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Teleconferência de Resultados do 2T15 (Inglês)
Tradução para o Português 06 de Agosto de 2015
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Operadora: Bom dia. Sejam bem-vindos à teleconferência da TOTVS referente aos
resultados do 2T15. Estão presentes os senhores Rodrigo Kede, Presidente, Alexandre
Mafra, Vice-Presidente Executivo e Financeiro e Gilsomar Maia, Diretor de Relações
com Investidores.
Informamos que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência
durante a apresentação da Empresa. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e
respostas para investidores e analistas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso
alguém necessite de alguma assistência durante a conferência, por favor, solicite a
ajuda de um operador, digitando *0.
O áudio está sendo apresentado simultaneamente na Internet, no endereço
ri.totvs.com.br.
Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam
ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios,
projeções e metas operacionais e financeiras da TOTVS constituem-se em crenças e
premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente
disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem
riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto,
dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem
compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros
fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da TOTVS e podem conduzir
a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações
futuras.
Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Alexandre Mafra, que iniciará a
apresentação. Por favor, Sr. Mafra, pode prosseguir.
Alexandre Mafra: Bom dia a todos. Obrigado por participarem da nossa
teleconferência de resultados do 2º trimestre de 2015.
Antes de falar sobre os resultados, gostaria de repassar os principais eventos do
trimestre apresentados no slide 2.
O primeiro evento foi a eleição de Rodrigo Kede como Presidente da TOTVS, em
substituição a Laercio Cosentino, fundador da Companhia, que continuará como CEO
durante um período de transição de até 3 anos.
Concluída a transição, Kede acumulará os cargos Presidente e CEO e Laércio seguirá
como membro do Conselho de Administração e presidente do Comitê de Estratégia e
Tecnologia, e se candidatará a reassumir a presidência do Conselho de Administração.
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Gostaria de destacar a forma como essa transição está sendo conduzida, com
planejamento, transparência e sem rupturas, seguindo o plano de sucessão da
Companhia.
O segundo evento foi a realização do Universo TOTVS, nosso maior evento anual, que
nesta edição contou com um público recorde de mais de 3 mil participantes, entre
clientes, prospects, franqueados e parceiros de soluções.
Além das novidades para cada um dos 10 segmentos, vale destacar o TOTVS Intera, a
Plataforma TOTVS Cloud, o TOTVS Mobile First e os 3 novos cards de Fluig: LMS,
Gamification e Messaging.
(i) O TOTVS Intera é o nosso novo modelo de subscrição que dá ao cliente acesso
irrestrito e simultâneo a todos as soluções TOTVS, permitindo que sejam utilizadas em
quaisquer das nuvens homologadas pela TOTVS ou, se for mais conveniente, na
própria infraestrutura do cliente.
(ii) A TOTVS Cloud é a nossa plataforma para gerenciamento de nossas soluções em
nuvens homologadas pela TOTVS, com aplicação elástica, o que, na prática, significa
que o cliente pode ampliar ou reduzir o uso do serviço em nuvem de acordo com a sua
necessidade. Aliás, a AWS foi a primeira nuvem de parceiros homologada pela TOTVS.
(iii) TOTVS Mobile First representa o foco da TOTVS no desenvolvimento, pesquisas,
parcerias e produtos para que sejam ajustados ou já nasçam na plataforma de
mobilidade.
(iv) LMS é o card de Fluig para a gestão de capacitação das equipes dos clientes, com uma
poderosa e inteligente plataforma de ensino à distância, com seus recursos voltados
ao auto aprendizado, aprendizado monitorado e aprendizado colaborativo, além de
opções de banco de questões, avaliações e feedback.
(v) Gamification é o card de Fluig que permite parametrizar diversos objetivos dentro de
uma organização com a finalidade de aumentar a produtividade e/ou a qualidade das
tarefas realizadas em uma empresa. Por meio dos jogos online, a pessoa que estiver
participando do jogo recebe suas metas individuais e, ao cumprir etapas, recebe
pontos e evolui rumo à meta proposta.
(vi) Messaging, em linha com a estratégia de ter soluções mobile first, é um aplicativo de
colaboração em tempo real, que permite o envio de textos, voz, imagens com
anotações, além de permitir videoconferências, seja por dispositivos móveis ou por
computadores, podendo salvar a conversa como documento dentro do Fluig. O
Messaging combina as principais características das ferramentas de colaboração e de
rede social voltada para o mercado consumidor (interface amigável, simples e ágil)
com as necessidades do mundo corporativo (colaboração, segurança, agilidade e
produtividade).
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O terceiro evento foi o anúncio de juros sobre capital próprio de aproximadamente
R$0,17 por ação, referentes ao primeiro semestre de 2015, valor 34% superior aos JCP
do primeiro semestre de 2014, a serem pagos no dia 19 de agosto.
Agora passo a palavra ao Maia, para dar início aos comentários sobre os resultados do
trimestre a partir do slide 3.
Gilsomar Maia: Obrigado Mafra, muito bom dia a todos.
A receita total do trimestre cresceu 2,7% ano contra ano. Esse desempenho abaixo da
nossa média se deveu essencialmente à deterioração do nível de atividade econômica
e à transição do modelo comercial para subscrição.
Essa transição para subscrição, somada à inerente resiliência do modelo de negócio,
contribuiu positivamente para o crescimento de 8,8% das receitas recorrentes. Em
contrapartida, as receitas não recorrentes, que decresceram 6% no mesmo período,
foram afetadas negativamente pelo cenário macroeconômico e pela transição para
subscrição.
A combinação dessas dinâmicas opostas levou a representatividade das receitas
recorrentes a 62,5% da receita total, o que representa 3,5 pontos percentuais frente
ao 2T14.
Passando agora para o slide 4, temos a visão de receita aberta entre os negócios de
software e de serviços.
Aqui, fica evidente que a redução da receita não recorrente, comentada no slide
anterior, afetou em menor magnitude o negócio de serviços, que cresceu 10,3% ano
contra ano. Esse crescimento foi influenciado por outros serviços não diretamente
ligados à implementação de software, que atingiram aproximadamente 1/3 da receita
total de serviços, com destaque para a divisão de consultoria que cresceu 27% no
período.
A receita de software apresentou redução de 0,3%, ano contra ano, e de 4%, trimestre
contra trimestre, devido principalmente à queda da receita de taxas de licenciamento,
como demonstrado na abertura de receita de software apresentada no próximo slide.
No slide 5, podemos notar que a receita recorrente de software, cresceu 8,2% ano
contra ano, tendo a receita de manutenção crescido 6,8%, o que representou quase 3
pontos percentuais acima do IGP-M acumulado de 12 meses médio de julho de 2014 a
junho de 2015.
A despeito do nível de IGP-M, do menor patamar de vendas de licenças em períodos
anteriores e de reduções de manutenção por inadimplência e por cancelamentos
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parciais solicitados por clientes que passaram por reduções em seus quadros de
funcionários, a receita de manutenção se mostrou estável trimestre contra trimestre.
Com isso, as vendas do modelo de subscrição, que cresceram 19% ano contra ano,
foram a principal alavanca de crescimento da receita recorrente do trimestre, tendo
representado 12,5% do total de receitas recorrentes de software.
A receita não recorrente de software, composta pela receita de taxas de
licenciamento, decresceu 26,7% ano contra ano. Como já comentado anteriormente,
dois fatores impactaram negativamente essa linha:
Primeiro, a redução da atividade econômica que alongou o ciclo de fechamento de
vendas, especialmente em contas de maior porte. Porém, mesmo com esse cenário
mais complexo, as vendas de licenças na base de clientes cresceram 14,3% trimestre
contra trimestre, quando não considerada a receita sazonal do incremento do modelo
corporativo do 1T15.
O segundo efeito, foi a transição de modelo comercial para a subscrição, que mesmo
em estágio inicial absorveu parte do pipeline de vendas de novos clientes,
especialmente de menor porte. Agora peço a todos para passarem para o slide 6, onde
temos uma visão consolidada da adição de clientes.
Aqui, a transição fica mais clara, quando comparamos o crescimento das adições de
clientes no modelo de licenciamento versus o modelo de subscrição. Somados, ambos
os modelos adicionaram 1.399 novos clientes no trimestre, um número 5,3% maior
que do 1T15 e muito próximo ao do 2T14.
A redução ano contra ano de 31% no modelo de licenciamento foi compensada pelo
crescimento de 32% no modelo de subscrição, que representou 64% das adições do
trimestre.
Esse crescimento de quantidade de novos clientes, conjugado ao crescimento de 109%
do ticket médio, resultou em uma elevação da receita mensal adicionada por novos
clientes de subscrição de 177%, ano contra ano, e de 75%, trimestre contra trimestre.
É natural que haja crescimento do ticket médio de novas subscrições à medida que o
TOTVS Intera avança, pois seu público tem porte superior ao das soluções Fly01 que
são voltadas a microempresas e que representaram uma parte relevante da
quantidade de vendas de subscrição em períodos anteriores.
Esses primeiros resultados de subscrição reforçam nossa crença de que estamos no
caminho certo e que ainda há muito a ser feito.
Sabemos que, pela forma de reconhecimento da receita de subscrição, podemos ter
reflexos negativos de curto prazo na receita e na margem, especialmente em
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momentos de mercado que impactem mais negativamente as vendas de licenças,
como foi o caso desse trimestre.
Por outro lado, a subscrição é mais rentável no médio-longo prazo e se mostra uma
clara opção para as empresas fazerem uso de tecnologia para serem mais
competitivas, especialmente em momentos complexos de mercado.
Indo agora para o slide 7, temos a margem de contribuição de software. Os custos e
despesas de software tem uma característica mais fixa, e a redução de crescimento
desses custos e despesas foi significativa, passando de um crescimento de 10,6% no
acumulado de 12 meses para 5,4% ano contra ano e uma queda de 0,5% trimestre
contra trimestre. Entretanto, essa redução de custos e despesas foi inferior à redução
das receitas, o que resultou na diminuição da margem de contribuição de software em
180 pontos-base ano contra ano.
Software é um negócio escalável, dada sua estrutura de custos mais fixa. Nesse
sentido, vemos essa redução de margem como algo transitório, uma vez que a
transição de modelo comercial comentada anteriormente tende a impactar
positivamente a margem de contribuição desse negócio no médio-longo prazo.
Passando agora para a margem de contribuição de serviços no slide 8, na comparação
ano contra ano, o resultado desse negócio cresceu 9,9% e voltou a atingir o mesmo
patamar de margem obtido no 2T14; porém agora impulsionado pelo crescimento da
divisão de consultoria e também de serviços recorrentes, como os de cloud, ambos
com margem de contribuição superior à de implementação de software.
Na comparação trimestre contra trimestre, o crescimento da margem de serviços está
diretamente relacionado à capacidade de geração de receita por dia útil, aliado a um
baixo crescimento marginal do custo de serviços, uma vez que ambos os trimestres
tiveram a mesma quantidade de dias úteis.
Agora no slide 9, apresentamos a evolução das despesas comerciais e administrativas
no período.
As despesas de vendas e comissões somadas decresceram 50 pontos-base como
percentual da receita líquida ano contra ano, saindo de 16,3% para 15,8%. Essa
redução está principalmente influenciada pela redução das vendas de licenças no
período, além de rebalanceamento do time próprio de vendas e do mix de vendas
entre franquias e unidades próprias.
As despesas gerais e administrativas somadas aos honorários da administração
também apresentaram redução de 50 pontos-base ano contra ano, especialmente pela
forte disciplina na gestão de despesas, pela sinergia na integração de estruturas das
empresas adquiridas nos últimos anos, além da redução dos bônus provisionados no
período.
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Em seguida, temos a linha de despesas de propaganda e marketing, que cresceu 20
pontos-base ano contra ano, muito por conta do comportamento de receita já
comentado anteriormente. Trimestre contra trimestre, a variação dessa linha se deu
por uma característica sazonal, uma vez que o plano de marketing da TOTVS tem maior
ênfase no segundo trimestre, quando lançamos nossas campanhas publicitárias e
realizamos o Universo TOTVS, nosso principal evento anual.
Por último, a provisão para crédito de liquidação duvidosa apresentou relativa
estabilidade, tanto na comparação ano contra ano, quanto trimestre contra trimestre.
Importante ressaltar, que continuaremos nos esforçando para recuperar os créditos já
provisionados.
Passando agora para o EBITDA e margem EBITDA no slide 10, mesmo com a disciplina
na gestão de custos e despesas, comentada ao longo dessa apresentação, a queda da
receita de taxas de licenciamento e consequente redução da margem de contribuição
do negócio de software levaram à redução, ano contra ano e trimestre contra
trimestre, do EBITDA e da margem EBITDA.
Como já comentado na margem de contribuição de software, vemos essa redução de
margem como algo transitório, uma vez que a transição de para subscrição tende a
impactar positivamente a margem no médio-longo prazo.
Além dos reflexos no EBITDA, o lucro líquido desse trimestre, apresentado no slide 11,
foi impactado negativamente em aproximadamente R$5,5 milhões referentes à
amortização dos ativos intangíveis da Virtual Age, em decorrência da conclusão do
processo de alocação de preço de aquisição. Desconsiderado esse impacto, o lucro
líquido de R$60,4 milhões teria alcançado R$65,9 milhões, com margem de 14,6%, que
é o mesmo patamar do 2T14.
Vale também lembrar que o lucro líquido do 1T15 foi positivamente impactado pelo
evento não recorrente da venda de participação minoritária na Zeropaper.
Falando agora de fluxo de caixa e endividamento no slide 12, O caixa bruto da
Companhia encerrou o trimestre em quase R$697 milhões e o caixa líquido em mais de
R$56 milhões.
No Caixa Bruto, a redução de R$37 milhões no trimestre resultou principalmente:
(i) da geração operacional de caixa de R$91,5 milhões, o que é 16% superior ao do
2T14 e correspondente a 151% do lucro líquido do trimestre e 85,5% do EBITDA;
(ii) do desembolso de R$15,7 milhões referentes a aquisições de intangíveis, incluindo
a compra da participação remanescente da PRX, e o pagamento de parcelas de
aquisições anteriores;
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(iii) do pagamento de quase R$124 milhões em dividendos referentes ao exercício de
2014; e
(iv) do ingresso de R$18 milhões referentes à alienação de ações em tesouraria para
beneficiários do plano de opção de ações.
Novamente, fica evidente a capacidade financeira da Companhia, tanto para investir
em iniciativas de crescimento orgânico e inorgânico, quanto para enfrentar as
adversidades do atual cenário econômico.
Passando para o slide 13, mesmo com todo o contexto que envolveu esse trimestre, a
TOTVS registrou:
Crescimento de 8,8% de receita recorrente, que representou 62,5% da receita total;
Crescimento de 19% na receita de subscrição;
899 novos clientes de subscrição de um total de 1.399 novos clientes adicionados no
trimestre;
Crescimento de 177% na receita mensal de subscrição com novos clientes; e
16% de crescimento na geração líquida de caixa operacional.
Agora, passo a apresentação para o Rodrigo Kede fazer suas considerações sobre o
trimestre.
Rodrigo Kede: Obrigado Maia, muito bom dia a todos.
Hoje completo 50 dias na TOTVS, que tem sido uma experiência intensa, única e
bastante estimulante. E nessa primeira teleconferência de resultados eu gostaria de
resumir minha leitura sobre o trimestre e compartilhar a minha visão sobre o mercado
e a forma como a TOTVS está posicionada.
Esse foi um trimestre difícil para a maioria das empresas brasileiras. A queda de
confiança do empresariado, como consequência da deterioração do cenário
econômico e político, além de um aumento do grau de incerteza em relação ao curto
prazo, tem prejudicado muito a tomada de decisão de investimento das empresas,
independente de seu porte.
Porém, em épocas como essa, a necessidade de se buscar mais eficiência,
competitividade, produtividade e redução de custos se intensifica, e tecnologia pode
ser um fator decisivo para o atingimento desses objetivos. Segmentos como o de
Varejo, Saúde e Educacional, crescemos dois dígitos em relação a 2014, com o Varejo
atingindo quase 22% de crescimento.
Quando entrei para o conselho da Companhia no ano passado, percebi que a TOTVS é
muito mais do que apenas uma provedora de ERP e back-office para as médias e
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pequenas empresas. É uma empresa completa de soluções de negócios, focada
também no front-office e no core dos nossos clientes, endereçando aspectos críticos
para aumentar a competitividade e a produtividade e até mesmo ajudar os clientes a
se transformarem para essa nova era digital com soluções voltadas ao melhor
entendimento, gestão e experiência do cliente final lá na ponta.
Ter a capacidade de ajudar nossos clientes a serem melhores com os seus próprios
clientes é simplesmente fantástico!
Como uma empresa de soluções de negócio, não podemos depender apenas de
tecnologia, mas também de um bom e profundo conhecimento da indústria. Conhecer
o negócio do cliente é uma peça fundamental para o sucesso.
Outro bom exemplo do que estamos fazendo é com a oferta da plataforma Fluig, para
aumentar a produtividade, colaboração e redução de custos para qualquer cliente,
independentemente de quem seja o provedor de seu ERP. Adicionalmente, essa
plataforma está pronta para uso e deployment em qualquer país do mundo sem
necessidade de localização.
Retornei para o Brasil porque acredito que, apesar da fase difícil que nos encontramos
como país, aqui continua existindo uma oportunidade enorme de negócio. Nosso país
precisa ser mais competitivo, mais eficiente e em algum momento veremos uma onda
de desenvolvimento e pesados investimentos. Tecnologia, na minha opinião, está no
centro dessa transformação.
Na minha visão, a TOTVS é a empresa de tecnologia mais bem posicionada para tirar
proveito do momento atual e monetizar essa transformação quando essa onda de
desenvolvimento acontecer. Temos tecnologia, conhecimento de negócio e uma
capacidade de distribuição e capilaridade que ninguém possui, além de uma base de
clientes enorme em 10 segmentos, que nos credencia para frente.
Essa visão positiva sobre o futuro não quer dizer que ficaremos apenas sentados,
esperando essa recuperação. Nos mantermos focados nos segmentos que vemos
maior crescimento, ao mesmo tempo que tomaremos as ações necessárias para
redução de custos, levando em conta os níveis de receita, sem colocar em risco o
futuro da Companhia.
Agradeço a participação de todos e agora ficamos à disposição na sessão de perguntas
e respostas.
Operadora: Senhoras e senhores, daremos início agora à sessão de perguntas e
respostas. Caso tenha uma pergunta, pressione a tecla asterisco seguida do número
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um em seu aparelho telefônico agora. Caso deseje ser removido da fila de perguntas a
qualquer momento, pressione asterisco dois.
A primeira pergunta vem do Sr. Sunil Rajgopal, do HSBC.
Sunil Rajgopal: Obrigado por aceitarem a minha pergunta, duas perguntas, na
verdade. Primeiro, sobre a taxa de crescimento. Eu gostaria de saber como a
Companhia está planejando a taxa de crescimento da receita para os próximos 18 a 24
meses. Devemos esperar uma aceleração das taxas de crescimento em relação aos
níveis atuais ou esse crescimento deve se estabilizar nesses níveis pelos próximos seis
a nove meses, para então acelerar novamente?
E o segundo ponto, eu gostaria de saber se poderiam compartilhar algo sobre sua
estratégia de expansão internacional e a evolução da concorrência no Brasil de forma
geral. Obrigado.
Rodrigo Kede: Oi, Sunil, aqui é o Rodrigo. Vou tentar responder sua pergunta. É claro
que não fornecemos guidance sobre a expectativa futura de receitas, mas eu posso te
falar um pouco sobre o que eu acho que deve acontecer.
Se você olhar o mercado de TI, o mercado de tecnologia, o segundo semestre costuma
ser melhor que o primeiro. Se você olhar o que aconteceu em 2008, durante a crise do
subprime, tudo estava sendo postergado até setembro, e então a maioria das
empresas tiveram um bom quarto trimestre. No fim das contas, as empresas têm
orçamentos, têm que encontrar soluções. A pior questão que temos tido de
administrar não é apenas a situação econômica ruim, mas a incerteza. Incerteza é, na
minha opinião, o principal fator na mudança de comportamento.
Dito isso, historicamente o segundo semestre é melhor, e esperamos que, com o
portfólio certo e o talento certo, seja possível captar isso. Mais no longo prazo, eu vejo
que em algum momento... se você lembrar do que eu disse, o principal motivo pelo
qual eu retornei ao Brasil é que eu acredito que o Brasil, nossas instituições, nosso
sistema são maiores, mais fortes do que o momento que estamos vivendo, e eu
acredito mesmo que o Brasil irá se recuperar, especialmente quando a incerteza
começar a se dissipar.
Eu tenho analisado muito os mercados internacionais desde que entrei na companhia,
entendendo a nossa situação. O mercado internacional é pequeno para nós. Eu acho
que a melhor maneira de responder a pergunta é dizer que nós estaremos atentos a
qualquer lugar que pudermos encontrar.
Eu não acho que a TOTVS, para ser bem sucedida, precisa necessariamente correr
atrás da internacionalização a qualquer preço. Então nós queremos fazer isso, está nos
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nossos planos, mas é estratégico. Então faremos onde acharmos os múltiplos, onde
pudermos monetizar e ver crescimento relevante dos lucros.
Sunil Rajgopal: Obrigado. E se eu puder encaixar só mais uma pergunta: hoje, acho
que saíram novos resultados de pesquisas e eu vejo que houve maior preocupação
com os comentários sobre a queda na taxa de aprovação.
Então qual a sua percepção sobre como isso irá se desenrolar e como isso pode afetar
o negócio? Ou você acha que não terá impacto nenhum nos negócios?
Rodrigo Kede: Eu não acho que a situação pode ficar prior do que já está. Você pode
ver as coisas acontecendo no Congresso, com a Presidente Dilma, mas eu acho que, de
maneira geral, quanto mais cedo a situação se concluir, melhor será para todos, então
eu não vejo necessariamente mais turbulência vindo de Brasília.
Eu acho que a mensagem que eu entendo é que estamos "chegando perto do fundo",
e cedo ou tarde as empresas terão que perceber que é hora de superar isso. Então eu
acho que nós, de maneira geral, já chagamos a um ponto em que as empresas não irão
mais parar o que estão fazendo, eu acho que já pararam. Então, na minha opinião,
tende a melhorar assim que as coisas começarem a se resolver e a incerteza se
dissipar.
Sunil Rajgopal: Claro. Muito obrigado.
Operadora: Senhores e senhores, gostaria de lembrá-los que para realizar uma
pergunta, basta pressionar as teclas estrela e um.
Mais uma vez, para realizar uma pergunta, pressione estrela e um.
Isso conclui a sessão de perguntas e respostas. Gostaria de passar a palavra ao Sr.
Rodrigo Kede para as suas considerações finais. Sr. Rodrigo, pode prosseguir.
Rodrigo Kede: Mais uma vez, gostaria de agradecê-los pela participação e desejar a
todos um bom dia. Obrigado.
Operadora: Isso conclui a teleconferência da TOTVS de hoje. Muito obrigado por
participar, tenham um bom dia.
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