tudo falso! · 2020. 2. 11. · messa do jornal, para de p >‘omp to p r o v i de u c i a r-...

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I V A N N O D O M I N G O , 18 D B D E Z E M B R O D E 1 9 0 4 N * ' 79

SEM A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R Í C O L A

AssignaturaA nn o, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2S5oo réis |moeda fortej.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— J o sé ,■Augusto Saloio

ng

Ili

V L D E Í IA I >1. ix ;,v —■-—,

Publicações'A nnuncios— 1.» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- graphos não se restituem quer sejam ou náo publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

Rogamos ao» nossos estimáveis assignantes a fineza de nos participa­rem qualquer falta na re­messa do jornal, para de p >‘omp to p r o v i de u c I a r- mos.

Acceitam-se com grati­dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico.

Tudo falso!E’ já um aphorismo anti­

go que anda meio mundo para se enganar um ao ou­tro., Sente-se uma alegria immensa quando se calcu­la que se deitou poeira nos olhos'do proximo.

Vae a gente a um baile, a um espectáculo onde bri­lham as mais vistosas joias, que têem reflexos deslum­brantes á luz viva que illu- mina a sala, e fica verda­deiramente extasiado ante aquelle extraordinario ful- gor.

Pois todas aquellas joias são falsas. As verdadeiras, se as havia, foram empe­nhadas ou vendidas, para se poder gosar no mundo o fausto e a ostentação.

Appareceram agora em Lisbôa uns famosos brilhan­tes chamados Bera, que imitam perfeitamente os verdadeiros; a casa que os vende têm succursaes em todas as partes do mnndo e está montada com gran­de esplendor.

Prova isto que a febre de brilhar, seja de que manei­ra fôr, se alastra pelo mun­do todo.

Esses brilhantes com­pram-se, usam-se e quem ‘os traz imagina que as ou­tras pessoas os tomam por verdadeiros.

Julgam illudir os outros e a final illudem-se a si pro- prios.

Quando é que os homens e as mulheres se hão de pôr no seu logar? Quando comprehenderão que nem todos são para tudo, nem tudo é para todos?

Parece-nos que nunca. A tolice humana não têm li­mites e ninguém têm em casa um espelho onde pos­sa vêr perfeitamente o que é.

O mundo cada vez está mais torto. E’ uma grande casa de doidos, que todos julgam ter juizo.

JOAQUIM DOS ANJOS.

..........

JOSE A. DA FONSECA YAZ YELHO

S O L IC IT A D O R

Encarrega-se de solicitar em qualquer repartição pu­blica nesta comarca. Pre­ços modicos. ,83

R. da Calçada, Aldegallega.

Já foram collocadas na Praça Serpa Pinto e Largo da Caldeira, as arvores nos logares das que haviam sec- cado.

------------«»— -----------Theatro Popular

Realisaram-se no domin­go e quinta feira passados dois excellentes espectácu­los neste elegante theatro, subindo á scena no primei­ro o drama em 4 actos AD. Igne\ de Castro, e no segundo o drama em 3 actos 0 condemnado, e a comedia em um acto Mar- que1 por meia hora.

O s espectáculos conti­nuam a agradar, o que têm dado motivo a gran­des enchentes.

Hoje sobe á scena o dra­ma em 3 actos A inquisição em Portugal e a interessan­te comedia em um acto A

flo r de laranjeira. E’ de es­perar mais uma enchente no theatro popular da rua da Fabrica.

Pedimos

Q ue não seja permittido aos carroceiros guiar de ci­ma das cargas ou dos va- raes;

Q ue seja em cada urinol collocado um candieiro;

Q ue seja feita uma lim- pe\a aos cães vadios;

Que os carreiros sejam obrigados a andar adeante dos bois.

CH RO N ICA A G R ÍC O L A

S u m m a r i o : 0 tempo e os tra­balhos da quadra; cuida­dos com os géneros ar­mazenados — Embaraços no commercio de vinhos; falsificações; companhias vinícolas; tratados de com­mercio; propaganda de consummo nas nossas co- lonias.

Inverno rigoroso em to­do o paiz; nevadas nas re­giões montanhosas do nor­te e centro e chuvas na beira-mar e sul. E’ tempo natural e bem vindo na sua quadra; assim as outras si­gam a mesma norma.

Entretanto o agricultor, preso em casa, revê as con­tas da sua lavoura e pensa em modificar o seu plano de cultura, se lhe não dá resultado o que tem segui­do, e occupa o pessoal lim­pando e concertando a mo- bilia agraria, examinando os generos armazenados, padejando quando podér os cereaes para afugentar o gorgulho, desgrelando os tubérculos e collocan- do-os em sitio escuro e sec- co, levemente ventilado,pa­ra que não rebentem de novo nem se engelhem, sec- cando.

O s vinhos devem mere­cer especial attenção, tiran-, do desde já os brancos das vasilhas onde tiverem tido a fermentação, e, quanto aos tintos, conservando-se turvos por dôces, pódem esperar o declinar do frio para terminarem a fermen­tação; se a turvação não acompanha ou não é man­tida pela doçura, devem ser passados para vasilha sulfurada.

★ ★

O commercio de vinhos está, como ha.tres annos, embaraçado com a crise da abundancia, e a primei­ra victima de tal crise são os viticultores, que tendo gasto importantes sommas na cultura da vinha, não acham agora mercado pa­ra seus vinhos, nem adqui­rem capital para as despe- zas incessantes e agora ur­gentes da vinha.

E’ curioso que depois de dois anno‘S' àe meàíõcre e' muito fraca colheita, se ve­ja estabelecer uma crise de abundancia. Com certeza que tal abundancia só pó- de provir das sobras da desenfreada falsificação,fei­ta durante todo o anno pas­sado.

E’ muito natural que ac­tualmente, com vinho á far­ta e barato, se não falsifi­que por algum tempo, pois alcool, baga, etc., custam dinheiro; mas que a falsifi­cação concorreu para a cri­se é evidente.

— Procuram-se meios de desenvolver o consumo in­terno e externo,e entre es­ses tentou-se fundar em Lisbòa uma companhia ou sociedade commercial inti­tulada fusão vinícola, que pelo nome não perca, se ti­ver de resuscitar. Essa f u ­são morreu, como devia morrer, porque encerrava um monopolio e um lado odioso. Queria fechar á me­tade norte do paiz a liber­dade de commercio na me­tade sul, como se fosse em paiz estranho.

A substituir a idéa da fundação d’esse syndicato- fusão veio a de duas com­panhias no centro e sul com certas garantias; mas com­panhias, pelo exemplo de outras já existentes, seriam mais uma ou duas casas commerciaes que viriam fazer seu negocio sem au- gmentar o consumo? Para tal fim não merecem ga­rantias e no seu proprio in­teresse deve entrar como meio principal concorrer para melhorar o fabrico e e unificar os typos.

De todas as idéas emitti- das a tal respeito nada, por certo, daria o resultado da supressão do real dagua, e o que pódem dar os tra­tados de commercio, espe­cialmente com o Brazil e a Inglaterra, bem como a pro­paganda de consumo nas nossas colonias. Mas, e so­bretudo, é necessário que se procure remedio radical com modificações no sys- tema cultural cultural, ten­dente, principalmente, a au- gmentar a producção de

leite e carne, sempre qv ̂meio o permVtia, re^ ’ an­do o augmento ua vinha embora tão apropriada nosso paiz.

Felizmente que já corre a noticia de que o sr. mi­nistro dos extrangeiros te­rá assignado em Londres um contrato que favorece­rá a entrada dos nossos vi­nhos na Inglaterra; mas for­çoso é tambem que se pro­ceda identicamente com o Brazil; facilitando-lhe a en­trada de alguns de seuspro- duetos mais importantes, como são café e assucar.

Entretanto, tudo quanto o governo pudésse fazer pelo desenvolvimento do consumo de nossos vinhos, como tambem de lacticí­nios e outros produetos, nas nossas colonias, seria a fórma mais segura de os valorisar e compensar o trabalho da nossa lavoura incitando-a para progredir.

M. RODRIGUES DE M O RA E S Agrónomo.

iDa Gaveta das Aldeias).---------------------- -------------------

Recebemos ha dias uma carta em que nos pédem para levarmos ao conheci­mento das auctoridades o seguinte:

Serafim Marques, creado do sr. José Julio da Veiga Marques, estando na taber­na pertencente a João Fa­ria (cabo-chefe), no sitio de­nominado o Passil, conce­lho de Alcochete, na noite de 3 para 4 do corrente, lhe fôra furtada por Anto- nio Faria, filho do dono da taberna, a importancia de 2$ooo réis e um relogio de prata. Como o Serafim se queixasse de que estava roubado e se dirigisse a Antonio Faria, este lançou- se sobre elle espancando-o e negando ter sido o au- ctor do furto. Metteu-se na questão o cabo-chefe, pae do aggressor, que ainda lhe deu razão, comquanto, se­gundo nos affirmam, tinha conhecimento de que 0 fi­lho é que havia commettido o furto. Passado algum tem­po, foi elle quem levou o relogio ao Serafim, que lhe respondeu que aonde esti-

2 O D O M I N G O

vera o relogio também es­tava o seu dinheiro.

Está, portanto, provado, que o tal figurão, faz as suas proezas á sombra da auctoridade do pa"e.

Pedimos providencias so­bre este facto.

AsEasivcirsarso

Completou no dia i 3 do corrente mais um anniver- sario natalício, a menina Maria Antonia, filha do nos­so amigo Edmundo José Rodrigues.

Eecrntaiaicffito iniSitar

A commissão do recen­seamento militar, em de­sempenho do § 2.° artigo 22 do regulamento dos ser- viços de recrutamento, faz saber que, na primeira quinta feira do mez de Ja­neiro de 1904 terá logar a primeira sessão para a inscripção no recensea­mento militar de todos os mancebos dentro da eda- de legal.

Mais faz saber que todos os mancebos que até 3 i de dezembro de 1904 já tiverem completado 19 annos de edade, e que ainda não tenham sido re­censeados, são obrigados a participar, durante o mez de janeiro, á- commissão de recenseamento, que chegaram á edade de se­rem ins.criptos no recensea­mento militar. Eguai par­ticipação deve ser feita pe­los paes, tutores ou pes­soas de que os mancebos dependam.

A ’ falta de cumprimento d’esta obrigação corres­ponde a pena de 20^000 a 5o$oc-o réis de multa.

O que se faz publico, para conhecimento dos interessados e para que quaesquer pessoas possam apresentar á commissão os esclarecimentos que jul­garem convenientes.

I Grandes na noite de do­mingo para segunda feira pelo regedor daquella fie- guezia, sr. Severo da Silva Firmino, pelo facto de ar­rombar a porta da casa da sr.a Elisia Emilia da Concei­ção, com o intuito de a roubar, o que não conse­guiu em consequencia de ter sido presentido, o co­nhecido gatuno João Ro­drigues Corregedor, o Abranteiro, viuvo, natural do Rocio de Abjrantes e sem domicilio certb>Qoris- ta que o Abranleird fòra acompanhado demais dois gatunos de quem ainda nega os nomes. Tem este individuo ainda pendente em juizo um processo por crime de egual natureza.

No dia i 5 do corrente se procedeu ao exame di­recto pelo juizo de paz deste districto, no referi­do arrombamento.

Lutuosa

Falleceram nesta villa:Dia 5, pelas 5 hora da

manhã, Manuel da Costa Caldeireiro, de 65 annos de edade; dia 10, pelas 6 ho­ras da manhã, Izabel Ma­ria, de 44 annos; dia 14, pelas 7 horas da manhã, Antonio Tavares d'Almei­da, de 33 annos; dia 16, pe­las 11 horas da manhã, Je- suina de Jesus Mónica, de 62 annos.

Arroinbanceato

Foi preso em Sarilhos

“Passatempo.,

Recebemos o n.° 100 desta interessante publica­ção, cujo summario é o se­guinte:

A primeira fumaça — il- lustração.

Chronica, por Antonio de Campos Junior.— O primeiro tratado de com- mercio com a Inglaterra, feito pelos mercadores de Lisbôa e Porto; vinte-ân­uos mais antigo que o pri­meiro tratado de alliança politica; um convénio de arbitragem ha seiscentos annos. — Tres iIlustrações

Os grandes homens da plebe — Um alfaiate.

Rua Portugal em Lon­dres — P hotogràvura.

Rio de Janeiro — A ci­dade em obras — photo- gravura.

O lord-mayor— Photo- gravura.

A/rica portuguesa — Uma rua de Móssamedes— photogravura.

Epopêa eleitoral— Cari­catura.

Aguia Morta — Conti­nuação do romance de An­tonio de Campos -lunior. com duas illustraçõès.

Cada numero semanal de 16 paginas 20 réis, tri­mestre 25o réis.

ANNUNCIOS

A N N U N C I O

5 de dezembro de 1904.o E S C R IV Ã O ,

Antonio Julio Pereira Moutinho.

Verifiquei a exactidão:

O JUIZ DE DIREITO,

S. Motta.

IIMTEJ(8 / publicação)

Em cumprimento da carta precatória vinda do juizo de direito da ter­ceira Vara Civil da comar­ca de Lisbôa, e pelo in­ventario orphanologico a que alli se procede por obito de Manuel Paulo Rocha e cabeça do casal a viuva Maria do Carmo Rocha, vai á praça á por­ta do tribunal judicial de esta comarca de Aldegal- lega do Ribatejo no dia 25 do corrente mez de dezembro pelas 11 horas da manhã para ser ven­dido pelo maior preço que for offerecido, e sobre o abaixo declarado, o se­guinte predio:

Uma morada de casas baixas com quintal e poço no Largo do Braga fre- guezia do Samouco, de esta comarca no valor de 280^000 réis.

Fica á custa do arre­matante o pagamento com­pleto da contribuição de| registo.

j

Aldegallega do Ribatejo,

E D IT A LA Camara Municipal do

Concelho de Aldegallega do Ribatejo manda annun- ciar que resolveu suspen­der a adjudicação do for­necimento da illuminação publica no sitio do Casal, cuja arrematação se.deve­ria realisar no proximo do­mingo, 18 do corrente.

Aldegallega, 12 de de­zembro de 1904.

O secretario da camara,

Antonio Tavares da Silva.

A Camara Municipal do Concelho de do Ribatejo.

Aldegallega

Faz saber que no dia 18 do corrente mez de dezem­bro, pela uma hora da tar­de, ha de andar novamen­te em praça para ser ar­rematado em glebas ou em todo o terreno que fi­cou por aforar na exten­são de 22 metros de fren­te, no arraial de Nossa Se­nhora da Atalaya.

As condições para estas arrematações, acham-se patentes todos os dias não santificados, nesta secreta­ria.

Aldegallega, 12 de de­zembro de 1904.

O secretario da camara,

Antonio Tavares da Silva.

MERCEARIA ALDEGALLENSE

-----D E ------

JOSE ANTONIO NUNES

ig , Largo da Egreja, ig

O proprietário deste estabelecimento, previne os seus estimáveis fregue- zes e o publico em geral que deve receber esta se­mana, para as festas do Natal e Anno Bom, o se­guinte:

Especialidade em broas de milho com cidrão e finas de especie, bolos fi­nos sortidos, differentes bolos seccos, taes como: palitos de amêndoa e de côco, cavacas, bolos de gemma, bolos de amor, fatias de pão de ló; abo- bora coberta, peras dôces e cidrão; differentes fari­nhas para puding; queijo flamengo- e amanteigado da Serra da Estrella e gruyère; figo flor, passa de uva de Alicante, nozes, e amêndoa torrada sobre- meza; differentes vinhos finos do Porto, crémes de Pére Kermann verde e amarei Io, Chartreuse, aniz escarchado, hortelã pi­menta e granito, genebra e cognac primacial; ma­carrão do Natal, sopa ju- lienne, conserva em fras-

11 o FOLHETIM

Traducçáo de J. DO S AN.IOS

D E P O I S f i T P E C C A D OLivro Segmado

1 1 1

— Quero crel-a; comprehendo que tivesse medo de m’a dizer, e até hon- tem não tinha obrigação d'isso, por que, no fim de contas. não animava o meu amor. Mas hontem. quando a sua bôca me enchia de embriaguez, quando dizia que me tinha amor. quando eu a interrogava agitado por uma suspeita mysteriosa que renas­cia incessantemente na minha alma. sem cu mesmo querer, como teve*

coração rara me ouvir e me respon­der, para me provocar até. porque eu nunca teria a audacia de falar n’is- sò sé não fosse animado por si? Não teve receio de me armar um laço, de me expôr a ser infame, porque eu te­ria sido e flecti vãmente infame, sem o querer e sem a saber, se tivesse co­berto os seus erros com o meu no­me, se tivesse acceitado compartilhar comsigo uma fortuna que tem ori­gem ignominiosa.

— Oh! ouvil-o falar d'essa ma­neira! Pedro, tenha compaixão de mim!

— Compaixão de si! E 'is s o possí­vel! A ventura que sonhei não está destruída, anniquilada para sempre? Pois eu posso unir a minha vida a uma vida deshonrada? E afortuna que possue, fruc.o dos seus desre­gramentos, não está entre nós?

— Essa fortuna detestada dou-a aos pobres. Já teem uma parte p o ­dem ficar com o resto; não preciso de mais nada!

— E ’ muito tarde! disse o Pedro abanando a cabeça.

— Mas não me vae abandonar? ex­clamou Magdalena, levantando-se cheia de medo.

— Não tenho outra coisa afazer.— E' impossível!— Ainda é mais impossível dar-lhe

o meu nome.— Pois bem, não serei tua mulher,

mas serei tua escrava, tua criada.Tinha-se approximndo d'elle. pe-

gava-lhe nas mãos, agarrava se-lhe ao fato, supplicante, com os cabellos em desalinho, desesperada.

— Deixe-me! murmurou elle com desvairamento; deixe-me. causa-me

horror.

— Pedro! Pedro! exclamou ella. mata-me, mas não me abandones assim.

D’esta vez elle não respondeu. Com um movimento rapido. atirou para longe a infeliz Magdalena e depois fugiu emquanto ella, ann:quilada de todo, cahia desmaiada no tapete.

Antes de se ir embora, elle viu-a cahir; fez um movimento para vol­tar atraz. mas quasi logo, obedecen do ao impulso da sua ira, poz-se a correr, descendo a quatro e quatro, como um doido, os degraus d'aquella escada que ainda na vespera subia com o coração cheio de felicidade.

No dia seguinte sahia d'aqulla ter­ra e a Magdalena não pensava senão em morrer.

IV

Chegou o inverno; os montes es­

tão cobertos de neve e quando o sol se ergue, deixa cahir os seus primei­ros raios no cimo todo branco dos seus cumes. O castello, deJoyeuse, cuja fachada cinzenta estava occulta por uma cortina de castanheiros, de tilias e de platanos, vê-se agora de longe entre os ramos despojados das folhas que estão substituídas por g e ­lo pulverisado como bocados de vi­dro.

T u d o é triste e sombrio e o frio que reina em toda a parte penetra-nos até ao coração.

Apezar d ’aquelle rigoroso inverno, não tinha sahido da sua terra.

(Continua,).

O D O M I N G O

cos, azeitonas verdes de Eivas e pretas do Douro em latas de kilo e a miú­do e ervilhas enlatadas, peixes de conserva em latas: savel, goraz, pesca­da e congro com ervilhas.

Torno, por estemeio, a liberdade de convi­dar os meus respeitáveis freguezes e o publico em geral a visitar o meu esta- belecimento e verificar se os artigos que nelle tenho expostos á venda não são de escolha esmerada e de primeira qualidade.

a m n i u n t c i o

COMARCA BE ALDEGALLEGA

118 RIBATEJO( l . a Pnblicaeáo)

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, no inventa­rio por obito de João de Deus Costa Junior, e no qual é inventariante Maria Joaquina de Almeida, hão de ser postos em praça á porta do Tribunal de este Juizo, no dia 25 do corren­te pelas 11 horas da ma­nhã, e arrematados a quem maior lanço offere- cer sobre a sua avaliação, os seguintes prédios,

Uma morada de casas abarracadas com seu quin­tal e mais pertences, si­tuada na rua de Santo Antonio da villa de C a ­nha, livre, no valor de ioo$ooo réis.

Uma casa abarracada com adega e cocheira, sitas na praça da villa de Canha, livre, no valor de 400^000 réis.

Uma courella de matto e pinheiros sita no Bar- rancão, limites de Canha, livre, no valor de 5o$ooo réis

Uma fazenda composta de terra de semeadura, vinha e olival, denomina­do Corral do Concelho, limites da mesma fregue- zia, no valor de 5o5$ooo réis.

A contribuição de re­gisto é toda paga pelos arrematantes.

Aldegallega do Ribatejo, 5 de dezembro de 1904.

Verifiquei a exactidáo:

O JUIZ DE D IREITO ,

S. Mutta.

O E SC R IV Ã O ,

José Maria de Mendonça.

1 5 0 : 0 0 0Barbados americanos de

Rupestres Monlicnlo e Ara- mon Rupestres. Vende por preços resumidissimos J. J. C. Figueira, n esta villa.

A N N U N C I O

C O M A R C A DE A L D E G A L L

(A.a pubSicação)

- Pelo Juizo de Direito desta comarca, e cartorio do escrivão d a . i - 0 officio, e na execução que 3, Fa­zenda Nacional move con­tra José d’Aveiro Pereira, do Chão Duro, vão á pra­ça pela 3 a vez e sem valor á porta do tribunal Judici­al de este Juizo, no dia 18 do corrente, pelas 11 ho­ras da manhã os prédios ou bens penhorados na mesma execução.

Uma courella de terra com vinha e duas mora­das de casas contiguas, si­tas no Chão Duro.

Outra courella de terra com uma casa de habita­ção, no Chão Duro, forei- ra em 3$ooo réis annuaes a Maria Teixeira.

São citados para a dita praça os crédores incertos, nos termos e para os effei­tos do n.° i.° do artigo 844 do Codigo Processo Civil.

Aldegallega do Ribatejo, 12 de dezembro de 1904.

O E S C R IV Ã O

José Maria de Mendonça.

Verifiquei a exactidão:

O JUIZ DE DIRE ITO ,

S. Motta.

A N N U N C I O

(S.a publicação)

Pelo Juizo de direito de esta comarca e cartorio do primeiro officio, se procede a inventario or- phanologico, por obito de Umbelina Pinto da Silva, e em que é inventariante Emygdio Tavares de Pi­nho, morador nesta villa; e pelo presente correm editos de 3o dias, citando os crédores residentes fó- ra da comarca, para no dito praso. a contar da ultima publicação dedu­zirem querendo os seus direitos.

Aldegallega do Ribatejo, 5 de dezembro de 1904.

Verifiquei a exactidáo:

O JUIZ DE DIREITO,

5 . Moita.

O E SC R IV Ã O .

José M ana de Mendonça.

A N N U N C I O

C O M A R C A DE

ALDEGALLEGA

(3.a publicação)

No dia 25 de dezembro proximo, pelas onze horas da manhã, á porta do tri­bunal judicial de esta villa de Aldegallega, nos autos de inventario orphanolo-

a que se procede por o í/A 4e-"M.aftUJãUio- drigues Pancão, se ha de arrematar em hasta pu­blica a quem maior lanço offerecer sobre o valor da sua avaliação, uma mo­rada de casas abarracadas, com outra pequena anne- xa e um quintal, sitas na rua de José Maria dos Santos, de esta villa de Aldegallega, foreiras em i$5oo réis annuaes aos herdeiros de Joaquim José Marques Contramestre, avaliadas em 45o$ooo réis.

Pelo presente são cita­dos todos os crédores in­certos para assistirem á dita arrematação e ahi uzarem dos seus direitos, sob pena de revelia.

Aldegallega, 29 de no­vembro de 1904.

o E S C R IV Ã O

Antonio Augusto da Silva Coelho.

Verifiquei a exactidáo.

O JUIZ DE DIREITO ,

S. Motta.

A N N U N C I O

(S.a Publicação)

Pelo juizo de direito de esta Comarca e cartorio do Escrivão do primeiro officio, Mendonça, correm editos de trinta dias ci­tando o herdeiro João Fran­cisco Angelo, casado, au- zente em parte incerta, para assistir a todos os termos, até final do in­ventario orphanologico a que se procede por obito de seu pae Joaquim Fran­cisco Angelo, morador que foi no sitio da Fonte da Prata, freguezia de Alhos Vedros. de esta mesma Comarca, e n’elie deduzir os seus direitos sob pena de revelia.

Aldegallega do Ribatejo, 23 de novembro de 1904.

o E S C R IV Ã O .

José Maria de Mendonça.

Verifiquei a exactidão:

O JUIZ DE DIREITO,

S Motta.

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nheiro ?Quereis comprar bons pannos para rouparia, por

pouco d inhe iro?Quereis comprar artigos de retroseiro das u lt i­

mas modas, por pouco dinheiro?Quereis comprar muitos outros artigos, quasi im ­

possível! descrever, por pouco «Unheiro?

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OS DRAMAS DA CORTE

(Chronica do reinado de Luiz XV)

Romance historico porE. LADOUCETTE

Os amores trágicos de Manon Les <aut com o celebre cavnllciro de Grieux, formam o entrecho d ’este romance, rigorosamente historico, a que Ladoucette imprimiu um cunho de originalidade devéras encantador.

A corte de Luiz xv, com todos os seus esplendores e misérias, é escri- pta magistralmente pelo auctor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito egual áquelle com que foi recebido em Pa­ris, onde se contaram por milhares os exemplares vendidos.

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com numerosas zinro-gravuras de «homens celebres» do Transvaal e cio Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruentas da

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phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantado o mundo inteiro.

A G U E R R A ANGLO-I O E R faz passar ante os olhos do leitor todas as « grandes batr.lhas, combates» e «escaramuças» d’esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, tra .svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de heroísmo e tenacidade, em que são egualmente admiraveis a coragem e de­dicação p. triotica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d’esta contenda e itre a poderosa Inglater ra e as duas pequJnas republicas sul-africanas,.decorrem atravez de verda­deiras peripecias, por tal maneira dramaticas e pittorescas, qiie dão á G U E R ­RA A N G L O -B O E R , conjunctamente com o irresistivel attractivo dum a nar rativa histórica dos nossos dias, o encanto da leitura romantisada.

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