anafre informa _15abr2011

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15 | Abril | 2011 ANAFRE informa… A reunião do Conselho Directivo da ANAFRE, do mês de Março, ocorreu na Lourinhã, na tarde do passado dia 18 a convite do Presidente da daquela Vila, Pedro Margarido, que é, também, membro do Conselho Geral da ANAFRE. Pedro Margarido patenteou a sua grande satisfação em acolher, na sede da Junta de Freguesia, o Conselho Directivo da ANAFRE a quem proporcionou palavras de boas-vindas, comodidade, apoio e muitos mimos gastronómicos. Durante a tarde, o Conselho Directivo cumpriu os pontos da agenda, demorando-se, analiticamente, na inviabilidade de renovação do Protocolo entre as Secretarias de Estado da Administração Local e dos Assuntos Fiscais e a ANAFRE, cujo objectivo visava a submissão das declarações de IRS por via electrónica, através dos equipamentos e recursos humanos existentes nas Juntas de Freguesia, como se vinha fazendo desde 2006. A esse propósito, o Presidente do Conselho Directivo teve oportunidade de declarar à Comunicação Social por quem foi instado: «inexplicavelmente, o Governo, apesar de solicitada audiência em Dezembro, para a qual não obtivemos resposta, recolheu-se ao silêncio, o que é uma desconsideração intolerável num regime democrático». Definitivamente, perante os constrangimentos referidos, o Conselho Directivo da ANAFRE considerou, consensualmente, ser tarde para insistir na renegociação do Protocolo em causa. Nesta edição: Informações Úteis 3 O que as Associadas mais perguntam? 5 Legislação Publicada 6 É Urgente que Saiba… 7 Dia Mundial dos Vizinhos 8

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15 | Abril | 2011

ANAFRE informa…

A reunião do Conselho Directivo da ANAFRE, do

mês de Março, ocorreu na Lourinhã, na tarde do

passado dia 18 – a convite do Presidente da

daquela Vila, Pedro Margarido, que é,

também, membro do Conselho Geral da

ANAFRE.

Pedro Margarido patenteou a sua grande

satisfação em acolher, na sede da Junta de

Freguesia, o Conselho Directivo da ANAFRE a

quem proporcionou palavras de boas-vindas,

comodidade, apoio e muitos mimos

gastronómicos.

Durante a tarde, o Conselho Directivo cumpriu os

pontos da agenda, demorando-se, analiticamente,

na inviabilidade de renovação do Protocolo entre

as Secretarias de Estado da Administração Local e

dos Assuntos Fiscais e a ANAFRE, cujo objectivo

visava a submissão das declarações de IRS por via

electrónica, através dos equipamentos e recursos

humanos existentes nas Juntas de Freguesia, como

se vinha fazendo desde 2006.

A esse propósito, o Presidente do Conselho

Directivo teve oportunidade de declarar à

Comunicação Social por quem foi instado:

«inexplicavelmente, o Governo, apesar de solicitada

audiência em Dezembro, para a qual não obtivemos

resposta, recolheu-se ao silêncio, o que é uma

desconsideração intolerável num regime

democrático».

Definitivamente, perante os constrangimentos

referidos, o Conselho Directivo da ANAFRE

considerou, consensualmente, ser tarde para insistir

na renegociação do Protocolo em causa.

Nesta edição:

Informações Úteis 3

O que as Associadas mais perguntam? 5

Legislação Publicada 6

É Urgente que Saiba… 7

Dia Mundial dos Vizinhos 8

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Na Sessão de Abertura marcaram presença o Sr. Presidente da Assembleia Interfreguesias da Associação de Freguesias do Concelho da Lourinhã (AFCL), António Onofre que reúne a qualidade de Presidente da Junta de Moita dos Ferreiros.

Na sua intervenção, deu testemunho dos benefícios resultantes da reunião das Freguesias em Associação, descrevendo algumas das conquistas somadas a favor das populações das Freguesias Associadas.

Usando da palavra, o que fez com preciso sentido de experiência e graça, o Sr. Presidente da Câmara Municipal da Lourinhã afirmou: «A descentralização de competências para as Freguesias dá-nos poder. Passámos a ser uma equipa – os da Câmara Municipal e os das Juntas de Freguesia».

A propósito da propalada reorganização administrativa concluiu: «Deveriam era reorganizar o Estado!»

Ao longo da reunião, o Conselho Geral abordou várias questões que preocupam as Freguesias, sofrendo especial evidência a reorganização

administrativa sobre a qual se abrira discussão nacional a muitos níveis – autarquias, universidades, sociedade civil, sem esquecer a própria ANAFRE através de debates promovidos, a nível nacional, pelas Delegações Distritais e Regionais da ANAFRE.

O Conselho Geral, na sessão ocorrida na Lourinhã deliberou, por unanimidade, aprovar o Relatório de Actividades e Prestação de Contas de 2010.

Foram, ainda, aprovadas por maioria, duas MOÇÕES: a primeira sobre o transporte de doentes, visando a revogação do Despacho 19264/2010, do Secretário de Estado da Saúde, sublinhando que desrespeita o direito à vida com saúde, estabelecido na CRP, com severos reflexos na garantia dos cuidados primários de saúde e no abalo das estruturas criadas para o serviço de transporte de doentes – Associações Humanitárias de Bombeiros ou outros.

A segunda incidia sobre o encerramento dos estabelecimentos de ensino do primeiro ciclo com menos de 21 alunos.

O sentido da Moção consistia na manifestação da discordância das Freguesias perante o anunciado encerramento e no apelo ao Governo para que reconsidere o plano de reorganização da rede escolar.

Às 10h00 do dia 19 de Março, no Auditório da Associação Musical e Artística Lourinhanense, realizou-se a 62ª reunião do Conselho Geral da ANAFRE, na qual tomaram parte, para além do Conselho Directivo,

também o Conselho Fiscal da ANAFRE

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Utilização de produtos fitofarmacêuticos

herbicidas A Lei das Autarquias Locais (Lei n.º 169/99, de 18

de Setembro, alterada e republicada pela Lei n.º

5-A/2002, de 11 de Janeiro) estabelece, no n.º 1

do artigo 37.º, que as juntas de freguesia podem

exercer actividades que são competência das

câmaras municipais, através de delegação e o seu

n.º 2 que a delegação de competências depende

de aprovação dos órgãos representativos da

freguesia (a Junta de Freguesia tem de aceitar a

delegação de competências, solicitando à

Assembleia de Freguesia a ratificação dessa

aceitação, nos termos do disposto no art. 17.º, n.º 2

alínea l) e é efectuada com observância do

disposto no art. 66.º.

Tal delegação, nos termos do n.º 1 do artigo 66.º

do mesmo diploma, depende da celebração de

protocolo “onde figurem todos os direitos e

obrigações de ambas as partes, os meios

financeiros, técnicos e humanos e as matérias

objecto da delegação”, sendo que pode a câmara

municipal destacar, para a junta de freguesia,

funcionários afectos às áreas de competência

objecto da delegação, mantendo-se o

destacamento enquanto subsistir a citada

delegação de competências. O protocolo deve

incidir sobre as actividades constantes das opções

do plano e do orçamento municipais e pode

abranger a conservação e limpeza de valetas,

bermas e caminhos (n.º 2, alínea a) ou a gestão e

conservação de jardins e outros espaços

ajardinados (alínea c).

No que respeita às actividades de distribuição,

venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos

(pesticidas) por utilizadores finais, rege o Decreto-

Lei n.º 173/2005, de 21 de Outubro, alterado

pelo Decreto-Lei n.º 187/2006, de 19 de

Setembro. Por utilizador final entende-se, nos

termos do referido decreto-lei, o aplicador,

incluindo o agricultor, a empresa aplicadora, o

empresário aplicador e o aplicador especializado

de produtos fitofarmacêuticos.

Deste modo, mediante a atribuição de uma

autorização de exercício de actividade,

permite-se aos estabelecimentos

comercializar quaisquer produtos

fitofarmacêuticos, bem como a aplicação

destes por aplicadores devidamente

habilitados.

Já o Decreto-Lei n.º 101/2009, de 11 de Maio regula

as condições de autorização, venda e aplicação de

produtos fitofarmacêuticos para uso não profissional

em ambiente doméstico, isto é, para o público em

geral a quem é permitida a sua utilização em plantas

de interior, hortas e jardins familiares.

No caso das freguesias estes produtos, vulgarmente

designados de pesticidas e herbicidas, são utilizados

essencialmente para a pulverização de jardins

públicos, bermas e valetas no controle de ervas

daninhas e nessa medida aplica-se-lhes o Decreto-Lei

173/2005.

Ora, da leitura do n.º 6 do art. 13.º do Decreto-Lei

173/2005, com as alterações decorrentes do

Decreto-Lei 187/2006 resulta a aplicação deste

diploma aos agricultores, funcionários das freguesias

com funções de jardinagem ou outros aplicadores.

Veja-se que a aplicação destes produtos em ambiente

doméstico, vem regulamentada autonomamente no

Decreto-Lei n.º 101/2009, de 11 de Maio em que o

utilizador beneficia da aplicação destes químicos em

áreas reservadas da sua habitação (jardim ou

quintal). Contrariamente, nos espaços públicos a sua

aplicação implica um conjunto de medidas de carácter

preventivo com vista à protecção de pessoas, animais

e meio ambiente, pelo que só podem ser aplicados

por pessoas especializadas que disponham de

certificado de frequência com aproveitamento em

acção de formação de aplicação de produtos

fitofarmacêuticos reconhecida pela DRA da área de

realização da acção de formação, ou de outras

acções de formação reconhecidas (n.º 3 do art. 14.º).

Assim sendo, a aplicação destes produtos em espaços

do domínio público só pode ser realizada por quem

detenha formação adequada, sob pena do seu

agente incorrer em ilícito de mera ordenação social,

punível com coima de € 250 e € 3700, ou € 500 e €

44 000 consoante o agente seja pessoa singular ou

colectiva.

Estão dispensados de frequentar a acção de

formação, os aplicadores com idade superior a 53

anos à data da publicação deste diploma (21 de

Outubro de 2005).

INFORMAÇÕES

ÚTEIS

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Comprovação situação tributária e contributiva regularizada 1 - As Freguesias quando efectuam pagamentos não têm necessidade de pedir certidão comprovativa da situação tributária (sem dívidas às Finanças) e contributiva (Segurança Social) regularizada como obrigação geral.

Em cada ano, o diploma de execução orçamental do respectivo Orçamento de Estado contém uma disposição relativa à obrigação de verificação da situação tributária e contributiva regularizada das entidades públicas quando efectuam pagamentos, o que abrange a Administração Central e excluiu a Administração Local.

Para o presente ano, o diploma de execução orçamental (DL 29-A/2011, de 1 de Março), no seu art. 76º, nº 2, adita o Artigo 31º-A ao DL 155/92 de 28 de Julho (Regime da Administração Financeira do Estado), com âmbito de aplicação exclusivo à Administração Central.

Assim, o referido Artigo 31º-A consagra a obrigação de verificação da regularidade da situação tributária e contributiva dos beneficiários de pagamentos mas, apenas, para os serviços integrados e os serviços e fundos autónomos, incluindo instituições públicas de ensino superior universitário e politécnico e aquelas cuja gestão financeira e patrimonial se rege pelo regime jurídico das entidades públicas empresariais.

2 – Contudo, obrigação semelhante ao ponto anterior, mas abrangendo as Freguesias, encontra-se prescrita no Código dos Contratos Públicos/DL 18/2008, de 29 de Janeiro (alterado pela Lei 59/2008, de 11 de Setembro / RCTFP; DL 223/2009 de 11 de Setembro; DL 278/2009 de 2 de Outubro; Lei 3/2010 de 27 Abril; e Lei 131/2010 de 14 de Dezembro).

Este diploma, que consagra o Regime das Empreitadas de Obras Públicas, Aquisição de Bens Móveis, Aquisição de Serviços e Locação, estabelece a obrigação genérica de verificação da situação tributária e contributiva regularizada aquando da adjudicação, pela apresentação dos respectivos documentos comprovativos no procedimento de formação de quaisquer contratos (al. b) do nº 1 do art. 81º).

Encontra-se dispensado desta e outras formalidades o regime simplificado (Ajuste Directo para aquisição ou locação de bens móveis ou de aquisição de serviços até aos 5.000 €) – nº 3 do art. 128º.

3 – Acrescente-se em especial, a aplicação do art. 198º da Lei 110/2009, de 16 de Setembro / Código Contributivo (alterado pela Lei 119/2009, de 30 de Dezembro e Lei 55-A/2010, de 31 de Dezembro), que obriga as pessoas colectivas de direito público, incluindo, portanto, as Freguesias, a exigir certidão (*) de situação contributiva regularizada perante a Segurança Social, quando realizem pagamentos superiores a 5.000 €.

Se verificada a existência de dívidas, deve ser retido o montante de 25% em débito (nº 3) e depositado na CGD à ordem do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS, I.P.).

4 – Do art. 213º do Código Contributivo, resulta o impedimento da celebração ou renovação de contratos (de empreitada, fornecimento de bens ou prestação de serviços) entre as Autarquias Locais (Freguesias) com contribuintes que não tenham a situação contributiva regularizada perante a Segurança Social.

5 - (*) O DL 114/2007, de 19 de Abril instituiu a faculdade de dispensa de apresentação de certidão comprovativa de situação tributária (Finanças) ou contributiva (Segurança Social) regularizada, quando o interessado consentir a consulta dessa informação via Internet.

Prestação de Contas 2010 (Regime Simplificado do POCAL)

Determina o n.º 6 da Resolução n.º 5/2010 do Tribunal de Contas que as Freguesias que aplicam o Regime Simplificado do POCAL, ou seja, aquelas que para

efeitos de remessa de documentos são consideradas “entidades dispensadas de remessa de contas” terão de

remeter os seguintes documentos:

a) Mapa de fluxos de caixa

b) Conta de operações de tesouraria ou documento equivalente

c) Acta de aprovação das contas pelo órgão executivo

d) Relação nominal dos responsáveis, relativa ao período a que se reporta a prestação de contas

As contas podem ser enviadas em papel, disquete ou CD não regravável, até 30 de Abril de 2011.

Existindo atraso na elaboração das contas por razões ponderosas, excepcionais e devidamente fundamentadas,

reconhecidas pelo Tribunal de Contas, as Freguesias podem solicitar a prorrogação do prazo de envio de

contas.

A falta injustificada da remessa das contas dentro do prazo poderá determinar a realização de auditoria à

respectiva autarquia local, sem prejuízo da correspondente sanção pelo Tribunal de Contas (n.º 7 do

artigo 52.º e artigo 66.º da LOPTC).

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1. QUAIS AS OBRIGAÇÕES DAS JUNTAS DE FREGUESIA NO ÂMBITO DO SICAFE?

a) Verificar a etiqueta com o número de identificação (do chip), que se encontra aposta no Boletim Sanitário do Cão e receber (original ou duplicado) a ficha de registo prevista no SICAFE (entregue pelo detentor), devidamente preenchidos por médico veterinário – art. 3º nº 1 da Portaria 421/2004, de 24 de Abril / Regulamento de Registo, Classificação e Licenciamento de Cães);

b) Introduzir os dados (informação) constantes da ficha de registo na base de dados nacional - art. 11º do DL 313/2003;

c) Proceder ao registo do cão e/ou licenciamento do cão – art. 11º (nos termos regulares/ da citada Portaria 421/2004; e DL 315/2009, de 29 de Outubro no caso dos cães perigosos e potencialmente perigosos);

d) Actualizar o SICAFE realizando o lançamento no mesmo:

De todos os episódios de agressão que determinam a classificação do cão como animal perigoso (quando recebem auto de notícia da agressão ou/e decisões definitivas em processo-crime ou de contra-ordenação - art. 9º);

A morte ou desaparecimento do cão, após comunicação à Junta pelo seu detentor - art. 12º al. c);

A transferência do titular do registo (mudança de dono do cão), depois de comunicada à Junta - art. 12º al. e).

Canídeos – SICAFE/Sistema de Identificação de Caninos e Felinos Canídeos – SICAFE / Sistema de Identificação de Caninos e Felinos. A identificação electrónica (colocação de chip) tornou-se obrigatória para todos os cães nascidos a partir de 1 de Julho de 2008 (entre os 3 e 6 meses do animal) – art. 6º do DL 313/2003, de 17 de Dezembro.

Pode ainda a identificação electrónica ser realizada de forma voluntária pelos donos dos animais, fora dos casos obrigatórios referidos no parágrafo anterior (cães nascidos antes daquela data e que não estavam abrangidos pela obrigação de identificação electrónica).

Este é um requisito necessário para efectuar o registo e licenciamento dos cães (art. 11º al. c) do DL 313/2003).

A informação relativa ao animal e seu detentor é colidida na base de dados nacional, conforme informação presente às Juntas de Freguesia para o efeito pelos detentores dos animais, dados que esta introduz on line através portal da DGV (Direcção Geral de Veterinária) – www.dgv.min-agricultura.pt.

2. TODOS OS PROCESSOS DE CONTRA-ORDENAÇÃO PELA FALTA DE REGISTO E LICENÇA DE CÃES, SÃO DA COMPETÊNCIA DA JUNTA DE FREGUESIA?

Não. Excluem-se os processos de contra-ordenação pela falta de registo e licença dos cães perigosos e potencialmente perigosos, cuja competência é do Director Geral de Veterinária (art. 38º nº 1 al. a) do

DL 315/2009, de 29 de Outubro).

Elencando todas as contra-ordenações/ canídeos da competência da Junta, nos termos do art. 14º nºs 1 e 2 do DL 314/2003 de 17 de Dezembro, é punível pelo Presidente da Junta de Freguesia:

a) Falta de licença (excepto o caso especial acima referido cães perigosos ou potencialmente perigosos);

b) Falta de açaimo ou trela; c) Circulação de cães e gatos em locais públicos

sem coleira ou peitoral com o nome e morada (ou telefone) do detentor;

d) A falta de registo dos cães (excepto cães perigosos ou potencialmente perigosos).

3. A POSIÇÃO REMUNERATÓRIA DO TRABALHADOR DEVE CONSTAR DA PUBLICITAÇÃO DO PROCEDIMENTO CONCURSAL A QUE SE REFERE O ART. 19.º DA PORTARIA N.º 145-A/2011 DE 6 DE ABRIL QUE ALTEROU E REPUBLICOU A PORTARIA N.º 83-A/2009 DE 22 DE JANEIRO?

Sim. O artigo 19.º, alínea d) da Portaria n.º 145-A/2011 de 6 de Abril prevê que, aquando da publicitação do procedimento concursal seja divulgada a posição remuneratória de referência (remuneração previsível para o posto de trabalho a ocupar) para efeitos de negociação. Não havendo lugar à negociação com os candidatos (quando a nomeação seja a modalidade de relação jurídica de emprego público a constituir), a entidade empregadora pública deve indicar a posição remuneratória correspondente.

As alterações introduzidas à Portaria n.º 83-A/2009 aplicam-se apenas aos procedimentos concursais publicitados após o dia 7 de Abril de 2011, data da entrada em vigor da Portaria n.º 145-A/2011, nos termos do disposto no artigo 2.º.

O QUE AS

ASSOCIADAS

MAIS

PERGUNTAM

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4. A REMUNERAÇÃO AUFERIDA PELOS ELEITOS LOCAIS EM REGIME DE MEIO TEMPO ESTÁ SUJEITA A TRIBUTAÇÃO EM IRS?

1 – Os eleitos locais que exercem o mandato em regime de meio tempo têm direito à remuneração prevista na Lei n.º 11/96 de 18/04 com as alterações introduzidas pela Lei 169/99 de 18 de Setembro, Lei n.º 87/2001 de 10 de Agosto e Lei n.º 36/2004 de 13 de Agosto, conjugada com o Estatuto dos Eleitos Locais.

2 – A Lei das Finanças locais determina que o Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF) deve assegurar o pagamento da compensação por encargos dos membros do órgão executivo da freguesia. Como tal, os eleitos locais que exerçam o mandato a meio tempo, por se enquadrarem nos n.º 1 ou 2 do art. 27.º conjugado com o art. 28.º da Lei das Autarquias Locais, recebem através da DGAL a remuneração a que têm direito diminuída do montante relativo à compensação por encargos.

3 – Contudo, a forma de processamento das transferências das verbas para cobrir esta despesa não altera a natureza de remuneração do eleito, isto é, o eleito em regime de meio tempo não tem direito a receber a compensação mensal por encargos acrescida de uma remuneração, perfazendo o valor total auferido, tal como, determina o art. 8.º do Estatuto dos Eleitos Locais:

“Os eleitos locais em regime de meio tempo têm direito a metade das remunerações e subsídios fixados para os respectivos cargos em regime de tempo inteiro (… )”

4 – Assim, para efeitos de tributação em IRS terá de considerar-se o valor referente à remuneração, não sendo possível dividir em duas parcelas (compensação mensal por encargos+remuneração) que resultaria, incorrectamente, na inexistência de retenção na fonte de IRS.

5 – Em suma, o montante mensal auferido a título de remuneração pelos eleitos locais em regime de meio tempo, está sujeito, na totalidade, a tributação em sede de IRS, conforme determina o artigo 2.º do CIRS.

PORTARIA Nº 92-A/2011 DE 28 DE FEVEREIRO Define os elementos que integram o dossier fiscal, aprova novos mapas de modelo oficial e revoga a Portaria n.º 359/2000, de 20 de Junho

DECRETO-LEI Nº 29-A/2011 DE 1 DE MARÇO Estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2011

DECRETO-LEI Nº 40/2011 DE 22 DE MARÇO Estabelece o regime da autorização da despesa inerente aos contratos públicos a celebrar pelo Estado, institutos públicos, autarquias locais, fundações públicas, associações públicas e empresas públicas

DESPACHO Nº 5130/2011 DE 23 DE MARÇO Aprovação dos suportes de informação previstos no Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro, que regulamenta o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social

PORTARIA Nº 145-A/2001 DE 6 DE ABRIL Altera a Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de Janeiro, que regulamenta a tramitação do procedimento concursal nos termos do n.º 2 do artigo 54.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

RESOLUÇÃO DA AREPÚBLICA Nº 86/2011

DE 11 DE ABRIL Cessação da vigência do Decreto-Lei n.º 40/2011, de 22 de Março, que «[e]stabelece o regime da autorização da despesa inerente aos contratos públicos a celebrar pelo Estado, institutos públicos, autarquias locais, fundações públicas, associações públicas e empresas públicas»

DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL Nº 9/2011/M DE 11 DE ABRIL Aprova o valor da retribuição mínima mensal garantida para vigorar a partir de Janeiro de 2011 na Região Autónoma da Madeira

PORTARIA Nº 159/2011 DE 15 DE ABRIL Estabelece os termos a que deve obedecer a autorização de exercício de funções públicas por aposentados antecipadamente

LEGISLAÇÃO

P U B L I C A D A

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Segurança, higiene e

saúde no trabalho nas Juntas de Freguesia

A matéria da segurança, higiene e saúde no trabalho, na administração pública, encontra-se regulada no Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas (RCTFP) e respectivo Regulamento, aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11/09, sendo aplicável, com as necessárias adaptações, aos trabalhadores que exercem funções públicas na administração local nos termos do disposto no n.º 1 do art. 3.º do RCTFP conjugado com o art. 3.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (LVCR).

O art. 221.º do Regime (Anexo I) confere aos trabalhadores o direito à prestação do trabalho em condições de segurança, higiene e saúde e, para esse efeito, a entidade empregadora pública (Freguesia) está obrigada a adoptar medidas adequadas nos domínios referidos que visem a prevenção de riscos profissionais e a promoção da saúde do trabalhador.

As obrigações gerais da entidade empregadora pública e dos trabalhadores constam dos artigos 222.º e 223.º respectivamente e a prestação de informações do art. 224.º do mesmo Regime.

A entidade empregadora pública deve garantir a organização e o funcionamento dos serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho, nos termos de legislação especial (art. 225.º). Ao abrigo do art. 139.º e ss do Regulamento (Anexo II) estes serviços podem ser internos, partilhados ou externos consoante façam parte da estrutura do órgão ou serviço, sejam comuns a várias entidades públicas ou contratados pelas entidades empregadoras públicas a outras (públicas ou privadas).

A mesma Lei estabelece que a entidade empregadora pública está obrigada a fornecer ao trabalhador informação e formação adequadas à prevenção de riscos de acidente e doença com direito a indemnização. Devem, ainda, promover a realização de exames de saúde verificando a aptidão física e psíquica do trabalhador para o exercício da actividade, bem como a repercussão desta e das condições em que é prestada na saúde do mesmo.

Para finalizar, diga-se que a fiscalização do cumprimento da legislação relativa a esta matéria e a aplicação das correspondentes sanções competem à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), sem prejuízo da competência fiscalizadora específica atribuída a outras entidades como resulta do art. 228.º do Regime.

Avaliação dos Trabalhadores

Modelo Simplificado (alteração Lei OE 2011)

1 - Juntas de Freguesia com menos de 20 trabalhadores podem proceder à sua avaliação apenas com base no parâmetro competências, dispensando-se de fixar objectivos (art. 23º do Decreto Regulamentar nº 18/2009 de 4 de Dezembro).

Esta previsão, no que respeita à sua aplicação, apenas tem lugar quando não haja trabalhadores da carreira de “Técnico Superior” - art. 23º, nº 2 al. a):

“Nas freguesias com menos de 20 trabalhadores a avaliação do desempenho pode incidir exclusivamente sobre o parâmetro «Competências», tendo em conta as seguintes especificidades (também demais alíneas):

a) Os trabalhadores abrangidos integrem uma carreira para cujo recrutamento seja exigida habilitação literária ao nível da escolaridade obrigatória ou conferente de diploma do 12º ano do ensino secundário…”

2 - Contudo, é ainda defensável a adopção da avaliação simplificada (apenas com base nas competências) a quaisquer trabalhadores que detenham especificamente a carreira de “Assistente Operacional” - art. 80º Lei 66-B/2007, de 28 de Dezembro, na redacção da Lei do OE 2011 (Lei 55-A/2010, de 31 de Dezembro – art. 34º).

Ora, a Lei 66-B/2007 que implementou o sistema de avaliação em vigor (lei base), adaptada à Administração Local pelo citado Dec. Reg. 18/2009. Permite a avaliação dos trabalhadores da carreira “Assistente Operacional” apenas com base nas competências, a partir da referida alteração, e é aplicável às Freguesias desde 1 de Janeiro de 2011.

Esta decisão deve ser fundamentada pelo avaliador, ouvida a Comissão de Avaliação no caso das Freguesias (em vez do CCA), exigindo-se ainda que as tarefas sejam executivas e pré-determinadas (nº 2 al.

b) do citado art. 80º da Lei 66-B/2007).

Lembremos que, em qualquer dos casos acima (pontos 1 e 2), o número de competências mínimo a fixar (pré-escolher) são oito.

Na Ficha de Avaliação, deve preencher-se, apenas, o parâmetro “2.2 Competências”.

Podem importar-se as fichas do site da DGAEP. Se for feito em formato doc, poder-se-á seleccionar as competências adequadas a cada trabalhador, retirando-as do referido site.

ÉÉ UURRGGEENNTTEE QQUUEE SSAAIIBBAA……

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ANAFRE - Associação Nacional de Freguesias Palácio da Mitra Rua do Açúcar, nº 56 1950-009 LISBOA

Telefone: 218 438 390 a 98 Fax: 218 438 399 E-mail: [email protected]