relatório anual qualidade do ar biênio 2013 - 2014 secima ... · governo do estado de goiÁs...
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GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS
Governador: Marconi F. Perillo Júnior
SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, RECURSOS HÍDRICOS, INFRAESTRUTURA,
CIDADES E ASSUNTOS METROPOLITANOS
Secretário: Vilmar da Silva Rocha
SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS
Superintendente: Jacqueline Vieira da Silva
SUPERINTENDÊNCIA DE LICENCIAMENTO E QUALIDADE AMBIENTAL
Superintendente: Gabriela de Val Borges
GERÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO, MONITORAMENTO E AUDITORIA AMBIENTAL
Gerente: Vitor Barboza Lenza Júnior
FICHA TÉCNICA
Elaboração:
Ernando Soares Araújo – Assistente Ambiental
Giselle Rodrigues de Melo – Analista Ambiental
Imagem de Capa:
Foto registrada na Praça Cívica, Goiânia.
Amostragens e análises:
Ernando Soares Araújo – Assistente Ambiental
Giselle Rodrigues de Melo – Analista Ambiental
Danielle Paixão de Oliveira - Estagiária
Transporte:
Coordenação de Transportes (SECIMA)
AGRADECIMENTOS
Equipe de Monitoramento Ambiental
Vigilância Sanitária Estadual de Goiás • Coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental
Vigilância Sanitária Municipal de Goiânia
Vigilância Sanitária Municipal de Anápolis
Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia • Gerência de Monitoramento Ambiental
Agência Municipal de Trânsito de Goiânia
Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás (antiga SEMARH) •
Coordenação de Transportes
Secretaria de Ciência e Tecnologia de Goiás • Sistema de Meteorologia e Hidrologia do
Estado de Goiás
3
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ….................................................................................................................... 6
2. POLUENTES ATMOSFÉRICOS …........................................................................................ 8
3. PADRÕES DE QUALIDADE DO AR …................................................................................ 10
4. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR EM GOIÁS PELA SEMARH ….......... 16
Resultados 2013 ….................................................................................................................. 16
Resultados 2014 ….................................................................................................................. 24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS …................................................................................................ 32
REFERÊNCIAS …......................................................................................................................... 34
APÊNDICE I – Balanço de Monitoramento de PTS 2013 …....................................................... 35
APÊNDICE II – Dados de Monitoramento de PTS 2013 …........................................................ 36
APÊNDICE III – Balanço de Monitoramento de PTS 2014 ….................................................... 39
APÊNDICE IV – Dados de Monitoramento de PTS 2014 …....................................................... 40
APÊNDICE V – Evolução da concentração de PTS na Praça do Trabalhador (Goiânia) ….......... 43
APÊNDICE VI – Evolução da concentração de PTS na Praça Cívica (Goiânia) …....................... 44
APÊNDICE VII – Evolução da Médias Geométricas Mensais – Praça Cívica (Goiânia) …......... 45
APÊNDICE VIII - Evolução da Médias Geométricas Mensais – Praça do Trabalhador (Goiânia) 46
APÊNDICE IX - Evolução da Médias Geométricas Mensais – DAIA (Anápolis) ….................. 47
APÊNDICE X – Precipitação de Chuvas em Goiânia 2014 …...................................................... 48
APÊNDICE XI – Precipitação x Média Geométrica Mensal – Praça Cívica (Goiânia) …............ 49
APÊNDICE XII – Precipitação x Média Geométrica Mensal – Praça do Trabalhador (Goiânia) 50
APÊNDICE XIII – Precipitação x Média Geométrica Mensal – DAIA (Anápolis) …................. 51
APÊNDICE XIV – Fotos de monitoramento de PTS realizado pela SEMARH …...................... 52
4
Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, próximo ao Hospital de Urgências (HUGO), e sua atmosfera
(maio de 2013).
5
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, diante da crescente expansão das atividades industriais, das cidades e de suas frotas
veiculares, a qualidade do ar tem sido uma preocupação no mundo todo. Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), a poluição atmosférica pode ser definida como a contaminação do ar por
qualquer agente químico, físico ou biológico que modifique as características naturais da atmosfera.
Esta modificação pode ocorrer através de processos naturais ou antropogênicos, e resulta na redução
da qualidade do ar. No meio ambiente, esta baixa qualidade causa impactos na fauna e na flora, bem
como sobre a saúde humana, podendo também contaminar os solos e as águas de uma região.
Estimativas recentes desta Instituição apontam para a relevância e gravidade do tema. De acordo
com estudo publicado pela Organização, cerca de 7 milhões de mortes em 2012 foram causadas
pela poluição atmosférica, classificando-a como o maior fator de risco à saúde ambiental no mundo
todo. Os dados obtidos apresentaram forte correlação entre a exposição à poluição atmosférica e a
ocorrência de câncer, bem como de doenças cardiovasculares, como infartos e doenças cardíacas
isquêmicas (WHO, 2014). Aprofundando um pouco mais em torno desta problemática, estudos
apontam também o seu impacto na economia dos países. Estudo do Banco Mundial que utilizou
dados da Universidade de São Paulo (USP) e de outras instituições de pesquisa, estimou em 15
milhões de dólares o custo anual com doenças relacionadas a esta forma de poluição (Braga, 2001).
Dessa forma, o monitoramento da qualidade do ar é uma importante ação desenvolvida pela
Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás (SEMARH)1, em que se realizam
amostragens periódicas e determinações da concentração de partículas totais em suspensão na
atmosfera. A partir das informações coletadas é possível definir políticas públicas que busquem a
melhoria contínua do ar que respiramos, tais como investimentos em transporte público,
planejamento do desenvolvimento industrial, ações de educação ambiental, entre outros fatores.
Diante desse contexto, a publicação deste relatório tem por intenção apresentar os dados de
qualidade do ar, referentes ao parâmetro de Partículas Totais em Suspensão, obtidos pelo
monitoramento realizado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de
Goiás durante os anos de 2013 e 2014, nas estações de amostragem em que especifica. Assim
sendo, não se trata de uma visão representativa da real situação da qualidade do ar em Goiás. Para
esse objetivo é necessária tanto a expansão da rede de monitoramento como a análise de outros
poluentes indicadores da qualidade do ar, tais como: ozônio, dióxido de enxofre, monóxido de
carbono, particulados inaláveis e dióxido de nitrogênio.
1 Atual Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e AssuntosMetropolitanos (SECIMA).
6
Distrito Agroindustrial de Anápolis, próximo à Estação de Monitoramento de Partículas Totais em
Suspensão, da SEMARH (setembro de 2013).
7
2. POLUENTES ATMOSFÉRICOS
Várias são as substâncias poluentes que podem estar presentes no ar. Dentre essas substâncias,
podemos citar:
Ozônio. É um gás incolor e inodoro nas concentrações encontradas ambientalmente e se
encontra em duas camadas distintas da atmosf9era: na estratosfera, onde protege os
organismos vivos, por absorver a radiação ultravioleta emitida pelo sol, e na troposfera,
como poluente secundário devido às atividades humanas1. Como poluente, o ozônio não é
emitido diretamente no ar, mas surge através de reações químicas entre óxidos de nitrogênio
(Nox) e compostos orgânicos voláteis, na presença de luz solar. Algumas das principais
fontes de óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis são as emissões de fontes
industriais e escapamento de veículos. Vapores de produtos como gasolina e solventes
químicos também são importantes fontes desses compostos2.
Material Particulado. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos
(USEPA), o material particulado consiste em uma mistura complexa de partículas sólidas e
gotículas de líquidos, ambos extremamente pequenos e suspensos no ar. Essas partículas,
conforme sua origem, são constituídas por diversas substâncias, tais como nitratos e
sulfatos, compostos químicos orgânicos, metais ou poeira. Atualmente, são classificadas de
acordo com seu tamanho aerodinâmico em:
MP10: partículas inaláveis com diâmetro aerodinâmico menor que 10 µm.
MP2,5: partículas finas com diâmetro aerodinâmico menor que 2,5 µm.
MP0,1: partículas ultrafinas com diâmetro aerodinâmico menor que 0,1 µm.
Quanto menor o diâmetro dessas partículas, maior a sua facilidade em atingir os pulmões.
Por isso, é um poluente potencialmente nocivo à saúde de acordo com sua composição
química e tamanho.
Monóxido de carbono. É um gás incolor e inodoro emitido por processos de combustão.
Uma de suas principais fontes de emissão em áreas urbanas são os veículos automóveis, mas
também podem derivar de outras fontes como a emissão de gás natural.
8
Pode causar danos à saúde por ser asfixiante, pois reduz a oferta de oxigênio para os órgãos
do corpo3. Na atmosfera, apresenta tempo de meia-vida de 1 a 2 meses, e pode ser
transportado por milhares de quilômetros1.
Dióxido de nitrogênio. É um gás marrom avermelhado, com forte odor e muito irritante. É
formado, assim como os demais óxidos de nitrogênio, por reações de oxidação atmosférica
do nitrogênio. Suas principais fontes de emissão estão relacionadas a processos de
combustão envolvendo veículos automóveis, processos industriais, usinas térmicas a base de
óleo ou gás, incineração e oxidação de fertilizantes a base de nitrogênio.
A presença desse gás na atmosfera pode resultar na formação de ácido nítrico, nitratos (que
por sua vez contribuem para o aumento das partículas inaláveis na atmosfera), ozônio e
outros compostos orgânicos tóxicos e genotóxicos1.
Dióxido de enxofre (SO2). É um gás incolor ou amarelo, com odor característico de enxofre
e irritante quando em contato com superfícies úmidas, pois se transforma em trióxido de
enxofre (SO3) e passa rapidamente a ácido sulfúrico. É um poluente associado à presença de
enxofre nos combustíveis fósseis, por isso suas principais fontes são os automóveis, usinas
termoelétricas e fundições, mas também é emitido na produção de ácido sulfúrico e papel1.
9
3. PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
Os padrões de qualidade do ar indicam as concentrações de poluentes atmosféricos que, quando
ultrapassadas, podem afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, como também causar
danos à fauna e à flora, aos materiais e ao meio ambiente de uma forma geral (CONAMA, 1990).
No Brasil, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), através da Resolução n° 03 de 28
de junho de 1990, dispõe sobre os padrões de qualidade do ar. Em Goiás, esses padrões foram
estabelecidos através do Decreto Estadual n° 1.745 de 06 de dezembro de 1979.
Resolução CONAMA 03/1990
A Resolução do CONAMA n° 03/1990 estabelece dois conceitos de padrões de qualidade para o ar:
Padrões primários: são as concentrações de poluentes atmosféricos que, quando
ultrapassadas, podem causar danos à saúde da população;
Padrões secundários: são as concentrações de poluentes atmosféricos abaixo das quais se
prevê o mínimo efeito adverso ao bem-estar da população, assim como o mínimo dano à
fauna, à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral.
Ainda conforme essa norma, ficam estabelecidos os níveis de qualidade do ar para a elaboração do
Plano de Emergência para Episódios Críticos de Poluição do Ar. Esses níveis são classificados em:
níveis de atenção, de alerta e de emergência.
O quadro 1 apresenta os valores dos níveis de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução
CONAMA nº 03/1990.
Quadro 1. Níveis de qualidade do ar conforme Resolução CONAMA 03/1990 (CONAMA, 1990).
PoluenteNível de Qualidade (µg/m3)
Atenção Alerta Emergência
Dióxido de Enxofre Média 24 h: 800 Média 24 h: 1.600 Média 24 h: 2.100
Partículas Totais emSuspensão
Média 24 h: 375 Média 24 h: 625 Média 24 h: 875
Dióxido de Enxofre x 65 x 103 (24 h) 261 x 103 (24 h) 393 x 103 (24 h)
10
Partículas Totais emSuspensão
Monóxido de Carbono Média 8 h: 17.000 Média 8 h: 34.000 Média 8 h: 46.000
Ozônio Média 1 h: 400 Média 1 h: 800 Média 1 h: 1.000
Partículas Inaláveis Média 24 h: 250 Média 24 h: 420 Média 24 h: 500
Fumaça Média 24 h: 250 Média 24 h: 420 Média 24 h: 500
Dióxido de Nitrogênio Média 1 h: 1.130 Média 1 h: 2.260 Média 1 h: 3.000
O quadro 2 apresenta os valores dos padrões de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução
CONAMA nº 03/1990.
Quadro 2. Padrões de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução CONAMA 03/1990 (CONAMA, 1990).
Poluente atmosférico Padrão Primário (µg/m3) Padrão Secundário (µg/m3)
Partículas Totais em
Suspensão
Média geométrica anual: 80 Média geométrica anual: 60
Média 24 h: 240, não excedida mais
que uma vez por ano
Média 24 h: 150, não excedida
mais que uma vez por ano
Fumaça
Média aritmética anual: 60 Média aritmética anual: 40
Média 24 h: 150, não excedida mais
que uma vez por ano
Média 24 h: 100, não excedida
mais que uma vez por ano.
Partículas InaláveisMédia aritmética anual: 50
Média 24 h: 150, não excedida mais que uma vez por ano
Dióxido de Enxofre
Média aritmética anual: 80 Média aritmética anual: 40
Média 24 h: 365, não excedida mais
que uma vez por ano
Média 24 h: 100, não excedida
mais que uma vez por ano
Monóxido de CarbonoMédia 8 h: 10.000, não excedida mais que uma vez por ano
Média 1 h: 40.000, não excedida mais que uma vez por ano
Ozônio Média 1 h: 160, não excedida mais que uma vez por ano
Dióxido de NitrogênioMédia aritmética anual: 100
Média 1 h: 320 Média 1 h: 190
11
Decreto Estadual n° 1.745/1979
Para o território do Estado de Goiás, o Decreto Estadual n° 1.745 de 06 de dezembro de 1979
estabelece os padrões e níveis de qualidade do ar. Segundo essa norma, não são definidos padrões
primários e secundários, conforme ocorre na Resolução CONAMA 03/1990. Também observa-se
que enquanto a Resolução CONAMA 03/1990 define padrões de qualidade para sete poluentes
atmosféricos, o Decreto Estadual nº 1.745/1979 estabelece quatro poluentes diferentes.
Os valores dos padrões de qualidade constantes nesse Decreto são sintetizados no quadro 3.
Quadro 3: Padrões de qualidade do ar estabelecidos pelo Decreto Estadual n° 1.745 de 06 de dezembro de 1979
(ESTADO DE GOIÁS, 1979).
Poluente atmosférico Padrão de Qualidade (µg/m3)
Partículas em SuspensãoMédia anual: 40
Máxima diária: 120, não excedida mais que uma vez por ano
Óxido de EnxofreMédia geométrica anual: 60
Máxima diária: 200, não excedida mais que uma vez por ano
Monóxido de CarbonoMáxima de 8 h: 10.000, não excedida mais que uma vez por ano
Máxima horária (1 h): 40.000, não excedida mais que uma vez por ano
Oxidantes FotoquímicosMáxima de 8 h: 60, não excedida mais que uma vez por ano
Máxima horária (1 h): 120, não excedida mais que uma vez por ano
Assim como a Resolução CONAMA 03/1990, o Decreto Estadual n° 1.745/1979 também define
níveis de qualidade do ar para o Plano de Emergência de Episódios Críticos de Poluição
Atmosférica. Segundo essa norma, episódio crítico de poluição do ar é a presença de altas
concentrações de poluentes na atmosfera em um curto período de tempo, que é resultante das
condições meteorológicas desfavoráveis à sua dispersão.
O quadro 4 apresenta os níveis de qualidade do ar definidos pelo Decreto Estadual n° 1.745/1979.
Quadro 4. Níveis de qualidade do ar, conforme Decreto Estadual nº 1.745/1979 (ESTADO DE GOIÁS, 1979).
PoluentesNíveis de Qualidade do Ar (µg/m3)
Atenção Alerta Emergência
Dióxido de Enxofre Média 24 h: 800 Média 24 h: 625 Média 24 h: 2.100
Material Particulado Média 24 h: 375 Média 24 h: 625 Média 24 h: 875
Dióxido de Enxofre x 65 x 10m3 (24 h) 261 x 10m3 (24 h) 65 x 10m3 (24 h)
12
Material Particulado
Monóxido de Carbono Média 8 h: 17.000 Média 8 h: 34.000 Média 8 h: 46.000
Oxidantes Fotoquímicos Média 1 h: 200 Média 1 h: 800 Média 1 h: 1.200
Os níveis de qualidade estabelecidos pelo Decreto Estadual nº 1.745/1979 apresentam algumas
incoerências. A primeira delas refere-se ao parâmetro de dióxido de enxofre, onde o nível de alerta é
menor que o nível de atenção. A segunda está presente para o produto entre dióxido de enxofre e
material particulado. O valor 65 x 10 m3 é de difícil interpretação e ainda mais, o nível de
emergência se iguala ao nível de atenção.
Por fim verifica-se que o Decreto Estadual n°1.745/1979 apresenta parâmetros e padrões defasados.
Diante de novas pesquisas e valores recomendados como, por exemplo, pela Organização Mundial
de Saúde (OMS), já se faz necessária a sua revisão e atualização de forma a promover a adequação
aos novos limites de exposição.
Índice da Qualidade do Ar (IQAr)
O índice da qualidade do ar é uma ferramenta que possibilita classificar qualitativamente a
qualidade do ar, ou seja, demonstra o quão o ar está (ou não) poluído. Para isso utiliza um valor
numérico, um índice, calculado a partir da concentração obtida de determinado poluente
atmosférico. Desta forma, a partir do valor resultante, a qualidade do ar pode ser classificada em:
Boa, Regular, Moderada, Inadequada, Má, Péssima e Crítica.
Em Goiás, a metodologia utilizada como base pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos para cálculo do índice foi a descrita por LISBOA & KAWANO (2010),
considerando, por enquanto, apenas o poluente Partículas Totais em Suspensão (PTS). Nesta
metodologia, o índice é calculado através de uma função linear segmentada, na qual os pontos de
inflexão representam os padrões de qualidade do ar e os níveis de qualidade do ar definidos na
Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) N° 03/90 e pelo Decreto Estadual
n° 1.745/1979.
O quadro 5 apresenta a relação entre a concentração de PTS, a classificação da qualidade do ar e os
efeitos adversos à saúde pública2.
2 OGA, et. al. (2008).
13
Quadro 5. Classificação da Qualidade do Ar (adaptado de LISBOA & KAWANO, 20101; OGA, et. al, 20082).
Concentrações1 (µg/m3) Qualidade do Ar1 Efeitos Sobre a Saúde2
0 a 80 BOA
81 a 120 REGULAR Pessoas de grupos sensíveis comocrianças, idosos e portadores de doençasrespiratórias e cardíacas podemapresentar sintomas como tosse seca ecansaço. A população em geral não éafetada.
121 a 240 MODERADA
241 a 375 INADEQUADA
Toda a população pode apresentarsintomas como tosse seca, cansaço,ardor nos olhos, nariz e garganta.Pessoas de grupos sensíveis podemapresentar efeitos mais sérios à saúde.
376 a 625 MÁ
Toda a população pode apresentaragravamento dos sintomas como tosseseca, cansaço, ardor nos olhos, nariz egarganta e ainda apresentar falta de ar erespiração ofegante. Efeitos ainda maisgraves à saúde de grupos sensíveis.
626 a 875 PÉSSIMA Toda a população pode apresentar sériosriscos de manifestações de doençasrespiratórias e cardiovasculares.Aumento de mortes prematuras empessoas de grupos sensíveis.
Maior que 875 CRÍTICA
É importante ressaltar que essa classificação não é prevista em legislação. Assim, constitui-se
apenas em uma forma de simplificar os resultados obtidos nas análises de poluentes atmosféricos,
de forma a tornar seu entendimento mais acessível ao público. Em Goiás, a Secretaria Estadual de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos disponibiliza periodicamente em seu endereço eletrônico na
internet as classificações obtidas.
14
(A)
(B)
(C)
(A) Filtro instalado na Estação de Monitoramento da Praça do Trabalhador, em Goiânia, antes da
amostragem (dezembro de 2014);
(B) Filtro recolhido na Estação de Monitoramento da Praça do Trabalhador, em Goiânia, após a
amostragem (dezembro de 2014);
(C) Carta gráfica utilizada durante amostragem na Estação de Monitoramento da Praça do
Trabalhador, em Goiânia (março de 2013).
15
4. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR EM GOIÁS PELA SEMARH
A SEMARH, até o momento, monitora o parâmetro de Partículas Totais em Suspensão em três
pontos distintos. A intenção do órgão é expandir a rede de monitoramento, tanto em termos
espaciais, como também de novos parâmetros e equipamentos.
Os três pontos monitorados em 2013 e 2014, para o parâmetro de Partículas Totais em Suspensão
(PTS) foram:
Praça Cívica, em Goiânia. Coordenadas: S16°40'51,9''; W49°15'17,3''.
Praça do Trabalhador, em Goiânia, no cruzamento entre as Avenidas Goiás e Independência.
Coordenadas: S16°39'48,6''; W49°15'39,1''.
Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), em Anápolis, na GO-330. Coordenadas:
S16°24'19,5''; W48°56'28,4''.
Metodologia
Para a determinação das Partículas Totais em Suspensão foi utilizado o método do Amostrador de
Grandes Volumes, conforme estabelecido pela Resolução CONAMA 03/1990 e Decreto Estadual n°
1.745/1979. Teve-se como condições de referência: temperatura de 25°C e pressão de 760 mmHg.
Resultados - 2013
Praça Cívica - Goiânia
Foram realizadas 46 amostragens durante o ano de 2013, sendo que em junho foi realizada somente
1 amostragem devido à necessidade de manutenção no amostrador instalado nesse local.
Os resultados das análises de partículas totais em suspensão obtidos através das medições na
estação de monitoramento instalada na Praça Cívica, podem ser visualizados no Anexo I. Esses
dados são referentes à concentração média de 24 h, em µg/m3, e são representados graficamente
pela figura 1 a seguir.
16
Figura 1. Dados do monitoramento de partículas totais em suspensão (média de 24 h) na estação de monitoramentoinstalada na Praça Cívica, em Goiânia, durante o ano de 2013 (SEMARH, 2013).
Avaliando-se os dados e tendo-se como referência a Resolução CONAMA 03/1990, observa-se que
nenhum resultado foi superior ao padrão secundário (150 µg/m3). Já em relação ao Decreto Estadual
nº 1.745/1979, um resultado ultrapassou o padrão de 120 µg/m3 determinado por essa norma.
Contudo, essa legislação permite que o padrão de qualidade estabelecido seja excedido no máximo
uma vez por ano. Dessa forma, os resultados das concentrações diárias de 24 h da estação da Praça
Cívica ficaram dentro das especificações definidas para esse parâmetro.
Considerando-se a média geométrica anual, a figura 2 a seguir apresenta a evolução da média
geométrica dos dados de monitoramento na estação da Praça Cívica, comparativamente aos padrões
primário (80 µg/m3) e secundário (60 µg/m3) estabelecidos para esse parâmetro pela Resolução
CONAMA 03/1990 e pelo Decreto Estadual n° 1.745/1979 (40 µg/m3).
A média geométrica final referente ao ano de 2013 para as partículas totais em suspensão,
considerando-se a estação de monitoramento da Praça Cívica, foi de 50 µg/m3. Esse resultado
encontra-se dentro dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 03/90, a qual fixa como
limite, o padrão primário, para os Estados onde não houver sido deferidas as áreas de classes I, II e
III. Entretanto, o valor final ultrapassou o limite estabelecido pelo Decreto Estadual nº 1.745/1979,
que corresponde a 40 µg/m3 para a média geométrica anual.
17
Figura 2. Evolução da média geométrica obtida na estação de monitoramento da Praça Cívica, para partículas totais emsuspensão, durante o ano de 2013,em comparação com os padrões estabelecidos (SEMARH, 2013).
Com relação aos níveis de qualidade estabelecidos pela Resolução CONAMA 03/90 (quadro 1), a
figura 3 apresenta a distribuição das concentrações de partículas totais em suspensão, em µg/m3,
obtidas ao longo de 2013 na estação de monitoramento da Praça Cívica.
Esses níveis de qualidade foram estabelecidos visando o Plano de Emergência para Episódios
Críticos de Poluição do Ar, com o objetivo de acionar as autoridades governamentais e a
comunidade em geral a fim de evitar maiores danos à saúde pública. Nesse sentido, verifica-se que
na estação de monitoramento da Praça Cívica, durante o período avaliado não houve registro de
qualquer episódio crítico, sendo que todos os resultados obtidos ficaram abaixo do nível de atenção.
Figura 3. Distribuição das concentrações de partículas totais em suspensão, em µg/m3, na estação de monitoramento da Praça Cívica, em relação aos níveis estabelecidos para Análise de Episódios Críticos da Qualidade do Ar, estabelecidos pela Resolução CONAMA 03/90.
18
jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/130
100
200
300
400
500
600
700
800
900
42
42
30 50
18 26 5
85
44
8 53
47
18 25 46
41 62
46 58 86
77
64
53
53 9
18
07
8 87 1
17
68 1
22
72 1
09
94
62
43 61
48 74
34 49
45
24 46
21
19 29
Con
c (µ
g/m
3)
Por fim, verifica-se que, ao longo do ano de 2013, o índice da qualidade do ar manteve-se, na maior
parte do tempo, na classificação “Boa”, considerando o ponto de amostragem. No entanto, durante
os meses de maio a setembro, houve a ocorrência de períodos nos quais essa classificação foi
“Regular” ou “Moderada”. Ressalta-se que o intervalo do mês de maio ao mês de setembro coincide
com o período de estiagem na região avaliada.
Praça do Trabalhador – Goiânia
Na Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar localizada na Praça do Trabalhador, em Goiânia,
foram realizadas 46 análises durante o ano de 2013. A figura 4 apresenta, graficamente, esses
resultados.
Considerando-se o Decreto Estadual n° 1.745/1979, observa-se que 5 (cinco) resultados
ultrapassaram ao padrão estabelecido. Essas ultrapassagens ocorreram nos meses de agosto e
setembro, sendo esse um período de poucas chuvas. Em relação à Resolução CONAMA 03/1990,
somente 1 (um) resultado superou o valor do padrão secundário, fato que ocorreu no mês de agosto,
e nenhum dos resultados obtidos ultrapassaram ao padrão primário definido por essa Resolução.
Já em relação à média geométrica anual, o valor final foi de 63 µg/m3. Esse resultado é superior ao
padrão definido pelo Decreto Estadual n° 1.745/1979 e ao padrão secundário da Resolução
CONAMA 03/1990, atendendo somente ao padrão primário estabelecido por essa mesma
Resolução.
Figura 4 – Dados de monitoramento de Partículas Totais em Suspensão (média 24 h), na Estação da Praça do
Trabalhador, comparativamente aos padrões de qualidade do ar, durante o ano de 2013.
19
A figura 5 apresenta, graficamente, a evolução da média geométrica anual dos dados da Estação da
Praça do Trabalhador, em comparação aos padrões relacionados.
Através do gráfico apresentado na figura 5, observa-se que em grande parte do período avaliado, a
média geométrica manteve-se acima do padrão definido pelo Decreto Estadual n° 1.745/1979,
sendo que no mês de julho ela superou o padrão secundário da Resolução CONAMA 03/1990,
finalizando o ano com valor entre o padrão secundário e primário definidos por essa mesma norma.
Figura 5 – Evolução da média geométrica dos dados de monitoramento de partículas totais em suspensão, na Estação da
Praça do Trabalhador, em comparação aos padrões estabelecidos, durante o ano de 2013.
Avaliando-se os níveis de qualidade, a figura 6 apresenta graficamente os dados obtidos em
comparação como os limites estabelecidos. Verifica-se que nenhum dos resultados atingiu ao nível
de atenção para episódios críticos de qualidade do ar em relação às partículas totais em suspensão.
Figura 6 – Dados da Estação da Praça do Trabalhador para Partículas Totais em Suspensão, durante o ano de 2013, em
comparação com os níveis de qualidade estabelecidos.
20
DAIA – Anápolis
Na estação localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), o monitoramento da
qualidade do ar teve início em julho, sendo realizadas 23 análises durante o ano de 2013. Os
resultados obtidos são apresentados no Anexo I. Graficamente, a figura 8 a seguir mostra a
distribuição das médias de 24 horas nessa estação em comparação aos padrões de qualidade do ar.
Através da figura 7 observa-se que o primeiro resultado, obtido na amostragem do dia 19/07/2013,
apresentou um valor muito elevado. Esse resultado pode ser explicado pela ocorrência de um
derramamento acidental de terra que ocorreu na via próxima à estação de monitoramento no dia da
amostragem. Com a existência de ventos e o fluxo de veículos no local, esse material permaneceu
em suspensão, contribuindo de forma significativa para a determinação desse resultado. Pode-se
considerar, portanto, esse resultado como um valor atípico. Contudo, para fins de discussão dos
dados da estação do DAIA, todos os resultados serão considerados de forma integral.
Figura 7 – Dados do monitoramento de Partículas Totais em Suspensão (média 24 h) obtidas na estação localizada no
DAIA, durante o ano de 2013, em comparação com os padrões de qualidade do ar.
Em relação ao padrão de qualidade estabelecido pelo Decreto Estadual n° 1.745/1979, 17 resultados
ultrapassaram o valor de 120 µg/m3. Vale ressaltar que essa estação se localiza próxima a uma via
de grande movimentação de veículos, sobretudo de caminhões pesados, devido às intensas
atividades industriais e logísticas da região. A distância até essa via não supera 8 metros. Dessa
forma, os resultados obtidos podem ser considerados como de micro-escala, ou seja, são
21
representativos para o ponto de localização da estação, não podendo ser considerados, a princípio,
para uma área de abrangência mais ampla do DAIA.
Quando se trata do padrão secundário definido pela Resolução CONAMA 03/1990 verifica-se que
12 resultados superaram o limite de 150 µg/m3. O maior número de ultrapassagens aconteceu nos
meses de julho e agosto, correspondentes ao período de seca na região.
Em relação ao padrão primário definido pela Resolução CONAMA 03/1990, observa-se que dois
valores ultrapassaram o limite de 240 µg/m3. Um dos resultados corresponde a uma situação atípica
logo no início do funcionamento da estação, conforme mencionado anteriormente. O outro
resultado que ultrapassou o padrão primário ocorreu na amostragem realizada no dia 16/09/2013,
quando a ocorrência de chuvas na região era praticamente inexistente. Com o início de algumas
chuvas, a partir do fim de setembro, os valores obtidos apresentaram-se em sua maioria inferiores
ao padrão secundário da Resolução CONAMA 03/1990, sendo que em meados da segunda quinzena
de setembro e primeira quinzena de outubro, se mantiveram dentro do limite do padrão de qualidade
definido pelo Decreto Estadual 1.745/1979. Esse período correspondeu a uma maior intensificação
das chuvas na região.
Quanto à média geométrica anual, seu valor foi de 151 µg/m3. Esse resultado supera o definido pelo
Decreto Estadual n° 1.745/1979 (40 µg/m3) e pela Resolução CONAMA 03/1990 (60 µg/m3 para
padrão secundário e 80 µg/m3 para padrão primário). Mesmo quando não se considera o primeiro
valor de média 24 horas, que se apresentou atípico conforme apresentado anteriormente, a média
geométrica anual foi de 145 µg/m3, permanecendo ainda acima dos padrões estabelecidos. Ressalta-
se, contudo, que essas médias geométricas foram calculadas somente no período entre julho e
dezembro de 2013, não sendo considerados os outros meses do ano, pois não havia sido iniciado o
funcionamento dessa estação.
A figura 8 apresenta graficamente a evolução desse fator para a estação do DAIA em 2013. A partir
desse gráfico, verifica-se que a média geométrica apresentou uma redução acentuada no seu valor
durante o período avaliado. Contudo deve ser observado que a primeira medição foi muito superior
aos demais resultados.
22
Figura 8 – Evolução da média geométrica para os dados obtidos de Partículas Totais em Suspensão, durante o 2º
semestre de 2013, na estação do DAIA.
Desconsiderando esse primeiro valor discrepante, a figura 9 apresenta um novo gráfico evolutivo da
média geométrica.
Figura 9 – Gráfico evolutivo da média geométrica de Partículas Totais em Suspensão, durante 2º semestre de 2013, na
estação do DAIA, desconsiderando-se o primeiro valor atípico.
Esse gráfico demonstra que a média geométrica sempre se manteve superior aos padrões de
qualidade do ar definidos pelas normas, sendo que no final do período ela apresentou uma tendência
à estabilização.
Já em relação à ocorrência de episódios críticos, a figura 10 apresenta a distribuição dos dados da
23
jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/130
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Méd
ia G
eom
étric
a
estação em comparação com os níveis de qualidade do ar estabelecidos pelo Decreto Estadual n°
1.745/1979 e Resolução CONAMA 03/1990.
Figura 10 – Distribuição dos dados obtidos da estação do DAIA, para Partículas Totais em Suspensão, durante do ano
2013, em comparação com os níveis de qualidade do ar.
O gráfico apresentado na figura 10 demonstra que não houve ultrapassagens do nível de atenção
para episódios críticos. Mesmo o primeiro resultado atípico foi inferior a esse nível, ficando,
contudo, bem próximo do limite. Entretanto, a partir da segunda amostragem, os resultados se
mantiveram dentro dos níveis de qualidade estabelecidos pelas normas.
Resultados – 2014
Praça Cívica
Na Estação da Praça Cívica, foram realizadas 35 análises ao longo do ano de 2014, como pode ser
observado na figura 11.
Com relação à concentração máxima diária para período de 24 horas, verifica-se que os resultados
obtidos se encontram dentro dos limites legislados. Assim, as concentrações diárias permaneceram
abaixo do padrão secundário da Res. CONAMA 03/90, bem como abaixo do limite máximo
estabelecido pelo Decreto Est. 1745/79 (120 mcg/m3). Esse limite foi ultrapassado uma única vez
ao longo do ano de 2014, o que está de acordo com a referida norma (figura 11).
24
Figura 11. Dados relativos às concentrações de Partículas Totais em Suspensão para período de 24 horas ao longo de
2014. Estação Praça Cívica.
Quanto à média geométrica anual, esta permaneceu abaixo do padrão secundário estabelecido pela
Res. CONAMA 03/90 durante o ano de 2014, alcançando o valor de 51 mcg/m3. Entretanto, este
resultado deve ser avaliado com ressalvas, já que nos meses de julho a novembro o monitoramento
foi intermitente devido a razões diversas (manutenções técnicas e reforma nas instalações do
laboratório da SEMARH). Assim, houve um menor número de amostragens no período com
tendência a apresentar maiores concentrações de material particulado, em Goiânia. Por outro lado, a
média obtida superou a média anual preconizada pela legislação estadual, que é de 40 mcg/m3,
estando em desacordo com essa norma (figura 12).
Figura 12. Progressão da média geométrica anual em 2014 referente a Partículas Totais em Suspensão diante dos limites
da Res. CONAMA 03/90 e do Decreto Estadual 1.745/79. Estação Praça Cívica.
25
Durante o ano de 2014, também não se verificou a ocorrência de episódios críticos da qualidade do
ar, quanto a Partículas Totais em Suspensão, no ponto onde se localiza a estação da Praça Cívica.
Desta forma, os resultados permaneceram abaixo do nível de alerta ao longo do ano (figura 13).
Figura 13. Distribuição das concentrações de partículas totais em suspensão na estação da Praça Cívica diante dos
níveis de qualidade do ar estabelecidos pela Resolução CONAMA 03/1990.
No que diz respeito ao índice da qualidade do ar, este permaneceu na classificação “boa” na maior
parte do ano, passando para a classificação “regular” durante o período de estiagem. No mês de
Novembro houve retorno do índice à classificação “boa”, coincidindo com período de chuvas mais
frequentes.
Praça do Trabalhador
Em 2014, foram realizadas 41 análises na Estação da Praça do Trabalhador, conforme se verifica na
figura 14.
Nesta Estação, a concentração média diária de partículas totais em suspensão, em 2014, permaneceu
dentro dos limites da Res. CONAMA 03/90, ficando abaixo do padrão secundário. As
concentrações máximas foram obtidas durante o período de estiagem, no qual houve um pico que
alcançou o limite do padrão secundário (figura 14).
Quanto à legislação estadual, verifica-se que a concentração de particulado total tende a permanecer
26
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez0
50
100
150
200
250
300
39
24 3
5 49 54
22 3
6
52
47
36
31 4
33
3 37 4
8 57
73
58
55 6
76
0 75
90
68
67
99
91
72
12
0
98
13
7
47
34
26
46
35
Concentração Padrão Primário CONAMA 03/90
Padrão Secundário CONAMA 03/90 Decreto Estadual 1745/79
abaixo do limite estipulado (120 mcg/m3) na maior parte do ano. No entanto, observa-se que
conforme se desenvolve o período de estiagem, as concentrações de particulado tendem a superar
aquele limite. Em 2014, houve duas ultrapassagens a esse limite, contrariando a norma estadual, que
permite o máximo de uma ultrapassagem anual (figura 14).
Portanto, as concentrações diárias de partículas totais, na Praça do Trabalhador, permaneceram
dentro dos limites preconizados pela legislação federal em 2014. Por outro lado, o mesmo não se
verificou em relação à legislação estadual.
Figura 14. Concentrações diárias de Partículas Totais em Suspensão obtidas em 2014. Estação Praça do Trabalhador.
Com relação à média geométrica anual, esta alcançou o valor de 66 mcg/m3, portanto abaixo do
padrão primário estabelecido pelo CONAMA na norma federal. Porém, este resultado deve ser
avaliado com ressalvas, já que nos meses de agosto e setembro as amostragens foram interrompidas
em determinados períodos, devido a reforma nas instalações do laboratório da SEMARH. Ressalta-
se que esses meses fazem parte do período de estiagem em Goiás.
Quanto ao padrão estadual, a média obtida para a estação da Praça do Trabalhador ficou acima do
limite máximo de 40 mcg/m3 (figura 15).
27
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
5736 50 64 67
2145 61 54 48 39 52 36
71 62 7111
378 69
99 81
120
9574
9959
116
106
9215
0
113
109 13
883
5171 57 41 28 45 48
Concentração Nível de Atenção Nível de Alerta Nível de Emergência
Con
c
Figura 15. Progressão da média geométrica anual em 2014, para Partículas Totais em Suspensão, frente aos limites da
Res. CONAMA 03/90 e Decreto Est. 1745/79. Estação Praça do Trabalhador.
Quanto aos níveis de qualidade estabelecidos pelo Decreto Est. 1.745/79 para verificação de
episódios críticos da qualidade do ar, estes permaneceram abaixo do nível de atenção, não tendo
sido atingido este nível em 2014. Portanto, conforme a norma estadual, não se registrou ocorrência
de episódios críticos para Partículas Totais em Suspensão neste ponto de amostragem, durante o
período avaliado (figura 16).
Figura 16. Níveis de qualidade estabelecidos pelo Decreto Est. 1.745/79. Dados relativos a Partículas Totais em
Suspensão em 2014. Estação Praça do Trabalhador.
28
No que concerne à classificação da qualidade do ar, a classificação obtida permaneceu como “boa”
de janeiro a maio, havendo um aumento gradual da concentração de particulado total ao longo do
período mais seco, nos meses de maio a outubro, quando a classificação permaneceu oscilando
entre “boa”, “regular” e “moderada. A partir do início da estação chuvosa, já ao fim do ano, nota-se
o retorno do índice de qualidade à classificação “boa”.
DAIA
Quarenta e uma (41) amostragens foram realizadas na Estação do DAIA em 2014, conforme se
verifica na figura 17. No Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), em 2014, a concentração
diária de particulado total permaneceu abaixo do padrão primário estabelecido pela Res. CONAMA
03/90, no ponto amostrado. Por outro lado, não houve concordância com o estabelecido pelo
Decreto 1.745/79, que permite apenas uma ultrapassagem anual ao seu limite máximo de 120
mcg/m3. Na estação do DAIA foram verificadas 35 ultrapassagens a esse limite (figura 17).
Figura 17. Concentrações diárias de Partículas Totais em Suspensão obtidas em 2014. Estação DAIA.
Este ponto de amostragem, com relação a particulado total, também não apresentou conformidade
quanto à média geométrica anual estabelecida pela Res. CONAMA 03/90. Para esta Estação, a
média geométrica em 2014 foi de 146 mcg/m3, muito acima do padrão primário fixado por esta
norma. Apresentamos aqui a mesma ressalva feita em relação às demais Estações quanto à média
obtida, no que diz respeito à breve interrupção das amostragens entre os meses de agosto a
29
setembro, devido à reforma no prédio da SEMARH. Como essa média se encontra muito acima do
preconizado pelo CONAMA, por óbvio está também muito acima do permitido pela legislação
estadual, mais restritiva (figura 18).
Figura 18. Progressão da média geométrica anual em 2014, para Partículas Totais em Suspensão, frente aos limites da
Res. CONAMA 03/90 e Decreto Est. 1745/79. Estação DAIA.
Com relação à ocorrência de episódios críticos da qualidade do ar, não houve registro deste evento
no ano de 2014 quanto a particulado total, na Estação do DAIA, conforme a norma estadual
pertinente. Assim, as concentrações daquele poluente ficaram abaixo do nível de atenção fixado
(figura 19).
Figura 19. Níveis de qualidade estabelecidos pelo Decreto Est. 1.745/79. Dados relativos a Partículas Totais em
Suspensão em 2014. Estação DAIA.
30
Por fim, em 2014 o índice da qualidade do ar permaneceu oscilando entre as classificações
“regular” e “moderada” na Estação do DAIA. Esta classificação se baseia apenas nas análises de
partículas totais em suspensão.
31
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ar é um dos fatores relevantes que favorece e permite a existência de seres vivos na Terra. Sua
constituição é resultado de várias etapas de transformação, chegando-se à composição atual. A vida
se desenvolveu e foi se adaptando às condições ambientais existentes, sendo que as características
da atmosfera em cada período foram e continuam sendo determinantes para a qualidade de vida no
planeta.
Diante desse contexto, o monitoramento da qualidade do ar é de grande importância para a
avaliação das condições do meio ambiente e seu impacto sobre a saúde pública e a preservação
ambiental. Alterações provocadas por eventos tais como, emissões industriais, veiculares, incêndios
e queimadas, entre outros, podem representar impactos negativos sobre a qualidade do ar,
modificando as suas características e afetando a população, a fauna, a flora e outros recursos
naturais como as águas e o solo.
Os dados do monitoramento da qualidade do ar realizado pela SEMARH durante o ano de 2013 e
2014 demonstraram que nenhum dos pontos monitorados atendeu ao Decreto Estadual nº
1.745/1979 que é mais restritiva que a Resolução CONAMA n° 03/1995 para o parâmetro de
Partículas Totais em Suspensão.
Esses resultados apresentam a necessidade de ações que promovam uma melhoria na qualidade do
ar. É válido mencionar que a quantidade e a localização dos pontos de monitoramento, bem como o
parâmetro monitorado (PTS) são insuficientes para uma avaliação mais ampla da real situação da
poluição atmosférica em Goiás. Os dados obtidos são referentes somente para as Partículas Totais
em Suspensão nas áreas próximas às Estações de Monitoramento instaladas. A expansão de
qualquer avaliação para outras partes das cidades ou do Estado deve ser feita com precaução.
Contudo, algumas ações podem contribuir para a melhoria do monitoramento e da qualidade do ar
no Estado. Dentre elas, cita-se:
A ampliação dos parâmetros monitorados. Atualmente são realizadas análises de PTS.
Maiores investimentos devem ser realizados na implantação de estrutura que permita o
monitoramento de outros parâmetros de grande interesse para a saúde pública e o meio
ambiente, como Partículas Inaláveis (PM10 e PM2,5), Dióxido de Enxofre, Ozônio, Óxidos
de Nitrogênio, entre outros;
Expansão da rede de monitoramento para outras regiões no Estado, de forma a avaliar de
32
forma mais próxima a poluição atmosféricas nas cidades goianas;
Elaboração, implantação e implementação de programas de educação ambiental que possa
conscientizar e sensibilizar os diversos setores da sociedade goiana quanto à importância da
melhoria e conservação da qualidade do ar;
Ampliação e investimentos nas ações de fiscalização em relação às emissões industriais e
veiculares, com a implementação, por exemplo, do Programa de Inspeção Veicular
Ambiental;
Elaboração de inventário de emissões de poluentes atmosféricos de forma a caracterizar a
situação de Goiás no que se refere à poluição da atmosfera;
Implantação e implementação de parcerias com órgãos ambientais, de saúde pública e outros
que estejam envolvidos na temática da qualidade do ar.
Amplo é o caminho que se deve percorrer para promover a qualidade ambiental. Esse caminho deve
ser triado não somente por uma pessoa ou uma instituição específica mas deve ser considerado por
toda a sociedade. Dessa forma, a melhoria nas condições da qualidade do ar é de responsabilidade
de todos os setores que envolvem, entre outros, as instituições públicas e privadas, de pesquisa e
ensino e de toda a população goiana.
33
REFERÊNCIAS
1. BRAGA e col. Poluição Atmosférica e Saúde Humana. Revista USP, São Paulo, n.51, p. 58-
71, setembro/novembro 2001.
2. CONAMA. Resolução nº 03 de 28 de junho de 1990 do Conselho Nacional do MeioAmbiente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=100>. Acesso em: 09 de janeiro de 2014.
3. EPA. United States Environmental Protection Agency. Ozone: good up righ, bad nearby.Office of Air and Radiation. Junho, 2003.
4. ESTADO DE GOIÁS. Decreto Estadual n° 1.745 de 06 de dezembro de 1979. Disponível em: <http://www.mp.go.gov.br/nat_sucroalcooleiro/Documentos/legislacao/especifica/03.pdf>. Acesso em: 08 de janeiro de 2014.
5. LISBOA, H. M. & KAWANO, M. Controle da Poluição Atmosférica: Monitoramento dePoluentes Atmosféricos. Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico,Departamento de Eng. Sanitária e Ambiental, Florianópolis, 2010.
6. OGA, S.; CAMARGO, M. M. A.; BATISTUZZO, J. A. O. Fundamentos de Toxicologia. 3ªed. São Paulo: Atheneu Editora, 2008.
7. USEPA. Carbon Monoxide – Six Common Pollutants. Disponível em:http://www.epa.gov/airquality/carbonmonoxide/. Acesso em: 05 de novembro de 2013.
8. WHO - World Health Organization. 7 Million premature deaths annually linked to air
pollution. Disponível em: < http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2014/air-
pollution/en/> Acesso em: 04 de set. 2014.
34
APÊNDICE V – EVOLUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DAS PARTÍCULAS TOTAIS EMSUSPENSÃO NA ESTAÇÃO DA PRAÇA DO TRABALHADOR, EM GOIÂNIA.
Observa-se através do gráfico acima que houve uma relativa melhora na qualidade do ar nos anos
considerados, em relação às Partículas Totais em Suspensão (PTS), durante as amostragens
realizadas na Estação da Praça do Trabalhador em Goiânia. Essa situação pode ser devida a alguns
fatores, tais como: renovação da frota veicular, avanço na tecnologia de combustíveis e aspectos
meteorológicos.
43
APÊNDICE VI – EVOLUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DAS PARTÍCULAS TOTAIS EMSUSPENSÃO NA ESTAÇÃO DA PRAÇA CÍVICA, EM GOIÂNIA.
Nos anos de 2012 e 2013, não houve uma melhora significativa em relação às concentrações de
PTS na estação localizada na Praça Cívica. Contudo observa-se que nos meses de agosto, outubro e
novembro dos dois anos, ocorreu uma elevação nos níveis de PTS. Os resultados obtidos nesse
período podem ser entendidos considerando-se à época de poucas chuvas que ocorrem, fato esse
que inibe a precipitação úmida do poluente, intensificando a poluição do ar.
44
02
/20
12
03
/20
12
04
/20
12
05
/20
12
06
/20
12
07
/20
12
08
/20
12
09
/20
12
10
/20
12
11
/20
12
12
/20
12
01
/20
13
02
/20
13
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/20
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/20
13
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/20
13
06
/20
13
07
/20
13
08
/20
13
09
/20
13
10
/20
13
11
/20
13
12
/20
13
01
/20
14
02
/20
14
03
/20
14
04
/20
14
05
/20
14
06
/20
14
07
/20
14
08
/20
14
09
/20
14
10
/20
14
11
/20
14
12
/20
14
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Gráfico Evolutivo PTSPraça Cívica
Data
Co
nc
(mcg
/m3
)
APÊNDICE VII – EVOLUÇÃO DAS MÉDIAS GEOMÉTRICAS MENSAIS PARA
PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÃO – PRAÇA CÍVICA
A figura acima mostra o perfil de distribuição das médias geométricas mensais de partículas totais
em suspensão na Estação da Praça Cívica, nos anos de 2012 a 2014. Observa-se um perfil
semelhante de dispersão dos dados a cada ano, com aumento gradual da média a partir do fim da
estação chuvosa, atingindo maiores resultados ao final do período de estiagem, que geralmente
ocorre entre setembro e outubro. No entanto, é necessário um período de tempo de amostragem
maior que três anos para uma análise mais conclusiva acerca da tendência da variação anual dos
resultados.
45
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
20
40
60
80
100
120
140
160
Gráfico Comparativo PTSPraça Cívica - Médias Mensais
Mês
Con
cent
raçã
o
APÊNDICE VIII – EVOLUÇÃO DAS MÉDIAS GEOMÉTRICAS MENSAIS PARA
PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÃO – PRAÇA DO TRABALHADOR
A Estação da Praça do Trabalhador apresentou perfil semelhante ao obtido na Praça Cívica, com
médias mensais mais altas durante a estação seca e mais baixas na chuvosa, porém com resultados
ligeiramente superiores aos daquela Estação.
46
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 120
20
40
60
80
100
120
140
Gráfico Comparativo - PTS - Médias Geométricas MensaisPraça do Trabalhador - Goiânia
Mês
mcg
/m3
APÊNDICE IX – EVOLUÇÃO DAS MÉDIAS GEOMÉTRICAS MENSAIS PARA
PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÃO - DAIA
O monitoramento na Estação do DAIA foi retomado em julho de 2013, tendo sido avaliados dados
somente deste período em diante. Por esta razão ainda não é possível realizar uma análise
conclusiva a respeito das variações para este ponto de amostragem. No entanto, durante esse
período e na maior parte dele, as médias geométricas mensais foram maiores em 2014.
47
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0
50
100
150
200
Comparativo DAIA
2013 2014
Mês
Méd
ia G
eom
étri
ca
APÊNDICE X – PRECIPITAÇÃO DE CHUVAS EM GOIÂNIA – 2014.
Fonte dos dados de precipitação: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET – MAPA).
A figura acima apresenta a distribuição das chuvas na cidade de Goiânia, em 2014. Verifica-se que o
período chuvoso envolve os meses de janeiro a abril, quando logo após tem início a estação seca,
que geralmente vai de maio a meados de setembro ou outubro.
Os dados apresentados se referem à precipitação registrada nas datas indicadas pelo gráfico.
48
06
/jan
20
/jan
03
/fev
17
/fev
03
/mar
17
/mar
31
/mar
14
/abr
28
/abr
12
/mai
26
/mai
09
/jun
23
/jun
07
/jul
21
/jul
04
/ago
18
/ago
01
/set
15
/set
29
/set
13
/out
27
/out
10
/no
v
24
/no
v
08
/dez
22
/dez
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Distribuição das Chuvas
Goiânia 2014
Precipitação (mm)
Data
Pre
cip
itaç
ão (
mm
)
APÊNDICE XI – RELAÇÃO: PRECIPITAÇÃO DE CHUVAS X MÉDIA GEOMÉTRICA
MENSAL – PRAÇA CÍVICA. GOIÂNIA, 2014.
Fonte dos dados de precipitação: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET – MAPA).
O gráfico acima demonstra a relação entre a precipitação média mensal em Goiânia e a média
geométrica mensal para partículas totais em suspensão (PTS), na Estação da Praça Cívica. É
possível verificar que durante a estação chuvosa, que compreende os primeiros quatro e os três
últimos meses do ano, a média geométrica permanece mais baixa do que durante a estação seca. Isto
se deve à deposição úmida do poluente em questão, que é carreado pela chuva, levando à
contaminação do solo e das águas.
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Precipitação Média Mensal X Média Geométrica Mensal
Praça Cívica 2014
Precipitação Acumulada (mm) Média Geométrica P . Cívica
Mês
APÊNDICE XII – RELAÇÃO: PRECIPITAÇÃO DE CHUVAS X MÉDIA GEOMÉTRICA
MENSAL – PRAÇA DO TRABALHADOR. GOIÂNIA, 2014.
Fonte dos dados de precipitação: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET – MAPA).
Para a estação da Praça do Trabalhador, é possível observar comportamento semelhante ao descrito
na estação da Praça Cívica quanto à variação da média geométrica: verifica-se aumento da média
durante a estação seca e sua redução durante a estação chuvosa.
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez0
20
40
60
80
100
120
140
Precipitação Média Mensal X Média Geométrica Mensal
Praça do Trabalhador 2014
Precipitação Média (mm) Média Geométrica P. T rabalhador
Mês
Pre
cip
itaç
ão (
mm
)
APÊNDICE XIII – RELAÇÃO: PRECIPITAÇÃO DE CHUVAS X MÉDIA GEOMÉTRICA
MENSAL – DAIA. ANÁPOLIS, 2014.
Fonte dos dados de precipitação: Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás (SECTEC – SIMEGO).
Na estação do DAIA, ao contrário das estações de Goiânia, é possível observar uma relativa
constância da média geométrica, independente da presença de chuvas. Isto provavelmente se deve à
localização da estação, que fica no canteiro central da GO-330, e por isso recebe um aporte
constante de material particulado oriundo de ressuspensão e veículos que transitam pelo local.
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
0
100
200
300
400
500
Precipitação Média Mensal X Média Geométrica Mensal
DAIA 2014
Precipitação Acumulada (mm) Média Geométrica Mensal DAIA
Mês
APÊNDICE XIV – FOTOS DO MONITORAMENTO DE PARTÍCULAS TOTAIS EM
SUSPENSÃO REALIZADO PELA SEMARH-GO.
Amostrador de Grande Volume para Partículas Totais em Suspensão (AGV PTS) localizado na
Praça Cívica, em Goiânia.
Vista da Estação de Monitoramento localizada no DAIA – Anápolis, durante dia nublado (março de
2013).
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Carta gráfica instalada no registrador de vazão do AGV PTS da Praça do Trabalhador, em Goiânia.
Estação de Monitoramento do DAIA, em Anápolis. Importante observar a movimentação de
veículos próximo ao local.
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