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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR: REFLEXÕES SOBRE A
APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS DA PROGRAMAÇÃO
NEUROLINGUÍSTICA (PNL) NO ENSINO E APRENDIZADO.
Por: Paulo Leal Filho
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR: REFLEXÕES SOBRE A
APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS DE PROGRAMAÇÃO
NEUROLINGUÍSTICA (PNL) NO ENSINO E APRENDIZADO.
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Docência do
Ensino Superior.
Por: Paulo Leal Filho.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, ao corpo
docente e aos alunos da Pós-
Graduação do Curso de Docência do
Ensino Superior do Projeto a Vez do
Mestre – UCAM – campus Méier, pela
colaboração e carinho durante a
elaboração deste trabalho.
Ao Dr. Jairo Mancilha, diretor do
Instituto de Neurolinguística Aplicada e
ao seu corpo docente, pelo incentivo e
pelas preciosas indicações, que muito
contribuíram para o embasamento
deste trabalho.
Por fim, a todos aqueles que direta ou
indiretamente contribuíram para que
esta pesquisa fosse realizada.
5
“Sou artista suficientemente para
desenhar livremente com a minha
imaginação. A imaginação é mais
importante que o conhecimento. O
conhecimento é limitado, a imaginação
rodeia o mundo.”
A. Einstein.
6 RESUMO
Nos preparamos para o mundo para nos conectar e nos ligar
afetivamente com outras pessoas e na medida em que sentimos segurança no
ambiente em que nos encontramos, com mais criatividade podemos explorar o
mundo à nossa volta. Nessa visão particular a Programação Neurolinguística
(PNL) faz com que grande parte da atenção dos professores seja dedicada a
estabelecer e manter um ambiente para que as interações professores-alunos
sejam impulsionadas para habilidades de pensar sistematicamente,
habilidades pessoais, habilidade de ensinar e habilidades de relacionamento.
Nós seres humanos interagimos através dos sentidos (visão,
audição, tato, olfato e paladar) e que também predominam em cada um de nós
canais visual, auditivo, cinestésico, olfativo e gustativo, através dos quais cada
pessoa interage com o meio, utilizando ora um, ora outro canal. Com o
professor universitário não seria diferente na relação com seus alunos.
Propondo o conhecimento e a prática da Programação Neurolinguística (PNL)
o professor pode explorar uma nova ferramenta que contribuirá de forma
extraordinária para melhorar a sua própria auto-estima, de seus alunos e
através das diversas técnicas transpor algumas barreiras que desafiam o
professor em sala de aula. Através da PNL o professor poderá dar um novo
rumo a sua ação pedagógica, melhorando a linguagem, ter comunicação
congruente, lidar de forma competente com seu estado interno e estabelecer
objetivos e metas e a realizá-los de forma otimizada.
Se tudo isso é verdade, então porque não se pratica a PNL nas
universidades? Falta de informação e conhecimento são as razões principais.
A maioria dos professores ou está desinformada sobre o tema ou não possui
informação adequada. A PNL não é ensinada nas universidades.
7
METODOLOGIA
O enfoque metodológico adotado foi o teórico, fundamentado em publicações,
questionários e entrevistas.
Inicialmente buscou-se obter conhecimentos que apontassem
problemas de ensino e aprendizagem na educação brasileira, em especial na
do ensino universitário. Para tal, dentre outros, foram pesquisados autores de
renome na educação, tais como Cristovam Buarque, Jacques Delors, Edgar
Morin, Moacir Gadotti, os quais nos deram uma visão dos problemas e anseios
do ensino universitário.Num segundo momento, através de autores como
Richard Bandler, John Grinder, Robert Dilts, Joseph O’connor e John Seymor,
buscou-se o maior número possível de informações sobre a Programação
Neurolinguística (PNL) e sua aplicação no ensino e aprendizado.
Durante todo esse processo, foi também distribuído questionário
a 38 alunos do curso de Docência do Ensino Superior e a 7 professores do
mesmo curso de pós-graduação da Universidade Cândido Mendes – Campus
Méier, para verificar a receptividade de professores e alunos quanto a novos
paradigmas, tais como estudos da Programação Neurolinguística como mais
uma ferramenta para a otimização do ensino e aprendizado.
Por fim, foram entrevistados o Dr. Jairo Mancilha, diretor do
Instituto de Neurolinguística Aplicada (INAp), estudioso de renome
internacional, bem como os professores Mário Jorge Chagas e Lucas
Rezende, todos integrantes do Instituto de Neurolinguística Aplicada,
instituição de referência nacional em PNL, os quais através de suas
entrevistas, contribuíram sobremaneira em apresentar a PNL como uma nova
e eficaz proposta de ensino e aprendizagem no campo formal da educação no
Brasil.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I - A Contemporaneidade 12
CAPÍTULO II - A Educação universitária 14
CAPÍTULO III – A Programação Neurolinguística
na Universidade 18
CAPÍTULO IV – Considerações Sobre o Estudo de Campo 40
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 58
BIBLIOGRAFIA CITADA 60
ANEXOS 47
ÍNDICE 62
FOLHA DE AVALIAÇÃO 64
9
INTRODUÇÃO
Desde a conclusão da minha graduação no ensino superior há
aproximadamente 30 anos, os problemas enfrentados pelos educadores vêm
aumentando. Parece que efetivamente o que foi elaborado para a solução de
conflitos não tem surtido o efeito desejado nos diversos setores da educação
no Brasil. Onde estaria o foco destes problemas? Inversão de valores?
Degradação familiar? Tráfico de drogas? Profissional mal remunerado e mal
preparado? Novos hábitos de consumo? E muitas outras causas
influenciadoras para a baixa qualidade do ensino e aprendizado nos vários
estabelecimentos de ensino.
Enfim, muitos problemas poderiam ser listados. Porém, o presente
trabalho de pesquisa monográfica deu-me a oportunidade de apresentar uma
nova ferramenta para auxiliar professores e alunos a se relacionarem melhor e
a otimizar as diferentes formas de ensino e aprendizado, onde os educadores
podem desenvolver novas habilidades, e não mais teorias e mais teorias de
como ensinar e aprender melhor.
Portanto, o tema deste estudo é o curso de docência do ensino superior,
tendo como questão central o alcance pessoal e institucional do conhecimento
e aplicação da Programação Neurolinguística (PNL) para o professor
universitário. O tema sugerido é de fundamental relevância pois, a globalização
acrescentou complexibilidade a vida. Se não soubermos lidar com ela,
entendendo o seu poder, nos manteremos despreparados para lidar com o
mundo, ou seja, despreparados para a vida. Novos tempos geram novos
problemas, que pedem novas soluções, as quais só podem ser encontradas
em novos modelos de pensamento.
Toda a evolução científica e tecnológica da humanidade não tem sido
capaz de nos trazer mais felicidade, tranquilidade e paz. E se isso está
acontecendo na família, na escola e na sociedade, alguma coisa está errada,
temos que rever nossos conceitos e revolucionar o modo como vivemos para
que a relação entre tecnologia e infelicidade não aumente mais ainda.
10
A presente proposta é conscientizar alunos e professores da
necessidade de uma educação que não é praticada hoje, com novas técnicas
de aprendizado e ensino, pois o mundo atravessa um momento decisivo na
história. Estamos passando por uma revolução que vem mudando nossa forma
de viver, de pensar, de nos comunicar e de prosperar.
A educação encontra-se hoje sob grandes pressões, em razão de um
mundo em rápida transformação, afetando sobremaneira a docência do ensino
superior, levando-nos a reflexões sobre a formação do professor, suas
qualificações acadêmicas, pedagógicas e interpessoais.
O papel do professor universitário precisa ser questionado e redefinido
com novas concepções diante do impacto da tecnologia da informação e das
comunicações sobre os processos de ensino e da aprendizagem, suas
metodologias, técnicas e materiais de apoio.
A Programação Neurolinguística (PNL), é uma nova ciência e uma forma
de arte que nos oferece ferramentas para influenciar processos específicos
pelos quais nós criamos nossa experiência subjetiva, identificando melhores
estratégias de representações internas, comportamento externo e estado
interno para a docência através do jogo de ferramentas da PNL e sua rica
linguagem sensorial, onde estaremos possibilitando um aprendizado mais
efetivo.
É expandindo nossa mente para novos paradigmas que abrimos
possibilidades de uma aprendizagem mais eficaz, bem como criamos
possibilidades de descobrirmos que muitas vezes, uma simples mudança na
abordagem produzirá resultados extraordinários para professores. São,
portanto, objetivos desta pesquisa a apresentação da PNL como ferramenta
contribuindo para criar estados otimizados de ensino e aprendizado tanto para
professores quanto para alunos do curso de docência do ensino superior da
Universidade Cândido Mendes.
Através de um enfoque metodológico teórico, centrado em bibliografia
especializada em Programação Neurolinguística, buscou-se comprovar a
aplicabilidade da PNL no ensino e aprendizado, bem como numa pesquisa
prática através de entrevistas com especialistas em PNL tivemos a
oportunidade de mostrar a sua importância e com questionários verificar a sua
11
receptividade através da opinião de professores e alunos do curso de docência
do ensino superior.
O autor reconhece as limitações pessoais de seu estudo. Uma delas
poderia ser explicada, talvez pelo fato de não ser ainda um educador, mas
sendo um estudioso da Programação Neurolinguística, em especial, na sua
aplicação dentro do ensino e aprendizagem e ser possuidor de um desejo
permanente de saber, bem como estar cursando uma pós-graduação que o
especializará em docência do ensino superior, que o motivou a fazer tal
estudo.
Hoje, mais do que nunca entende o autor, ser inadiável a discussão
sobre o papel do professor universitário, onde os cursos de pós-graduação de
estrito e lato senso parecem não preencher o que se espera de verdadeiros
educadores.
Finalmente, parece necessário para o autor propor este ensaio, não
como sua última palavra sobre o assunto, mas como mais uma das
inquietações na busca de reflexões para uma educação universitária
significativa, na esperança de que outros professores ou futuros professores se
interessem pelo tema e busquem expandir seus saberes, beneficiando-se
como reais sujeitos da ação educativa, trabalhando para a sua própria
realização humana e profissional, com sujeitos de desejo, um real sucesso na
arte de educar.
Ao estabelecer a relação entre estar e ser consciente o professor deve
estar consciente de fazer uso da sua capacidade de raciocinar e de processar
os fatos vivenciados, ficando lúcido para perceber no seu cotidiano a sua
relação com o mundo, a universidade e seus alunos. Por fim, ser consciente da
sua maneira de existir no mundo e como conduz sua vida, sua competência e
suas ligações emocionais com seus alunos no cotidiano acadêmico. Ser capaz
de amar, pois quando os professores fracassam, o que lhes faltou não foi
inteligência: foi paixão.
12
CAPÍTULO I
A CONTEMPORANEIDADE
Todos os valores que são erigidos em todos os tempos na história
do pensamento humano na busca de uma suposta plenitude são em relação
aos problemas da sua época. As inquietações humanas com relação ao modo
com que devam ser feito as trocas entre as pessoas sempre foram uma
constante, o que nos difere dos animais que agem por instinto. O homem é um
sujeito da linguagem, da cultura, que intervém gerando mudanças; razão das
inquietações. Na Grécia antiga o apelo era a Lei para o viver feliz em função da
vida na cidade (polis), surgindo aí o Direito para a resolução da conduta dos
cidadãos. Mas a inquietação continuava, pois somente isso era insuficiente,
surgindo na idade medieval outros valores, onde Deus é o apelo principal,
orientado pela religião com vistas a inquietação humana: “A salvação está em
Deus”, mas os desmandos da igreja que durou até o século XV, se revelou
impotente, surgindo na idade moderna o apelo para a Razão, tendo Descartes
como personagem principal, que não se opondo a idéia de Deus, lança a
questão do valor do homem; coloca a dúvida como método; um equívoco na
percepção que precisa ser analisada e investigada até chegar a verdade, sem
subjetividade, ou seja, o conhecimento de um só, mas que tinha valor para
toda a coletividade. Abre-se aí o caminho para a ciência, enquanto ciência
moderna. Descartes só não duvidava do pensamento: “Penso, logo existo”. No
período contemporâneo essa busca visa suprimir uma inquietação humana
que não se opõe de forma tão clara em relação a Lei, a Deus e a Razão. O
apelo que prevalece é a desinibição, das exposições, dos excessos; busca
competitiva por dinheiro, bens materiais, beleza física, status social para criar
laços. Mais do que a facilitação do trabalho, execução de tarefas, a tecnologia
se desenvolveu muito mais na direção das telecomunicações. Podemos
afirmar que hoje o centro de tudo são os laços que nos ligam uns aos outros.
Ansiamos por criar laços, de comunicarmos, de nos unirmos, agarrando-se uns
aos outros, mesmo que todos nós estejamos em condições de igual
desamparo.
13
A “parábola dos cegos”, de 1568, do pintor flamengo Pieter Bruegel, bem
representa a situação atual, na qual cegos se apoiam nos ombros de outros
cegos e em fila, caminham todos juntos sem saberem aonde vão chegar. A
globalização acrescentou ainda, mais complexidade a vida. Se não soubermos
lidar com ela, entendendo o seu poder, nos manteremos despreparados para
lidar com o mundo, ou seja, despreparados para a vida. Novos tempos geram
novos problemas, que pedem novas soluções, as quais só podem ser
encontradas em novos modelos de pensamentos. A educação encontra-se
hoje sobre grandes pressões, em razão de um mundo em rápida
transformação, afetando sobremaneira a docência do ensino superior, levando-
nos a reflexões sobre a formação do professor, suas qualificações
acadêmicas, pedagógicas e interpessoais. É preciso que saibamos que na
sociedade contemporânea a docência implica em criatividade e não apenas
repetição. Podemos dizer que através de novos contornos e configurações,
precisamos desencadear nos alunos novas maneiras de lidar com a cultura e
com novas formas de aprender. E, muitas vezes, os professores universitários
não sabem o que fazer, pois desconhecem como ensinar de outra forma.
Novos aprendizados e ensinamentos mostram a expressiva
riqueza na experiência cotidiana de lidar com a educação, abrindo novas
possibilidades de diálogo com os alunos nas universidades.
É buscando uma aprendizagem significativa, em que o aprender
não seja uma propriedade exclusiva do aluno, onde o professor também
aprende quando parte para a busca de informações, revisa a própria prática,
adquire conhecimentos, desenvolve habilidades, adapta-se a mudanças, muda
comportamentos, descobre o sentido das coisas, dos fatos e dos
acontecimentos e por fim, o professor ensina quando instrui, faz saber,
comunica conhecimento, mostra, guia, orienta, dirige, desenvolve habilidades,
ficando claro desta forma que aprendizagem e ensino são processos
indissociáveis.
14
CAPÍTULO II
A EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA
2.2 - A Universidade
Grandes reflexões sociais, culturais e econômicas se
desenvolvem nas Universidades brasileiras frente às mudanças da
globalização e da era planetária (Morin, 2002). O avanço científico, das
aplicações das tecnologias de informação e comunicação (TIC) como práticas
pedagógicas, do poder tecnológico emergido nas Instituições de ensino
superior, exige novos paradigmas educacionais frente aos novos contextos
sociais. Segundo Buarque (1994, p. 25), “o mundo afastou-se, em proporções
inimagináveis, há poucas décadas, da utopia que fora desenhada”. A reforma
do pensamento universitário e as discussões sobre a formação de professores
na academia e no espaço onde a ação docente são necessárias para que as
instituições de ensino consigam viabilizar e permitir o emprego total da
inteligência dos sujeitos sociais (Morin, 2002).
Em prol de reflexões e aplicações práticas para que uma
educação de qualidade possa ser adquirida é fundamental uma reforma no
pensamento e na formação do professor. Não bastam apenas novas técnicas
e tecnologias – se a estrutura do pensamento conservador e tradicional se
prioriza entre os docentes. Quem educará os educadores? Ou como diz Morin
(2002, p. 73), “não se pode reformar a instituição sem ter previamente
reformado os espíritos e as mentes, mas não se pode reformá-los se as
instituições não forem previamente reformadas”. Há a necessidade da
mudança paradigmática, de uma nova visão aos conceitos pedagógicos e de
mundo nas Universidades. Para confirmar a importância de trabalhar esses
conceitos dentro de ensino superior, utiliza-se Morin (2002, p. 13), quando diz:
“a Universidade conserva, memoriza, integra e ritualiza uma herança cultural
de saberes, idéias e valores, porque ela se incumbe de reexaminá-la, atualizá-
la e transmiti-la, o que acaba por ter um efeito regenerador.”
15
E mais: “a Universidade tem uma missão e uma função
transecular que vão do passado e do futuro por intermédio do presente” (p.13).
É função da Universidade formar cidadãos críticos, reflexivos,
éticos e capacitados para atuarem em uma sociedade cada vez mais exigente
(Behrens, 1999). E, também, perceber, através de experiências e depoimentos
informais que as práticas pedagógicas na Universidade, em sua maioria, ainda
estão baseadas no paradigma cartesiano, em um sistema de distribuição de
informação (Silva, 2001) e não com uma abordagem interativa, voltada para a
comunicação e para a construção de idéias e conhecimentos que uma rede
social de aprendizagem possibilita. (Behrens,1999) afirma que uma
metodologia que busca a simples reprodução de conhecimento, “provando um
ensino assentado no escute, leia, decore e repita (p.2)”, ainda é muito forte no
ensino universitário.
A Universidade não pode ter medo da reforma do pensamento
(Buarque, 1994). Não apenas as certezas cartesianas devem ser ensinadas, a
ciência moderna tem de conversar com o incerto, com as dúvidas, com a
complexidade e suas inter-relações (Morin, 2002).
Grandes resistências ainda se encontram na narrativa e na
cultura pedagógica do professor universitário. É muito mais fácil observar
culturas de ensino que levam o aluno a aumentar e a aprimorar somente
conhecimentos (escolas conteudistas) do que culturas que “dão ênfase à
formação de alunos – ensinando-lhes – notadamente, valores e atitudes
considerados positivos na orientação da conduta” (Davis, Nunes e Nunes,
2005, p. 207).
Por fim, concluímos que a situação da maioria das universidades
está centrada em modelos metodológicos predominantemente jesuíta, com
exposição do conteúdo pelo docente e cópia e memorização pelo aluno e
modelo administrativo napoleônico com currículo em grade e ciclo básico e
profissionalizante. O que se deseja é uma universidade com a tarefa de
transformar as potencialidades dos alunos por meio de ações
didaticopedagógicas eficazes, que possam oferecer aos professores
universitários perspectivas de análise para compreenderem os contextos
históricos, culturais e de si mesmos como profissionais, pois além de ensinar, o
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professor universitário precisa aprender o que seu aluno já construiu até o
momento, articulando diferentes caminhos de estratégias didáticas.
2.3 – O professor
Não é falso afirmar que o docente de nosso ensino superior é
formado pelo profissional que domina os saberes da área específica que se
especializou e que através de concurso ou convite ingressa na Universidade,
passando a compor o seu corpo docente. O que observamos é que este
profissional dorme e acorda de uma hora para outra com uma nova profissão:
professor universitário. Agora, como profissional de ensino, assume seu cargo
garantindo-se na sua vocação natural, em modelos de atuação daqueles que
foram seus professores no passado, somados aos seus conhecimentos de sua
formação acadêmica. Todavia tal abordagem, não faz dele um educador, pois
atuar numa profissão específica, não é o mesmo que ensinar os
conhecimentos e procedimentos necessários para atuar na profissão, já que
não se leva em conta as competências didaticopedagógicas necessárias para
a formação e transformação de futuros profissionais, que é o que se espera
dos alunos de uma universidade. O professor precisa ter uma trajetória
“aprendenteensinante”, onde valorizando as diferentes interlocuções
vivenciadas ao longo de sua formação enquanto pessoa envolvida em
diferentes contextos e processos educacionais. Ao utilizar uma vertente
metodológica pouco usual ainda nos meios acadêmicos – a programação
neurolinguística – o professor tem no seu desenrolar uma melhora radical na
qualidade de ensino na sala de aula, pois está claro que ser professor no
mundo de hoje pode ser extremamente estressante, especialmente com as
demandas sempre crescentes para alcançar os níveis superiores de ensino.
Ao desenvolver habilidades práticas, e não mais teorias do tipo “como ensinar
melhor”, poderá identificar e desenvolver a linguagem de influência para
situações na sala de aula, a importância de “entrar no estado” para se
comunicar melhor com os alunos e como tornar as lições memorizáveis usando
a linguagem sensorial.
17
O que desejamos de um professor universitário é que este apresente situações
de aprendizagem, oriente e guie a aprendizagem, tenha atitude flexível diante
do plano inicial e que avalie também processos e estratégias.
Mudanças se fazem necessárias na prática profissional dos professores para
melhorar a qualidade de ensino, pois no mundo contemporâneo, não podemos
deixar de pensar a realidade que ora atravessamos: globalização da
sociedade, difusão maciça da informação e da produção de novas tecnologias
da comunicação, mudança nos paradigmas de conhecimento, agravamento da
exclusão social, individualismos e reativação de valores e práticas morais em
prol de um progresso econômico.
O conhecimento e aplicação da Programação Neurolinguística
(PNL) é uma perspectiva moderna para a ênfase no ensino e aprendizagem,
pois podemos somar mais possibilidades para o crescimento,
responsabilidade, criatividade, orientação para a solução de problemas,
situação já muito comum no mundo empresarial de sucesso.
18
CAPÍTULO III
A PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA NA
UNIVERSIDADE
3.1 – O que é a Programação Neurolinguística
A PNL é um conjunto de modelos, padrões e crenças que tem por
finalidade o desenvolvimento pessoal e profissional. Ela estuda os padrões
(programação) criados pela interação entre o cérebro (neuro), a linguagem
(linguística) e o corpo. Logo, mente e linguagem interagem criando a
percepção que cada pessoa tem do mundo, a qual pode ser alterada pela
aplicação de um número variado de técnicas oferecidas pela programação
neurolinguística. É pois, mudando nossa forma de pensar que obteremos
novos resultados em nossa vida.
A PNL foi criada nos EUA, na década de 70, por Richard Bandler
e por John Grinder, que em 1975 publicaram o primeiro livro de PNL, A
Estrutura da Magia. Bandler estudou matemática, ciência da computação e
psicologia. Grinder estudou lingüística e se especializou em gramática
transformacional. A partir daí, juntos criaram a PNL através de um processo de
modelagem.
A modelagem é baseada em observação criteriosa de
comportamentos ou habilidades, codificá-los e torná-los acessíveis a qualquer
pessoa. Nosso pensamento é a experiência da forma como vemos, ouvimos e
sentimos o mundo. É aprendendo a pensar como uma outra pessoa que
adquirimos as mesmas habilidades e resultados que esta obtém. Bandler e
Grinder modelaram grandes estudiosos em terapias, cujos resultados eram
considerados brilhantes. Estudaram Fritz Perls, criador da terapia Gestalt,
Virgínia Satir, terapeuta familiar e Milton Erickson, psicanalista e hipnólogo,
criador de formas originais de indução hipnótica.
Observamos que a PNL não criou nada de novo, pois muitas de suas técnicas
já eram praticadas por outros estudiosos.
19
O sucesso da PNL prende-se ao fato de haver estudado, codificado e ensinado
o “como fazer”, pois se o comportamento de sucesso é possível a uma pessoa,
então podemos ensinar essa possibilidade a qualquer pessoa.
A PNL é antes de tudo um processo de aprendizagem, partindo
daquilo que a pessoa já sabe fazer certo e aquilo em que ela pode melhorar.
Através da vivência de modelos nossos, mudanças de pontos de vista, sejam
eles cognitivos ou comportamentais, experimentam-se estratégias novas de
pensar, sentir e agir em termos de comportamento.
3.1.1- Os pilares da PNL
A PNL possui princípios básicos conhecidos como os “Pilares da
PNL”; que buscam autodesenvolvimento e mudanças. Sabendo mais a nosso
respeito é que poderemos ajudar outras pessoas de forma mais eficaz.
3.1.1.1 – Relacionamento
O que pensamos e o que fazemos é o que vai determinar como
nos relacionamos com os outros e com nós mesmos. A qualidade de confiança
mútua e sensibilidade no relacionamento é obtida através do estabelecimento
do “rapport” com nós e com os outros. O rapport se constrói quando estamos
dispostos a sermos influenciados, através de interesse genuíno em outra
pessoa, curiosidade quanto a quem é e como pensa e estar disposto a ver o
mundo a partir do ponto de vista da outra pessoa.
3.1.1.2 – Objetivo
Refere-se a fixar metas. Saber o que se quer e ser capaz de
trazer à tona, nos outros, o que eles querem. Os resultados que conseguimos,
são realmente aqueles resultados que desejaríamos? Pensar objetivamente
nos leva a três questionamentos:
Situação atual: Onde se está agora?
Situação desejada: Aonde se quer chegar?
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Recursos: Como se muda de um passo a outro?
É toda uma forma de pensar e perguntar consistentemente o que
se quer e o que os outros querem.
3.1.1.3 – Acuidade sensorial
Acuidade sensorial é saber usar eficazmente os nossos sentidos.
Como saber que se está conseguindo o que se quer? Ver, ouvir e sentir o que
está acontecendo com clareza são as únicas formas de se conseguir feedback
para ajustar o que se está fazendo, saber se os resultados que se está
alcançando estão no caminho da meta estabelecida. A PNL valoriza a
curiosidade sobre os outros e sobre si mesmo. O mundo só “faz sentido”
através daquilo que é visto, ouvindo e sentido.
3.1.1.4 – Flexibilidade comportamental
Capacidade de reagir e fazer outra coisa quando não estiver
funcionando uma meta traçada. Ter muitas opções de ação, mais escolhas,
levará a maiores chances de sucesso. Fazer sempre a mesma coisa,
obteremos sempre o mesmo resultado. É necessário ter flexibilidade para
mudar quantas vezes for para atingir a meta desejada.
3.1.2 – Pressuposições negativas na educação universitária
Para Gadotti: ser professor é viver intensamente o seu tempo,
com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a
humanidade sem professor. Ele não só transforma a informação em
conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas.
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Eles fazem fluir o saber, porque constroem sentido para a vida dos seres
humanos e para humanidade, e buscam, numa visão emancipadora, um
mundo mais humanizado, mais produtivo e mais saudável para a coletividade.
Por isso eles são imprescindíveis.
Nesta descrição do que deve ser o professor do século XXI, não tem mais
espaço para professores donos de um saber mas só aqueles que tenham a
humildade de ser também eles aprendizes e a única diferença que os separa
de seus alunos é que eles professores são profissionais do ensino e por isso
comprometidos com o aprender e o ensinar (Gadotti, 2000, p. 21).
Todavia, a operação do nosso sistema universitário está
sedimentada em bases duvidosas de pressuposições que ditam
comportamentos herdados através dos anos e que fazem parte natural do
cotidiano escolar. É preciso quebrar alguns paradigmas e refletirmos sobre a
necessidade de compreender a necessidade do diálogo no processo ensino-
aprendizado. O professor é um profissional do sentido. Educa-se, quando
ensina-se com sentido. Muitos universitários ingressam nas universidades,
sem saber muitas vezes para o que estão aí; não vêem sentido no que estão
aprendendo; querem saber, mas não querem aprender o que lhes é ensinado.
Cabe ao professor construir sentido, transformar o obrigatório em prazeroso,
motivar para que compreendam a utilidade e a importância do que estão
estudando.
3.1.2.1 – Alunos sabem naturalmente como aprender na sala de
aula
Clássico erro, pois aprender na sala de aula não é uma
habilidade natural, pois nem sempre funciona o que os alunos tentam fazer
para a execução das tarefas acadêmicas. Aprender é uma habilidade que
precisa ser aprendida e quando isso não acontece o resultado pode ser
desastroso, quando o aluno assume o problema de aprendizado como uma
deficiência sua.
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O aluno procura fazer o melhor que pode com aquilo que ele sabe fazer, se
funciona ou não é porque desconhece outras formas de aprender, que não lhe
é ensinado, pois os professores pressupõem que seus alunos já sabem como
aprender.
3.1.2.2 – Alunos aprendem na mesma velocidade e da mesma
maneira
Universidades não são projetadas para serem fábricas, supondo
que seus alunos podem aprender de uma mesma maneira e no mesmo ritmo
ditado pelo professor. Aprender não é só uma questão de pensar sobre
determinado assunto. Aprender é muito mais que isto.
O professor não é um ser humano perfeito, mas tem que ter a capacidade para
se esvaziar e a sensibilidade para aprender. O aprendizado depende do
registro de estímulos externos (visuais, auditivos, táteis) e internos
(pensamento e reações emocionais) nas matrizes da memória. No cérebro
humano todos os pensamentos, emoções, experiências negativas ou positivas
são registradas involuntariamente na memória. A única possibilidade de
resolver nossos conflitos é reeditar (reprogramar) os arquivos da memória,
através do registro de novas experiências sobre experiências negativas nos
registros onde elas estão armazenadas. Aprender é usar os cinco sentidos
básicos, mais a sexta linguagem do cérebro: as palavras. Na PNL as seis
linguagens do cérebro são conhecidas como:
Cinestésica (sentindo as emoções corporais);
Auditiva (percebendo os odores);
Gustativa (percebendo os sabores);
Auditiva-digital (pensando em palavras ou conceitos).
Alguns alunos pensam em palavras (auditivo-digitais), pois
desejam saber a “informação” que o professor está expondo. Porém, para
outros, “ver a imagem” é mais importante. Outros “sintonizarão com os temas”
contidos nas palavras do professor (auditivos) ou “vivenciam”; mexem com o
seu interior (cinestésicos). Se o professor ouvir seus alunos, perceberá o
sistema mais evidente para representar o aprendizado de cada aluno.
23
E aprendendo a “falar” em cada um dos sistemas representacionais é que o
professor poderá atingir níveis mais eficazes de aprendizagem, pois ajustando
sua linguagem com cada um dos sentidos, acontece uma sintonia entre
professor-aluno em sala de aula e os cérebros de seus alunos serão mais
profundamente ativados.
3.1.2.3 – Quanto melhor o professor, melhor o aprendizado
Não se trata aqui de menosprezar os grandes professores
tradicionais, mas enfatizar que a verdadeira responsabilidade pelo processo de
aprendizado está no aluno e que isso não impede de encontrar o professor
certo. Aquele que não tendo métodos ou processos definitivos, está sempre
procurando uma forma melhor de exercer o seu trabalho, contando com a
parceria dos seus alunos, visando um aperfeiçoamento contínuo, atitudes de
busca, de procura de novas soluções. É preciso dominar, além dos conteúdos
que irão ensinar, também as metodologias do ensino (didática). Não haverá
aprendizagem se estes ignorarem como ensinar. Essa é a razão pela qual a
PNL não acredita em métodos prontos, acabados. Reconheço que não
sabemos ou que ainda temos muito a aprender. Assumir a ignorância é
aproximarmo-nos do verdadeiro aprendizado. Há motivos pelos quais os
professores perdem oportunidades de aprender no momento em que deparam
com algo novo. Quando o novo não é visto como nosso, gera certezas: “isto já
sei” ou “isto é o mesmo que aquilo”. Arrogância, quando não se está disponível
para aprender: “eu sei tudo o que se pode saber a cerca disto e não há quem
possa ensinar-me”. Quando podemos ver o novo como novo. Falta de
confiança: “nunca aprenderei isto” ou “isto é muito complicado para mim”.
O efeito dessas falsas pressuposições nos alunos e professores é
traumático. Nos alunos essas pressuposições geram um trauma emocional
afetando a sua auto-estima de forma negativa. Professores ficam presos a um
sistema que os impedem de criar, de fazer aquilo para o qual buscaram na
profissão de educar, ou seja, afetar positivamente seus alunos, incutindo-lhes
a formação subjetiva ou da consciência, a profissional e a político-social,
formadora do cidadão. Quando incapazes de realizar tais objetivos,
acomodam-se.
24
3.1.3 – Pressuposições da PNL
A PNL possui princípios, idéias ou crenças que sendo
pressupostos, são aceitos e postos em prática.
3.1.3.1 – O mapa não é o território
A representação do mundo singular de cada pessoa é construída
a partir de suas experiências e percepções. É toda uma maneira de viver,
respirar e agir.
Não conhecemos a realidade, mas as percebemos neurologicamente através
dos cinco sentidos, representados internamente através de imagens, sons,
sensações e palavras.
Cada um de nós criamos modelos (mapas) do mundo, com base
nas informações sensoriais do ambiente, recordações de fatos passados e
interpretação pessoal da realidade, onde vamos interagir com o mapa do
mundo. É limitante, pois não lida diretamente com a realidade, já que através
de seu mapa é que a pessoa vai interpretar os acontecimentos na vida e o
significado que dá a ela, não existindo um mapa mais verdadeiro ou real de
que o mapa de qualquer outra pessoa. No mundo complexo em que vivemos é
primordial enriquecer o nosso mapa pessoal para abrir um leque de opções
que possibilitem melhorar a comunicação e os relacionamentos, pois não há
fracassos, mas resultados que precisam ser modificados.
3.1.3.2 – A vida e a mente são processos sistêmicos
A mente e o corpo interagem e se influenciam mutuamente. Ao
realizarmos uma mudança, sempre serão afetados a mente ou o corpo, ou
seja: se pensamos de forma diferente, nosso corpo muda. Quando agimos de
forma diferente, nossos pensamentos ou sentimentos também são
modificados, sempre buscando o equilíbrio e a estabilidade. Cada um de nós
recebemos os efeitos de nossas próprias ações.
25
3.1.3.3 – Variabilidade e flexibilidade
Com todo sistema aberto, aquele que mostrar mais flexibilidade
sobrevive e tende a dominar o sistema e para tal é preciso ter a capacidade de
escolhas, pois se uma ação não obtém os resultados desejados, a flexibilidade
da pessoa fará variar o seu comportamento até conseguir o desejado. Se
quisermos compreender, agimos, pois o aprender está no fazer.
3.1.3.4 – Mudança
O universo está em eterna mudança e as pessoas dispõem por
si, de todos os recursos para mudar.
Se alguém pode fazer alguma coisa, então é possível modelá-la e ensiná-la a
outras, onde todos podem aprender a obter resultados melhores de sua própria
maneira, sem sermos um clone da pessoa modelada; aprendemos com ela. Se
não conseguimos o que desejamos, é porque falta acesso aos recursos
necessários e através de mudanças podemos ampliar as possibilidades como
resultadas da liberação de recursos adequados em um determinado contexto.
3.1.3.5 – Todo comportamento tem uma intenção positiva
Uma pessoa não é seu comportamento, pois se ela tem uma
escolha melhor de comportamento, que também realize sua intenção positiva,
certamente a seguirá. A PNL separa a intenção por trás de uma ação em si.
Comportamento “problemático” pode originar da decisão ocorrida no passado e
que se manifesta no presente de forma inadequada e desatualizada.
3.1.3.6 – Comunicação
Quando a resposta obtida é diferente da resposta desejada, não
há falhas de comunicação, mas apenas respostas e feedback.
26
Se o resultado obtido não é o desejado, mudamos o que está fazendo,
assumindo a responsabilidade pela comunicação. Em uma comunicação
harmoniosa respeita-se o modelo do mundo do outro, resistir a isso, significa
falta de flexibilidade do comunicador.
A PNL traz autodesenvolvimento e mudança. É trabalhando a si
mesmo que se pode ajudar outras pessoas de forma eficaz; quanto mais
souber a respeito de você mesmo, mais poderá ajudar outras pessoas, para tal
a PNL desenvolveu muitos padrões, técnicas ou combinações para mudança e
aprendizagem.
Na educação gastamos tempo e esforço demais teorizando sobre
educação e distanciamo-nos do processo do aprendizado real. Essas teorias
são boas e necessárias, mas não se traduzem em ações onde a ajuda é
necessária, ou seja, no nível da experiência subjetiva.
A abordagem teórica que mais se identifica com a PNL é a
Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) de Carl Rogers.
Ao contrário de outros estudiosos cuja atenção se concentrava na idéia de que
todo ser humano possuía uma neurose básica. Rogers rejeitou essa visão,
defendendo que a personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar
e que todo comportamento tem uma intenção positiva, mesmo que o
comportamento pareça contrário é importante para o professor identificar a
intenção positiva por detrás de qualquer comportamento de seus alunos.
No Brasil a orientação educacional brasileira era marcada, entre
outros por Skinner (Behaviorista/Comportamentalista), sendo Rogers, seu
maior opositor, com sua Abordagem Centrada na Pessoa, cuja premissa
fundamental era o pressuposto de que as pessoas usam suas experiências
para se definir, através da qual as pessoas podem construir e modificar suas
intenções a respeito de si mesmas e dos outros.
Para a PNL, no momento em que nos expandimos nossa mente
com mais possibilidades de um aprendizado melhor, permitimos também que
outros possam expandir suas possibilidades e que uma simples mudança na
abordagem, muitas vezes, irá produzir resultados surpreendentes tanto para
alunos como para professores.
27
3.2 – O processo do aprendizado
Os neurocientistas dizem que o aprendizado é a comunicação
entre dois neurônios. Quando um neurônio manda uma mensagem para outro
neurônio, eles aprendem. Como o cérebro é comparado a uma “caixa de
emoções”, podemos concluir que os sentimentos impulsionam a aprendizagem
seja ela positiva ou negativa. Portanto, a emoção está por trás do prestar
atenção e aprender. O aprendizado não é linear, sequencial, como se pensava
no passado. Sabemos que o cérebro opera fazendo muitas coisas ao mesmo
tempo, através de um multiprocessamento. O cérebro foi construído para um
aprendizado contínuo e infinito.
O aprender é um processo interno que capacita a pessoa a
realizar novos desempenhos ou mudar de comportamento.
Ao envolver-se neste processo, professor e aluno estarão
adquirindo informações e conhecimentos (o que sabe); desenvolvendo
habilidades e competências (o que é capaz de fazer); dominando valores que
vão influir na escolha de hábitos e atitudes (como vive e convive).
É colocando em ação o aprendido, aplicando conhecimentos que
alcançaremos o domínio desejado em qualquer atividade. Vivemos hoje na
Sociedade do Conhecimento e somente sobrevivem e têm êxito as
Organizações de Aprendizado. Ao aprender, profissionais de grandes
empresas, professores e alunos de Universidades se tornam o bem mais
valioso de tais instituições. O desafio de permanecer trabalhando ou ensinando
exigirá a aquisição de conhecimentos e competências, para adaptação de um
mundo em rápida e crescente transformação.
Portanto, cabe ao professor saber definir com exatidão o que precisa saber e
ser capaz de fazer para ter e manter a qualidade do ensino e do aprendizado;
além de viver com qualidade de vida.
Aprendemos 10% do que lemos, 20% do que ouvimos, 30% do
que vemos, 50% do que vemos e ouvimos, 70% do que discutimos, 80% do
que experimentamos, 95% do que ensinamos a outra pessoa. Portanto, são
três condições que devem se fazer presente em um processo de ensino e
aprendizado:
28
1 - O professor deve ser real protagonista, envolvendo-se por
inteiro para que efetive uma aprendizagem ativa. Ao realizar uma
aprendizagem significativa professor e alunos passam por um processo de
descobrimento, estudo, discussão, experimento e ensino. O professor que
sabe ensinar tem uma dupla vantagem: aprende melhor e possui uma
competência relevante como sujeito de transformação.
2 - O professor deve se identificar, respeitar e aproveitar o seu
estilo de aprendizado predominante. Se visual, processa melhor as
informações visualmente. Precisa ver para aprender. Deve examinar figuras,
fazer diagramas, desenhos e mapas mentais, usando canetas e pincéis
coloridos. Se for auditivo, processa melhor as informações de forma auditiva.
Precisa ouvir para aprender. Deve falar e se expressar oralmente. Prazer em
fazer e responder perguntas, ouvir e contar histórias. Entende bem explicações
orais (reais ou gravadas). O trabalho em equipe é fundamental para esse
estilo. Se cinestésico, processa melhor as informações de forma cinestésica,
através de envolvimento físico para aprender. Prazer em dramatizar, trabalhar
com equipe, desenvolvendo projetos, realizando experiências, jogando e
brincando com dinâmicas de grupo. O professor ciente da existência dos
estilos de aprendizagem, deve ter a sensibilidade em observar tais estilos em
seus alunos e aplicar suas habilidades para um ensino e aprendizado mais
eficaz.
3 - O professor deve respeitar o tempo de focar e o tempo de
processar, pois o cérebro tem um “relógio” próprio com ciclos de altos e baixos,
não mantendo sempre uma atenção constante. Portanto, a um momento de
focar a atenção nas informações e conteúdo que o professor apresenta e um
tempo para processar as informações, fazer conexões e consolidar o
aprendido. É o momento de reflexões, onde a mente deve vaguear e o
professor sensível a tal conhecimento deve aplicar um breve intervalo de 2 a 5
minutos para levantar, respirar, alongar, sair da sala, fazer uma rápida
caminhada, refletir, tomar um lanche, conversar com os colegas. Situações
que nem sempre acontece com professores ávidos em cumprir a ementa de
sua disciplina a todo custo em detrimento do aprendizado efetivo.
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Tudo aquilo que aprendemos é permanentemente incorporado ao
nosso patrimônio intelectual. Portanto, devemos nos apaixonar por novos
saberes e novas competências. Aprendemos sempre algo novo a cada dia
com os filhos, a mulher ou o marido, com os colegas, velhos e crianças, com
os alunos e até com o faxineiro da universidade ou aquele que vende
“cachorro-quente” na esquina. O professor deve se tornar um incansável no
aprender, desaprender e reaprender. Aprender a vida toda como algo
prazeroso, pois os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não
sabem ler ou escrever; mas aqueles que não conseguem aprender,
desaprender e reaprender.
3.2.1 – Aprendizado e relacionamentos
Estranhas são as prioridades educacionais em que a auto-estima
e a capacidade de criar e desenvolver relacionamentos não recebem qualquer
atenção real no processo “educacional” convencional.
Ensinar e aprender são necessidades humanas. Desenvolvendo
potencialidades de aprender a viver juntos com o outro, encontramos
significados para a própria vida pessoal, bem como estabelecemos
significados para os outros com quem nos relacionamos e passamos a ter
consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres
humanos.
Para Gadotti aprender junto, está ligado à habilidade de
compreender:
“O outro e desenvolver a percepção da interdependência
da não-violência, administrar conflitos. Descobrir o outro,
participar em projetos comuns. Ter prazer no esforço
comum. Participar de projetos de cooperação.” (Gadotti,
2000, p. 251).
30
Conforme Delors:
“A educação deve contribuir para o desenvolvimento total
da pessoa, espírito e corpo, inteligência, sensibilidade,
sentido estético, responsabilidade pessoal,
espiritualidade. Todo o ser humano deve ser preparado
especialmente, graças a educação que recebe na
juventude, para elaborar pensamentos autônomos e
críticos e para formular os seus próprios juízos de valor,
de modo a poder decidir por si mesmo, como agir em
diferentes circunstâncias da vida.” (Delors, 1998, p. 99)
Gadotti ainda pode contribuir com mais uma reflexão ao dizer:
[...] “amar o conhecimento como espaço de realização
humana, de alegria e de contentamento cultural; cabe-
lhes selecionar e rever criticamente a informação;
formular hipóteses; ser criativa e inventiva (inovar); ser
provocadora da mensagem e não pura receptora;
produzir, construir e reconstruir conhecimentos
elaborados.” (Gadotti, 2000, p. 51)
As habilidades da PNL para desenvolver e manter
relacionamentos não são difíceis de serem entendidas, e certamente estão
dentro da capacidade de alunos e professores universitários de aprender e
começar a aplicar. Para aprendê-las não se precisa mais do que uma ou duas
horas por semana, logo não é um grande investimento de tempo e que pode
trazer profundas implicações para a sociedade acadêmica com implicações
futuras na felicidade dos envolvidos.
Perguntas tais “como eu me relaciono com o corpo docente,
discente e administrativo para que possa ficar cada vez melhor quanto mais
tempo passarmos juntos?” Ou “como eu posso evitar atritos, quando essa não
é a intenção, mas não sabemos como evitar ou como parar, depois que
31
começamos?” Desculpas tipo “nós não temos orçamento!” “Isso não está no
currículo do curso!” O que realmente está em jogo? Recursos? Ou o tempo?
Ou será a capacidade?
Examinaremos três habilidades da PNL, dentre outras, que
podem facialmente ser aplicadas para melhorar com professores e alunos se
relacionarem entre si e com os demais.
3.2.1.1 – Os níveis lógicos
Robert Dilts ao desenvolver os níveis lógicos na PNL, criou um
modelo simples e preciso para o entendimento das diversas variáveis que
afetam a nossa experiência.
Relacionamento, aprendizado e troca de posições perceptivas
são ferramentas contidas nos níveis lógicos.
Todos nós nos comunicamos em algum nível e desejamos
sermos compreendidos e aí vamos formando nossa identidade na medida em
que emitimos a mensagem em acordo com aquele que escuta; não existe um
mal entendido e sim um mal explicado. É pela via da palavra que podemos
trazer para o nosso consciente experiências e a partir daí fazermos as
mudanças necessárias.
A aplicação dos níveis neurológicos está intimamente relacionada
com o relacionamento professor e aluno, ensino e aprendizado e a própria
Universidade como um todo.
Podemos definir aprendizado como a aquisição de conhecimento,
habilidades e capacidades através do estudo, da experiência ou ensino.
Todavia, podemos questionar: se esse é o resultado da aprendizado, como
chegamos a esse processo? Como aprendemos?
Gastamos no ensino superior tempo e esforço demais teorizando
sobre as disciplinas e nos distanciamos do processo do aprendizado.
Abarrotamos o aluno com palavras e mais palavras e soterramos o que tem de
acontecer nas mentes dos alunos, a fim de que a aprendizado de sucesso
ocorra.
32
Teorias são boas e necessárias, mas não se traduzem em ações no nível da
experiência subjetiva, onde a ajuda é necessária para que ocorra o
aprendizado.
A aplicação da PNL na eficácia do aprendizado ocorre quando
utilizamos o modelo denominado “Níveis Neurológicos”. São seis esses níveis,
onde todos se conectam entre si e todos influenciam uns aos outros, sem
necessariamente estarem hierarquizados. São úteis quando estabelecemos
objetivos e resultados tais como: tipo de ambiente que deseja, como deseja
agir, habilidades que deseja, atitudes e crenças que deseja adotar e tipo de
pessoa que deseja ser.
São eles:
Além da identidade: “A quem mais isto vai servir?”
Identidade: “Quem sou eu?”
Crenças e valores: “Por que eu faço isto?”
Capacidade: “Como eu faço isto?”
Comportamento: “O que eu faço?”
Ambiente: “Onde eu faço isto?”
Os níveis lógicos podem ser descobertos pelos padrões de
linguagem dos alunos quando estes reclamam em sala de aula e soará dessa
forma, de acordo com o nível que o aluno estiver focalizando.
NÍVEL LÓGICO SENTIMENTO
Além da identidade: “A minha graduação não me fará útil a sociedade”.
Identidade: “Eu não me sinto capacitado”.
Crenças e valores: “O ensino na Universidade é deficiente.”
Capacidade: “Eu não sei pesquisar”.
Comportamento: “Eu só aprendo com resumos e apostilas”.
Ambiente: “A sala de aula não é adequada”.
33
Chegamos agora a um ponto fundamental para compreendermos
o que significa ser aprovado em um exame de vestibular, chegar na
Universidade com seu repertório de conhecimentos e as expectativas dos
professores diante desses alunos, onde lhes foram exigidas até então atitudes
inéditas para um jovem, tais como: disciplina, rigor, pontualidade, atenção,
assiduidade, concentração; requisitos obrigatórios para o sucesso de uma
aprovação. Finalmente, aprovados no vestibular. E agora? Falsas certezas e
expectativas permeiam esse encontro entre professores universitários e
alunos. Os primeiros, ainda alimentando uma visão racional weberiana,
prepararam suas aulas pormenorizadas e com toda a pompa acadêmica, já
que pressupõem que se foram aprovados no vestibular, estão os alunos
ansiosos por novos conhecimentos e oferecem o que tem de melhor: sua
disciplina, seus programas, seus objetivos e uma extensa bibliografia. “O que é
isso?” Espanto recíproco: de um lado professores que esperavam mais de
seus novos alunos. Do outro lado, alunos estupefatos: “Tem tudo isso para ler
professor?” “Quantas páginas?” “Toda semana?” “Não vou conseguir?” E as
queixas se exarcebam: “Mas não tem trabalho para ajudar na nota da prova?”
“Resumo?” “O que eu faço?” “Como faço?” “Onde procurar?” Um olhar mais
atento veria muita semelhança com uma criança que se vê desamparada de
recursos mais elaborados para se comunicar e aprender.
Portanto, enquanto o aluno descreve suas queixas, o professor
conhecedor da PNL, ouve para distinguir em que níveis estão as questões
colocadas pelos seus alunos e passa a usar suas habilidades de modelagem
para determinar mais especificamente que experiência subjetiva precisa de
ajuste. O que acontece é que a maioria das Universidades e professores
partem do princípio que os alunos sabem como aprender as matérias
acadêmicas.
Portanto, são deixados por conta própria para entender “como
aprender”, o que os levam a produzir estratégias de aprendizado que não
funcionam, tornando ineficaz o ato de aprender. Pressupomos que os alunos
sabem como aprender e não oferecemos maneiras alternativas de mudanças,
levando a experimentarem resultados frustrantes em razão de suas estratégias
malfadadas.
34
Por conseguinte, frequentemente ocorrem a desvalorização do
curso, dos professores e de si mesmo, carreando para o nível neurológico de
identidade de que são incompetentes ou maus alunos, chegando ao extremo
de desistirem do curso.
A ajuda está em todos os níveis lógicos e o professor pode afetar
positivamente a atitude a nível de valores, mudando crenças de forma rápida e
transformadora através do alinhamento de níveis neurológicos que é um
exercício poderoso visando construir recursos congruentes e vir a ser o que se
sente, sem mentir para si ou para os outros, estando em harmonia com o que
se pensa, fala e faz, removendo assim, obstáculos na qualidade de vida do
aluno e levando-o ao verdadeiro aprendizado.
O currículo de disciplinas descreve o conteúdo que se supõe
deva ser aprendido na Universidade, mas não é o mesmo que acontece com o
currículo “ensinado e aprendido”. O que realmente se ensina, pelo que são os
professores por suas crenças e valores, quando transmitem através de seus
comportamentos, são lições muito mais invasivas e permanentes. Logo, os
professores devem muito mais a seus alunos e necessitam quebrar velhos
paradigmas e buscar a aplicação consciente do poder transformador que têm
para dar uma nova forma ao ensino e aprendizado.
3.2.1.2 – Posições perceptivas
Apresentamos agora a segunda ferramenta da PNL, onde
focamos três das muitas maneiras potenciais de perceber uma situação na
relação professor-aluno: a visão do professor, a visão do aluno e a visão de um
observador imparcial.
Quando usamos somente um ponto de vista, desenvolvemos
“pontos cegos” dentro da nossa realidade. É necessário mudar de posição
para se ter uma visão mais ampla da realidade na sala de aula.
Na primeira posição o professor ou o aluno vê o mundo somente
de seu ponto de vista, não levando em consideração o ponto de vista do outro.
35
O que está em jogo são somente suas crenças e valores; seu referencial
pessoal: “eu tenho o saber...”, “eu acho...”, como esse referencial pode afetar o
outro que diz: “eu acho que ele tem ou está sendo muito...”.
Na segunda posição o professor ou o aluno se associa ao ponto
de vista do outro, ou seja: como seria ver, ouvir e sentir na posição do outro.
Ao entrar no personagem, assume-se as crenças, valores e referenciais do
outro. Busca-se entender como o outro percebe a mesma situação. Em um
conflito é importante apreciar como o outro se sente a respeito do que estamos
fazendo; é uma auto-avaliação.
Finalmente na terceira posição, vemos o mundo de um ponto de
vista fora desse relacionamento, como um observador imparcial, ou seja:
“como seria a situação vista por alguém não envolvido no processo?” Nessa
posição temos a percepção das crenças, valores e referenciais de ambas as
posições e podemos usar esse conhecimento para uma melhor interação entre
a relação dos dois envolvidos; observando com uma nova linguagem: “O
professor diz que tem uma meta a cumprir...”, “os alunos estão em
dificuldade...”.
As três posições são importantes na medida em que não
fiquemos somente transitando em uma das posições. Ao ter a capacidade de
transitar pelas três posições ganhamos sabedoria e opções de mais escolhas,
enriquecendo a relação dentro e fora da sala de aula.
Apresentamos aqui um simples exercício de harmonização de
relacionamento com as posições perceptivas:
1 – O professor não está satisfeito e gostaria de melhorar o
desempenho de seus alunos (situação – problema);
2 – Ao entrar na primeira posição, o professor percebe o
comportamento ou atitude que o incomoda em ralação a turma e pergunta-se:
“Qual é o comportamento ou atitude que a turma esta me provocando?”
3 – O professor entra na segunda posição e percebe o mundo do
ponto de vista de seus alunos e a sua intenção positiva.
O professor percebe o comportamento e a atitude da turma e qual a resposta
que gera no mesmo. Qual a intenção positiva?
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4 – O professor entra na terceira posição, como observador
imparcial dessa relação e pergunta-se: “como posso melhorar a minha forma
de ensinar para meus alunos? Que comportamento poderei modificar?”
5 – O professor entra novamente na primeira posição e
experimenta a nova comunicação e o novo comportamento e pergunta-se:
“Como percebo meus alunos depois de ter explorado as três diferentes
posições perceptuais?”
Ao circular nos três pontos de vista, o professor tem diante de si
uma valiosa informação com a qual ele pode modificar a sua abordagem. O
professor para com a atitude “eu, eu, eu” que trazemos da criança dentro de
nós. Aprendemos que é possível fazer a sua prática de forma que seja melhor
para ambos, começando a enxergar a vantagem de prestar atenção em como
os outros percebem o mundo, reconhecendo que seus alunos são dirigidos
pela singularidade de suas crenças, valores e auto-imagem, existindo outras
maneiras de influenciar seus alunos de que usar a culpa, negar afeto ou pelo
medo físico ou psicológico.
3.2.1.3 – Rapport
O rapport é uma palavra de origem francesa que significa
concordância, afinidade, analogia e sua prática leva a capacidade de entrar no
mundo de alguém; ou seja, encontrar a pessoa no modelo que ela tem de
mundo, fazendo-a sentir que há um forte laço em comum. O rapport permite
que se crie uma ponte até o outro, estabelecendo contato e maior nível de
compreensão. É a essência da comunicação bem sucedida.
“Nunca ninguém me escutou como você”. Assim falou um jovem
aluno para seu professor. O professor diante de um aluno com problemas de
aprendizado, constrói um nível de rapport onde o aluno sente-se
verdadeiramente ouvido e experimenta uma sensação de segurança, tão
importante na relação professor-aluno.
A PNL aperfeiçoou as técnicas e descobriu que rapport é um pré-
requisito para a comunicação efetiva, quer em aconselhamento, nas nossas
vidas pessoais, na vida profissional, em qualquer lugar, e com qualquer um.
37
A habilidade de entrar em rapport pode ser aprendida e
aperfeiçoada, havendo inúmeras técnicas para isto. Estas técnicas já existiam
muito antes do surgimento da PNL, pois já eram utilizadas pela Psicanálise,
Abordagem Centrada na Pessoa, entre outras abordagens terapêuticas.
O professor pode melhorar sua habilidade de rapport,
aprendendo o processo chamado de “espelhamento, que é utilizado para
reproduzir o comportamento do seu aluno.
Os comportamentos que o professor pode espelhar (copiar)
incluem:
Respiração: ajustando a respiração para o mesmo ritmo da
respiração do aluno.
Postura corporal: espelhar qualquer movimento do corpo que
seja constante ou característico do aluno. Poderá imitar gestos com elegância
e sutileza, igualar a inclinação, orientação ou os balanços do corpo do aluno.
Expressões faciais: levantar sobrancelhas, apertar os lábios,
enrugar o nariz, etc.
Qualidades vocais: tais como tonalidade, volume, ritmo,
velocidade, inflexão, hesitação, pontuação, etc.
Palavras processuais: detectar os predicados utilizados pelo
aluno e usá-lo na sua própria linguagem.
Fala: utilizar frases repetitivas ou expressões usadas pelo aluno,
igualando-se no seu estilo de falar.
Espelhamento cruzado: o professor usa um aspecto do
comportamento para espelhar um aspecto diferente do comportamento do
aluno. Por exemplo, balançar suavemente uma parte do seu corpo no mesmo
ritmo da respiração do aluno.
Ao estabelecer um bom rapport, o professor, então começa a
mudar o seu comportamento, não mais espelhando sendo muito provável que
o aluno o siga.
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O acompanhamento e a condução pressupõem uma intenção
positiva e o professor poderia perceber a diferença que essas habilidades
fazem na sua vida pessoal ou profissional, melhorando as suas destrezas de
comunicação para realizar seus objetivos e metas.
O professor deve organizar seus pensamentos em congruência
com a PNL, equilibrando o emocional com o racional para atingir os objetivos
desejados, pois não basta ter a bússola é preciso saber onde se está e onde
se quer chegar. Neste caminho depende o professor do seu aluno, como ele o
vê e o trata, para atingir suas metas. Enfim, é ajudando que se é ajudado; é
ensinando que se aprende.
3.2.1.4 – Os Cinco Pilares de Ensino Inteligente
1 – Envolva
Trata-se de aprender a atenção dos alunos. Age como
energizador e um quebra-gelo, com o propósito de preparar os alunos para o
aprendizado, trazendo-os para o momento presente, reduzindo as distrações
pessoais e reduzir a ansiedade.
2 – Contextualize
Nesta etapa o professor lida com as preocupações dos alunos
enquanto explica os objetivos imediatos de sua aula. O professor deve estar
preparado para responder as perguntas do tipo: Porque estou aqui? O que
devo aprender? De que forma essa informação é importante para mim? Como
esse novo conhecimento me beneficiará pessoal ou profissionalmente?
3 – Explore
Essa fase ativa é o momento onde o professor introduz os
conceitos-chave da sua aula para os alunos, não falando a respeito, mas os
envolvendo nele. Aqui envolvem as experiências sensoriais, a atenção a uma
variedade de estilos de aprendizagem e múltiplas inteligências.
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É quando os alunos são estimulados em múltiplos níveis (física, mental, social
e emocional) é que a compreensão e a capacidade de reter o assunto se torna
eficaz.
4 – Interrogue
O propósito dessa fase é o professor chamar atenção e para
reforçar os pontos-chave do aprendizado. A eficácia vai depender da
facilitação do diálogo e discussão sobre alguma atividade anterior. Permite ao
professor a oportunidade de determinar que conteúdos seus alunos
internalizaram e onde é necessário mais elaboração.
A chave nesse estágio é guiar os alunos em direção a um
entendimento claro de conteúdo.
Inegavelmente, o conteúdo é importante, mas o mais importante
é ensinar pessoas, ser sensível as necessidades do grupo e respeitar casa
aluno como indivíduo (sujeito do desejo), criando um ambiente seguro e
confiável que sustente um ótimo aprendizado, estando sempre em mente que
nada é ensinado se nada é aprendido e nada é aprendido se nada é aplicado.
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CAPÍTULO IV
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE CAMPO
Para a presente pesquisa, foram distribuídos 38 questionários aos
alunos do curso de pós-graduação em Docência do Ensino Superior da
Universidade Cândido Mendes – Projeto a Vez do Mestre/Campus Méier e 7
questionários aos professores do mesmo curso.
Fez-se uso desta ferramenta de pesquisa com 4 perguntas
fechadas com respostas alternativas tipo SIM ou NÃO, dirigidas a possibilidade
da PNL no Curso de Docência e a sua eficácia na relação professor/aluno e
ensino/aprendizado.
Das respostas colhidas, 30 alunos e 5 professores responderam
ao questionário e mais de 90% de ambos, acharam positivo os
questionamentos, fortalecendo a viabilidade da proposta do autor da pesquisa.
Ainda em busca de reforçar as afirmações desse autor, foram
entrevistados com 4 questões abertas, o Dr. Jairo Mancilha, diretor do Instituto
de Neurolinguistica Aplicada (INAp); Lucas Resende, professor e master/trainer
em Programação Neurolinguistica e o professor Jorge Chagas, trainer em
Neurolinguistica, ambos do INAp, onde ficou clara a importância da PNL no
ensino e aprendizado e na relação professor e aluno. Porém, ainda é
considerada tímida a busca dos conhecimentos da PNL por parte dos meios
acadêmicos e quando o fazem, é por iniciativa própria e não por iniciativa das
Instituições de Ensino. A crescente e discreta procura já reflete uma quebra de
resistências do sistema de ensino formal em lidar com novas formas de ensino
e aprendizado.
41
CONCLUSÃO
Ao estudar a Programação Neurolinguistica (PNL) e ao defender
a proposta de intervenção da PNL no cotidiano do professor e do aluno
universitário nas salas de aula das universidades, propondo ações educativas
mais inovadoras, o autor teve como mola propulsora a visão de que no século
que adentramos, a sobrevivência pessoal e profissional de cada um de nós,
professores e alunos estará vinculada à nossa capacidade de utilizar recursos
inconscientes atualmente guardados sob a forma de potenciais não
desenvolvidos. O conhecimento e prática da PNL no ensino e aprendizado
proporciona mudanças adequadas a cada um de nós mesmos no momento
certo. Durante muito tempo estivemos centrados no conceito de racionalidade
e reservamos um lugar secundário para a emoção. A área do ensino não tem
acompanhado a evolução que se dá nas demais áreas do conhecimento, pelo
menos quanto ao método, pois é possível verificar que em universidades,
ainda se ensina como há, pelo menos, 20 anos. Raramente, um método de
ensino agradável aparece como base de marketing nas universidades. O que
se vê é o destaque para a boa infra-estrutura das instituições e um corpo
docente tecnicamente qualificado com mestrados e doutorados, mas
raramente com ênfase para um ensino prazeroso onde além da questão do
aprendizado propriamente dito, o relacionamento entre alunos e professores
também fica muito melhor, onde a linguagem do professor se aproxima da
linguagem do aluno.
Para o autor que acredita que saber ensinar é uma
responsabilidade do educador, vale a pena lançar mão da PNL como recursos
de aperfeiçoamento, trazendo uma forma moderna de didática para uma maior
eficácia do ensino e aprendizado.
Sabe-se que aprender não é algo fácil, existe uma equipe
pedagógica capaz para que o aprendizado aconteça com a captação de
informações e conhecimentos criando sabedoria, atitudes mais sábias e
conscientes. Deve haver a interexpectativa entre professor e aluno.
42
As práticas da PNL estão em acordo com os postulados básicos
do aprendizado, mas é necessário saber como aplicá-las.
Verificou-se no curso deste trabalho que aprender não é
memorizar fatos e menos ainda, repeti-los; é saber desenvolver novas
maneiras de passar a “ver” a realidade. Vimos que o aprendizado tem relação
com os sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar e que o aprendizado é
diretamente proporcional ao prazer que se está sentindo. É sabido também
que o que eu escuto eu esqueço, o que eu vejo, eu lembro, o que eu faço, eu
compreendo, logo o professor deve entender que, embora cada aluno tenha
seu sistema representativo favorito, todos esses sistemas atuam em conjunto e
se manifestam de acordo com a necessidade e a ocasião em todas as
pessoas. A maioria dos professores ignora isso e ainda diz que os problemas
são dos alunos. Em questão de inteligências múltiplas não existe aluno “burro”,
mas sim professor despreparado. Ficou claro que a visão atual de aprender é
gerar mudança de atitudes, idéias, mentalidades. Tem a ver com o saber fazer:
habilidades e destrezas; o saber: conhecimento, compreensão e habilidades
de pensamento; querer saber: atitudes, valores, ideais e interesses.
Ao longo deste estudo, o autor apresentou a PNL como criação e
quem não cria não trabalha com satisfação. O homem deve deixar a situação
de criatura para ser criador, pois se ele não cria, mecaniza-se, brutaliza-se.
Logo, o professor precisa aprender a aprender. O mercado brasileiro exige
algo mais que as universidades ainda não tem a oferecer. O professor
necessita resignificar a sua condição humana para sensibilizar seus alunos,
pois as pessoas aprendem pelo desejo. É preciso despertar o desejo nos seus
alunos. Muitos professores parecem não ter um projeto de vida: não me
conheço e não conheço o outro. Quem sou eu? O que eu quero? O professor
tem que ajudar seus alunos a construírem um projeto de vida e não um projeto
de morte, para o competitivo mercado de trabalho.
43
Profissionais do ensino brasileiro estão começando a utilizar a
PNL para garantir a aprendizagem dos alunos de forma eficiente e prazerosa.
Em palestra proferida pelo professor João Nicolau Carvalho na
mesa redonda “PNL E APRENDIZAGEM” apresentada no 1º Congresso Latino
Americano realizado na cidade do Rio de Janeiro entre 12 e 14 de setembro de
2003, já havia naquela época significativa participação da PNL nas
universidades. Na Fundação Getúlio Vargas tinha a PNL como disciplina
optativa, sob a responsabilidade de Tom Chung. No Rio Grande do Sul, estava
no site, cursos de extensão da Universidade Federal, organizados pelo
professor Sérgio Spritzer. A FMU – Faculdade de Educação Física em São
Paulo, vinha ensinando seus acadêmicos as técnicas da PNL. Também na
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDES inseriu-se a PNL em
cursos de pós-graduação de Administração e de Educação Física, gerando
inclusive monografias temáticas.
Através do sistema de vídeo-conferência, já haviam sido
ministradas técnicas de PNL a diversas cidades catarinenses para licenciados
em Educação Física, em cursos de especialização a nível acadêmico, onde
grande parte dos pós-graduados não conhecia Programação Neurolinguística,
havendo inclusive solicitação de abaixo-assinado para novos cursos.
(www.golfinho.com.br/congressos)
Assim, o autor buscou ouvir professores e alunos do curso de
pós-graduação em docência do ensino superior e verificou um
desconhecimento dos princípios e das técnicas da PNL como auxílio aos
profissionais de educação em sua prática de lecionar e percebeu em todos
aqueles que responderam ao questionário, um interesse em lançar mão da
PNL como recurso de aperfeiçoamento. Entrevistou-se especialistas em PNL
onde tomou conhecimento de que professores de nível médio e de nível
universitário tem procurado cursos de formação em PNL, mas que o campo da
educação formal no Brasil ainda se mostra muito tímido a novas e modernas
propostas de ensino e aprendizagem com ampliação de seus “mapas de
percepção.
44
Para os professores e alunos que buscam os conhecimentos da
PNL já é um avanço na medida de se permitirem a aceitação de novas formas
de ensinar e aprender, refletindo quebra de paradigmas e um potencial maior
de criatividade e flexibilidade.
Por fim, após todo o trabalho de pesquisa, o autor complementa
que o objetivo maior da PNL é tornar o homem um ser humano melhor, mais
feliz, tento nos aspectos pessoais quanto profissionais e que esta apresenta
princípios, técnicas e aplicações práticas que acabam com a dicotomia
ocidental de mente e corpo. É uma espécie de “brain storm” para a abordagem
mente e corpo, cujo foco principal está centrado em informações científicas e
nos modelos de realidades os mais eficazes e atualizados visando permitir que
a mudança se torne possível, mais rápida, mais econômica e mais ecológica.
45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALLEN, Rich. Ensinando e Treinando com Inteligência. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2003.
ANDREAS, Comiare. Transformação Essencial – Atingindo a Nascente
Interior. São Paulo: Summus, 1996.
BANDLER, Richard e John Grinder. Sugestões e Princípios: Programação
Neurolinguística. São Paulo: Summus, 1982.
Ressignificando: programação neurolingística e a transformação
do significado. São Paulo: Summus, 1986.
BERNARDES, Sirlei Komedi. Acorda Professor: PNL na arte de educar.
DILTS, Robert. Crenças: Caminhos para a saúde e bem-estar. São Paulo:
Summus, 1993.
GARDNER, H. Multiple Intelligence, The Theory in Practice, Basic Books.
New York, 1993.
LEI FEDERAL DO BRASIL nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de
Diretrizes e Base da Educação Nacional. RJ – Auriverde – 2008.
MAURANO, Denise. Para que serve a Psicanálise? 2ª edição. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
MORIN, Edgar: Os sete saberes necessários à educação do futuro. 8ª
edição. São Paulo: Editora Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2003.
46
O’CONNOR, Joseph e John Seymour. Introdução à Programação
Neurolinguística. São Paulo: Summus, 1995.
Manual de Programação Neurolinguística: PNL – um guia prático
para alcançar os resultados que você quer. Rio de Janeiro.
Qualitymark,2003.
Treinando com a PNL: recursos para administradores,
instrutores e comunicadores. São Paulo: Summus, 1996.
PRADERVAND, Pierre: Felicidade também se aprende. Petrópolis. Rio de
Janeiro: Editora Vozes, 2009.
RAMOS, Cosete. Eduque seu cérebro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.
SANTOS, Jair de Oliveira: Educação Emocional na Escola: A emoção na
sala de aula. Salvador: Editado pela Faculdade Castro Alves, 2000.
SIMKA, Sérgio e Ítalo Meneghetti. A relação entre professor e aluno: um
olhar interdisciplinar sobre o conteúdo e a dimensão humana. Rio de
Janeiro: Walk, 2010.
47
BIBLIOGRAFIA CITADA
1- BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática
pedagógica. Curitiba: Champagnat, 1999.
2 - BUARQUE, Cristovam. A aventura da universidade. São Paulo: Paz e
Terra, 1994.
3 – CASTANHO, Maria Eugênia de Lima e Montes. Professores e Inovações.
In: castanho, Sérgio. castanho, Maria Eugênia de Lima e Montes(orgs.). O
que há de novo na educação superior: do projeto pedagógico à
prática transformadora. Campinas, SP: Papirus, 2000. (Coleção
Magistério Formação e Trabalho Pedagógico).
4 – DAVIS, C., Metacognição e sucesso escolar: articulando teoria e
prática. Cadernos de Pesquisa, vol. 35, nº. 125, mai/ago 2005
(www.scielo.br).
5 – DELORS.Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo:
Cortez, MEC: UNESCO: Brasília. DF, 1998.
6 – DEMO, Pedro. Obsessão Inovadora do Conhecimento Moderno. In:
Conhecimento Moderno sobre ética e intervenção do conhecimento.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
7 – GADOTTI, Moacir e colaboradores. Perspectivas Atuais da Educação.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
_______, Moacir (entrevista). Revista do Professor. Ano 1, nº. 2,
novembro, 2003.
48
8 – MORIN, Edgar. Educação e complexidade: os sete saberes e outros
ensaios. São Paulo: Cortez, 2002.
10 – RIOS, Terezinha Azeredo. Competência ou competências – O novo e o
original na formação de professores. In: ROSA, Dalva E. Gonçalves.
SOUZA, Vanilton Camilo de. Didática e práticas de Ensino: interfaces
com diferentes saberes e lugares formativos. Rio de Janeiro: DP&A,
2002.
11 – SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as Ciências na
transição para uma ciência pós-moderna. In: Revista de Estudos
Avançados do IEA, n. 2, maio/agosto 1988.
12 – SAVIANI, Demerval. A nova Lei da Educação: LDB, trajetória, limites e
perspectivas. 8ª Ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003 (Coleção
Educação Contemporânea). Annales.
13 – SILVA, Marco. Sala de aula interativa. São Paulo, Quartet, 2001.
ANEXO I
ENTREVISTA
Dr. Jairo Mancilha
Diretor do INAp, master trainer internacional em
Neurolingüística e Coaching; mestre e doutor em medicina
(Ph.D.) pela UFRJ, pós-doutorado em Cardiologia
preventiva pela Northwestern University, Chicago, USA.
Aperfeiçoado em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria
da UFRJ; especialista em Saúde Pública pela Escola
Nacional de Saúde Pública da FIOCRUZ; pesquisador do
CNPq, durante 10 anos, realizando pesquisas com os
índios Yanomami; membro internacional da American
Society of Clinical Hypnosis; autor dos livros Você e o seu
Coração (3ª. edição) e Histórias Reflexões e Metáforas -
Ed. Qualitymark e o co-autor com Dr. Luiz Alberto Py de O
Caminho da Longevidade - Ed. Rocco; autor dos DVDs:
Metas, A Arte de Falar em Público e A Essência da
Neurolingüística-PNL; ministra palestras, cursos e
treinamentos no Brasil e na Europa.
A presente entrevista é parte do procedimento metodológico da
apresentação da monografia cujo título é Docência do Ensino Superior:
reflexão sobre a aplicação dos conhecimentos da programação
neurolinguística (PNL) no ensino e aprendizado e tem como finalidade o
requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino
Superior pela Universidade Cândido Mendes.
P. Sabemos que Universidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e São Paulo, bem como a Fundação Getúlio Vargas têm a PNL como
disciplina para ensinar professores a como ensinar o aluno a aprender a
aprender. O que o senhor tem a dizer sobre a PNL nas Universidades do
Estado do Rio de Janeiro?
R. Na minha percepção, a PNL pode dar uma importante contribuição para
melhorar a qualidade do ensino e aprendizagem, bem como a facilitar a
comunicação entre professores e alunos.
P. Profissionais da área de ensino no Rio de Janeiro, tem buscado cursos de
especialização em PNL?
R. Sim alguns professores de nível médio e de nível universitário tem
procurado nossos cursos de formação em PNL. Também desejo ressaltar que
julgo importante o ensino e a prática da PNL às crianças e que muitos
problemas que as pessoas apresentam quando adultas poderiam ser evitados
se elas e seus educadores tivessem conhecimento das ferramentas da PNL
enquanto crianças. Em vista disso, desenvolvo um projeto através do meu
instituto - Instituto de Neurolinguísta Aplicada (INAp) – para promover a
introdução da PNL nas escolas primárias do Rio de Janeiro.
P. Qual a contribuição da PNL no campo do ensino superior diante da
contemporaneidade, onde a educação está submetida a grandes pressões,
oriundas de um mundo em rápida transformação tecnológica, trazendo efeitos
como a rápida expansão do volume de conhecimentos que rapidamente ficam
obsoletos, logo após ensinados aos alunos durante o período de graduação,
além da instabilidade e competitividade do mercado de trabalho que exige algo
mais, além de informações técnico-científicas?
R. A PNL pode proporcionar tanto aos alunos quantos aos profissionais de
ensino superior ferramentas para se adaptarem às transformações acima
mencionadas.
Por exemplo: em face da grande quantidade de informações com as quais
lidamos hoje, as pessoas precisam saber diferenciar as que são úteis e as que
são inúteis para elas; a PNL ensina técnicas para fazer isso. A PNL também
pode ajudar as pessoas fazendo com que elas estabeleçam metas e foquem
seus objetivos, evitando que se dispersem diante da quantidade maior de
tarefas que elas têm que fazer.
Quando à competitividade no mercado, não só no da educação, mas em
qualquer outro, a PNL representa uma vantagem para quem as domina diante
de outros profissionais que não as conheça.
P. O que ganha o professor universitário e o que ganha o aluno ao conhecer e
praticar as diversas técnicas da PNL?
R. O professor poderá tornar suas aulas mais interessantes, estimulantes e
motivadoras; poderá também facilitar a aprendizagem de seus alunos. Quanto
aos discentes, a PNL representa uma ferramenta poderosa para facilitar e
potencializar a aprendizagem. Com algumas técnicas de PNL é possível
remover bloqueios mentais ao aprendizado de um assunto específico. Em
suma, o aprendizado é um dos objetivos da PNL, e ela permite ao praticante
aprender mais em menos tempo.
Entrevistador: Paulo Leal Filho e-mail : plealfilho@hotmail.com
ENTREVISTA
A presente entrevista é parte do procedimento metodológico da
apresentação da monografia cujo título é Docência do Ensino Superior:
reflexão sobre a aplicação dos conhecimentos da programação
neurolinguística (PNL) no ensino e aprendizado e tem como finalidade o
requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino
Superior pela Universidade Cândido Mendes.
P. Sabemos que Universidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e São Paulo, bem como a Fundação Getúlio Vargas têm a PNL como
disciplina para ensinar professores a como ensinar o aluno a aprender a
aprender. O que o senhor tem a dizer sobre a PNL nas Universidades do
Estado do Rio de Janeiro?
R. Sem querer generalizar, creio que ainda existe alguma resistência nos
meios acadêmicos em admitir que podemos, usando alguns processos
vivenciais e mudando alguns padrões de linguagem, provocar mudanças
positivas em Comportamentos, Crenças e foco de Pensamento das pessoas,
fazendo-as perceber que é possível aprender qualquer coisa, ampliando seu
“mapa de percepção” e suas escolhas.
P. Profissionais da área de ensino no Rio de Janeiro, tem buscado cursos de
especialização em PNL?
R. O que temos visto é uma procura cada vez maior, por alguns professores
que atuam em diferentes níveis, desde o Ensino Básico até o Superior, pelo
aprendizado da Programação Neurolinguistica. No entanto, eles fazem esse
movimento por conta própria, por ter ouvido falar sobre os benefícios da PNL
ou por recomendação de algum amigo, e não por iniciativa das Instituições.
P. Qual a contribuição da PNL no campo do ensino superior diante da
contemporaneidade, onde a educação está submetida a grandes pressões,
oriundas de um mundo em rápida transformação tecnológica, trazendo efeitos
como a rápida expansão do volume de conhecimentos que rapidamente ficam
obsoletos, logo após ensinados aos alunos durante o período de graduação,
além da instabilidade e competitividade do mercado de trabalho que exige algo
mais, além de informações técnico-científicas?
R. A Programação Neurolinguística promove um grande aprendizado, não só
nos ambientes de nível Superior, como em qualquer nível cultural, porque trata
fundamentalmente de relações humanas. Partimos da idéia, já propalada
desde Heráclito, filósofo pré-socrático, de que todas as coisas estão em
movimento e, portanto, a mudança é a única constante no universo. Trazendo
esse conceito para o dia-a-dia, estudamos como é possível transitar por esse
mundo veloz e caótico, atendendo a todas as pressões pertinentes aos
objetivos dos meios profissionais, sociais e familiares, e, ainda assim, manter o
equilíbrio emocional, o que reflete em nossa qualidade de vida.
P. O que ganha o professor universitário e o que ganha o aluno ao conhecer e
praticar as diversas técnicas da PNL?
R. A PNL é um excelente modelo de Aprendizagem, Comunicação e
Mudança. Exatamente o que precisa professores e alunos para melhorar seus
desempenhos, na busca da excelência nos seus campos de atuação. O
professor passa a conhecer melhor seus alunos sabendo que existem
diferentes perfis de aprendizagem, e técnicas adequadas para harmonizar a
comunicação com cada um dos perfis existentes em sala de aula.
O aluno passa a perceber que pode se valer da sua “caixa de ferramentas”
para aprender novidades e reter as informações trazidas à sala. Ambos
aprender a fazer uma boa formulação de objetivos, com planos reais e factíveis
para o alcance de metas.
Entrevistador: Paulo Leal Filho e-mail : plealfilho@hotmail.com
ENTREVISTA
A presente entrevista é parte do procedimento metodológico da apresentação
da monografia cujo título é Docência do Ensino Superior: reflexão sobre a
aplicação dos conhecimentos da programação neurolinguística (PNL) no
ensino e aprendizado e tem como finalidade o requisito parcial para obtenção
do grau de especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade
Cândido Mendes.
P. Sabemos que Universidades dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e São Paulo, bem como a Fundação Getúlio Vargas têm a PNL como
disciplina para ensinar professores a como ensinar o aluno a aprender a
aprender. O que o senhor tem a dizer sobre a PNL nas Universidades do
Estado do Rio de Janeiro?
R. O campo da educação formal no Brasil ainda se mostra muito tímido a
novas propostas de ensino/aprendizagem, e até por isso nota-se como é
discreto o avanço da PNL dentro de escolas e universidades. Especificamente
a nível de Rio de Janeiro, sabe-se que existe uma tendência competitiva no
eixo dos grandes centros urbanos (e econômicos), que de certo modo
impulsiona mudanças das mais diversas ordens. Portanto, o fato de algumas
instituições de ensino no Brasil já estarem considerando oficialmente a PNL
em sua grade curricular, indica que será uma questão de tempo até que as
instituições do Rio de Janeiro formalizem a disciplina.
Curioso notar é que instituições que enfatizam resultados
práticos, principalmente enquanto mercado de trabalho, carreira e business, já
se utilizam das técnicas e conceitos da PNL, como por exemplo a FGV Rio e
outras. Isto claramente demonstra que a medida que a instituição de ensino se
preocupa não somente em ensinar, mas também em preparar o aluno para a
utilização prática daquele ensinamento, na vida real, faz-se necessário
abandonar alguns métodos já falidos e atualmente ineficazes de didática e
ensino. A boa notícia é que cada vez mais isto vem se tornando um diferencial
que os alunos tem consciência e buscam ativamente para suas vidas.
P. Profissionais da área de ensino no Rio de Janeiro, tem buscado cursos de
especialização em PNL?
R. Em “larga escala”. Mas isso reflete-se também em outras carreiras, então
este não é o fato que mais chama atenção.
É grande e vem crescendo paulatinamente a quantidade de professores
que buscam conhecimento e especialização em PNL.
A grande questão é que a procura é relativamente pequena quando trata-se
de pedagogos e outros profissionais, que são, em tese, os mais diretamente
ligados às estruturas e políticas de ensino e didática das escolas e
universidades.
O que isto pode significar? Que professores, ainda que lidando com a
resistência do sistema de ensino formal, já estão conscientes e querem ao
menos experimentar novas maneiras de lidar com a relação de ensino /
aprendizagem. Este processo faz parte de uma evolução natural do ser
humano de querer sempre encontrar novos desafios.
Um dado interessante que é relatado com freqüência, por profissionais da
área de ensino do Rio, é que a medida que estes incluem em suas práticas de
ensino os “ferramentais” e pressupostos da PNL, notam que a aprendizagem
passa a ocorrer em via de mão dupla – que a PNL chama de “aprendizagem
colaborativa” – e, portanto, aquele profissional que antes apenas ensinava,
passa a aprender, e aprender a viver sua carreira com uma nova perspectiva.
P. Qual a contribuição da PNL no campo do ensino superior diante da
contemporaneidade, onde a educação está submetida a grandes pressões,
oriundas de um mundo em rápida transformação tecnológica, trazendo efeitos
como a rápida expansão do volume de conhecimentos que rapidamente ficam
obsoletos, logo após ensinados aos alunos durante o período de graduação,
além da instabilidade e competitividade do mercado de trabalho que exige algo
mais, além de informações técnico-científicas?
R. As contribuições da PNL estão baseadas no pressuposto de que todas as
esferas de vida estão interligadas entre si. Ou seja, ao invés de pensarmos
como o estudante pode se beneficiar especificamente naquele estudo,
pensamos como aquele ser humano pode ter mais clareza das suas metas,
objetivos e valores de vida.
É comum conhecermos pessoas que foram brilhantes na vida acadêmica,
mas não tiveram o mesmo êxito na “vida real” e na carreira; como também é
comum conhecermos pessoas que dizem estar estudando há 10 anos para um
concurso público, mas que na verdade estão há 10 anos “se enrolando”. Na
percepção da PNL, isto acontece quando existe um conflito de valores, e a
pessoa passa inconscientemente a se auto-sabotar.
A PNL então se apresenta como uma nova tecnologia que aborda princípios
de como a mente humana estrutura pensamentos, comportamentos e estados
emocionais, com base no uso de nossa neurologia e linguagem (que é fruto do
sistema nervoso). O entendimento destes processos possibilita a um aluno, por
exemplo, ter consciência de como ele aprende (e não somente o quê ele
aprende) e, portanto, como ele pode desenvolver estratégias mentais para
aprender de modo mais eficaz.
E por que aprender de modo mais eficaz é importante na carreira? Quando
fala-se em instabilidade e competitividade do mercado de trabalho, fala-se
justamente sobre a condição do profissional em se adaptar a novas realidades
e aprender mais rapidamente o que tiver que ser aprendido, já que os
conhecimentos técnicos se tornam obsoletos cada vez mais depressa (como
bem colocado pelo entrevistados, no enunciado acima).
Empresas e Recursos Humanos, hoje, sabem que o profissional que ingressa
na organização terá que flexibilizar seu campo de conhecimento em um futuro
próximo, já que praticamente todas as áreas do conhecimento vêm passando
por mudanças, ao ponto em que a mudança se tornou a constante.
Entrevistadores de RH selecionam, portanto, muito mais com base neste
potencial de mudança do que propriamente na performance atual de um
profissional.
P. O que ganha o professor universitário e o que ganha o aluno ao conhecer e
praticar as diversas técnicas da PNL?
R. Somente o fato do professor e/ou aluno se permitirem aceitar que existem
novas formas de se aprender e ensinar, isto já se traduz em uma quebra de
paradigmas que reflete no seu potencial de criatividade e flexibilidade. Ao
conhecer algumas técnicas da PNL, o sujeito vai gradualmente tendo mais
consciência de seus próprios processos mentais de escolha, de aprendizagem,
de comunicação etc., e como dito anteriormente, todos estes processos estão
interligados entre si, até mesmo porque o cérebro é um mecanismo de
cibernética, e responde de modo sistêmico às condições de vida.
A consciência e presença provavelmente são os maiores benefícios, no
sentido de que a pessoa somente opera uma mudança quando tem
consciência daquilo que quer mudar, e em grande parte do tempo nós estamos
operando no “piloto automático”, ou seja, com pouca ou quase nenhuma
consciência daquilo que estamos fazendo e vivendo. A própria metodologia
tradicional de ensino / aprendizagem é um exemplo de um processo pelo qual
passamos com pouquíssima consciência, uma vez que fomos condicionados a
ela desde o jardim de infância, e ao longo de boa parte de nossas vidas.
Ganhos mais específicos são: planejamento com clareza de valores e
objetivos no estudo; motivação em fazer aquilo que você quer fazer, e não
aquilo que você tem que fazer, transformar o fracasso em um retorno, ou
feedback, tornando o aprendizado mais significativo e desafiador; desenvolver
estratégias de memorização e leitura eficiente; criar um estado emocional mais
propício para a consolidação de novas memórias e novos aprendizados.
Apesar dos itens parecerem ser à primeira vista quase que míticos, todos
juntos, é preciso saber que o exercício de qualquer nova habilidade demanda
repetição, prática e motivação, e que sempre haverá um desconforto
inicial...mas que uma vez “instalados”, estes novos comportamentos tornam-se
hábitos. Neste sentido, não há mágica; há vontade e persistência.
“Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia”
(Arthur C. Clarke)
Entrevistador: Paulo Leal Filho e-mail : plealfilho@hotmail.com
ANEXO II
QUESTIONÁRIO
O presente questionário é parte do procedimento metodológico da
apresentação da monografia cujo título é Docência do Ensino Superior:
reflexões sobre a aplicação dos conhecimentos da programação
neurolinguística (PNL) no ensino e aprendizado e tem como finalidade o
requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino
Superior pela Universidade Cândido Mendes.
1) Professores precisam mais do que o conhecimento de suas disciplinas. O
conhecimento e a prática da Programação Neurolinguística (PNL) ensina
com a linguagem do cérebro. Aprender não é uma questão de “pensar”
sobre um assunto; de usar palavras. Quando aprendemos, usamos os cinco
sentidos básicos; na PNL as cinco linguagens do cérebro são chamadas de:
ü Visual (vendo imagens)
ü Cinestésica (sentindo as emoções do corpo)
ü Auditiva (ouvindo os sons)
ü Olfativa (cheirando as fragrâncias)
ü Gustativa (provando os gostos)
Você acredita que os professores seriam mais eficazes se aprendessem a
falar com cada uma dessas linguagens cerebrais?
SIM NÃO
2) Você concorda que nossos professores universitários aprendem belas
teorias de Piaget, Vygotsky, Carl Rogers, Paulo Freire, etc, mas não lhes
ensinam nenhuma ferramenta lúdica que gere motivação em seus alunos,
de forma que o professor possa alcançar a todos os estudantes que tem
em sala de aula, pois se há alunos que parecem não aprender, você pode
não estar ensinando no sentido em que eles pensam (alunos visuais,
cinestésicos, etc).
SIM NÃO
3) Um dos pressupostos da PNL é a mudança. Dispomos de todos os
recursos internos de que precisamos para mudar. Todo mundo tem o
mesmo “aparelho” mental, embora com programas e habilidades
diferentes. Estes programas podem ser modelados e transferidos para
outras pessoas, superando as limitações pessoais. A melhor maneira de
mudar o outro é mudar a si mesmo. Você acredita que tal pressuposto
pode ser aplicado no ensino universitário para uma relação professor-aluno
mais eficaz?
SIM NÃO
4) Você gostaria de ter o conhecimento da Programação Neurolinguística
para otimizar suas aulas ou sendo aluno de docência do ensino superior,
gostaria que a PNL fizesse parte do programa das disciplinas do seu
curso?
SIM NÃO
Pesquisador: Paulo Leal Filho e-mail : plealfilho@hotmail.com
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 6
METODOLOGIA 7
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
A CONTEMPORANEIDADE 12
CAPÍTULO II
A EDUCAÇÃO UNIVERSITÁRIA
2.2 - A Universidade 14
2.3 – O professor 16
CAPÍTULO III
A PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUISTICA NA
UNIVERSIDADE
3.1 -O que é a Programação Neurolinguistica 18
3.1.1 – Os pilares da PNL 19
3.1.1.1 – Relacionamento 19
3.1.1.2 – Objetivo 19
3.1.1.3 – Acuidade sensorial 20
3.1.1.4 – Flexibilidade comportamental 20
3.1.2 – Pressuposições negativas na educação
universitária 20
3.1.2.1 – Alunos sabem naturalmente como
Aprender na sala de aula 21
3.1.2.2 – Alunos aprendem na mesma ve –
locidade e da mesma maneira 22
3.1.2.3 – Quanto melhor o professor, melhor
o aprendizado 23
3.1.3 – Pressuposições da PNL 23
3.1.3.1 – O mapa não é o território 24
3.1.3.2 – A vida e a mente são processos
sistêmicos 24
3.1.3.3 – Variabilidade e flexibilidade 25
3.1.3.4 – Mudança 25
3.1.3.5 – Todo comportamento tem uma
intenção positiva 25
3.1.3.6 – Comunicação 25
3.2 – O processo do aprendizado 27
3.2.1 – Aprendizado e relacionamentos 29
3.2.1.1 – Os níveis lógicos 31
3.2.1.2 – Posições perceptivas 34
3.2.1.3 – Rapport 36
3.2.1.4 – Os cinco pilares do ensino
Inteligente 38
CAPÍTULO IV
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE CAMPO 40
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45
BIBLIOGRAFIA CITADA 47
ANEXOS
ÍNDICE
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