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IV ANNO DOMINGO, 18 DB DEZEM BRO DE 1904 N* ' 79 SEM A NARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Assignatura Anno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2S5oo réis |moeda fortej. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. EDITOR— J o s é ,■Augusto Saloio n g I li V L D EÍIA I >1. i x ; , v —■ -—, Publicações 'Annuncios— 1.» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- graphos não se restituem quer sejam ou náo publicados. PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio E X P E D IE N T E Rogamos ao» nossos estimáveis assignantes a fineza de nos participa rem qualquer falta na re messa do jornal, para de p > ‘omp to p r o vi de u cI ar- mos. Acceitam-se com grati dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico. Tudo falso! E’ já um aphorismo anti go que anda meio mundo para se enganar um ao ou tro., Sente-se uma alegria immensa quando se calcu la que se deitou poeira nos olhos'do proximo. Vae a gente a um baile, a um espectáculo onde bri lham as mais vistosas joias, que têem reflexos deslum brantes á luz viva que illu- mina a sala, e fica verda deiramente extasiado ante aquelle extraordinario ful- gor. Pois todas aquellas joias são falsas. As verdadeiras, se as havia, foram empe nhadas ou vendidas, para se poder gosar no mundo o fausto e a ostentação. Appareceram agora em Lisbôa uns famosos brilhan tes chamados Bera, que imitam perfeitamente os verdadeiros; a casa que os vende têm succursaes em todas as partes do mnndo e está montada com gran de esplendor. Prova isto que a febre de brilhar, seja de que manei ra fôr, se alastra pelo mun do todo. Esses brilhantes com pram-se, usam-se e quem ‘os traz imagina que as ou tras pessoas os tomam por verdadeiros. Julgam illudir os outros e a final illudem-se a si pro- prios. Quando é que os homens e as mulheres se hão de pôr no seu logar? Quando comprehenderão que nem todos são para tudo, nem tudo é para todos? Parece-nos que nunca. A tolice humana não têm li mites e ninguém têm em casa um espelho onde pos sa vêr perfeitamente o que é. O mundo cada vez está mais torto. E’ uma grande casa de doidos, que todos julgam ter juizo. JOAQUIM DOS ANJOS. .......... JOSE A. DA FONSECA YAZ YELHO SOLICITADOR Encarrega-se de solicitar em qualquer repartição pu blica nesta comarca. Pre ços modicos. ,83 R. da Calçada, Aldegallega. Já foram collocadas na Praça Serpa Pinto e Largo da Caldeira, as arvores nos logares das que haviam sec- cado. ------------«»— ----------- Theatro Popular Realisaram-se no domin go e quinta feira passados dois excellentes espectácu los neste elegante theatro, subindo á scena no primei ro o drama em 4 actos A D. Igne\ de Castro , e no segundo o drama em 3 actos 0 condemnado, e a comedia em um acto Mar- que1 por meia hora. Os espectáculos conti nuam a agradar, o que têm dado motivo a gran des enchentes. Hoje sobe á scena o dra ma em 3 actos A inquisição em Portugal e a interessan te comedia em um acto A flor de laranjeira. E’ de es perar mais uma enchente no theatro popular da rua da Fabrica. Pedimos Que não seja permittido aos carroceiros guiar de ci ma das cargas ou dos va- raes; Que seja em cada urinol collocado um candieiro; Que seja feita uma lim- pe\a aos cães vadios; Que os carreiros sejam obrigados a andar adeante dos bois. CHRONICA AGRÍCOLA Summario: 0 tempo e os tra balhos da quadra; cuida dos com os géneros ar mazenados — Embaraços no commercio de vinhos; falsificações; companhias vinícolas; tratados de com mercio; propaganda de consummo nas nossas co- lonias. Inverno rigoroso em to do o paiz; nevadas nas re giões montanhosas do nor te e centro e chuvas na beira-mar e sul. E’ tempo natural e bem vindo na sua quadra; assim as outras si gam a mesma norma. Entretanto o agricultor, preso em casa, revê as con tas da sua lavoura e pensa em modificar o seu plano de cultura, se lhe não dá resultado o que tem segui do, e occupa o pessoal lim pando e concertando a mo- bilia agraria, examinando os generos armazenados, padejando quando podér os cereaes para afugentar o gorgulho, desgrelando os tubérculos e collocan- do-os em sitio escuro e sec- co, levemente ventilado,pa ra que não rebentem de novo nem se engelhem, sec- cando. Os vinhos devem mere cer especial attenção, tiran-, do desde já os brancos das vasilhas onde tiverem tido a fermentação, e, quanto aos tintos, conservando-se turvos por dôces, pódem esperar o declinar do frio para terminarem a fermen tação; se a turvação não acompanha ou não é man tida pela doçura, devem ser passados para vasilha sulfurada. O commercio de vinhos está, como ha.tres annos, embaraçado com a crise da abundancia, e a primei ra victima de tal crise são os viticultores, que tendo gasto importantes sommas na cultura da vinha, não acham agora mercado pa ra seus vinhos, nem adqui rem capital para as despe- zas incessantes e agora ur gentes da vinha. E’ curioso que depois de dois anno‘S' àe meàíõcre e' muito fraca colheita, se ve ja estabelecer uma crise de abundancia. Com certeza que tal abundancia só pó- de provir das sobras da desenfreada falsificação,fei ta durante todo o anno pas sado. E’ muito natural que ac tualmente, com vinho á far ta e barato, se não falsifi que por algum tempo, pois alcool, baga, etc., custam dinheiro; mas que a falsifi cação concorreu para a cri se é evidente. Procuram-se meios de desenvolver o consumo in terno e externo,e entre es ses tentou-se fundar em Lisbòa uma companhia ou sociedade commercial inti tulada fusão vinícola, que pelo nome não perca, se ti ver de resuscitar. Essa fu são morreu, como devia morrer, porque encerrava um monopolio e um lado odioso. Queria fechar á me tade norte do paiz a liber dade de commercio na me tade sul, como se fosse em paiz estranho. A substituir a idéa da fundação d’esse syndicato- fusão veio a de duas com panhias no centro e sul com certas garantias; mas com panhias, pelo exemplo de outras já existentes, seriam mais uma ou duas casas commerciaes que viriam fazer seu negocio sem au- gmentar o consumo? Para tal fim não merecem ga rantias e no seu proprio in teresse deve entrar como meio principal concorrer para melhorar o fabrico e e unificar os typos. De todas as idéas emitti- das a tal respeito nada, por certo, daria o resultado da supressão do real dagua, e o que pódem dar os tra tados de commercio, espe cialmente com o Brazil e a Inglaterra, bem como a pro paganda de consumo nas nossas colonias. Mas, e so bretudo, é necessário que se procure remedio radical com modificações no sys- tema cultural cultural, ten dente, principalmente, a au- gmentar a producção de leite e carne, sempre qv ^ meio o permVtia, re^ ’an do o augmento ua vinha embora tão apropriada nosso paiz. Felizmente que já corre a noticia de que o sr. mi nistro dos extrangeiros te rá assignado em Londres um contrato que favorece rá a entrada dos nossos vi nhos na Inglaterra; mas for çoso é tambem que se pro ceda identicamente com o Brazil; facilitando-lhe a en trada de alguns de seuspro- duetos mais importantes, como são café e assucar. Entretanto, tudo quanto o governo pudésse fazer pelo desenvolvimento do consumo de nossos vinhos, como tambem de lacticí nios e outros produetos, nas nossas colonias, seria a fórma mais segura de os valorisar e compensar o trabalho da nossa lavoura incitando-a para progredir. M. RODRIGUES DE MORAES Agrónomo. iDa Gaveta das Aldeias). ---------------------- ------ ------------- Recebemos ha dias uma carta em que nos pédem para levarmos ao conheci mento das auctoridades o seguinte: Serafim Marques, creado do sr. José Julio da Veiga Marques, estando na taber na pertencente a João Fa ria (cabo-chefe), no sitio de nominado o Passil, conce lho de Alcochete, na noite de 3 para 4 do corrente, lhe fôra furtada por Anto- nio Faria, filho do dono da taberna, a importancia de 2$ooo réis e um relogio de prata. Como o Serafim se queixasse de que estava roubado e se dirigisse a Antonio Faria, este lançou- se sobre elle espancando-o e negando ter sido o au- ctor do furto. Metteu-se na questão o cabo-chefe, pae do aggressor, que ainda lhe deu razão, comquanto, se gundo nos affirmam, tinha conhecimento de que 0 fi lho é que havia commettido o furto. Passado algum tem po, foi elle quem levou o relogio ao Serafim, que lhe respondeu que aonde esti-

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Page 1: Tudo falso! · 2020. 2. 11. · messa do jornal, para de p >‘omp to p r o v i de u c I a r- mos. Acceitam-se com grati dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico. Tudo

I V A N N O D O M I N G O , 18 D B D E Z E M B R O D E 1 9 0 4 N * ' 79

SEM A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R Í C O L A

AssignaturaA nn o, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2S5oo réis |moeda fortej.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— J o sé ,■Augusto Saloio

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Publicações'A nnuncios— 1.» publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- graphos não se restituem quer sejam ou náo publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

Rogamos ao» nossos estimáveis assignantes a fineza de nos participa­rem qualquer falta na re­messa do jornal, para de p >‘omp to p r o v i de u c I a r- mos.

Acceitam-se com grati­dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico.

Tudo falso!E’ já um aphorismo anti­

go que anda meio mundo para se enganar um ao ou­tro., Sente-se uma alegria immensa quando se calcu­la que se deitou poeira nos olhos'do proximo.

Vae a gente a um baile, a um espectáculo onde bri­lham as mais vistosas joias, que têem reflexos deslum­brantes á luz viva que illu- mina a sala, e fica verda­deiramente extasiado ante aquelle extraordinario ful- gor.

Pois todas aquellas joias são falsas. As verdadeiras, se as havia, foram empe­nhadas ou vendidas, para se poder gosar no mundo o fausto e a ostentação.

Appareceram agora em Lisbôa uns famosos brilhan­tes chamados Bera, que imitam perfeitamente os verdadeiros; a casa que os vende têm succursaes em todas as partes do mnndo e está montada com gran­de esplendor.

Prova isto que a febre de brilhar, seja de que manei­ra fôr, se alastra pelo mun­do todo.

Esses brilhantes com­pram-se, usam-se e quem ‘os traz imagina que as ou­tras pessoas os tomam por verdadeiros.

Julgam illudir os outros e a final illudem-se a si pro- prios.

Quando é que os homens e as mulheres se hão de pôr no seu logar? Quando comprehenderão que nem todos são para tudo, nem tudo é para todos?

Parece-nos que nunca. A tolice humana não têm li­mites e ninguém têm em casa um espelho onde pos­sa vêr perfeitamente o que é.

O mundo cada vez está mais torto. E’ uma grande casa de doidos, que todos julgam ter juizo.

JOAQUIM DOS ANJOS.

..........

JOSE A. DA FONSECA YAZ YELHO

S O L IC IT A D O R

Encarrega-se de solicitar em qualquer repartição pu­blica nesta comarca. Pre­ços modicos. ,83

R. da Calçada, Aldegallega.

Já foram collocadas na Praça Serpa Pinto e Largo da Caldeira, as arvores nos logares das que haviam sec- cado.

------------«»— -----------Theatro Popular

Realisaram-se no domin­go e quinta feira passados dois excellentes espectácu­los neste elegante theatro, subindo á scena no primei­ro o drama em 4 actos AD. Igne\ de Castro, e no segundo o drama em 3 actos 0 condemnado, e a comedia em um acto Mar- que1 por meia hora.

O s espectáculos conti­nuam a agradar, o que têm dado motivo a gran­des enchentes.

Hoje sobe á scena o dra­ma em 3 actos A inquisição em Portugal e a interessan­te comedia em um acto A

flo r de laranjeira. E’ de es­perar mais uma enchente no theatro popular da rua da Fabrica.

Pedimos

Q ue não seja permittido aos carroceiros guiar de ci­ma das cargas ou dos va- raes;

Q ue seja em cada urinol collocado um candieiro;

Q ue seja feita uma lim- pe\a aos cães vadios;

Que os carreiros sejam obrigados a andar adeante dos bois.

CH RO N ICA A G R ÍC O L A

S u m m a r i o : 0 tempo e os tra­balhos da quadra; cuida­dos com os géneros ar­mazenados — Embaraços no commercio de vinhos; falsificações; companhias vinícolas; tratados de com­mercio; propaganda de consummo nas nossas co- lonias.

Inverno rigoroso em to­do o paiz; nevadas nas re­giões montanhosas do nor­te e centro e chuvas na beira-mar e sul. E’ tempo natural e bem vindo na sua quadra; assim as outras si­gam a mesma norma.

Entretanto o agricultor, preso em casa, revê as con­tas da sua lavoura e pensa em modificar o seu plano de cultura, se lhe não dá resultado o que tem segui­do, e occupa o pessoal lim­pando e concertando a mo- bilia agraria, examinando os generos armazenados, padejando quando podér os cereaes para afugentar o gorgulho, desgrelando os tubérculos e collocan- do-os em sitio escuro e sec- co, levemente ventilado,pa­ra que não rebentem de novo nem se engelhem, sec- cando.

O s vinhos devem mere­cer especial attenção, tiran-, do desde já os brancos das vasilhas onde tiverem tido a fermentação, e, quanto aos tintos, conservando-se turvos por dôces, pódem esperar o declinar do frio para terminarem a fermen­tação; se a turvação não acompanha ou não é man­tida pela doçura, devem ser passados para vasilha sulfurada.

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O commercio de vinhos está, como ha.tres annos, embaraçado com a crise da abundancia, e a primei­ra victima de tal crise são os viticultores, que tendo gasto importantes sommas na cultura da vinha, não acham agora mercado pa­ra seus vinhos, nem adqui­rem capital para as despe- zas incessantes e agora ur­gentes da vinha.

E’ curioso que depois de dois anno‘S' àe meàíõcre e' muito fraca colheita, se ve­ja estabelecer uma crise de abundancia. Com certeza que tal abundancia só pó- de provir das sobras da desenfreada falsificação,fei­ta durante todo o anno pas­sado.

E’ muito natural que ac­tualmente, com vinho á far­ta e barato, se não falsifi­que por algum tempo, pois alcool, baga, etc., custam dinheiro; mas que a falsifi­cação concorreu para a cri­se é evidente.

— Procuram-se meios de desenvolver o consumo in­terno e externo,e entre es­ses tentou-se fundar em Lisbòa uma companhia ou sociedade commercial inti­tulada fusão vinícola, que pelo nome não perca, se ti­ver de resuscitar. Essa f u ­são morreu, como devia morrer, porque encerrava um monopolio e um lado odioso. Queria fechar á me­tade norte do paiz a liber­dade de commercio na me­tade sul, como se fosse em paiz estranho.

A substituir a idéa da fundação d’esse syndicato- fusão veio a de duas com­panhias no centro e sul com certas garantias; mas com­panhias, pelo exemplo de outras já existentes, seriam mais uma ou duas casas commerciaes que viriam fazer seu negocio sem au- gmentar o consumo? Para tal fim não merecem ga­rantias e no seu proprio in­teresse deve entrar como meio principal concorrer para melhorar o fabrico e e unificar os typos.

De todas as idéas emitti- das a tal respeito nada, por certo, daria o resultado da supressão do real dagua, e o que pódem dar os tra­tados de commercio, espe­cialmente com o Brazil e a Inglaterra, bem como a pro­paganda de consumo nas nossas colonias. Mas, e so­bretudo, é necessário que se procure remedio radical com modificações no sys- tema cultural cultural, ten­dente, principalmente, a au- gmentar a producção de

leite e carne, sempre qv ̂meio o permVtia, re^ ’ an­do o augmento ua vinha embora tão apropriada nosso paiz.

Felizmente que já corre a noticia de que o sr. mi­nistro dos extrangeiros te­rá assignado em Londres um contrato que favorece­rá a entrada dos nossos vi­nhos na Inglaterra; mas for­çoso é tambem que se pro­ceda identicamente com o Brazil; facilitando-lhe a en­trada de alguns de seuspro- duetos mais importantes, como são café e assucar.

Entretanto, tudo quanto o governo pudésse fazer pelo desenvolvimento do consumo de nossos vinhos, como tambem de lacticí­nios e outros produetos, nas nossas colonias, seria a fórma mais segura de os valorisar e compensar o trabalho da nossa lavoura incitando-a para progredir.

M. RODRIGUES DE M O RA E S Agrónomo.

iDa Gaveta das Aldeias).---------------------- -------------------

Recebemos ha dias uma carta em que nos pédem para levarmos ao conheci­mento das auctoridades o seguinte:

Serafim Marques, creado do sr. José Julio da Veiga Marques, estando na taber­na pertencente a João Fa­ria (cabo-chefe), no sitio de­nominado o Passil, conce­lho de Alcochete, na noite de 3 para 4 do corrente, lhe fôra furtada por Anto- nio Faria, filho do dono da taberna, a importancia de 2$ooo réis e um relogio de prata. Como o Serafim se queixasse de que estava roubado e se dirigisse a Antonio Faria, este lançou- se sobre elle espancando-o e negando ter sido o au- ctor do furto. Metteu-se na questão o cabo-chefe, pae do aggressor, que ainda lhe deu razão, comquanto, se­gundo nos affirmam, tinha conhecimento de que 0 fi­lho é que havia commettido o furto. Passado algum tem­po, foi elle quem levou o relogio ao Serafim, que lhe respondeu que aonde esti-

Page 2: Tudo falso! · 2020. 2. 11. · messa do jornal, para de p >‘omp to p r o v i de u c I a r- mos. Acceitam-se com grati dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico. Tudo

2 O D O M I N G O

vera o relogio também es­tava o seu dinheiro.

Está, portanto, provado, que o tal figurão, faz as suas proezas á sombra da auctoridade do pa"e.

Pedimos providencias so­bre este facto.

AsEasivcirsarso

Completou no dia i 3 do corrente mais um anniver- sario natalício, a menina Maria Antonia, filha do nos­so amigo Edmundo José Rodrigues.

Eecrntaiaicffito iniSitar

A commissão do recen­seamento militar, em de­sempenho do § 2.° artigo 22 do regulamento dos ser- viços de recrutamento, faz saber que, na primeira quinta feira do mez de Ja­neiro de 1904 terá logar a primeira sessão para a inscripção no recensea­mento militar de todos os mancebos dentro da eda- de legal.

Mais faz saber que todos os mancebos que até 3 i de dezembro de 1904 já tiverem completado 19 annos de edade, e que ainda não tenham sido re­censeados, são obrigados a participar, durante o mez de janeiro, á- commissão de recenseamento, que chegaram á edade de se­rem ins.criptos no recensea­mento militar. Eguai par­ticipação deve ser feita pe­los paes, tutores ou pes­soas de que os mancebos dependam.

A ’ falta de cumprimento d’esta obrigação corres­ponde a pena de 20^000 a 5o$oc-o réis de multa.

O que se faz publico, para conhecimento dos interessados e para que quaesquer pessoas possam apresentar á commissão os esclarecimentos que jul­garem convenientes.

I Grandes na noite de do­mingo para segunda feira pelo regedor daquella fie- guezia, sr. Severo da Silva Firmino, pelo facto de ar­rombar a porta da casa da sr.a Elisia Emilia da Concei­ção, com o intuito de a roubar, o que não conse­guiu em consequencia de ter sido presentido, o co­nhecido gatuno João Ro­drigues Corregedor, o Abranteiro, viuvo, natural do Rocio de Abjrantes e sem domicilio certb>Qoris- ta que o Abranleird fòra acompanhado demais dois gatunos de quem ainda nega os nomes. Tem este individuo ainda pendente em juizo um processo por crime de egual natureza.

No dia i 5 do corrente se procedeu ao exame di­recto pelo juizo de paz deste districto, no referi­do arrombamento.

Lutuosa

Falleceram nesta villa:Dia 5, pelas 5 hora da

manhã, Manuel da Costa Caldeireiro, de 65 annos de edade; dia 10, pelas 6 ho­ras da manhã, Izabel Ma­ria, de 44 annos; dia 14, pelas 7 horas da manhã, Antonio Tavares d'Almei­da, de 33 annos; dia 16, pe­las 11 horas da manhã, Je- suina de Jesus Mónica, de 62 annos.

Arroinbanceato

Foi preso em Sarilhos

“Passatempo.,

Recebemos o n.° 100 desta interessante publica­ção, cujo summario é o se­guinte:

A primeira fumaça — il- lustração.

Chronica, por Antonio de Campos Junior.— O primeiro tratado de com- mercio com a Inglaterra, feito pelos mercadores de Lisbôa e Porto; vinte-ân­uos mais antigo que o pri­meiro tratado de alliança politica; um convénio de arbitragem ha seiscentos annos. — Tres iIlustrações

Os grandes homens da plebe — Um alfaiate.

Rua Portugal em Lon­dres — P hotogràvura.

Rio de Janeiro — A ci­dade em obras — photo- gravura.

O lord-mayor— Photo- gravura.

A/rica portuguesa — Uma rua de Móssamedes— photogravura.

Epopêa eleitoral— Cari­catura.

Aguia Morta — Conti­nuação do romance de An­tonio de Campos -lunior. com duas illustraçõès.

Cada numero semanal de 16 paginas 20 réis, tri­mestre 25o réis.

ANNUNCIOS

A N N U N C I O

5 de dezembro de 1904.o E S C R IV Ã O ,

Antonio Julio Pereira Moutinho.

Verifiquei a exactidão:

O JUIZ DE DIREITO,

S. Motta.

IIMTEJ(8 / publicação)

Em cumprimento da carta precatória vinda do juizo de direito da ter­ceira Vara Civil da comar­ca de Lisbôa, e pelo in­ventario orphanologico a que alli se procede por obito de Manuel Paulo Rocha e cabeça do casal a viuva Maria do Carmo Rocha, vai á praça á por­ta do tribunal judicial de esta comarca de Aldegal- lega do Ribatejo no dia 25 do corrente mez de dezembro pelas 11 horas da manhã para ser ven­dido pelo maior preço que for offerecido, e sobre o abaixo declarado, o se­guinte predio:

Uma morada de casas baixas com quintal e poço no Largo do Braga fre- guezia do Samouco, de esta comarca no valor de 280^000 réis.

Fica á custa do arre­matante o pagamento com­pleto da contribuição de| registo.

j

Aldegallega do Ribatejo,

E D IT A LA Camara Municipal do

Concelho de Aldegallega do Ribatejo manda annun- ciar que resolveu suspen­der a adjudicação do for­necimento da illuminação publica no sitio do Casal, cuja arrematação se.deve­ria realisar no proximo do­mingo, 18 do corrente.

Aldegallega, 12 de de­zembro de 1904.

O secretario da camara,

Antonio Tavares da Silva.

A Camara Municipal do Concelho de do Ribatejo.

Aldegallega

Faz saber que no dia 18 do corrente mez de dezem­bro, pela uma hora da tar­de, ha de andar novamen­te em praça para ser ar­rematado em glebas ou em todo o terreno que fi­cou por aforar na exten­são de 22 metros de fren­te, no arraial de Nossa Se­nhora da Atalaya.

As condições para estas arrematações, acham-se patentes todos os dias não santificados, nesta secreta­ria.

Aldegallega, 12 de de­zembro de 1904.

O secretario da camara,

Antonio Tavares da Silva.

MERCEARIA ALDEGALLENSE

-----D E ------

JOSE ANTONIO NUNES

ig , Largo da Egreja, ig

O proprietário deste estabelecimento, previne os seus estimáveis fregue- zes e o publico em geral que deve receber esta se­mana, para as festas do Natal e Anno Bom, o se­guinte:

Especialidade em broas de milho com cidrão e finas de especie, bolos fi­nos sortidos, differentes bolos seccos, taes como: palitos de amêndoa e de côco, cavacas, bolos de gemma, bolos de amor, fatias de pão de ló; abo- bora coberta, peras dôces e cidrão; differentes fari­nhas para puding; queijo flamengo- e amanteigado da Serra da Estrella e gruyère; figo flor, passa de uva de Alicante, nozes, e amêndoa torrada sobre- meza; differentes vinhos finos do Porto, crémes de Pére Kermann verde e amarei Io, Chartreuse, aniz escarchado, hortelã pi­menta e granito, genebra e cognac primacial; ma­carrão do Natal, sopa ju- lienne, conserva em fras-

11 o FOLHETIM

Traducçáo de J. DO S AN.IOS

D E P O I S f i T P E C C A D OLivro Segmado

1 1 1

— Quero crel-a; comprehendo que tivesse medo de m’a dizer, e até hon- tem não tinha obrigação d'isso, por que, no fim de contas. não animava o meu amor. Mas hontem. quando a sua bôca me enchia de embriaguez, quando dizia que me tinha amor. quando eu a interrogava agitado por uma suspeita mysteriosa que renas­cia incessantemente na minha alma. sem cu mesmo querer, como teve*

coração rara me ouvir e me respon­der, para me provocar até. porque eu nunca teria a audacia de falar n’is- sò sé não fosse animado por si? Não teve receio de me armar um laço, de me expôr a ser infame, porque eu te­ria sido e flecti vãmente infame, sem o querer e sem a saber, se tivesse co­berto os seus erros com o meu no­me, se tivesse acceitado compartilhar comsigo uma fortuna que tem ori­gem ignominiosa.

— Oh! ouvil-o falar d'essa ma­neira! Pedro, tenha compaixão de mim!

— Compaixão de si! E 'is s o possí­vel! A ventura que sonhei não está destruída, anniquilada para sempre? Pois eu posso unir a minha vida a uma vida deshonrada? E afortuna que possue, fruc.o dos seus desre­gramentos, não está entre nós?

— Essa fortuna detestada dou-a aos pobres. Já teem uma parte p o ­dem ficar com o resto; não preciso de mais nada!

— E ’ muito tarde! disse o Pedro abanando a cabeça.

— Mas não me vae abandonar? ex­clamou Magdalena, levantando-se cheia de medo.

— Não tenho outra coisa afazer.— E' impossível!— Ainda é mais impossível dar-lhe

o meu nome.— Pois bem, não serei tua mulher,

mas serei tua escrava, tua criada.Tinha-se approximndo d'elle. pe-

gava-lhe nas mãos, agarrava se-lhe ao fato, supplicante, com os cabellos em desalinho, desesperada.

— Deixe-me! murmurou elle com desvairamento; deixe-me. causa-me

horror.

— Pedro! Pedro! exclamou ella. mata-me, mas não me abandones assim.

D’esta vez elle não respondeu. Com um movimento rapido. atirou para longe a infeliz Magdalena e depois fugiu emquanto ella, ann:quilada de todo, cahia desmaiada no tapete.

Antes de se ir embora, elle viu-a cahir; fez um movimento para vol­tar atraz. mas quasi logo, obedecen do ao impulso da sua ira, poz-se a correr, descendo a quatro e quatro, como um doido, os degraus d'aquella escada que ainda na vespera subia com o coração cheio de felicidade.

No dia seguinte sahia d'aqulla ter­ra e a Magdalena não pensava senão em morrer.

IV

Chegou o inverno; os montes es­

tão cobertos de neve e quando o sol se ergue, deixa cahir os seus primei­ros raios no cimo todo branco dos seus cumes. O castello, deJoyeuse, cuja fachada cinzenta estava occulta por uma cortina de castanheiros, de tilias e de platanos, vê-se agora de longe entre os ramos despojados das folhas que estão substituídas por g e ­lo pulverisado como bocados de vi­dro.

T u d o é triste e sombrio e o frio que reina em toda a parte penetra-nos até ao coração.

Apezar d ’aquelle rigoroso inverno, não tinha sahido da sua terra.

(Continua,).

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O D O M I N G O

cos, azeitonas verdes de Eivas e pretas do Douro em latas de kilo e a miú­do e ervilhas enlatadas, peixes de conserva em latas: savel, goraz, pesca­da e congro com ervilhas.

Torno, por estemeio, a liberdade de convi­dar os meus respeitáveis freguezes e o publico em geral a visitar o meu esta- belecimento e verificar se os artigos que nelle tenho expostos á venda não são de escolha esmerada e de primeira qualidade.

a m n i u n t c i o

COMARCA BE ALDEGALLEGA

118 RIBATEJO( l . a Pnblicaeáo)

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, no inventa­rio por obito de João de Deus Costa Junior, e no qual é inventariante Maria Joaquina de Almeida, hão de ser postos em praça á porta do Tribunal de este Juizo, no dia 25 do corren­te pelas 11 horas da ma­nhã, e arrematados a quem maior lanço offere- cer sobre a sua avaliação, os seguintes prédios,

Uma morada de casas abarracadas com seu quin­tal e mais pertences, si­tuada na rua de Santo Antonio da villa de C a ­nha, livre, no valor de ioo$ooo réis.

Uma casa abarracada com adega e cocheira, sitas na praça da villa de Canha, livre, no valor de 400^000 réis.

Uma courella de matto e pinheiros sita no Bar- rancão, limites de Canha, livre, no valor de 5o$ooo réis

Uma fazenda composta de terra de semeadura, vinha e olival, denomina­do Corral do Concelho, limites da mesma fregue- zia, no valor de 5o5$ooo réis.

A contribuição de re­gisto é toda paga pelos arrematantes.

Aldegallega do Ribatejo, 5 de dezembro de 1904.

Verifiquei a exactidáo:

O JUIZ DE D IREITO ,

S. Mutta.

O E SC R IV Ã O ,

José Maria de Mendonça.

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A N N U N C I O

C O M A R C A DE A L D E G A L L

(A.a pubSicação)

- Pelo Juizo de Direito desta comarca, e cartorio do escrivão d a . i - 0 officio, e na execução que 3, Fa­zenda Nacional move con­tra José d’Aveiro Pereira, do Chão Duro, vão á pra­ça pela 3 a vez e sem valor á porta do tribunal Judici­al de este Juizo, no dia 18 do corrente, pelas 11 ho­ras da manhã os prédios ou bens penhorados na mesma execução.

Uma courella de terra com vinha e duas mora­das de casas contiguas, si­tas no Chão Duro.

Outra courella de terra com uma casa de habita­ção, no Chão Duro, forei- ra em 3$ooo réis annuaes a Maria Teixeira.

São citados para a dita praça os crédores incertos, nos termos e para os effei­tos do n.° i.° do artigo 844 do Codigo Processo Civil.

Aldegallega do Ribatejo, 12 de dezembro de 1904.

O E S C R IV Ã O

José Maria de Mendonça.

Verifiquei a exactidão:

O JUIZ DE DIRE ITO ,

S. Motta.

A N N U N C I O

(S.a publicação)

Pelo Juizo de direito de esta comarca e cartorio do primeiro officio, se procede a inventario or- phanologico, por obito de Umbelina Pinto da Silva, e em que é inventariante Emygdio Tavares de Pi­nho, morador nesta villa; e pelo presente correm editos de 3o dias, citando os crédores residentes fó- ra da comarca, para no dito praso. a contar da ultima publicação dedu­zirem querendo os seus direitos.

Aldegallega do Ribatejo, 5 de dezembro de 1904.

Verifiquei a exactidáo:

O JUIZ DE DIREITO,

5 . Moita.

O E SC R IV Ã O .

José M ana de Mendonça.

A N N U N C I O

C O M A R C A DE

ALDEGALLEGA

(3.a publicação)

No dia 25 de dezembro proximo, pelas onze horas da manhã, á porta do tri­bunal judicial de esta villa de Aldegallega, nos autos de inventario orphanolo-

a que se procede por o í/A 4e-"M.aftUJãUio- drigues Pancão, se ha de arrematar em hasta pu­blica a quem maior lanço offerecer sobre o valor da sua avaliação, uma mo­rada de casas abarracadas, com outra pequena anne- xa e um quintal, sitas na rua de José Maria dos Santos, de esta villa de Aldegallega, foreiras em i$5oo réis annuaes aos herdeiros de Joaquim José Marques Contramestre, avaliadas em 45o$ooo réis.

Pelo presente são cita­dos todos os crédores in­certos para assistirem á dita arrematação e ahi uzarem dos seus direitos, sob pena de revelia.

Aldegallega, 29 de no­vembro de 1904.

o E S C R IV Ã O

Antonio Augusto da Silva Coelho.

Verifiquei a exactidáo.

O JUIZ DE DIREITO ,

S. Motta.

A N N U N C I O

(S.a Publicação)

Pelo juizo de direito de esta Comarca e cartorio do Escrivão do primeiro officio, Mendonça, correm editos de trinta dias ci­tando o herdeiro João Fran­cisco Angelo, casado, au- zente em parte incerta, para assistir a todos os termos, até final do in­ventario orphanologico a que se procede por obito de seu pae Joaquim Fran­cisco Angelo, morador que foi no sitio da Fonte da Prata, freguezia de Alhos Vedros. de esta mesma Comarca, e n’elie deduzir os seus direitos sob pena de revelia.

Aldegallega do Ribatejo, 23 de novembro de 1904.

o E S C R IV Ã O .

José Maria de Mendonça.

Verifiquei a exactidão:

O JUIZ DE DIREITO,

S Motta.

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