psicologia aplicada
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A PSICOLOGIA
APLICADATrabalho Elaborado por:•Ana Costa, nº 2•Ângelo Rafael, nº 5•Gil Lameiras, nº 13•Sandra Ferreira, nº 26 12ºB
Psicologia B
Docente: Ana Santos
Data: 24/05/2012Escola Secundária de
Fafe
NÍVEIS E ÁREAS DE TRABALHO DA PSICOLOGIA
EM PORTUGAL
Psicologia Clínica
A Unidade da Psicologia
PSICOLOGIA CLÍNICA
A psicologia clinica é uma área da psicologia aplicada que tem como finalidade a prevenção, diagnóstico e tratamento de pessoas, grupos ou comunidades que apresentam problemas de carácter psicológico.
Intervém especialmente ao nível da saúde mental.
Psicologia Aplicada
Sofrimento
Perturbações Psicológicas
DepressãoDoenças mentais
Ansiedade
OBJECTIVO DA PSICOLOGIA CLÍNICA
O objeto da psicologia clínica é a pessoa, o indivíduo, o sujeito concreto.
A psicologia clínica herda da medicina um método – o clinico – e um objetivo - diagnosticar e curar. O método utilizado pelo psicólogo clínico é fundamentalmente a entrevista clínica e, se necessário, recorre a testes, sobretudo, testes projetivos.
É no contexto da entrevista clínica que o psicólogo analisa não só o que a pessoa conta, mas a forma como fala, como se comporta, como relata as suas experiências, procurando o seu significado e o seu sentido.
RAZÕES PELA PROCURA DE PSICÓLOGO
As pessoas sentem-se
frustradas e confusas,
perturbadas por situações vividas.
Procuram ser escutadas,
compreendidas, procuram
perceber o que se passa para se
poderem adaptar.
Estas necessidades não encontram uma resposta numa receita médica: é na relação, na interação com o psicólogo, que a elaboração pessoal pode conduzir ao retomar do equilíbrio perdido.
A característica desta relação é o carácter distintivo da psicologia clínica.
RELAÇÃO PACIENTE - PSICÓLOGO
É valorizada a subjetividade
O PSICÓLOGO• É um sujeito que tenta compreender outro
sujeito, o paciente.• É, ele próprio, um recurso enquanto ser
individual e subjetivo.• Não encara o outro como um ser passivo, mas
como um indivíduo concreto, coerente e singular que encontra um outro numa situação particular.
• Ajuda as pessoas a lidarem com estes quadros de vida, levando-as a construir saídas alternativas pessoais.
O TRABALHO DO PSICÓLOGO
• Compreender e apoiar o indivíduo no processo de lidar e de se ajustar a situações aversivas, isto é, acontecimentos da vida que causam sofrimento: o desemprego, o divórcio…
• Apoiar a pessoa na elaboração de estratégias para fazer face à situação de crise, que se pode centrar no problema (procurando modificar a situação), ou procurar tornar a situação mais suportável modificando a maneira de encarar o problema;
• Desenvolver atividades de diagnóstico e de intervenção terapêutica em centros que prestem apoio a situações de risco, como toxicodependência, violência, etc.;
O TRABALHO DO PSICÓLOGO
• Intervir em situações em que outros técnicos de saúde considerem poder existir indícios de perturbações de carácter psicológico; quanto mais precoce for o diagnóstico, mais eficaz será a intervenção terapêutica;
• Organizar programas de reabilitação especificamente dirigidos a pessoas que sofrem de doenças crónicas ou que, devido a doenças, perturbações mentais ou outras, apresentem dificuldades de adaptação.
Quais são os objetivos da intervenção do psicólogo clínico?
A intervenção do psicólogo clinico tem como objetivo repor o equilíbrio emocional e psicológico, melhorar a saúde mental das pessoas que procuram essa ajuda específica.
Que funções exerce?Exerce as funções que derivam da sua competência profissional, que é adquirida através da formação específica do psicólogo clinico depois da sua graduação em psicologia. A formação específica desenvolve-se no quadro da pós-graduação académica e no quadro das entidades que fornecem formação clinica, nomeadamente as sociedades de profissionais. Depois, e em função da preparação clínica que adquiriu e da certificação que obteve nessas sociedades, pode exercer as funções de psicoterapeuta, de conselheiro, de animador de grupos e outras… e exercer a prática clínica.
Em que organizações pode intervir?
Instituições de saúde
Instituições escolares
Instituições que prestem
assistência social
Cuidados de saúde Educação Readaptação
Reeducação Promoção de saúde
Quais são as problemáticas da sociedade atual que justificam a intervenção do psicólogo
clinico?
As problemáticas que justificam a intervenção do psicólogo clinico são todas as que digam respeito à perturbação comportamental ou emocional e à perda do bem – estar psicológico dos indivíduos ou grupos.
Quais são os principais métodos e técnicas usados na sua prática?
Os métodos e as técnicas são específicos a cada orientação científica.
Não existe, portanto, um método ou uma técnica que seja comum a todos os psicólogos clínicos, mas várias maneiras ou procedimentos científicos para atingir os objetivos a que se propõem.
A UNIDADE DA PSICOLOGIA
Complexidade do objeto da psicologia
Diversidade de conceções
organizadas em teorias
Existência de tantos campos de investigação e intervenção
Recurso a métodos tao
distintos
O comportamento e os processos
mentais.
A UNIDADE DA PSICOLOGIA
A psicologia recorre a vários e distintos métodos de investigação, mas os métodos não se excluem, antes convergem de forma complementar.
A diversificação da psicologia em diferentes campos
Necessidade de especialização na pesquisa
O ser humano é estudado nas diferentes perspetivas
No seu desenvolvimento, nos seus contextos sociais, nas suas perturbações, etc.
A unidade da psicologia é construída a partir da diversidade de interpretações, percursos e intervenções.
Psicologia Aplicada
Dimensão prática da Psicologia
Integra-se em vários contextos e
instituições sociais
A intervenção
dos Psicólogos
Pode fazer-se uma distinção entre os diferentes técnicos de saúde mental,
segundo alguns parâmetros:
Formação Académica
Objetivos
Práticas e Técnicas utilizadas na intervenção
Psicólogos clínicos, psiquiatras e neurologistas
Psiquiatras Neurologistas
Psiquiatria NeurologiaIntegrava a neurologia até ao início do
século XX.
Os neurologistas procuram relacionar as perturbações psíquicas com o
funcionamento do sistema nervoso.
Estuda, diagnostica e trata perturbações de caráter psicológico.
Recorrem a eletroencefalogramas, TAC, ressonâncias magnéticas, etc.
Os psiquiatras são licenciados em Medicina e especializam-se em psiquiatria
ou pedopsiquiatria.Diagnosticam e atuam sobre anomalias biológicas do funcionamento cerebral.
Os psiquiatras privilegiam uma terapia fisiológica, com recurso a medicamentos. Patologias como as doenças de Alzheimer
ou de Parkinson podem ser diagnosticadas e tratadas por neurologistas.
Podem também recorrer a psicoterapias.
Psiquiatra
s
Psiquiatras
Forenses
Gerontopsiquiatras
Pedopsiquiat
ras
Psicólogos Clínicos
Etiologia ClassificaçãoDiagnóstico
Epidemiologia
Intervenção
Neurologia
Distúrbios
Mentais
Neurocirurgia
“O Erro de Descartes
”
António Damásio
Psicanalistas
Psicoterapeutas
Psicanálise Psicoterapia
Diversas dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadas
ao longo do século XX, tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 50 e 60.
A psicoterapia constitui uma prática que surge da convergência
da medicina, da psiquiatria e da psicologia.
Os psicanalistas têm formação em Medicina, em psicologia ou outro
tipo de formação de base.
A psicoterapia foi fundada por médicos, psiquiatras e psicólogos.
A abordagem dos psicanalistas funda-se nas conceções de Freud. Visa a atuar sobre o
comportamento e sobre o psiquismo através de abordagens essencialmente psíquicas, o que faz com que esteja próxima da
psicologia.
Os psicanalistas podem recorrer a técnicas do método psicanalítico.
Psicanálise
Psique humana
Sigmund Freud
Independente
da psicologia
Investigação
teórica
Sigmund Freud
Um método de investigação
da mente e seu funcionamento;
Um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento
humano;
Um método de tratamento
psicoterapêutico.
A psicanálise, influenciou muitas outras correntes de pensamento e
disciplinas das diversas ciências humanas, gerando uma base teórica
para uma forma de compreensão da ética, da moralidade e da cultura
humana.
Os psicanalistas recorrem a um método específico, o método psicanalítico, que
envolve várias técnicas, sendo elas:
Associação livre de ideias
Interpretação dos sonhos e dos atos falhados
Processo de transferência
PERRON, R., Science Humaines, nº113, 2001
“ (…) Muitas pessoas (…) deprimem e não conseguem dormir; falam dos seus problemas conjugais ou de trabalho e
pedem que os ouçam, que os ajudem a ultrapassar um momento difícil da sua vida. O psicanalista pode compreender
este apelo quando existe um sofrimento, um mal-estar que não tem origem explicitamente numa patologia, no corpo.”
Psicoterapia
Profissional/
Paciente
Intervenções psicológicas
Saúde Mental
Processo dialético
Objetivos
Restabelecer a qualidade de vida do paciente
Equacionar os motivos da consulta
Desenvolver os padrões de funcionamento mental do indivíduo
e de seus sistemas psíquicos
Executada por profissionais psicólogos e/ou outros profissionais
de saúde mental especializados em
psicoterapia
Comumente precedida de um psicodiagnóstico
Tratamento efetuado em ambiente clínico através de consultas
Faz uso de exames, testes e técnicas psicológicas para atingir o objetivo que pode variar em: cura, diminuição
do sofrimento, stress, ou incapacidade do paciente
Baseia-se no corpo teórico-científico da ciência da psicologia
Aplicado em um determinado
contexto formal
Tipos de terapias•Freud constituiu um conjunto de técnicas terapêuticas associadas à sua teoria sobre o psiquismo humano, a psicanálise.
•A psicanálise teve um papel relevante no desenvolvimento das psicoterapias, pois desenvolveu, de forma sistémica, abordagens ao sofrimento psíquico. •Num cenário característico o paciente está deitado num divã e o psicanalista escuta-o – os psicanalistas procuram desvendar as causas inconscientes que se manifestam nas perturbações do paciente.
• A psicanálise dividiu-se em várias correntes e dissidência, com especificações e práticas terapêuticas com características próprias.
• W. Reich, desenvolveu uma corrente dissidente no interior da psicanálise, que, partindo dos seus princípios básicos, centrava a sua abordagem na linguagem e na expressividade corporal, na manifestação das emoções são as terapias psicocorporais.
Terapias cognitivo-
Comportamentais
Baseiam-se nos pressupostos teóricos
dos behavioristas, com as contribuições
do cognitivismo.
O seu objetivo é a eliminação dos
sintomas patológicos, dos comportamentos
perturbadores
não visam qualquer modificações ao nível da personalidade, mas
tão-só do comportamento; a pessoa aprende, com a
orientação do psicoterapeuta, a viver as situações de outro modo,
a encarar os sintomas de que sofre segundo o princípio geral
“cura-te a ti mesmo”.
É através da aprendizagem, através do condicionamento,
que as pessoas aprendem novas formas
de agir e de pensar.
Terapias Sistemátic
as
Fazem parte de outro de psicoterapias de
comunicação e visam agir, sobretudo, na maneira como entramos em relação com os outros e sobre as dificuldades
de comunicação.
O principal pressuposto consiste em considerar
que o sofrimento , o problema apresentado por
uma pessoa, só se pode compreender no contexto
dos grupos a que pertence.
Defendem que as dificuldades de uma pessoa
são, frequentemente, a manifestação de problemas
comunicacionais, por exemplo, na família ou no
local de trabalho.
Os psicoterapeutas analisam e trabalham
os problemas de comunicação com vista a ultrapassarem-se as
perturbações.
As terapias humanistasTêm por base
as teorias de Carl Rogers e
Maslow.
Visam o desenvolvimento das potencialidades pessoais, o que passa por uma grande
empatia entre o terapeuta e a pessoa: é a aceitação do
outro que conduz à aceitação de si próprio e do mundo.
As práticas terapêuticas
As diferentes terapias não si
distinguem apenas pelos seus
fundamentos teóricos, mas também pelas modalidades
práticas.
O ambiente criado, o tipo de
intervenção do psicoterapeuta, a regularidade das
sessões, as regras são alguns aspetos
distintivos das várias terapias.
Na psicanálise, o terapeuta escuta silenciosamente o seu paciente.
Noutras terapias, o papel do
psicoterapeuta é mais ativo, sendo
a comunicação verbal nos
Psicoterapia de grupo nos dois
sentidos o elemento central
A psicoterapia pode ser
individual, em que a relação
que se estabelece é
entre o terapeuta e o
cliente, de casal, familiar ou de
grupo.
As terapias de grupo utilizam como base de
trabalho terapêutico as interações e os
comportamentos que ocorrem em
contexto do grupo.
As terapias familiares têm
origem na abordagem
sistémica, que defende que as perturbações
manifestadas por uma pessoa decorrem de
certas formas de relação e de comunicação familiares.
Daí que a ação terapêutica se deva exercer
sobre o sistema de comunicação no qual a pessoa
está inserida.
Podemos distinguir dois
tipos de terapias: as terapias longas e as
breves.
Terapia Longa
•A duração é indeterminada, podendo durar dois a três anos;•Nesta terapia, o paciente tem a iniciativa;•Pouco directivas;•É o caso da psicanálise.
Terapia Curta
•Desenvolvem-se num número limitado de sessões;•O terapeuta desenvolve uma relação face a face e tem um papel mais activo e planifica a sua intervenção; •É directiva;•É o caso das terapias cognitivo-comportamentais.
A Psicoterapia em Portugal
Tal como noutros países da Europa, a corrente psicoterapêutica que primeiro se implantou em Portugal foi a psicanálise. Entretanto, outros modelos foram progressivamente aplicados e desenvolvidos: as terapias cognitivo-comportamentais, as terapias gestálticas, as terapias centradas na pessoa, as terapias familiares, as terapias psicocorporais, etc.
Atualmente, grande parte dos psicoterapeutas portugueses têm uma perspetiva eclética, isto é, recorrem a contribuições das varias correntes para fazerem as suas abordagens terapêuticas de acordo com as necessidades dos pacientes.
Respeito pelos Direitos e Dignidade
da Pessoa
Respeito Geral
No exercício da profissão o psicólogo deve
Respeitar a diversidade individual e cultural, nomeadamente,
decorrente da raça, nacionalidade, etnia, género, orientação sexual,
idade, religião, ideologia, linguagem e
estatuto socioeconómico das pessoas com quem se relaciona.
Respeitar o conhecimento, insight e experiência de
todas as pessoas com quem se relaciona.
Respeitar a diversidade individual resultante das
incapacidades das pessoas, garantindo assim a igualdade de
oportunidades.
Tem o dever de não impor o seu sistema de valores perante
as pessoas.
Privacidade e Confidencialidade
No exercício da profissão o psicólogo…
Respeita o direito à privacidade e à
confidencialidade dos clientes.
Tem o dever de explicar ao cliente que
medidas serão tomadas para
proteger a confidencialidade
O estrito dever de proteger a
confidencialidade de toda a informação a que tem acesso no
exercício da sua profissão.
Deve tomar todas as medidas adequadas para assegurar que a
sua equipa compreenda e
respeite o dever da confidencialidade.
Confidencialidade dos registos
O psicólogo …
Deve manter registos informativos relativos a procedimentos de
intervenção e avaliação
psicológica.
Só pode recolher, armazenar e usar
informação sobre os clientes, que seja
relevante para a sua atividade
profissional.
Deve utilizar mecanismos de segurança que assegurem a
confidencialidade.
Deve, obrigatoriamente, retirar dos registos
que fornece ao cliente, qualquer
informação respeitante a
terceiros.
FIM
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