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UNIJUI – Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Ciência Política e Teoria do Estado

Professor: Dr. Dejalma Cremonese Aluno: Eder Luciano da Silva Wisnheski

CONCEITO: PLEBISCITOCONCEITO: PLEBISCITOIJUI –RS, 24 DE MARÇO DE 2008.IJUI –RS, 24 DE MARÇO DE 2008.

Conceito:

Plebiscito é uma consulta ao povo antes de uma determinada Lei ser constituída, de

modo a aprovar ou rejeitar as opções que lhe são propostas.

Plebiscito pode ser definido também como a manifestação direta da vontade

do povo que delibera sobre um determinado assunto, através da

democracia direta.

Objetivo do plebiscito é ser participativo e não

delegatório, sua função e controlar o Poder

Representativo, jamais delegar ilimitadamente o

poder popular .

As constituições devem incluir salvaguardas em , cláusulas

pétreas, que vedem usos perversos dos plebiscitos por parte do Poder Executivo, ou

de algum partido político.

Cláusulas pétreas são limitações materiais ao poder de reforma da constituição de um Estado, proíbem a alteração, por meio de emenda, tendentes a abolir as normas constitucionais relativas às matérias por elas definidas.

A existência de cláusulas pétreas ou limitações materiais implícitas é motivo de

controvérsia na literatura jurídica. Tem-se que demandam interpretação estrita, pois

constituem ressalvas ao instrumento normal de atualização da Constituição (as emendas

constitucionais).São cláusulas que não podem ser mudadas, são imutáveis.

•As cláusulas pétreas inseridas na Constituição da república Federativa do Brasil de 1988 encontram-se dispostas em seu artigo 60, § 4º. São elas:

*A forma federativa de Estado; *O voto direto, secreto, universal e periódico; *A separação dos Poderes; *Os direitos e garantias individuais.

O primeiro plebiscito em nível federal foi realizado no Brasil

em janeiro de1963, para a manifestação

popular acercado sistema de governo

(presidencialista ouparlamentarista)

Somente em 18 de novembro de 1998, dez anos após a promulgação da Constituição Federal, foi promulgada a Lei 9.709/98, com o intuito de regulamentar os mecanismos de participação popular no Brasil, previstos nos incisos I, II e III, do art. 14 da Constituição Federal.

Essa norma legal prevê que o plebiscito será convocado com

anterioridade ao ato legislativo ou administrativo e que caberá ao

povo aprovar ou denegar,pelo voto, o que lhe foi submetido

O art. 3° da referida lei estabelece que, para questões de relevante interessenacional, a convocação do plebiscito será feita pelo Congresso Nacional,

mediante decretolegislativo, com proposta de, no mínimo, 1/3 dos integrantes de

qualquer uma das Casas.

ou seja, esse dispositivo legal retira das mãos do povo a possibilidade de decidir qual

assunto considera relevante para ser discutido e consultado no âmbito nacional, já que

restringe ao Congresso Nacional a prerrogativa de deliberar o que deverá passar ou não

pelo crivo popular. No âmbito estadual e municipal, o plebiscito será convocado em

conformidade com a respectiva Constituição Estadual e com a Lei Orgânica Municipal.

O plebiscito no Brasil poderá abranger duas formas: a ampla e a

orgânica

Aampla versa sobre qualquer questão de relevância nacional, de competência

dos PoderesLegislativo ou Executivo (não é

previsto para o Judiciário)

A orgânica está relacionada com a incorporação,

subdivisão e desmembramento

de Estados ou fusão, incorporação, criação e desmembramento de

Municípios

É de responsabilidade da Justiça Eleitoral os trâmites

administrativos do plebiscito, tais como data, cédula de votação e instruções pararealização, entre outros

Se o assunto a ser consultado constar de projeto de lei em

tramitação, ou de medida administrativa não efetuada, ambos terão sua tramitação

sustadaaté a apuração do resultado da

consulta.

O plebiscito será aprovado ou rejeitado por

maioria simples, de acordo com o resultado

homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

O Brasil não é um país com tradição na utilização de

mecanismos departicipação popular. Sob a égide da Constituição Federal de 1988,

são poucos osexemplos concretos relacionados

a tais institutos.

Ao que tudo indica, nosso Congresso

Nacional teme perder prerrogativas legislativas com a aplicação mais freqüente dos

mecanismos e busca refrear sua utilização.

Em relação ao plebiscito, apenas um único caso ocorreu após a nova ordem

constitucional estabelecida em 1988. Refiro-me ao plebiscito previsto no art. 2º do Ato

das Disposições Constitucionais Transitórias, que levou os brasileiros às urnas em 1993

para escolher entre a república e a monarquia constitucional, bem como entre o

parlamentarismo e o presidencialismo.

O debate à época não se deu por completo, pois,

conforme a imprensa noticiou, muitos brasileiros, mesmo diante

das urnas, nem sequersabiam diferenciar com exatidão

cada uma das propostas apresentadas

Conclusão:

A Lei n.º 9.709, de 18 de novembro de 1998, infelizmente, não viabilizou

uma regulamentação sólida e ampliativa da participação popular no

cenário políticobrasileiro.

É uma lei que não estabelece de forma clara pontos importantes, os quais

poderiam elucidar melhor o correto procedimento de cada

um dos mecanismos que aConstituição brasileira adotou como diretriz do exercício da soberania popular em seu art.

14.

Para que a utilização do plebiscito, do referendo e da iniciativa popular seja

uma realidade mais contínua em nosso país, sem dúvida é necessário o

fortalecimento deuma cultura democrática mais

participativa, função esta que tem na educação um papel

essencial.

No entanto, também é um pressuposto para a viabilização do

jogo democrático afixação de regras e procedimentos

claros que respaldem a atuação dos cidadãos em todas

as etapas relacionadas à sua participação política.

Referencias Bibliograficas:

* www.unibero.edu.br

* www.wikipedia.org

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