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TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
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ATA DA 2831ª SESSÃO ORDINÁRIA
Aos vinte e três dias do mês de setembro de 2015, às 9h50, no Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, realizou-se a 2.831ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os Conselheiros Edson
Simões, Vice-Presidente, Domingos Dissei, Corregedor, Maurício Faria e João Antonio, a
Secretária Geral “ad hoc” Roseli de Morais Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme
Bueno de Camargo e o Procurador Fernando Henrique Minchillo Conde. Ausente o Secretário
Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, em representação da Corte. A Presidência: “Havendo
número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.”
Preliminarmente, a Corte registrou a presença em Plenário da Senhora Patrícia Sales, Empresa de
Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Prodam-SP S.A.
Continuando, o Presidente submeteu ao Egrégio Plenário os seguintes processos: 1) TC
2.552/14-68 – TCMSP – Resolução 11/2015 “Por deliberação dos Senhores Conselheiros Edson
Simões, Vice-Presidente, Maurício Faria, Domingos Dissei, Corregedor, e João Antonio, o
Plenário aprovou a Resolução 11/2015, que abre crédito adicional suplementar de R$ 50.000,00,
de acordo com a Lei 16.099/2014, e dá outras providências.” 2) TC 3.492/15-54 – TCMSP –
Resolução 12/2015 “Por deliberação dos Senhores Conselheiros Edson Simões, Vice-Presidente,
Maurício Faria, Domingos Dissei, Corregedor, e João Antonio, o Plenário aprovou a Resolução
12/2015, que altera a redação do § 1º do artigo 153 e do artigo 186 do Regimento Interno do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo.” 3) TC 3.443/15-49 – TCMSP – Nara Torrecilha
Ferreira – Comissionamento nesta Corte “Pela deliberação dos Senhores Conselheiros Edson
Simões, Vice-Presidente, Maurício Faria, Domingos Dissei, Corregedor, e João Antonio, o
Plenário resolveu referendar o ato do Senhor Presidente, no sentido de solicitar a prorrogação do
comissionamento da Servidora Nara Torrecilha Ferreira, Matrícula SIAPE nº 1725347, lotada no
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, para, com
prejuízo das funções, mas sem prejuízo dos vencimentos, direitos e demais vantagens de seu
cargo, prestar serviços neste Tribunal, até 31 de dezembro de 2016.” A Secretaria Geral
providenciará a publicação, na íntegra, em apartado. Com a palavra, o Conselheiro Domingos
Dissei solicitou convocação de sessão extraordinária para julgamento das Contas do Iprem,
exercício de 2013, sugerindo o próximo dia 14 de outubro. Retomando a palavra, o Presidente
Roberto Braguim parabenizou o Conselheiro Domingos Dissei pelo fato de estar sempre em dia
com as contas. Ainda com a palavra, o Conselheiro Domingos Dissei deu conhecimento ao
Egrégio Plenário da seguinte matéria: “Faço uma pequena apresentação, em função da sugestão
do Conselheiro Maurício Faria sobre as inovações dos contratos, que pode ser, depois, divulgada
em nosso “site”, a outros Tribunais etc. [APRESENTAÇÃO] CONTRATAÇÃO DE
SERVIÇOS DE ZELADORIA Inovações na elaboração do edital; Novos instrumentos para
acompanhamento da execução SERVIÇOS CONTINUADOS NO ÂMBITO DA SMSP E DAS
SUBPREFEITURAS •Tapa buracos; •Recapeamento; •Limpeza manual de galerias, córregos e
canais; •Limpeza mecanizada de ramais e galerias; •Manejo de árvores; •Conservação de áreas
verdes; INOVAÇÕES NA ELABORAÇÃO DO EDITAL Inserção de quesitos inovadores na
elaboração de editais para registro de preços de alguns serviços continuados de zeladoria, os
quais foram acatados e constam dos contratos atualmente vigentes decorrentes das novas atas
QUAIS SÃO ESSES QUESITOS: •Necessidade de registro fotográfico, antes, durante e depois
da execução do serviço; •Livro de ordem. Além de questões obrigatórias que foram reiteradas:
•Responsabilização do engenheiro – ART; •Sistema de gestão; •Técnico com CREA. NOVOS
INSTRUMENTOS PARA ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO POR PARTE DO TCM-
SP •ENSAIOS TECNOLÓGICOS •MOTO LINK •CÂMERAS FIXAS 1. ENSAIOS
TECNOLÓGICOS INFORMAÇÕES GERAIS – Contratação da Ata Ata de Registro de Preços
ARP 01/2015 TC: 3.362.14-68 Objeto: realização de ensaios tecnológicos em estruturas de
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concreto, pavimentos asfálticos e pavimentos de concreto. Detentora da ARP: JBA Engenharia e
Consultoria Ltda. Valor estimado: R$ 135.700,00 Prazo: 12 meses Data assinatura: 02/07/2015
Gestor da Ata: Supervisão de Contratos da Coordenadoria de Contabilidade e Finanças –
Subsecretaria Administrativa ENSAIOS TECNOLÓGICOS • TC 2.193.15-48 Finalidade:
controle tecnológico – conservação e manutenção da malha viária – RECAPEAMENTO Ensaios:
reconstituição do traço da mistura asfáltica Nota de Empenho 266/2015 Valor: R$ 7.550,00
ENSAIOS TECNOLÓGICOS NO SERVIÇO DE RECAPEAMENTO ENSAIOS
TECNOLÓGICOS Recapeamento - Contratos auditados ENSAIOS TECNOLÓGICOS •TC
2.194.15-00 •Finalidade: Controle Tecnológico – CICLOVIA Ceagesp/Ibirapuera •Ensaios
Realizados: concreto – resistência à tração na flexão e resistência à compressão •Nota de
Empenho 270/2015 •Valor: R$ 12.255,00 ENSAIOS TECNOLÓGICOS NO PAVIMENTO DA
CICLOVIA ENSAIOS TECNOLÓGICOS Pavimento de concreto - contratos auditados
ENSAIOS TECNOLÓGICOS •TC 2.191.15-12 •Finalidade: Controle Tecnológico – serviços de
TAPA-BURACO •Ensaios: reconstituição do traço da mistura asfáltica •Nota de Empenho
267/2015 •Valor: R$ 9.750,00 •Situação: Serão executados 24 ensaios em 8 Subprefeituras.
ENSAIOS TECNOLÓGICOS NOS SERVIÇOS DE TAPA-BURACOS ENSAIOS
TECNOLÓGICOS •TC 2.478.15-98 •Finalidade: Controle Tecnológico - tampas de bocas de
lobo, guias de concreto, sarjetas/sarjetões. •Ensaios: concreto – resistência à compressão •Nota
de Empenho 278/2015 •Valor: R$ 3.240,00 •Situação: Serão realizados 18 ensaios em 6
Subprefeituras. ENSAIOS TECNOLÓGICOS NOS MATERIAIS DE INFRAESTRUTURA 2.
MOTO LINK INFORMAÇÕES GERAIS MOTO LINK •Horas contratadas: 200 horas mensais
•Horas efetivamente utilizadas: 24 horas mensais •Serviço análogo ao contratado pela PMSP
MOTO LINK •ORDENS DE INÍCIO EMITIDAS: 3 •OS 001: acompanhamento semanal de 18
trechos de obras de ciclovias – agosto/15 – SP PINHEIROS – encerrada •OS 002:
acompanhamento semanal de 18 trechos de obras de ciclovias – setembro/15 – SP PINHEIROS –
em andamento •OS 003: registro de imagens para avaliação inicial do local Parque das Águas –
SP ITAIM PAULISTA – encerrada Obs.: Nesta última OS, segundo o prestador do serviço, trata-
se de local sujeito a problemas de segurança. O Conselheiro Edson Simões: “Senhor
Presidente, só queria informar o Conselheiro Corregedor que, vendo esse modelo de trabalho
efetuado sob o prisma da Relatoria do Conselheiro Domingos Dissei, ousei fazer os primeiros
ensaios tecnológicos na área que estou relatando, de ciclovias e ciclofaixas. Recentemente, usei a
motolink para esclarecer algumas dúvidas existentes em ciclofaixas e ciclovias. Vi a filmagem e
ela é excelente. Parece até em terceira dimensão. Havia, em São Paulo, o Cinerama. Ele anda e
vai mostrando detalhes. Acho que todos aqui viram o Cinerama, pelo menos os mais velhos. A
maneira ousada de filmar dava um impacto. Sua ideia está de parabéns, já estou utilizando essa
parte da tecnologia.” O Conselheiro Domingos Dissei: “Agora, o item 3. [CONTINUAÇÃO
DA APRESENTAÇÃO] 3. CÂMERAS FIXAS INFORMAÇÕES GERAIS Ata de Registro de
Preços ARP 02/2015 TC 838.15-80 Objeto: prestação de serviços de geração e transmissão de
imagens para o monitoramento de obras e serviços de engenharia na atividade de controle
externo Detentora da ARP: Sinal Verde Comércio de Equipamentos Eletrônicos Ltda. Valor
estimado: R$ 3.200.000,00 Prazo: 12 meses Data assinatura: 02/07/2015 Gestor da Ata:
Supervisão de Contratos da Coordenadoria de Contabilidade e Finanças – Subsecretaria
Administrativa CÂMERAS FIXAS •A contratação dos serviços por meio desta ata possibilita
montar um “kit” composto por câmeras, postes etc., de tal forma a permitir a visualização em
tempo real da obra ou serviço. •A escolha adequada deste “kit”, é feita pela fiscalização junto à
empresa contratada, podendo variar em função do local e do tipo de imagem a ser gerada. •O
custo médio para cada tipo de serviço de monitoramento é da ordem de R$ 8.000,00 por mês.
•Ainda não foi celebrado nenhum contrato. CÂMERAS FIXAS •Em 17/09/2015, foi enviado o
memo GAB-DD 315/2015 para a SFC, para o acompanhamento da execução do contrato
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055/SVMA/2015 – Manutenção e reparação para o campo de futebol – Parque das Águas – SP
Itaim Paulista, com apoio dos serviços da referida ata, solicitando, se necessário, apoio dos
serviços da GCM em função dos problemas de segurança detectados. CONCLUSÃO
Atualmente, o TCM-SP tem realizado diversos procedimentos de fiscalização nos serviços de
zeladoria, utilizando dessas novas tecnologias que estão à nossa disposição. É inegável o avanço
que conquistamos. Importante ressaltar que toda essa tecnologia qualifica o trabalho de nossa
Auditoria. É mais uma ferramenta que está à disposição do TCMSP. Acho excelente que todos
podem usar. Usem o motolink. Ele dá qualidade, clareza, transparência. O Tribunal e a Origem
ficam tranquilos em todos os sentidos. Espero ter exemplificado e que os Senhores também usem
esse tipo de tecnologia que tem um avanço para o Tribunal.” O Conselheiro Presidente
Roberto Braguim: “Muito bem. Agradecemos ao Conselheiro Domingos Dissei pela
colaboração, mais uma vez inovando nos trabalhos da Corte. Nós estamos adotando as
providências necessárias para dotar do instrumental necessário para que nossos Órgãos Técnicos
possam estar sempre acompanhando todas as obras da cidade, a fim de que o Tribunal possa
exercer efetivamente o seu papel fiscalizatório. Quero apenas, antes de passar a palavra ao
Conselheiro Maurício Faria, dizer aos Senhores Conselheiros que, a partir de hoje, estou pedindo
que a Assessoria de Imprensa passe a acompanhar as Sessões na íntegra, pois temos assuntos
como esse, por exemplo, que podem e devem ser divulgados no nosso “site” e, se necessário, em
forma de filme para que seja colocado no nosso “site” e seja divulgado, remetido à imprensa.
Enfim, todas as inovações. Quero pedir ao Conselheiro Domingos Dissei todos os filmes que já
foram elaborados e exibidos no Tribunal. Que os forneça à Assessoria de Imprensa para que os
coloquemos no nosso “site”, em destaque, para acesso de toda a população, de todos os
internautas que acessarem o “site” do Tribunal. É um trabalho importante, inovador, e temos que
mostrar que estamos, de fato, fiscalizando.” O Conselheiro Maurício Faria: “Gostaria de
enfatizar a importância desses avanços. Alguns deles foram aqui apresentados pelo Conselheiro
Domingos Dissei. De fato, é um elemento de inovação muito importante. Uma das sugestões o
Senhor Presidente já fez: devemos ter uma estratégia de divulgação em nosso “site”. Que os
filmes sejam colocados, com adaptações, e haja uma estratégia de divulgação nacional junto aos
Tribunais de Contas, ao circuito nacional dos Tribunais de Contas. Daí o contato com a Atricon,
o contato especialmente com o Instituto Rui Barbosa, que é o órgão que cuida dessa dimensão
mais técnica dos Tribunais de Contas. Já existem, tradicionalmente, encontros nacionais de
engenharia dos Tribunais de Contas. Seria muito importante que o Tribunal promovesse essa
política de divulgação vendo o calendário desses eventos, entrando em contato com o Presidente
do Instituto Rui Barbosa e, por meio dele, com a área técnica do Instituto. Acho que são
inovações que podem e, no meu entendimento, devem ser apropriadas pelos Tribunais de Contas
e, também, pelos órgãos de controle de um modo geral, como controladorias, cooperação com o
Ministério Público. É uma frente de inovação que tem a possibilidade de contribuir muito para os
controles externos dos Tribunais de Contas e para os controles de um modo geral. Esse é um
aspecto. Outro aspecto é que, na apresentação, Conselheiro Domingos Dissei, foi enfatizada –
porque foram os elementos mais novos – essa questão do uso da imagem, da tecnologia. Mas,
dentro disso, uma das medidas que foi destacada é aquela de ter o registro georreferenciado das
intervenções de zeladoria e, certamente, será providenciado o registro georreferenciado de série
histórica também dessas ações do Tribunal. Acho que devemos ter um banco de dados dessas
informações, incluindo essas séries históricas desses contratos de prestação de serviços. A ideia
que se teve foi de fazer um piloto em 2015, justamente com o tapa-buraco e o recapeamento e
isso incluiria, em cada intervenção de tapa-buraco e recapeamento, o registro, os caminhões, que
são a base operacional dessas intervenções, tendo o GPS, sendo providenciado, efetivado, o
registro em mapa digital dessas intervenções com essa constituição da série histórica. Isso
também é importante para sabermos o planejamento dessas ações, como são distribuídas no
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território, qual é o prazo de durabilidade de uma intervenção. Se temos o registro de uma
determinada intervenção de tapa-buraco, temos a possibilidade de saber se ocorre uma outra
intervenção naquele mesmo ponto, por que essa intervenção está ocorrendo naquele mesmo
ponto, se há um problema de durabilidade das intervenções de recuperação anteriores. Enfim,
tenho enfatizado esse aspecto da série histórica georreferenciada e o uso inteligente dessas
informações do GPS. Por último, ando na expectativa, curioso por saber quando teremos os
primeiros resultados concretos dos ensaios, para sabermos qual é o papel que esses ensaios
passam a desempenhar na sistemática de fiscalização, se já há alguma previsão de termos um
primeiro ciclo de resultados dos ensaios tecnológicos e dos outros procedimentos que foram aqui
apresentados.” O Conselheiro Domingos Dissei: “Presidente, só para esclarecer, temos o
georreferencial porque toda Subprefeitura tem esse georreferencial, todos com GPS, com todas
as coordenadas onde são feitas as intervenções. É que primeiro fizemos uma intervenção na mão
de obra. Agora, vamos ter o resultado do material, que é o concreto ou pavimento. Em terceiro,
onde começam as incidências. Teríamos: boa mão de obra, bom material. “O que está
acontecendo em determinada via?”. Tem que ter outro estudo, para ver se necessita de um recape
ou não. Isso vai levar, não imediatamente, mas em algum tempo, a não ter uma intervenção
desnecessária, fazer um recapeamento desnecessário, em função de outras vias. Você começa a
ter, na cidade, as prioridades. Como são 17 mil quilômetros de vias, nenhum governo vai
conseguir fazer o recapeamento de toda a malha viária, que é um grande patrimônio da cidade,
um dos maiores. Para termos prioridade, antes temos essas duas questões: mão de obra, que
fizemos nossas junções para que melhorasse, e o material. E respondendo à pergunta final, já
existem alguns TCs com os resultados. Acredito que em breve, mais uns 15 ou 20 dias, já estarão
em nossas mãos, para que a mostremos o resultado. Nesse caso, me comprometo a fazer uma
nova apresentação, independente de trazer o TC já para julgamento no Plenário, para os Senhores
terem conhecimento do resultado do trabalho que eu também estou bastante ansioso. Até para
encararmos como não punitivo, mas um trabalho de orientação. Faremos uma análise bastante
criteriosa. Já existem aqueles de pavimentação. Segundo informação que eu recebi ontem, já
temos dois ou três sendo encaminhados com resultado e relatório para o meu Gabinete.” O
Conselheiro Maurício Faria: “Senhor Presidente. Acho que, enfim, para efeito dessa nossa
abordagem, parece-me que já é bastante rica e suficiente. Apenas destaco que entendo que nessa
questão do registro georreferenciado das intervenções de tapa-buraco, especialmente no caso do
tapa-buraco – e temos esses dois contratos pilotos: o tapa-buraco e o recapeamento – ter um
banco de dados sobre a localização das intervenções é importante não apenas para verificar a
consistência das intervenções que são feitas, mas para se ter informação gerencial sobre quais são
as dimensões, a escala, dessas intervenções de tapa-buraco. Já disse na sessão passada,
empiricamente, a partir da minha experiência pessoal guiando pela cidade, que me parece haver
falhas no tapa-buraco. Há muitas situações de buracos que ficam longo tempo interferindo
negativamente no funcionamento da via sem uma intervenção. Se se tem a série histórica das
intervenções, é possível saber, por Subprefeitura, qual é o índice de atuação do tapa-buraco, não
apenas para esse efeito da reincidência, da durabilidade das intervenções, mas para saber
exatamente qual é a estratégia da Subprefeitura para o monitoramento das necessidades do tapa-
buraco, como está sendo realizada essa ação do tapa-buraco ou, inclusive – e é uma informação
que pode ser, do ponto de vista gerencial relevante – em que medida não está sendo feita a
intervenção de tapa-buraco, o que também é um dado gerencial importante para entender a
realidade desses contratos e as condições de desempenho das vias na cidade. Acho que há um
potencial grande de informações gerenciais no registro georreferenciado dessas ações. Acho que
é razoável essa ideia de uma estratégia por etapas, de priorizar a mão de obra, priorizar materiais
numa primeira etapa. Mas entendo que seria importante enfatizar para a nossa Auditoria o
seguinte: quando se fizer uma fiscalização da execução contratual, requisitar o banco de dados
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georreferenciado, saber se, de fato, está havendo este armazenamento de informações
georreferenciadas e se está havendo uma leitura gerencial dessas informações. É uma maneira de
o Tribunal fiscalizar qual é a visão gerencial que está presente – ou que não está, eventualmente
– nesses contratos.” O Conselheiro Domingos Dissei: “Sem dúvida. Eu concordo. Como Vossa
Excelência está dizendo, é uma gama enorme, tem o banco de dados. Tenho, também, uma
grande preocupação com bocas de lobo. Se nós tivermos o georreferencial de cada boca de lobo,
com as suas coordenadas, vamos saber a incidência, por que está ocorrendo, e vamos fazer uma
orientação para a Prefeitura. “Tem bocas de lobo que nós limpamos três vezes por ano, tem
outras que limpamos 40. O que está acontecendo aqui? Será que é a galeria e temos que fazer
uma intervenção nela?”. Isso é importantíssimo, sem dúvida nenhuma. Espero que cheguemos lá.
Ainda não temos todo esse instrumental. Mas estamos sempre enfatizando com a Auditoria que
precisamos caminhar nesse sentido.” O Conselheiro Maurício Faria: “Uma sugestão que me
ocorre é a seguinte. Acho importante pensar – uma vez que esses materiais, os filmes, relatos
com imagens, tudo muito pedagógico, estejam organizados – em pedir uma reunião com o
Senhor Prefeito e com a área técnica, apresentando ao Prefeito a ação do Tribunal de Contas
nesse trabalho de controle externo, que é, também, um trabalho colaborativo em relação à
Administração. Como o Pefeito tem, inclusive, visão, uma percepção ampla dos problemas, acho
que seria bom para que se lide com a relação institucional entre o Executivo e o Tribunal de
Contas da melhor maneira possível. Há situações de tensões, muitas vezes o trabalho do Tribunal
não é bem compreendido em algumas áreas da Administração. Acho que apresentar esses vários
filmes, relatos, ao Senhor Prefeito, seria uma maneira de dizermos que o Tribunal de Contas tem
esse propósito, esse papel institucional. O papel do Tribunal de Contas não é apenas suspender
licitação. O papel do Tribunal de Contas é cuidar do dinheiro público, do gasto público. Seria
interessante esse diálogo de alto nível com o Executivo.” O Conselheiro Domingos Dissei:
“Sem dúvida nenhuma. Todos os arquivos já serão disponibilizados para o Presidente. E à
Imprensa, é só solicitar. Em meu gabinete já estão todos os filmes, já tenho todo esse trabalho à
disposição. Deixei cópias, está tudo salvo em arquivos próprios. Que eles verifiquem a forma da
apresentação.” O Conselheiro Presidente Roberto Braguim: “Perfeito. Já tínhamos deliberado
nesse sentido e, mais uma vez, ratificamos a determinação para que sejam colocados, divulgados.
Farei, também, esse trabalho. O nosso Secretário de Fiscalização Substituto, Ari Rocha, fará o
trabalho de divulgação com os técnicos do IRB e da Atricon e daremos total conhecimento dos
trabalhos realizados aqui neste Tribunal. Antes de passar ao referendo do Conselheiro João
Antonio, eu gostaria de trazer ao conhecimento dos Senhores um convite feito pela editora
Verbatim e pela Livraria Martins Fontes para o lançamento do livro “A Era do Direito Positivo”,
amanhã, dia 24 de setembro, a partir das 18h30, na Livraria Martins Fontes, na Avenida Paulista,
509. Esse livro é de autoria do nosso Conselheiro João Antonio da Silva Filho, que lança o seu
segundo livro. Quero parabenizar Sua Excelência pela magnitude da obra. Estarei lá e quero crer
que grande parte dos servidores e dos Conselheiros estará lá, prestigiando Vossa Excelência.
Estão todos convidados.” O Conselheiro João Antonio: “Obrigado, Presidente.” O
Conselheiro Maurício Faria: “Queria me somar, Senhor Presidente, a esse registro, que acho
relevante. Também estarei lá amanhã. Parabenizo o Conselheiro João Antonio pelo lançamento
de seu segundo livro.” O Conselheiro Edson Simões: “Senhor Presidente, essa ideia do livro, o
Conselheiro João Antonio vem cultuando desde que entrou aqui no Tribunal. É uma ideia
excelente, discute vários pontos do direito contemporâneo, ou seja, do século XIX até o século
XXI, e coloca ideias que são importantes na discussão atual do Brasil. Parabéns.” O
Conselheiro Domingos Dissei: “Eu me somo aos outros Conselheiros. Amanhã estaremos lá,
Conselheiro João Antonio.” O Conselheiro João Antonio: “Obrigado. É uma honra recebê-
los.” O Conselheiro Presidente Roberto Braguim : “O Conselheiro João Antonio tem um
referendo e, portanto, está com a palavra.” Fazendo uso da palavra, o Conselheiro João Antonio
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– Relator deu conhecimento ao Egrégio Plenário da matéria constante do seguinte despacho:
“Trata-se de análise do Edital de Licitação RDC Presencial 004/15/SIURB, promovida pela
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras – SIURB, na modalidade RDC Presencial,
do tipo Maior Desconto, pelo modo de disputa Fechado, com a finalidade de contratar, em
regime de empreitada por Preço Unitário, para execução das obras do corredor perimetral
Bandeirantes/Salim Farah Maluf – trechos 1 e 2, integrantes do plano municipal de mobilidade
urbana. A princípio a abertura da licitação estava prevista para 17.06.2015, sendo posteriormente
transferida pela SIURB para 30.06.2015. Em função das conclusões alcançadas por este
Tribunal, após a ciência da representação interposta pela APEOP – Associação Paulista de
Empresários de Obras Públicas, a SIURB suspendeu “sine die”, por iniciativa própria, a sessão
pública para a entrega e abertura das propostas. Posteriormente, a SIURB apresentou seus
esclarecimentos e manifestações, com alterações no edital, em função dos apontamentos da
Auditoria, e republicou o instrumento em 15.07.2015, remarcando a abertura dos envelopes para
o dia 07.08.2015. Contudo, após reanálise da Auditoria, remanesceram nove questionamentos
não justificados. Assim, em sessão plenária ocorrida em 05 de agosto do corrente ano, o Pleno
referendou a suspensão do edital acima referido, com fundamento nos apontamentos de Auditoria
ainda pendentes. Em cumprimento ao contraditório a Origem apresentou novamente sua
manifestação, razão pela qual apresento ao Plenário as convicções que me levaram a propor a
retomada do certame licitatório. Primeiramente, passarei a comentar cada um dos apontamentos
individualmente. Vale lembrar que, após republicação do edital e nova análise pela auditoria
desta E. Corte, restaram parcialmente sanados os apontamentos 5.3 e 5.4. E restaram não sanados
os itens 5.5; 5.6; 5.8; 5.12; 5.13; 5.14; 5.15; 5.16 e 5.17. Comentarei os apontamentos na ordem,
indicando também as questões suscitadas pelo Senhor Conselheiro Revisor Edson Simões
quando da votação do referendo, que posteriormente foram trazidas aos autos, às fls. 267/275,
considerando que estes não possuem a mesma ordem dos apontamentos do acompanhamento do
Edital, mas guardam estrita correlação com os mesmos. Apontamentos 5.3 e 5.4: Quanto a estes
apontamentos, faltava somente a junção no Processo Administrativo da licitação, da justificativa
dada pela SIURB sobre a adoção do regime de empreitada por preço unitário, bem como a
juntada da Licença Ambiental Prévia, sendo que ambos haviam sido aceitos pelo Órgão Técnico
desta Casa. Consta à fl. 588 dos autos, que tais documentos foram juntados. Assim, os dois
apontamentos foram regularizados (questionamento nº 14 do Conselheiro Revisor). Apontamento
5.5: Foi juntada a Anotação do Responsável Técnico de Obra (ART), à fl. 309 dos autos. Cabe
notar que esta ART trata deste projeto específico, isto é, do corredor perimetral
Bandeirantes/Salim Farah Maluf, não sendo uma ART genérica. Dessa maneira, o apontamento
foi sanado (questionamento nº 9 do Conselheiro Revisor). Apontamento 5.6: Quanto à data-base
do orçamento utilizada pela Origem, cujos preços unitários originalmente foram orçados em
julho/2014, acolho sua justificativa em razão da lógica exposta e considerando o princípio da
proporcionalidade e razoabilidade. Aqui cabe replicar a resposta da SIURB: “(...) A partir da data
da assinatura do Termo de Compromisso firmado entre a União e Município de São Paulo,
ocorrida em 25 de janeiro de 2013, esta Pasta deu início às tratativas com a Caixa Econômica
Federal – CEF. Tal procedimento costuma levar meses para ser aprovado até a emissão do Laudo
de Análise de Engenharia – LAE, documento esse imprescindível ao início da concorrência.
Nesse laudo foi aprovado o empreendimento, sob o aspecto de engenharia, e em consequência
sob o aspecto orçamentário. A seguir, o Ministério das Cidades homologou a síntese do Projeto
Aprovado – SPA, ocasião em que foram solicitados pela CEF demais documentos. Em apertada
síntese, expusemos o procedimento adotado para aprovação do empreendimento pela CEF, razão
pela qual, se fôssemos atualizar o orçamento com a tabela vigente, atrasaria sobremaneira o
certame, prejudicando demais a população carente. Porém, a fim de estabelecer valores
atualizados faremos constar no edital que a proposta deverá ser atualizada até a data da
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apresentação da licitação.” (fls. 168/169). Destaco, também, o seguinte trecho: “(...) enfatizando
a aprovação pela Caixa Econômica Federal do orçamento guerreado, e principalmente o fato de
caso venha a Planilha de Orçamento ser atualizada, as obras, mais que necessárias, atrasarão pelo
menos mais quatro meses, visto termos que reiniciar todo o procedimento naquele
estabelecimento de crédito, a fim de obtermos nova aprovação.” (fl. 301). Conforme explicações,
ainda que a Origem venha a atualizar os valores unitários da planilha orçamentária, haverá
sempre uma defasagem, pois ao se modificar os valores da planilha, esta deverá passar por nova
análise pela Caixa Econômica Federal. Decorrente da sistemática pela CEF, que leva meses para
realizar essa análise, a planilha sempre estará desatualizada, visto que entre o tempo de obtenção
de nova aprovação, tende haver uma nova publicação de tabelas de preços unitários de SIURB e
SINAPI. Assim, a Origem teria que atualizar novamente a tabela, enviando de novo para análise
da Caixa Econômica Federal, entrando em um ciclo ininterrupto. A fim de sanar tal problema, é
exigido que quando ocorra a licitação, os preços das propostas sejam atualizadas pelo índice
“Estrutura em Geral”, conforme cláusula 10.2.1.1 do edital. Nesta mesma senda, segue o
raciocínio da Assessoria Jurídica: “De todo modo, a meu juízo, o questionamento permite
solução a partir da aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade – que, em
última análise, constituem controle de legalidade –, se atendidas, no último caso, as suas
premissas de adequação (meio compatível com o fim colimado), exigibilidade ou necessidade
(inexistência de outro meio gravoso) e proporcionalidade em sentido estrito (vantagens que
superem as desvantagens). Portanto, apenas na impossibilidade ou mesmo temeridade de se
atualizar o orçamento – seja pelo tempo necessário ou pela eventual perspectiva concreta da
perda dos recursos provenientes da União Federal –, ou se inviável for a medida vislumbrada
pela Equipe de Fiscalização, e, ainda, se se compreender que a definição do orçamento com
referência no mês de julho de 2014 não prejudica a formulação das propostas – já que seu efeito
imediato é reduzir o parâmetro de aceitação das propostas –, sem implicar, a rigor, ofensa ao
princípio da isonomia, o apontamento poderá não impedir por si só a continuidade do certame
licitatório.” (fl. 656). Cabe atentar que recentemente situação semelhante foi levada a Plenário na
análise dos TCs 3.381/14-02 (Controle de inundação da Bacia do Rio Aricanduva) e 4.719/14-52
(Drenagem da Bacia do Córrego Zavuvus), relativos ao Edital RDC 004/14/SIURB e
009/14/SIURB, respectivamente. Dos autos do TC 3.381/14-02, consta ainda deliberação
plenária pelo prosseguimento do certame. Desta maneira, entendo o apontamento justificado
(questionamento nº 8 do Conselheiro Revisor). Apontamento 5.8: Quanto à fórmula de reajuste, a
SFC, após manifestação, indicou que “Não consta na Minuta do Contrato qual índice será
utilizado para reajuste”. Assim, a Origem irá modificar minuta do Contrato, estipulando o índice
“Estrutura Geral” como índice de reajuste, conforme explicação de forma de cálculo à fl. 302.
Dessa maneira, determino, que proceda a essa correção na minuta do Contrato (questionamento
nº 12 do Conselheiro Revisor). Apontamento 5.12 e questionamento nº 11 do Conselheiro
Revisor: No que se refere à remuneração do item “Administração Local”, havia um
questionamento em razão que em termos percentuais em relação ao total da obra, este item
representava 11,66% do total da obra, o que havia sido contestado pela Auditoria em razão do
referencial máximo admitido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de 10,89% para
Administração Local, levando em consideração Acórdão 2622/2013 – TCU – Plenário. Desta
diferença, entre 11,68% e 10,89%, a auditoria considerou um sobre preço de R$ 2.706.322,08
(dois milhões, setecentos e seis mil, trezentos e vinte e dois reais e oito centavo). Após intimada,
a Origem reduziu o valor desse item, conforme explicação à fl. 302, como segue: “Em atenção ao
apontamento elaborado pelos Senhores Auditores, alteramos a remuneração da Administração
Local, conforme comprovam novas planilhas juntadas no presente (Doc. 2). Porém, a fim de
atendermos ao apontamento em questão, o item Administração Local passa a ter sua
remuneração e critério de medição, em conformidade à determinação contida no r. Acórdão do
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TCU 2622-37/2013, conforme aponta a planilha de Orçamento, devidamente juntada no presente,
também em forma digital.” Inicialmente, no edital republicado, havia dois custos de
Administração Local, que somados representavam R$ 40.955.291,40 (quarenta milhões,
novecentos e cinquenta e cinco mil, duzentos e noventa e um reais e quarenta centavos). Nos
referidos documentos colacionados aos autos, verifica-se que a SIURB modificou este item na
planilha de quantidade e preços que compõem o orçamento estimativo para um único custo, cujo
valor passou a ser R$ 30.453.614,40 (trinta milhões, quatrocentos e cinquenta e três mil,
seiscentos e quatorze reais e quarenta centavos), fl. 340, o que representa uma redução de R$
10.501.677,00 (dez milhões, quinhentos e um mil seiscentos e setenta e sete reais). Em termos
percentuais, em relação ao total da obra, relembro que o valor da Administração Local
representava 11,66% quando da republicação do edital, e o máximo referencial admitido pelo
TCU era de 10,89%. A partir dessa redução pela Origem, a Administração Local passou a
representar 9,06% do total de custos, inferior aos 10,89% referenciais do acórdão TCU
2.622/2013, considerando que aqui se trata de investimento de origem federal. Além disso, vale
ressaltar que a Administração Local está discriminada como custo direto, sem incidência de BDI,
e também não está sendo incluída dentro do BDI. Esta fórmula metodológica de orçamentação
está de acordo com as disposições desse mesmo Acórdão, em que consta: “2.4.2.1. discriminar os
custos relativos a administração local, canteiro de obras e mobilização e desmobilização na
planilha orçamentária de custos diretos, em atendimento ao princípio constitucional da
transparência dos gastos públicos, à jurisprudência do TCU e com fundamento no art. 30, § 6º, e
no art. 40, inciso XIII, da Lei 8.666/1993 e no art. 17 do Decreto 7.983/2013;” Assim, considero
este apontamento sanado. Apontamento 5.13: No que se refere ao parcelamento do Objeto, há de
se considerar a leitura do Art. 4º da Lei Federal 12.462/2011, que institui o Regime Diferenciado
de Contratações – RDC. Conforme argumentação da Origem, vejamos. “Por oportuno, devemos
trazer à baila o inciso VI do artigo 4º da Lei Federal 12.462/2011, a fim de enfatizar que o
“caput” do mencionado artigo dispõe sobre ‘Diretrizes’ a serem observadas nas licitações e
contratos e não a obrigatoriedade como entendem os Senhores Auditores.” Consoante Marçal
Justen Filho (O Regime Diferenciado de Contratações Públicas – editora Fórum, 3ª edição) ao
comentar as diretrizes destaca que o dispositivo legal serve para balizar o escopo da
discricionariedade da administração, ou seja, no RDC deve-se preferir o parcelamento do objeto
e, caso o Administrador prefira a adoção do lote único, deve justificar sua escolha com
fundamento em motivos técnicos e econômicos. Neste sentido, foi encaminhado ofício
suplementar para que a Origem apresentasse quais os fatores econômicos e técnicos serviram
para justificar a adoção de lote único: “1 - Os dois processos de licitação iniciais realizados por
SMT/SPTrans foram formulados com base na realização de 10 empreendimentos - 8 corredores e
15 Terminais (Doc. 1) e 5 empreendimentos - 4 corredores e 5 Terminais (Doc. 2),
respectivamente. O planejamento previa a realização de obras simultâneas em eixos viários
estratégicos para a circulação da cidade, como o Minianel Viário e o Corredor Norte/Sul. 2 - A
presente licitação realizada pela SIURB está formulada com base em 3 empreendimentos - 3
corredores e 1 Terminal (Doc. 3). O planejamento prevê a implantação de dois Corredores e 1
Terminal no extremo Leste da Cidade e 1 Corredor no eixo do Minianel Viário – Corredor
Perimetral Bandeirantes/Salim Farah Maluf.” A primeira observação é que se trata de dois
trechos distintos e por isso qualquer comparação deve levar em conta a nova dinâmica
apresentada pela Origem, ou seja, não podemos comparar duas obras distintas. Para tanto, trago o
mapa da antiga licitação dividida em dois lotes, que seguem com cores distintas. O trecho em
azul correspondia a Concorrência 003/2014, e o trecho em roxo correspondia a Concorrência
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004/2014:
Em seguida, visualiza-se o percurso em um único lote:
Como se nota, o trecho circundado no primeiro mapa corresponde ao trecho no segundo mapa,
sendo que este último é o qual se pretende licitar nesse momento. Nota-se supressão do trecho
norte-sul e junção de trechos das duas licitações na Avenida dos Bandeirantes. Desta forma,
restou a necessidade de verificação dos fatores técnicos e econômicos sobre a realização do
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empreendimento em lote único, em novo perímetro, cujas razões da Origem, sob minha ótica,
foram suficientes para conferir a fundamentação necessária para a opção discricionária por parte
do Administrador, exposta nos seguintes termos: “a) Por ser a intervenção no eixo do Minianel
Viário que liga a Cidade ao Litoral Paulista – Porto de Santos, as frentes de intervenção de obras
deverão ser muito bem estudadas e distribuídas na medida de causar o menor impacto ao trânsito
de veículos intenso. Assim, avalia-se que a concentração de serviços em 1 dos trechos é mais
adequado e, a medida do avanço dos serviços a ‘modulação’ entre a intensidade de serviços entre
um trecho e outro será determinante para minimizar os impactos negativos no período da
intervenção que, certamente causará reflexos em toda a cidade – Marginais, Avenida dos
Estados, Avenida Ricardo Jafet, Av. Jabaquara, etc. Sob este aspecto, de que a produção deverá
ser equilibrada entre os trechos, não há como estabelecer critério entre dois contratos distintos,
um dos contratos sempre estará prejudicado com relação ao desenvolvimento do outro e isto
poderá acarretar o acúmulo de perdas financeiras e desequilíbrio naquele que estiver menos
favorecido pelo cronograma possível de implantação de obras (...). d) Considerando que as
características entre os trechos são diferentes: Trecho 1 – estão previstas duas Obras de Arte
Especiais – OAE de grande porte; Trecho 2 – está prevista somente uma OAE. Esta distinção
acarretará aumento nos custos de Administração Local do Trecho 2 por razões óbvias, o que pela
economia de escala com a contratação em um único lote pode-se economizar recursos. A tabela,
abaixo, compara o valor total (Custo+Canteiro+Administração) do orçamento estimativo do
empreendimento com as hipóteses de divisão do objeto em 2 a 5 lotes, considerando a diferença
entre os valores de canteiro e administração local.
Custo % Custo %
1 16,0 300.621.602,74 4.965.804,26 1,65% 30.474.933,90 10,14% 336.062.340,90 336.062.340,90 100,00%
8 154.996.656,68 3.874.916,42 2,50% 16.553.642,93 10,68% 175.425.216,03
8 145.624.946,06 2.475.624,08 1,70% 14.766.369,53 10,14% 162.866.939,67
3 5,33 100.207.200,91 3.874.916,42 2,00% 10.702.129,06 10,68% 114.784.246,39 344.352.739,16 102,47%
4 4 75.155.400,69 3.874.916,42 2,00% 8.026.596,79 10,68% 87.056.913,90 348.227.655,58 103,62%
5 3,2 60.124.320,55 3.874.916,42 2,00% 6.421.277,43 10,68% 70.420.514,40 352.102.572,00 104,77%
Diferença
100,66%338.292.155,70
TotalSubtotal
Corredor Perimetral Bandeirantes/
Salim Farah Maluf
Administração LocalCanteiroEmpreendimento
Quant.
de LotesKM Custo
2
Desta última avaliação, pode-se observar que a diferença nominal entre a Contratação de um
único lote e dois lotes distintos é de R$ 2,2 Milhões. Portanto, conclui-se pelas razões técnicas
apresentadas que, neste cenário particular, é mais vantajoso à Administração a contratação deste
empreendimento em um único lote.” Como se manteve o objeto em único lote, SIURB
transformou o custo da Administração local em um único item, e reduziu esse valor em R$
10.501.677,00 (dez milhões, quinhentos e um mil seiscentos e setenta e sete reais), conforme
relatado no item 5.12 anterior, acolhendo a proposta da Auditoria. No que se refere ao custo de
Canteiro de Obras, considerando a logística e extensão da obra, acolho a justificativa de SIURB
em se manter dois Canteiros de Obras segregados, como segue: “E, por derradeiro, devemos
esclarecer que, em face da extensão total do empreendimento ser de aproximadamente 16 km,
ligando os Bairros do Itaim Bibi e Vila Prudente, entre o início e o fim do corredor almejado, a
localização dos empreendimentos, em eixo arterial de grande utilização, por se tratar do
Minianel Viário da Cidade, justifica-se a necessidade de se constituírem dois canteiros de obra
para que a logística de recursos humanos, os materiais e os equipamentos possam oferecer o
menor prejuízo ao dia a dia da cidade e à execução dos serviços de engenharia e obras.” Assim,
considero superado o apontamento, uma vez que encontra-se justificada a opção discricionária
da Administração Pública na adoção do lote único. Apontamento 5.14: Quanto ao apontamento
que versa sobre a remuneração do serviço de “Acompanhamento ou Apoio Técnico de Obra –
ATO”, após as discussões técnicas, nos autos, entre a Auditoria e SIURB acerca da necessidade
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de remuneração de serviço, e em vista do questionamento sobre a possibilidade de existência
deste tipo de custo na planilha orçamentária, o qual foi duramente criticado pelo Órgão Técnico
desta Casa, a Origem optou por retirá-lo da planilha, conforme se segue: “(...) esta Secretaria
retira o item ATO do Orçamento Estimativo e assumirá a gestão para solucionar, futuramente,
esta necessidade na execução dos serviços de obra.” (fl. 304). A retirada deste item resultou
numa redução do valor estimado da contratação de R$ 4.797.341,44 (quatro milhões, setecentos
e noventa sete mil, trezentos e quarenta e um reais e quarenta e quatro centavos). Desta maneira,
este apontamento foi superado. Apontamento 5.15: No que se refere às desapropriações, SIURB
seguiu o que versa o Decreto Municipal 53.799/13, ao se fazer a estimativa pelo Valor Venal de
Referência do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis – ITBI. Isto se dá em
função do Art. 6º do referido Decreto, o qual dispõe: “Art. 6º. O valor a ser ofertado ao
expropriado corresponderá ao Valor Venal de Referência do Imposto sobre Transmissão Inter
Vivos de Bens Imóveis – ITBI.” Neste diapasão, importante ressaltar o disposto nos artigos 7º,
7º - A e 7º- B, da Lei Municipal 11.154, de 30 de Dezembro de 1991, com suas atualizações:
“Art. 7º - Para fins de lançamento do Imposto, a base de cálculo é o valor venal dos bens ou
direitos transmitidos, assim considerado o valor pelo qual o bem ou direito seria negociado à
vista, em condições normais de mercado. § 1º Não serão abatidas do valor venal quaisquer
dívidas que onerem o imóvel transmitido. § 2º Nas cessões de direitos à aquisição, o valor ainda
não pago pelo cedente será deduzido da base de cálculo. (Redação dada pela Lei 14.256/2006).
Art. 7ºA - A Secretaria Municipal de Finanças tornará públicos os valores venais atualizados dos
imóveis inscritos no Cadastro Imobiliário Fiscal do Município de São Paulo. Parágrafo Único -
A Secretaria Municipal de Finanças deverá estabelecer a forma de publicação dos valores venais
a que se refere o “caput” deste artigo. (Redação acrescida pela Lei 14.256/2006). Art. 7ºB - Caso
não concorde com a base de cálculo do imposto divulgada pela Secretaria Municipal de
Finanças, nos termos de regulamentação própria, o contribuinte poderá requerer avaliação
especial do imóvel, apresentando os dados da transação e os fundamentos do pedido, na forma
prevista em portaria da Secretaria Municipal de Finanças, que poderá, inclusive, viabilizar a
formulação do pedido por meio eletrônico. (Redação acrescida pela Lei 14.256/2006).” Em que
pesem os argumentos da Auditoria, de que as desapropriações deveriam ter sido estimadas pelo
valor de mercado, acolho a justificativa da Origem, em razão do dispositivo legal acima.
Conforme sistemática exposta: “Quanto ao item supratranscrito, temos a esclarecer que a
avaliação final dos valores necessários para a desapropriação está condicionada à fase seguinte
do processo que é a elaboração dos elementos expropriatórios acompanhados das respectivas
avaliações dos imóveis afetados, que demonstrarão os valores de mercado a serem ofertados. (...)
Assim, em decorrência do tempo que se tem entre os trâmites do Decreto – DUP, levantamentos
expropriatórios e a efetiva desapropriação dos imóveis, para a elaboração do Decreto de
Utilidade Pública e identificação da desapropriação necessária foram consideradas as premissas
da Lei 16.020/2014 e do Decreto Municipal 53.799/2013, alterado pelo Decreto 54.535/2013,
que em seu art. 6º define que o valor a ser ofertado ao expropriado é o valor de ITBI.” (fl 175).
Portanto, não há que se falar em subavaliação do valor, tendo em vista que o valor inicial a ser
ofertado corresponderá ao Valor Venal de Referência do Imposto sobre Transmissão Inter Vivos
de Bens Imóveis – ITBI, conforme Artigo 6º do referido decreto, de modo que assim o fez a
Origem. Vale notar que SIURB atualizou a estimativa de desapropriações, conforme consta em
planilha às fl. 568/569, cujos valores somados totalizam R$ 52.341.677,98 (cinquenta e dois
milhões, trezentos e quarenta e um mil, seiscentos e setenta e sete reais) (questionamento nº 6 do
Conselheiro Revisor). Dando sequência lógica, considerando a exposição do Art. 7º do referido
decreto que será tratada em seguida, destaco o teor do Art. 8º: “Art. 8º. Devidamente instruído na
forma do artigo 7º deste decreto, os autos do processo administrativo deverão ser remetidos para
o Departamento de Desapropriações, ao qual caberá solicitar autorização da Secretaria
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Municipal dos Negócios Jurídicos para a desapropriação extrajudicial ou judicial.” Assim, após a
reserva de recursos, na forma do artigo 7º, tratada a seguir, é que se iniciará a fase de
desapropriação extrajudicial ou judicial, sendo que não há sentido em falar de desapropriação
antes da fase licitatória. Contudo, apesar da estimativa estar correta ao se utilizar como
parâmetro o Valor Venal de Referência do ITBI, há de se considerar a sistemática do Decreto
53.799/2013, alterado pelo Decreto 54.535/2013, em razão dos incisos I e II do Art. 7º, no que se
refere à reserva de recursos, o qual replico: “Art. 7º Com o cálculo do valor a ser ofertado nas
ações expropriatórias, informado preferencialmente por meio eletrônico e sem necessidade de
remessa dos autos do processo administrativo, o órgão ou ente solicitante adotará as seguintes
providências: I - reserva dos recursos financeiros correspondentes ao valor da oferta e sua
transferência para a dotação 2110 (SNJ), com observância dos artigos 15, 16, 17 e 46 da Lei
Complementar Federal 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal; II - reserva de montante
equivalente a, no mínimo, 30% (trinta por cento) do valor da avaliação, para atender à hipótese
de complementação judicial da oferta, por força de eventual laudo pericial divergente;” A este
respeito, SIURB se pronunciou: “Os recursos estarão disponíveis, em rubrica própria, nos
respectivos exercícios e constarão da lei orçamentária que se encontra em discussão.” (fl. 305)
Por outro lado, a assessoria Jurídica de Controle Externo ponderou: “Analisando, então, o
aludido decreto regulamentar, quer me parecer que serão suficientes para o lançamento da
licitação – e ainda mais fundamental para o início das obras – as providências compatíveis
tratadas no chamado procedimento preparatório das desapropriações, dentre elas a estimativa do
valor a ser ofertado e a reserva dos recursos correspondentes – em consonância com as regras de
estilo do direito financeiro –, na esteira do que preceituam os artigos 6º e 7º do Decreto
Municipal 53.799/2013. A meu ver, essas cautelas – conquanto não digam respeito propriamente
ao certame licitatório – devam ser observadas a bem do dever de planejamento, do princípio da
eficiência e da higidez do procedimento.” (fl. 658 e verso) Assim, considerando o alentado pela
AJCE, como não foi realizada tal reserva de recursos, a Prefeitura deve promover tal reserva na
dotação 2110, da Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos, bem como provisionar
adicionalmente 30% do valor de avaliação, de forma proporcional ao montante que será
desapropriado, no presente exercício de 2015, para observar o princípio da anualidade, sendo
que condiciono a homologação do certame a esta reserva proporcional ao dispêndio estimado no
presente ano, na referida dotação, caso a licitação ocorra no atual exercício. Ademais, determino
que seja efetuada a reserva proporcional ao exercício no inicio de cada ano subsequente, até a
finalização da obra (questionamento nº 7 do Conselheiro Revisor a respeito de indicação
orçamentária para desapropriação). Apontamento 5.16: Sobre a compatibilização do presente
projeto às especificações da futura PPP de iluminação pública, a Origem colacionou aos autos
esclarecimento por parte do ILUME (fls. 473/474), afirmando que a tecnologia LED ainda não é
o padrão adotado por aquele departamento e que deverá ser utilizadas lâmpadas de vapor de
sódio. Desta maneira, entendo este apontamento esclarecido (questionamento nº 13 do
Conselheiro Revisor). Apontamento 5.17: No que se refere ao “Termo de Compromisso
Ministério das Cidades / Caixa”, é preciso fazer diversas considerações. Primeiro, de acordo com
este Termo firmado, tem-se em seu preâmbulo (fl. 102): “Pelo Termo de Compromisso (...), as
partes adiante nominadas e qualificadas, têm, entre si, justo e acordado, o repasse de recursos do
Orçamento Geral da União a título de transferência obrigatória, em conformidade com as
disposições da Lei 11.578, de 26 de novembro de 2007 e no Decreto 8.286, nas diretrizes
operacionais estabelecidas pelo Ministério das Cidades (...)” Portanto, a União, enquanto
Compromitente, está obrigada a repassar os recursos ao Município de São Paulo, atendendo,
assim, ao questionamento nº 1 do Conselheiro Revisor à fl. 271 dos autos, no que tange à
comprovação dos recursos, de maneira concreta, para obra, mediante documento fundamental à
contratação. Quanto à vigência de tal Termo, em 29.12.2014, a Administração Municipal
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solicitou prorrogação de cláusula suspensiva de tal termo com intuito de atender a cláusula 2.1
do Termo de Compromisso (fl. 556). A Origem trouxe o documento de fl. 595, em que mostra
que a vigência terminará em 30.01.2019, e demonstrando que o termo de compromisso não foi
rescindido (questionamento nº 5 do Conselheiro Revisor à fl. 272 dos autos). Quanto aos
documentos necessários à eficácia da cláusula 2.1, esta estabelece que: “2.1 – A eficácia do
termo de compromisso está condicionada à apresentação pelo Compromissário da documentação
abaixo especificada e à análise favorável pela Compromitente. - Projeto de engenharia - Licença
ambiental prévia ou correspondente - Comprovação da titularidade da área - Trabalho Técnico
Social - Plano de Reassentamento” (fl. 102). É preciso destacar que dois destes documentos não
são aplicáveis, como segue explicado pela Origem: “Temos a esclarecer, o cumprimento da
Cláusula 2.1, mencionada pelo E. TCM, nos seguintes termos: Projeto de Engenharia: O Projeto
Básico completo foi desenvolvido, especificado e entregue à Caixa Econômica Federal – CEF
para análise; Licença Ambiental Prévia – LAP: O referido empreendimento obteve Licença
Ambiental Prévia - LAP 03/SVMA.G/2013 em 09/12/2013. A documentação foi enviada à CEF
para análise; Comprovante de titularidade do imóvel: A documentação relativa à desapropriação
foi enviada à CEF para análise; Trabalho técnico social e plano de reassentamento: Seguindo
critérios estabelecidos no EIA – RIMA que originou a LAP para o empreendimento, cujo PBA
(Plano Básico Ambiental), será desenvolvido para o Relatório de Solicitação de Licença
Ambiental de Instalação – LAI foi enviado à CEF para análise. Por oportuno, convém ser
esclarecido que mesmo sendo um dos pontos que consta no termo de compromisso com a CEF, o
empreendimento Corredor Perimetral Bandeirantes/ Salim Farah Maluf não requer provisão de
Trabalho Técnico Social e Plano de Reassentamento, já que a implantação das obras não
envolverá reassentamento de famílias ao longo de sua extensão.” Conforme explicação à fl. 588,
através do Ofício 055/SEHAB/CG/2015 (fls. 609/628), tem-se o pedido de dispensa de trabalho
social, no qual consta que não é necessário plano de assentamento, com parecer de SEHAB, uma
vez que na intervenção não haverá remoção de famílias (fl. 628). No que se refere aos demais
documentos, a Origem trouxe aos autos que tem providenciado a documentação exigida,
conforme fls. 494/555. Estes estão em processo de análise pela Caixa Econômica Federal. Tal
fato mostra que a Origem tomou providências na documentação. Dentre esses documentos,
constatam-se: a Licença Ambiental Prévia (fls. 478/493); documento de proposta com detalhes
do projeto (fls. 494/499); Ofício 1173/2014/GIGOVSP em que a Caixa menciona a aprovação
dos custos unitários; planilha orçamentária, entre outros. Constam em algum dos documentos
protocolos de entrega à CEF. Contudo, em razão da eficácia do termo de compromisso estar
atrelada ao aceite pela Caixa Econômica Federal, condiciono a homologação do certame à
apresentação de aceite com análise favorável pela Caixa dos documentos da cláusula 2.1 do
termo de compromisso que não foram dispensados, sendo os que seguem: a) Projeto de
engenharia; b) Licença ambiental prévia; c) Comprovação da titularidade da área aceitando o
decreto desapropriatório como forma de cumprimento dos requisitos (questionamentos nº 3 e 4
do Conselheiro Revisor à fl. 272 dos autos). Por último, relacionado ainda com o Termo de
Compromisso do Ministério das Cidades, a Origem informou que não é necessário nenhuma
contrapartida, conforme informação de fl. 587, indicando o documento à fl. 591 (questionamento
nº 2 do Conselheiro Revisor). TC 2.488.15.41: referente à Representação contra o mesmo edital,
apresentada pela Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas, houve os seguintes
questionamentos: O primeiro tratava-se do caucionamento da exigência de garantia para licitar
antes da abertura do certame, o que levaria à identificação prévia dos participantes. Tendo em
vista a republicação do edital, no qual foi fixada a data para a prestação da garantia e a data para
a abertura dos envelopes para o mesmo dia, antes da suspensão (em 07.08.2015), considera-se
sanado o questionamento da representante, conforme entendimento do Órgão Especializado (fl.
242 verso). O segundo questionamento atacava problemas no primeiro edital publicado em razão
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de contradição entre os itens 7.2, 11.5, 11.8.3 e 5.2.2. Estas contradições foram sanadas, sendo
que a Auditoria as considerou superadas através da previsão da atualização do valor orçado no
subitem 10.2.1.1 do edital, o qual replico: “Considerando-se que no subitem 10.2.1.1 do edital
republicado (fl. 203) está prevista a atualização do valor orçado com base em julho de 2014 para
a data da apresentação da proposta, considera-se sanada a irregularidade apontada.” (fl. 243). O
terceiro questionamento diz respeito ao fracionamento do objeto da obra. Tratei desse assunto no
apontamento 5.13 da Auditoria, o qual reitero. Contudo, a representante apresentou mais
questionamentos que o próprio fracionamento em si. Um deles diz respeito à restritividade
imposta no item 8.1 do edital, que limita a reunião em consórcio em apenas duas empresas, como
segue: “8.1. Será permitida a participação de empresas que atenderem às exigências do edital,
isoladamente ou reunidas em consórcio, de até 2 (duas) empresas, e que tenha como objeto
social a execução de serviços compatíveis com os descritos neste edital.” (fl. 671). Considerando
que haverá somente um lote, a fim de aumentar a competitividade, condiciono a abertura da
licitação à retirada desta restrição. O segundo desdobramento se refere a exigências de
qualificação técnica no item 12.2.4 “d”. Inicialmente, AUD ponderou: “Quanto à alegação da
representante em relação à restritividade do edital ao exigir que a licitante comprove sua
capacidade técnica-operacional por meio de atestados que atendam determinados quantitativos
‘em um único contrato ou contratos simultâneos’, não se demonstra restritivo.” (fls. 245
verso/246). Contudo, é demandado que atestados se refiram a obras executadas em ambiente de
área urbana. Na esteira da opinião da Auditoria, acolho como procedente este item, uma vez que
afronta o disposto no § 5º do inciso 1º do artigo 30 da Lei Federal 8.666/93, que veda a exigência
de comprovação de atividade de aptidão com limitações em locais específicos. Assim, determino
como condição de prosseguimento do certame a retirada da restrição de menção à “área urbana”
nos atestados exigidos. Quanto do questionamento da Fixação de BDI máximo de 26,97%,
conforme análise da especializada, esta conclui por ser improcedente este questionamento, pois o
percentual do BDI ora estabelecido pela Origem e mencionado no Acórdão do TCU é máximo
para a composição do preço de referência, nada impedindo que seja menor. Apenas como
considerações finais, verifica-se que em função da retirada integral do valor do Apoio Técnico
de Obra – ATO relatada no apontamento 5.14, bem como da redução do item Administração
Local relatada no apontamento 5.14 e outros ajustes menores, o orçamento estimativo da
licitação será reduzido de R$ 351.230.205,02 (trezentos e cinquenta e um milhões, duzentos e
trinta mil, duzentos e cinco reais e dois centavos), fl. 100, para R$ 336.041.021,40 (trezentos e
trinta e seis milhões, quarenta e um mil, vinte e um reais e quarenta centavos), fl. 340, o que
representa uma redução líquida da ordem de R$ 15.189.183,62 (quinze milhões, cento e oitenta
nove mil cento e oitenta e três reais). É oportuno destacar que também alguns outros ajustes
menores na planilha orçamentária influenciaram na variação do valor retro citado. O primeiro se
refere ao piso utilizado, cujo item de planilha orçamentária é de 1.6.2.3.5, no qual o valor
unitário era de R$ 462,16 (quatrocentos e sessenta e dois reais) e passou para R$ 331,42
(trezentos e trinta e um reais), o qual multiplicado pelas quantidades importa em uma redução
total de R$ 123.680,04 (cento e vinte três mil, seiscentos e oitenta reais e quatro centavos). Tal
mudança ocorreu em razão de questionamento no Edital de RDC 03 por esta Corte que trata da
perimetral Leste/Itaim Paulista, mas que não foi questionado no presente RDC 04. Contudo, a
Origem optou por adotar um piso mais econômico. Antes, era do tipo “levigado” e agora é do
tipo “polido”, e adotando este preço também no presente edital. Por último, houve também
alteração dos preços unitários dos itens: a) câmara transformadora, b) poço de inspeção; c) mini
poço de inspeção: d) Caixa CS R2, os quais somados, representam uma variação de R$
233.515,13 (duzentos e trinta e três mil quinhentos e quinze reais). Segundo explicação de
SIURB, a mudança nesses preços ocorreu em razão de ajustes por orientação da Caixa
Econômica Federal, em função de adequação de critérios técnicos na composição de preços
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desses itens, uma vez que deveria ser considerado como custo a hora produtiva do equipamento
“Pá Carregadeira sobre rodas” que onera como insumo nesses itens, e não com depreciação e
juros do equipamento como constou na versão original do edital. (fls. 589/590). Assim,
considerando a supremacia do interesse público, a necessidade de realização da obra para o
desenvolvimento da cidade e melhorias nas condições de vida da população local, submeto a este
Egrégio Plenário a proposta de retomada do mencionado certame, com as condicionantes e
determinações relatadas, com fundamento no inciso XVII, parágrafo único, do artigo 31 do
Regimento Interno desta Corte. Determino à Auditoria desta Corte de Contas o acompanhamento
da licitação, do exame do contrato e da execução contratual. Submeto, assim, aos Nobres Pares
para Referendo.” Ademais, o Conselheiro Edson Simões – Revisor, na fase de votação, solicitou
vista dos autos, o que foi deferido. (Certidões – TCs 2.235/15-96 e 2.488/15-41) Solicitando a
palavra, o Conselheiro Edson Simões expressou-se como segue: “Senhor Presidente, recebi os
documentos no dia 21 p.p., às 18h30, segunda-feira. O voto foi gentilmente ofertado pelo
Conselheiro João Antonio no dia 22 por volta das 11 horas. Começamos a nos debruçar sobre
esse assunto. Todavia, peço vista, com base no Regimento, para dirimir as minhas dúvidas, pois
as respostas da Origem não passaram pela Auditoria. No Jurídico, passou no dia 11 de setembro
e as respostas complementares, nos dias 14 e 18 de setembro, também não foram analisadas pela
área jurídica. Vários itens, bem enfrentados, analisados pelo Conselheiro João Antonio, estão
sob a égide da conjunção “if”, ou “se”, que significa “1. Introduz oração subordinada indicando a
hipótese ou condição no caso”, ou seja, “se ela for, eu não vou”. Estou utilizando a etimologia
das palavras e as minhas dúvidas. Há incerteza também na interrogação indireta sobre o assunto.
Tenho, também, outra dúvida, sobre a causa. Portanto, tenho que dissecar as assertivas feitas
pelo voto do Conselheiro Relator, que muito bem relatou, para posicionar-me de forma objetiva
e clara, condição essa que não tenho neste momento. Preciso complementar meus estudos
técnicos. Trabalhei ontem até as 20 horas, para me posicionar de forma objetiva e clara e levar
em consideração, independente da posição da Auditoria e da posição parcial da Jurídica – ela
admite três itens e os outros, condiciona. Além disso, tenho que levar em consideração e estudar
a posição colocada em cada item de forma competente por parte do Conselheiro João Antonio.”
Concedida a palavra ao Conselheiro João Antonio, Sua Excelência assim se expressou: “Só
quero registrar, com cautela, que, primeiro, sem nenhum questionamento ao pedido de vista, até
porque é um direito do Conselheiro Revisor e de qualquer Conselheiro desta Corte. É regimental
o pedido do Conselheiro Edson Simões. Quero apenas registrar algumas questões a respeito
dessa matéria, que entra nesta Casa com esse nome genérico de “corredores” há quase dois anos,
ou até mais. Como relatei em um primeiro momento, diversos lotes de corredores na região leste
da cidade foram objetos de exploração política por órgãos de imprensa, por notícias ora a favor,
ora contra. A primeira constatação que faço é que essa matéria ganhou um contorno – não aqui,
internamente – de disputa política na cidade que, por conhecer a história deste Tribunal, não nos
contagiou até este momento – ainda bem. Mas, de qualquer forma, tem uma repercussão muito
grande, de idas e vindas. Registro, então, em primeiro lugar, que é uma matéria extremamente
difícil de ser enfrentada por este Tribunal. Acho que o tempo de duração, neste Tribunal, é
razoável para quem quer enfrentar o problema e resolver de maneira definitiva. Dois anos!
Procurei pautar-me com a seguinte metodologia: suspenso o certame, convoquei o Secretário e
sua equipe técnica e os nossos técnicos. Mais de duas horas e meia de conversa, item por item.
Ouvi, sem opinar, os nossos técnicos, verbalmente. Ouvi os técnicos da Administração. Depois
dessa rodada de conversa pública, nada feito às escondidas – ocorrida aqui na Sala das Becas –
iniciei o processo formal de respostas. Dessa maneira, ao receber as respostas da Origem, quero
dizer que o meu voto é por inteira convicção, ao ouvir o contraditório. No limite, não me
contentei em ouvir resposta formal por escrito. Contentei-me em ouvir os argumentos da nossa
Auditoria em reunião pública, em ouvir a opinião da Origem, e em ouvir, inclusive, o debate
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entre eles. Tenho absoluta certeza de que o Conselheiro Edson Simões só vai enriquecer esse
processo, mas quero apenas registrar que o processo que eu usei foi profundamente respeitoso ao
princípio do contraditório. As minhas convicções que aqui trago não são convicções por
conveniência ou de época ou de alinhamento de qualquer natureza, ideológico ou programático.
São convicções depois de me debruçar sobre esse tema durante esse tempo inteiro. Entendo o
pedido de vista do Conselheiro Edson Simões e tenho absoluta certeza – estou seguro disso – que
ele não será contagiado por nenhum tipo de disputa política em curso na cidade.” O Conselheiro
Maurício Faria: “Queria apenas expor que entendo que essa matéria, relacionada a uma
licitação para implantação de corredor de ônibus nos moldes do denominado “BRT”, o Tribunal
deve abordar do ponto de vista estrito do controle da legalidade. Essa é a função do Tribunal de
Contas. Eu vou me posicionar – já tinha um posicionamento a partir da documentação
encaminhada pelo Conselheiro João Antonio – nesses estritos termos. Houve uma opção
político-administrativa da atual Administração Municipal em priorizar o programa de
implantação de corredores de ônibus. A primeira grande indagação é a seguinte: essa opção
político-administrativa fere a legalidade? No meu entendimento, não. A legalidade autoriza,
permite, essa opção político-administrativa. Por outro lado, não cabe ao Tribunal de Contas
entrar no mérito da própria opção político-administrativa, que é própria dos detentores de
mandato eletivo que estão à frente do Executivo Municipal. Queria apenas situar esse elemento
de demarcação porque, do ponto de vista técnico – fora da minha condição de Conselheiro do
Tribunal de Contas – tenho muitas reservas em relação ao programa de corredores de ônibus na
Cidade de São Paulo, muitas reservas. Outro dia saiu uma entrevista de um urbanista colombiano
na Folha de S. Paulo – até passei cópia da entrevista ao Conselheiro João Antonio – em que ele
fazia uma série de considerações sobre a complexidade da solução BRT. Para que ela seja
harmoniosa, qualificadora do conjunto urbano, não seja apenas uma intervenção guiada pela
funcionalidade unilateral do transporte, para que seja um elemento integrador do ambiente
urbano, o projeto de BRT precisa de uma espacialidade que possibilite solucionar questões como
a do caminhar dos passeios públicos, que possibilite uma equação ampla da questão da
mobilidade, inclusive no que diz respeito à circulação dos automóveis que integram o sistema de
mobilidade. No caso de São Paulo, o histórico dos corredores de ônibus é objeto de muita
polêmica. De um modo geral, os corredores de ônibus, quando implantados em São Paulo,
tiveram efeito de desqualificação do ambiente urbano no entorno. Temos um precursor, que foi a
experiência que apresentou a ideia de corredor de ônibus, ainda na gestão do então Prefeito
Mário Covas, que foi o corredor da Avenida Santo Amaro. Hoje, o município apresenta como
uma medida para atenuar os prejuízos que o corredor da Avenida Santo Amaro trouxe ao
ambiente urbano, aquela solução de estender dispositivos da Operação Urbana Faria Lima para
que se possa desapropriar faixas na Avenida Santo Amaro para que, então, se procure um
mínimo de requalificação urbanística quando é sabido o grau de degradação urbanística que
atingiu a Avenida Santo Amaro. Não vou, em minha manifestação, me ater às minhas convicções
urbanísticas, à minha avaliação sobre o programa de corredores de ônibus na Cidade de São
Paulo. Vou ater-me estritamente aos critérios de legalidade. Agirei estritamente como julgador
administrativo, como Conselheiro do Tribunal de Contas, embora seja matéria bastante
complexa. Uma das questões que São Paulo terá que enfrentar, no meu entendimento, é a cisão
de competências entre o governo estadual, que é o detentor da implantação da infraestrutura do
transporte sobre trilhos, especialmente do metrô, e a competência municipal, que fica limitada às
atividades dos ônibus. Essa cisão de competências já é “per se”, e como grande premissa
político-administrativa, um elemento profundamente limitador das opções de mobilidade, no
meu entendimento. Teríamos, se o programa dos corredores de ônibus fosse plenamente
implantado, um investimento da ordem de R$ 5 bilhões. É legítimo indagar se é razoável investir
R$ 5 bilhões em corredores de ônibus quando é sabido – fui ontem ao evento do “Nossa São
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Paulo” e o próprio Secretário de Transportes do Município diz isso publicamente – que a única
alternativa viável para equacionamento do transporte coletivo de massa é a rede de metrô, é
implantar uma verdadeira rede de metrô, ainda inexistente. Não temos uma rede de metrô e a
capacidade do metrô, o seu nível de desempenho é qualitativamente distinto daquele dos ônibus.
O correto seria, se o Brasil avançasse institucionalmente, existir um programa de mobilidade
metropolitano, uma autoridade metropolitana a ser constituída com plano de investimentos e a
priorização absoluta na implantação de uma rede de metrôs. Digo tudo isso porque não vou me
posicionar a partir disso que estou dizendo – e estou dizendo porque é uma questão que está
posta. Vou ater-me estritamente aos parâmetros de controle de legalidade, pois a opção pelos
corredores de ônibus não é ilegal. A meu ver, é uma opção político-administrativa discutível,
mas não ilegal. O estrito domínio do Tribunal de Contas é o controle de legalidade. Acho que é
um desafio evitarmos essa politização do tema. Acho que não cabe o Tribunal de Contas nem,
digamos, enaltecer a política de implantação de corredores de ônibus, nem se opor à política.
Não é a nossa esfera de competência enquanto controle externo. Coloco algumas questões
porque estão postas na vida da cidade, mas, no meu entendimento, temos que exercer o controle
de legalidade. Eu estaria, já adianto, preparado, se a deliberação avançasse, a considerar razoável
a locução do Conselheiro João Antonio. Apoiaria a autorização de retomada da licitação com
aqueles condicionantes expostos pelo Conselheiro Relator. Tinha alguns reparos, algumas
divergências com o Relator, que apresentaria. Já até antecipo que a minha convicção é no sentido
de que, no controle estrito de legalidade, não há fatores de ilegalidade que impeçam autorizar o
procedimento da licitação, mas insisto, também não cabe ao Tribunal apoiar ou se opor a uma
opção político-administrativa, que é da esfera própria do executivo municipal, daqueles que são
detentores de mandato eletivo.” O Conselheiro João Antonio: “Senhor Presidente, sem querer
interferir no tempo, deixo registrado que essa é uma matéria importante para o Tribunal e que
tem alimentado divergências de opiniões. É apenas uma sugestão, um apelo ao Conselheiro
Edson Simões, pois acho que essa é uma matéria que deveria ser pautada em um curto espaço de
tempo, porque entendo que não faz bem à saúde da cidade nem do Tribunal de Contas o tipo de
debate que está sendo enfrentado e o tipo de postura que forças estão tomando diante dessa
matéria. Em síntese, não faz bem ao Tribunal essa matéria permanecer aqui por muito tempo. De
qualquer forma, em que pese o ineditismo do pedido de vistas, é regimental e o tempo necessário
cada Conselheiro decide segundo as suas conveniências.” O Conselheiro Edson Simões: “As
minhas dúvidas, e eu já as tinha colocado, são técnicas. Por sinal, eu sou favorável aos
corredores, já que não há o metrô para toda a cidade. É uma coisa objetiva. E, portanto, não tem
absolutamente nenhuma conotação política, mesmo porque eu saí da Câmara Municipal de São
Paulo há 18 anos. E acho que, de 32 a 40 partidos políticos que vai ter o país, e são muitos, essa
questão política, aqui no Plenário, nós jamais discutimos e discutirei. O que me deixou em
dúvida foi – apenas para informar que estou debruçado sobre isso – o fato de que na área jurídica
foram sanados, de forma objetiva, os itens 5.3, 5.4 e 5.5. Ainda na área jurídica, ficaram com a
partícula “if” ou “se” o 5.6, 5.8, 5.12, 5.13 e 5.15. Fora a questão da Auditoria, que tinha aquela
posição técnica, que aconteceu antes e agora. Na área jurídica, houve uma frase que dizia que
alguns desses itens não podiam prescindir do exame preliminar dentro da Auditoria. Isso por
volta das 18 horas. Além disso, lendo a parte regimental da Caixa, há um termo em que a Caixa
oficia a Gerência Regional de Governo da Sé – o dinheiro faz parte do PAC – e os editais de
licitação devem ser publicados obrigatoriamente, segundo a Caixa, após a assinatura do Termo
de Compromisso e o aceite formal do projeto pela mesma Caixa com o respectivo orçamento.
Diante dessas dúvidas e levando em consideração todo o texto muito bem feito por parte do
Relator, não consegui chegar a uma conclusão e vou me debruçar sobre esses itens, no sentido de
agilizar, o mais rápido possível, porque nós sabemos perfeitamente que – eu concordo com o que
o Conselheiro Maurício Faria falou – na Cidade de São Paulo o metrô seria a solução. Não
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sendo, os corredores vão, automática e transitoriamente, resolver esse tipo de problema. Não tive
oportunidade, porque eu não era Relator, de participar das reuniões, que devem ter sido muito
boas, como já tínhamos feito em ano anterior, por proposta do Conselheiro João Antonio. Sobre
essas dúvidas, devido ao tempo, vou debruçar-me de forma tenaz, para entregar minha posição o
mais rápido possível, mesmo porque a parte final do Conselheiro Relator é profundamente
apetitosa.” O Conselheiro Domingos Dissei: “Senhor Presidente, vou me pronunciar. Sempre
acredito que o Tribunal se pauta no jurídico e no técnico. Pelo menos, é o que tenho aprendido
aqui. Essa parte política eu não pratico. Como todos falaram, também preciso, ou vão dizer “o
Dissei não falou nada; logo, ele vê a parte política”. Não. Quem está errado, que pague. E se está
correto, vai. Eu também saí da Câmara e aprendi. O executivo faz da forma que ele quer, foi
eleito para isso, tem a convicção técnica e acabou. Também sou partidário disso. Nunca julgo
por política de forma nenhuma e pode me cobrar, aqui, se eu fizer dessa forma. O corredor, em
um contrato de R$ 300 milhões, é natural que haja essa ida e vinda. Vi, por exemplo, o corredor
ser dividido, mas falam “a obra não pode ser dividida, uma obra só é melhor”. E houve a
explicação, aqui, de que farão dois canteiros. Aí o canteiro fica oneroso. São explicações que
vêm aclarando. Depois, o Conselheiro Relator condicionou a homologação do certame à
apresentação da documentação da Caixa. Primeiro era o projeto da engenharia, licença
ambiental, o decreto desapropriatório. Vou colocar o ITBI: por que esse decreto? O ITBI quer o
valor de mercado, cobra sempre o valor de mercado. Existe o valor venal do imposto e também
tem o valor de mercado. Então, está dizendo: “não vou ter problema de desapropriação”. É um
avanço. Temos consciência de que haverá alguns problemas de desapropriação, mas já é um
avanço colocar o valor de mercado porque a pessoa já se sente mais confortável e acaba
facilitando a obra. Respeito o pedido de vista do Conselheiro Edson Simões. Além desses
quesitos, a homologação tem a garantia efetiva da disponibilidade de recursos por parte da
Caixa. É muito importante que a Caixa dê a garantia da disponibilidade financeira, para que não
se homologue. Se não, homologa-se o contrato e não há a disponibilidade de recursos. Aí a obra
fica carimbada. Meu posicionamento é quanto a qualquer governo que faça isso. Tem que ter a
disponibilidade, ou o camarada finca a bandeirinha dele: “Essa obra é minha, tendo recurso ou
não”. Não se pode homologar o contrato, em minha opinião, que é a linha que eu sempre adoto.
É essa linha de ter efetiva disponibilização de recursos. Eu acrescentaria, também, aos
Conselheiros para estudarem essa condição para homologação, a garantia efetiva da
disponibilidade do dinheiro. Não gera expectativa para o executivo e não gera expectativa para a
população. É isso, Senhor Presidente.” Dando sequência, o Conselheiro Presidente Roberto
Braguim, a fim de que pudesse relatar os processos de sua pauta, solicitou ao Conselheiro Vice-
Presidente Edson Simões que assumisse a direção dos trabalhos. – PROCESSOS
RELATADOS PELO CONSELHEIRO PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM, na
qualidade de Relator – 1) TC 132/12-30 – Recursos “ex officio” e de Antonio Oliveira da Silva
interpostos contra a R. Decisão de 1º/10/2013 – Julgador Conselheiro Maurício Faria –
Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e Aidee Miranda Souza
– Prestação de contas de adiantamento bancário – abril/2010 (R$ 15.000,00) ACÓRDÃO:
“Vistos, relatados englobadamente com os TCs 1.429/12-02, 2.608/12-59 e 2.628/12-66 e
discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto
Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso “ex
officio”, por força do disposto no artigo 137 do Regimento Interno desta Egrégia Corte, bem
assim em receber como recurso ordinário o pleito formulado pelo Servidor Antonio Oliveira da
Silva, responsável pela aprovação das contas na esfera administrativa, consoante a qualificação
dada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, em suas intervenções de fls. 96/101 e
102/104 dos autos. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, considerando o
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disposto na Instrução 03/2011 e os pareceres emitidos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e
pela Secretaria Geral, em dar-lhes provimento parcial, para dar quitação à responsável,
mantendo-se no mais o decidido. Relatório e voto englobados: v. TC 2.628/12-66. Participaram
do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.
Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro
Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Edson Simões – Vice-Presidente no exercício
da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator.” 2) TC 1.429/12-02 – Recursos “ex officio” e de
Antonio Oliveira da Silva interpostos contra a R. Decisão de 27/9/2013 – Julgador Conselheiro
Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e
Neide de Carvalho Mendes– Prestação de contas de adiantamento bancário – abril/2010 (R$
15.000,00) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs 132/12-30, 2.608/12-
59 e 2.628/12-66 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o
Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do
recurso “ex officio”, por força do disposto no artigo 137 do Regimento Interno desta Egrégia
Corte, bem assim em receber como recurso ordinário o pleito formulado pelo Servidor Antonio
Oliveira da Silva, responsável pela aprovação das contas na esfera administrativa, consoante a
qualificação dada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, em suas intervenções de fls.
96/101 e 102/104 dos autos. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, considerando
o disposto na Instrução 03/2011 e os pareceres emitidos pela Procuradoria da Fazenda Municipal
e pela Secretaria Geral, em dar-lhes provimento parcial, para dar quitação à responsável,
mantendo-se no mais o decidido. Relatório e voto englobados: v. TC 2.628/12-66. Participaram
do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.
Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro
Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Edson Simões – Vice-Presidente no exercício
da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator.” 3) TC 2.608/12-59 – Recursos “ex officio” e de
Antonio Oliveira da Silva interpostos contra a R. Decisão de 21/10/2013 – Julgador Conselheiro
Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e
Fabiana de Almeida Lima – Prestação de contas de adiantamento bancário – novembro/2010 (R$
13.352,42) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs 132/12-30, 1.429/12-
02 e 2.628/12-66 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o
Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do
recurso “ex officio”, por força do disposto no artigo 137 do Regimento Interno desta Egrégia
Corte, bem assim em receber como recurso ordinário o pleito formulado pelo Servidor Antonio
Oliveira da Silva, responsável pela aprovação das contas na esfera administrativa, consoante a
qualificação dada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, em suas intervenções de fls.
96/101 e 102/104 dos autos. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, considerando
o disposto na Instrução 03/2011 e os pareceres emitidos pela Procuradoria da Fazenda Municipal
e pela Secretaria Geral, em dar-lhes provimento parcial, para dar quitação à responsável,
mantendo-se no mais o decidido. Relatório e voto englobados: v. TC 2.628/12-66. Participaram
do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.
Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro
Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Edson Simões – Vice-Presidente no exercício
da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator.” 4) TC 2.628/12-66 – Recursos “ex officio” e de
Antonio Oliveira da Silva interpostos contra a R. Decisão de 21/10/2013 – Julgador Conselheiro
Maurício Faria – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e
Juliane Guingo – Prestação de contas de adiantamento bancário – maio/2010 (R$ 15.000,00)
ACÓRDÃO: “Vistos, relatados englobadamente com os TCs 132/12-30, 1.429/12-02 e
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2.608/12-59 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro
Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,
à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso “ex
officio”, por força do disposto no artigo 137 do Regimento Interno desta Egrégia Corte, bem
assim em receber como recurso ordinário o pleito formulado pelo Servidor Antonio Oliveira da
Silva, responsável pela aprovação das contas na esfera administrativa, consoante a qualificação
dada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo, em suas intervenções de fls. 96/101 e
102/104 dos autos. Acordam, ademais, à unanimidade, quanto ao mérito, considerando o
disposto na Instrução 03/2011 e os pareceres emitidos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e
pela Secretaria Geral, em dar-lhes provimento parcial, para dar quitação à responsável,
mantendo-se no mais o decidido. Relatório englobado: Examinam-se, de forma englobada,
Recursos “Ex Officio”, com origem no disposto no artigo 1371 do Regimento Interno desta Casa,
e Voluntários, interpostos por Antônio Oliveira da Silva, em face de Decisões prolatadas em
sede de Juízo Singular, que, ao apreciar as referidas Prestações de Contas, aprovou-as
parcialmente, julgando, no entanto, irregular outra parte, em razão de gastos expressivos com
aquisição de gêneros alimentícios do mesmo fornecedor e passagens rodoviárias, sem
apresentação dos motivos impeditivos da utilização do processo normal de aplicação, por sua
previsibilidade, e por excederem o montante de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), configurando
contrato verbal, infringindo o parágrafo único do artigo 60 da Lei 8.666/932, nos valores de: No
item I – R$ 4.263,90 (quatro mil, duzentos e sessenta e três reais e noventa centavos); No item II
– R$ 5.500,00 (cinco mil e quinhentos reais); No item III – R$ 9.818,68 (nove mil, oitocentos e
dezoito reais e sessenta e oito centavos); No item IV – R$ 11.168,86 (onze mil, cento e sessenta
e oito reais e oitenta e seis centavos). Em todos os TC’s o Ilustre Julgador deixou de imputar aos
responsáveis os correspondentes débitos, por não restarem evidenciadas as hipóteses previstas na
Instrução 3/20113, desta Casa, determinando, no entanto, a expedição de Ofícios à Pasta e às
servidoras responsáveis pelas Prestações de Contas para conhecimento e providências.
Devidamente intimadas, tanto a Secretaria como as responsáveis permaneceram silentes, à
exceção da Sra. Aideê Miranda Souza que se manifestou ciente da determinação contida na
intimação 094/2014, expedida dos autos do TC 132.12.30 (Item I). De outra parte, o servidor
Antônio Oliveira da Silva, responsável pela aprovação das Contas no âmbito da Pasta,
apresentou, em todos os processos, pleitos em peças idênticas, nas quais afirmou que concordava
que os itens de subsistência humana não poderiam ser adquiridos pelo regime de adiantamento,
razão pela qual a Secretaria editou a Ordem Interna 02/SMADS/2012, alterada pela Ordem
1 Art. 137 - Das decisões interlocutórias, das terminativas e dos acórdãos, cabem, conforme o caso, os seguintes
recursos: Parágrafo único - Das decisões terminativas proferidas por Câmara ou Juiz Singular, pela irregularidade
ou ilegalidade de ato ou despesa executada, independentemente de menção expressa a recurso “ex officio”, haverá
reexame necessário pelo Tribunal Pleno, a ser processado segundo o rito estabelecido para o recurso ordinário. 2 Art. 60 - Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo
cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre
imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo
que lhe deu origem. Parágrafo único - É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de
pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do
limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. 3 Art. 1º – As prestações de contas relativas às despesas por regime de adiantamento analisadas pelo Tribunal serão
julgadas: III) Irregulares, com ou sem imputação de débito, quando comprovada infração às normas legais ou
regulamentares, ressalvado o disposto no inciso II deste artigo. § 2º – As despesas irregulares com imputação de
débito sujeitam os infratores ao recolhimento da glosa atualizada monetariamente, acrescida de juros e ocorrem
quando verificadas as seguintes infrações: a) Omissão no dever de prestar contas; b) Dano ao erário decorrente de
ato de gestão ilegítimo ou antieconômico; c) Desfalque ou desvio de bens ou valores públicos; d) Qualquer
irregularidade de natureza grave.
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Interna 01/SMADS/2013, determinando que a aquisição de alimentos deveria ser feita por
licitação. Apontou que o método, até então adotado, era considerado uma instituição, tendo em
vista ser empregado há décadas sem qualquer manifestação dos órgãos fiscalizadores. No mais,
salientou que as Decisões de Juízo Singular não têm estipulado imputação de penalidades aos
responsáveis pelas Prestações de Contas, com base na Instrução 3/2011 deste Tribunal, mas
contestou a não quitação, o que os deixa vulneráveis. Por fim, pleiteou a reconsideração das
conclusões alcançadas de forma que os responsáveis sejam quitados. Nada obstante, a
Coordenadoria III entendeu que os argumentos acrescidos, a despeito de sua importância, em
nada mudam o decidido em no Juízo Singular. À sua vez, a Assessoria Jurídica de Controle
Externo anotou, em todos os TC’s, que, malgrado a não indicação expressa do fundamento legal
ou regimental no texto, as petições oferecidas pelo servidor Antônio Oliveira da Silva podem ser
recebidas como Recursos Ordinários, em virtude da informalidade do processo administrativo,
sobretudo, de seu conteúdo material e de possível atenuação do rigor formal nessa sede.
Ressaltou a concordância do arguente aos reparos apostos pela Auditoria, informando a edição
da referida Ordem Interna, determinando a aquisição de alimentos pela Secretaria por licitação e
não mais pelo regime de adiantamento, opinando, por fim, pelo conhecimento dos Recursos
Voluntários e pelo seu improvimento, bem assim dos obrigatórios, mantendo-se as rr. Decisões
recorridas. A Procuradoria da Fazenda Municipal, reiterando pronunciamentos anteriores, bateu-
se pelo conhecimento e provimento parcial dos Recursos “Ex Officio” e Voluntários, para que as
contas sejam declaradas inteiramente regulares, mantendo-se, quanto ao mais, as rr. Decisões
atacadas. A Secretaria Geral opinou, derradeiramente, pelo conhecimento dos Recursos, e, no
mérito, por seu provimento parcial, com a manutenção da irregularidade parcial e quitação às
responsáveis. É o relatório. Voto englobado: Os Recursos de Ofício têm assento no artigo 137
do Regimento Interno desta Egrégia Corte, enquanto os pleitos do servidor Antônio Oliveira da
Silva, responsável pela aprovação das contas na esfera administrativa, são recebidos como
Recursos Ordinários, consoante a qualificação dada pela Assessoria Jurídica de Controle
Externo, em suas intervenções de fls. 96/101 e 102/104. As rr. Decisões proferidas em sede de
Juízo Singular julgaram regulares parte das despesas realizadas em vários procedimentos e
irregulares as demais assinaladas pela Auditoria, deixando, todavia, de imputar os
correspondentes débitos aos servidores responsáveis, posto não tipificadas nas situações
previstas na Instrução 3/2011, desta Casa, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis,
nas hipóteses de reincidência, a partir da prolação desse r. “Decisum”. Considerando o disposto
na Instrução 03/2011 e os pareceres emitidos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pela
Secretaria Geral, conheço dos Recursos de Ofício e Voluntários provendo-os, parcialmente, para
dar quitação às responsáveis, mantendo-se no mais o decidido. É como voto. Participaram do
julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei.
Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro
Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Edson Simões – Vice-Presidente no exercício
da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator.” 5) TC 577/13-37 – Secretaria Municipal de
Cultura – SMC – Fundo Especial de Promoção de Atividades Culturais – Fepac – Auditoria
Programada – Avaliar a operacionalização do fundo, com ênfase nos controles contábeis
ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,
à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da auditoria
programada, pois atingiu os objetivos para os quais foi autuada. Acordam, ademais, à
unanimidade, considerando as conclusões alcançadas pelos Órgãos Técnicos desta Casa, que
apontaram deficiências quanto aos controles exercidos no que se refere à exatidão dos valores
calculados e recolhidos ao Fundo Especial de Promoção de Atividades Culturais – Fepac, em
determinar ao seu gestor que implemente as condições necessárias para: i) que toda a
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arrecadação destinada ao Fepac seja submetida ao setor contábil de cada departamento para
checagem; ii) que faça constar, em todos os ajustes que gerem receitas ao Fepac, a obrigação da
análise contábil do valor arrecadado, possibilitando, assim, garantir a exatidão desses valores.
Acordam, ainda, à unanimidade, após a realização das comunicações de praxe, em determinar o
arquivamento dos autos. Relatório: Cuida-se de Auditoria Programada destinada a avaliar a
operacionalização do Fundo Especial de Promoção de Atividades Culturais – FEPAC, com
ênfase nos controles contábeis, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2012. Conforme
previsão contida no Decreto Municipal 29.683/1991, que criou o Fundo, tem ele por finalidade a
captação de recursos para aplicação na promoção, organização, patrocínio e execução de
iniciativas de natureza artístico-cultural4, tendo como principais fontes de receitas: O orçamento
municipal; A cessão de acervos, teatros e espaços culturais municipais; As receitas de bilheterias
dos eventos culturais; As arrecadações dos preços públicos dos serviços prestados pela SMC; Os
rendimentos auferidos nas aplicações financeiras da conta corrente do FEPAC. O recolhimento
das receitas do Fundo se dá, em sua maior parte, por Documento de Arrecadação do Município
de São Paulo – DAMSP, sendo o valor recolhido diretamente à conta do Tesouro. Há outra
forma de recolhimento que ocorre por emissão do Documento de Recolhimento ou Depósito –
DRD, e neste caso, os recursos são recolhidos diretamente à conta do Fundo. A conciliação das
receitas, despesas inclusive, é realizada pela Supervisão e Controle Orçamentário – SCO, da
Secretaria Municipal de Cultura – SMC. As despesas do Fundo encontram-se disciplinadas na
forma estabelecida no artigo 3º do Decreto 29.683/19915, com as vedações previstas no
parágrafo único6 do citado artigo, e são elas: Patrocínio, promoção e organização de eventos
artísticos e culturais; Aquisição de bens materiais e direitos necessários aos eventos; Manutenção
e divulgação de atividades e eventos artísticos e culturais. No exercício em comento o
Orçamento do Fundo somou a importância de R$ 11.048.594,18 (onze milhões, quarenta e oito
mil, quinhentos e noventa e quatro reais e dezoito centavos), sendo que, desse total 95,36%
(noventa e cinco inteiros e trinta e seis centésimos por cento) foram empenhados no exercício.
Do total empenhado, R$ 10.046.646,70 (dez milhões, quarenta e seis mil, seiscentos e quarenta e
seis reais e setenta centavos) foram liquidados sendo que, desse total, 96,99% (noventa e seis
inteiros e noventa e nove centésimos por cento) foram pagos. A segurança do sistema é
comprovada por meio da aplicação das regras contidas nos normativos existentes. A Auditoria
apontou a extrapolação do prazo fixado pela Ordem Interna 08/20097, da Secretaria Municipal
da Cultura, do 15º (décimo quinto) dia útil para remessa dos documentos pelas Unidades, para
validação por parte daquela Secretaria, prazo esse não observado, em diversas oportunidades,
pelo Theatro Municipal de São Paulo, cujo atraso variou entre 13 (treze) e 39 (trinta e nove) dias,
4 Artigo 1º - Fica criado, no Gabinete da Secretaria Municipal de Cultura, o Fundo Especial de Promoção de
Atividades Culturais – FEPAC, que tem por finalidade, a captação de recursos para aplicação na promoção,
organização, patrocínio e execução de iniciativas de natureza artístico-cultural, respeitados os interesses públicos,
administrativo e das instituições. 5 Artigo 3º - Os recursos do FEPAC poderão ser utilizados no patrocínio, promoção e organização de eventos
artísticos e culturais, na aquisição de bens materiais e direitos necessários aos eventos, na manutenção e divulgação
de atividades e eventos artísticos e culturais, sob todas as modalidades e formas, diretamente voltados à população. 6 Parágrafo único – É vedada a utilização de recursos do FEPAC em despesas com pessoal e encargos, exceto
cachês e remuneração por serviços de natureza eventual em espetáculos, shows, palestras, seminários ou
assemelhados. 7 II- Todos os Departamentos e Coordenadorias de SMC elaborarão, mensalmente, demonstrativo referente aos
depósitos efetuados no mês anterior, conforme modelo abaixo, e o enviará, juntamente com as cópias dos
comprovantes/guias autenticadas, recebidos de suas respectivas Unidades, até o 15º (décimo quinto) dia útil do mês
subsequente ao do depósito, à Supervisão de Controle Orçamentário da Coordenadoria de Administração e Finanças
desta Secretaria para a devida conciliação bancária/contábil. Os demonstrativos elaborados deverão ser assinados
pelo responsável pela Divisão Administrativa de cada Departamento/Coordenadoria.
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valendo apontar que tal falha pode vir a representar fragilidade no sistema de controle interno do
Fundo. Constatou-se, também, em relação à conferência dos recolhimentos realizados à conta do
Fundo, que, em que pese o fato de que os débitos e créditos em conta corrente tenham respaldo
documental, bem como da ação fiscalizatória exercida no sentido da solução das pendências
detectadas, não há uma conferência quanto à exatidão dos cálculos efetuados pelas unidades
arrecadadoras dos valores a ele creditados. Além disso, segundo informação da própria SCO, o
sistema disponibilizado pela Prefeitura, para emissão de DAMSP, não preenche
automaticamente o valor a ser depositado, com base no código da receita, que é preenchido pela
Unidade que a emite. Concluiu-se, assim, não restar assegurado que o cálculo do valor
arrecadado esteja correto. Registrou a Auditoria, por fim, a falta de Chamamento Público e
pesquisa de preços para a contratação de projetos contemplados com recursos do Fundo. Assim,
considerando as conclusões alcançadas, determinei a expedição de Ofício ao responsável pela
área auditada para prestar os esclarecimentos necessários. Em resposta encaminhada informou-se
quanto aos atrasos verificados na remessa da documentação relativa à arrecadação, no caso às
provenientes do Theatro Municipal de São Paulo, que tal fato ocorreu. Argumentou-se, no
entanto, que a Ordem Interna referenciada diz respeito, apenas, às arrecadações provenientes de
recursos arrecadados por Documento de Arrecadação ou Depósito, parcela ínfima do total da
receita arrecadada. Aduziu-se, também, que o Theatro Municipal, ao ter sua personalidade
jurídica transformada em Fundação, deixou de ser origem de recursos para o FEPAC. Pelas
razões apresentadas, a Auditoria entendeu superado o apontamento. Quanto à falta de
averiguação do cálculo dos valores arrecadados, o responsável indicou a possibilidade de
publicar nova Ordem Interna no sentido de determinar que toda a arrecadação destinada ao
FEPAC seja submetida ao Setor contábil de cada Departamento para checagem, bem como fazer
constar, em todos os ajustes que gerem receitas, a obrigação da análise contábil do valor
arrecadado. A Auditoria entendeu que a falha permanece, uma vez que, à época, o normativo não
havia sido publicado. No que diz respeito a não realização de Chamamento Público e pesquisa de
preços para projetos contemplados com recursos oriundos do Fundo, o Secretário informou não
ser de sua competência a matéria, ficando, assim, mantido o apontamento. A Assessoria Jurídica
de Controle Externo entendeu de bom alvitre que fossem requisitados os Processos
Administrativos que cuidaram das despesas referentes aos projetos realizados com os recursos do
Fundo. Recebidos os processos, foram os autos novamente dirigidos à Assessoria Jurídica de
Controle Externo para manifestação final, ocasião em que concluiu que os atos praticados
evidenciam a utilização dos recursos na forma estabelecida na legislação pertinente, restando,
todavia, a impropriedade referente aos controles exercidos sobre a arrecadação. A Procuradoria
da Fazenda Municipal opinou pelo conhecimento da Auditoria realizada, para registro. A
Secretaria Geral, a seu turno, entendeu que o trabalho realizado aponta a necessidade de se
implantar melhorias e de se aperfeiçoar as ações que permitam elidir as impropriedades
detectadas ao longo do trabalho produzido. É o relatório. Voto: A Auditoria Programada atingiu
os objetivos para os quais foi autuada, razão pela qual conheço do trabalho realizado.
Considerando, porém, as conclusões alcançadas pelos Órgãos Técnicos, que apontaram
deficiências quanto aos controles exercidos no que se refere à exatidão dos valores calculados e
recolhidos ao Fundo, determino ao seu Gestor que implemente as condições necessárias para i)
que toda a arrecadação destinada ao Fundo seja submetida ao Setor contábil de cada
Departamento para checagem e, ii) que faça constar, em todos os ajustes que gerem receitas ao
Fundo, a obrigação da análise contábil do valor arrecadado possibilitando, assim, garantir a
exatidão desses valores. Após a realização das comunicações de praxe, determino o
arquivamento dos autos. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor,
Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno
de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Edson
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Simões – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator.” 6) TC
4.344/04-40 – Autarquia Hospitalar Municipal – AHM e Martins e Lococo Lavanderia Ltda. –
Contrato 001/AHMRCL/2004 R$ 1.626.333,33 – TAs 036/2004 R$ 2.700.000,00 (prorrogação
de prazo, por mais 12 meses), 055/2005 R$ 1.410.000,00 (alteração da cláusula primeira:
prorrogação de prazo de vigência por 6 meses e da cláusula segunda: alteração da cláusula 4.2
para estabelecer os reajustes futuros com base no índice constante da Portaria SF 038/2004 e do
Decreto 25.236/1987), 027/2006 R$ 846.000,00 (alteração da cláusula primeira: prorrogação de
prazo de vigência por 03 meses e da cláusula segunda: altera nos termos do artigo 65, II, § 1º, da
Lei Federal 8.666/1993, para estabelecer acréscimo de 20% do objeto), 037/2006 R$ 846.000,00
(prorrogação do prazo de vigência por 3 meses), 052/2006 R$ 3.484.800,00 (prorrogação e
aplicação de reajuste provisório no contrato – prazo de vigência por 12 meses) e Termo de
Retirratificação 001/2007 (red. de R$ 43.200,00 – retificação e aplicação de reajuste definitivo
no contrato de prestação de serviços de lavanderia externa de roupa hospitalar) – Prestação de
serviços de lavanderia externa de 100.000 quilos/mês de roupa hospitalar para as Unidades da
Autarquia Hospitalar Municipal Regional do Campo Limpo, compreendendo as etapas de coleta,
processamento, guarda e distribuição de roupas hospitalares e cirúrgicas, com o fornecimento de
mão de obra, enxoval, materiais de consumo e reposição do enxoval, bem como o transporte para
recolhimento de roupas usadas e abastecimento de roupas limpas, para as Unidades Hospitalares
e não Hospitalares ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator
o Conselheiro Roberto Braguim. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município
de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar
regulares o Contrato 001/AHMRCL/2004, os Termos Aditivos 036/2004, 055/2005, 027/2006,
037/2006 e 052/2006 e o Termo de Retirratificação 001/2007. Acordam, ademais, à
unanimidade, não obstante a relevação das falhas atinentes à publicação dos atos, verificando-se
que se trata de uma prática frequente, em determinar que a Autarquia Hospitalar Municipal –
AHM: 1) Busque o aperfeiçoamento necessário em seus procedimentos internos a fim de que
seja dada a eficaz publicidade aos seus atos, no prazo que a legislação estipula. 2) Em
contratações futuras, adote parâmetros de controle mais atuais, objetivos e isentos de erros,
considerando que o critério de medição utilizado, envolvendo diretamente o fator humano,
oferece riscos. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar à Subsecretaria de Fiscalização e
Controle deste Tribunal que, em futuras auditorias do tipo, adote como prática a avaliação dos
métodos de controle utilizados. Relatório: Cuida-se da análise do Contrato 001/2004, decorrente
do Pregão 005/2003, firmado entre a Autarquia Hospitalar Municipal Regional do Campo
Limpo, atualmente denominada Autarquia Hospitalar Municipal e Martins e Lococo Lavanderia
Ltda., para a prestação dos serviços de lavanderia externa de roupa hospitalar, compreendendo
coleta, processamento, guarda e distribuição de roupas hospitalares cirúrgicas, com fornecimento
de mão de obra, enxoval, material de consumo e reposição do enxoval, com transporte para o
recolhimento de roupas usadas e abastecimento de roupas limpas, no valor de R$ 1.626.333,33
(um milhão, seiscentos e vinte e seis mil, trezentos e trinta e três reais e trinta e três centavos).
Examinam-se, ainda, os Termos Aditivos seguintes, com as correspondentes finalidades: - TA
036/2004: prorrogação de prazo por período de 12 meses e alteração do preço por quilo de
roupa; - TA 055/2005: prorrogação de prazo por 6 meses e estabelecimento de reajustes futuros
com base no índice constante da Portaria SF 38/2004 e Decreto Municipal 25.236/87; - TA
027/2006: prorrogação de prazo por 3 meses e acréscimo de prestação de serviços para todas as
unidades da Autarquia, correspondendo a 20% do valor contratado; - TA 037/2006: prorrogação
de prazo por 3 meses; - TA 052/2006: prorrogação de prazo por 12 meses e estabelecimento de
reajuste provisório do preço de 3% no valor mensal; Termo de Retirratificação: retificação do
valor mensal do ajuste com estabelecimento de reajuste definitivo, com base no índice constante
da Portaria SF 159/2006. A Subsecretaria de Fiscalização e Controle analisou a contratação e a
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considerou irregular em razão de: a) decorrer do Pregão 5/2003 que foi declarado nulo por este
Tribunal nos autos do TC 2.577.02.55, por não ser considerada tal modalidade adequada à
licitação de serviços de lavanderia; b) não ter constado a legislação aplicável à execução do
contrato, contrariando o inciso XII do artigo 558 da Lei 8.666/93; c) o valor do contrato referir-se
há aproximadamente 225 dias e não 280 dias como contratado; d) nota de empenho ter sido
emitida com valor insuficiente para a cobertura da despesa, infringindo o artigo 609 da Lei
4.320/64; e) publicação extemporânea, em afronta ao artigo 2610
da Lei Municipal 13.278/02. A
Assessoria Jurídica de Controle Externo, por sua Assessora Subchefe à época, registrou que a r.
Decisão proferida em sede recursal, nos autos do TC 2.577.02.55, com trânsito em julgado,
modificou o entendimento acerca da utilização de licitação na modalidade Pregão para a
contratação de serviços de lavanderia, considerando estes de natureza comum, fato que elimina a
irregularidade a esse respeito apontada. Quanto aos demais apontamentos, registrou que a
ausência de informação sobre a legislação aplicável ao contrato e sua publicação extemporânea
não impedem o acolhimento. Já no que se refere aos apontamentos de cunho orçamentário,
acompanhou a Auditoria pela irregularidade. Na sequência a Subsecretaria de Fiscalização e
Controle carreou aos autos a informação e os documentos que dão conta da formalização de
Termos Aditivos e de Termo de Retirratificação, assim concluindo sobre eles: - TA 036/2004:
irregular ante a ausência de pesquisa de preços, infringindo o inciso II11
do artigo 57 da Lei
8.666/93 e inciso II do artigo 4612
do Decreto 44.279/03 e pela extrapolação do prazo estipulado
no artigo 2613
da Lei 13.278/02 para sua publicação; - TAs 55/2005, 27/2006, 37/2006 e
52/2006: formalmente regulares; - Termo de Retirratificação 1/2007: irregular pela ausência de
despacho autoriza tório, afrontando os artigos 6114
da Lei 8.666/93 e 4915
do Decreto 44.276.
Oficiada, a Autarquia prestou esclarecimentos no sentido de que no TA 36/2004 foi sim
realizada pesquisa de preços, conforme demonstram os documentos acostados às fls. 315/316 e
que houve uma falha material quanto à publicação do Termo, porém pode ser superada ante a
publicação do Despacho de Autorização da Prorrogação ocorrida em 18/11/2004, além da
publicação do TA 55/2005 ocorrida em 20/11/2005. Acrescentou quanto à Retirratificação
1/2007 que a inexistência de despacho autoriza tório pode ser justificada, pois a aplicação de
reajuste é uma previsão contratual, portanto já acordada e autorizada desde a celebração do
Contrato primitivo. Ante as considerações tecidas pela Autarquia, a Subsecretaria de
Fiscalização e Controle entendeu, quanto ao TA 36/2004, que remanesce apenas a irregularidade
8 Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:(...)
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos; 9 Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 10 Art. 26. O termo de contrato e seus aditamentos deverão ser publicados, na íntegra ou em extrato, no Diário
Oficial do Município, dentro de 20 (vinte) dias contados da sua assinatura. 11 Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, exceto quanto aos relativos: (...) II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua,
que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a administração, limitada há sessenta meses; 12 Art. 46. Observado o limite de 60 (sessenta) meses, os contratos de prestação de serviços continuados, mantidas
as mesmas condições avençadas, poderão ser prorrogados por prazos iguais ou inferiores ao originalmente
pactuado, desde que: (...) II - pesquisa prévia revele que os preços são compatíveis com os de mercado, nos termos
do artigo 4º deste decreto. 13 Art. 26. O termo de contrato e seus aditamentos deverão ser publicados, na íntegra ou em extrato, no Diário
Oficial do Município, dentro de 20 (vinte) dias contados da sua assinatura. 14 Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que
autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos
contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais. 15 Art. 49. As alterações contratuais deverão ser previamente justificadas por escrito e autorizadas por autoridade
competente, devendo ser formalizadas por termo de aditamento.
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atinente ao não atendimento do prazo para sua publicação, que pode ser relevada, em vista de
outras decisões exaradas por este Tribunal em processos análogos. Quanto ao Termo de
Retirratificação 1/2007, mesmo diante dos esclarecimentos prestados, foi mantida a
irregularidade pela ausência de despacho de autorização. Já a Assessoria Jurídica de Controle
Externo, pelo parecer da lavra da Assessora Subchefe à época, considerou que na hipótese dos
autos, em razão da inexistência de publicação do TA 36/2004, configurada está a irregularidade.
Porém, em homenagem à segurança jurídica e considerando tempo decorrido, destacou a
possibilidade de reconhecimento dos seus efeitos financeiros. Sobre o Termo de Retirratificação
1/2007, opinou pelo acolhimento. Devidamente intimada (fl. 336), a Sra. Susana Rosa Lopez
Barrios, identificada pela Auditoria como responsável pelas irregularidades (fl. 334), deixou de
apresentar sua defesa. A Procuradoria da Fazenda Municipal, com base nas justificativas
ofertadas pela Autarquia, aduziu que as falhas apontadas não têm o condão de infirmar os
procedimentos em análise, bem como que o Ajuste já teve seus efeitos consumados, razões pelas
quais, ao final, requereu o acolhimento dos Instrumentos ou, ao menos, a aceitação de seus
efeitos financeiros. A Secretaria Geral, concluindo a instrução processual, opinou pelo
acolhimento do Contrato e de seus respectivos Termos de Aditamento e do Termo de
Retirratificação, relevando-se as impropriedades. É o relatório. Voto: Inicialmente cumpre
registrar que a contratação ora analisada, decorre do Pregão 005/2003, julgado regular, à
unanimidade, no TC 4.343.04-87. Tal procedimento teve regular andamento, culminando com a
contratação da empresa Lavanderia Bering Ltda. em novembro de 2003, consubstanciada no
Contrato 40/2003. Todavia, devido a problemas ocorridos, essa contratação foi rescindida pelo
Termo de Distrato 1/2004 em 11/02/2004. Diante de tal situação e da necessidade inafastável dos
serviços para a Autarquia, os demais licitantes do mencionado Pregão foram convocados para
manifestarem interesse em assumir o remanescente do contrato rescindido. Assim é que foi
ajustado o instrumento contratual ora analisado entre a 2ª colocada, empresa Martins e Lococo
Lavanderia Ltda. e a Autarquia Hospitalar Municipal Regional do Campo Limpo em 12/02/2004,
com fundamento no artigo 24, XI16
, da Lei 8.666/93. Acerca da fundamentação legal que
embasou a contratação ora analisada – artigo 24, XI, da Lei 8.666/93 – considero devidamente
enquadrada e atendida a determinação legal, isto é, obediência à ordem de classificação da
licitação anterior, bem como aceitação pela contratada das mesmas condições e valores
estabelecidos no contrato rescindido. Assim, passo a analisar as irregularidades apontadas pelos
Órgãos Técnicos desta Casa. Sobre a ausência de indicação no instrumento contratual da
legislação a ele aplicável, entendo que se trata de falha de natureza meramente formal, que não
atinge a contratação em sua essência, notadamente porque a indicação legal já constou do Edital,
estendendo-se, portanto ao Contrato, por força do princípio da vinculação. Ademais como
destacou a Secretaria Geral, a referida omissão não impede a aplicação das regras cabíveis, vez
que a ninguém é dado o direito de alegar ignorar a lei. Por estas razões, considero tal falha
relevada. No que tange à publicação do Ajuste, tendo ocorrido a sua publicação, ainda que
extrapolado o prazo do artigo 2617
da Lei Municipal 13.278/02, considero mitigada tal falha,
uma vez que foi dada publicidade ao ajuste. No que diz respeito às falhas de natureza contábil –
valor do contrato referir-se há 225 dias e não 280 dias e o valor insuficiente da nota de empenho
- entendo que a questão deve ser analisada levando-se em consideração o objeto contratado e
suas especificidades e que a resposta para tais questionamentos são dirimidas da leitura do
16 Art. 24. É dispensável a licitação: (...) XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em
consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as
mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; 17 Art. 26. O termo de contrato e seus aditamentos deverão ser publicados, na íntegra ou em extrato, no Diário
Oficial do Município, dentro de 20 (vinte) dias contados da sua assinatura.
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próprio contrato analisado. Com efeito, trata-se da contratação de serviços de lavanderia externa
de roupa hospitalar para diversas Unidades da Autarquia, de aproximadamente 100.00
quilos/mês (cláusula primeira, item 1.1 do contrato) e cujo valor é de R$ 1.626.33,33, por
estimativa (cláusula sétima, item 7.1 do contrato). Igualmente, o item 2.13 da cláusula segunda
determina que devem ocorrer medições diárias da roupa coletada (destaquei). Como se
depreende, a contratação não poderia prever valores absolutos que cobrissem exatamente a
quantidade de roupa a ser lavada, vez que se trata de um contrato por estimativa, abrangendo um
significativo número de unidades atendidas. Ademais, na hipótese, possíveis falhas quanto aos
recursos e respectivos pagamentos só poderiam ser efetivamente diagnosticados na devida
análise da execução contratual. Por estes motivos não vislumbro infringência ao artigo 6018
da
Lei 4.320/64. Quanto ao Termo Aditivo 36/2004, sobre os preços contratados, acolho a
justificativa apresentada pela Autarquia que trouxe os documentos de fls. 315/316,
demonstrando ter realizado pesquisa de preços, não permanecendo o apontamento inicial. Sobre
a publicidade dada ao Termo, verifico que em que pese extemporânea, ocorreu a sua publicação
e, além disso, na mesma data em que foi firmado o Termo, foi publicado o Despacho que o
Autorizava (fl. 83), portanto, tal falha não macula o Ajuste em sua essência. Acerca do Termo de
Retirratificação 1/2007, novamente considero que o apontamento elaborado pela Auditoria é de
natureza meramente formal e que não atinge a essência do ato, vez que o mesmo além de não
veicular uma alteração contratual propriamente dita, mas sim a aplicação de reajuste previamente
previsto no contrato originário (cláusula 4º, item 4.2), foi assinado pelo Superintendente da
Autarquia, isto é, a mesma pessoa que detinha competência para assinar o despacho que o
autorizaria. Isto posto, julgo regulares o Contrato 001/2004 firmado entre a Autarquia Hospitalar
Municipal Regional do Campo Limpo e Martins e Lococo Lavanderia Ltda., bem como os seus
Termos Aditivos 036/2004, 055/2005, 027, 037 e 052/2006 e o Termo de Retirratificação
001/2007. Não obstante a relevação das falhas atinentes à publicação dos atos, verificando-se
que se trata de uma prática frequente, determino que: I - a Autarquia: 1) busque o
aperfeiçoamento necessário em seus procedimentos internos a fim de que seja dada a eficaz
publicidade aos seus atos, no prazo que a legislação estipula; 2) para que em contratações futuras
adote parâmetros de controle mais atuais, objetivos e isentos de erros, considerando que o
critério de medição utilizado, envolvendo diretamente o fator humano, oferece riscos; II - a
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, em futuras auditorias do tipo, adote como prática a
avaliação dos métodos de controle utilizados. É como voto. Participaram do julgamento os
Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque,
23 de setembro de 2015. a) Edson Simões – Vice-Presidente no exercício da Presidência; a)
Roberto Braguim – Relator.” O Presidente em exercício, Conselheiro Vice-Presidente Edson
Simões, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Roberto Braguim. Reassumindo a
direção dos trabalhos, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim concedeu a palavra ao
Conselheiro Edson Simões para relatar os processos de sua pauta. – PROCESSOS
RELATADOS PELO CONSELHEIRO VICE-PRESIDENTE EDSON SIMÕES – A)
REVISOR CONSELHEIRO JOÃO ANTONIO – 1) TC 3.596/07-40 – Secretaria Municipal
de Transportes – SMT e Novakoasin Equipamentos e Sistemas Ltda. – Contrato 05/07 –
SMT.GAB R$ 21.636.173,44 – Execução de serviços, com fornecimento de equipamentos e
materiais, de revitalização e manutenção dos equipamentos de campo do Sistema de Controle de
Tráfego em área 2 – CTA-2 ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é
Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, pelos votos dos Conselheiros Edson Simões – Relator,
18 Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
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com relatório e voto, João Antonio – Revisor, Maurício Faria, com declaração de voto
apresentada, e Domingos Dissei, em julgar irregular o Contrato 05/07 – SMT.GAB, dada a
ausência de justificativa para a contratação direta, por inexigibilidade, infringindo o artigo 25,
inciso I, e artigo 26 da Lei Federal 8.666/93, a insuficiência de justificativa de preços, ferindo o
artigo 26, parágrafo único, inciso III, da Lei 8.666/93, e, ainda, em razão da ausência da inserção
de cláusula referente à forma de execução dos serviços, em desacordo com o artigo 54, § 1º, e
artigo 55 da Lei Federal 8.666/93. Acordam, ainda, por maioria, pelos votos dos Conselheiros
Edson Simões – Relator, João Antonio – Revisor e Domingos Dissei, considerando que o
contrato já foi encerrado, com a consequente execução do objeto, sem que haja notícia ou
constatação de prejuízo ao erário nos autos e, ainda, diante da necessidade de serem
preservadas as relações jurídicas já consolidadas, em acolher, em caráter excepcional, os
efeitos financeiros. Vencido o Conselheiro Maurício Faria, que não aceitou os efeitos financeiros
produzidos. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar à Secretaria Municipal de
Transportes que, nos casos futuros, sejam cumpridos, com rigor, os apontamentos feitos pela
Auditoria, a saber: 1. É imprescindível que a justificativa dos preços contratados seja decorrente
de pesquisa prévia de mercado, não sendo suficiente a alegação de que os preços contratados são
compatíveis com os valores praticados no mercado pela empresa contratada ou com os preços
praticados em outros contratos administrativos. 2. Justificar a contratação por inexigibilidade,
demonstrando a exclusividade na prestação dos serviços – no caso, a revitalização do sistema
anterior – e desde que a revitalização – no lugar da aquisição de novos equipamentos – fosse
comprovadamente a opção mais vantajosa. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após
o cumprimento das formalidades legais, o arquivamento dos autos. Relatório: Cuidam os
autos do TC 3.596/07-40 da análise do Contrato 5/2007 celebrado entre a Secretaria Municipal
de Transportes e a empresa Novakoasin Equipamentos e Sistemas Ltda., para a execução de
serviços, com fornecimento de equipamentos e materiais, de revitalização e manutenção dos
equipamentos de campo do sistema de controle de tráfego em área 2 – CTA-2, no valor de R$
21.636.173,44 (vinte e um milhões, seiscentos e trinta e seis mil cento e setenta e três reais e
quarenta e quatro centavos), com prazo de vigência de 39 (trinta e nove) meses. A contratação
supracitada foi realizada por inexigibilidade de licitação (contratação direta). A conclusão inicial
da Coordenadoria V foi no sentido da irregularidade do Contrato, em razão das seguintes
infringências: 1 – Justificativa para contratação direta por inexigibilidade insuficiente, em
infringência ao artigo 25, inciso I e 26 da Lei Federal 8.666/93 e artigos 2º, inciso I e 13 a 17 do
Decreto Municipal 44.279/2003. 2 – Justificativa de preços insuficiente, em detrimento ao artigo
26, parágrafo único, inciso III da Lei Federal 8.666/93. 3 – Falta de documentos de habilitação
jurídica e regularidade fiscal elencados nos artigos 28 e 29 da Lei Federal 8.666/93 e nos artigos
40 e 41 do D.M. 44.279/2003. 4 – A previsão de subcontratação, cessão ou transferência é
incompatível com a contratação direta por inexigibilidade (exclusividade), sob o risco de
descaracterizá-la, em detrimento do artigo 25, inciso I da Lei Federal 8.666/93. 5 – O objeto
contratado está em desacordo com o artigo 54, §1º, artigo 55 da Lei Federal 8.666/93. 6 – A
garantia do contrato está em desacordo com o disposto no artigo 56, §2º da Lei Federal 8.666/93.
Oficiada a Secretaria Municipal de Transportes e intimados o Ordenador da Despesa, Signatário
do Contrato e a empresa Contratada, foram apresentados os esclarecimentos de fls. 363/394 e
folhas 398/435. Em nova manifestação, a Coordenadoria V analisou as justificativas
apresentadas. Quanto à Justificativa insuficiente para a contratação por inexigibilidade. Restou
demonstrada no relatório exordial a insuficiência na justificativa da contratação, que não possui
estudos técnicos hábeis a demonstrar a vantajosidade da revitalização e manutenção do CTA-2
em relação à aquisição de um novo sistema. Em resumo, a ausência de estudo neste sentido
compromete a legalidade da contratação por inexigibilidade na medida em que esta somente se
justifica na revitalização e manutenção do sistema antigo. Aduz a defesa da contratada que é
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representante exclusiva da empresa Peek Traffic Company do Brasil, fornecedora do sistema
licitado em 1994. Acrescenta, ainda, que a CET considerou o preço apresentado compatível com
o serviço a ser executado. Noutra esteira, alega a defesa do ordenador da despesa que a “Central
de Controle já fora totalmente revitalizada e modernizada. Assim, para que o sistema operasse de
forma satisfatória, se fazia necessário que fosse efetuada também a revitalização dos
equipamentos de campo, sem o que, a revitalização da central não teria a totalidade dos
benefícios esperados” (fl. 400). A opção pela revitalização, justificou a defesa, decorreu da
comparação com os custos da aquisição de equipamentos novos, por meio da qual se verificou
ser vantajosa a primeira opção. A Auditoria registrou que a questão dos custos da revitalização
seria enfrentada com maior detalhamento no tópico seguinte, cabendo por ora apenas ressaltar
que a mera projeção do valor do contratado em meados de 1994 para o fim de 2006 não pode ser
utilizada como subsídio para a decisão da Administração. Em outras palavras, a opção pela
revitalização em detrimento da aquisição de novos equipamentos considerou tão somente o valor
da contratação anterior corrigido pelo IPCA, ignorando a evolução tecnológica e a queda de
preços de equipamentos eletrônicos. Assim, na visão da Coordenadoria V não é possível aceitar
a justificativa para a inexigibilidade que toma como pressuposto a vantajosidade da
revitalização, visto que esta é baseada numa informação que desconsidera mais de uma década
de alterações na conjuntura econômica e tecnológica. Já a alegação de que os equipamentos de
campo devem comunicar-se com a central de controle, que já fora revitalizada e modernizada,
AUD entendeu como viável, mas não é corroborada pela documentação colacionada pela própria
defesa. Com efeito, nenhum elemento acostado aos autos comprova tal alegação. Contudo,
registrou tratar-se de argumento circular: na medida em que a central e os semáforos devem se
comunicar, a revitalização da central justifica a revitalização dos semáforos e vice-versa! Assim,
com base nos documentos dos autos, concluiu não poder prosperar o argumento de que a
revitalização da central precedeu a contratação ora analisada, justificando-a. Ressaltou que à
época caberia à Administração analisar com diligência a economicidade de cada uma das opções,
tanto para a central quanto para os equipamentos de campo, em vez de ancorar uma decisão
injustificada em outra. A corroborar o entendimento exarado, transcreveu a lição de Marçal
Justen Filho: “A decisão de contratar tem de ser antecedida de verificações acerca das diferentes
soluções técnico-científicas disponíveis para atender ao interesse sob tutela estatal. Esta
atividade administrativa prévia deverá conduzir à seleção de uma das alternativas como a
melhor. A melhor alternativa deve ser avaliada não apenas sob o enfoque de critérios técnicos,
mas também econômicos. Deve estabelecer-se uma relação entre os benefícios qualitativos que
serão obtidos e os possíveis encargos financeiros com que o Estado arcará. Nada impede que a
melhor solução técnica seja afastada em face de limitações orçamentárias. Lembre-se que o
modelo consagrado pela Lei 8.666 é permeado por essa preocupação com o menor desembolso
possível. Nessa linha, a própria licitação de melhor técnica envolve a escolha da proposta que
importar o menor custo possível. Ou seja, o dever de considerar vantagens e encargos existe
mesmo na fase interna da atividade administrativa, quando a Administração cogita de escolher
dentre diversas alternativas para satisfazer suas necessidades”. Sendo assim, corroborou o
apontamento do relatório de análise de contratação, considerando injustificada a contratação por
inexigibilidade (exclusividade), em ofensa ao art. 25, I e 26 da LF 8.666/93 e arts. 2º, I e 13 a 17
do DM 44.279/2003. Justificativa de preços insuficiente. AUD registrou que ao avaliar os preços
propostos pela Novakoasin, a CET utilizou como parâmetro o valor contratado em junho de
1994, atualizado pelo IPCA até outubro de 2006. O método foi considerado inadequado e a
justificativa para os preços, insuficiente. A defesa da empresa contratada alegou que os preços
contratados são compatíveis com os valores por ela praticados no mercado e em outros contratos
administrativos, além de ser inferior ao valor do contrato anterior, após sua atualização. A defesa
do então Secretário de Transportes, por seu turno, entendeu que o questionado pela equipe de
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fiscalização foi o índice adotado (IPCA), motivo pelo qual ressalta que este é o menor dos
índices de correção. Aduz, ainda, que existem diferenças entre os serviços prestados pela
Novakoasin em relação à empresa Telvent, mencionado como parâmetro na análise do contrato.
Em que pesem os argumentos apresentados, a Coordenadoria V entendeu não existir pertinência
da metodologia adotada pela CET para justificar o preço contratado. Com efeito, na década que
separa as duas contratações o panorama tecnológico sofreu uma evolução exponencial em
comparação com as décadas anteriores. Os equipamentos eletrônicos e tecnológicos
popularizaram-se, causando a queda dos preços devido à economia de escala. As
telecomunicações evoluíram, foram criadas novas opções de comunicação entre a central e os
equipamentos de campo, melhorando as condições de prestação dos serviços. Destacou que
todos estes elementos (equipamentos eletrônicos, tecnologia, telecomunicações) são insumos no
contrato analisado, e o fato de estes serem hoje comercializados por valores muito inferiores aos
de uma década atrás torna imperativa a realização de uma pesquisa de mercado. E nem se alegue
que no caso a exclusividade inviabilizaria a pesquisa de mercado. Tal argumento somente
poderia ser acolhido caso a Administração comprovasse que a revitalização fosse a opção mais
vantajosa, o que dependeria da análise dos preços praticados pelo mercado para a aquisição de
novos equipamentos, o que não ocorreu, como discutido no tópico anterior. Outrossim, a CET
não pode escudar-se na inexigibilidade com o objetivo de eximir-se da obrigação de realizar a
pesquisa de mercado necessária à aferição da economicidade dos preços e da demonstração da
vantajosidade dos serviços. Com relação à adequação do IPCA, a Auditoria entendeu que a
questão foge ao discutido nos autos, uma vez que nenhum índice de correção monetária
consegue traduzir as alterações tecnológicas ocorridas no prazo de 12 anos. Assim, concluiu que
os argumentos veiculados nas defesas não possuem o condão de infirmar a ofensa ao artigo 26,
parágrafo único, inciso III da LF 8.666/93, apontada no relatório inicial. Falta de comprovante
de inscrição no cadastro de contribuintes. O relatório de análise de contratação apontou a
necessidade de apresentação dos seguintes documentos da contratada: Estatuto Social, Ata da
Assembleia de eleição dos diretores e comprovante de inscrição no cadastro de contribuintes
estadual e municipal. Para a empresa trata-se de mera irregularidade formal. Para o então
Secretário, o processo administrativo obedeceu o disposto no artigo 40 do DM 44.279/2003, o
qual não exige a apresentação de comprovante de inscrição nos cadastros de contribuintes
municipal e estadual. A Auditoria entendeu que a referida legislação pode ser aplicada ao caso
em tela, tornando correto o procedimento adotado, motivo pelo qual reviu esse apontamento. a)
Previsão de subcontratação, cessão e transferência e a contratação por inexigibilidade. Restou
apontada a contradição entre a previsão da cláusula décima terceira do contrato (fl. 331) e a
contratação direta por exclusividade (art. 25, I da LF 8666/93). A empresa admitiu a ilegalidade
e ressaltou que o contrato administrativo possui a natureza de um contrato de adesão e que as
hipóteses não foram levadas a efeito durante a execução dos serviços. O ex-secretário informa
que a subcontratação de tarefas de menor relevância é aceitável e concorda com a
impossibilidade de cessão e transferência. A Auditoria entendeu que a subcontratação pode ser
admitida em tese, mesmo na contratação direta, uma vez que a empresa contratada pode deter a
expertise para prestar o serviço como um todo, sem estar obrigada a executar com suas forças
todas as atividades-meio. É o que ensina Marçal Justen Filho: “Diversa é a situação quando a
obrigação é de meio. Quando o contratado tiver o dever de elaborar a prestação, a transferência
de encargos ou aquisição de bens de terceiros caracteriza a subcontratação relevante para a
Administração. É claro que não se chegaria ao extremo de exigir que o escultor promovesse
pessoalmente a extração do mármore da natureza ou que o pintor fabricasse as tintas para usar na
elaboração de um quadro – exemplos tradicionais de obrigação de meio no âmbito do direito
privado”. A adequação da medida deve ser aferida no caso concreto, nos termos do instrumento
convocatório e mediante a comprovação da viabilidade e satisfatoriedade da subcontratação.
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Contudo, no presente caso, a cláusula que trata da subcontratação não faz qualquer menção ao
tipo de serviço que poderá ser aceito pela Administração. Tal indefinição conduz
necessariamente ao entendimento de que será admitida a subcontratação de qualquer serviço, em
qualquer quantidade, tornando nula a previsão. Assim, tendo em vista que a interpretação lógica
do instrumento contratual demonstra a incompatibilidade entre o fundamento legal da
contratação (art. 25, I da LF 8.666/93) e a cláusula décima terceira, a nulidade acima
demonstrada macula o ajuste, tornando-o irregular. b) Ilegalidades no objeto contratado. Neste
item apontou-se que as regras de execução dos serviços não estão previstas no contrato
administrativo já que, de acordo com o item 1.1 da Cláusula primeira, a contratada se
compromete a prestar os serviços nos termos de sua proposta, ferindo o inciso II do art. 55 da LF
8.666/93. Alegou a empresa contratada que a cláusula não é obrigatória e que o não atendimento
da legislação neste item não implica a irregularidade do contrato. Já a defesa do ex-Secretário
aduz que a proposta integra o contrato, salientando que as respectivas condições e especificações
constaram no ofício enviado à empresa para que esta enviasse sua proposta. Defende, ainda, a
legalidade do prazo da garantia de fornecimento de módulos sobressalentes, de 10 anos, e que a
previsão visa assegurar a aquisição das peças mesmo após o encerramento do contrato, “(...) não
podendo a contratada descontinuar a fabricação de equipamentos para reposição” (fl. 258). No
tocante à obrigatoriedade da inserção da cláusula referente à forma de execução dos serviços, a
Auditoria entendeu que a letra da lei é suficientemente clara ao determinar que o contrato seja
expresso neste ponto. Ressaltou que a obediência à forma prescrita em lei é uma das
características do contrato administrativo, em homenagem ao princípio da segurança jurídica,
sem a qual receberá a coima de nulo. Novamente citou Marçal Justen Filho, que defende posição
favorável à tese da auditoria: “O texto do caput do art. 55 induz à necessidade de que todo
contrato administrativo contenha as cláusulas enumeradas nos diversos incisos. Porém, nem
todas as hipóteses dos diversos incisos são realmente obrigatórias. Ou seja, a ausência de
algumas delas descaracteriza um contrato administrativo e acarreta a nulidade da avença. Quanto
a outras cláusulas, sua presença é desejável, mas não obrigatória. São obrigatórias as cláusulas
correspondentes aos incs. I, II, III, IV e VIII”. A questão do prazo definido no item 1.2 da
mesma cláusula é igualmente problemática. Anotou a Auditoria ser evidente que a
Administração não possui a prerrogativa de vincular o particular para além da vigência do
contrato e que qualquer pretensão neste sentido é nula de pleno direito. Ora, a regra contida no
artigo 57 da LF 8.666/93, relativa ao prazo da contratação, possui natureza cogente (ius
publicum privatorum pactis mutari non potest), sendo nulas as disposições contratuais em
contrário. Ademais, o inciso XI do mesmo artigo 55 da lei de licitações e contratos dispõe que
todo contrato administrativo deve conter cláusula informando acerca da “vinculação ao edital de
licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante
vencedor”. Para a Coordenadoria, se bastasse incluir previsão de que o contrato repete o edital e
a proposta, por qual motivo o legislador incluiria no artigo 55 os incisos I a X, XII e XIII? Ou,
noutra via, seria razoável a existência de um contrato sem o objeto e seus elementos
característicos (inciso I)? Por que então aceitar que este não contenha os elementos exigidos no
inciso II? Por fim, registrou que, na interpretação da lei, o legislador não insere palavras inúteis
no texto legal, tampouco faz exigências para serem descumpridas. Neste caso cabe a utilização
da máxima “Verba cum effectu, sunt accipienda”, a qual literalmente significa que se deve-
compreender as palavras como tendo alguma eficácia. Sendo assim, reiterou o entendimento
inicialmente esposado. c) Ilegalidade na prestação da garantia. Verificou-se que a garantia foi
prestada em duas parcelas, referentes a 5% do valor ofertado para cada fase da contratação. O
procedimento foi considerado irregular por contrariar os termos do art. 56, §2º da LF 8.666/93,
ressaltando-se que entre a devolução do valor da primeira parte da garantia após a emissão do
termo de aceitação da revitalização dos equipamentos e a prestação da segunda parcela pela
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contratada não haveria nenhuma garantia contratual. Defende-se a contratada alegando que
haveria ônus desproporcional na prestação integral da garantia. O ordenador da despesa assegura
que não há a possibilidade de ocorrer um período sem garantia e, no tocante à forma de
prestação, lembra que a exigência é uma prerrogativa discricionária da Administração, podendo
ser exercida conforme a conveniência do órgão. AUD ponderou, em relação ao argumento da
contratada, que o custo da garantia é repassado ao valor da proposta, sendo, na prática, suportado
pela Administração. Quanto aos demais argumentos, entendeu que o valor da garantia pode
corresponder ao valor da fase em que se encontram os serviços prestados, uma vez que o valor a
ser exigido é uma opção discricionária da Administração cujo limite superior é previsto em lei.
Na mesma esteira, o risco de haver lapso temporal entre a devolução da primeira parcela da
garantia e a prestação da segunda é admitido como opção discricionária da Administração. Dessa
forma, após a apreciação das defesas apresentadas pelos Responsáveis e da análise das
justificativas ofertadas pela Origem, na manifestação derradeira da Auditoria, remanesceram as
seguintes irregularidades na contratação: a) Justificativa para contratação direta por
inexigibilidade insuficiente, em infringência ao artigo 25, inciso I e 26 da LF 8.666/93 e artigos
2º, I e 13 a 17 do DM 44.279/2003. b) Justificativa de preços insuficiente, em detrimento do
artigo 26, parágrafo único, III da LF 8.666/93. c) O objeto contratado está em desacordo com o
art. 54, §1º, artigo 55 da LF 8.666/93 e artigo 27 da LM 13.278/2002, no que se refere ao prazo
contratual. (folhas 520/523 em 21/08/2014) A Assessoria Jurídica de Controle Externo
acompanhou a manifestação da Auditoria, opinando pela irregularidade da contratação,
notadamente em razão da ausência de justificativa para a contratação direta, por inexigibilidade,
infringindo o artigo 25, inciso I e artigo 26 da Lei Federal 8.666/93 e aos artigos 2º, inciso I, 13
ao artigo 17 do Decreto Municipal 44.279/2003, bem como à insuficiência de justificativa de
preços, ferindo o artigo 26, parágrafo único, inciso III da Lei 8.666/93, e, ainda, em razão da
ausência da inserção de cláusula referente à forma de execução dos serviços, em desacordo com
o artigo 54, § 1ª e artigo 55 da Lei Federal 8.666/93 (folhas 526/534 em 05/02/15). A
Procuradoria da Fazenda Municipal propugnou pela regularidade da contratação ou, ao menos,
pela aceitação dos efeitos financeiros. A Secretaria Geral, na esteira da Auditoria e da Assessoria
Jurídica de Controle Externo, opinou pela irregularidade do contrato. É o relatório. Voto: Depois
de apreciadas as defesas dos Responsáveis e da empresa Contratada e analisadas as justificativas
ofertadas pela Origem, a Auditoria concluiu pela irregularidade do contrato por remanescerem as
seguintes infringências: 1) Justificativa para contratação direta por inexigibilidade insuficiente,
em infringência ao artigo 25, inciso I e 26 da Lei Federal 8.666/93 e artigos 2º, inciso I e 13 a 17
do Decreto Municipal 44.279/2003; 2) Justificativa de preços insuficiente, em detrimento do
artigo 26, parágrafo único, inciso III da Lei Federal 8.666/93; e 3) O objeto contratado está em
desacordo com o artigo 54, §1º e artigo 55 da Lei Federal 8.666/93 e artigo 27 da Lei Municipal
13.278/2002, no que se refere ao prazo contratual. No mesmo diapasão foram os pareceres da
Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, opinando pela irregularidade da
contratação, notadamente em razão da ausência de justificativa para a contratação direta, da
insuficiência de justificativa de preços e, ainda, em razão de não constar expressamente no
contrato a forma de sua execução, mas, sim, como referência aos termos da proposta da
contratada. Ante o exposto, com amparo nos pareceres da Subsecretaria de Fiscalização e
Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da Secretaria Geral, cujos
fundamentos adoto como razões de decidir, JULGO IRREGULAR O CONTRATO 5/2007,
dada a ausência de justificativa para a contratação direta, por inexigibilidade, infringindo o artigo
25, inciso I e artigo 26 da Lei Federal 8.666/93, a insuficiência de justificativa de preços, ferindo
o artigo 26, parágrafo único, inciso III da Lei 8.666/93, e, ainda, em razão da ausência da
inserção de cláusula referente à forma de execução dos serviços, em desacordo com o artigo 54,
§ 1º e artigo 55 da Lei Federal 8.666/93. Todavia, considerando que o contrato já foi
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encerrado, com a consequente execução do objeto, sem que haja notícia ou constatação de
prejuízo ao erário nos autos e, ainda, diante da necessidade de serem preservadas as
relações jurídicas já consolidadas, ACOLHO, em caráter excepcional, os seus EFEITOS
FINANCEIROS. Expeça-se Ofício à Secretaria Municipal de Transportes, fazendo constar
DETERMINAÇÃO para que, nos casos futuros, sejam cumpridos, com rigor, os apontamentos
feitos pela Auditoria, a saber: 1. É imprescindível que a justificativa dos preços contratados seja
decorrente de pesquisa prévia de mercado, não sendo suficiente a alegação de que os preços
contratados são compatíveis com os valores praticados no mercado pela empresa Contratada ou
com os preços praticados em outros contratos administrativos. Não há como se considerar
suficiente para justificar os preços a simples atualização do valor do último contrato, firmado em
1996, ou seja, uma década antes. Isso porque, como bem asseverou a Auditoria, “na década que
separa as duas contratações o panorama tecnológico sofreu uma evolução exponencial em
comparação com as décadas anteriores. Os equipamentos eletrônicos e tecnológicos
popularizaram-se, causando a queda dos preços devido à economia de escala. As
telecomunicações evoluíram, foram criadas novas opções de comunicação entre a central e os
equipamentos de campo, melhorando as condições de prestação dos serviços”. Assim, imperativa
a realização de nova pesquisa de mercado com o fim de verificar se os elementos, que são
insumos no contrato, tais como equipamentos eletrônicos, tecnologia e telecomunicações, são
hoje comercializados por valores inferiores. 2. Justificar a contratação por inexigibilidade,
demonstrando a exclusividade na prestação dos serviços – no caso, a revitalização do sistema
anterior – e desde que a revitalização – no lugar da aquisição de novos equipamentos – fosse
comprovadamente a opção mais vantajosa. Cumpridas as formalidades legais, arquivem-se os
autos. Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro Maurício Faria: Conforme se
verifica dos autos, a insuficiência da justificativa da contratação restou comprovada diante da
ausência de estudos técnicos hábeis a demonstrar a pertinência da opção pela revitalização e
manutenção do CTA-2 em relação à aquisição de um novo sistema, o que comprometeu a
legalidade da contratação direta por inexigibilidade, na medida em que a contratação somente se
justificaria caso restasse comprovada a vantajosidade da revitalização e manutenção do sistema
antigo. Os documentos constantes do processo administrativo revelam que os equipamentos de
campo eram inoperantes ou obsoletos e que, por isso, a revitalização demandaria a substituição
de equipamentos, software, hardware (modernização tecnológica), com previsão de aquisição de
35 novos controladores. Tal cenário reforça a necessidade de verificação pela Administração
Pública da viabilidade econômica de aquisição de um novo sistema frente aos custos de
revitalização e manutenção dos equipamentos de campo. A respeito do assunto, reproduzo, pela
pertinência, as considerações feitas pela Auditoria às fl. 521 dos autos: "Cumpre destacar que a
legalidade da contratação direta não seria questionada caso fossem apresentados dados e estudos
hábeis a comprovar que a revitalização do sistema foi uma melhor opção que a aquisição de nova
estrutura por meio de certame público." No tocante à justificativa de preços, consta dos autos que
ao avaliar os preços propostos pela Contratada, a Origem utilizou como parâmetro o valor
contratado em junho de 1994, atualizado pelo IPCA até outubro de 2006, método considerado
inadequado para justificar os preços praticados. Além disso, a equipe auditora não teve
condições de precisar se os cálculos e raciocínios estavam corretos, pois não foram juntadas as
correspondentes demonstrações. A declaração formal da área técnica da Companhia de
Engenharia de Tráfego - CET de que o preço contratado é compatível como o mercado não é
suficiente para demonstrar a razoabilidade dos preços contratados. Mesmo se assim não fosse, a
razoabilidade do preço poderia ter sido demonstrada em função da atividade anterior e futura do
próprio particular, o que não ocorreu. Nesse sentido, Marçal Justen Filho: (...) O contrato com a
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Administração Pública deverá ser praticado em condições econômicas similares com as adotadas
pelo particular para o restante de sua atividade profissional(...).19
Dessa forma, na esteira das
manifestações dos órgãos técnicos e da Secretaria Geral, cujas razões passam a fazer parte
integrante deste voto, julgo irregular o Contrato 05/07. Participaram do julgamento os
Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque,
23 de setembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Edson Simões – Relator.” B)
REVISOR CONSELHEIRO MAURÍCIO FARIA – 2) TC 1.193/15-02 – Secretaria
Municipal de Cultura – SMC – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – Masp –
Prestação de Contas da Subvenção recebida no exercício de 2014: R$ 1.681.990,00
ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, considerando o recolhimento
dos recursos referente ao rendimento financeiro auferido pela poupança, no valor R$ 2.727,44
(dois mil, setecentos e vinte e sete reais e quarenta e quatro centavos), pela não aplicação dos
recursos disponíveis no mercado financeiro e as conclusões alcançadas pela Subsecretaria de
Fiscalização e Controle desta Corte, pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pela Secretaria
Geral, em julgar regular a prestação de contas da subvenção concedida ao Museu de Arte de São
Paulo Assis Chateaubriand – Masp, referente ao exercício de 2014, no valor de R$ 1.681.990,00
(um milhão, seiscentos e oitenta e um mil e novecentos e noventa reais), quitando a entidade
beneficiária. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, uma vez cumpridas as
formalidades legais, o arquivamento dos autos. (v. publ. DOC de 24/9/2015, pág. 104).
Relatório: Trata o presente da análise da Prestação de Contas de Subvenção, concedida ao
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, no exercício de 2014, no valor de R$
1.681.990,00 (um milhão, seiscentos e oitenta e um mil novecentos e noventa reais). A
Coordenadoria III procedeu à respectiva análise, concluindo que a Prestação de Contas estaria
em condição de merecer acolhimento, com ressalva para a não aplicação do numerário recebido
no mercado financeiro, conforme demonstrado na letra F do item 11, nos termos dos Decretos
20.735/85 e 28.340/89. Oficiada a entidade para conhecimento e defesa das conclusões
alcançadas, esta encaminhou comprovante de pagamento de Documento de Arrecadação do
Município de São Paulo – DAMSP no valor R$ 2.727,44 (dois mil setecentos e vinte e sete reais
e quarenta e quatro centavos), em fls. 54 a 56, referente ao rendimento financeiro auferido pela
poupança caso os recursos tivessem sido aplicados nos termos da legislação pertinente, como
apurado pela Auditoria. Em nova análise a Coordenadoria III retificou a conclusão anteriormente
alcançada “no sentido de que o presente processo de prestação de contas da Subvenção recebida
no exercício de 2014 pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, no valor
de R$ 1.681.990,00 (um milhão, seiscentos e oitenta e um mil, novecentos e noventa reais), está
em condições de merecer acolhimento”. A Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria
Geral manifestaram-se pelo acolhimento das Contas prestadas, com outorga de quitação à
entidade interessada. É o relatório. Voto: Cabe ressaltar que a entidade procedeu ao
recolhimento dos recursos referente ao rendimento financeiro auferido pela poupança, no valor
R$ 2.727,44 (dois mil setecentos e vinte e sete reais e quarenta e quatro centavos), pela não
aplicação dos recursos disponíveis no mercado financeiro. Considerando o recolhimento e as
conclusões alcançadas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle, pela Procuradoria da
Fazenda Municipal e pela Secretaria Geral, que passam a integrar o presente, julgo REGULAR a
Prestação de Contas da Subvenção concedida ao Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateaubriand – MASP, referente ao exercício de 2014, no valor de R$ 1.681.990,00 (um
19 Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 15. ed. São Paulo: Dialética. 2012, p. 447.
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milhão, seiscentos e oitenta e um mil, novecentos e noventa reais), quitando a entidade
beneficiária. Cumpridas as formalidades legais, arquivem-se os autos. Participaram do
julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Domingos Dissei e João Antonio.
Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro
Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Edson
Simões – Relator.” – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO MAURÍCIO
FARIA – 1) TC 1.470/09-00 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM e de
Celso Jorge Caldeira interpostos contra V. Acórdão de 12/3/2014 – Relator Conselheiro Roberto
Braguim – Serviço Funerário do Município de São Paulo – SFMSP – Balanço referente ao
exercício de 2008 (Acomp. TCs 2.432/08-68, 972/09-15, 973/09-88, 1.221/09-06, 1.543/09-74 e
1.669/09-02). Após o relato da matéria, o Conselheiro Maurício Faria – Relator conheceu do
recurso interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, ante a presença dos
pressupostos de admissibilidade delineados no artigo 140 do Regimento Interno deste Tribunal,
mas deixou de conhecer do recurso voluntário interposto pelo Senhor Celso Jorge Caldeira,
Superintendente, à época, do Serviço Funerário do Município de São Paulo, por intempestivo.
Ainda, que o Conselheiro Maurício Faria – Relator, quanto ao mérito, negou provimento ao
apelo da PFM, mantendo, na íntegra, o V. Acórdão recorrido, por seus próprios e jurídicos
fundamentos. Ademais, o Conselheiro Domingos Dissei – Revisor, consoante voto proferido em
separado, acompanhou o Conselheiro Maurício Faria – Relator no que se refere ao conhecimento
do recurso da PFM e não conhecimento daquele interposto pelo Senhor Celso Jorge Caldeira,
por ser intempestivo, e, no mérito, deu provimento ao apelo do Órgão Fazendário, para que seja
reformado o V. Acórdão recorrido, com o fito de serem aprovadas as Contas do Serviço
Funerário do Município de São Paulo, relativas ao exercício de 2008. Afinal, na fase de votação,
o Conselheiro Edson Simões solicitou vista dos autos, o que foi deferido.” (Certidão) 2) TC
836/15-55 – Erick Vilela Mariano – Secretaria Municipal de Educação – SME – Representação
em face do Pregão Eletrônico 007/2015, cujo objeto é o registro de preços para o fornecimento
de bolsa para o programa Mãe Paulistana/Rede Cegonha ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e
discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da representação, uma vez que
preenchidos os pressupostos de validade, conforme o disposto no artigo 113, § 1º, da Lei Federal
8.666/93, bem como no artigo 55 do Regimento Interno desta Corte, e, no mérito, considerando,
em especial, a constatação feita pela Auditoria de que houve a participação de 38 empresas no
certame, o que demonstra que o prazo de 10 (dez) dias fixados para entrega dos produtos não se
mostrou restritivo à competitividade do procedimento licitatório, como alegado pelo
representante, em julgá-la improcedente. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o
cumprimento do artigo 58 do Regimento Interno deste Tribunal, com o posterior arquivamento
dos autos. Relatório: Trata-se de Representação interposta por Erick Vilela Mariano (fls. 02/10),
com pedido de suspensão liminar em face do Edital de Pregão Eletrônico 007/2015, deflagrado
pela Secretaria Municipal de Saúde com o objetivo de registrar preços para o fornecimento de
bolsa para o Programa Mãe Paulistana/Rede Cegonha. Numa análise preliminar, em 21.02.2015,
houve o indeferimento do pedido de suspensão imediata do certame (fls. 54/55 e 58), sem
embargo de análise mais detida decorrente da instrução processual. A sessão pública foi aberta
em 20.02.15 e, em 31/03/2015, foi publicado no D.O.C. o Extrato da Ata de Registro de Preço
101/2015, identificando como Detentora a empresa N.M.FORTE BRINDES – ME. O único
questionamento feito pelo Representante, relativo ao exíguo prazo de entrega dos produtos20
,
20 subitem 5.9 da minuta da Ata de Registro de Preços: "O prazo máximo para entrega do produto será de 10 (dez)
dias úteis, contados da data do recebimento pela DETENTORA de cada ordem de fornecimento."
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restou analisado pela Auditoria às fls. 75/76, com parecer conclusivo pela sua improcedência, e
calcado nas justificativas apresentadas pela Área Técnica da Origem (Rede de Proteção à Mãe
Paulistana/Rede Cegonha) e pela Assessoria Jurídica da SMS (fls. 64/66), quando esta última se
manifestou diante da impugnação apresentada contra o mesmo certame. Nesse sentido, cabe a
transcrição da manifestação proferida, vazadas nos seguintes termos: "[...] o prazo de 10 (dez)
dias já vem sendo praticado e costumeiramente atendido pelas empresas detentoras das Atas de
RP pelo menos durante os três últimos anos. Note-se que o presente certame não é inédito, o
Programa Mãe Paulistana conta com o item ora referido há algum tempo, e outras licitações
sobre o tema já foram realizadas com idêntico prazo de entrega, o que, via de regra, legitimaria
tal solicitação eis que parece ser executável. [...] o estoque apontado no edital refere-se ao
estoque de segurança da Pasta, ou seja, além da previsão de solicitação de 10.000 bolsas, a Pasta
necessita de uma entrega extraordinária, e única, 15 dias após a assinatura do contrato, de modo
a manter (a Pasta) um estoque de segurança. Essa entrega de segurança é certa e determinada,
carecendo as demais entregas de emissão de ordem de fornecimento, nos termos do item 5.9 da
minuta da Ata de RP." Com isso, o órgão técnico concluiu pela improcedência da Representação
interposta por Erick Vilela Mariano, contra o edital do Pregão Eletrônico 007/2015, destacando,
ao final, que da lista das propostas de preços classificadas por meio do sistema eletrônico (fls.
70/73) constatou-se a participação de 38 empresas, o que demonstra que o prazo de dez dias não
restringiu a competitividade do procedimento licitatório como alegado pelo representante.
Considerando a inexistência de questão jurídica remanescente, os autos foram encaminhados
diretamente para a Procuradoria Geral do Município que, por sua vez, manifestou-se pelo
conhecimento e improcedência da Representação. No mesmo sentido foi o parecer da Secretaria
Geral que pugnou pelo seu conhecimento e improvimento. É o Relatório. Voto: Conheço da
Representação, vez que preenchidos seus pressupostos de validade, conforme o disposto no art.
113, parágrafo 1º da Lei Federal 8.666/9321
, bem como no art. 55 do Regimento Interno do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo22
. No mérito, acompanho os pareceres unânimes
pela sua improcedência, considerando, em especial, a constatação feita pela Auditoria de que
houve a participação de 38 empresas no certame, o que demonstra que o prazo de dez dias
fixados para entrega dos produtos não se mostrou restritivo à competitividade do procedimento
licitatório, como alegado pelo Representante. Envie-se cópia do presente julgado aos
interessados. Após, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros
Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da
Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 23 de
setembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator.” 3) TC
399/13-80 – Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Centro de Tratamento Psicológico e
Terapêutico Decisão Ltda.-EPP – Inspeção – Análise de supostas irregularidades, relatadas pelo
21 Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito
pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação pertinente, ficando os órgãos interessados da
Administração responsáveis pela demonstração da legalidade e regularidade da despesa e execução, nos termos da
Constituição e sem prejuízo do sistema de controle interno nela previsto. § 1° Qualquer licitante, contratado ou
pessoa física ou jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle
interno contra irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do disposto neste artigo. 22 Art. 55. A representação ou denúncia sobre matérias de competência do Tribunal deverá preencher os seguintes
requisitos: I - ser formalizada por petição escrita ou ser reduzida a termo; II - referir-se a órgão, administrador ou
responsável sujeito à jurisdição do Tribunal; III - estar acompanhada de documentos que constituam prova ou
indícios relativos ao fato denunciado ou à existência de ilegalidade ou irregularidade; IV - conter o nome legível e a
assinatura do representante ou denunciante, sua qualificação e endereço. § 1º - Em se tratando de representação ou
denúncia formulada por cidadão, é indispensável à prova de cidadania, mediante a juntada à inicial de cópia do
título de eleitor ou documento que a ele corresponda. § 2º - Quando formulada por partido político, associação ou
sindicato, a inicial deverá ser acompanhada de prova da existência legal da entidade.
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Ministério Público do Estado de São Paulo, referentes à gestão do Contrato 038/SMS.G/2011
(R$ 773.760,00 est.), cujo objeto é a prestação de assistência na área da saúde a portadores de
dependência de substâncias psicoativas que necessitem de cuidados de reabilitação em regime de
internação para atender a demanda, submetida à regulação do complexo Regulador Municipal
ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro
Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à
unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos resultados
alcançados na inspeção examinada, uma vez que atendeu sua finalidade. Acordam, ainda, à
unanimidade, em determinar que a Secretaria Municipal da Saúde – SMS adote medidas efetivas
com vistas à fiscalização rotineira dos contratos, com a realização de visitas técnicas periódicas
às instituições. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o encaminhamento do
relatório e voto do Relator e respectivo Acórdão ao Ministério Público do Estado de São Paulo e
à SMS. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as providências de praxe, o
arquivamento dos autos. Relatório: Trata-se de processo, na modalidade Inspeção, instaurado
em razão do recebimento do Ofício 3752/2012, da D. Promotoria de Justiça de Direitos
Humanos/Saúde Pública do Ministério Público do Estado de São Paulo, que encaminhou cópia
integral do Procedimento 543/2012 instaurado em razão de Representação interposta pela
Vereadora Juliana Cardoso e pelo então Deputado Estadual Adriano Diogo, referente às
irregularidades praticadas no âmbito do Contrato 038/SMS.G/2011, firmado entre a Secretaria
Municipal de Saúde e o Centro de Treinamento Psicológico e Terapêutico Decisão Ltda.,
localizado no munícipio de Cajamar. Os Representantes noticiaram irregularidades ocorridas no
âmbito do Contrato 038/SMS.G./2011, tendo por objeto a prestação de assistência a portadores
de dependência de substâncias psicoativas que necessitem de cuidados de reabilitação em regime
de internação para atender demanda submetida à regulação do complexo regulador municipal, as
quais podem ser assim resumidas: (i) ocorrência de incêndio, em novembro de 2011, no interior
do citado Centro de Treinamento, que culminou no óbito de um paciente; (ii) celebração de
Termo Aditivo, em março de 2012, para ampliação do número de leitos contratados; (iii) ciência,
pela Secretaria Municipal de Saúde, do incêndio e do óbito do paciente somente após denúncia
feita por familiar de um ex-interno que informava ter ocorrido maus tratos, falta de remédios,
ausência constante de psiquiatras na unidade e coação aos pacientes internados; (iv) constatação,
em vistoria realizada em 11 de maio de 2012, de várias deficiências no local, tendo a
Municipalidade somente nesta ocasião iniciado os procedimentos para remoção dos pacientes e
posterior rescisão contratual; e (v) ausência de providências efetivas pela Secretaria Municipal
de Saúde, como por exemplo, a notificação para a Vigilância Sanitária. Requereram, assim, a
apuração dos fatos noticiados, bem como a responsabilidade dos envolvidos nos âmbitos cível e
criminal em razão das inobservância dos preceitos legais estabelecidos na Constituição Federal e
demais textos legais em vigor. Remetidos os autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle, foi
elaborado o Relatório de Inspeção, no qual se concluiu que os fatos noticiados na Representação
eram procedentes, com destaque para as seguintes constatações: (i) o motivo de desligamento do
paciente informado pela Clínica Decisão à Secretaria Municipal de Saúde foi de alta
administrativa, em desacordo com o efetivamente ocorrido; (ii) o Contrato 038/2011 foi
precedido de Visita Técnica realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, oportunidade em que
a equipe técnica concluiu favoravelmente à contratação da instituição, sugerindo ajustes
pontuais; (iii) diante das irregularidades constatadas, o Contrato 38/2011 foi rescindido em
14.05.12, multa foi aplicada à Contratada, todos os pacientes que estavam internados por meio
da Secretaria Municipal de Saúde permaneceram na clínica apenas até o dia 16.05.2012 e a
Secretaria informou aos órgãos competentes as irregularidades encontradas em suas vistorias;
(iv) não há rotina de visitas às seis instituições que prestam serviços de assistência a portadores
de dependência de substâncias psicoativas pela à Secretaria Municipal de Saúde, sendo que uma
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das clínicas não recebe visita da Secretaria há 11 (onze) meses; e (vii) os relatórios de visitas não
estavam assinados e arquivados de forma organizada. A Assessoria Jurídica de Controle Externo
acompanhou as conclusões da Especializada. Intimados a Origem, os responsáveis, os
representantes legais das Clínicas de Assistência a Dependentes de Psicoativos (fl.101), e o
representante legal da contratada, apresentaram esclarecimentos: Ressurgir Centro de
Reeducação Psicossocial, Clínica Padre Haroldo, Lourdes Massae S. Furugem (Gerente de
Controle da Secretaria Municipal de Saúde), Senhor Januário Montone (ex-Secretário Municipal
da Saúde) e Senhor José de Filippi Júnior (Secretário Municipal da Saúde, à época). As
justificativas apresentadas pela Clínica Padre Haroldo e pelo Centro de Reeducação Psicossocial
Ressurgir se restringiram a descrever suas atribuições, defendendo a inexistência de vínculo com
a Clínica Decisão. As defesas apresentadas pelo então Secretário Municipal de Saúde, pelo
Secretário anterior e pela Gerência de Controle estão baseadas nos mesmos fundamentos, quais
sejam: (i) a Secretaria de Saúde foi surpreendida com a notícia de ocorrência de maus tratos a
um paciente, sendo que, na mesma correspondência, havia relato sobre a ocorrência de um
incêndio em novembro de 2011, que teve como consequência o óbito de dois pacientes; (ii) a
Instituição apresentou toda a documentação técnica exigida e quando da realização da vistoria
foi apontada a necessidade de melhorias estruturais, assim como ajustes no projeto terapêutico,
com posterior emissão de parecer favorável; (iii) a Licença de Funcionamento pressupõe que o
estabelecimento foi aprovado na vistoria realizada pelos agentes de Vigilância Sanitária local e,
por isso, a equipe da Secretaria depreendeu que a Instituição não oferecia riscos à saúde dos
pacientes; (iv) antes de firmar o Termo Aditivo 01/2012 a equipe técnica realizou a vistoria,
assinalando os ajustes necessários, os quais não resultariam em riscos à saúde dos pacientes e
funcionários e consequentemente não representavam óbices para firmar o aditivo; (v) após
ciência das irregularidades, a Secretaria Municipal de Saúde constatou que a Instituição omitiu a
informação sobre o episódio ocorrido com o paciente Davi da Silva, e em razão da gravidade dos
fatos a equipe técnica recomendou a rescisão do contrato, a aplicação de multa e a transferência
dos pacientes para outras clínicas e o acionamento de Conselhos Regionais; e (vi) a equipe
encontrou dificuldades para operacionalizar as visitas, todavia, apresentaram cronograma de
visitas para o ano de 2013. Ao analisar os esclarecimentos da Origem, a Auditoria manteve as
conclusões iniciais, no que foi acompanhada pela Assessoria Jurídica de Controle Externo. A
Procuradoria da Fazenda Municipal e a Secretaria Geral opinaram pelo conhecimento e registro
da Inspeção. Durante a instrução processual, o Ministério Público requereu informações sobre o
respectivo andamento. É o Relatório. Voto: A presente Inspeção foi originada por provocação do
Ministério Público do Estado de São Paulo que encaminhou a esta Corte cópia integral do
Procedimento 543/2012, instaurado em virtude de Representação apresentada pela Vereadora
Juliana Cardoso e pelo então Deputado Estadual, Adriano Diogo, noticiando irregularidades no
Contrato firmado com o Centro de Tratamento Psicológico Terapêutico Decisão Ltda.
Analisando os procedimentos adotados pela Secretaria Municipal de Saúde no âmbito do
Contrato 38/SMS.G/2011 e os controles exercidos pela Secretaria sobre prestadores de serviços
de assistências a dependentes de psicoativos, a Auditoria desta E. Corte constatou que a
Secretaria Municipal de Saúde só tomou ciência do incêndio e do óbito do paciente Davi da
Silva seis meses após o incidente, por meio de denúncia. Apurou, também, a ausência de uma
rotina de visitas às instituições que prestavam serviços de assistência a portadores de
dependência de substâncias psicoativas, sem a assinatura e arquivamento adequado dos
relatórios técnicos de visitas. Constatou também que a Secretaria Municipal de Saúde rescindiu o
Contrato 38/2011 em 14/05/12, com aplicação de multa à Contratada e comunicação das
irregularidades encontradas aos órgãos competentes. A Origem, por sua vez informou que todos
os pacientes foram transferidos para outras clínicas, e quanto à rotina de visitas esclareceu que a
equipe encontrou dificuldades para operacionalizá-las, todavia, as áreas técnicas conseguiram se
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estruturar, apresentando o cronograma de visitas para o ano de 2013. Assim, considerando que a
presente Inspeção, à vista das manifestações dos órgãos técnicos, bem como dos pareceres da
Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Geral, atendeu a sua finalidade, CONHEÇO
dos resultados alcançados no processo em exame e determino que a Secretaria Municipal de
Saúde adote medidas efetivas com vistas à fiscalização rotineira dos contratos, com a realização
de visitas técnicas periódicas às instituições. Após as providências de praxe, arquivem-se os
autos, com o envio dos termos do voto e respectivo acórdão ao Ministério Público do Estado de
São Paulo e à Secretaria Municipal de Saúde. Participaram do julgamento os Conselheiros
Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da
Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 23 de
setembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator.” 4) TC
1.266/12-31 – Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e Instituto
Social Santa Lúcia – Convênio 026/Smads/2012 R$ 2.432.081,30 – Prestação do(s) serviço(s)
denominado(s) de Espaço de Convivência para Adultos em Situação de Rua – Tenda (Tramita
em conjunto com o TC 1.267/12-02) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos,
dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do
Relator, em julgar regular o Convênio 026/Smads/2012, relevando as falhas constatadas, uma
vez que destituídas de conteúdo suficiente para macular o ajuste. Acordam, ainda, à
unanimidade, em expedir determinação à Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social – Smads para que, no futuro, diligencie no sentido de não mais incorrer
nas impropriedades e falhas como as constatadas nestes autos. Relatório e voto englobados: v.
TC 1.267/12-02. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei – Revisor, Edson
Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Roberto Braguim –
Presidente; a) Maurício Faria – Relator.” 5) TC 1.267/12-02 – Secretaria Municipal de
Assistência e Desenvolvimento Social – Smads e Instituto Social Santa Lúcia –
Acompanhamento – Verificar se a execução do Convênio 026/Smads/2012 (R$ 2.432.081,30),
cujo objeto é a prestação do(s) serviço(s) denominado(s) de Espaço de Convivência para Adultos
em Situação de Rua – Tenda, está de acordo com o Plano de Trabalho bem como a regularidade
da prestação de contas (Tramita em conjunto com o TC 1.266/12-31) ACÓRDÃO: “Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Maurício Faria. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular a execução parcial do
Convênio 026/Smads/2012, relevando as falhas constatadas, uma vez que destituídas de
conteúdo suficiente para macular o ajuste. Acordam, ainda, à unanimidade, em expedir
determinação à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Smads para
que, no futuro, diligencie no sentido de não mais incorrer nas impropriedades e falhas como as
constatadas nestes autos. Relatório englobado: Em julgamento o TC 1.266/12-31, que cuida da
análise formal do Convênio 026/SMADS/2012 que tem por objeto a prestação do serviço
denominado Espaço de Convivência para adultos em situação de rua – Tenda, no distrito de Bela
Vista da Região da Sé, e o TC 1.267/12-02, que trata do acompanhamento de sua execução. Nos
autos do TC 1.266/12-31, a Auditoria desta Corte assinalou as seguintes impropriedades: (i)
infringência ao princípio da anualidade e descumprimento do art. 60 da Lei Federal 4.320/64,
com a realização de despesa sem prévio empenho no valor de R$ 896.155,41; (ii) falta de
especificação e quantificação da contrapartida a ser prestada pela conveniada; (iii) ausência de
data, rubrica e assinatura no edital; (iv) falta de apresentação da inscrição no CNPJ e do estatuto
social da entidade; (v) ausência de evidências de designação de representante da Administração
para acompanhamento; (vi) ausência de disponibilização de todas as informações na página
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eletrônica da Prefeitura; e (vii) inexistência de informações sobre a ciência da celebração do
Convênio à Câmara Municipal. Por sua vez, no que tange ao Acompanhamento da Execução do
Convênio 026/2012, realizada para o período de fevereiro a abril/2012, constante do TC
1.267/12-02, a Auditoria apontou as seguintes impropriedades: (i) falta de comprovação da
realização da avaliação da qualidade das atenções prestadas; (ii) ausência de elaboração dos
indicadores de reintegração familiar, tempo de permanência, inserção e acompanhamento,
participação da vida comunitária e inserção sócio produtiva; (iii) inadequação do próprio
municipal onde se realiza o serviço; (iv) impossibilidade de verificação exata do valor aplicado
com o montante reservado para fundo de reserva; (v) para o pagamento dos serviços de
contabilidade, não foram anexados à Descrição Mensal de Despesa - DESP os respectivos
documentos fiscais comprobatórios; (vi) impossibilidade de verificação do percentual exato das
despesas com telefone, diante da falta de demonstração da forma como é realizado o rateio entre
os demais convênios mantidos pela Entidade; (vii) impossibilidade de verificação da aplicação
em caderneta de poupança ou em aplicação financeira; (viii) pagamento antecipado dos serviços;
(ix) os itens 13, 14 e 21 da Cláusula Quinta do Termo de Convênio não se aplicam ao tipo de
serviço executado; (x) entrega intempestiva da Declaração Mensal da Execução do Serviço
Socioassistencial - DEMES dos meses de março e abril/12; (xi) ausência de data com o
protocolo da Unidade de Prestação de Contas – UPC na Declaração Trimestral de
Gerenciamento dos Recursos Financeiros - DEGREF relativa ao primeiro trimestre de 2012, não
sendo possível verificar se foi entregue na data indicada para a prestação de contas; (xii)
impossibilidade de verificação da tempestividade da entrega da Grade de Atividades Semestral -
GRAS; (xiii) ausência de data nas Declarações Mensais de Despesa - DESPs relativas aos meses
de março e abril/12; (xiv) entrega intempestiva da planilha RESUP referente ao período de
março e abril de 2012; e (xvi) ausência de data de recebimento pela contabilidade da Secretaria
das planilhas de liquidação apresentadas. Ao final, sugeriu as seguintes recomendações: (i)
adequação das cláusulas contratuais ao objeto do convênio; (ii) realização de controle de estoque
pela Conveniada dos itens do almoxarifado para otimizar a utilização do repasse, comprando os
itens cujos estoques estejam baixos; e (iii) realização pela Coordenadoria de Assistência Social
dos protocolos dos documentos recebidos no dia da prestação de contas como forma de
evidenciar a tempestividade da entrega pela entidade conveniada. Remetidos os autos à
Assessoria Jurídica de Controle Externo, esta sugeriu a remessa de ofício à Origem para
manifestação. Devidamente intimados, a Origem, a Conveniada e a responsável pela área
auditada manifestaram-se sobre todos os apontamentos feitos pela Especializada. Ao analisar as
justificativas apresentadas, a Auditoria: a) nos autos do TC 1.266/12-31 (análise formal do
convênio), manteve as conclusões de seu relatório inicial, com exceção do apontamento relativo
à ciência da celebração do Convênio à Câmara Municipal, dada sua inaplicabilidade no presente
caso; e b) nos autos do TC 1.267/12-02 (acompanhamento da execução contratual), retificou os
apontamentos dos itens 2.1 (não comprovação da realização da avaliação da qualidade das
atenções prestadas), 2.4 (impossibilidade de cruzamento exato do valor aplicado com o montante
reservado para o fundo de reserva), 2.11 (ausência de data com o protocolo da Unidade de
Prestação de Contas - UPC na Declaração Trimestral do Gerenciamento dos Recursos
Financeiros - DEGREF relativa ao primeiro trimestre/12) e 2.13 (ausência de data nas
Declarações Mensais de Despesas - DESP relativas aos meses de março e abril/12). Alterou o
apontamento do item 2.12, eis que a entrega da Grade de Atividade Mensal havia sido realizada
fora do prazo previsto no Termo de Convênio. Quanto às demais anotações, manteve as
conclusões anteriores. A Assessoria Jurídica de Controle Externo acompanhou as análises
realizadas pela Especializada, tendo o Sr. Assessor Subchefe de Controle Externo ressaltado, nos
autos do TC 1.266/12-31, que as regras de empenhamento merecem a necessária adaptação às
peculiaridades dos convênios, tendo esta E. Corte já decidido pelo acolhimento a despeito da
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ocorrência de insuficiência de empenhamento, ante a ausência de comprovação de dolo ou má-fé
e de prejuízo ao erário. Outrossim, manifestou-se pela relevação da ausência de data, rubrica e
assinatura no edital, conforme decisões deste E. Tribunal e, quanto à divulgação na página
eletrônica da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, sem a
disponibilização de todas as informações previstas, entendeu que a falha não se mostra capaz de
comprometer o Convênio. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o acolhimento do
Convênio e da execução contratual ora examinados. A Secretaria Geral, encerrando a instrução
processual, nos autos do TC 1.266/12-31 acompanhou o parecer do Sr. Assessor Subchefe de
Controle Externo, e, nos autos do TC 1.267/12-02, manifestou - se pela irregularidade da
execução contratual. É o Relatório. Voto englobado: Entendo, com base na jurisprudência desta
Corte, que a ausência de data, rubrica e assinatura no edital, assim como a ausência de
disponibilização de todas as informações na página eletrônica da Secretaria não se apresentam
como elementos suficientes à conclusão de um julgamento pela irregularidade. Registre-se os
seguintes julgados proferidos neste sentido: TCs 1.351.11-28, 1.983.08-96 e 1.731.09-84. Além
disso, outro apontamento feito inicialmente foi retificado durante a instrução processual, qual
seja: a inexistência de informações sobre a ciência da celebração do Convênio à Câmara
Municipal. Quanto à apresentação da inscrição no CNPJ e do Estatuto Social da Conveniada à
época da celebração do ajuste, a impropriedade restou superada com a juntada aos autos de tais
documentos, comprovando sua validade, devendo, contudo, a Origem nos futuros convênios
exigir a apresentação de tal documentação no momento da celebração do ajuste. De igual forma,
entendo que a ausência de designação do representante da Administração para acompanhamento
da execução, no caso concreto, não se mostra capaz de comprometer o Convênio. A respeito da
quantificação da contrapartida a ser prestada pela Conveniada, esclareceu a Origem que foram
especificados os profissionais disponibilizados, bem como a estrutura física do espaço destinado
à realização de encontros, seminários, reuniões e processos de capacitação e que, por tratar-se de
recursos compartilhados com outros serviços conveniados, isso dificultou a especificação do
valor que lhe corresponde. Dessa forma, entendo que os esclarecimentos prestados elidem a
falha apontada. No entanto, restou o empenhamento de recursos em valor insuficiente para
atendimento da despesa prevista para o exercício, bem como a realização de despesa sem prévio
empenho no valor de R$ 896.155,41. Sobre tal ocorrência a Origem alegou e comprovou a
emissão dos empenhos 84.742 e 93.526, totalizando R$ 1.164.486,76, sendo que os empenhos
relacionados no Relatório de Análise do Convênio 24.790 e 40.514, foram realizados após a
liberação de cotas orçamentárias e financeiras, conforme Despacho Inter secretarial 41/2012 –
Ofício 79/SMADS/2012. Assim, embora a Lei Federal 4.320/64 não excepcione a hipótese de
convênio da incidência da regra do prévio empenho para a realização das despesas da
Administração Pública, entendo que, in casu, a falha merece ser relevada, conforme
entendimento expressado pelo Assessor Subchefe de Controle Externo e pela Secretaria Geral,
bem como em razão dos precedentes desta Corte de Contas, TCs 3.850.06/00 e 1.436/07-00.
Dessa forma, tendo a Origem demonstrado que os empenhos emitidos foram suficientes para
arcar com as despesas do exercício, entendo que a extemporaneidade da emissão das notas de
empenho não é passível de, por si só, macular substancialmente o ajuste, merecendo a relevação
excepcional. No tocante ao Processo TC 1.267/12-02, que trata da execução parcial do Convênio
026/SMADS/2012, os apontamentos feitos indicaram fragilidade e falhas nos procedimentos
adotados, todavia, ficaram adstritos à análise formal, sem aprofundamento sobre sua
materialidade, com destaque para aspectos de controle e formalizações documentais. Nos autos
ora examinados é de destacar-se, ainda, a natureza essencial, relevante e continuada dos serviços
objeto do Termo de Convênio, instrumentalizando a parceria entre o Poder Público Municipal e
a Organização Social sem fins lucrativos para execução dos serviços incluídos dentre os
inúmeros programas na área de assistência social do Município de São Paulo, habilitado à
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Gestão Plena do Sistema Único da Assistência Social – SUAS23
. Além disso, diante a
similaridade da matéria, reitero meu posicionamento expressado por ocasião do julgamento, de
forma englobada, dos TCs 593.11-21, 649.11-84, 595.11-57, 650.11-63, 1.017.11-56 e 1.11-04,
nos quais os Convênios examinados foram acolhidos à unanimidade por esta E. Corte. Nestes
processos, ponderei que por se tratar de convênio, não obstante os apontamentos feitos pela
Auditoria, havia nos autos elementos que aconselhavam a prudência do Julgador no sentido da
aplicação mais branda do ordenamento jurídico em relação às falhas e infringências de natureza
formal que remanesceram não relevadas pelos órgãos técnicos, considerando, por um lado, as
justificativas de defesa, que em sua grande maioria se demonstraram pertinentes e razoáveis em
face das normas infralegais aplicáveis à espécie, e por outro lado, considerando a constatação de
que, por serem formais, as impropriedades não implicavam diretamente em eventuais prejuízos
ao Erário ou mesmo na realização dos serviços conveniados. Nestes termos, e considerando os
elementos constantes dos autos, julgo regulares o Convênio 026/SMADS/2012, Processo TC
1.266/12-31, e a sua execução parcial, TC 1.267/12-02, relevando as falhas assinaladas, vez que
destituídas de conteúdo suficiente para macular o ajuste. Por fim, determino à Origem para que,
no futuro, diligencie no sentido de não mais incorrer nas impropriedades e falhas como as
constatadas nestes autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Domingos Dissei –
Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme
Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a)
Roberto Braguim – Presidente; a) Maurício Faria – Relator.” – PROCESSOS RELATADOS
PELO CONSELHEIRO CORREGEDOR DOMINGOS DISSEI – 1) TC 1.497/08-78 –
Embargos de Declaração opostos por Simone de Souza Brito em face do V. Acórdão de
28/8/2013 – Relator Conselheiro Domingos Dissei – Subprefeitura Santana/Tucuruvi – SP-ST e
Plena Terceirização de Serviços Ltda. – Prestação de serviços de limpeza manual de bocas de
lobo, através de equipes 2) TC 1.276/08-09 – Recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal –
PFM interposto contra V. Acórdão de 16/10/2013 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales –
Pricewaterhousecoopers Serviços Profissionais Ltda. e Companhia de Engenharia de Tráfego –
CET – Denúncia acerca do Contrato 77/2008 celebrado entre a Companhia e a Universidade
Municipal de São Caetano do Sul, decorrente da Tomada de Preços 01/2008/CET, cujo objeto é
a prestação de serviços de avaliação e certificação de competências de aproximadamente 3.100
empregados ocupantes de 15 cargos do plano de carreira, cargos e remuneração da CET 3) TC
924/13-59 – Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo –
Prodam-SP S.A. e Sersil Transportes Ltda. – Pregão Eletrônico 05.001/2011 – Contrato CO-
08.01/12 R$ 1.547.332,80 est. – Rescisão Unilateral de Contrato Administrativo (DOC de
10/8/2012) – Contratação de empresa especializada para a prestação de serviço de transporte,
compreendendo veículos, motoristas, manutenção e conservação completa, serviços de higiene e
limpeza e combustível, com quilometragem ilimitada 4) TC 4.905/14-37 – São Paulo Turismo
S.A. – SPTuris e Sodexo Pass do Brasil Serviços e Comércio S.A. – Contrato CCN/GCO 150/13
R$ 9.127.599,10 – Prestação de serviços de administração, gerenciamento, emissão, distribuição
e fornecimento de documentos de legitimação – vale alimentação e vale refeição, na forma de
créditos a serem carregados em cartões eletrônicos, magnéticos ou smartcards, destinados aos
diretores, empregados (efetivos e temporários), estagiários e aprendizes da São Paulo Turismo
S.A. – SPTuris, com o credenciamento de estabelecimentos especializados. “O Conselheiro
Domingos Dissei – Relator requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso IV, do
Regimento Interno desta Corte, a retirada de pauta dos citados processos, para melhores estudos,
o que foi deferido.” (Certidões) – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO
JOÃO ANTONIO – 1) TC 4.181/00-53 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Planova
23 Resolução da Comissão Inter gestora Bipartite nº 09, de 15/09/2015.
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Planejamento e Construções S.A. – Contrato 007/2000-Sehab/Habi R$ 530.214,69 – Serviços de
demolições e reformas emergenciais dos alojamentos existentes nas áreas denominadas Abrigo
Lidiane, Abrigo Provisório Tiro ao Pombo e Abrigo Provisório City Jaraguá ACÓRDÃO:
“Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar irregular o Contrato 007/2000-
SEHAB/HABI, celebrado por dispensa de licitação entre a Secretaria da Habitação e
Desenvolvimento Urbano e empresa Planova Planejamento e Construções Ltda., considerando
que no decorrer da instrução processual, a Equipe de Engenharia deste Tribunal apontou que o
preço unitário do serviço código 90.03.01 – reforma/reparos em alojamentos de madeira – nível
A não estava justificado tecnicamente por apresentar incompatibilidade com o praticado na
municipalidade, devido a duplicidade na aplicação do BDI. Acordam, ainda, à unanimidade, em
determinar que a Secretaria de Negócios Jurídicos promova as medidas administrativas ou
judiciais para ressarcimento da diferença calculada, no montante de R$ 31.584,96 (trinta e um
mil, quinhentos e oitenta e quatro reais e noventa e seis centavos), devidamente corrigida.
Acordam, também, à unanimidade, em determinar a expedição de ofício à Controladoria Geral
do Município para ciência e acompanhamento das providências ora adotadas, arquivando-se,
após, estes autos. Relatório: Cuida o TC 4.181.00-53 da análise do contrato 007/2000-
SEHAB/HABI, celebrado entre a Prefeitura do Município de São Paulo, através da Secretaria da
Habitação e Desenvolvimento Urbano e Planova Planejamento e Construções Ltda., para
execução de serviços de demolições e reformas nas áreas denominadas “Lidiane, Tiro ao Pombo
e City Jaraguá”, no valor de R$ 530.214,69. Encaminhados os autos à Assessoria Jurídica, a
especializada concluiu pelo acolhimento do ajuste sugerindo o acompanhamento da execução
contratual, tendo em vista que já havia ultrapassado o prazo estipulado no ajuste (fls. 150/151).
Por seu turno AUD ao analisar a contratação, considerou regular sua formalização endossando o
apontado pela Assessoria Jurídica no sentido de se acompanhar o cumprimento do serviço (fls.
153/154). Em cumprimento à determinação de acompanhamento da execução dos serviços a
Assessoria de Engenharia concluiu que o preço unitário do serviço 90.03.01 – Reforma/Reparos
em alojamentos de madeira – nível A não está justificado tecnicamente, é incompatível com os
preços oficiais da municipalidade, em virtude de ter incidido em duplicidade o BDI. Ressaltou
ainda a especializada que as obras objeto do ajuste estão concluídas, como comprovam a
medição final e o despacho que determinou o cancelamento do saldo das Notas de Reserva e
Empenho de Recursos (fls. 159/194vº). Em nova manifestação a Assessoria Jurídica reiterou o
posicionamento no sentido de acolhimento do ajuste, ressalvando a necessidade de providências
quanto ao preço não justificado e incompatível com os praticados na municipalidade (fls. 197).
Instada a se manifestar, a Origem prestou esclarecimentos, asseverando que o preço unitário
proposto pela contratada está dentro da faixa de valores orçamentários aceitáveis, estando,
portanto, justificado e compatível com o praticado no mercado à época da contratação (fls.
226/337). Às fls. 344/345, a Assessoria Jurídica requereu preliminar manifestação da Assessoria
de Engenharia, que em sua informação de fls. 348/349vº considerou insuficientes os
esclarecimentos prestados pela Origem mantendo seu posicionamento anterior. Retornando os
autos à Assessoria Jurídica, o assessor jurídico preopinante concluiu, à vista do acrescido não
merecer acolhimento o ajuste sob exame (fls. 352/353). Todavia a Ilustre Assessora Subchefe,
bem como, o D. Assessor Chefe, teceram considerações concluindo ser possível o acolhimento
do ajuste (fls. 354/364), com fundamento na instrução do TC 4.180.00-90. Por seu turno a PFM
(fls. 366/368) manifestou-se opinando pelo acolhimento do ajuste, diante da ausência de dolo,
má-fé ou qualquer prejuízo ao Erário. A Secretaria Geral entendeu caracterizada a situação
emergencial no momento da contratação, manifestando-se pelo acolhimento do ajuste consoante
os pareceres precedentes da Chefia da Assessoria Jurídica de Controle Externo. É o relatório.
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Voto: Em julgamento o contrato 007/2000-SEHAB/HABI, celebrado por dispensa de licitação
entre a Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano e empresa Planova Planejamento e
Construções Ltda., para execução de serviços de demolições e reformas nas áreas denominadas
“Lidiane, Tiro ao Pombo e City Jaraguá”, no valor de R$ 530.214,69 (quinhentos e trinta mil,
duzentos e catorze reais e sessenta e nove centavos). No decorrer da instrução processual, a
Equipe de Engenharia deste Tribunal apontou que o preço unitário do serviço código 90.03.01 –
Reforma/Reparos em alojamentos de madeira – nível A não estava justificado tecnicamente por
apresentar incompatibilidade com o praticado na municipalidade, devido a duplicidade na
aplicação do BDI. Em sua defesa, a Origem enfatizou que o equívoco cometido pela
gerenciadora não foi intencional, provavelmente ocorrido à época dentro do contexto da situação
emergencial que se apresentava. Frisou que, apesar do engano cometido no orçamento, o preço
unitário estaria dentro da faixa de valores orçamentários aceitáveis, estando, portanto, justificado
e compatível com o praticado no mercado à época da contratação. Entretanto, essa não foi a
conclusão alcançada pela Auditoria que, após exame da documentação encartada nos autos,
apontou uma diferença de R$ 31.584,96 (trinta e um mil, quinhentos e oitenta e quatro reais e
noventa e seis centavos) suportada a maior pela Administração. Diante de todo o exposto,
JULGO IRREGULAR o contrato 007/2000-SEHAB/HABI, celebrado por dispensa de licitação
entre Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano e empresa Planova Planejamento e
Construções Ltda. Considerando que os valores foram apurados no curso da execução contratual,
determino que a Secretaria de Negócios Jurídicos promova as medidas administrativas ou
judiciais para ressarcimento da diferença calculada, no montante de R$ 31.584,96 (trinta e um
mil, quinhentos e oitenta e quatro reais e noventa e seis centavos), devidamente corrigida.
Expeça-se ofício à Controladoria Geral do Município para ciência e acompanhamento das
providências ora adotadas. Em razão do tempo transcorrido, deixo de apenar os agentes
responsáveis à época. Após, arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros
Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da
Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 23 de
setembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator.” 2) TC
10.213/94-02 – Secretaria Municipal de Habitação – Sehab e Construtora OAS Ltda. – TAs 2º de
1º/11/1994 (adoção de novo cronograma físico-financeiro), 3º de 23/12/1994 R$ 1.672.412,79
(adoção de projetos e respectivas plantas, adoção de planilhas orçamentárias e acréscimo do
valor contratual), 4º de 24/2/1995 R$ 2.992,00 (acréscimo de planilhas orçamentárias,
cronograma físico-financeiro e acréscimo do valor contratual), 5º de 28/3/1995 (adoção de novo
cronograma físico-financeiro), 6º de 31/3/1995 R$ 8.174,41 (adoção de planilhas orçamentárias,
cronograma físico-financeiro e acréscimo do valor contratual), 7º de 28/4/1995 (adoção de novo
cronograma físico-financeiro), 8º de 31/5/1995 R$ 399,04 (adoção de planilhas orçamentárias,
cronograma físico-financeiro e acréscimo do valor contratual) 9º de 30/6/1995 (adoção de
cronograma físico-financeiro), 10º de 31/7/1995 R$ 5,21 (adoção de planilhas orçamentárias,
cronograma físico-financeiro e acréscimo do valor contratual), 11º de 24/8/1995 R$ 910.000,00
(acréscimo do valor contratual), 12º de 11/9/1995 R$ 826,20 (adoção de planilhas orçamentárias,
cronograma físico-financeiro e acréscimo do valor contratual), 13º de 29/9/1995 (adoção de novo
cronograma físico-financeiro), 14º de 18/10/1995 R$ 1.157.438,50 (acréscimo do valor
contratual), 15º de 31/10/1995 (adoção de cronograma físico-financeiro), 16º de 30/11/1995
(adoção de cronograma físico-financeiro), 17º de 31/1/1996 (adoção de cronograma físico-
financeiro e prorrogação do prazo contratual), 18º de 30/4/1996 (adoção de planilhas
orçamentárias sem alteração do valor contratual), 19º de 5/7/1996 (adoção de cronograma físico-
financeiro e prorrogação de prazo), 20º de 30/8/1996 R$ 2.397.329,89 (ampliação do objeto
contratual, adoção de planilhas orçamentárias, aumento do valor contratual, adoção de
cronograma físico-financeiro e prorrogação de prazo contratual), 21º de 30/9/1996 (adoção de
TRIBUNAL DE CONTAS DO
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novo cronograma físico-financeiro), 22º de 31/10/1996 (adoção de novo cronograma físico-
financeiro), 23º de 29/11/1996 (adoção de cronograma físico-financeiro), 24º de 30/12/1996
(adoção de cronograma físico-financeiro, prorrogação de prazo e adoção de planilhas
orçamentárias), 25º de 30/1/1997 (adoção de cronograma físico-financeiro), 26º de 10/4/1997
(adoção de cronograma físico-financeiro), 27º de 18/6/1998 (retificação da Cláusula Quinta do
20º TA, alterando a prorrogação de 151 dias a partir de 31/8/1996 e não como constou e
retificação da Cláusula Primeira do 24º TA, alterando a prorrogação de 121 dias a partir de
29/01/1997 e não como constou ), relativos ao Contrato 002/94-Habi (R$ 9.524.965,26 e 1º TA
de 30/9/1994 R$ 677.261,66) julgado em 28/2/1996 – Execução das obras de urbanização e
verticalização das favelas: Jardim Maninos, Água Branca, Vila Nova Jaguaré, São Remo, Real
Parque/Panorama, Real Parque/Luis de Bragança. “O Conselheiro João Antonio – Relator,
considerando que os serviços extracontratuais, indevidamente acrescidos, e o acréscimo a título
de restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, configuraram
prejuízo ao erário, assim como os acréscimos superaram o limite legal de 25%, em afronta ao
artigo 65, § 1º, da Lei Federal 8.666/93, julgou irregulares os Termos Aditivos 2º ao 27º, firmado
entre a Superintendência de Habitação Popular e a empresa Construtora OAS Ltda.,
determinando à Secretaria de Negócios Jurídicos providências administrativas ou judiciais para
fins de ressarcimento dos valores indevidamente acrescidos, no montante total apurado de R$
3.076.585,67 (três milhões, setenta e seis mil, quinhentos e oitenta e cinco reais e sessenta e sete
centavos), devidamente atualizado. Também, o Conselheiro João Antonio – Relator determinou
a expedição de ofício à Controladoria Geral do Município para ciência e acompanhamento das
providências ora adotadas e, após, o arquivamento dos autos. Ademais, os Conselheiros Edson
Simões – Revisor e Maurício Faria acompanharam, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro
João Antonio – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Domingos Dissei solicitou
vista dos autos, o que foi deferido.” (Certidão) 3) TC 5.007/14-97 – Resmat Prestação de
Serviços de Higienização e Conservação Ltda. – Secretaria Municipal de Coordenação das
Subprefeituras – SMSP – Representação em face do Pregão Presencial 16/SP-SB/2014, cujo
objeto é a prestação de serviços de manutenção e conservação de logradouros públicos, através
de uma equipe ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o
Conselheiro João Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de
São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer da
representação formulada pela empresa Resmat Prestação de Serviços de Higienização e
Conservação Ltda., pois presentes os requisitos regimentais de admissibilidade, e, quanto ao
mérito, em julgá-la prejudicada pela perda superveniente do objeto, uma vez que a Secretaria
Municipal de Coordenação das Subprefeituras – SMSP saneou a omissão ensejadora da
impugnação, conforme pareceres dos órgãos preopinantes desta Corte. Acordam, ainda, à
unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento destes autos.
Relatório: Cuida o TC 5.007.14.97 da Representação formulada pela empresa Resmat Prestação
de Serviços de Higienização e Conservação Ltda., em face do Edital do Pregão Presencial 16/SP-
SB/2014, cujo objeto é a contratação de empresa para prestação de serviços de manutenção e
conservação de galerias e demais dispositivos de drenagem, através de 01 (uma) equipe. Em
síntese, a Representante insurge-se contra a ausência, no Edital do Pregão em questão, de
previsão de apresentação de Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT. A
Representante argumenta que a apresentação de Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, de
acordo com a Lei Federal n. 12.440/2011 e o artigo 642-A, da Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT, tornou-se de observância obrigatória pelos interessados em contratar com o
Poder Público. Ao final, requer o conhecimento da presente Representação, a fim de que a
Origem promova o saneamento da suposta irregularidade, com a inclusão, no Edital, da
exigência da apresentação, pelos licitantes da CNDT, nos termos da referida Lei 12.440/2011.
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Encaminhados os autos à Assessoria Jurídica de Controle Externo, aquela Especializada
concluiu que a Representação preenchia os requisitos de admissibilidade, merecendo ser
conhecida e recebida pelo Conselheiro Relator. No mérito, a AJCE destacou que, realmente, não
se verifica dentre os documentos previstos nos subitens do item 8.3.7 do Edital, a exigência de
apresentação da CNDT, sendo que a referida Certidão está prevista no inciso V, do artigo 29, da
Lei Federal n. 8.666/93, para comprovação da habilitação trabalhista. Oficiada das conclusões
alcançadas na presente Representação, a Origem, às fls. 54, informou que fez a inclusão no
Edital, no subitem, 8.3.7 - Regularidade Fiscal, da exigência de apresentação da Certidão
Negativa de Débitos Trabalhistas, nos moldes da Lei Federal n. 12.440/2011, mantendo-se a data
de abertura do presente certame para o dia 17/12/2014, às 9:00 horas, conforme publicação no
DOC de mesma data, cópia à fl. 56. A Procuradoria da Fazenda Municipal, às fls. 62, considerou
que a Origem acolheu a impugnação feita pela Representante e retificou o Edital, incluindo a
exigência de apresentação da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, motivo da
Representação. Desta forma, uma vez sanada a omissão, requereu o conhecimento da presente
Representação e, no seu mérito, a perda do seu objeto. A Secretaria Geral apontou que a
Representação atendeu os requisitos de admissibilidade previstos nos artigos 54, 55 e seguintes
do Regimento Interno deste Tribunal de Contas, razão pela qual opinou pelo seu conhecimento.
Quanto ao mérito, destacou que, conforme fls. 54 dos autos, a Origem, em resposta ao ofício
desta Corte de Contas, informou que promoveu a retificação do Edital, fazendo a inclusão no
item 8.3.7, Regularidade Fiscal, da previsão de apresentação da Certidão Negativa de Débitos
Trabalhistas, para fins de comprovação da conduta legal trabalhista, segundo os moldes da Lei
Federal 12.440/2011. Apontou, também, que em consulta ao Sistema Átomo, conforme cópias às
fls. 68/72, foi possível a constatação da publicação da Retificação do Edital, da Ata da Licitação
e da Homologação da adjudicação do objeto. Desta forma, entendeu que o procedimento
licitatório ocorreu e encerrou-se normalmente, com a inclusão da exigência de apresentação de
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, de acordo com o disposto no inciso V, do artigo 29,
da Lei Federal n. 8.666/93. Diante de todo o exposto a Secretaria Geral opinou que a
Representação mercearia ser conhecida, pois presentes os requisitos de admissibilidade e, no
mérito, pugnou pela ocasionado a perda superveniente do objeto, face ao saneamento do Edital
promovido pela Origem. É o relatório. Voto: Em julgamento a Representação formulada pela
empresa Resmat Prestação de Serviços de Higienização e Conservação Ltda., em face do Edital
do Pregão Presencial n. 16/SP-SB/2014, cujo objeto é a contratação de empresa para prestação
de serviços de manutenção e conservação de galerias e demais dispositivos de drenagem, através
de 01 (uma) equipe. Após a intimação da Subprefeitura de Sapopemba, destaco que aquele
Órgão promoveu a adequação do referido Edital, fazendo-se nele constar a exigência de
apresentação, pelos licitantes, da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, conforme disposto
na Lei Federal 12.440/2011, conforme retificação do item 8.3.7 – Regularidade Fiscal, publicado
no DOC de 17.12.2014, pg. 64, sanando, assim, a omissão alegada. Diante do exposto,
CONHEÇO da Representação formulada pela empresa Resmat Prestação de Serviços de
Higienização e Conservação Ltda., pois presentes os requisitos regimentais de admissibilidade.
Quanto ao mérito, JULGO-A PREJUDICADA PELA PERDA SUPERVENIENTE DO
OBJETO, uma vez que a Origem saneou a omissão ensejadora da impugnação, conforme
pareceres dos Órgãos preopinante desta Corte, que acolho como razão de decidir. Destaco,
também, que após a correção promovida pela Origem, o Certame desenvolveu-se normalmente,
conforme documentos colacionados aos presentes autos. Após as comunicações de praxe,
arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor,
Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno
de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Roberto
Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator.” – PROCESSOS DE REINCLUSÃO –
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CONSELHEIRO PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM – 1) TC 847/04-19 – São Paulo
Transporte S.A.– SPTrans e Araguaia Engenharia Ltda. – Contrato 2003/118 R$ 5.994.207,24 –
Prestação de serviços de manutenção civil corretiva e preventiva no corredor de ônibus Nove de
Julho/Santo Amaro (Tramita em conjunto com o TC 2.454/04-77) ACÓRDÃO: “Vistos,
relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Presidente
Roberto Braguim, após determinação de Sua Excelência, na 2.828ª S.O., para que lhe fossem
conclusos a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os Conselheiros
Maurício Faria – Relator, Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Acordam
os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por maioria, pelos votos dos
Conselheiros Domingos Dissei – Revisor e Edson Simões, ambos com voto proferido em
separado, votando o Conselheiro Presidente Roberto Braguim para efeito de desempate, com
fundamento no artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o artigo 26,
inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Casa, em julgar irregular o Contrato 2003/118,
considerando que os serviços contratados não se caracterizam como de utilização habitual e
rotineira, requisitos necessários para utilização de ata de registo de preços, exigindo execução
prévia de projetos de engenharia. Vencidos os Conselheiros Maurício Faria – Relator, nos termos
do relatório e voto, e João Antonio, que julgaram regular o ajuste. Acordam, afinal, à
unanimidade, em determinar o envio de cópia deste Acórdão ao Ministério Público do Estado de
São Paulo. Relatório e voto englobados: v. TC 2.454/04-77. Voto em separado englobado
proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei: v. TC 2.454/04-77. Voto em separado
englobado proferido pelo Conselheiro Edson Simões: v. TC 2.454/04-77. Voto de desempate
englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Roberto Braguim: v. TC 2.454/04-77.
Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Relator, Edson Simões e João
Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente,
com voto; a) Domingos Dissei – Conselheiro Revisor prolator do voto da corrente vencedora,
designado para redigir o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta
Corte.” 2) TC 2.454/04-77 – São Paulo Transporte S.A. – SPTrans e Araguaia Engenharia Ltda.
– Acompanhamento – Execução Contratual – Verificar se o Contrato 2003/118 (R$
5.994.207,24), cujo objeto é avaliar se as obras relativas ao corredor exclusivo de ônibus Passa
Rápido Nove de Julho, trecho Nove de Julho – Rua Groenlândia foram desenvolvidas no mês de
maio/2004, de acordo com os requisitos contratuais, bem como se os quantitativos medidos,
passíveis de verificação, correspondem aos realizados (Tramita em conjunto com o TC 847/04-
19) ACÓRDÃO: “Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo
Conselheiro Presidente Roberto Braguim, após determinação de Sua Excelência, na 2.828ª S.O.,
para que lhe fossem conclusos a fim de proferir voto de desempate. Naquela sessão, votaram os
Conselheiros Maurício Faria – Relator, Domingos Dissei – Revisor, Edson Simões e João
Antonio. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, por
maioria, pelos votos dos Conselheiros Domingos Dissei – Revisor e Edson Simões, ambos com
voto proferido em separado, votando o Conselheiro Presidente Roberto Braguim para efeito de
desempate, com fundamento no artigo 14, alínea "h", da Lei Municipal 9.167/80, combinado
com o artigo 26, inciso IX, alínea "a", do Regimento Interno desta Casa, em julgar irregular a
execução do ajuste no período e valores auditados, considerando que na medição de março/2004
foram apropriados serviços não atinentes ao objeto do Contrato 118/2003 e que foram
executados por meio de subcontratação, contrariando cláusula do ajuste, sendo certo que não
foram trazidos elementos capazes de comprovar a reparação do equívoco, qual seja, o seu
estorno, na medição de abril/2004. Acordam, ademais, por maioria, pelos mesmos votos, em não
aceitar os efeitos financeiros e patrimoniais produzidos, determinando a remessa de ofício à São
Paulo Transporte S.A. – SPTrans para que adote as medidas cabíveis ao ressarcimento dos
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valores pagos na medição de março de 2004, não atinentes ao objeto da avença, devidamente
corrigidos. Vencidos os Conselheiros Maurício Faria – Relator, nos termos do relatório e voto, e
João Antonio, que julgaram regular a execução no período examinado, relevando as
impropriedades constatadas. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar o envio de cópia
deste Acórdão ao Ministério Público do Estado de São Paulo. Relatório englobado: Trago a
julgamento a análise do Contrato 18/2003, derivado da utilização da Ata de Registro de Preços
02/SMSP/COGEL/2003, originada da CP 017SMSP/COGEL/2003, bem como a de sua
execução contratual, TCs 847/04-19 e 2.454/04-77, respectivamente, tendo por objeto a
contratação de serviços de manutenção civil no corredor de ônibus Nove de Julho/Santo Amaro,
tendo como interessados a Sptrans e a empresa Araguaia Engenharia Ltda. Sobre o ajuste em
julgamento, os pareceres da Auditoria e da AT-Engenharia abordaram algumas infringências de
natureza formal, bem como a irregularidade relacionada à existência de vício insanável na
licitação que deu origem às Atas utilizadas, em decorrência da incompatibilidade do objeto do
contrato com o Sistema de Registro de Preços, questão esta de maior relevância, e que foi
remetida ao entendimento dos Órgãos Técnicos já consignados nos referidos autos do TC
4.628.03-46, que cuidou da análise da CP 017SMSP/COGEL/2003. Instada a se manifestar, a D.
Assessoria Jurídica de Controle Externo manifestou opinião já externada por ocasião da análise
da referida Concorrência 17/SMSP/COGEL/2002 no sentido de que os serviços contratados não
seriam habituais ou rotineiros, confrontando assim com o artigo 3º da Lei Municipal 13.278/02,
e, portanto, devendo o ajuste ser julgado irregular por acessoriedade. Com a intimação dos
interessados, foram apresentadas as defesas da Origem (fls. 333/354), do Sr. Gerson Luis
Bittencourt (fls. 355/383), do Sr. Eliel Rodrigues Martins (fls. 384/394) e da Contratada (fls.
395/410). Analisados os esclarecimentos, os Órgãos Técnicos mantiveram as conclusões iniciais
pela irregularidade. A Procuradoria da Fazenda Municipal, apropriando-se dos esclarecimentos
oferecidos pelos interessados, reiterou a ausência de irregularidade e de prejuízo ao erário nos
ajustes em exame, bem como a inexistência de dolo ou má-fé dos agentes públicos envolvidos,
propugnando pela regularidade dos contratos. Encerrando a instrução processual da análise do
contrato, a Secretaria Geral acompanhou os Órgãos Técnicos preopinantes pela irregularidade do
instrumento. Não obstante a instrução relatada, por maioria de votos, este Tribunal entendeu
diferentemente, julgando regulares a Concorrência 17/SMSP/COGEL/2002, a Ata de Registro de
Preços 003/SMSP/03 e o Contrato 10/SP-IQ/SF/2003, afastando, por consequência, as
irregularidades então anotadas, pelo que, por medida de economia, deixo de repetir cada uma
delas neste relatório. Por derradeiro, em relação ao Acompanhamento da Execução do Contrato
(TC 2.454.04-77), não obstante a irregularidade decorrente do ajuste principal, houve também
destaque para questão relacionada à medição de Março de 2004, quando foram apropriados
serviços não atinentes ao objeto do Contrato 2003/118, serviços esses executados por
subcontratação, contrariando a cláusula 12.2 do ajuste. Após a oitiva da D. Assessoria Jurídica
de Controle Externo – AJCE, foram apresentadas justificativas pelo presidente da SPTrans, à
época, Sr. Gerson Luis Bittencourt (fls. 137/231), por Eliel Rodrigues Martins (fls. 279/281) e
pela empresa Araguaia (fls. 282/286) e demais interessados. Os Órgãos Técnicos, em nova
manifestação, ratificaram os pareceres pela irregularidade da execução. A Procuradoria da
Fazenda Municipal pugnou pela sua regularidade, ou, em caso de entendimento diverso, que
fossem aceitos os efeitos financeiros e patrimoniais decorrentes. A Secretaria Geral acompanhou
os órgãos técnicos pela irregularidade da execução contratual, no período examinado de
01/05/2004 a 31/05/2004. É o Relatório. Voto englobado: Reitero o voto por mim proferido
quando do julgamento dos TCs 4.858.04-87, 4.628.03-46, 5.811.04-59 e 1.218.05-60 entendendo
serem compatíveis os serviços licitados com o sistema de registro de preços, na forma veiculada
pela Concorrência 17/SMSP/COGEL/2002, ocasião em que julguei regulares as Atas dela
decorrentes e respectivos ajustes. Esse entendimento, aliás, foi confirmado por esta Corte quando
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da apreciação do TC 4.628/03-46, julgando, em grau de recurso, regulares a Concorrência
17/SMSP/COGEL/2002, a Ata de Registro de Preços 003/SMSP/03 e o Contrato 10/SP-
IQ/SF/2003, afastando, por consequência, apontamentos então consignados pelos órgãos
técnicos, os quais, por medida de economia, deixo de pontuar neste voto. Conforme já deduzido,
não se pode afastar de forma absoluta o registro de preços para as situações de manutenção de
infraestrutura instalada, pois uma vez implantada, requer (1) a disponibilidade operacional para
sua manutenção e (2) que essas ações mantenedoras sejam pautadas segundo um plano de
gerenciamento que leve em conta os registros históricos das demandas de recuperação do
sistema instalado, parâmetros que se identificam plenamente com o Sistema de Registro de
Preços. Também não se há que argumentar que os serviços contratados deveriam ser objeto de
licitação específica, precedida de projeto de engenharia, vez que a manutenção, enquanto tal,
seguirá o projeto original já existente. Ademais, não vislumbro problemas em constar na
definição dos custos das soluções de manutenção e restauração alguns itens de serviço que,
eventualmente, se apresentem também em composições ou tabelas destinadas à contratação
de obra nova, na medida em que, se foram executados quando da implantação do
equipamento, e, se necessário for o seu refazimento ou recomposição para fins de
manutenção, esses itens deverão ser novamente utilizados para tal finalidade. O mesmo se
diga quanto aos itens remanescentes das tabelas de preços utilizadas oficialmente pela
Prefeitura de São Paulo quais sejam: Tabela de SIURB e EDIF acrescidos da taxa final
ofertada na licitação dependendo da anuência da detentora, conforme previsão em item
próprio da Ata de Registro de Preços 02/SMSP/COGEL/2003. Tais intervenções serão
sempre necessárias e previsíveis, porém, imensuráveis de antemão, pela própria característica
dos serviços de manutenção, pois, apesar da existência de um inventário e de um plano de
manutenção, têm como quantitativos e localização das intervenções fatores sempre
fundamentados em simples estimativas. Assim, sem maiores delongas, considerando que a
matéria já foi exaustivamente tratada por esta Corte, e em coerência com entendimento já
externado por mim nessas ocasiões, meu voto é pela regularidade do ajuste em exame. Por
sua vez, no que tange ao Acompanhamento parcial da Execução do Contrato 118/2003,
realizado durante o mês de maio 2004, entendo aceitáveis as justificativas apresentadas pela
Origem, anotando que não há nos autos constatação da Auditoria de que os serviços
desenvolvidos no período deixaram de ser executados, ou encontravam-se incompatíveis com
os constantes do Memorial Descritivo vinculado ao ajuste, sendo que as inconsistências
anotadas, em meu entender, remetem à própria imprevisibilidade das intervenções nos
serviços de manutenção. Por esta razão, relevo os apontamentos formalizados, anotando,
ademais, que o julgamento deve levar em consideração o fato de que o acompanhamento em
análise se deu em prazo exíguo da execução das obras, e não após sua total conclusão, o que
inviabiliza um resultado conclusivo efetivo sobre sua adequada execução como um todo. À
vista do exposto, VOTO PELA REGULARIDADE do Contrato 118/2003, bem como de sua
execução no período examinado, relevando as impropriedades anotadas. Oficie-se o
Ministério Público do Estado de São Paulo, encaminhando-se cópia da Decisão proferida, em
atenção aos ofícios encartados aos respectivos processos. (2.828 S. O.) Voto em separado
englobado proferido pelo Conselheiro Domingos Dissei: Senhor Presidente, meu voto é
em sentido contrário ao voto do Nobre Conselheiro Relator: 1. Como se infere dos autos, os
serviços contratados não se caracterizam como de utilização habitual e rotineira, para os
quais não se poderia prever o exato quantitativo a ser demandado pela Administração ou
cujas quantidades e periodicidades tivessem que ser definidas em função de necessidade
futura. 2. Na verdade, os serviços, em sua grande maioria, eram previsíveis e se enquadravam
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naqueles que exigem a execução previa de projetos de engenharia para definição qualitativa e
quantitativa para a sua contratação. 3. Como bem apontado nos pareceres dos órgãos técnicos
e especializados deste Tribunal, o objeto contratado não poderia ser considerado de utilização
frequente, nem padronizado e nem imprevisível, não reunindo, portanto, os requisitos
necessários para utilização de Ata de Registro de Preços. 4. No que diz respeito à Execução
Contratual, verificou-se que, na medição de março/2004, foram apropriados serviços não
atinentes ao objeto do Contrato 118/2003 e que foram executados por meio de
subcontratação, contrariando cláusula do ajuste, sendo certo que não foram trazidos
elementos capazes de comprovar a reparação do equívoco, qual seja, o seu estorno, na
medição de abril/2004. 5. Essas são as razões que me levam a acompanhar as manifestações
da Subsecretaria de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da
Secretaria Geral desta Corte de Contas, que ficam incorporadas neste voto, e julgar
irregulares o Contrato 118/SPTRANS/2003, e sua Execução no período e valores auditados,
não aceitando os efeitos financeiros e patrimoniais produzidos. 6. Proponho a remessa de
ofício à Origem para que adote as medidas cabíveis ao ressarcimento dos valores pagos na
medição de março de 2004, não atinentes ao objeto do 118/2003, devidamente corrigidos.
(2.828ª S. O.) Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Edson Simões:
Acompanho o voto do Conselheiro Revisor Corregedor Domingos Dissei pela irregularidade
do contrato e sua respectiva execução, em decorrência, dentre outros fatores, da total
incompatibilidade entre o objeto contratado em relação ao objeto da Ata de Registro de
Preços (ofensa ao artigo 2º da Lei Federal 8.666/93) apontada pela Auditoria, Assessoria
Jurídica e Secretaria Geral, cujos argumentos incorporo ao presente voto.24 Depois de
analisadas as justificativas apresentadas pela Origem e os argumentos de defesa, a
Subsecretaria de Fiscalização e Controle manteve a sua conclusão pela irregularidade do
Contrato em razão das seguintes infringências: a) incompatibilidade entre o objeto contratado
em relação ao objeto da Ata de Registro de Preços (ofensa ao artigo 2º da Lei Federal
8.666/93); b) ausência dos requisitos legais expressos no artigo 26 do Decreto Municipal
41.772/02, tendo em vista que os serviços contratados não são habituais e rotineiros; c)
majoração dos preços unitários pela adoção de procedimentos não previstos em contrato,
contrariando o item 3.1 da Ata de Registro de Preços; d) incompatibilidade entre os
quantitativos estimados no Edital e as previsões reais dos projetos básicos ou executivos
específicos (ofensa ao artigo 7º, § 4º da Lei Federal 8.666/93); e) ausência de autuação do
procedimento administrativo (afronta ao art. 2º do Decreto Municipal 41.772/02 e ao art. 38
da Lei Federal 8.666/93).” Salientou a Assessoria Jurídica de Controle Externo que o
contrato ora analisado resulta de Ata de Registro de Preços decorrente de procedimento
licitatório julgado irregular por este Egrégio Tribunal de Contas do Município no TC
4.628/03-46 (Relator Cons. Edson Simões), em sessão realizada em 18 de agosto de 2010,
acrescentando ainda: “A nosso ver, o registro de preços de uma série de itens sem
determinação do que seria necessário retrata má definição do objeto e compromete a
24 O Conselheiro Revisor Corregedor Domingos Dissei julgou irregulares o contrato e sua respectiva execução, com
fundamento nas seguintes razões: “Como se infere dos autos, os serviços contratados não se caracterizam como de
utilização habitual e rotineira, para os quais não se poderia prever o exato quantitativo a ser demandado pela
Administração ou cujas quantidades e periodicidades tivessem que ser definidas em função de necessidade futura.
Na verdade, os serviços, em sua grande maioria, eram previsíveis e se enquadravam naqueles que exigem a
execução previa de projetos de engenharia para definição qualitativa e quantitativa para a sua contratação. Como
bem apontado nos pareceres dos órgãos técnicos e especializados deste Tribunal, o objeto contratado não poderia
ser considerado de utilização frequente, nem padronizado e nem imprevisível, não reunindo, portanto, os requisitos
necessários para utilização de Ata de Registro de Preços.”
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regularidade do procedimento. O sistema de registro de preços não é compatível com obras e
serviços de engenharia que dependam de projeto básico específico, a exigir planejamento
individual, tal como acabou por ocorrer no presente caso, em que houve necessidade de
apresentação dos elementos técnicos imprescindíveis para o cumprimento da execução
pretendida. (...) Os argumentos apresentados nas defesas não são capazes de descaracterizar a
natureza das atividades contratadas, as quais, como demonstrado, não pertencem ao objeto da
Ata de Registro de Preços utilizada. Verifica-se, pois, a disparidade entre os objetos, em
evidente afronta aos artigos 2º e 41 da Lei Federal 8.666/93, que cristalizam a
obrigatoriedade da licitação e o princípio da vinculação ao instrumento convocatório,
aplicáveis a todos os contratos administrativos, inclusive àqueles resultantes de atas de
registros de preços. (...) Sendo assim, muito embora o objeto da ata seja excessivamente
abrangente, o que é discutível do ponto de vista de sua legalidade, restou demonstrado que o
serviço contratado não encontra respaldo na ata de registro de preços utilizada.”(fls. 430).” O
referido Acórdão foi reformado, em sede de recurso, por maioria de votos (ocasião em que o
Conselheiro Roberto Braguim manteve a decisão recorrida de Relatoria do Cons. Edson
Simões)25. A Secretaria Geral, na esteira das manifestações da Auditoria e da Assessoria
Jurídica, posicionou-se pela irregularidade do Contrato. Conforme se infere da instrução, os
serviços contratados não se caracterizam como de utilização habitual e rotineira, na forma da
legislação municipal. Nos termos do parecer da Coordenadoria V: “os serviços licitados, em
sua grande maioria, não se enquadram na categoria de serviços comuns, ou seja, aqueles que
não exigem habilitação especial para sua execução e que podem ser executados por qualquer
pessoa ou empresa, por não serem privativos de nenhuma profissão ou categoria especial.
Além disso, os serviços licitados não podem ser considerados de uso habitual ou rotineiro,
para os quais não se possa prever o exato quantitativo a ser demandado pela Administração e
cujas quantidades e periodicidades de contratação tenham que ser definidas em função de
conveniência futura da Administração. Ao contrário, esses serviços, na sua grande maioria,
são previsíveis e se enquadram naqueles para os quais a legislação pertinente exige a
execução prévia de projetos de engenharia para defini-los qualitativa e quantitativamente e,
principalmente, para a contratação dos mesmos.” Quanto a este ponto, alegaram as defesas
que o artigo 3º da Lei Municipal 13.278/02 permite a contratação de “quaisquer serviços”
pelo sistema de registro de preços e, ainda, que o indigitado dispositivo legal refere-se tão-
somente à frequência com que os serviços são contratados. Aduziram, ademais, que o fato de
serviços de engenharia demandarem prévia elaboração de projeto não descaracteriza sua
habitualidade e, portanto, não inviabiliza contratações pelo sistema de registro de preços. No
25 Em sede de recurso, a decisão recorrida foi alterada para o fim de tornar regulares a Licitação e a Ata de Registro
de Preços, por maioria de votos (Conselheiros João Antonio, Maurício Faria e Domingos Dissei), vencido o
Conselheiro Roberto Braguim que negou provimento aos recursos, mantendo o Acórdão que julgou irregulares o
certame e a Ata de Registro de Preços dela decorrente, em razão do seguinte: “Quanto à Concorrência e à Ata de
Registro de Preços, o julgamento considerou as seguintes irregularidades: 1) Os serviços licitados, em sua grande
maioria, não se enquadram na categoria de serviços comuns e não podem ser considerados de uso habitual ou
rotineiro; 2) Esses serviços, na sua grande maioria, são previsíveis e se enquadram naqueles para os quais a
legislação pertinente exige a execução prévia de projetos de engenharia para defini-los qualitativa e
quantitativamente e, principalmente, para a contratação dos mesmos; 3) A previsão de que projetos com objetos
mais específicos, que poderão exigir a utilização de todos os demais itens constantes do Anexo III (Tabelas da
Prefeitura), não são pertinentes ao sistema de registro de preços. Com relação ao contrato, decidiu-se pela sua
irregularidade, visto que em desacordo com a legislação, uma vez que os serviços nele compreendidos deveriam ter
sido objeto de licitação específica, precedida da execução e definição do projeto de engenharia e que, ainda, foi
constatada a adoção no orçamento contratual de uma verba para canteiro de obras de 1% (um por cento) dos custos
diretos, que não estava prevista no edital e não foi justificada nos autos.”
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entanto, conforme a Auditoria e a Assessoria Jurídica -que amparam os seus pareceres no
posicionamento adotado pelo Tribunal de Contas da União sobre o assunto- a correta
aplicação do instituto exige que o uso habitual e rotineiro seja qualificado pela padronização
e imprevisibilidade da necessidade de contratação, nos termos do artigo 26 do Decreto
44.279/03. “Art. 26. Poderão ser objeto de registro de preços os materiais e os serviços,
considerados de uso habitual ou rotineiro, para os quais não se possa prever o exato
quantitativo a ser demandado pela administração, em especial quando houver: I –
necessidade de contratações frequentes, ou; II – conveniência de entregas parceladas, ou; III
– necessidade de atendimento a mais de um órgão ou entidade.” O mesmo entendimento é
asseverado por Marçal Justen Filho26·: “É evidente que somente se admite a adoção do
Sistema de Registro de Preços para contratações frequentes do mesmo objeto, relacionadas a
necessidades permanentes e renováveis. A hipótese pode apresentar configurações diversas
em face de compras e de serviços. No tocante a compras, o registro de preços destina-se
àqueles casos em que o objeto adquirido é consumido ou se exaure em breve espaço de
tempo, gerando necessidade de novas aquisições. Assim se passa com alimentos,
medicamentos, vestuário, material de consumo e assim por diante. Quanto a serviços, a
hipótese apresenta contornos um pouco diversos. É que se admite a contratação de serviços
continuados por determinado período de tempo, o que significa que a necessidade
permanente da Administração não será atendida pelo registro de preços, mas por meio de
contrato de execução continuada. A solução do registro de preços, no tocante a serviços,
relaciona-se com necessidades homogêneas quanto ao objeto, mas que não possam ser
predeterminadas.” Sendo assim, uma vez que as obras contratadas não podem ser
consideradas frequentes, nem padronizadas e nem imprevisíveis, os serviços não reúnem as
condições necessárias à utilização da Ata. Com efeito, a elaboração dos projetos básicos
evidencia a previsibilidade dos serviços contratados, que, nos termos da legislação pertinente,
deveriam ter sido contratados após o regular procedimento licitatório, eis que como obras de
engenharia, não comportam padronização. Destarte, resta comprovada a irregularidade do
contrato, pela ausência das características de padronização e imprevisibilidade que
qualificam os requisitos legais referentes ao uso habitual e rotineiro. De outra parte, a
Auditoria manteve a irregularidade na alteração do valor total da planilha orçamentária
contratual de R$ 5.994.207,24 (cinco milhões, novecentos e noventa e quatro mil, duzentos e
sete reais e vinte e quatro centavos) para R$ 7.319.346,95 (sete milhões, trezentos e dezenove
mil, trezentos e quarenta e seis reais e noventa e cinco centavos), pois, no seu entendimento:
“essa alteração resultou da majoração de todos os preços contratuais pela adoção de
procedimentos não previstos no Contrato, dos quais citamos: Adoção de preços unitários da
Tabela de SIURB com data-base Janeiro/2003; Adoção de preços unitários compostos a
partir de cotações de preços junto a empresas no mercado e/ou utilizando-se de preços de
insumos e valores de mão de obra extraídos de publicações especializadas (data-base
julho/2003, principalmente).” Finalmente, constatou-se que os quantitativos estimados são
inconsistentes em relação aos projetos apresentados, conforme anotação da Auditoria à folha
284: “... os itens de serviço e seus respectivos quantitativos previstos na Ata de Registro de
Preços não guardam nenhuma relação com os itens de serviço e respectivos quantitativos
contratados, contrariando assim o § 4º do art. 7º da Lei Federal 8.666/93.” Tal assertiva foi
evidenciada pela comparação entre os itens das planilhas que dizem respeito ao contrato,
juntadas às fls. 25/33 e aquelas correspondentes à Ata de Registro de Preços, acostadas às fls.
26 (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, p. 153)
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45/69. Merece destaque a posição adotada pela Assessoria Jurídica desta Corte à folha 291:
“No que toca aos quantitativos, também esteados na manifestação da Engenharia,
entendemos que, ainda que o Sistema de Registro de Preços admita a extrapolação da
estimativa prevista na respectiva Ata, a estimativa deve ser feita tendo em vista a demanda da
Administração, sob pena de comprometimento da economia de escala e, consequentemente,
do princípio da economicidade.” Não obstante a inexistência de vedação legal expressa com
relação à utilização da Ata de Registro de Preços existente no Município por órgãos que não
tenham manifestado interesse em participar quando da realização da licitação (os “caronas”),
o uso sem limites mostra-se prejudicial ao interesse público. Isso porque, o Sistema de
Registro de preços visa propiciar à Administração Pública maior agilidade nas contratações
em que tal procedimento se mostre vantajoso, atendendo aos princípios da eficiência e
economicidade. Ocorre que, mesmo sem garantia de que a contratação prevista seja levada a
efeito, a distorção dos quantitativos previstos acaba por aniquilar os objetivos visados por tal
procedimento. O direito de preferência no fornecimento ou prestação, conferido ao vencedor
da licitação, enseja que o proponente diligente e de boa-fé elabore proposta baseada nos
quantitativos previstos pela administração. Disto decorre, conforme pontuado pela Auditoria,
“uma das mais importantes vantagens do sistema de registro de preços, a economia de escala.
Assim, quanto maior a quantidade, menores os preços ofertados. Igualmente, grandes
alterações de quantitativos previstos revelam infringência ao princípio do planejamento,
cristalizado pela Constituição Federal, em seus artigos 165 a 169, bem como pela Lei de
Responsabilidade Fiscal (LC 101/00).” Nesse sentido, comenta o professor Marçal Justen
Filho: “O princípio da isonomia impõe que todos os potenciais interessados tomem ciência da
extensão das contratações que a Administração pretende realizar. Não é possível que uma
licitação aparentemente irrelevante, que não desperta atenção e competição entre os
empresários do setor, seja transformada em uma fonte inesgotável de contratações para o
licitante que a venceu. O princípio da economicidade acarreta vedação a licitações cuja
indeterminação de limites afugentam os empresários sérios e responsáveis. A ausência de
fixação de limites máximos representará um risco muito sério para interessados cuja
capacidade de fornecimento for restrita e delimitada.” No entanto, consoante ponderou a
Coordenadoria V, “é ainda mais grave a constatação de que a contratação em desacordo com
a Ata significa que certos serviços não se submeteram ao procedimento licitatório,
infringindo o artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal.” Nas palavras de Maria Sylvia
Zanella Di Pietro27: “(...) a própria licitação constitui um princípio a que se vincula a
Administração Pública. Ela é uma decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse
público e que se constitui em uma restrição à liberdade administrativa na escolha do
contratante; a Administração terá que escolher aquele cuja proposta melhor atenda ao
interesse público”. Sendo assim, restou demonstrado que o serviço contratado não encontra
respaldo na ata de registro de preços utilizada, nem quanto aos itens, nem quanto às
quantidades contratadas, ferindo os dispositivos supramencionados. Quanto à Execução
contratual tratada no TC 2.454.04, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu por
sua irregularidade em decorrência das seguintes constatações: 1 - Na medição de Março de
2004, foram apropriados serviços não atinentes ao objeto do Contrato 2003/118, serviços
esses executados por subcontratação, contrariando a cláusula 12.2 do ajuste. Embora a
SPTrans reconheça a incorreção apontada, não foram trazidos elementos (cópias
documentais) capazes de comprovar a alegada reparação do equívoco, qual seja, seu estorno
27 (Direito Administrativo, Ed. Atlas, 14ª Ed. p. 301)
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na medição de abril de 2004. 2- Os serviços cuja evolução física foi observada durante o mês
de Maio de 2004, para a readequação do corredor de ônibus na Avenida 9 de Julho, entre o
Túnel Daher Cutait e a Rua Groenlândia, foram referentes aos Contratos nos 2004/003 e
2004/114, não tendo sido apropriados no Contrato 2003/118, objeto da fiscalização
procedida, restando prejudicada a verificação. 3- Os serviços realizados na obra, trecho e
período referidos, são atinentes aos Contratos nos 2004/003 e 2004/114. Assim, a verificação
quanto à sua adequação às especificações do Contrato 2003/118 (ora sob julgamento), objeto
da Ordem de Serviço 6.5.4.0181/04, torna-se desprovida de sentido técnico.” A Assessoria
Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral acompanharam as conclusões alcançadas
pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle. Diante de todo o exposto, com amparo nas
manifestações unânimes da Subsecretária de Fiscalização e Controle, da Assessoria Jurídica
de Controle Externo e da Secretaria Geral, cujos fundamentos adoto como razões de decidir
JULGO IRREGULARES o Contrato 2003/118 e a respectiva Execução Contratual, deixando
de aceitar os efeitos financeiros atinentes ao período e valores auditados, uma vez que, apesar
do tempo decorrido, não há elementos nos autos ou apontamentos da Auditoria comprovando
que os serviços foram de fato realizados e pagos nos termos pactuados e, também, em razão
da ausência de documentos apresentados pela Origem capazes de comprovar o estorno na
medição de abril de 2004 dos serviços não atinentes ao objeto do Contrato 2003/118 (2.828ª
S.O.). Voto de desempate englobado proferido pelo Conselheiro Presidente Roberto
Braguim: Na Sessão Ordinária nº 2.828, foram levados a julgamento, de forma englobada,
os TCs 847/04-19 e 2.454/04-77, que tratam, respectivamente, da análise do Contrato
2003/118, firmado pela São Paulo Transporte S.A. – SPTRANS e Araguaia Engenharia
Ltda., objetivando a prestação de serviços de manutenção civil corretiva e preventiva no
corredor de ônibus Nove de Julho/Santo Amaro, no valor de R$ 5.994.207,24 (cinco milhões,
novecentos e noventa e quatro mil, duzentos e sete reais e vinte e quatro centavos) e do
Acompanhamento de sua Execução. Em tal oportunidade, verificou-se empate nos votos
prolatados, na forma que resumidamente segue. De um lado, o nobre Conselheiro Relator
Maurício Faria julgou regulares o Contrato e sua execução, por considerar que não houve
vício na Licitação que deu origem à Ata de Registro de Preços da qual decorre o presente
Ajuste, uma vez que nos autos do TC 4.628/03-46 este Tribunal já decidiu, em sede recursal,
pela regularidade da Concorrência 17/SMSP/COGEL/2002, da Ata de Registro de Preços
03/SMSP/03 e do Contrato 10/SP-IQ/SF/2003; que não há que se argumentar acerca da
realização de licitação própria e projeto prévio, pois a manutenção seguirá o projeto original;
que não há problemas em constar da tabela de custos itens de serviços que, também, são
destinados à obra nova, vez que, para a manutenção, poderá ser necessário o seu refazimento.
Na análise da execução do Ajuste, ponderou que ela se deu em curto período de tempo, o que
inviabilizaria um resultado sobre a adequada execução do todo; que são aceitáveis as
justificativas trazidas pela SPTRANS; que não há notícias de problemas quanto a ela e que as
inconsistências anotadas referem-se à imprevisibilidade das intervenções de manutenção. O
Relator foi seguido integralmente pelo Conselheiro João Antonio. O Conselheiro Domingos
Dissei, Revisor, julgou irregular a contratação, pois entendeu, entre outras infringências, que
os serviços contratados não se caracterizam como de utilização habitual e rotineira e que, na
sua maioria, eram previsíveis e exigiam execução de projetos de engenharia para sua
contratação, razão pela qual não reuniam requisitos para a utilização da Ata. Também
considerou irregular a execução contratual, deixando de aceitar seus efeitos financeiros, pois
se constatou a apropriação de serviços estranhos ao Contrato e realizados por subcontratação,
e a falta de comprovação da reparação do equívoco. Tais conclusões foram encampadas e
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reforçadas pelo Conselheiro Edson Simões. Diante do empate anunciado, nos termos do
Regimento Interno desta Corte, necessária se faz a intervenção do Presidente para proferir o
voto de desempate, o que agora faço. Inicio por sublinhar, resgatando informações constantes
dos debates, que a Ata de Registro de Preços 02/SMSP/COGEL/2003, suporte do Contrato
2003/118, foi foco do TC 4.628/03-46, no amago do qual resultou acolhida, o que torna
defeso novo debate sobre ela, especialmente no que pertine à possibilidade de sua utilização
nas hipóteses de serviços de engenharia. Desse modo, esse tema não encontra mais espaço
para questionamento nestes autos. Sendo assim, o que se impõe, agora em sede de desempate,
é perquirir em primeiro lugar se a descrição do objeto do contrato se amolda ao que foi
registrado. Com esse referencial e levando em linha de conta as manifestações técnicas
constantes dos autos e as que colacionei junto a minha Assessoria, estou convencido de que a
resposta apresenta-se negativa. Efetivamente, como decorre dos autos, o objeto ajustado
cuida de obra plenamente definida e quantificada para a remodelação do corredor de ônibus
Nove de Julho/Santo Amaro, no trecho entre o Túnel Daher E. Cutait e a Rua Groelândia,
numa extensão de 1.970,95m com o fito de transformar dito corredor em um chamado “Passa
Rápido”. Tal objeto não se coaduna com os termos da ARP da qual deriva, uma vez que esta
previa, de modo específico, a realização de serviços de manutenção, reparação corretiva e
preventiva, adaptações e renovação de forma a retomar as condições de quando foi
construído. E, como bem apontado pelos Técnicos Especializados dessa Corte as
intervenções efetivadas não se caracterizam como medidas de conservação ou reparos, nem
de complementação, mas sim, trata-se de obra nova que, inclusive, necessitaria de prévia
elaboração de projeto básico específico, com quantificações precisas e indispensáveis, razão
pela qual, entendo que houve a desvinculação do objeto contratado em relação ao
Instrumento que lhe deu origem, contrariando o artigo 3º28 da Lei 8.666/93, e sem
observância dos ditames do parágrafo 2º29 do artigo 7º do mesmo diploma. Pelos mesmos
motivos os itens de serviços e quantitativos contratados não guardam relação com os
previstos na Ata de Registro de Preços, afrontando o parágrafo 4º30 do artigo 7º da Lei de
Licitações. Afora este obstáculo de cunho prejudicial, outras irregularidades foram anotadas
nos autos. Nesse âmbito, constatou-se que a tabela orçamentária de fls. 175/182 não atendeu
o estabelecido no item 3.1 da ARP, que veda o reajustamento dos preços antes de completar
1 (um) ano de sua vigência, além de ter nela incluídos itens não previstos, tendo como
consequência a majoração do valor total da planilha de R$ 5.994.207,24 (cinco milhões,
novecentos e noventa e quatro mil, duzentos e sete reais e vinte e quatro centavos) para R$
28 Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da
proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório,
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 29 Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo
e, em particular, à seguinte sequência: I - projeto básico; II - projeto executivo; III - execução das obras e serviços.
... § 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: I - houver projeto básico aprovado pela
autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório; II - existir
orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; III - houver
previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a
serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma; IV - o produto dela
esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição
Federal, quando for o caso. 30 § 4o É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de
quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.
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7.319.346,95 (sete milhões, trezentos e dezenove mil, trezentos e quarenta e seis reais e
noventa e cinco centavos. E, por fim, matéria que é constantemente debatida nesta E. Corte e
foi apontada pela SFC, conforme mencionou o Conselheiro Edson Simões em seu Voto, é a
falta de autuação de Processo Administrativo. Sobre esse tema já tive a oportunidade de me
posicionar diversas vezes, no sentido de que o Procedimento Licitatório inicia-se com a
abertura de processo administrativo autuado, protocolado e numerado, assim, a inexistência
do processo nestas condições implica a irregularidade do Ajuste por afronta ao artigo 3831,
caput, da Lei 8.666/93, não fugindo à regra as empresas integrantes da Administração
Indireta, que jamais poderão tomar em caráter absoluto sua personalidade privada, visto que a
Lei Municipal 13.278/02, em seu artigo 1º, parágrafo único32, subordina, dentre outros, as
Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista ao cumprimento da Lei Federal de
Licitações. Volto-me agora ao enfrentamento da questão examinada no TC 2.454/04-77 (item
II), nesse âmbito como bem observou a Assessoria Jurídica de Controle Externo em seu
parecer de fls. 120/125, os problemas verificados por ocasião da Licitação e Contratação
geraram reflexos, também, na execução do Ajuste, notadamente no que atine aos contornos
do objeto e quantitativos, que não restaram devidamente delineados. Com efeito, apontam os
Auditores que, além da utilização da subcontratação – o que é vedado, por força da cláusula
12.2 do Contrato, a SPTRANS, em março de 2004, acabou por autorizar a realização de
serviços que não se encontravam no escopo do Ajuste. Tal equívoco foi reconhecido pela
SPTRANS, afirmando que houve a reparação da falha em abril de 2004, porém, não
apresentou qualquer documento que comprove que, de fato, isso tenha ocorrido. Outrossim,
não obstante a constatação de que houve evolução física dos serviços no mês de Maio de
2004, certo é que não há documentação de suporte pela qual se possa checar se o Contrato foi
fielmente executado e seus quantitativos, isto é, não há elementos que fundamentem a
medição dos serviços prestados. O controle deficiente dos serviços executados parece-me que
potencializa eventual perda de recursos destinados aos fins contratuais, gerando danos ao
Erário, ainda que não se possa quantificar a extensão do prejuízo. Por isso, também deixo de
aceitar os efeitos financeiros decorrentes. Diante do exposto, filio-me à posição adotada pelos
Conselheiros Revisor Domingos Dissei e Edson Simões em ambos os TCs em julgamento,
por entender que, tanto o Contrato 2003/118 como a sua Execução não reúnem condições de
acolhimento. Proclamação do resultado: Por terem sido relatados englobadamente os TC’s
acima mencionados, impende proclamar os respectivos resultados: No TC 847/04-19: o
Tribunal decidiu, por maioria, com voto de desempate do Presidente, julgar irregular o
Contrato 2003/118; No TC 2.454/04-77: o Tribunal decidiu, por maioria, com voto de
desempate do Presidente, julgar irregular a Execução do Contrato 2003/118, no período
analisado, deixando de aceitar os efeitos decorrentes. Participaram do julgamento os
Conselheiros Maurício Faria – Relator, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 23 de setembro de 2015. a) Roberto Braguim – Presidente, com voto; a) Domingos
Dissei – Conselheiro Revisor prolator do voto da corrente vencedora, designado para redigir
31 Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente
autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso
próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente: ... 32 Art. 1º - As licitações e os contratos administrativos, no âmbito do Município de São Paulo, sujeitar-se-ão à
legislação federal e às normas específicas desta lei. Parágrafo único - Subordinam-se ao regime desta lei os órgãos
da administração municipal direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta e ou indiretamente pelo Município.
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o Acórdão, nos termos do § 7º do artigo 136 do Regimento Interno desta Corte.”
Continuando, os Conselheiros requereram ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172,
inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento
do prazo para devolver os processos remanescentes da pauta de reinclusão, o que foi
deferido. Prosseguindo, o Conselheiro Presidente concedeu a palavra aos Senhores
Conselheiros, bem como à Procuradoria da Fazenda Municipal para as considerações finais.
Por derradeiro, o Presidente convocou os Senhores Conselheiros para a Sessão Ordinária
2.832ª, bem como para Sessões de Primeira e Segunda Câmaras a realizarem-se no próximo
dia 30 de setembro, quarta-feira, às 9h30. Nada mais havendo a tratar, às 13 horas, o
Presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que vai subscrita por mim,
Roseli de Morais Chaves, _________________________, Secretária Geral “ad hoc”, e
assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros, pelo Procurador Chefe da Fazenda e pelo
Procurador. São Paulo, 23 de setembro de 2015.
_______________________________
ROBERTO BRAGUIM
Presidente
___________________________ ___________________________
EDSON SIMÕES DOMINGOS DISSEI
Vice-Presidente Corregedor
___________________________ ____________________________
MAURÍCIO FARIA JOÃO ANTONIO
Conselheiro Conselheiro
___________________________________
GUILHERME BUENO DE CAMARGO
Procurador Chefe da Fazenda
____________________________________________
FERNANDO HENRIQUE MINCHILLO CONDE
Procurador
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