitalismo, trabalho, educação, escola.