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RESUMO: As dificuldades de materiais e falta de envolvimento das
empresas nos estágios dos formandos dos Cursos Técnicos em
Administração, que complemente os conhecimentos obtidos em sala de
aula para que se promova a articulação da teoria e prática, é a proposta
deste Artigo, que se propôs a aprendizagem deste curso. Tendo como
baseamento das disciplinas de Contabilidade Geral e Gerencial, atrelada
aos recursos interdisciplinares, aplicados nas demais disciplinas do Curso
em questão, para o sucesso desta metodologia efetivando assim o ensino-
aprendizagem, evidenciando a importância da metodologia tendo como
forma de reconhecimento dos resultados obtidos na formação do senso
critico, articulando entre diversos saberes a fim de que possa desenvolver o
inter-relacionamento dados de todas as disciplinas envolvidas, afim de
intervir na realidade para transformar a partir do trabalho coletivo, que é o
trabalho interdisciplinar, e principalmente a Contabilidade uma ciência
social. Foi implementado no Curso Técnico em Administração
Subseqüente de colégio publico onde envolveu alunos e professores desse
estabelecimento na superação das dificuldades encontradas na prática
teórico-metodológica da disciplinas do curo.
PALAVRAS CHAVES: Interdisciplinaridade, contabilidade,
aplicabilidade e aprendizagem.
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho foi desenvolvido, quanto a sua
aplicabilidade interdisciplinar nas disciplinas do Curso Técnico em
Administração, que é parte dos requisitos do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE, promovido pela Secretaria de Estado
da Administração – SEED, em convenio com Universidade Estadual de
Maringá – UEM. O proposto é o tema de uma tentativa de amenizar as
preocupações apontadas pelos professores e alunos dos Cursos Técnicos
em Administração, quanto á falta de mecanismo e materiais didáticos que
viabilizam a consolidação entre a teoria e a prática. Onde a dificuldade de
estágios torna-se difícil uma compreensão mais abrangente que possibilite
ao futuro dos técnicos em administração, auxiliar o gestor administrativo
no processo decisorial das empresas.
A falta da aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos em sala
de aula leva os alunos dos Cursos Técnicos a concluírem seus estudos sem
noção profunda da aplicação dos conhecimentos adquiridos no decorrer
das metodologias aplicadas na constância do ensino-aprendizagem durante
o curso. Observa-se que este também que é um problema ainda maior nos
Cursos Técnicos em Administração que não possuem estágio. Sendo a
questão é a aplicabilidade dos conteúdos teóricos à prática laboratorial.
O compromisso com uma educação profissional que tenha como
base a formação de personalidades críticas e transformadoras requer uma
sólida e atualizada formação, tecnológica, cultural e ética, onde estejam
presentes e articuladas a teoria e a prática. Para tanto, se faz necessário a
elaboração das práticas interdisciplinares aplicadas a execução de
propostas, projetos e planos pedagógicos comprometidos em a
aprendizagem.
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A interdisciplinaridade aplicada como forma de relação da teoria
e prática no Curso Técnico em Administração é uma proposta de ação
didática que tem como a possibilidade a construção mútua, a cooperação, o
relacionamento complementar entre as diversas disciplinas , promovendo
uma visão unitária do conhecimento.
O que mais se sente como dificuldade da prática é a falta de
estágios para os alunos, a escassez dos materiais didáticos, laboratórios de
tecnologias, bem como programas contábeis para uso em laboratórios,
planilhamentos eletrônicos, cadernos pedagógicos formados para essa
prática, para facilitar o entendimento entre as disciplinas envolvidas, esta
aplicabilidade utilizando todos os recursos envolvidos com uma utilização
mais completa nas metodologias aplicadas.
Para a implementação e eficácia deste material é necessário
aplicar uma metodologia de ensino utilizando os conceitos da
interdisciplinaridade, de forma que as demais disciplinas da série pudesse
se envolver neste processo.
Todo processo de ensino-aprendizagem amparado por projetos
que implementem a forma de adquirir conhecimentos, tem os resultados
que devem ser analisados e averiguados a sua eficiência e eficácia em todos
os componentes que interagem neste processo. Os resultados positivos não
devem ser contemplados apenas de forma isolada, mas também no seu
todo, proporcionando ao aluno uma visão holística na aplicação do
conhecimento.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A Metodologia no Processo Ensino-Aprendizagem
Toda instituição de ensino, tem como objetivo principal é
completa aprendizagem de ensino de seus alunos. Portanto a aplicabilidade
das diversas metodologias que envolvem o ensino-aprendizagem traz
sempre possibilidades de mudanças dentro das metodologias envolvidas no
ensino, tem importância fundamental nesta aplicabilidade interdisciplinar,
pois qualquer conteúdo mal ensinado pode provocar verdadeiros traumas
no educando. Segundo Marion (1996, p.10) “na maioria das vezes, a culpa
é da metodologia inadequada no processo de ensino”.
A participação do aluno no processo de aprendizagem pode ser
definida nos alunos passivos e alunos ativos, sendo:
- O Aluno “passivo” procura absorver os conhecimentos e
experiências do professor. A ênfase é dada nas atividades do professor;
- O aluno “ativo” tem o ensino centrado nele, participando
ativamente do processo ensino-aprendizagem, devendo tornar-se um
cidadão crítico
A metodologia de ensino utilizada pelo professor que
caracteriza o aluno em ativo e passivo.
Segundo Marion (1996, p.36) “A idéia central do método
focado no aluno é tornar os estudantes pensadores críticos, fomentando a
auto-iniciativa de descobrimento”.
O método utilizado pelo professor é de fundamental
importância para o sucesso do aluno, é ele que dá sentido de unidade a
todos os passos do ensino e da aprendizagem, devendo conduzir o
educando a refletir, a criticar, a pesquisar, a concluir e a correlacionar.
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Segundo Libâneo (1991, p.152) “métodos de ensino são as
ações do professor pelas quais se organizam as atividades de ensino e dos
alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação a um conteúdo
específico”.
Alguns métodos podem ser aplicados no desenvolvimento de
uma proposta de ensino-aprendizagem:
a) Aula expositiva: A aula expositiva, também conhecida
como prelação, é a forma mais comum de instrução
utilizadas na educação. Muitos professores não param para
considerar as vantagens e desvantagens do método de
exposição antes de adotá-lo ou rejeitá-lo. Estima-se que a
exposição oral é o modo dominante de instrução nas salas
de aula. É adequada para apresentar um assunto de forma
organizada, introduzir, despertar a atenção, transmitir
experiências e observação pessoais sobre o assunto,
disponíveis ou não, em outras formas de comunicação.
Porém não deve ser explorada em demasia, pois nela o
aluno é apenas um agente passivo do processo ensino-
aprendizagem.
b) Visitas e busca de praticidades: Devem ser estruturadas pelo
professor de maneira que toda a turma seja beneficiada. As
visitas podem ser em empresas de com tendências das
atividades regionais, sempre voltadas as práticas de
interesses dos alunos e mostrando cada vez mais o uso das
tecnologias de informação.
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c) Resumo: Podem ser complemento de seminários, relatórios
ou aplicados individualmente. É um importante recurso no
processo ensino-aprendizagem, podendo ser utilizados de
maneira, interdisciplinar, aplicabilidade das experiências
obtidas junto com outras disciplinas, nas visitas das
empresas, projeções em fitas e leituras, além de ser um
recurso valioso no auxilio às aulas expositivas.
d) Projeções: Através das teleconferências, videoconferências,
telão, programas contábeis, Recursos Humanos, fluxo de
caixa, sendo uma oportunidade de mostrar aos alunos temas
de interesse do grupo em assuntos que mereçam destaque.
Não devem ficar na projeção por si mesma, devendo o
professor possibilitar a discussão sobre o assunto
apresentado. Para os cursos noturnos, onde a maioria dos
alunos trabalha durante o dia é uma oportunidade de
substituir as excursões e visitas
e) Seminário: Proporciona a pesquisa, a apresentação e a
discussão de um tema preparado por um aluno ou um grupo
de alunos.
f) Discussão com a classe: É necessário o estabelecimento
de uma dinâmica adequada. Leva a reflexão acerca dos
conhecimentos obtidos após a leitura ou exposição, dando
oportunidade aos educandos de formularem princípios com
suas próprias palavras. O professor deve ao final da aula
expressar sua opinião sobre o assunto e fazer as correções
relacionadas ao mesmo.
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g) resolução de exercícios: É utilizado como complemento às
aulas expositivas, servindo para fixar e compreender melhor
o tema ou assunto estudado. O professor deve se preocupar
em elaborar exercícios que realmente sirvam para reforças e
complementar o conteúdo apresentado.
h) Estudo de caso: O estudo de caso consiste na discussão
direta entre alunos e professor sobre determinada situação
real ou fictícia apresentada. O enfoque está em estudantes
que aprendem pelos seus próprios esforços. O professor
deve apenas orientar os estudos dos mesmos, sem apresentar
respostas imediatas.
i) Aulas práticas: Como complemento às aulas teóricas-
expositivas, mostram aos alunos o lado prático das
disciplinas. Este método é muito importante na
contabilidade. Sugere-se que parte do curso seja
desenvolvida no laboratório contábil, utilizando programas
e processo eletrônico.
j) Simulação: Ocorre principalmente através de “softwares
educacionais”, permitindo aos alunos diversas opções e,
consequentemente a revisão constante de suas decisões.
k) Ciclo de Palestras: Muito utilizado nos cursos
profissionalizantes, é de extrema importância, pois
contribui para o conhecimento da profissão e demais
assuntos relevantes.
A importância da metodologia na efetivação do ensino-
aprendizagem deve levar o professor a implementar métodos e/ou técnicas
diferenciadas em suas aulas.
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A inter-relação entre a teoria e a prática deve ser focada no intuito
de oportunizar a aplicação imediata dos conhecimentos multidisciplinar
e/ou áreas do conhecimento é perceptiva a professores e alunos
2.1.1 Interdisciplinaridade
A justaposição dos conteúdos ministrados em matérias
pertencentes as diferentes disciplinas e/ou áreas do conhecimento é
perceptiva a professores e alunos.
Educandos e educadores acreditam ser necessário promover uma
interação significativa entre os conhecimentos científicos do curso,
rompendo com o isolamento das disciplinas e proporcionar aos alunos a
conexão entre os diferentes conhecimentos. Neste contexto, o fazer
interdisciplinar, mesmo ainda constituído em um grande desafio
pedagógico, deve ser um caminho a ser explorado.
A interdisciplinaridade, como possibilidade de corrigir possíveis
erros ocasionados por uma ciência excessivamente compartimentada,
promove a comunicação e a interação significativa entre as disciplinas.
Neste processo faz-se necessária algumas condições para sua
efetivação. Embora não aponte como única linha de ação, alguns passos são
considerados, segundo Santomé (1998) para efetivação de qualquer
intervenção interdisciplinar:
1-a) Determinar o problema (interrogação, tópico, questão);
b) Determinar os conhecimentos necessários, inclusive as disciplinas
representativas e com necessidades de consulta e modelos relevantes.
c) Resolver conflitos entre as diferentes disciplinas envolvidas;
d) Construir e manter a comunicação entre as disciplinas;
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2-a) Reunir dos conhecimentos em busca de nova informação;
b) Especificar os estudos ou pesquisas concretas empreendidos;
c) Ratificar ou não a solução ou resposta oferecida;
d) Integrar os dados obtidos individualmente num modelo coerente;
A organização do trabalho pedagógico escolar como um todo
está expressa no Projeto Político Pedagógico da Escola, sempre dispondo
das situações interdisciplinares no Projeto Político Pedagógico, dizendo
que deverá considerar, como referencia, o impacto do profissional no
contexto do cursos e as formas como instituição se relaciona com seu
universo; considerar, como referência, a socialização dos conhecimentos e
das práticas produzidas no curso, de forma a constituí-lo interdisciplinar.
As pessoas envolvidas um trabalho interdisciplinar devem estar
dispostas a proporcionar todo tipo de esclarecimentos aos demais
integrantes da equipe, a discutir e definir conceitos e questões
metodológicas, por isto exige comunicação. Portanto é preciso insistir no
papel da negociação entre todas as pessoas que compõem a equipe de
trabalho no que consiste na aplicabilidade da prática interdisciplinar.
Somente na prática é que podemos visualizar a
interdisciplinaridade, pois é na medida em que são realizadas as
experiências reais de trabalho em equipe, exercitando as possibilidades e
vivenciando os problemas e limitações, que ela acontece.
2.2 Conceitos de dinâmicas aplicados na implementação do trabalho
As dinâmicas patrimoniais têm como propósito de evidenciar os
elementos patrimoniais, tendo em vista os usos nas demais disciplinas as
informações através das demonstrações contábeis:
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Dinâmica patrimonial das demonstrações do Ativo Circulante e
não Circulante, fluxo de caixa, informações de Recursos Humanos,
rotatividade de estoques, formação de recursos disponíveis e de capacidade
de pagamentos, fluxo de informações de Impostos e Encargos Sociais, das
obrigações administrativas.
2.2.1 Terminologia de Custos de Produtos Vendidos e/ou serviços
As terminologias utilizadas pela contabilidade são distintas no
momento dos registros contábeis. Por isso é necessário conhecer os
seguintes conceitos:
Gastos: “Sacrifício financeiro” com que a entidade arca para
obter bens (mercadorias e/ou produtos) ou serviços. São representados pela
promessa de entrega de ativos (geralmente dinheiro). Somente é
considerado gasto no momento que existe o reconhecimento contábil da
divida ou da redução do ativo dado em pagamento. Gasto é o termo
genérico que pode representar, um custo, uma despesa ou investimento.
Gasto na compra de bens de revenda, comissões sobre vendas, serviços,
etc.
Investimentos: É todo o gasto para aquisição de ativo em
função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros.
Exemplo: aquisição de moveis e utensílios, despesas pré-operacionais bens
de revendas ainda não negociados e demais bens do ativo imobilizado de
necessidade para a movimentação da empresa.
Despesa: É um gasto que provoca redução do patrimônio. São
bens e/ou serviços consumidos direta ou indiretamente na obtenção de
receitas. A despesas afetará diretamente o resultado do exercício. Exemplo
comissão sobre vendas.
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Para conhecer o valor contábil do custo das mercadorias
vendidas que integrará o valor das receitas, a empresa pode utilizar-se de
dois métodos de controle de estoque, Inventário Periódico e/ou Inventário
Permanente.
O Inventário Periódico utiliza o inventário físico remanescente
do estoque ao final do período desejado. Encontra-se o custo das
mercadorias vendidas através da seguinte fórmula: CMV = EI + Compras
liquidas – EF (inventariado). O problema do Inventário Periódico é que se
conhece o valor do custo final do período desejado.
O Inventário Permanente controla a variação do custo das
mercadorias vendidas a cada transação. Para tanto, é necessário utilizar-se
de critérios de avaliação dos estoques:
- PEPS – Primeiro que Entra e Primeiro que Sai – Simboliza
que as últimas entradas (aquisições) serão as primeiras a saírem do estoque
quando ocorrer vendas de mercadorias. Este critério está de acordo com os
Princípios Contábeis Geralmente Aceitos e com a Legislação Tributária
- UEPS – Ultimo que Entra e Primeiro que Sai – Simboliza
que as ultimas entradas (aquisições) serão as primeiras a saírem do estoque,
quando ocorrer vendas de mercadorias. Este conceito não é aceito pela
legislação tributária.
- CUSTO MÉDIO Ponderado Móvel – A cada venda de
mercadorias, o saldo é ajustado em função da média do preço anterior com
o preço da nova compra, somam-se ambas e divide-se pelas quantidades
atuais. Este critério é aceito pelos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos
pela legislação do imposto de renda.
- Para itens de grande valor pode-se utilizar o Custo
Especifico.
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2.3 Dinâmica Patrimonial
Definição
Variações Patrimoniais
- Provenientes das operações com os sócios;
- Provenientes das operações da empresa.
As principais Demonstrações:
- Demonstrações do Resultado do Exercício (DRE);
- Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
- Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido (DMPL)
- Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
- Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
Receitas
Definição e Características da Receita
- Validada pelo mercado;
- Ligada a um certo período de tempo;
- Acréscimo no Ativo e Patrimônio Liquido da Entidade.
O que Incluir nas Receitas
- Receita Operacional;
- Outras Receitas Operacionais;
- Outras Receitas.
Mensuração das Receitas
- No momento da venda;
- Antes da Venda
- Após a venda.
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Despesas
Definição e Características da Despesa
- Sacrifício para obtenção de receitas;
- Ligada a um certo período de tempo;
- Decréscimo no Ativo e Patrimônio Liquido da Entidade.
O que incluir na Despesas
- Despesas operacional;
- Outras despesas operacionais;
- Outras despesas.
Mensuração da Despesas
- Consumo;
- Competência.
Ocorrência da Despesa
- Uma diminuição do Ativo, sem alteração do passivo,
quando forem pagas a vista;
- Um aumento do passivo, sem alteração dos valores do
Ativo, quando forem para pagamento posteriores;
- Uma diminuição do Ativo sem alteração do Passivo,
quando forem resultantes de a serem apropriadas em vários meses ou
período em função de sua realização;
Resultado
- Positivo;
- Negativo;
- Nulo.
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2.4 Balanço Patrimonial (Alteração)
Principais alterações ocorridas no Balanço Patrimonial, que passam a
vigorar com a edição da Lei 11.638/07 e da Lei 11.941/09:
O Ativo
O Ativo Circulante e o Ativo não Circulante passam a ser
classificados como grupos, assim, o Ativo passou a ter dois grupos de
contas:
O Grupo Permanente, deixa de existir;
O subgrupo Diferido, foi extinto;,
Temos a inclusão do subgrupo Ativo Intangível; e,
O Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimento, Imobilizado e
Intangível, passam a subgrupo do Ativo não Circulante.
O Passivo
No passivo teremos os seguintes grupos: Passivo Circulante, Passivo
não Circulante e Patrimônio Liquido.
O grupo Passivo Exigível a Longo Prazo deixa de existir, portanto
todas obrigações das empresas cujo vencimento ocorra após o término do
exercício seguinte, deverão ser classificados no Passivo não Circulante;
O grupo Resultado de Exercícios Futuros foi extinto, as receitas
diferidas e os custos/despesas diferidas deverão ser reclassificados no
Grupo do Passivo não Circulante;
, O Patrimônio Liquido passa a ser dividido em capital social,
reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros,
ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Segregação entre Circulante e Não Circulante
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Ativo:
Um Ativo deve ser classificado como Circulante quando:
“é esperada sua liquidação dentro de 12 meses seguintes à data do
balanço; ou é um Ativo em dinheiro ou equivalente, cuja utilização não está
restrita”. Todos os outros Ativos devem ser classificados como Não
Circulante.
Passivo:
Um Passivo deve ser classificado como Circulante somente
quando atender aos seguintes parâmetros:
“é esperada sua liquidação dentro do prazo de 12 meses
seguintes a data do balanço; é mantido principalmente com a finalidade de
ser transacionado; ou a entidade não tem nenhum direito de postergar sua
liquidação por período que exceda a 12 meses da data do balanço.”
As demais obrigações devem ser classificadas como não
Circulante.
2.4.1 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Esta demonstração tem como finalidade fornecer à entidade o
resultado obtido com suas operações evidenciando todos os elementos que
o constituem. A DRE apresenta-se como um resumo ordenado das
Receitas, custos, encargos e despesas da empresa em determinado período,
evidenciadas de forma dedutiva de acordo com a Lei 6404/76, ou seja, das
receitas subtraem-se os custos, as despesas,e em seguida, indica-se o
resultado (lucro/prejuízo) do exercício, proporcionando uma visão mais
objetiva das contas de resultados.
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Conforme o parágrafo 1.º, do artigo 187 da Lei 6.404/76:
“ na determinação do resultado do exercício serão computados: a) As
receitas e os rendimentos ganhos no período, independente de sua
realização em moeda; b) Os custos, despesas e perdas do exercício, pagos
ou incorridos, correspondentes a essas receitas”.
2.4.2 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)
A DLPA é uma demonstração obrigatória de acordo com o art. 176
da Lei das S/As. Seu objetivo é evidenciar as mutações ocorridas na
conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados no decorrer do período de
apuração contábil, partindo do saldo inicial desta conta no início do
período, evidenciando suas movimentações e concluindo com o
saldo final da mesma.
Segundo o Artigo 186 da Lei 6404/
“A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:
I - o saldo no início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a
correção monetária do saldo inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro liquido do exercício;
III - as transferências para as reservas, os dividendos, a parcela dos lucros
incorporada ao capital e o saldo ao fim do período”.
A DLPA é também obrigatória para as limitadas e outros tipos de
sociedade, de acordo com art. 274 do RIR/1999.
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Em relação ás S/As a CVM estabelece na Instrução nº 59/86 a
obrigatoriedade da elaboração e publicação das Demonstração das
Mutações do Patrimônio Liquido (DMLP), a qual deverá conter a conta de
Lucros ou Prejuízos Acumulados e suas movimentações, conforme
discriminado pela DLPA (que pé obrigatório pela Lei 6404/76. Utilizando a
DMLP neste formato, elimina-se a necessidade de publicação da DLPA
pelas S/As.
Como ajustes de exercícios anteriores a Lei define que serão
considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudanças de critérios
contábeis ou da retificação de erro imputável a exercícios anteriores.
Quando os ajustes realizados afetarem as contas de resultado, então, pelo
regime de competência tais ajustes deverão ser lançadas diretamente na
conta de lucros ou prejuízos acumulados (PL), eliminando a possibilidade
de transição destes saldos pelas contas de resultado
A destinação a ser dada ao Lucro Líquido do exercício para
constituição/reversão de reservas e distribuição de dividendos evidenciada
na DLPA, deve observar os disposto na Lei 6.4040/76 artigos 193 a 205
como também o estatuto da empresa.
Além dessas informações, a DLPA também deve evidenciar o
montante do dividendo por ação do capital social.
2.4.3 Demonstração das Mutações do Patrimônio Liquido (DMPL)
Esta demonstração não só apresenta a movimentação da conta Lucros
ou Prejuízos Acumulados, como todas as demais contas que compõem o
Patrimônio Liquido.
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A DMPL fornece informações referentes às diversas movimentações
que possam ter ocorrido nas contas do Patrimônio Liquido durante o
exercício social, abrangendo o capital social, as reservas de capital, os
ajustes de avaliação patrimonial, as reservas de lucros, o lucro/prejuízo do
exercício, bem como, os prejuízos acumulados. Desta forma , todo o
acréscimo ou diminuição no Patrimônio Líquido da Entidade é evidenciado
por meio desta demonstração, o que inclui a conta lucros ou prejuízos
acumulados e suas movimentações, assim ela incorpora a DLPA.
2.4.4. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
O artigo 176 da Lei 6.404/76, modificado pela Lei 11.638/07,
determina elaboração e publicação da Demonstração dos Fluxos de Caixa
(DFC) para as companhias abertas e companhias fechadas de grande porte,
com uma ressalva:
O limite de valores demonstrado na Demonstração do Fluxo de
Caixa, conforme determina a Legislação Tributária, não obrigará à
elaboração de publicação da demonstração de fluxo de caixa, isto em seu
parágrafo 6º.
Assim a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) a DFC é
uma demonstração da dinâmica patrimonial. De forma simplificada, a DFC
indica origem de todo o dinheiro que entrou no caixa (e equivalentes
caixa), bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do caixa em
determinado período e, ainda, no resultado do fluxo financeiro. Desta
forma, a DFC gera informações relevantes sobre os pagamentos e
recebimentos em dinheiro, ocorridos durante determinado período.
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2.5 Educação Profissional em Nível Técnico
As pessoas que estão á frente dos empreendimentos são as
que enfrentam os desafios e necessitam buscar constantemente alternativas
para melhor desenvolver o seu negócio, para isto, necessitam de conhecer
todo processo de instalação e funcionamento dos diversos departamentos
da empresa, as influências internas e externas, etc.
A educação tem por finalidade a formação de indivíduos
transformadores, que interfiram na realidade de maneira consciente,
eficiente e responsável. Os cursos técnicos têm como objetivo a
profissionalização, que nada mais é que a formação de educando capazes
de pensar, analisar e fazer.
A educação profissional está definida no capítulo III da Lei
de Diretrizes e Base da Educação – LDB n. 9.394, de 20 de dezembro de
1996, como integrada ás diferentes formas de educação, ao trabalho, à
ciência e á tecnologia, conduzindo ao permanente desenvolvimento de
aptidões para a vida produtiva.
Faz-se necessário o destaque de algumas das dimensões
teóricas-metodológicas da Educação Profissional apresentadas nos
Fundamentos Políticos e Pedagógicos da Secretaria de Estado da Educação
– versão preliminar – 2005:
a) tornar o trabalho como principio educativo, articulando
ciência, cultura, tecnologia e sociedade;
b) a integração entre conhecimento básico e aplicado só é
possível através da mediação do processo produtivo;
c) o tratamento metodológico privilegiará a relação
teoria/prática e parte/totalidade;
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d) os conteúdos que compõem cada percurso formativo
deverão ser organizados de modo a integrar as dimensões
disciplinar e interdisciplinar.
As modalidades de ensino dos cursos técnicos ofertados pela
rede pública estadual do Estado do Paraná atualmente são:
a) Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio – Cursos
Técnicos ofertados para alunos oriundos do ensino
fundamental, com duração de 4 anos, tendo em sua
matriz curricular a base nacional comum e a formação
especifica;
b) Cursos Técnicos Subseqüentes – Cursos Técnicos
ofertados para alunos concluintes do Ensino Médio, com
duração de 1 ano e meio, tendo em sua matriz curricular
apenas a formação especifica;
c) Cursos Técnicos Integrados à Educação de Jovens e
Adultos – PROEJA – Cursos Técnicos ofertados para
jovens e adultos concluintes do ensino fundamental,
com idade mínima de 18 anos, tendo em sua matriz
curricular a base nacional comum e formação especifica,
com duração de 3 anos.
2.5 Curso Técnico em Administração
Em atendimento as Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná, o Curso Técnico em Administração tem como concepção uma
formação técnica que articule trabalho, cultura e tecnologia como
princípios que devem transversalizar todo o desenvolvimento curricular.
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O Curso Técnico em Administração vem de encontro à
necessidade de formação do individuo numa perspectiva de totalidade,
aperfeiçoamento e conhecimento. Enfatiza o resgate da formação humana
onde o aluno, como sujeito histórico, produz a sua existência pelo
enfrentamento consciente da realidade, produzindo valores de uso,
conhecimentos e cultura.
Sua proposta encaminha para uma formação onde a teoria e a
prática possibilitam aos alunos compreenderem a realidade para além de
sua aparência, onde conteúdos não têm fins em si mesmo porque se
constituem em sínteses da apropriação histórica da realidade material e
social pelo homem.
2.5.1 Contextualização
Neste contexto, segundo Plano de Curso do Departamento de
Educação Profissional da Secretaria de Estado da Educação, o cursos
Técnico em Administração Subseqüente e Integrado tem como objetivos:
a) Promover desenvolvimento pessoal e profissional através do
conhecimento científico tecnológico e cultural, considerando
os aspectos humano, econômico e social;
b) Oportunizar participação social integrando conhecimento
técnico com competência prática e científica no processo
produtivo da comunidade na qual está inserido;
c) Permitir ao futuro profissional uma visão da evolução da
tecnologia, das transformações oriundas do processo de
inovação e das diferentes estratégias empregadas para
conciliar os imperativos econômicos às condições da
sociedade;
d) Propiciar a profissionalização por meio da compreensão das
relações contraditórias presentes na vida social produtiva.
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Embora sua finalidade seja a formação de profissionais seja a
formação de profissionais com domínio dos conteúdos e processos
relevantes do conhecimento científico, tecnológico, social e cultural
utilizando suas diferentes linguagens, o que lhe confere autonomia
intelectual e moral para acompanhar as mudanças de forma a intervir no
mundo do trabalho percebe-se que os cursos técnicos enfrentam
dificuldades para adequação e efetivação. Cita-se como exemplo a
inexistência de estágios, em empresas adequadas ao sistema e região, falta
de tecnologia da informação, acervo, material didático, até mesmo
professores em algumas áreas, programas adequados aos cursos, também as
dificuldades no ensino noturno quanto ao aluno trabalhador
2.6 Plano de Trabalho
O envolvimento da Secretaria de Estado da Educação do Paraná em
seu Programa de Desenvolvimento Educacional, facilitou a prática
pedagógica e na elaboração de material didático dentro da intenção na
apresentação teórica deste projeto tendo como objetivo a aplicabilidade das
práticas interdisciplinares no Curso Técnicos em Administração das
disciplinas de Contabilidade Geral e Gerencial com as demais disciplinas
do curso, podendo desenvolver nos alunos a compreensão das informações
facilitando o ensino-aprendizagem e formação para o trabalho, podendo
adquirir conhecimentos mais amplos no relacionamento e aproveitamento
de que as Demonstrações Contábeis podem oferecer em condições mais
amplas e claras, como podemos exemplificar em alguns momentos no
processo ensino-aprendizagem:
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a) As demonstração de fluxo de caixa com informações gerencias;
b) As demonstrações das rotatividades de estoques nas relações
orçamentárias;
c) Encargos Sócias e salários com administração de pessoal;
d) Balanço Patrimonial em executores internos;
e) Balanço Patrimonial com executores externos;
f) Fluxo de Caixa com recebimentos e pagamentos;
g) DRE com relacionamento da lucratividade;
Com o curso técnico em administração subseqüente e integrado,
sendo as disciplinas de Contabilidade Geral e Gerencial, encarregadas de
proporcionar os conhecimentos básicos para os formando na categoria de
Técnicos em Administração, ficou a preocupação de ensinar contabilidade
para aqueles que não exercerão a atividade contábil, mas sim necessitam
compreender para poderem desenvolver suas atividades dentro da
interpretação das demonstrações contábeis, planilhas de custo relatórios
contábeis para o desenvolvimento de suas atividades administrativas.
3. CONCLUSÃO
Podemos finalizar com algumas considerações sobre este
trabalho. Nossa opinião que o material produzido do presente trabalho
foi de cunho satisfatório apesar das dificuldades dentro do seu
desenvolvimento, apenas escolhemos algumas das possibilidades de, a
que focaliza o trabalho na dinâmica grupal, na intenção de mostrar um
dos aspectos mais importantes que estão envolvidos em um trabalho de
aplicabilidade interdisciplinar.
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O que muito nos chamou a atenção foi a constituição de
grupos. O projeto original era certamente inadequado, pois desconhecia
quase que em sua totalidade as dificuldades de um trabalho
interdisciplinar, ainda mais sendo desenvolvido no Curso Técnico em
Administração, com a formação dos docentes voltadas para o
profissionalismo não para o ensino didático pedagógico.
Essas considerações mostram que elementos inicialmente
desfavoráveis, como um convite que captura parcialmente e o
aparecimento de divergências, podem ser revertidos e resultar, depois de
certo tempo, numa participação mais pessoal. Acreditamos ter sido esta
participação e o que ela construiu no grupo, a razão de sua resistência
diante das dificuldades na fase final do projeto.
A interdisciplinaridade desempenhou papel decisivo na
implementação do trabalho, dando estrutura ao desejo de uma dedicação
a educação numa perspectiva de âmbito satisfatório.
Em relação a metodologia de ensino, podemos utilizar desde
que façam do aluno o sujeito ativo da aprendizagem. Na prática
pedagógica é importante o professor ter claro a sua posição, sua
intencionalidade de agir com sabedoria e humildade.
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REFERÊNCIAS
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contabilidade. São Paulo: Atlas, 1976.
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