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Uma visão Yogue do Pecado Original

Texto extraído do livro Autobiografia de Um Yogue Contemporâneo de Paramahansa Yogananda

"- A história de Adão e Eva é incompreensível para mim! -observei com vivacidade, certa vez, em minhas primeiras lutas com a alegoria. - Por que Deus castigou, não só o casal culpado, mas todas as gerações inocentes ainda por nascer?

O Mestre divertia-se, mais com minha veemência que com minha ignorância. - O Gênese é profundamente simbólico e não se pode compreendê-lo pela interpretação literal - explicou ele. - A “árvore da vida”é o corpo humano; a coluna vertebral assemelha-se a uma árvore invertida, tendo como raízes os cabelos do homem, e como galhos, os nervos sensoriais e motores. A árvore do sistema nervoso ostenta muitos frutos apetitosos: as sensações da vista, do som, do olfato, do gosto e do tato. Estes, o homem tem permissão de desfrutar; mas lhe foi proibida a experiência do sexo, a “maçã” no centro do corpo (“no meio do jardim”).

“A serpente representa a energia enrolada na base da espinha, a que estimula os nervos sexuais. Adão é a razão, Eva é o sentimento. Quando o impulso sexual subjuga a emoção ou consciência-de-Eva em qualquer ser humano, sua razão ou Adão também sucumbe. Deus criou a espécie humana materializando os corpos do homem e da mulher pela potência de Sua vontade; Ele dotou a nova espécie com o poder de criar filhos de idêntica maneira imaculada ou divina. Até ali, ao manifestar-se como alma individualizada, Deus se limitara aos animais, regidos pelo instinto e desprovidos das potencialidades da razão plena; então, fez os primeiros corpos humanos, simbolicamente chamados Adão e Eva.

Para estes corpos, a fim de prosseguirem vantajosamente na evolução ascensional, Ele transferiu as almas ou essência divina de dois animais. Em Adão ou homem a razão predominou; em Eva ou mulher, o sentimento prevaleceu. Assim se manifestou a dualidade ou polaridade subjacente ao mundo dos fenômenos. Razão e sentimento permanecem no paraíso da alegria cooperativa, enquanto a mente humana não é iludida pela energia serpentina das propensões animais.

“O corpo humano, portanto, não resultou da evolução dos corpos animais; Deus o produziu por um ato especial de criação. As formas animais eram muito rudes para expressar a divindade em plenitude; somente ao homem e à mulher, desde a sua origem foram conferidos centros ocultos na espinha e o Iótus de mil pétalas, potencialmente onisciente, no cérebro.

“Deus, ou a Consciência Divina presente no interior do primeiro casal criado, aconselhou-os a fruir de todas as formas de sensibilidade, com uma exceção: as sensações sexuais. Estas foram proibidas, a fim de que a humanidade não se enredasse no método animal, inferior, de procriação. A advertência para que não reavivassem memórias bestiais arquivadas no subconsciente passou despercebida.

Voltando atrás, à forma de reprodução dos seres brutos, Adão e Eva conheceram a queda do estado de alegria celeste que era próprio do homem, perfeito (sem máculas) em sua origem.

“Ao 'perceberem que estavam nus' perderam sua consciência de imortalidade, conforme a advertência de Deus; colocaram-se sob a lei física, segundo a qual ao nascimento físico deve seguir-se a morte física.

“O conhecimento do 'bem e do mal' prometido a Eva pela 'serpente' refere-se às experiências dualísticas e opostas que todos os mortais sob o domínio de máya  devem gozar e sofrer. Sujeitando-se à ilusão, pelo uso incorreto de sua razão e sentimento, ou consciência-de-Adão-e-Eva, o homem renuncia a seu direito de entrar no jardim paradisíaco da divina auto-suficiência. A cada ser humano cabe a responsabilidade de restituir seus pais ou natureza dual à harmonia unificada ou Éden.”

Ao terminar Sri Yuktéswar o seu discurso, olhei com novo respeito as páginas do Gênese."

-Querido Mestre- disse eu- pela primeira vez sinto obrigação filial para com Adão e Eva!

Cap.16

Maria, na fé Católica, não só concebeu , como também foi concebida sem o ato sexual. A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma  em 8 de Dezembro de 1854.

Quatro anos depois, em Lourdes , Bernadete Soubirous ouviu da própria Virgem Maria a confirmação. A aparição lhe disse: Eu sou a Imaculada Conceição.

Desde o cristianismo primitivodiversos Padres da Igrejadefenderam a Imaculada Conceição da Virgem Maria, tanto no Oriente como no Ocidente.

Porem alguns teólogos e Doutores da Igreja, como Santo Anselmo, São Bernardo e São Boaventura, chegaram a negar a Imaculada Conceição.

São Francisco acreditava na concepção divina de Maria. Os Franciscanos sempre aceitaram e difundiram com entusiasmo esta doutrina (com excessão do Frei Boaventura).

São Francisco tinha um amor indizível pela Mãe de Jesus, porque fez nosso irmão, o Senhor da majestade. Consagrava-lhe louvores especiais, orações, afetos, tantos e tais que uma língua humana nem pode contar. Entre outros fez A Saudação à Mãe de Deus:

Salve ó Senhora Santa, Rainha Santíssima,Mãe de Deus, ó Maria, que sois Virgem perpétua,eleita pelo Santíssimo Pai celestial, .

que vos consagrou por seu Santíssimo edileto Filho e o Espírito Santo Paráclito.Em vós residiu e reside toda plenitude da graça e todo o bem.

Salve, ó palácio do Senhor!Salve, ó tabernáculo do Senhor!Salve, ó morada do Senhor!

Salve, ó Manto do Senhor! Salve, ó serva do Senhor! Salve, ó Mãe do Senhor,

E salve vós todas, ó santas virtudes derramadas,pela graça e iluminação do Espírito Santo,nos corações dos fiéis, transformando-os de infiéisem fiéis servos de Deus! Amém

rosatau

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