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1
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
MESTRADO EM SAÚDE E PRODUÇÃO DE RUMINANTES
MARTA JULIANE GASPARINI
VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS
DE TERMINAÇÃO DE CORDEIROS
Arapongas – Paraná
2019
2
MARTA JULIANE GASPARINI
VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS
DE TERMINAÇÃO DE CORDEIROS
Dissertação apresentada à UNOPAR, como
requisito parcial para a obtenção do título de
Mestre em Saúde e Produção de Ruminantes.
Orientadora: Profa. Dra. Fabíola Cristine de
Almeida Rego Grecco
Arapongas – Paraná
2019
3
MARTA JULIANE GASPARINI
VIABILIDADE DO USO DE PRODUTOS DO GIRASSOL EM
DIETAS DE TERMINAÇÃO DE CORDEIROS: ASPECTOS
NUTRICIONAIS E ECONÔMICOS
Dissertação apresentada à UNOPAR, no Mestrado em Saúde e Produção de Ruminantes,
área de concentração em Produção de Ruminantes, como requisito parcial para a obtenção
do título de Mestre conferido pela Banca Examinadora formada pelos professores:
_________________________________________
Profa. Dra. Fabiola Cristine de Almeida Rego Grecco
PITÁGORAS UNOPAR/Unidade Arapongas
_________________________________________
Prof. Dr. Luiz Fernando Coelho Cunha Filho
PITÁGORAS UNOPAR/Unidade Arapongas
_________________________________________
Prof. Drª Sandra Maria Simonelli
Universidade estadual de Londrina
Arapongas, 16 de dezembro de 2019.
4
Ficha catalográfica elaborada, com dados fornecidos pelo (a) autor (a) Biblioteca UNOPAR / Arapongas - Maria Luci Juliani Grano CRB – 9/776
GASPARINI, Marta Juliane Viabilidade do girassol em dietas de terminação de cordeiros. Arapongas: UNOPAR, 2019. 55p. Orientador: GRECCO, Fabiola Cristine de Almeida Rego Dissertação (Mestrado) UNOPAR - Medicina Veterinária - Saúde e Produção de Ruminantes, 2019. 1. Medicina Veterinária - Dissertação de mestrado - Unopar. 2. Saúde e Produção de Ruminantes. 3. Ovinocultura 4. Óleo de girassol. 5.Carcaça. 6. Nutrição de ovinos. I. GRECCO, Fabiola Cristine de Almeida Rego II. Titulo. CDU: 619:636
Maria Luci Juliani Grano: CRB – 9/776
5
Dedico esse trabalho a minha família, meu noivo e meus animais. Sempre foi,
sempre é e sempre será por eles. Agradeço a Deus por todas oportunidades.
6
AGRADECIMENTOS
Agradecer a Deus pelo dom da vida e pelas oportunidades que ele me propõe a cada
dia, a minha mãe Natalina, devo minha vida, e agradeço por tudo que fez e faz por mim,
ao meu pai in memorian, que sempre sonhou para que seguisse essa profissão, meus
irmãos por compartilhar comigo os melhores momentos da minha vida. Ao meu sobrinho,
meus avós e toda minha família toda minha gratidão. Ao meu noivo por estar nessa
caminhada comigo desde o inicio sempre paciente e me ajudando e não me deixando
desanimar. A minha orientadora, Profª. Drª. Fabíola Cristine de Almeida Rego Grecco,
que me acolheu, desde o primeiro semestre na gradução e hoje além de orientadora uma
grande amiga. Toda minha gratidão por todos os ensinamentos, companheirismo, puxões
de orelhas e todos os momentos compartilhado juntas.
A Prof. Pós-Doutoranda Simone Fernanda Nedel Pértile, meu muito obrigada, por
todo auxílio durante a fase de analises realizadas para que nosso trabalho ficasse
excelente. Ao Prof. Dr. Luiz Fernando Coelho da Cunha Filho pelas conversas,
ensinamentos e por aceitar compor a banca examinadora.
Ao grupo de professores que tive durante esse período, tanto dentro como fora de
sala de aula, o meu muito obrigada!
Aos meus amigos, devo agradecer sempre! Ana flávia ‘’Querida’’que mesmo
estando longe nos monentos mais dificies podemos partilhar juntas. A Roberta por me
aturar nessa fase de produção da dissertação e partilhar comigo os medos e alegrias rsrs.
Agradeco a Adriana que me ajudou em grande parte na realizacao das analises
laboratoriais. Aos funcionarios do hospital veterinário que mais do que colegas de
trabalho somos amigos. Ao fernando por sempre cuidar dos animais durante a realizacao
da parte de campo do projeto.
Agradeço ao meus estagiários que me ajudaram durante toda a realização do projeto
na parte de campo e tambem na fase de analises laboratoriais.
Enfim, nesse momento só tenho a agradecer por tudo que vivi nesses dois anos, e
se por falha, me esqueci de citar algum envolvido, fica aqui meu muito obrigada!
7
Mais sábios que os homens são os pássaros. Enfrentam as
tempestades noturna e pela manhã tem todos os motivos para
se entristecer e reclamar, mas cantam agradecendo a Deus por
mais um dia.
(AUGUSTO CURY)
8
1
GASPARINI, Marta Juliane. Viabilidade do girassol em dietas de terminação de 2
corderios. 2019. 55 p. Dissertação (Mestrado em Saúde e Produção de Ruminantes), 3
Universidade Norte do Paraná. Arapongas, 2019. 4
RESUMO 5
O objetivo geral dessa pesquisa foi comparar o uso da semente e óleo de girassol, 6
utilizados como fonte de gordura, em dietas de cordeiros em terminação. Foram 7
utilizados 12 cordeiros mestiços, Santa Inês x Dorper, com peso médio inicial de 22,10kg 8
± 3,82. Os animais foram distribuidos em baias individuais, separados em dois grupos 9
de 6 animais denominados “óleo de girassol” e “semente de girassol”. A dieta total de 10
ambos os grupos continha 33% de volumoso (feno de capim tifton 85), e 67% de 11
concentrado. A proporção de óleo e semente na matéria seca total das deitas foram 1,83% 12
e 5,51% para os grupos Óleo e semente, respectivamente. O período experimental teve 13
duração de 75 dias. Os animais foram abatidos quando atingiram em média 35 kg de 14
peso vivo. O ganho de peso médio diário (220g), o ganho de peso total (11,99 kg) e a 15
conversão alimentar (5,3) foram semelhantes entre os tratamentos. As variáveis 16
umidade, matéria mineral, proteína bruta, perda por descongelamento e perda por cocção 17
não foram diferentes entre os tratamentos estudados. A presença de óleo ou semente de 18
girassol nas dietas, sendo ambas com elevado nível de concentrado (67%), não 19
influenciou os valores de pH da carne, apresentando valores médios de 5,7 e 5,6; 20
respectivamente. Também foram semelhantes as variáveis quantitativas e qualitativas da 21
carcaça e da carne. A semente e o óleo de girassol, utilizados como fontes de gordura, 22
foram satisfatórios em dietas para cordeiros em terminação; obtendo ganho de peso 23
médio diário de 220 g por dia. Apresentam respostas equivalentes em relação ao 24
desempenho, às características quantitativas e qualitativas da carcaça. A carne de 25
cordeiros alimentados com óleo de girassol apresenta 1,5% a mais de gordura que 26
aqueles que receberam semente em sua dieta. A dieta com óleo apresenta maior 27
viabilidade econômica, com margem bruta por animal 9% superior para o grupo que 28
recebeu semente de girassol. 29
Palavras-chave: características de carcaça, óleo, qualidade da carne e desempenho, 30
semente de oleaginosa,. 31
9
GASPARINI, Marta Juliane. Viability of sunflower in lamb termination diets. 55 p. 32
Dissertation (Master’s degree in Health and Ruminant Production), Northem University 33
of Paraná. Arapongas. 2019. 34
35
ABSTRACT 36
The overall objective of this study was to compare the use of the seed oil of sunflower 37
seeds, which are used as a source of fat in the diets of sheep and lambs in the end. They 38
were used in the 12-sheep and lambs crossbred santa inez x dorper, with a mean initial 39
weight of 22,10 kg ± 3,82. The animals were divided into a number of individual, separate 40
them into two groups of 6 animals are referred to as “sunflower oil” and “sunflower 41
seeds”. The diets of the two groups contained 33% of the dimensions (grass hay tifton 42
85), and 67% of the concentrate provided by us. The ratio of oil to seed and the dry matter 43
of the total of the put was 1,83% and 5,51% for both groups, the Oil and the seeds, 44
respectively. The animals were slaughtered when they reached an average of 35 kg of live 45
weight. The gain in weight average daily (220g), and the gain in weight of the total (11,99 46
/ kg) and feed conversion (5,3), were similar between the treatments. The variables of 47
moisture, material, mineral, protein, total loss due to the melting and the loss due to 48
cooking were not different between the treatments being studied. The presence of oil, or 49
sunflower seed to the diet both high levels of concentrate (67%), did not influence the pH 50
values of the flesh, and by presenting the mean values of 5.7 and 5.6; respectively). They 51
were also similar to that of the variable quantificavas and quality of the carcass and of the 52
meat. The seeds of the sunflower seed oil is used as a source of fat, are suitable in the diet 53
for lambs on the termination; obtaining a gain of weight, a daily average of 220 g per day. 54
Show answer equivalent with respect to performance, the characteristics of both 55
quantitative and qualitative, of the frame. The meat of lambs fed with sunflower-seed oil 56
has 1.5% more fat than those that received the seed into your diet. The use of the product 57
more than once, reduces the levels of glucose in the blood compared to the diet of 58
conventional source of fat in the diet. A diet of oil has increased the economic feasibility, 59
gross margin per animal, are 9% higher than in the group that received sunflower. 60
Key words: oil seed, oilseed, characteristics of carcass, meat quality, and performance. 61
62
10
63
LISTA DE TABELAS 64
CAPÍTULO II 65
ARTIGO 66
Tabela 1. Composição bromatológica do feno de capim Tifton 85, da semente de girassol 67
e do óleo de girassol.........................................................................................................32 68
Tabela 2. Composição de ingredientes e bromatológica das dietas experimentais (MS%) 69
de cordeiros alimentados com dietas contendo óleo e semente de girassol.......................33 70
Tabela 3. Média e desvio padrão das variáveis relacionadas ao desempenho de cordeiros 71
terminados com o uso de semente ou óleo de Girassol....................................................37 72
Tabela 4. Variáveis quantitativas da carcaça de cordeiros terminados com semente ou 73
óleo de girassol.................................................................................................................38 74
Tabela 5. Mensurações no músculo Longissimus lumborum de cordeiros terminados em 75
dieta com óleo ou semente de Girassol.............................................................................40 76
Tabela 6. Médias e desvios-padrão (DP) para a composição centesimal da carne de 77
cordeiros terminados com dietas com inclusão de óleo ou semente de girassol..............41 78
Tabela 7. Análises bioquímicas sérica de cordeiros alimentados com dieta, com óleo ou 79
semente de Girassol..........................................................................................................42 80
Tabela 8. Correlações e valor de P das variáveis das carcaças de cordeiros alimentados 81
com semente ou óleo de Girassol.....................................................................................43 82
Tabela 9. Viabilidade econômica relacionada a alimentação dos cordeiros recebendo óleo 83
ou semente de Girassol na terminação em confinamento..........................................44 84
85
86
87
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 88
89
A Largura Máxima 90
AC Acabamento 91
AOL Área de Olho-de-Lombo 92
AOL1 Área de Olho-De-Lombo feita com paquímetro 93
AOL2 Área de Olho-De-Lombo feita com Ultrasson 94
AOLC Área de Olho-de-Lombo na Carcaça 95
B Profundidade Máxima 96
CA Conversão Alimentar 97
CB Comprimento do Braço 98
CE Comprimento Externo 99
CMS Consumo de Matéria Seca 100
CO Conformação 101
CP Comprimento de Perna 102
CRA Capacidade de Retenção Água 103
CSMPV Consumo de Matéria Seca em Função do Peso Vivo Animal 104
DP Desvio-padrão 105
EE Extrato Etéreo 106
EG Espessura de Gordura 107
EGS Espessura de Gordura Subcutânea 108
FDA Fibra em detergente ácido 109
FDN Fibra em detergente neutro 110
G Grama 111
GPD Ganho Peso Diário 112
GPMD Ganho de Peso Médio Diário 113
GPT Ganho Peso Total 114
IQR Índice de Quebra por Resfriamento 115
KG Quilograma 116
LD Largura Dorso 117
LG Largura Garupa 118
LT Largura Torax 119
12
MM Matéria Mineral 120
MS Matéria seca 121
N Nitrogênio 122
NDT Nutrientes Digestíveis Totais 123
NIDA Nitrogênio Insolúvel em Detergente Acido 124
NIDN Nitrogênio Insolúvel em Detergente Neutro 125
NRC National Research Council 126
P Probabilidade Estatística 127
PAP Perda de Água por Pressão 128
PB Perímetro do Braço 129
PB Proteína Bruta 130
PCA Peso Corporal de Abate 131
PCF Peso Carcaça Fria 132
PCOC Perdas por Cocção das Carnes 133
PCQ Peso Carcaça Quente 134
PCR Reação em Cadeia da Polimerase 135
PCVAZIO Peso Corporal Vazio 136
PDESC Perdas por Descongelamento 137
PG Perimetro de Garupa 138
PP Perimetro de Perna 139
PRB Profundidade de Braço 140
RB Rendimento Biológico 141
RCF Rendimento Carcaça Fria 142
RCQ Rendimento Carcaça Quente 143
RCVERD Rendimento de Carcaça Verdadeira 144
RPM Rotações Por Minuto 145
UNOPAR Universidade Norte do Paraná 146
147
148
149
150
13
SUMÁRIO 151
CAPÍTULO I 152
153
1. INTRODUÇÃO 18 154
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 20 155
2.1 Ovinocultura e o mercado da carne 20 156
2.2 Inclusão de lipídeos na dieta e qualidade da carne 20 157
2.3 Produtos e coprodutos lipídico em dieta de cordeiros 24 158
2.3.1 Caroço de algodão 26 159
2.3.3 Glicerina Bruta 27 160
2.3.4 Semente e óleo de girassol 29 161
3. OBJETIVOS 30 162
3.1 Objetivo Geral 30 163
3.2 Objetivos Específicos 30 164
REFERÊNCIAS 31 165
166
CAPÍTULO II 167
168
Artigo Científico – Viabilidade do uso de produtos do girassol em dietas de terminação 169
de cordeiros: aspectos nutricionais e econômicos 39 170
Resumo 39 171
Abstract 40 172
Introdução 41 173
Material e Métodos 42 174
Resultados e Discussão 45 175
Conclusão 51 176
Referências 52 177
178 179
14
CAPÍTULO I 180
1 INTRODUÇÃO 181
182
A ovinocultura é uma atividade difundida em quase todas as regiões do 183
mundo, englobando desde pequenos produtores a produção em larga escala. De acordo 184
com o IBGE (2018) o Brasil possui cerca de 18,9 milhões de cabeças de ovinos com 185
aptidões para carne, lã, pele e leite. Deste montante, destaca-se a região Nordeste, com 186
12 milhões de cabeças, a região Sul, com 4,5 milhões de cabeças (IBGE, 2018). Na região 187
Sul, destaca-se o estado do Rio Grande do Sul com 3,9 milhões, seguido pelos estados do 188
Paraná e Santa Catarina. 189
Dentre as categorias, o cordeiro é a categoria animal mais procurada e 190
de melhor qualidade, devido a sua maciez, com melhor potencial para rendimento de 191
carcaça, em função de melhor conversão alimentar e alta capacidade de crescimento 192
(CARVALHO et al, 2014). 193
O mercado consumidor procura um produto de qualidade quando se 194
refere a carcaça, buscando sempre os animais jovens. O confinamento de cordeiros 195
proporciona abate precoce, com média de 150 dias e peso vivo entre 28 a 36kg, com 196
carcaças que atendem as características exigidas pelo mercado (OLIVEIRA et al., 2002). 197
Porém muitas vezes o sistema de confinamento para a terminação de 198
cordeiros apresenta um balanço econômico negativo devido aos custos gerados pela 199
alimentação, levando os produtores à busca por alimentos alternativos que substituam os 200
tradicionais (YAMAMOTO et al., 2013). 201
Neste cenário, os coprodutos e subprodutos da agroindústria vem sendo 202
testados em pesquisas de nutrição de ruminantes, com o intuito de reduzir os gastos com 203
alimentos nobres na dieta, por meio da substituição destes por alimentos de menor valor 204
econômico; sem, contudo, prejudicar o desempenho dos animais. 205
No Brasil, diversas são as opções disponíveis em coprodutos para a 206
alimentação animal, como bagaço de frutas, bagaço de cana, resíduo de cervejaria, 207
casquinha de soja, caroço de algodão, glicerina bruta, resíduo de panificação, semente de 208
girassol, entre outros. Dentre essas opções, os coprodutos oriundos de oleaginosas, como 209
o girassol, apresentam grande potencial na utilização da alimentação animal, sendo que a 210
gordura proveniente do grão além de fornecer energia possui alto teor de proteína bruta 211
(CORREIA et al., 2011). A gordura é um nutriente essencial e está diretamente ligada ao 212
acabamento de carcaça, precocidade dos animais, rendimentos de corte, maciez e 213
15
suculência do produto final devido a quantidade e deposição de gordura (CORREIA et 214
al., 2011). 215
O girassol apresenta características desejáveis em relação ao seu ciclo 216
curto, alta qualidade e quantidade de óleo produzido (SILVA et al, 2007). De acordo com 217
a CONAB (2017), a produção nacional de girassol por ano gira em torno de 71,1 mil 218
toneladas. No Brasil pesquisas com uso do girassol em dietas de terminação de cordeiros 219
ainda são escassas. 220
221
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 222
223
2.1 Ovinocultura e o Mercado Da Carne 224
225
A ovinocultura vem se firmando nos últimos anos, com maior número 226
de propriedades com pequenos e médios produtores pois permite o uso da mão de obra 227
familiar, instalações simples e com baixo custo; e em menor número existem os grandes 228
produtores; com produção em escala, sendo a atividade considerada a principal. A 229
ovinocultura atende setores da economia através da produção de carne, leite, lã e pele, o 230
que favorece o aumento da lucratividade do produtor devido a sua diversificação 231
(CAMPOS et al, 2005). 232
A cultura brasileira não possui costume para consumo da carne ovina 233
quando comparada ao consumo da carne bovina, suína e de aves. No entanto, uma 234
alteração nos costumes alimentares, com a entrada de novos produtos no mercado como 235
a carne ovina, está acontecendo, visto que já há alguns anos a carne ovina vem sendo 236
encontrada em supermercados e açougues, além de restaurantes (SANTOS, 2003). 237
A procura da carne ovina vem crescendo devido principalmente em 238
função dos atributos nutricionais da mesma, textura fina, gordura branca e rica em 239
proteínas, minerais, vitaminas além de boa digestibilidade (GARCIA, 2004). 240
O crescimento da demanda de carne ovina, em função da urbanização 241
e diversificação dos hábitos alimentares dos consumidores é promissor para a expansão 242
da cadeia produtiva (VIANA et al, 2013). 243
A escolha da raça deve ser feita de forma cautelosa, levando em 244
consideração aquelas que possuem aptidão para a produção de carne, uma vez que essas 245
devem possuir características genéticas que favoreçam a produtividade e qualidade 246
(HASTENPFLUG; WOMMER, 2009). 247
Em pesquisas realizadas no Brasil; no estado de São Paulo, a carne 248
ovina é preferida em relação a outras carnes por 33% dos consumidores avaliados, 249
entretanto a carne mais consumida ainda foi a carne bovina por 69% dos consumidores 250
(FIRETTI et al., 2017). 251
Outro fato comprovado por recente pesquisa de campo feita no estado 252
do Rio Grande do Sul, é que o consumo da carne ovina ocorre com maior frequência em 253
épocas comemorativas (SANTOS e BORGES, 2019). Cabe salientar que o Rio Grande 254
do Sul, contém grande parte do rebanho nacional, sendo 3,9 milhões de cabeças; e que 255
17
por isso esperava-se que o consumo per capta fosse escalonado ao longo do ano e não 256
apenas em ocasiões “especiais”. 257
258
2.2. Inclusão de Lipídeos na Dieta e Qualidade da Carne 259
260
A adição de fontes lipídicas em dietas de ruminantes tem sido alvo de 261
pesquisas de produção de ruminantes, pois pode contribuir favoravelmente para a 262
produtividade animal. O uso destas fontes podem melhorar a qualidade da dieta e a 263
eficiência dos animais em fase de terminação (PALMQUIST & MATTOS, 2006). 264
A inclusão dos lipídeos na dieta dos ruminantes proporciona alguns 265
pontos positivos relacionados a função orgânica, melhorando a qualidade da dieta 266
energeticamente, promovendo aumento da capacidade de absorção de vitaminas 267
lipossolúveis, além do fornecimento de ácidos graxos essenciais importantes para 268
membranas de tecidos (PALMQUIST & MATTOS, 2006). 269
Entretanto, inclusões de lipídeos em quantidades maiores que 7% da 270
matéria seca podem ser prejudiciais à degradação do alimento, principalmente se houver 271
elevada proporção de ácidos graxos insaturados que, além de serem tóxicos aos 272
microrganismos ruminais, aderem à partícula do alimento e criam uma barreira física à 273
ação de microrganismos e de enzimas microbianas (SULLIVAN et al., 2004). 274
Segundo Jorge et al. (2008) a adição de lipídeos na dieta de ruminantes, 275
em geral deve ser restrita a 6% do extrato etéreo da matéria seca total da dieta, que é o 276
valor crítico do teor de lipídios estabelecido, pois níveis superiores podem prejudicar a 277
degradação ruminal. Já Palmquist e Mattos (2006), adição de lipídeos na dieta acima de 278
5% da matéria seca reduz o consumo, devido a mecanismos regulatórios que controlam a 279
ingestão de alimentos, e pela capacidade limitada dos ruminantes de oxidar ácidos graxos. 280
Os lipídeos, ao atingir o rúmen, sofrem lise por enzimas microbianas 281
(lipólise), e os ácidos graxos insaturados sofrem bio-hidrogenação, cujo principal objetivo 282
é o de reduzir o efeito deletério da gordura no rúmen (SULLIVAN et al., 2004). 283
As principais bactérias responsáveis pelo processo de bio-hidrogenação são: Butyrivibrio 284
fibrisolvens, Anaerovibrio lipolytica e Propionibacter (BAUMAN et al., 1999; PARIZA 285
et al., 2001). Uma maneira de melhorar essa condição e o uso de gordura protegida, sendo 286
que a mesma não é totalmente utilizada pelos micro-organismos do rúmen, passando para 287
o intestino delgado o que consequentemente diminui o efeito negativo da gordura, sobre 288
a degradação da fibra (MULLER et al., 2005). 289
18
A suplementação lipídica, em geral, potencializa a utilização do 290
nitrogênio pelas bactérias ruminais, reduz as perdas por metano em contrapartida reduz o 291
número de bactérias desaminadoras e de protozoários ciliados no rúmen e, portanto, 292
diminui a proteólise e/ou reciclagem de bactérias, causando redução na concentração de 293
amônia ruminal dependendo da quantidade lipídica adicionada a dieta (SOUZA et al., 294
2009). 295
No experimento de Valinote et al (2005), avaliando fontes de gordura 296
(caroço de algodão e o sal de cálcio de ácidos graxos) e o efeito da monensina em dietas 297
com caroço de algodão sobre a população de protozoários ciliados e o pH do rumen o 298
mesmo observou que as dietas contendo caroço de algodão diminuíram a quantidade total 299
de protozoários ciliados. Sendo essa alteração justificada pelos autores, que mesmo a 300
liberação de gordura dos ingredientes sendo lenta, pode ter sido tóxica aos ciliados. 301
O uso dos lipídeos sob diferentes formas (óleos ou sementes), pode 302
trazer diferenças no desempenho, perfil metabólico e produto final (carne). O desafio em 303
modificar a qualidade das carnes tem se intensificado nas pesquisas, principalmente com 304
relação ao teor de gordura, proteína e colesterol, além dos ácidos graxos da gordura 305
intramuscular (WOOD et al., 2004). 306
A carne dos ruminantes em geral, possuem elevados teores de ácidos 307
graxos saturados (AGS) e acaba sendo associada ao aumento na incidência de doenças 308
coronarianas e outros problemas cardiovasculares, sofrendo intensas críticas dos 309
profissionais da área da saúde (LADEIRA & OLIVEIRA., 2006). Entretanto apesar da 310
elevada quantidade de gordura saturada, é sabido que produtos de origem animal, 311
possuem em sua composição elevadas quantidades de ácido linoleico conjugado (CLA), 312
que possuem funções fisiológicas que são beneficas a saude humana, relacionados aos 313
efeitos anticarcinogenicos, antiteratrogenicos, imunoestimulantes (KOZLOSKI, 2009). 314
Os ácidos graxos presentes na carne promovem melhorias no sabor e 315
suculência do produto. A interferência no sabor e aroma da carne estão intimamente 316
relacionados a idade do animal e pelas condições de criação e manejo. A carne de 317
cordeiro, possui um sabor mais suave e cor mais clara, quando comparada com a carne 318
de um animal adulto, sendo preferida pelos consumidores (MONTE, et al. 2012). 319
320
2.3. Produtos e Coprodutos Lipídicos em Dietas de Cordeiros 321
322
2.3.1 Caroço de algodão 323
19
324
O caroço de algodão é um coproduto rico em proteínas (média 22% na 325
MS) e com alta densidade energética devido aos altos níveis de extrato etéreo (média de 326
20% na MS) que possui distintas características de degradação e passagem pelo trato 327
gastrintestinal, quando comparado aos alimentos mais comumente utilizados na dieta de 328
ruminantes (CARVALHO et al., 2000). Devido ao seu alto teor de lipídeos, o caroço de 329
algodão não deve ser fornecido a vontade na dieta, pois pode provocar alterações no 330
ambiente ruminal, o que poderá comprometer o seu desempenho (NAGALAKSHMI et 331
al , 2003). 332
O caroço do algodão pode ser considerado uma fonte de gordura 333
protegida, uma vez que esse nutriente estar presente na amêndoa do algodão, e esta é 334
protegida pela casca. Essa proteção torna sua liberação mais lenta, diminuindo assim os 335
efeitos deletérios causados aos microrganismos ruminais, intensificando o interesse de 336
estudos com esse coproduto afim de descobrir a quantidade máxima que poderia ser 337
utilizada sem que houvesse o comprometimento da função ruminal (NAGALAKSHMI et 338
al ,2003). 339
No trabalho de Piona e colaboradores (2012), onde avaliou-se a 340
inclusão dos níveis de 10, 20 e 30% de caroço de algodão na dieta de cordeiros, não houve 341
alteração no consumo de matéria seca. Apesar disso o consumo de proteína bruta (PB) 342
reduziu em 1,2 g/dia para cada 1% de caroço de algodão incluso a dieta e houve redução 343
na digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica e proteína bruta em 0,64; 0,59; 0,62% 344
respectivamente, enquanto a digestibilidade do extrato etéreo (EE) foi aumentada em 345
0,23% para cada 1% de caroço de algodão. O aumento da inclusão de caroço de algodão 346
na dieta reduziu o ganho de peso sendo recomendando então pelos autores, que esse 347
coproduto não ultrapasse o nível de 10% em confinamento de ovinos. 348
349
2.3.2 Glicerina Bruta 350
351
A glicerina bruta está entre um dos principais coprodutos 352
agroindustriais, que potencialmente podem ser destinados a alimentação de ruminantes, 353
destaca-se aqueles produzidos através do biodiesel. A obrigatoriedade da inclusão do 354
biodiesel ao diesel de petróleo gera coprodutos que acabam necessitando de destinos que 355
sejam ecologicamente corretos e economicamente viáveis. Quando o biodiesel é gerado 356
20
o processo que converte triglicerídeos a ácidos graxos esterificados, tem a glicerina bruta 357
como coproduto (GONÇALVES et al., 2006). 358
Por ser um produto de baixo custo, a glicerina bruta se tornou uma 359
opção para utilização na dieta de cordeiros em terminação, em substituição a concentrados 360
energéticos. O valor energético da glicerina bruta é determinado pela sua pureza em 361
glicerol, e as impurezas presentes na glicerina bruta podem causar impactos no consumo, 362
no desempenho e digestibilidade dos animais quando comparada a glicerina purificada, 363
que em contrapartida possui um custo elevado (KERR et al., 2007). 364
Lage et al (2010) avaliaram a inclusão dos níveis de glicerina bruta na 365
dieta de cordeiros em confinamento nas proporções de 0, 3, 6, 9 e 12% e concluíram que 366
a inclusão de até 6% melhorou a conversão alimentar e reduziu os custos de produção, 367
entretanto influenciou negativamente o consumo, a digestibilidade, as características 368
quantitativas da carcaça e o desempenho dos animais. 369
Em pesquisa realizada por Rego et al. (2017), com cordeiros Texel, 370
também foram testados níveis crescentes de glicerina bruta (0, 7, 14 e 21% da matéria 371
seca) em substituição ao milho, avaliando o perfil de ácidos graxos na carne. Os autores 372
verificaram que a qualidade da carne foi semelhante entre os tratamentos, com alterações 373
em ácidos graxos específicos na carne, como o ácido margarico; que teve aumentos 374
crescentes em função do acréscimo da glicerina bruta. Além disso esses autores 375
verificaram que a razão entre os ácidos ômega 6:ômega 3, foi em média 3,74; dentro do 376
que é considerado ideal para o consumo humano (abaixo de 4), reduzindo riscos de 377
desenvolver câncer ou possíveis complicações coronárias, levando a ataques cardíacos 378
(ENSER, 2001). 379
380
2.3.3 Semente e Óleo de Girassol 381
382
O girassol está entre as cinco maiores culturas oleaginosas produtoras 383
de óleo vegetal comestível do mundo junto com a soja, a canola, o algodão e o amendoim. 384
É considerado uma excelente fonte de lipídios, sua principal propriedade é o elevado teor 385
de ácidos graxos poli insaturados, dentre eles o ácido linoleico apresentando teores de até 386
70% (VIEIRA., et al, 1992). 387
A cultura de girassol na safra de 2017 saltou de 31,8 para 60,5 mil 388
hectares plantados. Entre os estados, o maior produtor de girassol é o estado do Mato 389
Grosso com 62% do girassol produzido no Brasil, segundo a Conab (2017). 390
21
391
O óleo de girassol propriamente dito possui excelentes características 392
físico-químicas e nutricionais, e ainda é essencial para o desempenho de funções 393
fisiológicas do organismo. Considerado um dos óleos vegetais de melhor qualidade 394
nutricional do mundo (ARAUJO et al., 1994). 395
De acordo com Leite et al. (2005), a semente de girassol possui 4,8% 396
de umidade, 19,9% de carboidratos totais, 24% de proteína, 47,3% de óleo, e 4% de 397
cinzas, e em torno de 24% de fibra em detergente neutro. 398
A inclusão de óleos vegetais, especialmente o de girassol, na dieta de 399
ruminantes é bem menos comum do que o uso de sementes de oleaginosas, por ser de 400
manejo mais complicado. Seu uso na forma livre, o torna prontamente disponível à 401
microbiota ruminal, e apresenta altas proporções de ácidos graxos poli-insaturados, o que 402
pode prejudicar a degradação ruminal (JORGE, et al. 2008). 403
Os lipídios presentes na semente do girassol são envolvidos pela matriz 404
proteica, favorecendo a lenta liberação dos lipídeos no ambiente ruminal, evitando assim 405
os efeitos negativos ao ambiente ruminal, quando fornecidos na forma de semente 406
(OLIVEIRA et al., 2011). 407
Yamamoto e colaboradores (2013) promoveram um estudo em que foi 408
avaliada a inclusão de grãos de girassol na ração de cordeiros sobre as características 409
quantitativas da carcaça e qualitativas da carne. Os autores observaram que com a 410
inclusão da semente de girassol na dieta, não foram alteradas as características 411
quantitativas da carcaça, aumentou a deposição de gordura nas carcaças e diminuiu a 412
relação músculo e gordura das mesmas. 413
414
415
416
417
418
419
420
421
422
423
424
22
425
3 OBJETIVOS 426
427
3.1 Objetivo Geral 428
429
O objetivo dessa pesquisa foi comparar o uso da semente e óleo de 430
girassol, utilizados como fonte de gordura, em dietas de cordeiros em terminação. 431
432
3.2 Objetivos específicos 433
434
Avaliar a viabilidade nutricional por meio dos parâmetros: ingestão de matéria 435
seca, ganho de peso e conversão alimentar; 436
Avaliar o perfil metabólico dos cordeiros, através das análises bioquímicas 437
sanguíneas; 438
Estimar a área de olho de lombo in vivo, mediante o uso de ultrassom; 439
Avaliar as características quantitativas e qualitativas da carcaça; 440
Avaliar a qualidade da carne dos animais mediante a composição centesimal e 441
variáveis físico químicas; 442
Analisar a viabilidade econômica das dietas; 443
444
445
446
447
448
449
450
451
452
453
454
455
456
457
458
459
460
461
462
463
464
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623
29
CAPÍTULO II 1
2
3
ARTIGO CIENTÍFICO 4
5
6
VIABILIDADE DO GIRASSOL EM DIETAS DE 7
TERMINAÇÃO DE CORDEIROS 8
9
10
11
Redigido segundo as normas da revista: semina Ciências Agrarias 12
13
14
15
16
30
Viabilidade do girassol em dietas de terminação de cordeiros 17
18 GASPARINI, M. J, PERTILE, S. F. N; CUNHA FILHO, L. F. C., ZUNDT, M., 19
ELEODORO, J. I., REGO, F. C. A. 20
21
RESUMO 22
O objetivo geral dessa pesquisa foi comparar o uso da semente e óleo de girassol, 23
utilizados como fonte de gordura, em dietas de cordeiros em terminação. Foram 24
utilizados 12 cordeiros mestiços, santa inês x dorper, com peso médio inicial de 22,10kg 25
± 3,82. Os animais foram divididos em baias individuais, separados em dois grupos de 26
6 animais denominados “óleo de girassol” e “semente de girassol”. A dieta total de 27
ambos os grupos continha 33% de volumoso (feno de capim tifton 85), e 67% de 28
concentrado. A proporção de óleo e semente na matéria seca total das deitas foram 1,83% 29
e 5,51% para os grupos Óleo e semente, respectivamente. O período experimental teve 30
duração de 75 dias. Os animais foram abatidos quando atingiram em média 35 kg de 31
peso vivo. O ganho de peso médio diário (220g), o ganho de peso total (11,99 kg) e a 32
conversão alimentar (5,3) foram semelhantes entre os tratamentos. As variáveis 33
umidade, matéria mineral, proteína bruta, perda por descongelamento e perda por cocção 34
não foram diferentes entre os tratamentos estudados. A presença de óleo ou semente de 35
girassol nas dietas, sendo ambas com elevado nível de concentrado (67%), não 36
influenciou os valores de pH da carne, apresentando valores médios de 5,7 e 5,6; 37
respectivamente. Também foram semelhantes as variáveis quantitativas e qualitativas da 38
carcaça e da carne. A semente e o óleo de girassol, utilizados como fontes de gordura, 39
são satisfatórios em dietas para cordeiros em terminação; obtendo ganho de peso médio 40
diário de 220 g por dia. Apresentam respostas equivalentes em relação ao desempenho, 41
às características quantitativas e qualitativas da carcaça. A carne de cordeiros 42
alimentados com óleo de girassol apresenta 1,5% a mais de gordura que aqueles que 43
receberam semente em sua dieta. A dieta com óleo apresenta maior viabilidade 44
econômica, com margem bruta por animal 9% superior para o grupo que recebeu 45
semente de girassol. 46
Palavras-chave: óleo, semente de oleaginosa, características de carcaça, qualidade da 47
carne e desempenho. 48
31
49
Viability of sunflower in lamb termination diets 50
51
GASPARINI, M. J, PERTILE, S. F. N; CUNHA FILHO, L. F. C., ZUNDT, M., 52
ELEODORO, J. I., REGO, F. C. A. 53
54
ABSTRACT 55
The overall objective of this study was to compare the use of the seed oil of sunflower 56
seeds, which are used as a source of fat in the diets of sheep and lambs in the end. They 57
were used in the 12-sheep and lambs crossbred santa inez x dorper, with a mean initial 58
weight of 22,10 kg ± 3,82. The animals were divided into a number of individual, separate 59
them into two groups of 6 animals are referred to as “sunflower oil” and “sunflower 60
seeds”. The diets of the two groups contained 33% of the dimensions (grass hay tifton 61
85), and 67% of the concentrate provided by us. The ratio of oil to seed and the dry matter 62
of the total of the put was 1,83% and 5,51% for both groups, the Oil and the seeds, 63
respectively. The animals were slaughtered when they reached an average of 35 kg of live 64
weight. The gain in weight average daily (220g), and the gain in weight of the total (11,99 65
/ kg) and feed conversion (5,3), were similar between the treatments. The variables of 66
moisture, material, mineral, protein, total loss due to the melting and the loss due to 67
cooking were not different between the treatments being studied. The presence of oil, or 68
sunflower seed to the diet both high levels of concentrate (67%), did not influence the pH 69
values of the flesh, and by presenting the mean values of 5.7 and 5.6; respectively). They 70
were also similar to that of the variable quantificavas and quality of the carcass and of the 71
meat. The seeds of the sunflower seed oil is used as a source of fat, are suitable in the diet 72
for lambs on the termination; obtaining a gain of weight, a daily average of 220 g per day. 73
Show answer equivalent with respect to performance, the characteristics of both 74
quantitative and qualitative, of the frame. The meat of lambs fed with sunflower-seed oil 75
has 1.5% more fat than those that received the seed into your diet. The use of the product 76
more than once, reduces the levels of glucose in the blood compared to the diet of 77
conventional source of fat in the diet. A diet of oil has increased the economic feasibility, 78
gross margin per animal, are 9% higher than in the group that received sunflower. 79
Key words: oil seed, oilseed, characteristics of carcass, meat quality, and performance. 80
32
INTRODUÇÃO 81
O confinamento de cordeiros é uma ferramenta nutricional disponível aos 82
produtores para intensificar os sistemas de produção e obter carcaças e carne de 83
qualidade, em menor período de tempo com relação a produção a pasto. Estudos com o 84
uso de coprodutos são relevantes para a pecuária nacional, buscando não apenas a redução 85
dos custos de produção como também melhoria na qualidade do produto final que chega 86
ao consumidor. 87
O girassol (Helianthus annuus L.) é um alimento que pode ser utilizado na 88
formulação de rações, apresentando-se de várias formas; com resultados interessantes, 89
principalmente pelas suas características nutricionais. A produção de sementes de girassol 90
começou a crescer desde o ano de 1996 para a produção de óleo (FREITAS, 2000). Na 91
safra de 2017 a produção mundial entre grãos, farelo e óleo de girassol ficou em torno de 92
45,0 milhões de toneladas de grãos, aumento de 11% comparado a safra anterior 93
(CONAB, 2017)94
Esse interesse sobre a cultura surgiu devido a semente ser rica em ácidos 95
graxos poli-insaturados, principalmente o ácido linoleico, um acido graxo essencial que 96
traz benefícios a saúde humana, portanto muito procurado (FREITAS, 2000). 97
O uso dos lipídeos sob diferentes formas (óleos ou sementes), pode trazer 98
diferenças no desempenho, no perfil metabólico e no produto final (carne). O desafio em 99
modificar a qualidade das carnes tem se intensificado nas pesquisas, principalmente com 100
relação ao teor de gordura, proteína e colesterol, além dos ácidos graxos da gordura 101
intramuscular (WOOD et al., 2004). 102
A inclusão de óleos vegetais, especialmente o de girassol, na dieta de 103
ruminantes é bem menos comum do que o uso de sementes de oleaginosas, por ser de 104
manejo mais complicado. Seu uso na forma livre, o torna prontamente disponível à 105
microbiota ruminal, e apresenta altas proporções de ácidos graxos poli-insaturados, o que 106
pode prejudicar a degradação ruminal (JORGE, et al. 2008). 107
A composição dos ácidos graxos insaturados presentes nos lipídeos 108
influencia na qualidade da carne, mas exerce pouca influência no valor comercial do 109
produto final (BANSKALIEVA et al., 2000). 110
Nesse contexto o objetivo desse trabalho foi comparar o uso da semente e 111
óleo de girassol, utilizados como fonte de gordura, em dietas de cordeiros em terminação. 112
33
113
MATERIAL E MÉTODOS 114
O experimento foi conduzido na Universidade Norte do Paraná 115
(UNOPAR), campus Arapongas. A fase de campo foi realizada no período de agosto a 116
outubro de 2017. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética (CEA 001/17) e esta de 117
acordo com os princípios éticos de experimentação animal. 118
Foram utilizados 12 cordeiros machos inteiros, mestiços da raça santa Inês 119
x dorper, com aproximadamente 60 dias de idade e peso médio inicial de 22,10kg ± 3,82, 120
alojados em baias individuais, cimentadas e cobertas, dispostas com comedouro e 121
bebedouro. 122
Os animais foram divididos em dois grupos de 6 animais; nos dois 123
tratamentos, denominados “óleo de girassol” e “semente de girassol”. Os animais de 124
ambos os grupos receberam 33% de volumoso (feno de capim tifton 85), e 67% de 125
concentrado, conforme detalhado na Tabela 1. 126
127
Tabela 1 – Composição bromatológica do feno de capim Tifton 85, da semente de 128
girassol e do óleo de girassol. 129
130
Composição
Química
Feno de Tifton 85 Semente de girassol Óleo de girassol*
Matéria seca 93,25 97,02 -
Matéria mineral 5,5 4,0 -
Proteína Bruta 8,8 15,01 -
Extrato etéreo 0,4 43,86 99
FDN 64,92 56,02 -
FDA 39,66 35,98 -
NDT 59,26 62,58 177
FDN- fibra em detergente neutro, FDA- fibra em detergente ácido, NDT- nutrientes digestíveis totais, 131
*Valores nutricionais segundo Valadares et al (2001) 132
133
As dietas foram elaboradas segundo as recomendações do NRC (2007), 134
para atender as exigências de cordeiros desmamados, com ganhos de peso de 200g por 135
34
dia; e ficaram similares. Os ingredientes (Tabela 2) foram analisados; assim como a dieta 136
total (Tabela 2); quanto aos teores de materia seca (MS), materia mineral (MM), proteína 137
bruta (PB), extrato etereo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente 138
ácido (FDA), conforme metodologias descritas por Mizubuti et al. (2009). A estimativa 139
dos nutrientes digestíveis totais (NDT) foram feitas segundo Capelle et al (2001). 140
Os valores nutricionais do óleo de girassol foram obtidos segundo 141
Valadares et al. (2001), pela Tabela brasileira de composição dos alimentos. As análises 142
bromatológicas foram realizadas no Laboratório de Bromatologia da UNOPAR. 143
144
Tabela 2 - Composição de ingredientes e química das dietas experimentais (MS%) 145
de cordeiros alimentados com dietas contendo óleo ou semente de 146
girassol. 147
Ingredientes Óleo de girassol
(%)
Semente de girassol
(%)
Feno de Grama 33,01 33,05
Milho moído 34,21 32,71
Farelo de soja 29,92 27,72
Semente girassol - 5,51
Óleo de Girassol 1,83 -
Sal mineral ovinos 1,01 1,01
Monensina 0,0015 0,0015
Composição bromatológica
Matéria seca 90,65 90,92
Matéria mineral 4,19 4,12
Proteína bruta 17,60 20,02
Extrato etéreo 3,84 4,34
FDN 33,21 34,68
FDA 19,09 20,10
NDT 69,89 67,4
FDN- fibra em detergente neutro, FDA- fibra em detergente ácido, NDT- nutrientes digestíveis totais. 148
As dietas foram fornecidas duas vezes ao dia, todos os dias no mesmo 149
horário as 08:00 e as 16:00 horas. A semente e o óleo de girassol foram acrescentados na 150
dieta total no momento do fornecimento, evitando riscos de cada animal não receber a 151
quantidade exata necessária. 152
35
As sobras de alimentos eram recolhidas e pesadas (mantidas em torno de 153
15% do ofertado), antes do trato da manhã, para o ajuste da quantidade ofertada e o 154
cálculo do consumo de matéria seca total por dia de cada animal (CMS). 155
O período de confinamento foi de 75 dias, sendo sete dias de adaptação e 156
68 dias de experimento. Os animais foram pesados no dia zero do experimento, a cada 21 157
dias e no dia do abate (após jejum de 16 horas) para acompanhamento do ganho de peso 158
vivo total (GPT) e do ganho de peso diário (GPD). Foi calculada a conversão alimentar 159
individual dos animais, pela razão entre o ganho de peso total no experimento e o 160
consumo de matéria seca total. 161
No dia anterior ao abate, foram feitas mensurações da carcaça in vivo via 162
ultrassonografia com aparelho modelo Sonoscape S6vet, em tempo real, pelo lado direito 163
do animal, executando-se previamente a tricotomia da região entre a 12ª e 13ª vértebras 164
torácica. Foram estimadas área de olho-de-lombo (AOL) com transdutor convexo 165
multifrequencial à frequência de 5MHZ e a espessura de gordura subcutânea (EGS) e 166
marmoreio com transdutor linear multifrequencial com frequência de 10MHZ. 167
Para avaliação do perfil metabólico dos animais, foram colhidas amostras 168
de sangue no inicio e ao final do período experimental (75 dias), no dia do abate. O sangue 169
foi coletado por punção da veia jugular, usando tubos vacutainer secos (4 ml). As 170
amostras de sangue foram centrifugadas (2500 RPM durante 15 minutos), sendo retirado 171
o soro e armazenado em tubos tipo eppendorf de 1,5 ml. Foram determinados os níveis 172
séricos de creatinina, triglicerídeos, colesterol e glicose, utilizando espectrofotômetro 173
BioPlus, com kits comerciais Analisa Gold. 174
Os animais foram abatidos todos no mesmo dia, com média de 35 kg de 175
peso vivo. O abate foi feito utilizando as normas de abate humanitário. Antes do abate, 176
os animais permaneceram 16 horas em jejum de sólidos e com consumo irrestrito de água, 177
e em seguida foram pesados para se obter o peso corporal ao abate (PCA). Foram 178
removidos os pés, cabeça e componentes internos antes da carcaça ser pesada, obtendo-179
se o peso de carcaça quente (PCQ). Após retirados os componentes internos, foi realizada 180
a pesagem do trato gastrointestinal cheio. Em seguida, o mesmo foi esvaziado e pesado 181
novamente para obter peso do trato gastrointestinal vazio, possibilitando assim o cálculo 182
do peso do conteúdo gastrointestinal e do peso corporal vazio, que é o peso corporal ao 183
abate menos o conteúdo gastrointestinal. Após pesagem das carcaças, as mesmas foram 184
36
armazenadas em câmara fria à 4ºC, por 24 horas para assim obter o peso de carcaça fria 185
(PCF). 186
O rendimento de carcaça quente (RCQ) foi determinado pela razão entre 187
o peso de carcaça quente e o peso corporal ao abate, multiplicado por 100. O rendimento 188
de carcaça fria (RCF), foi determinado pela razão entre o peso de carcaça fria e o peso 189
corporal ao abate, multiplicado por 100. Para a determinação do rendimento biológico 190
(RB), utilizou-se a razão entre o peso de carcaça quente e o peso corporal vazio, 191
multiplicado por 100. E para a determinação do índice de quebra por resfriamento (IQR) 192
utilizou-se o peso de carcaça quente menos peso de carcaça fria pela razão do peso de 193
carcaça quente multiplicado por 100. 194
Posteriormente, foram mensuradas as medidas objetivas (ou 195
morfométricas) das carcaças, segundo Osório e Osório (2005). Utilizando-se a fita 196
métrica para o perímetro da garupa (mensuração tomando-se como base os trocânteres 197
dos fêmures), perímetro da perna, comprimento externo da carcaça (distância entre a base 198
da cauda e do pescoço), comprimento de braço e perímetro de braço. Com a utilização do 199
paquímetro, foram mensuradas a largura do tórax (largura máxima desta região 200
anatômica), largura do dorso, largura da garupa (largura máxima entre os trocânteres dos 201
fêmures) e profundidade de braço. As avaliações de conformação foram feitas seguindo 202
a classificação europeia de carcaças (superior; excelente, muito boa, boa, normal e pobre) 203
e de grau de acabamento (variando de 1 a 5, do ausente ao abundante (SANUDO et al. 204
2000). 205
Após 24 horas em câmara fria, foi retirado uma porção do músculo 206
Longissimus thoracis et lumborum (entre 12a e a 13a costelas) e este foi encaminhado ao 207
laboratório de bromatologia da UNOPAR, para a realização das análises. Foi determinada 208
a área de olho-de-lombo na carcaça (AOLC), por meio de um paquímetro digital sendo 209
mensurada a largura máxima (A) e a profundidade máxima (B), para determinação de 210
área de acordo com a fórmula: AOL = (A/2*B/2)π, segundo Cezar & Sousa (2007). 211
A amostra de carne foi dividida em duas porções, sendo que uma delas, de 212
aproximadamente 50 gramas, foi utilizada para análises de cor, pH e capacidade de 213
retenção de água no mesmo dia. Outra porção, de aproximadamente 100 gramas, foi 214
congelada para posteriores análises de umidade, extrato etéreo, proteína bruta, cinzas, 215
37
além de mensurar as perdas por descongelamento (PDESC) e cocção das carnes (PCOC); 216
conforme AOAC (2005). 217
A mensuração do pH da carne foi feita com auxílio do pHmêtro portátil 218
digital TESTO 205 (TESTO AG Germany) no período de 24 horas post mortem. 219
A cor da carne foi mensurada na amostra de carne usando o colorímetro 220
portátil KONICA MINOLTA, color reader CR-10 (Tokyo, Japão) com iluminante D65 e 221
10°, ângulo de inclinação para avaliação dos componentes L* (luminosidade), a* 222
(componente vermelho-verde) e b* (componente amarelo-azul), os quais foram expressos 223
pelo sistema de cor CIELAB; segundo Houben et al. (2000). As medidas foram efetuadas 224
em três pontos de cada amostra de carne. 225
A capacidade de retenção de água (CRA) da carne, foi avaliada pelo 226
método de aplicação de pressão, pesando uma amostra de carne antes e após a 227
sobreposição de um peso de 10 kg durante 5 minutos; obtendo o valor da perda de água 228
por pressão. 229
Para estimar a perda por descongelamento as amostras foram 230
descongeladas sob refrigeração (5ºC) durante 24 horas, calculando a perda por 231
descongelamento. Para a cocção, estas amostras foram previamente pesadas e assadas em 232
forno a gás pré-aquecido à temperatura de 170°C, até atingirem 71°C no seu centro 233
geométrico, mensurada através de um termômetro digital. Após a cocção, as amostras 234
foram resfriadas em temperatura ambiente e pesadas novamente. A perda de peso por 235
descongelamento foi calculada pela diferença entre o peso da carne congelada e após 236
descongelamento; e a perda de peso por cocção através da diferença entre o peso da carne 237
refrigerada e assada, expressas em porcentagem do peso inicial (AMSA, 2015). 238
Em amostras separadas para a composição centesimal da carne, foram 239
feitas análises de umidade, proteína, gordura e cinzas, realizadas de acordo com a 240
metodologia descrita por Mizubuti et al. (2009). 241
Para o cálculo da viabilidade econômica do uso dos produtos de girassol 242
na dieta de cordeiros em terminação, consideraram-se os custos das dietas utilizadas, o 243
custo de aquisição do cordeiro magro e a receita da carcaça. Os ingredientes apresentaram 244
os seguintes custos: Milho moído (0,87 centavos/kg), farelo de soja (1,42 reais/kg), sal 245
mineral de ovinos (1,83 reais/kg), feno de capim tifton 85 (0,73 centavos/kg), o valor total 246
da saca do milho de 25, 31 reais e a saca de soja 68, 84 reais . A partir dos ingredientes 247
38
calculou-se o custo total da dieta, ficando 1,08 e 1,30 R$/kg para as dietas com óleo ou 248
semente de girassol, respectivamente. O custo total por animal foi a soma do custo de 249
alimentação por animal (em todo o período) e o valor de aquisição do cordeiro magro (R$ 250
6,00 por kg de peso vivo). A receita de carcaça foi o produto da média peso de carcaça 251
fria pelo preço de venda da carcaça por quilo (R$ 20,00). 252
Para a comparação dos tratamentos, foram realizadas análises de variância 253
pelo pacote ExpDes.pt (FERREIRA; CAVALCANTI; NOGUEIRA, 2018) no software 254
R (R Core Team, 2017). Também foram realizadas análises de normalidade e 255
homogeneidade de variância dos resíduos pelos testes Shapiro-Wilk e Bartlett, 256
respectivamente, e quando necessário foram retirados os outliers. Para todas as análises, 257
foi considerado um nível de significância de 5% de probabilidade. 258
RESULTADOS E DISCUSSÃO 259
O ganho de peso médio diário (GPMD) foi satisfatório, 220g/dia, 20g acima da 260
previsão do NRC (2007) para esta categoria (200 g/dia), consumindo essas proporções 261
citadas. Não houve diferença significativa (P0,05) para as variáveis relacionadas ao 262
desempenho animal (Tabela 3) e os valores médios para as variáveis CMS e CMSPV 263
foram de 1,21 kg de MS/dia, e 4,39% do peso vivo, respectivamente. Esses valores estão 264
de acordo com as recomendações do NRC (2007), que preconiza o consumo de 4,17% do 265
PV para cordeiros precoces a partir de 20 kg. 266
TABELA 3 - Média e desvio padrão das variáveis relacionadas ao desempenho de 267
cordeiros terminados com o uso de semente ou óleo de girassol. 268
Tratamentos
Variáveis* Óleo Semente P-valor
CMS (Kg/dia) 1,22±0,26 1,21±0,13 0,94
CMSPV (% PV) 4,38±0,20 4,40±0,24 0,88
GPMD (kg/dia)) 0,22±0,07 0,22±0,07 0,88
GPT (kg) 11,83±4,16 12,16±3,93 0,88
CA 5,32±0,95 5,28±1,48 0,96
*CMS: consumo de matéria seca (kg/dia), CMSPV: consumo de materia seca em função do peso vivo 269 animal (%); GPMD: ganho de peso médio diário (kg/dia), GPT: ganho de peso total no confinamento (kg), 270 CA: conversão alimentar.; **P probabilidade estatística 271
272
39
Os valores de extrato etéreo utilizados na dieta ficaram em torno de 3,84% 273
para dieta com óleo e 4,34% para dieta com semente, valores essas dentro do padrão 274
recomendado por diversos autores na literatura (SULLIVAN et al, 2014, JORGE et al, 275
2008 e PALMQUIST e MATTOS 2006) que não pode ultrapassar de 7% na dieta total. 276
Com os níveis de extrato etéreo utilizados em ambas dietas não houve 277
prejuízos no consumo, no ganho de peso e também na conversão alimentar dos animais. 278
De acordo com a Tabela 4 as variáveis quantitativas da carcaça não foram 279
diferentes entre os tratamentos (P0,05). Da mesma forma Almeida et al (2016), 280
estudaram a inclusão de 8% de semente de girassol aliado a vitamina E na dieta de 281
cordeiros santa inês x dorper, utilizando a cana de açúcar como volumoso. Nessa pesquisa 282
os autores não obtiveram diferenças no desempenho, na digestibilidade e nas 283
características da carcaça. 284
Os rendimentos de carcaça quente, fria e verdadeira estão dentro dos 285
padrões comumente encontrados em pesquisas com a espécie ovina, no trabalho de Rego 286
et al (2019) encontraram valores de 46, 49%, 44,7% e 51,32 % respectivamente. 287
TABELA 4 - Variáveis quantitativas da carcaça de cordeiros terminados com 288
semente ou óleo de girassol. 289
TRATAMENTOS
Variáveis SEMENTE ÓLEO P-valor
PCA (KG) 34,93±2,79 33,93±7,53 0,76
PCQ(KG) 16,36±2,01 15,90±3,15 0,76
PCF(KG) 15,80±1,83 15,51±3,06 0,84
PCVAZIO 29,96±2,96 28,85±7,15 0,72
RCQ (%) 48,87±4,33 47,10±2,29 0,90
RCF (%) 45,22±3,82 45,96±2,05 0,68
RCVERD 54,64±5,03 55,71±3,70 0,68
AC (cm) 3,5±0,83 3,83±0,98 0,54
CO (cm) 3,66±1,03 4,00±1,26 0,62
*PCA: peso de corporal ao abate, PCQ: peso de carcaça quente, PCF: peso carcaça fria, PCVAZIO: peso 290 corporal vazio, RCQ: rendimento de carcaça quente, RCF: rendimento de carcaça fria, RCVERD: 291 rendimento de carcaça verdadeira, AC: acabamento, CO: conformação. 292
40
Os valores observados para área de olho de lombo (Tabela 6) através do 293
método de paquímetro (pós mortem) foram de 14,58 para dieta com óleo e 16,77 para 294
dieta com semente, valores esses que encontram-se próximos aos relatados por outros 295
pesquisadores, como Rego et al (2019), avaliando cordeiros Texel em terminação; e 296
Benaglia et al (2016) avaliando cordeiros Ille de France; encontraram valores médios de 297
14,5 e 12,97 cm2, respetivamente. 298
299
TABELA 5 - Mensurações no músculo Longissimus lumborum de cordeiros 300
terminados em dieta com óleo ou semente de Girassol. 301
Tratamentos
Variáveis ÓLEO SEMENTE P-valor
AOL1 (cm2) 14,58±1,98 16,77±2,19 0,09
AOL2 (cm2) 12,95±3,32 13,70±2,78 0,68
EG (mm) 1,41±0,19 1,38±0,27 0,81
MARMOREIO 1,5±0,54 1,66±0,51 0,59
*AOL1 área de olho de lombo feita com paquimetro, *AOL2 área de olho de lombo feita ultra som; EG: 302 espessura de gordura, PAP: perda de água por pressão 303
A espessura de gordura média entre os grupos foi de 1,39 mm e foi 304
semelhante entre os tratamentos. Esses valores podem ser considerados baixos e 305
possivelmente são consequência do curto período de confinamento e do abate em idade 306
precoce dos animais, inferior a 5 meses. Este resultado é satisfatório, pois carcaças de 307
cordeiros precoces (abatidos de 120 a 150 dias de idade) apresentam menor quantidade 308
de gordura, e atendem as exigências do mercado consumidor (Carvalho & Siqueira, 309
2001). Ressalta-se ainda que a deposição de gordura na carcaça (acabamento) é feita 310
sempre tardiamente em comparação com a deposição de músculo. Segundo Queiroz et al 311
(2015); carcaças com 2 mm de espessura de gordura apresentam maiores perdas por 312
resfriamento que carcaças de 3 e 4 mm. 313
SENEGALHE et al (2014), avaliou-se a espessura de gordura relacionada 314
ao tempo de confinamento em cordeiros oriundos do cruzamento da raça santa inês com 315
dorper, observaram que os animais abatidos aos 108 dias de confinamento apresentaram 316
2,0mm de espessura de gordura, para os animais abatidos com 119 dias 3,0mm e aos 146 317
dias 4,0mm. 318
41
Para as variáveis umidade, MM, PB, PPDESC e PPC (Tabela 7), não 319
houve diferenças significativas entre os tratamentos estudados. Da mesma forma, Macedo 320
et al. (2008), quando compararam a composição centesimal do músculo Longissimus 321
lumborum de cordeiros que receberam dietas com diferentes níveis de inclusão de 322
semente de girassol, não encontraram diferenças entre os grupos experimentais. 323
A presença de óleo ou semente de girassol nas dietas, sendo ambas com 324
elevado nível de concentrado (67%), não influenciou os valores de pH da carne (p>0,05), 325
sendo que os valores médios obtidos foram de 5,7 e 5,6 (Tabela 7), respectivamente. Em 326
um estudo de Zeola et al. (2001) no qual foram utilizados níveis crescentes de 327
concentrado na dieta (30, 45 e 60%), também não constataram influência desse alto nível 328
de concentrado para os valores de pH da carne. 329
Os valores de pH da carne dos cordeiros deste trabalho corroboram com 330
outros autores (ALVES et al., 2015; VIEIRA et al., 2010). Os resultados de Alves et al. 331
(2015), no qual foram confinados cordeiros sem raça definida com grão de soja in natura 332
ou tostado com diferentes níveis de inclusão de concentrado (50 e 80%), obtiveram 333
valores de pH dentro de um intervalo de 5,78 à 5,87. 334
Os níveis de EE na carne foram maiores (p>0,05) na dieta com óleo, com 335
acréscimo de 1,5% em comparação a dieta com semente, mesmo com o elevado teor de 336
EE da semente (43,86%) e dos maiores valores de EE da dieta total com semente (4,34) 337
em comparação a dieta com óleo (3,84). Isso deve a possivelmente a baixa digestibilidade 338
da semente de girassol, em função dos elevados teores (TABELA 1 ) de FDN (56,02%) 339
e FDA (35,98%), enquanto o ingrediente óleo apresenta nutrientes prontamente 340
disponíveis. 341
342
343
344
345
346
347
42
Tabela 6- Médias e desvios-padrão (DP) para a composição centesimal da carne de 348
cordeiros terminados com dietas com inclusão de óleo ou semente de 349
girassol 350
Variável* Tratamentos
P-valor Óleo Semente
Umidade 52,92±5,47 56,44±3,14 0,20
MM 2,55±0,36 2,98±0,361 0,06
PB 25,89±2,90 25,24±1,177 0,62
EE 5,00±1,3 3,57±0,59 0,02
PPDESC 8,40±1,46 9,83±2,354 0,23
PPC 35,69±2,88 34,92±1,692 0,58
pH 5,77±0,25 5,63±0,189 0,27
L* 39,61±4,99 36,92±4,648 0,35
a* 14,44±1,94 14,23±2,645 0,877
b* 7,53±1,89 6,33±0,848 0,18
PAP 79.34±5.83 76.05±5.56 0,34
*MM: Matéria mineral, PB: Proteína bruta; EE: Extrato etéreo; PPDESC: Perdas por 351 descongelamento; PPC: Perdas por cocção, pH potencial hidrogênio; L*luminosidade; a*: intensidade 352 de vermelho; b*: intensidade de amarelo. 353
A cor da carne é um dos aspectos mais relevantes para o consumidor, por 354
refletir o estado químico da mesma. As médias no presente estudo foram 38,26; 14,33 e 355
6,93 para os componentes L*, a* e b* respectivamente. Esses valores estão próximos 356
aos obtidos em outras pesquisas, como a de Fernandes Junior et al. (2015), que 357
observaram em cordeiros Santa Inês, valores de 35,73 a 37,70 para L*, 13,95 a 15,33 358
para o A* e 10,15 a 10,9 para o B*. 359
As análises bioquímicas (Tabela 8) do sangue não variaram entre os tratamentos (p>0,05). 360
361
362
363
364
365
366
43
Tabela 7- Análises bioquímicas de cordeiros alimentados com dieta com óleo ou 367
semente de girassol. 368
Tratamentos
Variáveis Óleo Semente P-valor
Colesterol (mg/dl) 49,00±7,13 46,25±5,98 0,48
Triglicerídeos (mg/dl) 21,16±5,16 21,66±6,92 0,89
Creatinina (mg/dl) 0,79±0,12 0,70±0,15 0,28
Glicose (mg/dl) 82,5±8,45 79,83±13,71 0,69
369
As correlações entre o peso vivo animal ao abate (PV) e as variáveis da 370
carcaça (Tabela 9); demonstraram que o peso vivo está correlacionado (p<0,05) 371
positivamente principalmente com as variáveis subjetivas como a conformação (0,52), o 372
grau de acabamento da carcaça (0,55),e a AOL2, via ultra som (0,69). É importante 373
ressaltar que a correlação entre as medidas de AOL1 (feita com paquímetro, na carcaça) 374
e AOL2 (via ultra som in vivo), foi alta e positiva, de 0,56; similar à correlação observada 375
por Pinheiro et al (2010); que encontraram valores de 0,54. 376
377
44
Tabela 8 - Correlações e valor de P das variáveis da carcaça de cordeiros 378
alimentados com semente ou óleo de girassol. 379
AOL1 EG AOL2 MARM ACAB CONF PV
AOL1 1,00 0,12 0,56 -0,01 0,49 0,587 0,46
0,68 0,05 0,95 0,10 0,04 0,13
EG 0,12 1,00 0,44 -0,46 0,22 0,03 -0,15
0,68 0,15 0,12 0,47 0,91 0,62
AOL2 0,56 0,44 1,00 0,13 0,84 0,69 0,69
0,05 0,15 0,67 0,0006 0,01 0,01
MARM -0,01 -0,46 0,13 1,00 0,06 0,18 0,40
0,95 0,12 0,67 0,83 0,56 0,19
ACAB 0,49 0,22 0,84 0,06 1,00 0,85 0,55
0,10 0,47 0,0006 0,83 0,0004 0,05
CONF 0,58 0,03 0,69 0,18 0,85 1,00 0,52
0,04 0,91 0,01 0,56 0,0004 0,07
PV 0,46 -0,15 0,69 0,40 0,55 0,52 1,00
0,13 0,62 0,01 0,19 0,05 0,07
AOL1: área de olho de lombo real, EG: espessura de gordura; AOL2: área de olho de lombo via 380 ultrassom, MARM: marmoreio; ACAB: grau de acabamento da carcaça; CONF: conformação da carcaça; 381 PV: peso vivo ao abate. 382
Os custos totais por animal ficaram 8% maiores no grupo que recebeu a 383
semente de girassol, em virtude do maior custo da dieta e também do maior consumo dos 384
animais desse grupo. Em virtude disso, o custo por kg de carne para o grupo óleo ficou 385
6% inferior ao grupo semente; e a margem bruta por animal ficou 9% superior para o 386
grupo óleo. 387
Dessa forma, o confinamento de cordeiros em fase de terminação, com a 388
inclusão de óleo de girassol; mostrou maior viabilidade econômica em relação a dieta 389
com inclusão da semente de girassol. 390
391
392
393
45
Tabela 9. Viabilidade econômica relacionada a alimentação dos cordeiros recebendo óleo 394
ou semente de girassol na terminação em confinamento 395
Variáveis Óleo de girassol Semente de girassol
1-Custo/kg MS da dieta total R$ 1,08 1,30
2Custo do cordeiro magro, R$ 132,6 136,6
3-Custo alimentação/animal, R$ 64,84 77,52
4-Custo total /animal, R$ 197,44 214,12
5-Receita bruta /animal, R$ 341,36 347,6
6-Margem bruta/animal R$ 143,92 133,48
7-Custo por kg de carne R$ 12,73 13,55
8-Margem bruta por kg de carne R$ 9,28 8,44
1 – Cálculo do custo da dieta considerando o custo de cada ingrediente conforme material e métodos; 2 – 396 Custo do cordeiro magro (6,00R$) multiplicado pelo peso inicial dos animais ao entrar no confinamento); 397 3 – Consumo total do animal multiplicado pelo custo por kg da dieta; 4 – Somatória dos itens 2 e 3. 5- Peso 398 da carcaça fria multiplicado pelo valor de venda da carcaça (20,0R$/kg); 6-Receita bruta/animal menos – 399 custo total/animal 7-Custo total (item4) dividido pelo peso de carcaça fria; 8 –margem bruta (item6) 400 dividido pelo peso de carcaça fria 401
402
CONCLUSÃO 403
A semente e o óleo de girassol podem ser utilizados como fontes de 404
gordura na terminação de cordeiros. O óleo de girassol proporcionou maior incremento 405
de gordura na carne e maior rentabilidade econômica. 406
407
408
409
410
411
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526
527
528
529
530
531
532
533
534
535
536
537
538
539
540
541
542
543
51
CONSIDERAÇÕES FINAIS 544
Os produtos de girassol testados nesta pesquisa, ambos ricos em ácidos 545
graxos instaurados, não demonstraram através das variáveis estudadas, prejuízos ao 546
desempenho, a conversão alimentar e ao rendimento de carcaça. Pelo contrário, todas as 547
respostas obtidas foram satisfatórias e coerentes com a raça estudada, em comparação 548
com as pesquisas disponíveis na literatura. 549
Outro objetivo deste estudo, ainda em fase de desenvolvimento é a 550
identificação e quantificação das bactérias ruminais, por meio das técnicas PCR (reação 551
em cadeia da polimerase) e PCR real time; respectivamente. Essa avaliação trará uma 552
resposta especifica sobre as possíveis transformações ocorridas na microbiota ruminal. 553
São necessários testes de digestibilidade para assegurar a eficácia destas 554
dietas; uma vez que, no dia a dia, verificou-se algumas vezes, sementes inteiras nas fezes 555
dos animais. Entretanto, para quantificar essa excreção das sementes inteiras faz-se 556
necessário o uso das bolsas coletoras de fezes em um ensaio de digestibilidade in vivo. 557
Uma alternativa para melhorar a digestibildiade da semente seria a 558
floculação da mesma, porém, certamente com algum prejuízo com relação à absorção 559
dos ácidos graxos insaturados em sua forma original, sem sofrer a bio hidrogenação. 560
Uma comparação entre as formas inteira ou floculada trariam esses resultados práticos. 561
52
Diretrizes para Autores 1 Categorias dos Trabalhos 2 a) Artigos científicos: no máximo 20 páginas incluindo figuras, tabelas e referências bibliográficas; 3 b) Comunicações científicas: no máximo 12 páginas, com referências bibliográficas limitadas a 16 citações 4 e no máximo duas tabelas ou duas figuras ou uma tabela e uma figura; 5 b) Relatos de casos: No máximo 10 páginas, com referências bibliográficas limitadas a 12 citações e no 6 máximo duas tabelas ou duas figuras ou uma tabela e uma figura; 7 c) Artigos de revisão: no máximo 25 páginas incluindo figuras, tabelas e referências bibliográficas. 8 Apresentação dos Trabalhos 9 Os originais completos dos artigos, comunicações, relatos de casos e revisões podem ser escritos em 10 português ou inglês no editor de texto Word for Windows, em papel A4, com numeração de linhas por 11 página, espaçamento 1,5, fonte Times New Roman, tamanho 11 normal, com margens esquerda e direita 12 de 2 cm e superior e inferior de 2 cm, respeitando-se o número de páginas, devidamente numeradas no 13 canto superior direito, de acordo com a categoria do trabalho. 14 FIGURAS: Em APA, deve-se utilizar apenas tabelas e figuras. Sendo consideradas como figuras: gráficos, 15 fotografias, mapas, organogramas e retratos. A identificação das figuras deve aparecer na parte 16 inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto 17 TABELA: O título de tabela precisa ser breve, claro e explicativo. Ele deve ser colocado acima da tabela, 18 no canto superior esquerdo, e logo abaixo da palavra Tabela (com a inicial maiúscula), acompanhada do 19 número que a designa. 20 OBS. Citar a autoria da fonte somente quando as tabelas ou figuras não forem do autor. 21 PREPARAÇÃO DOS MANUSCRITOS 22 Artigo científico: 23 Deve relatar resultados de pesquisa original das áreas afins, com a seguinte organização dos tópicos: Título; 24 Título em inglês; 3 à 5 pontos principais (Highlights); Resumo com Palavras-chave (no máximo seis 25 palavras, em ordem alfabética); Abstract com Key words (no máximo seis palavras, em ordem alfabética); 26 Introdução; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusões; Agradecimentos; Fornecedores, 27 quando houver e Referências Bibliográficas. Os tópicos devem ser destacados em negrito, sem numeração, 28 quando houver a necessidade de subitens dentro dos tópicos, os mesmos devem ser destacados em itálico e 29 se houver dentro do subitem mais divisões, essas devem receber números arábicos. (Ex. Material e 30 Métodos... Áreas de estudo...1. Área rural...2. Área urbana). 31 O trabalho submetido não pode ter sido publicado em outra revista com o mesmo conteúdo, exceto na forma 32 de resumo em Eventos Científicos, Nota Prévia ou Formato Reduzido. 33 A apresentação do trabalho deve obedecer à seguinte ordem: 34 1. TÍTULO DO TRABALHO: acompanhado de sua tradução para o inglês. 35 2. ADICIONAR 3 à 5 PONTOS PRINCIPAIS(Highlights): Consiste de 3 à 5 pontos principais do artigo 36 que permite ao leitor uma visão dos principais resultados do manuscrito. Cada "Highlight" deve conter no 37 máximo 85 caracteres incluindo espaçamentos. 38 3. RESUMO E PALAVRAS-CHAVE: Deve ser incluído um resumo informativo com um mínimo de 200 39 e um máximo de 400 palavras, na mesma língua que o artigo foi escrito, acompanhado de sua tradução para 40 o inglês (Abstract e Key words). 41 4. INTRODUÇÃODeverá ser concisa e conter revisão estritamente necessária à introdução do tema e 42 suporte para a metodologia e discussão. 43 5. MATERIAL E MÉTODOSPoderá ser apresentado de forma descritiva contínua ou com subitens, de 44 forma a permitir ao leitor a compreensão e reprodução da metodologia citada com auxílio ou não de citações 45 bibliográficas. 46 6. RESULTADOS E DISCUSSÃODevem ser apresentados de forma clara, com auxílio de tabelas, 47 gráficos e figuras, de modo a não deixar dúvidas ao leitor, quanto à autenticidade dos resultados e pontos 48 de vistas discutidos. 49 7. CONCLUSÕESDevem ser claras e de acordo com os objetivos propostos no trabalho. 50 8. AGRADECIMENTOSAs pessoas, instituições e empresas que contribuíram na realização do trabalho 51 deverão ser mencionadas no final do texto, antes do item Referências Bibliográficas. 52 Observações: 53 Notas: Notas referentes ao corpo do artigo devem ser indicadas com um símbolo sobrescrito, 54 imediatamente depois da frase a que diz respeito, como notas de rodapé no final da página. 55 Figuras: Deverão ser inseridas no final do artigo, um em cada página, após as referências. Quando 56 indispensáveis figuras poderão ser aceitas e deverão ser assinaladas no texto pelo seu número de ordem em 57
53
algarismos arábicos. Se as ilustrações enviadas já foram publicadas, mencionar a fonte e a permissão para 58 reprodução. 59 Tabelas: Deverão ser inseridas no final do artigo, um em cada página, após as referências. As tabelas 60 deverão ser acompanhadas de cabeçalho que permita compreender o significado dos dados reunidos, sem 61 necessidade de referência ao texto. 62 Grandezas, unidades e símbolos: 63 a) Os manuscritos devem obedecer aos critérios estabelecidos nos Códigos Internacionais de cada área. 64 b) Utilizar o Sistema Internacional de Unidades em todo texto. 65 c) Utilizar o formato potência negativa para notar e inter-relacionar unidades, e.g.: kg ha-1. Não inter-66 relacione unidades usando a barra vertical, e.g.: kg/ha. 67 d) Utilizar um espaço simples entre as unidades, g L-1, e não g.L-1 ou gL-1. 68 e) Usar o sistema horário de 24 h, com quatro dígitos para horas e minutos: 09h00, 18h30. 69 8. CITAÇÕES DOS AUTORES NO TEXO 70 As Normas da APA empregam o sistema autor-data para as citações indiretas, ou seja, sobrenome do autor, 71 vírgula e o ano de publicação. A numeração da página só é colocada quando há uma citação direta. Nesse 72 caso, usa-se o sobrenome do autor citado, vírgula, ano, vírgula seguido de “p.” e o numero da página. 73 Quando nas citações, os autores estiverem fora dos parenteses, utilizar sempre “e” (portugues); “and” 74 (ingles) e “y” (espanhol); para separar o penultimo do ultimo autor citado. O “&” e inserido sempre entre 75 o penúltimo e último autor quando citados entre parênteses e nas referências. 76 Citação: 77 Almeida, Parisi e Pereira (1999, p. 379) ou Almeida, Parisi e Pereira (1999, pp. 372-373) 78 Exemplo: 79 Almeida, L. B., Parisi, C., & Pereira, C. A. (1999). Controladoria. In A. 80 Catelli(Coord.), Controladoria: Uma abordagem da gestão econômica 81 – GECON (pp. 369-381). São Paulo: Atlas. 82 Exemplo: modelo de citação com um, seis ou mais autores 83 Figura 1Estilo de citação no texto 84 Tipo de
Citação
1ª citação fora do
parêntese
Citações
subsequentes
1ª citação dentro do
parênteses
Citações
subsequentes
1 autor Rodrigues (2019) Rodrigues (2019) (Rodrigues, 2019) (Rodrigues, 2019)
2 autores Minosso e Toso
(2019)
Minosso e Toso
(2019)
(Minosso & Toso,
2019)
(Minosso & Toso,
2019)
3-5 autores Lopes, Meier e
Rodrigues (2019)
Lopes et al. (2019) (Lopes, Meier, &
Rodrigues, 2019)
(Lopes et al., 2019)
6 ou mais
autores
Werner et al.
(2017)
Werner et al.
(2017)
(Werner et al.,
2017)
(Werner et al.,
2017)
Autor
entidade /
individual
Instituto Brasileiro
de Ciência e
Tecnologia
(IBICT) (2018)
IBICT (2018)
(Instituto Brasileiro
de Ciência e
Tecnologia
[IBICT], 2018)
(IBICT, 2018)
Organização
sem
abreviatura
Simply Cats (2019) Simply Cats (2019) (Simply Cats,
2019)
(Simply Cats,
2019)
Citação direta com supressão de parte do texto: Use reticências com cada ponto separado por espaço 85 para indicar que o texto foi suprimido. 86 Exemplo: 87 “Ao centrar-se sobre esses aspectos, da forma como o fazem, os textos privilegiam uma determinada visão 88 de profissional, . . . calcada na análise ocupacional, e que carece de individualidade, singularidade e vida.” 89 (Ferretti, 1997, pp. 58-76). 90 Para incluir um acréscimo ou explicação na citação, use colchetes. 91 Exemplo: 92 “They are studying, from an evolutionary perspective, to what extent [children’s] play is a luxury that can 93 be dispensed with when there are too many other competing claims on the growing brain . . .” (Hening, 94 2008, p. 40). 95 Diversos documentos do mesmo autor, publicados num mesmo ano 96
54
Exemplo: (Porter, 1999a, 1999b, 1999c) 97 Citação de um mesmo autor com várias datas de publicação 98 Para citação do mesmo autor com várias datas de publicação, segue-se a ordem cronológica crescente. 99 Exemplo: Segundo Porter (1986, 1991, 1999, 2000), 100 Citações com mais de sete autores 101 Nas referências, caso o material possua mais de seis autores, citar até o sexto autor, reticências e depois o 102 último autor do texto. 103 Citação de diversos autores com o mesmo sobrenome, deve ser incluída as iniciais do primeiro autor 104 em todas as citações do texto, mesmo que o ano de publicação seja diferente. 105 Exemplo: R. O. Silva (2010) e P. A. Silva (2016) também colocam que 106 9. REFERÊNCIAS: Deverão ser listadas na ordem alfabética no final do artigo. 107 108 OBS: TODAS AS REFERÊNCAS DEVERÃO SER INDICADAS O NÚMERO DO DOI QUANDO 109 HOUVER. 110 TODOS OS AUTORES PARTICIPAMENTE DOS TRABALHOS CITADOS DEVERÃO SER 111 RELACIONADOS, INDEPENDENTE DO NÚMERO DE PARTICIPANTES 112 Exemplos de Referências: 113 Obs: Voltar a segunda linha da refrência embaixo da quarta letra. 114 Artigos: 115 Berndt, T. J. (2002). Friendship quality and social development. Current Directions in Psychological 116 Science, 11,7-10. 117 Mais de um autor –Listar pelo sobrenome, inicial do nome. Use virgula e & comercial para separar 118 o ultimo autor 119 Adair, J. G., & Vohra, N. (2003). The explosion of knowledge, references, and citations: Psychology’s 120 unique response to a crisis. American Psychologist, 58(1),15–23. doi: 10.1037/0003-066X.58.1.15 121 Pereira, G.P, Sequinatto, l., Caten, A., & Mota, M. (2019). VIS-NIR spectral reflectance for discretization 122 of soils with high sand contente. Semina: Ciências Agrárias, 40(1),99-112. doi: 123 10.5433/1679- 0359.2019v40n1p99 124 Wegener, D. T., & Petty, R. E. (1994). Mood management across affective states: The hedonic 125 contingency hypothesis. Journal of Personality and Social Psychology, 66,1034-1048. doi: 126 10.1037/0022-514.66.6.1034 127 Artigos Eletrônicos: 128 Santos, C. P., & Fernandes, D. H. von der (2007). A recuperação de serviços e seu efeito na confiança 129 e lealdade do cliente. RAC- letrônica, 1(3), 35-51. Recuperado de 130 http://anpad.org.br/periodicos/content/frame_base.php?revista=3 131 Livros 132 Kashdan, T., & Biswas-Diener, R. (2014). The upside of your dark side. New York, NY: Hudson Street 133 Press. 134 Capítulo de Livros 135 Serviss, G. P. (1911). A trip of terror. In A Columbus of space (pp. 17- 32). New York, NY: Appleton. 136 Capítulo de livro (eletrônico) 137 Shuhua, L. (2007). The Night of Midautumn Festival. In J. S. M. Lau & H. Goldblatt (Eds.), The 138 Columbia Anthology of Modern Chinese Literature (pp. 95-102). New York, NY: Columbia University 139 Press. Recuperado de https://www.worldcat.org/title/columbia-anthology-of- modern-chinese-140 literature/oclc/608153696 141 142 Gambetta, D. (2000). Can we trust trust? In D. Gambetta (Ed.). Trust: making and breaking cooperative 143 relations (Chap. 13, pp. 213-237). Oxford: Department of Sociology, University of Oxford. 144 Recuperado de, from http://www.sociology.ox.ac.uk/papers/gambetta213- 237.pdf. 145 Anais/Proceedings 146 Costa, E. R., & Boruchovitch, E. (2001). Entendendo as relações entre estratégias de aprendizagem e a 147 ansiedade. Anais da XXXI Reunião Anual de Psicologia (p.203). Ribeirão Preto, SP: Sociedade 148 Brasileira de Psicologia. 149 Ayres, K. (2000, setembro). Tecno-stress: um estudo em operadores de caixa de supermercado. Anais do 150 Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em 151 Administração, Florianópolis, SC, Brasil, 24. 152
55
Junglas, I., & Watson, R. (2003, December). U-commerce: a conceptual extension of e-commerce and 153 m-commerce. Proceedings of the International Conference on Information Systems, Seattle, WA, 154 USA, 24. 155 Teses e dissertações impressas 156 Leon, M. E. (1998). Uma análise de redes de cooperação das pequenas e médias empresas do setor das 157 telecomunicações. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. 158 Torres, C. V. (1999). Leadership style norms among americans and brazilians: assessing differences 159 using jackson's return potential model. Doctoral dissertation, California School of 160 Professional Psychology, CSPP, USA. 161 Teses e dissertações (Eletrônicas) 162 Hirata, C. A. (2016). Microbiologia agrícola, Microorganismos do solo, Fungos micorrízicos, 163 Microorganismos fixadores de nitrogênio, Ecologia microbiana. Tese de doutorado, Universidade 164 Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil. Recuperado de http://www.bibliotecadigital.uel.br 165 Autor Organização 166 American Psychiatric Association. (1988). DSM-III-R, Diagnostic and statistical manual of mental 167 disorder (3rd ed. rev.). Washington, DC: Author. 168 Leis, decretos, portarias e documentos governamentais 169 Lei n. 11.638, de 28 de setembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro 170 de 1976, e da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande 171 porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Recuperado de 172 http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm 173 Decreto Lei nº 238/98 de 1 de Agosto. Diário da República nº 176/98 - I Série A. Ministério do Ambiente. 174 Lisboa. 175 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1998). Brasília. Recuperado de 176 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL _03/ Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm 177 Portaria nº 809/90 de 10 de Setembro. Diário da República nº 209/90 - I Série. Ministério da Agricultura, 178 Pescas e Alimentação, da Saúde e do Ambiente e Recursos Naturais. 179 Ministério da Saúde (BR). (2004). Sistema de monitoramento de indicadores Programa Nacional de 180 DST e Aids. Recuperado de http://www.aids.gov.br/9 181 Relatório de Pesquisa 182 Marques, E. V. (2003). Uma análise das novas formas de participação dos bancos no ambiente de 183 negócios na era digital (Relatório de Pesquisa/2003), São Paulo, SP, Centro de Excelência Bancária, 184 Escola de Administração de Empresas, Fundação Getúlio Vargas. 185 A exatidão e adequação das referências a trabalhos que tenham sido consultados e mencionados no 186 texto do artigo, bem como opiniões, conceitos e afirmações são da inteira responsabilidade dos 187 autores. 188 Observação: Consultar os últimos fascículos publicados para mais detalhes de como fazer as referências 189 do artigo. 190 As outras categorias de trabalhos (Comunicação científica, Relato de caso e Revisão) deverão seguir as 191 mesmas normas acima citadas, porém, com as seguintes orientações adicionais para cada caso: 192 Comunicação científica 193 Uma forma concisa, mas com descrição completa de uma pesquisa pontual ou em andamento (nota prévia), 194 com documentação bibliográfica e metodologias completas, como um artigo científico regular. Deverá 195 conter os seguintes tópicos: Título (português e inglês); Resumo com Palavras-chave; Abstract com Key 196 words; Corpo do trabalho sem divisão de tópicos, porém seguindo a sequência - introdução, metodologia, 197 resultados e discussão (podem ser incluídas tabelas e figuras), conclusão e referências bibliográficas. 198 Relato de caso 199 Descrição sucinta de casos clínicos e patológicos, resultados inéditos, descrição de novas espécies e estudos 200 de ocorrência ou incidência de pragas, microrganismos ou parasitas de interesse agronômico, zootécnico 201 ou veterinário. Deverá conter os seguintes tópicos: Título (português e inglês); Resumo com Palavras-202 chave; Abstract com Key words; Introdução com revisão da literatura; Relato do (s) caso (s), incluindo 203 resultados, discussão e conclusão; Referências Bibliográficas. 204 Artigo de revisão bibliográfica 205 Deve envolver temas relevantes dentro do escopo da revista. O número de artigos de revisão por fascículo 206 é limitado e os autores somente poderão apresentar artigos de interesse da revista mediante convite de 207 membro(s) do comitê editorial da Revista. No caso de envio espontâneo do autor (es), é necessária a 208 inclusão de resultados relevantes próprios ou do grupo envolvido no artigo, com referências bibliográficas, 209 demonstrando experiência e conhecimento sobre o tema. 210
56
O artigo de revisão deverá conter os seguintes tópicos: Título (português e inglês); Resumo com Palavras-211 chave; Abstract com Key words; Desenvolvimento do tema proposto (com subdivisões em tópicos ou não); 212 Conclusões ou Considerações Finais; Agradecimentos (se for o caso) e Referências Bibliográficas. 213 Outras informações importantes 214 1. A publicação dos trabalhos depende de pareceres favoráveis da assessoria científica "Ad hoc" e da 215 aprovação do Comitê Editorial da Semina: Ciências Agrárias, UEL. 216 2. Não serão fornecidas separatas aos autores, uma vez que os fascículos estarão disponíveis no endereço 217 eletrônico da revista (http://www.uel.br/revistas/uel). 218 4. Transferência de direitos autorais: Os autores concordam com a transferência dos direitos de publicação 219 do referido artigo para a revista. A reprodução de artigos somente é permitida com a citação da fonte e é 220 proibido o uso comercial das informações. 221 5. As questões e problemas não previstos na presente norma serão dirimidos pelo Comitê Editorial da área 222 para a qual foi submetido o artigo para publicação. 223 6. Numero de autores: Não há limitação para número de autores, mas deverão fazer parte como co-autores 224 aquelas pessoas que efetivamente participaram do trabalho. Pessoas que tiveram uma pequena participação 225 no artigo deverão ser citadas no tópico de Agradecimentos, bem como instituições que concederam bolsas 226 e recursos financeiros. 227 7. Incluir o ORCID de todos os autores aprovados para publicação. O identificador ORCID pode ser obtido 228 no registro ORCID. Você deve aceitar os padrões para apresentação de iD ORCID e incluir a URL completa 229 (por exemplo: http://orcid.org/0000-0002-1825-0097). 230 Declaração de Direito Autoral 231 Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são de direito do autor. Em virtude da 232 aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em 233 aplicações educacionais e não-comerciais. 234 A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e 235 gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, 236 o estilo de escrever dos autores. 237 Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando 238 necessário. 239 As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade. 240 Política de Privacidade 241 Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por 242 esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. 243 Semina: Ciências Agrárias Londrina – PR ISSN 1676-546XE-ISSN 1679-0359semina.agrarias@uel.br 244
1. Taxa de Submissão de novos artigos 245 246 Declaração de Direito Autoral 247 Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta 248 revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações 249 educacionais e não-comerciais. 250 A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e 251 gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, 252 o estilo de escrever dos autores. 253 Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando 254 necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação. 255 As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade. 256 257 Política de Privacidade 258 Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por 259 esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. 260 261
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