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Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARENSINO FUNDAMENTAL
PARANAVAÍ – PARANÁ
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................3
IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA...................................................................................5
ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR...............................................................6
ENSINO FUNDAMENTAL: Características.................................................................8
MATRIZ CURRICULAR ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL: Matutino..........10
MATRIZ CURRICULAR ESCOLAR DO ENSINO FUNDAMENTAL: Vespertino.......11
CURRÍCULO DAS DISCIPLINAS DO ENSINO FUNDAMENTAL
BASE NACIONAL COMUM
- Arte..........................................................................................................................12
- Ciências...................................................................................................................30
- Educação Física......................................................................................................47
- Ensino Religioso......................................................................................................55
- Geografia ................................................................................................................63
- História ....................................................................................................................80
- Língua Portuguesa...................................................................................................91
- Matemática.............................................................................................................106
PARTE DIVERSIFICADA
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês....................................................................121
PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ESCOLAR
- Atividade de Ampliação de Jornada Periódica – Artes Visuais..............................135
– Atividade de Ampliação de Jornada Periódica - Teatro.........................................142
- Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – Futsal......................................149
- Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – Tênis de Mesa/Badminton.....156
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
1 APRESENTAÇÃO
Uma análise da conjuntura mundial e brasileira revela a necessidade de
construção de uma educação básica voltada para a cidadania.
Isso não se resolve apenas garantindo a oferta de vagas, mas sim oferecendo
um ensino de qualidade, ministrado por professores capazes de incorporar ao seu
trabalho os avanços das pesquisas nas diferentes áreas de conhecimento e de estar
atentos às dinâmicas sociais e suas implicações no âmbito escolar.
A proposta foi desenvolvida a partir da necessidade de apontar e desenvolver
indicativos que pudessem oferecer alternativas didáticas pedagógicas para a
organização do trabalho pedagógico, a fim de atender às necessidades e às
expectativas das escolas e dos professores na estruturação do currículo. Consiste
na possibilidade objetiva de pensar a escola a partir de sua própria realidade,
privilegiando o trabalho coletivo.
Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito, implica
valorizar o papel determinante da interação com o meio social e, particularmente,
com a escola. Situações escolares de ensino-aprendizagem são situações
comunicativas, nas quais os alunos e professores participam, com uma influência
decisiva para o êxito do processo.
A escola preza pela ação prioritária de trabalho com o conhecimento para o
exercício pleno da cidadania, um instrumento que contribui para a transformação
social. Uma escola em que, ao se trabalhar os saberes, por meio do processo de
ensino e aprendizagem, promovam quem aprende e quem ensine e, nessa
simbiose, seja produzida as bases de uma nova sociedade que se contraponha ao
modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas
educacionais de inspiração neoliberal.
A proposta curricular terá a base disciplinar, ou seja, a ênfase é nos
conteúdos científicos, nos saberes escolares das disciplinas que compõem a grade
curricular.
É fundamental que os problemas da prática social sejam enfrentados e
passem de uma ação assistemática para a da sistematização, com a clareza e
4
transparência necessária à compreensão de todos os sujeitos envolvidos na
dinâmica escolar.
Como orientações gerais ficaram estabelecidas o compromisso com a
redução das desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o
desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da
educação básica e da escola pública, gratuita de qualidade como direito fundamental
do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades de ensino; e a
compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos. A velha
dicotomia entre fazer e pensar precisa ser rompida com ações efetivas. Reconhecer
que o professor é o sujeito que pensa, cria, produz e trabalha com o conhecimento,
é valorizar a sua ação reflexiva e sua prática.
Nos últimos anos o Brasil tem avançado em direção à democratização do
acesso e da permanência dos alunos no Ensino Fundamental. A aprovação da lei
11.274/06 faz a alteração do ensino fundamental de oito para nove anos,
transformando o último ano da educação infantil no primeiro ano do ensino
fundamental com matrícula obrigatória aos seis anos.
Neste contexto, é essencial a (re) organização da escola para o Ensino
Fundamental, necessita para isso, rever a sua estrutura, as formas de gestão, os
ambientes, os espaços, os tempos, os materiais, os conteúdos, as metodologias, os
objetivos, o planejamento e a avaliação, para que os educandos se sintam inseridos
e acolhidos num ambiente propício à aprendizagem. É assegurar que a transição
para os diferentes sistemas de ensino ocorra da forma mais natural possível, não
provocando rupturas e impactos negativos no seu processo de escolarização.
Assim, caberá ao conjunto da comunidade escolar, impulsionado pelos
sistemas, a sistematização do comprometimento de todos com aquilo que é
relevante para orientar as ações da escola em busca de um ensino de qualidade.
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2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
2.1 - Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M.
Código: 0943
2.2 - Município: Paranavaí
Código: 1860
2.3 - Dependência Administrativa
Estadual
Código: 0943
2.4- N R E: Paranavaí
Código: 22
2.5- Entidade Mantenedora
Governo do Estado do Paraná
2.6 Ato de Autorização de Funcionamento da Escola/Colégio
Resolução nº. 3.892/77 de 15/09/1977
2.7 Ato de Reconhecimento da Escola/Colégio
Resolução: 2.812/81 de 30/12/1981
2.8 Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar
Nº. 195/05 de 01/02/2005
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3 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
3.1 – Níveis e Modalidades de Ensino
Ensino Fundamental Anos Finais- 6ª/9ª anos
Ensino Médio Anual
Educação Especial - Sala de Recursos
3.2– Quadro Geral de Pessoal
N° de Turmas: 18
N° de Alunos: 490
N° de Professores: 60
N° de Pedagogos: 03
N° de Funcionários: Agente Educacional I: 08
Agente Educacional II: 03
N° de Diretores Auxiliares: 0
3.3- Turnos de Funcionamento
Manhã, Tarde e Noite.
3.4- Ambientes Pedagógicos
Sala de Recursos
Sala de Apoio
Laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia.
Biblioteca
CELEM
Laboratório de Informática
3.5– Organização do Tempo Escolar
Ensino fundamental: ano
Ensino Médio: Regular
3.6– Organização Curricular
Disciplina
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3.7– Como são ofertados os estudos sobre o Paraná
Interdisciplinarmente
3.8– Avaliação: Formas de Registro
Notas
3.9– Periodicidade da Avaliação
Ensino fundamental: Trimestral
Ensino Médio: trimestral
3.10 – Intervenções Pedagógicas
Recuperação de Estudos
Sala de Apoio
Atendimento Individualizado
Sala de Recursos
Atividade de Ampliação de Jornada - Periódicas
Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo
3.11 - Estratégias para articulação escola/família/comunidade
Reuniões de acompanhamento
Bimestral/Trimestral
Atendimento Individualizado
Palestras
Festividades
3.12 – Instâncias Colegiadas
Grêmio Estudantil
Conselho Escolar
APMF
Conselho de Classe
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4 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO
4.1 – Ensino Fundamental: Características
O Ensino Fundamental de nove anos é obrigatório no sistema estadual de
ensino no Estado do Paraná, assegurando a todas as crianças e adolescente um
tempo mais longo de convívio escolar, objetivando a formação básica do cidadão.
O processo de construção da escolarização do ensino fundamental da rede pública estadual tem como referência as orientações legais decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional n° 9394/96. Esta lei estabeleceu que a educação básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio, tendo por finalidades “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” (Art.21LDBEN/96).
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que o
Ensino Fundamental seja prioridade no atendimento escolar, justificando o seu
caráter obrigatório e gratuito, inclusive para as pessoas que não tiveram acesso a
escolarização em idade própria e constitui-se, portanto, em um direito público
subjetivo. Público na medida em que a sua oferta não se restringe ao interesse
individual, mas de toda a sociedade, e subjetivo porque todo cidadão individual ou
coletivamente tem direito de exigir do Estado a sua oferta.
O Plano Nacional de Educação e a determinação legal Lei nº 10.172/2001,
propõe a implantação progressiva do Ensino Fundamental de nove anos, com a
inclusão da matrícula obrigatória das crianças de seis anos, uma vez que permite
aumentar o número de crianças incluídas no sistema educacional.
Neste contexto, o Ensino Fundamental regular tem nove anos de duração,
organizado em dois segmentos – cinco anos iniciais e quatro anos finais atendendo
a crianças e jovens na faixa etária de 6 a 14 anos.
Também é prioridade no Ensino Fundamental a definição de políticas que
viabilizem a superação de rupturas na educação fundamental, além de garantir o
atendimento de toda a demanda da educação.
Oportunizar a todos os alunos conhecimentos específicos das diferentes
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linguagens; questionando práticas excludentes que persistem no meio escolar
contribuindo para a manutenção das desigualdades sociais, quando as mesmas não
forem superadas por encaminhamentos pedagógicos adequados.
A efetiva universalização do ensino ocorrerá desde que se assegure o
acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos.
Assegurar a valorização da cultura dos povos para que o aluno possa
compreender o mundo e sua relação com ele. Neste contexto, a escola atende uma
parcela diferenciada de educandos do Ensino Fundamental e Ensino Médio que
moram em conjuntos habitacionais, bairros novos, em sítios, vilas rurais e no próprio
distrito, e por essa demanda de alunos a escola passou a ser denominada de Escola
de Campo, pela referência à identidade, cultura e os valores relacionados à vida na
terra, fator marcante na comunidade onde se encontram assalariados rurais, bóias-
frias, arrendatários, vileiros rurais, pequenos proprietários, sitiantes.
A escola deve proporcionar um ensino diferenciado, através da flexibilização e
adaptação curricular para desta forma atender às necessidades de sua comunidade,
além de desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
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4.2 Relação das Atividades de Ampliação de Jornada
- Ampliação de Jornadas Periódicas
Cultura e Arte: Artes Visuais (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental -
Vespertino;
Cultura e Arte: Teatro (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental -
Vespertino.
- Ampliação de Jornada AETE – Aulas Especializada em Treinamento Esportivo
Futsal (4 horas aulas semanais), Ensino fundamental – Intermediário: Tarde.
Badminton/Tênis de Mesa (4 horas aulas semanais), Ensino fundamental -
Vespertino.
- Futuro Integral/SESC
Arte (1 hora aula semanal), Ensino Fundamental – Vespertino;
Letramento (2 horas aulas semanais), Ensino Fundamental;
Raciocínio Lógico (2 horas aulas semanais), Ensino Fundamental.
- CELEM: 1º ano (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental e Médio –
Noturno;
- CELEM: 2º ano (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental e Médio –
Vespertino.
- Sala de Apoio à Aprendizagem:
Língua Portuguesa: 6º e 7º ano (4 horas aulas semanais), Ensino -
Fundamental - Matutino;
Matemática: 6º e 7º ano (4 horas aulas semanais), Ensino Fundamental -
Matutino.
2 MATRIZ CURRICULAR
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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR
NRE: 22 – PARANAVAÍ MUNICÍPIO 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. - E FUND E MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 - ENS. FUND. 6/9 ANO TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2016 - SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS /CÓDIGOS/ SÉRIES 6º ano 7º ano 8ª ano 9º ano
ARTE 704 2 2 2 2
CIÊNCIAS 301 3 3 3 3
EDUCAÇÃO FÍSICA 601 2 2 2 2
ENSINO RELIGIOSO * 502 1 1 0 0
GEOGRAFIA 401 2 3 3 3
HISTÓRIA 501 3 2 3 3
LÍNGUA PORTUGUESA 106 5 5 5 5
MATEMÁTICA 201 5 5 5 5
SUB. TOTAL 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFICA
DA
L. E. M. - INGLÊS 1107 2 2 2 2
SUB. TOTAL 2 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº. 9394/96
*OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA, NÃO COMPUTADA NAS 800 HORAS.
4.2 MATRIZ CURRICULAR
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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR
NRE: 22 – PARANAVAÍ MUNICÍPIO 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. - EFUND E MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 - ENS. FUND. 6/9 ANO TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2016 - SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS /CÓDIGOS/ SÉRIES
6º ano 7º ano 8ª ano 9º ano
ARTE 704 2 2 2 2
CIÊNCIAS 301 3 3 3 3
EDUCAÇÃO FÍSICA 601 2 2 2 2
ENSINO RELIGIOSO * 502 1 1 0 0
GEOGRAFIA 401 2 3 3 3
HISTÓRIA 501 3 2 3 3
LÍNGUA
PORTUGUESA106 5 5 5 5
MATEMÁTICA 201 5 5 5 5
SUB. TOTAL 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFICADA
L. E. M. - INGLÊS 1107 2 2 2 2
SUB. TOTAL 2 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº. 9394/96
*OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA, NÃO COMPUTADA NAS 800 HORAS.
ARTE
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A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A arte é produto do trabalho do humano, historicamente construída pelas
diversas culturas. Pois, o homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho,
transforma a natureza e por ela é transformado e, assim tornou-se capaz de abstrair,
simbolizar e criar arte. Em todas as culturas, constata-se a presença de diversas
formas daquilo que hoje se denomina arte, tanto em objetos utilitários quanto nos
ritualísticos, muitos dos quais vieram a serem considerados objetos artísticos. Por
meio da arte, o ser humano torna-se consciente da sua existência individual e
coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de conhecimento. Sendo
assim, a arte é um processo de humanização e transformação.
Com relação ao ensino de Arte, os saberes específicos das diferentes
linguagens artísticas, organizadas no contexto do tempo e do espaço escolar,
possibilitam a ampliação do horizonte perceptivo do raciocínio, da sensibilidade, do
senso crítico, da criatividade, alterando as relações que os sujeitos estabelecem
com o seu meio. Por meio das aulas, pretende-se que os alunos adquiram
conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para
expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico. Por essa
razão se faz necessário a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente
consolidados, aprimorando a capacidade do educando de analisar e compreender
os signos verbais e não verbais que as artes são constituídas nas diferentes
realidades culturais e tempos históricos.
Sendo assim, o objeto de estudo da disciplina de Arte é o Conhecimento Estético e o Conhecimento da Produção Artística. Em Arte, a prática pedagógica
contemplará as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro; tendo uma organização
semelhante entre os níveis e modalidades da educação básica adotando como
referência às relações estabelecidas entre a arte e a sociedade. Dessa maneira, os
conteúdos estruturantes da disciplina de Arte são:
Elementos formais Composição Movimentos e períodos
No conteúdo estruturante “Elementos formais”, o sentido da palavra formal
está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, os recursos empregados numa
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obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza,
são matéria prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses
elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em
cada uma delas. São exemplos: o timbre na Música, a cor em Artes Visuais, a
personagem no Teatro e o movimento corporal na Dança.
O conteúdo “Composição” é um desdobramento dos elementos formais que
constituem uma produção artística. Um elemento formal isolado não é uma produção
artística, devem estar configurados de maneira organizada. Com a organização dos
elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição de cada área de
Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou de
dança, com toda sua variedade de técnicas ou estilos.
No conteúdo “movimentos e períodos” deve ser trabalhado o contexto
histórico, relacionado ao conhecimento em Arte. Nele, se revela aspectos sociais,
culturais e econômicos presentes numa composição artística e demonstra as
relações de um movimento artísticos em suas especificidades, gêneros, estilos e
correntes artísticas.
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mutua determinação. O trabalho com esses conteúdos deve
ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais, organizados por meio da
técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão a composição que
materializa com obra de arte nos diferentes movimentos e períodos.
B - OBJETIVO GERAIS
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Fornecer aos alunos a apreensão de “conhecimentos sobre a diversidade de
pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e
desenvolver pensamento crítico”;
Interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para
que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica;
Apropriar-se do conhecimento em Arte, que produz novas maneiras de perceber e
interpretar tanto os produtos artísticos quanto o próprio mundo;
Possibilitar um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além
das aparências, com a criação de uma nova realidade;
Realizar produções artísticas individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte
(visual, musical, dança, teatro) analisando, refletindo e compreendendo os diferentes
processos produtivos com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal,
como manifestações socioculturais e históricas;
Expressar as qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da
linguagem visual, musical, cênica e corporal.
C-CONTEÚDOS
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6º ANO
1º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Cor
Bidimensional Figurativa Geométrica Técnicas: Pintura,
simetria, escultura, arquitetura. Gêneros: retrato,
paisagem, cenas do cotidiano
Arte Oriental
Pré-História
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Improvisação Musica Ocidental
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Teatro Indireto
Máscara (Lei nº 10741/03 – Estatuto do Idoso)
Pré-História
Teatro Oriental
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Salto Dança Circular Improvisação
Pré-história
2º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
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CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor
Bidimensional Figurativa Tridimensional Escultura Arquitetura Gênero: Mitologia, cenas
do cotidiano
Arte Greco-Romana
Arte Africana (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro - brasileira e Indígena)
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escalas
Música Africana ((Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro - brasileira e Indígena) Música Greco-Romana
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Teatro Indireto (sombra) Manipulação Improvisação Enredo Gêneros: Tragédia, comédia, circo
Teatro Greco-Romano Teatro Africano (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena).
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Coreografia
Greco-Romana
3º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor
Bidimensional Figurativa Abstrata Técnicas: Mosaico,
Vitral, desenho, pintura. Gêneros: paisagem,
retrato, cenas do cotidiano
Arte Medieval
Arte Ocidental
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MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escalas: diatônica, cromática Técnicas: Instrumental, vocal e mista
Música Medieval
Música Oriental
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Teatro Indireto (fantoche) Manipulação Adereços Figurino Jogos teatrais (lei 10741/03 – estatuto do Idoso)
Teatro Medieval
DANÇA Movimento corporal Tempo Espaço
Fluxo Formação Níveis Deslocamento Coreografia e improvisação
Renascimento Dança Clássica (Lei 1152/07 – enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente)
7º ANO
1º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Cor
Bidimensional Figurativa Geométrica Simetria Estilização Técnicas: Pintura, escultura, mosaico, gravura. Gêneros: retrato, paisagem, cenas do cotidiano
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Percussão corporal
Música Indígena Música Africana (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena)
19
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Teatro Direto Jogos teatrais Jogos dramáticos Leitura dramática Gêneros: Comédia e de Rua
Teatro Africano (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Ponto de apoio Rotação Salto e queda Gênero: étnica.
Dança Africana (Lei nº 11645/08) Dança Indígena (Lei nº 11645/08)
2º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor
Bidimensional Figurativa Claro - escuro Perspectiva Técnicas: Desenho, pintura, colagem Gênero: Retrato e Paisagem
Renascimento
Barroco
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Notação Pulso Escala – notas musicais
Musica Popular
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Teatro direto Forma dramática Jogos teatrais Máscara Gêneros: Arena
Comédia Dell´Arte Renascimento
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Níveis Formação Direção Gênero: Salão
Renascimento
Barroco
3º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
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ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor
Bidimensional Tridimensional Figurativa Geométrica Abstrata Técnicas: Desenho, pintura, escultura Gêneros: Abstração.
Arte Indígena
Arte Africana (Lei nº 11645/08 – História e Cultura Afro - brasileira e Indígena)
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escalas Tonal e Modal Técnicas: Instrumental, vocal e mista
Música Paranaense
Música Popular Brasileira
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Teatro Direto Caracterização Adereços Figurino Improvisação Mímica Jogos teatrais (lei 10741/03 – estatuto do Idoso)
Teatro popular brasileiro
Teatro Paranaense
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Coreografia Formação Direção Gênero: circular. Salão, étnica, popular.
Dança Popular Dança Paranaense
8º ANO
1º TRIMESTRE
21
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Superfície Forma Cor
Bidimensional Contraste Ritmo Visual Estilização (Iei 9597/99 – Educação Ambiental) Técnicas: Desenho, pintura e fotografia
Arte no Século XX
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Percussão corporal
Eletrônica Minimalista
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Jogos teatrais Pantomima Máscara
Gênero: drama
Expressionismo
DANÇA Movimento corporal Tempo Espaço
Direções Níveis Improvisação
Expressionismo
2º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor
Bidimensional Contraste Ritmo Visual Deformação Técnicas: Fotografia, audiovisual, vídeo.
Indústria cultural
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia
Indústria Cultural
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TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Enredo Roteiro Teatro dramático Interpretação Gênero: realismo, naturalismo, drama burguês
Realismo Cinema Novo
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Deslocamento Coreografia
Dança Moderna
3º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor
Tridimensional Ritmo Técnicas: modelagem, instalação
Arte contemporânea
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnica: vocal, instrumental e mista
Rap Techno Hip Hop
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Roteiro Maquiagem Sonoplastia Iluminação Interpretação Gêneros: teledramaturgia, cinema
Indústria Cultural
DANÇA
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Giro Eixo Rolamento Kinesfera Salto e queda Gêneros: danças urbanas
Indústria Cultural Hip Hop
9º ANO
23
1º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Superfície Forma Cor
Bidimensional Figurativa Técnica: Fotografia e pintura
Realismo Impressionismo Pós Impressionismo
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escala Musica modal, tonal
Minimalista Música popular brasileira – jovem guarda e tropicalismo
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Jogos teatrais Jogos dramáticos Interpretação Sonoplastia Técnica: teatro épico
Teatro Engajado Teatro Dialético
DANÇA Movimento corporal Tempo Espaço
Direções Níveis Improvisação
Dança Moderna
2º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor
Bidimensional Tridimensional Figurativa Abstrata Técnicas: pintura, fotografia, escultura
Vanguardas
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnica vocal e mista Gênero: Rock
Música engajada(lei 11525/07) – Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente Música popular brasileira – anos 80.
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TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Jogos teatrais Interpretação Improvisação Técnicas: jornal, fórum, invisível, imagem.(lei 11525/07) – Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente
Teatro do Oprimido (lei 11525/07) – Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente
DANÇA Movimento corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Deslocamento Coreografia
Vanguardas
3º TRIMESTRECONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Textura Forma Superfície Cor
Bidimensional Tridimensional Técnicas: desenho, instalação, colagem, pintura, stencil, grafitte (Educação Ambiental (Lei nº 9795/99, Lei nº 4201/02).
Arte Latino Americana – muralismo
Arte Contemporânea
MÚSICA
Altura Duração Intensidade Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnica: vocal, instrumental e mista
Musica contemporânea
TEATRO
Personagem (expressão corporal, vocal, gestual e facial) Ação Espaço
Roteiro Maquiagem Sonoplastia Iluminação Interpretação Gêneros: rua, arena, musical, teledramaturgia
Teatro Pós-Moderno Teatro Contemporâneo.
DANÇA
Movimento corporal Tempo Espaço
Giro Eixo Rolamento Kinesfera Salto e queda Gêneros: urbanas, espetáculo.
Dança contemporânea
25
D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, onde conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes
em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação
Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,
como, por que, e o que será trabalhado. Dessa forma, devem-se contemplar, na
metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,
bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de
arte.
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe
uma obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos
três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se
que o aluno tenha vivenciado cada um deles. O encaminhamento dos conteúdos
deverá considerar alguns pontos norteadores da prática do ensino de arte como as
produções e manifestações artísticas presentes na comunidade e demais dimensões
da cultura em seus bens materiais e imateriais, contemplando a História Cultura Afro
- brasileira (Lei federal n°10.639/03), Cultura Indígena (Lei federal n°11.645/08),
Obrigatoriedade do ensino de música na Educação Básica (Lei federal nº 11769/08).
As legislações obrigatórias serão incorporadas à organização do trabalho
pedagógico da escola e trabalhadas em momentos oportunos dentro das aulas na
disciplina, são elas: História do Paraná (Lei n°13.381/01), Educação Ambiental (Lei
n° 9.795/99), Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Estatuto
do Idoso (Lei 10741/03) e Enfrentamento a violência contra a criança e o
adolescente (Lei 11525/07), Prevenção do uso indevido de drogas (Lei Federal
11343/06), Educação em direitos humanos (decreto nº 7037/09), Educação para o
26
transito (lei federal nº 9503/97), gênero e diversidade sexual, programa de combate
ao bullying, educação alimentar e nutricional, dia estadual de combate à homofobia,
semana estadual Maria da Penha.
Por meio de práticas sensíveis de produção e apreciação artística e de
reflexões sobre as mesmas nas aulas de Arte, os alunos podem desenvolver
saberes que os levam a compreender e envolver-se com decisões estéticas,
apropriando-se, nessa área, de saberes culturais e contextualizados referentes ao
conhecer e comunicar em arte e seus códigos. Nas aulas de Arte, há diversos
modos de aprender sobre as elaborações estéticas presentes nos produtos artísticos
de música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais e sobre as possibilidades
de apreciação desses produtos artísticos nas diferentes linguagens. Sendo assim, é
importante o trabalho com as mídias, que fazem parte do cotidiano das crianças,
adolescentes e jovens, alunos da escola pública, bem como o uso de recursos
didático-pedagógicos e tecnológicos como: imagens, áudio visuais, TV Multimídia,
revistas, rádio, informática, aplicativos, smartphones, internet, música, cinema.
A organização dos conteúdos de forma horizontal também é uma indicação de
encaminhamento metodológico, em toda ação planejada devem estar presentes os
conteúdos específicos dos três conteúdos estruturantes, ou seja, dos elementos
formais, composição e movimento e períodos, superando uma fragmentação dos
conhecimentos na disciplina, que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima
da totalidade da arte. Somente abordando metodologicamente, de forma horizontal
os elementos, relacionando-os entre si e mostrando que são interdependentes,
possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento como
ideologia e como trabalho criador.
Os conteúdos permearão a prática pedagógica em todas as linguagens
artísticas, no mesmo tempo que constrói uma possível relação entre elas e permite
uma melhor compreensão dos conteúdos em Arte. Para melhor entendimento,
pontua-se os encaminhamentos para cada uma das áreas:
Artes Visuais: Devem-se abordar, além da produção pictórica, de conhecimento
universal e artistas consagrados, também formas e imagens de diferentes aspectos
presentes nas sociedades contemporâneas. Por isso, a prática pedagógica deve
partir da análise e produção de trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de
composição em artes visuais, tais como:
27
Imagens bidimensionais: desenho, pinturas, gravuras, fotografias, colagem,
animações, vitrais, etc.
Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, modelagens, maquetes, entre
outras. O ensino de Artes Visuais deve ser pautado não só ao simples fazer, na
técnica e reprodução dos trabalhos, mas sim na experimentação, contextualização
com diferentes movimentos e períodos da arte.
Dança: Para o ensino da dança na escola, é fundamental buscar no
encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos próprios da dança com
elementos culturais que a compõem. O elemento central da dança é o movimento
corporal, por isso o trabalho pedagógico pode basear-se em atividades de
experimentação do movimento, improvisação, em composições coreográficas e
processos de criação (trabalho artístico), tornando o conhecimento significativo para
o aluno, conferindo-lhe sentido a aprendizagem, por articularem os conteúdos da
dança.
É importante ressaltar que o ensino de dança nas aulas de Arte não deve ser
pautado no mero fazer, como elaborar danças para momentos específicos (festas
temáticas, eventos, etc), mas sim voltado para construção do conhecimento artístico
e estético, valorizando a expressão corporal, a socialização e a importância da
dança na sociedade nos mais variados tempos e espaços.
Música: Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de
ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus
elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são
distribuídos e organizados em uma composição musical.
Para o desenvolvimento do trabalho é importante que ocorram os três
momentos na organização pedagógica: o sentir e perceber nas obras musicais, o
trabalho artístico que está relacionado a seleção de músicas em vários gêneros, a
construção de instrumentos musicais com diversos arranjos e o teorizar em arte que
contempla todos os itens.
Faz-se necessário que os alunos entendam a música como manifestação
artística, percebendo seus elementos formais, modos de composição e a produção
histórica. Deve-se aliar o conhecimento musical que os alunos já possuem com as
diversas produções musicais existentes.
28
Teatro: Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na
educação, destacam-se: criatividade, socialização, improvisação, memorização
expressão corporal e coordenação.
Dentre os encaminhamentos metodológicos possíveis para o ensino de teatro
se faz necessário proporcionar momentos para teorizar, sentir e perceber e o
trabalho artístico. Não o reduzindo a um mero fazer, usando o teatro para ilustrar
datas comemorativas ou projetos afins, mas sim como área de conhecimento,
enraizada nos movimentos artísticos e nos modos de compor cenicamente. O teatro
deve oportunizar aos alunos, a análise, a investigação e a composição de
personagem, formas dramáticas, de enredos e de espaços de cena, permitindo a
interação crítica dos conhecimentos trabalhados com outras realidades
socioculturais.
E - AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte deve ser diagnóstica e
processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e
avaliar os alunos, é processual por pertencer a todos os momentos da prática
pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da
aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas) bem como a auto-avaliação
dos alunos.
A avaliação visa contribuir para a compreensão das dificuldades de
aprendizagem dos alunos, valorizando o desenvolvimento do educando. Dessa
forma é diagnóstica e não voltada para a seleção e exclusão. Sendo, inclusiva,
democrática e construtiva, deve sempre ser caminho na busca de melhorias. Dentro
da arte a avaliação deve ser um instrumento flexível, diversificado e adequado a
exploração da prática significativa em todas as linguagens.
É necessário que se entenda que os alunos apresentam uma vivência
cultural própria, constituída em outros espaços sociais além da escola, como a
família, grupos, associações, igrejas entre outros. Além disso, têm um percurso
próprio em relação a cada uma das linguagens. Dessa maneira, se faz necessário
levar em consideração as habilidades que os alunos já possuem, como tocar um
29
instrumento musical, desenhar ou representar em teatro. Durante as aulas, essas
habilidades devem ser detectadas para um melhor desempenho dos alunos, como
um caráter diagnóstico.
Portanto, o conhecimento que o aluno já traz para a sala de aula e o
conhecimento que ele adquiriu durante o percurso das aulas devem ser socializados
entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor
propor abordagens diferenciadas.
A avaliação será trimestral, sendo composto pela somatória das notas
obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins,
atendendo as especificidades da disciplina.
Para uma efetiva aprendizagem em Arte, levam-se em consideração alguns
critérios específicos, tais como:
A capacidade de compreender os elementos que estruturam e organizam a arte e
sua relação com a sociedade contemporânea.
A capacidade de produção de trabalhos em arte, visando à atuação do sujeito em
sua realidade singular e social;
A capacidade de apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte
nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são
necessários vários instrumentos de verificação tais como:
Trabalhos artísticos individuais e em grupo;
Pesquisas bibliográficas individuais e em grupo;
Debates em forma de seminários;
Provas teóricas e práticas;
Registros em forma de relatórios, portfólio, áudio visual e outros;
Apresentações para públicos tais como números musicais, danças e teatros;
Exposições de obras em artes visuais – pinturas, desenhos, esculturas e outros.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de
30
apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de
aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F - REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem - Arte. Curitiba: SEED-PR, 2010.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro didático público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
CIÊNCIAS
A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,
culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et AL., 1998).
Ao se pensar em Ciências como construção humana, falível e intencional,
numa perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução do pensamento do
ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência se constrói. O
conhecimento da história da ciência propicia, ao ensinar e aprender Ciências, uma
visão dessa evolução ao aprender seus limites e possibilidades temporais e,
31
principalmente ao relacionar essa história com as práticas sociais as quais está
diretamente vinculada.
O aprendizado da Ciência deve ser baseado na interação
professor/aluno/natureza, para uma compreensão do mundo, interpretando os
fenômenos da natureza, a partir de uma postura investigativa e reflexiva. Grande
parte do conhecimento científico é produzida sem uma finalidade prática. Os
diferentes ramos das Ciências Naturais (Astronomia, Biologia, Física, Química e
Geociências) estudam os fenômenos naturais, buscando a compreensão do
universo. Já, o objetivo da tecnologia é a finalidade prática, mas hoje Ciência e
Tecnologia se associam amplamente, modificando cada vez mais o mundo e o
próprio ser humano. Por isso a divisão que se faz entre tecnologia e conhecimento
científico são na maioria das vezes imprecisa.
A partir do século XX, as contribuições da ciência para a humanidade são
incontáveis, mediante os avanços da química, da física e da biologia. Entretanto, a
ciência também tem momentos de efeitos negativos ao incrementar as guerras e
influenciar a miséria de muitos.
A disciplina de ciências foi inserida no currículo a partir da reforma de
Francisco Campos, através do Decreto 19.890/31.
Dentro deste contexto ao analisarmos a educação e o currículo de Ciências,
em cada momento histórico percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma
trajetória de acordo com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada
período, determinando assim, a mudança de foco do processo de ensino e de
aprendizagem. Diante de vários determinantes históricos, a Diretriz Curricular de
Ciências do estado do Paraná vêm propor uma abordagem crítica e histórica dos
conteúdos para a disciplina de Ciências que priorize os conhecimentos científicos
físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, sem deixar de
considerar as implicações da relação entre ciência, a tecnologia e a sociedade.
Na atual concepção, a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o
conhecimento científico que resulta da investigação da natureza, sendo estes
conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos
da natureza e suas interferências no mundo. Por isso, estabelece relações entre os
diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros e o cotidiano,
entendido aqui como os problemas reais, socialmente importantes, enfim, a prática
social.
32
Nesta perspectiva, o currículo de Ciências permitirá aos alunos estabelecer
relações entre o mundo natural (conteúdo da Ciência), o mundo construído pelo
homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade), potencializando a função social da
disciplina, pois, orienta uma tomada de consciência por parte dos alunos e,
consequentemente influi na tomada de decisões desses sujeitos como agentes
transformadores da sociedade.
Na disciplina de Ciências, são elencados cinco conteúdos estruturantes,
sendo eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade
construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a
fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo
acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999).
Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados em todos os anos, a partir
da seleção de conteúdos específicos da disciplina adequados ao nível de
desenvolvimento cognitivo do estudante.
No conteúdo estruturante Astronomia busca-se explicações alternativas para
acontecimentos regulares da realidade como o movimento aparente do sol, as fases
da lua, as estações do ano, as viagens espaciais entre outros. Além disso, possibilita
estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo.
O conteúdo estruturante Matéria permite o entendimento não somente sobre
as coisas perceptivas como também sobre sua constituição, indo além daquilo que
num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos
sistemas do organismo, bem como suas características específicas de
funcionamento. Permite a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o
funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas
que integram o organismo vivo.
No conteúdo estruturante Energia, as diretrizes não destacam uma definição.
Tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de
compreender o conceito energia no que se referem as suas várias manifestações,
como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia
luminosa, nuclear, bem como os mais variados tipos de conservação de uma forma
em outra.
O conteúdo estruturante Biodiversidade visa, por meio de conteúdos
específicos a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos inter-
33
relacionados. Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica
ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em
diferentes níveis de complexidade habita em diferentes ambientes, mantém suas
inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON,
1997).
Os conteúdos estruturantes são desdobrados em conteúdos básicos e estes
desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos professores em
função de interesses regionais e do avanço na produção do conhecimento científico.
B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Integrar os campos de referências de Ciências: Biologia, Física, Química,
Geologia e Astronomia, com o fim de superar a fragmentação do conhecimento e
possibilitar ao educando, a compreensão dos conhecimentos científicos que
resultam da investigação da Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico,
cultural, ético e político.
Possibilitar ao estudante, a construção/elaboração de conceitos científicos a partir
dos conceitos cotidianos, através do desenvolvimento da capacidade de solucionar
problemas, desempenhar tarefas, elaborar representações mentais, por meio da
mediação do professor utilizando a concepção de Vygotsky, zona de
desenvolvimento proximal (ZDP).
Conhecer a história da ciência e reconhecê-la como construção humana,
associando os conhecimentos científicos com os contextos políticos, éticos,
econômicos e sociais que originaram sua construção.
Possibilitar a aprendizagem significativa dos conteúdos científicos escolares por
meio das relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando a zona
de desenvolvimento proximal do estudante.
34
Reconhecer o ser humano como agente transformador da natureza, bem como a
sua participação crítica de cidadão responsável na utilização dos recursos naturais e
preservação do meio ambiente.
C – CONTEÚDOS
6º ANO
Trimestre Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
1ºTRIMESTRE
Astronomia
Matéria
Universo Sistema Solar
Astros
Movimentos Terrestres Movimentos Celestes, Astros
Constituição da Matéria
Ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.- Big Bang.
1.2 Características básicas de diferenciação entre os astros do Sistema Solar: estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteróides, meteoros e meteoritos.
1.3 Teorias do geocentrismo e heliocentrismo.
1.4 Movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar.
1.5 Constituição do Planeta Terra e suas transformações como fenômenos da natureza: Litosfera- Estrutura da Terra: Crosta ou Litosfera, manto e núcleo- Catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos: terremotos erupções vulcânicas, formação das cadeias de montanhas, maremotos, tsunamis.- Rochas e minerais: tipos importância e utilização.- Solos: formação, tipos e propriedades.
35
Biodiversidade Evolução dos Seres Vivos.
- Importância do solo para os seres vivos.- Fatores de modificação da crosta: naturais – intemperismo, e provocadas pelo homem - queimadas, desmatamento e erosão.
1.6 Formação dos fósseis e sua relação com os seres vivos e a produção contemporânea de energia não renovável.
2ºTRIMESTRE
Matéria
Biodiversidade
Constituição da Matéria
Ecossistema e Evolução dos Seres Vivos
2.1Constituição do Planeta Terra e suas transformações como fenômenos da natureza: Hidrosfera.- Composição da água, distribuição no planeta, propriedades, tipos, mudanças de estado físico e ciclo da água na natureza.- Importância da água para os seres vivos e formas de utilização.
2.2Constituição do Planeta Terra e suas transformações como fenômenos da natureza: Atmosfera- Composição do ar, propriedades, formação dos ventos e camadas da atmosfera.- Importância do ar para os seres vivos.
2.3 Fenômenos meteorológicos.
2.4 Catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos: furacão, tufão, ciclone, tornado.
36
Energia Formas de Energia
Conversão de Energia
Transmissão de Energia
2.5 Conceito de energia pela análise das diversas formas de manifestação. (luminosa, mecânica, geotérmica).
2.6Particularidades de Energia: mecânica, térmica, luminosa, possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e condução.
2.7Conversão de uma forma de energia em outra. - usinas hidrelétricas, eólicas, biomassa, termoelétricas.- transformação da energia elétrica em: Luminosa, térmica, cinética.
2.8Conceito de transmissão de energia.
3ºTRIMESTRE Energia
Biodiversidade
Sistemas biológicos
Formas de Energia
Ecossistema
Organização dos Seres Vivos
Evolução dos Seres Vivos
Níveis de Organização
3.1 Formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza – fluxo de energia na cadeia alimentar.
3.2 Distinções entre ecossistema, comunidade e população.
3.3 Diversidades das espécies nos ecossistemas.
3.4 Principais espécies em extinção no Brasil.
3.5 Características gerais dos seres vivos.- Ciclo vital, organização,
37
nutrição e metabolismo, reatividade, movimento, reprodução e evolução.
3.6 Teoria Celular como modelo explicativo da constituição dos organismos.
3.7 Níveis de organização celular: organismo, sistemas, órgãos, tecidos, célula.
3.8 Constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos e a Integração entre eles.
7º ANO
Trimestre Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
1ºTRIMESTRE
Astronomia
Matéria
Sistemas
Astros Movimentos Terrestres e Movimentos Celestes.
Constituição da Matéria
1.1 Movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra: - Noites e dias- Eclipses do sol e da lua.
1.2 Movimento aparente do céu com base no referencial Terra.
1.3 Padrões dos movimento terrestre: - Estações do ano;- Constelações.
1.4 Constituição do planeta Terra primitivo antes do surgimento da vida.
1.5 Constituição da
38
Biológicos
Biodiversidade
Sistemas Biológicos
Célula
Origem da vida
Célula
atmosfera primitiva e sua relação com os componentes essenciais para o surgimento da vida.
1.6 Eras geológicas e teorias a respeito da origem da vida, geração espontânea e biogênese.
1.7 Fundamentos da estrutura química da célula.- Composição química da célula
2ºTRIMESTRE
Sistemas Biológicos
Biodiversidade
Sistemas Biológicos
Célula
Organização dos seres vivos
Sistemática
Morfologia e Fisiologia dos seres vivos
2.1 Constituição da célula e as diferenças entre os tipos celulares - Partes da célula e suas funções.- Células procariontes, eucariontes, animal e vegetal.
2.2 Conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos, ecossistemas e os processos evolutivos.
2.3 Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas e filogenia.- Reinos: Monera, Protista, Fungo, Plantas e Animais.- Vírus
2.5 Relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir dos mecanismos celulares.
Matéria Constituição da Matéria
3.1 Composição físico-química do sol, e os processos de transmissão de energia.
39
3ºTRIMESTRE
Energia
Sistemas biológicos
Biodiversidade
Energia
Formas de energia
Célula
Organização dos seres vivos
Transmissão de energia
3.2 Energia luminosa como uma das fontes de energia
3.3 Energia solar e sua importância para os seres vivos - ritmo biológico, capacidade de visão, fotossíntese e a produção de alimento, processos químicos – produção da vitamina D, regulação da temperatura corporal de animais e manutenção da temperatura ambiente.
3.4 Fundamentos da Luz, cores e a radiação ultravioleta e infravermelha.
3.5 Fenômenos da fotossíntese e processos de conversão de energia na célula.
3.6 Relações entre os seres vivos:- Interações harmônicas e desarmônicas; - Cadeia alimentar (níveis tróficos), seres autótrofos e heterótrofos;- Teia alimentar.
3.7 Conceito de calor com energia térmica e a relação com os sistemas:- Endotérmicos (ebulição e fusão da água, fotossíntese)- Exotérmicos (combustão, liquefação ou condensação da água).
40
8º ANO
Trimestre Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
1ºTRIMESTRE
Astronomia
Biodiversidade
Astronomia
Energia
Matéria
Origem e Evolução do Universo
Evolução dos Seres Vivos
Origem e Evolução do Universo
Formas de Energia
Constituição da Matéria
1.1 Modelos (teorias) científicos que abordam a origem e a evolução do universo – Teoria do Universo inflacionário e Teoria do Universo cíclico. 1.2 Relações entre as teorias e sua evolução histórica.
1.3 Teorias Evolutivas: Lamarck e Darwin
1.4 Classificação cosmológica: galáxias, aglomerados, nebulosas. Lei de Hubble, idade e escala do Universo.
1.5 Energia mecânica suas fontes, modos de transmissão e armazenamento
1.6 Energia nuclear suas fontes, modos de transmissão e armazenamento
1.7 Energia química suas fontes, modos de transmissão e armazenamento.
1.8 Conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos atômicos:- Matéria, corpo, objeto.
1.9 Modelos Atômicos: Dalton, Thomson e Rutherford – Bohr.
41
2.0 Átomos: conceito, estrutura, partículas fundamentais e sua carga elétrica.
2ºTRIMESTRE
Matéria Constituição da Matéria
2.1 Elementos químicos: tabela periódica, número atômico, massa atômica, representação, íons, semelhanças atômicas (isótopos, isóbaros e isótonos), principais elementos/moléculas que compõem os seres vivos, principais elementos e sua utilização pelo homem.
2.2. Substâncias químicas: conceito, ligações químicas, substâncias (puras, simples e compostas).
2.3 Misturas e combinações: misturas homogêneas e heterogêneas, separação de misturas (Catação, Ventilação, Levitação, Peneiração, Separação Magnética e Flotação),combinações, ligações químicas.
2.4 Reações químicas: conceito, representação, evidências de ocorrência, Lei de conservação da massa, principais reações químicas que ocorrem nos organismos e no meio ambiente.
2.5 Compostos orgânicos e inorgânicos e a relação destes com a constituição dos organismos vivos.
42
Sistemas Biológicos
Energia
Célula
Formas de Energia
2.6 Mecanismos Celulares, sua estrutura e função das organelas celulares.
2.7 Relação dos fundamentos básicos da energia química com a célula (ATP e ADP).
3ºTRIMESTRE
Sistemas biológicos
Célula
Morfologia e Fisiologia
3.1 Estrutura e funcionamento dos tecidos.
3.2 Sistemas Biológicos – estrutura,funcionamento e integração entre eles: -Digestório e grupos de alimentos-Cardiovascular-Respiratório-Excretor/ Urinário.
9º ANO
Trimestre Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
1ºTRIMESTRE
Sistemas Biológicos
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos
Mecanismos de Herança Genética
Sistemas Biológicos – estrutura, funcionamento e integração entre eles: - Reprodutor- Endócrino- Nervoso- Sensorial- Locomotor
1.2 Mecanismos básicos da genética e dos processos de divisão celular:
43
- Hereditariedade, cromossomos, genes, processos de mitose e meiose.
2ºTRIMESTRE
Energia Formas de Energia
Conservação de Energia
Formas de Energia
2.1 Sistemas conversores de energia, as fontes e a relação com a Lei da conservação de energia: - Sistemas conversores de energia nas formas de: luz, calor, eletricidade e energia mecânica (movimento).
2.2 Conceitos de: movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência, Leis de Newton – 1ª, 2ª e 3ª.
2.3 Energia elétrica e sua relação com o magnetismo: eletricidade e magnetismo, pilhas e baterias, corpos carregados, condutores elétricos, correntes elétricas, diferença de potencial, unidade de tensão, resistência elétrica, potência elétrica, forças eletromagnéticas, ondas eletromagnéticas.
3ºTRIMESTRE
Biodiversidade
Matéria
Interações Ecológicas
Propriedades da Matéria
3.1 Ciclos biogeoquímicos: água, carbono, oxigênio e nitrogênio.
3.2 Propriedades Gerais e Específicas da Matéria: - Específicas: cor, dureza, brilho, maleabilidade, ductilidade, magnetismo, densidade. - Gerais: massa, volume,
44
Astronomia Astros Gravitação Universal
inércia, impenetrabilidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade,indestrutibilidade.
3.3 Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.
3.4 Lei de Newton - Gravitação Universal e o fenômeno das marés.
D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
As Diretrizes Curriculares para o Ensino de Ciências propõem uma prática
pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo
metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas num
único método e baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK, 1987) que visam
tão somente à comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos
estudantes.
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o
professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo
disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político da
escola; os interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida; a
análise crítica dos livros didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e
informações atualizadas sobre os avanços da produção científica.
Por isso, ao organizar o seu plano de trabalho docente, o professor de
Ciências deve refletir a respeito das abordagens e relações a serem estabelecidas
entre os conteúdos estruturantes, básicos e específicos e também, a respeito das
expectativas de aprendizagem, das estratégias e recursos a serem utilizados e dos
critérios e instrumentos de avaliação.
No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados essenciais tanto
para a formação do professor quanto para a atividade pedagógica, sendo estes: a
história da ciência, a divulgação científica e atividade a experimental. Tais aspectos
45
não se dissociam em campos isolados, mas sim, relacionam-se e complementam-se
na prática pedagógica.
Considera-se que a história da ciência contribui para a melhoria do ensino de
Ciências porque propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares,
prioritariamente sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e
como fonte de estudo que permite ao professor compreender melhor os conceitos
científicos, assim, enriquecendo suas estratégias de ensino (BASTOS, 1998).
O professor de Ciências, ao optar pelo uso de documentos, textos, imagens e
registros da história da ciência como recurso pedagógico, está contribuindo para sua
própria formação científica, além de propiciar melhorias na abordagem do conteúdo
específico, pois sem a história da ciência perde-se a fundamentação dos fatos e
argumentos efetivamente observados, propostos e discutidos em certas épocas.
“Ensinar um resultado sem a fundamentação é simplesmente doutrinar e não
ensinar ciência” (MARTINS, 1990, p. 04).
Outro aspecto essencial para o ensino de Ciências é a divulgação científica
que serve de alternativa para suprir a defasagem entre o conhecimento científico e o
conhecimento científico escolar, permitindo a veiculação em linguagem acessível do
conhecimento que é produzido pela ciência e dos métodos empregados nessa
produção.
Ainda outro aspecto a ser considerado são as atividades experimentais que
estão presentes no ensino de Ciências desde sua origem e são estratégias de
ensino fundamentais. Podem contribuir para a superação de obstáculos na
aprendizagem de conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações,
discussões e confrontos de ideias entre os estudantes, mas também pela natureza
investigativa. De fato, tais atividades devem ser consideradas estratégias de ensino
que permitam o estudante refletir sobre o conteúdo em estudo e os contextos que o
envolvem.
Também, alguns elementos da prática pedagógica devem ser valorizados no
ensino de Ciências: abordagem problematizadora; relação contextual; relação
interdisciplinar; leitura científica; atividade em grupo; observação; atividade
experimental; recursos instrucionais; lúdico.
Alguns recursos pegadógicos/tecnológicos, instrucionais e espaços
enriquecem a prática docente no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de
Ciências tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista
46
em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos),
globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário),
microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre
outros), organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V,
gráficos, tabelas, infográficos, feiras, museus, laboratórios, exposições de ciência,
seminários e debates.
Deve-se ainda, abordar algumas legislações que conferem ações específicas
no campo da educação escolar, no âmbito das relações contextuais e devem estar
no Plano de Trabalho Docente:
Cultura e história afro-brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos
indígenas (Lei 11.645/08);
Política Nacional de Educação Ambiental - Lei Federal nº 9795/99, Lei Estadual nº.
17.505/13;
Prevenção ao uso indevido de Drogas – Lei Federal nº 11343/06;
Estatuto do Idoso – Lei Federal nº 10741/03; Política de proteção ao idoso -Lei
Federal nº 17858/13.
E – Avaliação
De acordo com a LDBEN 9394/96 e DEL 007/99, a avaliação deve ser
contínua, permanente e cumulativa, em relação ao desempenho do estudante, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem em
cada ano, possibilitando ao professor por meio de uma interação diária,
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriam dos
conteúdos específicos tratados durante este processo. É necessário que o processo
avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos
pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos
possuem sobre determinados conteúdos, a prática social destes alunos, o confronto
entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações
estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e
de aprendizagem e no seu cotidiano. Para a disciplina de Ciências uma efetiva
47
aprendizagem leva-se em consideração a construção de conceitos científicos
escolares relacionados com a compreensão dos conceitos sobre a origem e
evolução do universo, constituição e propriedades da matéria, sistemas biológicos
de funcionamento dos seres vivos, conservação e transformação de energia,
diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem
como os processos evolutivos desenvolvidos.
Para que esta proposta de avaliação atenda ao que se propõe, é preciso: que
conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados tais como
trabalhos individuais e em grupo, pesquisas bibliográficas individuais e em grupo,
debates em forma de seminários, provas (teóricas, práticas, objetiva e subjetiva,
individuais e em grupos) registros em forma de relatórios, portfólio, jogos educativos,
pesquisa de campo, mapas conceituais, modelos didáticos, painéis e outros, onde
os alunos possam expressar os avanços na aprendizagem na medida em que
interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se
posicionam e argumentam defendendo o próprio ponto de vista. Com isso, será
possível para o professor fazer uma auto avaliação, que orientará a continuidade da
prática pedagógica ou seu redimensionamento, realizando intervenções coerentes e
com os objetivos propostos para o ensino da disciplina de Ciências e, para o aluno,
a avaliação permite uma reflexão sobre a sua aprendizagem.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente
do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade
de aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizado com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F - Referências
BRASÍLIA, Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília – DF. Parecer nº CEB 04/98.
48
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem - Ciências. Curitiba: SEED-PR, 2010.
PPP – Projeto Político Pedagógico.
Regimento Escolar
EDUCAÇÃO FÍSICA
A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A disciplina Educação Física iniciou-se nos currículos escolares a partir do
parecer do então deputado do Império Rui Barbosa com o projeto denominado
“Reforma do ensino Primário” e várias instituições complementares da instituição
Pública de 1882.
Nas décadas seguintes a Educação Física sofre a influência de diferentes
seguimentos tais como militar, higienista, médica, científica e esportiva, chegando a
atualidade com uma perspectiva da formação do professor e do profissional, com a
licenciatura e o bacharel, buscando assim ter na escola um professor capaz de
desenvolver os conteúdos da Educação Física de uma forma, reflexiva, ética e
49
permanente no educando. Desta forma a Educação Física se propõe no Ensino,
integrar o aluno na cultura corporal do movimento com as finalidades de lazer, de
expressão de sentimento, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde.
Buscando o desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da participação social,
considerando o tipo de sociedade onde este saber foi produzido e proporcionando-
lhes condições de análise e reflexão para reelaboração do seu saber e
conseqüentemente reelaboração da sua cultura corporal, sendo esta o objeto de
estudo da disciplina. Viabilizando assim a construção de uma postura de
responsabilidade perante si e o outro, visando uma construção de valores e
atividades para a construção de sua autonomia.
Educação Física Escolar é o elemento educacional caracterizado pelo ensino
de conceitos, princípios, valores, atitudes e conhecimentos das dimensões
biodinâmica, comportamental e sócio-cultural do movimentar-se humano e da
corporeidade no sentido de propiciar ao aluno, através da prática reflexiva de atividades fisiocorporais, a otimização de possibilidades e potencialidades do
desenvolvimento e da movimentação corporal harmoniosa e eficaz, objetivando
desenvolver consciência corporal e a capacitação para atingir objetivos em relação à
educação, saúde, trabalho, prática esportiva e expressão artística e corporal,
orientados para a conquista de um estilo de vida ativo e pleno exercício da
cidadania.
Observa-se, então, que a Educação Física possui uma especificidade própria
no processo de educação no ensino básico. Sua responsabilidade exclusiva, que
mais a diferencia das outras disciplinas, é caracterizada pela prática reflexiva de
atividades fisiocorporais através das quais o educando adquire os conhecimentos,
elabora seus conceitos, princípios, valores e atitudes sobre o movimentar-se
humano.
É esta vivência prática de atividades fisiocorporais que caracteriza e dá a
especificidade da Educação Física no processo educacional. Ela não é
simplesmente ensinada, mas fundamentalmente praticada, vivida pelo educando, e,
só através dessa prática cumpre as suas finalidades educativas. Isto, também,
singulariza a intervenção do professor de Educação Física em relação aos demais
professores do ensino básico.
Todavia, a Educação Física, incluída no processo educativo do ensino básico,
também, apresenta conteúdo da educação geral, como por exemplo, a difusão de
50
valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos,
respeito ao bem comum e à ordem democrática; promoção do desporto educacional
e apóio as práticas desportivas não-formais que devem estar incluídos em todas as
ações educativas do ensino básico (Art. 27, Lei 9394/96).
Com uma abordagem que contempla os fundamentos da disciplina, os
Conteúdos Estruturantes serão tratados em articulação com aspectos políticos,
históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade
representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as
diferenças, na formação social crítica e autônoma. Os Conteúdos Estruturantes
propostos para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes:
Esporte
Jogos e brincadeiras
Ginástica
Lutas
Dança
B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Formar atitude crítica perante a Cultura Corporal.
Desmistificar formas arraigadas e não refletidas em relação ás diversas práticas e
manifestações corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano.
Desenvolver atividades de caráter formativo corporal e estimular o gosto pela
prática da Educação Física;
Possibilitar aos alunos uma vivência sistematizada de conhecimentos, habilidades
da cultura corporal batizada por uma postura reflexiva, no sentido da aquisição da
autonomia necessária a uma prática intencional que considere os processos sócio-
comunicativos na perspectiva do lazer e da formação cultural.
51
C – CONTEÚDOS
Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,
indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica, devem transitar pelos
conteúdos Estruturantes e específicos de modo articulá-los o tempo todo.
Propõem-se os seguintes Elementos Articuladores:
Cultura Corporal e Corpo;
Cultura Corporal e Ludicidade;
Cultura Corporal e Saúde;
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
Cultura Corporal e Desportivização;
Cultura Corporal – Técnica e Tática;
Cultura Corporal e Lazer;
Cultura Corporal e Diversidade;
Cultural Corporal e Mídia.
6º ANOTRIMESTRE Conteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos Conteúdos Específicos
1ºTRIMESTRE
Esporte
Jogos e Brincadeiras
Coletivos
Brincadeiras e Cantigas de Roda
Jogos de Tabuleiro
Handebol e Basquetebol
Lenço atrás; Escravos de Jô
Xadrez e Dama
2ºTRIMESTRE
Esporte
Dança
Coletivos
Individuais
Dança Folclórica
Futsal
Atletismo
Quadrilha
3ºTRIMESTRE
Esporte
Ginástica Lutas
Coletivos
Ginástica Geral
Voleibol
Movimentos Gímnicos
52
Capoeira Angola
7º ANO
TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos Conteúdos Específicos
1ºTRIMESTRE
Esporte
Jogos e Brincadeiras
Coletivos
Jogos e Brincadeiras Populares
Jogos de Tabuleiro
Handebol e Basquete
Queimada, Bets, Pega-pega, Bandeirinha
Xadrez e Dama
2ºTRIMESTRE
Esporte
Dança
Coletivos Individuais
Dança de Rua
Futsal
Atletismo
Funk
3ºTRIMESTRE
Esporte
Ginástica Lutas
Coletivos
Ginástica Circense Lutas de Aproximação
Voleibol
Malabares Judô
8º ANO
53
9º ANO
TRIMESTRE Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
1ºTRIMESTRE
Esporte
Jogos e Brincadeiras
Coletivos
Jogos Cooperativos
Jogos Dramáticos
Jogos de Tabuleiro
Handebol e Basquete
Corrente; Nunca Três; Futpar; Dança da Cadeira Cooperativa
Imitação e Mímica
Xadrez e Dama
2ºTRIMESTRE
Esporte
Dança
Coletivos
Radicais
Danças Criativas
Futsal
Skate
Improvisação e Atividades de Expressão Corporal
3ºTRIMESTRE
Esporte
Ginástica
Lutas
Coletivos
Ginástica Rítmica
Lutas com Instrumento Mediador
Voleibol
Bola, Fitas, Maças, arco e corda
Esgrima
54
D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Considerando como objeto de estudos a Cultura Corporal e por meio dos
Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e
brincadeiras, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos
se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O professor tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o
conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o
diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de
investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar
o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas
metodologias, nas práticas e nas reflexões. Cabe ressaltar que tratar o
conhecimento não significa abordar o conteúdo ‘teórico’, mas, sobretudo,
desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a construção do
conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão
corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos
TRIMESTRE Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
1ºTRIMESTRE
Esporte
Jogos e Brincadeiras
Coletivos
Jogos Dramáticos
Jogos de Tabuleiro
Handebol e Basquete
Improvisação e Mímica
Xadrez; Dama; Trilha; Uno
2ºTRIMESTRE
Esporte
Dança
Coletivos
Radicais
Danças Circulares
Futsal
Slackline
Folclóricas
3ºTRIMESTRE
Esporte
Ginástica
Lutas
Coletivos Ginástica Geral
Lutas com Instrumento Mediador
Voleibol
Jogos Gímnicos
Kendô
55
A educação pelo movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de
consciência de seu corpo e a partir daí, dar condições de promover através de uma
ação pedagógica o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem.
Deverá permitir á criança à exploração motora, a descoberta da sua
realização, vivendo através das atitudes propostas, momentos que lhe dê condições
de criar novos caminhos a partir das experiências adquiridas criando novas formas
de atividades podendo assim, atingir os objetivos propostos.
Perceber que seu corpo se relaciona, cria, sofre repressões, vibra, percebe
seus ritmos íntimos e possibilita a realizar movimentos naturais utilizando todo o seu
ser como veiculo de expressão.
A atividade física deverá ser levada ao aluno como uma contribuição para
ampliação da consciência corporal. Trabalhando assim em uma perspectiva histórico
crítica com uma metodologia investigativa e em alguns momentos diretiva com aulas
práticas sustentadas com a teoria que a acompanha.
Para que isso ocorra o encaminhamento metodológico deve ser desenvolvido
com base nas diretrizes curriculares. Nesse sentido, todos os conteúdos trabalhados
em aula devem partir de uma prática social inicial, passando pelos momentos de
problematização, instrumentalização e catarse para no final de um conjunto de aulas
ou do bloco observar o retorno à prática social.
Ao pensar em encaminhamento metodológico para aulas de Educação Física
na Educação Básica, é preciso levar em conta, aquilo que o aluno traz como
referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade.
Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a
construção do conhecimento escolar, utilizando-se também de recursos didáticos e
tecnológicos como: Quadra poliesportiva, material para a prática da educação física
(bolas, arcos, cordas, redes, tabelas, etc) exposição de vídeos e slides na TV Pen-
drive, caixa de som, lousa digital, laboratório de informática.
Ao elaborar seu Plano de Trabalho Docente, o professor deve abordar a cultura
e história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a
Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental). Tais temáticas obrigatórias, deverão ser trabalhadas de forma
contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino de Educação Física. As
demais legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os conteúdos
específicos, permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem possíveis,
56
elas serão atendidas em Atividades incorporadas à organização do trabalho
pedagógico da escola.
Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Educação
Física, propõe-se que seja destacado o conhecimento de bases teóricas que
compõem o universo das diferentes culturas, associando ao contexto histórico,
político e social, estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade e o objeto
de estudo da disciplina, neste caso, a Cultura Corporal.
E – AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno. Sendo esta contínua, cumulativa e processual devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a avaliação do rendimento escolar será
pautada numa concepção diagnóstica
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Utilizando procedimentos que
assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a
comparação dos mesmos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de conhecimento e da
aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão. A avaliação da
aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e professor, com
a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de consciência sobre a
prática educativa.
Assim sendo, auxilia os educadores e o educando na sua viagem comum de
crescimento e a escola na sua responsabilidade social. Deve ser democrática,
favorecendo o desenvolvimento da capacidade do educando em aprimorar-se de
conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente.
57
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-
Pedagógico. Devem ser estabelecidos, considerando o comprometimento e
envolvimento dos alunos no processo pedagógico:
Se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor;
Se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e
regras;
Se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem
desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e
propondo soluções para as divergências;
Se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas
atividades práticas ou realizando relatórios.
Os instrumentos utilizados na avaliação serão: dinâmicas de grupo, pesquisas,
debates, seminários, apresentação de coreografia, aulas práticas e teóricas,
organização de festivais e jogos escolares, entre outros.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de
apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de
aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizado com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F – REFERÊNCIAS
BREGOLATO, R. A. Cultura corporal da ginástica. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.
_____ Cultura corporal da dança. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.
_____ Cultura corporal do esporte. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física. Curitiba. 2008
58
____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016.
ENSINO RELIGIOSO
A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
As Diretrizes Curriculares Orientadoras Estaduais do Paraná de Ensino
Religioso para a Educação Básica traz como proposta um Ensino Religioso laico e
de forte caráter escolar.
Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois se
constituíram historicamente na inter relação dos hábitos culturais, sociais,
econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina de Ensino Religioso deve
orientar-se para a apropriação dos saberes sobre expressões e organizações
religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do
conhecimento.
Nesse sentido, um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino
Religioso é efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito
religioso, como também, desprender-se do seu histórico confessional catequético,
para construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa.
Assim, a disciplina de Ensino Religioso deve oferecer subsídios para que os
estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e se
relacionam com o Sagrado.
A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo, o Sagrado. Para
que o Sagrado seja tratado como saber (escolar) e possa ser objeto do Ensino
Religioso é necessário buscar relações de conteúdos que possam traçar caminhos e
compreender qual o papel da disciplina de Ensino Religioso como parte do sistema
escolar.
O Trabalho pedagógico da disciplina de Ensino Religioso será organizado a
partir de seus Conteúdos Estruturantes: Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado. Tais conteúdos não devem ser abordados
59
isoladamente, pois são referenciais que se relacionam intensamente, contribuem
para a compreensão do objeto de estudo e orientam a definição dos conteúdos
básicos e específicos de cada ano.
Em termos metodológicos, propõe-se, um processo de ensino e de
aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo debate, pela
apresentação da hipótese divergente, da dúvida - real e metódica, do confronto de
ideias, de informações discordantes e, ainda da exposição competentes de
conteúdos formalizados.
B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Contribuir para a superação das desigualdades étnico-religiosa, para garantir o
direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por consequência, o
direito à liberdade individual e política. Desta forma atenderá um dos objetivos da
educação básica que, segundo a LDB9394/96, é o desenvolvimento da cidadania.
Propiciar a identificação, o entendimento e o conhecimento em relação às
diferentes tradições religiosas presentes na sociedade.
Promover a superação das tradicionais aulas de religião e a efetivação do Sagrado
como objeto de estudo e dos conteúdos contemplando as quatro matrizes religiosas:
Africana, Indígena, Ocidental e Oriental.
Favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e
sociais, e fomentar medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e
discriminação.
Oferecer subsídios para que os estudantes entendam como os grupos sociais se
constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado, onde possa
estabelecer relações entre culturas e os espaços por ela produzidos, em suas
marcas de religiosidade.
As religiões devem ser abordadas como conteúdos escolares que tratem das
diversas manifestações culturais e religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e
dos seus símbolos, e relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são
impregnadas as formas diversas de religiosidade.
O tratamento com os conteúdos específicos do Ensino Religioso deve ser
abordado de forma objetiva, garantindo que seja trabalhado com as quatro matrizes
60
religiosas (Afro, indígena, ocidental e oriental), não privilegiando nenhuma tradição
religiosa em detrimento de outra.
Nesta perspectiva apresentamos os conteúdos estruturantes, básicos e
específicos para serem trabalhados com os alunos matriculados no 6º e 7º ano do
Ensino Fundamental.
C - CONTEÚDOS
6º Ano
TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos Conteúdos específicos
1ºTRIMESTRE
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
Organização Religiosa
Aspectos legais referentes à liberdade religiosa no Brasil (Constituição Federal de 1988: Art. 5º e 210, LDB 9394/06:Art. 33, Deliberação 01/06 do CEE e Declaração Universal dos Direitos Humanos Artigos. 18 e 20). Principais características, estrutura e dinâmica social das diversas organizações religiosas mundiais e regionais. Fundadores e ou lideres religiosos e suas funções relacionando sua visão de mundo, atitude, produção escrita e posição político- ideológica.
2ºTRIMESTRE
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
Lugares Sagrados
Lugar Sagrado para as diversas tradições religiosas em função de fatos considerados relevantes (morte, nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação de um líder religioso).Diversidade e características de lugares sagrados na natureza e construídos.
61
3ºTRIMESTRE
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
Textos Sagrados orais e escritos
Textos sagrados orais e/ ou escritos e sua importância para a tradição religiosa.Textos sagrados: doutrina e o código moral das tradições religiosas.Diversidade de textos sagrados; livros, pinturas, vitrais, quadros, construções arquitetônicas. Diversas formas de Linguagens orais e escritas, verbais e não verbais.
Símbolos Religiosos
Símbolos sagrados e seus significados para as tradições religiosas, conforme os aspectos dos ritos, dos mitos e do cotidiano. Símbolos sagrados como linguagem de aproximação e/ou união entre o ser humano e o sagrado. Universo simbólico religioso como parte da identidade cultural e social.Diversidade dos símbolos religiosos nas formas, cores, gestos, sons, vestimentas, elementos de natureza, dentre outras.
7º Ano
62
TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdos
Básicos Conteúdos específicos
1º TRIMESTRE
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
Temporalidade Sagrada
Diferença entre tempo profano e tempo sagrado.Importância do tempo sagrado para as diversas tradições religiosas. Relação dos mitos, dos ritos e das festas religiosas com o tempo sagrado. Diferentes calendários conforme as tradições religiosas.
2ºTRIMESTRE
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
Festas Religiosas
Festas religiosas como rememoração dos fatos ou acontecimentos considerados sagrados.Importância das festas religiosas para as diversas tradições. Festas religiosas e a função de fortalecer a relação com o sagrado. Festa religiosa como elemento de confraternização e fortalecimento da comunidade religiosa. Festas religiosas paranaenses nas diversas tradições.
3ºTRIMESTRE
Paisagem Religiosa
Universo
Ritos
Rituais sagrados nas tradições religiosas.Ritos e a expressão, o encontro ou o reencontro com o Sagrado. Os rituais como experiência sagrada das tradições religiosas. Diversas formas de ritos: passagem,
63
Simbólico Religioso
Texto Sagrado
purificação, mortuário, propiciatório, entre outros.
Vida e Morte
Diversas perspectivas culturais e religiosas para a vida após a morte. O sentido da vida e a concepção de morte de acordo com as tradições religiosas.
D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
De acordo (PARANÁ, 2008) para a disciplina deEnsino Religioso, propor
encaminhamentos, é mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais
a serem adotados em sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações
que subsidiam esse trabalho, pois, uma abordagem nova de um conteúdo escolar
leva, inevitavelmente, a novos métodos de investigação, análise e avaliação.
Neste sentido, o trabalho com a diversidade religiosa configura-se numa
estratégia privilegiada na construção do conhecimento escolar sobre as diferentes
manifestações do Sagrado.
É importante ressaltar que o trabalho pedagógico da disciplina ancora-se numa
aula dialogada, isto é, parte da leitura de mundo e do conhecimento prévio dos
estudantes por meio da problematização inicial, seguida de uma abordagem onde
o professor insere os conteúdos e textos da disciplina para em seguida apresentar o
conteúdo a ser trabalhado em sala de aula. Na sequência, desenvolverá a
contextualização e a avaliação, sempre tendo como ponto de partida o respeito à
diversidade cultural.
Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos
conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear a
disciplina de Ensino Religioso (Lei n. 10639/03- História e Cultura Afro - brasileira e
Africana, Lei n. 11645/08- História e Cultura Afro - brasileira e Indígena, Educação
em Direitos Humanos – Lei Federal nº 7.037/2009 Ciência e Tecnologia e
64
Diversidade Cultural – Resolução nº 07/2010- CNE/CEB, Estatuto do Idoso – Lei nº
10.741/2003, Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/99; Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental - Resolução nº. 2/15 do CNE;
Política Estadual de Educação Ambiental - Lei nº. 17.505/13; Deliberação n.04/13 do
CEE/PR Normas Estaduais para a Educação Ambiental); Lei Federal Nº 11340/06 –
Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra mulher; Lei
Federal Nº 18447/15 – Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas; Lei Estadual
nº 17335/12 – Programa de Combate ao Bullying; Plano Nacional de Educação em
Direitos Humanos 2006 – Ministério da Educação; Lei Federal 11525/07 –
Enfrentamento à Violência Contra a Criança e Adolescência, outras serão atendidas
em atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da escola de
acordo com o Projeto Político Pedagógico.
Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Ensino
Religioso, propõe-se que seja destacado o conhecimento de bases teóricas que
compõem o universo das diferentes culturas, associando ao contexto histórico,
político e social, estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade e o objeto
de estudo da disciplina, neste caso, o Sagrado, os conteúdos estruturantes e os
conteúdos básicos, do ponto de vista laico e não religioso.
E - Avaliação
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno. Na avaliação devem ser considerados os resultados
obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
O processo de avaliação na disciplina de Ensino Religioso é necessário, por
isso, a necessidade de definir instrumentos avaliativos diversificados (seminários,
debates, atividades objetivas e subjetivas, relatórios, atividade de leitura
compreensiva de textos, produção de textos, projeto de pesquisa bibliográfica,
projeto de pesquisa de campo, atividade a partir de recursos audiovisuais e entre
outros) e critérios que explicitem o quanto o estudante se apropriou do conteúdo
específico e também, pode revelar em que medida a prática pedagógica,
65
fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui
para a transformação social.
Cabe ao professor implementar práticas avaliativas que permitam acompanhar
o processo de apropriação de conhecimentos pelos estudantes e pela classe, cujo
parâmetro são os conteúdos tratados e os seus objetivos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem, através da retomada dos conteúdos específicos e
do uso de metodologias, estratégias e instrumentos diversificados. O que se busca,
em última instância, com o processo avaliativo é identificar em que medida os
conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do
Sagrado pelos alunos.
F - REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Religioso: diversidade cultural e religiosa. Curitiba: Seed/DEB, 2013.
____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
____________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Ensino Religioso. Curitiba: Seed/DEB, 2008.
GEOGRAFIA
A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A Geografia é uma ciência que compreende o espaço de vida dos homens
como produto histórico, uma ação da sociedade na sua relação com a natureza. Os
acontecimentos no mundo têm uma dimensão espacial onde se materializa no
tempo e no espaço a vida social, sendo uma forma de compreender o mundo em
66
que vivemos. Assim, a importância de estudar, a disciplina de Geografia na
Educação Básica está no acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que,
na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares, um ensino capaz
de fornecer aos alunos conhecimentos específicos com os quais possam ler e
interpretar criticamente o espaço.
A Geografia tem a função de preparar o aluno para a leitura crítica da
produção social do espaço, sua participação consciente e responsável no processo
social, e a interligação entre todas as partes do globo terrestre. O objeto de estudo
da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e
apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e
ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.
Apoiado na geografia crítica, o espaço geográfico hoje deve ser entendido em sua
composição conceitual básica: lugar, paisagem, região, território, natureza,
sociedade, entre outros.
O conceito de lugar pode ser compreendido de diferentes enfoques. Por um
lado, é no lugar que a globalização acontece, mas por outro lado, o lugar é o espaço
onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade permanecem presentes.
O conceito de paisagem deve ser entendido como domínio do visível, aquilo
que a vista abarca. Já que o domínio do visível está ligado à percepção e a
seletividade, mas acredita que seu significado real é alcançado pela compreensão
de sua objetividade. A paisagem é percebida sensorialmente, empiricamente e a
materialização de um o momento histórico.
No mundo globalizado, onde as trocas são intensas e constantes, a forma e o
conteúdo das regiões mudam rapidamente. Ainda dentro da perspectiva crítica da
geografia, as análises economicistas tratam da relação entre regionalização e
globalização, considerando a escala global e a formação dos blocos econômicos
(regionais) como um importante viés de análise do espaço geográfico.
O território está ligado à normalização das ações tanto globais quanto locais.
No território, portanto, seja ele nacional regional ou local é que acontecerá a relação
dialética de associação e confronto entre o lugar e o mundo (Santos, 1996).
Conceito de natureza deve ser visto como conjunto de elementos naturais que
possuem em sua origem uma dinâmica própria e que independente da ação
humana, mas que na atual fase histórica do capitalismo, acaba sendo reduzida
apenas a recursos. Isso se deve em grande parte ao avanço dos meios técnicos e
67
científicos, os quais causam uma falsa idéia de domínio do homem sobre a
natureza.
No conceito de sociedade, as teorias críticas da geografia, procuram entender
a sociedade em sua relação com a natureza em seus aspectos culturais, políticos,
econômicos e socioambientais.
Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude que
identificam e organizam os campos de estudos da disciplina, considerados
fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. São, neste
caso, dimensões geográficas da realidade a partir das quais os conteúdos
específicos devem ser abordados.
São elas Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política do
Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão
Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico enfatiza a apropriação do
meio natural pela sociedade, por meio das relações sociais e de trabalho, para a
construção de objetos técnicos que compõem as redes de produção e circulação de
mercadorias, pessoas, informações e capitais, o que tem causado uma intensa
mudança na construção do espaço.
A Dimensão Política do Espaço Geográfico engloba os interesses relativos
aos territórios e às relações de poder, que os envolvem. É o conteúdo estruturante
originalmente constitutivo de um dos principais campos do conhecimento da
Geografia e está relacionado de forma mais direta ao conceito de território.
A Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico perpassa outros
campos do conhecimento, o que remete à necessidade de situá-lo de modo a
especificar qual seja o olhar geográfico de que se trata. A questão socioambiental é
um sub-campo da Geografia e, como tal, não constitui mais uma linha teórica dessa
ciência/disciplina. Permite abordagem complexa do temário geográfico, porque não
se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas à interdependência das relações
entre sociedade, elementos naturais, aspectos econômicos, sociais e culturais. A Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico permite a
análise do Espaço Geográfico sob a ótica das relações culturais, bem como da
constituição, distribuição e mobilidade demográfica. A abordagem cultural do espaço
geográfico é entendida como um campo de estudo da Geografia.
68
Considerando o objeto de estudo, os conceitos geográficos e os conteúdos
estruturantes, cabe à Geografia, preparar o aluno para uma leitura crítica da
produção social do espaço, negando a "neutralidade’’ dos fenômenos que imprimem
certa passividade aos indivíduos, tornando-os agentes ativos na construção do
espaço.
Sendo assim, o ensino de Geografia oportuniza ao aluno, diversas
possibilidades interpretativas do espaço geográfico, para nele interagir criticamente
e de forma consciente.
B - OBJETIVO GERAL
Conhecer o espaço geográfico como uma construção histórica e seu uso nos
diferentes tempos e espaços, assim compreendendo a natureza e a sociedade como
conceitos fundamentais para a construção do espaço geográfico, mantendo a
relação homem- natureza;
Entender as construções humanas como documento importante que as
sociedades, em diferentes momentos imprimem sobre a base natural.
C- CONTEÚDOS
6º ANO
TRIMESTREConteúdos
EstruturantesConteúdo
BásicoConteúdos Específicos
Dimensão econômica do
Formação e transformação
Formação e transformação das paisagens geográficas.
69
espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
das paisagens naturais e culturais.
Paisagem natural e cultural.
1º TRIMESTRE
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
O aproveitamento dos recursos naturais e suas consequências econômicas, políticas e ambientais.
A inter-relação dos elementos formadores da natureza (rochas, solo, clima, hidrografia, atmosfera e vegetação) e sua apropriação pela sociedade.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
O processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia.
O processo de formação, transformação e localização dos recursos naturais, sua apropriação pela sociedade e suas conseqüências.
Os problemas socioambientais relacionados ao aproveitamento e a escassez dos recursos naturais.
2ºTRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.
A distribuição das atividades produtivas refletindo na (re) organização do espaço geográfico.
As intervenções humanas no meio ambiente decorrentes das atividades produtivas, conhecendo seus impactos econômicos, culturais e ambientais.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
As relações existentes entre o campo e a cidade: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais e sociais.
As características que diferenciam o campo da cidade.
As Atividades econômicas
70
do espaço geográfico.
típicas do campo e da cidade e sua importância para a sociedade.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
A Transformação demográfica e a distribuição espacial da população, como resultado de diferentes fatores (econômicos, históricos, naturais e políticos).
Os indicadores demográficos refletidos na organização espacial.
3ºTRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
As manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais e sua influência na sociedade atual.
As causas da mobilidade populacional e suas conseqüências na organização espacial.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As diferentes formas de regionalização do espaço, nas diferentes escalas geográficas.
7º ANO
TRIMESTREConteúdo
EstruturanteConteúdo
BásicoConteúdos
Específicos
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Formação e mobilidade das fronteiras e a
reorganização do território
O processo de ocupação e povoamento do território brasileiro e sua atual configuração. O processo de formação do
71
1ºTRIMESTRE
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
brasileiro. território brasileiro e paranaense. As relações entre o território brasileiro no contexto mundial e suas relações econômicas, culturais e políticas com os demais países. A questão indígena no território brasileiro e paranaense.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção
O aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo do território brasileiro. As áreas de proteção ambiental para a preservação dos recursos naturais. O processo de transformação das paisagens brasileira e paranaense devido às formas de ocupação e as atividades econômicas desenvolvidas. Os diferentes tipos de climas e suas relações com as formações vegetais do território brasileiro e as alterações.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As diferentes formas de regionalização do espaço brasileiro e paranaense.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A diversidade cultural e regional no Brasil e no Paraná. As comunidades quilombolas no Brasil e Paraná.
Dimensão econômica do espaço geográfico
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os
Os fatores determinantes na distribuição espacial da população no território brasileiro e paranaense. As desigualdades sociais no território brasileiro e
72
2ºTRIMESTRE
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
indicadores estatísticos da população.
paranaense. O processo de crescimento da população brasileira e paranaense, seus indicadores e os reflexos na organização espacial.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
O processo de ocupação e os movimentos migratórios no território brasileiro.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
Os fatores naturais e a sua importância no uso de novas tecnologias na agropecuária brasileira e paranaense. As relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no campo. O processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do território.
As diferentes formas de desenvolver a agricultura As relações entre as formas de produção agropecuária e as questões socioambientais
A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
O processo de formação e a localização dos micro territórios urbanos. A industrialização e a modernização da agricultura e suas influências no processo de urbanização no Brasil. O processo de crescimento urbano e suas repercussões no meio ambiente.
Dimensão econômica do espaço geográfico
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)
Uso de tecnologias nas diferentes atividades produtivas e as mudanças nas relações socioespaciais
73
3ºTRIMESTRE
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
organização do espaço geográfico.
e ambientais. A industrialização e a
exploração dos elementos da natureza e suas consequências ambientais.
As atividades produtivas no território brasileiro e paranaense.
As diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
A circulação de mão-de-obra das mercadorias e das informações.
A Configuração do espaço de circulação de mão de obra, de mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.
As Redes de informação e comunicação para a organização das atividades econômicas em território brasileiro.
Os Meios de transporte na integração do território brasileiro.
8º ANO
TRIMESTREConteúdo
EstruturanteConteúdo Básico
Conteúdos Específicos
1ºTRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
O processo de formação, transformação e diferenciação das paisagens mundiais
As diferentes formas de regionalização do continente americano.
A formação, a mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.
A formação dos territórios e a (re) configuração das fronteiras do continente americano.
As relações de poder na configuração das fronteiras e territórios no contexto mundial.
74
socioambiental do espaço geográfico A nova ordem
mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas, políticas, culturais e o papel do Estado.
O papel das organizações supranacionais na resolução de conflitos e crises econômicas.
A ONU como um organismo supranacional.
O comércio e suas implicações socioespaciais.
A constituição dos blocos econômicos e as relações políticas e econômicas.
O protecionismo nas relações do comércio mundial.
2ºTRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
A rede de transporte, comunicação e circulação das mercadorias, da mão de obra e de informações sobre a economia regional.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.
As inovações tecnológicas sua relação com as atividades produtivas industriais e agrícolas e suas consequências ambientais e sociais.
A relação entre o processo de industrialização e a urbanização.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A produção industrial, agropecuária e a apropriação dos recursos naturais e as transformações socioambientais.
As interdependências econômicas e culturais entre
75
o campo e cidade e suas implicações socioespaciais.
O espaço rural e a modernização da agricultura
O processo de modernização agrícola e os impactos socioambientais
A relação entre os elementos naturais (solo, clima, relevo, vegetação e hidrografia) e sua influência no desenvolvimento da agricultura.
3ºTRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico.
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
Os indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais.
Os principais fatores que interferem na distribuição espacial da população
As desigualdades sociais existentes no espaço geográfico.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
Os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição espacial.
O processo migratório como um dos fatores de crescimento populacional.
As manifestações sócio espaciaisda diversidade cultural
As configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos em suas manifestações culturais.
Os conflitos étnicos nos continentes.
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
A formação, a localização estratégica dos recursos naturais para a sociedade contemporânea.
A utilização dos recursos naturais e as questões ambientais.
O aumento do consumo e o
76
esgotamento dos recursos naturais.
9º ANO
TRIMESTREConteúdo
EstruturanteConteúdo
BásicoConteúdosEspecíficos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As diferentes formas de regionalização do espaço geográfico mundial.
1ºTRIMESTRE
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
processo de globalização e as relações entre países e regiões.
A formação dos territórios supranacionais, decorrente das relações econômicas, políticas e culturais, e o papel do Estado.
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
A revolução técnico-científico-informacional e suas influências nos espaços de produção, na circulação de mercadorias e nas formas de consumo.
A tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço.
O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
A formação dos blocos econômicos e sua influência política e econômica na regionalização mundial.
A importância econômica, política e cultural do comércio mundial.
Dimensão econômica do espaço
A formação, mobilidade das fronteiras e a
A atual configuração do espaço e suas implicações sociais, econômicas e
77
2ºTRIMESTRE
geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
reconfiguração dos territórios.
políticas. A reconfiguração das
fronteiras e a formação de novos territórios nacionais.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
A estrutura mundial da população, seus indicadores estatísticos e sua distribuição espacial.
Os indicadores sociais e econômicos da desigual distribuição de renda nos diferentes continentes.
Os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no espaço geográfico.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
As diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade cultural nos diferentes continentes.
A globalização como uma das formas de interferência na cultura das diversas sociedades.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
As motivações dos fluxos migratórios mundiais.
O aumento no fluxo populacional no mundo de corrente do processo de globalização.
3ºTRIMESTRE
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico.
Os problemas sociais e as mudanças demográficas geradas na origem do processo de industrialização.
As atividades produtivas e sua interferência na organização do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua
As inovações tecnológicas nas atividades produtivas.
78
cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
As transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego da tecnologia de exploração e produção.
O processo de transformação dos recursos naturais em fonte de energia.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
As redes de transporte e comunicação no desenvolvimento das atividades produtivas.
O processo de globalização e a ampliação das redes e dos fluxos no espaço geográfico mundial.
O transporte aéreo e marítimo e o intercâmbio de mercadorias entre os diferentes países no mundo.
A dinâmica das redes.
D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia proposta pelas Diretrizes Curriculares Estaduais considera que
o ensino da disciplina de Geografia deve permitir que os alunos se apropriem dos
conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e
transformação do espaço geográfico.
Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica
e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos,
comparando situações cotidianas local com situações cotidianas globais,
considerando o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao
conhecimento científico no sentido de superar o senso comum.
Recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e
provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o
conhecimento, por isso, deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio,
a reflexão e a crítica.
79
Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em sala
de aula é a contextualização do conteúdo. Contextualizar o conteúdo é mais do que
relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e
nas relações políticas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais
concretas, nas diversas escalas geográficas.
Sempre que possível, o professor deverá estabelecer relações
interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a
especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas
teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do
conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento0 sobre
esse assunto ultrapasse os campos de estudo das diversas disciplinas, mas que
cada uma delas tem um foco de análise próprio.
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a
compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse
procedimento tem por finalidade que o ensino de Geografia contribua para a
formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e
crítica.
Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia atrelada aos
fundamentos teóricos tornam-se importantes instrumentos para compreensão do
espaço geográfico, dos conceitos e das relações socioespaciais nas diversas
escalas geográficas.
A aula de campo é importante encaminhamento metodológico para analisar a
área em estudo (urbana ou rural) de modo que o aluno poderá diferenciar, por
exemplo, paisagem de espaço geográfico. Jamais será apenas um passeio, porque
terá importante papel pedagógico no ensino de Geografia, onde o professor
delimitará previamente o trajeto, de acordo com os objetivos a serem alcançados.
A utilização de recursos audiovisuais como filmes, trechos de filmes,
programas de reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges,
ilustrações) podem ser utilizados para a problematização dos conteúdos da
Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos teórico-
conceituais.
O uso de recursos audiovisuais como mobilização para a pesquisa, precisa
levar o aluno a duvidar das verdades anunciadas e das paisagens exibidas. Essa
80
suspeita instigará a busca de outras fontes de pesquisa para investigação das raízes
da configuração sócio espacial exibida, necessária para uma análise crítica
(VASCONCELOS, 1993).
Para a cartografia propõe-se que os mapas e seus conteúdos sejam lidos
pelos estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação,
problematização e análise crítica, jamais como meros instrumentos de localização
dos eventos e acidentes geográficos.
A prática docente no ensino de Geografia também pode ser viabilizada por
instrumentos menos convencionais no cotidiano escolar que podem enriquecer o
processo de ensino e aprendizagem como, por exemplo, as obras de arte e a
literatura, em seus diversos gêneros, pode ser instrumento mediador para a
compreensão dos processos de produção e organização espacial; dos conceitos
fundamentais à abordagem geográfica e, também, instrumento de problematização
dos conteúdos (BASTOS, 1998).
As legislações obrigatórias contempladas na DCE de Geografia são: a cultura
e história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a
Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental). Tais temáticas obrigatórias, deverão ser trabalhadas de forma
contextualizada e relacionadas aos conteúdos de Geografia.
As demais legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os
conteúdos específicos, permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem
possíveis, elas serão atendidas em Atividades incorporadas a organização do
trabalho pedagógico da escola.
E – AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9.394/96 determina que
a avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e
processual. As Diretrizes Curriculares Estaduais propõem que a avaliação deve tanto
acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
Para isso, deve se constituir numa contínua ação reflexiva sobre o fazer pedagógico.
Ainda segundo as Diretrizes, considera-se que os alunos têm diferentes
ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção
pedagógica a todo o tempo.
81
Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações sócio espaciais para compreensão e intervenção na realidade.
O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos
e assimilaram as relações Espaço ↔ Temporais e Sociedade ↔ Natureza para
compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
Para tanto, se faz necessário diversificar as técnicas e os instrumentos de
avaliação. Ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar
técnicas e instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos,
como:
Interpretação e produção de textos de Geografia;
Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
Pesquisas bibliográficas;
Relatórios de aulas de campo;
Apresentação e discussão de temas em seminários;
Construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre
outros.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características e de ritmos de aprendizagem dos alunos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente
do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade
de aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta avaliativa deve
estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em
cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um processo não-linear
de construções e reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que
acontece entre os sujeitos do processo: professor e aluno.
82
F – REFERÊNCIAS
BASTOS, A.R.V.R. Espaço e Literatura: algumas reflexões teóricas. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1998.
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. n. 248,1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
_______. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná - Geografia. Curitiba: SEED, 2008.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
VASCONCELOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad - Centro de Formação e Assessoria Pedagógica, 1993.
HISTÓRIA
A - APRESENTAÇÃO E FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A finalidade da disciplina de História é expressa no processo de produção do
conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada
para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da
compreensão da provisoriedade deste conhecimento.
O ensino de História deve se beneficiar da diversificação dos documentos
(imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na construção do
conhecimento histórico, permitindo também relações interdisciplinares com outras
áreas do conhecimento.
83
Da mesma forma, a abordagem local, assim como os conceitos de
representação, prática cultural, secularidade cultural, possibilitam aos alunos e aos
professores, tratarem esses documentos através de problematizações mais
complexas em relação à História tradicional, desenvolvendo uma consciência
histórica que leve em conta a diversidade das práticas culturais dos sujeitos.
Entende-se que a consciência histórica é uma condição da existência do
pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir de
suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico.
Vale ressaltar que o ensino de História contribui para a formação de uma
consciência histórica crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências do
passado permite formar pontos de vista históricos e abrindo inúmeras possibilidades
de reflexão e superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que se tornam
mais abrangentes, permitindo também que o aluno elabore conceitos que o
permitam pensar historicamente, superando também a ideia de História como algo
dado, como verdade absoluta.
A disciplina de História tem como objeto de estudos os processos históricos
relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os
sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.
Dessa forma, o Ensino de História será pautado nas experiências passadas
dos seres humanos, investigadas por historiadores, professores e alunos, sendo
baseada no tempo e no espaço; através de sua percepção do passado e sua ação
no processo histórico.
Diante dessa perspectiva o processo ensino-aprendizagem se dará através
de procedimentos metodológicos articulados aos conteúdos estruturantes. Assim, o
processo de ensino aprendizagem se compõe através de um procedimento
metodológico, atrelados a uma concepção crítica da educação através das Relações
de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais.
Relações de trabalho: articulados aos demais conteúdos estruturantes,
reconhecer as contradições de cada época, os impasses sociais da atualidade e
dispor-se a analisá-los, a partir de suas causas, permite entender como as relações
de trabalho foram construídas no processo histórico e como determinam a condição
de vida em conjunto da população. Nas relações de trabalho encontramos diversas
84
formas de organização social. Assim busca-se a leitura de todas as relações de
trabalho possíveis e suas características nos diversos contextos espaços temporais.
Relações de poder: entender que as relações de poder são exercidas nas
diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas
e as diversas instituições, permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu
cotidiano. Assim, ele poderá identificar onde estão as arenas decisórias, por que
determinada decisão foi tomada; de que forma foi executada ou implementada, e
como, quando e onde reagir a ela. As relações de poder se forma através das
relações sociais e ideológicas criadas entre quem exerce o poder e quem se
submete a elas. Quando nos referimos a relação de poder, pensamos na ideia de
um poder político, englobando as relações de trabalho e culturais. No entanto, as
relações de poder se formam por diversas instâncias sócio-históricas através de um
mundo de trabalho, pela política a as diversas instituições, levando o aluno a
perceber tais relações com seu cotidiano.
Relações culturais: o estudo das relações culturais deve considerar a
especificidade de cada sociedade e as relações entre elas. O processo histórico
constituído nessa relação pode ser chamado de cultura comum, o que permite aos
historiadores construírem narrativas históricas que incorporam olhares alternativos
quanto às ações dos sujeitos. Nas relações culturais, entende-se a cultura como
aquela que permite conhecer os conjuntos de significados que os homens
conferiram a sua realidade para explicar o mundo. O estudo das relações culturais
deve estar voltado para as especificidades de cada sociedade e as relações entre
elas. Assim, o estudo das relações culturais deve se voltar para as necessidades e
características de cada sociedade, respeitando sua formação cultural, política, social
e econômica.
Diante de todas as informações acima mencionadas destaca-se que o ensino
da disciplina de História no currículo dos cursos de Ensino Fundamental e Médio é
primordial, pois a História é a ciência que busca o estudo do passado para a
compreensão do presente. Por essa razão, o historiador, em seu trabalho de
investigação, deve utilizar o método do duplo movimento: conhecer o passado
através do presente e conhecer o presente através do passado.
85
Tendo em vista a globalização da economia e o rápido avanço tecnológico,
faz com que a velocidade da vida contemporânea, tudo envelheça muito
rapidamente e pareça sem valor para as novas gerações. Diante do domínio do
tempo presente, o passado é desqualificado como experiência digna de
conhecimento e interesse e condenado ao esquecimento. Assim sendo, o
movimento pela destruição do passado coloca para toda a sociedade, e em
particular para nós, historiadores, a difícil tarefa de combater o esquecimento e
preservar a memória coletiva, base para a afirmação da identidade cultural de todos
os povos.
B – OBJETIVOS GERAIS
Ampliar a compreensão da realidade do aluno, especialmente confrontando-a e
relacionando-a com outras realidades históricas, e assim, possam fazer suas
escolhas e estabelecer critérios para orientar suas ações;
Buscar a superação das carências humanas fundamentadas por meio de um
conhecimento construído por interpretações históricas;
Contribuir para a formação da consciência histórica dos alunos a partir da produção
do conhecimento.
C - CONTEÚDOS
6º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOSESPECÍFICOS
Relações de
Experiência humana do tempo
1°TRIMESTRE A formação do pensamento histórico e suas temporalidades e periodizações; O aluno e suas percepções: memórias e documentos familiares e locais; Análise dos documentos históricos; Entender as relações com a sociedade
86
Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias
A cultura local e a cultura comum
no tempo (família, amizade, lazer, esporte, escola, cidade, estado, país, mundo); As diversas temporalidades; As formas de periodização; O surgimento da humanidade na África e as teorias sobre seu aparecimento; A Pré-História brasileira e paranaense; As populações indígenas que habitaram o atual território do Brasil e do Paraná no período pré-colonial;
2° TRIMESTRE Os povos pré-colombianos; O confronto dos colonizadores portugueses e os indígenas americanos; A organização social e econômica dos antigos povos africanos e suas contribuições; Os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná; Os Hebreus; A civilização grega; Os Romanos;
3º TRIMESTRE Os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses; As manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos e as festividades religiosas; Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná;
7º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
CONTEÚDOSESPECÍFICOS
Relações de Trabalho
As relações de propriedade
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
1º TRIMESTRE
Formação da Europa Feudal: o fim do Império Romano e a ruralização da sociedade européia. O Feudalismo europeu: estrutura econômica, política e social no campo e na cidade. Relações de conflito e a formação do Estado Nacional: o mercantilismo;
87
Relações de Poder
Relações culturais
As relações entre o campo e a cidade
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
2º TRIMESTRE
O processo de exploração dos impérios coloniais portugueses e espanhóis; Inicio da colonização do Brasil; As capitanias hereditárias; O complexo açucareiro colonial; Da exploração africana: relações entre senhores e escravos, homens brancos e indígenas no Brasil e no Paraná
3º TRIMESTRE
As bandeiras; As missões jesuíticas; O complexo minerador colonial; O tropeirismo e colonização do Paraná; A urbanização do interior do Paraná.
8º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOSESPECÍFICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
História das relações da humanidade com o trabalho
O trabalho e a vida em sociedade
O trabalho e as contradições da modernidade
1º TRIMESTRE
Introdução às formas de trabalho: comunismo primitivo, escravismo antigo, servidão e a transição para o assalariado; A organização do trabalho em comunidades paranaenses: quilombolas, caiçaras, ribeirinhos, faxinais e indígenas; A Revolução Industrial: êxodo rural, organização do trabalho, classes trabalhadores e direitos conquistados; Iluminismo e seu impacto na Europa e na América; A Revolução Francesa: aspectos sociais, econômicos e culturais;
2º TRIMESTRE
A vinda da família real: Independência da América Portuguesa;
88
Relações culturais
Os trabalhadores e as conquistas de direito
Brasil Imperial: Primeiro Reinado; As regências; Segundo Reinado; A escravidão e resistência no Brasil;
3º TRIMESTRE
O complexo cafeeiro; O início da industrialização e as imigrações do século XIX; O fim do Império: campanha abolicionista e republicanismo.
9º Ano
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOSESPECÍFICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
A Constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerra e revoluções.
1º TRIMESTRE
Movimentos sociais de resistência no Brasil: revoltas coloniais e regenciais; Resistência no Paraná: resistência à colonização e à escravidão; A República do Brasil: militar e oligárquica; Revoltas regionais republicanas: Vacina, Chibata, Canudos e Contestado; A Primeira Guerra Mundial; A Revolução Russa e a URSS;
2º TRIMESTRE
Crash da Bolsa de Valores de 1929: impacto político, econômico e social; O Nazifascismo; Formação do estado brasileiro e a Era Vargas; O populismo na América Latina; A Segunda Guerra Mundial; O mundo Bipolar – A Guerra Fria - aspectos econômicos, políticos e sociais; Imperialismo, neocolonização e descolonização da África e Ásia no século XX;
89
3º TRIMESTRE
Os governos democráticos brasileiros: de JK à Jango; O golpe militar: contexto, ação e resistência; Processo de redemocratização e abertura política no Brasil. O neoliberalismo brasileiro da década de 1990. O Brasil no século XXI.
D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção da
consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com
os seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou
seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto
de estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas
praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas de
forma consciente ou não.
Ao planejar as suas aulas, caberá ao professor problematizar, a partir do
conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico,
considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste
modo exigirá que seja constantemente retomado.
Para adotar este encaminhamento metodológico, o professor terá que ir muito
além do livro didático. Este encaminhamento exige que o professor esteja atento à
rica produção historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas,
especializadas e também voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis
também nos meios eletrônicos.
A metodologia do estudo de História deverá estar voltada para formação do
pensamento histórico dos alunos. Assim, o professor se utilizará de métodos de
investigação articulados em diferentes fontes (livros, revistas, filmes, canções,
relatos de memórias, etc.). Incluindo ainda o uso do Portal Dia-a-dia educação, TV
Paulo Freire, OAC (Objeto de Aprendizagem Colaborativo), Folhas; assim como a
utilização de imagens, livros, jornais, história em quadrinhos, filmes, músicas,
90
utilizados como material didático.
Ademais, deve-se priorizar no encaminhamento metodológico a discussão
sobre as legislações e temas que promovam os Direitos Humanos para todos os
cidadãos. Assim, abordar sobre o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no
currículo oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para
o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; o cumprimento da Lei n.
11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino da história e
cultura dos povos indígenas do Brasil; ações voltadas para o enfrentamento da
violência escolar, entre outros, considerando a possibilidade de contextualização e
conteúdos afins.
D - AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de História objetiva-se favorecer a busca da coerência
entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o
processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar colocada a serviço
da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.
Para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a
sua utilização de classificatória para diagnóstica. A partir da avaliação diagnóstica,
tanto o professor quanto os alunos poderão revisar as práticas desenvolvidas até
então para identificar lacunas no processo de ensino e aprendizagem, bem como
planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades
constatadas.
A fim de que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam
melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-
se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,
envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a
necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma
individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser
compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,
processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem
91
ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos, como
por exemplo, atividades associativas:
Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos estudantes em
relação ao tema abordado;
Atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de uma
narrativa histórica;
Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e
conceitos históricos;
Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura de
documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia, histórias
em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento histórico.
Schmidt e Cainelli (2006) apontam duas sugestões de avaliações de documentos
de naturezas diferentes: textos e imagens.
Textos: Identificação: identificar o tema, o tipo de texto, a data de publicação, a época de
produção, o autor e o contexto em que foi produzido;
Leitura: sublinhar as palavras e expressões-chave, resgatar e reagrupar as ideias
principais e os temas secundários, e buscar o ponto de vista do autor;
Explicação: compreender o sentido das palavras e expressões e esclarecer as
alusões contidas no texto;
Interpretação: analisar a perspectiva do texto, comparar a outros fatos e pontos de
vista e verificar em que medida o texto permite o conhecimento do passado.
Imagens: Identificação: identificar o tema, a natureza da imagem, a data, o autor, a função
da imagem e o contexto;
92
Leitura: observar a construção da imagem – o enquadramento, o ponto de vista,
os planos. Distinguir os personagens, os lugares e outros elementos contidos na
imagem;
Explicação: explicitar a atuação do autor de acordo com o suporte e contexto de
produção da imagem;
Interpretação: compreender a perspectiva da imagem, o valor do testemunho
sobre a época e os símbolos apresentados.
Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor de História.
São indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas
avaliativas. Devem, também, estar articulados à investigação de como as ideias
históricas dos estudantes organizam essas estratégias de interpretação das fontes a
partir da construção de narrativas históricas e principalmente se os alunos tenham
condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações
de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem,
de modo a se fazerem sujeitos da própria História.
Os instrumentos de avaliação, devem atentar para a construção da autonomia
do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, leitura,
interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos
históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, dentre outras
possibilidades.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características e de ritmos de aprendizagem dos alunos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma paralela, permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente
do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade
de aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
93
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F - REFERÊNCIAS
Luckesi Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez. 2002.
Melati, Maria Raquel Apolinário, Editora Responsável pelo projeto. Projeto Araribá de história.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem - História. Curitiba: SEED-PR, 2010.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História. Curitiba.2008
Tuma, Magda Madalena Peruzin. Viver e Descobrir: História – Geografia Paraná.
LÍNGUA PORTUGUESA
A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio
da língua, como símbolo utilizado por uma comunidade linguística, são condições de
plena participação social. Pela linguagem o homem se comunica, tem acesso à
informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de
mundo e produz cultura.
Desse modo, pensar o ensino de Língua Portuguesa significa pensar numa
realidade que norteia todos os nossos atos cotidianos e a linguagem assume um
papel de extrema importância na estruturação do pensamento.
O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa e Literatura é um processo
94
dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da
linguagem quanto dos sujeitos que por meio delas interagem. É vista como ação
entre os sujeitos históricos e socialmente situada que se constituem uns aos outros
e suas relações dialógicas. Os conceitos de textos e de leitura não se restringem à
linguagem escrita, eles abrangem além dos textos escritos e falados, a interação da
linguagem verbal com as outras linguagens.
Sendo assim, quanto às práticas discursivas no processo de ensino-
aprendizagem da língua, assume-se o texto verbal (oral ou escrito) e também as
outras linguagens, comunidade básica como prática discursiva, que se manifesta
concretamente e cujas formas são estabelecidas na dinamicidade que caracteriza o
trabalho com experiências reais de uso da língua.
Desse modo, é tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de
diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a
finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Assim, é nas aulas de
Língua Portuguesa que o estudante pode aperfeiçoar a sua competência linguística
e inserir-se na sociedade, mas é no ambiente escolar, sobretudo, que o aluno
aprende a lidar com as palavras e fazer uso dela.
Diante do exposto a respeito da importância do estudo da disciplina é preciso
salientar que em Língua Portuguesa o objeto de estudo da disciplina é a língua e o
conteúdo estruturante é o Discurso como prática social.
B - OBJETIVOS GERAIS
Empregar a língua oral e escrita em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutora;
Reconhecer as intenções implícitas nos discursos e propiciar a possibilidade de um
posicionamento diante deles;
Produzir e analisar textos e ampliar conhecimentos linguísticos- discursivos;
95
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita;
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando
ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão.
C – CONTEÚDOS
6º ANOCONTEÚDO ESTRUTURANTE
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO
BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO
LEITURA
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESCRITA
CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE
96
GÊNEROS DISCURSIVOS
1º TRIMESTRE
Convite Bilhete (Mensagens online) Carta (e-mail)
2º TRIMESTRE
Poema Tiras HQS Cartaz Lei federal nº 11.645/08-História e Cultura Afro-brasileira e Indígena
3º TRIMESTRE
Fábulas Contos
Tema do texto Interlocutores Finalidade Argumentos do texto Elementos composicionais Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspa, travessão, negrito), figuras de linguagem
Contexto de produção Interlocutor Finalidade do texto Informatividade Argumentatividade Discurso Direto e Indireto Elementos Composicionais do gênero Divisão do texto em parágrafos Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classesgramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem Processo de formação das palavras Acentuação gráfica Ortografia Concordância Verbal/nominal
Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; recursos semânticos.
7º ANOCONTEÚDO ESTRUTURANTE
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO
BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO
LEITURA
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESCRITA
CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE
97
1º TRIMESTRE
Autobiografia Biografia Relato Pessoal Diário (blog)
2º TRIMESTRE
Entrevista Memórias Lendas (mitos) Lei Federal nº11. 645/08- História e Cultura afro-brasileira e Indígena Lei Estadualnº17858/13-Política de proteção ao Idoso
3º TRIMESTRE
Propaganda Anúncio Notícia
Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto *Os conteúdos específicos de leitura, escrita e oralidade serão trabalhados em todos os trimestres de acordo com a necessidade de cada gênero, e os conteúdos de análise linguística serão trabalhados de acordo com a necessidade da turma, visto que a análise linguística não é uma prática discursiva e sim didático-pedagógica, a qual perpassa as três práticas já apresentadas. *Caso seja necessário, o professor poderá incluir outros gêneros, das diferentes esferas socais de Intertextualidade Argumentos do texto Contexto de produção Informações explícitas e implícitas Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Repetição
Contexto de produção Interlocutor Finalidade do texto Informatividade Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem Processo de formação de palavras Acentuação gráfica Ortografia Concordância verbal/nominal.
Tema do texto Finalidade Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição Semântica
98
Lei Federal nº 11.343/06- Prevenção ao uso Indevido de Drogas
Lei Estadual nº 17335/12-Programa de Combate ao Bullyng
proposital de palavras Léxico Ambiguidade Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
8º ANOCONTEÚDO ESTRUTURANTE
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO
BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO
LEITURA
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESCRITA
CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE
1º TRIMESTRE
Charge Cartum Panfletos Lei Federal 11525/07/ Enfrentamento à Violência Contra a Criança e o Adolescente
2º TRIMESTRE
Memórias Conto Texto
Conteúdo temático Interlocutor Intencionalidade do texto Argumentos do texto Contexto de produção Intertextualidade Vozes sociais presentes no texto Elementos composicionais do gênero Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
Conteúdo temático Interlocutor Intencionalidade do texto Informatividade Contexto de produção Intertextualidade Vozes sociais presentes no texto Elementos composicionais do gênero Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
Conteúdo temático Finalidade Argumentos Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras) Marcas linguísticas: coesão, coerência,
99
Dramático Lei Estadual nº 17 858/13- Política de proteção ao Idoso
3º TRIMESTRE
Resumo Relatório Carta do leitor Decreto nº7037/09: Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3)- Educação em Direitos Humanos
gráficos (como aspas, travessão, negrito) Semântica:-operadores argumentativos;- ambiguidade; sentido figurado; expressões que denotam ironia e humor no texto
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito Concordância verbal e nominal Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto Semântica:-operadores argumentativos;- ambiguidade;- significado das palavras;- sentido figurado; expressões que denotam ironia e humor no texto
gírias, repetição Elementos semânticos Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc) Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
9º ANOCONTEÚDO ESTRUTURANTE
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDO
BÁSICOCONTEÚDO ESPECÍFICO
LEITURA
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESCRITA
CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE
1º TRIMESTRE
Reportagem Editorial Artigo de opinião Debate LeiFederal nº 11340/06- Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Lei Estadual nº 17 335/12- Programa de
Conteúdo temático Interlocutor Intencionalidade do texto Argumentos do texto Contexto de produção Intertextualidade Discurso ideológico presente no texto Vozes sociais presentes no texto Elementos
Conteúdo temático Interlocutor Intencionalidade do texto Informatividade Contexto de produção Intertextualidade Vozes sociais presentes no texto Elementos composicionais do gênero Relação de causa e
Conteúdo temático Finalidade Argumentos Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Variações
100
Combate ao Bullyng.
2º TRIMESTRE
Abaixo assinado Carta de reclamação Crônica
3º TRIMESTRE
Letra de música Paródia Lei Estadual nº 17 858/13- Política de proteção ao Idoso Lei Federal nº11. 645/08- História e Cultura afro-brasileira e Indígena
composicionais do gênero Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto Partículas conectivas do texto Progressão referencial no texto Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito Semântica:- operadores argumentativos;- polissemia;- expressões que denotam ironia e humor no texto.
consequência entre as partes e elementos do texto Partículas conectivas do texto Progressão referencial no texto Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; Sintaxe de concordância;Sintaxe de regência;Processo de formação de palavras Vícios de linguagem; Semântica:- operadores argumentativos;- modalizadores- polissemia
linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras) Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; Semântica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.) Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
D - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
No processo de ensino-aprendizagem é importante ter claro que quanto maior
o contato com a linguagem nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se
tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A ação
pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em
101
atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita,
bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse modo,
sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as práticas discursivas: oralidade,
escrita, leitura, análise linguística e literatura.
PRÁTICA DA ORALIDADETanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio as possibilidades de trabalho
com os gêneros orais são diversos e apontam diferentes caminhos, como:
apresentação de temas variados ( histórias de família, da comunidade, um filme, um
livro ); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas
do seu convívio; dramatização; recado, explicação; contação de histórias;
declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e
outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.
O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente, isso significa que as
atividades propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a
fala, emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é
necessário avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da
linguagem, é o conteúdo de sua participação oral.
O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem como a
argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da
sua fala quanto da fala do outro, sobre:
O conteúdo temático do texto oral;
Elementos composicionais, formas e estruturas dos diversos gêneros usados em
diferentes esferas sociais;
A unidade de sentido do texto oral;
Os argumentos utilizados;
O papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade; observância da relação
entre os participantes, para adequar o discurso ao interlocutor;
As marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo.
PRÁTICA DA ESCRITAA prática da escrita é uma das práticas discursivas utilizadas pelo falante de
língua portuguesa, mas não deve ser a única a ser valorizada. O educando precisa
compreender o funcionamento de um texto escrito que se faz a partir de elementos
102
como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor,
dentre outros.
A maneira de propor atividades com a escrita interfere de modo significativo
nos resultados alcançados. Diante de uma folha repleta de linhas a serem
preenchidas sobre um tema, os alunos podem recorrer somente ao que ( Pécora
1983, p. 68 ) chama “estratégia de preenchimento”.
É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo
interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de
produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme
propõe Geraldi (1997) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para dizer, como dizer,
interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na
verdade, se escreve fora da escola – e assim, sejam textos de gêneros que têm uma
função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”
( ANTUNES, 2003, P. 62-63 ).
A seguir, citam-se alguns; contudo, ressalta-se que os gêneros escritos não
se reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz, notícia, editorial, artigo
de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa, resumos, resenhas,
solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de experiência, receitas.
Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com os gêneros digitais,
como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão, dentre outros,
experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.
Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares
sugeridas por Antunes (2003) e adaptadas às propostas destas Diretrizes, que
podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto:
Inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o alunoplanejem o
que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática proposta;
ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender a
esfera social em que este circula; delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a
intenção com que escreverá; prever os possíveis interlocutores; pensar sobre a
situação em que o texto irá circular; organizar as ideias;
Em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada,
levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará seus
103
argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que essa
etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto);
Depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao
produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu refletir sobre seus
argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados; observar a
continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao
gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às
condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem como a
pontuação, ortografia, paragrafação.
Além de todas essas metodologias, o professor ainda pode lançar mão de
apresentar o que foi trabalhado em sala afixando os textos dos alunos no mural da
escola, enviar cartas produzidas pelos alunos aos pais ou colegas entre si, organizar
uma coletânea, enviar cartas do leitor a um determinado jornal ou revista, enfim,
uma infinidade de propostas pode ser atribuída às produções escritas.
Quanto à análise linguística, deve ser observado o gênero a ser trabalhado e como
ele é construído linguisticamente, trabalhando verbos, pontuação, acentuação,
concordância verbal e nominal, organização dos períodos, tipos de discursos e
outros conteúdos que se fazem necessários na construção do texto.
PRÁTICA DA LEITURALer é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso
considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,
propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade
crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos
mencionados nestas Diretrizes.
É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem o
que é diferente de afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o
contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
Do ponto de vista pedagógico, não se trata de ter no horizonte a leitura do
professor ou a leitura historicamente privilegiada como parâmetro de ação; importa,
diante de uma leitura do aluno, recuperar sua caminhada interpretativa, ou seja, que
pistas do texto o fizeram acionar outros conhecimentos para que ele produzisse o
104
sentido que produziu; é na recuperação desta caminhada que cabe ao professor
mostrar que alguns dos mecanismos acionados pelo aluno podem ser irrelevantes
para o texto que se lê, e, portanto, sua “inadequada leitura” é consequência deste
processo e não porque se coaduna com a leitura desejada pelo professor
(GERALDI, 1997, p.188).
Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de
leitura são mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite
uma ampla variedade de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não
possibilita tal liberdade de interpretação.
Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso
considerar o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Antunes
(2003) salienta que conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda, poemas,
crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a finalidade
pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental, entretenimento...), e,
ainda, conforme variem o suporte (jornal, televisão, revista, livro, computador...),
variam também as estratégias a serem usadas.
Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está divulgada no
suporte de um jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a
finalidade de cada uma delas. Na crônica do jornal, é importante considerar a data
de publicação, a fonte, os acontecimentos dessa data, o diálogo entre a crônica e
outras notícias veiculadas nesse suporte. Já a leitura da crônica do livro representa
um fato cotidiano independente dos interesses deste ou daquele jornal.
Também a leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião.
Numa atividade de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor
estético, o seu conteúdo temático, dialogar com os sentimentos revelados, as suas
figuras de linguagem, as intenções. Diferente de um artigo de opinião, que tem outro
objetivo, e nele é importante destacar o local e a data de publicação, contextualizar a
temática, dialogar com os argumentos apresentados se posicionando, atentar para
os operadores argumentativos, modalizadores, ou seja, as marcas enunciativas
desse discurso que revelam a posição do autor.
O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda,
aqueles em que predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens,
as telas de pintura, os símbolos, como possibilidades de leitura em sala de aula; os
quais exigirão de seu aluno-leitor colaborações diferentes daquelas necessárias aos
105
textos verbais. Nesses, o leitor deverá estar muito atento aos detalhes oferecidos
nos traços, cores, formas, desenhos. No caso de infográficos, tabelas, esquemas, a
preocupação estará em associar/corresponder o verbal ao não-verbal, uma vez que
este está posto para corroborar com a leitura daquele.
Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente
se comparada a outros gêneros e suportes. Os processos cognitivos e o modo de ler
nessa esfera também mudam. O hipertexto - texto no suporte digital/computador -
representa uma oportunidade para ampliar a prática de leitura. Através do hipertexto
inaugura-se uma nova maneira de ler. No ambiente digital, o tempo, o ritmo e a
velocidade de leitura mudam. Além dos hiperlinks, no hipertexto há movimento, som,
diálogo com outras linguagens.
A leitura do texto digital exige, diante de tantos suportes eletrônicos, um leitor
dinâmico, ativo e que selecione quantitativa e qualitativamente as informações, visto
que ele escolhe o caminho, o percurso da leitura, os supostos, início, meio e fim,
porque seleciona os hiperlinks que vai ler antes ou depois (LÉVY, 1996). A leitura de
hipertextos exige que o leitor tenha ou crie intimidade com diferentes linguagens na
composição do texto eletrônico, bem como os aparatos tecnológicos.
No que concerne ao trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66)
assinala que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e
suportes de textos para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as
múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.” Dito isso, é essencial
considerar o contexto de produção e circulação do texto para planejar as atividades
de leitura.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e
compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores
envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado,
de outros textos (intertextualidade).
Os conteúdos serão apresentados levando em consideração a faixa etária e o
conhecimento prévio dos educandos, estabelecidos de acordo com as necessidades
e interesses dos mesmos e estarão articulados com as outras disciplinas e também
ao Projeto Político-Pedagógico da escola. Serão também inseridas questões
referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei Federal Nº 10.639/08),
Indígena (Lei Federal Nº 11.645/03), Educação Ambiental (Lei Federal Nº 9597/99 e
106
Decreto Nº 4201/02) tendo em vista a necessidade de contemplá-las, pois se tratam
de legislações obrigatórias que visam lançar um olhar ás questões primordiais a
serem discutidas na atualidade delas, compreendendo que a disciplina é efetivada a
partir do discurso enquanto prática social procuraremos abordaras legislações:
Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei Federal Nº
11.525/07), Lei Federal nº 9503/97: Código de Trânsito Brasileiro/ educação para o
trânsito; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso;Lei Estadual nº 17858/13 -
Política de proteção ao Idoso;Lei Federal nº 11.343/06 - Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas; Lei Estadual nº 17650/13 - Programa de Resistência às Drogas e à
Violência; Gênero e Diversidade Sexual; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher;Lei Federal nº 18447/15 -
Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de
maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 - Dia Estadual de
Combate a Homofobia; Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a
Criança e o Adolescente; Lei Estadual nº 17335/12 - Programa de Combate ao
Bullying;Lei Federal nº 11769/08 - inclui parágrafo no art. 26, sobre a música como
conteúdo obrigatório;Lei Federal nº 11947/09 - Educação alimentar e nutricional;Lei
Estadual nº 13381/01 - História do Paraná;Decreto nº 7037/09: Programa Nacional
de Direitos Humanos (PNDH 3) - educação em direitos humanos;Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos 2006 - Ministério da Educação;Portaria
Interministerial 413/02 MF/MEC e Decreto Estadual 5739/12- Educação Fiscal,
E – AVALIAÇÃO
A avaliação torna-se um instrumento não só de verificação, na medida em que
é significativa para o aluno. Sendo assim, para que ela aconteça em sua plenitude,
precisa ser contínua, formativa, diagnóstica e transformadora.
Quando o sujeito reconhece a linguagem como sendo tal instrumento, aprimora
a capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita. Sob
essa perspectiva, as diretrizes recomendam:
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso aos diferentes
interlocutores situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,
numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são
107
diferentes e isso deve considerada uma análise da produção oral. Assim, o professor
verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que
ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que
apresenta ao defender seus pontos de vista.
Leitura: Serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor
em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas,
com argumento principal, entre outros. Também é importante avaliar se o aluno
ativou seus conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras
desconhecidas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e
outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do
texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,
nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto
escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos-textuais, verificando: a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o
contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e a coerência
textual, a organização dos parágrafos. No momento da refacção textual é importante
observar se os objetivos do texto foram alcançados, se a intenção do texto foi
alcançada, se há relação entre as partes do texto, se há necessidade de cortes, se é
necessário substituir parágrafos.
Análise linguística: é no texto que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os
elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob
uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses
elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar o uso da
linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentido
causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas
pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações
108
semânticas entre as partes do texto.
Assim sendo, a avaliação estará articulada com os objetivos e conteúdos
selecionados para cada série de acordo com a presente Proposta Pedagógica
Curricular de Língua Portuguesa e será diagnóstica, contínua e processual,
contemplando as práticas orais, leitura e escrita e a aferição das notas será por meio
de avaliações escritas e orais que contemplem a compreensão de texto e análise
linguística. Além disso, serão realizadas dramatizações, declamações de poemas,
apresentações orais, seminários, confecção de painéis, cartazes, maquetes,
trabalhos com recorte e colagem além de ser levado em consideração o
posicionamento crítico dos alunos em decorrência das várias leituras a serem
realizadas em todo o decurso do ano letivo. A recuperação de estudos dar-se-á de
forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem, através da
retomada dos conteúdos específicos e do uso de metodologias, estratégias e
instrumentos diversificados.
F –REFERÊNCIAS
____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed /DEB, 2012.
_____________. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes curriculares de Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2006.
____________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná.
MATEMÁTICA
A – APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
Após discussões entre estudiosos matemáticos para a educação escolar de
um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das engenharias que
prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das demonstrações,
109
propuseram um ensino baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que
configurou o campo de estudo da Educação Matemática (SCHUBRING, 2003).
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que
apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são
considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO,
2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre
os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,
está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e
envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se
apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados,
métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral
como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de
modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,
influenciando na formação do pensamento do aluno.
A disciplina é organizada por meio dos Conteúdos Estruturantes, os
conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados
fundamentais para a sua compreensão, constituem-se historicamente e são
legitimados nas relações sociais.
Os Conteúdos Estruturantes propostos são:
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Funções
Tratamento da Informação
O conteúdo estruturante Números e Álgebra estabelecem as relações entre
os desdobramentos possíveis, o pensamento algébrico enquanto linguagem “pensar
algebricamente é produzir significado para situações em termos de números e
operações aritméticas e, com base nisso, transformar as expressões obtidas” (LINS,
1997, p.151).
110
O Conteúdo Estruturante Geometrias não deve ser trabalhado rigidamente
separado da aritmética e da Álgebra. Ao contrário, por ser a Geometria rica em
elementos que favorecem a percepção espacial e a visualização, ela constitui um
conhecimento relevante, inclusive para outras disciplinas do conhecimento.
O Conteúdo de Grandezas e Medidas favorece o diálogo entre as pessoas,
Estados e diferentes países, deve ser abordada no contexto dos demais conteúdos
matemáticos. “A ação de medir é uma faculdade inerente ao homem, faz parte de
seus atributos de inteligência” (SILVA, 2004, p. 35). Para Machado, “a necessidade
de medir é quase tão antiga quanto à necessidade de contar” (2000, p. 08).
No mesmo sentido, o estudo das Funções deve ser visto como um importante
instrumento que permeia as diversas áreas do conhecimento, modelando
matematicamente situações que a partir de resoluções de problemas possam
auxiliar nas atividades humanas. Enquanto conteúdo da disciplina de matemática
deve ser visto como uma construção histórica e dinâmica capaz de provocar, por
conta da noção de variabilidade e possibilidade de leituras do seu objeto de estudo e
atuação em outros conteúdos específicos da matemática.
O Tratamento da Informação é instituído como Conteúdo Estruturante diante
da necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de
realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem à sua volta; interpretando informações
que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados, percentuais, indicadores e
conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos. Isso se revela
necessário, pois vivemos num momento histórico, caracterizado pela facilidade e
rapidez no acesso às informações, o que exigem o desenvolvimento do espírito
crítico, e a capacidade de analisar e tomar decisões rápidas, porém conscientes,
diante de diversas situações da vida em sociedade.
O aprendizado da Matemática é parte essencial na formação de cidadãos em
sentido universal e não apenas no sentido profissionalizante. É um aprendizado útil
à vida e ao trabalho. Os conceitos matemáticos devem se transformar em
instrumentos de compreensão, intervenção, mudança e previsão da realidade. A
matemática deve assumir o papel que a sociedade espera dela: estar ao alcance
dos alunos e tornar-se prática em suas vidas, ajudando-os em suas relações com o
meio social em que vivem e fazendo interdisciplinaridade com as demais disciplinas.
Para isso deve ser contextualizado, inserindo aplicações dos conceitos matemáticos
da vida real.
111
B - OBJETIVOS GERAIS
Reconhecer a disciplina enquanto campo de investigação e de produção do
conhecimento teórico e prático da matemática para que o estudante construa
valores e atitudes de natureza diversa, propiciando a formação do cidadão,
enquanto Ser Humano público, crítico, criativo e capaz de agir com autonomia nas
suas relações sociais, superando preconceitos e discriminações e convivendo com a
diversidade e com a pluralidade em todas as dimensões humanas.
Perceber o valor da matemática como construção humana, reconhecendo sua
contribuição para a compreensão e a resolução de problemas da humanidade
através do tempo.
Possibilitar aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de
conceitos e formulação de ideias.
Contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades,
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.
C – CONTEÚDOS
6º ANO
1° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
ConteúdosBásicos
ConteúdosEspecíficos
Números e Sistema de Criação dos números;
112
Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
numeração; Números naturais; Medidas de ângulos; Medidas de tempo; Medidas de Comprimento e área; Geometria Plana.
Diferentes sistemas de numeração; Representação de números naturais e localização na reta numérica; Classificação dos números naturais; Operações com números naturais; Conceito de grandeza; Conceito de ângulo; Classificação de ângulos; Unidades de medida, seus múltiplos e submúltiplos; Transformações entre unidades de medida; Conceito de Espaço geométrico (bidimensional); Conceitos de ponto, reta e plano; Classificação de polígonos. Circulo e circunferência; Perímetro e área de diferentes figuras planas.
2° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Números e Álgebra
Geometrias
Grandezas e Medidas
Tratamento da Informação
Potenciação e radiciação; Múltiplos e divisores; Geometria Espacial; Medidas Massa; Medidas de Volume; Dados, tabelas e gráficos.
MMC e MDC de números naturais. Operações de potenciação e radiciação de números naturais, identificando-as como operações inversas. Expressões numéricas envolvendo adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de números naturais. Unidades de medida, seus múltiplos e submúltiplos. Transformações entre unidades de medida. Organização de dados e informações em tabelas. Conceito de Espaço geométrico (tridimensional) Sólidos geométricos e seus elementos. A planificação de sólidos
113
geométricos. Classificação de sólidos geométricos em poliedros e corpos redondos.
3° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Tratamento da Informação
Números fracionários; Números Decimais; Dados, tabelas e gráficos; Sistema Monetário; Porcentagem.
A fração como parte de um todo e significação de numerador e denominador. Simplificação de frações. Operações com números racionais nas formas fracionárias e decimais. Operações com números racionais. Representação de dados e informações em diferentes tipos de gráficos. Conceitos do Sistema Monetário Brasileiro. Conceito e cálculos de porcentagem.
7º ANO
1° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Números e Álgebra
Tratamento da Informação
Grandezas e Medidas
Geometrias.
Números Inteiros; Números Racionais; Pesquisa Estatística; Medidas de Temperatura; Geometria Plana.
Representação de números inteiros e localização na reta numérica. Comparação de números inteiros. Expressões numéricas envolvendo operações com números inteiros. Conceito de número racional. Localização e representação dos números racionais na reta numérica. Operações com números racionais Organização de dados e informações de pesquisas estatísticas em gráficos e tabelas.
114
Medidas de temperatura. Planificação de prismas e pirâmides.
2° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Geometrias
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometria Espacial; Equações de 1° grau; Inequação do 1° grau; Medidas de ângulos.
Classificação de poliedros em prismas e pirâmides e identificação dos seus elementos. Classificação de corpos redondos em cilindros, cones e esferas. Conceito de incógnita e o princípio de equivalência das equações. Linguagem algébrica no estudo das equações. Inequações como uma desigualdade entre os membros de sentenças matemáticas. Ângulos congruentes, complementares e suplementares. Ângulos consecutivos, adjacentes e opostos pelo vértice. Medidas de um ângulo em graus e seus submúltiplos Operações com medidas de ângulos. Identificação de ângulos e polígonos. Definição e representação de bissetriz. Classificação de triângulos quanto às medidas de lados e ângulos.
3° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Números e Álgebra
Geometrias Tratamento da Informação
Razão e proporção; Regra de três simples; Geometria não Euclidiana; Juros simples; Pesquisa Estatística; Média aritmética,
Conceitos de razão e proporção entre grandezas. Regra de três simples. Grandezas direta e inversamente proporcionais. Noções topológicas (interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade,
115
Moda e mediana. curvas e conjuntos abertos e fechados). Conceito de juro. Juros simples. Média aritmética e a moda de dados estatísticos.
8º ANO
1º Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Números Racionais e irracionais; Potências; Medidas de comprimento; Medidas de ângulos; Geometria Plana; Geometria Espacial.
Representação de números racionais e irracionais. Cálculos com números racionais e/ou irracionais, envolvendo as seis operações fundamentais. Notações científicas. Medidas de comprimento. Comprimento de Circunferência. Medidas de pares de ângulos formados por um feixe de retas paralelas e uma transversal. Quadriláteros, seus elementos e suas propriedades. Classificação de quadriláteros em trapézios e paralelogramos. Conceito de congruência de figuras planas Casos de congruência de triângulos Condição de existência de um triângulo na superfície plana. Pontos notáveis dos triângulos. Propriedade da soma dos ângulos internos de um triângulo na superfície plana. Teorema de ângulos externos de um triângulo na
116
superfície plana.
2° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Geometrias
Números e Álgebra
Geometria Analítica; Monômios e polinômios; Produtos Notáveis;
Sistema de Coordenadas Cartesianas. Pares ordenados no Plano Cartesiano Monômios e polinômios e suas operações. Quadrado da soma de dois termos. Quadrado da diferença entre dois termos. Produto da soma pela diferença dois termos. Conceito de paralelismo entre retas.
3° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Tratamento da Informação
Sistema de Equação do 1° grau; Medidas de área; Medidas de volume; Não Euclidiana; Gráfico e Informação; População e amostra.
Resolução de equação do 1º grau. Resultados de pesquisas estatísticas realizadas por amostragem. Interpretação de dados e informações estatísticas por meio de sua representação gráfica. Pesquisas científicas. Conceito de volume Medidas de área e volume Formas fractais e as características de auto-similaridades e complexidade infinita. Medidas de áreas de polígonos e círculos.
9º ANO
1º Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Números e Números reais; Representação de
117
Álgebra Propriedades dos radicais; Equação do 2° grau; Equações Irracionais e Biquadrada;
.
números reais Operações com números reais Propriedades dos radicais nas operações com números reais. Equação do 2º grau e suas raízes. Interpretação e representação da Equação do 2º grau algébrica e geometricamente. Equações irracionais e biquadradas.
2° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Números e álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Teorema de Pitágoras; Relações Métricas
no triângulo retângulo; Trigonometria no
triângulo retângulo; Geometria Plana; Geometria Espacial.
Teorema de Pitágoras como um procedimento de cálculo algébrico. Relações métricas no
triângulo retângulo. Relações métricas para
determinar medidas dos lados de um triângulo retângulo. Razões trigonométricas no
triângulo retângulo para obter relações entre ângulos e lados na determinação de suas medidas. Conceito de semelhança e
congruência de figuras. Conceitos de volume e
capacidade. Cálculo de volume e
capacidade de prismas.
3° Trimestre
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Conteúdos Específicos
Geometrias
Funções
Tratamento de informação.
Geometria Analítica; Geometria Não Euclidiana; Noção intuitiva de Função Afim;
Noção intuitiva de Função Quadrática.
Teorema de Tales Representação de retas e parábolas no plano cartesiano. Conceitos básicos de geometria projetiva. Conceito de função, suas variáveis e lei de formação.
118
Regra de três compostas. Juros compostos; Estatística; Noção de probabilidade; Analise Combinatória.
Função Afim nas suas representações algébrica e gráfica. Cálculo de juro composto. Princípio fundamental da contagem Variáveis estatísticas e frequência Cálculo das chances de ocorrência de um evento. Regra de três compostas.
D – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os Conteúdos Estruturantes articulados com os conteúdos específicos em
relações de interdependências enriqueçam o processo pedagógico de forma a
abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem
em patamares distintos e sem vínculos.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das
quais destacamos:
Resolução de problemas
Modelagem matemática
Mídias tecnológicas
Etnomatemática
História da Matemática
Investigações matemáticas
Estas apontadas com grau de importância similar entre si e complementam-se
uma às outras.
A resolução de problemas, uma metodologia pela qual o estudante tem
oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações,
de modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003). Assim, o professor deve
fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas, como
exposição oral e resolução de exercícios.
As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar
informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um
119
plano de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova
estratégia, se necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).
A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de
situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre
situações de vida.
O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a
intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive,
por isso, contribui para sua formação crítica.
O uso de mídias tecnológicas no contexto da Educação Matemática dinamiza
os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Os recursos
tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da
Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e
potencializado formas de resolução de problemas.
Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e
professores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de
uma maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação,
trabalho colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto
entre a teoria e a prática.
Os recursos tecnológicos, como software, televisão, calculadoras, aplicativos
de internet, a TV Paulo Freire e o Portal Dia-a-dia Educação, entre outros favorecem
as experimentações e potencializam formas de resolução de problemas
matemáticos. As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no
desenvolvimento de ações em Educação Matemática, diversificam formas de
ensinar e aprender e valoriza o processo de produção do conhecimento.
A etnomatemática é uma importante fonte de investigação da Educação
Matemática com o papel de conhecer e registrar questões de relevância social que
reproduzem conhecimento matemático, valorizando a história dos estudantes pelo
reconhecimento às suas raízes culturais. O trabalho pedagógico deverá relacionar o
conteúdo matemático com a questão maior, fazendo com que o aluno seja capaz de
reunir situações novas com experiências anteriores, adaptando essas a novas
circunstancias e aplicando a seus fazeres e saberes.
Entender a História da Matemática no contexto da prática escolar como
componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que
120
os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da
humanidade.
A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos
sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que
determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época.
A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para
compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e
discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
A prática pedagógica de investigações matemáticas apresenta-se como forma
de contribuir para uma melhor compreensão da matemática, semelhante à realizada
pelos matemáticos podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples
exercícios e se relacionam com a resolução de problemas. Um problema é uma
questão para a qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia heurística, isto é, ele
não dispõe de um método que permita a sua resolução imediata; enquanto que um
exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já conhecido.
Assim, há uma expectativa do professor de que o aluno recorra a conteúdos
já desenvolvidos em sala de aula. Além disso, exercícios e problemas são expressos
por meio de enunciados que devem ser claros e não darem margem a dúvidas. A
solução de ambos e a resposta do aluno, esteja ela certa ou errada, são conhecidas
e esperadas pelo professor, investigar significa procurar conhecer o que não se
sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica.
Nesse contexto, demonstrar que a matemática é uma ciência em movimento,
em constante construção.
Ao elaborar seu Plano de Trabalho Docente, nos anos finais do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, o professor de Geografia deve abordar a cultura e
história afro-brasileira e indígena (Leis no. 10.639/03 e no. 11.645/08) e também a
Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental). Tais temáticas obrigatórias, deverão ser trabalhadas de forma
contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino de Matemática. As demais
legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os conteúdos específicos,
permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem possíveis, elas serão
atendidas em Atividades incorporadas à organização do trabalho pedagógico da
escola.
121
E – AVALIAÇÃO
A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,
ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a
interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo
trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de
avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino-
aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar
aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir
sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada
aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades
devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de
ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e
calculadora.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
Compreende, por meio da leitura, o problema matemático
Elabora um plano que possibilite a solução do problema
Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático
Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
Partir de situações-problema internas ou externas à matemática
Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas
Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las
Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades
Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares
122
Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada
Argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p.
29).
Para a avaliação dos conteúdos será utilizados instrumentos avaliativos
diversificados como prova objetiva, prova subjetiva, maquetes, relatórios, gincanas,
pesquisas, construções geométricas e listas de atividades resolvidas em equipes.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem, através da retomada dos conteúdos específicos.
Será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados.
.
F – REFERÊNCIAS
ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação matemática. Rio de Janeiro: MEM/USU/GEPEM, 1994.
BURIASCO, R. L. C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J. P.; MARTINS, P. L. O.;JUNQUEIRA, S. R. A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004.
CARVALHO, J.B.P.F. O que é Educação Matemática. Temas e Debates, Rio Claro, v. 4, n.3, p.17-26, 1991.
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo: Editora Ática, 2003.
FIORENTINI, D.; LORENZATO, S.O profissional em educação matemática.Universidade Santa Cecília, 2001. Disponível em: <http://sites.unisanta.br/ teia do saber/apostila/matemática, acesso em: 23 mar. de 2006.
LINS, R. C.; GIMENEZ, J. Perspectivas em aritmética e álgebra para o século XXI. Campinas: Papirus, 1997.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
________. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná - Matemática. Curitiba: SEED, 2008.
POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Editora Interciência,
123
2006.
SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (Org.). Euclides Roxo e a modernização do ensino de matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p. 11 - 45.
SOUZA, JOAMIR & PATARO, M. P. Vontade de Saber Matemática. Editora FTD, 9º ano, 2009.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
A - APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
O ensino da Língua Estrangeira, bem como, a estrutura Curricular, a
metodologia empregada para ensiná-la na escola, recebe influências políticas,
econômicas, sociais, culturais e educacionais, o que implica superar a visão de
ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos, mas sim proporcionar um
espaço para o educando reconhecer e compreender a diversidade linguística e
cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de
124
construção de significados em relação ao mundo em que se vive resgatando dessa
forma a função social e educacional desta disciplina na Educação Básica.
Sua relevância se faz presente quando permite que o estudante elabore a
sua própria identidade, tendo em vista que na medida em que se aproxima de outra
língua e de outra cultura, o educando perceba a língua como algo que se constrói e
é construído por uma determinada comunidade, apercebendo-se também como um
sujeito histórico e social.
Sendo assim, o ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês,
como meio de se construir sentidos, desempenham um importante papel como um
dos saberes essenciais, pois permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade
reconhecidamente diversa e complexa e os insere como participantes ativos, não
limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras
comunidades e outros conhecimentos.
Desta forma, o ensino-aprendizagem de língua estrangeira moderna deve
ser voltado para o uso efetivo da língua e não apenas da precisão, para a
autenticidade da língua e contextos, atendendo às necessidades dos alunos no
mundo real. A Língua Estrangeira Moderna deve estar impregnada de valores, tais
como: construção de identidade, cidadania, cultura, inclusão social, função social e
formação crítica.
Portanto, o discurso entendido como prática social, sob os seus vários
gêneros textuais por meio da leitura, escrita e oralidade, constituirá o eixo central do
ensino de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
Partindo dessas reflexões críticas a respeito do Ensino de Língua
Estrangeira, entendemos que o idioma a ser ensinado na escola e a opção
metodológica não são neutros, mas marcados por questões político-econômicas e
ideológicas e refletem muitas vezes o imperialismo de uma língua.
Sendo o Inglês a língua mundialmente usada nas comunicações entre
povos, seja por intermédio da mídia, da internet ou nos meios de produções
tecnológicas e científicas, faz-se necessária a compreensão da utilidade da mesma
por parte dos educandos. É papel do professor de Língua Estrangeira promover
esse entendimento para que o aluno compreenda que deve utilizar as diferentes
possibilidades que este instrumento de comunicação oferece.
Porém, há uma pergunta que deve permear o estudo da língua. Por que o
conhecimento da língua estrangeira é importante como saber escolar? O aluno deve
125
entender sua importância no ato de conhecer outra cultura e outros costumes, para
se incluir socialmente num mundo cada vez mais globalizado. Descartar esse direito
é insensatez.
Desta forma, devemos contribuir para o aprendizado do educando
oportunizando diálogos e textos autênticos sobre assuntos diversos, apresentando-
os de forma a permitir a expansão do seu vocabulário, o domínio da estrutura
gramatical e o aprimoramento de seu espírito crítico, além de desenvolver sua
fluência na conversação e na leitura, preparando o educando para enfrentar
situações reais do cotidiano.
Assume-se dessa forma, como conteúdo estruturante os saberes mais
amplos da disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte
de um corpo estruturante de conhecimentos constituídos e acumulados
historicamente.
Também se assume como conteúdo estruturante da Língua Estrangeira
Moderna o discurso como prática social empregando estratégias como: classificar,
inferir, aplicar conhecimentos prévios, tirar conclusões, selecionar e organizar
informações.
Com esta visão temos a concepção de Língua Estrangeira como prática que
se efetiva nas diferentes instâncias sociais, notando-se que o objeto de estudo da
disciplina é a língua e o conteúdo estruturante é o discurso concebido como prática
social.
B - OBJETIVOS GERAIS
Usar a Língua Inglesa em situações de comunicação por meio da oralidade,
leitura e escrita, reconhecendo e compreendendo a diversidade cultural e linguística
que envolve seu estudo;
Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
126
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
C – CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTEDISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
127
CONTEÚDO BÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
LEITURA
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESCRITA
CONTEÚDO ESPECÍFICO ORALIDADE
Gêneros Discursivos: Leitura, Escrita, Oralidade.
1º TRIMESTRE
Perfil (internet) Diálogo
2º TRIMESTRE
Música Cartaz Tirinha
3º TRIMESTRE
Listas(Compras, material escolar,frutas...); Álbum de família
Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia
Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto Intertextualidade Condições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto) Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Ortografia Acentuação gráfica
Elementos extralinguísticos entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão,coerência, gírias, repetição Pronúncia
* Caso seja necessário, o professor poderá incluir outros gêneros, das diferentes esferas sociais de circulação, para atender as especificidades da instituição* Os conteúdos específicos de leitura, escrita e oralidade serão trabalhados em todos os trimestres, de acordo com a necessidade de cada gênero. Os conteúdos de análise linguística serão trabalhados conforme a necessidade da turma, visto que a análise linguística não é uma prática discursiva e sim didático-pedagógica, a qual perpassa as três práticas mencionadas.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTEDISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
128
CONTEÚDO BÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
LEITURA
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESCRITA
CONTEÚDO ESPECÍFICOORALIDADE
Gêneros Discursivos:LeituraEscritaOralidade.
1º TRIMESTRE
Bilhete;Receita culinária
2º TRIMESTRE
ConviteWebsite
3º TRIMESTRE
Agenda PessoalPoster
Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Vozes sociais presentes no texto Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia
Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto; Intertextualidade Condições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto) Vozes sociais presentes no texto Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, (Travessão, negrito) Variedade linguística Ortografia Acentuação gráfica.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Vozes sociais presentes no texto Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gíria gírias, repetição Pronúncia
CONTEÚDO ESTRUTURANTEDISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
8º ANO
129
CONTEÚDO BÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
LEITURA
CONTEÚDO ESPECÍFICO
ESCRITA
CONTEÚDO ESPECÍFICOORALIDADE
Gêneros Discursivos: Leitura Escrita Oralidade
1º TRIMESTRE
História em quadrinhos; Infográficos.
2º TRIMESTRE
Provérbios; Fábulas.
3º TRIMESTRE Biografia Entrevista
Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Vozes sociais presentes no texto Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia
Tema do texto InterlocutorFinalidade do texto Intencionalidade do texto IntertextualidadeCondições de produção Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto) Vozes sociais presentes no texto LéxicoCoesão e coerência Funções das classes gramaticais no textoElementos semânticos Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística OrtografiaAcentuação gráfica
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero Turnos de fala Vozes sociais presentes no texto Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito Adequação da fala ao contexto Pronúncia
CONTEÚDO ESTRUTURANTEDISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
9º ANO
130
CONTEÚDO BÁSICO
CONTEÚDO ESPECÍFICO
LEITURACONTEÚDO ESPECÍFICO
ESCRITA
CONTEÚDO ESPECÍFICOORALIDADE
Gêneros Discursivos Leitura Escrita Oralidade
1º TRIMESTRE
Anúncio classificado emprego; Anúncio
publicitário.
2º TRIMESTRE
Sinopse de filmes; Clip Musical
3º TRIMESTRE
Artigo de opinião; Anedotas.
Identificação do tema Intertextualidade Intencionalidade Vozes sociais presentes no texto Léxico Coesão e coerência Funções das classes gramaticais no texto Elementos semânticos Discurso direto e indireto Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto Recursos estilísticos (figuras de linguagem) Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) Variedade linguística Acentuação gráfica Ortografia
Tema do texto; Interlocutor Finalidade do texto Intencionalidade do texto Intertextualidade Condições de produçãoInformatividade(informações necessáriaspara a coerência do texto Vozes sociais presentesNo texto Discurso direto e indireto Emprego do Sentido Denotativo e conotativono texto; Léxico Coesão e coerência Funções dasclasses gramaticais no texto Elementos semânticos Recursos Estatísticos (figuras de linguagem) Marcas lingüísticas: Particularidades da línguapontuação; recursos gráficos (como aspas, travessãonegrito) Variedade lingüística Ortografia Acentuação gráfica.
Elementos extralinguísticos entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Vozes sociais presentes no texto; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; Adequação da fala ao contexto; Pronúncia.
D - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
131
O educando é um ser em constante construção. Esse reconhecimento
aumenta a responsabilidade dos educadores, uma vez que a concepção sócia
interacionista das Diretrizes considera que a língua só existe em situações da
interação e por intermédio das práticas discursivas esses aspectos corroboram o
pressuposto de que não é coerente no ensino de língua a fragmentação desta em
conteúdos estanques determinados em séries.
A seleção desses conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um
processo histórico, social e detentor de um repertório linguístico singular que precisa
ser considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa nas
práticas sociais que é efetivada por meio de práticas discursivas que envolvem
leitura, oralidade e escrita.
O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido
apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações,
mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e de construir
significados. O professor trabalhará de maneira a incentivar o aluno a interagir na
língua-alvo de modo que ele aprenda e sistematize conscientemente aspectos
escolhidos da nova língua. Apresentar situações reais com as quais o aluno possa
interagir de uma forma significativa como textos jornalísticos, entrevistas, filmes,
textos científicos, apresentando assuntos que ele conhece, e a que pode atribuir
significados, através de comparações e deduções possíveis devido ao conhecimento
de mundo que ele já tem.
O professor mostrará ao aluno que em inglês, bem como em português, a
palavra pode assumir diferentes significados, de acordo com o contexto, por isso é
importante a contextualização, contrariando antigos métodos de tradução e
estruturação como forma de ensino/aprendizagem de uma língua. É importante
também que o professor auxilie o aluno durante esse processo e que os alunos
trabalhem em duplas/grupos, para uma interação mais efetiva.
A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão
trabalhadas questões linguísticas, sócio pragmáticas, culturais e discursivas, bem
como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da
aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não-verbal, como unidade
de linguagem em uso.
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira, o professor aborde os
vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero
132
estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação
presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois
de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a
gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.
O trabalho em sala de aula precisa partir de um texto, cuja linguagem esteja
presente num contexto em uso, tendo em vista que o objetivo do trabalho em sala de
aula é a construção do significado, ou seja, os alunos interagem ativamente com o
discurso, sendo capazes de comunicar-se com e em diferentes formas discursivas
em diferentes tipos de texto e situações.
Sendo a língua heterogênea pode-se dizer que um texto apresenta várias
possibilidades de leitura, que traz em si um pré requisito pelo autor, desta forma o
importante papel pedagógico a ser desenvolvido em sala de aula dentro da leitura é
a não linearidade, por permitir o estabelecimento das relações com o conhecimento
já adquirido, o reconhecimento das suas opções linguísticas, a intertextualidade e a
reflexão, o que possibilita a reconstrução da argumentação.
Na medida em que os educandos reconheçam que os textos são
representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais
crítica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-lo ou reconstruí-lo a partir de seu
universo de sentido, o qual lhes atribui coerência pela construção de significados.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos
a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem
discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a
expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações e é relevante
também que o educando se familiarize com os sons específicos da língua que está
aprendendo.
Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como
uma atividade sóciointencional, direcionada nas atividades de produção textual o
objetivo da produção e para quem se escreve em situações reais de uso para o
sujeito sócio – histórico - ideológico, com quem o educando produz um diálogo
imaginário, fundamental para a construção do seu texto e de sua coerência. A
finalidade e o gênero discursivo são explicitados ao aluno no momento de orientá-lo
para produção, assim com a necessidade de adequação ao gênero, planejamento,
articulação das partes, seleção de variedades linguísticas adequadas- formal ou
informal, porque perante suas escolhas o aluno se constitui como sujeito crítico.
133
O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando
necessário, de procedimentos para construção de significados usados na Língua
Estrangeira. Portanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na
medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as
reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos
alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Conhecer novas culturas implica constatar que uma cultura não é
necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. É reconhecer que
as novas palavras são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos. A
análise não é apenas uma nova maneira de arrumar e ordenar as palavras, e as
novas pronúncias são somente as distintas maneiras de articular sons, mas
representam um universo sócio histórico e ideologicamente marcado.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as
práticas de leitura escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática
sócio-cultural.
As leis nº.10639/03 e nº.11645/08 que se referem à Cultura e História Afro -
brasileira, Africana e Indígena serão contempladas nas diferentes séries sendo
relacionadas, quando conveniente, aos conteúdos que serão trabalhados levantando
questões referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos na memória do leitor, os
quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto. Com isso,
as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão valorizados.
Em suma, levando-se em conta que a língua é concebida como discurso,
não como estrutura ou código que deva ser decodificado, é indispensável que esses
discursos sejam apresentados ao educando em forma de textos pertencentes a
diferentes gêneros e que os mesmos sejam efetivados nas práticas discursivas.
Desse modo, como afirma BAKHTIN (1998), as aulas de Língua Inglesa tornar-se-ão
um espaço de
“[...] acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos dos tipos de [...] (conhecimentos necessários) para a vida contemporânea, estando
134
entre eles os conhecimentos (em língua estrangeira) (MOITA LOPES, 2003, p. 43).
Portanto, a Língua Inglesa será abordada em sala de aula de maneira
dinâmica de tal modo que as práticas de leitura, escrita e oralidade, que tornam o
discurso efetivo, sejam contempladas. Trabalhar-se-á a leitura e a escrita sob os
aspectos da identificação dos temas dos gêneros discursivos apresentados, sua
Informatividade, a intenção do autor ao produzir esse texto, bem como o léxico e
questão de coesão e coerência, função das classes gramaticais e alguns outros
aspectos que possam emergir em decorrência do trabalho com o texto. A oralidade
será trabalhada pelo professor de tal forma que sejam enfocadas as variações
linguísticas como gírias e expressões idiomáticas, questões de pronúncia,
entonação dentre outros elementos inerentes à comunicação oral.
Os conteúdos serão apresentados levando em consideração a faixa etária e o
conhecimento prévio dos educandos, estabelecidos de acordo com as necessidades
e interesses dos mesmos e estarão articulados com as outras disciplinas e também
ao Projeto Político-Pedagógico da escola. Serão também inseridas questões
referentes à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei Federal Nº 10.639/08),
Indígena (Lei Federal Nº 11.645/03), Educação Ambiental (Lei Federal Nº 9597/99 e
Decreto Nº 4201/02) tendo em vista a necessidade de contemplá-las, pois tratam-se
de legislações obrigatórias que visam lançar um olhar a questões primordiais a
serem discutidas na atualidade.Além delas, compreendendo que a disciplina é
efetivada a partir do discurso enquanto prática social procuraremos abordaras
legislações: Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei Federal
Nº 11.525/07), Lei Federal nº 9503/97: Código de Trânsito Brasileiro/ educação para
o trânsito; Lei Federal nº 10741/03 - Estatuto do Idoso;Lei Estadual nº 17858/13 -
Política de proteção ao Idoso;Lei Federal nº 11.343/06 - Prevenção ao Uso Indevido
de Drogas; Lei Estadual nº 17650/13 - Programa de Resistência às Drogas e à
Violência; Gênero e Diversidade Sexual; Lei Federal nº 11340/06 - Cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher;Lei Federal nº 18447/15 -
Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas;Lei Estadual nº 16.454/10 de 17 de
maio de 2010, Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2016 - Dia Estadual de
Combate a Homofobia; Lei Federal 11525/07 - Enfrentamento à Violência Contra a
Criança e o Adolescente; Lei Estadual nº 17335/12 - Programa de Combate ao
Bullying;Lei Federal nº 11769/08 - inclui parágrafo no art. 26, sobre a música como
135
conteúdo obrigatório;Lei Federal nº 11947/09 - Educação alimentar e nutricional;Lei
Estadual nº 13381/01 - História do Paraná;Decreto nº 7037/09: Programa Nacional
de Direitos Humanos (PNDH 3) - educação em direitos humanos;Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos 2006 - Ministério da Educação;Portaria
Interministerial 413/02 MF/MEC e Decreto Estadual 5739/12- Educação Fiscal,
Dentro das práticas de leitura, escrita, oralidade e audição serão
trabalhadas as diversas modalidades de gêneros textuais, sendo os conteúdos
desenvolvidos através de textos verbais e não verbais, de diferentes tipos que
definirão os conteúdos linguísticos e discursivos a serem desenvolvidos.
Serão trabalhados textos como, por exemplo, os informativos de jornais e
revistas e Internet, textos de instrução como receitas, bulas de remédios e manuais
de aparelhos eletrônicos, e ainda textos poéticos e letras de músicas.
Os textos serão analisados observando-se em primeira mão o vocabulário
conhecido, as palavras cognatas, os aspectos gerais e específicos do assunto
abordado, a fonte, os papéis sociais representados, a diversidade cultural e a
intencionalidade do autor. Os conhecimentos linguísticos envolvendo as estruturas
fonéticas, sintáticas e morfológicas, como a ortografia e a gramática, abrangendo os
artigos, verbos, pronomes, adjetivos, etc; estarão contemplados em todas as séries
e serão trabalhados de forma gradativa e sempre inseridos dentro dos textos
apresentados.
E - AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo educando. Na avaliação devem ser considerados os resultados
obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
O ato de avaliar sugere que o professor deve apreciar e atribuir valor àquilo
que foi produzido pelo educando. Desse modo o processo de ensino/ aprendizagem
está diretamente envolvido na avaliação. A avaliação de aprendizagem em L.E.M.
Inglês está articulado aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes
Curriculares de Língua Estrangeira Moderna e na LDB Nº. 9394/96. A finalidade,
portanto, de se avaliar o educando é dar um norte ao trabalho do professor e ao
136
mesmo tempo possibilitar ao aluno perceber o ponto do percurso pedagógico em
que se encontra. Esse é o verdadeiro papel da avaliação dentro do processo de
ensino.
O educando envolvido no processo de avaliação é também construtor do seu
conhecimento e deve entender seus erros como parte desta (autoavaliação). Ao
professor cabe auxiliá-lo nessa construção, mediando, acompanhando e orientando-
o bem como, planejar e propor outros encaminhamentos para a superação de
dificuldades.
A avaliação não visa apenas à simples verificação de conhecimentos
linguístico - discursivos, mas a construção de significados na interação com os
textos e nas produções textuais.
Dentro da leitura, espera-se que o educando: realize leitura compreensiva do
texto, localize informações explicitas e implícitas no texto, posicione-se
argumentativa mente, ampliem seus horizontes de expectativas, amplie seu léxico,
perceba o ambiente no qual circula o gênero, identifique a ideia principal do texto,
analise as intenções do autor, identifique o tema, reconheça palavras e/ou
expressões que denotem ironia e humor no texto, compreenda as diferenças
decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.
Na escrita espera-se que o educando: expresse suas ideias com clareza,
elabore textos atendendo as situações de produção propostas (gêneros, interlocutor,
finalidade...), à continuidade temática, diferencie o contexto de uso da linguagem
forma e informal, utilize recursos textuais como: coesão e coerência,
Informatividade, etc., utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação,
uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc, empregue
palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
No tocante a oralidade espera-se que o aluno: utilize o discurso de acordo
com a situação de produção (formal/informal), apresente ideias com clareza, explore
a oralidade, em adequação ao gênero proposto, compreenda os argumentos no
discurso do outro, exponha seus argumentos, organize a sequência da fala, respeite
os turno de fala, analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados, participe ativamente de diálogos,
relatos, discussões, etc, mesmo que em língua materna, utilize conscientemente
137
expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais,
entre outros elementos extralinguísticos, analisem recursos da oralidade em cenas
de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem a todos os alunos, independente do nível de
apropriação dos conhecimentos, garantindo a todos nova oportunidade de
aprendizagem e avaliação com a retomada dos conteúdos específicos. Será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e pela somatória das melhores notas obtidas pelo
aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco de conteúdos afins.
F - REFERÊNCIAS
____________. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: Seed/DEB, 2012.
____________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: Seed/DEB, 2008.
138
PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ESCOLAR
Programa: Ampliação de Jornada Periódica
Macrocampo: Cultura e Arte
Atividade: Artes Visuais
A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada
Ampliada nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de
ensino. Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de
Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos
tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de
aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que
está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação
Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica
Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais
e às necessidades da comunidade escolar.
A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por
meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem a criatividade e a
potencialidade artística. Articuladas aos conhecimentos necessários para a
formação humana integral dos alunos proporcionando a implantação de atividades
vinculadas as questões culturais, sociais e artístico-expressivas, faz desta prática
pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos
estudantes para o desenvolvimento artístico, tendo em vista benefícios que a prática
artística oferece para a vida social do aluno. A oferta da Atividade Periódica de Artes
Visuais promove a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de
tempo, espaço e oportunidades educativas realizadas em contraturno na escola ou
no território em que está situada, a fim de atender as necessidades sócio
educacionais dos alunos e os anseios culturais da comunidade.
139
B-OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA
Promover a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de tempos
espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que
está situada atendendo as necessidades sócioeducacionais dos alunos;
Articular as atividades de ampliação de jornada aprimorando o Projeto Político
Pedagógico da instituição de ensino e inserido no Regimento Escolar em forma
de adendo, respondendo as demandas educacionais e aos anseios da
comunidade.
Possibilitar maior integração entre alunos, escolas e comunidade, democratizando
o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
Oportunizar a expansão do tempo escolar para os alunos de educação Básica da
rede pública estadual de ensino.
Possibilitar atividades organizadas por meio de macro campos que promovam o
desenvolvimento dos estudantes.
Ampliar as oportunidades de experiências significativas dos estudantes para
acesso aos bens culturais que contribuam para a formação humana integral.
C-OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE
Compreender a Arte (mural, pintura mural,parietal); sua origem, gênero, técnica e
principais artistas;
Compreender efeito de textura, volume, cor, luz, etc., existentes nas diversas
obras de arte;
Adquirir conhecimento a partir da mistura de diversas cores, para se obter vários
tons;
Expandir a capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.
Compreender a Arte (muralista, pintura mural, parietal) sua origem, gênero,
140
técnica e principais artistas;
Compreender efeito de textura, volume, cor, luz, etc., existentes nas diversas
obras de arte;
Adquirir conhecimento a partir da mistura de diversas cores, para se obter vários
tons;
Expandir a capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.
D-CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes/ Básicos Conteúdos Específicos
Elementos formais Ponto Linha Textura Cor Linha Superfície Luz Volume
Composição Figurativo Abstrato Bidimensional Semelhança Contraste Técnica: pintura, desenho. Gênero: ritmo visual, técnica.
Movimentos e períodos Arte Popular Arte Contemporânea Indústria Cultural Arte Contemporânea (Grafite).
O surgimento do grafite; Grafite e vandalismo; Tipos de materiais de um grafiteiro; Manipulação de spray; Equipamentos de proteção para determinados tipos de pinturas; Pintura de muros: tipos de letras em grafite; Estilos de pintura artística; Misturas de cores; O mundo dos pincéis; O poder da pintura; Técnicas de pintura artística; Exposições em ambientes públicos; Tipos de espaços para a criação de instalações; Utilização do material retornável; Cuidados com as mãos e materiais retornáveis; Ferramentas para tipos de cortes em materiais retornáveis.
E- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
141
A Atividade de Ampliação de Jornada Periódica – Artes Visuais é ofertada
para todos os alunos do Ensino Fundamental, priorizando os que se encontram em
situação de vulnerabilidade social, bem como para as necessidades
socioeducacionais. O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo
Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. É
organizada a partir do Macrocampo: Cultura e Arte; oferta-se: Artes Visuais com 4
(quatro) aulas semanais, duas aulas na 2ª feira das 16h05min às 17h40min e na 6ª
feira das 13h20min às 15h.
A atividade será desenvolvida tendo como principal referência as Diretrizes
Curriculares de Arte para a Educação Básica. A prática metodológica deverá
envolver três momentos: sentir e perceber, teorizar, e trabalho artístico,partindo da
análise e produção de trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de composição
em artes visuais, tais como de imagens bidimensionais: desenhos, pinturas,
gravuras, fotografia, propaganda visual e de imagens tridimensionais: esculturas,
instalações, produções arquitetônicas.
Nessa seleção, o professor pode considerar artistas, produções artísticas e
bens culturais da região, bem como outras produções de caráter universal.
Assim, é importante o trabalho com as mídias que fazem parte do cotidiano
das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública.
Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista
percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura e sua época, dentre outros
aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a
leitura da obra componha a prática pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a
aprendizagem pelos elementos percebidos por ele na obra de arte.
Tal processo pode ser desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações
entre os conhecimentos do aluno e a imagem proposta, explorando a obra em
análises e questionamentos dos conteúdos das artes visuais. Eis algumas questões
propostas:
• O que vemos?
• Já vimos isso antes?
• Quantos e quais elementos visuais percebemos?
• Como eles estão organizados?
• A obra foi elaborada por meio de desenho, pintura, fotografia, imagens produzidas
por computação gráfica?
142
Para que se contemplem esses momentos importantes na fase artística do
aluno, se faz necessário, trabalhar com pesquisas em laboratório de informática
sobre a arte mural, e grafite, como por exemplo, seu conceito, origem, seus
principais representantes, obras e técnicas, etc., leitura e compreensão dos textos.
Visualizar imagens da arte mural, criar e/ou tirar desenhos com diversos temas, bem
como; paisagens, desenhos infantis, desenhos do gênero natureza morta, e/ou
cenas do cotidiano, a partir da própria criação; onde os mesmos serão esboçados no
muro, e/ou parede escolar para pintura.
Algumas legislações que tratam dos desafios sociais contemporâneos
conferem ações específicas no campo da educação escolar e devem permear as
práticas em artes visuais: a cultura e história afro-brasileira e indígena (Leis no.
10.639/03 e no. 11.645/08) e também a Educação Ambiental (Lei no. 9795/99, que
institui a Política Nacional de Educação Ambiental). Tais temáticas obrigatórias,
deverão ser trabalhadas de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos. As
demais legislações obrigatórias poderão ser abordadas quando os conteúdos
específicos, permitirem o estabelecimento de relações, quando não forem possíveis,
elas serão atendidas em Atividades incorporadas à organização do trabalho
pedagógico da escola.
F- AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte deve ser diagnóstica e
processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e
avaliar os alunos, é processual por pertencer a todos os momentos da prática
pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da
aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas) bem como a autoavaliação
dos alunos.
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação deve apontar para a busca,
valorizando o desenvolvimento do educando. Para cumprir essa função, a avaliação
deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que
envolva o ensino e a aprendizagem.
143
A avaliação do rendimento da atividade de Ampliação de Jornada se dará a
partir de uma análise diagnóstica, visando o desempenho e realização do trabalho
dos alunos para que tenham uma leitura mais clara e ampla sobre os valores
conceituais adquiridos; bem como o interesse, assiduidade, participação nas aulas
teóricas e práticas. Ao final de cada proposta, os alunos deverão produzir uma auto-
avaliação, apontando seus avanços e dificuldades encontradas durante o processo.
Para uma efetiva aprendizagem em Arte, leva-se em consideração alguns
critérios específicos, tais como:
- A capacidade de compreender os elementos que estruturam e organizam a arte e
sua relação com a sociedade contemporânea.
- A capacidade de produção de trabalhos em arte, visando à atuação do sujeito em
sua realidade singular e social;
- A capacidade de apropriação prática e teoria dos modos de composição da arte
nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
A fim de se obter uma avaliação efetiva; individual e do grupo, são
necessários vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos
individuais e em grupo, pesquisas bibliográficas individuais e em grupo, registros em
forma de relatórios, portfólio, audiovisual e outros.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características e de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de
assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de
recuperação, por meio de ações significativas, retomada dos conteúdos e
encaminhamentos metodológicos diversificados.
G-Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas aprendizagem. Departamento de Educação Básica. 2012.
________, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2008.
144
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro didático público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
- Resolução nº 3823/2015-GS/SEED. Institui, a partir de 2016, o Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Permanente e Periódica nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Ensino do Paraná.
- Orientações 22/2015-DEB/SEED – Procedimentos para a organização e desenvolvimento dos programas que compõem a Educação Integral em Turno Complementar a serem ofertados nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Paraná , mantidas pelo Governo do Estado do Paraná.
- Instrução 009/2013-SUED- Orienta a oferta de Ampliação da Educação Integral em Jornada Ampliada, para as instituições da Rede Pública Estadual de Ensino.
- Instrução 22/2012-SEED/SUED- Educação em Tempo Integral.
- Instrução 007/2012-SEED/ SUED - Dispõe sobre o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, nas Instituições de Ensino da Rede Estadual.
- Orientação 2011-SEED/ SUED - Orientações para a Implantação de Oferta de Educação em Tempo Integral.
- Orientações 2011-DEB/DED I- Orientações para Programa de Atividades X Complementares Curriculares em Contraturno.
- Instrução 004/2011-SUED/SEED- Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno.
- RESOLUÇÃO1690/2011-GS/SEED - Institui a partir de 2011, em caráter permanente, o Programa de Atividades Complementares em Contraturno na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino.
- NACHMANOVITCH, Stephen, Ser Criativo: Poder da Improvisação na Vida e na Arte. 3.ed. São Paulo: Summus editorial, 1993.
-CERTAU, Michel de. A Invenção do Cotidiano: Artes de fazer. Petrópolis, RJ, Vozes, 1996.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Programa: Ampliação de Jornada Periódica
145
Macrocampo: Cultura e Arte
Atividade: Teatro
A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada
Ampliada nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de
ensino. Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de
Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos
tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de
aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que
está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação
Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico e na Proposta Pedagógica
Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais
e às necessidades da comunidade escolar.
A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por
meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem a criatividade e a
potencialidade artística. Articuladas aos conhecimentos necessários para a
formação humana integral dos alunos proporcionando a implantação de atividades
vinculadas as questões culturais, sociais e artístico-expressivas, faz desta prática
pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos
estudantes para o desenvolvimento artístico, tendo em vista benefícios que a prática
artística oferece para a vida social do aluno. A oferta da Atividade Periódica de Artes
Visuais promove a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de
tempo, espaço e oportunidades educativas realizadas em contraturno na escola ou
no território em que está situada, a fim de atender as necessidades sócio
educacionais dos alunos e os anseios culturais da comunidade.
B- OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA
Promover a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de tempos
espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que
146
está situada atendendo as necessidades sócio educacionais dos alunos.
Articular as atividades de ampliação de jornada aprimorando o Projeto Político
Pedagógico da instituição de ensino e inserido no Regimento Escolar em forma de
adendo, respondendo as demandas educacionais e aos anseios da comunidade.
Possibilitar maior integração entre alunos, escolas e comunidade, democratizando
o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
Oportunizar a expansão do tempo escolar para os alunos de educação Básica da
rede pública estadual de ensino.
Possibilitar atividades organizadas por meio de macrocampos que promovam o
desenvolvimento dos estudantes;
Ampliar as oportunidades de experiências significativas dos estudantes para
acesso aos bens culturais que contribuam para a formação humana integral;
C- OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE Conhecer a linguagem do teatro e suas especificidades.
Construir um processo de criação em teatro, desde a preparação corporal até a
encenação.
Desenvolver autonomia, criticidade e criatividade por meio da linguagem teatral.
Atuar de forma disciplinadora tendo o teatro como mecanismo de condução para
expressar a liberdade criativa e social.
Identificar e reconhecer os elementos essenciais para a construção cênica:
atuantes/papéis, atores/personagens, estruturas dramáticas/peça, roteiro/enredo,
cenário/espaço.
Experimentar a pesquisa e criação com os elementos e recursos da linguagem
teatral como maquiagem, figurino, máscaras, adereços, música, iluminação, entre
outros.
147
Compreender e analisar diferentes formas teatrais regionais, nacionais e
internacionais, esclarecendo suas tradições, características e modos de
construção.
F- CONTEÚDOS
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOSBÁSICOS/ESPECÍFICOS
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
Teatro Personagem, ação, espaço cênico; Expressão corporal, facial, gestual; Alongamento, aquecimento corporal e vocal; Técnicas vocais e musicalização; Jogos teatrais; Jogos dramáticos; Improvisação; Mímica, pantomima e fiscalização; Gêneros teatrais: comédia, tragédia, melodrama, drama, tragicomédia, circo; Formas teatrais: dramático e naturalista; Roteiro, ensaio, direção teatral; Recursos cênicos: sonoplastia, cenário, iluminação, figurino, maquiagem, adereços; Cenas, esquetes e espetáculos; Teatro Grego; Teatro elisabetano; Comédia Dell Arte; Teatro popular brasileiro; Teatro de rua; Teatro Épico; Teatro do Oprimido.
E- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Atividade de Ampliação de Jornada Periódica: Artes Visuais - Teatro é
ofertado para todos os alunos do Ensino Fundamental, priorizando os que se
encontram em situação de vulnerabilidade social, bem como para as necessidades
socioeducacionais. O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo
Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. É
148
organizada a partir do Macrocampo: Cultura e Arte: Teatro com 4 (quatro) aulas
semanais, duas aulas na 3ª feira das 13h20min às 15h e na 6ª feira das 13h20min
às 15h.
A atividade será desenvolvida tendo como principal referência as Diretrizes
Curriculares de Arte para a Educação Básica. A prática metodológica envolve três
momentos: sentir e perceber, teorizar e trabalho artístico.
No momento “sentir e perceber” o educando terá acesso às produções
teatrais construídas historicamente, para apreensão e apreciação com os objetos da
cultura, seguindo um caráter estético, imprimindo assim, sua visão de mundo, suas
ideologias através da arte produzida pela sociedade.
No método pedagógico “Teorizar” é passado ao aluno o fundamento e
conceito das produções artísticas, tendo como base os conteúdos específicos de
teatro a serem trabalhados – texto dramático, representação, roteiro, expressão
corporal, interpretação, etc. Através de formas teatrais variadas, o aluno entende a
obra artística levando em consideração a arte como forma de conhecimento.
O terceiro momento é o “trabalho artístico” que nada mais é do que a prática
artística do aluno – participar de jogos teatrais, improvisar, aprender técnicas de
encenação e representação, montar esquetes e espetáculos privilegiando sua
imaginação e criatividade. A partir do conhecimento construído durante o processo,
serão feitas apresentações para a comunidade escolar, local e demais
oportunidades em que os alunos entrem em contato com platéias variadas.
E - AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte deve ser diagnóstica e
processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e
avaliar os alunos, é processual por pertencer a todos os momentos da prática
pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da
aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas) bem como a auto-avaliação
dos alunos.
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação deve apontar para a busca,
149
valorizando o desenvolvimento do educando. Para cumprir essa função, a avaliação
deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que
envolva o ensino e a aprendizagem.
A avaliação do rendimento da atividade de Ampliação de Jornada se dará a
partir de uma análise diagnóstica, visando o desempenho e realização do trabalho
dos alunos para que tenham uma leitura mais clara e ampla sobre os valores
conceituais adquiridos; bem como o interesse, assiduidade, participação nas aulas
teóricas e práticas (participação nos aquecimentos, alongamentos, jogos teatrais,
montagem de roteiros, leituras de textos dramáticos, ensaios e apresentações
teatrais) de acordo com sua capacidade cognitiva e relacional dentro do grupo e
também no seu individual. Ao final de cada proposta, os alunos deverão produzir
uma auto-avaliação, apontando seus avanços e dificuldades encontradas durante o
processo.
Para uma efetiva aprendizagem em Arte, leva-se em consideração alguns
critérios específicos, tais como:
- A capacidade de compreender os elementos que estruturam e organizam a arte e
sua relação com a sociedade contemporânea.
- A capacidade de produção de trabalhos em arte, visando à atuação do sujeito em
sua realidade singular e social.
- A capacidade de apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte
nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são
necessários vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos
individuais e em grupo, pesquisas bibliográficas individuais e em grupo, registros em
forma de relatórios, portfólio, áudio visual e outros, apresentações para públicos tais
como cenas, leituras dramáticas, esquetes e espetáculos.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características e de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de
assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de
recuperação, por meio de ações significativas, retomada dos conteúdos e
encaminhamentos metodológicos diversificados.
150
F - REFERÊNCIAS
BERTHOLD, M.História Mundial do Teatro. 2. Ed. Campinas: Perspectiva, 2004.
LABAN, R.Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2008.
_______, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro didático público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
- Resolução nº 3823/2015-GS/SEED. Institui, a partir de 2016, o Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Permanente e Periódica nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Ensino do Paraná
- Orientações 22/2015-DEB/SEED – Procedimentos para a organização e desenvolvimento dos programas que compõem a Educação Integral em Turno Complementar a serem ofertados nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Paraná, mantidas pelo Governo do Estado do Paraná.
- Instrução 009/2013-SUED- Orienta a oferta de Ampliação da Educação Integral em Jornada Ampliada, para as instituições da Rede Pública Estadual de Ensino.
- Instrução 22/2012-SEED/SUED- Educação em Tempo Integral
- Instrução 007/2012-SEED/SUED - Dispõe sobre o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, nas Instituições de Ensino da Rede Estadual.- Orientação 2011-SEED/SUED - Orientações para a Implantação de Oferta de Educação em Tempo Integral.
- Orientações 2011-DEB/DEDI - Orientações para Programa de Atividades X Complementares Curriculares em Contraturno.
- Instrução 004/2011-SUED/SEED- Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno.
- RESOLUÇÃO1690/2011-GS/SEED - Institui a partir de 2011, em caráter permanente, o Programa de Atividades Complementares em Contraturno na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino.
- http://www.brasilescola.com/artes/grafite.htm
Koudela, I.D. Jogos Teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1984.
151
Spolin, V. Improvisação para o Teatro, São Paulo: Perspectiva, 1982.
_____, O Jogo Teatral no Livro do Diretor. S.P.: Perspectiva, 2001.
_____, Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. S.P.: Perspectiva, 2001.
BOAL, Augusto. 200 exercícios e jogos para o ator e o não-ator. 6. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ESCOLAR
Programa: Aula Especializada em Treinamento Esportivo
Macrocampo: Esporte e Lazer
Atividade: Futsal
A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
152
A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada
Ampliada nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de
ensino. Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de
Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos
tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de
aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que
está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação
Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico e à Proposta Pedagógica
Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais
e às necessidades da comunidade escolar.
A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por
meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem potencialidades
esportivas e disciplinares. Articuladas aos conhecimentos necessários para a
formação humana integral dos alunos, proporcionando esta prática na implantação
de atividades vinculada as questões sociais, culturais e esportivas, faz desta prática
pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos alunos
para o desenvolvimento da cultura corporal e esportiva, tendo em vista
conhecimentos necessários para a formação humana integral dos estudantes. A
oferta das Aula Especializadas em Treinamento Esportivo na modalidade Futsal
possibilitará aos nossos alunos o acesso a prática esportiva visando pleno
desenvolvimento de suas habilidades específicas, bem como promoverá a
descoberta e desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da escola que
possibilitarão equipes competitivas para a participação nos Jogos Escolares do
Paraná e em outros eventos similares seja ele local, regional, estadual e nacional.
B-OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA
Possibilitar aos alunos da rede pública de ensino o acesso a prática esportiva nas
diversas modalidades ofertadas, visando o pleno desenvolvimento de suas
habilidades específicas, de acordo com sua idade.
Possibilitar a formação de equipes competitivas para a participação nos Jogo
Escolares do Paraná e outros eventos similares.
153
Propiciar aos estudantes da rede estadual de ensino o acesso à prática esportiva
em diversas modalidades com vistas ao pleno desenvolvimento das habilidades
específicas, levando em consideração a idade cronológica dos estudantes.
Promover a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da
instituição de ensino da rede pública estadual.
C – OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE Garantir aos alunos o direito de acesso à prática esportiva, adaptando-as a
realidade escolar;
Incentivar o aluno a participar de jogos e competições esportivas;
Contemplar o aprendizado dos fundamentos, técnicas, táticas e regras esportivas
durante o treinamento;
Proporcionar aos alunos interação social com outros alunos através de
competições e jogos Estudantis.
Incentivar os alunos a adotar atitudes de espírito esportivo, de não à violência, de
ética, de respeito às regras, integração social, aprender a interagir com o próximo
compreendendo a cidadania como exercício de direitos e deveres, conhecer o
próprio corpo e o dele cuidar valorizando e adotando aspectos saudáveis,
despertar o raciocínio, sendo um agente mediador dessas transformações dentro
e fora das quadras ou salas de aula.
Desenvolver os fundamentos técnicos do futsal para rendimento esportivo.
D - CONTEÚDOS
ConteúdoEstruturante
ConteúdoBásico
ConteúdoEspecíficos
Esporte Coletivo Futsal
CONDUÇÃO DE BOLA Parte interna e externa do pé, Condução simples alternando os pés, De costa e com a sola do pé.
154
DOMÍNIO Com sola do pé, Com a coxa, Com o peito.
PASSES Parte interna, De sola, Por elevação, Parte externa do pé.
CHUTE: Parte interna, De bico, Com o peito do pé, Voleio.
MARCAÇÃO Individual, Por zona Mista.
SISTEMAS DE JOGO 2x2 e 3x1
REGRAS
E - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
As Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo – AETE: Futsal, com o
objetivo de desenvolver e identificar talentos esportivos no contexto escolar, formar e
organizar equipes esportivas e participar dos Jogos Escolares do Paraná e outros
eventos similares, promovidos pela SEED e/ou comunidade, é ofertada para todos
os alunos do Ensino Fundamental, priorizando os que se encontram em situação de
vulnerabilidade social, bem como para as necessidades socioeducacionais. O
programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo Escolar, que
oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. A aulas são
organizadas com 4 (quatro) aulas semanais, duas na 2ª feira e duas na 4ª feira das
17h40min às 19h00min.
155
As atividades esportivas têm a função social de contribuir para que os alunos
se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O professor tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o
conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o
diálogo com as diferentes culturas.
A efetivação do processo pedagógico nas aulas de treinamento esportivo
propõe-se que seja destacado o conhecimento de bases teóricas que compõem o
universo das diferentes culturas, associando ao contexto histórico, político e social,
estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade e a Cultura Corporal.
Propõe-se um treinamento pautado no princípio de inclusão e igualdade, onde
a ação pedagógica possa constituir um ambiente de aprendizagem significativa que
possibilite ao aluno a troca de informações, estabelecendo questões e construindo
hipóteses, na tentativa de respondê-las. Como objetivo maior o refinamento das
destrezas motoras básicas e o domínio da técnica do futsal seguindo o princípio da
complexidade crescente. A iniciação ao futsal se desenvolve com a proposta de ser
uma continuidade do trabalho de desenvolvimento motor, quando são aplicados
diversos movimentos e experiências que proporcionam o aumento do acervo motor.
Gradativamente, através da combinação de exercícios com bola e pequenos jogos
que se tornarão cada vez mais complexos, tanto em regras como em movimentos, o
futsal irá se incorporando ao acervo motor dos alunos.
São propostas vivências de atividades pré-desportiva possibilitando o
aprendizado de fundamentos básicos do esporte e apreensão das regras; por meio
de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva com a
realização e organização de campeonatos, torneios, jogos colegiais; elaboração de
súmulas e montagem de tabelas, de acordo com sistemas diferenciados de disputa
e análise de jogos esportivos.
E- AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um
elemento externo a este processo.Para que a avaliação sirva à democratização do
ensino, é preciso modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. A
partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão revisar
156
as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo, bem como
planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades
constatadas.
A fim de que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam
melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-
se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,
envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a
necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma
individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser
compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,
processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem
ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos. Em
relação ao futsal espera-se que o aluno reconheça e se aproprie dos fundamentos
básicos desse esporte, aprendendo as técnicas, táticas e regras, além de
compreender as práticas esportivas como esporte de rendimento ou como meio para
melhorar a aptidão física e a saúde. Tais critérios não esgotam o processo de
avaliação pelo professor, são indicativos a serem enriquecidos para orientar o
planejamento das práticas avaliativas.
O processo de avaliação para o treinamento contém dois momentos:
avaliação física e psicomotora e observação do rendimento e aproveitamento das
técnicas específicas do futsal através da análise dos resultados dos jogos, filmagens
e participação prática nos treinos.
Os instrumentos de avaliação, devem atentar para a construção da autonomia
do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem, podem
ser registros de reflexões críticas em debates, painéis, portfólio, apresentação de
seminários, dentre outras possibilidades.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características e de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de
assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de
recuperação, por meio de ações significativas, retomada dos conteúdos e
encaminhamentos metodológicos diversificados.
157
F- REFERÊNCIAS
Andrade Jr., J. R.Futsal. Aquisição, Iniciação e Especialização. Ed. Juruá, 2012
Barbieri, F. A.Futsal. Conhecimentos Teórico-Prático Para o Ensino e Treinamento. Ed. Fontoura, 2009
Instrução 004/2011-SUED/SEED- Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno.
Instrução 007/2012-SEED/SUED - Dispõe sobre o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, nas Instituições de Ensino da Rede Estadual.
Manual de Orientações do Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno.
Melo, R. S. Futsal 1000 Exercicio; Ed. Sprint, 2001.
Paraná- Instrução 01/2013-SEED/SUED- Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo.
Resolução nº 3823/2015-GS/SEED. Institui, a partir de 2016, o Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Permanente e Periódica nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de Ensino do Paraná.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem – Educação Física. Curitiba: SEED-PR, 2010.
________, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. PPP-2016. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Programa: Aula Especializada em Treinamento Esportivo
Macrocampo: Esporte e Lazer
Atividade: Tênis de Mesa/Badminton
A-APRESENTAÇÃO DOS FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
158
A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada
Ampliada nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de
ensino. Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de
Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos
tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de
aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que
está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação
Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico e na Proposta Pedagógica
Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais
e às necessidades da comunidade escolar.
A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por
meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem potencialidades
esportivas e disciplinares. Articuladas aos conhecimentos necessários para a
formação humana integral dos alunos, proporcionando esta prática na implantação
de atividades vinculadas as questões sociais, culturais e esportivas, faz desta prática
pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos alunos
para o desenvolvimento da cultura corporal e esportiva, tendo em vista
conhecimentos necessários para a formação humana integral dos estudantes. A
oferta das Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo na modalidade Tênis de
Mesa possibilitará aos nossos alunos o acesso pratica esportiva visando pleno
desenvolvimento de suas habilidades específicas, bem como promoverá a
descoberta e desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da escola que
possibilitarão equipes competitivas para a participação nos Jogos Escolares do
Paraná e em outros eventos similares seja ele local, regional, estadual e nacional.
B-OBJETIVOS GERAIS DO PROGRAMA
Possibilitar aos alunos da rede pública de ensino o acesso a prática esportiva nas
diversas modalidades ofertadas, visando o pleno desenvolvimento de suas
habilidades específicas, de acordo com sua idade.
159
Possibilitar a formação de equipes competitivas para a participação nos Jogo
Escolares do Paraná e outros eventos similares.
Propiciar aos estudantes da rede estadual de ensino o acesso à prática esportiva
em diversas modalidades com vistas ao pleno desenvolvimento das habilidades
específicas, levando em consideração a idade cronológica dos estudantes.
Promover a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da
instituição de ensino da rede pública estadual.
C - OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ATIVIDADE
Desenvolver a aptidão física, sociabilidade e saúde dos alunos.
Conhecer os esportes de raquete;
Participar de eventos esportivos em Paranavaí e região;
Melhorar os indicadores de saúde dos alunos;
Trabalhar a interdisciplinaridade através dos esportes de raquete;
Desenvolver a motivação e esforço pessoal dos alunos através dos jogos e
brincadeiras;
Participar dos Jogos Escolares do Paraná;
Melhorar a condição de disciplina com a distribuição de funções durante as aulas;
Melhorar a autoestima dos alunos;
Incentivar a adoção de um estilo de vida ativo dos alunos.
D-CONTEÚDOS
ConteúdoEstruturante
ConteúdoBásico
ConteúdosEspecíficos
Esporte Individual Tênis de Mesa e Badminton
Histórico;
Regras;
Conhecimento da área de
jogo e equipamentos;
160
Fundamentações Técnicas:
saque, recepção,
deslocamento;
Fundamentos Táticos:
posicionamento defensivo e
Ofensivo;
Brasil nos esportes de
raquete (Tênis de Mesa e
Badminton).
E- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
As Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo – AETE: Tênis de
Mesa/Badminton tem como objetivo desenvolver e identificar talentos esportivos no
contexto escolar, formar e organizar equipes esportivas e participar dos Jogos
Escolares do Paraná e outros eventos similares, promovidos pela SEED e/ou
comunidade, é ofertado para todos os alunos, priorizando os que se encontram em
situação de vulnerabilidade social, bem como para as necessidades
socioeducacionais. O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo
Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. A
aulas são organizadas com 4 (quatro) aulas semanais, duas aulas na 2ª feira e duas
na 3ª feira das 16h55min às 17h40min.
As atividades esportivas têm a função social de contribuir para que os alunos
se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O professor tem a responsabilidade de organizar e sistematizar o
conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o
diálogo com as diferentes culturas.
O desenvolvimento das aulas do treinamento esportivo serão iniciadas pela
parte técnica, posteriormente serão praticadas as modalidades propriamente ditas.
161
(jogos), para aprimorar as capacidades físicas e motivar os alunos respeitando a
seguinte organização:
- Recepção e Feedback da aula anterior;
-aquecimento articular;
- alongamento;
- atividade predominante aeróbica (lúdica, pré-desportiva ou técnica);
- exercícios de técnica dos esportes de raquete e coordenação motora;
- relaxamento prévio (volta a calma e hidratação - água).
Após, as habilidades dos esportes de raquete. Através da explicação e
práticas de exercícios de estimulação, os alunos realizarão atividades de
desenvolvimento da aptidão física geral e aprimoramento das capacidades técnicas
das modalidades.
Em seguida o Jogo de Tênis de Mesa e Badmimton: conhecimento das
regras, dimensão das áreas de jogo, exercícios lúdicos e técnicos para melhoria do
rendimento individual,alongamento final e recreação.
Serão trabalhadas de maneira lúdica e técnica as seguintes provas referentes
aos Jogos Escolares do Paraná: exercício do Tênis de Mesa de Saque e
recepção,exercício de coordenação motora e agilidade.
As atividades serão desenvolvidas respeitando a maturação biológica dos
alunos, partindo dos estudos de Gallahue e Ozmun (2005), “da exigência motora
mais simples para a complexa”, e de Freire (2006), da “fragmentação do movimento
para o movimento completo”.
Sempre que houver disponibilidade os alunos participarão de eventos
esportivos por se tratarem de situações extremamente necessárias para
desenvolvimento de percepção do aluno para a sociabilidade, integração e
conhecimento de outras culturas, além de adquirir responsabilidade e autonomia.
F- AVALIAÇÃO
Todo processo educativo deve ocorrer à avaliação. A avaliação no esporte
formador é construtiva e inclusiva. Para tanto, o processo de avaliação será
acumulativa visando a melhoria da aptidão física e habilidades motoras para
desenvolvimento da saúde, percebida pelos próprios alunos durante as aulas e
aplicação dos testes. Segundo Guedes e Guedes (2006) esta prática proporciona a
162
reavaliação dos métodos empregados.
A fim de que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica sejam
melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-
se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,
envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a
necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma
individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser
compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,
processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem
ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.
Em relação ao tênis de mesa espera-se que o aluno reconheça e se aproprie
dos fundamentos básicos desse esporte, aprendendo as técnicas, táticas e regras,
além de compreender as práticas esportivas como esporte de rendimento ou como
meio para melhorar as capacidades físicas e habilidades motoras, contribuindo para
sua saúde e desenvolvimento corporal. Almeja-se também melhoria da percepção
de disciplina e sociabilidade através da integração com outros alunos, bem como
percepção de motivação e desenvolvimento de superação pessoal.
Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor, são
indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas
avaliativas.
Os instrumentos de avaliação, devem atentar para a construção da autonomia
do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem, podem
ser registros de reflexões críticas em debates, portfólio, participação em jogos,
torneios e competições, dentre outras possibilidades.
A avaliação e a recuperação de estudos constituem-se parte integrante do
processo de transmissão e assimilação do conhecimento e, que tem como princípios
básicos a análise de aspectos qualitativos, o respeito à diversidade de
características e de ritmos de aprendizagem dos alunos. Há necessidade de
assegurar condições e práticas que favoreçam a implementação de atividades de
recuperação, por meio de ações significativas, retomada dos conteúdos e
encaminhamentos metodológicos diversificados.
G-REFERÊNCIAS
163
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.9.394 de 20 de dezembro de 1996. DOU, 23/12/1996.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BADMINTON. Histórico e regras do Badminton. Disponível em: <www.badminton.org.br/> Acesso em 01/09/2016.
CONFERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS DE MESA. Histórico, regras e treinamento do Tênis de Mesa. Disponível em <www.badminton.org.br/> Acesso em 01/09/2016.
DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física Na Escola: Implicações Para a Prática Pedagógica . Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2000.
FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. Ed. 4, São Paulo: Scipione, 2006.
GALLAHUE, D. L; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2005.GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. A. B. Esportes de Marca e com rede divisória ou muro/parede de rebote. Maringá: Eduem, 2014.
GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Crescimento composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes. São Paulo: CLR Balieiro, 1997.
GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Manual prático para avaliação em educação física. São Paulo: Manole, 2006.
JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS. Cartilha de Jogos Pré-Desportivos para Educação Física no Ensino Fundamental. Disponível em: www.ceap.br/material/MAT12052014222252.pdf Acesso em 03/09/2016.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas aprendizagem. Departamento de Educação Básica. 2012.
________, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação, departamento de Ensino Fundamental e Médio. Diretrizes Curriculares de Educação Física. 2008.
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO. PPP-2016. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M. Paranavaí, Paraná, 2016.
Orientações 22/2015-DEB/SEED - Procedimentos para a organização e desenvolvimento dos programas que compõem a Educação Integral em Turno Complementar a serem ofertados nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual, mantidas pelo Governo do Estado do Paraná.
164
Instrução 01/2013-SEED/SUED - Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo.
Instrução 004/2011-SUED/SEED - Entende-se por Atividades Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visa ampliar a formação do aluno.
RESOLUÇÃO1690/2011-GS/SEED - Institui a partir de 2011, em caráter permanente, o Programa de Atividades Complementares em Contraturno na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino.
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