revista sino - setembro2013
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Revista dos antigos alunos do Santo InácioN
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Inacianos de todo o mundo
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Com apenas
projeto Imagem solidária
atendimento ambulatório
creche no Santa Marta
pré-escola
reforço escolar
confecção de enxovais
400 sócios:Junte-sea nós e ajude a construir muito maisNão é preciso ser antigo aluno do Santo Inácio para ajudar a manter esses projetos e melhorar o atendimento
+Associação dos Antigos Alunos dos Padres Jesuítas - RJRua São Clemente, 216 - BotafogoRio de Janeiro - RJTel: (21) 2527-3502contato@asiarj.org.brw w w . a s i a r j . o r g . b r
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N°9 | agosto | 2013
Antiga aluna que participou das experiências do Magis (encontro mundial de jovens ligados à Companhia de Jesus) conta como foi o seu dia-a-dia em Belém, no Pará. página 6
Colégio Santo Inácio recebe 1.600 peregrinos durante a Jornada Mundial da Juventude. Aproximadamente 300 voluntários deram apoio. página 11
Matéria mostra como foi o VIII Congresso Mundial de Ex-alunos Jesuítas, realizado em Medellín, na Colômbia. página 12
Durante congresso mundial foram realizadas experiências em comunidades carentes colombianas. O antigo aluno Fábio Campos (96) participou e escreveu para a SINO. página 15
CSI relizou palestra sobre segurança na Internet para pais de alunos do 4º ao 8º ano. A advogada Patricia Peck diz que os responsáveis devem estar alertas. página 18
Fale com professores e alunos do Colégio Santo Inácio, seus familiares e mais de 2 mil antigos alunos que
recebem a revista em casa, pelo correio
Anuncie na Sino | (21) 2421-0123
Revista dos antigos alunos do Santo Inácio
Índice
Conselho Editorial Pe. Luiz Antonio de Araújo Monnerat, SJ;
Izabela Fischer; Olga de Moura Mello e Maria José Bezerra
Jornalista Responsável Pedro Motta Lima (JP21570RJ)
(editor@revistasino.com)
Projeto Gráfico Ana Mansur (anamansur@gmail.com)
Diagramação Daniel Tiriba (dtiriba@gmail.com)
Revisão André Motta Lima
Contato Publicitário 21 2421 0123
Produção ML+ (Motta Lima Produções e Comunicação)
Tiragem 5 mil exemplares
Gráfica Walprint
Fale Conosco sino@revistasino.com.br
www.revistasino.com.br
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a n t i g o s a l u n o sDois grandes eventos
Compartilhe conosco suas memórias inacianas
Eu e Marcos fomos dessa
maravilhosa e profícua tur-
ma (de 1971), e estávamos
todos juntos, desde 1969,
para lutar objetivando ingressar
na carreira de medicina. Estudáva-
mos, e muito, pela manhã, tarde
e noite. Uns nas casas dos outros.
Determinados a vencer o vestibular
que foi muito duro. Para Medici-
na, 12 candidatos para uma vaga,
portanto, uma concorrência tre-
menda. À época, os “cursinhos”
Miguel Couto, Bahiense, entre
outros, eram os grandes líderes
na aprovação e todos nós do CSI,
éramos do CSI e não fazíamos,
como os de outros colégios, algum
“cursinho” ao mesmo tempo que
o colégio.
Nossos professores eram fantás-
ticos: Odete, Joaquim, Cinelli... hoje
o que somos devemos a eles e somos
todos, “mui gratos” a todos nossos
mestres. Essa era a nossa grande
vantagem em relação aos nossos
colégios concorrentes, e mesmo aos
“cursinhos”.
Era muito amigo de Marcos, dois
metros de altura, muito bom humor.
Pequeno era seu sobrenome, mas
de pequeno, nada. Grande alma,
grande amigo, folclórico em tudo,
mestre no ping-pong; fez a faculda-
de de Medicina da Uerj, tornou-se
Ortopedista de renome, “expert” em
cirurgia de quadril. Partiu muito cedo
e deixa, até hoje, muitas saudades de
todos os seus amigos.
Dr. Ricardo Teixeira é Oncolo-
gista-Hematologista e se formou
em 1971 (no texto ele se refere ao
colega de turma e, também médi-
co, Marcos de Oliveira Pequeno)
Uma pequena lembrança
Ricardo Teixeira (71)ricardoteixeira.mdrj@gmail.com
minhasino@revistasino.com.br
facebook.com/RevistaSino
O material enviado poderá ser publicado nesta revista e em nossa página no Facebook.
Saudações inacianas!
Dois grandes eventos jesuítas (mundiais) foram responsáveis por uma edição da SINO um pouco diferente. Com o objetivo de trazer uma cobe-rtura mais interessante sobre o Magis, evento de jovens com alguma relação com a Companhia de Jesus que precede à Jornada Mundial da Juventude, e o VIII Congresso Mundial de Ex-alunos Jesuítas, realizado na Colômbia, dedi-camos mais páginas para duas reportagens.
No texto produzido pela an-tiga aluna Carolina Carvalho (2011), estudante de jornal-ismo, será possível ter ideia de como foram as experiências vividas pelos jovens que par-ticiparam do Magis e viajaram pelo Brasil. Carol foi para Belém, no Pará, e escreveu sobre o seu dia-a-dia como peregrina.
O outro texto nos mostra como foi o encontro dos antigos alunos, realizado em Medellín, na Colômbia. O tema responsabilidade social foi debatido por aproximadamente 700 antigos alunos de 27 países.
Espero que vocês gostem.
Pedro Motta Lima (94)editor@revistasino.com.br
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Excelência educacionalO CSI recebeu o Reconhecimento
de Excelência Educacional da ONG
Melhores Colégios, que auxilia pais
e alunos a escolherem as escolas em
que seus filhos estudarão. O Colégio
foi considerado um dos 10 melhores
do Rio de Janeiro pelo desempenho
educacional em 2012. A instituição fez
a análise de acordo com o desempenho
médio no Enem nos últimos três anos,
a aprovação em universidades públicas
em 2012, projetos socioeducativos,
ambientais e pedagógicos, depoimento
de pais e alunos na internet, crescimento
da escola nos últimos três anos, opinião
pública quanto à qualidade e à força da
marca e o valor das mensalidades na
relação custo x benefício. http://www.
melhorescolegios.org/ (fonte: CSI)
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continuaComeçamos a nos conhecer melhor no aeroporto de Fortaleza. Éramos norte americanos, brasileiros, singapurenses e coreanos. A maioria de nós falava inglês; mas quem não falava, se virava. No saguão de embarque, enquanto aguardávamos o vôo que nos levaria a Belém (com escala em São Luis), cheguei a ensinar os primeiros passos da coreografia de ‘Show das Poderosas’, da funkeira Anitta, para uma das americanas. Até aí, nomes, sobrenomes e países de origem era o que
sabíamos um do outro. Confesso ser até um pouco difícil de lembrar, exatamente, o que rolou naqueles primeiros dias - parece que foi há anos. Eu estava cansada. Quando descobri que levaríamos 9 horas para chegar ao nosso destino, aquele pensamento de “começou bem” passou brevemente pela minha cabeça. Meu pessimismo sarcástico, porém, não chegou nem a se formar completamente; as pessoas que conhecia me davam energia para manter uma conversa por horas.
Carolina Carvalho (2011)carolina.carvalho@globo.com
O MAGIS
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Ficamos hospedados no Centro
Magis de Juventude, uma casa
para retiros e atividades guiados
pela Espiritualidade Inaciana. O
Centro foi criado por um de nos-
sos coordenadores de experiência, o Yuri
Rebello, quando voltou da JMJ de 2012,
em Madrid. A casa era grande, com vá-
rios quartos e espaços de convivência.
Passamos a maior parte do nosso tempo
em seu pátio, onde fazíamos refeições,
celebrávamos a missa e nos reuníamos
para o Círculo Magis.
Assim que chegamos, lembro que
o que mais me marcou foi o calor. O
ar era quente, úmido, parecia se fechar
em nós. Não demorou para o suor apa-
recer. A alegria foi descobrir que nossos
quartos, apesar de apertados, teriam
ar-condicionado.
Na experiência quebra gelo da ma-
nhã seguinte, fizemos uma rede de ex-
pectativas. Conhecemos nossos nomes e
de onde viemos. Eu e Christian, um dos
americanos, ajudávamos com a tradução
do inglês para os brasileiros. A maioria
das pessoas do grupo tinha a mesma
esperança: encontrar Deus na face do
outro. Como viríamos a descobrir ao fim
desse primeiro dia, aquilo não era uma
tarefa muito difícil.
Durante a semana que ficamos lá,
quem nos forneceria o almoço seria o
próprio Centro. A querida Nazaré, uma
senhora da comunidade da capela jesuí-
ta Nossa Senhora de Lourdes, comanda-
ria a cozinha com a ajuda de mais duas
moças. Os pratos eram típicos brasilei-
ros: arroz, feijão, salada. Logo no pri-
meiro dia, comemos jambú, uma receita
paraense. A coordenação do MAGIS,
eu lembro, havia se preocupado previa-
mente com possíveis restrições alimen-
tares que os estrangeiros pudessem ter.
Em nosso grupo, apenas a Minji, uma
coreana muito fofa e talentosa, pediu
algumas receitas específicas para ela -
e, com prazer, a Nazaré os fazia. “Esse
aqui é da Minji! É só dela, hein?!”
O jantar era diferente. Depois da
missa, ou da última atividade do dia, nos
encontrávamos com uma das famílias da
comunidade e éramos acolhidos. Eu e a
Inês, uma coreana que estuda na África
do Sul, fomos para a casa do Paulo e da
Áida. Um casal legal demais, sem exage-
ros. Logo que nos conhecemos, eles nos
contaram de suas filhas, Luna e Clarissa.
Fizeram questão de mostrar-nos a casa
inteira e nos apresentaram seu coelho
de estimação. Em nosso primeiro jantar,
eles preparam um prato típico da Coreia
especialmente para a Inês. “Carol, você
pode comer, é claro… Mas é melhor não,
por que tem muita pimenta e temperos
diferentes!”, alertou Áida. “É, e nós nem
sabemos se deu certo ou não… Nem eu
sei se vou provar mesmo!”, completou
Paulo. Mas valeu a intenção! (E o cama-
rão estava ótimo.)
Pois bem. Começamos a trabalhar
no musical logo de cara. Afinal, o nosso
objetivo prático era apresentar a história
dos jesuítas na região amazônica para os
membros da comunidade que frequenta-
A peregrina americana Alyssa Perez e Carolina em frente à Igreja de nossa senhora de belém; imagem de divulgacao do popmagis, a experiencia de arte em Belém; e peregrinos do MAGIS no pelourinho
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va a capela. “A presença dos jesuítas aqui
no Pará é muito escassa”, explicou Yuri.
“O pessoal vem, assiste a missa celebrada
por um jesuíta, participa das atividades
aqui no Centro, mas não conhece a es-
piritualidade inaciana, ou mesmo a nossa
história aqui no Pará.”
Em uma semana, portanto, nós de-
veríamos fazer um musical, com figuri-
no, cenário, roteiro e, claro, música para
apresentar para cerca de 100 pessoas.
Isso tudo conciliando com a missa ao fim
do dia e as atividades programadas da
experiência, como o tour pela cidade e a
visita ao museu de arte sacra.
Dividimo-nos em 3 grupos de tra-
balho, por interesse: os roteiristas, os
“designers” e os atores. O primeiro era
o mais importante na etapa inicial - sem
história, não havia como ensaiar ou pen-
sar no cenário. Após conhecermos bre-
vemente a história dos jesuítas no Pará,
selecionamos os acontecimentos mais
relevantes e nos trancafiamos em uma
sala para pensar. Won, um dos coreanos,
deu inúmeras ideias que fundamentaram
nosso trabalho. “O mais importante é a
empatia com a plateia. Precisamos dra-
matizar a história; apresentar como se
fosse uma aula não dá,” explicou ele. As
músicas que sugeriu, também, foram in-
críveis e combinaram perfeitamente com
o enredo que pensávamos.
No dia seguinte, tratamos de escre-
ver o roteiro, tin-tin por tin-tin. Para isso,
muita gente não daria certo. Eu e o Chris,
outro americano de Los Angeles, come-
çamos a terça-feira dando as primeiras
cenas e o “outline” do que precisaríamos
no palco para os representantes dos ou-
tros dois grupos. A Jocelyn, professora de
teatro em Singapura, trabalharia com a
expressão corporal e a voz dos atores. Já
o padre John Galvan, da California, pas-
saria todas as informações para seu gru-
po de designers. Essa divisão, porém, já
estava toda borrada no
fim da semana - atores ajudavam a
costurar os figurinos, enquanto roteiristas
contribuíam nos ensaios das músicas.
Foi uma semana muito cansativa,
confesso. Além de toda a tensão para ter
tudo pronto até o dia da apresentação,
tínhamos de estar prontos às 17h ou 18h
todos os dia s para a missa, sem contar a
roupa que se acumulava para ser lavada
no tanque. Fui dormir 3h e acordei 6h
da manhã todos os dias em que estive
lá - às vezes trabalhando, às vezes con-
versando e brincando. Aliás, brincar e se
divertir eram verbos constantes. Mas não
de uma maneira fanfarrona demais - era
mais expressão de alegria. Qualquer hora
era hora de dançar. Qualquer momento
era momento de cantar, fazer música,
batucar, rir.
Lógico que, quando chegou quarta-
-feira e não tínhamos nem começado a
ensaiar as cenas direito, os coordena-
dores tiveram que conversar conosco.
“Eu sei que o que pedimos é difícil, mas
amanhã, precisamos nos concentrar”,
disse o Thalmus, o outro coordenador,
em nossa reunião final do dia. As ex-
pressões variavam entre cansaço e de-
solação. Foi um momento difícil; nossas
mentes estavam naquele looping nega-
tivo de “não vai rolar”.
De fato, acho que o que fez dessa
semana MAGIS tão intensa foi essa mon-
tanha-russa de sentimentos. Uma hora
estávamos cantando animadamente; na
seguinte, ficávamos em silêncio para um
momento de espiritualidade; na outra,
trabalhávamos concentrados.
Mas não só de musical foi feito o Po-
pMagis. Uma das experiências mais mar-
cantes, para mim, foi a missa da segun-
da-feira. Celebramo-na na capela dentro
do Museu de Arte Sacra do Pará. Toda a
Comunidade da Capela Nossa Senhora de Lourdes e peregrinos do Magis após apresentação teatral
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construção desse museu data do século
XVIII, da época em que os jesuítas estive-
ram lá durante a Colônia. O altar princi-
pal da capela, e todos os outros ao lon-
go dela, era trabalhado em madeira, no
estilo barroco. Aliás, seguindo as carac-
terísticas desse corrente artística, o lado
direito do altar era claro, pintado com um
branco desgastado. O lado esquerdo era
madeira bruta. Tudo entalhado com per-
feição, boa parte feita pelos indígenas.
Eu, que tenho fraco por qualquer
construção histórica, fiquei deslumbrada.
Não podíamos tirar muitas fotos (afinal,
estávamos em um museu), mas vale a
pena dar uma passada por lá em uma vi-
sita à Belém. O mais incrível, no entanto,
foi a informação que nos deram quando
chegamos. “Essa é a primeira missa jesu-
íta, presidida por um padre da Compa-
nhia, desde que os jesuítas foram expul-
sos do Brasil”, explicou Thalmus. Quer
dizer: fizemos história! Estavam presen-
tes todos nós, integrantes do MAGIS, e
a comunidade que nos acolhera. Foi uma
missa linda. O padre João Pedro, residen-
te da Nossa Senhora de Lourdes, rezou
ao lado dos outros dois padres ‘João’,
que vieram conosco: o Father John Gal-
van, dos EUA, e o Father John Giovanni,
da Coreia. Eu e Christian traduzimos as
preçes da comunidade para o inglês, e
todos puderam participar da missa. Aliás,
essa questão da tradução é interessan-
te. Eu esperava treinar bastante a língua
inglesa nessa experiência, é claro. Mas
o que acabou por ocorrer foi que, sem
exageros, falei mais inglês durante aquela
semana do que português. Não era fácil,
especialmente quando os coordenadores
precisavam dar avisos.
Quando voltamos para o Rio, minha
voz estava toda falhando. Sem contar o
nó na cabeça de pensar o tempo todo
nas duas línguas. Mais hilário era quan-
do, sem me dar conta, falava com a Jo-
celyn, de Singapura, em português. Eu
começava seriamente, perguntando algo
das músicas ou da marcação no palco e,
quando me dava conta, ela estava com
um sorrisinho miúdo, acenando com a
cabeça. Era quando eu percebia a gafe e
desatávamos a rir. Mas quando essa fun-
ção começava a me ganhar no cansaço,
aconteceu algo muito importante para
mim. Posso dizer que o mais próximo de
Deus que cheguei foi naquele momento.
O americano Andy ficou com o Seu
Laércio, marido da Nazaré, para o jantar.
Os dois se adoraram logo de cara. Os vi
Cena de abertura do musical; Almoço no centro magis de juventude; e peregrina americana na praia de Ipanema: “Eles ficaram encantados com o Rio de Janeiro”, disse Carolina
Carolina, Marina Assis, de Juiz de Fora, e a coreana Minji Yun no centro magis de juventude, onde a música era prática constante
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interagindo na terça-feira, quando che-
guei de volta à casa, e eles estavam lá.
“Carol! Come quick!” Andy queria que
eu traduzisse a conversa dos dois, para
eles se entenderem melhor. Seu Laércio
me explicou que, durante o jantar, os
dois tentavam se entender pelo Google
Tradutor. Eu estava feliz em ajudar. Fiquei
ali uns 20 minutos, traduzindo tudo que
eles diziam um para o outro. E naquele
momento, em que via o americano de 21
anos se dobrando de rir das brincadeiras
e implicâncias do senhor brasileiro de 50
e poucos, foi que percebi a minha “mis-
são” naquele PopMagis. “You have an
amazing gift, Carol. Thank you.”
Fico arrepiada toda vez que me lem-
bro dessas palavras. Obrigada a você,
Andy! Muitas outras coisas acontece-
ram durante a nossa semana no Pará.
Fizemos um passeio de barco pelo enor-
me rio que separa a cidade da floresta
amazônica. Também vivemos momen-
tos espirituais riquíssimos, espontâne-
os, como o liderado pelo pessoal de
Singapura. E ainda celebramos uma das
missas mais lindas que já vi, totalmente
improvisada e presidida humildemente
pelo padre coreano.
Ao fim, o musical foi um sucesso.
Para mim, pelo menos, parecia uma super
produção da Broadway - principalmente
se pensarmos que foi feito em uma se-
mana! Teve todas as tensões de uma
apresentação e toda a espontaneidade e
fluidez de um trabalho feito com amor. A
coreografia da Minji para uma das cenas,
por exemplo, conquistou o público e foi
criada e ensaiada literalmente três horas
antes do espectáculo! Inacreditável.
Não tem como resumir o que foi o
MAGIS, em especial o PopMagis, para
mim. Eu fiz amigos que se tornaram
confidentes. Pessoas inesquecíveis,
que marcaram minha vida. Eu toquei
o coração de alguns e fui tocada por
muitos. Eu dei um abraço de urso em
Deus, de tão próxima que cheguei Dele
nessa semana. E eu fui mais. Eu senti o
mais em cada uma daquelas pessoas,
em especial nas que nos acolheram, na
comunidade que nos assistiu. Eu sou
grata ao colégio por ter me dado essa
chance, e sou grata à Companhia que
me permitiu viver isso.
Mas, acima de tudo, eu sou grata
a Deus.
Peregrinas fizeram tour para conhecer a cidade de Belém, além de confraternizações no centro de juventude
Thalmus Gama foi um dos coordenadores da experiência em Belém
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Na última semana de julho, o Colé-
gio Santo Inácio esteve tão movimentado
quanto no período letivo. 1.600 pere-
grinos, todos participantes do Magis, o
encontro de pessoas ligadas aos colégios
e às obras jesuítas no mundo inteiro que
antecede a Jornada Mundial da Juventude
(JMJ), ficaram hospedados no CSI. Cerca
de 300 voluntários, entre alunos e colabo-
radores do Colégio, deram o apoio neces-
sário à acolhida dos visitantes.
Para alguns dos voluntários, a experiência
pessoal na recepção dos peregrinos foi tão
enriquecedora quanto uma viagem de férias.
“Dormíamos quatro horas por noite, porque,
depois que saíamos do Colégio, acompa-
nhávamos o pessoal em restaurantes e bares
aqui por perto. O clima era de festa, embora
o tempo não ajudasse muito”, comentou Na-
talia Larcher, da Turma 22.
João Tostes, da Turma 17, se confessou
“contagiado” pela alegria dos peregrinos.
“Eles contribuíram para todos se sentirem
felizes, mesmo quem precisava desempe-
nhar funções de conferência de crachás na
portaria. Essas foram férias diferentes, mas
estão, certamente, entre as melhores que
já tive”, comentou João.
Ana Carolina Ghetti, da Turma 16, lem-
brou que, além do contato com pessoas de
outras culturas, todos puderam praticar
diferentes idiomas. “Falávamos francês,
inglês, espanhol e alemão. No fim do dia,
estávamos exaustos, mas acordávamos dis-
postos a fazer tudo outra vez, porque valia
a pena”, disse Ana Carolina.
A chuva e o frio não incomodaram
muitos dos peregrinos, acostumados a bai-
xas temperaturas. “Os australianos só an-
davam de bermudas. Acho que só vestiram
calças compridas para a vigília, em Copaca-
bana”, observou Ana Carolina.
Boa parte dos visitantes sentiu-se “em
casa”, como definiu o jesuíta Fernando
Tiscareño, mexicano, de 29 anos, em sua
primeira vinda ao Brasil. “Todos os volun-
tários foram extremamente cordiais, aco-
lhedores e amáveis. Pena que já acabou”,
disse Fernando, que ia aproveitar para ficar
mais alguns dias no Rio, na casa de amigos.
Ex-aluna de um colégio jesuíta, a espanho-
la Maria Civeira, de 20 anos, participou da
JMJ anterior, em Madri, em 2011. “Desta
vez, não estava no meu país, o idioma era
outro. Foram experiências distintas, mas ex-
celentes. E a localização do CSI facilitou o
deslocamento”, comentou Maria.
O hall do CSI recebeu a exposição Je-
suítas, Paixão e Glória, que tem nove am-
bientes interativos, contando a história da
Companhia de Jesus e de Santo Inácio.
Cada recinto tem ambientação diferente e,
recobrindo toda a área da mostra, foi es-
tendido um painel que reproduz o afresco
do teto da igreja de Santo Inácio em Roma.
Cerca de 100 visitantes estrangeiros e bra-
sileiros estiveram na exposição e também
na Igreja de Santo Inácio, que teve visitas
guiadas - em português, inglês, francês e
espanhol - por voluntários da JMJ e da Es-
cola de Museologia da Universidade Fede-
ral do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio).
Algumas imagens das atividades dos pere-
grinos no CSI estão na Galeria de Fotos.
(fonte: CSI)
CSI recebe 1.600 peregrinos
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Jovens alojados no colégio contaram com a ajuda de 300 voluntários
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Antigos alunos querem criar rede mundialO auditório do Colegio San Ignacio de Loyola, em Medellín, na Colômbia, abrigava aproximadamente 700 antigos alunos de instituições jesuítas espalhadas por 27 países. De brasileiros a indianos, de americanos a congoleses, passando por belgas, espanhóis e libaneses. Enfim, as mais diferentes culturas, mas com algo em comum. O tema do encontro: responsabilidade social. Uma unanimidade pós-reunião: a necessidade de nos organizarmos em rede para fazermos mais. O desafio: chegarmos ao próximo encontro, em 2017, em Cleveland, nos EUA, com um “networking” bem mais robusto que o atual.
Evento foi aberto com missa presidida pelo superior geral da Companhia de Jesus
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Entrada principal do Colegio San Ignacio, em Medellín
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Entre os dias 14
e 17 de agosto, a
cidade da eterna
primavera, como
Medellín é chama-
da, por conta de
seu clima ameno,
recebeu o VIII Congresso Mundial de
Ex-alunos Jesuítas. O evento, organi-
zado a cada quatro anos pela União
Mundial dos Antigos Alunos da Com-
panhia de Jesus (sigla em inglês Wuja
- www.wuja.org) reunião represen-
tantes de Asias (associação de antigos
alunos) de todo o mundo. O Brasil en-
viou representantes do Rio de Janeiro,
São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande
do Sul, que aproveitaram para realizar
reuniões com o objetivo de fortalecer
a Asia Brasil, trocar experiências regio-
nais e reforçar a criação de redes locais,
que, com o tempo, possam se comuni-
car de forma integrada e abrangendo
o país inteiro.
Os anfitriões da Asia Ignaciana de
Medellín apresentaram experiências
exitosas, tanto no campo social, com
trabalhos sociais que se assemelham
aos realizados pela associação dos an-
tigos alunos do Colégio Santo Inácio
do Rio de Janeiro, que possui projetos
educacionais e na área de saúde (co-
nheçam no http://www.asiarj.org.br/),
quanto na criação de rede. Os colom-
bianos, por exemplo, possuem um car-
tão de identificação que lhes garante
uma série de descontos em empresas
que possuem convênio com sua insti-
tuição. Um bom modelo a ser seguido.
Na volta, podemos concluir que a
associção de antigos alunos do CSI faz
um excelente trabalho social, até mes-
mo em nível mundial, mas que pode
melhorar sua rede, a conexão entre
aqueles que já passaram pelo colégio.
E, para isso, o primeiro passo é divul-
gar o endereço para a realização do
cadastro: http://www.santoinacio-rio.
com.br/exaluno.html. Faça a sua parte,
inscreva-se e divulgue.
Union of Jesuit Alumni
AfeganistãoArgentinaAustráliaBélgicaBolíviaBrasilCamarõesChileColômbiaCongoEquadorEspanhaEstados UnidosFrança
Hong KongIndiaInglaterraIrlandaItáliaMadagascarMéxicoPanamáPerúSuiçaUruguaiVenezuelaZimbabue
Paises participantes (27)
Itália - Roma (1967)França - Versalhes (1986)Espanha - Bilbao (1991)Austrália - Sidney (1997)India - Calcutá (2003)Burundi - Bujumbura (2009)Colômbia - Medellin (2013)
EUA - Cleaveland (2017)
Congressos anteriores
Próximo
O colégio ainda recebeu uma feira com apresentações de ações de responsabilidade social
Superior Geral da Companhia, padre Adolfo Nicolás, inaugura placa comemorativa na entrada da escola
Div
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ção
Car
los
Prie
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A cidade da eterna primaveraA anfitriã deste ano, Medellin, é conhecida como “a cidade das flores” ou
“a cidade da eterna primavera”, e os apelidos têm relação. Por estar a aproxima-
damente 1.500 metros acima do nível do mar em uma região próxima da linha
do equador, não há grandes variações climáticas no local, que tem temperatura
oscilando entre 18 e 28 graus, o que favorece ao plantio de flores - o congresso,
por sinal, começou logo após ao festival anual das flores, bastante popular na
Colômbia. Medellin possui 3,7 milhões de habitantes e fica no departamento de
Antioquia, do qual é a capital.
A cidade fica em um vale e é considerada segura, apesar dos morros
do entorno serem ocupados, em grande parte, por comunidades carentes.
Está em uma delas, por sinal, uma das principais atrações turísticas da ci-
dade: o teleférico, diretamente ligado ao metrô, que serve de transporte
para a população que vive no bairro de Santo Domingo. Outro ponto muito
visitado é a praça Botero, onde fica o Museu de Antioquia, que recebeu a
coleção particular do mais popular artista plástico colombiano: Fernanda
Botero. Quem não quiser entrar no prédio, pode ver uma série de suas
esculturas na praça.
Experimentos Juvenis
Na semana de 12
de Agosto participei
de duas experiências
bastante marcantes na
Colômbia. A primeira
delas, e o motivo inicial
da minha viagem, foi
o Congresso Mundial
de Ex-Alunos dos
Jesuítas. Imagine o
que é encontrar 700
ex-alunos de colégios, universidades e obras
sociais ligadas à Companhia de Jesus, vindos
de mais de 20 países e reunidos sob a
bandeira comum da responsabilidade social?
Foram quatro dias intensos marcados por
conferências, grupos de discussão, almoços
com amigos de longa data e planos para o
que a associação mundial dos ex-alunos vai
fazer nos próximos quatro anos.
Antes do Congresso eu já havia
embarcado em outra aventura. Apesar
dos 34 anos (sou da turma de 96) fui
convidado a participar da organização dos
Experimentos Juvenis, na cidade de Caldas,
subúrbio de Medellín. Os Experimentos
antecedem o congresso e reúnem cerca de
30 jovens ex-alunos dos jesuítas interessados
em viver uma experiência de espiritualidade
e trabalho social com muita mão na massa
e, por que não dizer, muito pé na lama.
Passamos quatro dias em uma comunidade
vulnerável que até poucos anos atrás era
dominada pelo narcotráfico e gangues.
Francês, espanhol, inglês, holandês e suaíli
eram as línguas mais ouvidas por ali durante
o tempo dos experimentos. Trabalhando
intensamente com escolas, hospitais e a
paróquia da região, ouvindo, sugerindo e
colaborando com os moradores.
Dessa experiência, ficou uma frase que
espero trazer para minha vida profissional:
“Se as escolas trabalham para formar
cidadãos conscientes e socialmente
responsáveis, por que avaliar o seu sucesso
apenas através de notas e rendimento
acadêmico?”. Excelente para pensar o que
queremos para nossas escolas, públicas e
privadas, e para o futuro dos nossos alunos.
A Praça Botero é um dos principais pontos turísticos da cidade
Jovens de diferentes países participaram de experiências em comunidades carentes
Fábio Campos (96)bbcampos@gmail.com
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Padre Adolfo Nicolás S.J.O superior geral da Companhia de Jesus falou sobre a missão dos je-
suítas em seu projeto de educação. Citou a importância de se formar
pessoas com condições de “abrir seus olhos, ouvidos e bocas”. “Nossos
alunos não podem estar distraídos, precisamos saber onde estamos e
tomar decisões que ajudem os cidadãos”, afirmou. Em sua palestra, Ni-
colás usou quatro imagens para falar sobre educação e responsabilidade
social. A mais comentada por outros palestrantes foi a da girafa. “É o
animal com coração maior, pois precisa levar o sangue até a cabeça. Ela
vê de longe, mas pode ser facilmente atingida quando está sozinha ou
distraída. Queremos alunos girafas, com grande coração e capacidade
de enxergar longe, mas que caminhem juntos, pois sozinho não se faz
nada. E esta é a questão da união dos antigos alunos”, afirmou.
Chris LowneyEx-membro da Companhia de Jesus, Lowney é autor do livro “Li-
derança ao estilo dos jesuítas” (tradução livre), que escreveu após
sua experiência de 17 anos no banco J.P. Morgan, onde foi dire-
tor administrativo e membro do comitê administrativo. Ao estilo
de Nicolás, o americano usou de três histórias para conduzir sua
palestra. Ao falar sobre os jesuítas espalhados pelo mundo, tratou
de liderança, “network” e valores. “Eles não trabalhavam para a
glória pessoal, mas pensando no time, tanto que muitos morreram
invissíveis para existir um Francisco Xavier, José Anchieta ou Pedro
Claver. A Companhia está no mundo inteiro, com vários projetos.
Hoje em dia, falta network”, acredita. Ao falar de sua escola antiga,
abordou a questão educacional. “No que nossos alunos estão se
transformando?”, perguntou antes de ressaltar a importância de
“ser bom para os outros”. Lowney finalizou com uma história so-
bre o papa Francisco. “Ele olhava a sola dos sapatos para ver quem
tinha feito um bom trabalho na paróquia: a lama significava que
se olhou pelos pobres. São aplicativos, não de telefone, mas para
a vida”, contou.
Palestrantes
José Antonio OcampoColombiano e ex-ministro de Agricultura e Fazenda de seu país,
este economista e sociólogo focou sua palestra na desigualdade,
que considerou uma pandemia. “No século 21, 60% da popula-
ção mundial vive em países de desigualdade crescente”, afirmou,
resaltando que a América Latina tem sido uma exceção, pois con-
seguiu diminuir suas taxas. “Mas as políticas sociais dos governos
apenas fizeram com que os países voltassem aos patamares da
década de 80, pois os anos 90 foram de crescimento da desi-
gualdade mundial”, explicou. Formado e pós-graduado em uni-
versidades norte-americanas, o professor da Universidade de Co-
lumbia e ex-candidato a diretor do Banco Mundial, passou uma
mensagem otimista. “É possível reduzir a desigualdade. A Dina-
marca, por exemplo, era uma sociedade feudal. Hoje, ao lado da
Noruega, lidera o ranking da igualdade. O desenvolvimento social
deve estar no centro das políticas econômicas”, acredita
As palestras foram realizadas no auditório da escola, sempre com tradução simultânea para inglês ou espanhol. Aqui temos Günter Pauli, Yepes, o superior geral e Ocampo
Vejam mais fotos dos palestrantes
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Günter PauliAutor do livro “A Economia Azul” (em livre tradução), este belga formado
em economia pela Universidade jesuíta de Loyola, em sua terra natal, falou
sobre a relação entre produção e meio ambiente. Após ter tido uma série de
empresas - “duas faliram” -, Pauli passou a se dedicar à Fundação Zeri (Zero
Emissions Research Initiave). “Devemos mudar a nossa forma de pensar. A
crise da nossa sociedade é o dinheiro. Só dão importância àquilo que tem
valor monetário. A minha filosofia é a de múltiplos benefícios”, afirmou ao
defender uma série de ideias que, segundo ele, podem mudar o mundo sem
destruí-lo. “Muitas pessoas têm o direito de ser impacientes, principalmente
as que passam fome ou sede. O desafio de nosso sistema educacional e fazer
com que as pessoas que saibam passem a fazer”, acredita.
Carlos Raúl YepesEx-aluno do Colégio Santo Inácio de Medellín, que recebeu o congresso interna-
cional, o presidente do Bancolombia, a maior instituição bancária privada do país,
Yepes falou sobre o uso dos valores jesuítas em uma instituição financeira. “O
que mais me incomodava no sistema é a friza, a distância”, afirmou o advogado
especializado em direito dos negócios. “Ao assumir esta função de liderança, pro-
curamos, através de reuniões e encontros, implementar algumas mudanças. Uma
delas foi definir que somos um grupo financeiro baseado em confiança e preocu-
pado com as pessoas”, contou. Yepes ressaltou a importância de se olhar para as
pessoas e se tomar decisões humanas, pois “a empresa é um ser vivo”. “Todos
têm a ganhar com este tipo de conduta”, acredita.
Swati GautamIndiana formada em Ciências Políticas pela Universidade São Francisco Xavier,
em Calcutá, Gautam usou uma série de referência da cultura de seu país para
falar sobre responsabilidade social. “Mas antes de se saber como fazer, é im-
portante entender a importância de se fazer”, anunciou. Ela falava sobre a for-
ça de servir ao próximo. “Acredito que este seja o aluguel que devemos pagar
para estar neste planeta. Por sinal, é um erro colocarmos a pessoa que serve
acima daquela que é servida. São coisas complementares, afinal quyem nunca
recebeu algo de alguém?”, provocou. Segundo ela, “se importar com os ou-
tros é um grande poder”. “Temos que servir sem a expectativa de retorno”,
comentou, entre músicas indianas usadas para pontuar sua apresentação.
Augustin Kalubi S.J.Padre e ex-aluno da Companhia de Jesus, Kalubi, nascido no Congo, falou
sobre a realidade na África. “O continente precisa de uma revolução educativa,
não de guerras”, frisou na abertura. Ele enumerou as barreiras para se chegar
ao objetivo: falta de paz; desigualdades de oportunidades (“há boas institui-
ções de ensino, mas também há outras que são péssimas”); má distribuição de
riqueza; diferenças entre zonas urbanas e rurais; seleção dos estudantes por
suas condições econômicas; desemprego após a graduação; e ausência de um
bom sistema educativo (“não há política de educação”). “Os colégios da Com-
panhia são referências, atendendo aproximadamente 26 mil alunos, mas por
volta de 29 milhões de crianças africanas estão fora das escolas e 159 milhões
de pessoas não sabem ler”, lamentou.
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Ingenuidade na Internet pode render processos, mesmo sem
intenção de prejudicar quem se sente ofendido. O alerta é
da advogada Patricia Peck, em palestra no CSI para pais e
responsáveis por alunos do 6º, 7º e 8º anos, em 18 de junho, e
4º e 5º anos, em 19 de junho. “É preciso orientar as crianças,
que, em geral, postam fotos e informações sem qualquer
noção de que existe responsabilidade sobre a disseminação de
imagens e fatos”, explicou Patrícia.
Segundo a advogada, é necessário que os pais estejam atentos
ao que os filhos publicam na Internet. Ela recordou o caso de
uma criança que reclamava no Twitter por ter que esperar os
pais voltarem para comer. “Certamente a criança não sabia
que aquilo era um aviso de que estava sozinha em casa.
Uma das primeiras orientações dos pais deve ser justamente
a diferença entre o que deve ser informação pública e o que
deve ficar na esfera privada”.
A advogada ressaltou ainda a necessidade de adaptação da
linguagem. “Em nossa época de infância, era comum os
pais chamarem nossa atenção sobre as informações dadas
a pessoas desconhecidas, por exemplo. O mesmo precisa
acontecer hoje, mas reconhecendo o contexto”. Patrícia
explica que a criança pode não considerar estranho alguém
com quem ela tecla oito horas por dia. “Em lugar de apenas se
referir a um estranho, os pais devem chamar a atenção para o
fato de que aquela pessoa pode não ser quem ela diz que é”.
Segundo a Coordenadora Pedagógica do 6 ao 8 EF,
Armindiara Braga, o tema da palestra é uma demanda das
famílias. “Percebemos um grande interesse dos pais em
relação ao uso da internet, já que as crianças estão lá e há
muitas dúvidas em relação ao meio”. Os alunos também
estão recebendo orientações sobre segurança na web.
(fonte: CSI)
Advogada fala com pais sobre segurança na Internet
Na data em que se celebra o
Sagrado Coração de Jesus,
7 de junho, uma missa
abriu as comemorações
pelo centenário da Igreja
de Santo Inácio. A escolha
do dia marcou também
a restauração do altar
do Sagrado Coração de
Jesus, que necessitava de
recuperação devido à ação
do tempo. Ao longo do ano,
outros altares e imagens
da igreja que apresentam
algumas avarias, serão
reformados. (fonte: CSI)
Missa abre comemorações dos 100 anos da Igreja
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