relatorio e contas de 2009 - porto de setubal
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Índice I – Relatório ............................................................................................................................................... 3
1. Sumário Executivo ................................................................................................................................. 3
1. Enquadramento ................................................................................................................................... 4
2.1 Económico ....................................................................................................................................... 4
2.2 Sectorial ........................................................................................................................................... 5
3. Actividade .............................................................................................................................................. 6
3.1 Comercial......................................................................................................................................... 6
3.2 Acções desenvolvidas .................................................................................................................... 10
4. Recursos Humanos .............................................................................................................................. 18
5. Governo da Sociedade ......................................................................................................................... 23
5.1 Missão, objectivos e políticas da empresa .................................................................................... 23
5.2 Regulamentos internos e externos ............................................................................................... 25
5.3 Transacções relevantes com entidades relacionadas ................................................................... 26
5.4 Outras transacções ........................................................................................................................ 26
5.5 Modelo de governo e membros dos orgãos sociais ...................................................................... 26
5.6 Remunerações dos membros dos orgãos sociais .......................................................................... 27
5.7. Reuniões do Conselho de Administração ..................................................................................... 30
5.8. Análise de sustentabilidade da empresa ...................................................................................... 32
5.9 Avaliação sobre o grau de cumprimento dos Princípios de Bom Governo ................................... 33
5.10 Código de Ética ............................................................................................................................ 34
6. Evolução da Taxa Média Anual de Financiamento .............................................................................. 35
7. Análise Económico-Financeira ............................................................................................................. 36
7.1 Investimentos ................................................................................................................................ 36
7.2 Análise Económico-Financeira ...................................................................................................... 40
7.3 Programa “PAGAR A TEMPO E HORAS” ........................................................................................ 48
8. Objectivos de Gestão ........................................................................................................................... 49
9. Proposta de Aplicação de Resultados .................................................................................................. 50
10. Notas Finais........................................................................................................................................ 51
II. Contas do exercício .............................................................................................................................. 52
III. Anexo ao Balanço em 31 de Dezembro de 2009 e às Demonstrações dos Resultados, por Natureza e
Funções, e à Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício então findo (em milhares de Euros) ...... 57
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Índice de Quadros Quadro 1 – Evolução da economia mundial
Quadro 2 – Principais indicadores económicos
Quadro 3 – Comércio externo por modo de transporte (volume)
Quadro 4 – Comércio externo por modo de transporte (valor)
Quadro 5 – Navios em actividade comercial
Quadro 6 – Origem e destino das mercadorias
Quadro 7 – Mercadorias por modo de acondicionamento
Quadro 8 – Principais mercadorias movimentadas
Quadro 9 – Mercadorias movimentadas por cais
Quadro 10 – Pescado transaccionado
Quadro 11 – Tráfego fluvial
Quadro 12 – Tipo de resíduos
Quadro 13 – Evolução do Efectivo de Pessoal
Quadro 14 – Saídas ocorridas em 2009
Quadro 15 – Distribuição do efectivo por funções
Quadro 16 – Distribuição do efectivo de pessoal por natureza do vínculo
Quadro 17 – Distribuição do efectivo do pessoal por escalões etários
Quadro 18 – Distribuição do efectivo do pessoal por níveis de antiguidade
Quadro 19 – Evolução do potencial de trabalho utilizado
Quadro 20 – Evolução da produtividade
Quadro 21 – Evolução da taxa de absentismo
Quadro 22 – Evolução das ausências por tipo de falta
Quadro 23 – Evolução da formação profissional
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
I – Relatório
1. Sumário Executivo Num ano marcado por uma conjuntura internacional adversa e uma redução do transporte marítimo,
o movimento de mercadorias no porto de Setúbal ressentiu-se, em especial nos primeiros cinco meses
do ano, tendo registado, a partir dessa data, uma progressiva recuperação.
Apesar disso, o segmento dos contentores continuou a sua trajectória de crescimento, registando um
aumento de 27%, com mais do dobro dos navios de contentores a escalar o porto de Setúbal em
relação ao ano anterior. Por esse motivo, a dimensão total dos navios aumentou cerca de 3%. Já na
carga fraccionada, destacou-se o aumento da movimentação de frutas, madeira e pasta de madeira.
Os granéis sólidos registaram um crescimento de 5,5%, alicerçado no aumento do movimento de
clinquer e de estilha de madeira.
Em termos comerciais, assistiu-se a uma sucessão de factos que beneficiaram o porto de Setúbal: por
um lado, a GRIMALDI reforçou as escalas em portos mediterrânicos no serviço semanal que integra o
porto de Setúbal; do mesmo modo, a SAFMARINE Portugal aumentou a oferta do serviço mensal para
vários portos africanos. Por outro, a linha regular da MAERSK de ligação a Cabo Verde, Guiné-Bissau e
Mauritânia passou a incluir o porto de Setúbal entre as suas escalas; já a linha GUIVER passou a
disponibilizar um serviço mais rápido através do aumento da frequência das escalas e melhoria dos
tempos de trânsito.
A implementação de um novo serviço de ligação ferroviária diária de contentores implementado entre
o Terminal Multiusos-Zona 2 e o Parque logístico da Bobadela, veio reforçar a competitividade do
porto na penetração no hinterland da zona Norte da Área Metropolitana de Lisboa.
Salienta-se ainda a importância da entrada em funcionamento da nova unidade de produção de papel
da Portucel, que poderá potenciar a utilização do transporte marítimo de curta distância, fixando
novas linhas regulares no porto de Setúbal.
As intervenções realizadas pela APSS nos portos de Setúbal e Sesimbra, quer no exercício das suas
funções de autoridade portuária, quer enquanto empresa prestadora de serviços, prosseguiram os
objectivos estratégicos definidos para o triénio 2009-2011, seguindo uma lógica de sustentabilidade
económico-financeira, ambiental e social e em cumprimento dos Princípios de Bom Governo.
Destaca-se, no final do ano, a disponibilização da Janela Única Portuária de Setúbal, um modelo
simplificado de funcionamento referente a despachos electrónicos de navios e mercadorias, utilizado
por todas as entidades oficiais, em substituição do anterior sistema de gestão portuária.
O ano terminou com a atribuição, pela Lloyd’s Register Quality Assurance, organismo independente de
reconhecido mérito internacional e devidamente acreditado, da Certificação da Qualidade depois da
respectiva auditoria, segundo a norma NP EN ISO 9001:2008.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
1. Enquadramento
2.1 Económico
O ano 2009 ficou marcado pela recessão da economia mundial. A redução abrupta da procura interna
das economias mais desenvolvidas reflectiu-se negativamente no comércio internacional, propagando
a crise às economias emergentes. Para restabelecer o sistema financeiro internacional e melhorar a
confiança dos agentes económicos (e, por consequência, melhorar o investimento empresarial), as
autoridades monetárias e os governos resolveram intervir na economia, em alguns casos de forma
coordenada. (variação percentual anual)
Quadro 1 Evolução da Economia Mundial 2007 2008 2009(*) 2010(*)
Produto (var. em volume)
EUA 2,0 0,4 -2,5 2,7
Japão 2,3 -1,2 -5,3 1,7
Área Euro (15) 2,7 0,6 -3,9 1,0
Comércio Mundial (var. em volume) 7,2 2,8 -12,3 5,8
Preços no Consumidor
Economias Avançadas 2,2 3,4 0,1 1,3
Restantes países 6,4 9,2 5,2 6,2
(*) Previsão
Fonte: FMI, World Economic Outlook, Janeiro, 2010
A economia portuguesa foi, em 2009, fortemente afectada pela crise financeira e económica mundial,
devido à sua abertura ao exterior e forte integração nas cadeias globais de produção. Não obstante, na
segunda metade do ano, assistiu-se a uma recuperação progressiva de alguns indicadores económicos,
designadamente, das exportações, depois da acentuada quebra no início do ano, e do investimento,
seguindo a recuperação da procura externa dos países da Área Euro e dos EUA. Também as
importações seguiram a redução da procura mundial, mas os últimos dados são mais favoráveis.
(variação percentual anual)
Quadro 2 Principais indicadores económicos
2007 2008 2009(*) 2010(*)
PIB Portugal 1,9 0,0 -2,6 0,3 Zona Euro 2,8 0,6 -4,0 0,1
Taxa de Inflação Portugal 2,4 2,6 -0,8 0,8
Zona Euro 2,1 3,3 0,3 1,1
(*) Previsão Fonte: Comissão Europeia, Economic Forecasts, Outono, 2009; Ministério das Finanças Relatório OE 2010, Janeiro, 2010
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
2.2 Sectorial
Em Portugal, o sector de transporte maioritariamente usado para o comércio externo continua a ser o
transporte marítimo (60%), sendo o modo rodoviário preferido no comércio com a União Europeia. Em
valor, o modo de transporte rodoviário assume preponderância, seguido do transporte marítimo
(dados de 2008).
Unidade: mil toneladas
Quadro 3 Comércio Externo por Modo de Transporte
2004 2005 2006 2007 2008 %
Rodoviário 26.503 28.133 28.622 31.517 27.682 35,0%
Marítimo 46.272 48.953 49.759 49.269 47.696 60,2%
Aéreo 334 339 388 427 553 0,7%
Outros 2.672 2.746 2.270 2.258 3.236 4,1%
Total 75.781 80.172 81.038 83.471 79.168 100%
Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística
Unidade: mil euros
Quadro 4 Comércio Externo por Modo de Transporte
2004 2005 2006 2007 2008 (*) %
Rodoviário 49.933 49.712 54.251 58.807 55.240 59,4%
Marítimo 19.546 21.690 24.889 26.633 30.178 32,4%
Aéreo 4.015 3.933 4.698 5.251 4.930 5,3% Outros 1.943 1.989 1.763 1.568 2.691 2,9% Total 75.438 77.324 85.602 92.258 93.039 100%
Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
3. Actividade
3.1 Comercial
Em 2009, movimentaram-se no porto de Setúbal cerca de 5,9 milhões de toneladas de mercadorias, o
que representou um decréscimo de 4,3% em relação a 2008, mormente a recuperação verificada a
partir de Maio, com crescimentos mensais positivos, face ao período homólogo do ano anterior.
MOVIMENTO DE NAVIOS
No total, escalaram o porto de Setúbal 1.580 navios, dos quais 1.321 vieram em actividade comercial e
os restantes por outros motivos (visita, reparação, dragagens, etc). A Arqueação Bruta (GT) Média por
navio aumentou 8,7%, como resultado da redução verificada no número de escalas e do aumento na
Arqueação Bruta (GT) Total.
Unidade: nº navios
Fonte: APSS, SA
MOVIMENTO DE MERCADORIAS
Analisando o movimento de mercadorias por origens e destinos, destaca-se o facto de o rácio
Exportações/Importações ter sido de 1.45, como resultado de um aumento do volume das
exportações (8,1%) e de uma redução do volume das importações (-12,9%). Refira-se que o porto de
Setúbal é o único porto nacional com um movimento de exportação superior ao de importação,
afirmando-se cada vez mais como o porto exportador da região sul.
Igualmente digno de destaque é o incremento do volume de toneladas movimentadas com destino a
países fora da União Europeia, tendo aumentado cerca de 200% no período 2007-2009, com especial
ênfase no tráfego com o continente Africano.
Representando 17% do comércio externo, o tráfego de cabotagem, sofreu uma desaceleração, como
consequência da redução da movimentação de:
Cimento a granel, carregado no Terminal da Secil com destino às Regiões Autónomas da
Madeira, dos Açores e continente;
Produtos petrolíferos (gasóleo, gasolina e fuelóleo), provenientes de Sines e descarregados
no Terminal Tanquisado.
Quadro 5 Navios em actividade comercial
2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08
Nº Navios Nacionais 277 292 247 5,4% -15,4%
GT (1000 Tons.) Nacionais 1.080 1.331 943 23,2% -29,1%
Nº. Navios Estrangeiros 1.169 1.105 1.074 -5,5% -2,8%
GT (1000 Tons.) Estrangeiros 13.244 12.870 13.651 -2,8% 6,1%
Total Navios 1.446 1.397 1.321 -3,4% -5,4%
Total GT (1.000 Tons.) 14.324 14.201 14.594 -0,9% 2,8%
GT Médio (1.000 Tons.) 9,9 10,2 11,0 2,6% 8,7%
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Unidade: mil toneladas
Quadro 6 Origem/destino das mercadorias
2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08
União Europeia 2.892 2.156 1.461 -25,4% -32,2%
Importação 1.195 923 667 -22,8% -27,7%
Exportação 1.697 1.233 794 -27,3% -35,6%
Restantes países 2.529 2.802 3.419 10,8% 22,0%
Importação 1.830 1.365 1.325 -25,4% -2,9%
Exportação 699 1.437 2.093 105,6% 45,7%
Total
Importação 3.025 2.288 1.993 -24,4% -12,9%
Exportação 2.396 2.670 2.887 11,4% 8,1%
Total comércio externo 5.421 4.958 4.880 -8,5% -1,6%
Cabotagem entrada 667 593 430 -11,1% -27,6%
Cabotagem saída 747 573 550 -23,3% -4,0%
Total cabotagem 1.414 1.166 979 -17,5% -16,0%
Total geral 6.835 6.124 5.859 -10,4% -4,3%
Fonte: APSS, SA
Analisando o tráfego por modo de acondicionamento das cargas, verificou-se que, em 2009:
Os granéis líquidos apresentaram uma redução de cerca de 28%, em especial os produtos
petrolíferos refinados e os ácidos;
Os granéis sólidos, que representam cerca de 56% do tráfego total, atingiram 3,3 milhões de
toneladas, o que representou um aumento de 5,5%, destacando-se o crescimento do clinquer
(41,2%) e da estilha de madeira para a indústria papeleira (65,5%), movimentados nos terminais
Termitrena e Multiusos - Zona 1, respectivamente.
Em carga geral movimentaram-se 1,9 milhões de toneladas de mercadorias, verificando-se uma
redução de 8,5% em relação a 2008, para a qual contribuiu, de forma significativa, a redução na
carga roll-on roll-off, como resultado da crise que atingiu o sector automóvel. A carga
contentorizada, pelo contrário, seguiu a trajectória de crescimento, aumentando 27%. Na carga
geral fraccionada destaca-se, pela positiva, o aumento na movimentação de madeira, pasta de
papel, fruta fresca e cimento ensacado e, pela negativa, a redução da importação de produtos
metalúrgicos.
Unidade: mil toneladas
Quadro 7 Mercadorias por modo de acondicionamento
2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08
Granéis líquidos 955 953 687 -0,2% -27,9%
Granéis sólidos 3.696 3.144 3.318 -14,9% 5,5%
Carga geral 2.183 2.026 1.854 -7,2% -8,5%
Carga fraccionada 1.740 1.518 1.421 -12,8% -6,4%
Carga contentorizada 118 183 232 54,8% 27,0%
Carga ro-ro 325 326 202 0,2% -38,1%
Total 6.834 6.123 5.859 -10,4% -4,3%
Nº de caixas de 20' e 40' 7.507 13.843 17.045 84,4% 23,1%
Nº TEU's 12.425 19.952 25.506 60,6% 27,8%
Nº de veículos 193.472 196.830 132.555 1,7% -32,7%
Fonte: APSS, SA
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Unidade: mil toneladas
Quadro 8 Principais mercadorias movimentadas
2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08
Clinquer 1.186 918 1.297 -22,6% 41,2%
Cimento 1.427 1.129 957 -20,9% -15,2%
P. Metalúrgicos 901 774 620 -14,1% -19,9%
Carvão/ Coque 410 571 568 39,2% -0,4%
Concentrado cobre/ zinco 426 494 345 15,9% -30,1%
Gasóleo/Gasolina 398 390 275 -2,1% -29,5%
Fuelóleo 376 392 273 4,1% -30,4%
Madeiras 220 152 240 -30,8% 57,8%
Pasta de Madeira 218 196 215 -10,0% 9,5%
Ro-Ro 325 326 202 0,2% -38,1%
P. Agrícolas 239 102 184 -57,4% 80,3%
Adubos 305 209 145 -31,6% -30,3%
Ácidos 123 110 93 -10,4% -15,7%
Frutas 40 33 36 -16,8% 7,3%
Pedras Ornamentais 17 22 14 29,7% -36,9%
Outros 223 307 396 37,6% 29,2%
Total 6.834 6.124 5.859 -10,4% -4,3%
Fonte: APSS, SA
Os terminais de uso privativo movimentaram cerca de 3,5 milhões de toneladas, representando 60%
do tráfego total do porto, destacando-se:
Terminal Termitrena, que registou um tráfego de 1,8 milhões de toneladas de clinquer e
carvão, crescendo 25%;
Terminal Secil, com uma movimentação de 854 mil toneladas, destacando-se o
crescimento de 22% no cimento ensacado;
Terminal Praias do Sado, que movimentou 458 mil toneladas, importando 112 mil toneladas
de fuelóleo e exportando 345 mil toneladas de concentrado de cobre e zinco.
Relativamente aos terminais de serviço público, o Terminal Multiusos - Zona 1 continua a ser o maior
terminal em termos de volume de mercadorias movimentadas, representando cerca de 46% do
tráfego nos terminais de serviço publico.
O Terminal Multiusos - Zona 2 apresentou o maior crescimento em relação ao ano anterior,
duplicando a sua movimentação, atingindo 575 mil toneladas no total.
O Terminal Sapec – Sólidos também teve um desempenho positivo, crescendo cerca de 10%, tendo
movimentado 419 mil toneladas.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Unidade: mil toneladas
Quadro 9 Mercadorias movimentadas por cais
2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08
Terminais de serviço público 3.352 2.427 2.314 -27,6% -4,7%
Multiusos - Zona 1 1.846 1.422 1.071 -23,0% -24,6%
Sapec – Granéis Sólidos 962 382 419 -60,3% 9,9%
Multiusos - Zona 2 190 284 575 49,7% 102,2%
Terminal Roll-On Roll-Off 219 213 156 -2,8% -26,6%
Sapec - Granéis Líquidos 135 127 92 -6,0% -27,2%
Terminais de uso privativo 3.482 3.697 3.545 6,2% -4,1%
Termitrena 1.092 1.430 1.785 31,0% 24,8%
Secil 1.141 959 854 -16,0% -10,9%
Praias Sado 545 703 458 29,0% -34,9%
Tanquisado/Eco-Oil 609 502 375 -17,5% -25,4%
Outros Terminais 95 102 73 7,7% -28,4%
Total 6.834 6.124 5.859 -10,4% -4,3%
Fonte: APSS, SA
PESCA
No total dos dois portos sob jurisdição da APSS, verificou-se uma redução, quer em volume de
pescado quer em valor total, não obstante, no porto de Sesimbra a redução ter sido menor.
Quadro 10 Pescado transaccionado
2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08
Setúbal
Peso (Toneladas) 4.805 4.101 2.692 -14,7% -34,4%
Valor (Mil Euros) 7.501 6.557 5.258 -12,6% -19,8%
Sesimbra
Peso (Toneladas) 11.781 15.091 12.638 28,1% -16,3%
Valor (Mil Euros) 21.376 22.231 20.631 4,0% -7,2%
Peso Total (Tons) 16.586 19.192 15.330 15,7% -20,1%
Valor Total (Mil Euros) 28.877 28.788 25.889 -0,3% -10,1%
Fonte: Docapesca – Portos e Lotas, SA
TRÁFEGO FLUVIAL
O tráfego fluvial entre as duas margens do Rio Sado representou, em 2009, cerca de 1,3 milhões de
passageiros, registando uma quebra de 25%, apesar da entrada em funcionamento dos catamarans de
transporte de passageiros, o que poderá ser explicado, em parte, com alteração do tarifário.
Unidade: nº de bilhetes
Quadro 11 Tráfego fluvial
2007 2008 2009 Var. 08/07 Var. 09/08
Veículos 506.902 442.747 352.483 -13% -20%
Velocípedes 14.810 12.041 9.346 -19% -22%
Passageiros 1.117.107 1.186.265 874.885 6% -26%
Passes 4.528 12.558 8.308 177% -34%
Total 1.638.819 1.653.611 1.245.022 1% -25%
Fonte: Atlantic Ferries
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
3.2 Acções desenvolvidas
A concretização da estratégia e dos objectivos que a APSS se propôs atingir em 2009 materializou-se
no desenvolvimento de um conjunto de acções e projectos, nos diversos domínios de actuação da
empresa, que se passam a descrever:
DESEMPENHO AMBIENTAL
Avaliação da Qualidade Ambiental
Enquadrado pelo Protocolo celebrado com o Instituto do Ambiente, foi efectuada a avaliação da
qualidade do ar ambiente no Trem Naval, envolvendo a utilização de amostradores passivos e da
estação móvel de qualidade do ar.
Minimização dos riscos ambientais
No âmbito do Protocolo com o IPIMAR, deu-se continuidade à implementação do Plano de
Monitorização Ambiental, associado às dragagens de manutenção, que compreende:
a) Análise dos sedimentos
A campanha de caracterização dos sedimentos, realizada em 2009, compreendeu a recolha de
amostras em 14 estações e permitiu obter a seguinte informação:
Os sedimentos recolhidos no Canal Norte e no Canal Sul eram constituídos por material a dragar
limpo ou com contaminação vestigiária (classe 1 e 2 da tabela de classificação, correspondendo
aos níveis mais baixos de poluição),
Os sedimentos do Canal da Barra Sul eram constituídos por material incluído nas duas classes de
contaminação seguintes, devido aos níveis de crómio encontrados. No entanto, a
homogeneidade destes valores nesta zona do leito do estuário, a inexistência de registos
históricos de contaminação associada à natureza destes sedimentos (areia média) e a distância a
fontes de contaminação sugere que os teores de crómio são de origem natural. Com efeito, um
estudo efectuado pelo IPIMAR demonstrou que cerca de 50 % do teor de crómio nestas amostras
é de origem litogénica e não está disponível para os seres vivos.
b) Análise de comunidades biológicas Os estudos das comunidades biológicas, desenvolvidos complementarmente à caracterização de
sedimentos, permitem acompanhar os efeitos da realização das dragagens, tanto nos locais de
remoção dos sedimentos como no local onde são imersos. Estes trabalhos iniciaram-se em 2005 e,
após a campanha de 2009, sugerem que o ecossistema do Estuário do Sado possui comunidades
de macroinvertebrados bentónicos (organismos visíveis a olho nu, que vivem no sedimento e são
normalmente utilizados como indicadores da qualidade do meio) bem adaptadas, quer às diversas
pressões antropogénicas a que estão permanentemente sujeitas, quer a factores naturais, como
por exemplo, a granulometria dos sedimentos superficiais.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Paralelamente, os resultados obtidos nos estudos da zona de imersão sugerem o seguinte:
A imersão de sedimentos do Canal da Barra, com valores relativamente elevados de crómio de origem natural, não evidencia mobilização deste metal para a coluna de água, não tendo sido detectadas diferenças entre as concentrações deste metal no local de imersão dos dragados e na proximidade do Parque Marinho Professor Luís Saldanha;
Os teores de Cádmio, Chumbo e Mercúrio no músculo das espécies estudadas foram, de um modo geral, inferiores aos limites legais previstos para consumo humano.
Desenvolvimento sustentável
A aplicação de Planos de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição tem como
objectivo fomentar, numa lógica de ciclo de vida, uma abordagem que garanta a sustentabilidade
ambiental da actividade de construção civil, privilegiando a redução, reutilização e reciclagem de
resíduos
Gestão de Resíduos
Em 2009, movimentaram-se nos portos de Setúbal e Sesimbra 85 toneladas de resíduos, 56% dos
quais seguiram destinos de valorização (armazenamento, reciclagem, refinação) e 44% foram para
destruição. Mantiveram-se outros circuitos de recolha selectiva, nomeadamente o encaminhamento
de óleos usados para a Sogilub – Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Ldª,
assim como outros, pouco significativos em termos numéricos, mas importantes a nível de boas
práticas na gestão de resíduos.
Unidade: Toneladas
Quadro 12 Tipo de resíduos
2009 Valorização Eliminação
Óleos usados 12,376
Resíduos com Hidro-carbonetos
Emb. e absorv. contaminados 2,562
Filtros de óleo 0,392
Solventes 0,056
Lâmpadas 0,094
Emb. madeira 30,44
Res. Const./Demolições 0,86
Redes plásticas 4,8
Resíduos de navios 13,58
Outros 0,071 20,38
Total/destino 48,229 37,38
Total geral 85,609
% 56 44
Oleões - Pontos de recolha de óleos usados
A APSS está a remodelar os pontos de recolha de óleos usados, permitindo a adopção de melhores
práticas ambientais e a integração paisagística destes pontos no ambiente envolvente. Esta acção
desenvolve-se em várias vertentes, nomeadamente:
Substituição das antigas estruturas de metal pintado, por oleões em polietileno feito por
rotomoldagem de alta resistência e com paredes duplas, permitindo assim reter, no seu interior,
um eventual derrame, sendo esta ocorrência visível através de um sinalizador exterior;
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Colocação de equipamento complementar devidamente identificado para recolha de resíduos
contaminados por óleos usados: embalagens vazias, filtros de óleos, absorventes.
Colocação de uma cobertura de protecção, que abarca as bacias onde está o equipamento, para
evitar o arrastamento de óleos para o solo e águas, contribuindo efectivamente para preservação
do ambiente envolvente.
Plano Portuário de Gestão de Resíduos
Neste âmbito, procedeu-se à revisão do Plano Portuário de Gestão de Resíduos para os Portos de
Setúbal e Sesimbra, aprovado pelo IPTM. Foi, igualmente, feita a verificação da Declaração de
Resíduos dos navios comerciais que utilizaram o Porto de Setúbal e o acompanhamento do processo
de descarga de resíduos em 209 navios. Realizou-se ainda o acompanhamento do acondicionamento e
descarga de Resíduos Sólidos Urbanos provenientes de 71 navios.
SIGAP – SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO AMBIENTAL E PORTUÁRIA
Em 2009, procedeu-se à actualização e manutenção do sistema, tal como ao carregamento de dados
das infra-estruturas portuárias, dos relatórios de análise e amostragens efectuadas pelo IPIMAR.
SEGURANÇA MARÍTIMA E PORTUÁRIA
A APSS participou em diversos actos em coordenação com outras entidades e organismos oficiais
com competências no âmbito dos serviços de tráfego marítimo, da segurança, da protecção
marítimo-portuária, e da prevenção da poluição marítima;
Realizaram-se diversas acções de natureza preventiva e correctiva no âmbito da saúde,
segurança e higiene no trabalho;
Procedeu-se ao controlo da movimentação de mercadorias perigosas (HAZMAT);
A APSS participou no exercício de combate à poluição do mar por hidrocarbonetos “ESPADARTE
2009” da Autoridade Marítima Nacional;
O Plano de Emergência Interno (PEI) da APSS foi actualizado, com o carregamento de dados no
programa informático (EIS INFOBOOK);
Submeteu-se à aprovação da Autoridade Competente para a Protecção do Transporte Marítimo e
Portos a Avaliação e o Plano de Protecção do Porto de Setúbal;
Realizaram-se inspecções de segurança a estabelecimentos licenciados/concessionados e
diversas acções de fiscalização por via marítima à área de jurisdição da APSS;
A APSS participou, com o Oficial de Protecção do Porto de Setúbal, em vários exercícios de
protecção, envolvendo as instalações portuárias, navios de bandeira não nacional, em conjunto
com a Autoridade Competente para a Protecção do Transporte Marítimo e Portos e as demais
autoridades com jurisdição no porto de Setúbal.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
CENTRO DE CONTROLO DE TRÁFEGO MARÍTIMO
Prestação de serviços de tráfego marítimo pelo Centro de Controlo de Tráfego Marítimo (VTS) do
Porto de Setúbal em regime permanente, em conformidade com as disposições da Resolução da
IMO A.857 (20) “Guidelines for Vessel Traffic Services”;
Revisão e manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) - NP EN ISO 9001:2008 - do VTS,
com vista à sua melhoria contínua, o qual foi submetido a uma auditoria interna e a uma
auditoria de acompanhamento pela Det Norske Veritas (DNV), não tendo sido constatadas, em
todas elas, quaisquer Não Conformidades;
Realização de todas as tarefas previstas no Plano da Qualidade do VTS para o ano 2009;
Gestão da manutenção dos equipamentos e sistemas do Centro de Controlo de Tráfego Marítimo
(VTS), de videovigilância e de detecção e combate a incêndios e à poluição do mar por
hidrocarbonetos da APSS.
GESTÃO DE CONCESSÕES
Relativamente às licenças e concessões portuárias, procedeu-se ao acompanhamento das mesmas
através do registo de ocorrências, efectuadas no terreno pelos serviços competentes, dando-se depois
seguimento das respectivas notificações, a fim de as concessionárias procederem em conformidade
com as cláusulas dos contratos, cumprindo as obrigações deles emergentes.
Para além da optimização e rentabilização dos espaços dominiais, as acções mais relevantes
concluídas em 2009 foram as seguintes:
No âmbito da gestão de dívidas de clientes, foram sendo revogadas, ao longo do ano, diversas
licenças e autorizações e desencadeado o respectivo processo de desocupação, seja de
instalações, seja de postos de amarração de embarcações, além de terem sido efectuados
diversos cortes de água e energia eléctrica. Foi ainda accionada uma garantia bancária para
pagamentos de dívidas de uma concessão;
Nos casos em que era devido, nos termos dos respectivos contratos, foi solicitada a
actualização dos valores das cauções prestadas, a prova de vigência dos respectivos seguros e
a actualização dos planos de segurança;
Foi assinada a primeira revisão do contrato de concessão de serviço público do transporte
fluvial de passageiros, veículos ligeiros e pesados e de mercadorias, entre Setúbal e a
Península de Tróia com a Atlantic Ferries, SA;
Foi assinada a segunda revisão do contrato de concessão do direito de uso privativo de bens
do domínio público, com a Imoareia, SA;
Foi assinado o contrato de trespasse da concessão do direito de uso privativo de bens do
domínio público com a Imoareia, SA e a Grano Salis, SA;
Após as vistorias da APSS às respectivas instalações, iniciaram-se, em 28-07-2009, as carreiras
do transporte fluvial de passageiros entre a Doca das Fontainhas, em Setúbal, e a Ponta do
Adoxe, em Tróia, através dos novos catamarans.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
SISTEMA DE QUALIDADE
Em 2009, foi elaborado o Plano de Gestão de Riscos e Corrupção Conexas, em cumprimento do
Despacho do MOPTC de 6/11/2009, e Recomendação nº 1/2009 do Conselho de Prevenção da
Corrupção, publicada na 2.ª Série do Diário da República, nº 140, de 22/07/2009.
Por imposição do requisito 8.5 da Norma ISO 9001:2008, criou-se o procedimento P09-Melhoria
Contínua, Acções correctivas e Preventivas, possibilitando que qualquer colaborador ou cliente
identifique e proponha a adopção de melhorias nos processos ou procedimentos seguidos na APSS.
Em 2009 foram contabilizados 70 pedidos de acção abertos pelos colaboradores, estando 55 destes
fechados e 15 pedidos pendentes de resolução.
No âmbito da responsabilidade social, destaca-se a formação da Bolsa de Auditores da APSS, segundo
a Norma NP EN ISO 19011:2002, que realizaram auditorias internas, a fim de avaliar o grau de
implementação do Sistema de Gestão da Qualidade nos serviços. Realizaram-se ainda acções de
sensibilização para a importância da Qualidade dirigidos aos colaboradores.
Em 2009, realizaram-se questionários de satisfação dos clientes dos portos de Setúbal e Sesimbra,
abrangendo não só a comunidade portuária local, mas também os comandantes dos navios que
escalam o porto de Setúbal.
Ainda no âmbito da qualidade do serviço prestado, com a implementação de um procedimento
relativo à Gestão das Reclamações, procedeu-se ao acompanhamento e análise das reclamações
efectuadas em 2009.
Foi desenvolvida uma aplicação informática de apoio ao Sistema de Gestão da Qualidade (B-Quality).
Finalmente, dando cumprimento às linhas orientadoras definidas pela tutela, a Lloyd´s Registy Quality
Assurance certificou em Novembro de 2009, o Sistema de Gestão da Qualidade da APSS segundo o
referencial NP EN ISO 9001:2008.
PILOTAGEM
Os serviços da pilotagem continuaram a contribuir para a segurança da navegação, das instalações
portuárias e protecção ambiental, procurando-se apostar na formação, como forma de actualização
das melhores práticas e treino (como exemplo a frequência da acção de formação em Bridge Resource
Management na Escola Superior Náutica).
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
MARKETING
As acções de marketing, desenvolvidas em 2009, tiveram em conta a estratégia customer centred da
APSS, designadamente através de iniciativas que procuraram conhecer os requisitos dos clientes
sobre os serviços logístico-portuários, bem como a avaliação do seu nível de satisfação. Procedeu-se
à divulgação das actividades da empresa (corporate image) e à promoção dos serviços portuários,
no sentido de aumentar o seu nível de notoriedade junto dos diversos públicos.
Nas acções orientadas para o cliente, salienta-se a realização de um programa de visitas, que visou o
aumento da proximidade, no sentido de perspectivar novas oportunidades de negócio, bem como a
fidelização dos clientes. Neste âmbito, foi operacionalizado o projecto Marketing Research System,
dirigido ao segmento de contentores. Estas iniciativas foram articuladas com os membros da
Comunidade Portuária de Setúbal, designadamente com os concessionários de serviço público.
Com o objectivo de divulgar a oferta portuária, deu-se continuidade à edição de diversos suportes
informativos, destacando-se a Newsletter, a Tabela de Marés, o Serviço de Recortes, Portnews e o site
da APSS. Promoveu-se a ligação à comunicação social local e do sector portuário, designadamente
através do envio regular de informação sobre as actividades da empresa.
A APSS esteve directamente envolvida na promoção e organização de diversos eventos sobre a
temática logístico-portuária, destacando-se o IV Seminário das Plataformas Logísticas Ibérias, com o
tema “Preparar a Retoma, Repensar a Logística”.
Com enquadramento num programa de âmbito nacional dedicado à celebração do Dia Mundial do
Mar, a APSS organizou uma palestra dedicada ao tema “Alterações climáticas: um desafio também
para a IMO” e organizou uma acção conjunta com a Sociedade de Geografia de Lisboa, que consistiu
no apoio à edição de uma medalha alusiva ao Galeão do Sal e a aposição dum carimbo comemorativo,
que reproduzia a silhueta desta embarcação típica do Sado.
PARCERIAS E COOPERAÇÃO
No âmbito do protocolo com a EVALUE, para o desenvolvimento do projecto SARA.E – Sistema
para Avaliação da Responsabilidade Ambiental das Empresas: Concepção e Desenvolvimento de
um Protótipo Operacional para as Empresas. Este projecto, apoiado pelo Sistema de Incentivos à
Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, tem como objectivo principal disponibilizar uma
ferramenta de carácter operacional que responda às necessidades e responsabilidades de
carácter operacional e técnico, já transposta para o direito interno.
A APSS participou num consórcio internacional liderado pela prestigiada organização Holandesa
TNO-Nederlandse Organisatie voor Toegepast, no âmbito de uma candidatura conjunta ao 7º
Programa-Quadro (Tema 10: Security), designada CASSANDRA – Common Accessment and
Analysis of Risk in Global Supply Chains.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
No porto de Sesimbra, foram realizados os testes finais do âmbito do projecto europeu GREX,
que incidiu sobre o desenvolvimento de tecnologias marinhas para aplicações científicas, como o
levantamento de fundos marinhos, que envolve o Instituto Superior Técnico e a participação de
países como Alemanha, França, Itália e Reino Unido.
Com a conclusão das obras de melhoramento efectuadas na infra-estrutura ferroviária de ligação
aos Terminais Multiusos do Porto de Setúbal, foi celebrado um protocolo com a REFER relativo à
cedência desta infra-estrutura ferroviária à APSS, que ficou responsável pela sua gestão e
manutenção.
A APSS e ENAPOR, Empresa Nacional de Administração dos Portos, responsável pela
administração dos Portos de Cabo Verde, assinaram um Protocolo de Colaboração tendo em vista
o estreitamento de relações entre estes portos.
Na ligação ao meio universitário/escolas, destaca-se o protocolo com a Escola Superior de
Ciências Empresariais, que contempla a dinamização conjunta do Prémio de Logística do Porto de
Setúbal, que tem como objectivo premiar o melhor trabalho académico em Logística Marítimo-
Portuária. Deu-se continuidade ao Projecto Escolas, com a realização de várias visitas aos portos
de Setúbal e Sesimbra.
A APSS participou em diversas reuniões com a Sociedade SetúbalPolis e com Câmara Municipal
de Setúbal, tendo emitido diversos pareceres no âmbito dos seus poderes de autoridade nos
terrenos incluídos na área de intervenção do Programa Polis.
A APSS participou nos trabalhos da Comissão Técnica de Acompanhamento da Revisão do Plano
Director Municipal Sesimbra, tendo, igualmente, passado a integrar a Comissão Técnica de
Acompanhamento da Revisão do Plano Director Municipal de Palmela.
No âmbito das obras de protecção da encosta ao longo da EN 378, no Porto de Sesimbra, a APSS
prestou toda a colaboração e o acompanhamento necessário à realização da mesma às Estradas
de Portugal.
A APSS participou no Plano de Acção para Salvaguarda e Monitorização da População de Roazes
do Estuário do Sado, promovido pelo Instituto para a Conservação da Natureza e da
Biodiversidade que tem como missão, proteger e recuperar a população de roazes do Sado, única
em Portugal, melhorando as condições do seu habitat, através da concertação dos agentes
relevantes para a sua conservação.
A APSS participou no Projecto Net Port Cities, que visa criar um sistema de informações comum
aos portos e municípios, que permita melhorar a comunicação, a troca de experiências e
informações, visando a integração/interacção entre portos e cidades.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
A APSS participou nos trabalhos de estudo da ligação ferroviária do Terminal Termitrena à rede
nacional, com a REFER e a Sapec.
SISTEMAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
Migração da estrutura de networking, o que permitiu obter ganhos na optimização por
menores tempos de acesso e uma melhor monitorização de rede em tempo real;
Aquisição de uma nova estrutura de armazenamento e backup de dados e implementação de
um novo dispositivo anti-spam (Pinne-up);
Conclusão do estudo de consultoria que visa dotar a área informática de melhores práticas;
Entrada em funcionamento da JUP – Janela Única Portuária, que visa permitir a declaração
electrónica de cargas;
Continuação da colaboração com diferentes escolas públicas, proporcionando estágios na
área informática aos respectivos alunos.
PIFF - POSTO DE INSPECÇÃO FRONTEIRIÇO FITOSSANITÁRIO
Em 2009, foram concluídas as obras de instalação, as ligações às infra-estruturas e o arranjo do espaço
envolvente, tendo-se procedido à sua entrega à Direcção-Geral de Agricultura.
MANUTENÇÃO, CONSERVAÇÃO E FISCALIZAÇÃO
Deu-se continuidade à realização do Plano Anual de Dragagens de Manutenção do Porto de Setúbal,
com fundos dragados a -12,70m (ZH) no canal da Barra.
Foram desenvolvidos alguns estudos relacionados com a modernização do edifício sede da APSS,
designadamente, estudos prévios da remodelação do piso térreo do edifício, do acesso exterior,
recepção e zona do corredor.
Procedeu-se, igualmente, à montagem de um gerador de emergência no posto de transformação da
Lota de Setúbal, à elaboração do projecto e fiscalização da nova rede eléctrica do edifício da ex-lota, à
realização de trabalhos de electrificação nos pontões flutuantes Carraca e Ribeira da Ajuda e dos
portões e sistema abastecimento de água do lado nascente da Doca de Recreio das Fontainhas, bem
como trabalhos de manutenção das redes eléctricas nos edifícios, equipamentos e sistemas de
assinalamento marítimo.
Os trabalhos de fiscalização incidiram sobre as obras já identificadas, repartidas entre os portos de
Setúbal e Sesimbra. Registe-se ainda a elaboração dos respectivos Planos de Segurança e Saúde da
maioria das empreitadas.
A APSS analisou e emitiu pareceres relativamente a um conjunto diversificado de obras da
responsabilidade das empresas concessionárias/licenciadas.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
4. Recursos Humanos
Dando continuidade ao processo de reestruturação aprovado pelo Conselho de Administração no ano
2008 e tendo em vista alcançar um dos objectivos gerais traçados no plano estratégico “adequar a
estrutura orgânica à geração de receitas e aos custos existentes; diminuir e/ou flexibilizar a estrutura
actual em pelo menos 10% do total”, foram concedidos incentivos que conduziram, durante o ano de
2009, à saída, por aposentação, de 8 trabalhadores e de 3 por rescisão amigável dos vínculos laborais.
Durante o ano 2009 não se registaram entradas de efectivos na APSS.
Unidade: 1 efectivo
Quadro 13 Evolução do Efectivo de Pessoal
2007 2008 2009
Efectivo 190 189 177
Efectivo Médio 192 189 181
Fonte: APSS, SA
Quadro 14 – Saídas
Unidade: 1 efectivo
Quadro 14 Saídas ocorridas em 2009
Quadros Superiores
Quadros Médios
Quadros Intermédios
Profissionais Altamente
Qualificados e Qualificados
Profissionais Semiqualificados
Profissionais não
Qualificados
Aposentação antecipada 1 2 1 3 - -
Aposentação - - - - - 1
Requisição - - - - - -
Cessação do contrato a termo certo
- - - - - -
Cessação do contrato a termo incerto
- - - - - -
Cessação do contrato permanente
- - - 1 - 2
Outros - - - 1 - -
Fonte: APSS, SA
DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR FUNÇÕES
A função de Apoio Técnico-Administrativo continua a ser a função com maior peso no efectivo global,
cerca de 43,5%, logo seguida da função Navegação e Segurança, que representa hoje cerca de 23% no
total de efectivos.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Unidade: 1 efectivo
Quadro 15
Distribuição do efectivo por funções 2007 2008 2009
Recursos Dominiais 9 9 11
Navegação e Segurança 42 42 41
Operação Portuária e Fiscalização da Actividade Portuária 28 23 18
Obras, Projectos e Ambiente 34 33 30
Apoio Técnico-Administrativo 77 82 77
Fonte: APSS, SA
DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR NATUREZA DE VÍNCULO
Como se verifica pelo quadro seguinte a quase totalidade do efectivo de pessoal encontra-se vinculado
ao quadro da administração.
Unidade: 1 efectivo
Quadro 16 Distribuição do efectivo de pessoal por natureza do vínculo
2007 2008 2009
Quadro 189 188 176
Além do quadro (a) 1 1 1
(a) Em comissão de serviço Fonte: APSS, SA
DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR NÍVEIS DE HABILITAÇÃO
Cerca de 39 % do efectivo de trabalhadores da APSS possui como habilitações escolares o ensino
superior, tendo-se registado um aumento de 8% relativamente ao ano de 2008, reflexo de uma
tendência que se vem verificando nos últimos anos de investimento dos colaboradores na sua
formação e valorização pessoal facilitada pelo reconhecimento pela APSS do Estatuto do Trabalhador
Estudante.
Em 2009 beneficiaram do Estatuto em causa 11 trabalhadores para obtenção de formação superior,
licenciaturas, pós-graduações e doutoramentos, em diversas áreas.
Regista-se a conclusão durante o ano de 2009 de duas licenciaturas por parte de dois daqueles
trabalhadores.
DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR ESCALÕES ETÁRIOS
Assinala-se o facto de o efectivo ser relativamente jovem, com uma idade média de 45 anos. A maioria
dos trabalhadores tem idade inferior a 50 anos.
20
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Unidade: 1 efectivo
Quadro 17 Distribuição do efectivo de pessoal por escalões etários
2007 2008 2009
De 18 a 24 1 1 0
De 25 a 29 3 0 1
De 30 a 34 23 19 14
De 35 a 39 22 24 25
De 40 a 44 45 46 42
De 45 a 49 48 47 44
De 50 a 54 34 36 40
De 55 a 59 8 11 8
De 60 a 61 2 1 0
De 62 a 64 2 3 1
65 e mais anos 2 1 2
Fonte: APSS, SA
DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR NÍVEIS DE ANTIGUIDADE Unidade: 1 efectivo
Quadro 18 Distribuição do efectivo de pessoal por níveis de antiguidade
2007 2008 2009
Até 1 ano 1 0 0
De 1 a 2 anos 8 1 1
De 2 a 5 anos 25 23 17
De 5 a 10 anos 56 44 39
De 10 a 15 anos 11 19 27
Mais de 15 anos 89 102 93
Fonte: APSS, SA
EVOLUÇÃO DO POTENCIAL DE TRABALHO UTILIZADO
Apesar da adjudicação da concessão do serviço público de movimentação de cargas, continuou a ser
na função de Operação Portuária e Fiscalização da Actividade Portuária que se verificou, no ano de
2009, o maior recurso ao trabalho suplementar, logo seguida da função de Segurança Marítima e
Portuária.
Verifica-se, no entanto, a manutenção da tendência decrescente do volume do trabalho suplementar
que diminuiu relativamente ao ano anterior cerca de 17,6%.
Unidade: Milhares de horas
Fonte: APSS, SA
Quadro 19 Evolução do potencial de trabalho utilizado
2007 2008 2009
Trabalho normal 298 312 229
Trabalho suplementar 4,7 3,4 2,8
Horas efectivamente trabalhadas 302,7 315,4 231,8
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE Unidade: 1 efectivo
Quadro 20
Evolução da produtividade 2007 2008 2009
Efectivo médio 192 189 181
VAB (em milhares de euros) 15414,25 15.370,70 15.036,17
Produtividade média (em milhares de euros) 80 81 83
Fonte: APSS, SA
EVOLUÇÃO DA TAXA DE ABSENTISMO
A taxa de absentismo subiu de 5,4 % para 6,0 %, tendo como principais motivos o aumento do número
de horas de ausência por acidente em serviço e doença, ambos com alguns casos de recuperação
muito prolongada.
No conjunto das faltas justificadas nos termos da lei destacam-se a dispensa para prestação de provas
ao abrigo do estatuto de trabalhador estudante, seguida da licença por maternidade/paternidade e
das dispensas para tratamento ambulatório, conforme quadros infra.
Unidade: Milhares de horas
Quadro 21 Evolução da taxa de absentismo
2007 2008 2009
Potencial Máximo de trabalho 298 332 320
Total de horas de ausência 21 18 19
Taxa de absentismo 7,1 5,4 6,0
Fonte: APSS, SA
Unidade: 1 hora
Quadro 22 Evolução das ausências por tipo de falta
2007 2008 2009
Doença 8.495 6.766 7.833
Acidente de Trabalho 4.444 5.374 6.566
Outras faltas justificadas 7.173 6.082 4.323
Faltas injustificadas 0 0 0
Fonte: APSS, SA
EVOLUÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Assinala-se um significativo aumento do número total de horas de formação e do número de
trabalhadores que frequentaram durante o ano de 2009 acções de formação profissional, sendo que
1149 horas respeitam a dispensa para frequência de aulas e prestação de provas de avaliação, ao
abrigo do Estatuto do Trabalhador Estudante, do qual beneficiam cerca de 11 trabalhadores.
Nas instalações da empresa, realizaram-se 267 horas de formação, distribuindo-se as cerca de 2.478
horas de formação externa por áreas diversas desde jurídico/portuária, financeira, ambiental,
qualidade, pilotagem e tecnologias de informação.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Quadro 23 Evolução da formação profissional
2007 2008 2009
Nº de horas 1.083 2.213 3.894
Nº de participantes 125 211 264
Fonte: APSS, SA
ESTÁGIOS
À semelhança de anos anteriores, realizaram-se, em 2009, seis estágios curriculares na área de
informática para alunos de cursos técnico-profissionais, solicitados por alguns estabelecimentos de
ensino do concelho de Setúbal, com o objectivo de proporcionar a aquisição de competências técnicas
e sociais relevantes para a respectiva qualificação profissional e integração no mercado de trabalho,
num total de 1.554 horas.
RELAÇÕES LABORAIS
No campo das relações laborais não se registaram processos disciplinares.
A taxa de sindicalização registada em 2009 foi de 57%.
As avaliações de desempenho realizadas em 2009 e referentes a 2008 continuam a exibir as menções
qualitativas de Bom e Muito Bom. Sem reclamações.
Vinte e sete trabalhadores progrediram nas respectivas carreiras por mudança para grau de
desenvolvimento superior nos termos legalmente estabelecidos.
Seis trabalhadores foram reconvertidos, quatro deles para uma carreira de conteúdo funcional mais
exigente e sete foram transferidos para diferentes unidades orgânicas visando a optimização da
estrutura.
23
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
5. Governo da Sociedade
5.1 Missão, objectivos e políticas da empresa
De acordo com o Decreto-Lei nº 338/98, de 3/11, a APSS, sociedade anónima de capitais públicos, tem
por objecto a administração dos portos de Setúbal e Sesimbra, visando a sua exploração económica,
conservação e desenvolvimento e abrangendo o exercício das competências e prerrogativas de
autoridade portuária. Neste sentido, assegura o exercício das competências necessárias ao regular
funcionamento dos portos nos seus múltiplos aspectos de ordem económica, financeira e patrimonial,
de gestão de efectivos e de exploração portuária e ainda as actividades associadas.
VISÃO: Ser e ser reconhecido como o porto nacional líder em ro-ro e a solução ibérica mais
interessante (em tempo e custo) para uma qualquer ligação até Madrid que pretenda utilizar Setúbal
como entrada ou saída da Península Ibérica, com navios até 12,5 m livres de calado, em qualquer
condição de maré.
MISSÃO: Assegurar uma administração portuária próxima, intensa em termos relacionais, de todos os
stakeholders:
Dominando o ro-ro nacional, suas soluções e inovação bem como todo e qualquer serviço ro-
ro iberizado;
Assegurando permanentes serviços de dragagem para manutenção dos 10m, livres em
qualquer condição de maré, e procurando alcançar os 12,5m;
Sendo uma referência ao nível ambiental e de segurança;
Trabalhando a carga geral, contentorizada e granéis, através dos seus concessionários, por
forma a tornar-se a solução mais próxima de Madrid se e quando se pretendam avaliar
objectivamente condições económicas trinomiais de tempo x custo x serviço das ligações.
A APSS tem procurado, na prestação de serviços e no exercício dos poderes de autoridade portuária,
cumprir as orientações de gestão que lhe foram fixadas, previstas na legislação, a três níveis:
1º Orientações estratégicas globais para o sector empresarial do Estado, definidas pela Resolução de
Conselho de Ministros nº 70/2008, de 22/04, a nível da definição de indicadores financeiros, da
contratualização da prestação de serviço público, da qualidade de serviço, da política de recursos
humanos e promoção da igualdade, dos encargos com pensões, da política de inovação e
sustentabilidade, dos sistemas de informação e controlo de riscos e política de compras ecológicas.
2ª Orientações gerais definidas para o sector marítimo-portuário
Aumento significativo do tráfego nos portos nacionais;
Garantir que os portos nacionais sejam uma referência nas cadeias logísticas ibéricas;
Assegurar padrões europeus a nível da segurança, ambiente e protecção no sector;
Melhorar o equilíbrio económico-financeiro dos portos nacionais;
24
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Promover o ensino, qualificação, I&D e Inovação;
Reforçar a competitividade da frota e tripulações nacionais.
3º Orientações específicas para os portos de Setúbal e Sesimbra
Reforço da sua posição no segmento de carga geral, assumindo-se como primeiro porto de
carga ro-ro e de suporte à instalação da indústria correlacionada;
Desenvolvimento da sua vocação para a carga contentorizada, privilegiando-se o Transporte
Marítimo de Curta Distância;
Reforço da movimentação de granéis sólidos;
Afirmação no sistema logístico nacional através da ligação à plataforma do Poceirão e
Elvas/Caia.
Para atingir estes objectivos, a estratégia de desenvolvimento adoptada pela APSS assenta num Plano
de Acções, actualizado para o triénio 2009-2011, segundo o modelo BSC-Balanced Scorecard:
Em 2009, foi desenvolvido um conjunto diversificado de acções e projectos nas várias vertentes de
actuação desta administração portuária, que contribuíram para a prossecução do Plano de Acções,
designadamente a nível da manutenção dos canais de navegação e assinalamento marítimo, da gestão
de licenças e concessões, da simplificação de procedimentos proporcionada pela JUP-Janela Única
Portuária, da segurança marítima e portuária, da monitorização ambiental do impacte das actividades
portuárias, das acções de cooperação e marketing, no desenvolvimento de um projecto no âmbito das
Auto-estradas Marítimas, entre as principais, as quais são descritas no capítulo 3.2.
De assinalar ainda que, em 2009, a Lloyd´s Registy Quality Assurance certificou o Sistema de Gestão da
Qualidade da APSS, segundo o referencial NP EN ISO 9001:2008, dando cumprimento às orientações
da tutela.
Finalmente, é importante referir que os objectivos estratégicos definidos pelo accionista Estado no
âmbito do contrato de gestão foram atingidos para 2009, conforme se pode verificar no capítulo 8.
Balanced Scorecard APSSVisão Estratégica Integrada e Equilibrada
Financeiro
Mercado
Processos Internos
Aprendizagem e
Crescimento
F8 - Custos e Proveitos
M6 -Contentores,
Roro e Madrid
AC1 -Acessibilidades
M7 - Área Dominial e
Lazer
PI3 - Gestão da Qualidade
AC2 - Adequaçãodos Recursos
Humanos
PI5 -Segurança e Ambiente
PI4 -Intervenção e Requalificação
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
5.2 Regulamentos internos e externos
Enumeram-se alguns dos regulamentos internos e externos a que a APSS está sujeita, que se
encontram disponíveis na sua página da internet (www.portodesetubal.pt):
Regulamento Internos Regulamentos Externos
Regulamento de Tarifas da APSS
Regulamento de Atribuição do Desconto de Carregador Estratégico a aplicar na TUP Carga
Regulamento do Exercício da Actividade de Reboque de Embarcações e de Navios
Regulamento da Actividade de Amarração de Embarcações
Regulamento de Segurança sobre Prevenção e Protecção contra Incêndios e Derrames Acidentais em Terminais Portuários
Regulamento do Serviço de Tráfego Marítimo (VTS)
Regulamento de Tarifas da área dominial da APSS
Regulamento de utilização das instalações do Trem Naval de combate à poluição e reboques
Regulamento de utilização da Doca dos Pescadores
Regulamento sobre o regime jurídico dos armazéns e módulos do edifício da antiga lota de Setúbal
Regulamento de Utilização do Ancoradouro Toca do Pai Lopes/Esguelha, Outão, Soltróia
Regulamento de Utilização da Doca de Recreio das Fontainhas e respectivo tarifário
Tarifário da Doca de Recreio das Fontainhas - lado nascente
Regulamento de exploração e Regulamento de tarifas da Tróia Marina
Normas de utilização do cais destinado a embarcações de actividade marítimo-turística localizado a poente da primeira ponte-cais do Porto de Sesimbra
Regulamento de Utilização de Instalações Portuárias por Embarcações Destinadas ao Exercício de Actividades Marítimo-Turísticas em área de jurisdição da APSS
Tarifário de Estacionamento de embarcações a seco, resultante de acções de remoção
Regulamento de Aquisição de Bens e Serviços
Regulamento de Contratação de Empreitadas
Decreto-Lei nº 338/98, de 3/11: transforma a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, instituto público dotado de personalidade jurídica de direito público e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. Decreto-Lei n.º 298/93, de 28/08 e Decreto-Lei n.º 324/94, de 30/12: estabelecem o quadro jurídico das operações portuárias. Decreto-Lei n.º 324/94, de 30/12: estabelece a lei geral das concessões. Decreto-Lei nº 273/2000, de 9/11: aprova o regulamento do Sistema Tarifário dos Portos do Continente. Despacho nº7/SEAMP/2001: aprova os procedimentos ambientais a considerar em área de administração portuária, estabelecendo orientações para a concretização desses objectivos no sentido da integração da componente ambiental na gestão quotidiana do porto. Decreto-Lei nº 46/2002, de 2/03: atribui às autoridades portuárias a competência integrada em matéria de segurança nas suas áreas de jurisdição. Decreto-Lei nº 165/2003, de 24/07: relativo à recepção dos resíduos dos navios. Decreto-Lei nº 180/2004, de 27/07: integra a informação do Sistema VTS Português no sistema comunitário de acompanhamento e de informação do tráfego marítimo. Decreto-Lei nº 197/2005, de 8/11 e Directiva sobre Avaliação de Impactes Ambientais: incide sobre os projectos de construção de novas estruturas portuárias e ampliação das já existentes. Directiva 2005/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26/10: sobre o reforço da segurança nos portos. Decreto-Lei n.º 226/2006, de 15/11: Transpõe para o direito
nacional a Directiva do Código ISPS.
Lei nº 58/2005, de 29/12/2005: aprova a Lei da Água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Directiva nº. 2000/60/CE do Parlamento e do Conselho e estabelecendo as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas. RCM nº 49/2007, de 28/03: aprova os Princípios de Bom Governo das Empresas do Sector Empresarial do Estado. Decreto-Lei nº 226 – A/2007, de 31 /05: estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos, alterado pelo Decreto-Lei nº. 391-A/2007, de 21/12. Decreto-Lei nº300/2007, de 23/08: define o regime jurídico do sector empresarial do Estado, alterando o Decreto-Lei nº 558/99, de 17/12. RCM nº 70/2008, de 22 de Abril: aprova as orientações estratégicas destinadas ao sector empresarial do Estado Decreto-Lei nº 300/2007, de 23/08: altera o Decreto-Lei nº 558/99, de 17/12, que estabelece o regime jurídico do Sector empresarial do Estado e bases gerais do estatuto das empresas públicas.
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
5.3 Transacções relevantes com entidades relacionadas
IPTM - Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos
Regista-se como “transacção relevante” a transferência de 4,5% dos proveitos registados na conta 72
– “Prestação de Serviços”, excluindo a receita do serviço de pilotagem, para o IPTM - Instituto
Portuário e dos Transportes Marítimos, em conformidade com o disposto na alínea d) do nº 1 do
artigo 28º do Estatutos do IPTM, publicados em anexo ao Decreto-Lei nº 257/2002, de 22 de
Novembro.
Atendendo às atribuições especificadas no referido diploma, constituem receitas próprias do IPTM,
entre outras, “uma percentagem das receitas de exploração de cada porto integrado em
administração portuária, a fixar anualmente por despacho do ministro da tutela”.
APP – Associação dos Portos de Portugal
Nos termos dos seus estatutos, a APP – Associação dos Portos de Portugal tem, como sócios
fundadores, as administrações e juntas portuárias e como objecto “assegurar a defesa e promoção dos
interesses dos seus associados e contribuir para o desenvolvimento e modernização do sistema
portuário nacional”. Os recursos financeiros da Associação são, entre outros, as contribuições dos
sócios.
5.4 Outras transacções
Em matéria de aquisição de bens e serviços, a APSS passou a adoptar, a partir de Julho de 2008, o
Decreto - Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro, com as devidas adaptações, tendo os procedimentos
abertos continuado, porém, a reger-se pela anterior legislação.
Não se verificaram transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado.
Não se registaram transacções de valor superior a 1 milhão de Euros e que representassem mais de
5% dos fornecimentos e serviços externos.
5.5 Modelo de governo e membros dos orgãos sociais
Cargo Órgãos Sociais Eleição Mandato
Presidente Secretária
Mesa da Assembleia Geral Dr. Carlos António Lopes Pereira Dra. Susana Silva Santos
28-03-2008 28-03-2008
2008-2010 2008-2010
Presidente Vogal (1) Vogal (2)
Conselho de Administração Eng.º Carlos Manuel Gouveia Lopes Dr. Francisco José Rodrigues Gonçalves Dr. Ricardo Jorge de Sousa Roque
28-03-2008 28-03-2008 28-03-2008
2008-2010 2008-2010 2008-2010
Presidente Vogal (1) Vogal (2) Suplente
Conselho Fiscal Dra. Teresa Isabel Carvalho Costa Dra. Ana Teresa Pereira Peralta Reyes Dra. Sara Alexandra Ribeiro Pereira Simões Duarte Ambrósio Dra. Alexandra Brito Carvalho
28-03-2008 28-03-2008 28-03-2008 28-03-2008
2008-2010 2008-2010 2008-2010 2008-2010
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Efectivo Suplente
Revisor Oficial de Contas PriceWaterHouseCoopers & Associados – SROC, L.da. (representada pelo Dr. Jorge Manuel Santos Costa) Dr. José Manuel Henriques Bernardo
02-10-2008
02-10-2008
2008-2010
2008-2010
Presidente Vogal (1) Vogal (2)
Comissão de Fixação de Remunerações Dra. Filomena Maria Amaro Vieira Martinho Bacelar Dra. Maria de Lurdes Castro Dr. André Cristovão Henriques
28-03-2008 28-03-2008 28-03-2008
2008-2010 2008-2010 2008-2010
Funções e Responsabilidades Do Conselho de Administração: as estabelecidas no art.º 10º dos Estatutos da APSS, SA, aprovados
pelo Decreto-lei n.º 338/98, de 03/11 e, subsidiariamente, no Código das Sociedades Comerciais.
Do Presidente: as estabelecidas no art.º 13º dos Estatutos da APSS, SA, aprovados pelo Decreto-lei n.º
338/98, de 03/11 e responsabilidades específicas nas áreas da informática e telecomunicações,
desenvolvimento estratégico e logístico, navegação e segurança marítima e portuária, pilotagem,
equipamentos, infra-estruturas, ambiente e porto de Sesimbra.
Do Vogal (1): responsabilidades específicas nas áreas financeira, das actividades gerais e arquivo e
gestão do património dominial e gestão da qualidade.
Do Vogal (2): responsabilidades nas áreas jurídica, recursos humanos e gestão das concessões.
Do Conselho Fiscal: as estabelecidas na alteração ao art.º 16º dos Estatutos da APSS, SA, aprovada em
Assembleia Geral de 28/03/2008 e, subsidiariamente, no Código das Sociedades Comerciais.
5.6 Remunerações dos membros dos orgãos sociais
Estatuto Remuneratório Fixado
As remunerações foram fixadas em reunião de 9 de Julho de 2009 pela Comissão de Fixação de
Remunerações nomeada em Assembleia Geral da APSS, S.A., realizada em 28 de Março de 2008. As
remunerações fixadas têm efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009 com excepção das do Conselho
Fiscal que são devidas desde 28 de Março de 2008.
1. Mesa Assembleia Geral
Presidente – Senha de presença no valor de 572,58 €;
Secretária – Senha de presença no valor de 343,33 €.
28
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
2. Conselho Administração
Presidente - Remuneração Fixa de 5.738,70 euros, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009;
Remuneração Variável Anual entre 0% e 35% da remuneração fixa, em função do cumprimento dos
objectivos anuais definidos.
Vogal (1) - Remuneração Fixa de 4.825,67 €, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009; Remuneração
Variável Anual num máximo de 35% da remuneração fixa, em função do cumprimento dos objectivos
anuais definidos.
Vogal (2) - Remuneração Fixa de 4.825,67 €, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009; Remuneração
Variável Anual num máximo de 35% da remuneração fixa, em função do cumprimento dos objectivos
anuais definidos.
3. Conselho Fiscal
Presidente – Remuneração de 20% da remuneração atribuída ao Presidente do Conselho de
Administração, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009. Entre 28/03/2008 e 01/01/2009 a base de
incidência é de 5.465,43 €.
Vogal (1) – Remuneração de 15% da remuneração atribuída ao Presidente do Conselho de
Administração, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009. Entre 28/03/2008 e 01/01/2009 a base de
incidência é de 5.465,43 €.
Vogal (2) – Remuneração de 15% da remuneração atribuída ao Presidente do Conselho de
Administração, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009. Entre 28/03/2008 e 01/01/2009 a base de
incidência é de 5.465,43 euros.
4. Revisor Oficial de Contas
Efectivo – Avença anual (2008): 16.870,00 € acrescido de IVA, aprovada em Abril de 2009.
Remunerações e outras regalias (valores anuais)
1. Mesa Assembleia Geral Unidade: Euros
Mesa da Assembleia Geral Presidente Secretária
Remunerações 2008 545,31 326,98
Remunerações 2009 572,58 343,33
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
2. Conselho Administração
Unidade: Euros
Remunerações 2008 2009
Presidente Vogal (1) Vogal (2) Presidente Vogal (1) Vogal (2)
1. Remuneração
1.1. Remuneração base 58.858,52 51.181,34 51.181,34 80.341,80 67.559,38 67.559,38
1.2. Acumulação de funções de gestão 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1.3. Remuneração complementar 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1.4. Despesas de representação 17.657,52 13.160,88 13.160,88 0,00 0,00 0,00
1.5. Prémios de gestão (……meses) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1.6. Outras (identificar detalhadamente) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2. Outras regalias e compensações
2.1. Gastos de utilização de telefones 253,73 479,17 1.135,18 691,71 530,30 1453,84
2.2. Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço
47.625,78 41.417,85 40.956,36 47.625,78 41.417,85 40.956,36
2.3. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço
3.036,96 2.858,02 1.983,98 2.240,84 2.526,87 1.349,78
2.4. Subsídio de deslocação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
2.5. Subsídio de refeição 1.159,95 1.202,13 1.104,13 1.193,55 1.431,54 1.265,25
2.6. Outros (identificar detalhadamente) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3. Encargos com benefícios sociais
3.1. Segurança social obrigatório 12.537,59 10.907,29 10.904,75 14.965,59 14.390,86 14.386,86
3.2. Planos complementares de reforma 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3.3. Seguros de saúde 194,34 194,34 194,34 289,94 289,94 289,94
3.4. Seguros de vida 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
3.5. Outros (identificar detalhadamente) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
4. Informações Adicionais
4.1.Opção pelo vencimento de origem (s/n) Não Não Não Não Não Não
4.2. Regime Segurança Social Regime Geral
Regime Geral
Regime Geral
Regime Geral
Regime Geral
Regime Geral
4.3. Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005 Não aplicável
Não aplicável
Não aplicável
Não aplicável
Não aplicável
Não aplicável
4.4. Ano de aquisição de viatura pela empresa 2005 2005 2005 2005 2005 2005
4.5. Exercício opção aquisição de viatura de serviço
Não Não Não Não Não Não
4.6. Usufruto de casa de função Não Não Não Não Não Não
4.7. Exercício de funções remuneradas fora grupo
Não Não Não Não Não Não
4.8. Outras (identificar detalhadamente) Não aplicável
Não aplicável
Não a plicável
Não aplicável
Não aplicável
Não aplicável
30
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
3. Conselho Fiscal Unidade: Euros
Remunerações 2009
Presidente Vogal Vogal
1 . Remuneração
1.1. Remuneração Base 16.068,36 12.051,34 12.051,34
1.1.1. Remuneração Base (Retroactivos desde 03.2008) 11.612,99 8.709,67 8.709,67
1.2. Acumulação funções gestão 0,00 0,00 0,00
1.3. Remuneração complementar 0,00 0,00 0,00
1.4. Despesas de representação 0,00 0,00 0,00
1.5. Prémios de gestão (… meses) 0,00 0,00 0,00
1.6. Outras 0,00 0,00 0,00
2. Outras Regalias e compensações
2.1. Gastos de utilização de telemóveis 0,00 0,00 0,00
2.2. Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço 0,00 0,00 0,00
2.3. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 0,00 0,00 0,00
2.4. Subsídio de deslocação 0,00 0,00 0,00
2.5. Subsídio de refeição 0,00 0,00 0,00
2.6. Outros 0,00 0,00 0,00
3. Encargos com benefícios sociais
3.1. Segurança social obrigatória 3.414,48 2.560,88 2.560,88
3.1.1. Segurança social obrigatória (2008) 2.467,74 1.850,80 1.850,80
3.2. Planos complementares de reforma 0,00 0,00 0,00
3.3. Seguros de saúde 0,00 0,00 0,00
3.4. Seguros de vida 0,00 0,00 0,00
3.5. Outros 0,00 0,00 0,00
4. Revisor Oficial de Contas
Unidade: Euros
Remunerações 2008 2009
Revisor Oficial de Contas 16.870,00 16.870,00
5.7. Reuniões do Conselho de Administração
O Conselho de Administração reuniu cinquenta e uma vezes ao longo de 2009, tendo daí resultado um
conjunto de deliberações. Enumeram-se, seguidamente, apenas algumas das mais relevantes:
Aprovação da execução das dragagens de manutenção dos canais de navegação e das bacias de
manobra e de estacionamento;
Adjudicação do reforço das plataformas flutuantes de apoio à náutica de recreio na Zona Nascente
da Doca das Fontainhas;
Adjudicação da prestação de serviços de “Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade da APSS,
em conformidade com a norma NP EN ISO 9001:2008”;
31
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Adjudicação dos trabalhos de manutenção, beneficiação e relocalização de bóias e seus sistemas de
amarração;
Aprovação do Relatório de Sustentabilidade de 2008;
Adjudicação da empreitada de concepção/execução de novo passadiço e reparação do existente, de
acessos aos postos de embarque de passageiros de Setúbal e Tróia;
Assinatura do Protocolo de Colaboração com a REFER, no âmbito da cedência por esta empresa à
APSS, da infra-estrutura ferroviária do Terminal Multiusos;
Adjudicação da empreitada de recarga no pavimento do Terminal Ro-Ro;
Aprovação do projecto da empreitada de remodelação do pátio do edifício do mercado de 2ª venda
de pescado de Setúbal;
Aprovação do Regulamento de Contratação de Empreitadas;
Aprovação do Plano de Protecção do Porto de Setúbal;
Aprovação do Regulamento de Tarifas da APSS para 2010;
Dar continuidade ao programa de incentivos à aposentação ou reforma e à rescisão amigável dos
vínculos laborais, aprovado em 2008; Aprovação do Plano Estratégico da APSS 2009/2011; Aprovação do Auto de Recepção do Posto de Inspecção Fronteiriço Fitossanitário – PIFF; Adjudicação dos trabalhos de fornecimento e montagem de passadiços flutuantes no porto de
Sesimbra;
Adjudicação das empreitadas de recarga do manto de protecção dos molhes interiores e de recarga
no pavimento envolvente aos edifícios dos armazéns e oficinas do porto de Sesimbra;
Aprovação da redução da renda variável das concessões multiusos para os contentores vazios, em
50%, à semelhança da taxa em regime de transhipment;
Aprovar os Planos de Manutenção Preventiva dos Equipamentos de Combate à Poluição do Mar
por Hidrocarbonetos; dos Equipamentos de Combate a Incêndios; dos Sistemas Automáticos de
Detecção de Incêndios; do Sistema Norcontrol do VTS; do Grupo Gerador VOLPOR do VTS e dos
Sistemas de Videovigilância (CCTV);
Adjudicação da prestação de serviços de caracterização do ruído ambiente na área de jurisdição
da APSS;
Adjudicação da prestação de serviços de colheita e quantificação de 14 parâmetros indicadores
da qualidade da água, em Setúbal e Sesimbra;
Aprovação da ampliação da prestação de serviços de Medicina no Trabalho, com a realização de
exames complementares de diagnóstico aos trabalhadores;
Adjudicação dos trabalhos de recuperação dos passadiços da Doca de Pesca de Setúbal;
No seguimento da aprovação, pelo IPTM, do Estatuto do Provedor do Cliente do Transporte
Marítimo dos Portos de Setúbal e Sesimbra, tendo designado o Senhor Dr. Manuel Jorge Goes, o
Conselho de Administração deliberou autorizar o início de funções a partir de 1 de Janeiro de 2010.
32
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
5.8. Análise de sustentabilidade da empresa
A APSS tem procurado, no exercício das funções de autoridade portuária, prosseguir uma gestão
responsável tendo em vista prosseguir os princípios da eficiência económica, financeira,
sustentabilidade social e ambiental, os quais se encontram referidos no Relatório de Sustentabilidade
anual da empresa. Esses princípios materializam-se em cinco grandes objectivos:
1. MELHORIA DA COMPETITIVIDADE do porto de Setúbal e dos serviços prestados no porto de
Setúbal, através da melhoria dos acessos aos terminais comerciais, do aprofundamento de
uma política comercial em conjunto com a comunidade portuária e focada no cliente e na
captação e consolidação de tráfegos de linha regular, premiando os que maior crescimento e
volume de tráfego geram e adoptando uma política tarifária atraente.
2. ALARGAMENTO DO HINTERLAND do porto de Setúbal, através da intensificação de actividades de
divulgação com a comunidade portuária em Espanha, até Madrid, em todos os segmentos de
carga, da criação e incentivo a ligações ferroviárias regulares entre o portos e os terminais
logísticos de 2ª linha, da participação no desenvolvimento das novas plataformas logísticas do
Poceirão e Elvas e do apoio à implementação de novos serviços regulares de Auto-estradas
Marítimas de/para o porto de Setúbal com portos europeus.
3. MELHORIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL, através da monitorização ambiental e gestão de resíduos,
de uma gestão racional e eficiente de recursos e investindo na segurança, protecção e
qualidade.
4. MELHORIA DO DESEMPENHO SOCIAL, nomeadamente através do apoio ao desenvolvimento da
actividade piscatória, realizando intervenções de ordenamento e reabilitação em Sesimbra e
Setúbal, e procurando apoiar as actividades de lazer, turismo e náutica de recreio.
5. MELHORIA DO EQUILÍBRIO ECONÓMICO-FINANCEIRO da empresa, enquanto pertencente ao Sector
Empresarial do Estado.
No âmbito da actualização, em 2009, do Plano Estratégico dos Portos de Setúbal e Sesimbra, para o
triénio 2009-2011, foram revistos os principais constrangimentos e riscos associados à actividade e
analisadas as oportunidades e o seu potencial de crescimento, tendo sido adoptado o modelo BSC-
Balanced Scorecard, uma metodologia que assenta na monitorização de um conjunto de objectivos
estratégicos interligados em quatro perspectivas: financeira, mercado (clientes), processos internos e
aprendizagem e crescimento.
33
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
5.9 Avaliação sobre o grau de cumprimento dos Princípios de Bom Governo
A APSS tem procurado assegurar na sua gestão o cumprimento dos Princípios de Bom Governo, de
acordo com a legislação em vigor, conforme se constata no quadro seguinte.
A propósito, refira-se que no Relatório de 2009 dos Princípios de Bom Governo da Direcção-Geral do
Tesouro e Finanças (Quadro 16, página 20), a APSS integra a lista das empresas do Sector Empresarial
do Estado que obtiveram um grau de cumprimento mais elevado relativamente aos itens de validação
definidos para o cumprimento dos princípios de governação.
I. Prosseguimento da Missão, objectivos e princípios gerais de actuação
Avaliação
Cumprir a missão e os objectivos económicos, financeiros, social
e ambiental.
No âmbito da actualização do Plano Estratégico, para o triénio
2009-2011, a APSS procedeu em 2009 à divulgação da missão,
visão, objectivos estratégicos e plano de acções à Comunidade
Portuária de Setúbal.
Elaborar planos de actividades e orçamentos adequados aos
recursos e fontes de financiamento disponíveis.
O Plano de Actividades e Orçamento anual é elaborado numa
óptica de equilíbrio económico-financeiro da empresa, tendo
em consideração os recursos próprios disponíveis, as
previsões de tráfego e de proveitos, os custos necessários e
indispensáveis à actividade, visando a obtenção de resultados
positivos.
Definir estratégias de sustentabilidade nos domínios
económicos, social e ambiental.
A APSS tem procurado adoptar uma gestão responsável que
integre dos três princípios da sustentabilidade, centrada em
objectivos definidos no Plano de Actividades anual. O
Relatório de Sustentabilidade sintetiza as acções
desenvolvidas neste âmbito.
Adoptar planos de igualdade. Tendo em consideração a dimensão e complexidade da
empresa, a APSS não adoptou um plano de igualdade, no
entanto procura assumir, na sua gestão, medidas que
proporcionem igualdade de tratamento e oportunidades a
todos os colabores da empresa.
Informar, anualmente, como foi prosseguida a sua missão, do
grau de cumprimento dos seus objectivos, da forma como foi
cumprida a política de responsabilidade social, de
desenvolvimento sustentável e os termos do serviço público e
em que termos foi salvaguardada a sua competitividade.
Informação relevante é divulgada no Relatório de
Sustentabilidade e no Relatório e Contas anual, sendo este
último aprovado na Assembleia Geral. Ambos são divulgados
no sítio da internet da APSS (www.portodesetubal.pt)
Políticas de investigação, desenvolvimento e integração de
novas tecnologias
Refira-se, em 2009, a implementação da JUP - Janela Única
Portuária e a consolidação do SiGAP - Sistema Integrado de
Informação Ambiental e Portuária.
Tratar com respeito e integridade os seus trabalhadores,
contribuindo activamente para a sua valorização profissional
No regulamento dos registos e controlo dos tempos de
trabalho, há flexibilidade suficiente que permite conciliar a
vida pessoal com a profissional dos colaboradores.
Relativamente à valorização profissional vide o capítulo 4.
Tratar com equidade todos os steakolders e estabelecer e
divulgar os procedimentos adoptados em matéria de aquisição e
adoptar critérios de adjudicação orientados por princípios de
economia e eficácia e que assegurem a igualdade de
oportunidades.
Os procedimentos adoptados pela empresa em matéria de
aquisição de bens e serviços encontram-se definidos sob a
forma de regulamento, no sítio da empresa
(www.portodesetubal.pt). Também no Diário da República são
publicados os anúncios de concurso público, sendo a
adjudicação publicada em www.base.gov.pt.
Ter ou aderir a um código de ética O Código de Ética encontra-se disponível no sítio da internet
(www.portodesetubal.pt).
34
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
II. Detenção de sistemas de controlo adequados Avaliação
Elaboração de um relatório de avaliação do desempenho
individual dos gestores executivos
No relatório anual do Conselho Fiscal existe um ponto relativo
à avaliação do desempenho individual dos gestores.
Criar e manter um sistema de controlo adequado à dimensão e à
complexidade da empresa que deve abarcar todos os riscos
relevantes assumidos pela empresa.
O sistema de controlo de riscos, atendendo à dimensão e
complexidade da empresa, é um sistema tradicional, que
assenta, designadamente, no acompanhamento da gestão de
concessões e licenças, na existência de seguros e garantias, na
actualização dos planos de emergência, aprovação do Plano
de Protecção do porto, na execução de um plano de
monitorização ambiental, no controlo financeiro realizado, na
elaboração do Plano de Gestão de Riscos e Corrupção
Conexas, entre as principais.
III. Prevenção de conflitos de interesses Avaliação
Os membros dos órgãos sociais devem abster-se de intervir nas
decisões que envolvam os seus próprios interesses.
Não existem despesas dessa natureza.
Declaração, pelos membros dos órgãos sociais, no início de cada
mandato, ao órgão de administração, ao órgão de fiscalização e
à IGF, quaisquer participações patrimoniais que detenham na
empresa, bem como relações relevantes que mantenham com
os stakeholders, susceptíveis de gerar conflitos de interesse.
Os membros do Conselho de Administração declararam,
individualmente, à IGF informação dessa natureza.
IV. Divulgação de informação relevante Avaliação
No sítio do SEE No sítio da empresa Nos respectivos relatórios e contas
De acordo com as orientações da DGTF, procedeu-se à
actualização da informação no sítio das Empresas do SEE
(www.dgt.pt),no sítio da empresa (www.portodesetubal.pt).
No Relatório e Contas existe um capítulo relativo ao Governo
da Sociedade e outro relativo aos objectivos de gestão.
Nomeação do Provedor do Cliente Foi designado o Dr. Manuel Jorge Goes para Provedor do
Cliente do Transporte Marítimo dos Portos de Setúbal e
Sesimbra, no seguimento da aprovação da proposta pelo
IPTM.
5.10 Código de Ética
A APSS aprovou um Código de Ética em 2007, que foi divulgado junto de todos os colaboradores da
empresa e encontra-se disponível no sítio da internet (www.portodesetubal.pt).
35
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
6. Gestão do Risco Financeiro
6.1 Avaliação de risco e medidas da respectiva cobertura
Em finais de 2005, e com o objectivo de mitigar o risco financeiro, a Empresa renegociou o empréstimo de médio/longo prazo no BPI, ficando as novas condições a ser conforme se descreve na Nota 48. d) do Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados. As condições do novo empréstimo incluem um contrato de opção sobre a taxa de juro subjacente de forma a gerir o risco associado. No entanto, dado o montante de endividamento existente (1,2 milhões de euros) e o prazo em que o mesmo se extingue (2012), o risco associado é diminuto.
6.2 Politicas de reforço de capitais permanentes
Dada a liquidez existente nos últimos anos, a APSS não teve necessidade de transformar passivo de curto prazo em médio e longo prazo. Pelo contrário, é de registar a redução constante e até antecipada dos capitais alheios (no final de 2005 a dívida era de 11,2 milhões de euros, enquanto que no final de 2009 é de apenas 1,2 milhões de euros) o que permitiu minimizar os custos financeiros, não tendo sido prestadas garantias reais aquando da contratação do empréstimo. Por outro lado, os capitais próprios da APSS tem registado acréscimos resultantes dos resultados positivos obtidos, não tendo estes acréscimos sido superiores devido à distribuição de dividendos ao Accionista.
6.3 Medidas para optimização da estrutura financeira
Têm sido privilegiados os investimentos que beneficiam de co-financiamento comunitário, de subsídios OE/PIDDAC e de recurso próprios, com o objectivo de minimizar a afectação de capitais alheios à cobertura dos investimentos anuais. Aliás, a redução dos capitais alheios, nomeadamente a redução da divida com empréstimos bancários reflectiu-se de forma significativa na constante melhoria dos indicadores financeiros obtidos.
6.4 Evolução da taxa média anual de financiamento
A evolução da Taxa Média de Financiamento praticada nos empréstimos bancários contratados pela APSS, está directamente associada à evolução da Taxa EURIBOR a 6 Meses, a qual registou uma grande variação nos últimos anos. Por outro lado, o montante de Juros liquidados tem vindo a sofrer significativos decréscimos, fruto da política de amortização antecipada dos referidos empréstimos. Conforme descrito na Nota 31. f) Instrumentos Financeiros do Anexo ao Balanço e Demonstração de
Resultados, na negociação do empréstimo contratado com o Banco BPI foram definidas regras para o apuramento da Taxa de Juro, em função da evolução da EURIBOR a 6 meses.
2005 2006 2007 2008 2009
Taxa Média Financiamento (%) 3,03% 3,43% 4,46% 4,52% 3,90%
Juros Pagos (Euros) 416.811,38 389.834,36 332.754,77 197.966,48 71.358,79
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
7. Análise Económico-Financeira
7.1 Investimentos
No exercício de 2009, o investimento total realizado pela APSS ascendeu ao montante de 2,8 milhões
de euros, correspondendo a 73% do valor de investimento orçamentado para este exercício.
Os Trabalhos para a Própria Empresa, no exercício de 2009, atingiram o valor de 109,09 mil euros,
registando um decréscimo de 26,1% (38,53 mil euros), comparativamente com o exercício de 2008:
(unidade: mil euros)
2009
Plano Monitorização Ambiental dos Portos de Setúbal e Sesimbra 105
Avaliação e SET-UP de Serviços das Auto-Estradas Marítimas 33
Reparação e Pavimentação do Terminal Ro-Ro 473
Infraestruturas de Atracação para Transporte Fluvial de Passageiros 550
Ordenamento do Porto de Sesimbra 684
Reabilitação do Edificio do Mercado de 2.ª Venda (ex. Lota) 185
Melhoria do Assinalamento Marítimo 162
Outras Imobilizações 599
Plano Estratégico dos Portos de Setúbal e Sesimbra 25
Estudo "Implantação da Plataforma Logistica de Elvas" 63
Concepção, Implementação e Certificação do Sistema da Gestão da Qualidade 18
Requalificação dos Pontões Flutuantes da Doca de Pesca 99
Melhoramentos na Doca de Recreio Nascente 11
Trabalhos para a própria Empresa (TPE´S) 84
Outros 298
TOTAL 2.791
Nota : Valores c/IVA Pró-Rata Incluído
INVESTIMENTO
Infraestruturas de Atracação para Transporte Fluvial de Passageiros 23,73
Reabilitação do Edificio do Mercado de 2.ª Venda (ex. Lota) 1,54
Outras Imobilizações 83,82
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
A cobertura financeira dos investimentos realizados em 2009, foi assegurada pelas verbas
provenientes do Cap.º 50.º do OE/PIDDAC e Fundos Próprios, conforme detalhe a seguir apresentado:
A decomposição dos subsídios ao investimento provenientes do OE/PIDDAC, por projecto, é a
seguinte:
PLANO DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL DOS PORTOS DE SETÚBAL E SESIMBRA
No âmbito deste projecto têm vindo a ser realizados levantamentos hidrográficos e estudos de
monitorização do ruído e da água salgada. Foram instaladas, para apoio à monitorização, Estações
Meteorológicas e Marégrafos.
Este projecto foi financiado no âmbito do Cap.º 50 .º do OE/PIDDAC.
AVALIAÇÃO E SET-UP DE SERVIÇOS DAS AUTO-ESTRADAS MARÍTIMAS
No âmbito deste projecto foi elaborada uma avaliação técnico-económica sobre o potencial de
implementação de um serviço regular de Auto-estradas Marítimas entre o porto de Setúbal e dois
portos franceses, tendo-se procurado envolver armadores, carregadores e outros operadores
logísticos para gerar volumes de tráfego suficientes e transferir carga da rodovia para o modo
marítimo.
(unidade: mil euros)
COBERTURA FINANCEIRA 2009 %
INTERNOS 1.901,03 68,12%
EXTERNOS
SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO 889,66 31,88%
PIDDAC 889,66 31,88%
TOTAL 2.790,69 100,00%
(unidade: mil euros)
ORIGEM PROJECTO MONTANTE
Plano Monitorização Ambiental Portos de Setúbal e Sesimbra 75,00
Ordenamento do Porto de Sesimbra 664,66
Reabilitação do Edificio do Mercado de 2.ª Venda (ex-Lota) 150,00
OE/PIDDAC
38
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
REPARAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DO TERMINAL ROLL-ON ROLL-OFF
Tendo por objectivo a melhoria das condições de operação no Terminal Roll-on Roll-off, um segmento no qual o porto de Setúbal é líder nacional e pretende alargar o seu domínio até Madrid, a APSS realizou trabalhos de recarga do pavimento em toda a área afecta ao terminal, reparação do sistema de drenagem, adaptação dos sumidores e caixas de visita às novas cotas do pavimento e execução de pintura e sinalização horizontal e vertical no pavimento.
INFRA-ESTRUTURAS DE ATRACAÇÃO PARA O TRANSPORTE FLUVIAL DE PASSAGEIROS
Os passadiços e pontões flutuantes destinados às infra-estruturas de embarque de passageiros,
situados nos cais de Setúbal e Tróia, foram reparados e reforçados, de forma a operacionalizar a
entrada em funcionamento dos novos catamarans.
Todos os custos associados a esta empreitada foram partilhados pela APSS e pela Concessionária, a
Atlantic Ferries.
ORDENAMENTO DO PORTO DE SESIMBRA
Em 2009 deu-se continuidade à execução dos trabalhos previstos no Plano de Intervenções
Prioritárias, com o objectivo de melhorar as condições de acostagem, operacionalidade e de segurança
do porto, destacando-se:
Montagem de passadiços flutuantes e respectivas passarelas de acesso e cais acostável, uma
obra iniciada em 2009, que permitirá reordenar e optimizar o estacionamento das
embarcações de pesca,
Colocação de telas microperfuradas na vedação do parque de recolha selectiva de resíduos,
com o objectivo de reduzir o seu impacto visual,
Reforço dos molhes interiores, uma obra que visou a reparação dos mantos de protecção do
molhe velho, do molhe em frente ao Hotel do Mar e da retenção marginal da rampa
varadouro localizada a norte da antiga lota,
Intervenção no sistema de drenagem de esgotos e criação de central elevatória, que teve
como objectivo a melhoria do comportamento ambiental do sistema de drenagem existente,
retirando todos os efluentes domésticos gerados nas oficinas e edifício da Polícia Marítima do
colector para onde drenavam,
Repavimentação de vias e marcação de sinalização horizontal na envolvente dos edifícios
dos armazéns dos comerciantes e oficinas de apoio à actividade piscatória,
Reabilitação do cais marítimo-turístico, instalado no final da ponte-cais nº 1, através da
colocação de uma nova passarela de acesso ao pontão flutuante.
Colocação de diversos elementos de qualificação da utilização dos espaços portuários,
designadamente, mobiliário urbano, plantação de palmeiras junto ao molhe velho e
instalação de sombreadores para os estendais de pita e oleões,
Remodelação dos pontos de recolha de óleos usados, no sentido da adopção de melhores
práticas ambientais e da integração paisagística no ambiente envolvente,
Realização de levantamentos topo-hidrográficos, não só com o intuito de monitorizar os
fundos da bacia de Sesimbra, como também de dar apoio às obras marítimas que ali se estão
39
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
a realizar. Foi ainda realizado um estudo de modelação matemática com vista a avaliar a
propagação da agitação marítima no interior do porto.
Aquisição de contentores plásticos para colocação de redes e de um porta-paletes eléctrico
para a sua movimentação, com o objectivo de melhorar as condições de segurança da zona
portuária e o acondicionamento das redes de pesca,
Colocação de poitas, bóias e correntes para a regularização do fundeadouro de recreio no
extremo sul do molhe antigo, melhorando as condições de operacionalidade.
A cobertura financeira deste projecto de investimento foi realizada por Fundos Próprios e verbas
provenientes do Capº 50.º do OE/PIDDAC.
REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO DO MERCADO DE 2ª VENDA DE SETÚBAL (EX-LOTA)
Deu-se continuidade à execução do projecto de reabilitação técnica e funcional do edifício, tendo-se
centrado esforços na remodelação do pátio interior. Em todo este processo procurou-se garantir a
articulação com os utentes de armazéns, a Associação de Comerciantes e a Junta de Freguesia da
Anunciada. Neste âmbito, foi ainda criado um novo acesso àquele mercado e eliminado o antigo
portão de entrada para o pátio.
A cobertura financeira deste projecto de investimento foi realizada por Fundos Próprios e verbas
provenientes do Cap.º 50.º do OE/PIDDAC.
MELHORIA DO ASSINALAMENTO MARÍTIMO
Foram realizados trabalhos de manutenção, beneficiação e relocalização de bóias e balizas do sistema
de assinalamento marítimo do porto de Setúbal, reforçando as condições de segurança da navegação.
ACTUALIZAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DOS PORTOS DE SETÚBAL E SESIMBRA
Procedeu-se à actualização do Plano Estratégico dos portos de Setúbal e Sesimbra, que incluiu uma
reavaliação dos objectivos, acções e projectos a desenvolver no triénio 2009-2011, tendo-se definido
um novo Plano de Acções segundo a metodologia BSC-Balanced Scorecard.
RECUPERAÇÃO DOS PASSADIÇOS FLUTUANTES DA DOCA DOS PESCADORES DE SETÚBAL
Com o objectivo de aumentar a segurança e funcionalidade na Doca dos Pescadores, realizaram-se
trabalhos de reparação e limpeza dos passadiços existentes, e colocaram-se novos dispositivos de
ligação entre eles e a terra.
40
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
7.2 Análise Económico-Financeira
Os Resultados Líquidos da APSS, no exercício de 2009, ascenderam ao montante de 2,4 milhões de
euros, verificando-se uma redução de 9% (-226,64 mil Euros) comparativamente com o exercício
anterior.
Os Resultados Operacionais têm vindo a registar significativos acréscimos nos últimos exercícios, no
entanto no ano em análise, verificou-se uma estagnação desses resultados, consequência directa da
recessão da economia a nível internacional.
Os Resultados Extraordinários obtidos no período registaram um decréscimo de 11% (- 323,90 mil
euros) face ao período homólogo.
Este decréscimo é parcialmente justificado pelo facto de, no exercício de 2008, terem sido registados
proveitos de carácter pontual resultantes da redução de provisões constituídas para os custos com o
pessoal afecto aos Ferries.
Também, o montante de Subsídios ao Investimento reconhecidos como proveito neste exercício, que
ascendeu ao montante de 2.898,85 mil euros, sofreu um decréscimo de 6% (- 186,87 mil euros).
Pela Ordem de Serviço n.º 8/2009, de 8 de Abril foi aprovado o “Programa de Reestruturação do
Quadro de Pessoal da APSS”, onde foram criados incentivos à aposentação ou à reforma dos
trabalhadores que reúnam as condições exigidas por lei e também à rescisão amigável dos vínculos à
APSS. Assim, foram acordados com alguns trabalhadores o pagamento de compensações pecuniárias
de natureza indemnizatória, sendo o respectivo custo registado em Custos Extraordinários.
Os Resultados Financeiros registaram uma significativa variação positiva de 38% (+37,85 mil euros),
resultante, essencialmente, da:
§ rentabilização dos excedentes de Tesouraria;
§ amortização total do empréstimo bancário negociado junto do Banco BPI e Banco Millenium
BCP;
§ redução das taxas de juro associadas aos empréstimos negociados.
(unidade: mil euros)
RESULTADOS LÍQUIDOS 2009 2008 Var. 2009/08
Resultados Operacionais 556,85 559,02 0%
Resultados Financeiros 137,35 99,50 38%
Resultados Extraordinários 2.511,70 2.835,60 -11%
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 3.205,91 3.494,11 -8%
Imposto Corrente 800,60 807,57 -1%
Imposto Diferido 0,00 54,60 -100%
2.405,31 2.631,95 -9%
41
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Em termos globais, os Proveitos Operacionais, comparativamente com o exercício de 2008, registaram
um decréscimo de 4% (-761,49 mil euros). Da análise ao quadro a seguir apresentado, constata-se que
com excepção das Concessões e Proveitos Suplementares, todos os restantes proveitos desta natureza
sofreram decréscimos:
(unidade: mil euros)
PROVEITOS OPERACIONAIS 2009 2008 Var. 2009/08
Prestação de Serviços 17.139,44 17.835,90 -4%
- Serviços Portuários 7.436,55 8.027,74 -7%
TUP Navio 2.466,69 2.429,42 2%
TUP Carga 2.189,81 2.404,92 -9%
Taxa Pilotagem 2.625,61 2.709,09 -3%
Armazenagem 16,37 68,31 -76%
Estacionamento (TES) 58,75 7,56 677%
Outras 79,31 408,44 -81%
- Taxas Ocupação e Licenças 1.855,13 2.194,73 -15%
- Concessões 7.847,76 7.613,43 3%
Portuárias 6.884,14 6.751,11 2%
Não Portuárias 963,62 862,33 12%
Proveitos Suplementares 1.077,36 966,50 11%
Outros Proveitos Operacionais 319,81 404,26 -21%
Trabalhos p/Própria Empresa (TPE´s) 109,09 147,62 -26%
Reversões de Amortizações e Ajustamentos 74,51 127,42 -42%
18.720,21 19.481,70 -4%
42
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Os proveitos provenientes dos Serviços Portuários registaram uma redução de 7% (-591,19 mil euros),
resultante do decréscimo verificado na TUP Carga (-215,11 mil euros; -9%) e em Outras - Aluguer de
Equipamento (-329,13 mil euros; - 81%).
Na origem da variação dos proveitos com Aluguer de Equipamento, estão os contratos de fretamento
das embarcações ferries, negociados com a empresa Atlantic Ferries, até que as novas embarcações
adquiridas pela Concessionária estivessem operacionais para efectuarem a travessia fluvial Setúbal-
Tróia, situação que veio a verificar-se em Setembro de 2008.
A movimentação de mercadorias no Porto de Setúbal atingiu 5.859.149 ton, revelando-se inferior em
4,3% (-265 mil ton) comparativamente com o ano de 2008. Esta variação teve um impacto directo na
redução dos proveitos com a TUP Carga que, no período em análise, ascenderam a 2.189,81 mil euros,
comparativamente com o valor de 2.429,42 mil euros do período homólogo.
Os proveitos provenientes das Taxas e Licenças de natureza dominial sofreram um decréscimo de 15%
(-339,6 mil euros) comparativamente com o ano de 2008, justificado essencialmente pela:
- redução de proveitos provenientes da emissão de Licenças para Obras (no ano de 2008 foram
emitidas algumas Licenças de Obras de valor relevante);
- conversão da Licença de Uso Privativo da Uralada em Concessão de Uso Privativo;
Em termos globais, os proveitos com Concessões registaram um aumento de 3% (+ 234,33 mil euros).
As Concessões Portuárias registaram um acréscimo de 2% (+133,04 mil euros), consequência do
significativo aumento da movimentação de mercadorias no Terminal Multiusos Zona 2 (102,2%). Este
acréscimo compensou as variações negativas nos proveitos registados nos Terminais Multiusos Zona 1
(-7%), Tanquisado/Eco-Oil (-19%) e Praias do Sado (-10%).
Relativamente às Concessões de natureza Não Portuária, cuja variação ascendeu a 12% (+101,29 mil
euros), destaca-se o acréscimo de proveitos provenientes da Concessão com a Atlantic Ferries (+57%).
(unidade: mil euros)
CUSTOS OPERACIONAIS 2009 2008 Var. 09/08
Consumos 20,97 22,08 -5%
Fornecimentos e Serviços Externos 2.996,76 3.239,21 -7%
Custos C\ Pessoal 8.387,43 8.462,23 -1%
Amortizações e Ajustamentos do Exercício 5.989,78 6.138,12 -2%
Provisões 22,00 60,16 -63%
Impostos 36,20 13,58 167%
Outros Custos 710,22 987,31 -28%
18.163,35 18.922,69 -4%
43
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Os Custos Operacionais registaram um decréscimo de 4% (-759,33 mil euros), comparativamente com
igual período do exercício anterior. Na origem desta variação estão os custos com “Fornecimentos e
Serviços Externos” e “Outros Custos Operacionais”, com decréscimos de 7% (-242,45 mil euros) e 28%
(-277,09 mil euros), respectivamente.
O decréscimo registado nos custos com Fornecimentos e Serviços Externos comparativamente com o
ano de 2008, resultou da redução de custos com o fornecimento de “Combustíveis” e com as
”Dragagens de Manutenção do Porto de Setúbal”.
No ano de 2008 foi efectuada a contabilização da quota-parte da APSS nas responsabilidades
assumidas pela APP no âmbito do Projecto PIPE – Procedimentos e Informação Portuária Electrónica
(279,18 mil euros). Não tendo ocorrido custos desta natureza, no exercício em análise, justifica-se
assim o decréscimo de 28% (-277,09 mil euros) em Outros Custos Operacionais.
A APSS tem vindo a implementar o plano de reestruturação do quadro de pessoal, nomeadamente
através de uma redução de efectivos. No ano de 2009, o impacto desta redução ainda não é
significativo em virtude do acréscimo de custos associados à saída dos referidos efectivos. A redução
de custos com pessoal virá a verificar-se com maior relevo nos próximos exercícios.
Os Custos com o Pessoal e as Amortizações e Ajustamentos do Exercício continuam a representar um
significativo peso na globalidade dos Custos Operacionais, respectivamente, 46,2% e 32,9%.
Conjuntamente, estas duas rubricas absorvem 76,8% (75% em 2008) dos proveitos operacionais
obtidos pela APSS no exercício em análise.
Os meios libertos, numa óptica operacional, registaram um decréscimo de 3,94% (-226,26 mil euros)
face ao ano de 2008, destacando-se a variação negativa dos Resultados Líquidos obtidos e das
Amortizações e Ajustamentos:
(unidade: mil euros)
CASH FLOW 2009 2008
Resultados Líquidos 2.405,31 2.631,95
Amortizações e Ajustamentos 5.989,78 6.138,12
Provisões 22,00 60,16
Subsídios ao Investimento -2.898,85 -3.085,73
5.518,24 5.744,50
44
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Face às variações atrás referidas, o EBITDA atingiu, no final do exercício, o montante de 6.568,64 mil
euros. Considerando o efeito das Amortizações/Ajustamentos e Provisões, obtemos um EBIT positivo
de 556,85 mil Euros, mantendo-se a boa performance da componente operacional nos últimos anos.
No entanto, é de referir que este indicador seria muito mais expressivo e adequado (3.455,71 mil
euros) se os proveitos (subsídios ao investimento) correspondentes às amortizações consideradas,
estivessem contabilizados como operacionais, ao invés de estarem em rubricas extraordinárias, como
preconiza o Plano Oficial de Contabilidade.
O Valor Acrescentado Bruto ascendeu, no exercício em análise, ao montante de 15.036,17 mil euros,
verificando-se um decréscimo de 2,18% (- 334,53 mil euros) face ao ano de 2008.
Apesar da redução do VAB, face ao ano de 2008, o VAB Per Capita atingiu os 83,07 mil euros, em
virtude da redução do Efectivo Médio de 189 para 181 trabalhadores, reflexo da reestruturação do
quadro do pessoal da APSS.
(unidade: mil euros)
2009 2008
Proveitos Operacionais 18.720,21 19.481,70 Prestação de Serviços 17.139,44 17.835,90 Proveitos Suplementares 1.077,36 966,50 Outros Proveitos Operacionais 319,81 404,26 Trabalhos para a p. empresa 109,09 147,62 Reversões de Amort. e Ajust. 74,51 127,42
Custos Operacionais 12.151,57 12.724,41 Consumos 20,97 22,08 Fornecimentos e Serviços Externos 2.996,76 3.239,21 Custos c\ Pessoal 8.387,43 8.462,23 Impostos 36,20 13,58 Outros Custos 710,22 987,31
EBITDA 6.568,64 6.757,30
Amortizações e Ajustamentos 5.989,78 6.138,12 Provisões 22,00 60,16
EBIT 556,85 559,02
Subsídios ao Investimento 2.898,85 3.085,73
EBIT (AJUSTADO) 3.455,71 3.644,75
45
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
O Fundo de Maneio da APSS, obtido no final do ano de 2009, atingiu o valor de 3.750,28 mil euros que,
comparativamente com o ano anterior, corresponde a um aumento de 10,2% (+348,47 mil euros).
O decréscimo do Passivo de Curto Prazo, no ano de 2009, resultou da redução da Dívida a Terceiros –
Estado e Outros Entes Públicos e da redução de custos com Indemnizações ao Pessoal (Acréscimos de
Custos).
Por outro lado, o decréscimo dos Capitais Circulantes resultou da significativa redução do valor de
Disponibilidades.
A evolução da Estrutura de Capitais da APSS conforme se pode analisar através do seguinte quadro,
registou algumas variações no exercício de 2009:
(unidade: mil euros)
2009 2008
Impostos (s/IVA) 36,20 13,58
Custos c\ Pessoal 8.387,43 8.462,23
Encargos Financeiros 43,91 137,59
Amortizações e Ajustamentos 5.989,78 6.138,12
Provisões 22,00 60,16
Resultados Operacionais 556,85 559,02
15.036,17 15.370,70
Efectivo Médio 181 189
VAB/Efectivo Médio 83,07 81,33
VAB - VALOR ACRESCENTADO BRUTO
(unidade: mil euros)
FUNDO DE MANEIO 2009 2008
CAPITAIS CIRCULANTES 7.330,62 7.539,48
PASSIVO CORRENTE 3.580,34 4.137,67
3.750,28 3.401,81
46
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
No exercício de 2009, os Capitais Próprios da APSS, apenas registaram uma ligeira variação, devido ao
facto da Distribuição de Dividendos ao Accionista da APSS, relativos ao exercício de 2008, ter
correspondido a 90% do Resultado Líquido obtido, ou seja, 2.368,76 mil euros.
A variação da rubrica de Provisões (-182,18 mil euros) resulta do contínuo pagamento das
Aposentações decorrentes do Decreto-Lei n.º 467/99 e do Fundo de Aposentações do ex. INPP, bem
como do registo dos seguintes movimentos:
§ a actualização à data de 31 de Dezembro de 2009, das responsabilidades da APSS no Fundo
de Aposentações do ex. INPP, que se reflectiu numa redução da provisão em 0,86 mil euros;
§ a actualização à data de 31 de Dezembro de 2009, das responsabilidades da APSS com o
pagamento da pensão vitalícia a colaborador da APSS, com uma redução da provisão em
47,43 mil euros;
§ constituição de uma provisão, no valor de 22 mil euros, para a cobertura das
responsabilidades subjacentes a um processo judicial em curso intentado por um ex.
colaborador da APSS.
A variação ocorrida ao nível do Passivo de Médio e Longo Prazo e de Curto Prazo, no exercício em
análise, tem a sua origem, basicamente, na:
§ amortização total do Empréstimo com o Banco BPI e Millenium BCP, realizada em Julho de
2009;
§ contínua amortização do Empréstimo negociado com o Banco BPI;
§ redução das Dívidas a Terceiros – Estado e Outros Entes Públicos, resultante dos pagamentos
por conta, em 2009, terem sido superiores aos efectuados no ano anterior.
A variação registada em Acréscimos e Diferimentos no ano de 2009 ficou a dever-se, essencialmente, à
transferência para Proveitos do Exercício da quota-parte dos Subsídios ao Investimento (2.898,85 mil
euros), bem como à contabilização dos novos Subsídios ao Investimento recebidos no decorrer do
exercício em análise (975,72 mil euros).
(unidade: mil euros)
ESTRUTURA DE CAPITAIS 2009 % 2008 %
Cap. Próprios 37.714,30 38,5% 37.677,75 37,2%
Provisões 1.144,05 1,2% 1.326,23 1,3%
Passivo M/L Prazo 809,84 0,8% 1.428,91 1,4%
Passivo C/Prazo 2.060,09 2,1% 2.359,10 2,3%Acresc./Difer. 56.254,99 57,4% 58.440,29 57,7%
97.983,28 100,0% 101.232,27 100,0%
47
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Em termos globais, a estrutura de capitais (próprios e alheios) da APSS sofreu um decréscimo de
3.248,99 mil euros (-3,21%), comparativamente com o exercício de 2008, fruto da significativa redução
de capitais alheios.
A obtenção de Resultados Líquidos inferiores aos obtidos no período homólogo, reflectiram-se num
decréscimo dos valores dos indicadores de natureza económica, com excepção das Margens do EBIT e
EBITDA.
A redução dos Capitais Alheios, nomeadamente a redução da dívida com Empréstimos Bancários, foi
fundamental na significativa melhoria dos Indicadores Financeiros obtidos no ano de 2009,
comparativamente com o ano anterior.
O Indicador do Prazo Médio de Recebimentos sofreu um significativo agravamento, dado o acréscimo
das dívidas de clientes face ao ano anterior.
2009 2008
ECONÓMICOS
VAB\ENCARGOS PESSOAL 179,27 181,64
RENT.CAP.PRÓPRIOS Res.Liquidos/Cap.Próprios 6,38 6,99
RENT.CAP.TOTAIS Res.Líquidos/(Cap.Próprios+Passivo) 2,45 2,60
EBIT (em milhares de euros) Res. Operacionais 556,85 559,02
EBITDA (em milhares de euros) Res.Operacionais+Amort.+Ajust.+Provisões 6.568,64 6.757,30
MARGEM EBIT EBIT/Prest.Serviços 3,25 3,13
MARGEM EBITDA EBITDA/Prest.Serviços 38,32 37,89
FINANCEIROS
LIQUIDEZ (Activo Circ.+Acr.Proveitos)/(Passivo C/P+Acr.Custos) 2,15 1,88
AUTONOMIA FINANCEIRA Cap.Próprio/Activo Total Liquido 0,38 0,37
SOLVABILIDADE Cap.Próprio/Passivo Total 0,63 0,59
COBERTURA DO IMOBILIZADO Cap.Permanentes/Imob. Liquido 1,02 1,01
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS (DIAS) 88 d 49 d
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS (conforme Programa Pagar a Tempo e Horas) 51 d 76 d
INDICADORES ECONÓMICOS E FINANCEIROS
48
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
7.3 Programa “PAGAR A TEMPO E HORAS”
Tendo como principal objectivo a redução dos prazos de pagamento a fornecedores de bens e serviços praticados por entidades públicas, foi aprovado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2008 de 14 de Fevereiro, o PROGRAMA “PAGAR A TEMPO E HORAS”. Este programa abrange
serviços e fundos da administração directa e indirecta do Estado, Regiões Autónomas, os municípios e empresas públicas, de acordo com diferentes regras e mecanismos. De acordo com o definido no n.º 6 do Anexo à RCM n.º 34/2008 e Despacho n.º 9870/2009 de 13 de Abril, a evolução do Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMP) da APSS é o seguinte:
Por norma, todos os contratos de fornecimento de bens e/ou prestação de serviços são negociados com um Prazo de Pagamento, máximo, de 60 dias (da data de emissão da factura). Habitualmente este prazo é cumprido, contudo existem algumas excepções devido ao tempo necessário na obtenção/análise de esclarecimentos que resultam num dilatar do prazo acordado e, em consequência, do prazo médio de pagamentos. Exemplo disso, são um conjunto de facturas relativamente às quais a APSS não concorda com o seu pagamento, mas cuja negociação tem sido morosa. Considerando para o respectivo cálculo o montante de 277 mil euros correspondentes a facturas em negociação/discussão de 2005 e 2006, o prazo médio de pagamentos é conforme se pode verificar no quadro seguinte:
PMP 31-03-2009 30-06-2009 30-09-2009 31-12-2009
Prazo Médio de Pagamentos 65 62 53 51
Un.: Dias
PMP 31-03-2009 30-06-2009 30-09-2009 31-12-2009
Prazo Médio de Pagamentos 87 81 72 69
Un.: Dias
49
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
8. Objectivos de Gestão
Em Junho de 2009, foi celebrado o Contrato de Gestão conforme estipulado nos artigos 18º e 33º do
Estatuto do Gestor Público (Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de Março), onde foram definidos os
objectivos de gestão do Conselho de Administração da APSS, para o mandato de 2008/2010.
Os objectivos definidos, para 2009, são mensuráveis através dos indicadores apresentados no quadro
abaixo:
PESO DE 2008 QUANTIFICAÇÃO
CADA RUBRICA OBJECTIVOS REAL DIFERENÇA VAR. %
Volume de Negócios (em milhares de euros) ¹ 10,0% 19.207 17.882 18.537 655 4% 10,4%
Margem EBITDA (%) ² 18,7% 35,2% 32,3% 35,4% 3,1% 10% 20,5%
Resultados Líquidos (em milhares de euros) 21,3% 2.632 1.647 2.405 758 46% 31,1%
ROACE (%) ³ 10,0% 8,9% 6,7% 8,8% 2,1% 31% 13,1%
Movimento de Mercadorias (em milhares de toneladas) 25,0% 6.124 5.000 5.859 859 17% 29,3%
PMP (N.º de dias) ⁴ 8,0% 76 65 51 14 27% 10,2%
Grau de Cumprimento do Plano de Investimentos (%) ⁵ 2,0% 49% 85% 88% 3% 4% 2,1%
Eficiência ⁶ 5,0% 2,80 3,00 2,77 0,23 8% 5,4%
¹ Vendas + Prestação de Serviços + Proveitos Suplementares + Outros Proveitos e Ganhos Operacionais
² EBITDA/Volume de Negócios, sendo o EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações + Ajustamentos + Provisões
⁴ PMP calculado de acordo com a RCM n.º 34/2008 e Despacho n.º 9870/2009, de 13 de Abril;
⁶ Custos Operacionais/EBITDA
2009
⁵ Valor do Investimento realizado/valor do investimento orçamentado em Fundos Próprios - corresponde à taxa de realização do investimento orçamentado mas apenas
relativamente ao financiado com Fundos Próprios
³ EBIT/Capital Empregue Médio, sendo no EBIT considerados os subsidios ao investimento (levados a proveito no ano) e correspondendo o Capital Empregue à média da Situação Líquida +
Passivo Remunerado
50
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
9. Proposta de Aplicação de Resultados
O Conselho de Administração da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA propõe que a
aplicação dos Resultados Líquidos apurados, no montante de 2.405.309,17 Euros, seja realizada da
seguinte forma:
Reservas Legais – 10% 240.530,92€
Reserva de Investimentos 2.164.778,25€
51
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
10. Notas Finais
Nestas notas finais, o Conselho de Administração gostaria de agradecer aos seus Clientes, e às
Comunidades Portuárias de Setúbal e Sesimbra toda a colaboração e bom relacionamento.
Cumpre-nos ainda registar com apreço, a preciosa colaboração dos Membros da Mesa da Assembleia
Geral e anotar a forma como tem vindo a ser acompanhada a actividade da APSS pelo Conselho Fiscal
e pelo Revisor Oficial de Contas, na função de Orgãos de Fiscalização da APSS.
Manifestamos, igualmente, o muito apreço aos trabalhadores da APSS que, com o seu esforço,
dedicação e competência, têm contribuído para um funcionamento mais eficaz e eficiente da
empresa, bem como à forma como a mesma tem sido apoiada activamente pela Tutela e pelo
Accionista.
Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA, a 18 de Fevereiro de 2010.
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Carlos Gouveia Lopes
(Presidente do Conselho de Administração)
Francisco Gonçalves
(Administrador)
Ricardo Roque
(Administrador)
52
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
II. Contas do exercício
(unidade: euros)
BALANÇO - ACTIVO 2009 2008
CÓDIGO DAS CONTAS ACTIVO BRUTOAMORTIZAÇÕES
AJUSTAMENTOSACTIVO LÍQUIDO ACTIVO LÍQUIDO
ACTIVO
IMOBILIZADO
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
431 Despesas de Instalação/Estudos 3.943.333,18 3.277.301,73 666.031,45 337.966,65
433 Propriedade Industrial e Outros Direitos 696,49 696,49
442 Imobilizações em Curso 33.215,00 33.215,00 74.345,49
3.977.244,67 3.277.998,22 699.246,45 412.312,14
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
422 Edificios e Outras Construções 16.375.677,73 5.103.934,18 11.271.743,55 12.017.823,63
423 Equipamento Básico 2.157.627,41 1.993.994,89 163.632,52 195.376,76
424 Equipamento de Transporte 752.754,91 735.697,32 17.057,59 27.178,39
425 Ferramentas e Utensíl ios 138.737,03 77.281,30 61.455,73 52.343,82
426 Equipamento Administrativo 3.613.080,33 3.325.406,77 287.673,56 394.118,38
429 Outras Imobilizações Corpóreas 1.644.164,92 1.324.557,27 319.607,65 182.736,39
441/6 Imobilizações em Curso 620.782,20 620.782,20 1.532.729,88
462 BDPE - Edificios e Outras Construções 119.296.728,31 40.984.919,46 78.311.808,85 80.069.141,35
144.599.552,84 53.545.791,19 91.053.761,65 94.471.448,60
CIRCULANTE
EXISTÊNCIAS
36 Matérias Primas, Sub. e de Consumo 42.332,72 42.332,72 37.256,33
32 Mercadorias
42.332,72 42.332,72 37.256,33
DÍVIDAS DE TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO
26 Dívidas de Terceiros - M/L Prazo 53.897,50 47.545,50 6.352,00 11.952,00
53.897,50 47.545,50 6.352,00 11.952,00
DÍVIDAS DE TERCEIROS - CURTO PRAZO
211 Clientes, c/c 4.402.894,65 4.402.894,65 2.541.193,88
218 Clientes de Cobrança Duvidosa 774.605,46 698.370,99 76.234,47 47.483,35
24 Estado e Outros Entes Publicos 78.202,27 78.202,27 65.153,81
262/6/7/8+221 Outros Devedores 1.103.126,11 958.218,03 144.908,08 95.014,75
6.358.828,49 1.656.589,02 4.702.239,47 2.748.845,79
TÍTULOS NEGOCIÁVEIS
18 Outras Aplicações de Tesouraria 2.751.000,00
2.751.000,00
DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA
12 Depósitos Bancários 874.913,98 874.913,98 339.254,48
11 Caixa 644,82 644,82 1.039,33875.558,80 875.558,80 340.293,81
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS271 Acréscimo de Proveitos 375.193,59 375.193,59 227.709,69
272 Custos Diferidos 10.717,51 10.717,51 13.577,18276 Activos e Passivos p/Impostos Diferidos 217.873,94 217.873,94 217.873,94
603.785,04 603.785,04 459.160,81
TOTAL AMORTIZAÇÕES 56.823.789,41
TOTAL AJUSTAMENTOS 1.704.134,52
TOTAL ACTIVO 156.511.200,06 58.527.923,93 97.983.276,13 101.232.269,48
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
(unidade: euros)
BALANÇO - CAPITAIS PRÓPRIOS + PASSIVO
CÓDIGO DAS CONTAS2009 2008
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
51 Capital 14.000.000,00 14.000.000,00
571 Reservas Legais 1.251.752,84 988.557,81
576 Outras Reservas 49.040,00 49.040,00
577 Reservas Especiais 20.005.421,21 20.005.421,21
59 Resultados Transitados 2.779,26 2.779,26
88 Resultado Líquido do Exercicio 2.405.309,17 2.631.950,27
37.714.302,48 37.677.748,55
PASSIVO
PROVISÕES
298 Outras Provisões 1.144.049,80 1.326.226,30
1.144.049,80 1.326.226,30
DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO
2312 Dividas a Instituições de Crédito 809.844,88 1.428.905,59
809.844,88 1.428.905,59
DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO
221 Fornecedores, c/c 625.269,43 917.407,84
2311 Dividas a Instituições de Crédito 404.922,44 433.474,22
261 Fornecedores de Imobilizado 440.771,96 59.234,70
24 Estado e Outros Entes Públicos 499.281,51 796.491,59
262/8+211 Outros Credores 89.840,40 152.490,32
2.060.085,74 2.359.098,67
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
273 Acréscimos de Custos 1.520.249,50 1.778.569,38
274 Proveitos Diferidos 54.734.743,73 56.661.720,99
56.254.993,23 58.440.290,37
TOTAL DO PASSIVO 60.268.973,65 63.554.520,93
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 97.983.276,13 101.232.269,48
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
54
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
(unidade: euros)
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 2009 2008
CUSTOS E PERDAS
61 Custo Merc. Vend. e Mat. Consumidas 20.969,60 22.076,11
62 Fornecimentos e Serviços Externos 2.996.760,66 3.239.207,70
Custos c\ Pessoal
641+642 Remunerações 6.952.673,83 6.974.842,61
Encargos Sociais :
643 Pensões 32.745,40 1.722,88
645/8 Outros 1.402.007,50 1.485.664,52
662+663 Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo 5.920.765,89 6.091.086,08
666+667 Ajustamentos 69.017,29 47.032,46
67 Provisões 22.000,00 60.160,73
63 Impostos 36.198,39 13.578,36
65 Outros Custos Operacionais 710.215,68 987.314,29
(A) 18.163.354,24 18.922.685,74
683+684 Amort. e Ajust. de Aplicações de Inv. Finan.
681+685+688 Juros e Custos Similares :
Relativos a Empresas Interligadas
Outros 43.905,79 137.592,30
(C) 18.207.260,03 19.060.278,04
69 Custos e Perdas Extraordinárias 545.394,00 764.871,46
(E) 18.752.654,03 19.825.149,50
86 Imposto s\ Rendimento do Exercicio
Imposto Corrente 800.596,76 807.566,05
Imposto Diferido 54.595,55
(G) 19.553.250,79 20.687.311,10
88 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 2.405.309,17 2.631.950,27
PROVEITOS E GANHOS 2009 2008
71 Vendas
72 Prestação de Serviços 17.139.440,92 17.835.904,47
75 Trabalhos Para a Própria Empresa 109.089,81 147.617,81
73 Proveitos Suplementares 1.077.363,57 966.500,86
76 Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 319.805,34 404.258,60
77 Reversões de Amortizações e Ajustamentos 74.507,78 127.422,82
(B) 18.720.207,42 19.481.704,56
7815 Rend. de Titulos Negoc. e Outras Aplic. Finan.
7811+7818+785+786Outros Juros e Proveitos Similares 181.257,43 237.088,29
(D) 18.901.464,85 19.718.792,85
79 Proveitos e Ganhos Extraordinários 3.057.095,11 3.600.468,52
(F) 21.958.559,96 23.319.261,37
Resultados Operacionais (B) - (A) 556.853,18 559.018,82
Resultados Financeiros (D - B) - (C - A) 137.351,64 99.495,99
Resultados Correntes (D - C) 694.204,82 658.514,81
Resultados Antes de Impostos (F) - (E) 3.205.905,93 3.494.111,87
Resultados Líquido do Exercicio (F) - (G) 2.405.309,17 2.631.950,27
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
55
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
(unidade: mil euros)
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 2009 2008
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimento de Clientes 17.072,55 20.028,23
Pagamentos a Fornecedores 3.737,74 4.227,28
Pagamentos ao Pessoal 9.196,35 8.842,29
Fluxo gerado pelas operações 4.138,46 6.958,65
Pagamento/recebimento do Imposto s/Rendimento 1.098,51 720,08
Outros pagamentos/recebimentos actividade operacional 461,55 397,57
Fluxo gerado antes rubricas extraordinárias 2.578,41 5.841,01
Recebimento de rubricas extraordinárias 0,00 0,00
Pagamentos de rubricas extraordinárias 0,00 0,00
FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS 2.578,41 5.841,01
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos Provenientes de:
Investimentos Financeiros
Imobilizações Corpóreas 17,26 5,95
Imobilizações Incorpóreas
Subsidios de Investimento 975,72 872,88
Juros e Proveitos Similares 55,38 111,34
Dividendos
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos Financeiros
Imobilizações Corpóreas 2.002,71 1.849,69
Imobilizações Incorpóreas 750,72 366,76
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO -1.705,05 -1.226,29
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos Provenientes de:
Empréstimos obtidos 0,00
Aumentos de Capital, prestações suplementares e prémios de emissão 0,00
Subsídios e Doacções
Venda de acções (quotas) próprias
Cobertura de Prejuízos
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos 647,61 3.662,23
Amortização de contratos de locação financeira 79,43
Juros e Custos Similares 72,72 201,96
Dividendos 2.368,76 1.507,27
Reduções de Capital e Prestações Suplementares
Aquisição de acções (quotas) próprias
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO -3.089,09 -5.450,89
Variação de Caixa e seus equivalentes -2.215,74 -836,17
Efeito das Diferenças de Câmbio
Caixa e seus equivalentes do inicio do período 3.091,29 3.927,46
Caixa e seus equivalentes no fim do período 875,56 3.091,29
56
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
(unidade: mil euros)
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES 2009 2008
Vendas e Prestações de Serviços 18.216,80 18.802,41
Custo Vendas e Prestações de Serviços 8.456,58 8.840,59
Resultados Brutos 9.760,22 9.961,81
Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 661,64 1.194,04
Custos de Distribuição
Custos Administrativos 5.212,08 5.299,25
Outros Custos e Perdas Operacionais 2.139,38 2.456,72
Resultados Operacionais 3.070,40 3.399,88
Custo Líquido de Financiamento -135,50 -94,23
Ganhos e (perdas) em fi l iais e associadas
Ganhos e (perdas) em outros investimentos
Resultados não usuais ou não frequentes
Resultados Correntes 3.205,91 3.494,11
Impostos sobre os Resultados Correntes 800,60 862,16
Resultados Correntes após Impostos 2.405,31 2.631,95
Resultados Extraordinários
Impostos sobre os Resultados Extraordinários
Resultados Extraordinários após Impostos 0,00 0,00
RESULTADOS LÍQUIDOS 2.405,31 2.631,95
57
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
III. Anexo ao Balanço em 31 de Dezembro de 2009 e às Demonstrações dos Resultados, por Natureza e Funções, e à Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício então findo (em milhares de Euros)
INTRODUÇÃO
A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA (adiante designada por “APSS” ou “Empresa”),
foi inicialmente constituída sobre a forma de instituto público dotado de personalidade jurídica de
direito público e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Pelo Decreto-lei n.º 338/98,
de 3 de Novembro, foi transformada em Sociedade Anónima de capitais exclusivamente públicos,
passando a reger-se pelo referido diploma e pelos seus Estatutos e, em tudo o que neles não estiver
previsto, pelas normas aplicáveis às sociedades anónimas e pelas normas especiais cuja aplicação
decorra do objecto da Empresa.
A APSS sucedeu assim automática e globalmente à Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra,
instituto público, e continuou a personalidade jurídica desta, conservando a universalidade dos bens,
direitos e obrigações integrantes da sua esfera jurídica no momento da transformação.
Mantiveram-se integrados no domínio público do Estado afecto à APSS os terrenos, terraplenos e
molhes de protecção situados dentro da área de jurisdição da Administração dos Portos de Setúbal e
Sesimbra, instituto público, ou com ela confinantes, delimitada pelos contornos e linhas definidos
pelos pontos constantes da planta anexa ao referido diploma e ainda os bens afectos à actividade de
pesca, serviços de primeira venda e actividades conexas.
Neste contexto, os bens de domínio público encontram-se afectos à actividade da Empresa, que os
pode administrar livremente, nesse âmbito, mas não pode dispor dos mesmos no que diz respeito ao
comércio jurídico privado.
Foram desafectados do domínio público do Estado e integrados no património da APSS, todos os
equipamentos e edifícios, ainda que implantados sobre terrenos dominiais, afectos à Administração
dos Portos de Setúbal e Sesimbra, instituto público. A Empresa sucedeu ainda na titularidade de todos
os bens, direitos e obrigações do Departamento de Pilotagem de Setúbal do Instituto Nacional de
Pilotagem dos Portos (INPP). Passou também a constituir património da APSS, os imóveis do INPP
afectos ao Departamento de Pilotagem de Setúbal.
A APSS assegura o exercício das competências necessárias ao regular funcionamento dos dois portos,
nos seus múltiplos aspectos de ordem económica, financeira e patrimonial, de gestão de efectivos e
de exploração portuária e ainda as actividades que lhe sejam complementares, subsidiárias ou
acessórias. Assim, são competências da Empresa:
58
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
a) atribuição de usos privativos e definição de respectivo interesse público para efeitos de
concessão, relativamente aos bens de domínio público que lhe está afecto, bem como à
prática de todos os actos respeitantes à execução modificação e extinção da licença ou
concessão;
b) licenciamento de actividades portuárias de exercício condicionado e concessão de
serviços públicos portuários, podendo praticar todos os actos necessários à atribuição,
execução, modificação e extinção da licença ou concessão, nos termos da legislação
aplicável;
c) expropriação por utilidade pública, ocupação de terrenos, implantação de traçados e
exercício de servidões administrativas necessárias à expansão ou desenvolvimento
portuários, no termos legais;
d) fixação das taxas a cobrar pela utilização dos portos, dos serviços neles prestados e pela
ocupação de espaços dominiais ou destinados a actividades comerciais ou industriais;
e) protecção das suas instalações e do seu pessoal;
f) uso público dos serviços inerentes à actividade portuária e sua fiscalização.
Na sua área de jurisdição, só a APSS pode conceder licenças para execução de obras directamente
relacionadas com a sua actividade e cobrar taxas inerentes às mesmas.
As atribuições referentes à gestão da água na área de jurisdição da APSS, incluindo a supervisão da sua
qualidade, competem ao Instituto da Água e à respectiva Direcção Regional do Ambiente. A APSS terá
de obter parecer prévio das entidades responsáveis pela protecção do ambiente, no que respeita a
utilização de edifícios ou de instalações a licenciar, de que possa resultar poluição de qualquer
natureza.
No âmbito das orientações da política comum de transportes e da política nacional para o sector
marítimo-portuário, a Empresa tem vindo a alterar o modelo de gestão de autoridade portuária,
através do accionamento dos processos de concessão ao sector privado das operações e infra-
estruturas portuárias, com o consequente afastamento da APSS da área operacional (cada vez mais
"Landlord Port" e menos "Tool Port") e acentuando as funções de controlo e fiscalização e de
Autoridade Portuária.
Os prazos das concessões são de 10, 20, 25 e 30 anos, conforme o Contrato de Concessão em causa.
A Empresa foi inicialmente constituída com um capital social de 6.501.830,59 Euros, tendo
subsequentemente sido aumentado para 14.000.000,00 Euros (ver Nota 36). Este reforço foi
determinado em função da estrutura dos capitais próprios, das responsabilidades e das reservas
subjacentes ao valor de avaliação dos bens integrados nas contas aquando da sua constituição.
A Empresa tem sede na Praça da República, em Setúbal.
59
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
NOTA 1 - APLICAÇÃO DO POC NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras do exercício foram preparadas, em todos os seus aspectos materiais, em
conformidade com as disposições do Plano Oficial de Contabilidade (POC), aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 410/89 de 21 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 238/91, de 2 de
Julho e pelo Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro.
As notas às contas respeitam a ordem e demais princípios estabelecidos pelo POC. As notas cuja
numeração se encontra ausente deste Anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não
é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras anexas.
NOTA 2 - COMPARABILIDADE DO CONTEÚDO DAS CONTAS
No exercício de 2009, a Empresa não procedeu a alterações de práticas ou políticas contabilísticas,
pelo que o conteúdo das contas relativas ao exercício de 2009 é comparável, em todos os aspectos
significativos, com os do exercício anterior.
NOTA 3 - PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS ADOPTADOS
As demonstrações financeiras Anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com os
princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.
Os principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos utilizados na preparação das
demonstrações financeiras foram os seguintes:
a) Imobilizado incorpóreo
As imobilizações incorpóreas, são constituídas essencialmente por Planos de Ordenamento e
Estudos/Levantamentos de carácter específico e encontram-se registadas ao custo de aquisição.
As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, e com base nas taxas máximas,
permitidas pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90.
b) Imobilizado corpóreo
As imobilizações corpóreas (incluindo os bens de domínio público), integradas à data de constituição
da Empresa (ver Introdução a este Anexo), foram subsequentemente registadas com base em
avaliação patrimonial efectuada em 1999 por entidade independente. A avaliação abrangeu parte
significativa dos bens integrados e reportou-se à data de 2 de Dezembro de 1998, tendo sido utilizado
o método do “Valor em Uso Continuado”. Os bens adquiridos posteriormente à data de constituição
da Empresa, encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o valor da factura do
fornecedor e respectivas despesas de compra.
60
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Todas as amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes a partir do ano de aquisição
do respectivo bem (Ver Nota 10).
As taxas utilizadas são as estimadas para a vida útil económica dos bens, as quais se enquadram nos
limites previstos no Decreto Regulamentar n.º 2/90.
Relativamente às embarcações ferries, cuja taxa de amortização utilizada inicialmente correspondeu a
uma vida útil esperada de 5 anos (face ao desgaste/depreciação dos bens), no exercício de 2007,
efectuou-se uma amortização extraordinária, no valor de 320.383,33 Euros, referente ao Valor Líquido
Contabilístico, à data de 31 de Dezembro de 2007, de todas as embarcações ferries afectas ao serviço
público do transporte fluvial entre Setúbal e Tróia, dado terem sido transferidas da Concessionária
com hipotecas sobre as mesmas, situação confirmada em 2007.
As principais taxas de amortização utilizadas são as seguintes:
As reparações que se estimam aumentar a vida útil dos bens que lhe estão subjacentes, são registadas
em imobilizado corpóreo; as restantes são registadas em custos do exercício em que são efectuadas.
c) Bens de áreas concessionadas
Os bens das áreas concessionadas à Tersado e Sadoport (Concessão do Terminal Multiusos) foram
alienados aos concessionários e consequentemente foram excluídos do Imobilizado Corpóreo (ver
Nota 31, alínea d)).
No que se refere às infra-estruturas, e porque fazendo parte dos Bens do Domínio Público do Estado,
as mesmas encontram-se relevadas em conta específica do Imobilizado Corpóreo.
IMOBILIZADO CORPÓREO TAXA DE AMORTIZAÇÃO
Edificios e Outras Construções 2% - 5% - 10%
Equipamento Básico 12,5%
Equipamento Transporte 25%
Ferramentas e Utensíl ios 25%
Equipamento Administrativo 12,5% - 15% - 20% - 25% - 33,33%
Outras Imobilizações Corpóreas 10% - 12,5% - 20%
IMOB. CORPÓREO - BDPE TAXA DE AMORTIZAÇÃO
Edificios e Outras Construções 4% - 5% - 8,33% - 10%
61
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
d) Existências
As existências compreendem essencialmente Material de Escritório (economato).
As existências são valorizadas a custo de aquisição, o qual é inferior ao seu valor esperado de
realização.
Como método de movimentação das saídas é utilizado o Custo Médio Ponderado.
e) Ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa
Com excepção de algumas situações específicas, os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa
são calculados tendo por base os critérios estabelecidos para efeitos fiscais, pois considera-se que o
ajustamento em questão não sofreria alteração significativa caso fosse apurada pelos critérios
económicos.
f) Subsídios ao investimento
Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações, são contabilizados
quando existe confirmação do valor a receber, sendo os mesmos diferidos em balanço (rubrica de
Proveitos Diferidos) e posteriormente reconhecidos como proveitos (extraordinários) ao longo da vida
útil estimada dos bens que lhes estão subjacentes, em consonância com as correspondentes
amortizações (ver Nota 46).
g) Reformas antecipadas
A APSS é responsável pelo pagamento de pensões de reforma antecipadas, aos trabalhadores que
optaram pelo benefício previsto no Decreto-Lei n.º 467/99, de 6 de Novembro. Este decreto refere
que, desde que se verificassem determinadas condições até 31 de Dezembro de 2002, era permitida a
reforma antecipada dos trabalhadores ligados aos institutos e demais entidades portuárias, que
fossem subscritores da Caixa Geral de Aposentações. Esta responsabilidade cessa quando os
trabalhadores que tenham optado pela aposentação perfaçam 36 anos de serviço ou 70 anos de
idade.
As responsabilidades, determinadas com base no valor da pensão actual multiplicada pelo número de
anos em que esse benefício ainda vai vigorar (tendo por base as condições da sua cessação),
encontram-se cobertas por uma provisão registada na rubrica de Provisões – Outras Provisões (ver
Notas 31 e 34). Esta responsabilidade encontra-se registada ao seu valor nominal, por se considerar
que qualquer ajustamento a efectuar decorrente do desconto destes valores não seria significativo.
h) Pensões de reforma
Nos termos do artigo n.º 17 do Decreto-Lei n.º 338/98, de 3 de Novembro, a APSS ficou obrigada a
contribuir, em conjunto com as outras Administrações, para a manutenção do fundo de aposentações
do INPP - Instituto Nacional de Pilotagem dos Portos, criado pelo Decreto-Lei n.º 188/89, de 3 de
Junho, relativamente aos aposentados que integravam o ex. departamento de pilotagem.
Para o financiamento destas responsabilidades, as quais são avaliadas por estudo actuarial
desenvolvido anualmente por entidade independente, foi constituída uma provisão, a qual se
encontra registada na rubrica de Provisões - Pensões (ver Notas 31 e 34).
62
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Decorrente de um acidente em serviço que, resultou numa incapacidade permanente absoluta para o
exercício das suas funções, foi determinado pela Caixa Geral de Aposentações o valor anual da pensão
vitalícia a pagar ao trabalhador. Conforme determina o art.º 43.º do Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de
Novembro, o pagamento da pensão vitalícia é encargo da APSS, por se tratar de um organismo com
autonomia administrativa e financeira.
Com vista à cobertura dos encargos com a pensão vitalícia foi constituída uma provisão, com base no
estudo actuarial realizado por entidade independente, que se encontra registada na rubrica de
Provisões – Pensões (ver Notas 31 e 34).
A APSS adopta como política contabilística para reconhecimento das suas responsabilidades com
pensões de reforma, os critérios consagrados na Norma Internacional de Contabilidade n.º 19.
i) Benefícios de acção social pós-emprego (assistência médica-medicamentosa e assistência
hospitalar)
Atendendo a que foi extinta, na sequência da Resolução do Conselho de Ministros nº 39/2006, de 30
de Março, a Obra Social do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (OSMOP) e
criados os Serviços Sociais da Administração Pública (SSAP), que têm como missão assegurar a acção
social complementar da generalidade dos trabalhadores da Administração Pública, cujo regime é
regulado pelo DL 122/2007, de 27 de Abril, a APSS deixou de comparticipar, nos termos do citado
diploma, a partir de Janeiro de 2008 para a acção social complementar pelos seus trabalhadores, quer
no activo quer na situação de aposentados.
j) Imposto sobre o rendimento
O encargo sobre o Imposto sobre o Rendimento (IRC) é apurado tendo em consideração as disposições
do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC).
A Empresa adopta, de acordo com o disposto na Directriz Contabilística n.º 28, o conceito de
contabilização de impostos diferidos (ver Nota 6).
l) Passivos e dispêndios de carácter ambiental
A empresa adopta como política contabilística para o reconhecimento dos dispêndios de carácter
ambiental, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística n.º 29 emanada pela Comissão de
Normalização Contabilística (Ver Nota 49).
m) Especialização de exercícios
A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos
exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas,
independentemente do momento em que são recebidas ou liquidadas, sendo as diferenças registadas
nas rubricas de acréscimos e diferimentos.
63
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
NOTA 6 - IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
O pagamento do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) é efectuado com base em
declarações de autoliquidação, que ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas
autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Contudo, no caso de serem apresentados
prejuízos fiscais, estas podem ser sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas autoridades fiscais
por um período de 10 anos. Os prejuízos fiscais de um determinado exercício, podem ser deduzidos
aos lucros fiscais nos 6 anos seguintes.
No exercício de 2009, foi apurado imposto corrente no valor de 800,60 mil euros. No valor do imposto
apurado no exercício está incluída a verba de 10,37 mil euros que corresponde a custos do exercício
sujeitos a tributação autónoma.
A taxa efectiva do encargo com IRC no exercício é de 25% (incluindo derrama), e encontra-se abaixo da
taxa nominal de 26,45% (incluindo derrama).
Atendendo ao período de tempo alargado para que as provisões para pensões venham a ser utilizadas,
e não sendo possível nesta data garantir que nesses anos hajam resultados suficientes para
produzirem matéria colectável susceptível de recuperar os ganhos referentes aos impostos diferidos, a
empresa, à semelhança do ano anterior, por questões de prudência, optou por não registar impostos
diferidos activos para as provisões para pensões, no montante de 297,34 mil euros. Os activos por
impostos diferidos incluem, uma verba de 180,52 mil euros, correspondente a ajustamentos para
dívidas a receber (681,19 mil euros), bem como 37,35 mil euros relativos a outras provisões (140,97
mil euros).
A reconciliação entre o resultado contabilístico e o resultado tributável e entre o imposto corrente e o
imposto do exercício sobre o rendimento é como segue:
a) Reconciliação da taxa de imposto
64
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
(unidade: mil euros)
RECONCILIAÇÃO DA TAXA DE IMPOSTO 2009 2008
Resultado Antes de Impostos 3.205,91 3.494,11
Variação Patrimonial Positiva
Variação Patrimonial Negativa
Taxa nominal de imposto 26,45% 26,5%
847,89 925,94
Diferenças permanentes a acrescer (i) 11,30 30,73
Diferenças permanentes a deduzir (i) -68,96 -168,48
Util ização de Imposto Diferido 54,60
Tributação Autónoma 10,37 19,37
Reconhecimento de imposto diferido
Imposto sobre o Rendimento 800,60 862,16
Imposto Corrente 800,60 807,57
Imposto Diferido do Exercício 0,00 54,60
(unidade: mil euros)
A Acrescer 2009
Prémios de Seguros 13,61Reintegrações e Amortizações não aceitesProvisões não aceitesDonativos - Estatuto do Mecenato 1,23Insuficiência estimativa imposto 1,04Multas, Juros Compensatórios 0,03Despesas confidenciaisMenos-Valias Contabilisticas 0,66Mais-Valias Fiscais com intenção de reinvest. 8,17Ajudas de Custo e Desl. Viatura Própria 15,20Ajustamentos (Cobrança duvidosa) 2,80
42,74
26,45%
11,30
(unidade: mil euros)
A Deduzir 2009
Redução de Provisões Tributadas 204,18Mais-Valias Contabilísticas 17,05Menos-Valias FiscaisBeneficios Fiscais 0,23Reversão de Ajustamentos 39,31
260,76
26,45%
68,96
65
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
b) Diferenças temporais – Movimentos nos Impostos Diferidos Activos
NOTA 7 - VOLUME DE EMPREGO
À data de 31 de Dezembro de 2009, o número de empregados ao serviço da Empresa foi de 177 (2008:
189 empregados) e apresentava a seguinte distribuição (Ver Nota 25):
NOTA 8 - IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Ver Nota 10.
NOTA 10 – MOVIMENTO NO ACTIVO IMOBILIZADO E RESPECTIVAS AMORTIZAÇÕES
O movimento ocorrido nas contas de imobilizações incorpóreas e imobilizações corpóreas, durante o
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, bem como nas respectivas amortizações acumuladas foi
o seguinte:
(unidade: mil euros)
ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS SALDO INICIAL RECONHECIMENTO UTILIZAÇÃO SALDO FINAL
Provisões para outros riscos e encargos 180,52 0,00 0,00 180,52
(Ajustamentos Dívidas a Receber)
Prejuizos fiscais a reportar 0,00 0,00 0,00 0,00
Provisões 37,35 0,00 0,00 37,35
217,87 0,00 0,00 217,87
(unidade: mil euros)
PESSOAL APSS
QUADRO 176
Com Contrato Permanente 176
ALÉM DO QUADRO 1
Comissão de Serviço 1
TOTAL 177
66
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
O detalhe do Reforço de Imobilizado efectuado, no exercício de 2009, pode ser analisado no Capítulo
6. Análise Económico-Financeira (6.1. Investimentos).
(unidade: mil euros)
ACTIVO BRUTO SALDO INICIAL AUMENTOS ABATES TRANSFERÊNCIAS SALDO FINAL
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Despesas de Instalaçäo 3.151,49 183,60 608,25 3.943,33
Propriedade Industrial e Outros Direitos 0,70 0,70
Imobilizações em Curso 74,35 33,22 -74,35 33,22
3.226,53 216,81 0,00 533,90 3.977,24
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Edificios e Out. Construçöes 16.352,55 23,13 16.375,68
Equipamento Básico 2.180,68 31,97 55,02 2.157,63
Equipamento de Transporte 759,60 4,62 11,47 752,75
Ferramentas e Utensil ios 108,34 30,40 138,74
Equipamento Administrativo 3.465,72 157,26 9,90 3.613,08
Outras Imobilizaçöes Corpóreas 1.432,87 211,30 1.644,16
Imobilizaçöes em Curso 1.532,73 620,78 -1.532,73 620,78
Adiant. p/Conta Imob. Corp. 0,00 0,00
25.832,49 1.079,46 76,39 -1.532,73 25.302,82
BDPE - IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Edificios e Out. Construçöes 116.803,49 1.494,42 998,83 119.296,73
116.803,49 1.494,42 0,00 998,83 119.296,73
TOTAL 145.862,50 2.790,69 76,39 0,00 148.576,80
(unidade: mil euros)
AMORTIZAÇÕES SALDO INICIAL REFORÇOANULAÇÃO/
REVERSÃOSALDO FINAL
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Despesas de Instalaçäo 2.813,52 463,78 3.277,30
Propriedade Industrial e Outros Direitos 0,70 0,70
2.814,22 463,78 0,00 3.278,00
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Edificios e Out. Construçöes 4.334,73 769,21 5.103,93
Equipamento Básico 1.985,30 63,72 55,02 1.993,99
Equipamento de Transporte 732,42 14,75 11,47 735,70
Ferramentas e Utensil ios 55,99 21,29 77,28
Equipamento Administrativo 3.071,60 263,03 9,22 3.325,41
Outras Imobilizaçöes 1.250,13 74,42 1.324,56
11.430,18 1.206,41 75,72 12.560,87
BDPE - IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
Edificios e Out. Construçöes 36.734,34 4.250,57 40.984,92
36.734,34 4.250,57 0,00 40.984,92
TOTAL 50.978,74 5.920,77 75,72 56.823,79
67
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
NOTA 14 - OUTRAS INFORMAÇÕES RELATIVAS AO IMOBILIZADO
Encontram-se em poder de terceiros os seguintes bens:
§ Duas secretárias, três cadeiras e um armário, conforme autorizado na De 0407/2006CA, a título
temporário e gratuito - Alfândega de Setúbal;
§ Equipamento Informático em consequência da implementação do SIIGEP - Sistema de Gestão
Portuária:
- um computador e um transceiver - Capitania do Porto de Setúbal;
- um computador , um transceiver, uma impressora e uma Workstation - Policia Marítima;
- um computador , um transceiver e uma impressora - Alfândega de Setúbal;
- um computador , um transceiver e uma impressora - Brigada Fiscal
NOTA 19 - VALORES DE MERCADO DOS ELEMENTOS DO ACTIVO CIRCULANTE
Considera-se que não existem diferenças significativas entre os valores de mercado e os valores
contabilísticos dos elementos do activo circulante.
NOTA 21 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO ACTIVO CIRCULANTE
NOTA 23 - DIVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA
Em 31 de Dezembro de 2009 as dívidas de cobrança duvidosa, por cada uma das rubricas de dívidas de
terceiros, eram como segue:
(unidade: mil euros)
AJUSTAMENTOS SALDO INICIAL REFORÇO REVERSÃO SALDO FINAL
DÍVIDAS DE TERCEIROS
Clientes de Cobrança Duvidosa 703,86 69,02 74,51 698,37
Outros Devedores 1.005,76 1.005,76
TOTAL 1.709,63 69,02 74,51 1.704,13
(unidade: mil euros)
DESCRIÇÃO 2009 2008
Clientes Cobrança Duvidosa - Setúbal + Sesimbra 774,61 751,34
Outros Devedores - Transado 958,22 958,22
Outros Devedores - M/L Prazo 53,90 59,50
TOTAL 1.786,72 1.769,06
68
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
NOTA 25 - DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS RELATIVAS AO PESSOAL DA EMPRESA
Analisam-se como segue os saldos em Balanço relacionados com o pessoal:
As Indemnizações ao Pessoal correspondem a acordos efectuados ainda em 2009 para reformas
antecipadas e cujos pagamentos só vão ser liquidados após aprovação por parte da Caixa Geral de
Aposentações.
NOTA 29 - VALOR DAS DÍVIDAS A TERCEIROS A MAIS DE 5 ANOS
O valor das dívidas a terceiros que se vencem a mais de 5 anos são como segue:
(Ver Nota 48 d))
NOTA 31 - RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS POR REFORMAS ANTECIPADAS, PENSÕES DE
REFORMA, BENEFÍCIOS DE ACÇÃO SOCIAL PÓS-EMPREGO E OUTRAS
a) Fundo de Aposentações do ex- INPP
Conforme referido na Nota 3. h), a Empresa é responsável pela manutenção do fundo de
aposentações do INPP - Instituto Nacional de Pilotagem dos Portos, criado pelo Decreto-Lei n.º
188/89, de 3 de Junho, relativamente aos aposentados que integravam o ex. departamento de
pilotagem.
(unidade: mil euros)
31.12.2009 31.12.2008
Férias e Subsídios de Férias a pagar em 2009 1.058,20 1.100,63
Indemnizações ao Pessoal (Ver Nota 46) 356,50 560,00
Cauções prestadas pelo Pessoal (Tesouraria) 0,00 0,47
TOTAL 1.414,70 1.661,11
DÉBITOS AO PESSOAL
(unidade: mil euros)
DESCRIÇÃOCAPITAL TOTAL EM
DIVIDA
CAPITAL EM DÍVIDA
A + 5 ANOS
CAPITAL TOTAL EM
DIVIDA
CAPITAL EM DÍVIDA
A + 5 ANOS
Emp. Banc. M/L Prazo - Banco BPI 1.214,77 0,00 1.619,69 0,00
Emp. Banc. M/L Prazo - Banco BPI+MILLENIUM BCP 0,00 0,00 242,69 99,93
TOTAL 1.214,77 0,00 1.862,38 99,93
2009 2008
69
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
O estudo actuarial desenvolvido por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de
2009, para efeitos de apuramento nessas datas, das responsabilidades acumuladas, teve por base os
seguintes pressupostos:
Em 31 de Dezembro de 2009, a cobertura das responsabilidades da Empresa pela provisão em Balanço
era a seguinte:
A variação do valor das responsabilidades no exercício de 2009 foi a seguinte:
A actualização das responsabilidades por serviços passados da APSS, à data de 31 de Dezembro de
2009, foi registada a crédito na rubrica de custos com pessoal, pelo seu valor líquido.
b) Responsabilidades por serviços passados – Acidente de Trabalho
Conforme disposto no art.º 43.º do Decreto-Lei n.º 503/99, os encargos resultantes do acidente de
serviço são da responsabilidade da APSS (ver Nota 3. h). O valor da Provisão constituída resulta de
estudo actuarial elaborado por entidade independente e teve como base os seguintes pressupostos:
DESCRIÇÃO 2009 2008
TÁBUAS DE MORTALIDADE TV 88-90 TV 88-90
TAXA DE DESCONTO 5,25% 4,0%
TAXA DE CRESCIMENTO PENSÕES 1,75% 2,5%
(unidade: mil euros)
DESCRIÇÃO 2009 2008
Responsabilidades por serviços passados -
Pensionistas853,69 981,24
Provisão em Balanço (Ver Nota 34) 853,69 981,24Percentagem de Cobertura da Provisão 100% 100%
(unidade: mil euros)
2009
Saldo Inicial 981,24
Custo Financeiro 36,72
(Ganhos) e Perdas actuariais -37,58
Pensões pagas no ano -126,69
Saldo Final 853,69
70
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
Em 31 de Dezembro de 2009, a cobertura das responsabilidades da Empresa pela provisão em Balanço
era a seguinte:
A variação do valor das responsabilidades no exercício de 2009 foi a seguinte:
A actualização das responsabilidades por serviços passados da APSS, à data de 31 de Dezembro de
2009, foi registada a crédito na rubrica de custos com pessoal, pelo seu valor líquido.
c) Responsabilidades por pensões de reforma – Decreto-Lei n.º 467/99, de 6 de Novembro
Conforme referido na Nota 3. g), a Empresa é responsável pelo pagamento de pensões de reforma
antecipadas aos trabalhadores que optaram pelo benefício previsto no Decreto-Lei n.º 467/99, de 6 de
Novembro.
A variação nas responsabilidades (determinada a custos nominais) ocorrida no exercício, bem como o
valor da provisão em Balanço é como segue:
DESCRIÇÃO 2009 2008
TÁBUAS DE MORTALIDADE TD 88/90 GKM-80TAXA DE DESCONTO 5,25% 5,25%
TAXA DE CRESCIMENTO PENSÕES 0% 0%
(unidade: mil euros)
DESCRIÇÃO 2009 2008
Responsabilidades em 31 de Dezembro 90,12 146,38
Provisão em Balanço (Ver Nota 34) 90,12 146,38
Percentagem de Cobertura da Provisão 100% 100%
(unidade: mil euros)
2009
Saldo Inicial 146,38
Custo Financeiro 7,45
(Ganhos) e Perdas actuariais -54,88
Pensões pagas no ano -8,83
Saldo Final 90,12
71
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
d) Compromissos de compra
À data de 31 de Dezembro de 2009, os compromissos com fornecedores, para aquisição de bens e
prestação de serviços para o imobilizado corpóreo e incorpóreo, totalizam o montante de 382,19 mil
euros.
e) Responsabilidades por retomas de equipamento no fim das concessões
Em conformidade com os contratos de concessão, os bens directamente relacionados com a
actividade concessionada, constituídos por infra-estruturas fixas e indesmontáveis reverterão
gratuitamente para a Concedente no termo dos prazos das concessões, sem que as concessionárias
tenham direito a qualquer indemnização.
Os casos em que poderá haver direito a uma indemnização às Concessionárias, são os relativos aos
bens que não se encontrem totalmente amortizados no termo do prazo das concessões. Isto
pressupõe, que a aquisição de novos bens ao longo da concessão, sejam previamente autorizados por
parte da Concedente, conforme previsto contratualmente.
Neste caso específico, não se consegue prever para cada concessão, o montante das responsabilidades
relacionadas com as retomas, caso venham a existir, dos bens não amortizados no termo da
concessão, pois tudo depende de diversas circunstâncias, só passíveis de análise no momento da sua
aquisição/autorização.
f) Instrumentos financeiros
Em finais de 2005 a Empresa renegociou o empréstimo de médio/longo prazo no BPI, ficando as novas
condições a ser conforme se descreve na Nota 48. d). As condições do novo empréstimo incluem um
contrato de opção sobre a taxa de juro subjacente de forma a gerir o risco associado. A gestão de risco
da APSS decorre da imprevisibilidade da evolução futura dos mercados financeiros.
O “fair value” (valor a pagar no caso de resolução do contrato de opção) a 31 de Dezembro de 2009, é
negativo de 21 milhares de euros.
(unidade: mil euros)
DESCRIÇÃO 2009
Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2008 57,64Pagamentos efectuados no exercicio de 2009 20,36
Actualização das responsabilidades
Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2009 37,28Provisão em Balanço (Ver Nota 34) 37,28
Percentagem de Cobertura da Provisão 100%
72
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
g) Empréstimo da APP - reestruturação do sector portuário
A APSS foi solidariamente responsável, em conjunto com as restantes Administrações dos Portos, pela
liquidação de um empréstimo contraído pela APP – Associação dos Portos de Portugal junto de um
sindicato bancário em Julho de 2000, o qual se destinou a financiar o reembolso antecipado da
totalidade do empréstimo obrigacionista APAJP/94.
Em Janeiro de 2007 foram negociados empréstimos bancários com o Banco BPI e Banco Millennium
BCP, com vista ao financiamento do reembolso antecipado do empréstimo atrás referido, ficando,
assim, individualizadas as responsabilidades de cada Administração Portuária e da APP – Associação
dos Portos de Portugal.
Em Julho de 2009, a APSS procedeu à amortização total do referido empréstimo bancário.
Com a contratação do empréstimo relativo à dívida da APP – Associação dos Portos de Portugal, a
APSS assumiu, em conjunto com as restantes Administrações Portuárias, a posição de Fiadora.
NOTA 32 - RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS
NOTA 34 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO NAS CONTAS DE PROVISÕES
A constituição de “Provisões” visa fazer face a:
- encargos associados ao Fundo de Aposentação do ex. INPP da responsabilidade da APSS,
quantificados através do Estudo Actuarial, realizado por entidade independente, reportado a 31
de Dezembro de 2009.
(unidade: mil euros)
DESCRIÇÃO 2009 2008
GARANTIAS BANCÁRIAS 22,69 0,00
TOTAL 22,69 0,00
(unidade: mil euros)
PROVISÕES SALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO SALDO FINAL
293 - Provisões para processos
Judiciais em Curso 0,00 22,00 22,00
298 - Outras Provisões
Fundo de Aposentações do ex.INPP 981,24 127,55 853,69
Aposentados - DL 467/99 57,64 20,36 37,27
Renda Vitalicia 146,38 56,26 90,12
Transado (Custos c/Pessoal) 140,97 140,97
TOTAL 1.326,23 22,00 204,18 1.144,05
73
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
- responsabilidades por serviços passados com os Aposentados resultantes do decreto-lei n.º
467/99, de 6 de Novembro.
- responsabilidades por serviços passados com o pagamento de uma pensão vitalícia a um
trabalhador, resultante de um sinistro ocorrido ao serviço da APSS e, devidamente suportado
por um Estudo Actuarial realizado por entidade independente.
- responsabilidades com os encargos sobre as remunerações em atraso dos ex. Trabalhadores da
Transado, SA, existentes à data em que a APSS assumiu a gestão do serviço público da travessia
do Sado, em meados de Dezembro de 2006.
- responsabilidade futura no pagamento de uma indemnização decorrente de uma acção judicial
intentada por um ex. trabalhador da APSS.
NOTA 36 - DECOMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
Conforme previsto no artigo 10.º dos Estatutos anexos ao Decreto-Lei n.º 338/98, de 3 de Novembro
(ver Introdução a este Anexo), o capital social, integralmente subscrito e realizado, foi inicialmente
fixado em 6.501.830,59 euros.
Subsequentemente, o capital passou para 14.000.000,00 euros, por incorporação de parte da reserva
de avaliação, resultante da avaliação patrimonial efectuada em 1999, conforme Despacho n.º 96/2001
da Inspecção-Geral das Finanças.
O capital social actual, totalmente subscrito e realizado, é constituído por 2.800.000 acções, com o
valor nominal de 5 euros cada. As acções são nominativas e revestem a forma escritural.
NOTA 37 - PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL SUBSCRITO
O capital social, que se encontra totalmente subscrito e realizado, é de 14.000.000,00 euros e é detido
exclusivamente pelo Estado Português - Direcção Geral do Tesouro.
NOTA 40 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO
(unidade: mil euros)
MOVIMENTO RUBRICAS
CAP.PRÓPRIOSALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO SALDO FINAL
51 - Capital 14.000,00 14.000,00
57 - Reservas Legais 988,56 263,20 1.251,75
57 - Outras Reservas 49,04 49,04
57 - Reservas Especiais 20.005,42 20.005,42
59 Resultados Transitados 2,78 2,78
88 Resultados Liquidos 2.631,95 2.405,31 2.631,95 2.405,31
74
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
a) A rubrica de Reservas (excepto da reserva legal), e de acordo com a sua natureza, tem a
seguinte distribuição:
b) O Resultado Líquido do Exercício de 2008, conforme deliberação em Assembleia Geral datada de 27
de Março de 2009, foi distribuído da seguinte forma:
c) De acordo com o artigo 17.º dos Estatutos da Empresa, anualmente deverá ser transferido para
Reserva Legal, no mínimo 10% do lucro do exercício até que seja atingido pelo menos 20% do capital
social.
A reserva legal não se encontra disponível para distribuição, apenas podendo ser utilizada para
aumentar capital ou para compensar prejuízos.
NOTA 41 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS
(unidade: mil euros)
DESCRIÇÃO 2009
576 - Doacções 49,045771 - Transferência de Activos - DGP 4.747,405772 - Transferência de Activos - INPP 500,735773 - Dec. Lei n.º 338/98 (Avaliação Património) 13.191,475779 - Diversos Reserva de Investimentos (2007) 1.205,82 Casa da Arrábida (2005) 360,00
(unidade: mil euros)
DESCRIÇÃO VALOR
Reservas Legais - 10% 263,20
Distribuição de Dividendos 2.368,76
TOTAL 2.631,95
(unidade: mil euros)
MOVIMENTOS 2009 2008
Existências iniciais 37,26 40,06
Compras 26,05 19,27
Existências Finais 42,33 37,26
CMVMC 20,97 22,08
75
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
NOTA 43 - REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS
No sentido de dar cumprimento ao estabelecido no ponto 9 da R.C.M. n.º 155/2005 de 6 de Outubro
discriminam-se as remunerações auferidas pelos órgãos sociais, durante o exercício de 2009:
A) Conselho de Administração
Todos os membros do Conselho de Administração beneficiam de um seguro de saúde tal como os
restantes colaboradores da empresa. Todos são beneficiários da Segurança Social.
Com a celebração do Contrato de Gestão foram definidos os objectivos de gestão a atingir no
mandato 2008/2010, e respectivos prémios de gestão.
Não existem planos complementares de reforma de que sejam beneficiários os membros do
Conselho de Administração.
B) Orgãos de Fiscalização
Na Assembleia Geral de 28 de Março de 2008, foi deliberada a nomeação dos Orgãos Sociais para o
mandato de 2008/2010. Relativamente aos Orgãos de Fiscalização (art.º 15.º dos Estatutos da APSS),
foi aprovada a constituição de um Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.
B1) Conselho Fiscal
(unidade: euros)
Nome/Cargo Rem. Base Subsídio Subsídio Desp. Repres. Subs. Refeição
(valor mensal) Férias Natal (valor mensal) (valor dia útil)
Carlos Manuel Gouveia Lopes, Presidente 5.738,70 5.738,70 5.738,70 0,00 7,23
Francisco José Rodrigues Gonçalves, Administrador 4.825,67 4.825,67 4,825,67 0,00 7,23
Ricardo Jorge de Sousa Roque, Administrador 4.825,67 4.825,67 4.825,67 0,00 7,23
Remunerações Principais Remunerações Acessórias
(unidade: euros)
Nome/Cargo Rem. Base Subsídio Subsídio
(mensal) Férias Natal
Teresa Isabel Carvalho Costa (Presidente) 1.147,74 1.147,74 1.147,74
Ana Teresa Pereira Peralta Reys (Vogal) 860,81 860,81 860,81
Sara Alexandra Ribeiro P. S. Duarte Ambrósio (Vogal) 860,81 860,81 860,81
76
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
B2) Revisor Oficial de Contas
C) Mesa da Assembleia Geral
NOTA 44 - REPARTIÇÃO DAS VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADES E POR
MERCADOS
(unidade: euros)
Nome/Cargo Avença Contratada Periodicidade
(sem IVA)
Pricewaterhousecoopers & Associados - SROC, Lda, Efectivo 4.217,50 trimestral
Representada por Jorge Manuel Santos Costa
José Manuel Henriques Bernardo, Suplente
(unidade: euros)
Nome/Cargo Senhas de Presença
(por Assem. Geral)
Carlos António Lopes Pereira, Presidente 572,58
Susana Silva Santos, Secretária 343,33
(unidade: mil euros)
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOSMERCADO NACIONAL
2009
MERCADO NACIONAL
2008
Serviços Portuários 7.436,55 8.027,74
Taxas e Licenças 1.855,13 2.194,73
Concessões 7.847,76 7.613,43
TOTAL 17.139,44 17.835,90
77
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
NOTA 45 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS
A redução de custos provenientes de “Juros Suportados” ficou a dever-se à contínua amortização do
capital dos Empréstimos Bancários contraídos junto de Instituições de Crédito.
NOTA 46 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
Em “Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários” está contabilizada a quota-parte dos Subsídios ao
Investimentos referentes a projectos de investimentos realizados nos últimos anos.
Na rubrica de “Outros Custos e Perdas Extraordinárias” estão registados os custos resultantes da
contabilização das Indemnizações ao Pessoal reflexo do Plano de Reestruturação do Quadro de
Pessoal da APSS.
(unidade: mil euros)
CUSTOS E PERDAS 2009 2008 PROVEITOS E GANHOS 2009 2008
681 - Juros Suportados 41,03 135,41 781 - Juros obtidos 181,26 237,09
688 - Outros Custos Financeiros 2,87 2,18
RESULTADOS FINANCEIROS 137,35 99,50
TOTAIS 181,26 237,09 TOTAIS 181,26 237,09
(unidade: mil euros)
CUSTOS E PERDAS 2009 2008 PROVEITOS E GANHOS 2009 2008
691 - Donativos 1,98 1,08 794 - Ganhos em Imobilização 17,05 4,77
694 - Perdas em Imobilizado 0,66 1,07 795 - Beneficios de Pen. Contrat. 10,49 25,40
695 - Multas e Penalidades 0,02 796 - Reduções de Provisões 213,32
696 - Aumentos de Amortizações 797 - Correções Rel. a Exerc. Anteriores 2,17 165,81
697 - Correções Rel. a Exerc. Anteriores 106,47 126,01 798 - Out. Prov. e Ganhos Extraordinários 3.027,39 3.191,17
698 - Out. Custos e Perdas Extrordinárias 436,27 636,72
RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 2.511,70 2.835,60
TOTAIS 3.057,10 3.600,47 TOTAIS 3.057,10 3.600,47
78
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
NOTA 48 - OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS RELEVANTES PARA MELHOR COMPREENSÃO DA
POSIÇÃO FINANCEIRA E DOS RESULTADOS (em milhares de euros)
a) Outros Devedores
- Curto Prazo:
2009 2008
Fornecedores C/C 7,44 3,08
Pessoal 137,47 91,93
Outros Devedores - Transado 958,22 958,22
1.103,13 1.053,23
- Médio e Longo Prazo:
2009 2008
Pessoal 53,90 59,50
53,90 59,50
b) Acréscimos e Diferimentos - Activo
Acréscimos de Proveitos (proveitos a registar no próprio exercício)
2009 2008
Juros a receber 27,93 7,69
Outros Acréscimos de Proveitos
(essencialmente, Proveitos de Concessões e Taxas e
Licenças)
347,26 220,02
375,19 227,71
Custos Diferidos (custos a considerar nos exercícios seguintes)
2009 2008
Prémios de Seguros Antecipados
Quotizações Antecipadas
Outros Custos Diferidos
1,10
9,62
1,92
1,10
10,56
10,72 13,58
79
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
c) Títulos Negociáveis
2009 2008
Outras Aplicações de Tesouraria 0,00 2.751,00
0,00 2.751,00
Correspondem a Aplicações Financeiras de Curto Prazo relativas a excedentes de Tesouraria, cujas
condições contratuais são variáveis face aos montantes e prazos definidos.
d) Dívidas a instituições de crédito e outras entidades
O Empréstimo Bancário de Médio e Longo Prazo negociado com o Banco BPI, em 23 de Julho de 2002,
no valor de 10.000.000 Euros, apresenta as seguintes condições contratuais:
- Prazo de Reembolso ocorre no período de 2004 a 2012;
- Pagamento de juros postecipados;
- Os períodos de contagem de juros são semestrais;
- O empréstimo vence juros à taxa nominal correspondente à EURIBOR a 6 meses, acrescido de uma
margem.
Em Julho de 2009 procedeu-se à amortização total do empréstimo negociado junto dos Bancos BPI e
Millennium BCP.
e) Outros Credores
- Curto Prazo:
2009 2008
Clientes Nacionais 25,43 1,37
Pessoal + Sindicatos 4,49 2,19
Depósitos de Garantia 59,47 33,02
Taxa de Recursos Hídricos 103,30
Outros Credores 0,45 12,61
89,84 152,49
(unidade: mil euros)
DESCRIÇÃO CURTO PRAZO M/L PRAZO CURTO PRAZO M/L PRAZO
Emp. Banc. M/L Prazo - Banco BPI 404,92 809,84 404,92 1.214,77
Emp. Banc. M/L Prazo - Banco BPI+MILLENIUM BCP 0,00 0,00 28,55 214,14
TOTAL 404,92 809,84 433,47 1.428,91
2009 2008
80
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
f) Acréscimos e diferimentos - Passivo
Acréscimo de Custos (custos a registar no próprio exercício)
2009 2008
Remunerações a liquidar (Férias+Sub. Férias) 1.414,70 1.660,63
Juros a Liquidar (Empréstimo M/L Prazo) 14,19 45,89
Outros Acréscimos de Custos 91,36 72,05
1.520,25 1.778,57
Proveitos Diferidos (receitas a considerar nos exercícios seguintes)
2009 2008
Taxas e Licenças 597,15 676,90
Concessões 599,09 602,62
Subsídios para Investimento 53.482,43 55.316,83
Outros Proveitos Diferidos 56,07 65,37
54.734,74 56.661,72
g) Trabalhos para a própria empresa
Os Trabalhos para a própria empresa são realizados sobre os bens do Imobilizado Corpóreo e são
valorizados de acordo com os custos de mão-de-obra e materiais utilizados.
NOTA 49 - INFORMAÇÕES SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS
Encargos de carácter ambiental
Em 31 de Dezembro de 2009 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer
passivo de carácter ambiental nem é divulgado qualquer contingência ambiental, por ser convicção da
Administração da Empresa que não existem a essa data obrigações ou contingências provenientes de
acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa.
No entanto, no exercício de 2009, a APSS capitalizou encargos de natureza ambiental no valor de
98,87 mil euros, de forma a dar resposta aos diversos requisitos legais.
81
Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA
NOTA 50 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na demonstração dos
resultados por naturezas e na demonstração dos resultados por funções:
A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela
Directriz Contabilística n.º 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do
definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para preparação da demonstração dos resultados por
naturezas. Assim, em 31 de Dezembro de 2009, o valor dos custos e perdas extraordinários no
montante de 545,39 mil euros (2008: 764,87 mil euros) e os proveitos e ganhos extraordinários no
montante de 3.057,09 mil euros (2008: 3.600,47 mil euros), apresentados na demonstração dos
resultados por naturezas (ver Nota 46), foram reclassificados, para as rubricas de resultados
operacionais e resultados correntes. Estas reclassificações proporcionam as seguintes diferenças nas
diversas naturezas de resultados:
NOTA 51 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes, reconciliando os montantes
evidenciados na demonstração dos fluxos de caixa com as rubricas de Balanço:
(unidade: mil euros)
NATUREZA FUNÇÕES NATUREZA FUNÇÕES
Resultados Operacionais 556,85 3.070,40 559,02 3.399,88
Resultados Financeiros 137,35 135,50 99,50 94,23
Resultados Correntes 694,20 3.205,91 658,51 3.494,11
Resultados Extraordinários 2.511,70 0,00 2.835,60 0,00
Impostos -800,60 -800,60 -862,16 -862,16
Resultado Líquido do Exercício 2.405,31 2.405,31 2.631,95 2.631,95
DE RESULTADOS
2009 2008DEMONSTRAÇÃO
DISPONIBILIDADES 2009 2008
Numerário Caixa 0,64 1,04
Depósitos Bancários Mobilizáveis Depósitos à ordem 874,91 339,25 Depósitos a prazo Outros depósitos
Equivalentes a caixa Descobertos Bancários Títulos Negociáveis
Caixa e seus equivalentes 875,56 340,29
Outras Disponibilidades Outras aplicações de tesouraria 2.751,00
DISPONIBILIDADES DO BALANÇO 875,56 3.091,29
(unidade: mil euros)
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NOTA 52 – EVENTOS SUBSEQUENTES
O Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho aprova a criação do novo Sistema de Normalização
Contabilística, designado por SNC, revogando o POC, normativo contabilístico actualmente em vigor. A
aplicação do SNC é obrigatória para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2010 e
obriga à apresentação de informação comparativa relativa ao exercício de 2009.
Assim, a APSS irá aplicar o SNC para o exercício de 2010, pelo que terá de proceder à re-expressão das
demonstrações financeiras do exercício de 2009, de acordo com a versão das Normas Contabilísticas
de Relato Financeiro (NCRF) em vigor a 31 de Dezembro de 2010.
A APSS está a avaliar os impactos da adopção do SNC ao nível dos resultados do exercício e do capital
próprio, bem como o impacto nas suas políticas de gestão do capital e distribuição de dividendos.
Assim, tendo por base o estudo preliminar efectuado, é expectativa da APSS que, em termos
qualitativos, os efeitos nas demonstrações financeiras sejam essencialmente nas seguintes rubricas,
além de outras que a conclusão do estudo possa recomendar:
- Desreconhecimento de imobilizações incorpóreas que não cumpram com os critérios de
reconhecimento previstos no SNC;
- Reconhecimento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados;
- Reclassificação dos subsídios ao investimento de proveitos diferidos para capital próprio;
- Reconhecimento de impostos diferidos resultantes das alterações decorrentes da entrada em
vigor do SNC em 2010;
- Eventual reclassificação/reconhecimento dos activos tangíveis e dos activos reversíveis no
âmbito dos contratos de concessão ainda está a ser objecto de uma análise mais
pormenorizada;
O efeito dos impactos acima indicados será registado em capital próprio, que, consoante a sua
magnitude, pode afectar significativamente os rácios e as políticas futuras de financiamento e de
distribuição de resultados.
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