resumo dos maias
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Resumo “OS MAIAS”
Cap.I
Apresentação do Ramalhete, casa de residência, em Lisboa, de Afonso da Maia
e seu neto, Carlos da Maia. (p. 5)
Apresentação da família Maia com destaque para a caraterização física e
psicológica de Afonso da Maia. (p. 6 e seguintes)
Exílio de Afonso da Maia por ser partidário das ideias liberais. (p. 14)
Casamento de Afonso da Maia com D. Maria Eduarda Runa, uma mulher
conservadora e com ideais opostos aos do marido. (p. 15)
Nascimento de Pedro da Maia. (p. 15)
Educação de Pedro da Maia - modelo educacional imposto pela mãe e contrário
aos valores de Afonso da Maia. (p. 17 e seguintes)
Morte de D. Maria Eduarda Runa. (p. 21)
Depois de um período de lágrimas e lamúrias, Pedro entrega-se a uma vida
dissoluta, até encontrar a mulher com quem virá a casar-se. (p. 21 e
seguintes)
Cap.2
Partida de Pedro e Maria Monforte para Itália, onde tencionam passar o Inverno
«numa felicidade de novela». (p. 32)
Maria Monforte, enfastiada de Roma, suspira por Paris e deseja «gozarem ali
um lindo Inverno de amor!». (p. 32)
Gravidez de Maria e regresso a Lisboa. (p. 33)
Pedro da Maia, antes de regressar, escreve uma carta comovida ao pai, Afonso
da Maia, informando-o da sua chegada e dando-lhe a notícia de que iria ter um
neto, pensando com isto mudar a atitude do pai relativamente a Maria Monforte, o
que não virá a acontecer. (p. 33)
Chegada a Lisboa. Ida de Pedro a Benfica, onde era suposto encontrar o pai, o
qual, para não se encontrar com Pedro e Maria Monforte, tinha partido para a
quinta de Santa Olávia. (p. 34)
Nascimento da filha, Maria Eduarda – Pedro, que continua magoado com a
atitude do pai, não o informa do nascimento da neta. (p. 34)
Pedro, ferido com a posição tomada pelo pai, tenta esquecê-lo e fixa-se com
Maria em Arroios, onde ambos se entregam a uma vida social bastante intensa,
promovendo festas atrás de festas, as quais, segundo Alencar, o poeta que se
tornara íntimo da casa, “tinham um saborzinho de orgia distinguée como os
poemas de Byron” (p. 35 e seguintes)
Nascimento de Carlos Eduardo da Maia. Nova tentativa de reconciliação de
Pedro com o pai. (p. 38)
Tancredo, o napolitano, começa a frequentar os serões na casa de Arroios (p.
39)
Numa caçada, Pedro fere, inadvertidamente, o Tancredo, trazendo-o para a sua
casa de Arroios, para que recuperasse dos ferimentos sofridos. (p. 39 e seguintes)
Fuga de Maria com Tancredo. Maria leva com ela a filha. (p. 44)
Ida de Pedro a casa do pai (em Benfica), levando o filho consigo. (p. 44)
Depois de uma conversa com o pai, pondo-o ao corrente do sucedido e
reconhecendo o seu erro por não lhe ter dado ouvidos, Pedro suicida-se. (p. 44 e
seguintes)
Partida de Afonso da Maia com o neto para a quinta de Santa Olávia. Todos os
criados o acompanham. (p. 52)
Cap.3
Alguns anos mais tarde, Vilaça, procurador dos Maias, vai, nas vésperas da
Páscoa, a Santa Olávia. (p. 53)
Caraterização de Carlos, enquanto criança. (p. 54)
Mr. Brown é o precetor de Carlos da Maia, que é educado segundo o modelo
inglês. (p. 56 e seguintes)
O abade Custódio, os criados e os frequentadores da quinta de Santa Olávia
criticam o tipo de educação que é ministrada a Carlos. (p. 63 e seguintes)
Diferentemente da rigidez com que Carlos é educado, Eusebiozinho recebe uma
educação tipicamente à portuguesa. (p. 68 e seguintes)
Vilaça traz notícias de Maria Monforte, notícias que lhe foram transmitidas pelo
Alencar. (pp. 78-79)
História de Maria Monforte, agora Madame de l'Estorade. (p. 80)
Tentativas, por parte de Afonso da Maia, de localizar a neta – Maria Eduarda, filha
de Pedro da Maia e Maria Monforte. (p. 81 e seguintes)
Afonso da Maia confirma ao neto de que seu pai, num momento de loucura, se
tinha suicidado. (pp.82-83)
O primo de Afonso da Maia, André de Noronha, envia-lhe notícias de Maria
Monforte, agora na Alemanha. (p. 84)
Vilaça morre de apoplexia e deixa ao filho, Manuel Vilaça, a procuradoria da casa
dos Maias. (p. 85)
Carlos entra na Faculdade de Medicina em Coimbra. (p. 85)
Cap.4
Carlos encontra-se em Coimbra matriculado em Medicina. (pp. 87-88)
Carlos habita uma linda casa em Celas, Coimbra. (p. 89)
Teresinha e Eusebiozinho – sua situação na adolescência (p. 91)
Início da relação de amizade entre Carlos e João da Ega, que cursava Direito.
(pp. 92-93)
Vida boémia de Carlos em Coimbra, onde mantém sucessivamente relações com
a mulher de um empregado do Governo Civil (a Hemengarda) e com a espanhola
Encarnacion, a sua grande “topada sentimental”. (pp. 93-94)
Festa da formatura de Carlos, em Celas. (p. 95)
Partida de Carlos para uma longa viagem pela Europa, durante um ano. A sua
vida sentimental continua efervescente e inconstante. Mantém relações com a
coronela de hussardos em Viena e com Madame Rughel (p. 96 – Ver também cap.
VI, p. 151).
Chegada de Carlos a Lisboa, no outono de 1875, instalando-se no Ramalhete. (p.
96)
Projetos grandiosos de Carlos – montar um consultório luxuoso e um laboratório
ultramoderno. Esses grandiosos projetos revelam-se, contudo, pouco funcionais,
devido à vida ociosa de um Carlos dândi e diletante. (p. 97 e seguintes)
Ega, exuberante e feliz, visita Carlos e anuncia-lhe a publicação do seu
livro Memórias de um Átomo. Dandismo e diletantismo de ambos. (p. 104 e
seguintes)
A “flirtation de praia” entre Ega e a mulher do Cohen. (p. 106)
Craft e os frequentadores habituais do Ramalhete. (p. 106 e seguintes)
Crítica à situação social e política de Portugal: alude-se à “importação” que
caracteriza o país - «Leis, ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas, ciências,
estilo, indústrias, modas, maneiras, pilhérias, tudo nos vem em caixotes pelo
paquete.» (p. 109)
Cap.5
Serões no Ramalhete: Afonso da Maia e os seus amigos jogam whist e bilhar. Habituais frequentadores do Ramalhete: D. Diogo, general Sequeira, Vilaça, Cruges, marquês Silveirinha (o Eusebiozinho de Santa Olávia) e o conde Steinbroken. (p. 113 e seguintes)
Crítica à política, à administração pública, à sociedade, em geral. (p. 12)
Carlos visita e recebe os seus primeiros doentes. (p. 128-129)
Carlos, enquanto diletante, desinteressa-se do seu laboratório. (p. 128 e seguintes)
Idílio do Ega com a mulher do Cohen. (p. 129)
Caraterização da Raquel Cohen e transformação que ela opera em Ega (p. 130
e seguintes)
João da Ega lê entusiasticamente a Carlos um episódio das Memórias de um
Átomo intitulado «A Hebreia» - nítida alusão a Raquel Cohen. (p. 132-134)
Ega propõe a Carlos ser apresentado aos Gouvarinhos (“vamo-nos
gouvarinhar.”), que desejavam conhecê-lo, especialmente a condessa. (p. 135)
Caraterização da condessa de Gouvarinho (p. 135, 142-143) e do seu marido (p.
139)
Crítica ao jornalismo. (p. 138)
Carlos conhece os Gouvarinhos numa soirée em S. Carlos. (p. 141-144)
Cap.6
Carlos visita de surpresa a Vila Balzac, a casa onde Ega se instala para se
encontrar com Raquel Cohen – descrição da casa, com particular destaque para o
quarto. (pp. 145-149)
Carlos não fica muito entusiasmado com a condessa de Gouvarinho. (p. 150)
Carlos sente-se falhado no amor (p. 151)
Ega fala no determinismo no amor. (p. 152)
Através de Ega, Carlos conhece Craft, que tinha uma rica casa em Olivais, um
“sublime bricabraque” – sua descrição. (pp. 153-154)
Ega, para homenagear Cohen, dá um jantar no Hotel Central. (pp. 154-155) Carlos, ao dirigir-se para o jantar, vê no peristilo do Hotel Central, uma
senhora muito elegante, «maravilhosamente bem feita» e «com um passo
soberano de deusa» – primeira visão dos Castro Gomes, família que Dâmaso
Salcede, o do “chique a valer”, já conhecia de Paris e que tinha acabado de
chegar a Lisboa, vinda de Bordéus. (pp.156-158)
Primeira referência a Guimarães, tio de Dâmaso Salcede – Mr. Guimaran,
como é conhecido em Paris. (p.158)
Caraterização de Alencar. (p.159 e seguintes)
Alencar defendia o Romantismo e Ega o Naturalismo – discussão acérrima entre
os dois. (p. 162 e seguintes)
No jantar discute-se criticamente, para além da literatura (Romantismo e
Naturalismo), a política, as finanças, a arte e a crítica literária. (p. 165 e seguintes)
Perdido o seu poder argumentativo, Tomás de Alencar recorre à calúnia, à
linguagem de baixo nível, chamando "caloteiro" a Simão Craveiro, um poeta realista
("poesia moderna") e "porca" e "meretriz de doze vinténs emMarco de Canaveses!"
(pp. 172 e 174)
Tomás de Alencar fala, depois, com nostalgia, do passado feliz e aproveita para
fazer, mais uma vez, crítica política. (pp. 178-180)
No seu quarto, “estirado numa chaise-longue”, Carlos evoca a história dos seus
pais que lhe tinha sido contada por Ega e confirmada pelo avô. (pp. 182-184)
“Num meio adormecimento”, Carlos visualiza a deslumbrante mulher que vira no
peristilo do Hotel Central. (pp. 184-185)
Cap.7
Craft torna-se íntimo no Ramalhete. (p. 186)
Caraterização de Dâmaso Salcede (caricatura), com saliência para o seu
carácter fanfarrão e bajulador. (p 187 e seguintes)
Dâmaso quer, a todo o custo, ser amigo de Carlos. Passa a imitá-lo “com uma
minuciosidade inquieta”. (p 192 e seguintes)
Ega pede dinheiro a Carlos para pagar dívidas, sobretudo uma à “ascorosa
lombriga e imunda osga”, que era o Eusebiozinho. (pp.195-196)
Ega fala da condessa de Gouvarinho e da paixão que ela nutre por Carlos. (pp.
196-197)
Anúncio do baile de máscaras em casa dos Cohens, no aniversário de Raquel.
(p. 197 e seguintes)
Carlos encontra no Aterro a senhora que vira no peristilo do Hotel Central. Os
olhos de ambos fixam-se profundamente. (pp. 202-205)
A condessa de Gouvarinho vai ao consultório de Carlos sob pretexto de o filho
estar doente, mas o que a move é o interesse que tinha em se encontrar com
Carlos. Entre eles gera-se uma relação tórrida. (p.205-211)
Dâmaso desaparece do convívio do Ramalhete para acompanhar os Castro
Gomes a Sintra. (p. 211)
Taveira diz a Carlos que Dâmaso tinha ido para Sintra com os Castro Gomes.
(pp. 211-212)
Artigo de Ega sobre os Cohens na “Gazeta Ilustrada”. (pp.212-213)
Carlos convida Cruges a acompanhá-lo a Sintra, no intuito de ver a senhora que
encontrara no Aterro. (pp. 216-217)
Cap.8
Carlos parte para Sintra, na companhia de Cruges, com a intenção de se
encontrar com a senhora que vira no Hotel Central. (p. 218)
Carlos pensa e reflecte sobre os motivos que o levaram a Sintra: «mas havia
duas semanas que ele não avistara certa figura que tinha um passo de deusa
pisando a Terra, e que não encontrava o negro profundo de dois olhos que se
tinham fixado nos seus». (p. 222)
Inicialmente Carlos pensara alojar-se no Lawrence, mas decide repentinamente
ir para o Nunes. (pp. 223- 224)
Carlos encontra, no Nunes, Eusebiozinho, com duas espanholas. Eusebiozinho
apresenta-lhe o seu amigo Palma. (pp. 225- 226)
Passeio de Carlos e Cruges, com intuito de encontrarem a senhora do Hotel
Central. (p. 231)
Encontro com Alencar. (p. 234)
Ida dos três a Seteais. (p. 235)
Carlos sabe por meio de um criado do Lawrence que os Castro Gomes haviam
já partido para Mafra e que depois iriam para Lisboa. (p. 243)
Desapontamento e desilusão de Carlos – «Sintra, de repente, pareceu-lhe
intoleravelmente deserta e triste». (p. 243)
Regresso de Carlos a Lisboa com Cruges e Alencar. (p. 250)
Cruges esquecera-se das queijadas que prometera à mãe aquando da partida
para Sintra. (p. 251)
Cap.9
Soirée dos Cohens. (p. 252)
Carlos recebe um convite do Gouvarinho para jantar. (p. 254)
Dâmaso pede a Carlos para fazer uma visita médica à filha dos Castro Gomes
que se encontrava doente. Os Castro Gomes tinham partido para Queluz. (p. 257)
Contacto de Carlos com a intimidade da mulher que ama, apesar da sua
ausência. (p. 260)
Dâmaso tenciona ter um romance com a mulher de Castro Gomes logo que ele
parta para o Brasil. (p. 266)
Chegada de Ega a casa de Carlos, mascarado de Mefistófeles. Desesperado e
ultrajado, conta a Carlos que tinha sido «posto na rua» pelo Cohen. (p. 269)
Intenção de Ega em desafiar Cohen para um duelo. (p. 269)
Carlos e Craft tentam acalmar e aconselhar Ega. (p. 270)
Os três amigos aguardam na vila Balzac o possível desafio de Cohen; todavia,
quem chega é a Sra. Adélia, criada e confidente de Raquel que os informa da
partida dos Cohens para Inglaterra após se terem reconciliado. (p. 282)
Fim do romance entre Ega e Raquel Cohen. (p. 290)
Partida de Ega para Celorico. (p. 290)
Carlos continua apaixonado pela mulher de Castro Gomes, no entanto não quer
pedir a Dâmaso que a apresente. (p. 292)
Carlos vai lanchar a casa dos Gouvarinhos. (p. 293)
Carlos beija a condessa de Gouvarinho “junto do busto” do conde. (p. 297)
Cap.10
As relações entre Carlos e a condessa de Gouvarinho duram já há três semanas
(p. 300), mas Carlos começa agora a pensar como desembaraçar-se dela. (p. 301)
Ega encontra-se em Celorico e andava a escrever uma comédia que se deveria
chamar "O Lodaçal". (p. 303)
Carlos continua a ver a mulher de Castro Gomes e decide pedir a Dâmaso que
lha apresente, o que não vem a acontecer. (p. 304)
Corridas no hipódromo de Belém. (p. 307)
Carlos aposta no cavalo “Vladimiro”, para espanto de todos (p. 333), e ganha.
(p. 336)
Dâmaso informa Carlos de que Castro Gomes partira para o Brasil. (p. 338)
Carlos recebe um bilhete de Maria Eduarda, pedindo-lhe para, no dia seguinte,
ir visitar uma pessoa de família que se encontrava doente. (p. 343)
Cap.11
Carlos visita Madame Gomes, cuja casa se situava na rua de S. Francisco. (p.
345)
Carlos ouve pela primeira vez o nome da mulher de Castro Gomes: Maria
Eduarda. (p. 346)
Carlos observa Miss Sara e diagnostica-lhe uma “bronquite ligeira”, que “Em
todo o caso necessitava resguardo, toda a cautela...”. (p. 352)
Início do namoro entre Carlos e Maria Eduarda. (p. 352)
Carlos visita diariamente Maria Eduarda. (p. 357)
Carlos desloca-se a Santa Apolónia e encontra o Gouvarinho que ia com a
mulher para o Porto. Carlos libertava-se, assim, «de um incómodo compromisso».
Entretanto, Dâmaso ia a Penafiel para o funeral de um tio, o irmão de Guimarães.
(p. 361)
Dâmaso e Carlos encontram-se em casa de Maria Eduarda. (p. 373)
Ega escreve a Carlos anunciando-lhe a sua chegada a Lisboa. (p. 380)
Regresso dos Cohen a Lisboa, vindos de Southampton. (p. 380)
Cap.12
Ega regressa a Lisboa e instala-se no Ramalhete. (p. 380)
No comboio, a condessa convidou Ega e Carlos a jantarem na segunda-feira. (p.
382)
Ega abandona a comédia "O Lodaçal" e tencionar continuar as "Memórias de
um Átomo". (p. 383)
Afonso da Maia critica a ociosidade de Carlos e de Ega. (p. 385)
Dâmaso, em tom difamatório, informa Ega da relação amorosa de Carlos com
Maria Eduarda. (p. 386)
Ega e Carlos vão jantar a casa dos Gouvarinhos onde está Sousa Neto, oficial
superior da Instrução Pública. (p. 387)
A Condessa, asperamente, acusa Carlos de a trocar pela “brasileira”. (p. 389)
A Gouvarinho combina um novo encontro com Carlos, em casa da “titi”. (p. 401)
Esse “encontro” acaba por acontecer na manhã seguinte. (p. 403)
Carlos frequenta a casa de Maria Eduarda. (p. 403)
Dâmaso vai à Rua de S. Francisco, mas Maria Eduarda recusa recebê-lo. (p.
406)
Carlos declara-se a Maria Eduarda. (p. 409
Carlos aluga a Craft uma casa, nos Olivais, para aí alojar Maria Eduarda (p.
413), depois de esta lhe ter expressado o seu desejo de viver num “cottage”
tranquilo e discreto. (p. 406)
Carlos confidencia os seus amores a Ega. (p. 417)
Cap.13
Ega espera ansiosamente uma carta de Raquel Cohen. Entretanto, cruza-se
com o marido dela na Rua do Ouro. (p. 420)
Carlos recebe uma carta da Gouvarinho a acusá-lo de faltar ao rendez-vous em
casa da titi. (p. 421)
Ega critica o comportamento hipócrita da condessa de Gouvarinho e incita
Carlos a não responder à carta que ela lhe endereçou e a acabar de uma vez por
todas com esse romance. (p. 421)
Ega e Alencar informam Carlos da infâmia de Dâmaso contra ele e Maria
Eduarda. (pp. 421 e 424)
Carlos encontra no Chiado o Gouvarinho, o Cohen e o Dâmaso e ameaça este
último de lhe arrancar as orelhas no caso de continuar a difamá-lo. (p. 426)
Carlos e Maria Eduarda visitam a casa (p. 429) que alugaram a Craft, a “Toca”
(p. 433)
Descrição do quarto (p. 433) onde se dá a consumação do incesto inconsciente.
(p. 438)
Festa dos anos de Afonso da Maia. (p. 438)
O marquês alude aos amores entre Dâmaso e Raquel. (p. 440)
A condessa de Gouvarinho aparece numa tipóia, às 9 horas da noite, para
conversar com Carlos, numa última tentativa de continuar a manter uma relação
com Carlos (p. 442), mas dá-se a ruptura sentimental entre os dois. (p. 446)
Cap.14
Partida de Afonso da Maia para Santa Olávia no dia em que Carlos instalara,
nos Olivais, Maria Eduarda. (p. 447)
Partida de Ega para Sintra deixando uma carta a Carlos. (p. 447)
Taveira adverte Carlos sobre as intenções do Dâmaso. (p. 448)
Os Cohen também foram para Sintra passar o Verão. (p. 450)
Alencar refere-se, de novo, ao tio de Dâmaso, o Guimarães. (p. 450)
Carlos e Maria Eduarda continuam no seu idílio amoroso e projectam uma
viagem a Itália nos fins de Outubro. (pp. 451- 458)
Carlos surpreende Miss Sara deitada na relva, numa noite de amor com um
homem que parecia um jornaleiro... e fica, hipocritamente, escandalizado!... (p.
461)
Craft, ao regressar de Santa Olávia, diz a Carlos que o avô está muito
desgostoso por ele ainda não o ter visitado. (p. 465)
Para tentar remediar a situação, Carlos decide ir a Santa Olávia. No dia da
partida, Maria Eduarda visita o Ramalhete. (p. 467) Ega, de regresso de Sintra, dirige-se ao Ramalhete, onde encontra Carlos e
Maria Eduarda. (p. 472)
Castro Gomes, vindo do Rio de Janeiro, visita o Ramalhete e mostra a Carlos
uma carta anónima, na qual lhe relatam os amores de Carlos e de Maria Eduarda.
Então, informa o protagonista da intriga de que Maria Eduarda não é sua mulher
(pp. 479-481).
Castro Gomes esclarece ainda Carlos que Maria Eduarda é, afinal, Mme. Mac
Gren e, para que não restassem dúvidas, Rosa não era sua filha. (p. 482)
Carlos fica profundamente abalado e humilhado com esta revelação e conclui
que a mulher por quem estava apaixonado não passava de uma «cocotte». (p. 483)
Depois, desabafa com Ega acerca desta situação. (p. 485)
Por fim, vai a casa de Maria Eduarda com a intenção de lhe remeter um cheque
e de se despedir com palavras frias. (p. 487)
No caminho para os Olivais, encontra a criada de Maria Eduarda que lhe diz que
Castro Gomes tinha estado com a senhora e que ela ficara muito transtornada. (p.
493)
Maria Eduarda, em tom justificativo e explicativo, fala a Carlos do seu passado -
analepse. (p. 496)
Após esta conversa, Carlos que inicialmente recriminava Maria, fica comovido
e convence-se de que ela não era a mulher vulgar que imaginara ainda há
pouco e acaba por pedi-la em casamento. (p. 502)
Cap.15
Maria Eduarda conta a Carlos todo o seu passado (analepse): nascera em
Viena; não sabia nada do pai, apenas que era nobre e belo; tinha uma irmã que
morrera; lembrava-se do avô que lhe contava histórias de navios; foi educada num
colégio de freiras; recorda a vida da mãe (pouco edificante e com vários amantes);
juntou-se com Mac Gren, um irlandês que morrera na guerra, e de quem tem uma
filha – Rose; vida difícil para Maria Eduarda, a mãe e a filha; regresso a Paris, onde
Maria Eduarda, sem amor, se junta a Castro Gomes. (pp.506 - 515)
Carlos conta a Ega a história de Maria Eduarda e sente-se apreensivo por saber
que o avô nunca irá compreender o passado dela. (pp. 515 - 516)
Ega sugere que Carlos case apenas com Maria Eduarda após a morte do avô.
(p. 517)
Jantar na "Toca" com Ega e o maestro. (p. 519, 524)
Apresentação do marquês de Sousela a Maria Eduarda, ou melhor, a Madame
Mac Gren. (p. 525)
A pedido de Maria, Carlos recomeça a sua atividade literária, compondo artigos
de medicina para a Gazeta Médica e rascunhos para o seu livro Medicina Antiga e
Moderna. (p. 528)
Palma Cavalão publicara, a mando de Dâmaso, na "Corneta do Diabo", um
artigo difamatório contra Carlos em que aludia, num tom infame e em calão, aos
seus amores com Maria Eduarda. (p. 530)
Ega informa Carlos de que, mediante o pagamento de quinze libras, comprou
toda a tiragem do "Corneta do Diabo", com excepção de dois números, um para a
"Toca" e outro para o Paço. (p. 539)
Ega vai falar com o Palma e propõe-lhe que, também a troco de dinheiro,
identifique a pessoa que lhe encomendou o artigo difamatório contra Carlos e lhe
forneça as respetivas provas. (p. 539)
Carlos envia Ega e Cruges a casa do Dâmaso a desafiá-lo ou para um duelo ou
a retratar-se. (p. 544)
Ega vai a casa de Dâmaso, casa que tem uma decoração espampanante,
contrastante com a baixeza moral do seu proprietário. Com efeito, “apertado” por
Ega e por Cruges, Dâmaso opta, cobardemente, por assinar uma carta, redigida
pelo próprio Ega, afirmando que tudo o que fizera publicar na "Corneta" sobre
Carlos e Maria Eduarda fora invenção falsa e gratuita e se devia a um estado de
embriaguez, um hábito hereditário. (p. 556)
Afonso da Maia regressa de Santa Olávia e Carlos e Ega contam-lhe o episódio
comprometedor de Dâmaso, omitindo-lhe os amores de Carlos. (p. 565)
A carta de Dâmaso é publicada no jornal "A Tarde", a troco de dinheiro. (p. 571)
Cap.16
Ega vai jantar à Rua de S. Francisco com Carlos e Maria Eduarda. (p. 582)
A instâncias de Ega, Carlos vai ao sarau de beneficência, em favor das vítimas
das cheias, no Teatro da Trindade. No sarau intervêm: Rufino, que fala da caridade
e do progresso, recorrendo a imagens pouco originais, num registo inflamado e
apelando à emoção e à sensibilidade do público; Alencar, que recita uma poesia
intitulada «A Democracia»; e Cruges, que toca a "Sonata Patética", de Beethoven
(p. 585), apelidada pela marquesa de Soutal, umas páginas mais à frente, de
"Sonata Pateta", numa demonstração de ignorância crassa e de desprezo pela arte,
muito comum na burguesia lisboeta oitocentista e, por extensão, em toda a
sociedade portuguesa. (p. 596)
Guimarães, tio do Dâmaso, pede a Alencar para ser apresentado a Ega por se
sentir atingido com o teor da carta que Ega redigira e onde Dâmaso declarava ter
sido coagido a assiná-la. (pp. 591 - 593)
O intuito de Guimarães era que Ega declarasse que não o considerava bêbado.
(p. 594)
Carlos agride Eusebiozinho por este ter participado no caso da "Corneta do
Diabo". (p. 605)
Guimarães confia a Ega - por saber que é íntimo de Carlos - um cofre que
continha papéis importantes e que lhe tinha sido confiado, em Paris, pela mãe de
Carlos, antes de morrer. Ega fica surpreendido e intrigado quando Guimarães, que
estava de partida, lhe pede para entregar o cofre ou a Carlos ou à irmã. (p. 615)
Perante a estupefação de Ega, Guimarães revela-lhe que Maria Eduarda era
irmã de Carlos, pensando que Ega estava ao corrente desta situação. (p. 616)
O que Guimarães relata a Ega, acerca de Maria Eduarda, coincide com a
história que esta contara a Carlos. (p. 617)
Ega, horrorizado, dirige-se com o cofre ao Ramalhete e resolve pôr Vilaça ao
corrente desta situação, pedindo-lhe para ser ele a dar a notícia a Carlos. (p. 625)
Cap.17
Ega procura Vilaça para lhe contar o parentesco entre Carlos e Maria Eduarda e
lhe entregar o cofre. (p. 631)
Ega leu um documento do cofre, assinado por Maria Monforte da Maia, em que
esta declarava que Maria Eduarda era filha de seu marido, Pedro da Maia, e nora
de Afonso da Maia. (p. 636)
Vilaça entrega a Carlos os papéis do cofre. (p. 640)
Carlos vai pedir explicações a Ega que lhe conta pormenorizadamente a
conversa que tinha tido com Guimarães. (p. 641)
Carlos conta ao avô as terríveis revelações, esperançado de que ele soubesse
alguma coisa que pudesse desmentir o que lhe tinha sido contado. (p. 644)
Afonso da Maia diz a Ega que conhecia a paixão e os amores entre Carlos e
Maria Eduarda. (p. 646)
Carlos dirige-se a casa de Maria Eduarda para esclarecer a situação em que se
encontra; todavia não consegue fazê-lo. Dominado pela paixão e atracção física,
dorme com ela, agora plenamente consciente do incesto. (p. 658)
Carlos regressa ao Ramalhete, vindo de casa de Maria Eduarda e encontra o
avô cujos olhos esgazeados e cheios de horror o fixam profundamente lendo o seu
segredo. No dia seguinte, Afonso da Maia morre. (pp. 667-669) Carlos parte para Santa Olávia. (p. 679)
Ega revela a Maria Eduarda o sucedido, pede-lhe que parta para Paris e dá-lhe
dinheiro e a carta da mãe onde se revelava o segredo. (pp. 681-684)
Partida de Maria Eduarda para Paris e de Ega para o Norte. Apanham os dois o
mesmo comboio e despedem-se no Entroncamento, onde Ega vê Maria Eduarda
pela última vez. (p. 686)
Cap.18
A "Gazeta Ilustrada" noticia, na sua coluna do High Life, a viagem de Carlos e de João da Ega. (p. 688)
Passado ano e meio, Ega regressa a Lisboa e anuncia o seu novo livro
– Jornadas da Ásia. (p. 689)
Nos finais de 1886, Carlos escreve a Ega dizendo-lhe que virá a Portugal, após
uma ausência de quase dez anos. (p. 690)
Em Janeiro de 1887, Carlos e Ega almoçam no Hotel Bragança. (p. 690)
Ambos passeiam por Lisboa e comentam a estagnação, a indolência, a
decadência e a ociosidade em que continua mergulhado o país. (p. 697)
Visitam ambos o Ramalhete e comentam o casamento de Maria Eduarda com o
fidalgo francês Mr. Trelain. (p. 710)
Ambos explanam a sua filosofia e teoria da vida: nada desejar e nada recear e
comentam que falharam a vida, isto é: «falha-se sempre na realidade aquela vida
que se planeou com a imaginação». (p. 715)
Ambos desatam a correr para apanhar o americano que, entretanto, viram ao
longe, no escuro, com a sua lanterna vermelha. (p. 716)
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