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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CAMPUS PROFESSORA MARIA DA PENHA
CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DIEGO ROCHA BARRETO
EFICIÊNCIA EM SISTEMA DE ILUMINAÇÃO ESTUDO DE CASO DO BLOCO DE
SALAS DE AULA DO CAMPUS VIII DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA
PARAÍBA.
ARARUNA
2016
DIEGO ROCHA BARRETO
EFICIÊNCIA EM SISTEMA DE ILUMINAÇÃO ESTUDO DE CASO DO BLOCO DE
SALAS DE AULA DO CAMPUS VIII DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA
PARAÍBA.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Coordenação do Curso de Engenharia Civil da
Universidade Estadual da Paraíba, como
requisito para obtenção do título de
Bacharelado em Engenharia Civil.
Área de concentração: Sistemas de iluminação
Orientador: Prof. Arthur Henrique França
Figueredo Leão.
ARARUNA
2016
Aos meus pais Vera Lúcia e Salatiel Rodrigues e meus
irmãos Danilo Rocha e Gabriel Barreto pelo amor, apoio e
dedicação e aos meus avôs Paulo Barreto, Creonice
Miranda e Laurita Figueredo pelo amor incondicional.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por Sua misericórdia, por ter me dado saúde e força para superar
as dificuldades, por Sua fidelidade, por ter me impulsionado em todos os instantes, me
guiando com perseverança a sabedoria, sendo sempre meu companheiro e permitindo que
toda essa caminhada universitária fosse concluída com sucesso.
Agradeço aos meus pais Salatiel Rodrigues Barreto e Vera Lúcia Conceição Rocha,
pelo apoio, amor, confiança, pelos ensinamentos e pela dedicação inigualável durante toda
minha vida.
Aos meus familiares, em especial meu tio Clendson Barreto, tia Jane Novaes, tia
Cremilda Barreto, tio Robson Mendonça e minha avó Creonice Miranda, que com gestos e
palavras de carinho me fortaleceram.
Aos professores integrantes do Curso de Engenharia Civil, pela grande colaboração
com o aperfeiçoamento de meus conhecimentos, em especial ao professor Cláudio P. Costa,
que me incentivou e proporcionou um grande crescimento acadêmico. Agradeço ao meu
professor orientador Arthur Henrique França Figueredo Leão, pelas orientações, sugestões,
compreensão e apoio concedido.
Agradeço ao grupo “casa de vó”, e a Marry Itayanara por proporcionar momentos de
distração, alegrias, apoio, e principalmente, por fazer com que os 5 anos na universidade
fossem divertidos e prazerosos.
Agradeço aos meus amigos, que me entenderam, me deram força e colaboraram de
alguma forma para o meu aprendizado, especialmente Caio Ribeiro, Pedro Liberato e Diogo
Amorim que me auxiliaram e me apoiaram na reta final do curso, e a Iara de Lima pelas
orientações concedidas.
A todos, meus sinceros agradecimentos.
Sempre houve o suficiente no mundo para
todas as necessidades humanas; nunca haverá
o suficiente para a cobiça humana.
Mahatma Gandhi
RESUMO
Atualmente há uma preocupação crescente em utilizar os recursos de forma eficiente. As
edificações são potênciais consumidoras e tem recebido significativa atenção nos estudos
acadêmicos estimulado pelos programas nacionais, cada vez mais preocupados com a
contribuição dos edifícios na distribuição do consumo de energia. O objetivo deste trabalho é
realizar a classificação parcial do nível de eficiência energética pelo método prescritivo e de
simulação da RTQ-C aplicado no bloco de salas de aula de odontologia da Universidade
Estadual da Paraíba (UEPB) no município de Araruna-PB e difundir a política de eficiência
energética para toda Paraíba. A partir da crise energética de 2001, o Brasil passou a adotar
uma postura de combate ao desperdício em relação ao consumo de energia. Por meio da lei nº
10.295/2001, o governo brasileiro promulgou a política de conservação e uso racional da
mesma. O PROCEL Edifica criado em 2013 foi o primeiro complemento do PROCEL
específico para eficiências em edificações comerciais públicas e de serviços, já abrangidos
pelo RTQ-C por meio da portaria no53 de 27 de fevereiro de 2009. Os métodos aplicados são
os prescritivos e de simulação indicados pela RTQ-C para os cálculos de etiquetagem e
indicado pela NBR ISO-CIE 8995-1 e pela CIE 97 para os cálculos luminotécnicos. O bloco
em estudo possui uma área construída de 934,7m² (88,35 m x 10,58 m), das quais 729,06 m2 e
de área interna com pé direito de 2.80 m. O prédio possui amplas janelas nas salas e
elementos vazados nos corredores que permitem boa ventilação e iluminação natural. Os
cálculos de iluminância e de potência instaladas indicaram que a salas de aula possuem
valores de potência e iluminância acima do indicado nas normas RTQ-C e NBR 8995-1
respectivamente. Verificou-se ainda que estes ambientes não atendem ao pré-requisito de
aproveitamento da luz natural do RTQ-C, enquanto os corredores possuem resultados
inferiores aos indicados nas normas e atendem a todos os pré-requisitos. O bloco atingiu
inicialmente o nível D no sistema de iluminação devido a grande potência instalada nas salas
maiores e tem a capacidade de atingir o nível A sem a necessidade de grandes alterações no
sistema, as alterações sugeridas garantem uma redução de pelo menos 37,3% da potência
instalada, equivalente a 3,675 kW por hora de pleno funcionamento do bloco, além da
melhoria na qualidade da iluminação e bem estar dos usuários. Assim, pode-se concluir que o
bloco possui uma estrutura física que permite ampla melhoria no sistema de iluminação sem
alterações onerosas, adequando a norma e atingindo a excelência no nível do ENCE para o
sistema de iluminação.
Palavras-chave: Edificações, Sistema de Iluminação, RTQ-C.
ABSTRACT
Nowadays there has been a growing preoccupation about utilizing natural resources in a more
efficient way. Buildings are potêntial consumers and they have been receiving a lot of
attention in academic studies in Brazil because of its national programmes which are getting
more concerned with the buildings’ contribution in relation to the distribution of energy
consumption. The aim of this work it to make a partial classification of the energetic
efficiency level by the prescriptive method and RTQ-C simulation applied in a block of
classrooms of Paraiba State University (UEPB), located in the city of Araruna, and also
spread the energetic efficiency policy to the whole state of Paraiba. Since its energetic crisis
in 2001, Brazil has decided to fight against the energy consumption wastefulness, so much so
that the government proclaimed a policy aimed at energy efficiency and its rational use by
approving the law 10.295/2001. PROCEL Edifica, created in 2013 and the first complement
of PROCEL (a Brazilian Government Program for Energy Conservation), was established to
evaluate the energy efficiency level of Commercial, Service and Public Buildings taking into
consideration the “Technical Regulation of Quality Level Energy Efficiency” of such
buildings, RTQ-C in Portuguese. The research methodology was the prescriptive and
simulation indicated by the RTQ-C for the labeling calculations and indicated by the NBR
ISSO-CIE 8995-1 and by the CIE 97 in relation to the luminotechnical calculations. The
block of classrooms has a total built-up area of 934,7 square meters (88,35m x 10,58 m);
729,06 square meters belong to the internal area with a height ceiling of 2.80 meters. The
classrooms have wide windows and the building corridors have concrete latticework which
allows a good provision of fresh air and natural lighting. The calculations of illuminance and
installed power indicated that the classrooms have power and illuminance values beyond of
what is prescribed in the rules of RTQ-C and NBR 8995-1, respectively. It was verified also
that these environments do not accomplish RTQ-C’s prerequisite in relation to the good use of
natural lighting while the building corridors have shown inferior results in relation to the
indicators prescribed in RTQ-C and NBR 8995-1, but they fulfill all the prerequisites. The
block of classrooms have initially reached level D in the lighting system due to the great
installed power in the bigger classrooms, but has a potential to reach level A without greater
system alterations. Suggested alterations ensure a reduction of at least 37,3% of installed
power, which is equivalent to 3,675 kW an hour, not to mention an improvement of the
lighting quality and consumers welfare. Therefore, it may be concluded that the block of
classrooms has a physical structure which allows a broad improvement without expensive
alterations, fulfilling the rules and reaching the excellence at the ENCE level for the lighting
system.
Keywords: Buildings, Lighting system, RTQ-C;
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – ENCE de Projeto (a) ENCE da Edificação construída (b) ............................ 26
Figura 02 – ENCE Parcial da Envoltória (a), ENCE Parcial da Envoltória e Iluminação
(b) ENCE Parcial da Envoltória e Condicionamento de Ar(c) .. 26
Figura 03 – Desenho ilustrativo do fluxo luminoso nominal ........................................... 27
Figura 04 – Desenho ilustrativo da intensidade luminosa ................................................ 28
Figura 05 – Desenho ilustrativo da iluminância .............................................................. 28
Figura 06 – Desenho ilustrativo da luminância ................................................................ 29
Figura 07 – Desenho ilustrativo da eficiência luminosa ................................................... 29
Figura 08 – DIALux 4.12 ................................................................................................. 31
Figura 09 – Método ponto a ponto .................................................................................... 34
Figura 10 – Fator de manutenção do fluxo luminoso de lampadas florecentes ................ 43
Figura 11 – Sobrevivência da lâmpada florescente .......................................................... 43
Figura 12 – Manutenção da luminária, Tipo C ................................................................. 44
Figura 13 – Manutenção das superfícies da sala, ambiente limpo .................................... 44
Figura 14 – Entrada do DIALux(a), Editor da Sala(b) ..................................................... 46
Figura 15 – Caraterística do Ambiente, Geral (a), Plano de Manutenção (b),
Superfícies da Sala (c), Alinhamento (d) ......................................................
46
Figura 16 – Localização .................................................................................................... 47
Figura 17 – Seleção de Luminárias ................................................................................... 47
Figura 18 – Edição de Luminária, Luminária (a), Posição (b), Altura de Montagem (c). 48
Figura 19 – Ícone, Início do Cálculo ................................................................................ 48
Figura 20 – Cores falsas (a), Linhas Iguais (b), Relatório (c) .......................................... 49
Figura 21 – Bloco de sala de aula do Campus VIII da UEPB ........................................ 55
Figura 22 – Planta baixa do bloco de sala de aula do Campus VIII da UEPB ................. 55
Figura 23 – Luminária instalada nas salas tipo 1 e 2 ........................................................ 56
Figura 24 – Luminária instalada nos corredores 1 e 2 ...................................................... 56
Figura 25 – Especificações técnicas da lâmpada florescente tubular T10 ........................ 57
Figura 26 – Especificações técnicas da lâmpada eletrônica compacta ........................... 57
Figura 27 – Ilustração do modelo 3D no DIALux da sala tipo 1 ...................................... 57
Figura 28 – Legendas para as Figuras 29 e 30 .................................................................. 63
Figura 29 – Sala tipo 1 resultados em “Isolines Workplane” e “False Colours” .............. 64
Figura 30 – Sala tipo 2 resultados em “Isolines Workplane” e “False Colours” ............. 64
Figura 31 – Legendas para as Figuras 32 e 33 .................................................................. 65
Figura 32 – Corredor 1 e 2 resultados em “Isolines Workplane” e “False Colours” ....... 65
Figura 33 – Detalhamento do corredor 1 e 2 resultados em “Isolines Workplane” e
“False Colours” ..........................................................................................
66
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Índices de reflexão ...................................................................................... 35
Quadro 02 – Fator de utilização (UF) para luminárias de lâmpadas incandescentes .... 36
Quadro 03 – Fator de utilização (UF) para luminárias de lâmpadas fluorescentes ....... 36
Quadro 04 – Intervalos de inspeção recomendadas para sistemas de iluminação em
diferentes ambientes de trabalho ................................................................ 37
Quadro 05 – Intervalos aproximados de limpeza (marcadas com X) para luminárias
utilizadas em vários ambientes ................................................................... 37
Quadro 06 – Descrição dos tipos de luminárias .............................................................. 38
Quadro 07 – Exemplos típicos do Fator de Manutenção do Fluxo Luminoso (LLMF) e
o Fator de Sobrevivência da Lâmpada (LSF) ............................................. 39
Quadro 08 – Fator de Manutenção da Luminária (FML)................................................. 40
Quadro 09 – Valores para constantes c e τ ...................................................................... 41
Quadro 10 – Pré-requisitos da iluminação exigidos por nível de eficiência ................... 51
Quadro 11 – Documento do fator de manutenção e fator de utilização da sala tipo 1 ... 59
Quadro 12 – Documento do fator de manutenção e fator de utilização da sala tipo 2 ... 60
Quadro 13 – Documento do fator de manutenção e fator de utilização do corredor 1 ... 61
Quadro 14 – Documento do fator de manutenção e fator de utilização do corredor 2 ... 62
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Equivalente numérico (EqNum) para cada nível de eficiência ................... 50
Tabela 02 – Limite máximo aceitável de densidade de potência de iluminação (DPIL)
para o nível de eficiência pretendido – Método da área do edifício ........... 52
Tabela 03 – Limite máximo aceitável de densidade de potência de iluminação (DPIL)
para o nível de eficiência pretendido – Método das atividades do edifício. 53
Tabela 04 – Iluminância por ambiente ............................................................................ 63
Tabela 05 – Lista de DPIL do RTQ-C para circulação e sala de aula ............................ 67
Tabela 06– Lista de PL com base no RTQ-C para circulações e salas .......................... 67
Tabela 07 – Lista de DPI e DPIL com base no RTQ-C para circulações e salas ........... 68
Tabela 08 – Lista de PL com base no RTQ-C o bloco de sala de aula ........................... 68
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A
Área
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
AC
Área Útil dos Ambientes Condicionados
ANC
Área Útil dos Ambientes Não Condicionados
APT
Área Útil dos Ambientes de Permanência Transitória
AU
Área Útil
BRICS
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
c
Comprimento
C
Limpo
cd
Candela
CIE
Comissão Internacional de Iluminação
D
Sujo
DFF
Distribuição de Fluxo Direto
DLOR
Relação de Intensidade Luminosa de Queda
ENCE
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
EPE
Empresa de Pesquisa Energética
EqNum
Equivalente Numérico
EqNumCA Equivalente Numérico do Sistema de Condicionamento de Ar
EqNumDPI Equivalente Numérico do Sistema de Iluminação
EqNumENV Equivalente Numérico da Envoltória
EqNum
V
Equivalente Numérico de Ambientes Não Condicionados e/ou Ventilados
Naturalmente
FMFL
Fator de Manutenção do Fluxo Luminoso
FML
Fator de Manutenção da Luminária
FMSS
Fator de Manutenção das Superfícies de Sala
FSL
Fator de Sobrevivência da Lâmpada
GWh
Giga watts-horas
h
Altura da luminária ao plano de trabalho
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.
ISO
Organização Internacional para Padronização
l
Largura
LED
Diodo Emissor de Luz
lm
Lúmen
LOR
Índice de Saída de Luz
lx
Lux
m
Metro
MF
Fator De Manutenção
N
Normal
NBR
Normas Brasileiras de Regulamentação
OIEE
Oferta Interna de Energia Elétrica
PB
Paraíba
PBE
Programa Brasileiro de Etiquetagem
PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
RAC-C
Regulamento de Avaliação da Conformidade do Nível de Eficiência
Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
RCR
Room Cavity Ratio
RTQ-C
Requisitos Técnicos da Qualidade para Nível de Eficiência de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos
Tcp
Temperaturas de cor correlata
TWh
Terawatts-hora
UEPB
Universidade Estadual da Paraíba
UF
Coeficiente de Utilização
UGRL
Índice Limite de Ofuscamento Unificado
VC
Muito Limpo
W
Watt
LISTA DE SÍMBOLOS
%
Porcentagem
CO²
Dióxido de Carbono
E
Iluminância
Ē̅
Intensidade luminosa
I
Candela
K
Índice do local
L
Luminância
N
Número de lâmpadas
ɳ
Eficiência luminosa
ϴ
Ângulo teta do fluxo luminoso
Ρ
Refletância
Τ
Constantes do processo de acumulação de pó
φ
Fluxo luminoso nominal
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 19
2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 21
2.1 Objetivos gerais ................................................................................................. 21
2.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 21
3 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 22
3.1 Eficiência energética ........................................................................................... 22
3.2 Oferta e consumo de energia elétrica no Brasil ............................................... 23
3.3 Politica brasileira para eficiência energética de edificações ........................... 24
3.4 Requisitos técnicos da qualidade para o nível de eficiência de edifícios
comerciais de serviços e públicos ......................................................................
24
3.5 Conceitos de iluminação relevantes para projetos luminotécnicos ................ 27
3.6 Qualidade da iluminação e bem estar dos usuários ........................................ 30
3.7 O DIALux ............................................................................................................ 30
4 METODOLOGIA ............................................................................................... 32
4.1 Cálculo da Iluminação de ambientes de trabalho (NBR 8995-1) ................... 32
4.1.1 Método prescritivo (Cálculo da Iluminação) ........................................................ 33
4.1.1.1 Método do ponto a ponto ...................................................................................... 33
4.1.1.2 Método dos lúmens ............................................................................................... 34
4.1.2 Método de simulação (Cálculo da Iluminação) ................................................... 45
4.2 Cálculo do nível de eficiência energética de edifícios (RTQ-C) ..................... 49
4.2.1 Método Prescritivo (Cálculo do Nível de Eficiência) ......................................... 51
4.2.1.1 Método da área do edifício ................................................................................... 51
4.2.1.2 Método das atividades do edifício ........................................................................ 52
4.2.2 Método de Simulação (Cálculo do Nível de Eficiência) .................................... 54
5 RESULTADOS ................................................................................................... 55
5.1 Cálculos da Iluminação do ambiente de trabalho ........................................... 58
5.1.1 Método prescritivo (Resultados dos Cálculos da Iluminação) ............................ 58
5.1.2 Método de simulação (Resultados dos Cálculos da Iluminação) ........................ 63
5.2 Cálculo do nível de eficiência energética de edifícios (RTQ-C) ..................... 66
5.2.1 Método prescritivo ................................................................................................ 67
5.2.2 Método de simulação ............................................................................................ 67
6 DISCUSSÕES ..................................................................................................... 69
7 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 72
REFERENCIAS ................................................................................................. 73
ANEXOS ............................................................................................................. 77
19
1 INTRODUÇÃO
A viabilidade de qualquer atividade em uma sociedade moderna torna-se
possível somente utilizando de forma intensiva uma ou mais fontes de energia. Energia tal,
advinda de fontes diversas como a água, carvão, petróleo, gás mineral, vento ou a luz do sol,
necessário para atividades em geral, comerciais, residenciais ou industriais. O consumo de
energia é necessário para todas as atividades, sejam elas residenciais, comerciais ou
industriais. (DIAS e DA SILVA, 2010).
A energia no Brasil é produzida principalmente nas usinas hidroelétricas
utilizando o potencial hidráulico do país, essa energia é considerada uma energia limpa por
produzir baixa quantidade de poluentes e de ser “renovável”, assim como a solar e eólica.
A crescente preocupação com a preservação dos ambientes naturais e dos
recursos essenciais para a sobrevivência atrai setores da economia e de desenvolvimento
industrial a apresentar estratégias para minimizar o impacto de consumo energético sobre o
planeta.
No Brasil essa preocupação deveria ser maior, por possuir uma Oferta Interna
de Energia Elétrica (OIEE) desequilibrada. Na qual as principais fontes de energia do país
são: energia hidroelétrica (70,1%), gás natural (7,9%), carvão mineral (1,4%), biomassa
(bagaço de cana de açúcar) (6,0%), petróleo (2,7%), nuclear (2,7%), gás industrial (1,6%) e
eólica (0,9%), sendo o restante (próximo a 6,7%) importado (BRASIL, 2013). Assim, a
matriz energética do país é altamente dependente das hidroelétricas e esta, por sua vez, é
dependente de fatores ambientais como as chuvas nas bacias que abastecem cada reservatório.
Para agravar o quadro energético do país, os períodos de maior consumo de
energia elétrica ocorrem nos períodos de estiagem, quando os reservatórios estão abaixo do
normal. Além disso, as regiões norte e centro-oeste possuem juntas 83% do potencial
hidroelétrico remanescente do Brasil, enquanto que o consumo de energia está concentrado
nas regiões sul e sudeste, implicando em altos gastos em transmissão e elevadas perdas.
No âmbito da engenharia que estuda a utilização consciente, além de outras
áreas, o conceito de eficiência energética surge visando as questões ambientais, sendo
aplicado em tudo o que for relacionado à geração, transmissão, distribuição e uso de energia
(DIAS e DA SILVA, 2010).
A partir da crise energética de 2001 o Brasil adotou uma nova postura em
relação ao consumo de energia. O governo brasileiro promulgou a lei nº 10.295/2001 que
dispõe sobre a política nacional de conservação e uso racional de energia. Como continuação
20
da lei nº 10.295/2001 o governo publicou o decreto nº 4.059 para estabelecer o comitê gestor
de indicadores e níveis de eficiência energética, que definiu indicadores técnicos para limitar
níveis máximos de consumo de energia ou mínimos de eficiência energética, assim foi criado
o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE).
Em 2009 o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(INMETRO) por meio do PBE, publicou o documento intitulado Requisitos Técnico da
Qualidade para Nível de Eficiência de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C)
com o objetivo de estimular a construção de edificações eficientes do ponto de vista de
consumo de energia.
Essas edificações representam 48% do consumo da energia elétrica do país
sendo 9% da energia nacional consumida pelos prédios públicos. Segundo o Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) os edifícios comerciais e públicos
apresentam uma distribuição de consumo de 47% em sistemas de climatização, 22% sistema
de iluminação e 31% em cargas de equipamentos (PROCEL/ELETROBRAS, 2002).
Sabendo que as formas naturais de fornecimento de energia elétrica,
principalmente as fontes renováveis, tem um crescimento limitado e os edifícios consomem
uma parcela importante da energia nacional, é de extrema importância buscar estratégias para
utilizar de forma eficiente os recursos a serem consumidos.
Para auxiliar o estudo de consumo de energia no sistema de iluminação e o
conforto visual dos ambientes surgiram alguns softwares. Entre os softwares destinado ao
cálculo de iluminação, o DIALux , desenvolvido pela empresa alemã DIAL GmbH se destaca
por efetuar desde os cálculos mais simples aos mais avançados e apresentar interface gráfica
3D em um software completamente gratuito .
Diante das emergentes necessidades em conservar os recursos, tendo em vista
que a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) é uma universidade bem distribuída no
território paraibano e um potencial disseminador da informação científica e cultural. A
aplicação dos estudos em um dos Campi da universidade objetiva tanto a redução do consumo
de energia no local como uma conscientização dos benefícios do RTQ-C e propagação dos
conhecimentos científicos que é necessário pra uma real economia do consumo e difundir a
cultura das políticas de eficiência energética pelo estado da Paraíba.
21
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivos gerais
Avaliar a eficiência energética do sistema de iluminação do bloco de sala de
aula de odontologia da Universidade Estadual da Paraíba Campos VIII, através da aplicação
dos métodos prescritivos e de simulação do Regulamento técnico da qualidade de nível de
eficiência energética de edifícios comerciais, de serviços e públicos (RTQ-C) e difundir a
politica de eficiência energética na Paraíba.
2.2 Objetivos específicos
Identificar em que nível do ENCE do sistema de iluminação se encontra e estudar as
possíveis alterações para alcançar a excelência;
Estudar e adaptar o sistema de iluminação com base no conforto luminoso para cada
trabalho através dos métodos prescritivo e de simulação de acordo com a NBR 8995-
1:2013;
Classificar a edificação de acordo com o nível de eficiência energética do RTQ-C;
Comparar o estudo realizado com outros estudos em prédios educacionais.
22
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Eficiência energética
O termo Eficiência Energética consiste em uma utilização racional de energia,
usando-a de modo eficiente para chegar a um resultado específico. Sendo assim uma atividade
que busca empregar de forma mais útil as fontes de energia, consistindo na relação entre a
quantidade de energia consumida por determinada atividade (equipamento ou aparelho) e a
quantidade de energia realmente utilizada ou disponível para a realização de tal atividade.
A energia pode ser usada de forma inteligente em diversas fontes, mas para a
execução deste trabalho a ênfase está na iluminação, a fonte que transforma a energia elétrica
em luz, podendo ser criado um sistema mais eficiente melhorando a relação entre a divisão da
energia da luz pela energia elétrica utilizada pela lâmpada.
Quando utilizada nos sistemas de iluminação, a eficiência energética é a
capacidade de empregar a menor quantidade possível de energia para produzir a maior
quantidade de iluminação que seja necessária, não devendo prejudicar o conforto e o
desenvolvimento da tarefa visual do usuário, em hipótese alguma.
A eficiência energética tem relação direta com os benefícios da economia
energética, evitando o desperdício e conseguindo mais recursos para a utilização em outras
atividades. Os benefícios também estão relacionados com a redução dos impactos ambientais,
a diminuição da emissão de gás carbônico com a queima de combustíveis fósseis, entre outras
vantagens, tornando assim a eficiência energética uma atitude sustentável.
Segundo o Governo do Estado do Rio de Janeiro – Secretaria de Estado de
Planejamento e Gestão (2007, p.3):
Podemos afirmar com segurança que a energia elétrica é vital ao bem-estar do ser
humano e ao desenvolvimento econômico no mundo contemporâneo. A
racionalização do seu uso possibilita melhor qualidade de vida, gerando
consequentemente, crescimento econômico, emprego e competitividade. Uma
Política de Ação referente à Eficiência Energética tem como meta o emprego de
técnicas e práticas capazes de promover os usos “inteligentes” da energia, reduzindo custos e produzindo ganhos de produtividade e de lucratividade, na perspectiva do
desenvolvimento sustentável.
A população pode obter essa eficiência energética com a compra de
equipamentos que possuam níveis melhores de eficiência (televisores, ar condicionados,
geladeiras, etc.). Fazendo assim a substituição das lâmpadas incandescentes, pelas lâmpadas
fluorescentes, que possuem uma eficiência bem maior, podendo ser substituídas também pelas
lâmpadas de LED (Light Emitting Diod), ainda mais eficientes e cada vez mais acessíveis por
conta da diminuição do seu custo, do seu alto rendimento e sua grande durabilidade. Com as
23
pesquisas científicas sobre a eficiência das lâmpadas, juntamente com o avanço tecnológico,
percebe-se que quando utilizadas lâmpadas de LED o sucesso obtido em termos econômicos é
maior.
O conceito também pode ser estendido para edificações e prédios residenciais
ou comerciais, podendo fazer uso de tecnologias que façam a otimização da energia elétrica,
assim como a conscientização da equipe.
3.2 Oferta e consumo de energia elétrica no Brasil
Em relação à energia ofertada à sociedade para a produção de bens e serviços,
o Brasil possui sua matriz energética como uma das mais limpas do mundo, pois é o país que
tem a maior participação de energia renovável na matriz de geração elétrica, sem incluir a
importação, entre os países do BRICS (que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul). As
fontes renováveis representaram 73% da geração de energia elétrica do país, em 2014, já nos
demais países do grupo, este percentual varia de 2% (no caso da África do Sul) a 22%, na
China. Tendo um papel quase secundário na matriz de geração elétrica brasileira, os
combustíveis fósseis, principais emissores de CO², são utilizados para complementar as fontes
renováveis, com apenas 22% de participação, enquanto a África do Sul, China e Índia
apresentam mais de 75% de fósseis, e a Rússia 66%, de acordo com o relatório “Energia no
Bloco dos BRICS” (agosto de 2015).
Em dezembro de 2014, o consumo de energia elétrica no Brasil alcançou
39.673 gigawatts-hora (GWh), apenas 0,3% superior ao apurado no mesmo mês do ano
anterior. Com este resultado, o consumo de eletricidade no país subiu 2,2% em 2014, em
comparação 2013, somando 473,4 terawatts-hora (TWh), o que equivale à 473.395 GWh —
visto que a energia produzida por terawatt-hora equivale à 1 000 gigawatts-hora. Foi o pior
resultado de consumo de energia elétrica em cinco anos, informou a EPE, ou seja, o mais
fraco resultado desde a crise global em 2009, quando a demanda teve queda de 1,1% tendo
em vista o ano anterior, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Em fevereiro de 2016, o consumo nas residências (-3,2%) e nos
estabelecimentos comerciais (- 4, 8 %) continua em queda, em relação ao mês do ano anterior,
totalizando, respectivamente, 11.352 GWh e 7.719 GWh. Na indústria, o consumo de
eletricidade totalizou 13.375 GWh, refletindo uma retração de 7,2% na comparação com o
mesmo mês do ano passado.
24
Nas regiões do País, o consumo residencial no Nordeste registrou um resultado
ruim (-2,3%), se comparado ao desempenho observado nos últimos meses. Desde o segundo
semestre de 2015 o consumo residencial na região vem perdendo força, principalmente nos
estados de Pernambuco (-7,9%) e do Ceará (-6,1%). No Nordeste (-1,7%), o consumo, que até
então sustentava taxas positivas, retraiu 1,7%, sendo esta a primeira vez desde 2004 que não
mostrou avanço em relação a igual mês do ano anterior. O desempenho da classe residencial
nas regiões Sul (-4,0%) e Sudeste (-9,0%) ficou abaixo da média nacional – sendo observada
também na classe comercial. Sendo a queda de 10,5% observada nos domicílios do Rio de
Janeiro a maior do País. Na classe comercial, a retração vem apresentando queda contínua nos
últimos seis meses, se intensificando em fevereiro de 2016. No Sudeste (-6,5%), a queda mais
acentuada no consumo comercial ocorreu em Minas Gerais (-9,4%) e no Rio de Janeiro (-
9,2%).
3.3 Politica brasileira para eficiência energética de edificações
Desde 1985, o Brasil possui programas de eficiência energética reconhecidos
internacionalmente. Destes, o PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia
Elétrica – foi um dos iniciadores da Campanha Nacional Contra o Desperdício de Energia,
sendo lançado pelo Ministério das Minas e Energia. O PROCEL determina metas de redução
e conservação de energia que são consideradas no planejamento do setor elétrico, tendo em
conta as dimensões das necessidades de expansão da oferta de energia e da transmissão.
O PROCEL Edifica – Plano de Ação para Eficiência Energética em
Edificações – foi lançado em 2003 e apoia, assim como desenvolve, projetos na área de
conservação de energia em edificações residenciais, comerciais, públicas e de serviços.
Requisitos técnicos são especificados pela regulamentação brasileira assim como métodos
para a classificação de edificações quanto à eficiência energética, sendo assim, criar
condições para a etiquetagem do nível de eficiência energética das edificações, o objetivo da
regulamentação.
3.4 Requisitos técnicos da qualidade para o nível de eficiência de edifícios comerciais de
serviços e públicos
As metodologias para a classificação do nível de eficiência energética de
edifícios comerciais são: os Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência
Energética de Edifícios Comerciais de Serviços e Públicos (RTQ-C) que se encontram
definidos nas portarias publicadas pelo INMETRO.
25
O RTQ-C e o RAC-C foram lançados em 2009, por meio da portaria Nº 53 de
27 de fevereiro de 2009 (BRASIL, 2009 c) e Nº185 de 22 de junho de 2009 (BRASIL,
2009b). O RTQ-C já passou por cinco revisões desde seu lançamento através das portarias:
Nº163 de 08 de junho de 2009, Nº372 em 17 de setembro de 2010, Nº17 de 16 de janeiro de
2012, Nº299 de 19 de junho de 2013 e Nº126 de 19 de março de 2014 (BRASIL, 2014).
Enquanto o RAC-C sofreu duas alterações nas portarias: Nº395 em 11 de outubro de 2010 e
portaria Nº 50 em 01 de fevereiro de 2013 (BRASIL, 2013b).
O RTQ-C aplica-se a edifícios condicionados, parcialmente condicionados e não
condicionados. Edifícios de uso misto, tanto de uso residencial e comercial, como de
uso residencial e de serviços ou de uso residencial e público, devem ter suas parcelas
não residenciais avaliadas separadamente. (BRASIL, 2014 P.13)
A etiquetagem de eficiência energética de edifícios deve ser realizada através
dos métodos prescritivos ou de simulação. O método prescritivo é realizado por meios de
formulas, tabelas e gráficos, baseado na análise de simulações de um número limitado de
casos através de regressão. O método de simulação é sugerido nos casos em que as
edificações possuam vidros com alto desempenho e/ou elementos de sombreamentos
diferenciados.
O RTQ especifica a classificação do nível de eficiência de edificações, dividida
em envoltória, sistema de iluminação e sistema de condicionamento de ar. Os três sistemas
individuais tem cada um seu nível de eficiência que varia de A (mais eficiente) a E (menos
eficiente).
Parcelas de edificações (pavimento(s) ou conjunto de ambientes) podem também ter
o sistema de iluminação e o sistema de condicionamento de ar avaliado. Nestes
casos, para a classificação da envoltória, o nível de eficiência energética deve ser
estabelecido para a edificação completa. Para a classificação da iluminação e
condicionamento de ar, as parcelas devem ser as iguais para que possam fazer parte
da mesma ENCE. (BRASIL, 2014 P. 14)
Tanto na fase de projeto quanto em edifícios já construídos, pode-se fornecer a
etiqueta. Todos os sistemas com suas bonificações são incluídos na classificação geral e
referem-se ao edifício no geral ou a uma parte do mesmo. As classificações parciais permitem
a etiquetagem parcial dos sistemas, referindo-se ao edifício ou a parcelas do mesmo, assim
como à eficiência dos sistemas separadamente, já a etiqueta geral se define por uma equação
que contém pesos para balancear a relação entre os sistemas. Mesmo que os sistemas sejam
26
avaliados separadamente, a avaliação da envoltória é obrigatória e deve ser realizada para o
edifício completo.
A Figura 1 e 2 exibem os modelos possíveis de ENCE e o Anexo A detalha a
Figura 1b (ENCE da Edificação construída).
Figura 01– ENCE de Projeto (a) ENCE da Edificação construída (b)
(a) (b)
Fonte: Manual do RTQ-C, 2013
Figura 02– ENCE Parcial Da Envoltória (a), ENCE Parcial Da Envoltória e Iluminação(b)
ENCE Parcial Da Envoltória E Condicionamento de Ar(c)
(a) (b) (c)
Fonte: Manual do RTQ-C, 2013
27
3.5 Conceitos de iluminação relevantes para projetos luminotécnicos
O estudo luminotécnico abrange algumas grandezas e conceitos essenciais para
os cálculos luminotécnicos porem pouco usuais no cotidiano. Estes conceitos são de grande
relevância para compreender o comportamento da luz e dos cálculos empregados em projeto.
O fluxo luminoso segundo Costa (2006), representa a potência luminosa
emitida ou observada, ou e ainda a quantidade de energia refletida emitida ou refletida, por
segundo, sob a forma de luz. Assim o fluxo luminoso nominal é a quantidade de luz emitida
por uma lâmpada como representado na Figura 03. A unidade do fluxo luminoso é o lúmen
(lm) e pode ser representada pelo símbolo (φ). Esse conceito é muito importante por que
permite comparar as lâmpadas através do fluxo luminoso nominal.
Figura 03 – Desenho ilustrativo do fluxo luminoso nominal
Fonte: Manual Luminotécnico Prático OSRAM
A intensidade luminosa é a grandeza base do sistema internacional para
iluminação. Diferencia-se das demais por ser uma grandeza biofísica ligada à sensibilidade
humana para a visão da luz. Em Costa (2006) a intensidade luminosa e definida como o fluxo
luminoso que sai de uma fonte e se propaga num pequeno intervalo de angulo com direção
considerada. A unidade da intensidade luminosa é a candela (cd) e pode ser representada pelo
símbolo (I).
Sendo assim a intensidade luminosa conduz a noção de um vetor luminoso
emitido por uma fonte, devendo apresentar modulo, direção e sentido como ilustrado na
Figura 04.
28
Figura 04 – Desenho ilustrativo da intensidade luminosa
Fonte: Manual Luminotécnico Prático OSRAM
Iluminância ou nível de iluminação tem como melhor conceito segundo Costa
(2006), a densidade de luz necessária para uma determinada tarefa visual. Isto permite supor
que existe um valor ótimo de luz para quantificar um projeto de iluminação. A Iluminância é
definida ainda como o limite da razão fluxo luminoso (φ), incidente num elemento de
superfície que contem o ponto em estudo como ilustra a Figura 05. A unidade da Iluminância
e o lux (lx) e pode ser representada pelo símbolo (E).
Com base em pesquisas realizadas com diferentes níveis de iluminação, os
valores relativos à Iluminância foram tabelados. No Brasil eles se encontram na NBR 8995_1
- Iluminância do ambiente de trabalho, que segue a tendência da norma internacional.
Figura 05 – Desenho ilustrativo da iluminância
Fonte: Manual Luminotécnico Prático OSRAM
E̅ = φ
A (1)
A luminância ainda segundo Costa (2006), é um dos conceitos mais abstratos
que a luminotécnica apresenta. A grandeza representada na Figura 06 tem como símbolo o (L)
e como unidade o candela por metro quadrado (cd/m2). É definido como a razão da
29
intensidade luminosa (I), incidente num elemento de superfície de área (A) e é visualizada
pelo observador como demostra a ilustração.
Figura 06 – Desenho ilustrativo da luminância
Fonte: Manual Luminotécnico Prático OSRAM
Por fim a eficiência luminosa que tem com símbolo o (ɳ) e como unidade o
lúmen por watt (lm/W), é uma grandeza extremamente simples de ser compreenda assim
como extremamente importante para a conservação da energia. A potência expressa a
capacidade de transformar uma potência elétrica em watts em uma potência luminosa em
lúmens, assim, quanto maior o seu valor mais eficiente a lâmpada. Este fator permite uma
boa avaliação das lâmpadas do mercado e está ilustrado pela Figura 07.
Figura 07 – Desenho ilustrativo da eficiência luminosa
Fonte: Costa (2006,p.245)
Existem alguns conceitos essenciais para o cálculo de iluminação que só
aparecem durante a análise detalhada do ambiente, sendo fundamentais para o entendimento
30
dos métodos prescritivos e o método de simulação. E serão conceituados ao decorrer da
metodologia para tornar mais fácil a associação da teoria com os cálculos.
3.6 Qualidade da iluminação e bem estar dos usuários
O bem estar do indivíduo é influenciado muitas vezes pela qualidade da
iluminação do ambiente, pois a mesma influencia na forma como cada pessoa visualiza e
percebe o espaço, desempenhando tarefas visuais de maneira eficiente e proporcionando a
mobilidade e a segurança no local, podendo também determinar as proporções de alteração do
humor. (BERTOLOTTI, 2007).
A iluminação influencia ainda na eficiência da execução do trabalho e da
concentração do ser humano. Segundo Brondani (2006), a produtividade sofre influência
provocada pela cor da luz, trazendo que a utilização de lâmpadas de cor mais quente provoca
um decréscimo no rendimento entre 40% a 60%, quando comparada com a utilização de
lâmpadas com temperatura de cor fria. Bommel (2004), explica que altos índices de
iluminância no período da manhã aumentam o nível de cortisol, tornando o indivíduo mais
ativo devido ao aumento de pressão arterial e dos níveis de açúcar no sangue, porém altas
exposições podem levar ao cansaço e esgotamento.
O estudo da iluminação adequada para cada ambiente de trabalho é importante
para o bem estar dos usuários, proporcionando o conforto, prevenindo a fadiga visual e
acidentes de trabalho. No ambiente escolar, a iluminação de qualidade proporciona ainda o
aumento da concentração, resultando na eficiência na aprendizagem.
3.7 O DIALux
O DIALux é um software de cálculo luminoso, gratuito, desenvolvido pela
empresa alemã DIAL GmbH que permite de forma fácil calcular e projetar a iluminação do
ambiente. Há alguns anos, tais programas eram usados basicamente para a verificação dos
índices de iluminação recomendados por normas, como mera substituição gradual dos
cálculos manuais.
O programa é eficiente tanto em projetos simples quanto em projetos
complexos ou com luminárias distintas no mesmo ambiente, permitindo satisfazer a norma de
iluminação de ambientes de trabalho NBR 8995_1 e apresentar resultado que permite analisar
a eficiência do sistema com base no RTQ-C.
31
A primeira versão do DIALux foi apresentada em 1994. O programa tem sido
regularmente atualizado com novas funcionalidades como a importação/exportação de
desenhos do AutoCAD e Visualização 3D. A versão 4.0 foi lançada em 2005 e a versão mais
recente é o "DIALux 4.12” da Figura 08, que se encontra disponível para download gratuito
no site <www.dial.de/de/dialux/download/>.
Figura 08 – DIALux 4.12
Fonte: DIALux.
Porém o arquiteto com mestrado e doutorando em Engenharia Civil Dennis,
Flores (2010 P.46) alerta:
É importante conhecer bem o programa que se utiliza, seja o DIALux ou outro,
gratuito ou não, pois a tecnologia deve auxiliar o trabalho do projetista, sendo este
responsável pelos conceitos de iluminação. Qualquer software de simulação
utilizado é apenas uma ferramenta de projeto, por mais versátil que este seja.
32
4 METODOLOGIA
Neste trabalho foi utilizado o RTQ-C que especifica requisitos técnicos, bem
como os métodos para classificação de edifícios comerciais, de serviços e públicos quanto à
eficiência energética. Foi utilizado tem bem a NBR ISO_CIE 8995_1 que descreve as
condições de iluminação para locais de trabalho em áreas internas, assim como as exigências
para que as pessoas possam desempenhar tarefas visuais de forma eficiente, confortável e
segura por todo o tempo de trabalho.
As metodologias apresentadas estão presentes nos dois textos, ou indicadas
por eles, que são a base para o presente trabalho.
4.1 Cálculo da Iluminação de ambientes de trabalho (NBR 8995_1)
A NBR ISO_CIE 8995_1 especifica os requisitos para que as pessoas
desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança.
Para garantir a eficiência e o conforto, a norma apresenta uma tabela com as
iluminâncias mantidas para tipo de ambiente, tarefa ou atividade. Os valores sugeridos em
condição visual normal, levando em conta os seguintes fatores:
Requisitos para a tarefa visual;
Segurança;
Aspectos psico-fisiológicos assim como conforto visual e bem estar;
Economia;
Experiência prática.
Os valores de iluminância podem ser ajustados em pelo menos um nível na
escala da iluminância. Convém que a iluminância seja aumentada quando:
Contrastes excepcionalmente baixos estão presentes na tarefa;
O trabalho visual é crítico;
A correção dos erros é onerosa;
É da maior importância a exatidão ou a alta produtividade;
A capacidade de visão dos trabalhadores está abaixo do normal;
A iluminância mantida necessária pode ser reduzida quando.
Os detalhes são de um tamanho excepcionalmente grande ou de alto contraste;
A tarefa é realizada por um tempo excepcionalmente curto.
33
A escala recomendada da iluminância segue um fator de aproximadamente 1,5
que representa a menor diferença significativa no efeito da iluminância. O menor valor de
iluminação é aproximadamente 20 lux de iluminância horizontal, exigida para diferenciar as
características da face humana, enquanto seu valor máximo e necessário apenas para situações
de controle de qualidade ou atividades cirurgicamente precisas.
Os valores de iluminância comumente utilizados em edificações educacionais indicados no
quadro do Anexo B (Especificação da iluminância, limitação de ofuscamento e qualidade da
cor por atividades) seguem o padrão da escala de iluminância recomendada a seguir:
20 – 30 – 50 – 75 – 100 – 150 – 200 – 300 – 500 – 750 – 1 000 – 1 500 – 2 000
– 3 000 – 5 000 lux.
Além de especificar os requisitos de iluminação para os locais de trabalho
internos como a NBR 5413 DE 1992, a NBR 8995_1 de 2013 ainda preocupa-se em dar
ênfase às definições da área de trabalho e da área de entorno, da malha de cálculos, do
controle do ofuscamento e da manutenção do sistema de iluminação através dos anexos.
O anexo “A” exemplifica áreas de tarefas e entorno imediato para elaboração
de projeto e verificação de iluminâncias.
O anexo “B” recomenda os critérios da grade de cálculo para elaboração de
projetos em softwares e verificação do nível de iluminância nas instalações.
O anexo “C” traz orientações para o controle do ofuscamento.
O anexo “D” traz orientações para determinação dos fatores de manutenção
para projeto do sistema de iluminação.
4.1.1 Método prescritivo (Cálculo da Iluminação)
4.1.1.1 Método do ponto a ponto.
O método do ponto a ponto considera uma fonte luminosa puntiforme
iluminando um ambiente qualquer, fonte que irradia seu fluxo luminoso para várias direções.
Como visto, pode-se determinar a intensidade luminosa dessa fonte em uma única direção. A
Figura 09 retrata uma fonte puntiforme instalada em um ambiente no qual se encontra um
objeto iluminado no ponto P.
34
Figura 09 - Método ponto a ponto
A iluminância no ponto P obtida a partir da fonte luminosa mostrada na Figura
09 pode ser calculada por:
𝐸P)(= 𝐼(𝜃) × 𝐶𝑜𝑠𝜃
𝐷² (2)
Sendo,
E(P): iluminância no ponto P derivado do fluxo luminoso da fonte luminosa (Lux);
I(𝜃): intensidade luminosa da fonte na direção do ângulo;
D: distância entre a fonte luminosa e o ponto P em consideração (m). θ
Em ambientes com mais de uma luminária o resultado do ponto estudado é o
somatório da contribuição de cada lâmpada. O resultado obtido pelo método é multiplicado
pelo fator de manutenção (estudado no final do tópico 3.1.1) para que sejam levadas em conta
as condições do ambiente.
Este método é eficaz quando se deseja saber a iluminância em um único ponto
do ambiente ou ainda a contribuição de uma única luminária em um plano de trabalho.
4.1.1.2 Método dos lúmens.
O método dos lumens é mais simples quando comparado com o ponto a ponto
e foi desenvolvido para o cálculo de iluminação de ambientes internos. Ele considera as
características próprias de cada luminária e lâmpada elétrica, as cores das paredes e do teto. O
método emprega tabelas e gráficos obtidos a partir da aplicação do método do ponto a ponto
para diferentes situações. Através do método prescritivo dos lúmens foi possível calcular a
iluminância dos ambientes estudados.
35
Basicamente, busca-se determinar o número de luminárias necessárias para se
produzir uma determinada iluminância em uma área, ou ainda calcular a iluminância de um
ambiente por meio dos dados de luminária instaladas, baseando-se no fluxo luminoso médio.
O método é dividido nos seguintes passos:
Índice do local (k)
Este índice é calculado relacionando as dimensões do local que vai ser
iluminado. Pode ser calculado pela seguinte expressão:
𝑘 = 𝑐 × 𝑙
ℎ × (𝑐 + 𝑙) (3)
Sendo,
c: comprimento do recinto;
l: largura do recinto;
h: distância da luminária ao plano de trabalho.
Índices de reflexão
Este índice é tabelado e vareia de acordo com o tom das cores das paredes e
tetos. Seus valores estão apresentados no Quadro 01 a seguir:
Quadro 01 – Índices de reflexão.
Teto
Branco 0,7 (70%)
Claro 0,5 (50%)
Médio 0,3 (30%)
Parede
Claro 0,5 (50%)
Médio 0,3 (30%)
Escura 0,1 (10%) Fonte: PAZZINI
Fator de utilização (UF) da luminária
Parte do fluxo luminoso emitido pela luminária se perde na luminária e nas
paredes. O Fator de utilização (UF) de uma luminária é a relação entre o fluxo luminoso útil
recebido pelo plano de trabalho e o fluxo total emitido pela luminária:
𝑈𝐹 = 𝜑ú𝑡𝑖𝑙
𝜑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (4)
36
Este índice pode ser obtido através do uso de tabelas desenvolvidas pelos
fabricantes para cada tipo de luminária a partir do índice do local (k) e dos coeficientes de
reflexão do teto e paredes.
Quadro 02 - Fator de utilização (UF) para luminárias de lâmpadas incandescentes.
K
Teto 70% 50% 30%
Parede 50% 30% 10% 50% 30% 10% 30% 10%
Plano de
trabalho 10% 10% 10%
0,60 0,31 0,26 0,23 0,3 0,26 0,22 0,26 0,22
0,80 0,36 0,31 0,27 0,35 0,3 0,27 0,3 0,27
1,00 0,43 0,38 0,34 0,42 0,37 0,34 0,37 0,34
1,25 0,48 0,43 0,4 0,47 0,43 0,39 0,42 0,39
1,50 0,52 0,47 0,44 0,5 0,47 0,44 0,46 0,44
2,00 0,57 0,53 0,5 0,56 0,53 0,5 0,53 0,5
2,50 0,61 0,58 0,55 0,6 0,57 0,55 0,57 0,55
3,00 0,63 0,61 0,58 0,63 0,6 0,58 0,6 0,58
4,00 0,67 0,65 0,63 0,66 0,64 0,63 0,64 0,63
5,00 0,69 0,68 0,66 0,69 0,67 0,66 0,67 0,66
Fonte: PAZZINI
Quadro 03 - Fator de utilização (UF) para luminárias de lâmpadas fluorescentes
K
Teto 70% 50% 30%
Parede 50% 30% 10% 50% 30% 10% 30% 10%
Plano de
trabalho 10% 10% 10%
0,60 0,39 0,33 0,28 0,38 0,32 0,28 0,32 0,28
0,80 0,48 0,42 0,37 0,47 0,41 0,37 0,41 0,37
1,00 0,55 0,48 0,44 0,53 0,48 0,43 0,47 0,43
1,25 0,61 0,55 0,5 0,59 0,544 0,5 0,53 0,5
1,50 0,65 0,6 0,55 0,64 0,59 0,55 0,58 0,55
2,00 0,71 0,67 0,63 0,7 0,66 0,62 0,64 0,61
2,50 0,75 0,71 0,68 0,74 0,7 0.67 0,69 0,66
3,00 0,78 0,75 0,71 0,76 0,73 0,7 0,72 0,7
4,00 0,82 0,79 0,76 0,8 0.77 0,75 0,76 0,74
5,00 0,84 0,81 0,79 0,82 0,8 0,78 0,68 0,77
Fonte: PAZZINI
Categoria por intervalos de inspeção e limpeza
O Quadro 04 mostra o intervalo máximo de tempo entre as inspeções de
diversas áreas. Também indica a categoria da limpeza de lugares típicos de trabalho.
37
Quadro 04 - Intervalos de inspeção recomendadas para sistemas de iluminação em diferentes
ambientes de trabalho
Intervalos de Inspeção Ambiente Atividade ou Tarefa Da Sala
3 Anos
Muito Limpo (VC)
Salas limpas, fábricas de semicondutores,
áreas clínicas de hospitais, centros de
informática.
Limpo (C) Escritórios, escolas, enfermarias
hospitalares.
2 Anos Normal (N) Lojas, laboratórios, restaurantes, armazéns,
áreas de montagem, oficinas.
1 Ano Sujo (D)
Fábrica de produtos químicos, fundição,
soldagem, polimento, siderurgias,
marcenaria. Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 3)
Programação de limpeza
Para ajudar os operadores com o programa de manutenção o Quadro 05 dá uma
indicação rápida dos intervalos de limpeza para diferentes tipos de luminárias utilizadas nos
vários ambientes. E a fim de facilitar a identificação de cada luminária à Quadro 06 traz a
descrição dos tipos de luminária do Quadro 05.
Quadro 05 - Intervalos aproximados de limpeza (marcadas com X) para luminárias utilizadas
em vários ambientes.
Intervalo de Limpeza 3 Anos 2 Anos 1 Ano
Ambiente VC
C N D
VC
C N D
VC
C N D
Tipo de Luminária
A. Desencapado X X X
B. Face Superior Aberta X X X
C. Face Superior Fechada X (X) X
D. Fechada IP2X X (X) X
E. Isolada IP5X X X X
F. Iluminação Indireta X (X) X
G. Ventilação Artificial X X X
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 4)
38
Quadro 06 - Descrição dos tipos de luminárias.
Tipo Tipos de Luminárias do Quadro 5 Descrição das luminárias
A Desencapado Luminárias desencapadas para lâmpadas
B Face Superior Aberta (ventilação
natural ou auto limpeza)
Luminárias sem capa para lâmpadas
Luminárias diretas e indiretas com refletor indireto
e dispositivo óptico fechado.
Luminárias fixadas na parede como topo e base
abertas Luminárias spot embutidas
C Face Superior Fechada (sem
ventilação)
Luminária de superfície com grelhas, Spot
embutidos, holofotes.
D Fechada IP2X Luminárias de uso geral com tampas fechadas e
ópticas
E Isolada IP5X À prova de poeira
F Iluminação Indireta Luminárias fixadas na parede com base fechada
G Ventilação Artificial Luminárias óptica usada com sistemas de
ventilação e ar condicionado
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 5)
Fator de sobrevivência da lâmpada
O fator de sobrevivência da lâmpada indica a percentagem de um grande grupo
representante de um tipo de lâmpada de permanecer operacional após um determinado
período. Tradicionalmente, a vida útil da lâmpada é o tempo declarado, em horas, partindo do
inicio do teste até que apenas 50% das lâmpadas do lote permaneçam em funcionamento.
O Quadro 07 mostra os fatores de sobrevivência da lâmpada. Como base no
tipo da lâmpada e no tempo de manutenção e limpeza. O fator de sobrevivência da lâmpada
(LSF) deve ser usado em conjunção com o valor do fator de manutenção do fluxo luminoso
(LLMF).
39
Quadro 07 - Exemplos típicos do Fator de Manutenção do Fluxo Luminoso (LLMF) e o
Fator de Sobrevivência da Lâmpada (LSF)
Vida Útil em Milhares de Horas
Diferença 0,1 0,5 1 2 4 6 8 10 12 15
Incandescente LLMF Moderada 1,00 0,97 0,93
LSF Grande 1,00 0,98 0,50
Halogênio LLMF Grande 1,00 0,99 0,97 0,95
LSF Grande 1,00 1,00 0,78 0,50
Fluorescente
triphosphor
LLMF Moderada 1,00 0,99 0,98 0,97 0,93 0,92 0,90 0,90 0,90 0,90
LSF Moderada 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,99 0,98 0,98 0,97 0,94
Fluorescente
triphosphor
LLMF Moderada 1,00 0,99 0,98 0,97 0,93 0,92 0,90 0,90 0,90 0,90
LSF Moderada 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,99 0,98 0,98 0,92 0,50
Fluorescente
halofosfato
LLMF Moderada 1,00 0,98 0,96 0,95 0,87 0,84 0,81 0,79 0,77 0,75
LSF Moderada 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,99 0,98 0,98 0,92 0,50
Fluorescente compacta
LLMF Grande 1,00 0,98 0,97 0,94 0,91 0,89 0,87 0,85
LSF Grande 1,00 0,99 0,99 0,98 0,97 0,94 0,86 0,50
Mercúrio LLMF Moderada 1,00 0,99 0,97 0,93 0,85 0,82 0,80 0,79 0,78 0,77
LSF Moderada 1,00 1,00 0,99 0,98 0,97 0,94 0,90 0,86 0,79 0,69
Metais haletos
(250/400 W)
LLMF Grande 1,00 0,98 0,95 0,90 0,87 0,83 0,79 0,65 0,63 0,58
LSF Grande 1,00 0,99 0,99 0,98 0,97 0,92 0,86 0,80 0,73 0,66
Metálicos
halogenetos
LLMF Grande 1,00 0,95 0,87 0,75 0,72 0,68 0,64 0,60 0,56
LSF Grande 1,00 0,99 0,99 0,98 0,98 0,98 0,95 0,80 0,50
Sódio de alta
pressão
LLMF Moderada 1,00 1,00 0,98 0,98 0,98 0,97 0,97 0,97 0,97 0,96
LSF Moderada 1,00 1,00 1,00 1,00 0,99 0,99 0,99 0,99 0,97 0,95
LED LLMF Grande Os dados mudam muito rapidamente.
LSF Grande Os dados mudam muito rapidamente. Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p.7)
Fator de manutenção da luminária (FML)
O fator de manutenção da luminária e a taxa de redução do fluxo luminoso
estão associados à sujeira depositada sobre as lâmpadas e as luminárias. Estas impurezas são
geralmente o maior responsável pela redução do fluxo luminoso (CIE 97).
A publicação CIE 97 propõe um padrão de seis tipos de luminárias comuns. Os
fatores de manutenção da luminária (FML) podem ser determinados por meio do Quadro 08,
como uma função do tipo da luminária e do acúmulo de poeira/sujeira. (NBR 8995-1).
40
Quadro 08 - Fator de Manutenção da Luminária (FML)
Tempo
entre
limpezas (anos)
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Tipo de
luminária Único
Ambiente
VC C N D VC C N D VC C N D VC C N D
A 1,00 0,98 0,95 0,92 0,88 0,96 0,93 0,89 0,83 0,95 0,91 0,87 0,80 0,94 0,89 0,84 0,78
B 1,00 0,96 0,95 0,91 0,88 0,95 0,90 0,86 0,83 0,94 0,87 0,83 0,79 0,92 0,84 0,80 0,75
C 1,00 0,95 0,93 0,89 0,85 0,94 0,89 0,81 0,75 0,93 0,84 0,74 0,66 0,91 0,80 0,69 0,59
D 1,00 0,94 0,92 0,87 0,83 0,94 0,88 0,82 0,77 0,93 0,85 0,79 0,73 0,91 0,83 0,77 0,71
E 1,00 0,94 0,96 0,93 0,91 0,96 0,94 0,90 0,86 0,92 0,92 0,88 0,83 0,93 0,91 0,86 0,81
F 1,00 0,94 0,92 0,89 0,85 0,93 0,86 0,81 0,74 0,91 0,81 0,73 0,65 0,88 0,77 0,66 0,57
G 1,00 1,00 1,00 0,99 0,98 1,00 0,99 0,96 0,93 0,99 0,97 0,94 0,89 0,99 0,96 0,92 0,87
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 10)
Fator de manutenção das superfícies da sala (FMSS)
O fator de manutenção das superfícies da sala e a taxa de redução do fluxo
luminoso associada à poeira depositada nas superfícies. O fator depende das dimensões do
ambiente, da refletância de todas as superfícies e da distribuição de fluxo direto das
luminárias instaladas (NBR 8995-1).
O fator de manutenção da superfície da sala pode ser avaliado para qualquer
intervalo de manutenção. Para um conjunto de valores realistas de c e τ, a depender o valor da
fração de queda do fluxo (DFF) que pode ser de 0,0 de 0,5 ou de 1,0 para intervalos de
manutenção de até seis tabelas anos.
As equações do DFF e ρ (t) são um auxilio para obter o valor de (FMSS) por
meio dos Quadros dos Anexos C, D e E.
DFF = DLOR
ρ LOR (t) (5)
Sendo,
𝐷𝐹𝐹: Fração do fluxo de queda;
𝐷𝐿𝑂𝑅: Relação de intensidade luminosa de queda;
𝐿𝑂𝑅: Índice de saída de luz.
𝜌(𝑡): É a refletância em um tempo t, em anos;
41
𝜌 (𝑡) = 𝜌0 [𝐶 + (1 𝑐).𝑒𝑡
𝜏 ] (6)
Sendo:
𝜌(𝑡): É a refletância em um tempo t, em anos;
𝜌0: É a refletância inicial;
𝑐, 𝜏: São constantes do processo de acumulação de pó.
O Quadro 09 fornece os valores de c e τ para o cálculo dos fatores de reflexão
das superfícies e os Quadros dos Anexos C, D e E apresentam os valores do Fator de
manutenção das superfícies da sala (FMSS) de acordo com o DFF dos fatores de reflexão das
superfícies e da categoria de limpeza e tempo de limpeza do ambiente.
Quadro 09 - Valores para constantes c e τ.
Ambiente Teto cc Paredes cw Piso cf τ (Aplicado por
Ano)
Muito limpo 0,96 0,92 0,85 6/12
Limpar 0,92 0,84 0,7 5/12
Normal 0,83 0,7 0,5 4/12
Sujo 0,7 0,45 0,3 3/12 Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 11)
Fator De Manutenção (MF).
O anexo “D” da NBR 8995_1 é voltado para a determinação do fator de
manutenção. Este fator é resultado da multiplicação de um conjunto de fatores de redução ou
unitários com a intenção de garantir um fator de manutenção que torne mais real os resultados
obtidos nos métodos prescritivos.
O anexo auxilia os cálculos do fator e sugere a utilização do CIE 97 para
complementar os cálculos do “Maintenance Factor”. Que pode ser calculado encontrando
cada fator por meio de cálculos e tabelas precisas ou ainda de forma rápida, porém menos
eficientes através de gráficos.
42
𝑀𝐹 = 𝐹𝑀𝐹𝐿 × 𝐹𝑆𝐿 × 𝐹𝑀𝐿 × 𝐹𝑀𝑆𝑆 (7)
Onde:
𝑀𝐹: Fator De Manutenção;
𝐹𝑀𝐹𝐿: Fator de manutenção do fluxo luminoso;
𝐹𝑆𝐿: Fator de sobrevivência da lâmpada;
𝐹𝑀𝐿: Fator de manutenção da luminária;
𝐹𝑀𝑆𝑆: Fator de manutenção das superfícies de sala.
Como sugere o CIE 97 indicado na NBR 8995_1 o calculo do fator de
manutenção pode ser dividido nos seguintes passos:
Passo 1: Selecionar lâmpada e luminária (ver Quadro 05);
Passo 2: Determinar o intervalo de substituição conjunta das lâmpadas (se possível);
Passo 3: Obter FMFL e FSL no Quadro 07 para os prazo estabelecido no Passo 2,
se o procedimento de substituição da lâmpada local é seguido então FSL será 1;
Passo 4: Avaliar a categoria de limpeza do interior (ver Quadro 04);
Passo 5: Determinar intervalo de limpeza das luminárias e das superficies do
ambiente;
Passo 6 : Obtenha o FML no Quadro 08 para o prazo estabelecido no Passo 5;
Passo 7: Obter o FMSS nos Quadros dos Anexos C, D e E para o prazo estabelecido
no Passo 5;
Passo 8: Calcular 𝑀𝐹 = 𝐹𝑀𝐹𝐿 × 𝐹𝑆𝐿 × 𝐹𝑀𝐿 × 𝐹𝑀𝑆𝑆. Calcular o fator de
manutenção para não mais de dois algarismos significativos; Obs: Se houver
perdas significativas não recuperáveis (NRF) deve ser incluídos no valor final do
MF;
Passo 9: É aconselhável repetir os passos 1 a 8, ajustando os vários componentes.
O CIE 97 disponibiliza ao fim dos ensinamentos da forma mais precisa do
calculo dos fatores, quatro gráficos para obter de forma rápida os fatores necessários para o
MF.
43
Figura 10 - Fator de manutenção do fluxo luminoso de lampadas florecentes
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 11)
Figura 11 - Sobrevivência da lâmpada florescente
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 11)
44
Figura 12 - Manutenção da luminária, Tipo C
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 11)
Figura 13 - Manutenção das superfícies da sala, anbiente limpo
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 11)
Nível de iluminância.
O nível de iluminância deve ser escolhido de acordo com as recomendações da
ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013.
Esta norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalhos
internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,
com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.
45
A partir da determinação dos diversos índices, pode-se calcular o fluxo
luminoso total a ser produzido pelas lâmpadas, o numero de lâmpadas para que a iluminância
da sala esteja de acordo com a norma, ou ainda verificar se as lâmpadas estaladas estão
oferecendo a iluminância determinada na norma através das seguintes formulas:
𝜑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐸 × 𝐴
𝑈𝐹 × 𝑀𝐹 ( 8)
𝑁 = 𝜑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝜑𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎 (9)
𝐸𝑚 = 𝜑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 × 𝑛 × 𝑈𝐹 × 𝑀𝐹
𝐴 (10)
Sendo,
𝜑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 : Fluxo luminoso total produzido pelas lâmpadas;
𝜑𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎: fluxo luminoso produzido por uma lâmpada;
𝐸: Iluminância determinada pela norma;
𝐴: Área do recinto [m²];
𝑈𝐹: Coeficiente de utilização;
𝑀𝐹: Coeficiente de manutenção.
𝑛: Número de lâmpadas.
4.1.2 Método de simulação (Cálculo da Iluminação)
Para o método de simulação foi utilizado o software DIALux, que tem como
base para os cálculos a comportamento do fluxo luminoso segundo a curva de distribuição
luminosa de cada luminária.
O DIALux apresenta na entrada uma aba a parte com as opições da
Figura14(a). A opção do novo projeto de interiores leva a uma área que solicita a entrada de
dados da dimensão do ambiente (Largura, Comprimento E Pé Direito) Figura14(b).
46
Figura 14– Entrada do DIALux(a), Editor da Sala(b)
(a) (b)
Fonte: DIALux
Em seguida são solicitados os dados de caraterística do ambiente (fator de
manutenção, fator de reflexão das superfícies e o norte do projeto).
Figura 15– Caraterística do Ambiente, Geral (a), Plano de Manutenção (b), Superfícies da
Sala (c), Alinhamento (d)
(a) (b)
(c) (d)
Fonte: DIALux
Para completar os dados do ambiente em estudo é possível editar os dados de
projetos, entre estes, os dados geográficos e de tempo, não influenciam nos cálculos da
luminosidade, porém permite uma análise dos efeitos da iluminação natural.
47
Figura 16– Localização
Fonte: DIALux
Após inserir os dados do ambiente é necessário escolher a luminária que
melhor se adeque ao ambiente ou a que já está instalada. No ícone “luminaire selection”.
Figura 17– Seleção de Luminárias
Fonte: DIALux
Escolhida a luminária do projeto é necessário editar os valores da luminária,
podendo ser alterados apenas os dados de quantidade de luminária e sua distribuição no
ambiente, como são possíveis editar também dados específicos da luminária/lâmpada
(dimensões da luminária, plano de trabalho, fluxo da luminária, etc...).
48
Figura 18– Edição de Luminária, Luminária (a), Posição (b), Altura de Montagem (c)
(a) (b)
(c)
Fonte: DIALux
Após inserir os principais dados do projeto é possível solicitar ao software o
início dos cálculos por meio do ícone “start calculation”.
Figura 19 – Ícone, Início do Cálculo
Fonte: DIALux
Realizados os cálculos é possível expor os resultados em três formas:
Por escala de cores para representar a iluminância nas superfícies, através do
ícone “False Colour Display” Figura 20 (a).
Por meio de linha limite de iluminância sobre o plano de trabalho, através do
ícone “Isolines” Figura 20 (b).
Por meio de relatório, através do ícone “Single Sheet Output” Figura 20(c).
49
Figura 20 – Cores falsas (a), Linhas Iguais (b), Relatório (c)
(a) (b)
(c)
Fonte: DIALux
4.2 Cálculo do nível de eficiência energética de edifícios (RTQ-C)
Os edifícios submetidos aos requisitos da RTQ-C estão em consonância com as
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vigentes. O RTQ-C trata da
eficiência energética nas edificações e objetiva criar condições para a etiquetagem do nível de
eficiência energética destes edifícios.
De acordo com a RTQ-C a etiquetagem de eficiência energética de edifícios
deve ser realizada por meio dos métodos: o prescritivo ou o de simulação. O método
prescritivo constitui-se da adoção de equações, tabelas e parâmetros limites, pelos quais é
obtida uma pontuação indicando o nível de eficiência parcial dos sistemas e o nível de
eficiência total do edifício. O método de simulação utiliza-se de um programa de simulação
virtual no qual é feita uma comparação entre o desempenho do edifício e o desempenho do
edifício referencial levando em consideração o nível de eficiência. Ambos devem atender aos
requisitos relativos a três partes que constituem a edificação, que são: o desempenho da
50
envoltória, a eficiência e potência instalada do sistema de iluminação e à eficiência do sistema
de condicionamento do ar.
A avaliação de cada sistema individual utiliza equivalentes numéricos, um
número de pontos correspondente à determinada eficiência, atribuídos de acordo com a
Tabela 01:
Tabela 01 - Equivalente numérico (EqNum) para cada nível de eficiência.
Nível de eficiência EqNum
A 5
B 4
C 3
D 2
E 1 Fonte: Requisitos Técnicos de Qualidade RTQ-C, 2013
A classificação geral do edifício é calculada de acordo com equação:
𝑃𝑇 = 0,3. {(𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝐸𝑛𝑣.𝐴𝐶
𝐴𝑈) + (
𝐴𝑃𝑇
𝐴𝑈) . 5 +
𝐴𝑁𝐶
𝐴𝑈. 𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝑉} + 0,3. (𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝐷𝑃𝐼) +
0,4. {(𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝐶𝐴.𝐴𝐶
𝐴𝑈) + (5
𝐴𝑃𝑇
𝐴𝑈+
𝐴𝑁𝐶
𝐴𝑈. 𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝑉)} + 𝑏 (11)
Sendo,
𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝐸𝑛𝑣: Equivalente Numérico da Envoltória;
𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝐷𝑃𝐼: Equivalente Numérico do Sistema de Iluminação, identificado pela sigla DPI,
de Densidade de Potência de Iluminação;
𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝐶𝐴: Equivalente Numérico do Sistema de Condicionamento de Ar;
𝐸𝑞𝑁𝑢𝑚𝑉: Equivalente Numérico de Ambientes Não Condicionados e/ou Ventilados
Naturalmente;
𝐴𝑃𝑇: Área Útil dos Ambientes de Permanência Transitória, desde que não condicionados;
𝐴𝑁𝐶: Área Útil dos Ambientes Não Condicionados de permanência prolongada, com
comprovação de percentual de horas ocupadas de conforto por ventilação natural (POC)
através do método da simulação;
𝐴𝐶: Área Útil dos Ambientes Condicionados;
𝐴𝑈: Área Útil;
Neste trabalho será analisado apenas a classificação atual do sistema de
iluminação e a classificação após as possíveis melhorias no sistema.
51
Pré-requisitos específicos
Para classificação do sistema de iluminação, além dos limites de potência
instalada, devem ser respeitados os critérios de controle do sistema de iluminação, de acordo
com o nível de eficiência pretendido, conforme o Quadro 10.
Quadro 10 - Pré-requisitos da iluminação exigidos por nível de eficiência
Nível de
eficiência
Divisão dos
circuitos
Contribuição da luz
natural
Desligamento automático do
sistema de iluminação
A X X X
B X X
C X
Fonte: Requisitos Técnicos de Qualidade RTQ-C, 2013
A avaliação do sistema de iluminação deve ser realizada através do método da
área do edifício ou do método das atividades do edifício.
4.2.1 Método Prescritivo (Cálculo do Nível de Eficiência)
4.2.1.1 Método da área do edifício
O método da área do edifício avalia de forma conjunta todos os ambientes do
edifício e atribui um único valor limite para a avaliação do sistema de iluminação. Este
método deve ser utilizado para edifícios com até três atividades principais, ou para atividades
que ocupem mais de 30% da área do mesmo.
Para facilitar a avaliação pode-se seguir as etapas abaixo:
Identificar a função do edifício, de acordo com a Tabela 02;
Determinar a área iluminada do edifício;
Multiplicar a área iluminada pela DPIL (Densidade de potência de iluminação
limite), para encontrar a potência limite do edifício;
Comparar a potência total instalada no edifício e a potência limite para
determinar o nível de eficiência do sistema de iluminação;
52
Tabela 02 - Limite máximo aceitável de densidade de potência de iluminação (DPIL) para o
nível de eficiência pretendido – Método da área do edifício.
Função do Edifício
Densidade de
Potência de
Iluminação
limite W/m2
(Nível A)
Densidade de
Potência de
Iluminação
limite W/m2
(Nível B)
Densidade de
Potência de
Iluminação
limite W/m2
(Nível C)
Densidade de
Potência de
Iluminação
limite W/m2
(Nível D)
Academia 9,5 10,9 12,4 13,8
Armazém 7,1 8,2 9,2 10,3
Biblioteca 12,7 14,6 16,5 18,4
Bombeiros 7,6 8,7 9,9 11
Centro de
Convenções 11,6 13,3 15,1 16,8
Cinema 8,9 10,2 11,6 12,9
Comércio 15,1 17,4 19,6 21,9
Correios 9,4 10,8 12,2 13,6
Venda e Locação de
Veículos 8,8 10,1 11,4 12,8
Escola/Universidade 10,7 12,3 13,9 15,5
Escritório 9,7 11,2 12,6 14,1
Estádio de esportes 8,4 9,7 10,9 12,2
Garagem – Ed.
Garagem 2,7 3,1 3,5 3,9
Ginásio 10,8 12,4 14 15,7 Fonte: Requisitos Técnicos de Qualidade RTQ-C, 2013
4.1.2.2 Método das atividades do edifício
O método das atividades do edifício avalia separadamente os ambientes e deve
ser utilizado para edifícios em que o método da área do mesmo não é aplicável.
Para facilitar a avaliação pode seguir as etapas abaixo:
Identificar as atividades encontradas no edifício, de acordo com a Tabela 03;
Consultar a densidade de potência de iluminação limite (DPIL – W/m2) para
cada nível de eficiência para cada uma das atividades, na Tabela 03;
Multiplicar a área iluminada de cada atividade pela DPIL, para encontrar a
potência limite para cada atividade. A potência limite para o edifício será a soma das
potências limites das atividades;
Calcular a potência instalada no edifício e compará-la com a potência limite do
edifício, identificando o EqNum (equivalente numérico) do sistema de iluminação
53
Obs.: Opcionalmente, ambientes que possuam o índice de ambiente (K) menor
que o definido na Tabela 03, ou Room Cavity Ratio (RCR) maior que o da Tabela 03 podem
ter um aumento em 20% na densidade de potência de iluminação limite (DPIL). Este aumento
de potência poderá ser utilizado apenas por este ambiente, que deve ser avaliado
individualmente, não sendo computado na potência limite para o edifício (RTQ-C, 2013
p.43).
𝐾 =𝐴𝑡 + 𝐴𝑝𝑡
𝐴𝑝 (12) RCR =
2,5 x Hp x P
A (13)
Onde:
K: índice de ambiente (adimensional);
At: Área de teto (m²);
Apt: Área do plano de trabalho (m²);
Ap: Área de parede entre o plano iluminante e plano de trabalho (m²);
RCR: Room Cavity Ratio (adimensional);
Hp: Altura de parede, considerar altura entre o plano iluminante e o plano de trabalho (m²);
P: Perímetro do ambiente (m²);
A: Área do ambiente (m²)
Tabela 03 - Limite máximo aceitável de densidade de potência de iluminação (DPIL) para o
nível de eficiência pretendido – Método das atividades do edifício.
Ambientes/Atividades
Limite do
Ambiente DPIL
Nível A
(W/m2)
DPIL
Nível B
(W/m2)
DPIL
Nível C
(W/m2)
DPIL
Nível D
(W/m2) K RCR
Armazém, Atacado Material pequeno/leve 0,8 6 10,20 12,24 14,28 16,32
Material médio/volumoso 1,2 4 5,00 6,00 7,00 8,00
Banheiros 0,6 8 5,00 6,00 7,00 8,00
Biblioteca
Área de arquivamento 1,2 4 7,80 9,36 10,92 12,48
Área de leitura 1,2 4 10,00 12,00 14,00 16,00
Área de estantes 1,2 4 18,40 22,08 25,76 29,44
Circulação <2,4m largura 7,10 8,52 9,94 11,36
Depósitos 0,8 6 5,00 6,00 7,00 8,00
Laboratórios
para Salas de Aula 0,8 6 10,20 12,24 14,24 16,32
Médico/Ind./Pesq. 0,8 6 19,50 23,40 27,30 31,20
Sala de Aula, Treinamento. 1,2 4 10,20 12,24 14,28 16,32
Sala de espera, convivência. 1,2 4 6,00 7,20 8,40 9,60
Sala de Reuniões, Conferência,
Multiuso. 0,8 6 11,90 14,28 16,66 19,96
Fonte: Requisitos Técnicos de Qualidade RTQ-C, 2013
54
4.1.2 Método de Simulação (Cálculo do Nível de Eficiência)
O método de simulação pode ser realizado através do DIALux por meio do
“Single Sheet Output” ,Figura 20(c) já explicado no tópico 3.1.2.
O relatório do DIALux informa o valor da densidade de potência de iluminação
do ambiente. Este valor deve ser comparado com os DPIL (Densidade de Potência de
Iluminação Limite) do ambiente em estudo, para saber em que nível a sala se encontra e o
EqNum para o nível.
55
5 RESULTADOS
O presente trabalho teve como base para estudo o bloco de sala de aula do
campus VIII da UEPB. O bloco tem 729,06 m2 de área interna e pé direito de 2,80 m. É
constituído por salas de diferentes tamanhos, sendo nove salas de 8,15 m por 6,00 m e duas
salas de 4,00 m por 6,00 m. Possui ainda dois corredores um de 4,00 m por 6,30 m e outro
2,48 m por 87,00 m.
As salas possuem teto claro e paredes brancas Todos ambientes são limpos
constantemente e as paredes e luminárias sofrem limpeza semestrais.
Figura 21 - Bloco de sala de aula do campus VIII da UEPB
A divisão do bloco em ambientes permite um estudo detalhado de todos os
vãos, assim podem-se analisar soluções específicas capaz de gerar melhores resultados ao
conjunto.
A Figura 22 é a planta baixa do bloco em estudo com projeção das luminárias
instalados em amarelo e o nome dos ambientes.
Figura 22 - Planta baixa do Bloco de Sala de Aula de Odontologia do Campus VIII da UEPB
56
A luminária instalada nas salas de aula possuem grades foscas e face superior
espelhada, essas características classificam-nas como tipo C “Closed top housing” segundo as
Tabelas 06 e 07 obtidas na CIE 97.
As grades foscas garantem o ângulo mínimo de blindagem necessário para
evitar o ofuscamento. As faces espelhadas direcionam o fluxo luminoso ampliando a
intensidade luminosa.
Figura 23- Luminária instalada nas salas tipo 1 e 2.
As luminárias instaladas nos corredores possuem proteção inferior fosca e face
superior espelhada, essas características classificam-nas como tipo D, “Enclosed IP2X”
segundo as Tabelas 06 e 07 obtidas na CIE 97.
O vidro fosco garante a blindagem necessária para evitar o ofuscamento. As
faces espelhadas direcionam o fluxo luminoso, ampliando a intensidade luminosa.
Figura 24- Luminária instalada nos corredores 1 e 2.
As lâmpadas instaladas nas salas de aula são fluorescentes do tipo T10 e suas
especificações técnicas estão exibidas na Figura 25. Enquanto as lâmpadas instaladas nos
corredores são lâmpadas eletrônicas compactas com as especificações técnicas da Figura 26.
57
Figura 25 - Especificações técnicas da lâmpada florescente tubular T10.
Figura 26 - Especificações técnicas da lâmpada eletrônica compacta.
Por fim a Figura 27 é uma ilustração do modelo 3D da sala tipo obtida a partir
do DIALux. O modelo permite visualizar a distribuição das luminárias e estudar a incidência
solar através da janelas, a ilustração está regulada para representar a incidência as 11h da
manhã, periodo apropiado de maior incidência.
Figura 27 - Ilustraçao do modelo 3D no DIALux da sala tipo 1.
58
5.1 Cálculos da Iluminação do ambiente de trabalho
Através do quadro no Anexo B retirado da norma de Iluminação de ambientes
de trabalho, identificamos os ambientes estudados como:
Salas de aula, sala de aulas particulares - Ē m lux = 300
Áreas de circulação e corredores - Ē m lux = 100
Como se verifica que os ambientes não fogem das condições visuais da norma
segundo os fatores de ajuste da iluminação indicados, os valores indicados nas tabelas não
necessitam de ajustes.
5.1.1 Método prescritivo (Resultados do Cálculos da Iluminação)
Os documentos a seguir foram feitos conforme o modelo indicado no anexo D
da NBR 8995_1.
Os dados foram obtidos através de um estudo aprofundado das luminárias,
lâmpadas e do ambiente. Os resultados de cada fator ou índice foram obtidos conforme o
tópico 3.1.1 do presente trabalho, que explica o método prescritivo do cálculo de iluminação.
59
Quadro 11 – Documento do fator de manutenção e fator de utilização da sala tipo 1.
Projeto: Bloco de sala de aula UEPB campus VIII
Sala: SALA TIPO 1
Processado por: Diego Rocha Barreto
Data: 1 de março de 2016
Luminária
Descrição: MASTER TL-D
Número do artigo: 1
Tipo de luminária: Superior fechado
Intervalo de limpeza em anos: 0.50
Fator de manutenção da luminária FML: 0.93
Lâmpada
Descrição: T10
Potência nominal: 40 W
Substituição da lâmpada: Individual
Reator: Eletrônico
Manutenção da lâmpada em anos: 1.00
Horas de funcionamento por lâmpada/ano: 4 745
Vida média (h) 8 000
Fator de manutenção do fluxo luminoso FMFL: 0.90
Fator de sobrevivência da lâmpada FSL: 0.98
Sala
Comprimento: 8.15 m
Profundidade: 6.00 m
Altura: 2.80 m
Plano de Trabalho 0.80 m
Ambiente: Limpo
Intervalo de limpeza da sala em anos: 0.5
Tipo de iluminação Direta
Índices de reflexão (teto, parede, plano de trabalho) 70, 50, 20
Fator de manutenção das superfícies da sala FMSS: 0.96
Índice do local (K) 1.73
Fator de manutenção 0.79
Fator de utilização 0.68
60
Quadro 12 – Documento do fator de manutenção e fator de utilização da sala tipo 2.
Projeto: Bloco de sala de aula UEPB campus VIII
Sala: SALA TIPO 2
Processado por: Diego Rocha Barreto
Data: 1 de março de 2016
Luminária
Descrição: MASTER TL-D
Número do artigo: 2
Tipo de luminária: Superior fechado
Intervalo de limpeza em anos: 0.5
Fator de manutenção da luminária FML: 0.93
Lâmpada
Descrição: T10
Potência nominal: 40 W
Substituição da lâmpada: Individual
Reator: Eletrônico
Manutenção da lâmpada em anos: 1.00
Horas de funcionamento por lâmpada/ano: 4 745
Vida media (h) 8.000
Fator de manutenção do fluxo luminoso FMFL: 0.90
Fator de sobrevivência da lâmpada FSL: 0.98
Sala
Comprimento: 4.00 m
Profundidade: 6.00 m
Altura: 2.80 m
Plano de Trabalho 0.70 m
Ambiente: Limpo
Intervalo de limpeza da sala em anos: 0.5
Tipo de iluminação Direta
Índices de reflexão (teto, parede, plano de trabalho) 70, 50, 20
Fator de manutenção das superfícies da sala FMSS: 0.96
Índice do local (K) 1.20
Fator de manutenção 0.79
Fator de utilização 0.60
61
Quadro 13 – Documento do fator de manutenção e fator de utilização do corredor 1.
Projeto: Bloco de sala de aula UEPB campus VIII
Sala: Corredor 1
Processado por: Diego Rocha Barreto
Data: 1 de março de 2016
Luminária
Descrição: GELIGHTING
Número do artigo: 3
Tipo de luminária: C. Fluorescente
Intervalo de limpeza em anos: 0.50 Fator de manutenção da luminária FML: 0.92
Lâmpada
Descrição: Compacto
Potência nominal: 25W
Substituição da lâmpada: Individual
Reator: Eletrônico
Manutenção da lâmpada em anos: 1.00 Horas de funcionamento por lâmpada/ano: 4 745 Vida média (h) 4 000
Fator de manutenção do fluxo luminoso FMFL: 0.91
Fator de sobrevivência da lâmpada FSL: 0.97
Sala Comprimento: 4.00 m Profundidade: 6.30 m Altura: 2.80 m Plano de Trabalho 1.20 m Ambiente: Limpo Intervalo de limpeza da sala em anos: 0.5 Tipo de iluminação Direta Índices de reflexão (Teto, Parede, Plano de trabalho) 70, 50, 20
Fator de manutenção das superfícies da sala FMSS: 0.96
Índice do local (K) 1.53
Fator de manutenção 0.78
Fator de utilização 0.65
62
Quadro 14 – Documento do fator de manutenção e fator de utilização do corredor 2.
Projeto: Bloco de sala de aula UEPB campus VIII
Sala: Corredor 2
Processado por: Diego Rocha Barreto
Data: 1 de março de 2016
Luminária
Descrição: GELIGHTING
Número do artigo: 4
Tipo de luminária: C. Fluorescente Intervalo de limpeza em anos: 0.50 Fator de manutenção da luminária FML: 0.92
Lâmpada Descrição: Compacto Potência nominal: 25W Substituição da lâmpada: Individual Reator: Eletrônico Manutenção da lâmpada em anos: 1.00 Horas de funcionamento por lâmpada/ano: 4 745 Vida média (h) 4 000
Fator de manutenção do fluxo luminoso FMFL: 0.91
Fator de sobrevivência da lâmpada FSL: 0.97
Sala Comprimento: 2.48 m
Profundidade: 87.00 m
Altura: 2.80 m
Plano de Trabalho 1.20 m
Ambiente: Limpo Intervalo de limpeza da sala em anos: 0.5
Tipo de iluminação Direta
Índices de reflexão (Teto, Parede, Plano de trabalho) 70, 30, 20
Fator de manutenção das superfícies da sala FMSS: 0.97
Índice do local (K) 0.63
Fator de manutenção 0.79
Fator de utilização 0.35
63
Obtidos os valores de cada fator dos ambientes estudados aplicamos a Equação
10 para cada um deles e calculamos a iluminância média instalada exibida na Tabela 4.
Comparamos os valores obtidos com os valores sugeridos em norma.
Tabela 04 - Iluminância por ambiente.
Ambiente Iluminância Indicado
em Norma (lx)
Iluminância Média
Instalada (lx)
Sala tipo 1 300 606
Sala tipo 2 300 363
Corredo1 100 59
Corredor2 100 39
5.1.2 Método de simulação (Resultados do Cálculos da Iluminação)
Como visto no tópico 4.1.2 o DIALux possui três formas de apresentar os
resultados.
As “Isolines Workplane” e as “False Colours” apresentam resultados visuais e
seu entendimento depende das legendas que os acompanham. A Figura 28 expõe as legendas
necessárias para a leitura da Figura 29 e Figura 28.
Figura 28 - Legendas para as Figuras 29 e 30.
Fonte: DIALux
64
Figura 29 - Sala tipo 1 resultados em “Isolines Workplane” e “False Colours”
.
Na Figura 29 podemos notar a predominância das cores verde, amarelo e
laranja sobre as mesas e cadeiras , estas cores representam uma iluminância maior que os 300
lx indicada pela NBR 8995-1:2013 é representado aqui pela cor azul claro. A linha vermelha
indica o contorno em que a iluminância é igual a 500 lx, assim todo plano de trabalho dentro
da linha possui iluminância maior que 500 lx e toda área externa a linha possui iluminância
menor que 500 lx e maior que 300 lx já que a linha amarela não chegou a aparecer.
Figura 30 - Sala tipo 2 resultados em “Isolines Workplane” e “False Colours”.
65
Na Figura 30 podemos notar a predominância das cores azul claro e verde
sobre as mesas e cadeiras, essas cores representam uma iluminância igual ou pouco maior que
os 300 lx indicada em norma. A linha amarela indica o contorno em que, a iluminância é igual
a 300lx, assim todo plano de trabalho dentro da linha possui iluminância maior que 300 lux e
menor que 500 lux e toda área externa a linha possui iluminância menor que 300 lx e maior
que 200 lx já que as linhas verdes e vermelhas não chegou a aparecer. A área próxima a
parede é chamada de entorno imediato e não necessita ser tão iluminado quanto a área de
trabalho conforme indicada o anexo A da NBR 8995-1 de 2013.
A Figura 31 expõe as legendas necessárias para a leitura da Figura 32 e Figura33.
Figura 31 - Legendas para as Figuras 32 e 33.
Fonte: DIALux
Figura 32 - Corredor 1 e 2 resultados em “Isolines Workplane” e “False Colours”.
66
Figura 33 - Detalhamento do corredor 1 e 2 resultados em “Isolines Workplane” e
“False Colours”.
Fonte: DIALux
Nas Fguras 32e 33 podemos notar a predominância das cores azul escuro e
lilás, estas cores representam uma iluminância igual ou pouco menor que os 100 lx indicada
em norma. A linha amarela indica o contorno em que a iluminância é igual a 100 lx, assim
todo plano de trabalho entre a linha amarela e vermelha possui iluminância maior que 100 lux
e menor que 200 lux e a área entre a linha amarela e verde possui iluminância menor que 100
lx e maior que 50 lx.
O DIALux apresenta ainda seus resultados em forma de relatório através do
“Single Sheet Output”. As figuras dos Anexos F, G e H são os resultados obtidos no DIALux
na forma de relatório para a sala tipo 1, sala tipo 2 e corredores respectivamente.
5.2 Cálculo do nível de eficiência energética de edifícios (RTQ-C)
Para a aplicação do RTQ-C no bloco o método das atividades do edifício
permite uma melhor avaliação dos resultados por estudar separadamente os ambientes do
edifício.
Quanto aos pré-requisitos, a coleta de dados no local indica que os corredores
atendem todos os parâmetros, porém as salas de aula não atendem o requisito da contribuição
da luz natural. Assim, o bloco só atende as condições necessárias para o nível C.
Na Tabela 03 obtivemos as seguintes densidades limite para cada nível de
eficiência e os limites do ambiente:
67
Tabela 05 – Lista de DPIL do RTQ-C para circulação e sala de aula.
Ambientes/Atividades
Limite do
Ambiente DPIL
Nível A
(W/m2)
DPIL
Nível B
(W/m2)
DPIL
Nível C
(W/m2)
DPIL
Nível D
(W/m2) K RCR
Circulação <2,4m largura 7,10 8,52 9,94 11,36
Sala de Aula, Treinamento. 1,2 4 10,2 12,24 14,28 16,32 Fonte: Requisitos Técnicos de Qualidade RTQ-C, 2013
Ao analisar o limite do ambiente verificamos que os corredores possuem
largura aproximada de 2,4m assim não é permitido o acréscimo de 20% ao DPIL dos níveis.
Por meio das equações 12 e 13 temos que as salas de aula do tipo 1 possuem K= 1,5 e
RCR=2,9 e não permite o acréscimo dos 20% por possuir K maior e RCR menor que o
indicado na norma, já as salas do tipo 2 possuem K= 1,8 e RCR= 4,16 e permite o aumento do
DPIL por ter o Room Cavity Ratio (RCR) maior que o indicado.
5.2.1 Método prescritivo (Resultados do Cálculo do Nível de Eficiência)
Seguindo a metodologia do tópico 3.2.1.2 calculamos a área dos ambientes a
potência instalada e as potências limite para cada nível. Por fim obtivemos a área total dos
ambientes, a potência total instalada no bloco e as potências limite do bloco para cada nível.
Considerando nove salas tipo 1 e duas salas tipo 2. A tabela a seguir expõe
todos estes resultados juntos para tornar fácil a comparação dos valores obtidos.
Tabela 06 – Lista de PL com base no RTQ-C para circulações e salas.
Ambientes Área
Potência
Instalada
(w)
Limite do
Ambiente PL (W)
nível A
PL (W)
nível B
PL (W)
nível C
PL (W)
nível D K RCR
Sala tipo 1 48,90 960,00 K>1,2 RCR<4 498,78 598,536 698,292 798,048
Sala tipo 2 24,00 320,00 K>1,2 RCR>4 244,8 293,76 342,72 391,68
Corredor 1 25,20 50,00 Largura<2,4m 178,92 214,704 250,488 286,272
Corredor 2 215,76 525,00 Largura<2,4m 1531,89 1838,27 2144,65 2451,03
Bloco (TOTAL) 729,06 9855,00 6689,43 8027,32 9365,21 10703,1
5.2.2 Método de simulação (Resultados do Cálculo do Nível de Eficiência)
Por meio do método de simulação descrito no tópico 4.1.2 tabelamos as
densidades de potência de iluminação dos ambientes, obtido no tópico 5.1.2 através dos
relatórios do DIALux (figura 33, 34 e 35) e comparamos com os DPIL para cada nível para
saber em que nível o ambiente se encaixa.
68
Tabela 07 – Lista de DPI e DPIL com base no RTQ-C para circulações e salas.
Para obter a classificação geral multiplicamos cada DPIL pela área também
indicado no relatório do DIALux para só então poder comparar.
Tabela 08 – Lista de PL com base no RTQ-C o bloco de sala de aula.
Ambientes P Instalado
(W)
PL Nível A
(W)
PL Nível B
(W)
PL Nível C
(W)
PL Nível D
(W)
Bloco (TOTAL) 9855,00 6869,56 8243,48 9617,39 10991,30
Ambientes Área
(m2)
DPI
Instalado
(W/m2)
DPIL
Nível A
(W/m2)
DPIL
Nível B
(W/m2)
DPIL
Nível C
(W/m2)
DPIL
Nível D
(W/m2)
Sala tipo 1 48,90 19,63 10,20 12,24 14,28 16,32
Sala tipo 2 24,00 13,33 10,20 12,24 14,28 16,32
Corredor 266,33 2,16 7,10 8,52 9,94 11,36
69
6 DISCUSSÕES
Os resultados obtidos por meio dos métodos prescritivos e de simulação
através do DIALux, se aproximaram tanto para os cálculos de iluminância quanto para o
cálculo de eficiência energética. O método de simulação se mostra mais prático do que o
prescritivo para o cálculo da iluminância do ambiente, porém para o cálculo da eficiência
energética o DIALux se mostrou eficiente apenas quando a área estudada apresentar apenas
um vão, se todos os ambientes estiverem incluso em um Room do DIALux (aplicação
trabalhosa), ou ainda, se fosse utilizado o método da área do edifício que apresenta um DPIL
para todo o bloco, nestes casos teríamos apenas uma comparação simples dos resultados
impresso em relatório pelo DIALux com o DPIL do RTQ-C. O método prescritivo é mais
prático na avaliação por meio da atividade do edifício.
Analisado os resultados de iluminância e eficiência para cada ambiente foi
verificado que as salas do tipo 1 possuem aproximadamente 80% mais iluminância do que o
indicado na NBR 8995-1 de 2013, porém possui 90% mais potência instalada do que a
potência limite máxima para o nível A de eficiência energética. Além disso, a sala não cumpre
o requisito técnico de contribuição da luz natural o que permite atingir apena o nível C.
Assim para a sala do tipo 1 atingir o nível A de eficiência e manter a qualidade
da iluminação, sugere-se alterar o layout de forma que o acendimento das luminárias seja em
linhas paralelas à parede das janelas a fim de se aproveitar melhor a contribuição da luz
natural e atender a todos os pré-requisitos para o nível A, deixar apenas uma lâmpada por
luminária para atingir uma potência instalada menor do que a máxima permitida no nível A e
a iluminância do ambiente igual a exigida em norma. Solucionado o problema é possível
ainda trocar as luminárias por outras com no mínimo 2300lm e no máximo 40 W das
lâmpadas atuais. Por meio destes métodos temos uma economia de 50% da energia gasta pelo
sistema de iluminação na sala equivalente a 480 W por hora de funcionamento quando não
tiver a contribuição da luz natural e pelo menos 640 W quando houver contribuição.
As salas do tipo 2 possuem aproximadamente 25% mais iluminância que o
indicado na norma de iluminação do ambiente de trabalho. A sala apresenta ainda 30% mais
potência instalada do que a potência limite máxima para o nível A de eficiência energética.
Além disto, as salas do tipo 2 também não cumprem o requisito técnico de contribuição da luz
natural, ponto obrigatório para o nível A e B. De acordo com as exigências para o nível A da
RTQ-C, a solução encontrada para a sala do tipo 2 é a mesma alteração realizada no layout do
tipo1.
70
Com a redução da potência instalada das salas tipo 1 e a correção do layout de
ativação das luminárias, o bloco atinge a excelência nos níveis de eficiência. No entanto
podem-se melhorar os demais ambientes.
Ainda para as salas tipo 2, sugerimos a troca das lâmpadas de 40 W para
lâmpadas com no máximo 30 W e no mínimo 2250lm o que deixa a sala com uma potência
instalada menor do que a máxima permitida para o nível A e a iluminância do ambiente com
luminosidade igual ou pouco maior que a exigida em norma. Como o mercado não dispõem
de lâmpadas T10 que atendam a potência máxima para o nível A de 60 W e a iluminância
mínima de 4500lm para o conforto luminoso, esses valores são encontrados para cada
luminária sendo necessária a substituição dessas por outras com a capacidade de três
lâmpadas. Assim é possível utilizar lâmpadas comerciais de 20 W e 1500lm.
Por meio destes métodos temos uma economia de 25% da energia gasta pelo
sistema de iluminação equivalente a 80 W por hora de funcionamento quando não tiver a
contribuição da luz natural e pelo menos 200 W quando houver contribuição.
Diferente das salas de aula os corredores já estão no nível A, com uma potência
instalada em torno de 1/3 da potência limite para classificação A, porém só possui 40% da
iluminância ideal. Assim para dar uma iluminação confortável ao corredor e manter o nível de
eficiência sugerimos manter em cada luminária duas lâmpadas com o mínimo de 1830 lm e no
máximo 35 W o que deixa o corredor com uma potência instalada menor do que a máxima
permitida para o nível A e a iluminância do ambiente igual a indicadas pela NBR 8995-
1/2013. Lâmpadas Fluorescentes Compactas em Espiral atingem os 1830lm desejados com 30
W de potência. Solucionado o problema é possível ainda trocar as luminárias por outras que
distribuem melhor a luminosidade diminuindo assim o contraste. Com essas alterações no
corredor teremos um acréscimo de 140% no consumo de energia pelo sistema de iluminação
nos corredores equivalente a 805 W por hora de funcionamento quando não tiver a
contribuição da luz natural.
Fazendo um balanço geral do bloco teremos aproximadamente 66% de
economia com a boa utilização da luz natural, incluindo o desligamento das luminárias do
corredor para ambos os caso e considerando o desligamento da linha de luminária próximo as
janelas a partir do novo layout representando uma economia de 6,16 kW por hora. No período
noturno teremos uma economia de 37,3% no consumo do sistema de iluminação, equivalente
a 3,675 kW por hora de funcionamento sem a contribuição da luz natural. Sendo possível
aperfeiçoar ainda mais os resultados substituindo as lâmpadas fluorescentes por LED, que são
mais eficientes e tem melhor custo benefício.
71
Comparando o estudo realizado no Campus-VIII da UEPB com outros
edifícios educacionais, como o caso do prédio administrativo do Centro de Tecnologia da
UFPB em João Pessoa - PB, estudado por (SARMENTO, E. de O. et al 2015) a edificação
possui inicialmente classificação E no sistema de iluminação e Para atingir a excelência do
nível de classificação, foi sugerido alterar o layout e a quantidade de luminárias dos
ambientes. O prédio da UEPB encontra-se inicialmente em um nível superior e apresenta
condições de luminária que permite melhorias no nível sem mudanças drásticas.
Comparando com o prédio projetado para ter classificação A do INMETRO
como o edifício escola estudado por Carvalho, et al. (2010) no município de Palhoça, Santa
Catarina. Onde, mesmo com todo projetos criados para que ao fim da obra o colégio tenha
nível A de eficiência, os sistemas de iluminação dos corredores estão entre os ambientes de
classificação B que somam 34% da área do prédio e não tiram o mérito do nível A do edifício
no sistema. O que explica a dificuldade para adequar o corredor do bloco de sala de aula da
UEPB de Araruna ao nível A.
É possível verificar ainda através das comparações, que o Campus da UEPB de
Araruna por mais que tenha sua estrutura construída antes da criação do RTQ-C possui
características de luminária, janelas e aberturas semelhantes às edificações projetadas para o
nível A do INMETRO.
72
7 CONCLUSÃO
O presente trabalho apresenta os métodos para o calculo do ENCE do sistema
de iluminação e o aplica em um bloco do campus VIII da UEPB, a fim de alcançar o nível de
excelência do PROCEL. Este estudo ainda expõe os métodos necessários para uma avaliação
e adaptação do sistema de iluminação, adequando-o a NBR 8995_1 ao CIE e com as
especificações técnicas do RTQ-C.
Através do presente trabalho pode-se concluir que para os cálculos
luminotécnicos o método de simulação pelo DIALux mostrou-se mais acessível, devido a
dificuldade de informações dos fabricantes quanto aos coeficientes necessários para os
cálculos pelo método prescritivo. Quanto aos cálculos de potência para o ENCE o método
prescritivo mostrou-se mais simples.
Conclui-se ainda através dos resultados obtidos que o bloco estudado possui
uma potência instalada de 9,9 kW e não cumpre o pré-requisito de aproveitamento da luz
natural, atingindo o nível D do sistema de iluminação, sendo capaz de alcançar o nível A
apenas adequando-se aos pré-requisitos e ajustando a potência das sala tipo 1 que permite
uma redução de no mínimo 50% da potência instalada no sistema. Aplicando as soluções
encontradas para todo o bloco a redução é entorno de 37% dos 9,9kW atualmente instalados
o que representa uma economia de 3,7kW por hora de funcionamento do bloco.
Com base nos resultados e nos estudos comparativos conclui-se que o campus
da UEPB por mais que tenha sido criado antes das políticas de eficiência em edifícios, possui
uma estrutura que indica a preocupação com a eficiência durante seu projeto e execução. Com
a criação e divulgação dessas políticas espera-se uma adaptação do campus aos requisitos
técnicos de qualidade alcançando a excelência do nível do ENCE, assim tornando-se um
exemplo e propagando as políticas de eficiência energética.
73
REFERÊNCIAS
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BRICS ano de referência: 2014 edições de 21 de agosto de 2015. Disponível em:
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74
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Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C). Rio de
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Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C). Rio de
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Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C). Rio de
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de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO). Portaria no 185, de 22 de
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Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos (RAC-C). Rio de
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de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO). Portaria no 299, de 19 de
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Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C). Rio de
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Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C). Rio de
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Nível de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos(RAC-C) .
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de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO). Portaria no 50, de 01 de
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76
CIE97. International Commission on Illumination (CIE). Guide on the maintenance of
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DIAS, Deivid Santos; DA SILVA, Pedro furtado Gonçalves. Estudo de Viabilidade da
Aplicação do programa PROCEL Edifica em Edifícios Comerciais Já Existentes: Estudo
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10 mai. 2016
77
ANEXOS
Anexo A – Modelo da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) para
edificações.
78
Anexo B – Quadro de especificação da iluminância, limitação de ofuscamento e qualidade da
cor por atividades.
Tipo de ambiente, tarefa ou
atividade
Ē m
lux UGRL Ra Observações
1. Áreas gerais da edificação
Saguão de entrada 100 22 60
Sala de espera 200 22 80
Áreas de circulação e corredores 100 28 40 Nas entradas e saídas estabelecer
uma zona de transição a fim de
evitar mudanças bruscas
Escadas, escadas rolantes e
esteiras rolantes 150 25 40
Rampas de carregamento 150 25 40
Refeitório / Cantinas 200 22 80
Salas de descanso 100 22 80
Salas para exercícios físicos 300 22 80
Vestiários, banheiros, toaletes 200 25 80
Enfermaria 500 19 80
Salas para atendimento médico 500 16 90 Tcp no mínimo 4 000 K
Estufas, sala dos disjuntores 200 25 60
Correios, quadros de distribuição 500 19 80
Depósito, estoques, câmara fria 100 25 60 200 lux se forem continuamente
ocupada
Expedição 300 25 60
Estação de controle 150 22 60 200 lux se forem continuamente
ocupadas
Tipo de ambiente, tarefa ou
atividade
Ē m
lux UGRL Ra Observações
28. Construções educacionais
Brinquedoteca 300 19 80
Berçário 300 19 80
Sala dos profissionais do berçário 300 19 80
Salas de aula, sala de aulas
particulares 300 19 80
Recomenda-se que a iluminação
seja controlável.
Salas de aulas noturnas, classes e
educação de adultos 500 19 80
Sala de leitura 500 19 80 Recomenda-se que a iluminação
seja controlável.
Quadro negro 500 19 80 Prevenir reflexões especulares.
Mesa de demonstração 500 19 80 Em salas de leitura 750 lux
Salas de arte e artesanato 500 19 80
Salas de arte em escolas de arte 750 19 80 Tcp > 5 000 K
Salas de desenho técnico 750 19 80
Salas de aplicação e laboratórios 500 19 80
Oficina de ensino 500 19 80
79
Salas de ensino de música 300 19 80
Salas de ensino de computador 500 19 80 Para trabalho com VDT ver
seção 4.10.
Laboratório linguístico 300 19 80
Salas de preparação e oficinas 500 22 80
Salas comuns de estudantes e salas
de reunião 200 22 80
Salas dos professores 300 22 80
Salas de esportes, ginásios e
piscinas 300 22 80
Para as instalações de acesso
público ver CIE 58 – 1983 e CIE
62 – 1984. Fonte: NBR ISO_CIE 8995_1
80
Anexo C – Quadro do Fator de Manutenção das Superfícies de Sala (FMSS) para
Distribuição de Fluxo Direto (DFF = 0,0).
Refletâncias
Teto/Paredes/ Piso
Tempo/anos 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00
Ambiente Fator de manutenção da superfície da sala - utilização do plano
0,80/0,70/0,20
Muito limpo 1,00 0,97 0,96 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
Limpo 1,00 0,93 0,92 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91
Normal 1,00 0,88 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86
Sujo 1,00 0,81 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80
0,80/0,50/0,20
Muito limpo 1,00 0,98 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97
Limpo 1,00 0,95 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94
Normal 1,00 0,91 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
Sujo 1,00 0,86 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85
0,80/0,30/0,20
Muito limpo 1,00 0,99 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98
Limpo 1,00 0,97 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96
Normal 1,00 0,94 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93
Sujo 1,00 0,91 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
0,70/0,70/0,20
Muito limpo 1,00 0,97 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96
Limpo 1,00 0,94 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
Normal 1,00 0,89 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87
Sujo 1,00 0,83 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81
0,70/0,50/0,20
Muito limpo 1,00 0,98 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97
Limpo 1,00 0,96 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
Normal 1,00 0,92 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91
Sujo 1,00 0,87 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86
0,70/0,30/0,20
Muito limpo 1,00 0,99 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98
Limpo 1,00 0,97 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96
Normal 1,00 0,95 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94
Sujo 1,00 0,92 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91
0,50/0,70/0,20
Muito limpo 1,00 0,98 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97
Limpo 1,00 0,95 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94
Normal 1,00 0,91 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89
Sujo 1,00 0,85 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84
0,50/0,50/0,20
Muito limpo 1,00 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98 0,98
Limpo 1,00 0,97 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96
Normal 1,00 0,94 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
Sujo 1,00 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89
0,50/0,30/0,20
Muito limpo 1,00 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99
Limpo 1,00 0,98 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97
Normal 1,00 0,96 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
Sujo 1,00 0,93 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 12)
81
Anexo D – Quadro do Fator de Manutenção das Superfícies de Sala (FMSS) para
Distribuição de Fluxo Direto (DFF = 0,5).
Refletâncias
Teto/Paredes/Piso
Tempo/anos 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00
Ambiente Fator de manutenção da superfície da sala - utilização do plano
0,80/0,70/0,20
Muito limpo 1,00 0,95 0,94 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93
Limpo 1,00 0,90 0,88 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87
Normal 1,00 0,81 0,78 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77
Sujo 1,00 0,70 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67
0,80/0,50/0,20
Muito limpo 1,00 0,96 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
Limpo 1,00 0,93 0,91 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
Normal 1,00 0,85 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83
Sujo 1,00 0,76 0,73 0,73 0,73 0,73 0,73 0,73 0,73 0,73 0,73
0,80/0,30/0,20
Muito limpo 1,00 0,97 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96
Limpo 1,00 0,94 0,93 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
Normal 1,00 0,89 0,87 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86
Sujo 1,00 0,81 0,79 0,78 0,78 0,78 0,78 0,78 0,78 0,78 0,78
0,70/0,70/0,20
Muito limpo 1,00 0,96 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94
Limpo 1,00 0,91 0,89 0,88 0,88 0,88 0,88 0,88 0,88 0,88 0,88
Normal 1,00 0,83 0,80 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79
Sujo 1,00 0,72 0,69 0,69 0,69 0,69 0,69 0,69 0,69 0,69 0,69
0,70/0,50/0,20
Muito limpo 1,00 0,97 0,96 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
Limpo 1,00 0,93 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91
Normal 1,00 0,87 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84
Sujo 1,00 0,77 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75
0,70/0,30/0,20
Muito limpo 1,00 0,98 0,97 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96
Limpo 1,00 0,95 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93
Normal 1,00 0,90 0,88 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87
Sujo 1,00 0,82 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80
0,50/0,70/0,20
Muito limpo 1,00 0,97 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95 0,95
Limpo 1,00 0,93 0,91 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
Normal 1,00 0,86 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83
Sujo 1,00 0,76 0,74 0,74 0,74 0,74 0,74 0,74 0,74 0,74 0,74
0,50/0,50/0,20
Muito limpo 1,00 0,97 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96 0,96
Limpo 1,00 0,94 0,93 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
Normal 1,00 0,89 0,87 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86
Sujo 1,00 0,81 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79
0,50/0,30/0,20
Muito limpo 1,00 0,98 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97
Limpo 1,00 0,96 0,95 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94
Normal 1,00 0,92 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
Sujo 1,00 0,85 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 13)
82
Anexo E – Quadro do Fator de Manutenção das Superfícies de Sala (FMSS) para distribuição
de fluxo direto (DFF = 1,0).
Refletâncias
Teto/Paredes/Piso
Tempo anos 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00
Ambiente Fator de manutenção da superfície da sala - utilização do plano
0,80/0,70/0,20
Muito limpo 1,00 0,93 0,91 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
Limpo 1,00 0,86 0,82 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81 0,81
Normal 1,00 0,72 0,67 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66
Sujo 1,00 0,54 0,50 0,49 0,49 0,49 0,49 0,49 0,49 0,49 0,49
0,80/0,50/0,20
Muito limpo 1,00 0,94 0,93 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
Limpo 1,00 0,88 0,85 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84
Normal 1,00 0,76 0,72 0,71 0,71 0,71 0,71 0,71 0,71 0,71 0,71
Sujo 1,00 0,59 0,55 0,54 0,54 0,54 0,54 0,54 0,54 0,54 0,54
0,80/0,30/0,20
Muito limpo 1,00 0,96 0,94 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93
Limpo 1,00 0,90 0,88 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87
Normal 1,00 0,80 0,76 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75
Sujo 1,00 0,64 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
0,70/0,70/0,20
Muito limpo 1,00 0,93 0,91 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
Limpo 1,00 0,86 0,83 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82
Normal 1,00 0,73 0,68 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67
Sujo 1,00 0,55 0,51 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50
0,70/0,50/0,20
Muito limpo 1,00 0,95 0,93 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
Limpo 1,00 0,89 0,86 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85 0,85
Normal 1,00 0,77 0,73 0,72 0,72 0,72 0,72 0,72 0,72 0,72 0,72
Sujo 1,00 0,60 0,56 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55 0,55
0,70/0,30/0,20
Muito limpo 1,00 0,96 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94
Limpo 1,00 0,91 0,88 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87
Normal 1,00 0,80 0,77 0,76 0,76 0,76 0,76 0,76 0,76 0,76 0,76
Sujo 1,00 0,65 0,61 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
0,50/0,70/0,20
Muito limpo 1,00 0,94 0,92 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91 0,91
Limpo 1,00 0,87 0,84 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83 0,83
Normal 1,00 0,75 0,70 0,69 0,69 0,69 0,69 0,69 0,69 0,69 0,69
Sujo 1,00 0,57 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52
0,50/0,50/0,20
Muito limpo 1,00 0,95 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93 0,93
Limpo 1,00 0,90 0,87 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86 0,86
Normal 1,00 0,78 0,74 0,73 0,73 0,73 0,73 0,73 0,73 0,73 0,73
Sujo 1,00 0,61 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57
0,50/0,30/0,20
Muito limpo 1,00 0,96 0,95 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94 0,94
Limpo 1,00 0,91 0,89 0,88 0,88 0,88 0,88 0,88 0,88 0,88 0,88
Normal 1,00 0,81 0,78 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77 0,77
Sujo 1,00 0,66 0,62 0,61 0,61 0,61 0,61 0,61 0,61 0,61 0,61
Fonte: Comissão Internacional de Iluminação (2005, p. 14)
83
Anexo F – Resultado em “Single Sheet Output” do DIALux para sala tipo 1
84
Anexo G – Resultado em “Single Sheet Output” do DIALux para a sala tipo 2
85
Anexo H – Resultado em “Single Sheet Output” do DIALux para os corredor 1e 2
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