tpc - newsletter 01 2016
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Saber e Duvidar
Saber e Duvidar
ONDE COMEÇA A APRENDIZAGEM DA ESCRITA?
HOJE NÃO VOU À ESCOLA!
IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA.
O QUE É A PSICOLOGIA?
TERAPIA DA FALA, O QUE É?
ESTÃO A CHEGAR, E AGORA?
“A duvida é o princípio da sabedoria.” Aristóteles
VAMOS APRENDER!
Numero: 01 | Maio | 2016 | Mensal | TPC - Centro de Estudos e Explicações
ENTREVISTA COM . . .
AÇÕES DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL
Página 2 Saber e Duvidar
Boas vindas
Queremos Transmitir, Partilhar e Contar-vos mais!
O Centro de Estudos TPC –Trabalho, Prática e Conhecimen-
to, criou esta newsletter digital, com edição quinzenal, onde
são abordados vários temas, para que os Pais, amigos e inte-
ressados, possam participar e conhecer melhor o nosso Cen-
tro de Estudos.
De Coração para Corações…
Numa conversa com pais, perguntaram-me a razão, que mo-
tivara a criação do Centro de Estudos. Naquele momento sorri,
e acabei por lhes contar uma história… uma lição de sabedo-
ria…
“Era uma vez, um cientista que vivia preocupado com os
problemas do mundo e decidido a encontrar meios de
melhorá-los, passava dias e dias no seu laboratório à
procura de respostas.
Certo dia, o seu filho de sete anos invadiu o seu
“santuário” com o propósito de ajudar o pai, e como o
menino era persistente, o pai teve de arranjar uma maneira
de entretê-lo no laboratório. Foi então, que reparou num
mapa do mundo que estava na página de uma revista.
Lembrou-se de cortar o mapa em vários pedaços e depois
apresentou o desafio ao filho:
– Filho, tu vais ajudar o pai a consertar o mundo! Aqui
está o mundo todo despedaçado. E tu vais arrumá-lo para
que ele fique bem outra vez! Quando terminares chamas o
pai, está bem?
O cientista estava convencido que a criança levaria dias
para resolver o quebra-cabeças, mas surpreendentemente,
poucas horas depois, o filho já o chamara:
– Pai, já terminei. Consegui consertar o mundo!
O pai incrédulo, achava que era impossível um miúdo
daquela idade ter conseguido montar o quebra-cabeças de
uma imagem que ele nunca tinha visto antes, mas quando
viu o mapa completamente montado, sem nenhum erro,
perguntou ao filho como é que ele tinha conseguido sem
nunca ter visto um mapa do mundo anteriormente.
– Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando
tiraste o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro
lado da página, havia a figura de um homem.
Quando me deste o mundo para o consertar, eu tentei
mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem; virei
os pedaços de papel ao contrário e comecei a consertar o
homem que eu sabia como era.
Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi
que tinha consertado o mundo.”
Jacinta Gonçalves
Nº 01 | Maio | TPC - Centro de Estudos e Explicações Página 3
Cada um de nós, é um ser único, que não nasce já
“feito”, o que pensamos, vivenciamos e sentimos, faz
parte de um processo de aprendizagem que se chama
Vida. Se ao longo da nossa vida, tivermos oportunidade
de participar de forma ativa e positiva na “construção” de
um SER responsável, consciente, que respeita as
adversidades de cada um, é sem dúvida motivo de um
grande orgulho e alegria. E foi a procura deste
sentimento de contentamento, de prazer de viver, de
satisfação nas pessoas, que impulsionou a abertura de
um espaço onde este sentimento pudesse ser
genuinamente expresso através de dois pequenos e
simples gestos… um Abraço e um Sorriso.
Estamos convencidos que a educação, a par desta
forma afectuosa de ver e querer do aluno, será o ponto
de partida à excelência… não queremos apenas o co-
nhecimento dos fatos, mas também a capacidade de
adquirir competências e aceitar desafios de uma forma
adequada, através da sua valorização pessoal. Com
isto, tentamos criar ao aluno conhecimento aplicado,
inteligente, social e eficaz para como também competên-
cias de ação, métodos e planeamento na base de um
conhecimento técnico sólido.
Queremos unir 3 elementos fundamentais do sucesso:
Cabeça, Coração e Mãos, pois o verdadeiro objectivo da
aprendizagem, não é apenas o conhecimento cognitivo,
mas também o sentimento implícito em cada acção e
como fazer mais e melhor.
Por isso, estamos convencidos de que o Centro de
Estudos TPC –Trabalho, Prática e Conhecimento, atra-
vés dos serviços que disponibiliza: apoio diário e interca-
lar ao estudo, bem como as valências de Terapia da
Fala, psicologia, bem como as ações de desenvolvimen-
to pessoal, são ferramentas que em conjunto com os
nossos professores e profissionais competentes motiva-
dos, representam um modelo direcionado ao futuro, que
promove um horizonte mais risonho aos nossos alunos.
Temos consciência, que ainda há muito a fazer. Por isso,
continuamos a trabalhar no crescimento do Centro. Uma
das áreas a desenvolver são os cursos de línguas: In-
glês, Francês e Espanhol.
O Centro de Estudos e os Pais, partilham de uma
grande responsabilidade: a confiança num futuro enrai-
zado em valores como, o respeito, dignidade, sabedoria
e solidariedade, por isso só temos agradecer.
Obrigado pela confiança! Ela é essencial, para em con-
junto prepararmos o caminho dos vossos filhos.
As nossas crianças e jovens, são o reflexo do
Homem futuro, se em cada gesto, ação,
palavra e ensinamentos, conseguirmos que
eles estejam em equilíbrio então… estamos
seguros que este, é o caminho certo para fazer deste
mundo, um mundo melhor…E as crianças, os vossos
filhos, são para Nós, o MELHOR do MUNDO!
Atenciosamente,
Jacinta Gonçalves
(Diretora)
Reflexão
Jacinta Gonçalves
Página 4 Saber e Duvidar
1º ciclo
Saber escrever é uma arte difícil. Escrever é traçar letras,
juntá-las segundo determinadas regras para formar palavras,
ordenar as palavras para construir frases, organizar as frases
para compor um texto que transmita, com lógica, uma ideia.
Não é fácil este processo. Ele exige todo um treino que não se
adquire de um dia para o outro. As competências necessárias
a estes saberes aprendem-se pouco a pouco, através de estí-
mulos proporcionados pelo meio envolvente. De facto, a escri-
ta aprende-se através de uma experiência contínua de vida.
Porém, num sentido prático, podemos dividir esta aprendiza-
gem em duas grandes etapas. A primeira etapa será o período
pré-escolar – considerando que o período pré-escolar não se
limita aos dois ou três anos imediatamente anteriores à entra-
da na escola, mas, antes, que ele começa no momento em
que a criança nasce. Neste período serão a casa e a família, a
creche e o Jardim de Infância que desempenharão o grande
papel de activadores de experiências e aprendizagens. Depois
virá a escola, a segunda etapa, o tempo das aprendizagens
mais elaboradas.
Poder-se-á ter êxito na segunda se não se tiver vivido bem a
primeira?
A aprendizagem da escrita começa em casa, a família, atra-
vés dos primeiros estímulos, é onde a criança fará as suas
primeiras experiências e explorações. Familiarizar-se-á com o
lápis, o papel, o desenho. As garatujas deverão ser respeita-
das. Uma palavra de apreço, um elogio, uma história ou um
diálogo surgidos a partir delas, serão suporte e estímulo para
que outras, cada vez mais elaboradas se sigam.
«Consegui, com um lápis de cor, traçar o meu primeiro dese-
nho.
Mostrei a minha obra-prima às pessoas grandes e perguntei-
lhes se o meu desenho lhes fazia medo. Elas responderam-
me: “Por que há-de fazer medo um chapéu??” O meu desenho
representava uma serpente a digerir um elefante. Desenhei
então o interior da serpente para que as pessoas grandes pu-
dessem compreender. Elas necessitam sempre de explica-
ções. O meu desenho nº 2 era assim:
As pessoas grandes aconselharam-me a deixar de lado os
desenhos […] Foi assim que abandonei aos seis anos uma
magnífica carreira de pintor. Estava desencorajado pelo insu-
cesso do meu desenho nº 1 e do meu desenho nº 2. As pesso-
as grandes nunca compreenderam nada sozinhas e é cansati-
vo, sempre e sempre dar-lhes explicações.»
Antoine de Saint-Exupéry
Deixemos as crianças escrever a sua escrita e, se aquilo que
nos parece um chapéu é para a criança uma serpente, que
seja uma serpente. O chapéu terá o seu dia, a representação
gráfica da ideia, essa, não pode ficar para depois.
Onde começa a aprendizagem da escrita?
Prof. Paulo Jorge
Nº 01 | Maio | TPC - Centro de Estudos e Explicações Página 5
Inicio, hoje, esta conversa a partir da frase que dá nome à
obra de Eduardo Sá, referência na psicologia infantil.
Já leu?!
As críticas apontadas pelo autor tanto
a pais como a professores, incluindo o
Ministério da Educação, lançam uma
questão que, para mim, faz todo o sen-
tido abordar no número um da nossa
Newsletter – De que forma está o su-
cesso escolar relacionado com a ne-
cessidade e a consciência de pais e
professores (Ministério da educação)
sobre o tema Ser Criança? Abrindo
portas para outros temas diversos que
nos ajudarão a responder a esta e a
outras questões.
Qual o dia a dia de um aluno do 1º ciclo? Como os vêem
pais e professores? O que esperam deles? Que dores de ca-
beça lhes dão? Quais as razões?
Poderá esta reflexão ajudar-nos a ajudar os nossos alunos?
É evidente que sim. E começo por apresentar uma imagem
daquilo que é o horário de trabalho de um aluno do 1º ciclo.
(fotografar horário de aluno do centro)
De uma forma geral, estes alunos passam cerca de oito ho-
ras diárias em contexto escolar, cerca de 2/3 em contexto de
sala de aula, sentados, com regras de comportamento, traba-
lho didáctico desenvolvido com o professor e exigência de
atenção e concentração durante todo esse período.
No final de cada dia, chegam com os designados TPC. To-
dos temos uma noção do que significam e do objectivo que
cumprem, isto é, criar hábitos de trabalho e autonomia no estu-
do. Para Pedro Sales Rosário, professor de Psicologia da Uni-
versidade do Minho e autor de livros sobre educação, os TPC
têm uma função instrutiva e de promoção de autonomia: "As
aulas são importantes, ensinar é importante, mas aprender é
apropriarmo-nos dos conhecimentos. E essa apropriação é
pessoal", refere, notando que tal acontece no estudo e nos
TPC. E estes são um "termómetro": "Quando um aluno se em-
penha e não consegue fazer, leva as dúvidas para a aula.
Existe um feedback do trabalho do aluno e do professor".
Contudo há que ter um peso e uma medida para tudo. Não
é por acaso que este é assunto cada vez mais debatido entre
associações de pais, psicólogos, professores e outras entida-
des.
Eduardo Sá frisa que "mais escola não é obrigatoriamente
melhor escola". "As crianças têm blocos de aulas de 90 minu-
tos, muitas actividades extracurriculares. É penoso chegarem a
casa e, entre o banho e o jantar, fazerem TPC. Exaustos, não
vão aprender, mas desenvolver um ódio de estimação à esco-
la".
Nesta perspectiva os T.P.C. são muitas vezes considerados
contraproducentes e, no que diz respeito aos pais, até potenci-
adores de desigualdades entre as crianças na medida em que
umas podem beneficiar da ajuda deles e outras não. Porque
não se sentem capazes de lhes explicar ou porque chegam
cansados do trabalho e têm ainda outras questões da vida quo-
tidiano para tratar.
Naturalmente, os professores têm um plano a cumprir, metas
a atingir e resultados positivos a alcançar. Todo este trabalho
tem de ser feito naturalmente embora existam diferentes pers-
pectivas quanto à forma de estar e chegar a esses resultados.
No que diz respeito aos TPC parece-me a mim que estes
devem ser vistos como um reforço dos conteúdos abordados
em sala de aula de forma a facilitar a sua apreensão e, neste
sentido, positivos para o desempenho e formação escolar dos
alunos. Há no entanto que ter em conta a quantidade de TPC e
o modelo de TPC praticado.
Quer em contexto familiar quer em contexto de centro de
apoio ao estudo onde os alunos realizam estes trabalhos, sem-
pre que trazem doses exageradas de TPC ocorre de imediato
uma reacção de desmotivação do aluno, porque já vem cansa-
do da escola e sente necessidade de brincar e de se sentir livre
e, posteriormente, chegam a um momento limite em que já não
conseguem raciocinar por si mesmos. Mas, como têm de levar
os TPC realizados no dia seguinte, quer pais quer professores
que os apoiam acabam por lhes facultar as respostas para não
prolongar ainda mais aquele momento que, muitas vezes, aca-
ba já a entrar na noite e em cima da hora do jantar.
E a questão que se coloca é: O aluno aprendeu
alguma coisa com a realização daqueles TPC? A
resposta é não.
No que diz respeito ao modelo de TPC, considero
que existe ainda uma prática de rotineira assente em cópias
repetitivas onde se está apenas a sacrificar o desenvolvimento
de competências em proveito de uma suposta assimilação de
conhecimentos.
E a escola não devia representar isto mas sim, um sistema
educativo onde as crianças fujam para a escola em vez de
fugir dela, diz Eduardo Sá.
“A família é mais importante do que a escola e brincar é,
pelo menos, tão importante como aprender” Eduardo Sá
1º ciclo
“Hoje não vou à escola!”
Prof.ª Joana Matos
Página 6 Saber e Duvidar
Nº 01 | Maio | TPC - Centro de Estudos e Explicações Página 7
“Quem parte e reparte, e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte”
Ditado Popular
Aprender “Matemática” é um direito básico de todas as pesso-as e uma resposta a necessidades individuais e sociais.
Hoje, constitui um património cultural da Humanidade e um modo de pensar. Faz parte dos currículos ao longo de todos os anos de escolaridade e tenta abordar ao mesmo tempo o de-senvolvimento dos alunos enquanto indivíduos e membros da sociedade.
Hoje o ensino da Matemática é um ponto o qual deve estar baseado numa estratégia global que passa desde a motivação à concretização e aplicação dos conteúdos matemáticos, de-vendo ter como objectivo enfrentar e fazer recuar o tão publici-tário insucesso no ensino da Matemática.
Não é hoje concebível que não exista uma estreita articulação entre o que é ensinado na escola, no contexto sala de aula e as necessidades preeminentes nas vivências e necessidades quotidianas dos alunos enquanto membros da sociedade.
Não é possível assim conceber uma política educativa que pretenda ter alguma eficácia na matemática senão se encon-trar forma de coordenar a aplicabilidade desta ao nível das escolas.
O ensino da Matemática deve caminhar no sentido de respon-der a situações que, pela sua acuidade, exigem respostas ino-vadoras.
In “Teoria da Partilha” de Ana Marques, Lúcia Santos, Maria Carvalho e Susana Melro ao serviço da Universidade de Coim-bra.
Excerto retirado do livro:
O inteligente Beremiz procurou informar-se do que se tratava.
Somos irmãos – esclareceu o mais velho – e recebemos como herança esses 35 camelos. Segundo a vontade expressa de meu pai, devo receber a metade, o meu irmão Hamed Na-mir uma terça parte, e, ao Harim, o mais moço, deve tocar ape-nas a nona parte. Não sabemos, porém, como dividir dessa forma 35 camelos, e, a cada partilha proposta segue-se a recu-sa dos outros dois, pois a metade de 35 é 17 e meio. Como fazer a partilha se a terça e a nona parte de 35 também não são exactas?
É muito simples – atalhou o Homem que Calculava. – Encar-rego-me de fazer com justiça essa divisão, se permitirem que eu junte aos 35 camelos da herança este belo animal que em boa hora aqui nos trouxe!
Neste ponto, procurei intervir na questão:
Não posso consentir em semelhante loucura! Como podería-mos concluir a viajem se ficássemos sem o camelo?
Não te preocupes com o resultado, ó Bagda-li! – replicou-me em voz baixa Beremiz – Sei muito bem o que estou fazendo. Cede-me o teu camelo e verás no fim a que conclusão quero chegar.
Tal foi o tom de segurança com que ele fa-lou, que não tive dúvida em entregar-lhe o meu belo jamal,2 que imediatamente foi reuni-do aos 35 ali presentes, para serem reparti-dos pelos três herdeiros.
Vou, meus amigos – disse ele, dirigindo-se aos três irmãos -, fazer a divisão justa e exacta dos camelos que são agora, como vêem em número de 36. E, voltando-se para o mais velho dos irmãos, assim falou:
Deverias receber meu amigo, a metade de 35, isto é, 17 e meio. Receberás a metade de 36, portanto, 18. Nada tens a re-clamar, pois é claro que saíste lucrando com esta divisão. E, dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou:
E tu, Hamed Namir, deverias receber um terço de 35, isto é 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é 12. Não poderás protestar, pois tu também saíste com visível lucro na transacção. E disse por fim ao mais moço:
E tu jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, deveri-as receber uma nona parte de 35, isto é 3 e tanto. Vais receber uma nona parte de 36, isto é, 1 Refúgio construído pelo governo ou por pessoas piedosas à beira do caminho, para servir de abri-go aos peregrinos. Espécie de rancho de grandes dimensões em que se acolhiam as caravanas. 2 Uma das muitas denominações que os árabes dão ao camelo. O teu lucro foi igualmente notável. Só tens a agradecer-me pelo resultado! E concluiu com a maior segurança e serenidade:
Pela vantajosa divisão feita entre os irmãos Namir – partilha em que todos três saíram lucrando – couberam 18 camelos ao pri-meiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, o que dá um resultado (18+12+4) de 34 camelos. Dos 36 camelos, sobram, portanto, dois. Um pertence como sabem ao bagdáli, meu amigo e companheiro, outro toca por direito a mim, por ter resolvido a contento de todos o complicado problema da herança!
Sois inteligente, ó Estrangeiro! – exclamou o mais velho dos três irmãos.
Aceitamos a vossa partilha na certeza de que foi feita com justi-ça e equidade! E o astucioso Beremiz – o Homem que Calculava – tomou logo posse de um dos mais belos “jamales” do grupo e disse-me, entregando-me pela rédea o animal que me pertencia:
Poderás agora, meu amigo, continuar a viajem no teu camelo manso e seguro! Tenho outro, especialmente para mim! E conti-nuamos nossa jornada para Bagadá.
2º ciclo
A importância da matemática
Prof. Ricardo Brito
Página 8 Saber e Duvidar
psicologia
Psicologia é o estudo da mente e comportamento. Esta,
abrange todos os aspectos da experiência humana – desde as
funções do cérebro até as acções, desde o desenvolvimento
das crianças até os cuidados com os idosos. Em cada situação
concebível de centros de
investigação científica aos
serviços de saúde mental, “a
compreensão do comporta-
mento” é a realização dos
psicólogos (APA).
O/A psicólogo/a (profissional da área de psicologia) procura
compreender o comportamento e o pensamento das pessoas.
Para tal, este profissional utiliza métodos e processos compa-
rativos e analíticos.
Os psicólogos podem intervir ao nível do indivíduo, ou gru-
pos de indivíduos. Qualquer que seja o seu contexto de inter-
venção os seus objectivos específicos, prevenção, diagnóstico,
estimulação ou remediação, a finalidade última do seu trabalho
é a de promover o desenvolvimento e a qualidade de vida das
pessoas.
A sua intervenção passa pela criação de situações que, quer
envolvam um individuo ou
dois, ou grupos, estimu-
lem a autonomia das pes-
soas de tal modo que
deixem de ser necessá-
rios.
Portanto, não são ape-
nas as situações de
psicopatologia, como
as ansiedades, as de-
pressões, situações desenvolvimentais, ou outras
que levam alguém a procurar a ajuda de um/a psicó-
logo/a.
Mas sim, todas as situações que exigem uma nova
adaptação, um reajuste de papéis, de funções, de
expectativas, de objectivos são passíveis de benefi-
ciar da ajuda de um profissional treinado para ouvir,
pensar e ajudar a transformar.
O que é a psicologia?
Dr.ª Daniela Teixeira
Nº 01 | Maio | TPC - Centro de Estudos e Explicações Página 9
Mas afinal o que faz o Terapeuta da Fala? Em que áreas
intervém? Qual a população-alvo?
Se respondeu algo como “corrige a fala” ou “ensina as crian-
ças a falar”, a sua resposta está muito incompleta.
Fique então a saber que o Terapeuta da Fala avalia e inter-
vém em indivíduos de todos as idades, desde o bebé ao idoso,
tendo como objectivos a reabilitação e a recuperação.
O Terapeuta da Fala é, então, o profissional responsável
pela prevenção, avaliação, tratamento e estudo científico da
comunicação humana e das perturbações com ela relaciona-
das, tendo como base, melhorar a capacidade de comunica-
ção. Assim, a comunicação humana envolve todos os proces-
sos relacionados com a compreensão e produção da lingua-
gem oral e escrita, bem como, as formas adequadas de comu-
nicação não-verbal (Dec. Lei nº564 de 21/12/1999). O Tera-
peuta da Fala trabalha também perturbações relacionadas
com o sistema estomatognático (deglutição, respiração, masti-
gação, fala e sucção).
Na Criança:
A Terapia da Fala com foco na criança e no jovem pode inci-
dir em alterações da comunicação e interacção social, da lin-
guagem, da fala (fluência, voz, articulação) e da deglutição
(selectividade alimentar, alteração da sucção, mastigação ou
deglutição).
No Adulto:
A Terapia da Fala no adulto pode ir desde a atenuação de
rugas faciais e equilíbrio estético da face e pescoço, até à rea-
bilitação da deglutição em indivíduos que realizam alimentação
por vias alternativas, ou à reabilitação da comunicação e lin-
guagem em indivíduos cuja compreensão ou a fala estão com-
prometidas por lesão neurológica.
Principais áreas de intervenção do Terapeuta da
Fala
Sucção
Comunicação
Linguagem
Fala
Leitura e escrita
Respiração
Mastigação
Deglutição
Estética
Algumas das Patologias mais frequentes que levam
à procura de um Terapeuta da Fala
Défices auditivos
Défices cognitivos
Paralisia Cerebral
Perturbações do Espectro do Autismo
Dislexia
Perturbações da linguagem
Perturbações dos sons da fala
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Traumatismo Cranioencefálico (TCE)
Esclerose Múltipla
Esclerose Lateral Amiotrófica
Traqueostomizados
Cancro da Cabeça e Pescoço
Demência
Roncopatia e Apneia do Sono
Paralisia Facial
Nódulos vocais
Terapia da fala
Terapia da fala, o que é?
Dr.ª Margarida Costa
Página 10 Saber e Duvidar
Exames nacionais
Com uma componente de 30% na nota final do aluno, os
exames nacionais são um elemento que costuma ser uma dor
de cabeça para pais e filhos. Quando o assunto é matemática,
a situação tende a complicar-se ainda mais.
A Matemática é uma sequência de regras e operações que
se aplica a um numero de matérias leccionadas desde o mo-
mento em que aprendemos a tabuada. Ora, por repetição des-
tes elementos, facilmente se quebra esta barreira entre a ma-
temática e o sucesso escolar que tantas vezes se ouve falar. O
exame nacional não é necessariamente complicado, apenas
relaciona um conjunto de matérias que o aluno esta habituado
a aprender em separado.
A nossa preocupação passa por uma revisão de conteúdos
simples que aumentam a complexidade à medida que o aluno
se prepara para o exame. A necessidade de dar uma visão dos
detalhes ao aluno para que ele consiga ter uma visão geral da
disciplina fá-lo relacionar conteúdos, aplicando a matemática a
situações que pode facilmente encontrar no seu dia-a-dia, dei-
xando de parte aquela ideia de “eu nunca vou usar isto na mi-
nha vida”.
Embora esteja associado a um momento de nervosismo, em
que o aluno mostra o que foi aprendendo ao longo de nove
anos letivos, a estabilidade de uma boa preparação associada
ao apoio e incentivo do encarregado de educação, podem ser
a chave do sucesso.
Com um esforço conjunto, a matemática pode deixar de ser
um problema, em que o aluno não tem medo de assumir as
suas dúvidas, para que cedo se transformem em TPC: traba-
lho, prática e conhecimento!
Estão a chegar, e agora?
Prof.ª Ana Barbosa
Nº 01 | Maio | TPC - Centro de Estudos e Explicações Página 11
Num mundo cada vez mais global, a aprendizagem de lín-guas é muito importante e a respectiva certificação também, visto que as relações comerciais são mais e mais alargadas e a busca de pessoas devidamente informadas e formadas é cada vez maior.
Aprender línguas é algo extremamente divertido, pois a lín-gua é o reflexo de um povo, transmitindo não só uma quantida-de de sons, palavras e gramática, esse monstro assustador que a muitos afugenta, como também a cultura, as tradições, isto é, todo um conjunto de competências que todos podemos adquirir e aplicar.
Por isso, de que está à espera para aprender uma nova lín-gua? Junte-se a nós e viaje pelo mundo...
línguas
Vamos aprender!
Prof.ª Madalena Couto
Página 12 Saber e Duvidar
Entrevista com . . .
TPC - O que mais gostas na escola?
JP - Eu adoro Educação Física e Musica.
TPC - Em que te considera muito bom na escola?
JP - Português e Estudos do Meio.
TPC - O que gostavas de ser quando fores grande?
JP - Médico.
TPC - Se pudesses mudar o teu nome, qual seria?
JP - Messi.
TPC - Qual é a tua cor preferida?
JP - Azul.
TPC - Na televisão qual o teu programa favorito?
JP - Hora de aventuras.
TPC - Acredito que tens muitos brinquedos e deles qual é o
que gostas mais?
JP - É a PSP (claro).
TPC - Com o que gostas de dormir?
JP - Com um urso de peluche.
TPC - Sabemos que gostas de ler, e qual o teu livro favorito?
JP - A Carochinha.
TPC - Qual o teu filme preferido?
JP - Alvin e os esquilos.
TPC - Qual a comida que mais gostas?
JP - Francesinha.
TPC - Sabemos que gostas de animais, qual o teu favorito?
JP - O gato.
TPC - No desporto qual é o que mais gostas?
JP - Futebol (claro).
TPC - Quem é o teu melhor Amigo?
JP - É o Tiago.
Eu tenho 8 anos e estou no TPC a ter acompanhamento aos estudos, à 1 ano e meio e a minha
evolução tem sido fixe.
José Pedro Sousa Machado
TPC - Qua foi a coisa mais especial que fizeste este ano?
JP - Eu considero que a coisa mais importante que fiz este ano, foi participar numa campanha de angariação de roupas
e alimentos para ajudar os mais desfavorecidos.
Nº 01 | Maio | TPC - Centro de Estudos e Explicações Página 13
O Centro de Estudos TPC - Trabalho, Prática e Conhecimen-to, tem como um dos objectivos, criar as condições ideais para que os nossos alunos, possam ter um futuro muito mais pro-missor.
Com a convicção que, para além de todas as valências que já tem vindo a desenvolver desde a sua abertura, e devido à realidade actual (associada às dificuldades financeiras, por parte de algumas famílias), o TPC considerou que, elevar e melhorar a qualidade de vida das suas crianças, como dos seus pais, familiares ou pessoas interessadas, seria permitir que TODOS pudessem, criar uma sinergia “mágica”, em volta do seu EU, através das Ações/Palestras de Desenvolvimento Pessoal.
Estas ações, têm a intenção de se poder desenvolver, desa-fiar, apoiar e capacitar aos participantes, os seus níveis de excelência ao mais alto desempenho.
Nestas Palestras, vão ser abordados temas, que na realida-de atual, faz todo o sentido serem apreendidos, através de uma perspectiva mais proativa e positiva, como por exemplo:
Autoconhecimento;
Missão na vida;
Sonhar e como tornar realidade;
Ter uma atitude mental positiva;
Sucesso também pode ser para si;
Foco em inspiração, transformação pessoal e profissional;
Mudança de pensamentos e comportamentos;
Orientação para o sucesso ultrapassando limites;
auto-imagem, auto-estima e autoconfiança;
Bloqueios que limitam o seu “agir”;
E muito mais . . .
Para dirigir estas Ações/Palestras de Desenvolvimento Pes-soal, convidamos uma pessoa, que já leva uma vasta experi-ência nesta actividade. Hoje, dedica-se a uma missão: “ajudar os outros a encontrarem a felicidade”, é o que realmente faz dele, um homem FELIZ!
Paulo Renato, formador pedagógico e motivacional (com uma especificidade na área das vendas, liderança e inteligên-cia emocional), Coach (Coaching), empreendedor, consultor empresarial, fala efusivamente da vida, e utiliza exemplos na primeira pessoa, devido ao seu know-how.
Neste momento já foram ministradas 2 acções:
Nesta 1ª teve incidência no autoconhecimento e identificar a si e outros que nos rodeiam.
E . . .
Na 2ª acção a motivação foi no sentido e significado de vida - ter uma missão na vida.
Estas ações têm uma periodicidade quinzenal, sendo as 3ªs feiras o dia escolhido da semana.
Para estar presente, terá que fazer reserva prévia nas nossas instalações ou pelos nossos telefones:
224 444 862 /911 758 565.
O custo é apenas de 10€.
Venha desenvolver aquilo que sempre teve, mas que pode por qualquer razão estar esquecido.
Linha de pensamento: “Somos o que pensamos e tornamo-nos no que fazemos.”
Ações de Desenvolvimento Pessoal
Aprender, Evoluir, Conquistar e Superar-se.
Paulo Renato
Estrada Nacional 209, 4715 - Sala BM - 1.ºAndar | Lordelo - PRD | 224 444 862 | 911 758 565
Sala de EstudosSala de EstudosSala de Estudos
Explicações (individual / grupal)
Explicações (individual / grupal)
Explicações (individual / grupal)
Preparação para Exames
Preparação para Exames
Preparação para Exames
Traduções Traduções Traduções
Actividades Extracurriculares
Actividades Extracurriculares
Actividades Extracurriculares
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