questões éticas associadas a reprodução assistida

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Os aspectos éticos mais importantes que envolvem questões de reprodução humana são: a seleção de sexo; a doação de espermatozóides, óvulos, pré-embriões e embriões; a seleção de embriões com base na evidencia de doenças ou problemas associados; a maternidade substitutiva; a redução embrionária; a clonagem; pesquisa e criopreservação (congelamento) de embriões.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Questões éticas associadas à

reprodução assistidaAntonio Fernandes Neto

“A ética ou a moral não está reservada aos especialistas, mas concerne a cada ser humano. Onde há decisões a serem tomadas, reflexão a ser feita, liberdade a ser alcançada, há ética. E cada ser é dotado, ao menos minimamente, da capacidade de refletir e escolher.”

Duand, G.

Reprodução assistida - vocabulário1) Inseminação artificial homóloga, “Utilização de sêmen

do marido ou do companheiro da paciente”.

2) Heteróloga, “utiliza-se o esperma de um doador fértil.

3) Fecundação artificial in vitro com participação genética do cônjuge ou de um doador (FIV).

4) Transferência de embriões (FIVETE), que “consiste na obtenção de óvulos que são fertilizados em laboratório, sendo os embriões posteriormente transferidos diretamente para a cavidade uterina”.

5) Transferência intra-tubária de gametas (GIFT). Óvulos e espermatozóides são colocá-los por laparoscopia nas tubas uterina

6) ICSI ( Intracytoplasmic Sperm Injection = Injeção Intra-Citoplasmática de Espermatozóides ). Um único espermatozóide é imobilizado e diretamente injetado dentro do ooplasma com uma pipeta

Reprodução assistida - Histórico

1799 - inseminação artificial1944 - tentativa de fertilização in vitro1953 - congelamento de espermatozóides humanos1978 - nasce bebe fecundado in vitro (Luize Brow) - nasce bebe oriundo de embrião congelado1983 - nasce bebe de maternidade substitutiva1984 – No Brasil nasce por fecundação in vitro Ana Paula Caldeira1992 - técnica de ICSI ( Injeção Intra-Citoplasmática de Espermatozóides ). 1993 - clonagem de embriões humanos a partir de

outro embrião2001 – suposta clonagem de embrião humano

©Goldim/2002 http://www.bioetica.ufrgs.br/biorepr.htm

Em 1981,o governo Inglês instalou o Committee of Inquiry into Human Fertilization and Embriology, que estudou o assunto por três anos. As suas conclusões foram publicadas, em 1984, no Warnock Report

Em 1987 a Igreja Católica publicou um documento - Instrução sobre o respeito à vida humana nascente e a dignidade da procriação - estabelecendo a sua posição sobre estes assuntos. A partir de 1990, inúmeras sociedades médicas e países estabeleceram diretrizes éticas e legislação, respectivamente, para as tecnologias reprodutivas. No Brasil, Conselho Federal de Medicina, através da Resolução CFM 1358/92, instituiu as Normas Éticas para a Utilização das Técnicas de Reprodução Assistida, em 1992.

Reprodução assistida - Histórico

©Goldim/2002 http://www.bioetica.ufrgs.br/biorepr.htm

Reprodução assistida - Problemas

De natureza ética

Legal

Religiosa

Técnica

Dia 1: Zigoto

Dia 2:

Embrião de 4 células

Dia 3: Embrião de 8 células

Dia 5 a 6

Blastocisto

Microinjeção do oócito

Desenvolvimento Embrionário - vitro

Avanços em reprodução assistida Cultura em vitro de blastocistos

-melhor seleção de embriões viáveis -maior capacidade de implantação Assisted Hatching -abertura de um "buraco" na zona pelúcida -facilita aderência do blastocisto ao útero

Diagnóstico genético Pré-implantacional (PGD) -retirada de blastômeros, do corpúsculo polar ou biópsia do blastocisto -identifica o sexo e evita doenças do sexo masculino como a hemofilia, distrofias musculares ( Duchenne. Becker). - Outras doenças: Trissomia do 13,18 e 21, síndrome de Turner e Klinifelter -balanceamento familiar ??? -Seleção do espermatozóide X ou Y Separação por quantidade de DNA (MicroSort), 90% de acerto . O Y contém menos DNA e se cora de verde ou amarelo e o X que tem 2,8% a mais de DNA e se cora de vermelho

Núcleo celular de embrião humano masculino com o cromossomo X (vermelho), Y (verde) e

18 (azul)

Avanços em reprodução assistidaFluorescence in situ hybridization (FISH):

x

y

18

18

Homem anormal com trissomia do 13 (Patau)

Mulher anormal com trissomia do 21 (Down)

Avanços em reprodução assistidaFluorescence in situ hybridization (FISH):

Avanços em reprodução assistida

Maturação de oócitos humanos em

vitro - Redução dos custos com medicamentos pp/ em

pacientes com ovários policiticos

Criopreservação de tecido ovariano e de óvulos

-falência ovariana precoce, endometriose, cistos e infecções pélvicas. -preservar células germinativas para evitar o dano potencial causado pela radio ou quimioterapia.*

Reprodução Humana Assistida

Estudos recentes apontam para maior incidência de RN prematuros com baixo

peso,anormalidades cardiovasculares,musculoesqueléticas,uroge

nitais,metabólicas e cromossômicas nos bebês gerados por FIV e ICSI.

-Division of Reproductive Health(Atlanta)-Institute for Child Health

Research(Univ.Western Australia) NEJM,v.346,n.10,Mar 7,2002Siqueira J E, http://www.cidasc.sc.gov.br/sons/Biosseguran%E7a%20em%20manipula%E7%E3o%20g

%EAnica-Florian%F3polis.ppt

“Não importa o que se fez do homem, mas o que iremos fazer com o que fizeram dele”

Sartre

Reprodução assistida – InfertilidadeReprodução assistida – InfertilidadeA infertilidade pode afetar um dos pares ou o casal A infertilidade pode afetar um dos pares ou o casal implica, muitas vezes, em conflitos podendo chegar até o implica, muitas vezes, em conflitos podendo chegar até o rompimento do casamento. rompimento do casamento. A decisão de ter filhos e engravidar não é um processo A decisão de ter filhos e engravidar não é um processo simples, pelo contrário, envolve aspectos sociais, simples, pelo contrário, envolve aspectos sociais, psicológicos, econômicos religiosos e jurídicos. psicológicos, econômicos religiosos e jurídicos. Este problema afeta 8% até 15% dos casais em idade Este problema afeta 8% até 15% dos casais em idade reprodutiva.reprodutiva.Mudanças sociais - a gravidez deixou de ser o objetivo Mudanças sociais - a gravidez deixou de ser o objetivo do casamento e foi, cada vez mais, postergada para uma do casamento e foi, cada vez mais, postergada para uma idade avançada quando o relógio biológico já está idade avançada quando o relógio biológico já está desfavorável para a mulher.desfavorável para a mulher.Os homens inférteis carregam também com ele vários Os homens inférteis carregam também com ele vários problemas e dentre eles os que podem ser identificados problemas e dentre eles os que podem ser identificados com uma fantasia ligada a sua condição masculina.com uma fantasia ligada a sua condição masculina.

Reprodução assistida – Saúde PúblicaPontos argumentados pela não implementação de

programas de medicina reprodutiva na rede pública.

a) Há falta de profissionais treinados;

b) A política atual é de planejar os filhos e a população pobre tem menos condições de criá-los de forma desejável e, sendo assim, há pouca vontade política de fazer com que tais mulheres engravidem a um custo tão alto.

c) É caro em função dos remédios que devem ser tomados (gira em torno de 3.500,00 por inseminação).

Reprodução assistida – Custos

http://www.bebedeproveta.com.br/custos.htm

Reprodução assistida – Resultados

http://www.bebedeproveta.com.br/custos.htm

O que diz a Lei no Brasil 

“Para o exercício do direito ao planejamento familiar, serão oferecidos todos os métodos e técnicas de

concepção e contracepção, cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida das pessoas,

garantida a liberdade de opção.

Reprodução assistida – Saúde Pública

Países como o nosso, com recursos escassos, deve-se priorizar programas que envolvam outras patologias mais importantes?

NãoSim

1. O consentimento informado2. O início da vida3. O Pré-embrião4. A seleção de sexo5. A doação de óvulos, pré-embriões e embriões6. Doação de espermatozóides7. Reprodução além da vida de um dos pais8. Reprodução assistida em mulheres isoladas e casais

homossexuais femininos9. A seleção de embriões com base na evidencia de

doenças ou problemas associados;10. A maternidade substitutiva11. A redução embrionária12. Pesquisa e criopreservação (congelamento) de embriões

Aspectos éticos mais importantes que envolvem questões de reprodução

humana

O consentimento informado

O consentimento informado é um elemento característico do atual exercício da medicina, não é apenas uma doutrina legal, mas um direito moral dos pacientes que gera obrigações morais para os médicos.

1

A partir do momento que o espermatozóide fecunda o óvulo já se estabeleceu uma nova vida?

Poucos minutos após a fecundação, constituem-se os 46 cromossomos e, ali, dá-se o início da vida?

Quando começa a vida?

- visão aristotélica:fases nutritiva, sensitiva e racional. – zigoto ,embrião, blastócito, feto.

O início da vida2

O início da vida – quando começa

          

      

        

    

3 horasFertilizaçãoEspermatozóide

óvulo 12-15 horas

        

       

20-30 horasMórula 3-4 dia Blastocisto 5-6

dia

       

     

3 semanas

          

  

3-5 semanas

         

    4-5 semanas

5 semana

6 semanas7 semanas 9 semanas

10 semanas11

semanas12

semanas

13 Semanas

13 semanas

14 Semanas

14 semanas

Início dos batimentos cardíacos

Atividade do tronco cerebral

Inicio da atividade neocortical

O início da vida – quando começa15 semanas. Fim do

período embrionário e começo do período fetal

17 semanas Percebe os ruídos da mãe

18 semanas. Começa a funcionar os rins glândulas sebáceas e suduríparas e aparece cabelo

19 semanas. A mãe ente os movimentos

fetais21 semanas. Se distingue os

genitais21 semanas genitais bem diferenciados

16 SEMANA

S

A lei do aborto (antigo) Artigo 142, 1 c),

Movimentos respiratórios

O início da vida – quando começa24 semanas . Começa a

desenvolver o cérebro

           

       

25 semana. Canais seminais já contem células precursoras de

espermatozóides

26 semana. Unhas desenvolvida e ovários com 5 milhões de

óvulos

         

      

31 semanas. Os fetos que nascem em geral

sobrevivem

          

 

35 semanas. Orientação expontânea

à luz

36 semanas se considera parto terminal

           

      39 a 40 semanas

nascimento

27 semanas. O s olhos estão formados e os centros nervosos

unidos

Ritmo sono-vigília

A rigor, a vida humana não começa a cada reprodução, ela continua, pois o fenômeno vital se mantém, não é nem extinto nem restabelecido, prossegue. A vida de um novo indivíduo é que tem início.

©Goldim/2002 http://www.bioetica.ufrgs.br/biorepr.htmA seguir são apresentados alguns dos critérios

utilizados para estabelecer o início da vida de um ser humano.

O início da vida

O estabelecimento de critérios biológicos - início da vida de um ser humano - ou filosóficos - início da vida de uma pessoa - ou ainda, legais é é uma discussão difícil, mas por isso mesmo desafiadora.

Tempo decorrido Característica Critério

0min Fecundação  fusão de gametas

Celular

12 a 24 horas Fecundação fusão dos pró-núcleos

Genotípico estrutural

2 dias  Primeira divisão celular Divisional

3 a 6 dias Expressão do novo genótipo Genotípico funcional

6 a 7 dias Implantação uterina Suporte materno

14 dias Células do indivíduo diferenciadas das células dos anexos

Individualização

20 dias Notocorda maciça Neural

3 a 4 semanas Início dos batimentos cardíacos Cardíaco

6 semanas Aparência humana e rudimento de todos os órgãos

Fenotípico

7 semanas Respostas reflexas à dor e à pressão Senciência

8 semanas Registro de ondas eletroencefalográficas (tronco cerebral)

Encefálico

10 semanas Movimentos espontâneos Atividade

12 semanas Estrutura cerebral completa Neocortical

12 a 16 semanas Movimentos do feto percebidos pela mãe Animação

20 semanas Probabilidade de 10% para sobrevida fora do útero

Viabilidade extra-uterina

24 a 28 semanas Viabilidade pulmonar Respiratório

28 semanas Padrão sono-vigília Autoconsciência

28 a 30 semanas Reabertura dos olhos Perceptivo visual

40 semanas Gestação a termo ou parto em outro período Nascimento

2 anos após nascimento “Ser moral” Linguagem para comunicar vontades

O início da vida

• Propriedade que caracteriza os organismos cuja existência evolui do nascimento até a morte.

• Conjunto de atividades e funções orgânicas que constituem a qualidade que distingue o corpo vivo do morto.

Quando constatada parada total e irreversível das funções encefálicas, ou seja, quando o cérebro pára de funcionar e deixa de exercer suas funções de forma irreversível, a morte é constatada. Não há dúvidas quanto a isso.

O que seria a vida?

O que é a morte?

Pré- embrião É a denominação utilizada por alguns

autores, em especial norte-americanos, para o concepto humano nos primeiros seis a sete dias de desenvolvimento, isto é, desde a fecundação até a implantação no útero.

Quando os cientistas dizem que um embrião de cinco dias não tem o status da vida, é porque além das células, nesse estágio, não estarem diferenciadas, os primeiros sinais de aparição do sistema nervoso só se dá com mais de 14 dias.

3

Vocês concordam com esta afirmação?

Sim Não

A partir de que momento do desenvolvimento humano passa a existir uma vida com direitos?

Pré- embrião

Desde o momento da concepção

Depois da implantação no útero

A partir do 3º mês após a concepção

Ao nascimento

Sim Não

Sim

Sim

Sim Não

Não

Não

A seleção de sexo Caso - 1 - Um senhora, com 44 anos, mãe de 5 filhos,

todos do sexo masculino, solicitou a um médico que realizasse um procedimento de inseminação artificial com prévia seleção de gametas masculinos apenas com cromossomo X, isto é, que gerassem apenas embriões do sexo feminino, com a finalidade de realizar um grande desejo e superar a profunda frustração de não ter uma filha.

4

Os médicos afirmaram ao juiz que nenhuma terapia havia tido sucesso em melhorar o quadro depressivo desta paciente, que havia sido agravado pelo diagnóstico errado na sua última gestação.

A seleção de sexo Caso - 1 -

Nesta ocasião informaram-lhe que estava gestando uma menina, porém nasceu o seu quinto filho homem. A idéia de ter uma filha que a cuidasse na velhice tornou-se uma obsessão para ela, também de acordo com o relato médico. Neste mesmo documento os médicos afirmavam que o procedimento que a paciente seria submetida era simples e sem riscos, com um único senão que era o de não poder garantir em 100% das situações possíveis, que ela gestaria uma filha.

A seleção de sexo Caso - 1 -

Qual você acha que deveria ser o parecer do Juiz, peritos e médicos?

Deveria autorizarNãoSim

O juiz solicitou pareceres de vários peritos médicos, incluindo psiquiatras. Todos eram favoráveis a realização do procedimento. O juiz de primeira instância autorizou judicialmente.

A seleção de sexo Caso - 1 -

A promotoria pública recorreu da decisão e a sentença foi revogada em segunda instância

A senhora solicitou um recurso a ao Tribunal Supremo que o julgou inadmissível.

Este fato ocorreu em Barcelona/Espanha

Alonso EJP. Consideraciones críticas sobre la regulacion legal de la selección de sexo (parte I). Rev Der Gen H 2002;16:59-69.

Doação de Óvulos Caso - 2 -

©Goldim/2002 http://www.bioetica.ufrgs.br/biorepr.htm

5

O médico lhe propõe uma solução. Parte dos óvulos gerados e captados seriam utilizados para os procedimentos dela e parte em uma outra senhora que necessita de óvulos para também realizar o seu desejo de ter filhos e que se dispõe a custear ambos os tratamentos.

  Ela não tem recursos para custear o tratamento.

Uma senhora procura uma clínica que possibilitasse o seu desejo de ter um filho, utilizando ovócitos seus e fertilizados in vitro com sêmen de seu esposo

•Você acha que a paciente aceitou?

Sim Não

Doação de Óvulos Caso - 2 -

Em outro ciclo novos ovócitos foram obtidos e utilizados para ela e para outra pessoa, que ela não sabe se era a mesma anterior ou não. Novamente o procedimento resulta em uma nova não obtenção de gestação.

Ela fica muito deprimida e procura atendimento de apoio psicológico em uma instituição que atende pacientes que não podem pagar tratamentos psicoterápicos.

Ela aceita a proposta. É feita a primeira tentativa. Ela não conseguiu ter uma gestação com os embriões que foram implantados.

Doação de Óvulos Caso - 2 -

Doação de Óvulos Reportagem veiculada na revista Época

(2001).

Com o título de Mercado da Vida: médicos de Brasília retiram óvulos de mulheres de baixa renda para beneficiar clientes ricas de suas clínicas particulares .

A reportagem começa com o seguinte trecho:

“Toda manhã de quarta-feira um grupo de mulheres deixa o setor de Reprodução Humana do Hospital Regional da Asa Sul levando em baixo do braço sacos com remédios que não podem comprar. São moradoras de baixa renda das cidades-satélites de Brasília carregando injeções do

tratamento de fertilização assistida. Todas querem muito ter filhos, mas têm dificuldades de engravidar. Elas não

pagam pelo tratamento, o que confere ao programa ares de obra social. Há no entanto, uma contrapartida para o benefício. Em troca dos remédios, as mulheres têm de

doar óvulos. Em recipientes refrigerados, eles são transportados para uma clínica particular, na área nobre da cidade. Lá, são implantados em mulheres de faixa de renda mais alta com problemas de fertilidade”(2001:92).

Doação de Óvulos

Você concorda com este procedimento?

Não Sim

Doação de ÓvulosPerguntas que devem nos guiar para a reflexão implicam em saber se a doação de óvulos das

mulheres pobres pode ser considerada legítima e autônoma.

Se há um consenso da não eticidade do procedimento, pode-se apenas explicar tudo isto pela veiculação dos benefícios?

Sim Não

Há um questionamento ético da atuação desses profissionais?

Neste caso os meios justificariam os fins?

Sim Não

Podemos ver estas doações como coações?

Sim Não

Doação de Espermatozóides

Banco de sêmenBanco de sêmen- A doação de esperma não pode ter caráter lucrativo ou- A doação de esperma não pode ter caráter lucrativo ou comercial comercial- As clínicas pagam de R$ 50 a R$ 100 para doadores de- As clínicas pagam de R$ 50 a R$ 100 para doadores de esperma esperma

6

Restrição ao doadorRestrição ao doador- Um doador de esperma não pode ter mais do que um - Um doador de esperma não pode ter mais do que um meninomenino e uma menina para cada 1 milhão de habitantes. Essa e uma menina para cada 1 milhão de habitantes. Essa normanorma visa impedir que meio-irmãos se casem sem saber e visa impedir que meio-irmãos se casem sem saber e geremgerem filhos com problemas de consangüinidade. filhos com problemas de consangüinidade.

- É impossível exercer esse tipo de controle porque não - É impossível exercer esse tipo de controle porque não há umhá um registro centralizado de doadores de registro centralizado de doadores de espermatozóides.espermatozóides.

Doação de óvulos espermatozóides e embrião

Exigência pelo CFM de um cadastro de informações biológicas, genéticas e fenotípicas do doador, resguardando-lhe sua identidade civil. Necessidade da anuência do consorte na hipótese de o doador do material fertilizante ser casado. Crianças com desconhecimento de sua origem genética poderiam apresentar incompleta percepção de sua identidade, com graves repercussões psicológicas.

O Projeto de Lei (PL) n.º 90/99 admite que a criança possa obter todas as informações sobre o processo que a gerou, inclusive a identidade civil do doador, no momento em que completar a maioridade, ou antes desse termo, havendo óbito de ambos os pais. vedando, contudo, a aquisição de direitos sucessórios.

Fertilização com sêmem de doador falecido

Após um acidente de carro, onde encontrava-se um casal, o homem teve morte cerebral. A sua mulher ao chegar ao hospital perguntou se o esperma do marido poderia ser obtido e congelado para uso no futuro, pois assim “parte dele continuaria viva”.

Reprodução além da vida de um dos pais Orfandade programada Caso - 3- 7

Seu pedido deveria ser aceito?

NãoSim

Fertilização com sêmem de doador falecido

Seu pedido foi aceito. Esse tipo de coleta já foi feita em outros países com sucesso, em outros pacientes com situações idênticas.

Roman R, http://br.geocities.com/editalbr/bioetica/inicio_vida_reproducao.ppt

Reprodução além da vida de um dos pais Orfandade programada Caso - 3-

No momento da criopreservação, os conjugues ou companheiros devem expressar a sua vontade, por escrito, quanto ao destino que será dado aos pré-embriões criopreservados, em caso de divórcio, doenças graves ou de falecimento de um deles ou de ambos e quando desejam doá-los. Não pode o casal optar pelo descarte ou destruição, nem cede-lo a pesquisas ou experimentações, mas apenas doá-los para satisfação do projeto parental de outro casal estéril ou utilizá-los novamente para outros filhos futuros

http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=6464

Reprodução além da vida de um dos pais Orfandade programada

Fertilização com sêmem de doador falecido(inconvenientes)

Em primeiro lugar, a criança vai carecer de pai.

Em segundo lugar, os problemas sucessórios da criança, reconhecendo-se seus direitos de herdeiro do pai, podem os demais herdeiros se sentir prejudicados, em especial, se a concepção e o nascimento tiverem ocorrido muito depois do falecimento do pai.”

Opinião de Carlos María ROMEO CASABONA El derecho y la Bioetica ante los límites de la vida humana. Madrid: Centro de Estudios Ramón Areces, 1994, p. 217

Reprodução além da vida de um dos pais Orfandade programada

A lei Espanhola autoriza a inseminação post mortem, desde que, o marido ou companheiro tenha dado seu consentimento por ato notarial ou testamento e, com a condição de que a inseminação seja feita nos seis meses após a morte (artigos 6º e 9º da Lei).

Reprodução além da vida de um dos pais Orfandade programada

Inseminação artificial heteróloga em mulheres mesmo sem ser casada ou, vivendo em união estável com pessoa de outro sexo.

O que é?

8

Qual a sua opinião? Deve ser realizada?

NãoSim

Reprodução assistida em mulheres isoladas

Reprodução assistida em mulheres isoladas

A Lei Espanhola e do Reino Unido autoriza inseminação artificial heteróloga com a utilização de esperma e óvulos de pessoas estranhas ao casal, garantindo-se a doação gratuita e secreta destes gametas

As leis Alemãs permitem as reproduções heterólogas, mas vedam a doação de óvulos.A Áustria Suécia, a Noruega e a Suíça reserva essas técnicas exclusivamente aos casais casados ou vivendo em união estável

Fertilização com embrião homologo após a dissolução da sociedade conjugal.

Reprodução assistida em mulheres isoladas

Problemas a serem resolvidos

Transferência de embriões excedentários heterólogos na dissolução da sociedade conjugal.

Reprodução assistida casais homossexuais femininos

O médico deve realizar este procedimento equiparando esta solicitação a de um casal heterossexual, recebendo uma das parceiras embrião ou esperma de doador?

Sim Não

Reprodução assistida casais homossexuais femininos

No Brasil o projeto de Lei n.º 90/99, veda o direito à reprodução assistida a mulheres solteiras e a casais do mesmo sexo, admitindo-o apenas a casados e conviventes.

A própria questão de adoção de crianças por homossexuais tem sido admitida em vários países, inclusive no Brasil.

As reflexões utilizadas na reprodução medicamente assistida podem ser transpostas às questões de adoção (reprodução legalmente assistida) ?

©Goldim/2002 http://www.bioetica.ufrgs.br/biorepr.htm

Reprodução assistida casais homossexuais femininos

Em 28 de janeiro de 2001, o jornal Diário Popular, de Pelotas-RS, publicou um anúncio com o título: Barriga (humana) para inseminação artificial. No dia seguinte, o jornal publicou os motivos que levaram esta senhora, de 39 anos, a fazer a oferta. Ela estava com dívidas (cerca de 5 mil reais) e achou que essa solução seria viável.

Maternidade por substituiçãoGestação por outren - Barriga de aluguel Caso

– 4 -

9

Havia tido dois filhos, e por isso apresentou referência que era “boa parideira”.

Maternidade por substituiçãoGestação por outren - Barriga de aluguel Caso

- 4 -

A remuneração esperada estava entre 20 e 30 mil reais, mais os gastos com a gestação. Por auxiliar casais que não podem ter filhos, ela achou que apesar de ser remunerada, sua oferta era altruísta.

Você concorda com o casal que contrata?NãoSim

E se a doadora temporária de útero seja da família daquela que não pode gerar?

NãoSim

O promotor de justiça considerou a proposta viável? NãoSim

Maternidade por substituiçãoGestação por outren - Barriga de aluguel Caso

- 4 -

No dia da publicação, 3 casais demonstraram interesse em aceitar a oferta.

O promotor, acha a proposta viável, pois segundo sua interpretação, o filho biologicamente será do casal contratante.

O acordo ou contrato poderá não ter valor judicial, afirma o promotor..

Maternidade por substituiçãoGestação por outren - Barriga de aluguel Caso

- 4 -

As legislações Britânica, Espanhola e Austríaca desencorajam o recurso a esta técnica enfatizando o princípio “partus sequitur ventrem”, ou seja, é considerada a mãe aquela que dá a luz.

A lei britânica não proíbe o contrato de cessão de útero quando ele for feito a título gratuito. 

Maternidade por substituiçãoGestação por outren - Barriga de

aluguel

Maternidade por substituiçãoGestação por outren - Barriga de

aluguel

A orientação do Conselho Federal de Medicina autoriza desde que a doadora temporária de útero seja da família daquela que não pode gerar, em parentesco até o segundo grau.

O Parlamento Europeu considera que “toda forma de maternidade de substituição deve, em geral, ser rejeitada”.

A seleção de embriões com base na evidencia de doenças ou problemas

associados1-Considerar que se a intervenção visar a saúde e o desenvolvimento de uma gravidez com sucesso. 2-Considerar também que, nesta fase

de desenvolvimento embrionário, cada blastômero pode originar um novo embrião.

10

Poderão ser permitidas tais manipulações científicas?NãoSim

Se a intervenção visar a saúde e o desenvolvimento de uma gravidez com sucesso, poderão ser permitidas tais manipulações científicas.

Maria Claudia BraunerProfessora Doutora da Faculdade de Direito da UNISINOShttp://www.bioetica.ufrgs.br/repbrau.htm#_ftn4

Do contrário, deverão ser proibidas as intervenções que se destinam a escolher características estéticas ou étnicas, tendo em vista os riscos de eugenia positiva.

A seleção de embriões com base na evidencia de doenças ou problemas

associados

A seleção de gametas (no caso de doenças ligadas ao sexo) ou de pré-embriões e a engenharia genética podem garantir, nos dias de hoje, ou até futuramente a eliminação ou diminuição de riscos de transmitir doenças hereditárias ou de origem genética.

Maria Claudia BraunerProfessora Doutora da Faculdade de Direito da UNISINOShttp://www.bioetica.ufrgs.br/repbrau.htm#_ftn4

A seleção de embriões com base na evidencia de doenças ou problemas

associados

Redução de Embriões

Não existe uniformidade do número de embriões que deve ser transferido. A tendência mundial é transferir 2 embriõesSingapura admite-se até 4 embriões em mulheres acima de 35 anos, com dois insucessos em procedimento anteriores.

Na Coréia do Sul, transfere-se quatro a seis embriões enquanto na Grécia o número varia de 5 a 7

Na Itália o número ideal a ser transferido é de 3 embriões admitindo-se até 4 em mulheres acima de 36 anos

No Brasil a resolução CFM 1358/92 limitou a transferência de até 4 embriões.

Pedrosa AHN, Franco JGJ: Reprodução Assistida in, Iniciação à Bioética.

11

É a realização de procedimentos que visam eliminar alguns dos embriões, já transferidos, implantados no útero (gestação em curso) , com o objetivo de evitar uma gestação múltipla.

Qual a sua opinião? Pode ser feito?

NãoSim

Redução de Embriões

Não deverá ser permitida a colocação de mais de dois embriões no útero da mulher tendo em vista os riscos envolvendo a gravidez múltipla, riscos que são graves para a saúde da mulher.

Redução de Embriões

OLIVEIRA afirma que a gravidez múltipla é considerada, como uma má prática da FIV.

Quem precisa de “embriões e embriões” são os cientistas.

Falta regulamentação ética e jurídica que os obrigue a maiores responsabilidades, inclusive científicas. Por exemplo, não fabricarem embriões com a finalidade de acobertar insuficiências e/ou deficiências da técnica.”

Redução de Embriões

OLIVEIRA, Maria de Fátima. A necessidade de “redução de embriões” é uma decorrência da iatrogenia

intencional. Belo Horizonte, 2000, p. 2. Este artigo foi veiculado na Lista Bioética de maio/2000, através da

internet  (http://www.widesoft.com.br/cgi-bin/majordomo/index/bioetica) e é uma reorganização de dados e opiniões

dos seguintes artigos da autora: Filhos (as) da tecnologia: questões éticas da procriação assistida. O

Mundo da Saúde, Ano 21, vol. 21, nº 3, 166-178; Biotecnologias de procriação e bioética. Cadernos

Pagu, (10) 1998, 53-81; Novas tecnologias reprodutivas conceptivas: a busca de pedigree para

seres humanos. FEMPRESS http://www.fempress.cl/bioetica3.html ;e Refletindo

sobre os bebês de proveta. MODERNA http://www.moderna2000.com.br/mapa/ Acessar

arquivo.

Pesquisa e criopreservação de embriões A pesquisa em embriões humanos foi muito

realizada nas décadas de 1960 e 1970. Esta pesquisa envolve conceptos humanos até a oitava semana de desenvolvimento.

Os embriões utilizados devem ser destruídos ao

final do experimento.

No relatório Warnock, publicado em 1984 existe a proposição de que podem ser feitas pesquisas sem restrição até o 14o dia.

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Porque das pesquisas com embriões?

TIPOS DE CÉLULAS TRONCOAs extraídas de tecidos maduros - como, por exemplo, o cordão umbilical ou a medula óssea -, as células-tronco são mais especializadas e dão origem a apenas alguns tecidos do corpo.

As células-tronco embrionárias se mostram mais eficazes para formar qualquer tecido do corpo. O problema é que, para extrair a célula-tronco, o embrião é destruído.

Para tornar a questão ética ainda mais complexa, o implante de células-tronco seria mais eficaz se extraído de um embrião clonado do próprio paciente.

Pesquisa e criopreservação de embriões

O prazo para armazenamento de embriões tem sido estipulado em cinco anos, a partir do Relatório Warnock.Este prazo foi estabelecido arbitrariamente, sem que tenham sido elaborados estudos sobre a viabilidade por períodos mais longos.

©Goldim/2002 http://www.bioetica.ufrgs.br/biorepr.htm

A finalidade do congelamento de embriões, é reduzir os desconfortos e riscos, caso houvesse a necessidade de realizar novos procedimentos.

Pesquisa e criopreservação de embriões

Dois procedimentos realizados nos EEUU utilizaram embriões com 7 e 8 anos de congelamento, respectivamente, sem que tenham sido evidenciados problemas no desenvolvimento dos bebes que foram gerados e nasceram normalmente.

©Goldim/2002 http://www.bioetica.ufrgs.br/biorepr.htm

Pesquisa e criopreservação de embriões

São utilizados embriões não reclamados, desde que o prazo para  implantação,  5 anos, na maioria dos países, já tenha vencido.

Outros compram óvulos e sêmen para realizar este tipo de pesquisas, com o consentimento dos indivíduos que venderam seus materiais biológicos.

Pesquisa e criopreservação de embriões

A Câmara dos Deputados aprovou recentemente a pesquisa científica com células-tronco embrionárias, desde que obtidas em fertilização in vitro e congeladas há mais de três anos, exatamente como fez o Senado no final do ano passado.

Continua proibida a produção de embriões para pesquisa por meio da clonagem terapêutica.

Você acha adequado produzir embriões (ou pré-embriões) especificamente para pesquisa ou uso clínico? NãoSim

Pesquisa e criopreservação de embriões

Esta proposta contraria todas as normas e diretrizes de pesquisa em seres humanos, desde o Código de Nuremberg, que propõem o impedimento de experimentos cujo desfecho possível seja a morte.

Vale lembrar que foi o Relatório Warnock que criou o termo pré-embrião para designar este primeiro período de desenvolvimento embrionário. Foi uma alternativa para a discussão sobre a possibilidade de utilizar ou não embriões em pesquisas.

Pesquisa e criopreservação de embriões

Como não é possível determinar quantos óvulos serão fecundados em cada ciclo de punção folicular e, considerando-se o fato de a transferência estar limitada a 4 embriões, a solução foi a criopreservação O casal deve conhecer o número de embriões a ser congelado e expressar , por escrito , o destino dos mesmos em caso de divorcio, doença grave ou morte de um ou ambos os membros do casal

Pedrosa AHN, Franco JGJ: Reprodução Assistida in, Iniciação à Bioética.

Pesquisa e criopreservação de embriões

A destruição destes embriões ?

Qual destino a ser dado aos embriões não utilizados. NãoSim

Utilizar em projetos de pesquisa? NãoSim

Doação casais estéreis? NãoSim

Mantê-los congelado “para sempre”NãoSim

Pesquisa e criopreservação de embriões

Questões éticas

Estabelecimento de quando começa a vida de umapessoa.

A Igreja Católica Romana tem defendido de que avida de uma pessoa tem início na fecundação.

A Igreja da Escócia, também defendem esta mesma posição, porém aceitam com reservas as pesquisas com embriões que visem situações que envolvam infertilidade ou doenças transmitidas geneticamente. 

Pesquisa e criopreservação de embriões

A escassez de órgãos para transplante Evitar doenças graves de origem

genética pela correção do genoma, Estender a vida humana em até 150-200

anos Braz M, http://www.ghente.org/entrevistas/untitled-

3.ppt#1

As pesquisas em curso no mundo (indústria farmacêutica e

universidades) têm despertado enorme expectativa de superar em

pouco tempo:

Pesquisa e criopreservação de embriões

Braz M, http://www.ghente.org/entrevistas/untitled-3.ppt#1

Os cientistas apelam para objetivos elevados e chances realistas de cura para comover o público e as políticas a permitirem tais pesquisas.

Este cenário implica numa exigência de que a liberdade da pesquisa seja privilegiada em relação à proteção da vida do embrião, por mais que se queira ou se assuma chamar o embrião de pré-embrião ou mesmo aglomerado de células.

Pesquisa e criopreservação de embriões

Braz M, http://www.ghente.org/entrevistas/untitled-3.ppt#1

Os defensores da eugenia liberal não reconhecem limites entre intervenções terapêuticas e de aperfeiçoamento (Harris, 2002)

“Quem começa a fazer da vida humana um instrumento e a distinguir entre o que é

digno ou não de viver perde o freio” (Presidente da República Federal Alemã).

Pesquisa e criopreservação de embriões

Se você tivesse um filho, um parente próximo ou uma pessoa querida afetados por uma doença degenerativa letal cuja única esperança de tratamento fosse com células tronco de um embrião congelado a ser descartado , você:

Pesquisa e criopreservação de embriões

Produziria embriões para tentar a cura dadoença do filho ou pessoa querida ?

Deixaria essa pessoa morrer mesmo sabendo que esse embrião congelado teria uma chance de menos de 5% de tornar-se uma vida ? NãoSim

Se fosse meu filho a minha decisão poderia ser diferente da opção citada anteriormente? NãoSim

Usaria as células tronco embrionáriassem questionar ?

NãoSim

NãoSim

Pesquisa e criopreservação de embriões

A aceitação de famílias formadas pela contribuição genética de terceiros é uma realidade que deve ser incluída nas diversas formas de constituir vínculos familiares, tendo em vista que a família deste novo século não se define mais exclusivamente pela existência da triangulação clássica: pai, mãe e filho e, ainda, sustenta-se que o critério biologista, ou seja, os valores simbólicos ligados à hereditariedade, parentesco sanguíneo e o direito de conhecer as origens deve ceder lugar, progressivamente, à noção de filiação de afeto, de paternidade e maternidade social ou sociológica.

Maria Claudia BraunerProfessora Doutora da Faculdade de Direito da UNISINOShttp://www.bioetica.ufrgs.br/repbrau.htm#_ftn4

Questão para refletir

Você concorda com esta afirmação?

NãoSim

Pesquisa e criopreservação de embriões

Os filósofos que pregam o temor: Marcuse e Hans Jonas

1979 – Jonas e 1979 – Jonas e O princípio da O princípio da responsabilidaderesponsabilidade..

As As éticas tradicionaiséticas tradicionais nuncanunca tiveram que tiveram que levar em conta “a levar em conta “a condição global da vida condição global da vida humanahumana e o e o futurofuturo distante ou até mesmo a distante ou até mesmo a existência da existência da espécieespécie. O fato de . O fato de ambos ambos constituírem agora problemaconstituírem agora problema exige, em exige, em suma, uma suma, uma nova concepção de direitos e nova concepção de direitos e deveresdeveres, para o qual a ética e a metafísica , para o qual a ética e a metafísica anteriores nem sequer fornecem os anteriores nem sequer fornecem os princípios, quanto mais doutrinas já prontas” princípios, quanto mais doutrinas já prontas” (Jonas).(Jonas).

O QUE VAMOS FAZER DO SER HUMANO?

"Carta de Paul Berg” (Science, 1974), apresentadas por cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) por ocasião da

reunião conhecida como Asilomar I, em 1973.

A célebre "Carta de Berg" recomendava que, “enquanto não fossem devidamente avaliados os riscos da manipulação de moléculas de DNA

recombinado, os cientistas deveriam voluntariamente interromper suas pesquisas

nesse campo.” Isto fez com que os cientistas se auto-impusessem uma moratória.

Paul Berg - 1974

Potter - 1999

“Trata-se de um pensamento preocupado com o futuro, com a responsabilidade para com os descendentes, que tem em seu âmago a convicção de que a Terra está sempre emprestada à geração viva, que tem a responsabilidade de administrar e proteger de forma cuidadosa a herança que cada geração deve à seguinte”

Imagine-se que, em futuro próximo, o incerto gene responsável pela inteligência possa ser localizado e que seja possível identificar, através da análise do DNA, qual o potencial genético de um indivíduo quanto a esta característica. Como poderia ser utilizada essa informação? Seriam instituídos testes para identificar o gene da inteligência antes da admissão de crianças em escolas, para jovens em universidades ou para seleção de candidatos a empregos? Haveria discriminação ou uma maior tolerância em relação aos menos dotados?

José Eduardo de Siqueira - 2004

Habib M, http://www.cori.rei.unicamp.br/foruns/saude/evento9/MOHAMED.ppt

Se considerarmos que é um direito da pessoa ter acesso aos tratamentos de saúde, cabe incluir a esterilidade como sendo um problema de saúde reprodutiva e que, portanto, autoriza o recurso à medicina para solucioná-lo, não significando, entretanto, concluir que todas as possibilidades oferecidas pela medicina possam ser aceitas e utilizadas sem limitações pelo homem e pela mulher e pelo médico.

Antonio Fernandes Neto - 2005

A VIDA É CURTA

VIVA COM DIGNIDADE

OBRIGADO

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