resumo para o vestibular da ufpr

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Aula do Pré-Vestibular Em Ação sobre a produção de resumos para o vestibular da UFPR.

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Produção de Texto

Aula 3Resumo II

Resumo II

As propostas de resumo no vestibular da UFPR

- Ocorrência: em todas as edições do vestibular, desde 1996.

- Características: dá-se um texto de opinião para ser resumido em até 10 ou 12 linhas.

- Expectativas da banca: atualmente estão bastante claras no comando da proposta e no documento em que se encontram os critérios de correção (disponível na página do NC).

Resumo II

Proposta de resumode 2013

Resumo II

Comando da proposta de resumo de 2013

Resumo II

www.nc.ufpr.br Critérios de correção da proposta de resumo em 2013

Resumo II

www.nc.ufpr.br

Resumo II

www.nc.ufpr.br

Resumo II

www.nc.ufpr.br

Resumo II

O que fazer no resumo?

- Citar título, autor e fonte.

- Incluir apenas as informações mais importantes.

- Respeitar a ordem em que as informações aparecem no texto resumido.

- Atribuir ao autor do texto resumido a responsabilidade sobre o que é dito.

- Fazer paráfrases.

Resumo II

O que não fazer no resumo?

- Deixar de identificar o texto resumido.

- Incluir detalhes, explicações, exemplos etc.

- Desrespeitar a ordem de apresentação das informações do texto resumido.

- Emitir opinião própria.

- Copiar trechos do texto resumido.

Resumo II

Procedimentos e recursos linguísticos

- Sumarização.

- Referências ao autor.

- Verbos dicendi no passado.

- Outros recursos coesivos.

Resumo II

Qual das opções abaixo é a mais adequada para as propostas de resumo da UFPR?

“O aborto deve ser descriminalizado.”

ou

“Eliane Brum defendeu a descriminalização do aborto.”

Resumo II

E se escrevermos como falamos?Adilson Alves

Questão interessantíssima levantada por um leitor: já que os brasileiros têm muita dificuldade com a ortografia, não seria melhor que todos escrevessem do jeito como falam?

Nosso apego a questões ortográficas já foi tratado mais de uma vez neste espaço e continua sendo tema para outras colunas, mas hoje pretendo apenas mostrar alguns problemas que essa proposta acarretaria.

Texto escolhido para exemplificar a produção do resumo

Resumo II

Primeiro: em nosso país vivem quase 200 milhões de brasileiros que não falam da mesma forma. Não que palavra “casa” (kaza/caza) saia “mesa” (meza), mas o fato concreto é que uma ou outra palavra vai ser pronunciada de maneira diferente, inclusive por gêmeos. Esse problema não é nada quando levamos em conta a questão dos sotaques: como transcrever a “porta” de um baiano, de um gaúcho e de um carioca? Se colocarmos a palavra no plural, a coisa piora.

Certamente nosso alfabeto não daria conta. O jeito seria apelar para o Alfabeto Fonético Internacional – mais de 100 símbolos, só entre letras e diacríticos. E mesmo assim voltaríamos ao ponto inicial: falamos de forma diferente.

Texto escolhido para exemplificar a produção do resumo

Resumo II

Segundo: todos nós que já passamos pelas classes de alfabetização precisaríamos voltar a estudar (muita gente ia ganhar dinheiro com isso). Mas tudo bem. O maior problema seriam as crianças que estão entrando agora na escola. Além de não falarem exatamente da mesma forma, não haveria professores qualificados para ensiná-las. Voltando à questão do sotaque...

Sem querer pôr barreiras a propostas como essa, ainda cabe lembrar que não falamos palavra por palavra. Uma sequência como “mas se ele for esperto” pode sair assim: maisielifoispértu.

Texto escolhido para exemplificar a produção do resumo

Resumo II

Por essas e por outras, cuido que o melhor caminho é investir maciçamente na educação básica e na qualificação dos professores, o que implica um excelente plano de carreira.

Nosso sistema de escrita é muito bom. Precisamos fazer a nossa parte.

Texto escolhido para exemplificar a produção do resumo

Resumo II

SUMARIZAÇÃO

E se escrevermos como falamos?Adilson Alves

Questão interessantíssima levantada por um leitor: já que os brasileiros têm muita dificuldade com a ortografia, não seria melhor que todos escrevessem do jeito como falam?

Nosso apego a questões ortográficas já foi tratado mais de uma vez neste espaço e continua sendo tema para outras colunas, mas hoje pretendo apenas mostrar alguns problemas que essa proposta acarretaria.

Identificação das partes mais importantes do texto. Neste slide: motivação e tese.

Resumo II

SUMARIZAÇÃO

Primeiro: em nosso país vivem quase 200 milhões de brasileiros que não falam da mesma forma. Não que palavra “casa” (kaza/caza) saia “mesa” (meza), mas o fato concreto é que uma ou outra palavra vai ser pronunciada de maneira diferente, inclusive por gêmeos. Esse problema não é nada quando levamos em conta a questão dos sotaques: como transcrever a “porta” de um baiano, de um gaúcho e de um carioca? Se colocarmos a palavra no plural, a coisa piora.

Certamente nosso alfabeto não daria conta. O jeito seria apelar para o Alfabeto Fonético Internacional – mais de 100 símbolos, só entre letras e diacríticos. E mesmo assim voltaríamos ao ponto inicial: falamos de forma diferente.

Identificação das partes mais importantes do texto. Neste slide: primeiro argumento.

Resumo II

SUMARIZAÇÃO

Segundo: todos nós que já passamos pelas classes de alfabetização precisaríamos voltar a estudar (muita gente ia ganhar dinheiro com isso). Mas tudo bem. O maior problema seriam as crianças que estão entrando agora na escola. Além de não falarem exatamente da mesma forma, não haveria professores qualificados para ensiná-las. Voltando à questão do sotaque...

Sem querer pôr barreiras a propostas como essa, ainda cabe lembrar que não falamos palavra por palavra. Uma sequência como “mas se ele for esperto” pode sair assim: maisielifoispértu.

Identificação das partes mais importantes do texto. Neste slide: segundo e terceiro argumentos.

Resumo II

SUMARIZAÇÃO

Por essas e por outras, cuido que o melhor caminho é investir maciçamente na educação básica e na qualificação dos professores, o que implica um excelente plano de carreira.

Nosso sistema de escrita é muito bom. Precisamos fazer a nossa parte.

Identificação das partes mais importantes do texto. Neste slide: conclusões.

Resumo II

RESULTADO DA SUMARIZAÇÃO

- Motivação: Questão (…) levantada por um leitor: (…) não seria melhor que todos escrevessem do jeito como falam?- Tese: (…) pretendo apenas mostrar alguns problemas que essa proposta acarretaria.- Argumento 1: Primeiro: (…) falamos de forma diferente.- Argumento 2: Segundo: todos nós que já passamos pelas classes de alfabetização precisaríamos voltar a estudar (…) O maior problema seriam as crianças que estão entrando agora na escola (…) não haveria professores qualificados para ensiná-las. - Argumento 3: (…) ainda cabe lembrar que não falamos palavra por palavra.- Conclusões: Por essas e por outras, cuido que o melhor caminho é investir maciçamente na educação básica e na qualificação dos professores, (…) Nosso sistema de escrita é muito bom. Precisamos fazer a nossa parte.

Resumo II

PARÁFRASES

A ideia, trazida por um leitor, de se escrever como se fala é problemática. As razões são o fato de as pessoas falarem de forma diferente umas das outras, de grandes esforços de “realfabetização” e recapacitação docente passarem a ser necessários e, além disso, de haver a dificuldade em se segmentar a cadeia da fala. Nosso sistema ortográfico é bom: devemos apenas garantir que todos tenham uma educação que lhes permita o aprendizado dessa ferramenta.

As ideias selecionadas na sumarização agora são expostas com outras palavras (paráfrase).

Neste momento, já temos um novo texto, produzido a partir de um processo de síntese e paráfrase do texto anterior. Porém, ainda não temos um resumo nos moldes do que se espera do candidato no vestibular da UFPR.

Resumo II

IDENTIFICAÇÃO DO TEXTO

Título: E se escrevermos como falamos?Autor: Adilson AlvesFonte: Gazeta do Povo

REFERÊNCIA AO AUTOR

Adilson AlvesAlvesO autorO colunista

VERBOS DICENDI

apontar – definir – descrever – elencar – enumerar – classificar – caracterizar exemplificar – dar exemplos – contrapor – confrontar – comparar – opor

diferenciar – desenvolver – finalizar – concluir – pensar – julgar – afirmar – negar questionar – criticar – descrever – relatar – comprovar – defender

argumentar – justificar – apresentar – mostrar – tratar abordar – esclarecer – sugerir

O professorEle Elipse

Neste slide, apresentam-se elementos que deverão estar presentes na versão final do resumo: os de identificação (título, autor e fonte) e os de atribuição de responsabilidade (referências ao autor e verbos dicendi).

Resumo II

ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE AO AUTOR

No texto "E se escrevermos como falamos?", publicado na Gazeta do Povo, o colunista Adilson Alves discutiu uma questão de um de seus leitores, relacionada às vantagens de se escrever como se fala. Alves defendeu a ideia de que tal proposta é problemática. Argumentou que as pessoas falam de forma diferente umas das outras, que seriam necessários grandes esforços de “realfabetização” e recapacitação docente e que haveria, além disso, dificuldades em se segmentar a cadeia da fala. O colunista afirmou que nosso sistema ortográfico é bom e que deve-se apenas garantir a todos uma educação que lhes permita o aprendizado dessa ferramenta.

Neste slide, foram combinados a paráfrase das ideias principais e os elementos de identificação e atribuição de responsabilidade.

Há ainda como aperfeiçoar e enriquecer o texto, utilizando outros recursivos coesivos.

Resumo II

OUTROS RECURSOS COESIVOS

No texto "E se escrevermos como falamos?", publicado na Gazeta do Povo, o colunista Adilson Alves discutiu uma questão de um de seus leitores, relacionada às vantagens de se escrever como se fala. Alves defendeu a ideia de que tal proposta é problemática, primeiramente pelo fato de as pessoas falarem de forma diferente umas das outras e, em seguida, porque seriam necessários grandes esforços de “realfabetização” e recapacitação docente, além da dificuldade em se segmentar a cadeia da fala. Por fim, o colunista afirmou que nosso sistema ortográfico é bom e que deve-se apenas garantir a todos uma educação que lhes permita o aprendizado dessa ferramenta.

Neste slide temos, enfim, uma versão satisfatória de resumo do texto “E se escrevermos como falamos?”, de acordo com o que se esperaria dos candidatos no vestibular na UFPR. Outros recursos coesivos foram introduzidos, aperfeiçoando a “costura” do texto.

Obrigado!

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