slides (micro e pequenas empresas - yuri) seminÁrio 3

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MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

EQUIPE

Cláudia Costa;Maria Nadir;Gilson Lima;Aurisângela;

Natanna.

A Influência da Micro e

Pequena empresa no

Desenvolvimento Econômico do

Brasil

As micro e pequenas empresas - MPE's respondem por 98% do mercado empresarial brasileiro e dada essa relevância, a sua análise se faz necessária para compreensão de seu significado e importância para o desenvolvimento econômico nacional.

A produção movimenta o ciclo do desenvolvimento econômico capitalista

na medida em que gera postos de trabalho, que por sua vez gerarão renda,

que conseqüentemente gerará a possibilidade de consumo que acabará desencadeando a necessidade de mais

produção. O ciclo tendo seu curso normal girará de forma cada vez mais acentuada

possibilitando o desenvolvimento econômico do país.

Conhecendo a

Micro e Pequena Empresa Brasileira

Esse segmento é reconhecido juridicamente como parte integrante da estrutura

empresarial brasileira prevista na Constituição Federal, no Código

Civil e na legislação extravagante pertinente a atividade econômica desenvolvida pelas empresas em

geral,

tendo apenas, uma classificação econômica como

indicador, assim como, economicamente se classifica

a população brasileira em agrupamentos como classe

"a", "b", "c", "d" e "e", permitindo assim, estratégias

mercadológicas e socioeconômicas distintas.

As micro e pequenas empresas são

empresas com menor potencial econômico , assim definidas pelo

legislador brasileiro[4]:

"Consideram-se microempresas o

empresário individual ou a pessoa jurídica que aufere renda brutal anual igual ou

inferior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil

reais)".

"Consideram-se pequenas empresas o empresário

individual ou a pessoa jurídica que aufere renda brutal anual

superior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais)

e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e

seiscentos mil reais)".

Esse conceito extraído da legislação nos dá a impressão de que micro e pequena empresa está ligada tão

somente a questão do exercício de atividade empresarial com menor potencial econômico, mas essa é

uma visão equivocada, haja vista que é muito mais do que isso.

É mecanismo constitucional de:Distribuição de

renda;

Redução de desigualdades sociais e regionais;

Celeiro potencial de:

Geração de oportunidades, empregos e renda.

Em 2004 o Brasil possuía 5.110.285 (cinco milhões, cento e dez mil e duzentos e oitenta e cinco) empresas.

Sendo que, 81.967 (oitenta e um mil novecentos e sessenta e sete) eram empresas de médio e grande porte, restando então, um total de 5.028.318 (cinco milhões e vinte e oito mil, trezentos e dezoito) micro e pequenas empresas , ou seja , elas respondiam por 98% (noventa e oito por cento) da atividade empresarial nacional contra 2% (dois por cento) de participação das médias e grandes empresas (SEBRAE: 2006).

Segmento da atividade empresarial brasileira com

menor potencial econômico, mas que já representa mais de 20% do PIB Produto

Interno Bruto nacional , que é a soma de todas as riquezas

produzidas pelo país.

Desse total,

56% estavam no segmento de comércio,

30% no segmento de serviços e

14% no segmento industrial (SEBRAE: 2006).

A concentração maior em comércio se justifica em razão da

menor necessidade de especialização para esse tipo de

atividade por parte de seus proprietários, já a atividade de

serviço demanda um conhecimento relativo , ao passo

que a atividade industrial demanda conhecimento e maiores investimentos.

Das micro e pequenas empresas que atuam no segmento

comercial, destaque para:

Setor alimentícioparticipação de 33% , seguido pelo Comércio de veículos com 8% e do Setor de vestuário com 6% (SEBRAE: 2006).

Ao se inclinar para o comércio de alimentos , o mercado dá o indicador que essa é uma

atividade ligada diretamente a necessidade do consumidor , e

não necessariamente a tendências de mercado, o que em regra também indica uma

menor necessidade de conhecimento e especialização

dos gestores do negócio.

Segmento de serviço,

33% das MPE´s se concentram em serviços de terceirização a médias e grandes empresas,

24% em serviços de alimentação e

11% em serviços de transporte (SEBRAE: 2006).

O fenômeno da terceirização que impulsionou o segmento de micro e pequenas empresas na área de serviço , nasceu da alternativa das grandes empresas na redução da elevada carga tributária , que em especial assolava as folhas de pagamento com as contribuições previdenciárias.

Dessa forma, as grandes empresas foram acabando

com departamentos próprios de limpeza , segurança , portaria e

outros, substituindo-os pela contratação de empresas

terceirizadas.

Segmento Industrial

25% na construção civil , 12% em confecções e 12% na fabricação de alimentos e bebidas (SEBRAE: 2006).

Micro e Pequenas Empresas

Distribuídas pelo Brasil

Com destaque para : São Paulo que detém

30,7% do segmento , seguido de

Minas Gerais com 11,6% e

Rio Grande do Sul com 10,7% (SEBRAE: 2006).

Participação da Micro e

Pequena empresa na Economia

Em 2000 , as MPE´s concentravam 4.117.602 (quatro milhões, seiscentos e dezessete

mil e seiscentos e dois) estabelecimentos empresariais ,

saltando em 2004 para 5.028.318 (cinco milhões e vinte e oito mil,

trezentos e dezoito) estabelecimentos, ou seja, um

crescimento de 22,1%.

Comparativamente as médias e grandes empresas

cresceram no mesmo período 19,5% , o que denota

um potencial de crescimento das MPE´s quase 3% maior que as

médias e grandes empresas (SEBRAE: 2006).

Considerando que o cenário de crescimento econômico veio evoluindo nos últimos quatro anos em razão do controle

inflacionário e da estabilização da moeda nacional , a tendência também é de crescimento nesse

número que já possuía indicadores favoráveis em 2004.

Acrescente-se aí, o fato da ausência de investimentos e políticas públicas de

financiamento da atividade empresarial no Brasil, ou seja, quem possui recursos

(grandes empresas) , investe em produção , os que não dispõe de

recursos próprios (micro e pequenas empresas) dependem exclusivamente de mecanismos de financiamento e de

políticas públicas voltadas ao segmento.

André Ramos Tavares, nesse sentido esclarece

que:

"(...) o grau de desenvolvimento econômico de um país é responsabilidade atribuída, em parte, ao Estado e às suas políticas públicas"[5].

Regionalmente, o crescimento das MPE´s se distribuiu pelo Brasil com destaque

para: Região norte que cresceu

29,1%, seguido de 27,2% na região centro-oeste, 24,9% no nordeste, 21,6% no sul e 20,5% no sudeste (SEBRAE: 2006).

Note-se com isso, que de fato o crescimento está atingindo regiões menos desenvolvidas

economicamente.

Esse fenômeno se explica

por duas razões:

De um lado se dá pela saturação nos grandes centros econômicos concentrados no sudeste , o que

de forma natural incentiva menos as oportunidades de

estabelecimento empresarial , e de outro, a busca por

oportunidades que indicam as regiões norte, nordeste e centro-oeste como os principais centros

de expansão econômica.

Unidade da Federação, o destaque vai para :

Estado do Pará que cresceu 35% , seguido de

Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso e Roraima que também cresceram mais de 30%

(SEBRAE: 2006).

Os Estados que registraram o menor crescimento foram:

Rio de Janeiro com 13,3%

Distrito Federal com 14%,

Porém,

Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins também registraram crescimento abaixo de 20% (SEBRAE: 2006).

Essa participação das MPE´s no mercado mostra de

um lado uma grande concentração de empregos

67% e de oportunidades 98% , gerando trabalho

para o proprietário e empregado, função essencial da ordem econômica nacional.

Como Manoel Gonçalves Ferreira Filho, proclama

nas suas lições:

"criar oportunidades de trabalho , para que todos possam viver

dignamente, do próprio esforço"[6].

Apesar dessa participação intensa na atividade econômica nacional, o país concorre com dois fatores alarmantes , de um lado é a informalidade que no caso das MPE´s corresponde a mais de 50% e o outro é o da mortalidade que também supera o índice de 50%.

Mortalidade das micro e pequenas empresasO Senador Ramez Tebet[9] Relator do

Projeto de Lei nº 71/2003 que resultou na Lei 11.101/05 Lei de Recuperação de Empresas, ao elaborar seu parecer, assim se posicionou:

"Preservação da empresa: em razão de sua função social, a

empresa deve ser preservada sempre que possível, pois gera riqueza

econômica e cria emprego e renda, contribuindo para o crescimento e o

desenvolvimento social do País.

Além disso , a extinção da empresa provoca a

perda do agregado econômico

representado pelos chamados intangíveis como:

nome, ponto comercial, reputação, marcas, clientela, rede de fornecedores, know-

how , treinamento, perspectiva de lucro futuro,

entre outros".

Os índices de sobrevivência e conseqüentemente de

mortalidade das MPE´s alertam para a necessidade de uma

reflexão mais profunda.Mais da metade das MPE´s

criadas são extintas no prazo máximo de 05 (cinco) anos , ou

seja, as MPE´s possuem um índice de sobrevivência muito baixo no Brasil.

Isso nos leva a perceber que o assunto merece destaque por parte do Poder Público para se

identificar e analisar as causas e atuar de forma a

reverter esse cenário.

Segundo estudos , as empresas encerradas possuíam

predominantemente as seguintes características:

Menos de 02 (dois) sócios; Menos de 04 (quatro) empregados; 63% eram do segmento de comércio; 28% do segmento de serviços e 9% do segmento de indústria;

24% obtiveram empréstimos em bancos;

apenas 3% se beneficiou de microcrédito.

A falta de capital ainda é o grande problema desse

segmento , e quando essas empresas migram para o

mercado financeiro , passam a ter um custo maior de

produção que leva a uma perda de competitividade no

mercado.

Na análise das principais causas de mortalidade, o SEBRAE constatou

que:

25% fecharam por falta de capital; 19% por falta de clientes/mercado; 11% por problemas de gestão; 11% por problemas pessoais dos

proprietários; 9% por problemas entre os sócios; 7% por problemas legais e 6% por problemas concorrenciais.

Dos dados apresentados, basta somar os 25% das MPE´s que fecharam por falta de capital com as 19% que fecharam por falta de mercado e concluir que

44% do total fecha por carência de políticas públicas específicas para o setor , já que as que fecham por falta de mercado, em regra não

são competitivas.

Concluímos afirmando que são as micro e pequenas empresas as maiores aliadas da Ordem Econômica Nacional, pois além de cumprirem todos os princípios lá emanados, ainda geram esperança para muitos brasileiros , só falta agora o Estado cumprir talvez a única parte que lhe caiba que é dar "tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país" (CF, art. 170, IX).

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