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Page 1: Ana Alice Brites_A Representação Social da Obesidade, Fatores Depressivos

UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOSFACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS

A Representação Social da Obesidade: Fatores Depressivos

Ana Alice Brites de Barros

DouradosNovembro de 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOSFACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS

A Representação Social da Obesidade: Fatores Depressivos

Ana Alice Brites de Barros

DouradosNovembro de 2009

Projeto de Pesquisa, apresentado pelo Curso de Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados, solicitado pelo Professor Rinaldo, Matéria de Metodologia Científica.

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Índice

1. Introdução.....................................................................................................................04

2. Método de Revisão Bibliográfica.................................................................................04

3. Revisão de literatura.....................................................................................................04

3.1 Obesidade...............................................................................................................04

3.2 Teoria da Representação Social (TRS)...............................................................05

4. Objetivos........................................................................................................................05

4.1 Objetivo Geral.......................................................................................................05

4.2 Objetivos específicos.............................................................................................06

5. Materiais e Métodos.....................................................................................................06

5.1 População-alvo.......................................................................................................06

5.2 Métodos...................................................................................................................06

6. Variável...........................................................................................................................06

6.1 Aspectos psicológicos do tratamento da obesidade.............................................07

6.2 Aspectos Éticos.......................................................................................................07

6.3 Aspectos de Exclusão.............................................................................................07

7. Referencias Bibliográficas.............................................................................................08

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1. Introdução

A obesidade, por sua caracterização e etiologia multifatorial, é uma condição que

tem merecido atenção e estudos de diversas áreas de especialidades, particularmente a

psiquiatria e a psicologia. Os problemas emocionais são geralmente percebidos como

conseqüências da obesidade, embora conflitos e problemas psicológicos possam preceder o

desenvolvimento dessa condição. A depressão e a ansiedade são sintomas comuns, e

depressão maior pode ser mais freqüente nos gravemente obesos. No tratamento

psicoterápico, a terapia cognitiva vem mostrando eficácia por objetivar a organização das

contingências para mudanças de peso e comportamentos, em princípio, relacionados ao

autocontrole de comportamentos alimentares e contexto situacional mais amplo. Embora o

tratamento farmacológico da obesidade não deva ser a primeira opção terapêutica, seu uso

está plenamente aprovado. Atenção deve ser dada para as drogas realmente aprovadas para

uso em longo prazo e as de ação central, podendo atuarem como desencadeadoras de

quadros psiquiátricos.

2. Método de Revisão Bibliográfica

Para realizar a revisão bibliográfica pelo método on line, alguns estudos clássicos

sobre a relação entre obesidade e depressão. Usaram-se base de dados pesquisa o SCIELO

e LILACS com os seguintes descritores e conectores para busca:

1) Obesidade e Depressão

2) Fatores depressivos e relações sociais

3) Representação social da Obesidade

4) Ansiedade e Depressão

3. Revisão de literatura

3.1 Obesidade

A obesidade é definida, por um acúmulo excessivo de massa de gordura (Frelut & Navarro, 2000). Entre os transtornos nutricionais infantis, é um dos problemas de saúde mais freqüentes; por isto, é considerada um grave problema de saúde pública (Battaglini, Zarzalejo, & Alvarez, 1999; Cintra,1999).

Nos países desenvolvidos, a obesidade atinge proporções epidêmicas, começando a substituir a desnutrição e as doenças infecciosas, tornando-se fator significativo em problema de saúde (Brownell & O'Neil, 1999). Esses países têm concentrado seus esforços na área de saúde pública e na prevenção das doenças não transmissíveis, dando ênfase à redução da obesidade, modificação do padrão alimentar e redução do sedentarismo

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(National Research Council, 1989). O excesso de peso aumenta o risco para a saúde; seja por razões biológicas, psicológicas ou comportamentais, alguns indivíduos parecem destinados a enfrentar uma batalha para emagrecer. Este processo de luta pode produzir excessiva preocupação com a alimentação, peso, autocondenação e depressão, bem como repetidos ciclos de perda e recuperação de peso (Brownell & O'Neil, 1999).

3.2 Teoria da Representação Social (TRS)

Portanto, a Teoria das Representações Sociais, preconizada pelo psicólogo social

europeu Serge Moscovici, está principalmente relacionada com o estudo das simbologias

sociais a nível tanto de macro como de micro análise, ou seja, o estudo das trocas

simbólicas infinitamente desenvolvidas em nossos ambientes sociais; de nossas relações

interpessoais, e de como isto influencia na construção do conhecimento compartilhado, da

cultura, o que nos leva a situar o autor supracitado entre os chamados integracionistas

simbólicos tais como Peter Berger, George Mead e Erving Goffman.

As representações sociais têm como uma de suas finalidades tornar familiar algo

não-familiar, isto é, uma alternativa de classificação, categorização e nomeação de novos

acontecimentos e idéias, com a quais não tínhamos contato anteriormente, possibilitando,

assim, a compreensão e manipulação destes à partir de idéias, valores e teorias já

preexistentes e internalizadas por nós e amplamente aceitas pela sociedade . O objetivo da

Teoria das Representações Sociais é explicar os fenômenos do homem a partir de uma

perspectiva coletiva, sem perder de vista a individualidade. Uma conceituação formal,

entretanto, Moscovici (SÁ, 2004, p. 30) se negou a fazer de forma contundente: “A

demanda por exatidão de significado e por definição precisa de termos pode ter um efeito

pernicioso, como eu acredito ter tido freqüentemente nas ciências do comportamento”.

4. Objetivos

4.1 Objetivo Geral

O objetivo deste estudo de campo é verificar se existe relação entre obesidade e

sintomas de depressão, ansiedade e desesperança em 40 pessoas, da cidade de Dourados-

MS, com idade média = 30,35anos, divididas em dois grupos: não-sedentárias,

caracterizadas por praticar atividade física pelo menos três vezes semanais e por três

semanas consecutivas, e sedentárias, caracterizadas por não praticar qualquer tipo de

atividade física regular quando recrutadas. 

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4.2 Objetivos específicos

Verificar a quantidade de pessoas obesas que sofrem algum tipo de

preconceito social, e conseqüentemente desenvolvem depressão.

Acompanhar o desenvolvimento das relações sociais com pessoas obesas

que estarão em fase de emagrecimento.

5. Materiais e Métodos

5.1 Populaçăo-alvo

A população de estudo será de pessoas que apresentem IMC determinada obesa e

que possui dificuldades em se relacionar socialmente, ou que desenvolva transtornos

emocionais por conta do sobrepeso.

5.2 Métodos:

O método consistiu em: avaliações objetivas do humor, através dos Inventários

Beck de Ansiedade (BAI),de Depressão (BDI) e de Desesperança (BHS) e Avaliação

Física, incluindo massa corporal total, estatura, circunferências da cintura e do quadril e

espessura de dobras cutâneas. Foram realizados cálculos do Índice de Massa Corpórea

(IMC), da Razão Cintura-Quadril (RCQ) e da porcentagem de gordura corporal (%G) para

avaliar presença e grau de obesidade.

6. Variável

No aspecto clínico, relacionado a padrões de alimentação dos obesos, integram conteúdos como desconhecimento de mecanismos exatos controladores da saciedade e apetite e ainda, em alguns, com visão negativa do corpo, preocupados com a forma como responsável pelo acesso, aceitação, sucesso social e felicidade.

Os problemas emocionais são geralmente percebidos como conseqüências da obesidade, embora conflitos e problemas psicológicos de autoconceito possam preceder o desenvolvimento da obesidade. A depressão e a ansiedade são os sintomas comuns; depressão maior pode ser freqüente nos gravemente obesos. Pacientes obesos emocionalmente instáveis podem experienciar aumento na ansiedade e depressão quando fazem dietas (Flarherty, 1995). Portanto, o obeso apresenta aspectos emocionais e psicológicos identificados como causadores ou conseqüências ou retroalimentadores da sua condição de obeso, concomitante a uma condição clínica e educacional alterada.

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6.1 Aspectos psicológicos do tratamento da obesidade

No tratamento psicoterápico, a terapia cognitiva vem mostrando eficácia por trabalhar a partir da estrutura operante do paciente com objetivos de organizar as contingências para mudanças de peso e comportamentos, em princípio, relacionados ao autocontrole de comportamentos alimentares, e contexto situacional amplo, aprofundando para todo o desconforto (Abreu, 2003). A avaliação e correção dos pensamentos inadequados, que contribuem tanto para a etiologia quanto para a manutenção da obesidade, são procedimentos disparadores e freqüentes no processo psicoterapêutico para a modificação comportamental. A reestruturação cognitiva, imagens orientadas, o treinamento da auto-instrução, a determinação de objetivos, o estímulo ao auto-reforço e resolução de problemas são alguns procedimentos inter-relacionados, de base cognitiva, incorporados a outros programas comportamentais (Abreu, 2003).

A orientação cognitivo-comportamental segue o modelo que identifica a crença central e a crença intermediária (regra, atitude, suposição) que leva a um pensamento e influencia uma situação, e vice-versa, desencadeando igualmente reações emocionais, comportamentais e fisiológicas (Hawton, 1997). Com base nesta orientação, os sistemas de crenças de indivíduos obesos determinam sentimentos e comportamentos desencadeados por pensamentos disfuncionais acerca do peso, da alimentação e do valor pessoal; por exemplo, a crença de que ser magro está associada a autocontrole, competência e superioridade interfere diretamente na constituição da auto-estima da pessoa, ou mesmo, a crença de que ser magro é fundamental para a solução de problemas da vida e que, portanto, pessoas obesas seriam infelizes e malsucedidas, são significações que também são encontradas neste grupo (Abreu, 2003).

Estes conjuntos de crenças provocam, no obeso, tendências disfuncionais de raciocínio levando-o a desenvolver pensamentos dicotômicos — pensamentos em termos absolutos e extremos do tipo "se não estou completamente com o controle, significa que perdi todo o controle, que está tudo perdido; então, posso me fartar." Considerando-se o sistema de crenças, identificamos os aspectos psicológicos da obesidade, aspectos envolvidos no controle da alimentação, ou seja: as correlações, interdependências e interações que existem entre o ambiente, pensamentos, sentimentos e comportamentos (Hawton, 1997).

6.2 Aspectos Éticos

Todos os indivíduos entrevistados receberão informações sobre os objetivos da

pesquisa, visando ter sigilo absoluto em todas as informações coletadas. Pedir-se-á um

Consentimento informado aos participantes da entrevista,tendo consentimento dos maiores

responsáveis.

6.3 Aspectos de Exclusão

Serão desconsideradas pessoas que estejam com IMC determinante sobrepeso,

normal ou abaixo do peso; e também obesos que não apresentam dificuldades nenhuma em

relacionamento social e/ou sintomas depressivos.

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7. Referências bibliográficas

Brownell, K. D., & O'Neil, P. M. (1999). Obesidade. Em D. H. Barlow (Org.), Manual

clínico dos transtornos psicológicos (pp. 355-403). Porto Alegre: Artmed

ABREU, C.N.; ROSO, M. E cols.- Psicoterapias Cognitiva e Construtivista, novas

fronteiras da prática clínica.Artmed, Porto Alegre, 2003

BECK, A.; FREEMAN, A. e cols.- Terapia cognitiva dos transtornos de personalidade. Artes Médicas, Porto Alegre, 1993.

CID-10 - Classificação de transtornos mentais e de comportamento. Artes Médicas, Porto Alegre, 1993.        

DSM-IV-TR- Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed, Porto Alegre, 2002.

Amaral, V. L. A. R., & Barbosa, M. K. (1990). Crianças vítimas de queimaduras: um

estudo sobre depressão.Estudos de Psicologia (Campinas), 7(1), 31-59.

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