slide 1 ntep- impacto no custo financeiro das empresas - aspectos legais e defesa administrativa...

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NTEP- IMPACTO NO CUSTO NTEP- IMPACTO NO CUSTO FINANCEIRO DAS EMPRESAS -FINANCEIRO DAS EMPRESAS -

• Aspectos Legais e defesa Aspectos Legais e defesa administrativa para sua administrativa para sua

descaracterizaçãodescaracterização

• Selma de Aquino e GraçaSelma de Aquino e Graça• Advogada e Consultora Juridica do Advogada e Consultora Juridica do

SINDUSFARMA-Sindicato Patronal da Industria SINDUSFARMA-Sindicato Patronal da Industria FarmacêuticaFarmacêutica

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE 11/9/200811/9/2008

• INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE 11/9/2008

• “Art. 2º A Perícia Médica do INSS caracterizará tecnicamente o acidente do trabalho mediante o reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo.

• • Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo,

considera-se agravo: a lesão, a doença, o transtorno de saúde, o distúrbio, a disfunção ou a síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de latência.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE 11/9/200811/9/2008

• Art. 3º O nexo técnico previdenciário poderá ser de natureza causal ou não, havendo três espécies:

• • I - nexo técnico profissional ou do trabalho, fundamentado

nas associações entre patologias e exposições constantes das listas A e B do anexo II do Decreto nº 3.048, de 1999;

• II - nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual, decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, bem como de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do § 2º do art. 20 da Lei nº 8.213/91

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE 11/9/200811/9/2008

• I - nexo técnico epidemiológico previdenciário, aplicável quando houver significância estatística da associação entre o código da Classificação Internacional de Doenças-CID, e o da Classificação Nacional de Atividade Econômica-CNAE, na parte inserida pelo Decreto nº 6.042/07, na lista B do anexo II do Decreto nº 3.048,/99;

• Art. 4º Os agravos associados aos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza profissional e do trabalho das listas A e B do anexo II do Decreto nº 3.048,/99; presentes nas atividades econômicas dos empregadores, cujo segurado tenha sido exposto, ainda que parcial e indiretamente, serão considerados doenças profissionais

• ou do trabalho, nos termos dos incisos I e II, art. 20 da Lei nº 8.213/91.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE 11/9/200811/9/2008

• Art. 5º Os agravos decorrentes de condições especiais em que o trabalho é executado serão considerados doenças profissionais ou do trabalho, ou ainda acidentes de trabalho, nos termos do § 2º do art. 20 da Lei nº 8.213/91,

• § 1º A empresa poderá interpor recurso ao CRPS até trinta dias após a data em que tomar conhecimento da concessão do benefício em espécie acidentária por nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual, conforme art. 126 da Lei nº 8.213/91, quando dispuser de dados e informações que demonstrem que os agravos não possuem nexo técnico com o trabalho exercido pelo trabalhador.

• § 2º O recurso interposto contra o estabelecimento de nexo técnico com base no § 2º do art. 20 da Lei nº 8.213/91, não terá efeito suspensivo.”

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE 11/9/200811/9/2008

• “Art. 6º Considera-se epidemiologicamente estabelecido o nexo técnico entre o trabalho e o agravo, sempre que se verificar a existência de associação entre a atividade econômica da empresa, expressa pela CNAE e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, relacionada na CID, em conformidade com o disposto na parte inserida pelo Decreto nº 6.042/07, na lista B do anexo II do Decreto nº 3.048,/99.

• § 1º A inexistência de nexo técnico epidemiológico não elide o nexo entre o trabalho e o agravo, cabendo à perícia médica a caracterização técnica do acidente do trabalho, fundamentadamente, sendo obrigatório o registro e a análise do relatório do médico assistente, além dos exames complementares que eventualmente o acompanhem.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008 DE 11/9/200811/9/2008

• Art. 7º A empresa poderá requerer ao INSS, até quinze dias após a data para a entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social- GFIP, a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, ao caso concreto, quando dispuser de dados e informações que demonstrem que os agravos não possuem nexo técnico com o trabalho exercido pelo trabalhador, sob pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa, caso não protocolize o requerimento tempestivamente

•  

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O QUE MUDOU DA IN MPS nº 16/2007 PARA A IN O QUE MUDOU DA IN MPS nº 16/2007 PARA A IN MPS nº 31/2008MPS nº 31/2008

• § 2º A informação de que trata o § 1º será disponibilizada para consulta pela empresa, por meio do endereço eletrônico www.previdencia.gov.br ou, subsidiariamente, pela Comunicação de Decisão do requerimento de benefício por incapacidade, entregue ao segurado.

• § 3º Com o requerimento, a empresa formulará as alegações que entender necessárias e apresentará a documentação probatória, em duas vias, para demonstrar a inexistência do nexo técnico entre o trabalho e o agravo.

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O QUE MUDOU DA IN MPS nº 16/2007 PARA O QUE MUDOU DA IN MPS nº 16/2007 PARA A IN MPS nº 31/2008A IN MPS nº 31/2008

• A) Não haverá mais a possibilidade de se estabelecer ou retirar o nexo técnico em exames periciais de Pedido de Prorrogação (PP) ou de Pedido de Reconsideração (PR). A finalidade de tais perícias não é a manifestação sobre o nexo, mas tão-somente à conclusão sobre a duração e a existência de incapacidade laborativa.

  • B) O Sistema de Administração de Benefícios

por Incapacidade (Sabi), do INSS, já foi adequado para que os médicos peritos informem em que situação o segurado se enquadra, com base na nova IN.

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O QUE MUDOU DA IN MPS nº 16/2007 PARA A IN O QUE MUDOU DA IN MPS nº 16/2007 PARA A IN MPS nº 31/2008MPS nº 31/2008

• Para as Empresas:• a) Quando a decisão da perícia do INSS for

formulada com base nos nexos técnicos profissional/trabalho ou por doença equiparada a acidente de trabalho/individual, e o empregador discordar da decisão, será possível interpor recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). Essa medida, no entanto, não terá efeito suspensivo. ( para a hipótese de doença profissional ou acidente de trabalho individual);

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O QUE MUDOU DA IN MPS nº 16/2007 PARA O QUE MUDOU DA IN MPS nº 16/2007 PARA A IN MPS nº 31/2008A IN MPS nº 31/2008

• b) Quando a decisão da perícia for com base no NTEP ( prevalência epidemiológica- CID x segmento), à empresa cabe a contestação diretamente na Agência da Previdência Social (APS). No caso de indeferimento da contestação, aí sim o recurso deverá ser feito ao CRPS. Nessa situação, haverá efeito suspensivo da modalidade do benefício concedido

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INVERÇÃO DO ÔNUS DA PROVAINVERÇÃO DO ÔNUS DA PROVA

a) As empresas que, dentro de um segmento

econômico provarem, administrativamente a

redução de acidentes/afastamentos terão direito á

redução da alíquota, para o que caberá recurso

administrativo ao Conselho da Previdência Social,

nos moldes da legislação em vigor;

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AVANÇOS ESPERADOSAVANÇOS ESPERADOS

N.º DE ACIDENTESGRAVIDADE DOS

ACIDENTESCONSULTORIAS

ASSESSORIASP.C.AP.P.R

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

VIGILÂNCIAS SANITÁRIACERTIFICAÇÃO OIT

N.º DE ACIDENTESGRAVIDADE DOS

ACIDENTESCONSULTORIAS

ASSESSORIASP.C.AP.P.R

MONITORAMENTO BIOLÓGICO

VIGILÂNCIAS SANITÁRIACERTIFICAÇÃO OIT

PPRAPCMSONR-17

RT 01/05INSALUBRIDADE

PERICULOSIDADEAPOSENTADORIA

ESPECIALSESMT

PPRAPCMSONR-17

RT 01/05INSALUBRIDADE

PERICULOSIDADEAPOSENTADORIA

ESPECIALSESMT

X

Controle Formal Controle de Resultados

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Fluxograma da PrevençãoFluxograma da Prevenção

ErroErro

FalhaFalha

Risco/PerigoRisco/Perigo

IncidenteIncidente

AcidenteAcidente

++

I. Gerenciamento II. Controle III. Proteção

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Como deve o RH acompanhar o trabalho da medicina do Como deve o RH acompanhar o trabalho da medicina do trabalho com vistas á negação do NTEP.trabalho com vistas á negação do NTEP.

CapturarCapturarQueixas de Queixas de grupos, grupos, alterações alterações de exames de exames periódicosperiódicos;Instituir a ;Instituir a concepção concepção do ntep do ntep presumidopresumido GerencGerenc

iariarAlteraçAlterações no ões no ambienambientete

GuardaGuardarr

PPreservreservararAo Ao alcance alcance do do SESMTSESMT

EntregEntregar para ar para o o jurídicjurídico-o-defesa defesa ntepntep

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SISTEMA DE GESTÃO E NTEP

INCENTIVO AO ESTUDOINCENTIVO AO ESTUDODE CASOS SUSPEITOSDE CASOS SUSPEITOS

DIAGNÓSTICO/DOENÇASDIAGNÓSTICO/DOENÇAS

INTERVENÇÃO PRECOSEINTERVENÇÃO PRECOSEPARA GEENCIAMENTO DOPARA GEENCIAMENTO DO

“ “ CASO”CASO”

AÇÕES CORRETIVASAÇÕES CORRETIVASQue evitem novos casosQue evitem novos casos

GESTÃO DE SAÚDE GESTÃO DE SAÚDE NO TRABALHONO TRABALHO

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REFLEXO PREVIDENCIÁRIO.REFLEXO PREVIDENCIÁRIO.RESOLUÇÃO CNPS 1269/2006RESOLUÇÃO CNPS 1269/2006

Autuação:

a) Verificação a regularidade do recolhimento do SAT;

b) Representação administrativa: MPT e DRT por desrespeito ás

normas de segurança;

c) Confrontação de documentos relativos á segurança do trabalho,

inclusive guias de recolhimento previdenciárias e GFIPS- confrontação

de informações: PPRA, PCMAT, PCMSO, LTCAT, PPP E CAT;

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REFLEXO PREVIDENCIÁRIO.REFLEXO PREVIDENCIÁRIO.RESOLUÇÃO CNPS 1269/2006RESOLUÇÃO CNPS 1269/2006

Empresas prestadoras de serviços:a) Responsabilidade pela elaboração do PPP e informações na

GFIP, relativas á exposição a riscos ambientais;b) Implementação do PCMSO;

Á TOMADORA:a)fornecer os documentos que permitam á contratada prestar as informações relativas a riscos ambientais a que estejam expostos seus trabalhadores;OBS: responsabilidade: solidária

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NTEP E FAP REPERCUSSÕES NO NTEP E FAP REPERCUSSÕES NO CONTRATO DE TRABALHOCONTRATO DE TRABALHO

• Possível reconhecimento de estabilidade temporária (12 meses) à empregados por NTEPs reconhecidos pela perícia médica da Previdência , e não contestados ou que tiveram negado o recurso administrativo de inexistência de correspondente nexo causal entre o trabalho e o agravo.

• Para esses casos, recolhimento do FGTS durante o tempo de afastamento da empresa.

• Reintegração ou conversão em indenização, pela estabilidade de 12 meses;

• Aumento de demandas trabalhistas com pedido de danos morais e materiais (contrato suspenso x prescrição CC = 05 anos);

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Processo de Certificação OHSAS Processo de Certificação OHSAS 1800118001

* possibilidade de perda de certificação em SST/ OHSAS

18001, em razão da curva de Gauss, para empresas que

obtenham um FAP maior que 1;

• A justificativa técnica: considerando que um dos

requisitos da norma é o fiel cumprimento á legislação

interna, em SST, uma alíquota maior que 1 implicaria no

aumento da taxa de freqüência e gravidade dos acidentes

com afastamentos (não conformidade ou ausência de

complience).

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DIRETRIZES PARA DEFESA DIRETRIZES PARA DEFESA ADMINISTRATIVAADMINISTRATIVA

• PARA IMPUGNAÇÃO DO NTEP:

• A) Exposição de fatos e documentos concretos que evidenciem:

Que, apesar do nexo estabelecido em lei entre o agravo e o

segmento, a impugnante, para o caso concreto, pelo efetivo

plano de gestão em saúde ocupacional, NEUTRALIZOU

EXPOSIÇÃO A RISCOS POTENCIAIS PARA ADOECER;

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DIRETRIZES PARA DEFESA DIRETRIZES PARA DEFESA ADMINISTRATIVAADMINISTRATIVA

• E como comprovar a alegação? Anexando á defesa previa, PCMSO,

PPRA e o PPP. Lembro que o PPP é documento que deverá prestigiar a

exposição a outros agentes ou riscos, que não exclusivamente os que

ensejam insalubridade, tais como avaliações ergonômicas e

mecânicas. A comprovação de “vida” aos ditos documentos, deverá

ser documentalmente comprovada por auditorias/ auto-inspeções

internas, exames clínicos periódicos que comprovem:

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DIRETRIZES PARA DEFESA DIRETRIZES PARA DEFESA ADMINISTRATIVAADMINISTRATIVA

• A) monitoramento periódico pelo critério

EPIDEMIOLÓGICO, ou seja, coletivo;

• B) avaliações clínicas( medicina do trabalho)

periódicas que monitorem indicio de desenvolvimento

de doença ocupacional, com a explicitação de ações

((preventivas e corretivas/ evidência).

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DIRETRIZES PARA DEFESA DIRETRIZES PARA DEFESA ADMINISTRATIVAADMINISTRATIVA

• C) Documentos que evidenciem Programa de Sistema de

Gestão efetiva e integrada, com especial enfoque para o

monitoramento da “ severidade”, freqüência” e

“abrangência” do risco potencial e/ou real a que está

exposto o colaborador;

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RECOMENDAÇÕES

• FIXAFIXAÇÇÃO DO CONCEITO DE NTEP PRESUMIDO ÃO DO CONCEITO DE NTEP PRESUMIDO OBRIGATOBRIGATÓÓRIO DENTRO DA EMPRESARIO DENTRO DA EMPRESA

• Levantamento dos riscos ambientais (qualitativo e quantitativo)

• Implantação de EPI/EPC.• Implantação de ações preventivas/corretivas.• Pagamento de adicionais “devidos”.• Registro de desvios.• Responsabilidades definidas.• Registro e análise de acidentes e incidentes.• Documentar. Documentar. Documentar!!!!!

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NTEP E FAP

Muito obrigada!

Dra.Selma de Aquino e Graça

sa-barcella@uol.com.br;selma@sindusfarma.org.br

(11) 3277-5815- (11)7459-4589/7200-8138

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