revista riviera - nº 17 - julho 2013
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Ano
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013
A 350 km por horA!A paixão pelos supercarros
SuflêSLeves e quentes, a opção mais saborosa do inverno
Cenário encantador e topografia favorecem expansão das marinas na região e são indícios claros da vocação náutica de Bertioga
Navegar é preciso
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6 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
E d i t o r i a l
Essa chamada do novo site institucional da Riviera de São Lourenço não
é só uma frase de efeito. Por trás dela existe um conceito firmemente apoiado
na ideia de sustentabilidade, que associa desenvolvimento econômico, social
e ambiental, três aspectos essenciais para uma vida agradável, produtiva e
justa — exatamente como ela deve ser. E é esse conceito que permeia a Revista
da Riviera e que pode ser identificado em nossas reportagens e artigos.
Nesta edição temos bons exemplos do que tem sido feito na Riviera para
que seus moradores e frequentadores aproveitem a vida como ela deve ser.
A começar da RiviBike, um sistema de compartilhamento de bicicletas que
facilita o ir e vir no bairro, com a vantagem de que diverte, faz bem a saúde e
não polui. O segundo exemplo é o sistema de gerenciamento de resíduos da
construção civil implantado pela Sobloco na Riviera há dez anos — é claro
que todos percebem que nossas obras são mais limpas e organizadas, só não
sabem como isso é feito. É isto o que contamos agora!
Falamos, também, das possibilidades crescentes de realização da vocação
náutica de Bertioga — as marinas estão se expandindo, assim como o mercado
de embarcações! — e do trabalho realizado pela Fundação 10 de Agosto, que
comemora 20 anos de bons serviços à comunidade, oferecendo gratuitamen-
te cursos de arte e de qualificação profissional para crianças, adolescentes e
adultos. E outro exemplo igualmente importante é a história de Geny Fernan-
des Pomares Mendes, que, com coragem, determinação e pioneirismo, tornou-
-se uma das comerciantes mais bem-sucedidas da Riviera.
Mas a vida também deve ter boas doses de sonho e de fantasia, todos sa-
bemos! E foi para acrescentar esta dose à “receita” desta edição que incluímos
uma reportagem focalizando os carros superesportivos, um ensaio sobre três
cidades do Chile “clicadas” por dois repórteres fotográficos experientes, além
de dicas de onde comer um bom suflê, macio e com a casquinha crocante, em
São Paulo — e de quebra, acrescentamos uma receita de suflê de goiabada com
molho de queijo Catupiry assinada pela chef Carla Pernambuco, fácil de fazer
e melhor ainda de saborear.
Luiz Augusto Pereira de Almeida
la@sobloco.com.br
nossa opinião
diretor de marketing:
luiz augusto Pereira de almeida
Editora executiva:
Beatriz Pereira de almeida
www.sobloco.com.br
Jornalista responsável:
Juliana Klein Mtb 48.542
redação: sheila Mazzolenis
e Marianna d’amore
revisão: Chrystal Caratta
diretor de arte: angel Fragallo
Projeto gráfico:
FullCase Comunicação
Produção fotográfica:
Marcos Ferreira e angel Fragallo
Foto de Capa:
silvio dutra
impressão:
oceano indústria
Gráfica e editora ltda.
tradução: Marianna d’amore
realização
Rua lino Coutinho, 1214
ipiranga - são Paulo – sP
(11) 5081-6965
contato@fullcase.com.br
www.fullcase.com.br
a revista Riviera é uma publicação
produzida pela Fullcase Comunicação,
sob encomenda da sobloco
Construtora s.a. os textos assinados
na revista são de responsabilidade
exclusiva de seus autores.
tiragem: 15 mil exemplares,
auditada por:
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Porque é assim que a vida deve ser
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VIVA O PRAZER DE SUA VARANDA O ANO INTEIRO
(11) 3854.1122
2609.5754
2084.8355 2084.83602084.8936
São Paulo(21) 2499.81213349.9969
Rio de Janeiro
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Rio de Janeiro
8 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
s u m á r i oinverno
Revista da Riviera de são lourençoano 12 número 17
registros e Cartasum pouco de nossa história: nesta edição, o primeiro prédio construído na Riviera. e também conheça os canais de comunicação digital da Riviera Warm updicas de produtos incríveis e lugares especiais para esquentar seu inverno Aconteceuespaço veja são Paulo completou dez anos em um verão “pra lá de quente”, que teve até passeios noturnos na praia durante a maré baixa e as tradicionais corridas do Circuito de amigos da Riviera. Mas o semestre termina com feiras de meio ambiente e cursos no siv
riviBikeRiviera entra na onda da bicicleta compartilhada, um jeito saudável e divertido de ir e vir
Náutica
expansão de marinas e de número de barcos consolida vocação náutica de Bertioga
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60
Luiz Augusto Pereira de Almeidalei de Zoneamento ecológico-econômico na Baixada santista
A r T i G o s
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2 2 Gastronomia Fumegante, de interior macio e casquinha crocante: veja onde saborear um bom suflê e anote as dicas dos chefs para o preparo dessa delícia francesa
Esporte
Ferrari, Porsche, Jaguar, Maserati, lamborguini: a emoção de quem dirige um carro superesportivo
siVaqui estão os imóveis mais atraentes disponíveis no sistema integrado de vendas
Decoraçãodesign sofisticado com um toque praiano na decoração de um apartamento cheio de luz
Viagemtrês cidades chilenas são capturadas pela lente de dois fotógrafos especializados em viagem e turismo
sustentabilidadeobra limpa e não agressiva ao meio ambiente: está em ação o sistema de gerenciamento de resíduos sólidos da Riviera
Georgeta Gonçalvesentre minhocas e sacis, a vida que se renova a cada mudança
Perfila história exemplar de uma mulher de sucesso: Geny Fernandes Pomares Mendes
responsabilidade social
Fundação 10 de agosto comemora 20 anos
Comprasnão há como resistir a esses produtos oferecidos pelas lojas do Riviera shopping
GenteFlashes de frequentadores e moradores da Riviera
Guia de serviçosas melhores opções da Riviera ede todo o litoral
10 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
d i g i ta l
R e g i s t R o s
a Riviera com você, onde você estiver
Fatos que fizeram história
Comunique-se! a RivieRa queR sabeR o que você tem a dizeR
a atualização e a ampliação de nossos canais de comunicação com a comunidade da Riviera estão na ordem do dia. o site institucional foi renovado — está mais recheado de notícias e informações na forma de textos e vídeos — e entramos firmes e fortes no Facebook e no Youtube. os resultados são animadores e aguardamos, agora, os seus comentários e sugestões. abaixo, nossos links:
o ano: 1984. a localidade: a praia de são lourenço. deserta, intocada, mas com uma promessa: a de que ali seria criado um modelo de urbanização. isto era o que afirmava a placa afixada pela sobloco no módulo 3, sobre as obras iniciais do Riviera Flat, o primeiro edifício do empreendimento, cuja construção
aC
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exigiu técnica e... perseverança! afinal, naquele ano, o acesso à Riviera ainda era precário e os caminhões que traziam pedra britada, ferro, cimento e outros materiais de construção eram obrigados a atravessar, de ferryboat, o canal entre santos e Guarujá e, mais adiante, o de bertioga. a partir daí, seguiam pela praia, durante a maré baixa — atolar na areia era um risco calculado! em pouco tempo o edifício redondo ganhou altura e um elevador de obra com a segurança necessária para levar visitantes até o alto, 30 metros acima do solo, de onde tinham uma visão panorâmica da região. Graças a isso, tornou-se um facilitador do processo de venda de lotes e imóveis do empreendimento — era difícil resistir à beleza do lugar!
extrato do livro Riviera de são lourenço, ontem, hoje... registros
site institucionalwww.rivieradesaolourenco.com
Youtubewww.youtube.com/user/Rivierasaolourenco
Facebookwww.facebook.com/pages/Riviera-de-são-lourenço/166311180096463
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10 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
14 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
extravaganzaW A R M u p
uma seleção de novidades e descobertas únicas para você saborear o melhor da vida, na Riviera e pelo mundo
Sim!Um pedido de casamento já é especial
por si só, mas com esse solitário
Destinée, da Maison Cartier, parece
impossível não dizer “sim”. De platina,
com uma coroa cravejada de delicados
diamantes redondos, é mais que uma
joia, é uma verdadeira obra de arte.
CARtieR Destinéewww.caRtieR.com.bRcaRtieR - shopping cidade JaRdimtéRReo - são paulo, sp
coR e verSatilidade ao solCom design e fabricação italianos, a linha
Drop da AleRo apresenta peças em estilo
aviador, feitas de borracha tipo gum. São 27
cores que combinam perfeitamente com sol
e praia. Lindos, divertidos, inquebráveis e
ainda são antialérgicos.
LinhA DRop - ALeRopReço sugeRiDo: R$ 540,00www.oticaventuRa.com.bR
caRbone, nYcComandado por Mario Carbone, Rich Torrisi e Jeff Zalanick,
o restaurante segue a essência das cantinas italianas: pratos
cuidadosamente preparados e apresentados de forma despojada, porém
elegante, com um toque moderno, divertido e sofisticado. Do carpaccio
piamontese, passando pelo Ravioli Caruso até o Delmonico ala Chianti,
a experiência italiana, em Nova Iorque, é completa e inesquecível.
CARbonewww.caRbonenewYoRk.com
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ão
l’occtiane verde e amarelaPela primeira vez em sua história a marca
francesa lança uma marca em outro país, a
L’Occitane au Brésil, inspirada nos biomas
brasileiros. As duas linhas, Mandacaru e
Jenipapo, serão vendidas com exclusividade
no Brasil até o final do ano e, após esse
período, no mundo todo e em lojas próprias.
L’oCCitAne Au bRésiLwww.loccitane.com.bR
R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 15
o maRtini perfeitoDécor impressionante, serviço impecável. O Connaught Bar,
em Londres, é um lugar imperdível para os apreciadores de
drinques perfeitamente preparados. Com o exclusivo Martini
Trolley, um carrinho com todos os ingredientes para o preparo
da bebida, o bartender vai até a mesa para que você selecione o
sabor e acompanhe todos os passos da preparação, sempre com
os melhores gins e vodcas do mundo, além do vermute italiano
Gancia Dry, exclusivo da casa.
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de história e, em 1968, lançou
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Champagne rara, produzida
exclusivamente com uvas Pinot
Noir - um vinho que não resulta
da mistura de tintos e brancos,
como a maioria das champagnes
rosés, mas sim do contato entre
o suco e as cascas das uvas, para
obter uma cor rosa salmonada e
transmitir ao vinho mais aromas
de frutas e complexidade.
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16 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
O verão trouxe, mais uma vez, inúmeras oportunidades de diversão para os frequentadores da Riviera. Mas como nem só de festas vive o homem, o primeiro semestre também foi marcado por atividades que favorecem o crescimento pessoal, ambiental e profissional.
A c o n t e c e u
10 anos de Vejinha na RivieRaem sua décima edição, o espaço veja sP repetiu o sucesso dos outros anos e atraiu para a Riviera cerca de 250 mil pessoas de todo o litoral norte entre os dias 27 de dezembro de 2012 e 26 de janeiro de 2013. seu público cativo já está habituado com a excelência e a diversidade das opções de lazer: teatro, yoga, cinema, shows, brinquedos — tem para todo mundo! outro espaço que movimentou o verão foi a vila da Praia, com seu mix de lojinhas e um novo hit: uma pista de patinação no gelo com mais de 200 metros quadrados!
Passeio da maré baixaCinquenta pessoas, divididas em dois grupos, viram a praia de são lourenço de um jeito absolutamente novo ao participar de uma atividade pouco comum organizada pela sobloco: caminhar pela areia até o costão rochoso, em noite de lua nova, com a maré baixa! e, o que é melhor, pesquisando as
espécies marinhas. a bióloga Patrícia Blauth, que monitorou os grupos em passeios realizados nos dias 9 e 10 de fevereiro, conta: “encontramos ouriço do mar, pepino do mar, três espécies de anêmonas, cinco de caranguejos, duas de siris, três de caramujos, poliquetos (minhocas marinhas), esponja, peixes, bolacha do mar, ostras, mexilhão e outras. as crianças ficaram animadas e os adultos surpresos com a quantidade e variedade de espécies.”
essas CoRRidas são uma festaa animação e a alegria são os fatores predominantes do Circuito de Corridas dos amigos da Riviera, que no primeiro semestre deste ano cumpriu as quatro primeiras etapas de seu circuito de oito, estimulando crianças e adultos para a saudável prática esportiva. Patrocinado pela sobloco, Riviera shopping, Gescon, Factual imóveis, Ramon alvares, Mcdonald, Florense, sabel e Praias Paulistas — com apoio logístico da associação dos amigos, siv e Medical line —, tem reunido uma média de 350 participantes a cada etapa.
aGentes iMoBiliáRios do siv: treinamento e atualizaçãoCom o objetivo de esclarecer dúvidas e atualizar os conhecimentos dos seus agentes imobiliários sobre todos os aspectos da Riviera — da sua história à infraestrutura e normas de ocupação —, o sistema integrado de vendas (siv) ofereceu um curso completo sobre o empreendimento entre os meses de fevereiro e maio. a atividade contou com a colaboração de vários palestrantes da sobloco e da associação dos amigos, reunindo cerca de 150 corretores em suas aulas semanais. a iniciativa agradou os participantes. segundo Flávio Cruz, agente do siv há 14 anos, “recebemos informações essenciais para o sucesso de nossas vendas e podemos informar com segurança os nossos clientes.”
PRoGRaMa Clorofilao dia Mundial do Meio ambiente, 5 de junho, tem sido devidamente comemorado pelas crianças e adolescentes de Bertioga graças à Feira do Meio ambiente. na quinta edição deste evento organizado pela sobloco, por intermédio do seu Programa Clorofila de educação ambiental, participaram 12 escolas do município, que abriram suas portas no mesmo dia e período para que a população
pudesse ver as sugestões dos jovens para um mundo sustentável. Mas essa não foi a única atividade promovida pelo Clorofila. os educadores do município têm se encontrado uma vez por mês no auditório do Riviera shopping para participar, gratuitamente, dos chamados Jogos Cooperativos que os ajudam a aperfeiçoar técnicas de educação para a sustentabilidade.
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R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 17
RiviBikeo sistema de compartilhamento de bicicletas conquistou a Riviera e as bikes verde-limão já fazem parte da paisagem local
Presente de final de ano para os frequenta-
dores da Riviera, o inteligente e saudável siste-
ma de compartilhamento de bicicletas caiu no
gosto dos usuários e é crescente o número de
pessoas que circulam pelas ciclovias e alame-
das do empreendimento “pilotando” as bikes
verde-limão. Os números comprovam essa acei-
tação: implantado em 28 de dezembro de 2012, o
sistema já ultrapassou a marca de 3 mil emprés-
timos e 1200 usuários inscritos.
Entre eles, o empresário Hélio Rosas e sua
esposa, frequentadores da Riviera há 15 anos e
fãs assumidos do sistema. “Utilizamos as bici-
cletas compartilhadas tanto para passeio como
para ir ao banco ou ao supermercado. Fiquei
muito feliz por esse serviço chegar à Riviera,
com qualidade e facilidade superiores a de ou-
tras localidades — por exemplo, poder retirar a
bicicleta ativando o serviço no local, sem preci-
sar fazer uso do celular e internet."
Compartilhe você também“Mas antes de sair pedalando, o interessado
em aderir ao sistema deve abrir o site do RiviBi-
ke (através do site da riviera - www.rivieradesao-
lourenco.com), ler e concordar com os termos de
adesão e inserir seus dados pessoais e do cartão
de crédito para a cobrança de uma taxa de ade-
são no valor de R$ 20,00”, explica Tomás Mar-
tins, diretor da Compartibike, a empresa contra-
tada pela Sobloco e Associação dos Amigos da
Riviera para a operação e manutenção diária do
sistema. “Hoje, temos 40 bicicletas, distribuídas
em seis estações, com um total de 72 vagas (ver
quadro). O usuário sempre vai encontrar uma
vaga disponível quando devolver a bicicleta que
estiver usando. A devolução deve ser feita uma
hora após a retirada. Caso ultrapasse esse perí-
odo, é cobrada uma multa de R$ 10,00 por hora,
via cartão de crédito.”
A bicicleta compartilhada é um bem comum.
Portanto, tratá-la com cuidado é uma prova de
cidadania e o usuário deve seguir algumas re-
gras bem simples antes de pedalar: verificar
os pneus, o funcionamento do freio e a altura
do banco — caso verifique algum problema no
equipamento ou ocorra danos durante o uso, re-
comenda-se avisar a Compartibike por meio do
e-mail: rivibike@compartibike.com.br. Tomás
Martins também aconselha o uso de capacete e
passeios em locais seguros. “Devem ser evitadas
vias onde circulam carros, motos e ônibus.”
estações da RiviBike• Largo nautilus: entre os
módulos 2 e 3 (12 vagas)
• Largo Pousada: entre os módulos 3 e 4 (12 vagas)
• Riviera Shopping (16 vagas)
• Largo Madrepérola: entre os módulos 5 e 6 (12 vagas)
• Passeio do Jatobá: entre os módulos 6 e 7 (12 vagas)
• Av. São Lourenço: Jardim dos Buritis, módulo 22 (8 vagas)
b i k e SS e R v i ç o
Hélio Rosas, empresário: “Fiquei muito feliz por esse serviço chegar à Riviera”
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18 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
n á u t i c aB e r t i o g a
canal de Bertioga: 30km de oportunidades
R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 19
p o r S h e i l a M a z z o l e n i s
A caminho do marCrescem as expectativas de consolidação da vocação de Bertioga para o turismo náutico
“Com 90% de seu território preservado como
área de proteção ambiental, Bertioga deve vol-
tar-se para o mar em busca de seu desenvolvi-
mento”. Quem fala é Marisa Roitman, secretária
de Meio Ambiente e Urbanismo do município,
que demonstra claramente sua crença na verda-
deira vocação desta cidade histórica: o turismo
náutico, uma das atividades que mais crescem
no mundo, geradora de altos índices de renda.
“Não podemos desperdiçar nosso maravilho-
so potencial natural”, explica Marisa. “Nosso ob-
jetivo é gerar emprego e renda para o município.
E para isto, estamos trabalhando em duas fren-
tes. Na primeira, buscamos conquistar empresá-
rios interessados em instalar marinas e garagens
náuticas em Bertioga, respeitando, é claro, as
normas ambientais; e na segunda frente planeja-
mos a realização de cursos específicos de forma-
ção de mão de obra especializada na área de ma-
rinharia. Sabemos que um marinheiro com dez
anos de prática está ganhando, hoje, cerca de R$
5 mil, com carteira assinada. Sabemos, também,
que cada embarcação no mar gera oito empregos
diretos. Para uma cidade como a nossa, que não
dispõe de tantas oportunidades de trabalho, a
consolidação dessa vocação seria perfeita.”
José Marcelo Ferreira Marques, secretário de
Obras e Habitação, está otimista. “Temos tudo a
favor: o cenário e o espaço favorecem o turismo
náutico. Além disso, as marinas e as garagens
náuticas de todo o Litoral Norte, e não apenas da
nossa região, estão em franca expansão. Com o
barateamento das embarcações — algumas cus-
tam tanto quanto um carro e podem ser finan-
ciadas —, as vendas aumentaram, assim como a
procura por espaço onde esses barcos possam ser
guardados. A maior parte das marinas do Guaru-
já, por exemplo, já está lotada e isto faz com que
a demanda por vagas se estenda até Bertioga.
Ainda estamos nos primeiros degraus desse pro-
cesso, mas eu não tenho dúvidas de que o merca-
do vai crescer e se sofisticar. Esta possibilidade
certamente mexe positivamente com os nossos
empresários do setor. Todos estão se movimen-
tando para expandir seus negócios, melhorar a
qualidade de atendimento e dos serviços e, prin-
cipalmente, oferecer mais espaço, muito espaço.”
Sem crise!Alguns empresários já saíram na frente. Este
é o caso da Marina do Forte, localizada na Ro-
dovia Rio Santos, km 224,5 km, às margens do
Rio Itapanhaú. “Temos 300 vagas para embar-
cações de até 54 pés e continuamos crescendo”,
afirma Karin Grudzinki, gerente administrativa.
“Não existe o menor sinal de crise no setor — ao
contrário, os ventos estão a nosso favor. Anos
atrás, os preços dos barcos, lanchas e iates eram
proibitivos, hoje são bem mais acessíveis. Muita
gente tem condição de adquirir uma lancha, um
veleiro ou outro tipo de embarcação de passeio
e precisa de um lugar confortável, seguro e de
confiança onde possa guardá-lo.”
A expansão também está nos planos de um
bertioguense, ex-pescador profissional e pro-
prietário de um conjunto de estabelecimentos
comerciais (pousada, butique e restaurante) que
nasceram e se desenvolveram em torno da Mari-
na Acqua Azul criada por ele há 24 anos — foi a
primeira garagem náutica de Bertioga. Orestes
Alexandre Amparo Filho — este é o seu nome de
batismo, mas a cidade inteira o conhece como
Ted — está sempre preocupado em melhorar e
Com mais de 300 vagas, a Marina do Forte é uma das maiores da região.
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20 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
aproveitar as chances que a cidade oferece de
crescimento do setor onde ele atua. “Em minhas
viagens pelo exterior vi marinas belíssimas,
construídas pelo homem a custos altíssimos.
Bertioga tem o privilégio de sua viabilidade
econômica estar diretamente relacionada ao tra-
balho feito pela natureza e de estarmos em um
momento altamente positivo do setor.”
Ted acredita que esse momento teve início
aproximadamente 15 anos atrás e é fruto de um
conjunto de fatores: o avanço tecnológico, o
desenvolvimento de novos materiais para a fa-
bricação de embarcações, o consequente barate-
amento do produto e o fortalecimento da econo-
mia. “Hoje, existem mais lanchas do que ofertas
de vagas e o proprietário de uma embarcação de
mais de 40 pés vai ter problemas para encontrar
um lugar onde possa deixá-la. A minha marina,
por exemplo, tem apenas 130 vagas para lanchas
de até 32 pés. Mas em compensação estamos lo-
calizados no Canal de Bertioga, a 300 metros da
saída para o mar aberto.”
E é essa localização que mais encanta Ted.
“Um olhar mais atento para o Canal de Bertioga
é o suficiente para perceber que atrás da beleza
plácida das águas e da vegetação exuberante
podem se esconder possibilidades econômicas
e culturais ainda não exploradas.” É isto o que
Ted costuma pensar quando se senta no deck de
seu restaurante Acqua Azul, observando o ca-
nal, para ele uma porta de saída para o mar e de
entrada para o futuro.
“Às vezes, imagino lanchas, veleiros, iates
de variadas bandeiras, atravessando canal, a
caminho de marinas bem equipadas, confortá-
veis, com ótimo atendimento. Eu gostaria que
essa área belíssima fosse revitalizada com no-
vos restaurantes, bares, pousadas, cafés. Sei
que isso transformaria completamente não só o
centro de Bertioga como o perfil de toda a cida-
de, pois traria para cá turistas de maior poder
aquisitivo.” Há quem diga que Ted é um sonha-
dor, mas ele é enfático: “sei que um projeto des-
se tipo custa muito dinheiro, mas também sei
que é viável e pode ser feito um dia, sem que seja
preciso aterrar ou retirar nada do lugar. Enquan-
to esse dia não chega, precisamos aproveitar as
chances que o momento nos oferece.”
e o BraSil?as possibilidades brasileiras no setor do turismo náutico têm o tamanho de nosso litoral: 7.367 quilômetros de extensão navegáveis o ano todo! isto, e mais 35 mil quilômetros de vias internas navegáveis. apesar dessa extensão e do aquecimento do mercado de embarcações de lazer, o Brasil está apenas engatinhando em direção a um futuro mais promissor como destino de viajantes nacionais e estrangeiros de alto poder aquisitivo, adeptos dessa modalidade de turismo. temos pouquíssimas marinas — os números não são precisos, mas acredita-se que não ultrapassam 700 — e, na verdade, a maioria é de garagem náutica mal equipada. só para efeito de comparação, o estado da Flórida, nos eua, tem mais de 1500 marinas, e enquanto na itália a relação entre o número de barcos e de pessoas é de 1 para 125, em nosso país temos apenas uma embarcação para 1400 habitantes.
n á u t i c aB e r t i o g a
“um olhar mais atento para o Canal de Bertioga é o
suficiente para perceber que atrás da beleza plácida
das águas e da vegetação exuberante podem se
esconder possibilidades econômicas e culturais
ainda não exploradas”t e d , d a M a r i n a a c q u a a z u l
acima: a balsa e seu importante papel no cenário econômico de Bertioga. abaixo: marinas investem em infraestrutura e serviços, atraindo cada vez mais clientes.
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22 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
uma maravilha da culinária francesa, ao nosso alcance. veja onde você pode provar essa delícia e os cuidados que deve ter em seu preparo
“Leve, delicado, de interior macio e casquinha crocante
e dourada”. Assim Arnaldo Lorençato, editor de gastronomia
da revista Veja São Paulo, descreve o ponto certo deste pra-
to de aparência simples e bonita, mas difícil de fazer. Criado
no século XIX por Antonin Carême, um dos primeiros chefs-
-celebridade da França, é até hoje visto como um desafio para
os cozinheiros — muitos já se sentiram derrotados ao ver o
suflê, preparado com tanto cuidado, murchar assim que saiu
do forno! É por essas e outras que o preparo desse clássico da
culinária é considerado quase uma arte, a exigir treinamen-
to, técnica e persistência de todos os que desejam dominá-la.
suflê! p o r S h e i l a M a z z o l e n i s
d e l í c i a d e i n v e r n og a S t r o n o M i a
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R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 23
• use ingredientes de qualidade, sempre.
• Prepare um molho bechamel encorpado (leite, manteiga e farinha) para servir como base dos suflês salgados. a esta base acrescente queijos variados, frutos do mar, cogumelos, legumes... as possibilidades são infinitas! Como afirma arnaldo lorençato: “não existem sabores proibidos. guardiã da culinária francesa, a enciclopédia larousse gastronomique enumera várias receitas com diferentes tipos de matérias-primas”.
• Para os suflês doces, use creme de confeiteiro (leite, gemas, baunilha e amido de milho) como base. lorençato sugere “temperar” esse creme com um purê de fruta, chocolate, licor de laranja... use a sua imaginação!
• todo cuidado é pouco na hora de acrescentar as claras. elas devem estar em ponto de neve, bem consistente —
acrescentar uma pitada de sal ajuda a manter a consistência. Misture cuidadosamente, sem bater, de tal forma a não permitir que ela se “quebre”.
• use ramequins untados e polvilhados com farinha de trigo. Coloque a mistura a colheradas, sem encher. É bom deixar espaço de mais ou menos um dedo na borda, que deve ser limpa antes de levar as forminhas ao forno. isto permite que a massa cresça livremente.
• forno quente, em temperatura máxima! Mas se você não tem um equipamento potente, adote a dica do chef edson di fenzo, do restaurante la Marie: coloque pedras refratárias, dessas usadas para fazer pizza, nas laterais da prateleira do forno. assim a temperatura vai se distribuir uniformemente.
• só abra o forno depois do suflê estar pronto, dourado e “inchado”. sirva imediatamente!
se PRefeRiR, vá a uM reStauranteMas se você não aguenta esperar o momento em que vai dominar totalmente essa arte e “precisa” de um suflê “agora” (esse tipo de “urgência” que todos nós temos!), não se acanhe e escolha um dos quatro restaurantes paulistas — ou todos, por que não? — que tradicionalmente preparam essa delícia em São Paulo.
M a r c e lsinônimo de suflê em são Paulo há 58 anos, o elegante Marcel tem entre seus clientes cativos celebridades como fernando Henrique Cardoso, fúlvio stefanini e Juca de oliveira, só para citar alguns dos apaixonados pelas oito versões salgadas (a de queijo gruyère é a mais procurada) e seis doces preparadas com sabedoria e equilíbrio pelo chef Raphael durand despirite, neto de Jean durand, o fundador da casa. “Mas muitas pessoas sugerem variações e gostamos de atendê-las sempre que possível”, explica o gerente demerval despirite.
endereço: rua da Consolação, 3555, Cerqueira César (11) 3064-3089.
F r e d d ydesde 1935, este tradicional restaurante francês delicia seus clientes com suflês salgados — camarão, queijo, espinafre e haddock, o mais pedido — e doces, com destaque para o grand Marnier, imperdível! Mas não devem ser ignorados os de chocolate, limão e abricot. todos perfeitos graças ao talento do chef Pedro santana. Para completar, peça um bom vinho. a adega do freddy conta com mais de 3 mil rótulos de vinho de excelente procedência.
endereço: rua Pedroso alvarenga, 13 70, itaim BiBi (11) 3168-7812.
c a r l o t aHá 18 anos instalado numa charmosa casa branca de Higienópolis, o Carlota se orgulha de vender, todas as semanas, aproximadamente duzentos suflês de goiabada com molho de queijo (ver quadro com receita), uma sobremesa brasileiríssima para um cardápio multicultural constantemente reformulado pela chef e proprietária Carla Pernambuco. “É uma receita de família, diferente de outros suflês: trata-se de doce em pasta misturado às claras. não leva creme, nem gemas”, explica a chef.
carlota: rua sergiPe, 753, HigienóPolis (11) 3661-8670.
l a M a r i eo “caçula” entre os quatro restaurantes franceses citados nesta reportagem — tem apenas nove anos de funcionamento —, o la Marie, em Pinheiros, tem status de gente grande. seu chef e proprietário, edson di fenzo, viajou, pesquisou e treinou bastante até encontrar o caminho certo para os delicados suflês salgados e doces que oferece à noite ou durante o almoço, como parte de uma refeição executiva, mais econômica. o de queijo brie e o de três cogumelos são os mais procurados.
endereço: rua FranCisCo leitão, 16, PinHeiros (11) 3086-2800.
sugestões doS cheFSencontrar uma receita que agrade não é difícil: a internet e livros especializados trazem as mais diferentes e saborosas versões. escolha uma delas, separe os ingredientes e os equipamentos necessários: uma boa batedeira ou um fouet (batedor com fios de aço, para uso manual) e os ramequins, as forminhas redondas de cerâmica — prefira os menores. são mais charmosos e, o que é importante, mais adequados para quem está começando. e para estes esforçados aprendizes, os mestres da cozinha afirmam: “renunciar, jamais! Continue tentando”, mas recomendam:
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24 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
d e l í c i a d e i n v e r n og a S t r o n o M i ar e c e i t a
suflê de goiabada com calda de catupiry
P o r c a r l a P e r n a M b u c o
um dos hits do Carlota, o suflê de goiabada com calda de catupiry — mais brasileiro do que essa gostosura, impossível! — agrada a gregos, troianos, franceses, italianos... ou seja, não há quem não goste! e tem uma vantagem: é fácil de fazer! Basta seguir a receita generosamente cedida pela chef Carla Pernambuco. você agradecerá!
u M a b o a i d e i ase desejar, substitua a goiabada por outro doce em pasta. arnaldo lorençato costuma preparar esse tipo de suflê com um doce de abóbora feito por sua mãe, regado com um molho de leite de coco. Quem provou, diz que é ótimo.
S u F l ê• 8 claras
• 1 pitada de sal
• 425 g de goiabada cremosa
P r e P a r oBata as claras em neve. adicione o sal quando as claras começarem a crescer. Junte a goiabada aos poucos. Bata, à mão, com um fouet, até misturar bem. divida a massa em ramequins individuais, mas não encha até a borda, pois a massa vai crescer bastante. leve ao forno preaquecido a 200ºC e asse aproximadamente por oito minutos ou até dourar. sirva em seguida, acompanhado da calda fria.
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c a l d a d e c a t u P i r y• 410 g de queijo Catupiry
• 350 ml de leite
P r e P a r oem uma panela, junte o Catupiry e o leite e derreta em banho-maria. Misture bem e resfrie. na hora de servir, bata novamente com um fouet para a massa ficar bem lisa.
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26 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
p o r S h e i l a M a z z o l e n i s
v e l o c i d a d ee S p o r t e
a 300 km por hora
Potentes e sedutores, os carros superesportivos atiçam a imaginação
de seus usuários e admiradores
terlagos, em São Paulo, e o de Velo Città, em Mogi
Guaçu. Organizados por empresas especializa-
das nesse tipo de atividade, por importadoras e
até fabricantes, esses eventos preenchem satis-
fatoriamente a agenda dos usuários e dão a eles
a chance de experimentar as potencialidades de
seus carros especiais em um ambiente seguro.
Opção lightUma dessas oportunidades são os passeios
por estradas principais e secundárias. Neste
caso, não podem ser ignoradas a sinalização e as
leis de trânsito, o que faz da atividade uma opção
light, indicada para o “piloto” que deseja levar
namoradas, esposas, filhos e amigos.
“É uma atividade familiar”, conta Décio Ro-
drigues, da Driver, empresa de São Paulo que
desde 2007 realiza eventos para proprietários de
carros superesportivos. “Estimula a confraterni-
zação, a troca de ideias e de experiências.” Com
ele concorda a jovem esposa de um aficionado do
automobilismo que prefere não ser identificada —
por questão de segurança, os proprietários desse
tipo de carro não divulgam nomes, nem permi-
tem fotos. “Passei a entender melhor a paixão do
meu marido por seu carro depois de acompanhá-lo
em um desses passeios”, diz ela, que atualmente
sonha com a possibilidade de, um dia, sentar-se
ao volante.
Ao lado, o marido olha meio sem jeito — ele,
como a maioria dos outros “pilotos” amadores,
não esconde o ciúme que sente pelo seu carro e
não se acanha em mostrar a paixão que dedica
à sua máquina e os cuidados que dispensa a ela.
O resultado são veículos conservadíssimos, po-
derosos, quase irreais para quem não os vê com
frequência. Estas características justificam, por
si só, o interesse e a admiração que despertam
por onde passam. São fotografados à exaustão,
mas poucos ousam tocá-los!
Recentemente, a Lamborghini decidiu cele-
brar o seu 50° aniversário com um passeio pelos
197 quilômetros de estrada que separam Milão
de Sant’Agata Bolognese, cidade-sede do grupo.
Longe de ser um passeio qualquer, este fez jus
à fama e à importância deste fabricante italiano
de carros superesportivos: reuniu, em um com-
boio, 350 de seus modelos novos e clássicos que
estavam em 29 países diferentes. Alinhados e em
funcionamento, esses carros formariam um cor-
tejo de 4 quilômetros e atingiriam uma potência
conjunta de 190 mil hp!
Esses dados provocam certa inveja nos apai-
xonados por velocidade e admiradores dos su-
peresportivos — todos, sem exceção, adorariam
ver esse cortejo. No entanto, verdade seja dita,
os membros brasileiros dessa “tribo” não têm do
que se queixar: podem não ter a paisagem ita-
liana como cenário nem 350 Lamborghini para
admirar, mas contam com ótimas oportunidades
para curtir suas “supermáquinas” maravilhosas:
Ferrari, Porsche, Jaguar, Maserati, Lamborghi-
ni, Shelbi, BMW M, Corvette, Camaro, Mercedez
AMG, Aston Martin, Audi R8...
Essas oportunidades incluem desde passeios
bucólicos por estradas secundárias até competi-
ções contra o relógio em aeródromos privados,
campo de provas ou autódromos, como o de In-fot
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28 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
Assim foi na Riviera em abril deste ano,
quando todos puderam admirar a passagem de
um comboio de 40 superesportivos a caminho do
restaurante Maremonti, ponto final de um pas-
seio iniciado em São Paulo. No início de junho,
no decurso de um passeio semelhante, desta vez
de São Paulo para o Aeroporto de Jundiaí por uma
estrada que cortava a cidade de Pirapora de Bom
Jesus, os habitantes desta localidade aplaudiram
e fotografaram a passagem de 50 bólidos!
Esquentando os motoresMas existem outras opções — mais radicais,
mas igualmente seguras — para quem deseja
experimentar todas as emoções que um supe-
resportivo pode oferecer. A mais simples delas, a
track day, nada mais é do que um passeio descon-
todo cuidado é PoucoPara um supercarro, só o melhor! é o que eles merecem e recebem em oficinas-laboratórios high tech, especializadíssimas, dotadas de equipamentos sofisticados às vezes mais caros do que alguns carros, como aparelhos de diagnóstico originais de cada marca, microcâmeras para inspecionar o interior dos motores e torquímetros digitais que podem ser programados para dar a cada parafuso o aperto exato. entre essas oficinas destacam-se as que pertencem a importadores e revendedores de veículos — portanto, estreitamente ligados aos fabricantes. todas mantêm seus funcionários atualizadíssimos e podem enviá-los a qualquer ponto do país para socorrer um cliente caso seja necessário.
traído em uma pista! O que significa desenvolver
uma velocidade bem maior da que é permitida
nas ruas e estradas brasileiras, assim como testar
as habilidades do motorista ao volante.
“A partir do momento em que o homem en-
tra em harmonia com a sua máquina, ele deixa
de dirigir e começa a pilotar”, afirma Décio Ro-
drigues, que completa: “A sensação de estar nas
pistas é indescritível e mistura domínio, prazer
e superação”. Desta forma, Décio expressa com
clareza a sensação que mobiliza os usuários dos
superesportivos e os leva a querer repetir e am-
pliar a experiência.
Muitos procuram escolas brasileiras especia-
lizadas nesse tipo de máquina, outros buscam
orientação em cursos rápidos como os ofereci-
dos pela Driver, com profissionais reconhecidos
como Ingo Hoffman, Maurizio Salla e Beto Gres-
se. Mas há quem prefira “beber na fonte”, ou seja,
frequentar as escolas de pilotagem dos fabrican-
tes de veículos, em seus países-sede. A Acade-
mia Lamborghini, por exemplo, oferece diversos
cursos em diferentes locais da Itália — com um
pouco de sorte, o “aluno” pode até mesmo expe-
rimentar o tradicional circuito de Ímola!
O homem e seu carro“Não existe nada melhor do que ter uma pista
inteirinha à sua frente, só para você, e ter liber-
dade para acelerar. Ali você não tem semáforo,
buraco no asfalto, engarrafamento. O celular não
toca. É só você e o seu carro”, conta um empre-
sário, proprietário de um Porsche e frequentador
das pistas. Ao seu lado, um amigo, também afi-
cionado do esporte, completa: “e o ronco do mo-
tor!” E quando questionado sobre o papel deste
ronco, responde: “é pura sedução, nos envolve, é
quase hipnótico. Faz com que a gente fique foca-
do na máquina, na pista e no ato de dirigir.”
O sentimento de plenitude que todos descre-
vem de uma forma ou de outra pode ser sentido
nas provas de velocidade realizadas à noite ou de
dia em campos de provas, aeródromos ou autó-
dromos. Os participantes podem ter mais ou me-
nos experiência e contam com o apoio de pilotos-
-instrutores. Na verdade, não são competições
profissionais nas quais se defrontam vários pi-
lotos e suas máquinas: são corridas de amadores
contra o relógio, um carro de cada vez — ganha
quem fizer o melhor tempo!
Nesses eventos são geralmente realizadas
provas de velocidade de 804 metros (meio mi-
lha), de mil metros — homologada pela Confe-
deração Brasileira de Automobilismo (CBA), com
regulamentação da Federation Internationale de
l Automobile (FIA) —, de 1609 metros (uma mi-
lha) e de 4 mil metros. Segundo Décio Rodrigues,
esta última prova costuma ser realizada no aeró-
dromo da unidade Gavião Peixoto da Embraer,
em Araraquara. “É a quinta maior pista de pou-
sos e decolagens do mundo”, garante, “e permite
ao piloto atingir mais de 350 km por hora!”
carros estacionados no ponto final do
passeio: momento de apreciar de perto as “supermáquinas”
em abril deste ano, a Riviera foi palco de um encontro de 40 superesportivos, em um passeio que começou em são Paulo e terminou no Restaurante Maremonti
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30 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
i m ó v e i sR e A L e s T A T e
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Sua Rivieraele pode ser grande e espaçoso; elegante e aconchegante; prático e moderno; não importa, seu imóvel na Riviera de são lourenço está no sistema integrado de vendas (siv). Confira aqui algumas das melhores oportunidades!
R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 31
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32 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
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Puro charmeapartamento pé na areia com vista privilegiada! Com 127 m2, ele possui 3 dormitórios com ar condicionado, sendo 1 suíte com terraço. living para dois ambientes, terraço, cozinha americana, churrasqueira. o piso em porcelanato deixa o ambiente belo e aconchegante. a área de lazer oferece piscina, salão de jogos, playground, quadra de tênis, salão de festas e sauna. Cód: 919WZ1181
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34 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
Peças clássicas, criações exclusivas e arte criam projeto moderno na Riviera
A união entre o clean e o sofisticado, em um projeto
de interiores sem obras, com toque único e mantendo
a essência de um imóvel localizado no litoral. Esse foi
o desafio do arquiteto Frederico Zanelato ao planejar o
apartamento de 280m² privilegiado por uma vista do
mar da Riviera.
O arquiteto combinou móveis nacionais com peças
de designers de outros países e usou as cores com cui-
dado, imprimindo uma identidade mais contemporânea
nas áreas sociais e suavidade e calma nas áreas íntimas
para agradar aos proprietários – um casal com dois fi-
lhos adolescentes.
Segundo Zanelato, o primeiro estudo foi recebido
positivamente pelos clientes e a relação de confiança
que se estabeleceu garantiu a rapidez e o sucesso do
projeto. “Foi-nos concedida uma liberdade criativa a
ponto de podermos propor livremente soluções enrique-
cedoras no meio do processo, sem que essas alterações
passassem pela aprovação prévia dos clientes, resultan-
do em agradáveis surpresas”, comentou.
Na entrada do apartamento, o living de três ambien-
tes – sala de jantar, sala de estar e home theater – abusa
de tons mais escuros, principalmente nas madeiras, ma-
terial usado com abundância nos móveis especialmente
criados para o projeto. Entre eles, a estante para TV e
uma grande estante com nichos, exclusivamente dedi-
cada a peças de decoração e que também serve como
um charmoso divisor de ambientes na sala de jantar.
Os elementos conforto e aconchego foram garanti-
dos com espaçosos sofás e poltronas. Os destaques são
a luxuosa chaise assinada pelo designer egípcio Karim
Rashid na sala de estar e o toque clássico e sofisticado
da poltrona e pufe Eames Lounge, de Ray e Charles Ea-
mes, no home theater.
design sofisticado com toque praiano
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e x c l u s i v i D A D eD e c o r A ç ã o
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R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 35
Na sala de jantar, o trabalho único e cheio de vida do ar-
tista plástico Mauricio Chaer, feito com gravetos, compõe o
espelho e combina perfeitamente com os três lustres de teci-
do, conferindo beleza e amplitude ao ambiente.
Integrando o living à cozinha, o bar perdeu a frieza do
granito e ganhou o calor da madeira. Para dar ainda mais
charme, os bancos Girafa, criação da arquiteta Lina Bo Bar-
di, completam o espaço.
Mauricio Chaer também assina as esculturas de cerâmi-
ca da agradável varanda, que recebeu duas belas chaises
Baleia, de Julia Krantz e duas poltronas Astúrias, de Car-
los Motta. Com 46m² e vista para o lindo mar da Riviera, o
espaço ficou completo com a mesa Família combinada com
bancos Caipira, todos executados pela marcenaria Baraúna.
Belíssimas peças assinadas por renomados designers – entre eles lina Bo Bardi e Karim Rashid – agregam requinte e personalidade à amplitude dos 280m2 do apartamento.
36 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
e x c l u s i v i D A D eD e c o r A ç ã o
As paredes, todas em tons claros, recebem
um toque especial com fotos feitas pelo próprio
arquiteto, em viagens ao Povoado de Crasto, no
município de Santa Luzia do Itanhy, no Sergipe.
Três delas formaram um imponente painel na
área social.
Tons claros e suaves para a intimidade
Nas suítes, o arquiteto optou por leveza e
um toque clean, com tons pastel, como cremes
e brancos, sem perder o charme do design. Um
toque jovem foi aplicado com gravuras da gale-
ria paulistana Choque Cultural, feita por grafi-
teiros, nas paredes da suíte dos adolescentes e
do quarto de visitas.
Na suíte do casal o destaque é a poltrona Bar-
celona, além das cadeiras de Philippe Starck. O
branco predomina no ambiente, especialmen-
te nos acabamentos do banheiro e no enxoval,
tudo selecionado cuidadosamente por Zanelato
e sua equipe.
Em uma tradução perfeita de design, bom
gosto e conforto urbano, o projeto de interiores
transformou o apartamento de verão em um re-
fúgio moderno, belo, sofisticado e leve para unir
a família e receber os amigos: a combinação per-
feita com a Riviera de São Lourenço.
Fotos do próprio arquiteto completam a decoração, como o grande painel do living.
na área íntima, gravuras de street art no quarto dos jovens e peças assinadas – como as cadeiras louis ghost, de Philippe starck – na suíte principal, harmonizam com a leveza dos tons pastel.
QUEM ESTÁ NA RIVIERA SE ENCONTRANO RIVIERA SHOPPING CENTER.
An Shopping Riviera-2:Layout 1 01.06.10 23:15 Page 1
38 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
c h i l ev i a g e m
p o r S h e i l a m a z z o l e n i s
Flashes do Chilesantiago, valparaíso, viña del Mar se rendem às lentes dos repórteres fotográficos tales azzi e Jaime Borquez
no espelho de água, o reflexo do la Moneda, o palácio neoclássico que hoje abriga a sede da presidência do Chile. Foto de Jaime Borquez.
R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 39
“Poucos lugares são tão atraentes para um fotó-
grafo quanto o Chile”, é o que afirma Tales Azzi, que
reúne em seu portfólio imagens de mais de 100 viagens
publicadas em revistas como Viaje Mais, National Ge-
ographic Brasil, Host&Travel, IstoÉ e no jornal Estado
de Minas. Com ele concorda Jaime Borquez, jornalista
chileno radicado no Brasil há 35 anos com um longo
currículo de colaborações para publicações nacionais
de turismo — entre elas, o Suplemento de Turismo de O
Estado de S. Paulo, Revista Geográfica Nacional, Próxi-
ma Viagem, Playboy, IstoÉ e Viaje Mais.
Azzi, Borquez e suas lentes revelam, aqui, aspec-
tos de três cidades chilenas, diferentes entre si, mas
igualmente cheias de charme.
Santiago à lá europeiaTrês horas e 30 minutos de voo separam São Pau-
lo dessa encantadora cidade com prédios históricos
e áreas modernas cuidadosamente planejadas de
forma a acentuar o seu predominante ar europeu. Se-
gundo Azzi, Santiago parece uma cidade de primeiro
mundo: tem ruas limpas, prédios espelhados, carros
de luxo circulando e ótimas lojas nas belas ruas de
Las Condes e Vitacura. Mas nem sempre foi assim,
garante Borquez: “30 anos atrás era só uma escala
para os Lagos Andinos ou a Patagônia, mas com o
tempo se transformou em um belo e conveniente des-
tino. É mais segura do que outras capitais do Cone
Sul e muito fácil de se conhecer, a pé ou de metrô.”
Azzi sugere aos brasileiros que chegam, e têm pouco
tempo, fazer uma caminhada do Palácio de la Mone-
da até o mercado central. “Esta é uma boa forma de
conhecer a parte mais antiga da cidade e, de quebra,
provar o melhor de uma viagem a Santiago: a gastro-
nomia local, à base de frutos do mar e peixes, que se
somam aos bons vinhos produzidos no país.”
Mas Azzi também recomenda pegar a estrada e
rapidamente chegar a duas cidades chilenas bem di-
ferentes e interessantes: a romântica Valparaíso e a
agitada Viña del Mar.
Valparaíso e sua poesiaNão por acaso esta cidade construída sobre
42 morros debruçados sobre o Pacífico é consi-
derada a mais poética do Chile: aqui está La Se-
bastiana, uma das três famosas residências do
poeta Pablo Neruda (ver quadro), que certamen-
te deve ter se inspirado muitas vezes nas vielas
sinuosas, escadarias, “ascensores” e nas casas
coloridas “penduradas” nos morros que pare-
cem desafiar todas as leis da engenharia. Para
Borquez, Valparaíso não chega a ser bonita.
“Nenhum porto é”, acredita ele, “mas a cidade
também é um lugar boêmio com cantos interes-
santes, que vale a pena conhecer.”
Carinhosamente chamada de Valpo pelos
chilenos, esta cidade-porto localizada a 120
quilômetros de Santiago foi merecidamente
nomeada, pela Unesco, Patrimônio Cultural da
Humanidade.
À esquerda: não há como recusar uma taça do bom vinho chileno, é o que a foto de Borquez parece dizer. ao lado, o olhar atento de azzi registra a arte urbana em valparaíso.
debruçado sobre o Pacífico, um típico e colorido restaurante de valparaíso. Foto de azzi.
40 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
Praia e históriaA 119 km de Santiago e colada a Valparaíso, Viña del Mar é acentuadamente diferen-
te de sua pitoresca vizinha, a começar do simples fato de que é uma cidade planejada
na qual modernos edifícios convivem harmoniosamente com prédios históricos bem
cuidados, bons restaurantes, jardins floridos, museus, praias lotadas — “mas a água do
mar é gelada, inverno e verão”, lembra Azzi — e a efervescência típica de uma localidade
turística famosa por dois eventos internacionais que organiza: o Festival da Canção, ge-
ralmente no início do ano, e o de Cinema, entre outubro e dezembro. E se o dia é da praia
e dos pontos turísticos — o Castelo Wulff, que exibe exposições de arte itinerantes, tem
piso transparente, o que permite ver as rochas e o mar que ficam abaixo da construção
—, a noite é de um sofisticado cassino ou de algumas boas discotecas.
“Viña del Mar é o balneário chique da região”, resume Borquez. “Tem bons res-
taurantes e uma orla marítima interessante, de onde se pode admirar o Pacífico.”
as tRês Casas de Nerudaalém de poeta, errante diplomata a se deslocar de um canto a outro do mundo, neruda tentou por três vezes montar a casa que lhe permitiria o retiro e a quietude necessários à produção de sua obra, laureada em 1971 com o Prêmio nobel de literatura. dessa necessidade de isolamento nasceu três casas, cada uma delas em uma cidade do Chile. todas elas têm uma arquitetura de inspiração náutica e acabaram por se transformar em museus.a de isla negra foi a primeira. localizada no povoado de
mesmo nome, a 92 km de valparaíso, ela guarda muitos e interessantes objetos pessoais, e a decoração de seu bar — onde o poeta preparava coquetéis — é um bom exemplo do interesse de neruda pelo tema náutico.a segunda, e mais famosa, é la Chascona, construída em santiago especialmente para os encontros apaixonados e sigilosos do poeta com aquela que seria sua terceira esposa. ali estão guardadas telas de importantes artistas plásticos, como o brasileiro Pancetti, o francês léger e os mexicanos siqueiros e diego Rivera. e a terceira é la sebastiana, de valparaíso, edificada, como ele mesmo pediu, a meio caminho entre a praia e o alto das montanhas.
neruda por Borquez: acima, o bar com motivos náuticos da casa de isla negra; abaixo, a entrada do museu de la Chascona e la sebastiana.
a costa de viña del Mar no enquadramento da lente de tales azzi.
apesar da água gelada do oceano Pacífico, as praias de viña del Mar são procuradíssimas. Foto de Jaime Borquez.
R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 41
L u i z A u g u s t o P e r e i r A d e A L m e i d AA r t i g o
Luiz Augusto Pereira de Almeida é diretor da Fiabci/Brasil e diretor de marketing da Sobloco Construtora S.A.
o que antes era um “achismo” ambiental, agora é resultado de um trabalho feito por especialistas”
É relevante para uma das regiões mais estratégicas do
Estado de São Paulo, o decreto 58.996 recentemente assinado
pelo governador Geraldo Alckmin, regulamentando, 15 anos
depois, a Lei nº 10.019, de 3 de julho de 1998, que dispõe so-
bre o Zoneamento Ecológico-Econômico do Setor da Baixada
Santista. Proporcionalmente ao seu significado, o ato teve
baixa visibilidade midiática e pública, considerando que seu
objetivo é o de contribuir para o desenvolvimento econômico
e social da região; preservação do meio ambiente e, também,
proporcionar mais segurança jurídica aos investimentos.
Fruto de um trabalho multidisciplinar do poder público,
principalmente nas esferas estadual e municipal, e com ampla
participação da sociedade civil, o Decreto chega em boa hora,
como instrumento para organizar a ocupação e preservação
de uma região que cresce a taxas superiores a 3% ao ano, ou
seja, 50 mil novos habitantes/ano, é extremamente carente de
infraestrutura (principalmente esgotamento sanitário e ge-
renciamento de resíduos sólidos) e está inserida num contexto
ambientalmente sensível, com mais de 65% de sua área de
2.423 km2 ocupados por Unidades de Conservação.
Pois bem, a partir de agora, com o novo decreto, os nove
municípios da Baixada Santista (Bertioga, Cubatão, Guaru-
já, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e
São Vicente) passam a contar com elementos claros e obje-
tivos para tratar a questão ambiental e de seu desenvolvi-
mento, com a aplicação das normas legais no espaço físico e
territorial de cada um, sem que haja qualquer dúvida acerca
da generalidade conceitual das leis ambientais.
Resumidamente, o decreto prevê um zoneamento mari-
nho e outro terrestre. Na parte terrestre, foram definidos cin-
co tipos de usos permitidos, em função das características
ambientais e urbanas de cada território analisado. Desde
uma Z1, que mantém os ecossistemas primitivos em pleno
equilíbrio ambiental e permite usos como pesquisa científi-
ca, educação ambiental, pesca artesanal e outros do gênero,
até uma Z5, onde a maior parte desses ecossistemas encon-
tra-se degradada ou alterada e que prevê usos como assen-
tamentos urbanos, instalações industriais, comerciais e de
serviços. Um mapa individualizado de cada município con-
tém as informações desse zoneamento de maneira bastante
didática. http://www.ambiente.sp.gov.br/cpla/zoneamento/
zoneamento-ecologico-economico/baixada-santista/
Num momento em que a Baixada Santista sofre pressões
sobre ampliação dos portos, expansão imobiliária, estran-
gulamento logístico e está na iminência da implantação e
operação dos campos de extração de petróleo do pré-sal, as
vantagens do Zoneamento Ecológico-Econômico para a re-
gião são importantíssimas sob todos os ângulos, sejam eles
econômicos, sociais ou ambientais. Só para citar alguns as-
pectos: a indicação dos usos ambientalmente mais adequa-
dos para cada zona foi feito com base em critérios técnicos e
contou com o apoio da sociedade civil, ou seja, o que antes
era um “achismo” ambiental, agora é resultado de um tra-
balho feito por especialistas, cada qual em suas áreas de
especialização, que avaliaram questões como declividade,
geologia, geomorfologia, oceanografia, climatologia, uso e
parcelamento do solo, cobertura vegetal, geotecnia, turis-
mo, infraestrutura, pesca e aquicultura; o uso do espaço
urbano e da implementação de infraestrutura foi racionali-
zado, significando que os governos passam a poder planejar
com mais clareza as regiões para seu desenvolvimento; fi-
cam estabelecidas diretrizes para o licenciamento ambiental
de novos empreendimentos, além de consolidadas áreas de
assentamentos urbanos já existentes ou em fase de desen-
volvimento; instituiu-se, ainda, mais segurança jurídica
para investimentos de longo prazo e se reduzirão as disputas
judiciais de cunho urbano-ambiental.
Na Baixada Santista, a despeito do decreto recém assina-
do, existem empreendimentos que já cumpriam os preceitos
do desenvolvimento com sustentabilidade e responsabilida-
de social. Tais exemplos evidenciam a viabilidade prática do
decreto e sua importância para a região.
Zoneamento amplia segurança jurídica para investimentos na Baixada Santista
42 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
Poeira, restos de argamassa e concreto mis-
turados com tinta, pedaços de metal, papel,
madeira, cerâmica... Na Riviera, estas imagens
fazem parte do passado, pois, desde 2002, a So-
bloco Construtora — empresa responsável pela
realização global da Riviera — adotou para suas
obras um plano de ação inovador, coerente com
o Sistema de Gestão Ambiental do bairro-cida-
de certificado pela norma ISO 14001. A empresa
passou a fazer a completa gestão dos resíduos
gerados em suas obras de edifícios, o que lhe
valeria o Prêmio Master Imobiliário em 2005, na
categoria Meio Ambiente. Os resultados são es-
timulantes: nos últimos dez anos, mais de seis
mil toneladas de restos de construção civil fo-
o b r a l i m p aS u S t e n t a b i l i d a d e
p o r S h e i l a m a z z o l e n i s
ram coletados, selecionados, enviados a locais
apropriados ou reaproveitados, evitando o seu
despejo em áreas impróprias e um impacto con-
siderável ao meio ambiente.
Aprendizado e realizaçãoPrimeiro edifício a ser construído com esse
objetivo, o Mirante dos Sambaquis foi também o
primeiro desafio e a grande escola dos profissio-
nais envolvidos, na medida em que não havia,
naquele momento, exemplos no setor de cons-
trução que pudessem servir como referência.
“Decidimos, então, detalhar todas as atividades
do processo construtivo e identificar os aspec-
tos e os impactos ambientais de cada uma de-
Construção sustentávelobra limpa e não agressiva ao meio ambiente: este é o resultado do sistema de gerenciamento de resíduos da construção civil praticado com sucesso pela sobloco em suas obras na Riviera
R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 43
canteiro de obras. “Nosso sistema de gestão de
resíduos faz parte do contrato de prestação de
serviço de empreiteiros que contratamos”, ex-
plica Wlademir, que enfatiza: “também verifi-
camos se os fornecedores — tanto os de mão de
obra como os de materiais — estão sintonizados
com a nossa política ambiental e solicitamos
que se adequem sempre que necessário. O resul-
tado, todos reconhecem, são obras mais limpas
e organizadas.” E também, menos barulhentas,
uma vez que os cuidados se estendem até mes-
mo à gestão de outro tipo de poluição: a sonora.
“Nossos equipamentos são bem ajustados, mas
a cada três meses fazemos uma avaliação de
ruídos para ver se não estamos perturbando os
vizinhos”, completa Wlademir.
e paRa onde vão esses Resíduos?a destinação adequada dos resíduos da construção civil é uma importante ação favorável à saúde do meio ambiente. por isso, é imprescindível conhecer as características de cada um, as suas possibilidades de reaproveitamento e o impacto que produz. papel, papelão, sacos de argamassa, sucata ferrosa e alumínio, por exemplo, são encaminhados para a Central de triagem da Riviera, separados, acondicionados e vendidos para empresas especializadas em reciclagem — a renda resultante é revertida para a Fundação 10 de agosto. os restos de reboco –argamassa, alvenaria e concreto – que podem ser reutilizados em aterros ou bases de pavimentação, são dispostos em caçambas apropriadas e transportados por empresa cadastrada pela prefeitura para uma área específica de triagem.
“Queremos que todos os que trabalham conosco entendam os impactos de uma obra sobre o meio ambiente, conheçam os resultados negativos da disposição inadequada dos resíduos e saibam evitar o desperdício e garantir a segurança do trabalho” W l a d e m i r S e g a , g e r e n t e d e o b r a s r e s i d e n c i a i s e c o m e r c i a i s d a s o b l o c o
Mirante dos Sambaquis, o resultado foi de 96
quilos de resíduos (papel, papelão, sucata ferro-
sa, areia, sacos, argamassa, madeira limpa, pla-
ca cerâmica e alumínio) por m² de área construí-
da. “Esse número”, explica Wlademir, “depende
das especificações de cada edificação e pode ser
ligeiramente diferente de uma obra para outra,
mas não foge muito disso.”
Essas informações foram imprescindíveis
para o estabelecimento de metas e ações e consti-
tuem até hoje a base sobre a qual é feito o plane-
jamento de uma construção sustentável: evitam
o desperdício de materiais e alimentam uma pla-
nilha na qual estão discriminadas todas as ati-
vidades diárias. Mas não ficam restritas à mesa
dos engenheiros: são transmitidas aos operários,
empreiteiros, colaboradores e prestadores de ser-
viços. “Queremos que todos os que trabalham co-
nosco entendam os impactos de uma obra sobre o
meio ambiente, conheçam os resultados negati-
vos da disposição inadequada dos resíduos e sai-
bam evitar o desperdício e garantir a segurança
do trabalho”, afirma Wlademir Sega.
Para atingir esse objetivo, é realizado trei-
namento específico para cada nova equipe que
chega à obra, além de reuniões com os operários
todas as manhãs, no início da jornada de traba-
lho. Nestas reuniões são explicadas as tarefas
do dia, os riscos ao meio ambiente que podem
ocorrer, as providências que devem ser tomadas
para que esses riscos não aconteçam e a forma
como cada tipo de resíduo deve ser mantido no
desde o Mirante dos sambaquis, o sistema vem sendo aperfei-çoado nas demais obras da sobloco. nestes dez anos, a empresa já evitou que mais de seis mil toneladas de resíduos fossem en-caminhados para aterros ou outros locais impróprios. além dos ganhos ambientais, o gerenciamento trouxe outros benefícios como obra limpa, menor número de acidentes, capacitação e educação ambiental dos funcionários.
las”, explica o engenheiro civil Wlademir Sega,
gerente de obras residenciais e comerciais da
Sobloco. “Realizamos também o levantamento
dos materiais não recicláveis que poderiam ser
substituídos por recicláveis, como por exemplo
o tapume confeccionado com resíduos de emba-
lagens Tetrapak, e calculamos a quantidade mé-
dia de resíduos produzidos por metro quadrado
de área construída. Ao final da obra do edifício
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44 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
O sucesso, atrás do balcão!
assim tem sido a vida de uma mulher que se orgulha de dizer: “o comércio e a Riviera estão no meu dna!”
Simpática, divertida, sempre disposta a rir
e... séria, muito séria, quando se trata de defen-
der o que acredita! Não, isso não é contraditório
no caso de Geny Fernandes Pomares Mendes,
que dedica tanta paixão ao que faz e ao lugar
que escolheu para viver e trabalhar — a Rivie-
ra — que os defende com unhas e dentes. Quer
sempre o melhor, o mais bonito, o certo, e se
esforça para trazer isso para o seu dia a dia à
frente de duas lojas do Riviera Shopping: a Geny
Presentes, de utilidades domésticas; e a ampla
Geny Móveis, de decoração. Estes são os frutos
de 50 anos de experiência profissional na área
comercial, sendo que os últimos 22 foram passa-
dos nesse Shopping do litoral norte: ela foi uma
das primeiras lojistas que aqui se instalaram e
enfrentou com garra as dificuldades pelas quais
passam todos os pioneiros. Para ela, essa garra,
bem como o gosto pelo comércio, foi herdada de
seus pais e avós, imigrantes espanhóis, todos
comerciantes!
Uma boa pescariaA história de Geny começou a se misturar com
a história da Riviera graças a uma pescaria, no
início dos anos 1980 — na época, ela já era uma
comerciante bem-sucedida e reconhecida em
Mogi das Cruzes. “Meu marido e eu, acompanha-
dos de um casal amigo, viemos pescar na praia de
São Lourenço! Não havia nada por aqui, exceto
as obras do Pavilhão de Exposições, mas o lugar
era lindo e ficamos encantados. Voltamos para cá
várias vezes, compramos um terreno e fomos os
primeiros a construir uma casa no Módulo 21.”
Tempos depois, Geny notou uma placa
anunciando a construção, para breve, do shop-
ping da Riviera e não teve dúvidas: queria parti-
cipar da evolução do empreendimento. “Imedia-
p o r S h e i l a M a z z o l e n i s
G e n y F e r n a n d e S P o M a r e S M e n d e SP e r F i l
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R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 45
tamente encaminhei pedido de um ponto nesse
novo espaço comercial, aguardei mais ou menos
dois anos e meio para o Shopping ficar pronto
e, finalmente, em 1991, instalei a Geny Presen-
tes no local onde ela está até hoje, e em todos
esses anos mantive o mesmo mix de produtos de
utilidades domésticas. Eu me mantive fiel a esse
segmento do mercado e apesar dos problemas
iniciais, não via dificuldade em nada. Só queria
trabalhar bem.”
Tanto isso é verdade que, em 1996, Geny viu
na ampliação do shopping uma chance de cres-
cimento. Decidiu abrir uma nova loja, desta vez
exclusiva de móveis e objetos de decoração, e
com ousadia solicitou não um ponto, mas qua-
tro, na parte nova desse centro comercial. Ali
instalou a Geny Móveis, com a ajuda das filhas
Wanderli e Valquíria. E deu certo! Hoje, 22 anos
após a inauguração do Riviera Shopping, Geny
se orgulha de manter suas lojas sempre aber-
tas — de segunda a segunda! — e de estar dia-
riamente à frente de sua equipe. Nada mal para
quem achou que iria parar de trabalhar dez anos
atrás... mas não parou! “Adoro o que faço!”
fatores, além do apoio de sua família: a confian-
ça da Sobloco, que sempre apoiou suas iniciati-
vas comerciais; a fidelidade de seus clientes; a
contribuição de uma equipe competente e o fato
de que sabe comprar as peças que oferece aos
seus clientes. “Meu marido costuma dizer que o
comerciante é bom quando sabe comprar. E eu
acho que sei! Também sei combinar tendências,
misturar objetos, com um resultado final que,
às vezes, até eu me espanto. Eu me orgulho de
ter esse talento e conto com a ajuda das meninas
das lojas.”
Essas “meninas” são, para Geny, mais do
que funcionárias: “elas são minhas parceiras”,
afirma orgulhosa. “Foram treinadas por mim e
estão nas lojas há muito tempo. Fátima, gerente
da Geny Móveis, por exemplo, trabalha comigo
há 14 anos, e Mari dedica-se à gerência da Geny
Presentes há nove anos. Eu costumo levá-las
quando vou às compras. Eu sei comprar, mas
elas sabem vender e atender aos nossos clientes.
Juntas, formamos a combinação perfeita para o
sucesso dos negócios.”
Movida à paixãoGeny definitivamente é um dínamo, incan-
sável: casou-se aos 16 anos, aos 18 começou a
dirigir uma pequena loja doada por seu pai, aos
27 já tinha sete filhos e aos 35, era avó. “Criei sete
filhos atrás do balcão”, conta ela, orgulhosa.
“Três dias depois de sair da maternidade, volta-
va a trabalhar, pois sempre fui apaixonada pelo
que faço. Esta é a minha vida. Fui uma humilde
menina da roça — precisava andar quilômetros
para ir à escola! — e me orgulho do que conquis-
tei com o meu trabalho e com a ajuda e o apoio
da minha família, especialmente do meu mari-
do, Vasconcelos Mendes, o Vasco. Ele sempre
me estimulou e acreditou em mim, tem orgulho
do que faço e da marca que eu criei. Tanto que
manteve o meu nome em uma loja dirigida por
ele: a Geny Home Center, no Centro Comercial
Uptown, que oferece tudo o que uma casa pre-
cisa, das cortinas aos estofados, passando pelos
móveis. Alguns deles são feitos na marcenaria
GV, também comandada pelo Vasco, outros são
trazidos das melhores fábricas.”
Geny atribui o seu sucesso a quatro outros
“Meu marido costuma dizer que o comerciante é bom quando sabe comprar. e eu acho que sei! também sei combinar tendências, misturar objetos, com um resultado final que, às vezes, até eu me espanto”
a geny Presentes, loja de utilidades domésticas, completa 22 anos no Riviera shopping: “adoro o que faço!”, afirma geny.
o segundo sucesso comercial da empresária foi a charmosa geny Móveis, loja de decoração.
46 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
escola de vida
ao completar 20 anos, a Fundação 10 de agosto leva cultura e educação para a população de Bertioga e se orgulha de atingir o objetivo de seus idealizadores: edificar pessoas!
Tanto quanto pavimentar ruas, construir
prédios e dotá-los de infraestrutura básica é
fundamental trabalhar também na edificação
de pessoas e dar a elas instrumentos para que se
desenvolvam plenamente. Na prática, isto signi-
fica respeito ao próximo aliado à educação e à
qualificação profissional — e é exatamente isto
que a Fundação 10 de Agosto oferece há 20 anos.
Idealizada por Luiz Carlos Pereira de Almei-
da, diretor da Sobloco — com o apoio de Praias
Paulistas e Cia Fazenda Acaraú —, a Fundação
foi constituída em 1993 como entidade civil, sem
fins lucrativos, com o objetivo de arrecadar fun-
dos para a construção da Capela Nossa Senhora
das Graças, até hoje mantida pela Fundação.
f u n d a ç ã o 1 0 d e a g o s t oR e s p o n s a b i l i d a d e s o c i a l
“A Fundação 10 de Agosto representa a realização de um plano nascido nos anos 1990, consubstanciado na criação de uma entidade de benemerência a ser conduzida sob o foco da educação cívico-religiosa, com vistas à formação de pessoas e tornando-as aptas para sua vida profissional e espiritual.
Um plano motivado nos exemplos colhidos da vida de minha mãe e minhas duas tias, suas irmãs, que me criaram sob condições materiais adversas, onde fé e sacrifícios estiveram sempre presentes. Um plano que sempre se caracterizou como ambicioso e de difícil conquista, mas que nunca deixou de se constituir num estimulo de vida e numa alavanca para a superação das vicissitudes. Ainda que a sonhada entidade de benemerência não viesse a ser expressiva, sua simples existência e eventuais parcos resultados já poderiam representar exemplos e sementes para nossas comunidades.
A realização do Plano da Riviera de São Lourenço representou assim as portas que se abriram para tudo o que vinha por trás. Um projeto urbanístico de grande importância se apresentava como oportunidade para o necessário suporte a tudo que se imaginava. E assim, contando com o sucesso na realização de uma nova cidade planejada para o futuro, passamos a contar também com o caminho pavimentado para a Fundação 10 de Agosto.”
Luiz Carlos Pereira de Almeida, diretor da Sobloco
p o r s h e i l a M a z z o l e n i s
Ao mesmo tempo, a entidade passou a oferecer
cursos gratuitos nas mais diversas áreas, para
crianças, jovens e adultos de Bertioga.
Com 12 profissionais contratados, entre pro-
fessores e administrativos, a Fundação oferece
hoje mais de 30 cursos gratuitos (18 na área de ar-
tes e ofícios e 12 profissionalizantes) para 532 alu-
nos matriculados. Esses alunos não são somente
moradores da Riviera, mas vêm, na sua maioria,
de outros bairros de Bertioga: Vista Linda, Cen-
tro, Indaiá, Guaratuba, Boraceia e outros. Esse
quadro indica a abrangência da ação da Funda-
ção no município, mas são as histórias e vivên-
cias de todos que por aqui passam que ilustram os
benefícios oferecidos por essa entidade-modelo.
R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 47
Os cursos de música para crianças e adolescentes são os que
dão maior visibilidade à Fundação, já que é comum assistir à
apresentação da orquestra infanto-juvenil em eventos da cidade
e da própria Riviera. Atualmente, a orquestra mantém 25 alunos
mais experientes, que servem de inspiração para os menores que
se dedicam aos estudos musicais. O sonho dos pequenos é estar
na turma de “elite”, ou seja, aptos a fazer parte da orquestra.
Mas não só de música vive a Fundação. São oferecidos também
cursos profissionalizantes para jovens e adultos, capacitando-os
a entrar no mercado de trabalho. Motivação, empreendedorismo,
civilidade e respeito ao meio ambiente são temas transversais a
todos os cursos.
Gratidão e inclusãoa necessidade de dizer obrigado é um ponto em comum dos alunos da entidade. não importa a idade ou a formação recebida, todos agradecem os conhecimentos adquiridos e a possibilidade de um futuro mais promissor, no qual estarão incluídos como cidadãos plenos e responsáveis.
CuRsos Artes e OfíciosMarchetaria, oficina de confecção de instrumentos e cursos musicais: teoria musical, saxofone, flauta transversal, violino, viola, violoncelo, violão, musicalização, percussão, clarinete e teclado, além de coral e da orquestra infanto-juvenil.
Profissionalizantesinformática, cozinha, atendimento ao cliente, auxiliar administrativo, artesanato em bambu, manutenção e limpeza de piscinas, camareira e copeira.
Cursos de Apoioartesanato e equoterapia especial.
Margarida luciano: dois anos atrás, esta empregada doméstica de 58 anos decidiu inscrever-se no curso de alfabetização de adultos da Fundação. “a partir daí tomei gosto pelos estudos. Hoje estou na sétima série, faço aulas de culinária e informática e já estou inscrita nos cursos de copeira e camareira. só quero melhorar cada vez mais.”
pablo Henrique Mendes nehme, 14 anos, se sente “importante e útil participando da orquestra-juvenil”. sua colega, priscila Jorge gonçalves, 16 anos, não tem dúvidas: “vou fazer faculdade de música por influência da Fundação”. e natan Marinho de brito, 13 anos, garante: “aqui, além de ter gente muito boa, aprendi uma coisa fundamental: responsabilidade!”
fundação 10 de agostoal. dos vagalumes, 100Riviera de são lourenço - Bertioga sPtel.: (13) 3316-7344adm@fundacao10agosto.com.brwww.fundacao10deagosto.blogspot.com
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48 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
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50 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
r i v i e r a e m m o v i m e n t og e n t e
2 Jurandir de Carvalho Júnior e Telma Santisteban: “estamos acostumados com a movimentação de são Paulo e quando estamos aqui nos finais de semana, podemos caminhar e desfrutar do ar puro sem nenhum tipo de preocupação” (Jurandir)
1 rubens Calzeta ao lado de Mariana Mori: “na Riviera eu me sinto seguro. sem contar ainda a tranquilidade e conforto de passear por um lugar limpo e preservado” (rubenS)
Curtindo a
vidaPor toda a Riviera de são lourenço, alegria, diversão e muita gente bonita!
1
2 3
3 Valter antônio Teixeira, Vitória Teixeira e Thor: “sempre participo das corridas na Riviera. ajudar a Fundação 10 de agosto é um enorme incentivo e, ao mesmo tempo, motivamos nossas crianças à prática esportiva”
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R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 51
5 Sergio de Souza Cavallini, com reginae ana Carolina Cavallini e Laís Villaboy Fernandes: “Já estou na Riviera há seis anos e o que mais gosto é andar de bicicleta pela praia e admirar a beleza da região” (Sergio)
4 5
7
6
7 Tatiana dias e alexandre Ciaglia realizaram a cerimônia de casamento em um lindo e azul dia, nos jardins do restaurante gaiana:“escolhemos a Riviera e nos surpreendemos com tudo. nossos convidados adoraram” (aLexandre)
4 José emmanuel burle Filho e sua esposa, elza Maria r. burle, em cerimônia de casamento no restaurante Gaiana
6 gabriel Curcis e Mônica Ferreira: “É bom estar na praia, olhar para trás e não ver só prédios ou um ambiente poluído, mas sim coqueiros e um verde surpreendente” (gabrieL)
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52 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
r i v i e r a e m m o v i m e n t og e n t e
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13
13 eduardo gonçalves, Mônica Weigert, renato alcântara, rafaela assis, Valentina gonçalves e Caio alcântara: “nos reunirmos no shopping é um dos melhores passatempos. tem de tudo: boliche, culinária de bom gosto e lojas para crianças. É um dos lugares que mais gostamos de ir, sem dúvida!” (eduardo)
12 Silvio César gaspar com o filho de 6 anos, ian César gaspar: “o ambiente e as amizades que fazemos são excelentes. admiro ainda mais a tranquilidade e o clima agradável para praticar esportes ao lado do meu filho”
9 Cláudia Putz: “aqui você une tudo: natureza e uma excelente infraestrutura. Quando estou em Riviera não perco a oportunidade de andar a cavalo na hípica e admirar o fim de tarde na praia”
10 rodrigo gallo ao lado dos filhos Patrick e Manuela: “sou atraído à Riviera pela segurança, organização e limpeza. Quando estou aqui, entre os meus hobbies, andar de jet ski e jogar tênis são os prediletos”
11 bianca di Pierro e bruno Contin: “a beleza da praia e a tranquilidade para jogar bola, frescobol ou caminhar, são as coisas que mais me encantam” (bianCa)
R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 53
G e o r G e t a G o n ç a l v e sa r t i G o
Georgeta Gonçalves – educadora ambiental e coordenadora-geral do Programa de Gerenciamento de Resíduos da Riviera de São Lourenço
www.georgeta-escrevivendoemcamburi.blogspot.com
Mudamos ontem, as cachorras, as minhocas, o Saci e eu.
É isso, eu tenho um Saci e minhocas. Algo contra? Se eu ti-
vesse filmado e postado essa primeira noite na casa nova,
bombava. Eu quis organizar a mudança sozinha, mas minha
filha me enfiou goela abaixo uma empresa especializada e
deu no que deu: sabonetes na geladeira, controle remoto no
freezer, maquiagem no pote de ração e uma noite que ficará
na história como a noite do “cadê”. Cadê tudo?
– Cachorras, a ração sumiu. Abanem os rabinhos, pois
vamos todas comer pizza! Isso, se eu achar a agenda com
o número da pizzaria. Se não, faremos jejum. Dizem que
purifica a alma.
Ontem fui dormir bem cedo pra organizar tudo hoje de dia.
Como as cachorras latiam felizes para cada novidade, antes de
um despejo sumário pelos vizinhos, achei melhor nos acon-
chegarmos juntinhas no tapete do escritório.
Mal fechei os olhos e o telefone tocou. Não achei o interrup-
tor, pisei num bibelô que devo ter derrubado ao arrastar as
cobertas, cortei o dedão do pé e quando achei o telefone, tinha
parado de tocar. Pulando numa perna só, procurei os curati-
vos por duas horas. Só encontrei quando fui tomar um suco:
na gaveta de verduras atrás dos sabonetes. Nessas duas horas
achei muitas outras coisas, pois só se acha uma coisa quando
se procura outra, não é?
Mas, enfim, o que eu queria não era mudar? Mudança é isso:
tudo em outro lugar. E agora, o telefone de novo. Raios, cadê
ele? Rarrá! Achei!
– Estou no chuveiro! Depois eu ligo! - resmungo e me enrolo
nas cobertas.
– Mamãe, esse telefone é fixo e está no escritório. Você ins-
talou uma ducha na estante?
– Vamos ao que interessa: o que você quer? Vingança por to-
das as vezes que tirei você da cama? Não são nem oito horas!
– Saber como está a casa nova, claro! Ontem você não aten-
deu quando liguei.
– Brinquei de caça à tesoura a noite toda. E caça a curativos,
livros, chaves, sabonete... O Saci não deu trégua.
– Mãe, curativo pra que? E tesoura? E esse Saci? Você pirou?
– Um cortinho de nada, bobagem. A tesoura, que ainda está
sumida, é para eu cortar os apegos que ainda me prendem
à casa antiga. Mudar tem seu lado bom, mas envolve rom-
pimentos, cortes, perdas... E o Saci é o mesmo, o das histó-
rias que eu te contava quando você era pequena, que vive
escondendo tudo, inclusive ele mesmo. Está a mil por hora!
– Mãe, dá pra falar sério? As coisas do mundo real funcio-
nam? Água, energia, coleta de lixo... Menos Sacis, por favor.
– Coisas reais? Vamos lá... Você sabe de onde vem sua
água? Não sabe, claro. A daqui é um blended de rios de
São Paulo e de Minas! Centenas de quilômetros de canos
e tudo dá certo: sai água de todas as torneiras! As lâmpa-
das acendem todas. Deve ser algum tipo de milagre, luz
divina, magia. Vou pesquisar. Quanto ao lixo, produzo
pouquinho. Rejeito evito trazer para casa, recicláveis levo
para a cooperativa e restos de alimentos dou às minhocas.
Respondi direitinho?
– Espera... minhocas? Aquelas caixinhas que você sem-
pre tem na área de serviço de onde tira aquele adubo estão
cheias de mi-nho-cas? Cruzes! Por que nunca me disse?
– Nunca perguntou. E são ótimas. Nunca saem da casinha,
trabalham caladas, transformam os restos de comida em
húmus, e não me telefonam antes das oito! Porque você
acha que as verdurinhas que levo pra você são tão bonitas?
Húmus, bebê. Nunca leu a etiquetinha que amarro nos ma-
cinhos? Made by earthworms?
– Earthworms... meu Deus... minhocas! Não me toquei. Mas
por que em inglês?
– Querida, no mundo do delete, layout, backup, download...
por que não earthworms? Ninguém torce o nariz para ear-
thworms! Mas fique tranquila, você não é a única que aceita
sem perguntas tudo o que tem uma etiqueta em inglês. E ago-
ra, me deixe dormir. Paguei trinta anos dessa fraude chama-
da Previdência pra poder acordar tarde. Ligo domingo.
Com as costas pinicando no tapete, me pergunto em que mo-
mento de nossas vidas descartamos nossas fantasias e ligamos
o viver no piloto automático... Por que, ao invés de tentar refa-
zer o trajeto de uma tesoura perdida não posso simplesmente
dizer “foi o Saci”? Por que causa espanto ver os ciclos da vida
se renovando numa simples caixa com minhocas? Por que com-
plicamos coisas simples e convivemos com coisas complexas
como a água da torneira sem perceber a complexidade? E ela
não perguntou a única coisa que realmente interessa...
O telefone de novo.
– Vó? Ouvi minha mãe falando com você. Minhocas fazem
húmus com restinhos de lanche?
– E do bom! Daquele que hortelã adora! Tomaremos muito
chá gelado made by earthworms!
– Legal! Vou levar as cascas das frutas pra elas! O Saci gos-
tou da casa nova? E você, está feliz?
Made by earthworms
Com as costas pinicando no
tapete, me pergunto em que momento de nossas vidas descartamos nossas fantasias e ligamos o viver no piloto automático...”
54 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o R e n ç o
r o t e i r oA t r A ç õ e s
Curta o litoral norte!atrações turísticas, gastronômicas e um guia de serviços na Riviera de são lourenço e região
Arte, CULtUrA e LAZer
espAço Arte NossA exposição faz parte do Projeto arte nossa, que acontece diariamente na Casa da Cultura, com venda de artesanato local. de segunda a sexta-feira, das 10 às 18h; aos sábados, das 10 às 22h e aos domingos, das 10 às 18h. avenida thomé de souza, 130 – Praia da enseada (Centro). tel.: (13) 3319-8009
exposição MUNdo sUsteNtAveL dA rivierA de são LoUreNço Conheça a história da Riviera, seus sistemas e sua infraestrutura em uma exposição montada pela sobloco com 800m2 de painéis ilustrativos, divididos em onze ambientes. Pavilhão de exposições do siv - largo dos Coqueiros, nº15. 2ª a domingo, das 09h às 18h - entrada Franca
exposição fotográfiCA reveLA BertiogAo Forte são João, em Bertioga, continua sediando a exposição de fotógrafos da cidade. a mostra apresenta 45 fotografias revelando Bertioga em seus vários aspectos. no Forte são João, de segunda a domingo, ds 9h às 17hs.
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oferece toda semana programação esportiva, musical, literária e outras.Rua Pastor djalma da silva Coimbra, 20– Bertioga - tel.: (13) 3319-7700www.sescsp.org.br/sesc/bertioga
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CeNtro HÍpiCoPasseios a cavalo, aulas para iniciantes e centro de treinamento para competidores com mais experiência.Rodovia Rio-santos, km 213 - atrás do Posto da Polícia Militar - na Riviera.tel.: (13) 3313-0341
rivierA goLf CLUBo belo campo de golfe com 18 buracos de par 3 é aberto ao público durante todo o ano de quinta a domingo, a partir das 7h, com saída final às 15h.Um profissional de golfe está a disposição para aulas aos interessados. o acesso está em frente aos módulos 2 e 3, pela av. da orla. tel.: (13) 3316-1606importante: só poderão jogar no campo, jogadores que possuam handicap.
rivierA tÊNisaulas e locação de quadras.aberto diariamente das 9h às 20hMódulo 18 / Riviera de são lourençotel.: (13) 3316-9688
pAsseios
forte de são JoãoMais antigo do Brasil, construído pelos portugueses para proteger as vilas de ataques de índios tupinambás.Praia da enseada – Bertiogatel.: (13) 3317-4128
pAsseios eCoLÓgiCosa agência seivatUR organiza trilhas ecológicas, passeios históricos e esportes radicais. av. da orla, 307 - Jardim são lourenço. www.seiva.tur.br tel.: (13) 3316-6070 / 9746-8121
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gAiANA restAUrANte e viÑeriAde frente para a praia, cardápio variado com peixes e frutos do mar. largo dos Coqueiros, s/n. tel.: (13) 3316-5700
restAUrANte fUNCHALBacalhau e pizzas.al. do Remo, 300 - Módulo 2 - ilha da Madeira Resort - tel.: (13) 3316-1379
ristorANte & piZZeriA MAreMoNtiGastronomia italiana. no inverno, o restaurante serve feijoada todos os sábados no almoço. largo dos Coqueiros, 15 - tel.: (13) 3316-7855
restAUrANte MANACáHá mais de 20 anos, o restaurante é referência em alta gastronomia no litoral norte de sP. Rua Manacá, 102 - Camburi. tel.: (12) 3865-1566www.restaurantemanaca.com.br
restAUrANte CANoAlocalizado dentro do Hotel Canoa, possui o título de “melhor casquinha de siri do litoral norte”, segundo a Revista veJa Mar, vale & Montanha. av. Magno Passos Bittencourt, 326, Barra do Una. www.canoa.com.br
BistrÔ JUQUeHYtrês ambientes e ainda loja de artesanato mineiro e roupas. av. Mãe Bernarda, 637 - Juquehytel.: (12) 3863-2609www.villabistro.com.br
deLiverY» Beach Burger - Riviera shoppingtel.: (13) 3316-2020» Maremonti pizzariatel.: (13) 3316-7855 ou (13) 3316-7508» pizzaria Hermon - Riviera shopping tel.: (13) 3316-1029» pizza place - Riviera shoppingtel.: (13) 3316-8031
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AMAriLis fLAt serviCeal. Guaíra, 19 - Módulo 30tel.: (13) 3316-8121www.amarilisflatservice.com.br
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seção é revertida para a Fundação 10 de agosto.
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R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 55
a summary of the most celebrated magazine of the north coast of são Paulo. edition 17.
b e r t i o g a
On the way to the seaGrowing expectations for the consolidation of Bertioga’s vocation for nautical tourism
“With 90% of its territory preserved as a
protected area, Bertioga must turn to the sea in
search of its development” says Marisa Roitman,
Secretary of Environment and Urbanism, which
demonstrates her belief in the vocation of the
city: nautical tourism, one of the fastest growing
activities in the world.
“We cannot waste our natural potential,”
explains Marisa Roitman. “Our goal is to
generate employment and income for the city.
And for this, we are working on two fronts: the
conquest of entrepreneurs interested in setting
marinas and nautical garages in Bertioga;
and planning and specific training courses for
skilled labor in the area of seamanship. We know
that each vessel at sea generates eight direct
jobs and an experienced sailor can earn up to
R$5.000. For a city like ours, that does not offer
so many job opportunities, the consolidation of
this vocation would be perfect.”
José Marcelo Ferreira Marques, Secretary
of Works and Housing, is optimistic. “We have
everything in favor: the scenery and space favor
nautical tourism. In addition, marinas and
nautical garages around the North Coast are
b y S h e i l a M a z z o l e n i s
booming. Most marinas in Guarujá, for example,
are already crowded and this extends the demand
for spots to Bertioga. Therefore, entrepreneurs of
the sector are moving to expand their business.”
No crisis!Some business owners already moved
forward. This is the case of Marina do Forte,
located on the Rio-Santos highway, km 224.5, by
the river Itapanhaú. “We have 300 places for boats
up to 54 feet and continue to grow,” says Karin
Grudzinki, administrative manager. “There is not
the slightest sign of crisis in the industry - on the
contrary, the winds are in our favor.”
The expansion is also on the plans of a
“Bertiogan”, former professional fisherman
and owner of a number of commercial
establishments (guesthouse, boutique and
restaurant) which were born and developed
What about brazil?the chances for Brazil in the nautical tourism sector are as large as our coast: 7,367 km, navigable all year round! this, and also 35,000 km of inland waterways. even with this extension and the heating of the leisure crafts market, Brazil is just crawling towards a more promising future as a destination for domestic and foreign travelers with high purchasing power, fans of this kind of tourism. Marinas are very few - numbers are not precise, but it is believed that there are no more than 700 - and, in fact, most are just bad equipped nautical parking lots. Just for comparison, the state of Florida, in the u.s., has more than 1500 marinas, and while in italy the relationship between the number of boats and people is 1 to 125, in our country we have one vessel to 1400 inhabitants.
around the Marina Azul Acqua, created 24 years
ago – it was the first nautical garage in Bertioga.
Orestes Alexandre Amparo Filho, aka Ted, is
always concerned about improving and using
the chances offered by the city for the growth of
the sector in which he operates.
Ted believes this positive phase began 15 years
ago and is the result of a combination of factors:
technological advancement, the development of
new materials for the manufacturing of boats,
the consequent cheapening of the product and
the strengthening of the economy. “Today, there
are more boats than spots to offer in the marinas,
and the owner of a vessel of over 40 feet have
trouble finding a place to leave it. My marina, for
example, offers only 130 openings for boats up
to 32 feet. But, in return, we are located by the
Bertioga channel, 300 meters from the exit to the
open sea.”
n á u t i c a
56 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
Dust, mortar and concrete debris mixed
with paint, pieces of metal, paper, wood,
ceramic... In Riviera these images are part of the
past because, since 2002, Sobloco Construtora
– the company responsible for the overall
achievement of Riviera – has taken to its works
a groundbreaking action plan, consistent with
the Environmental Management System of the
neighborhood/city certified by ISO 14001. The
company started managing the waste generated
in their works, which will be worth the award
Master Imobiliário in 2005 in the Environment
category. The results are encouraging: over
the last ten years more than 6.000 tons of
construction debris were collected, selected,
sent to appropriate locations or reused, avoiding
their disposal in inappropriate areas and a
considerable impact on the environment.
Learning and achievementThe first building to be built with this
goal, Mirante dos Sambaquis was also the
first challenge and the great school for the
professionals involved, as there was not at that
time examples in the construction industry that
could serve as a reference. “We decided, then, to
detail all the activities of the construction process
and identify the aspects and the environmental
impacts of each of them”, says civil engineer
Wlademir Sega, manager of residential and
commercial works at Sobloco. “We also conduct a
survey of non-recyclable materials that could be
replaced by recyclable ones, as sidings made with
Tetrapak packaging waste, and calculated the
average amount of waste generated per square
meter of built area. At the end of the building
of Mirante dos Sambaquis the result was 96 kg
of waste (paper, cardboard, scrap metal, sand
bags, mortar, clean wood, ceramic plate and
aluminum) per m² of built area.
This information was essential to the
establishment of goals and actions up until now,
and constitute the basis on which the planning of a
sustainable building is made, but are not restricted
to the engineers’ table: they are transmitted to
the workers, contractors, employees and service
providers. “We want all who work with us to
understand the impacts of a building project on
the environment,” says Wlademir Sega.
To achieve this goal, specific training
is conducted for new employees, as well as
meetings with workers every morning. “Our
waste management system is part of the
contract of service with the contractors we hire,”
explains Wlademir. “We verify if suppliers are
attuned to our environmental policy and ask
them to adequate whenever necessary. The
result, acknowledged by everyone, is cleaner
and more organized works.”
b y S h e i l a M a z z o l e n i s
c l e a n w o r kS u S t a i n a b i l i t y
sustainable constructionClean and environmentally non-aggressive work: this is the result of the construction waste management system successfully implemented by sobloco in its works in Riviera
and wheRe will this waste Go?the proper disposal of construction waste is an important action in favor of the health of the environment. so it is essential to know the characteristics of each, their chances of reuse and the impact it produces. Paper, cardboard, bags of mortar, steel scrap and aluminum are sent to a central screening in Riviera, then separated, packaged and sold to recycling companies – the resulting income is donated to the Foundation 10 de agosto. But the remains of plaster, mortar, masonry and concrete are placed in appropriate buckets and transported by a company, registered by the city of Bertioga, for a specific screening area.
R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o . 57
g e n y F e r n a n d e S P o M a r e S M e n d e SP r o F i l e
b y S h e i l a M a z z o l e n i s
The sucess, behind the corner!this has been the life of a woman who is proud to say: trade and Riviera are in my dna!
Friendly, funny, but also very serious when it comes to
defending what she believes! This is Geny Fernandes Pomares
Mendes, who devotes all her passion to what she does and to
Riviera, defending them with her soul. She wants the best
for where she lives and to her stores in Riviera mall: the
houseware store Geny Presentes, and the decoration store
Geny Móveis. These are the results of 50 years of professional
experience. The last 22 were spent in this shopping mall: she
was one of the first merchants who settled here and thus had to
handle the difficulties commonly faced by pioneers. According
to her, this strength and the taste for commerce were inherited
from her parents and grandparents, Spanish immigrants, all
of them traders!
A good catchThe stories of Geny and Riviera mingle thanks to a fishery
on the beach of São Lourenço in the early 1980s. “There was
nothing here except the works of the Exhibition Hall of the
project, but we were delighted. My husband and I came back
several times, bought a piece of land and built the first house in
the module 21. “
Later, Geny noticed a sign announcing the construction of
Riviera mall. “I immediately asked for a spot in that commercial
space, waited over two years for the mall to be concluded and
finally, in 1991, I opened Geny Presentes.” In 1996, Geny saw
on the expansion of the mall a chance for growth. She then
decided to open a new store, this time a place for decoration
and home furnishings, and asked for four points in the new
area of the shopping center. There she installed Geni Furniture,
with the help of her daughters Wanderli and Valquiria. And it
worked out! Today, 22 years after the inauguration of Riviera
mall, Geny is proud of keeping her shops open every day and
being ahead of her team.
Moved by passionGeny is a dynamo: married at 16, at 18 she took over a shop
given by her father, at 27 she already had seven children, all of
them raised “behind the counter”. “I was a simple girl, from the
country, and I am proud of what I have conquered
through my work and the support of my family
and my husband, Vasconcelos Mendes. He always
encouraged me. He is proud of what I do and the
brand I created, so much that he kept my name on
two points managed by him: Geny Home Center,
in Uptown Mall, and Marcenaria GV.”
The businesswoman also attributes her
success to the partnership with Sobloco, which
supported her initiatives; to the fidelity of her
clients; to the competence of her team and to the
fact of knowing well how to select the pieces she
offers to her clients. “I also know how to combine
trends, to mix objects, with a final result that
sometimes surprises myself. After all, I have
never taken any decoration course! I’m proud of
this talent and count on the essential help from
the girls in the shops. “
These “girls” are “partners”, says Geni.
“They have been in the stores for a long time.
Fátima, from Geny Móveis, has worked with
me for 14 years, and Mari has been at Geny
Presentes for nine years. I know how to buy,
but they know how to sell and to serve our
customers. Together, they form the perfect
combination for business success.”
58 . R e v i s t a d a R i v i e R a d e s ã o l o u R e n ç o
Just as paving streets, constructing buildings
and equipping them with basic infrastructure, it
is also essential to work in building people and
to give them tools to fully develop. In practice,
this means respect for others allied to education
and professional qualification - and this is
exactly what the Foundation 10 de Agosto has
been offering over the past 20 years.
Conceived by Luiz Carlos Pereira de
Almeida, director of Sobloco – with the support
of Praias Paulistas and Cia. Fazenda Acaraú –
the Foundation was incorporated in 1993 as a
civil entity, non-profitable, aiming to raise funds
for the construction of the Chapel Nossa Senhora
das Graças, maintained by the Foundation
until today. At the same time, the organization
began offering free courses in several areas for
children, youngsters and adults from Bertioga.
With 12 hired professionals, among teachers
and administrators, the Foundation now offers
more than 30 free courses (18 in the area of arts
and crafts and 12 professional) to 532 enrolled
students who are not only residents of Riviera,
but come, mostly, from other neighborhoods
of Bertioga: Linda Vista, Downtown, Indaiá,
Guaratuba, Boraceia and others. This table
shows the scope of action of the Foundation
in the city, but the stories and experiences of
all who has been here that really illustrate the
benefits offered by this model entity.
The music courses for children and teenagers
are the ones which provide greater visibility to the
Foundation, as it is common to watch the juvenile
orchestra perform at events in the city and in Riviera
itself. But not only music supports the Foundation.
Training courses for youth and adults are also
offered, enabling them to enter the professional
market. Motivation, entrepreneurship, civility and
respect for the environment are issues that cut
across all courses.
b y S h e i l a M a z z o l e n i s
school of life as it completes 20 years of history the Foundation 10 de agosto brings culture and education to the population of Bertioga and is proud of achieving the goal of its founders: building people!
F o u n d a t i o n 1 0 d e a g o S t o S o c i a l r e S P o n S i b i l i t y
"The Foundation 10 de Agosto represents the realization of a plan born in the 1990s, embodied in the creation of a charitable entity to be conducted under the focus of civic and religious education, with a view to training people and making them suitable for their professional and spiritual life.
A plan motivated by examples collected from the life of my mother and her two sisters - my aunts - who raised me under adverse conditions, with faith and sacrifices always present. A plan that has always been characterized as ambitious and of difficult achievement, but it never ceased to be a stimulus of life and a lever to overcome the adversities. Although the dream charitable entity could not become significant, its mere existence and possible poor results could already represent examples and seeds for our communities.
The implementation of the Plan of Riviera de São Lourenço represented the doors that were opened to all that came along. An urban project of great importance presented itself as an opportunity for the necessary support to all we imagined. And so, with the successful completion of a new city planned for the future, we also could count on a way paved for the Foundation 10 de Agosto. "
Luiz Carlos Pereira de Almeida, director of Sobloco
w w w . s o b l o c o . c o m . b r
Empreender, urbanizar e construir é mais do que erguer estruturas e criar novas vias. É integrar o espaço natural às nossas necessidades modernas de conforto, lazer e qualidade de vida. Por isso, há mais de 50 anos, a Sobloco dedica-se a projetos e obras de desenvolvimento urbano, que se tornaram referência de uso e ocupação do solo. Suas criações são exemplos, reconhecidos internacionalmente, de comunidades planejadas e sustentáveis, onde as pessoas têm orgulho de viver.
Fotos ilustrativas
E S P E C I A L I Z A D A E M D E S E N V O L V I M E N T O U R B A N O S U S T E N T Á V E L
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