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Romeu Sassakiromeukf@uol.com.br

ACESSI

BILIDADE

BARREIRAS

ACESSI

BILIDADE

7 DIMENSÕES DE

BARREIRAS

ACESSI

BILIDADE

7 DIMENSÕES DE

BARREIRASIDENTIFICAR

BARREIRAS1. ARQUITETÔNICAS2. COMUNICACIONAIS3. ATITUDINAIS4. PROGRAMÁTICAS5. METODOLÓGICAS6. INSTRUMENTAIS7. NATURAIS

ACESSI

BILIDADE

7 DIMENSÕES DE BARREIRAS

IDENTIFICAR

ELIMINAR

ACESSI

BILIDADE

ELIMINAR

EmpregabilidadeProtagonismo

“Nada sobre nós, sem nós”

AutonomiaIndependência

Apoio humano e animalAdaptações razoáveisTecnologia assistiva

TICs

Legislação Políticas públicas (trabalho decente)

ACESSI

BILIDADE

IMPLANTAR

EmpregabilidadeProtagonismo

“Nada sobre nós, sem nós”

AutonomiaIndependência

Apoio humano e animal

Adaptações razoáveisTecnologia assistiva

TICs

Legislação Políticas públicas (trabalho decente)

ACESSI

BILIDADE

7 DIMENSÕES DE BARREIRAS

feedback ações

EmpregabilidadeProtagonismo

“Nada sobre nós, sem nós”

AutonomiaIndependência

Apoio humano e animal

Adaptações razoáveisTecnologia assistiva

TICs

Legislação Políticas públicas (trabalho decente)

ACESSI

BILIDADE

7 DIMENSÕES DE BARREIRAS

O que a empresa poderia fazer para

se tornar acessível?

Decreto nº 5.296, de 2/12/04 (Lei da Acessibilidade):

Condições de acessibilidade arquitetônica

e comunicacional.

O Decreto Legislativo nº 186, de 9/7/08, ratificou (inseriu na

Constituição Federal) e o Decreto Presidencial nº 6.949,

de 25/8/09, promulgou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICASem barreiras nos espaços físicos

Internos: postos de trabalho, salas de treinamento, laboratórios, corredores, secretaria, diretoria, sanitários, lanchonete etc.

Externos: portão de entrada, pátios, jardins, estacionamento etc.

ACESSIBILIDADE COMUNICACIONALSem barreiras na comunicação interpessoal

Face a face (língua de sinais, linguagem corporal, linguagem gestual etc.).

Escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila, em braile e com letras ampliadas, lupa e outras centenas de tecnologias assistivas para se comunicar).

Virtual (acessibilidade digital).

ACESSIBILIDADE ATITUDINALSem barreiras culturais (preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações)

Com programas de sensibilização e de conscientização. E também com a convivência na diversidade humana dentro das empresas.

ACESSIBILIDADE PROGRAMÁTICASem barreiras invisíveis embutidas em textos normativos

tais como:

Normas de serviço, avisos, notícias, manuais operacionais etc.

ACESSIBILIDADE METODOLÓGICASem barreiras nos métodos, teorias e técnicas de trabalho

Novas metodologias na execução de serviços; instruções baseadas nas inteligências múltiplas; uso de todos os estilos de aprendizagem; novos conceitos de aprendizagem e de avaliação de conhecimentos e habilidades etc.

ACESSIBILIDADE INSTRUMENTALSem barreiras nos instrumentos, ferramentas e utensílios de trabalho

Com tecnologias assistivasincorporadas em lápis, caneta, régua, teclado de computador, quadros de comunicação aumentativa, aparelhos de uso no trabalho etc.

SIH 1981

OIT 1984

OIT 2002

EMPREGABILIDADEsob duas visões

ao longo do tempo

EMPREGABILIDADEVisão tradicional (integrativista)

A empregabilidade é responsabilidade

exclusiva (100%) do candidato.

Visão integrativista de empregabilidade

Este candidato está pronto para entrar em nossa empresa?

- Aparência pessoal OK?- Comunicação e relacionamento OK? - Endereço residencial próximo OK? - Atividades voluntárias OK?- Escolaridade OK?- Qualificação profissional OK?- Experiência profissional OK?- Expectativa salarial OK?

MODELO MÉDICO DA DEFICIÊNCIA

EMPREGABILIDADEVisão atual (inclusivista)

A empregabilidade é responsabilidade

compartilhada entre o candidato (50%) e

a empresa (50%).

50% - Fatores da empresaAdequação de elementos presentes na função a ser desempenhada e no local/posto de trabalho:

Acessibilidade arquitetônica e usabilidade (do posto ou local de trabalho, dos equipamentos e ferramentas de trabalho);

Provisão de modificações (na função, no fluxograma da função, no processamento do trabalho);

Provisão de tecnologias assistivas e da informação e comunicação;

Provisão de apoios (material em braile, intérprete da língua de sinais, ensino de noções básicas da língua de sinais etc.)

Entre outros.

Visão inclusivista de empregabilidade

Nossa empresa está pronta para investir em apoios que otimizem a empregabilidade deste candidato?

- Apoio à acessibilidade atitudinal OK?- Apoio à acessibilidade comunicacional OK? - Apoio à acessibilidade arquitetônica OK? - Apoio à acessibilidade metodológica OK?- Apoio à acessibilidade instrumental OK?- Apoio à acessibilidade programática OK?- Apoio à acessibilidade tecnológica OK?

MODELO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA

A correta “construção da acessibilidade”

depende do modelo de “estrutura da deficiência”.

Estrutura da deficiência↓

Modelos não inclusivos de estrutura da deficiência

São baseados no modelo médico dadeficiência e têm como objetivo corrigir o

que estiver “errado” na PcD a fim de adaptá-la à sociedade e, caso o “erro” persista,

mantê-la segregadada ou, se ela já estava dentro da sociedade, colocá-la para fora.

Estrutura da deficiência↓

Modelos inclusivos de estrutura da deficiência

São baseados no modelo social dadeficiência e têm como objetivo eliminar as barreiras da sociedade para que todas as

pessoas - com ou sem deficiência - possam participar ativamente em todos os sistemas

comuns.

Estrutura da deficiência↓

Modelos inclusivos de estrutura da deficiência↓

1. Classificação Internacional de Impedimentos, Deficiências e Incapacidades: OMS, 1980-2001.

2. Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde (CIF): OMS, 2001-hoje.

3. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: ONU, 2006-hoje.

Convenção sobre os Direitos das Pessoas

com Deficiência

(ONU 2006, Brasil 2008 e 2009)

CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Preâmbulo, letra “e”

PARTICIPAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA É IMPEDIDA POR BARREIRAS DA SOCIEDADE

Barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e

efetiva participação das pessoas com deficiência na sociedade em igualdade

de oportunidades com as demais pessoas.

Estrutura da deficiência↓

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com

Deficiência↓

Estrutura cronológica da deficiência

Estrutura cronológica da deficiência1º momento: Causa: doenças e outras condições de

saúde, acidentes, guerras, violências etc.

2º momento: Impedimento: de natureza física, psíquica, intelectual, visual, auditiva e múltipla.

3º momento: Deficiência (sequela do impedimento): deficiência física, psicossocial, intelectual, visual, auditiva, múltipla.

4º momento: Incapacidade (ação do ambiente): barreiras naturais e/ou construídas e barreiras atitudinais que, em interação com uma pessoa com deficiência, impõem uma incapacidade (limitação, dificuldade) sobre a pessoa.

Estrutura cronológica da deficiência1º momento: Causa: doenças e outras condições de

saúde, acidentes, guerras, violências etc.

2º momento: Impedimento: de natureza física, psíquica, intelectual, visual, auditiva e múltipla.

3º momento: Deficiência (sequela do impedimento): deficiência física, psicossocial, intelectual, visual, auditiva, múltipla.

4º momento: Incapacidade (ação do ambiente): barreiras naturais e/ou construídas e barreiras atitudinais que, em interação com uma pessoa com deficiência, impõem uma incapacidade (limitação, dificuldade) sobre a pessoa.

Estrutura cronológica da deficiência1º momento: Causa: doenças e outras condições de

saúde, acidentes, guerras, violências etc.

2º momento: Impedimento: de natureza física, psíquica, intelectual, visual, auditiva e múltipla.

3º momento: Deficiência (sequela do impedimento): deficiência física, psicossocial, intelectual, visual, auditiva, múltipla.

4º momento: Incapacidade (ação do ambiente): barreiras naturais e/ou construídas e barreiras atitudinais que, em interação com uma pessoa com deficiência, impõem uma incapacidade (limitação, dificuldade) sobre a pessoa.

Estrutura cronológica da deficiência1º momento: Causa: doenças e outras condições de

saúde, acidentes, guerras, violências etc.

2º momento: Impedimento: de natureza física, psíquica, intelectual, visual, auditiva e múltipla.

3º momento: Deficiência (sequela do impedimento): deficiência física, psicossocial, intelectual, visual, auditiva, múltipla.

4º momento: Incapacidade (ação do ambiente): barreiras naturais e/ou construídas e barreiras atitudinais que, em interação com uma pessoa com deficiência, impõem uma incapacidade (limitação, dificuldade) sobre a pessoa.

Estrutura cronológica da deficiência1º momento: Causa: doenças e outras condições de

saúde, acidentes, guerras, violências etc.

2º momento: Impedimento: de natureza física, psíquica, intelectual, visual, auditiva e múltipla.

3º momento: Deficiência (sequela do impedimento): deficiência física, psicossocial, intelectual, visual, auditiva, múltipla.

4º momento: Incapacidade (ação do ambiente): barreiras naturais e/ou construídas e/ou atitudinais que, em interação com uma pessoa com deficiência, impõem uma incapacidade (limitação, dificuldade) sobre a pessoa.

Em outras palavras:

1º momento: O ambiente dá origem à CAUSA.

2º momento: A causa produz IMPEDIMENTO na pessoa.

3º momento: O impedimento se transforma em DEFICIÊNCIA.

4º momento: A interação “barreiras ambientais/PcD” resulta em INCAPACIDADEda PcD.

Em outras palavras:

1º momento: O ambiente dá origem à CAUSA.

2º momento: A causa produz IMPEDIMENTO na pessoa.

3º momento: O impedimento se transforma em DEFICIÊNCIA.

4º momento: A interação “barreiras ambientais/PcD” resulta em INCAPACIDADEda PcD.

Em outras palavras:

1º momento: O ambiente dá origem à CAUSA.

2º momento: A causa produz IMPEDIMENTO na pessoa.

3º momento: O impedimento se transforma em DEFICIÊNCIA.

4º momento: A interação “barreiras ambientais/PcD” resulta em INCAPACIDADEda PcD.

Em outras palavras:

1º momento: O ambiente dá origem à CAUSA.

2º momento: A causa produz IMPEDIMENTO na pessoa.

3º momento: O impedimento se transforma em DEFICIÊNCIA.

4º momento: A interação “barreiras ambientais/PcD” resulta em INCAPACIDADEda PcD.

Em outras palavras:

1º momento: O ambiente dá origem à CAUSA.

2º momento: A causa produz IMPEDIMENTO na pessoa.

3º momento: O impedimento se transforma em DEFICIÊNCIA.

4º momento: A interação “barreiras ambientais/PcD” resulta em INCAPACIDADEda PcD.

EXEMPLOS

aplicando a teoria da estrutura cronológica

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

1º. Causa: uma condição de saúde enquanto feto.

2º. Impedimento: uma lesão de natureza intelectual.

3º. Deficiência: deficiência intelectual. 4º. Incapacidade: barreiras atitudinais

que, em interação com uma pessoa com deficiência intelectual, impõem uma incapacidade, dificuldade ou limitação para ela estudar em escolas comuns.

DEFICIÊNCIA FÍSICA

1º. Causa: um acidente rodoviário. 2º. Impedimento: uma lesão de natureza

física. 3º. Deficiência: deficiência física, do tipo

tetraplegia. 4º. Incapacidade: barreiras naturais e/ou

construídas e/ou atitudinais que, em interação com uma pessoa com deficiência física, lhe impõem a incapacidade de utilizar escadarias ou sanitários convencionais.

DEFICIÊNCIA VISUAL

1º. Causa: um ato de violência urbana (facada nos olhos).

2º. Impedimento: uma lesão de natureza visual. 3º. Deficiência: deficiência visual, do tipo

cegueira. 4º. Incapacidade: barreiras naturais e/ou

construídas e/ou atitudinais que, em interação com uma pessoa cega, lhe impõem a incapacidade ou dificuldade de ler textos impressos em tinta ou de ver imagens (fotos, filmes, paisagens etc.).

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

1º. Causa: uma doença que atingiu os ouvidos.

2º. Impedimento: uma lesão de natureza auditiva.

3º. Deficiência: deficiência auditiva, do tipo surdez.

4º. Incapacidade: barreiras naturais e/ou construídas e/ou atitudinais que, em interação com uma pessoa surda, lhe impõem a incapacidade de ouvir barulhos, conversas, palestras, música etc.

DEFICIÊNCIA PSICOSSOCIAL

1º. Causa: um trauma psiquiátrico em situação de guerra ou conflito urbano.

2º. Impedimento: uma lesão de natureza psíquica, do tipo transtorno bipolar.

3º. Deficiência: deficiência psicossocial. 4º. Incapacidade: barreiras atitudinais que,

em interação com uma pessoa com deficiência psicossocial, lhe impõem a incapacidade ou dificuldade de conviver em escolas comuns ou ambientes convencionais de trabalho.

\A empresa inclusiva é aquela que, diariamente, vai se tornando

mais adequada – por meio de tecnologias e outras medidas apoiadoras - para cada um dos

trabalhadores com ou sem deficiência.

Convenção sobre os Direitos das Pessoas

com Deficiência(ONU, 13/12/06)

CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Preâmbulo, letra “e”

PARTICIPAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA É IMPEDIDA POR BARREIRAS DA SOCIEDADE

Barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e

efetiva participação das pessoas com deficiência na sociedade em igualdade

de oportunidades com as demais pessoas.

Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

Artigo 27

TRABALHO E EMPREGO

O [Brasil] reconhece o direito das PcD:

… ao trabalho, em igualdade de condições com as demais

pessoas. … a um trabalho de sua livre

escolha, em ambiente que sejaaberto, inclusivo e acessível a

PcD.

O [Brasil] salvaguardará e promoverá a realização do direito ao trabalho (…):

1. Proibindo a discriminação

baseada nadeficiência.

O [Brasil] salvaguardará e promoverá a realização do direito ao trabalho (…):

2. Incluindo iguaisoportunidades e igual

remuneração por trabalho de igual valor, condiçõesseguras e salubres de

trabalho.

O [Brasil] salvaguardará e promoverá a realização do direito ao trabalho (…):

3. Assegurando que adaptações

razoáveis sejamfeitas para PcD no local de trabalho.

O [Brasil] salvaguardará e promoverá a realização do direito ao trabalho (…):

4. Promovendooportunidades de

emprego e ascençãoprofissional para PcD

no mercado de trabalho.

“O [Brasil] oferecerá às pessoas com deficiência

programas e atenção à saúde gratuitos ou a custos

acessíveis das mesmavariedade, qualidade e padrãoque são oferecidos às demaispessoas.” (Saúde, artigo 25/caput-a)

“O [Brasil] propiciará serviços de saúde que as pessoas com deficiência

necessitam especificamentepor causa da sua deficiência,

(…) e serviços projetados para reduzir ao máximo e prevenir

deficiências adicionais.” (Saúde, artigo 25/caput-b)

“O [Brasil] tomará todas as medidas apropriadas para promover a recuperação

física, cognitiva e psicológica(…), a reabilitação e a

reinserção social de pessoas com deficiência.” (Artigo 16/4)

O [Brasil] promoverá reabilitação profissional,

manutenção do emprego e programas de retorno ao

trabalho para pessoas comdeficiência. (Artigo 27,

Trabalho e Emprego, 1-k)

“Nada Sobre Nós, Sem Nós.”

ONG: Pessoas com Deficiência da África do Sul1983

NADA (lei, política pública, programa, projeto, serviço, campanha, edificação, benefício etc.)

SOBRE NÓS (sobre pessoas com deficiência)

, [haverá de ser gerado]

SEM NÓS (sem a plena participação das próprias pessoas com deficiência).

Romeu Sassakiromeukf@uol.com.br

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