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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA FACULDADE DE MEDICINA VETERINRIA

ANAIS

XXI SEMANA CIENTFICA DE MEDICINA VETERINRIA E VI MOSTRA DA PS-GRADUAO EM CINCIAS VETERINRIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA - MG

REALIZAO: FACULDADE DE MEDICINA VETERINRIA UFU PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM CINCIAS VETERINRIAS - UFU PET INSTITUCIONAL MEDICINA VETERINRIA UFU CONAVET - EMPRESA JNIOR DE MEDICINA VETERINRIA UFU

RESUMOS SIMPLES

AO DA MISTURA OZNIO-GUA SOBRE PARASITAS INTESTINAIS DE CAPRINOS Souza, T.I.M1.; Cipriano, L.F1.; Franco, M.T.F1.; Rodrigues, R.D1.; Valle, M.R.T2 . 1-Acadmicos da Faculdade de Medicina Veterinria (FAMEV/UFU);2-Graduada em Medicina Veterinria pela Universidade de Uberaba (UNIUBE). [email protected] O estgio atual da caprinocultura no Brasil desperta uma grande aceitabilidade pelos produtores rurais apesar desse setor ter pela frente um grande obstculo, a ocorrncia de parasitas intestinais, como: Trichostrongylus sp, Cooperia sp, Ostertagia sp, Nematodirus sp, Strongyloides papillosus. Existem vrias classes de drogas antiparasitrias, mas algumas delas no apresentam uma boa eficcia no combate dos vermes intestinais, e isso se deve ao aparecimento de resistncia aos princpios ativos. A justificativa da utilizao do oznio, quando comparado a outras drogas antiparasitrias, se deve a algumas de suas caractersticas: terapia natural, poucas contra-indicaes, efeitos secundrios mnimos (realizada na dosagem certa) e o mais importante o seu baixo custo em relao ao tratamento. Motivado pelo conhecimento desta resistncia aos princpios ativos de alguns antiparasitrios, este trabalho buscou uma forma de tratamento alternativo, que a aplicao da mistura oznio-gua, na tentativa de inativar o maior nmero de espcies possveis de vermes intestinais destes animais, nas suas diferentes fases de evoluo. O presente trabalho foi realizado em propriedades rurais, com criao de caprinos, prximas cidade de Uberlndia (MG). Foram coletadas 20 amostras de fezes, as quais foram submetidas a mtodos laboratoriais parasitolgicos quantitativos como a contagem de ovos com utilizao da Cmara de Mc Mster e contagem de larvas atravs do mtodo de Baermann e a ozonioterapia. Os dois mtodos foram realizados no Laboratrio de Doenas Infecciosas da Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia. As amostras coletadas e includas no trabalho apresentaram um OPG igual ou acima de 500 ovos, utilizando-se de trs gramas de fezes pertencentes a cada amostra. Posterior a contagem de ovos (OPG) as fezes de cada amostra foram pesadas e o peso total dividido por dois que seriam as duas partes correspondentes a coprocultura-controle e a coprocultura aps o tratamento com oznio (gs). As amostras a serem ozonizadas foram colocadas dentro de placas de Petri e posteriormente dentro de uma vasilha fechada e acoplada a uma mangueira provinda do aparelho ozonizador. Aps o fechamento da vasilha, com as amostras no seu interior, ligou-se a bala de oxignio em uma concentrao de 1 litro de oxignio e a bateria. A durao da ozonizao foi de trinta minutos e depois de terminado esse tempo as amostras foram submetidas coprocultura. Ambas as partes foram colocadas gazes sobre cada amostra e borrifadas com gua deionizada uma vez ao dia, no tendo preferncia quanto hora, em um perodo de sete dias, com objetivo de manter a umidade das fezes e evitar a dessecao das larvas e ovos. Completados os sete dias, realizou-se o mtodo de Baermann, com as duas partes de cada amostra, centrifugao de trs mil rotaes por minuto durante dois minutos para sedimentao das larvas, e anlise ao microscpio ptico entre lamina-lamnula, observando e comparando, se houve ou no reduo em relao ao nmero de larvas entre o grupo controle e o submetido a tratamento com oznio. A avaliao dos resultados em um total de 20 amostras de fezes colhidas, 15 apresentou contagem de ovos por grama de fezes acima de 500 ovos, sendo includas na pesquisa. Das quinze amostras, 11 delas tiveram reduo no nmero de larvas quando tratadas com oznio em relao ao grupo controle. Portanto, a mistura oznio-gua mostrou-se eficaz na reduo do nmero de larvas e ovos de parasitas intestinais de caprinos. Palavra-chave: Caprinocultura. Ozonioterapia. Verminoses.

ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DE OSTEOARTROSE DE JOELHO E DISPLASIA COXOFEMORAL EM UM CO - RELATO DE CASO Tanns, L. F.1; Cesarino, M.2; vila, D. F.3; Fernandes, C. C.3; Rodrigues, C. G.2* Castro, J.R.2; Dias, T. A.3; Audine, F. R. R.3; Faria A. B.4; Noleto, P. G.3; Ferreira, C. G. 5 , Costa, F.R.M6 , Scognamillo-Szab, M.V.R7 1-Mdica Veterinria do Servio de Acupuntura do Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Uberlndia (UFU); 2-Mestranda do Programa de Ps-Graduao em Cincia Animal da UFU; 3-Residente do Hospital Veterinrio da UFU; 4-Mdico Veterinrio Mestre na rea clnica com nfase em Acupuntura Veterinria; 5-Professor Doutor da Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia.; 6-Mdica Veterinria Cirurgi responsvel pelo Hospital Veterinrio, FAMEV, UFU. 7-PsDoutoranda, Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinria, FMVZ. [email protected] Uma cadela da raa cocker, de 12 anos de idade, foi atendida em 18 de abril de 2009, no Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Uberlndia (UFU), com a queixa principal do proprietrio de claudicao. Desde um ano atrs, demonstrava resistncia caminhada diria no percurso de rotina. Notou que ao suspender o exerccio fsico a cadela comeou a puxar a perna esquerda e foi tratada previamente com um condroprotetor, no havendo melhora significativa. O animal apresentava bom estado geral, um discreto sobrepeso, opacidade de lente bilateral compatvel com o quadro de catarata madura, presena de pulgas e carrapatos, ativa e responsiva aos estmulos externos. A ausculta cardaca apresentou arritimia e rea cardaca aumentada, sendo que os demais parmetros encontravam-se normais para a espcie canina. Apresentava vrios sintomas msculo-esquelticos de hipotrofia discreta dos msculos glteos, bandas de tenso muscular nas regies cervical distal e paravertebral lombar distal. Ao caminhar apresentava passo com deslocamento lateral dos membros plvicos em piso liso, sensibilidade palpao da articulao fmur-tibio-patelar direita nos movimentos de flexo e extenso, e a aduo e abduo da articulao coxofemoral esquerda. O proprietrio no autorizou a realizao de exames complementares. O co permanecia a maior parte do tempo em piso spero, no entanto, com acesso a reas de piso liso. Foi solicitada a colocao de passadeiras de borracha. A sintomatologia clnica em conjunto com o histrico do animal compatvel com o diagnstico de osteoartrose do joelho e displasia coxofemoral (DCF). A hiperalgesia cervical e lombar est presente provavelmente por sobrecarga compensatria. O exame especfico da medicina tradicional chinesa (MTC) mostrou sensibilidade nos pontos olhos do joelho direitos, VB esquerdo e B23 mole. O diagnstico pela MTC de deficincia de Yin do Shen (R) pela idade e do Gan (F), comprometendo a viso. A reduo de Jin Y (Lquido orgnicos) somada ao natural decrscimo do Jing (essncia) gera as artroses. As quatro primeiras sesses foram estimulados os olhos do joelho direito, VB30 e 29 esquerdos, B23 e 40. Aps a primeira sesso, a cadela j apresentava boa evoluo com reduo nas reas de tenso e na sensibilidade dos pontos. Aps a quarta sesso foi implantado ouro e aplicado 0,05mL de acepromazina a 0,2% no Yng Tang, pois o animal se encontrava extremamente incomodada na manipulao do joelho. Aps o implante de ouro foram realizadas mais trs sesses com aplicao de vitamina B e lidocana em vrios pontos prximo ao canal medular, traados atravs de uma reta da axila at a coluna vertebral. A cadela demonstrou melhoras significativas com o tratamento institudo com a eliminao da hiperalgesia e recuperao da qualidade de vida. Palavras-chave: DCF, medicina tradicional chinesa, ortopedia.

ANLISE DAS ENZIMAS PEROXIDASE E FOSTATASE ALCALINA DE LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO NO MUNICPIO DE ARAGUARI - MG Uchoa, A. S. 1*; Andrade, A. B.1; Miranda, N. C.1; Pedroso, A. R. P. 1; Silveira A. C. P.2 1-Graduando em Medicina Veterinria (FAMEV-UFU); 2-Professora em cincias veterinrias (FAMEVUFU) [email protected] Aps a pasteurizao, o leite processado deve estar negativo para a enzima fosfatase e positivo para a enzima peroxidase garantindo que a temperatura e o tempo recomendados foram corretos. Considerando que inmeras pesquisas em nosso pas tm evidenciado a ocorrncia de leite pasteurizado fora dos padres legais e que tais alteraes podem afetar a qualidade deste. O presente trabalho teve como objetivo verificar se o tempo e temperatura utilizados na pasteurizao foram eficientes no leite pasteurizado consumido na cidade de Araguari-MG. Para isso foram analisadas 18 amostras de leite pasteurizado de trs diferentes marcas (A, B e C) e pesquisadas duas enzimas: fosfatase alcalina e peroxidase. A fosfatase alcalina sensvel pasteurizao e a peroxidase no inativada pela pasteurizao, mas destruda em temperaturas superiores a 80 C. Foram analisadas 18 amostras, de 3 marcas de leite pasteurizado coletadas no comrcio da cidade de Araguari. Para a determinao da enzima Peroxidase transferiu-se 10 mL da amostra para um tubo de ensaio de 20 mL, foi aquecido em banho-maria a (43 2)C por 5 minutos foi adicionado 2 mL da soluo de guaiacol a 1% pelas paredes do tubo e 3 gotas de gua oxigenada 10 a 20 volumes. O desenvolvimento de uma colorao salmo indicou peroxidase positiva (BRASIL, 2006). A enzima Fosfatase Alcalina foi determinada colocando 0,5ml da amostra a analisar em um tubo de ensaio, adicionando 5 mL do substrato, tampado com rolha de borracha, agitado ligeiramente e levado ao banho-maria mantido a (39-41)C por 20 minutos. O tubo de ensaio foi esfriado em gua corrente, adicionado 6 gotas de soluo reagente e 2 gotas do catalisador. O tubo foi levado novamente ao banho-maria a (39-41)C por 5 minutos (BRASIL, 2006). As anlises das enzimas peroxidase e fostatase alcalina verificam se o tempo e temperatura utilizados na pasteurizao foram eficientes. A fosfatase alcalina sensvel pasteurizao, e sua presena no produto final indica que o processo de pasteurizao no foi eficiente. A peroxidase no inativada pela pasteurizao, mas destruda em temperaturas superiores a 80 C sendo, portanto, utilizada para verificar se ocorreu o superaquecimento durante o tratamento trmico. Desta forma os resultados revelaram que cinco amostras da marca B (83,33%) apresentaram resultado positivo para a fosfatase alcalina, isto , fora do padro regulamentar. Em relao peroxidase todas as amostras encontraram-se no padro conforme a legislao vigente (BRASIL, 2002). Analisando as trs marcas de leite pasteurizado, comercializados na cidade de Araguari-MG, no perodo de Fevereiro a Maro de 2009, pode-se afirmar que as amostras das marcas A e C apresentaram resultados satisfatrios em relao s provas enzimticas o que est relacionado com uma eficaz pasteurizao, j a marca B apresentou 83,3% de amostras positivas para a enzima fosfatase alcalina evidenciando provvel falha no tempo e/ou temperatura de pasteurizao. Palavras chaves: Qualidade do leite, Peroxidase, Fosfatase alcalina.

ANATOMIA MORFOMTRICA DO TRATO DIGESTRIO DO TATU-PEBA (Euphractus sexcinctus) Vieira, P. C A.; Silva, M. V.; Andrade, W. B. F.; Santos, A. L. Q.; Lima, F. C. 1-Graduandos em Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia-MG;2-Docente da Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia-MG;3-Mestrando em Cincias Veterinrias da Universidade Federal de Uberlndia-MG. [email protected] O tatu-peba, Euphractus sexcinctus um animal de hbito noturno, solitrio e onvoro, alimentando-se inclusive carcaas humanas, sendo conhecido popularmente como tatu-papa-defundo. H indcios de que o tatu seja transmissor de doenas como chagas e botulismo ao homem e aos animais, devido caa e abate clandestinos. Apesar da abundncia do tatu-peba, presente em todos os biomas do Brasil, pouco conhecido sobre essa espcie, assim, objetivou-se avaliar os parmetros morfomtricos dos rgos do trato digestrio de E. Sexcinctus, estudo importante devido a uma crescente especializao clnica e cirgica da medicina veterinria na rea de animais selvagens, atendendo a animais apreendidos, capturados e de reservas naturais. Um espcime de E. Sexcinctus, encaminhado pela Polcia Ambiental Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia-MG, veio a bito por causas naturais e foi preparado para este estudo seguindo mtodos usuais em anatomia, expondo-se as vsceras que, aps avaliao topogrfica, foram retiradas desde a lngua at a poro terminal do intestino, o nus. As medidas de cada segmento do sistema foram obtidas utilizando um paqumetro de preciso 0,05mm e para medio do volume do estmago foi utilizada uma seringa descartvel de 20 ml e uma proveta graduada. Assim como nos demais mamferos domsticos, o trato digestrio de E. sexcinctus formado por esfago, estmago, intestinos e reto. O esfago possui forma cilindride, com comprimento de 14,5cm, o que representa 5,2% do total do trato digestrio no espcime em questo. Seguindo o trato digestrio do animal, analisou-se o estmago que, repleto, possui capacidade de 89 ml, sendo a curvatura menor equivalente a 3,2cm e a maior 16,3cm. Este relaciona-se topograficamente, em suas faces parietal e visceral, com os mesmos rgos j descritos em outros mamferos domsticos, como o fgado e o intestino, respectivamente. No intestino delgado, o duodeno atingiu 17,6cm, o que corresponde 6,2% de todo o trato digestrio e o segmento Jejuno-leo, assim descrito por sua difcil demarcao de limites anatmicos 199,5cm, sendo responsvel por 71.1% do trato digestrio deste animal. J o intestino grosso foi medido inteiramente (clon e ceco), e incluiu-se a medida do reto, totalizando 49 cm, correspondentes a 17,5% do sistema. Notou-se no E. sexcinctus que o incio do ceco se d por uma dilatao da poro terminal do leo, sem a formao de um apndice cecal evidente, caracterstica semelhante ao ceco dos rpteis. As medidas aferidas e as relaes de comprimento e porcentagem se mostraram dentro dos limites esperados, onde concluiu-se que o intestino delgado representa a maior poro do trato digestrio deste animal, sendo a soma de suas pores correspondente a 77,3% deste. Isto sugere que essas vsceras desempenhem importante funo na digesto de alimentos consumidos por E. Sexcinctus. Palavras-chave: Anatomia. Edentata. Intestino.

CARRAPATOS EM ANIMAIS SELVAGENS ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIA Santos, T. R.1; Olegrio, M. M. M.2; Ramos, V. N.3; Santos, A. L. Q.4; Szab, M. P. J.5. [email protected] Os carrapatos so ectoparasitos de extrema importncia pela capacidade de aquisio e transmisso de patgenos relevantes na medicina humana e veterinria. As espcies mais conhecidas no Brasil so o Rhipicephalus sanguneus, Rhipicephalus (Boophilus) microplus, Anocentor nitens e o Amblyomma cajennense que parasitam animais domsticos e causam prejuzos principalmente pela transmisso de agentes causadores de doenas como a Erlichiose, Babesiose e a Febre Maculosa. As informaes sobre carrapatos em animais selvagens so escassas, no entanto, sabe-se que vrias espcies que parasitam esses animais transmitem bioagentes de enfermidades infecciosas aos humanos como Rickettsia rickettsii, Rickettsia parkeri e Borrelia sp. Alm disso, animais selvagens so hospedeiros naturais de microorganismos potencialmente patognicos e o contato com os animais domsticos preocupa pela possibilidade de transmisso de doenas, sendo procedente a preocupao com doenas emergentes e reermegentes transmitidas por carrapatos e associadas vida selvagem. Dessa maneira, o objetivo do presente trabalho foi identificar e registrar as espcies de carrapatos encontrados nos animais selvagens atendidos no Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Uberlndia (UFU), e verificar a presena de infeco por riqutsias nesses ixoddeos. Durante o perodo de novembro de 2007 a abril de 2009, acompanhou-se o atendimento de 484 animais selvagens no Hospital Veterinrio da UFU dos quais 27 apresentaram infestao (5,58%), sendo duas aves (Aves), um rptil (Reptilia) e 24 mamferos (Mammalia). Foram encontrados 339 carrapatos, sendo 35 larvas, 104 ninfas e 200 adultos. Dos carrapatos identificados a maioria foi do gnero Amblyomma, sendo o Amblyomma cajennense e Amblyomma sp de maior prevalncia. No houve resultados positivos para a pesquisa de riqutsia e os tamandus foram os animais com a maior prevalncia de infestao. Os resultados obtidos no presente trabalho demonstram que de extrema importncia estudos que registrem as espcies de carrapatos em animais selvagens que chegam aos Hospitais Veterinrios, aumentando o conhecimento sobre a fauna regional de ixoddeos. Palavras-chave: Carrapato. Ixodidae. Rickettsia sp.

EFEITO DA PEONHA DE Bothrops pauloensis E DA TOXINA BnSP-7 EM FORMAS PROMASTIGOTAS DE Leishmania (Leishmania) amazonensis Carvalho, C. R1.; Pires, B.C1.; Souza, M.A1.; Yoneyama, K.A.G1. 1-Universidade Federal de Uberlndia. [email protected]/ [email protected] A leishmaniose uma doena infecto-parasitria causada por protozorios do gnero Leishmania, um parasito dimrfico, que se alterna entre a forma promastigota flagelada, presente no inseto vetor, e a forma amastigota no-flagelada, presente no interior de macrfagos do hospedeiro vertebrado infectado, incluindo animais como o homem e ces. No Brasil, a Leishmania (Leishmania) amazonensis uma das principais espcies causadora da leishmaniose cutnea, tambm chamada de leishmaniose tegumentar americana (LTA). Dados recentes da Organizao Mundial de Sade (OMS) mostram que a leishmaniose considerada endmica em 88 pases, com uma estimativa aproximada de 12 milhes de pessoas com a doena e uma incidncia de 2 milhes de novos casos ao ano. A OMS e o Ministrio da Sade do Brasil recomendam para o tratamento da LTA os antimoniais pentavalentes como drogas de primeira escolha. Entretanto, tm sido relatados casos de resistncia a essas drogas, o que resulta na necessidade de uso de drogas mais potentes, como o caso da Anfotericina B, uma droga de segunda escolha para o tratamento da leishmaniose, responsvel por diversos efeitos colaterais, principalmente a nefrotoxidade. Os relatos de casos de resistncia aliado aos efeitos colaterais observados para a Anfotericina B reforam a necessidade de desenvolvimento de novas drogas para o tratamento da doena, com nfase em drogas mais eficazes, de menor custo e com efeitos colaterais reduzidos. A busca por molculas com potencial anti-Leishmania entre produtos naturais, como peonhas ofdicas, tem se intensificado nos ltimos anos. Nesse contexto, o presente trabalho, teve por inteno analisar o efeito da peonha bruta de Bothrops pauloensis e de uma fosfolipase A2 (PLA2) bsica denominada de BnSP-7 em formas promastigotas de L. (L.) amazonensis (IFLA/BR/67/PH8). A avaliao do efeito da peonha bruta e da toxina BnSP-7 no crescimento de formas promastigotas de L. (L.) amazonensis foi realizado por meio do cultivo in vitro do parasito em meio BHI completo (suplementado com 10% de soro fetal bovino, L-Glutamina 2mM e antibiticos) a uma temperatura de 23C em cmaras B.O.D. A cultura de parasitos foi iniciada com uma concentrao de 0,5 x 107 parasitas/mL em presena de concentraes crescentes de peonha bruta e da toxina BnSP-7. Os parasitos controle foram cultivados em meio BHI completo contendo DMSO 1% e submetidos s mesmas condies de incubao dos parasitas tratados. Alquotas de cultura foram coletadas diariamente, diludas em PBS contendo 2% de formaldedo e submetidas contagem em cmara de Neubauer para posterior determinao do nmero de parasitas por mililitro de meio de cultura. Adicionalmente, o perfil protico dos parasitos cultivados em presena de peonha bruta e da toxina BnSP-7 foram comparados ao perfil protico de parasitos controle por meio de eletroforese em gel de poliacrilamida em presena de SDS (PAGE-SDS). Para tal, parasitos tratados e controle, cultivados por 96 horas, foram coletados por centrifugao, lavados por 3 vezes em PBS e solubilizados em tampo de lise. As amostras solubilizadas foram aplicadas em um gel de poliacrilamida de 8%, submetidos corrida eletrofortica para separao dos componentes proticos e corados por Comassie Blue. Os resultados mostraram que a peonha bruta de B. pauloensis causou uma inibio no crescimento de L. (L.) amazonensis do tipo dose-dependente, sendo que aps 96 horas de cultivo em presena de 25 e 250 g/mL de peonha foi observado uma inibio de 36,7% e 57,6% no crescimento normal dos parasitas, respectivamente. Para a toxina BnSP-7 foi verificado uma inibio de cerca de 93% no crescimento normal na concentrao de 100 g/mL, sendo que tal inibio foi evidente a partir das 48 horas de cultivo. Concentraes mais baixas de toxina tambm se mostraram efetivas contra o parasito, sendo observado uma inibio de 58,5% e 78,6% no crescimento normal quando cultivados em presena de 12,5 g/mL e 25 g/mL de toxina, respectivamente. A anlise inicial do perfil protico por PAGE-SDS mostrou alteraes discretas no perfil protico normal do parasito. Esses dados sugerem que tanto a peonha bruta de B. pauloensis quanto toxina BnSP-7 apresentam potencial anti-Leishmania, uma vez que foram capazes de alterar a taxa normal de crescimento do parasito. Entretanto, estudo mais aprofundados sero necessrios para melhor avaliar o efeito da peonha bruta de B. pauloensis e da toxina BnSP-7 na viabilidade do parasita, na morfologia parasitria e na expresso de protenas do parasito. Palavras-chave: Leishmania (Leishmania) amazonensi. Peonha de Bothrops pauloensis. Toxina BnSP-7. Apoio Financeiro: FAPEMIG.

FATORES DE MANEJO ASSOCIADOS TAXA DE PRENHEZ EM NOVILHAS RECEPTORAS DE EMBRIES EM PROGRAMAS DE TRANSFERNCIA DE EMBRIES PRODUZIDOS IN VITRO Scanavez, A. L. A 1.; Pupim, F. P. V2.; Destro, G. R2.; Nunes, L. O. 2.; Alves, B. G1.; Oliveira, L. Z1.; Santos, R. M1. 1 - FAMEV - UFU, Uberlndia, Minas Gerais, Brasil; 2 - Transgen Desenvolvimento e Produo Agropecuria Ltda, Uberlndia, Minas Gerais, Brasil [email protected] Extensos programas de produo de embries in vitro tm sido desenvolvidos no Brasil, mas com resultados ainda bastante variveis, especialmente com relao taxa de prenhez mdia observada nas receptoras de embries. O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores de manejo que afetam a taxa de prenhez das receptoras em grandes programas de transferncia de embries. Foram avaliados resultados obtidos em 1.104 transferncias de embries produzidos in vitro, realizadas de novembro de 2008 a fevereiro de 2009 pela empresa Transgen Desenvolvimento e Produo Agropecuria Ltda, de Uberlndia, Minas Gerais. Foram utilizados embries sangue Holands/Gir (n=139) e embries Holands/Gir (n=961), produzidos in vitro, provenientes de doadoras Girolando (1/2sangue) e Gir, com smen de touros da raa Holandesa. Foram utilizados apenas as mrulas, blastocistos iniciais, blastocistos e blastocistos expandidos de grau 1 (de acordo com a classificao proposta pela International Embryo Transfer Society ) para transferncia a fresco utilizando o mtodo de inovulao transcervical. As receptoras eram novilhas sangue Nelore/Simental, com idade entre 20 e 30 meses e peso entre 330 e 400 kg, mantidas a pasto (Tifton) com suplementao mineral vontade. As receptoras foram sincronizadas usando o seguinte protocolo: Dia 0 - introduo do dispositivo intravaginal com 1g de progesterona + 2 mg de Benzoato de Estradiol; Dia 5 150g de D-cloprostenol + 400 UI de eCG; Dia 8 remoo do dispositivo intravaginal; Dia 9 - 1 mg de Benzoato de Estradiol. No dia 17 a sincronizao era determinada pela presena de corpo lteo no ovrio da receptora (determinada por ultra-sonografia) e a inovulao era realizada por um veterinrio treinado. Os efeitos da raa do embrio, nmero de inovulaes previamente realizadas em cada receptora (as novilhas que no ficaram gestantes foram usadas no programa seguinte), e a sequncia de inovulaes (eram realizadas 20 inovulaes por hora, e aproximadamente 100 por dia) na taxa de prenhez foram analisadas por regresso logstica no programa SAS. A raa dos embries (56.9% para embries Holands/Gir e 62.6% para embries Holands/Gir), o nmero de inovulaes em cada receptora (1a.: 56.5%, 2a.: 61.8%, 3a. 55.5%, >4a: 55.0%), e a sequncia das inovulaes no decorrer do dia de transferncia (1a. h: 57.4%, 2a. h: 60.0%, 3a. h: 58.1%, >4a. h: 53.8%) no influenciaram a taxa de prenhez. De acordo com estes resultados possvel concluir que em grandes programas de transferncia de embries, se forem utilizados embries de excelente qualidade, receptoras frteis e sincronizadas, e as inovulaes forem realizadas por um profissional treinado, um grande nmero de inovulaes pode ser realizado por dia sem comprometer os resultados. Palavras chave: embrio, receptoras, prenhez.

LINFOMA CUTNEO EM CO: RELATO DE CASO Valle, M.R.T. 1; Cipriano, L.F2; Rodrigues, R.D3; Souza, T.I.M4. 1-Universidade de Uberaba UNIUBE [email protected]

O linfoma o principal tumor hematopoitico dos ces, 3 a 8% deles so representados pelos linfomas cutneos que podem ter apresentao localizada ou generalizada. Este relato tem por objetivo descrever o caso de um co levado ao Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Uberlndia, apresentando linfoma de pele. O co da raa teckel de seis anos de idade, apresentava histrico de ndulos subcutneos, circunscritos, achatados, firmes, dispersos pelo corpo, com rpida evoluo, chegando a ulcerar, os linfonodos estavam reagentes, mas as funes vitais encontravam-se dentro da normalidade. No hemograma observou-se anemia normoctica normocrmica; no esfregao de ponta de orelha foi encontrado Ehrlichia canis, e o animal tratado para erliquiose. Na cultura de fungo o resultado deu negativo. Como exame citopatolgico foi realizado a puno aspirativa por agulha fina, identificando linfcitos grandes e atpicos em processo de mitose, confirmando o diagnstico de Linfoma cutneo. O mdico veterinrio orientou o proprietrio quanto aos custos do tratamento quimioterpico e as chances de recidiva. Devido aos custos elevados da quimioterapia e a possibilidade de recidiva o proprietrio decidiu pela eutansia. O linfoma cutneo tambm conhecido por linfoma maligno ou linfossarcoma uma neoplasia maligna de clulas linfides sem causa conhecida, que acomete geralmente animais idosos, sem predileo sexual, de raas como: cocker spaniel, bulldog ingls, boxer, golden retrievers e basset hounds. Macroscopicamente ambos so semelhantes. Os ces apresentam solitrias placas e mltiplos ndulos cutneos de progresso rpida que geralmente sofrem ulcerao, alm de linfadenopatia, apatia, perda de peso, dermatite esfoliativa, pigmentao, alopecia, prurido, anorexia, pirexia e polidipsia. Para o diagnstico definitivo faz-se necessrio anlise histopatolgica de bipsia de leses cutneas. O tratamento depende da extenso das leses. Quando localizadas podem ser tratadas com exciso cirrgica ou radioterapia, mas para as leses generalizadas, a melhor opo a quimioterapia (com combinaes de ciclofosfamida, vincristina, citosina arabinosdeo e prednisona que induzem remisso em longo prazo). Conclui-se que o linfoma cutneo uma neoplasia de rpida evoluo e prognstico ruim e que o tratamento nem sempre acessvel a todos os proprietrios. Palavras chaves: Co. Neoplasia. Pele.

IMPLANTE DE OURO EM PONTOS DE ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DE ARTROSE E DISPLASIA COXOFEMORAL EM UM CO- RELATO DE CASO Tanns, L.F.1; Cesarino, M.2; vila, D.F.3; Fernandes, C.C.3; Rodrigues, C.G.2* Castro, J.R.2; Dias, T. A.3; Resende, F.A.R.3; Faria A.B.4; Noleto, P.G.3; Ferreira, C.G. 5 1-Mdica Veterinria do Servio de Acupuntura do Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Uberlndia (UFU); 2-Mestrandas do Programa de Ps-Graduao em Cincia Animal da UFU; 3-Residentes do Hospital Veterinrio da UFU; 4-Mdico Veterinrio Mestre na rea clnica com nfase em Acupuntura Veterinria; 5- Professor Doutor da Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia. [email protected] O implante de ouro feito nas doenas onde o paciente apresenta melhora com acupuntura, porm no consegue alcanar a cura, como convulses idiopticas, displasias e artroses. Desta forma, o animal ficaria dependente de sesses de acupuntura regulares. O implante, sendo um estmulo permanente, torna exeqvel o tratamento contnuo, dispensando a realizao das sesses de acupuntura Devido grande incidncia de displasia coxofemoral (DCF) na prtica clnica de pequenos animais tornou-se de extrema importncia a ampliao dos estudos de alternativas para tratamento, visando o controle da dor do animal. A acupuntura vem sendo utilizada para promover analgesia e melhora na locomoo em animais que apresentam DCF, podendo se indicada a implantao de fragmentos de ouro em pontos de acupuntura. Cerca de 70% dos casos encaminhados para acupuntura so caracterizados por quadros nervosos e/ou msculo-esqueltico. Vrios testes comprovaram a eficcia do implante de ouro em pontos de acupuntura para DCF obtendo analgesia e melhora por perodos de dois anos no desempenho locomotor do animal. Este trabalho objetivou relatar um caso do uso de implante de ouro em pontos de acupuntura no tratamento da artrose e DCF em um co, macho, da raa fila brasileiro, de 9 anos de idade apresentando dificuldade de movimentao com evoluo crnica, os primeiros sintomas surgiram cerca de 2 meses anteriores a consulta. O diagnstico foi estabelecido aps avaliao clinica prvia e exame confirmatrio radiogrfico, que demonstrou a patologia acometendo ambos membros plvicos. Foram realizadas 9 sesses com a realizao de implante de ouro. Na primeira sesso, foram estimulados os pontos B11, HH, BH e B23, o qual demonstrou extrema sensibilidade dolorosa, o co apresentava dificuldades para se manter em estao e ao caminhar. Na segunda sesso, o animal apresentou uma leve melhora com reduo da dor, com os mesmos pontos sendo novamente estimulados, enquanto que na terceira sesso alm do estimulo manual realizado em B23, realizou-se EAP 2,5 e 5Ht, totalizando 15 minutos em VB30-34, tendo a frequencia reduzida para 10 minutos na quarta sesso, na qual o co apresentava espaos maiores de locomoo, se mantendo a maior parte do tempo em estao, apenas notou-se um bamboleio do posterior e claudicao bilateral dos membros plvicos a caminhada. Na quinta sesso utilizou-se a eletroacupuntura em EAP 2,5 at 100Ht, cinco minutos cada, em VB30-34 direito e VB30-F8 esquerdo. Na sexta sesso o animal apresentou piora do quadro clnica com muita dor e gemia muito, apresentava secreo ocular bilateral, tremores intensos e ao se levantar emitia ganidos ao ser palpado. Suspeitou-se de uma miosite induzida por hemoparasitoses e uremia, alm da possvel estagnao de Qi. Foram solicitados exames complementares de hemograma completo com pesquisa de hemoparasitas, dosagem srica de creatinina e uria. Todos se encontravam normais dento dos valores referencias para a espcie canina. O animal retornou na stima e oitava sesso relativamente melhor, e foram estimulados VB30, E36, VB34, B40, HH, B23 e EAP BH-HH, com reduo de frequencia de 10 minutos e VB30-VB30 com a mesma estimulao. Na nona sesso realizou-se o implante de ouro em VB29, VB30, VB31; B36, B54, ambos sangraram durante o procedimento, gatilhos caudo-ventral ao B54 e colo do fmur. Aps o animal recebeu alta definitiva com resgate da qualidade de vida voltando a caminhar sem apresentar sensibilidade dolorosa, demonstrando eficcia do tratamento institudo. Palavras-chave: agulhamento, articulao coxofemoral, articulao.

PRODUO DE LEITE ORGNICO EM UMA FAZENDA NO MUNICPIO DE UBERABA, MG VINICIUS, M. A. S. ; PELLIZZARO,R.R; TOLEDO, J.C.; RODRIGUES, R. D. Graduando em Medicina Veterinria- Universidade Federal de Uberlndia [email protected] A Pecuria Orgnica usa de uma metodologia com princpios e normas bem determinados, com nfase no bem-estar animal e manejo tico, alimentao orgnica e teraputicas brandas como a homeopatia, a fitoterapia e a acupuntura. Esse sistema de produo considera tanto as questes sociais quanto os efeitos das intervenes agrcolas nos agros-ecossistemas a mdio e longo prazo, preservando a biodiversidade e a sade do solo e das guas. Alm disso, exclui fertilizantes sintticos, agrotxicos, drogas veterinrias, irradiaes, sementes e animais transgnicos. A produo orgnica introduz novos valores de sustentabilidade ambiental e social dentro do sistema produtivo. O Brasil aprovou a lei que regulamenta o uso de orgnicos, e est definido pela Lei 10.831/2003. Um mercado que movimenta at 250 milhes dlares/ano. Essa regulamentao surge em exigncia do mercado externo. No pas as regras da pecuria orgnica so editadas por uma empresa independente IBD. O objetivo do presente relato foi detalhar a produo de leite orgnico na Fazenda Congonha no municpio de Uberaba, Mg. A metodologia usada esta de acordo com as informaes prestadas pelo proprietrio. Foi estudada uma fazenda que cria animais da raa Holandesa, onde estes esto sendo substitudos integralmente por animais da raa Gir. Essa mudana esta ocorrendo devido a evidncias de que o gado Gir so mais resistentes doenas, a endo e ectoparasitas. Dentre os materiais usados na produo orgnica o uso de uma bombinha spray que aplicado no focinho do animal, com frmacos homeopticos, evitando assim o uso dos medicamentos alopticos, no controle da mastite. Tambm foi informado que o controle dos carrapatos na fazenda feito atravs do consumo de folhas de bananeiras que um vermfugo natural, e seu valor sai de graa. As condutas e normas adotadas pela fazenda um sistema que usa da Medicina Veterinria Preventiva. A fazenda produz toda a alimentao utilizada pelos animais, sendo estas principalmente pastagens ou forrageiras volumosas. As raes e concentrados que por ventura forem usados no podero conter antibiticos, uria, aditivos, conservantes qumicos, resduos de animais. Para que a fazenda se enquadre no modelo de Pecuria Orgnica, ela obrigada a enviar relatrios dos desenvolvimentos das atividades empresa certificadora, enviar dados pessoais de cada animal, e caso estes apresentem alguma patologia, individualmente ou no rebanho, este fato dever ser descrito detalhadamente. Para que a empresa seja certificada necessrio que se cumpra algumas normas como: evitar o uso de fogo no manejo das pastagens, presena de animais geneticamente modificados, e que se pague uma taxa para a certificadora Como resultados do novo modelo de produo de leite toda produo da fazenda vendida a um Laticnio de Uberaba, e a venda desse leite chega a ser duas vezes maior que o pago pelo mtodo convencional. O laticnio tambm uma empresa que possui certificao orgnica para os produtos lcteos, e possui a certificao da empresa IBD. O que mostra que a pecuria brasileira h um grande espao e mercado a ser conquistado. Porm para que de fato isso ocorra necessrio maior esclarecimento a cerca dos benefcios dessa, e maior contingente de pessoas em diversas esferas de poder que se engajem neste tipo de sistema. Palavras chave: Leite Orgnico, Pecuria Leiteira, Produo,

USO DE LCOOL ETLICO PARA INSENSIBILIZAO DE RS-TOURO (Ranas catesbeiana) PARA OTIMIZAO DO SISTEMA DE ABATE Viadanna, P. H. O.*; Silva, N. R. 1-Graduando do curso de Medicina Veterinria da UFU; 2-Mdico veterinrio, professor doutor, FAMEV/ UFU. A ranicultura brasileira teve incio, no Brasil, no ano de 1935, sendo que foi o pas que desenvolveu pioneiramente os sistemas de produo, hoje, difundidos em todo o mundo. Tendo esta perspectiva em vista, nota-se o grande potencial brasileiro na produo de rs para fins econmicos. Para a melhoria da cadeia produtiva, existe a necessidade de melhorar alguns itens para disponibilizar um abate mais industrializado e que respeite o bem-estar do animal. Este trabalho objetivou desenvolver uma metodologia de insensibilizao de rs (Ranas catesbeiana) com uso de lcool em vez do uso de marretes usualmente utilizados no sistema tradicional de ranicultura. Foram utilizadas 6 casais de rs e diluies de lcool absoluto (99,7 GL) com gua temperatura mdia de 19 C. Estas diluies foram: 5% de lcool, 10% de lcool e 20 % de lcool. Foram observados os comportamentos das rs e a avaliao de insensibilizao para todas as rs. Foram colocadas em casais as rs em um balde com 1) lcool 5%, outro casal em 2) lcool 10%, e outro casal em 3) lcool 20%. Foram deixados os casais em imerso e o tempo foi de 10 minutos para cada casal em imerso. Para o casal em diluio de lcool 5%, no foi reparado mudanas comportamentais significativas, sendo que estavam apenas levemente insensibilizados. Para o casal em diluio de lcool 10%, reparamos mudanas comportamentais elevadas, como inaptido de movimento, insensibilidade ao tato e baixos reflexos, mas ainda estavam conscientes e se movimentando vigorosamente. Para o casal em diluio de lcool 20%, foi reparado para o macho o estado de coma e total insensibilizao, a fmea ficou drasticamente alterada o comportamento, mas no alcanou o estado de coma. Conclumos que o uso de lcool na ranicultura como promotor de insensibilizao de rs para o abate possvel e eficaz se utilizado em diluies alcolicas acima de 20%. PALAVRAS-CHAVE: Insensibilizao. Ranas catesbeiana. Ranicultura.

USO TPICO DE LEO OZONIZADO NO TRATAMENTO DE DERMATITE EM UMA CADELA Rodrigues, R.D1 .; Cipriano, L.F 1 .; Silva, M.V.A 1 .; Souza, T.I.M1 .; Campos, T.A1 .; Valle, M.R.T2. 1-Acadmicos da Faculdade de Medicina Veterinria (FAMEV/UFU); 2-Graduada em Medicina Veterinria pela Universidade de Uberaba (UNIUBE). [email protected]

A pele funciona como barreira anatmica e fisiolgica entre o corpo do animal e o ambiente, fornecendo proteo contra as agresses fsicas, qumicas e microbiolgicas, e componentes sensoriais que permitem ao animal a percepo do calor, frio, dor, tato e presso. A pele requer ateno e manuteno para ter as condies ideais para realizar suas funes adequadamente. Sem tal cuidado, pode ficar suscetvel a traumas, parasitos e alrgenos em geral. Manifestaes dermatolgicas ocorrem por doenas parasitrias, hormonais, traumticas, psicolgicas (psicognicas), alrgicas, entre outras causas. A reao de dermatite consiste numa resposta inflamatria cutnea inespecfica com alteraes concomitantes na epiderme e derme. As origens desta patologia so variadas, fungos e bactrias esto entre os mais comuns causadores de dermatites. Alguns animais podem desenvolver reaes alrgicas como a alergia picada de pulgas e com isso provocar uma reao nos locais da picada. O tratamento convencional envolve terapia sistmica e tpica, associada descontaminao ambiental. O custo dos frmacos utilizados, juntamente ao perodo extenso de tratamento e possveis efeitos colaterais da utilizao dessas drogas se apresentam como aspectos desfavorveis na terapia tradicional. A ozonioterapia uma tcnica que utiliza o oznio como agente teraputico em um grande nmero de patologias. uma terapia natural, com poucas contra-indicaes e efeitos secundrios mnimos. O oznio foi descoberto em 1840 por Schnbein pela observao de um odor caracterstico quando o oxignio era submetido a uma descarga eltrica, e pela freqncia sistemtica que isto ocorria, sendo inicialmente chamado de oxignio ozonizado. Em 1857, Werner von Siemens desenvolveu o primeiro gerador de oznio, e atravs da utilizao deste equipamento Kleinmann conduziu seus primeiros estudos sobre a ao deste composto em bactrias e germes, e depois em mucosas de animais e humanos. Aps praticamente 100 anos Hnsler desenvolveu seu primeiro equipamento mdico com dosagens precisas da mistura de oxignio e oznio abrindo ento um grande espectrum de aplicaes teraputicas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficincia do leo ozonizado no tratamento de dermatite em ces. Neste experimento foi utilizada uma cadela com aproximadamente 5 anos de idade, sem raa definida apresentando uma rea de alopecia, prurido, crostas e eritema na regio ventral cervical, com diagnstico clinico visual. Para produo do oznio, foi utilizado gerador de oznio Ozone & Life O&L3.0RM, regulado para a concentrao de 2,5 mg-O3/L, alimentado por ampola de oxignio com 99,5% de pureza, a uma presso de aproximadamente 250 Kgf/cm2 num fluxo de 1,0 L/min. Para a produo do leo ozonizado foram utilizados 100 mL de leo de girassol, adquiridos no comrcio local e submetido a ozonizao por 5 minutos. O leo ozonizado foi acondicionado em caixa isotrmica contendo bolsas de gelo reciclveis e transportado at o local onde se encontrava o animal. No momento do uso, o leo ozonizado foi aplicado com auxlio de compressas de gaze sobre a leso. Este procedimento foi realizado duas vezes ao dia, at a cura clnica do animal, o que ocorreu em aproximadamente 10 dias. A avaliao visual da eficincia do tratamento foi comprovada atravs de fotos. A cadela apresentava uma rea de alopecia, prurido, crostas e eritema na regio ventral cervical no primeiro dia tratamento. No sexto dia de tratamento, notou-se uma reduo acentuada desta leso e o prurido desapareceu. No dcimo dia de tratamento, no era mais evidenciado a rea com crostas e eritema. Com o decorrer dos dias observou-se o crescimento de plos na rea afetada, apontando para a cura clinica do animal. Conclui-se que a utilizao do leo ozonizado, nas dosagens e posologia utilizados no presente experimento foi eficiente no tratamento da dermatite da cadela em questo. Palavras chave: Canina, oznio, pele.

RESUMOS EXPANDIDOS

ABRAADEIRA DE NILON COMO MATERIAL DE CERCLAGEM NA REDUO DE FRATURAS. RELATO DE CASO Pereira, S.A.1*; Costa, F.R.M.2; Gomes, A.R.A.1; Dias, T.A.; Arruda,A.F.T.P.3 1-Graduando Curso Medicina Veterinria Universidade Federal de Uberlndia UFU; 2-Mdica Veterinria Centro Cirrgico Hospital Veterinrio UFU; 3-Mdica Veterinria [email protected] RESUMO Com a urbanizao da populao de ces e o envolvimento destes em acidentes de todas as espcies, tem sido evidenciado um aumento nos casos de fraturas traumticas. Para favorecer a reestruturao ssea indica-se a utilizao de tcnicas e material cirrgico que sejam, ao mesmo tempo, eficazes e prticos, proporcionando maior agilidade no trans-operatrio. O objetivo deste trabalho relatar a tcnica de cerclagem permanente com abraadeira de nilon em fratura cominutiva de tbia. Palavras-chave: Fraturas. Ces. Abraadeira. INTRODUO A justaposio de fragmentos sseos que se encontram afastados considerada uma das principais manobras realizadas na reduo de fraturas de ossos longos, exigindo-se, para o procedimento, habilidade do cirurgio (MIRANDA et al., 2006). Nesse contexto, recomenda-se utilizar tcnicas e material cirrgico que sejam, ao mesmo tempo, eficazes e prticos, proporcionando maior agilidade no trans-operatrio e, conseqentemente, auxiliando na reestruturao ssea (MIRANDA et al., 2006). O tipo da fratura, sua localizao, tamanho, nmero de ossos envolvidos e viabilidade dos tecidos moles circunvizinhos so fatores diretamente ligados ao trauma sseo que interferem na escolha do mtodo de fixao do mesmo. Alm disso, aspectos relacionados ao comportamento do animal e responsabilidade do proprietrio podem influenciar na escolha do procedimento de reduo da fratura (BARBOSA et al., 1998). Dentre as tcnicas mais utilizadas na fixao interna de fraturas inclui-se a cerclagem , a qual pode ser associada a outros processos de reduo ou ser aplicada isoladamente. Comumente a cerclagem feita com fios de nilon ou ao, que so colocados de forma a envolver o osso e incorporar todos os fragmentos e esqurolas sseas (BARBOSA et al., 1998). Abraadeira utilizada neste estudo consiste de uma fita de nilon 6.6 (poliamida -PA) e tem sido empregada, aps esterilizao, para a tcnica de cerclagem na reduo de fraturas de ossos longos, cominutivas ou no (BARBOSA et al., 1998). Em comparao com os fios de ao e nilon, apresenta como vantagens a praticidade na sua aplicao e menor injria causada ao tecido mole circunvizinho (MIRANDA et al., 2006). O objetivo deste trabalho relatar a tcnica de cerclagem permanente com abraadeira de nilon em fratura cominutiva de tbia. METODOLOGIA O animal foi posicionado em decbito lateral. Realizou-se uma inciso de pele em direo ao stio da fratura na tbia (face lateral), seguida de divulso romba da musculatura e exposio das extremidades fraturadas. Para aproximao dos fragmentos sseos procedeu-se cerclagens utilizando, como material de sntese, abraadeiras de nilon 6.6 (poliamida -PA) autoclavadas. A reduo da fratura foi feita utilizando-se um pino intramedular, com auxlio de uma aparafusadeira. A musculatura foi aproximada com fio categute em pontos isolados simples; para a sutura do tecido subcutneo empregou-se o mesmo fio em pontos ziguezague, enquanto a pele recebeu sutura intradrmica em nylon.

Figura 1: Co. Fragmentos sseos de tbia aproximados por abraadeiras utilizadas como material de sntese.RESULTADOS E DISCUO Os resultados da reduo de fratura cominutiva de tbia com abraadeira de fita de nilon 6.6 (poliamida -PA) foram satisfatrios, visto que: 1) ocorreu estabilizao do alinhamento sseo; 2) as abraadeiras resistiram s foras de trao a que foram submetidas; 3) as abraadeiras mantiveram o foco da fratura em estabilizao, juntamente com a fixao interna com pino intramedular e externa com muleta de Thomas modificada. De acordo com Schmidt & Davis (1978) e Silva et al. (2007), em uma cirurgia ortopdica, antes da aplicao do mtodo escolhido para a imobilizao aberta de uma fratura, necessria a reduo perfeita dos fragmentos sseos, considerada uma das principais manobras realizadas em fraturas de ossos longos. Os referidos autores descreveram o uso da abraadeira de nilon na estabilizao do alinhamento da fratura antes da aplicao de placa ssea na tbia. Procedimento semelhante foi realizado no presente estudo, onde se observou que as abraadeiras mostraram-se eficazes na estabilizao do alinhamento sseo, permitindo a reduo da fratura com pino intramedular e posterior imobilizao externa com muleta de Thomas modificada. No ocorreu ruptura das abraadeiras, tampouco afrouxamento subseqente. Os resultados obtidos neste estudo coincidem com os de Kavinski et al. (2002) e Carrillo et al. (2005), os quais relataram flexibilidade e facilidade de manuseio da abraadeira, ajustando-se adequadamente ao local da fratura e permitindo reajustes sem se romper. Segundo os autores, essa manobra, quando realizada empregando-se o fio de ao como material para cerclagem, poderia evoluir com ruptura do fio, leso periosteal e injria de tecidos circunvizinhos. Carrillo et al. (2002), utilizando a abraadeira de nilon submetida ao processo de autoclavagem em fraturas oblquas de fmur em coelhos, relacionaram a facilidade de uso do material com a diminuio do tempo operatrio, propiciando maior agilidade no trabalho do cirurgio.

Nosso estudo tambm constatou, durante o procedimento cirrgico de reduo de fratura cominutiva de tbia, a facilidade de aplicao da abraadeira na circunferncia ssea. Analisando-se a oferta do dispositivo, seu baixo custo, sua resistncia ao processo de autoclavagem e trao, sua eficincia quanto ao sistema de travas e a facilidade para sua aplicao, argumenta-se favoravelmente ao emprego da abraadeira de nilon como alternativa para reduo de fratura cominutiva de tbia em ces. Essas observaes encontram respaldado nos resultados registrados por Sorbello et al. (1999) e Miranda et al. (2004). Sorbello et al. (1999), adicionalmente, relataram ausncia de toxidade em teste de comportamento biolgico em ratos, enquanto Carrillo et al. (2002), em estudo experimental utilizando coelhos, observaram que o dispositivo submetido autoclavagem foi biocompatvel espcie, no sendo verificadas alteraes hematolgicas e histolgicas compatveis com processo inflamatrio ou txico. Conclumos que a abraadeira de nilon uma opo para fixao de fraturas cominutivas de tbia, dada a facilidade de manuseio e de ajuste circunferncia ssea, sua resistncia em meio ao processo de reduo e sua eficincia para estabilizao da fratura. REFERNCIAS 1-BARBOSA, B.C.; REPETTI, F.S.C.; SCORSALO, S.P.; SANTOS, A.B.C. O uso da abraadeira de nilon como cerclagem associado ao Tien-in na reparao de fratura cominutiva de tbia em co (relato de caso). Revista Nosso Clnico. v1, n.1, p.46 - 52, 1998; 2-CARRILLO, J. M.; SOPENA, J. J.; RUBIO, M. Experimental study of the use of nylon-band in theresolution of rabbits oblique fracture. In: WSAVAC O N G R E S S , 27; FECAVA CONGRESS, 8; AVEPA CONGRESS, 37., Sevilha, Spain, 2002. Proceedings ... Sevilha, Spain, p.259, 2002; 3-KAVINSKI, L.C.; PRESOTTO, E.J.; SILVA, E.G.; SILVA, E.G. Avaliao da fita de poliamida sinttica (nylon) na reduo de fraturas em ces e gatos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CLNICOS VETERINRIOS DE PEQUENOS ANIMAIS, 23.,Braslia. Anais ... Braslia: Anclivepa, 2002 (CD ROM); 4-MIRANDA, H.A.; SILVA, F.A.L.; TAVARES, A.G.; AMARAL, C.V.A.; MIRANDA, G.H. Abraadeira de nilon: resistncia trao em testes ficos e seu emprego como cerclagem no fmur de ces. Cincia Animal Brasileira, v. 7, n. 3, p. 299-307, 2006; 5-MIRANDA, A. H.; SILVA, L. A. F.; TAVARES, G. A . ; LIMA, A. M. V.; AMARAL, A. V. C.; MIRANDA, H. G.; FRANCO, L. G.; ROCHA, L. A.; OLIVEIRA, K. S.; SILVA, E. B. Avaliao da resistncia da abraadeira de nilon utilizada como cerclagem na reduo de fraturas de ces. Cincia Animal Brasileira, Goinia, v. 5, suplemento, p. 199-201, 2004; 6-SILVA, L. A. F.; ARAJO, G. R. S.; MIRANDA, A. H.; RABELO, R. E.; GARCIA, A. M.; SILVA,O. C.; ARAJO, I. F.; MACEDO, S. P.; SOUSA, J. N.; FIORAVANTI, M. C.; OLIVEIRA, K. S.; A M A R A L , A. V. C.; SILVA, E. B. Ovariohisterectomia em cadelas: uso da abraadeira de nilon da hemostasia preventiva. Cincia Animal Brasileira, Goinia, v. 5, suplemento, p. 100- 102, 2004; 7-S O R B E L L O , A. A.; GIUDUGLI, J. N.; ANDRETTO, R. Nova alternativa para ligaduras em cirurgias videoendoscpicas ou convencionais, com emprego de fitas de nylon em estudo experimental. Revista Brasileira de Coloproctologia, Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, p. 24-26, 1999.; 8SCHMIDT, T.L.; DAVIS, W.M. Intraoperative use of nylon bands in frature fixation. Clinical Orthopaedics, Philadelphia, v. 154, n. 341, p. 341- 343, 1978.

ACUPUNTURA PS-LAMINECTOMIA EM CHOQUE MEDULAR TRAUMTICO Tanns, L. F.1; Cesarino, M.2; vila, D. F.3; Rodrigues, C. G.2*; Fernandes, C. C.3; Castro, J. R.2; Dias, T. A.3; Resende, F. A. R.3; Faria A. B.4; Noleto, P. G.3; Ferreira, C. G. 5 , Costa, F.R.M 1-Mdica Veterinria do Servio de Acupuntura do Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Uberlndia (UFU); 2-Mestranda do Programa de Ps-Graduao em Cincias Veterinrias; 3-Residente do Hospital Veterinrio da UFU; 4-Mdico Veterinrio Mestre na rea clnica com nfase em Acupuntura Veterinria; 5- Professor Doutor da Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia. [email protected] RESUMO Um canino foi atendido no Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Uberlndia e diagnosticado com choque medular. Aps a estabilizao do paciente, solicitou-se exame radiogrfico simples da regio lombosacra, onde no foram evidenciadas alteraes. Em seguida, realizou-se uma laminectomia de frenestrao para descompresso do edema da medula espinhal. Durante o ps-cirurgico o animal no apresentou melhora permanecendo com os dficits neurolgicos. Aps dez dias, sem evoluo satisfatria da recuperao da deambulao, o co foi encaminhado ao servio de acupuntura com sinais de tetraparesia pstraumtica no responsiva ao tratamento convencional com corticideterapia e correo cirrgica. Foi estabelecido um tratamento com pontos de acupuntura especficos, que teve resposta satisfatria logo aps a terceira sesso, com alta clnica aps a quinta sesso de acupuntura associada eletroacupuntura. Palavras chave: lombosacral, medicina tradicional chinesa, ortopedia. INTRODUO A acupuntura tem sido utilizada associada ou no corticides, com o intuito de promover analgesia, reabilitao motora e sensorial. Esta terapia elimina os pontos gatilhos abolindo a dor, o encurtamento e rigidez muscular. Pode ativar a volta do crescimento de axnios destrudos na medula espinhal e reduzir a inflamao local, edema, vasodilatao ou constrio e a liberao de histamina ou cinina (PINTO et al., 2008). Segundo Altman (1997) e Xie, Preast e Xie (2007), a acupuntura por agulhamento caracteriza-se pelo o comprimento das agulhas que depende da espcie e o tamanho do animal, bem como a localizao e profundidade do ponto, enquanto que a eletroacupuntura o mtodo que consiste na transmisso de energia eltrica por diferentes intensidades e freqncias aos pontos de acupuntura e pontos gatilhos. Com este mtodo, o nvel de analgesia pode ser aumentado e o efeito prolongado pelo aumento do estmulo no ponto tratado. O tratamento clnico direcionado para a reduo do edema da medula espinhal pelo uso de antiinflamatrios esteroidais, repouso e o confinamento nas primeiras duas semanas de tratamento. O tratamento cirrgico fica reservado para os casos graves de compresso medular e paralisia (PINTO et al., 2008). baseado em trs procedimentos: descompresso, fixao e explorao (SWAIM, 1987). A descompresso acompanhada pela remoo de parte do arco vertebral e de materiais que ocupam o espao no canal vertebral, denominada laminectomia dorsal (YOVICH; READ; EGER, 1994). Deste modo, objetivou-se relatar um caso de choque medular traumtico aps a realizao de laminectomia e corticideterapia sem xito, com posterior aplicao da acupuntura. RELATO DE CASO Um co, pinscher, foi atendido no Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Uberlndia aps ter sido atropelado. Apresentava sinais vitais e nvel de conscincia normal, responsivo aos estmulos externos, ausncia de locomoo dos membros plvicos e dor intensa frente mudana posicional. Foi institudo a fluidoterapia com NaCl a 0,9% e aplicao das medicaes: cloridrato de tramadol 2mg.Kg-1, dexametasona 4mg.Kg-1 e manitol 5mL.Kg-1 (VIANA, 2007). Os parmetros foram aferidos a cada 10 minutos e se mantiveram em mdia de FR 40mpm, FC 120bpm, T 38 C e pulso mdio de 110. Ao exame neurolgico notou-se paresia flcida dos membros plvicos, com dficit proprioceptivo e ausncia da sensibilidade superficial bilateral. Os reflexos de retirada e anal estavam ausentes e dor profunda reduzida. J o reflexo de panculo encontrava-se ausente at a regio lombosacra. O animal apresentou hipereflexia de membros torcicos, no foi identificado nenhum sinal de cabea, concluindo, portanto, que a leso era medular, possivelmente na regio lombosacra. Solicitou-se exame radiogrfico ventro-dorsal e latero-lateral da regio lombosacra compatvel ao exame neurolgico realizado. Na radiografia simples no foram evidenciadas alteraes. Em seguida, realizou-se uma modificao da tcnica de hemilaminectomia em T12, T13 e L1, com

fenestrao dos trs discos. Durante o ps-cirurgico o animal no apresentou nenhuma melhora no exame clinico com manuteno dos dficits neurolgicos. Aps dez dias, o co foi encaminhado Servio de Acupuntura com sintomas de tetraparesia ps-traumtica no responsiva ao tratamento convencional com corticideterapia e correo cirrgica. Foi estabelecido um tratamento com pontos de acupuntura especficos, que teve resposta satisfatria logo aps a terceira sesso, com alta clnica aps a quinta sesso de acupuntura associada eletroacupuntura, com restabelecimento da deambulao, com retorno das suas atividades rotineiras. DISCUSSO A cirurgia de laminectomia utilizada principalmente visando descompresso medular, sendo inconveniente nesta tcnica a formao de tecido cicatricial, podendo provocar distrbios de conduo, causando dor persistente (SWAIM, 1987). Disfunes neurolgicas tambm podem decorrer de leses medulares ocasionadas por elevao dos corpos vertebrais durante a laminectomia, possivelmente por dano aos vasos espinhais durante o acesso cirrgico. As indicaes para o tratamento cirrgico so a falta de resposta ao tratamento clnico, sinais clnicos recidivantes ou progressivos, paraparesia no ambulatria, paraplegia com preservao da nocicepo (dor profunda) e paraplegia acompanhada de ausncia da nocicepo com durao inferior a 24 horas (TROTTER, 1996). REFERNCIAS 1- ALTMAN, S. Acupuncture therapy in small animal practice. Compendium on Continuing Education for the Practicing Veterinarian, Yardley, v. 19, n. 11, p. 1238-1244, 1997; 2-PINTO, V.M. et al. Prevalncia do uso da acupuntura na discopatia intervertebral em ces atendidos no Hospital Veterinrio da Universidade Luterana do Brasil. In: Congresso Brasileiro de Medicina Veterinria (Conbravet), 2008, Gramado - RS. CD-ROW. 3- SWAIM, S.F. Vertebral and spinal cord surgery. In: OLIVER, J.E., HOERLEIN, B.F., MAYHEEW, I.G. Veterinary neuroligy. Philadelphia, 1987, p.416-442, cap. 17.4-TROTTER, E.J. Laminectomia dorsal para o tratamento da discopatia tracolombar. In: BOJRAB, M.J et al. Tcnicas atuais em cirurgia de pequenos animais. 3.ed. So Paulo: Roca, 1996, cap.43, p.572-584.VIANA, F.A.B. Guia teraputico Veterinrio. 2 ed. Lagoa Santa: Cem, 2007, p.321. 5- XIE, H.E PREAST, V. XIE S. Veterinary Acupuncture, Blackwell Publishing, Oxford, p. 376, 2007. 6- YOVICH, J.C., READ, R., EGER, C. Modified lateral spinal decompression in 61 dogs with thoracolombar disc protusion. Journal of Small Animal Practice, England, v35, n.7, p.351-356, 1994.

ADENOCARCINOMA DE TIREIDE EM UM CO DA RAA BOXER RELATO DE CASO Oliveira, L.M*1.; Arruda, A.F.D.P.2; Costa, F.R.M.3; Alves, N.B.2; Pereira, S.A.4; Gomes, A.R.A4. 1-Residente de cirurgia de animais domsticos do Hospital Veterinrio da Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia; 2-Mdico Veterinrio; 3-Mdica Veterinria administrativa do Hospital Veterinrio da Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia; 4Graduando em Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia. RESUMO As neoplasias malignas da tireide so freqentemente grandes e pobremente encapsuladas e podem invadir tecidos normais adjacentes como a traquia, laringe, esfago, musculatura cervical e estruturas neurovasculares regionais. A maioria dos ces com tumores da tireide apresentam alguma disfuno hormonal, com sintomatologia de hipotireodismo ou hipertireodismo. um dos tumores com alta capacidade metasttica e prognstico desfavorvel. Este relato mostra um caso em que o paciente no apresentava sintomatologia de ordem hormonal. O tumor foi totalmente retirado e aps trs meses do procedimento cirrgico o paciente encontra-se em estado de metstase pulmonar avanada. Palavras-chave: tireide, adenocarcinoma, metstase. INTRODUO A tireide uma glndula bilateral presente em todos os vertebrados. Localizada lateralmente sobre a traquia, abaixo da laringe. Sua funo envolve a concentrao de iodo e a sntese, armazenamento e secreo do hormnio tireideo. Sendo que, tecido ectpico, est presente na maioria dos ces e gatos. Adenomas benignos da tireide no so comuns; normalmente so pequenas massas que no provocam sinais clnicos e so achados ocasionalmente de necropsia. Em contraste, aos carcinomas da tireide clinicamente mais comum, so massas slidas, grandes, que provocam sinais clnicos facilmente percebidos pelos proprietrios e bem palpveis. A maioria dos ces com tumores de tireide so eutireides ou hipotereides. Nesses ces, os sinais clnicos de hipertireoidismo podem predominar (NELSON & COUTO, 1992). Aos achados do exame fsico encontra-se uma massa cervical, firme e imvel ou fixa, geralmente unilateral. O adenocarcinoma se caracteriza como uma neoplasia maligna com origem na glndula tireide. Os tumores raramente produzem excesso de hormnios tireideanos. Localmente invasivo e altamente metasttico geralmente nos linfonodos regionais e nos pulmes. Os transtornos tireoideanos so mais comuns em ces de pequeno porte se comparado aos grandes. Contudo, as raas de ces com maior prevalncia de adenocarcinoma tireoideano so Boxer, Beogle e Golden Retriever, tambm h relatos nas raas Labrador e Pastor Alemo (NELSON & COUTO, 1992). Este trabalho relata um caso de adenocarcinoma tireoideano em estgio avanado que no apresentava sinais clnicos aparentes. METODOLOGIA Foi atendido no Hospital Veterinrio da Universidade Federal de Uberlndia um co, macho, da raa Boxer, 6 anos de idade e 27 quilos. Segundo o proprietrio, o paciente apresentava aumento de volume cervical h aproximadamente 30 dias, na poca que surgiu o tumor o animal foi medicado com antiinflamatrio para problema ortopdico receitado em outro estabelecimento. No exame clnico foi constatada massa tumoral firme, aderida, de aproximadamente 15x10 cm em regio cervical ventral; apresentando reflexo de tosse positivo; freqncia cardaca de 104 batimentos por minuto; freqncia respiratria de 40 movimentos respiratrios por minuto; temperatura retal de 39,5C; mucosas rseas; e tempo de perfuso capilar de dois segundos. Como exames complementares foram realizados: hemograma completo, raio-X torcico, citologia aspirativa por agulha fina (CAAF). O paciente foi, ento, encaminhado cirurgia para a realizao de exerese neoplsica. Foi removida a massa tumoral que estava aderida ao esfago, mas sem causar srios danos. O tumor estava bem irrigado com vasos calibrosos, sendo encaminhado o material para exame histopatolgico. No ps-operatrio foi indicado Meloxican, 0,1 mg/Kg, SID por 5 dias; Cefalexina, 30 mg/Kg, BID por 10 dias; Dipirona Sdica, 30mg/Kg TID por 4 dias; limpeza com soluo iodada sobre a ferida cirrgica, duas vezes ao dia at a retirada dos pontos. Tendo em vista os efeitos colaterais do uso de um quimioterpico, o auto custo e principalmente, pouca resposta dessa neoplasia a esse tipo de tratamento, no se optou pela realizao de Quimioterapia. O procedimento cirrgico foi realizado visando o conforto do animal, visto que o mesmo apresentava metstase pulmonar. O paciente presentou boa recuperao sem recidiva do tumor na regio cervical.

RESULTADOS E DISCUSSO No co, os tumores tiroidianos representam aproximadamente 1 a 2% de todas as neoplasias caninas, e respondem por 10 a 15% de todos os tumores primrios da regio da cabea e do pescoo (PETERSON & FERGUSON, 1992). Como relatado por Nelson e Couto (1992) o tumor encontrado estava aderido ao esfago, musculatura cervical e com vasos e nervos passando por ele. Cerca de 90% dos tumores tireoideanos caninos so malignos (PETERSON, 2003). Ocorrem metstases distantes (especialmente nos pulmes) em 60-80 % dos casos (PETERSON, 2003) como descrito neste relato, o paciente apresentou um quadro de metstase pulmonar. A maioria das neoplasias tireoideanas nos ces no secreta um excesso de hormnios tireoideanos. Menos de 20 % desses tumores se associam com hipertireoidismo. Como esses tumores podem destruir o parnquima tireoideano normal, ocorre algumas vezes um hipotireoidismo (PETERSON, 2003). Os sinais clnicos de neoplasias no-tireotxicas relacionam-se com danos estruturais na rea cervical e doenas metastticas. J tumores hiperfuncionais cursam com sinais de hipertireoidismo polidipsia, poliria, perda de peso, polifagia, intolerncia a calor, estresse, nervosismo, hiperexcitabilidade, tremores, diarria e aumento de volume das fezes (NELSON & COUTO, 2001). Contradizendo este trabalho, o paciente no apresentou nenhum dos sinais clnicos caractersticos condizentes com tumores hiperfuncionais, somente apresentou desconforto pela presena da massa na regio cervical e metstase pulmonar que desencadeou um quadro crnico de tosse e anorexia intermitente. O diagnstico se baseia na bipsia tireoideana. Indicam-se radiografias torcicas para pesquisa de metstases pulmonares (PETERSON, 2003). A puno aspirativa com agulha fina a partir do tumor e dos linfonodos regionais palpveis tambm revela a afeco (TILLEY, 2003), no entanto a puno aspirativa mostrou apenas tumor de clulas redondas. O tratamento de escolha a exciso cirrgica, embora a remoo completa de um carcinoma tireoideano seja incomum (PETERSON, 2003). Foi possvel retirar o tumor completamente sem maiores danos aos tecidos vizinhos, sendo que o tumor aparentava ser envolto por uma cpsula (figura 2). Visto que muitos desses tumores so malignos e atingiram estado avanado por ocasio do diagnstico, com freqncia o prognstico sombrio (PETERSON & FERGUSON, 1992). A recidiva deste tumor era esperada devido ao seu tamanho e a alta vascularizao (figura 1), porm este fato no ocorreu at o momento e o animal continua vivo e com episdios de tosse, anorexia e perda de peso devido ao agravamento da metstase pulmonar.

Figura 1 Neoplasia apresentando farta vascularizao.

Figura 2 Neoplasia apresentando cpsula brilhante.

REFERNCIAS 1-NELSON, R.W; GUILHERME, C.C; Medicina Interna de Pequenos Animais, 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, p. 362- 364,1992; 2-NELSON, W.R. Distrbios da Glndula Tireide. In: Medicina Interna de Pequenos Animais. 2. Ed. So Paulo: Guanabara Koogan S.A., p. 576579 2001; 3-PETERSON, M.E.; FERGUSON, D.C. Molstias da Tireide. In: ETTINGER, S.J. Tratado de Medicina Interna Veterinria. 3. ed. So Paulo: Manole Ltda, v. 4, p. 1743-1747, 1992; 4- PETERSON, M.E. Doenas Tireoideanas. In: BIRCHARD, S.J.; SHERDING R.G. Manual Saunders. Clnica de pequenos animais. 2. ed. So Paulo: Roca LTDA, p. 270 274, 2003; 5- TILLEY, L.P. Consulta Veterinria em 5 Minutos. Espcies Caninas e Felinas. 2 ed. So Paulo: Manole Ltda, p. 420 421,2003.

A IMPORTNCIA DA HISTOPATOLOGIA PARA A INSPEO FEDERAL NA CONFIRMAO DE LESES PULMONARES SUSPEITAS DE TUBERCULOSE EM BOVINOS ABATIDOS. Silva,M.C1.;Reis,D.O2 1-Graduanda da Faculdade de Medicina Veterinria-UFU; 2-Docente da Faculdade de Medicina VeterinriaUFU [email protected] RESUMO A tuberculose bovina uma doena que apresenta significativos reflexos na sade publica e na economia da produo de carne bovina.O diagnstico da doena em matadouro frigorfico, se restringe prioritariamente ao diagnstico macroscpico das leses suspeitas, o que eventualmente pode levar a um diagnstico equivocado. Assim, o veterinrio, se v em uma situao difcil, quando na identificao da leso. A partir disso, coletouse em um frigorfico da regio de Uberlndia, 42 amostras de carcaas desviadas ao DIF (Departamento de Inspeo Final), com suspeitas de tuberculose, para serem diagnosticadas atravs da histopatologia para a confirmao da doena.Os resultados mostraram que 69,04% eram positivas para tuberculose e 30,95%foram classificadas como linfadenites inespecificas. Avaliou-se as variveis idade, raa e sexo.Todas as amostras eram de animais fmeas, provenientes do Tringulo Mineiro e do Noroeste de Minas. Palavras-chave: Mycobacterium bovis, tuberculose, histopatologia. INTRODUO A tuberculose uma zoonose de evoluo crnica causada pelo Mycobacterium bovis e caracteriza-se pelo desenvolvimento de leses nodulares denominadas tubrculos.O Mycobacterium sp. causador da tuberculose no homem e nos animais domsticos, inclui espcies patognicas ,sendo mais comum o Mycobacterium tuberculosis que infecta exclusivamente o homem, podendo acidentalmente acometer o bovino, no provocando grandes alteraes nesse ltimo hospedeiro.O Mycobacterium bovis infecta bovinos, podendo tambm ocasionalmente contaminar o homem por meio de leite e carne in natura infectados com o bacilo (JONES et al, 2000). A via de transmisso mais comum a via aergena, sendo possvel via oral ou por meio do contato com secrees e excrees do portador.O consumo de leite cru uma das principais fontes de infeco humana pelo bacilo bovino e o risco de contrair o bacilo atravs da ingesto de produtos carnos menor devido a pouca incidncia do Mycobacterium sp. no tecido muscular no entanto,esse fato no deve ser ignorado (GERMANO E GERMANO,2003). O objetivo especfico dessa pesquisa realizada foi incorporar rotina de inspeo post-mortem o diagnstico histopatolgico, nos casos de suspeitas de tuberculose, pois com essa prtica, a inspeo ir estar respaldada tanto para a identificao da doena, quanto destinao correta das carcaas e respectivas vsceras, proporcionando uma maior segurana sade publica, alm de minimizar os impactos na economia da produo bovina causados pela tuberculose. METODOLOGIA Foram coletadas amostras no perodo de Janeiro de 2008 a Agosto de 2008, de leses suspeitas de tuberculose, de um matadouro frigorfico prximo regio de Uberlndia, que posteriormente foram encaminhadas ao Laboratrio de Histopatologia da UFU. Nesse perodo foram abatidos 2699 animais, dos quais 2652 eram fmeas e 47 machos, provenientes da regio do Tringulo Mineiro. As amostras eram de carcaas e vsceras oriundas de fmeas que foram desviados ao Departamento de Inspeo Final (DIF), que ao passarem pela linha de Inspeo Federal apresentaram leses de constataes duvidosas. De todas essas carcaas desviadas, as amostras que foram coletadas se restringiam ao linfonodos que envolvia toda a regio pulmonar e eram descritas em uma ficha criada para a pesquisa que constava da data de abate, data da coleta, sexo, idade, raa e procedncia. Na metodologia para verificar a ocorrncia de diferenas significativas entre os grupos e em cada tempo, utilizou-se a anlise de varincia inteiramente casualizada. Em principio, verificou-se as pressuposies do modelo (homogeneidade da varincia dos erros estimados e normalidade da distribuio dos erros estimados). Quando da aplicao da analise de varincia, ocorreu a rejeio das hipteses da igualdade das medias, utilizou-se para a comparao das mesmas, o teste de Scott-Knott (SCOTT e KNOTT, 1974). Quando se trabalhou com variveis qualitativas utilizou-se o teste de qui-quadrado via simulao de Monte Carlo. Valores de p< 0,05 indicaram significncia estatstica. Desta forma compararamse as freqncias de ocorrncia e no ocorrncia das variveis estudadas.

RESULTADOS E DISCUSSO Dos 2699 animais abatidos e inspecionados pelo SIF (Servio de Inspeo Federal),num matadouro frigorfico na regio de Uberlndia, durante os meses de Janeiro a Agosto de 2008, 42 carcaas suspeitas de leses de tuberculose foram desviadas para o DIF (Departamento de Inspeo Final) pelos agentes de inspeo para serem criteriosamente inspecionadas pelo mdico veterinrio responsvel. A percentagem de animais que foram desviadas para o DIF no ultrapassou de 1,58%. Do total de animais abatidos nesse perodo, 2652 (98,25%) eram fmeas e 47 (1,74%) eram machos. Todas as 42 carcaas desviadas eram de fmeas, com idade entre 2 a 5 anos, das raas nelore,cruzado e holands e todas procedentes da regio do Tringulo Mineiro a Alto Paranaba.. Na confirmao do diagnstico histopatolgico das 42 lminas, para serem classificadas como um folculo tuberculoso tpico foi considerado que deveriam ser visto no campo microscpico, reas com necrose caseosa, presena de clulas de Langhans ou clulas gigantes e reas de mineralizao. Caso essas caractersticas no estivessem presentes no campo visual, eram ento julgadas como uma linfadenite inespecifica.Os resultados das 42 lminas mostraram que 29 amostras (69,04%) eram tpicas de tuberculose, e 13 amostras (30,95%) no tpicas da doena, enquadrando-se em linfadenites inespecificas. Ao fim das anlises estatsticas entre as variveis e a classificao da tuberculose como tpica ou no tpica, foi confirmada a independncia significativa entre as variveis idade (p-valor=0,831) e raa (pvalor=0,827), pois o resultado da significncia >0,05 mostra que no h dependncia entre essas, conforme Scott-Knott (1974). Para a varivel sexo (p-valor=0,000) houve dependncia estatisticamente significativa, no qual o valor de significncia < 0,05 julgado como dependente entre as variveis, afirma (SCOTT e KNOTT,1974).No entanto, o resultado da varivel sexo, pode ser justificado pela percentagem de 100% das carcaas seqestradas, serem todas oriundas de animais fmeas. O destino dado s carcaas no estabelecimento para tuberculose que se encontrava de forma generalizada e que no deixava dvida, seguiam imediatamente para a graxaria.Para aquelas carcaas, nas quais a tuberculose se restringia a uma determinada rea, foi feito o aproveitamento condicional, condenando a parte acometida e o restante da carcaa foi destinado conserva, obedecendo s normas prescritas no Art.196 do RIISPOA (1952). Pinto em 2003, diz que h a necessidade de adotar novas medidas que unam os recursos de diagnstico j existente com a histopatologia, como sendo uma forma de auxiliar as aes e decises correta do mdico veterinrio, permitindo ento que o profissional defina suas suspeitas de forma real e consciente. Muitos dos erros de diagnstico esto ligados ao servio de inspeo sanitria, pois este pode no detectar animais com leses iniciais, sendo que no caso da tuberculose, em reas de prevalncia e transmisso, o percentual de leses no detectadas pode chegar a 33% do total (Kantor et al.,1987). Reis et al.,1995, afirma que muitas vezes as leses achadas em frigorficos, no seguem especificamente os padres anatomopatologicas que ocorrem com freqncia, gerando dvidas para o mdico veterinrio, que pode fazer com que o profissional confunda a tuberculose com leses de linfossarcoma ou linfadenites inespecificas. Pinto (2003), associa o aparecimento de leses macroscopicamente semelhantes a tuberculose com outros agentes como a Nocardia asterides, que no tecido muscular bovino causa reaes granulomatosas que geram confuso do ponto de vista macroscpico,da a importncia em racionalizar o uso da tcnica histopatologica na diferenciao. Em pases que tem rgido programa de controle para a tuberculose, os autores Claxton,1979 e Errico et al.,1980, pesquisaram e encontraram com a aplicao da tcnica histopatologica, que 40,8% e at 74% das leses semelhantes a tuberculose eram causadas por outros agentes. Segundo Reis et al (1995), ressalta que h importncia tambm em avaliar a prevalncia da tuberculose fazendo uma investigao baseada na epidemiologia em matadouros, frigorficos buscando a partir de carcaas e vsceras destinadas ao DIF (Departamento de Inspeo Final),identificar alteraes anatomopatologicas tpicas de um folculo tuberculoso, que dessa maneira permitir, assim o conhecimento prvio das caractersticas epidemiolgicas,mostrar a importncia da inspeo que deve ser respaldada pela tcnica histopatolgica principalmente naqueles estabelecimentos em que h o abate de vacas leiteiras de descarte. Com base nos resultados encontrados no presente trabalho, conclumos ser de fundamental importncia o uso da tcnica histopatolgica caracterizada por ser um mtodo rpido e seguro para o diagnstico final de tuberculose e outras patologias em matadouros frigorficos, que servir como um recurso que respaldar o servio de inspeo sanitria, assegurando ao mdico veterinrio maior preciso na destinao de carcaas e vsceras de bovinos.

REFERNCIAS 1-BRASIL.Ministrio da Agricultura e Pecuria. Servio de Inspeo Federal.Decreto n.30.691 de 29 de Maro de 1952, Art.196. Disponvel em:.Acesso em 14 de outubro de 2008; 2-CLAXTON,P.D.;EAMENS,G.J.;MYLREA,P.J.Laboraty diagnosis of bovine tuberculosis.Australian Veterinary Journal.Queensland,v.55,p.514-519,nov.1979; 3ERRICO,F.;PERDOMO,E.;BERMUDEZ,J.Estudios de lesions similares a tuberculosis en bovines Del Uruguay.Veterinaria,Montevideo,v.2,p.21-24,1980. 4- GERMANO, P.M.L.;GERMANO,M.I.S.Higiene e Vigilncia Sanitria dos Alimentos.2.ed.So Paulo:Livraria Varela, 2003; 5- JONES, T.C.; HUNT,R.D.; KING,N.W. Patologia Veterinria.6.ed.Manole.2000; 6- KANTOR,I.N.;NADER,A.BERNADELLI,A. Tuberculosis infection in cattle not detected by slaughterhouse inspection. Journal of Veterinary Medicine. Berlin,v.34,p.202-205,1987; 7- REIS,D.O.;ALMEIDA,L.P.;FARIA,A.R.Estudo comparativo entre linfossarcoma,tuberculose e linfadenite inespecifica ocorridas em bovinos abatidos e a confirmao histopatologica.Revista Higiene Alimentar.So Paulo,v.9,n.35,1995; 8- PINTO,P.S.A.Atualizao em Controle da Tuberculose no Contexto de Inspeo de Carnes.Biosci.J.,Uberlndia,v.19,n.1,p.115-121.2003; 9-SCOTT,A.J.;KNOTT,M.A.A Cluster analysis method for grouping means in the analysis of variance. Biometrics, Raleigh ,v.30,n.3,p.507-512.1974.

A IMPORTNCIA DOS PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE NA CONTAMINAO DE SALMONELA EM FRANGOS ABATIDOS Silva,M.C1.;Reis,D.O2 1-Graduanda da Faculdade de Medicina Veterinria-UFU; 2-Docente da Faculdade de Medicina VeterinriaUFU [email protected] RESUMO Um pequeno nmero de aves infectadas por Salmonella pode contaminar todo o processo de abate, sendo um risco nas toxinfeces alimentares. O Sistema de Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle(APPCC) ou HACCP(em ingls)foi desenvolvido para garantir a produo de alimentos seguros sade,analisando as etapas da produo, monitorando os perigos potenciais e determinando medidas preventivas para controlar esses perigos do inicio ao fim da produo do alimento.Em um levantamento feito em um abatedouro de aves,foram abatidos 5.412.107 milhes de frangos em Maio de 2009, dentro dos quais 101.790 mil carcaas apresentaram-se com contaminao fecal,(1,88% do total de frangos abatidos).A partir disso,define-se como fundamental a atuao do APPCC e os demais programas de autocontrole para minimizar qualquer contaminao fecal e conseqente risco de disseminao de salmonela na carcaa, garantindo um produto incuo para a sade pblica. Palavras-chave: salmonela, autocontrole, aves. INTRODUO As bactrias do gnero Salmonella so consideradas como as mais importantes causadoras de doenas transmitidas pelos alimentos.Alimentos como leite, ovos, carnes so apontados como os maiores responsveis em causar a salmonelose.A manifestao clnica caracterizada por dores abdominais, nuseas, vmitos, calafrios, diarria, febre e cefalia(GERMANO e GERMANO, 2003). Nos processo de abate de aves, durante seus vrios estgios, as carcaas podem ser contaminadas seja, pelas fezes durante a eviscerao, ou seja, pela contaminao cruzada, atravs do contato com produtos ou superfcie contaminadas na linha de produo (MOLBACK, OLSEN e WEGENER, 2006). Para que esses riscos sejam minimizados os programas de autocontrole entram em vigor, como forma de garantir ao consumidor um produto de qualidade e que no oferea risco a sua sade. Esses programas seguem normas estabelecidas pelos organismos internacionais, que exigem a aplicao de uma metodologia que garanta risco mnimo de salmonelose e outros patgeno no alimento (RODRIGUES et al.,2008). O APPCC uma metodologia aplicada, funcionando como um sistema preventivo de controle de segurana alimentar, identificando os perigos especficos e as medidas preventivas para o seu controle em todas as fases de produo(FURTINI e ABREU, 2006). Como pr-requisito do APPCC, associam -se o Procedimento Padro de Higiene Operacional (PPHO),as Boas Prticas de Fabricao (BPF) e o Procedimento Sanitrio Operacional (PSO), que identificam os perigos potenciais desde o inicio da produo do alimento at estar pronto para o consumo humano (ANVISA.Resoluo RDC n 275, de 21 de outubro de 2002). METODOLOGIA A metodologia utilizada pautou-se em um levantamento realizado no ms de maio de 2009 no arquivo de um abatedouro de frangos sob o Servio de Inspeo Federal (SIF), onde foram abatidos 5.412.107 milhes de frangos neste periodo.Nesse estabelecimento so realizados os programas de autocontrole rotineiramente, a fim de monitorar a presena de salmonela na carcaa de frango.Toda a visualizao de contaminao fecal encontrada nas carcaas durante o processamento registrada e separada pelos agentes de inspeo. RESULTADOS E DISCUSSO Foram abatidos 5.412.107 milhes de frangos dos quais 101.790 mil carcaas apresentaram-se com contaminao fecal durante o processo de produo, resultando em um percentual de 1,88% de contaminao fecal do total de frangos abatidos. Essa percentagem de 1,88% indica que durante o processo de abate, principalmente no procedimento de extrao de cloaca e eviscerao, h maior possibilidade de contaminao fecal e conseqente disseminao de salmonela pela carcaa e para a linha de produo.A partir dessa mdia mensal obtida, nota-se a necessidade e importncia da aplicao dos programas de autocontrole nos estabelecimentos que produzem qualquer tipo de alimento, pois a execuo desses programas fundamental

para diminuir qualquer tipo de contaminao que possa afetar a sade publica, e assim garanta um produto apto para o consumo humano. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 1-BRASIL.Ministrio da Sade.Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. ANVISA.Resoluo RDC n 275, de 21 de outubro de 2002.Sobre Procedimentos Padres de Higiene Operacional (PPHO).Disponvel em: http://www.anvisa.gov.br/alimentos/appcc.htm. Acesso em: 25 de julho de 2009.; 2-BRASIL.Ministrio da Sade.Portaria n.326,30 de julho de 1997.Aprova o regulamento tcnico Condies de Higiene Sanitria e de Boas Praticas de fabricao para Estabelecimento Produtores/Industrializadores de alimentos.Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, p.16560-3, 1 ago.1997.Seo 1. ;3-FURTINI.L.L.R.;ABREU.L.R.Utilizao de APPCC na indstria de alimentos.Revista Cincia Agrotcnica.Lavras, v.30, p.358-363,2006.; 4GERMANO. P.M.L.; GERMANO.M.I.S.Higiene e Vigilncia Sanitria de Alimentos.Qualidade das matrias primas.Doenas transmitidas por alimentos.Treinamento de recursos humanos.2 ed.Editora Livraria Varella.2003; 5-MOLBACK,K.;OLSEN,J.E.;WEGENER,H.C.Salmonella Infections.p.57-136.In. Food Diseases and Intoxications.New York,NY.,U.S.A,903 p.2006.; 6RODRIGUES.A.C.A.;PINTO.P.S.A.;VANETTI.M.C.D.;BEVILACQUA.P.D.;PINTO.M.S.;NERO.L.A.Anl ise e monitoramento de pontos crticos no abate de frangos utilizando indicadores microbiolgicos.

AMPUTAO DE MEMBRO TORXICO ESQUERDO DE Mazama gouazoubira: RELATO DE CASO De Simone, S. B. S.2*; Santos, A. L. Q.1; Rodrigues, L. L.2; Rodrigues, T. C. S.2 1-Docente Orientador, Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS), Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia. 2-Laboratrio de Ensino e Pesquisa em Animais Silvestres (LAPAS), Faculdade de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Uberlndia. Av. Amazonas, n 2245, Jardim Umuarama, Uberlndia MG, CEP: 38405-302. [email protected] RESUMO Um veado catingueiro de vida livre, foi encaminhado ao Hospital Veterinrio Universitrio da Universidade Federal de Uberlndia pela Polcia Ambiental, vtima de atropelamento com suspeita de fratura rdioulnar e isquemia deste segmento. Confirmou-se a suspeita atravs de exames radiogrficos e exames fsicos do membro afetado. Realizou-se a cirurgia de amputao do membro torcico esquerdo. Para tal procedimento utilizou-se a associao tiletamina e zolazepan (sete mg/kg). Administrou-se como antibiticoterapia penicilina benzatina (200.000 UI/ml) na dose de 40.000 UI/ kg. A manobra cirrgica obteve resultados satisfatrios em Mazama gouazoubira, culminando com a rpida recuperao do animal. Palavras-chave: Fratura, lacerao, veado catingueiro. INTRODUO Traumatismos so de ocorrncia comum em animais silvestres tanto nos de vida livre quanto nos de cativeiro (CARISSIMI et al., 2005), localizando-se mais comumente nos membros (DINIZ et al., 1995). Tais leses podem ser irreversveis no que diz respeito a volta da funo normal do membro, tendo assim de ser amputados. Indicaes para amputao de um membro locomotor em animais esto baseadas em leses irreversveis ou em um pobre prognstico para a funcionalidade do mesmo (STONE, 1985). Recomenda-se tal manobra por meio de seco ssea, a fim de permitir a atrofia desta extremidade. A remoo do membro atravs da articulao escpulo-umeral ou coxofemoral permite um volume de tecido mole suficiente para proteger o osso (WEIGEL, 1998). O objetivo do presente trabalho reveste-se de interesse, devida escassez de relatos de procedimentos cirrgicos em animais silvestres. Dessa maneira, os autores pretendem contribuir com profissionais em clnica mdico-cirrgica de animais silvestres, visando conservao e criao de tal espcie. RELATO DO CASO Foi encaminhado ao Hospital Veterinrio Universitrio da Universidade Federal de Uberlndia, pela Polcia Ambiental, um veado catingueiro, de vida livre, vitima de atropelamento. Durante a anamnese e exame fsico de palpao notou-se uma lacerao no osso rdioulnar esquerdo seguida de crepitao, sugerindo a presena de fratura. Suspeita esta confirmada atravs de exames radiogrficos. Apesar da impreciso temporal do ocorrido, o mesmo apresentava-se em bom estado nutricional, sem sinais de desidratao ou debilidade, porm a circulao l do membro no local da leso estava comprometida, promovendo discreta necrose na extremidade distal da tbia. Visando conservao da espcie e pela gravidade da leso, decidiu-se amputar o membro acometido. O animal foi submetido antibioticoterapia no pr-operatrio imediato com enrofloxacina 5mg/kg, via intramuscular. Procedeu-se tricotomia do membro plvico esquerdo seguida de assepsia com lcool-iodo-lcool. Como medicao anestsica utilizou-se a associao tiletamina e zolazepan (sete mg/kg) via intramuscular. Em decbito lateral direito o animal foi posicionado. Procedeu-se uma inciso cutnea circular ao tero distal do membro torxico esquerdo, pele e msculos foram divulsionados e rebatidos em sentido cranial. A fim de promover hemostasia os vasos locais foram ligados em massa com o auxlio de fio algodo P10, aps tal manobra incindiu-se caudalmente a musculatura ao redor do membro, liberando-a at acessar o osso rdioulnar. Com o auxlio de uma serra seccionou-se o osso. Sobre o coto rdioulnar remanescente suturou-se a musculatura com pontos wolf e fio Catgut cromado 2-0, a coaptao da pele deu-se atravs de pontos simples separado e fio de Nylon 2-0. No ps-operatrio instituiu-se como antibiticoterapia penicilina benzatina (200.000 UI/ml) na dose de 40.000 UI/ kg, a cada vinte quatro horas durante cinco dias. Curativo local com soluo fisiolgica, iodopovidona e alantoina foram realizados at a retirada dos pontos, ocorrido dez dias aps a interveno.

DISCUSSO Estresse ps-cirrgico a principal preocupao quanto sobrevida de animais silvestres com membros amputados. Carissimi et al. (2005) obtiveram xito em observar, por dez meses, um lobo-guar com membro torcico direito amputado, semelhantemente ao animal em questo, que no demonstrou estresse, adaptandose bem situao. A indicao de seco parcial do osso, tcnica esta descrita por (SLUIJS, 1993), foi a mesma utilizada nesta interveno, mostrando-se satisfatria para o procedimento cirrgico de amputao do membro plvico esquerdo do Mazama Gouazoubira, convergindo para sua completa recuperao e reabilitao, este tipo de manobra impede a formao de liquido sinovial permitido em tcnicas onde se amputa na articulao. Quanto perfuso, deve-se observar a cor e a temperatura do membro, este quando plido ou ciantico e frio parmetro de expresso de um nvel isqumico. Fatores locais como gangrena, infeco, condio das reas adjacentes, grau de comprometimento arterial e dor, so importantes na determinao do nvel de amputao. necessria uma manipulao delicada e atraumtica dos tecidos, pois os mesmos so de difcil cicatrizao e facilmente infectveis (PITTA et al., 2003). Fato estes observados em nosso animal, no qual favoreceu a escolha da manobra cirrgica em questo. Visando o bem-estar animal e conservao da espcie, optou-se pela amputao do membro de M. gouazoubira. Tal procedimento contribuiu para a recuperao do mesmo, visto que os tecidos necrosados foram retirados diminuindo os riscos de infeco, culminando com a introduo da antibiticoterapia. De forma satisfatria concluiu-se que a tcnica cirrgica adotada foi satisfatria para recuperao plena do espcime em questo. REFERNCIAS 1-CARISSIMI, A.S. et al. Amputao de membro torcico em Lobo Guar (Chrysocyon brachyurus). A HoraVeterinria, Porto Alegre, v. 24, n. 145, p. 62-64, 2005.; 2-DINIZ, L. S. M.; COSTA, E. O.; OLIVEIRA, P.M.A. Clinical disorders observed in anteaters (Myrmecophagidae, dentata) in captivity. Veterinary Research Communications, Springer Netherlands, v. 19, n. 5, p. 409-415, 1995. ;3-SLUIJS, F. J. V. Extremidades. In: ______. Atlas de cirurgia de pequenos animais. So Paulo: Manole, 1993. 141 p.; 4STONE, E. A. Amputation. In: NEWTON, C. D; NUNAMAKER, D.M. (eds). Textbook of small animal orthopaedics. Ithaca: International Veterinary Information Service, 1985. 1140 p. Disponvel em: . Acesso em: 10 dez. 2006.; 5- WEIGEL, J. P. Amputaes. In: SLATTER, D. Manual de cirurgia de pequenos animais. 2. ed. So Paulo: Roca, 1998. 2830 p. ;6-PITTA G. B. B.; Castro, A. A.; BURIHAN, E. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Macei: Ecmal & Lava, 2003. 360 p. Disponvel em: . Acesso em: 05 set. 2009.

ANLISE DE DESEMPENHO ECONMICO DE UMA PROPRIEDADE RURAL DE CRIAO DE BEZERROS DE CORTE PARA VENDA, NO MUNICPIO DE UBERLNDIA- MG, NO ANO DE 2007 Fagundes, N. S*; Souza, L. G. A; Gomes, E. M; Pirtouscheg, A; Fagundes, N. S 1-Mestrando em Cincias Veterinrias UFU; 2-Mdica Veterinria; Docente da Faculdade de Medicina Veterinria UFU [email protected] RESUMO Em anlise econmica feita em uma propriedade rural de criao de bezerros de corte para a venda, localizada no municpio de Uberlndia-MG, no ano de 2007, foi verificado que atividade nesta propriedade no foi rentvel, apresentando prejuzo tipo a, ou seja, se no houver um aumento no valor de venda do bezerro ou uma diminuio dos custos, a atividade se sustentar por pouco tempo. Os ndices de desempenho econmico como lucratividade, rentabilidade e lucratividade foram negativos neste perodo. Palavras-chave: Cria. Lucro. Pecuria. INTRODUO A criao de bezerros de corte um importante setor da cadeia pecuria visto que disponibiliza no mercado animais prontos para a recria, engorda e posterior abate, visando atender o mercado de produtos crneos. No entanto, se faz extremamente importante que o produtor realize uma anlise econmica, para que o mesmo possa conhecer os resultados obtidos pela atividade rural, tomar, conscientemente, suas decises e encarar o sistema de produo de gado de corte como uma empresa (HOFFMANN; SERRANO; NEVES, 1989). A anlise econmica de uma atividade ou explorao pode ser executada por meio de levantamentos do custo de produo, que a soma dos valores de todos os recursos e operaes (servios) utilizados no processo produtivo de certa atividade produtiva (REIS; GUIMARES, 1986). Os custos de pro