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Doutoranda: Fernanda Carvalho Barros

Orientador: Prof. Dr. Reginaldo de Camargo

Uso do Lodo de Esgoto na Agricultura

1

Introdução

� Ampliação das redes de coleta de esgoto e incremento dotratamento de efluentes;

� Consumo e reuso;

Fonte: CPT, 2013 2

� Sérios problemas ambientais;

� Tratamento do esgoto gera subproduto - lodo de esgoto oubiossólido;

� Volume gerado cresce proporcionalmente ao aumento dosserviços de coleta e tratamento de esgoto;

Fonte: TV Integração, 20143

� Produção nacional de 150 a 220 mil toneladas de matéria seca por ano(PEDROZA et al., 2010);

� A produção de esgoto doméstico

no Brasil: 80 a 200 litros/hab·dia

(ALÉM SOBRINHO, 2001);

� Cada habitante: 150 g/dia de sólido

seco (ALÉM SOBRINHO, 2001);

Fonte: ABJ Notícias, 2011

4

� Descarte correto do LE é algo relativamente recente no Brasil;

� “Disposição final”;

� Aterros sanitários;

� Descarte do lodo

líquido – mares e rios

Fonte: Justiça e Saúde Floripa, 2011

Fonte: Silvio Rocha, 2013

5

� Contaminantes: microrganismos patogênicos, metais pesados eoutros compostos tóxicos;

� O lodo quando disposto de maneira inadequada, pode trazer danos aomeio ambiente e a saúde humana;

� Reciclar ao máximo o lodo produzido;

(TSUTIYA, 2000).6

� Poluição química

� Poluição biológica: � Solo� Água

� Poluição do ar

� Consequências na biodiversidade e na estrutura e funcionamentodos ecossistemas;

(PIRES, 2006)

Fonte: Pensamento Verde, 2013

Fonte: culturamix.com, 2011

7

� Reaproveitamento Industrial

- Fabricação de tijolos e cerâmicas;

- Produção de agregado leve para construção civil;

- Produção de cimento;

GODOY (2013)

8

Fonte: Dinhaflores.blogspot, 2009 Fonte: SindusCon MT, 2013

� Reaproveitamento Agrícola

- Fertilizante orgânico e compostagem;

- Recuperação de solos degradados.

GODOY (2013)9

� A reciclagem agrícola do lodo de esgoto é a melhor forma dedisposição final deste resíduo;

(BETTIOL e SANTOS, 2006) 10

� Resolução CONAMA nº 375 de 29 de agosto de 2006:� Tipos de esgotos� Patógenos ou organismos prejudiciais� Substâncias potencialmente tóxicas� Culturas aptas� Restrições locacionais e aptidão do solo� Estocagem e transporte

(BRASIL, 2006)11

Objetivo

� O objetivo deste seminário é apresentar as principais formas dedisposição ou uso sustentável do lodo de esgoto na atividadeagrícola.

12

Desenvolvimento

� Estação de tratamento antes de ser lançado no corpo receptor;

� Necessário realizar o tratamento dos efluentes sanitários;

� Tratamentos: preliminar, primário, secundário, terciário;

(CASSINI, 2008; SPERLING, 2005)

13

Adensamento

Estabilização

Condicionamento

Desaguamento

Higienização

Disposição final

(SPERLING e GONÇALVES, 2001)14

� Desinfecção: três fatores se destacam como os mais indicados -temperatura, pH e radiação solar;

� Faixas nas quais os organismos se mantêm presentes e quandoultrapassadas, os mesmos são eliminados;

� A intensidade e o tempo determinam a eficiência da desinfecção;

(ANDREOLI et al, 2001)

Principais técnicas de higienização

15

� Tratamento Ácido e Alcalino� Cal virgem ou hidratada� Ácidos orgânicos� Cloro� Quaternário de amônio

� Solarização

Fonte: Alves Filho, A; 201416

(ESTRELA et al., 1994; CAVALLINI, 2011; DASHNER, 1997)

� Temperatura� Compostagem� Tratamento térmico clássico� Pasteurização

� Junção de métodos

17

(GHINI, 1997; SILVA, 2007)

� Uso do lodo de esgoto de forma direta;

Formas de uso

Fonte: Camargo, F.M, 2010 Fonte: Apta Notícias, 2013

18

� Organomineral

� Decreto n.º 86955/82, refere-se a fertilizante procedente damistura ou combinação de fertilizantes minerais e orgânicos;

(BRASIL, 1982)

19 Fonte: MFRural, 2010

Impactos positivos

� Reciclagem de Resíduos;

� Melhoria das propriedades físico-químicas e biológicas do solo;

� Aumento da produtividade agrícola;

� Benefícios econômicos;

(LARA et al, 1999)20

Impactos negativos potenciais

� Contaminação por patógenos;

� Contaminação por metais pesados;

� Atração de insetos vetores;

� Emissão de odores;

21

(LARA et al, 1999)

� Em nosso país o uso do lodo de esgoto como fertilizante já foitestado em culturas como:

� girassol (RIBEIRINHO et al., 2012),� milho,� arroz,� feijão e outras (BETTIOL e CAMARGO, 2006);

22

� Sua utilização como fertilizante tem aumentado aprodutividade de diversas espécies de interesse agronômico.

(SILVA et al., 2010)

23

� Silva,R. (2007), trabalhando com Senna siamea Lam, avaliou:

� compostagem� solarização

� viabilidade

controle de patógenos

componente do substrato para produção de mudas

Fonte: East African Plants, 201524

� Ferreira et al. (2011), trabalhando no Programa de UtilizaçãoAgrícola do Lodo de Esgoto no Estado do Paraná:

� implantou a utilização do LE

� apresentando resultados satisfatórios.

adubação de reflorestamentos com o plantio de eucalipto

Fonte: Arruda, R., 201225

� Silva, J. et al. (2002) trabalhando com milho:

� fertilizante de um lodo da Companhia de Água e Esgoto de Brasília;

� eficiência média 25% maior que o superfosfato triplo em três anosde cultivo;

Fonte: Meio Ambiente Rio, 201526

� Barros et al. (2002), trabalhando com milho e feijão:

� doses crescentes de lodo da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA);

� verificaram um aumento na produção de biomassa e na absorção de nitrogênio;

Fonte: Governo MS/Iagro

Fonte: ExpoLages, 2015

27

� Chiba et al. (2008) avaliaram na cana-de-açúcar:

� efeito da aplicação de LE em alguns atributos químicos de um Argissolo por dois anos;

incrementos nos teores de C do solo

Fonte: Canal do Produtor, 201328

� Oliveira et al. (2005) trabalhando com arroz:

� efeitos da aplicação do LEenriquecido com cádmio e zinco;

� elevadas doses de Cd e Zn não mostraram efeito na produção de MS;

� os metais concentraram-se nas raízes, com baixa translocação para asfolhas;

� tolerância da variedade de arroz IAC-47 a elevados teores de Cd e Zn.

Fonte: Envolverde, 2012

29

� Lobo et al. (2014) trabalhando com aplicações de LE por 2 anos:

� Girassol e;� Efeito residual no trigo e triticale

� Girassol: o LE maior rendimento de grãos e de óleo;

� Triticale: não interferiu no rendimento de grãos;

� Trigo: o melhor tratamento foi o de 150% da dose de N proveniente do LE;

Fonte: ferti.com.br, 2013

Fonte: Nascimento, G., 2015

Fonte: Elsoms, 201330

Considerações Considerações Considerações Considerações FinaisFinaisFinaisFinais

� LE pode deixar de ser apenas um problema para se tornar umasolução: reduzir o uso de recursos naturais;

� O equilíbrio entre produção, consumo e descarte passou a seruma medida de autopreservação.

31

Referências

32

� ALVES FILHO, A. Desinfecção de lodo de esgoto anaeróbio para fins agrícolas. Dissertação de Mestrado. Uberlândia, 2014. 75p.

� ANDREOLLI, C. V. Lodo de esgotos: Tratamento e disposição final. In: Anddreolli, C. V.; Sperling M. von; Fernandes F. Belo Horizonte; Departamento de Eng. Sanitária e Ambiental - UFMG; Sanepar, 2001. 484p.

� BRASIL. Presidente do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Ministério do Meio Ambiente. Resolução n. 375 de 29 de agosto de 2006. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 2006. 30 ago. Seção n. 167, seção 1, p.141-146

� CPT. Esgoto é transformado em adubo. 2013. Disponível em: <http://www.cpt.com.br/noticias/esgoto-e-transformado-em-adubo> Acesso em 04/2015.

� Dmae pesquisa utilização do lodo obtido do esgoto na agricultura. 2014. Disponível em: < http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2014/05/dmae-pesquisa-utilizacao-do-lodo-obtido-do-esgoto-na-agricultura.html> Acesso em: 04/2015

� GHINI R. Desinfestação do solo com o Uso da Energia Solar. Solarização e coletor solar. Jaguariúna: Embrapa- CNPMA, 29p, 1997.

� LARA, A. I et al. Uso e manejo do lodo de esgoto na agricultura. Curitiba: Sanepar, 1999.

� LOBO, T. F; GRASSI FILHO; KUMMER, A. C. B. Aplicações sucessivas de lodo de esgoto no girassol e efeito residual no trigo e triticale. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande, 2014. v.18, n.9, p.881–886

� MUNIZ, J. Estação de tratamento de esgoto explode em Niterói e deixa dez feridos. 2011. Disponível em: < http://abj-noticias.blogspot.com.br/2011/04/estacao-de-tratamento-de-esgoto-explode.html> Acesso em: 04/2015

� PEDROZA, M.M.; VIEIRA, G.E.G.; SOUSA, J.F.; PICKLER, A.C.; LEAL, E.R.M.; MILHOMEN, C.C. Produção e tratamento de lodo de esgoto. Uma revisão. Revista Liberato, Novo Hamburgo, v.11. n-16, p.89-188, jul/dez., 2010.

� PIRES, A. M. M. Uso agrícola do lodo de esgoto: aspectos Legais. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2006. 4p.

� ROCHA, S. Lixões de Aracaju e Socorro são fechados. 2013. Disponível em: < http://www.infonet.com.br/cidade/ler.asp?id=143032> Acesso em: 04/2015

� SAUDEFLORIPA33PJ. Vergonha: saneamento de SC em 2015 ainda será péssimo. 2011. Disponível em: < https://saudefloripa33pj.wordpress.com/2011/02/06/vergonha-saneamento-de-sc-em-2015-ainda-sera-pessimo/> Acesso em: 04/2015

� SPERLING, M.V. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3ª. Ed. Belo Horizonte. Universidade Federal de Minas Gerais, v.1, 3ª ed. p. 452, 2005.

� SPERLING, M,V.; GONÇALVES, R.F. Lodo de Esgotos: Características e Produção. In: ANDREOLI, C.V.; SPERLING, M.V.; FERNANDES, F. (Ed.). Lodo de esgotos: Tratamento e Disposição Final. Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – DESA- UFMG, Belo Horizonte, p 17- 67, 2001.(Princípios do tratamento biológico de águas residuárias, v.6).

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Obrigada!fernandacarvalho_b@yahoo.com.br

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