ressonância magnética nuclear (rmn) 1940 ecos, imagens e computação quântica 19802000

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Ressonância Magnética Nuclear (RMN)

1940

Ecos, Imagens e Computação Quântica

1980 2000

Sumário

• Fundamentos de RMN

– Pulsos

– Ecos

– Espectroscopia

• Formação de Imagens

– Tomografia por RMN

– Técnicas de contraste

• Computação Quântica

– Fundamentos

– Algoritmos quânticos

– Implementação via RMN

( / )N l s sk

k

Z

sp kk

Z

sn kk Z

A

g g

1 1 1

Z

kkk

1

sl

Momento de dipolo magnético nuclear

I

III

2// )1(II

Nuclídeo Abundância Natural (%)

I (múltiplos de N)

Q (barns)

1H 99,99 1/2 2,7928 0

13C 1,11 1/2 0,7024 0

14N 99,63 1 0,4036 0,01

15N 0,37 1/2 0,2831 0

19F 100 1/2 2,6287 0

27Al 100 5/2 3,6414 0,150

29Si 4,70 1/2 0,5553 0

31P 100 1/2 1,1317 0

55Mn 100 5/2 3,4680 0,400

59Co 100 7/2 4,6490 0,400

155Gd 14,73 3/2 0,2700 1,300

157Gd 15,68 3/2 0,3600 1,500

Alguns núcleos de interesse para RMN

Fundamentos de RMN

Núcleo atômico na presença de um campo magnético estático:

0B

0BL

I gmr

L

mgr

Paramagnetismo nuclear

)/(e kTL

n

n

LmBmBE

00

kT

BN

3M 0

2

0

L

Equilíbrio Saturação

Absorção

Equilíbrio

Relaxação

Transições de spin nuclear

)(2

x2

12

Lmnnm nmBPP IProbabilidade de transição:

Excitação do sistema de spins

B0 ~ 1T

xtBB ˆ)cos2( 11

zBB ˆ00

fL ~ 43 MHz (1H)

fL ~ 28 GHz (elétron)

campo de RF (B1~10G)

Condição de ressonância

xtBB ˆ)cos2( 11

ytixtBB ˆ)(senˆ)(cos11 ytixtBB ˆ)(senˆ)(cos11

L

M0

z

FIG.4

B1

M0Z

FIG.3

FIG.5

M0

B1

y

x

z

B0Direction ofrotation of M0about B1

Efeitos do campo de RF sobre a magnetização

Sistema girante de coordenadas

z

xBzB Lef ˆˆ)( 11

x

z

yB1

M0

x

z

yB1

M0

x

z

yB1

Mxy < M0

M0

Mxy

Mxy = 0Mxy = M0

Mxy

180o90o

FIG.6

b) c)a)

t

Pulsos de RF

Pulso /2 Pulso Pulso

Controle

Duração ( ~ s)

Fase

Amplitude ( ~ 10-3T)

L

fL

Detecção do sinal de RMN

FID = decaimeno livre de indução

Transformada de Fourier

FID Espectro

fL

Método da transformada de Fourier

Espectros de RMN de 1H - etanol

CH3CH2OH

Packard et al. (1951)

Deslocamento químico

0)~1( BBloc

Interações de spin nuclear

Deslocamento químico: Termo isotrópico parte anisotrópica

Interação dipolar direta: Homonuclear ou heteronuclear.

Acoplamento escalar (J): Termo isotrópico.

Interação quadrupolar: I > 1/2.

Mx, My 0xy

Mz = 0

xy

x y

Mz < M0

Mx, My = 0 x y

Mz = M0

Lx y

Mz = M0

Relaxação do sistema de spins

Relaxação do sistema de spins

Relaxação longitudinal (T1):

• Trocas de energia entre spins e “rede”.

• Existência de campos flutuantes com freqüências ~ L.

• Restauração do equilíbrio térmico.

Relaxação transversal (T2):

• Perda de coerência entre os spins no plano transversal.

• Distribuições de freqüências de precessão.

• Interações entre os spins.

Líquidos: T1 T2

Sólidos: T1 >> T2

T1 T2

Técnica dos ecos de spin (“spin-echo”)

Hahn (1950)

Formação de imagens por RMN

Utilização de gradientes de campo magnético:

Discriminação espacial

de freqüências.

Distribuição de

densidade de prótons.

Excitação seletiva

Seleção de planos - tomografia

Gz

(a) seleção de um plano

Seqüência de pulsos – TF 2D

Contraste pela densidade de prótons.

Contraste por T1 (relaxação longitudinal).

Contraste por T2 (relaxação transversal).

Técnicas de contraste

T1 (s)Tumoral

T1 (s)Normal

Tórax 1,08 0,37

Pele 1,05 0,62

Fígado 0,83 0,57

Pulmão 1,11 0,79

Próstata 1,11 0,80

Ossos 1,03 0,55

Contraste por T1

Métodos: saturação/recuperação; inversão/recuperação; spin-eco

Exemplo de contraste por T1

http://mri.if.sc.usp.br

Exemplo de contraste por T1

http://mri.if.sc.usp.br

Exemplo de contraste por T2

http://mri.if.sc.usp.br

AVC

(corte transversal)

Comparação entre diferentes contrastes

Densidade T1 T2

http://mri.if.sc.usp.br

Ausência de radiações ionizantes.

Alta resolução.

Elevado contraste (densidade, T1 ou T2).

Utilização de outros núcleos (31P, 23Na).

Estudos dinâmicos (fluxo sangüíneo, batimento cardíaco).

Vantagens da tomografia por RMN

Longos tempos de duração.

Inviável para portadores de marcapassos, próteses, etc.

Efeitos biológicos dos campos de RF e gradientes.

Efeitos biológicos do campo estático (??).

Restrições

Princípios de Informação Quântica

Feynman (1980):

• Dificuldade de simular sistemas quânticos em

computadores clássicos.

• Grupo com N spins 1/2 O(2N).

• Sistemas quânticos “controlados” podem ser usados

nas simulações de outros sistemas quânticos.

• Computadores quânticos “analógicos”.

Algoritmos quânticos

Algoritmo de Deutsch (1986):

• Avaliação de funções binárias em apenas uma iteração.

Algoritmo de Shor (1994):

• Fatoração de números grandes (milhares de dígitos) em

tempo polinomial.

• N dígitos O(N2) quântico O(10N/2) clássico.

• Implicação em criptografia de sistemas de segurança.

Algoritmo de Grover (1997):

• Busca de itens em uma lista desordenada.

• N itens O(N1/2) quântico O(N/2) clássico.

Base computacional

S = 1 / 2 S = 1 / 2

“0” “0”

B B 0 0

“1” “1”

Bits “quânticos” (qubits)

Bits “clássicos”01

0

1

0 + 1

Protótipo de um qubit

(sistema de dois níveis)

Características de um computador quântico

Superposição de estados.

Operações reversíveis.

Conservação do número de qubits.

Portas lógicas operadores unitários.

Requisitos de um “candidato” a computador quântico

Sistema de dois níveis (no mínimo) para cada qubit.

Atuação sobre os qubits individualmente.

Criação de estados puros e de superposições.

Operações lógicas condicionais.

Isolamento de interações com o ambiente.

Computação quântica via RMN

Gershenfeld & Chuang (1997):

• RMN em amostras líquidas macroscópicas.

• Moléculas contendo N núcleos (I = 1/2) acoplados.

• O(1020) “computadores” em paralelo com N qubits.

• Operações unitárias sobre o ensemble.

• Preparação de estados pseudo-puros.

• Resultado das operações: espectro com amplitudes e

fases relacionadas aos estados de saída.

Descrição pela matriz densidade

Exemplo para N = 2:

Equilíbrio

térmico

Estado

pseudo-puro

Implementação de algoritmos via RMN

Preparação do estado inicial.

Realização de operações unitárias (portas lógicas).

Leitura do resultado final (espectro de RMN).

Operadores unitários

Operadores de rotação (campos de RF seletivos ou não):

Operadores de evolução temporal:

yxIieR ,)(

zloc Ihiloc ehtT ),(

Implementação com 2 núcleos (I = 1/2) acoplados

Estados pseudo-puros

Implementação de portas lógicas

Não-controlado (C-NOT) ou

Ou-Exclusivo (XOR)

Uso de núcleos quadrupolares (I > 1/2)

RMN de 23Na (I = 3/2) em cristal líquido

Experimentos em computação quântica via RMN

Algoritmo de Shor:

Vandersypen et al., Nature (2001).

7 qubits (1H e 13C).

15 = 3 5

Algoritmo de Grover:

Chuang et al., Phys. Rev. Lett. (1998).

2 qubits (molécula de clorofórmio, 1H e 13C).

Teleporte quântico:

Nielsen et al., Nature (1998).

3 qubits (1H e 13C).

Limitações

...número máximo de qubits limitado.

Tempos de coerência curtos (relaxação).

É possível criar emaranhamento (“entanglement”) em estados

pseudo-puros??

Computação quântica via RMN

Vantagens e Perspectivas

Manipulação de qubits com técnicas bem estabelecidas.

Implementação com sucesso de algoritmos em sistemas simples

(única!!).

Simulação bem sucedida de sistemas quânticos.

É possível aumentar o número de qubits...

Sci. Amer., Junho 1998

Computadores do futuro = Espectrômetros de RMN?

Bibliografia recomendada

Fundamentos de RMN:

“Principles of Magnetic Resonance”, C. P. Slichter, Springer, 1990.

Imagens por RMN:

“Novas Imagens do Corpo”, H. Panepucci et al., Ciência Hoje, Vol. 4,

no 20, pp. 46-56, 1985.

Computação Quântica:

“Quantum computing”, A. Steane, Rep. Prog. Phys., Vol. 61, pp. 117-

173, 1998.

“Computação quântica via RMN”, R. Sarthour et al.,

http://www.biblioteca.cbpf.br, Janeiro de 2002.

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