universidade estadual do rio grande do sul unidade
Post on 19-Oct-2021
0 Views
Preview:
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL
UNIDADE UNIVERSITÁRIA EM TRÊS PASSOS
CURSO DE BACHARELADO EM GESTÃO AMBIENTAL
FABRICIO BARBOSA DE LIMA
ANÁLISE DO POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E
VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO PARA
UMA RESIDÊNCIA NO SUL DO BRASIL
TRÊS PASSOS
2020
FABRICIO BARBOSA DE LIMA
ANÁLISE DO POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E
VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO PARA
UMA RESIDÊNCIA NO SUL DO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso II
apresentado como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Gestão
Ambiental na Universidade Estadual do Rio
Grande do Sul.
Orientador: Prof. Dr. Ramiro Pereira Bisognin
TRÊS PASSOS
2020
FABRICIO BARBOSA DE LIMA
ANÁLISE DO POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E
VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA SOLAR FOTOVOLTAICO PARA
UMA RESIDÊNCIA NO SUL DO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso II
apresentado como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Gestão
Ambiental na Universidade Estadual do Rio
Grande do Sul.
Orientador: Prof. Dr. Ramiro Pereira Bisognin
Aprovado em: _____/_____/________
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Orientador: Prof. Dr. Ramiro Pereira Bisognin
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS
__________________________________
Prof. Dr.: Mastrângello Enívar Lanzanova
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS
__________________________________
Profª Dra.: Danni Maisa da Silva.
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS
RESUMO
A energia solar fotovoltaica é uma forma de energia limpa, renovável e sustentável, por ser
proveniente da radiação solar que incide sobre a Terra. Esta tecnologia vem contribuindo para
o setor energético e para a redução dos impactos ambientais decorrentes das alterações no
meio natural. Diante da importância e necessidade de se buscar alternativas de energia para o
desenvolvimento e crescimento populacional, neste estudo objetiva-se analisar o potencial de
geração de energia elétrica e a viabilidade econômica da implantação de um sistema solar
fotovoltaico interligado à rede elétrica para uma residência no Sul do Brasil. O estudo foi
realizado no município de Três Passos, noroeste do Rio Grande do Sul. Inicialmente, realizou-
se a análise dos dados a partir do histórico de consumo da residência estudada. Em seguida,
foi realizada a conferência do dimensionamento do sistema fotovoltaico para definir a
quantidade de painéis necessários e a potência do inversor compatível com a potência dos
painéis. A quantificação da capacidade de geração de energia elétrica foi realizada com base
nos dados de geração de janeiro a setembro de 2020, considerando os fatores que influenciam
na sua produção de energia. Também foi verificada a viabilidade econômica a partir do Valor
Presente Líquido (VPL), Taxa Mínima de Atratividade (TMA), Taxa Interna de Retorno
(TIR) e o tempo de retorno do investimento, considerando a vida útil de 25 anos dos painéis.
A residência em estudo possui consumo médio mensal de energia elétrica (463,91 KWh)
superior ao dobro da média nacional (165,58 KWh), o que justifica a busca por um sistema
alternativo de geração de energia elétrica. O sistema foi instalado com 14 painéis
fotovoltaicos em 28 m², com a capacidade de gerar 5040 W (5,0 KW), o que representa 60% a
mais da necessidade para atendimento da média atual de consumo ao mês, tendo em vista a
solicitação de reserva para uso futuro. Os painéis foram instalados para a direção norte, sob o
ângulo de 20º de inclinação, visando melhor aproveitamento na geração de energia para o
local de estudo. A análise da viabilidade econômica, do investimento de R$23.150,00, resulta
em uma economia de R$37.685,97 (VLP) ao longo da vida útil dos painéis, o que representa
sete anos para obter o retorno do investimento. A TMA obtida foi de 0,33% a.m., enquanto
que a TIR encontrada foi de 1,3632% a.m., tornando-se o investimento viável
economicamente por apresentar VPL positivo e uma TIR superior a TMA. Dessa forma, a
implantação do sistema solar fotovoltaico, para o presente estudo de caso, comprovou a sua
capacidade de geração de energia elétrica e as suas vantagens econômicas ao proprietário do
imóvel.
Palavras-chave: Consumo de energia. Radiação solar. Tecnologia. Investimento.
ABSTRACT
Photovoltaic solar energy is a form of clean, renewable and sustainable energy, as it comes
from solar radiation that affects the Earth. This technology has been contributing to the energy
sector and reducing the environmental impacts resulting from changes in the natural
environment. Given the importance and need to seek energy alternatives for population
development and growth, this study aims to analyze the potential for electricity generation
and the economic feasibility of implementing a solar photovoltaic system connected to the
electricity grid for a residence in the Southern Brazil. The study was carried out in the
municipality of Três Passos, northwest of Rio Grande do Sul. Initially, data analysis was
carried out based on the consumption history of the studied residence. Then, the design of the
photovoltaic system was checked to define the number of panels needed and the power of the
inverter compatible with the power of the panels. The quantification of the electricity
generation capacity was performed based on the generation data from January to September
2020, considering the factors that influence its energy production. The economic viability was
also verified from the Net Present Value (NPV), Minimum Attractiveness Rate (TMA),
Internal Rate of Return (TIR) and the time of return on investment, considering the useful life
of 25 years of the panels. The residence under study has an average monthly consumption of
electricity (463.91 KWh) higher than twice the national average (165.58 KWh), which
justifies the search for an alternative electricity generation system. The system was installed
with 14 photovoltaic panels on 28 m², with the capacity to generate 5040 W (5.0 KW), which
represents 60% more of the need to meet the current average consumption per month, in view
of the request reserve for future use. The panels were installed to the north direction, under a
20º inclination angle, aiming at a better use in the generation of energy for the study site. The
analysis of the economic viability, of the investment of R $ 23,150.00, results in savings of R
$ 37,685.97 (VLP) over the useful life of the panels, which represents almost seven years to
obtain the return on investment. The TMA obtained was 0.33% a.m., while the TIR found was
1.3632% a.m., making it an economically viable investment as it has a positive NPV and an
IRR higher than TMA. Thus, the implementation of the photovoltaic solar system, for the
present case study, proved its capacity to generate electricity and its economic advantages to
the property owner.
Keywords: Energy consumption. Solar radiation. Technology. Investment.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS
Figura 1 - Informações de Irradiação Solar Média no município de Três Passos .................... 12
Figura 2 – Histórico de consumo mensal de energia elétrica da residência estudada .............. 16
Figura 3 – Vista superior do telhado com os 14 painéis fotovoltaicos instalados na residência
estudada, Três Passos, 2020 ..................................................................................................... 18
Figura 4 – Comparativo mensal na residência estudada entre consumo e geração de energia,
em KWh, de janeiro a setembro de 2020.................................................................................. 20
Figura 5 – Percentual de aproveitamento da capacidade de geração de energia em relação à
direção e a inclinação dos painéis fotovoltaicos ....................................................................... 31
Tabela 1 – Dados de consumo e valor da conta em 2019, antes da instalação do sistema
fotovoltaico, e em 2020, já com a operação do sistema na residência estudada ...................... 21
Tabela 2 – Componentes do Sistema Fotovoltaico .................................................................. 30
Tabela 3 – Especificação do Sistema Fotovoltaico .................................................................. 30
Tabela 4 – Garantia do Sistema Fotovoltaico ........................................................................... 30
Tabela 5 – Investimento do Sistema ......................................................................................... 30
Tabela 6 - Fluxo de caixa mensal com base nos valores de consumo ...................................... 32
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 11
2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 11
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................. 11
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 12
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO ........................................................... 12
3.2 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NA RESIDÊNCIA ............ 12
3.3 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ............................................ 13
3.4 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE ENERGIA PELO SISTEMA INSTALADO .......... 14
3.5 ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA ....................................... 14
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 16
4.1 DADOS DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DA RESIDÊNCIA ESTUDADA 16
4.2 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO PARA ATENDIMENTO DA
DEMANDA .............................................................................................................................. 17
4.3 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE ENERGIA PELO SISTEMA VERSUS
CONSUMO.. ............................................................................................................................ 19
4.4 ANÁLISE DOS CUSTOS DE ENERGIA ELÉTRICA, ANTES E APÓS A
INSTALAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO, E DE VIABILIDADE ECONÔMICA . 21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 25
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 26
ANEXO A ................................................................................................................................ 30
ANEXO B ................................................................................................................................ 31
APÊNDICE A ......................................................................................................................... 32
8
1 INTRODUÇÃO
A energia em suas diferentes formas é essencial à sobrevivência dos seres vivos, e os
seres humanos, em especial, buscam explorar diferentes fontes para maior comodidade e
desenvolvimento (ANEEL, 2002). A partir da Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII,
observou-se um aumento crescente da mecanização e do surgimento de equipamentos
dependentes de energia. No entanto, a tecnologia disponível na época baseava-se,
principalmente, na queima do carvão, mas a competitividade econômica entre os países e a
busca pela qualidade de vida, influenciou os países a buscar e melhorar suas matrizes
energéticas (GOLDEMBERG; LUCON, 2007).
A partir da descoberta da energia elétrica, logo surgiu a necessidade de ampliar as
fontes de geração, o que ocorreu com a implantação de usinas hidrelétricas e termoelétricas
que causam alterações ambientais nos meios físico, biótico e antrópico. Os danos ao meio
ambiente são provocados tanto na implantação quanto na operação dessas usinas, provocando
efeitos negativos à população, fauna e flora, em decorrência dos desmatamentos e inundação
de grandes áreas naturais, no caso das hidrelétricas, e da emissão de gases tóxicos nas
termoelétricas, que são causados pela queima de combustíveis fósseis (BOQUIMPANI et al.,
2019). Em vista da preocupação mundial com os impactos ambientais causados por estas
fontes energéticas, existe a necessidade de se buscar novas tecnologias e formas de energias
mais limpas e renováveis, para diminuir as pressões ao meio ambiente (RELLA, 2017).
Somado aos fatores ambientais, essa necessidade de novas fontes também é motivada pelos
altos custos da energia disponibilizada ao consumidor, afetada pelas instabilidades políticas e
econômicas, bem como pela elevação das tarifas na conta de energia em períodos de escassez
de água (FRANCISCO et al., 2019).
Nesse sentido, merecem destaque as fontes alternativas de geração de energia como a
solar fotovoltaica, proveniente do aproveitamento da incidência dos raios solares, e a energia
eólica, originária dos ventos, ambas renováveis, originárias de fontes capazes de se regenerar
(ALVES; LIRA, 2018).
Quando comparadas, a energia solar fotovoltaica sofre menos interferência na geração
de eletricidade do que a energia eólica, e pode ser empregada em todo o território brasileiro,
que apresenta elevadas taxas de irradiação solar (CAMPOS et al., 2018) e maior potencial de
aproveitamento devido a localização geográfica do Brasil e extensão territorial
(TOLMASQUIM et al., 2007). Ademais, Trapp e Rodrigues (2016) afirmam que a fonte de
9
energia eólica pode ser interferida pela intermitência dos ventos e/ou pela necessidade de
espaço físico e distância de pessoas para evitar riscos de acidentes.
Segundo dados do Atlas Brasileiro de Energia Solar (2017), a irradiação solar no
Plano Inclinado na região nordeste do Brasil é de 5,52 KWh/m².dia, enquanto que na região
sul do país a irradiação é de 4,77 KWh/m².dia. Esses dados mostram que o território brasileiro
tem grande potencial para a geração de energia solar, como exemplo, no local menos
ensolarado do Brasil é possível gerar mais eletricidade a partir do sol, do que no local mais
ensolarado da Alemanha que apresenta irradiação solar de 2,98 KWh/m².dia, e é a maior
representatividade no mercado fotovoltaico do mundo (TIEPOLO et al., 2014).
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL, 2016), desde 17 de
abril de 2012 entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 que regulamenta a
produção de energia elétrica através de fontes renováveis. Desta forma o consumidor
brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica e ainda fornecer o excedente para a rede de
distribuição de sua localidade, favorecendo a micro e a minigeração de energia, com limite de
potência de 1000 KWp, que logo em 2016 foi ampliado, por meio da REN 687/2015, para até
5000 KWp por Unidade Consumidora (UC), sendo que os créditos de energia possuem
validade de 60 meses para serem compensados.
Assim, a energia solar é uma das alternativas energéticas mais promissoras para os
próximos anos, além de trazer vantagens econômicas e ambientais, vem contribuir no
atendimento da demanda energética e pode beneficiar populações isoladas e regiões de difícil
acesso, bem como para a produção agrícola (MOREIRA JÚNIOR et al., 2019).
O sistema solar fotovoltaico funciona através da conversão da radiação solar em
eletricidade, por intermédio de materiais semicondutores (KEMERICH et al., 2016). Este
sistema é composto por um conjunto de painéis fotovoltaicos conectados a um inversor, sendo
este o responsável em disponibilizar a energia gerada em corrente alternada, própria para o
uso. Para a fabricação destas células a principal matéria-prima utilizada é o Silício (Si), que se
destaca por ser o segundo elemento químico mais abundante na crosta terrestre (DUPONT et
al., 2015).
O sistema solar fotovoltaico conectado a rede elétrica não utiliza baterias para
armazenamento de energia, pois a própria rede elétrica é utilizada como meio de
armazenamento na forma de sistema de créditos de energia, sendo que toda a energia
excedente gerada pelo sistema fotovoltaico é lançada na rede elétrica (DANTAS;
POMPERMAYER, 2018). Neste caso, o consumidor disponibiliza a energia excedente para a
10
rede pública e, posteriormente, este crédito gera um desconto na conta de eletricidade (LUIZ;
SILVA, 2017).
Neste contexto, a geração de energia elétrica a partir de fontes alternativas, renováveis
e descentralizadas pode contribuir para o crescimento econômico, minimizando os impactos
ambientais gerados pelas atuais matrizes energéticas. Portanto, neste estudo, propõe-se a
análise do potencial de geração de energia elétrica e a viabilidade econômica da implantação
de um sistema solar fotovoltaico interligado a rede elétrica para uma residência no sul do
Brasil.
11
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar o potencial de geração de energia elétrica e a viabilidade econômica da
implantação de um sistema solar fotovoltaico interligado à rede elétrica para uma residência
na região noroeste do Rio Grande do Sul.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar o histórico de consumo de energia elétrica de uma residência localizada no
município de Três Passos-RS.
Dimensionar um sistema fotovoltaico para o atendimento da demanda energética da
residência estudada.
Quantificar a capacidade de geração de energia elétrica pelo sistema instalado.
Verificar a viabilidade econômica e o tempo de retorno do investimento de um sistema
planejado para a residência estudada.
12
3 METODOLOGIA
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO
O estudo foi realizado em uma residência de 338,22 m², onde vivem cinco pessoas, no
município de Três Passos-RS. Este, está localizado na região noroeste do estado do Rio
Grande do Sul, sob coordenadas 27º27’20’’ S, 53º55’55’’ O, e altitude de 451 metros,
pertencente ao Corede Celeiro (IBGE, 2019). A residência, foco do estudo, foi selecionada
por ter instalado um sistema fotovoltaico em janeiro de 2020, visando reduzir o valor pago à
concessionária, bem como pela possibilidade de gerar sua própria energia elétrica a partir da
radiação solar.
O clima local caracteriza-se como temperado úmido, subtropical, de verão quente e
temperatura média de 19,5 ºC. Durante o ano, a temperatura média varia em 10 ºC, com
precipitações médias anuais de aproximadamente 1807 mm (CLIMATE-DATA.ORG). O
índice médio de irradiação solar no Plano Inclinado para o município de Três Passos é de 4,66
KWh/m².dia (CRESESB, 2019), conforme Figura 1.
Figura 1 - Informações de Irradiação Solar Média no município de Três Passos
Fonte: CRESESB (2019)
A distribuição de energia elétrica em Três Passos-RS é realizada pela empresa Rio
Grande Energia (RGE), do Grupo CPFL Energia, que fornece energia para 11,6 mil clientes
no município (RGE, 2019).
Para o desenvolvimento deste estudo se fez necessário a identificação de alguns dados
importantes, cujos métodos são apresentados a seguir.
3.2 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NA RESIDÊNCIA
A fim de conhecer o histórico de consumo de energia elétrica da residência estudada
realizou-se a análise dos dados disponíveis de consumo no período antes da instalação do
13
sistema fotovoltaico, para obter o consumo mensal de energia elétrica e o valor gasto com a
utilização do serviço de fornecimento da distribuidora RGE. A partir desses dados, realizou-se
o dimensionamento e a estimativa de geração de energia pelo sistema fotovoltaico, bem como
a comparação do consumo e geração, em KWh, em cada cenário.
3.3 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO
Para a conferência do correto dimensionamento do sistema avaliou-se o consumo
mensal da residência em KWh, e a partir da demanda foi definida a quantidade de painéis
fotovoltaicos necessários. Posteriormente, verificou-se a potência do inversor, para converter
a corrente contínua dos painéis em corrente alternada.
Com base na metodologia proposta por Fotaic Energia Solar (2017), após definida a
média de consumo de energia elétrica na residência (Equação 1), neste caso fornecida pela
concessionária, foram realizados os cálculos de energia gerada pelos painéis (Equações 2 e 3).
Energia = Potência x Tempo (Eq. 1)
Energia (Geração) = Potência Total (Painéis) x Tempo (Exposição) (Eq. 2)
Potência Total (Painéis) =
(Eq. 3)
Para a produção fotovoltaica, levou-se em consideração a Equação 2, em que a energia
gerada pelo sistema é proveniente da potência total dos painéis e o tempo em que os painéis
ficam expostos ao sol, diariamente.
A Equação 3 foi utilizada para dimensionar a quantidade de painéis necessários,
considerando o rendimento do sistema, devido as perdas que ocorrem no inversor, cabos e no
posicionamento dos painéis.
Com esses dados determinou-se a energia necessária a ser gerada pelo sistema em
KWh/dia.
Para o tempo de exposição dos painéis utilizou-se a análise de dados solarimétricos
observando as Horas de Sol Pico (HSP) para o município de Três Passos, que é de 4,66
KWh/m².dia CRESESB (2019).
Por fim, realizou-se a análise dos rendimentos que envolveram as perdas do sistema, e
que foram computadas no dimensionamento do sistema.
14
3.4 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE ENERGIA PELO SISTEMA INSTALADO
Com base nos dados de Irradiação no Plano Inclinado, proposto por Tiepolo et al.
(2014), e na Irradiação Solar Média do município de Três Passos e região (CRESESB, 2019),
esta análise considerou a geração de energia elétrica diária, que foi computada conforme as
condições climáticas de cada dia, durante 9 meses, de janeiro a setembro de 2020,
evidenciando as condições mais favoráveis para a conversão da radiação solar em energia
elétrica. Na sequência, os dados de energia gerada pelo sistema foram comparados com o
consumo da residência.
Segundo os processos de relevância que levaram em conta o bom funcionamento do
sistema fotovoltaico, foram analisados os seguintes fatores com potencial de influenciar a
produção de energia fotovoltaica:
1. Irradiação e temperatura do local.
2. Inclinação do sistema fotovoltaico.
3. Sombreamento parcial.
3.5 ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA
Foram verificados os custos dos equipamentos utilizados na implantação do sistema de
geração de energia fotovoltaica, a durabilidade dos equipamentos, e a economia obtida pela
implantação do sistema. Consideraram-se também as taxas cobradas pela distribuidora de
energia, para verificar o retorno do investimento.
O cálculo do período de retorno do investimento foi realizado com base na
metodologia proposta por Boquimpani et al. (2019), com modificações, considerando o
Período de Payback Simples, Período de Payback Descontado, Valor Presente Líquido (VPL)
e Taxa Interna de Retorno (TIR).
Seguindo a teoria de Boquimpani et al. (2019), o Payback do projeto considera o valor
investido x valor economizado na conta de luz, através de um fluxo de caixa do período de
funcionamento do sistema fotovoltaico, que pode ser obtido pela Equação 4, com
modificações.
(Eq. 4)
15
A taxa mínima de atratividade (TMA) pode englobar diversas despesas como a
depreciação, manutenção, conservação, seguros, custos financeiros com eventuais
empréstimos, etc. Neste estudo, optou-se apenas pela depreciação mensal do equipamento
para a determinação da TMA, conforme Equação 5:
(Eq. 5)
Em relação à Taxa Interna de Retorno (TIR), como não há uma fórmula explícita para
encontrá-la, foi utilizado o método interativo. Inseriram-se diversos valores até encontrar uma
aproximação da TIR, através do software Excel, por meio da função “TIR”.
Para o cálculo do VPL foi empregada a Equação 6:
(Eq. 6)
Sendo:
CFo = Fluxo de caixa inicial.
CFj = Fluxos de caixa esperado.
i = Taxa de desconto ou TMA (taxa mínima de atratividade).
n = Período de tempo.
16
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 DADOS DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DA RESIDÊNCIA ESTUDADA
O consumo mensal de energia elétrica da residência, entre os meses de janeiro a
dezembro de 2019, expressos em KWh, são apresentados na Figura 2, conforme o
detalhamento da fatura fornecida pela distribuidora RGE do município de Três Passos-RS.
Figura 2 – Histórico de consumo mensal de energia elétrica da residência estudada
Fonte: Adaptado da conta de energia elétrica RGE (2019)
Analisando-se o consumo de energia elétrica ao longo do ano de 2019, verifica-se uma
média mensal de consumo equivalente a 463,91 KWh, com o menor e maior consumo,
respectivamente, nos meses de agosto (350 KWh) e fevereiro (660 KWh). Destaca-se que a
classificação da ligação do imóvel em estudo, realizada pela concessionária de energia, é do
tipo Convencional B1 Residencial – Trifásica 220V, e por conta disso há um custo de
disponibilidade mínima de energia para a rede trifásica de 100 KWh.
Esta variação de consumo de energia elétrica entre os meses de menor e maior
consumo pode ser explicada pelos hábitos de uso dos equipamentos elétricos pelos
moradores, principalmente condicionares de ar nos meses mais quentes, a exemplo de
fevereiro, quando se registrou o maior consumo. Segundo Teixeira (2020), as formas de uso
final de energia, bem como a maneira que os equipamentos elétricos são utilizados e suas
classificações de consumo energético influenciam diretamente no consumo de energia de uma
17
residência. Ademais, esse consumo também pode variar entre diferentes regiões geográficas
do Brasil, em virtude do clima de cada local.
Ao se comparar os dados de consumo energético expressos na Figura 2, com a média
nacional de consumo das residências brasileiras no ano de 2018, que foi de 165,58 KWh/mês
com aumento de 1,7% ao ano (EPE, 2019), é possível afirmar que a residência em estudo
apresenta elevado consumo, superando de duas a quatro vezes a média de consumo nacional
entre os meses de menor e maior consumo, respectivamente. Nesse caso, fica justificável a
busca por alternativas para reduzir os custos e a demanda de energia elétrica da
concessionária distribuidora.
4.2 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO PARA ATENDIMENTO DA
DEMANDA
Com o consumo médio mensal calculado em 463,91 KWh, e o tipo de ligação com
custo mínimo de 100 KWh, determinou-se que a energia gerada pelo sistema deveria ser
equivalente ao consumo médio mensal menos o custo mínimo da ligação (463,91 KWh – 100
KWh), ou seja, aproximadamente 364 KWh/mês, uma vez que para garantir a ligação da
residência a rede elétrica o proprietário deve pagar o valor equivalente ao consumo de 100
KWh.
Para o dimensionamento do sistema de geração de energia fotovoltaica é necessário
transformar KWh/mês para KWh/dia, então dividiu-se 364 KWh/mês por 30 dias, tendo como
resultado 12,13 KWh/dia. Em seguida foi definido o tempo de exposição dos painéis ao sol, a
partir da análise dos dados solarimétricos, observando as Horas de Sol Pico (HSP) para o
município de Três Passos-RS conforme consta na Figura 1, que é de 4,66 KWh/m² dia.
A relação da posição e ângulo dos painéis influencia na capacidade de geração de
energia pelo sistema, sendo indicado para a região de estudo a direção norte e 26º graus de
inclinação para geração máxima de 4,765 KWh/m² (ANEXO B). Contudo, para o telhado em
estudo foi possível instalar os painéis voltados para a direção norte, porém com 20º de
inclinação.
Somado as condições de instalação que reduziram em 5% a capacidade de geração de
energia, foram considerados outros fatores de redução como perdas por temperatura (7%),
incompatibilidade elétrica (1%), sujeira (2%), cabeamento (1%) e inversor (4%), totalizando
uma perda de 20% e, como consequência, um rendimento do sistema de 80%, conforme
Carvalho e Lage (2019).
18
Os cálculos de dimensionamento da potência total dos painéis (Equação 3) são
apresentados a seguir. Ressalta-se que para o tempo de exposição dos painéis ao sol
considera-se o a geração média durante todo o dia.
POTÊNCIA TOTAL (PAINÉIS) =
POTÊNCIA TOTAL (PAINÉIS) =
POTÊNCIA TOTAL (PAINÉIS) = 3,25 KWp
Com a potência total dos painéis definida, efetuou-se o cálculo da quantidade de
painéis necessários para suprir a demanda de energia da residência (3,25 KW/0,360 KW),
resultando em nove painéis fotovoltaicos. Os painéis escolhidos foram Módulo Poli-Perc Half
Cell que atende a ISO 9001, ISO 14001, sistema de gerenciamento OHSAS 18001 e possui
certificação IEC 6121S / IEC 61730: VDE/CE/CQC/CGC MCS/INMETRO, comercializado
pela Renovigi Energia Solar.
Os nove painéis seriam suficientes para suprir a demanda de energia conforme o
histórico de consumo da residência, mas o cliente optou por um aumento de 60%, visando
uma necessidade de geração futura pelo sistema. Então foram instalados 14 painéis
fotovoltaicos em 28 m², conforme Figura 3.
Figura 3 – Vista superior do telhado com os 14 painéis fotovoltaicos instalados na residência
estudada, Três Passos, 2020
Fonte: Autor (2020)
19
A facilidade de ampliar o número de painéis é abordada por Norberto (2018) e
Albuquerque et al. (2019). Segundo os autores, os módulos são formados pela união de várias
células fotovoltaicas, construídas de materiais semicondutores compostos de silício (Si), que
quanto mais puro, maior a eficiência para geração de energia (RAUSIS et al., 2020). Essas
características tornam os painéis facilmente moduláveis, podendo ser instalados em diversos
lugares, apresentando-se como gerador de energia de fácil instalação, comparado a outras
fontes de energia.
Com a configuração de 14 painéis, o sistema passou a ter capacidade de gerar 5.040 W
(5 KW), para o qual foi determinado o Inversor On-Grid Reno 5K plus, possível de ser
instalado até 7,5 KWp, também fornecido pela Renovigi Energia Solar. Assim, o
dimensionamento está em conformidade com o exposto por Santini et al. (2019), os quais
descrevem que a escolha do inversor tem que ser proporcional à potência nominal do sistema
ao qual será conectado.
O inversor é considerado o coração do sistema fotovoltaico, ou seja, é a principal
conexão entre os painéis que geram energia em Corrente Contínua (CC), transformando-a em
Corrente Alternada (CA), a caminho da rede elétrica, por isso devem ser utilizados materiais e
equipamentos adequados para a instalação do sistema, como cabos e condutores específicos,
além de um centro de proteção composto por DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos),
para evitar sobrecargas e curto-circuito, tanto antes do inversor DPS CC (painéis), como
depois DPS CA (rede local). De acordo com Gatis e Melo Filho (2020), o DPS tem a
finalidade de proteger os equipamentos eletrônicos, limitando as sobretensões transitórias,
desviando-as para o sistema de aterramento.
4.3 CAPACIDADE DE GERAÇÃO DE ENERGIA PELO SISTEMA VERSUS CONSUMO
O sistema fotovoltaico foi instalado sob o ângulo de 20º de inclinação, aproveitando a
declividade já existente no telhado. Assim, a instalação ficou com ângulo de 6º abaixo da
inclinação recomendada para o máximo aproveitamento da radiação solar ao longo do ano na
região. Porém, nessas condições, assume-se uma possível redução de geração de energia no
inverno, potencializando a geração no verão, quando o sol assume uma posição mais ao zênite
(ponto mais elevado e verticalizado sobre um observador) ou conhecido popularmente como
sol a pino, e é a estação de maior consumo de energia. O sistema foi instalado para a direção
norte, sendo esta posição de melhor aproveitamento na produção de energia, para a região de
20
estudo, sem sofrer interferência de sombreamento no local, como árvores, prédios, entre
outros que pudessem causar efeito negativo na operação do sistema.
As condições de instalação dos painéis estão de acordo com as afirmações de Gasparin
e Krenzinger (2017), os quais relatam que a melhor definição para a produção de eletricidade
anual pelo sistema fotovoltaico, para o hemisfério sul, é aquela com inclinação próxima ou
igual à latitude local e orientação para o norte geográfico, desta forma o sistema fotovoltaico
torna-se mais eficiente ao longo do ano.
A Figura 4 apresenta os dados de geração de energia elétrica pelo sistema fotovoltaico
versus o consumo pelos moradores no ano de 2020. A variação no consumo é dependente da
utilização dos equipamentos na unidade consumidora, enquanto que a geração depende da
irradiação solar diária durante cada mês.
Figura 4 – Comparativo mensal na residência estudada entre consumo e geração de energia,
em KWh, de janeiro a setembro de 2020
Comparando-se as informações de consumo e geração do sistema, apresentadas na
Figura 4, verifica-se que no mês de janeiro foi registrada a maior geração de energia (715
KWh), ficando com o crédito de (149 KWh) na conta de energia, em relação ao consumo. No
entanto, no mês de junho foi registrado a menor geração (389 KWh), tendo uma redução de
aproximadamente 45% comparado ao mês que mais gerou energia. No entanto, esse também
foi o mês de menor consumo de energia (321 KWh). A redução na geração de energia nos
meses do outono e inverno é decorrente da baixa insolação, nebulosidade, e ou variação de
0
100
200
300
400
500
600
700
800
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET MÉDIA
Po
tên
cia
(K
Wh
)
Consumo Geração
21
temperatura na região em que o sistema está instalado. Contudo, a geração média do período
de nove meses superou o consumo, em 124,89 KWh, uma vez que o sistema foi
superdimensionado com o acréscimo de cinco painéis solares, a pedido do proprietário da
residência.
Resultados similares são descritos por Teles et al. (2018), em estudo realizado em
Belém do Pará, em que os autores verificaram maior oscilação no rendimento do sistema, em
períodos de maior incidência de chuvas, o que influenciou negativamente a irradiação solar e,
consequentemente, a geração de energia. Nesse mesmo sentido, Graosque e Dias (2018)
afirmam que o sistema de geração de energia fotovoltaica é bastante sensível a flutuações,
como nas condições meteorológicas, sendo que nos dias parcialmente encobertos podem
ocorrer variações de até 60% da potência gerada.
Estas oscilações podem ser compensadas para melhor aproveitamento da energia
gerada em sistemas On Grid Tie, conforme descreve Barros et al. (2020), em que inversores
de frequência realizam a interface entre os painéis fotovoltaicos e a rede elétrica, não havendo
a necessidade de armazenamento de energia elétrica. Assim, no momento em que o consumo
elétrico for maior do que a geração pelo sistema, a rede elétrica irá fornecer a energia
necessária para o funcionamento da residência. Nesse mesmo sentido, Abrantes e Maia (2020)
destacam que no sistema fotovoltaico On Grid, quando a energia gerada supera a energia
consumida, o excedente é convertido em créditos que podem ser compensados na fatura do
titular.
4.4 ANÁLISE DOS CUSTOS DE ENERGIA ELÉTRICA, ANTES E APÓS A
INSTALAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO, E DE VIABILIDADE ECONÔMICA
A Tabela 1 apresenta os dados de consumo e os valores cobrados pela concessionária
no ano de 2019, anterior à instalação do sistema fotovoltaico, e os dados de consumo e os
valores cobrados de janeiro a setembro de 2020.
Tabela 1 – Dados de consumo e valor da conta em 2019, antes da instalação do sistema
fotovoltaico, e em 2020, já com a operação do sistema na residência estudada
Mês
2019 2020*
Consumo
(KWh)
Valor da conta
(R$)
Consumo
(KWh)
Valor da conta
(R$)
Janeiro 590 544,56 566 192,17
Fevereiro 660 603,90 538 188,05
Março 560 519,15 425 171,50
22
Abril 390 375,00 426 171,65
Maio 495 464,03 323 156,56
Junho 398 381,80 321 156,27
Julho 393 377,56 423 171,21
Agosto 350 341,10 409 169,16
Setembro 385 370,78 334 158,17
Outubro 420 400,45 - -
Novembro 461 435,20 - -
Dezembro 465 438,60 - -
Média 463,92 437,68 418,33 170,53 *Dados coletados até o mês de setembro de 2020
Considerando o consumo de energia elétrica em 2019, o maior valor pago pelo
proprietário da residência chegou a R$ 603,90, no mês de fevereiro, e o menor valor foi de R$
341,10, no mês de agosto, enquanto que o valor médio foi de R$ 437,68. Isso representa um
custo médio de aproximadamente R$0,94 (noventa e quatro centavos) o KWh. Ao realizar a
mesma análise simples após a instalação do sistema, entre os meses de janeiro a setembro de
2020, verifica-se que o valor médio pago para o KWh foi de aproximadamente R$ 0,41
(quarenta e um centavos), o que em porcentagem corresponde a redução de 56% no valor das
contas. No entanto, a composição do preço da conta de luz é mais complexa e considera os
valores praticados pela distribuidora RGE, conforme o perfil do consumidor da residência em
estudo, neste caso classificada de Convencional B1 Residencial – Trifásica 220 V. A RGE
cobra a Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição - TUSD (KWh), a Tarifa de
Energia Consumida – TE, Adicional da Bandeira Tarifária e a Taxa de Contribuição
Municipal. Ainda, sobre o valor de consumo de energia do cliente, incide os encargos e
tributos como PIS, COFINS e ICMS, que podem representar incremento de 50% no custo de
energia consumida (RELLA, 2017).
Com o sistema fotovoltaico instalado na residência, a forma de cobrança feita pela
RGE se baseia na tarifa de Energia Ativa Fornecida – TUSD (R$ 0,4883), sobre o consumo,
que logo é descontado da Energia Ativa Injetada – TUSD (R$ 0,3418). A TE, neste caso,
torna-se isenta quando o crédito do sistema é devolvido, verificando-se que o ICMS é cobrado
somente sobre a TUSD. Em seguida, acrescenta-se o Custo de Disponibilidade da Energia –
TUSD (R$0,4883) e a TE (R$ 0,4258) sobre os 100 KWh. Estas tarifas são as que o
proprietário já tem a obrigação de pagar por ter uma ligação trifásica na residência, mais a
taxa de contribuição municipal (R$ 17,83), e assim resultando no valor total a ser pago pelo
cliente (Tabela 1).
Ressalta-se que a geração de energia fotovoltaica não isenta o cliente do pagamento da
conta de energia, mas reduz a despesa mensal com esta conta, visto que o investimento não
23
implica em retorno pecuniário, ou seja, a concessionária não transfere dinheiro para o cliente
pelo total gerado de energia. No entanto, é possível analisar a redução no valor pago após a
instalação dos equipamentos.
Adotando-se a fatura do último mês a que se teve acesso aos dados, setembro de 2020,
verifica-se que o proprietário da residência teve sua conta reduzida em R$256,38 (duzentos e
cinquenta e seis reais e trinta e oito centavos), resultante da soma das rubricas energia ativa
injetada TUSD (R$114,18) e energia ativa injetada TE (R$142,20).
Considerando que para um consumo de 334 KWh, ocorrido no mês de setembro de
2020, houve uma redução de R$256,38, e partindo da hipótese de que o consumo de energia
seguirá a média dos últimos nove meses (janeiro a setembro de 2020) de 418,33 KWh, chega-
se a um fluxo de caixa mensal constante de R$321,11 (trezentos e vinte e um reais e onze
centavos), conforme Apêndice A.
Com o investimento inicial de R$23.150,00 (vinte e três mil e cento e cinquenta reais),
o período de retorno do investimento, considerando a durabilidade do sistema fotovoltaico
que é de 25 anos, ou 300 meses, e os fluxos futuros calculados acima, ainda resta encontrar a
taxa de desconto ou TMA (Taxa Mínima de Atratividade). Este valor significa que se o
empreendimento não trazer retornos superiores aquela taxa, ele torna-se inviável
economicamente. Partindo do pressuposto que após os 25 anos de uso o equipamento tornar-
se-á obsoleto, sendo necessário o seu descarte sem nenhum retorno financeiro (não se obterá
receita com a sua venda), a taxa de desconto encontrada foi de 0,33% a.m.
Com todas as incógnitas do lado direito da equação do VPL encontradas, chega-se ao
resultado de R$37.685,97 (trinta e sete mil e seiscentos e oitenta e cinco reais e noventa e sete
centavos), ou seja, o sistema gerará ao longo de sua vida útil uma economia de quase 38 mil
reais.
Tendo os valores poupados mensalmente (Apêndice A), é possível constatar que o
investimento levará 83 meses, quase 7 anos, para começar a dar um resultado positivo. Deve-
se ressaltar que outra hipótese do cálculo é que a inflação e as tarifas de energia se elevarão na
mesma intensidade durante 25 anos, anulando-se o crescimento inflacionário do investimento
inicial com a elevação tarifária dos valores poupados.
Com o uso da função TIR no Excel, obteve-se para a taxa de retorno interno, o valor
de 1,3632% a.m. Como a TIR é superior à Taxa de Desconto, o investimento é considerado
viável economicamente. Assim, enquanto as despesas mensais do investimento não superarem
24
o percentual de 1,3632% a.m., a instalação do sistema fotovoltaico permanece como uma
alternativa eficaz para a redução da fatura de energia.
Estes resultados confirmam estão de acordo com Naruto (2017), que descreve as
vantagens econômicas do sistema de geração fotovoltaica para o consumidor residencial,
possibilitando a redução nos custos, e o pagamento somente do custo de disponibilidade da
energia, que inclui despesas, mesmo quando o consumidor não a utiliza. Neste mesmo sentido
Milano (2019) ressalta ainda que a energia produzida pelo sistema que não for consumida
torna-se excedente e é injetada na rede elétrica se transformando em créditos para serem
descontados na conta de energia num momento de falta de produção.
Borges (2019) informa que a aplicação de energia fotovoltaica em residências tem
maior crescimento como fonte de geração em relação às demais, devido a capacidade de
geração e ao seu sistema de compensação reduzir os custos da conta de energia. Nesse mesmo
sentido, associado ao aumento do custo da energia elétrica fornecida pelas concessionárias,
Reis (2020) argumenta que a busca crescente por sistemas fotovoltaicos se deve a diminuição
dos preços dos equipamentos e pelo baixo custo operacional e de manutenção, bem como por
apresentar características modulares que permitam uma instalação mais simples. Ainda,
segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar (2017), a geração solar fotovoltaica distribuída,
tipicamente urbana e integrada em telhados e coberturas de edificações, vem se tornando
viável em todo território nacional, pelo potencial de irradiação solar no Brasil comparado a
outros países que já a utilizam a mais tempo, e a redução dos preços dos painéis fotovoltaicos
nos últimos anos.
25
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo possibilitou identificar que a residência em estudo apresenta elevado
consumo de energia (463,91 KWh), superior à média nacional, o que justifica a necessidade
de buscar fontes alternativas descentralizadas de geração de energia, seja pelo aspecto
ambiental e/ou econômico.
Com a análise do dimensionamento do sistema foi possível constatar o
superdimensionamento para a média de consumo atual, para a qual seriam necessários nove
painéis fotovoltaicos, porém por opção do proprietário do imóvel, houve um incremento de
60% na capacidade de geração, para uso futuro, com a inserção de mais cinco painéis.
O sistema fotovoltaico foi instalado para a direção norte sob o ângulo de 20º de
inclinação obtendo um melhor aproveitamento da radiação solar para a sua geração de energia
neste local. Durante os nove meses de funcionamento que foram monitorados o sistema
apresentou uma média mensal de geração em torno de 543,22 KWh, suprindo o consumo de
energia que teve a média mensal de 418,33 KWh.
A viabilidade econômica do sistema fotovoltaico foi confirmada, uma vez que ao
longo da vida útil dos painéis (25 anos), será gerada uma economia de aproximadamente 38
mil reais, e tempo de retorno do investimento de quase sete anos.
Por fim, é possível inferir que o sistema de energia fotovoltaico apresenta-se como
uma alternativa viável para reduzir os custos de energia no estudo de caso em tela e, ainda,
minimizar os impactos ambientais causados por outras fontes de energia.
26
REFERÊNCIAS
ABRANTES, A.C.T.G.; MAIA, F.A. Análise de viabilidade Técnico –Econômica de
implantação de sistema fotovoltaico no centro integrado de educação profissional de Itaparica.
Revista Técnico-Científica do CREA-PR- ISSN 2358-5420- 23ª ed., p.1-16, 2020.
ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica, Atlas de energia elétrica do Brasil-Brasília-
DF-Brasil- (ANEEL), 2002. Disponível em:
<http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/livro_atlas.pdf>Acesso em: 05 out. 2019.
ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Micro e minigeração distribuída: sistema
de compensação de energia elétrica. 2º ed., p.31, Brasília: ANEEL, 2016. Disponível em:
<https://www.aneel.gov.br/documents/656877/14913578/Caderno+tematico+Micro+e+Minig
era%C3%A7%C3%A3o+Distribuida+-+2+edicao/716e8bb2-83b8-48e9-b4c8-
a66d7f655161> Acesso em: 18 out. 2019.
ALBUQUERQUE, A. C. D. et al. Viabilidade de sistema de geração solar fotovoltaica. XI
EPCC- Encontro Internacional de Produção Científica, 2019. Disponível em:
<http://rdu.unicesumar.edu.br/bitstream/123456789/3336/1/ANA%20CAROLINA%20DIAS
%20DE%20ALBUQUERQUE.pdf> Acesso em: 02 nov. 2020.
ALVES, D.R.S.; LIRA, M.A.T. Estudo de viabilidade técnica e econômica para implantação
de energia solar fotovoltaica em unidade consumidora no aeroporto de Teresina no estado do
Piauí. VII Congresso Brasileiro de Energia Solar-Gramado, 2018.
ATLAS BRASILEIRO DE ENERGIA SOLAR, 2º ed., São José dos Campos- SP- Brasil-
INPE, 2017. Disponível em:
<http://ftp.cptec.inpe.br/labren/publ/livros/Atlas_Brasileiro_Energia_Solar_2a_Edicao.pdf>
Acesso em: 20 out. 2019.
BARROS, N.R.P. et al. O estudo da performance do sistema fotovoltaico (on grid) da Escola
Politécnica de Pernambuco-POLI/UPE. Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, v.5,
n.4, p. 68-78, 2020.
BOQUIMPANI, C. L. et al. Eficiência energética: sistemas de iluminação com LEDs,
distribuídos em corrente contínua e utilizando energia fotovoltaica. Ambiente construído,
Porto Alegre, v.19, n.4, p.303-316, 2019.
BORGES, C. F. Análise da qualidade da energia elétrica em um sistema fotovoltaico
conectado à rede. Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia Elétrica. Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás- IFG, 2019. Disponível em:
<https://repositorio.ifg.edu.br/bitstream/prefix/299/1/TCC_Caio%20Franco%20Borges.pdf>
Acesso em: 19 nov. 2020.
CAMPOS, J. T. G. A. A. et al. Energia solar: avaliação do nível de informação sobre o uso da
energia solar e sua utilização no Brasil. Revista Cientefico, v.18, n. 38, Fortaleza, 2018.
CARVALHO, F. S.; LAGE, E. G. S. Método de análise de dimensionamento do sistema
fotovoltaico ongrid. Technology Science, v.1, n.2, p.24-36, 2019.
27
CLIMATE-DATA.ORG. Disponível em: <https://pt.climate-data.org/america-do-
sul/brasil/rio-grande-do-sul/tres-passos-43589/> Acesso em: 06 de nov. de 2019.
CRESESB, 2019. Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=sundata>
Acesso em: 10 nov. 2019.
DANTAS, S. G.; POMPERMAYER, F. M. Viabilidade econômica de sistemas fotovoltaicos
no Brasil e possíveis efeitos no setor elétrico.Texto para discussão- Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada- Rio de Janeiro: IPEA, 2018.
DUPONT, F. H. et al. Energias renováveis: buscando por uma matriz energética sustentável.
Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental. Santa Maria, v.19, n.1,
Ed. Especial, p. 70-81, 2015.
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE. Atlas da Eficiência Energética Brasil
2019. Disponível em: <https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-
abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-
461/Atlas%20da%20Efici%C3%AAncia%20Energ%C3%A9tica%20do%20Brasil%20(002).
pdf> Acesso em: 08 nov. 2020.
FOTAIC ENERGIA SOLAR, 2017. Dimensionamento Sistema Solar Fotovoltaico.
Disponível em:
<https://www.youtube.com/results?search_query=dimensionamento+sistema+solar+fotovolta
ico+passo+a+passo> Acesso em: 11 nov. 2019.
FRANCISCO, A. C. C.et al. Influência de parâmetros meteorológicos na geração de energia
em painéis fotovoltaicos: um caso de estudo do Smart Campus Facens, SP, Brasil. Urbe.
Revista Brasileira de Gestão Urbana, v.11, 15 p, 2019. http://dx.doi.org/10.1590/2175-
3369.011.e20190027
GASPARIN, F. P.; KRENZINGER, A. Desempenho de um sistema fotovoltaico em dez
cidades brasileiras com diferentes orientações do painel. Revista Brasileira de Energia
Solar, v. 8, n. 1, p. 10-17, 2017.
GATIS, I. V. B.; MELO FILHO, J. B. Proteção de sistema fotovoltaico conectado à rede
elétrica. Revista de Engenharia e Pesquisa Aplicada, v.5, n.3, p.65-72, 2020.
GOLDEMBERG, J.; LUCON, O. Energias renováveis: um futuro sustentável. Revista USP,
São Paulo, n.72, p.6-15, 2007.
GRAOSQUE, A. A. B.; DIAS, J. B. Sistema fotovoltaico conectado à rede com
microinversores usando estocagem. VII Congresso Brasileiro de Energia Solar, Gramado,
2018.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2019. Disponível em:
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/tres-passos/panorama> Acesso em: 05 nov. 2019.
KEMERICH, P. D. C. et al. Paradigmas da energia solar no Brasil e no mundo. Revista
Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, Santa Maria, v.20, n.1, p. 241-247,
2016.
28
LUIZ, B. S.; SILVA, T. S. Energia fotovoltaica: um retrato da realidade brasileira. INOVAE-
ISSN:2357-7797, São Paulo, v.5, n.2, p. 26-40, 2017.
MILANO, R. A. Estudo da viabilidade econômica da implantação de um sistema
fotovoltaico conectado à rede de energia elétrica em uma residência unifamiliar.
Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia Civil, FUCAMP, 2019. Disponível em:
<http://repositorio.fucamp.com.br/handle/FUCAMP/520> Acesso em: 18 nov. 2020.
MOREIRA JÚNIOR, O. et al. Sustentabilidade em edifício residencial no município de
Dourados, MS. Interações, Campo Grande, MS, v.20, n.2, p.475-486, 2019.
NARUTO, D. T. Vantagens e desvantagens da geração distribuída e estudo de caso de
um sistema solar fotovoltaico conectado à rede elétrica. Projeto de Graduação para o Curso
de Engenharia Elétrica. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2017. Disponível em:
<http://www.monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10020290.pdf> Acesso em: 18
nov. 2020.
NORBERTO, P. E. S. Estudo da viabilidade econômica na implantação de painéis
fotovoltaicos em uma residência. UFERSA, 2018. Disponível em:
<https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/4571> Acesso em: 08 nov. 2020.
RAUSIS, W. J. et al. Estudo de viabilidade e implantação de um sistema fotovoltaico
conectado à rede elétrica, em uma residência localizada em Jaguariaíva-PR. Revista
TechnoEng, ISSN: 2178-3586, 21ª ed., 2020. Disponível em:
<http://www.cescage.com.br/revistas/index.php/RTE/article/view/816> Acesso em: 10 nov.
2020.
REIS, L. B. Deslocamento de energia gerada no sistema fotovoltaico para o horário de
ponta. Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia Elétrica. Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Ijuí, 2020. Disponível em:
<https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/6855/Leonardo%
20Borques%20dos%20Reis.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 11 nov. 2020.
RELLA, R. Energia solar fotovoltaica no Brasil. Revista de iniciação científica, Criciúma,
v.15, n.1, 2017.
RGE. Rio Grande Energia, 2019. Disponível em: <https://www.rge-
rs.com.br/releases/Paginas/rge-investe-na-rede-eletrica-de-tres-passos.aspx> Acesso em: 05
nov. 2019.
SANTINI, D. L. G. et al. Proposta de implantação de sistema fotovoltaico on-grid aplicado a
residências. Revista TechnoEng, ISSN: 2178-3586, 19ª ed., 2019. Disponível em:
<http://www.cescage.com.br/revistas/index.php/RTE/article/view/893> Acesso em: 01 nov.
2020.
TEIXEIRA, C. A. Aplicação do método bottom-up para estimativa de usos finais de
energia elétrica no setor residencial brasileiro. Dissertação (Mestrado) - Universidade
Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e
Urbanismo, Florianópolis, 2020. Disponível em:
29
<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/216471/PARQ0387-
D.pdf?sequence=-1&isAllowed=y> Acesso em: 08 nov. 2020.
TELES, M. B. et al. Avaliação operacional de um sistema fotovoltaico conectado à rede com
conversores c.c.- c.c. Revista Brasileira de Energia Solar, v.9, n.2, p. 133-140, 2018.
Disponível em: <https://rbens.emnuvens.com.br/rbens/article/view/243/199> Acesso em: 10
nov. 2020.
TIEPOLO, G. M. et al. Comparação entre o potencial de geração fotovoltaica no estado do
Paraná com Alemanha, Itália e Espanha. V Congresso Brasileiro de Energia Solar- Recife,
2014.
TOLMASQUIM, M. T. et al. Matriz energética brasileira: uma prospectiva, 2007.
Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/nec/n79/03.pdf> Acesso em: 05 out. 2019.
TRAPP, G. S.; RODRIGUES, L. H. Avaliação do custo sistêmico total da geração de energia
eólica em face da substituição das fontes hidrelétrica e termoelétrica considerando as
externalidades socioeconômicas e ambientais. Gestão & Produção, São Carlos, v.23, n.3, p.
556-569, 2016.
30
ANEXO A
As Tabelas 2, 3, 4 e 5 apresentam os componentes, as especificações, dados de
garantia dos equipamentos e o investimento do sistema instalado na residência.
Tabela 2 – Componentes do Sistema Fotovoltaico
Descrição dos Componentes do Sistema Quantidade
Painéis Solares Policristalinos 360 W 14
Inversor 5 KW 220 V Renovigi 01
Estrutura de Fixação em Alumínio/Inox 01
Cabeamento de Ligação 01
Sistema de Proteção dos Equipamentos
(DPS, Disjuntor, Aterramento) 01
Tabela 3 – Especificação do Sistema Fotovoltaico
Geração do Sistema
Potência do Painel 360 W
Potência do Sistema 5,04 KWp
Geração Média Mensal 543,22 KWh
Geração Média Total dos 9 Meses 4889,00 KWh
Área Necessária 28 m²
Tabela 4 – Garantia do Sistema Fotovoltaico
Garantia Contra Defeitos de Fabricação
Painel Fotovoltaico (contra defeitos de
fabricação)
10 anos
Painel Fotovoltaico (performance garantidos
pelo fabricante)
25 anos
Inversor de Energia 06 anos
Instalação 01 ano
Tabela 5 – Investimento do Sistema
Investimento Total
Valor do Kit Gerador Fotovoltaico R$23.150,00
Vida Útil do Sistema 25 anos
31
ANEXO B
Figura 5 – Percentual de aproveitamento da capacidade de geração de energia em relação à
direção e a inclinação dos painéis fotovoltaicos
32
APÊNDICE A
Tabela 6 - Fluxo de caixa mensal com base nos valores de consumo
Cfo CFj i n
R$23.150,00 R$ 321,11 0,33% 300
Meses Anos
1 0,08 R$ 321,11 R$ 320,05 R$ 320,05
2 0,17 R$ 321,11 R$ 318,98 R$ 639,03
3 0,25 R$ 321,11 R$ 317,92 R$ 956,96
4 0,33 R$ 321,11 R$ 316,87 R$ 1.273,83
5 0,42 R$ 321,11 R$ 315,82 R$ 1.589,64
6 0,50 R$ 321,11 R$ 314,77 R$ 1.904,41
7 0,58 R$ 321,11 R$ 313,72 R$ 2.218,13
8 0,67 R$ 321,11 R$ 312,68 R$ 2.530,81
9 0,75 R$ 321,11 R$ 311,64 R$ 2.842,45
10 0,83 R$ 321,11 R$ 310,60 R$ 3.153,05
11 0,92 R$ 321,11 R$ 309,57 R$ 3.462,62
12 1,00 R$ 321,11 R$ 308,54 R$ 3.771,17
13 1,08 R$ 321,11 R$ 307,52 R$ 4.078,69
14 1,17 R$ 321,11 R$ 306,50 R$ 4.385,19
15 1,25 R$ 321,11 R$ 305,48 R$ 4.690,66
16 1,33 R$ 321,11 R$ 304,46 R$ 4.995,13
17 1,42 R$ 321,11 R$ 303,45 R$ 5.298,58
18 1,50 R$ 321,11 R$ 302,44 R$ 5.601,03
19 1,58 R$ 321,11 R$ 301,44 R$ 5.902,47
20 1,67 R$ 321,11 R$ 300,44 R$ 6.202,90
21 1,75 R$ 321,11 R$ 299,44 R$ 6.502,34
22 1,83 R$ 321,11 R$ 298,45 R$ 6.800,79
23 1,92 R$ 321,11 R$ 297,45 R$ 7.098,24
24 2,00 R$ 321,11 R$ 296,47 R$ 7.394,71
25 2,08 R$ 321,11 R$ 295,48 R$ 7.690,19
26 2,17 R$ 321,11 R$ 294,50 R$ 7.984,69
27 2,25 R$ 321,11 R$ 293,52 R$ 8.278,21
28 2,33 R$ 321,11 R$ 292,55 R$ 8.570,76
29 2,42 R$ 321,11 R$ 291,57 R$ 8.862,33
30 2,50 R$ 321,11 R$ 290,60 R$ 9.152,93
31 2,58 R$ 321,11 R$ 289,64 R$ 9.442,57
32 2,67 R$ 321,11 R$ 288,68 R$ 9.731,25
33 2,75 R$ 321,11 R$ 287,72 R$ 10.018,97
34 2,83 R$ 321,11 R$ 286,76 R$ 10.305,73
35 2,92 R$ 321,11 R$ 285,81 R$ 10.591,54
36 3,00 R$ 321,11 R$ 284,86 R$ 10.876,40
37 3,08 R$ 321,11 R$ 283,91 R$ 11.160,31
38 3,17 R$ 321,11 R$ 282,97 R$ 11.443,28
39 3,25 R$ 321,11 R$ 282,03 R$ 11.725,31
33
40 3,33 R$ 321,11 R$ 281,09 R$ 12.006,41
41 3,42 R$ 321,11 R$ 280,16 R$ 12.286,57
42 3,50 R$ 321,11 R$ 279,23 R$ 12.565,80
43 3,58 R$ 321,11 R$ 278,30 R$ 12.844,10
44 3,67 R$ 321,11 R$ 277,38 R$ 13.121,47
45 3,75 R$ 321,11 R$ 276,45 R$ 13.397,93
46 3,83 R$ 321,11 R$ 275,54 R$ 13.673,46
47 3,92 R$ 321,11 R$ 274,62 R$ 13.948,09
48 4,00 R$ 321,11 R$ 273,71 R$ 14.221,79
49 4,08 R$ 321,11 R$ 272,80 R$ 14.494,59
50 4,17 R$ 321,11 R$ 271,89 R$ 14.766,49
51 4,25 R$ 321,11 R$ 270,99 R$ 15.037,48
52 4,33 R$ 321,11 R$ 270,09 R$ 15.307,57
53 4,42 R$ 321,11 R$ 269,19 R$ 15.576,76
54 4,50 R$ 321,11 R$ 268,30 R$ 15.845,06
55 4,58 R$ 321,11 R$ 267,41 R$ 16.112,46
56 4,67 R$ 321,11 R$ 266,52 R$ 16.378,98
57 4,75 R$ 321,11 R$ 265,63 R$ 16.644,61
58 4,83 R$ 321,11 R$ 264,75 R$ 16.909,36
59 4,92 R$ 321,11 R$ 263,87 R$ 17.173,23
60 5,00 R$ 321,11 R$ 262,99 R$ 17.436,23
61 5,08 R$ 321,11 R$ 262,12 R$ 17.698,35
62 5,17 R$ 321,11 R$ 261,25 R$ 17.959,60
63 5,25 R$ 321,11 R$ 260,38 R$ 18.219,98
64 5,33 R$ 321,11 R$ 259,52 R$ 18.479,49
65 5,42 R$ 321,11 R$ 258,65 R$ 18.738,15
66 5,50 R$ 321,11 R$ 257,79 R$ 18.995,94
67 5,58 R$ 321,11 R$ 256,94 R$ 19.252,88
68 5,67 R$ 321,11 R$ 256,08 R$ 19.508,97
69 5,75 R$ 321,11 R$ 255,23 R$ 19.764,20
70 5,83 R$ 321,11 R$ 254,39 R$ 20.018,59
71 5,92 R$ 321,11 R$ 253,54 R$ 20.272,13
72 6,00 R$ 321,11 R$ 252,70 R$ 20.524,83
73 6,08 R$ 321,11 R$ 251,86 R$ 20.776,69
74 6,17 R$ 321,11 R$ 251,02 R$ 21.027,71
75 6,25 R$ 321,11 R$ 250,19 R$ 21.277,90
76 6,33 R$ 321,11 R$ 249,36 R$ 21.527,25
77 6,42 R$ 321,11 R$ 248,53 R$ 21.775,78
78 6,50 R$ 321,11 R$ 247,70 R$ 22.023,49
79 6,58 R$ 321,11 R$ 246,88 R$ 22.270,37
80 6,67 R$ 321,11 R$ 246,06 R$ 22.516,43
81 6,75 R$ 321,11 R$ 245,24 R$ 22.761,67
82 6,83 R$ 321,11 R$ 244,43 R$ 23.006,10
83 6,92 R$ 321,11 R$ 243,62 R$ 23.249,71
84 7,00 R$ 321,11 R$ 242,81 R$ 23.492,52
85 7,08 R$ 321,11 R$ 242,00 R$ 23.734,52
34
86 7,17 R$ 321,11 R$ 241,20 R$ 23.975,71
87 7,25 R$ 321,11 R$ 240,39 R$ 24.216,11
88 7,33 R$ 321,11 R$ 239,60 R$ 24.455,70
89 7,42 R$ 321,11 R$ 238,80 R$ 24.694,50
90 7,50 R$ 321,11 R$ 238,01 R$ 24.932,51
91 7,58 R$ 321,11 R$ 237,22 R$ 25.169,72
92 7,67 R$ 321,11 R$ 236,43 R$ 25.406,15
93 7,75 R$ 321,11 R$ 235,64 R$ 25.641,79
94 7,83 R$ 321,11 R$ 234,86 R$ 25.876,65
95 7,92 R$ 321,11 R$ 234,08 R$ 26.110,73
96 8,00 R$ 321,11 R$ 233,30 R$ 26.344,03
97 8,08 R$ 321,11 R$ 232,53 R$ 26.576,56
98 8,17 R$ 321,11 R$ 231,75 R$ 26.808,31
99 8,25 R$ 321,11 R$ 230,98 R$ 27.039,30
100 8,33 R$ 321,11 R$ 230,22 R$ 27.269,51
101 8,42 R$ 321,11 R$ 229,45 R$ 27.498,96
102 8,50 R$ 321,11 R$ 228,69 R$ 27.727,65
103 8,58 R$ 321,11 R$ 227,93 R$ 27.955,58
104 8,67 R$ 321,11 R$ 227,17 R$ 28.182,75
105 8,75 R$ 321,11 R$ 226,42 R$ 28.409,17
106 8,83 R$ 321,11 R$ 225,67 R$ 28.634,84
107 8,92 R$ 321,11 R$ 224,92 R$ 28.859,75
108 9,00 R$ 321,11 R$ 224,17 R$ 29.083,92
109 9,08 R$ 321,11 R$ 223,42 R$ 29.307,34
110 9,17 R$ 321,11 R$ 222,68 R$ 29.530,03
111 9,25 R$ 321,11 R$ 221,94 R$ 29.751,97
112 9,33 R$ 321,11 R$ 221,20 R$ 29.973,17
113 9,42 R$ 321,11 R$ 220,47 R$ 30.193,64
114 9,50 R$ 321,11 R$ 219,74 R$ 30.413,38
115 9,58 R$ 321,11 R$ 219,01 R$ 30.632,38
116 9,67 R$ 321,11 R$ 218,28 R$ 30.850,66
117 9,75 R$ 321,11 R$ 217,55 R$ 31.068,22
118 9,83 R$ 321,11 R$ 216,83 R$ 31.285,05
119 9,92 R$ 321,11 R$ 216,11 R$ 31.501,16
120 10,00 R$ 321,11 R$ 215,39 R$ 31.716,55
121 10,08 R$ 321,11 R$ 214,68 R$ 31.931,23
122 10,17 R$ 321,11 R$ 213,96 R$ 32.145,19
123 10,25 R$ 321,11 R$ 213,25 R$ 32.358,45
124 10,33 R$ 321,11 R$ 212,54 R$ 32.570,99
125 10,42 R$ 321,11 R$ 211,84 R$ 32.782,83
126 10,50 R$ 321,11 R$ 211,13 R$ 32.993,96
127 10,58 R$ 321,11 R$ 210,43 R$ 33.204,40
128 10,67 R$ 321,11 R$ 209,73 R$ 33.414,13
129 10,75 R$ 321,11 R$ 209,04 R$ 33.623,17
130 10,83 R$ 321,11 R$ 208,34 R$ 33.831,51
131 10,92 R$ 321,11 R$ 207,65 R$ 34.039,16
35
132 11,00 R$ 321,11 R$ 206,96 R$ 34.246,12
133 11,08 R$ 321,11 R$ 206,27 R$ 34.452,40
134 11,17 R$ 321,11 R$ 205,59 R$ 34.657,99
135 11,25 R$ 321,11 R$ 204,91 R$ 34.862,89
136 11,33 R$ 321,11 R$ 204,22 R$ 35.067,12
137 11,42 R$ 321,11 R$ 203,55 R$ 35.270,66
138 11,50 R$ 321,11 R$ 202,87 R$ 35.473,53
139 11,58 R$ 321,11 R$ 202,20 R$ 35.675,73
140 11,67 R$ 321,11 R$ 201,52 R$ 35.877,25
141 11,75 R$ 321,11 R$ 200,85 R$ 36.078,10
142 11,83 R$ 321,11 R$ 200,19 R$ 36.278,29
143 11,92 R$ 321,11 R$ 199,52 R$ 36.477,81
144 12,00 R$ 321,11 R$ 198,86 R$ 36.676,67
145 12,08 R$ 321,11 R$ 198,20 R$ 36.874,87
146 12,17 R$ 321,11 R$ 197,54 R$ 37.072,41
147 12,25 R$ 321,11 R$ 196,88 R$ 37.269,29
148 12,33 R$ 321,11 R$ 196,23 R$ 37.465,52
149 12,42 R$ 321,11 R$ 195,58 R$ 37.661,10
150 12,50 R$ 321,11 R$ 194,93 R$ 37.856,03
151 12,58 R$ 321,11 R$ 194,28 R$ 38.050,31
152 12,67 R$ 321,11 R$ 193,63 R$ 38.243,94
153 12,75 R$ 321,11 R$ 192,99 R$ 38.436,94
154 12,83 R$ 321,11 R$ 192,35 R$ 38.629,29
155 12,92 R$ 321,11 R$ 191,71 R$ 38.821,00
156 13,00 R$ 321,11 R$ 191,07 R$ 39.012,07
157 13,08 R$ 321,11 R$ 190,44 R$ 39.202,51
158 13,17 R$ 321,11 R$ 189,81 R$ 39.392,32
159 13,25 R$ 321,11 R$ 189,18 R$ 39.581,50
160 13,33 R$ 321,11 R$ 188,55 R$ 39.770,04
161 13,42 R$ 321,11 R$ 187,92 R$ 39.957,96
162 13,50 R$ 321,11 R$ 187,30 R$ 40.145,26
163 13,58 R$ 321,11 R$ 186,67 R$ 40.331,94
164 13,67 R$ 321,11 R$ 186,05 R$ 40.517,99
165 13,75 R$ 321,11 R$ 185,44 R$ 40.703,43
166 13,83 R$ 321,11 R$ 184,82 R$ 40.888,25
167 13,92 R$ 321,11 R$ 184,21 R$ 41.072,45
168 14,00 R$ 321,11 R$ 183,59 R$ 41.256,05
169 14,08 R$ 321,11 R$ 182,98 R$ 41.439,03
170 14,17 R$ 321,11 R$ 182,38 R$ 41.621,41
171 14,25 R$ 321,11 R$ 181,77 R$ 41.803,18
172 14,33 R$ 321,11 R$ 181,17 R$ 41.984,35
173 14,42 R$ 321,11 R$ 180,56 R$ 42.164,91
174 14,50 R$ 321,11 R$ 179,97 R$ 42.344,88
175 14,58 R$ 321,11 R$ 179,37 R$ 42.524,25
176 14,67 R$ 321,11 R$ 178,77 R$ 42.703,02
177 14,75 R$ 321,11 R$ 178,18 R$ 42.881,19
36
178 14,83 R$ 321,11 R$ 177,59 R$ 43.058,78
179 14,92 R$ 321,11 R$ 177,00 R$ 43.235,77
180 15,00 R$ 321,11 R$ 176,41 R$ 43.412,18
181 15,08 R$ 321,11 R$ 175,82 R$ 43.588,00
182 15,17 R$ 321,11 R$ 175,24 R$ 43.763,24
183 15,25 R$ 321,11 R$ 174,66 R$ 43.937,90
184 15,33 R$ 321,11 R$ 174,07 R$ 44.111,97
185 15,42 R$ 321,11 R$ 173,50 R$ 44.285,47
186 15,50 R$ 321,11 R$ 172,92 R$ 44.458,39
187 15,58 R$ 321,11 R$ 172,35 R$ 44.630,73
188 15,67 R$ 321,11 R$ 171,77 R$ 44.802,51
189 15,75 R$ 321,11 R$ 171,20 R$ 44.973,71
190 15,83 R$ 321,11 R$ 170,63 R$ 45.144,34
191 15,92 R$ 321,11 R$ 170,07 R$ 45.314,41
192 16,00 R$ 321,11 R$ 169,50 R$ 45.483,91
193 16,08 R$ 321,11 R$ 168,94 R$ 45.652,85
194 16,17 R$ 321,11 R$ 168,38 R$ 45.821,23
195 16,25 R$ 321,11 R$ 167,82 R$ 45.989,04
196 16,33 R$ 321,11 R$ 167,26 R$ 46.156,30
197 16,42 R$ 321,11 R$ 166,70 R$ 46.323,01
198 16,50 R$ 321,11 R$ 166,15 R$ 46.489,16
199 16,58 R$ 321,11 R$ 165,60 R$ 46.654,76
200 16,67 R$ 321,11 R$ 165,05 R$ 46.819,81
201 16,75 R$ 321,11 R$ 164,50 R$ 46.984,31
202 16,83 R$ 321,11 R$ 163,95 R$ 47.148,26
203 16,92 R$ 321,11 R$ 163,41 R$ 47.311,67
204 17,00 R$ 321,11 R$ 162,87 R$ 47.474,54
205 17,08 R$ 321,11 R$ 162,33 R$ 47.636,86
206 17,17 R$ 321,11 R$ 161,79 R$ 47.798,65
207 17,25 R$ 321,11 R$ 161,25 R$ 47.959,90
208 17,33 R$ 321,11 R$ 160,71 R$ 48.120,61
209 17,42 R$ 321,11 R$ 160,18 R$ 48.280,79
210 17,50 R$ 321,11 R$ 159,65 R$ 48.440,43
211 17,58 R$ 321,11 R$ 159,12 R$ 48.599,55
212 17,67 R$ 321,11 R$ 158,59 R$ 48.758,14
213 17,75 R$ 321,11 R$ 158,06 R$ 48.916,20
214 17,83 R$ 321,11 R$ 157,54 R$ 49.073,73
215 17,92 R$ 321,11 R$ 157,01 R$ 49.230,75
216 18,00 R$ 321,11 R$ 156,49 R$ 49.387,24
217 18,08 R$ 321,11 R$ 155,97 R$ 49.543,21
218 18,17 R$ 321,11 R$ 155,45 R$ 49.698,66
219 18,25 R$ 321,11 R$ 154,94 R$ 49.853,60
220 18,33 R$ 321,11 R$ 154,42 R$ 50.008,02
221 18,42 R$ 321,11 R$ 153,91 R$ 50.161,92
222 18,50 R$ 321,11 R$ 153,40 R$ 50.315,32
223 18,58 R$ 321,11 R$ 152,89 R$ 50.468,21
37
224 18,67 R$ 321,11 R$ 152,38 R$ 50.620,59
225 18,75 R$ 321,11 R$ 151,87 R$ 50.772,46
226 18,83 R$ 321,11 R$ 151,37 R$ 50.923,83
227 18,92 R$ 321,11 R$ 150,87 R$ 51.074,70
228 19,00 R$ 321,11 R$ 150,36 R$ 51.225,06
229 19,08 R$ 321,11 R$ 149,86 R$ 51.374,93
230 19,17 R$ 321,11 R$ 149,37 R$ 51.524,29
231 19,25 R$ 321,11 R$ 148,87 R$ 51.673,16
232 19,33 R$ 321,11 R$ 148,38 R$ 51.821,54
233 19,42 R$ 321,11 R$ 147,88 R$ 51.969,42
234 19,50 R$ 321,11 R$ 147,39 R$ 52.116,81
235 19,58 R$ 321,11 R$ 146,90 R$ 52.263,72
236 19,67 R$ 321,11 R$ 146,41 R$ 52.410,13
237 19,75 R$ 321,11 R$ 145,93 R$ 52.556,06
238 19,83 R$ 321,11 R$ 145,44 R$ 52.701,50
239 19,92 R$ 321,11 R$ 144,96 R$ 52.846,46
240 20,00 R$ 321,11 R$ 144,48 R$ 52.990,94
241 20,08 R$ 321,11 R$ 144,00 R$ 53.134,94
242 20,17 R$ 321,11 R$ 143,52 R$ 53.278,46
243 20,25 R$ 321,11 R$ 143,04 R$ 53.421,50
244 20,33 R$ 321,11 R$ 142,57 R$ 53.564,07
245 20,42 R$ 321,11 R$ 142,09 R$ 53.706,16
246 20,50 R$ 321,11 R$ 141,62 R$ 53.847,78
247 20,58 R$ 321,11 R$ 141,15 R$ 53.988,94
248 20,67 R$ 321,11 R$ 140,68 R$ 54.129,62
249 20,75 R$ 321,11 R$ 140,22 R$ 54.269,83
250 20,83 R$ 321,11 R$ 139,75 R$ 54.409,58
251 20,92 R$ 321,11 R$ 139,29 R$ 54.548,87
252 21,00 R$ 321,11 R$ 138,82 R$ 54.687,69
253 21,08 R$ 321,11 R$ 138,36 R$ 54.826,05
254 21,17 R$ 321,11 R$ 137,90 R$ 54.963,95
255 21,25 R$ 321,11 R$ 137,44 R$ 55.101,40
256 21,33 R$ 321,11 R$ 136,99 R$ 55.238,38
257 21,42 R$ 321,11 R$ 136,53 R$ 55.374,92
258 21,50 R$ 321,11 R$ 136,08 R$ 55.510,99
259 21,58 R$ 321,11 R$ 135,63 R$ 55.646,62
260 21,67 R$ 321,11 R$ 135,18 R$ 55.781,79
261 21,75 R$ 321,11 R$ 134,73 R$ 55.916,52
262 21,83 R$ 321,11 R$ 134,28 R$ 56.050,80
263 21,92 R$ 321,11 R$ 133,83 R$ 56.184,63
264 22,00 R$ 321,11 R$ 133,39 R$ 56.318,02
265 22,08 R$ 321,11 R$ 132,94 R$ 56.450,96
266 22,17 R$ 321,11 R$ 132,50 R$ 56.583,47
267 22,25 R$ 321,11 R$ 132,06 R$ 56.715,53
268 22,33 R$ 321,11 R$ 131,62 R$ 56.847,15
269 22,42 R$ 321,11 R$ 131,19 R$ 56.978,34
38
270 22,50 R$ 321,11 R$ 130,75 R$ 57.109,09
271 22,58 R$ 321,11 R$ 130,32 R$ 57.239,41
272 22,67 R$ 321,11 R$ 129,88 R$ 57.369,29
273 22,75 R$ 321,11 R$ 129,45 R$ 57.498,75
274 22,83 R$ 321,11 R$ 129,02 R$ 57.627,77
275 22,92 R$ 321,11 R$ 128,59 R$ 57.756,36
276 23,00 R$ 321,11 R$ 128,17 R$ 57.884,53
277 23,08 R$ 321,11 R$ 127,74 R$ 58.012,27
278 23,17 R$ 321,11 R$ 127,32 R$ 58.139,58
279 23,25 R$ 321,11 R$ 126,89 R$ 58.266,48
280 23,33 R$ 321,11 R$ 126,47 R$ 58.392,95
281 23,42 R$ 321,11 R$ 126,05 R$ 58.519,00
282 23,50 R$ 321,11 R$ 125,63 R$ 58.644,63
283 23,58 R$ 321,11 R$ 125,22 R$ 58.769,85
284 23,67 R$ 321,11 R$ 124,80 R$ 58.894,65
285 23,75 R$ 321,11 R$ 124,38 R$ 59.019,03
286 23,83 R$ 321,11 R$ 123,97 R$ 59.143,00
287 23,92 R$ 321,11 R$ 123,56 R$ 59.266,56
288 24,00 R$ 321,11 R$ 123,15 R$ 59.389,71
289 24,08 R$ 321,11 R$ 122,74 R$ 59.512,45
290 24,17 R$ 321,11 R$ 122,33 R$ 59.634,78
291 24,25 R$ 321,11 R$ 121,93 R$ 59.756,71
292 24,33 R$ 321,11 R$ 121,52 R$ 59.878,23
293 24,42 R$ 321,11 R$ 121,12 R$ 59.999,35
294 24,50 R$ 321,11 R$ 120,71 R$ 60.120,06
295 24,58 R$ 321,11 R$ 120,31 R$ 60.240,37
296 24,67 R$ 321,11 R$ 119,91 R$ 60.360,29
297 24,75 R$ 321,11 R$ 119,52 R$ 60.479,80
298 24,83 R$ 321,11 R$ 119,12 R$ 60.598,92
299 24,92 R$ 321,11 R$ 118,72 R$ 60.717,64
300 25,00 R$ 321,11 R$ 118,33 R$ 60.835,97
R$ 60.835,97
Legenda: CFo – Fluxo de caixa inicial. CFj – Fluxos de caixa esperado. I – Taxa de desconto ou TMA (taxa
mínima de atratividade). N – Período de tempo.
top related