prontuário eletrônico
Post on 09-Jul-2015
387 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE)
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC)Curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação (CBG)
Disciplina: Gestão Eletrônica de Documentos - GED Professora: Ana Maria Carvalho
Grupo: Clarissa Machado, Érica Simões, Igor Dias, Leonardo Kalil, Louise Maia e Sara Pereira
Rio de Janeiro, 16 de Julho de 2010.
Definições Prontuário em papelProntuário eletrônico Por que usar o PEP?Por que o PEP é tão pouco utilizado?Aspectos relativos a Segurança da InformaçãoLegislação de GED para digitalizaçãoSegurança da InformaçãoNíveis de Garantia de Segurança (NGS1 e NGS2)Assinatura Digital (AD)E-PrescribeEstudos de CasoConsiderações Referências
Sumário
GED:
Segundo o Gartner Group, GED é a tecnologia que provê um meio de facilmente armazenar, localizar e recuperar informações existentes em documentos e dados eletrônicos, durante todo o seu “Ciclo de Vida”.
Definição
Prontuário:O Conselho Federal de Medicina – CFM define o
prontuário como um documento composto pelas informações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada:
O prontuário médico é documento único, constituído por informações, sinais e imagens registrados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, com caráter legal, sigiloso e científico, utilizado para possibilitar tanto a comunicação entre os membros de uma equipe multiprofissional como a continuidade da assistência prestada ao indivíduo (CFM, 2002).
Definição
VANTAGENS:
- Maior liberdade na escrita;
- Facilidade no manuseio;
- Não requer treinamento;
- Não têm problemas de sistema
DESVANTAGENS:
- Ilegibilidade;
- Perda de informações;
- Necessidade de espaço físico de armazenamento;
- Dificuldade de recuperação e de pesquisa coletiva;
- Falta de padronização.
Prontuário em papel
VANTAGENS:
- Facilidade de organização e recuperação da informação;
- Redução no tempo de atendimento;
- Possibilidade de reconstrução histórica e completa dos casos;
- Contribuição para pesquisa;
- Fim do problema de compreensão;
- Racionalidade do espaço físico;
- Melhor padronização;
- Documento multimídia (podem ter sons e imagens);
- Comunicação entre paciente e equipe de saúde.
DESVANTAGENS:
- Investimentos em hardware, software e treinamento;
- Falhas na tecnologia.
Prontuário Eletrônico
“Um sistema especificamente projetado para dar apoio aos usuários, através da disponibilidade de dados completos e corretos, lembretes e alertas aos médicos, sistemas de apoio à decisão, links para bases de conhecimento médico e outros auxílios.” (MURPHY, HANKEN e WATERS, 1999)
Porque usar o Prontuário Eletrônico de Pacientes (PEP)?
O envolvimento dos médicos é o fator que determina se um novo Sistema de Informação em Saúde irá funcionar. Requer maior envolvimento sistêmico e mudanças organizacionais.
Há uma resistência na utilização do Prontuário Eletrônico (PE), pois não há regras definidas em relação a sua validade legal, segurança e confidencialidade das informações. Sem processos definidos, fica difícil informatizar.
Apesar de reconhecer os benefícios a longo prazo, os médicos precisam estar plenamente conscientes do quanto o investimento lhes retornará.
Por que o PEP é tão pouco utilizado?
Receio de limitar o exercício da profissão;
Estudos mostram pouca familiaridade dos médicos com as novas tecnologias da informação e comunicação;
Pouco tempo livre para treinamento;
Necessita-se de sistemas que sejam facilmente entendidos e operados;
Sensação de perda de posição.
Por que o PEP é tão pouco utilizado?
Sobre a segurança da informação em meio eletrônico ainda não há uma legislação definida.
Documento Eletrônico: é a informação gerada, enviada, recebida, armazenada ou comunicada por meios eletrônicos, ópticos-eletrônicos ou similares;
Assinatura Digital: é o resultado de um processamento eletrônico de dados, baseado em sistema criptográfico assimétrico, que permite comprovar a autoria e integridade de um documento eletrônico cifrado pelo autor com o uso da chave privada;
Aspectos relativos a Segurança da Informação
Criptografia Assimétrica: é a modalidade de criptografia que utiliza um par de chaves distintas e interdependentes, denominadas chaves púbica e privada, de modo que a mensagem codificada por uma das chaves só possa ser decodificada com o uso da outra chave do mesmo par;
Autoridade Certificadora: é a pessoa jurídica que esteja apta a expedir certificação digital;
Certificado Digital: é o documento eletrônico expedido por autoridade certificadora que atesta a titularidade de uma chave privada.
Aspectos relativos a Segurança da Informação
De acordo com a Resolução de nº 1821/2007 do CFM:
Deverão ser controlados por um sistema especializado (Gerenciamento eletrônico de documentos – GED);
A autorização legal para eliminar o papel depende de que os sistemas informatizados para a guarda e manuseio de prontuários de pacientes atendam integralmente aos requisitos do "Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)", estabelecidos no referido manual;
Legislação de GED para digitalização
Os métodos de digitalização devem reproduzir todas as informações dos documentos originais.
Não autorizar a eliminação do papel quando da utilização do NGS1;
Estabelecer a guarda permanente considerando a evolução tecnológica;
Estabelecer o prazo mínimo de 20 anos para a preservação dos prontuários em suporte de papel a partir do último registro , que não foram digitalizados ou microfilmados.
Legislação de GED para digitalização
O prontuário e seus respectivos dados pertencem ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis, de modo que quando solicitado por ele ou seu representante legal permita o fornecimento de cópias autênticas das informações pertinentes;
O sigilo profissional, que visa preservar a privacidade do indivíduo, deve estar sujeito às normas estabelecidas na legislação e no Código de Ética Médica, independente do meio utilizado para o armazenamento dos dados no prontuário, quer eletrônico quer em papel;
“Não há obstáculo à utilização da informática para elaboração de prontuários médicos, desde que seja garantido o respeito ao sigilo profissional” (Parecer CFM 14/93)
Segurança da Informação
NGS1 - categoria constituída por S-RES que não contemplam o uso de certificados digitais ICP-Brasil para assinatura digital das informações clínicas, consequentemente sem amparo para a eliminação do papel e com a necessidade de impressão e aposição manuscrita da assinatura;
NGS2 - categoria constituída por S-RES que viabilizam a eliminação do papel nos processos de registros de saúde. Para isso, especifica a utilização de certificados digitais ICP-Brasil para os processos de assinatura e autenticação. Para atingir o NGS2 é necessário que o S-RES atenda aos requisitos já descritos para o NGS1 e apresente ainda total conformidade com os requisitos especificados para o nível de garantia 2.
Níveis de Garantia de Segurança (NGS)
Possui o Certificado Digital, um CRM-digital. Isto garante o valor legal igualmente a prescrição manual.
A autoridade responsável pelo CRM-digital é o Conselho Federal de Medicina (CFM)
Possui a mesma funcionalidade da Assinatura em papel;
Serve para proteger as informações médicas do paciente sem alterações não autorizadas;
Quando assinado o médico não tem como negar sua autoria;
Não confere sigilo ao documento eletrônico ;
Garante a autenticidade e integridade do documento, não sua possível violação.
Assinatura Digital (AD)
Basicamente, o processo de AD consiste em três passos:
Aplicação do algoritmo de hash que gera um message digest (MD) do documento;
Logo após é utilizada a chave privada do usuário para criptografar o MD.
Após esta etapa, é anexada ao documento a chave pública do autor, presente no certificado digital, que é um documento eletrônico que identifica um autor por meio de um par de chaves (pública e privada), que serão utilizadas para a AD.
Assinatura Digital (AD)
O documento chega ao seu destino acompanhado do MD criptografado e da chave pública do autor. O receptor compara o MD gerado com o que foi recebido e decodificado. Se os dois forem iguais, significa que o documento não foi alterado e é autêntico.
Caso contrário, depois que o documento foi assinado digitalmente, houve alguma modificação ou não foi o proprietário do certificado digital que o enviou.
Assinatura Digital (AD)
Teve início nos Estados Unidos
Solução GED na área médica que visa a prescrição eletrônica
- Eliminar os erros de prescrição com a utilização de receitas eletrônicas e acelerar a transferência de informações entre profissionais de saúde e farmácias.
- De acordo com um relatório do Institute of Medicine (IOM), mais de 1,5 milhões de americanos são prejudicados a cada ano por erros de medicação.
Legislação americana já aprovou normas pra implementação do E-Prescribe
Sua meta é que todas as prescrições médicas sejam eletrônicas após 2013
E-Prescribe
Transmissão através de meios eletrônicos, da prescrição e da informação relacionadas com a prescrição entre prescritor, dispensador, gerente de benefício da farmácia, plano de saúde, diretamente ou por interposta pessoa. E-Prescribing inclui, mas não está limitado as transmissões em dois sentidos entre o ponto de atendimento e do distribuidor.
Benefícios:
- Melhor fiscalização
- Maior segurança nas receitas médicas
- Redução de tempo
- Entre outros
E-Prescribe
Em 2009, médicos receberam incentivos nos pagamentos anuais para mudar para o E-Prescribe, porém o mesmo acabará, e começará ás sanções para os médicos que prescreverem receitas em papel.
E-Prescribe de Incentivo Incentivo Pena
2009 2% Nenhum 2010 2% Nenhum 2011 1% Nenhum2012 1% 1%2013 0,5% 1,5%Após 2%
E-Prescribe
- 2.500 atendimentos diários
- Cada um possui um prontuário médico de pelo menos 10 páginas, avaliados por 2 a 3 médicos
- Média de 22 mil prontuários gerados mensalmente
- Morosidade no atendimento
- Vulnerabilidade na segurança do conteúdo
Para agilizar seus processos na área de atendimento aos pacientes e também na análise e consulta dos prontuários pela equipe médica, o Hospital do Câncer de Barretos escolheu a Novateccorp para implantar na sua infra-estrutura um sistema personalizado de gestão eletrônica de documentos com a tecnologia GED Laserfiche.
Caso 1: Hospital do Câncer em Barretos
Solução GED Online Laserfiche:
Plataforma Web;
Permite que todo o conteúdo digitalizado seja acessado remotamente por profissionais autorizados diretamente no portal do Hospital com total segurança.
Caso 1: Hospital do Câncer em Barretos
Considerado um dos mais avançados centros hospitalares do País
- 22 mil atendimentos mensais
- Utilizou o software Datasul WebDesk
- O Hospital São Luiz englobou a digitalização dos prontuários médico e financeiro dos pacientes atendidos em Pronto Socorro
- Foi utilizada a tecnologia OCR para o reconhecimento do código de barras, que identifica o paciente e, a partir dele, faz a integração com o sistema médico do Hospital
Caso 2: Hospital e Maternidade São Luiz
O Hospital e Maternidade São Luiz tem as informações médicas dos pacientes centralizadas na intranet/extranet, podendo ser acessadas pelos médicos e colaboradores via Web
Estima-se uma economia aproximada de R$ 100 mil no primeiro ano do projeto
Na segunda etapa, o projeto vai englobar também a digitalização dos prontuários dos pacientes internados e a implantação de Workflow em alguns processos da empresa
Caso 2: Hospital e Maternidade São Luiz
- O HERJ é o primeiro hospital evangélico do Brasil.
- Sua fundação deu-se no dia 11 de Outubro de 1887
- Problema: Há documentos desde de sua fundação
O HERJ é um dos vários casos no Brasil, onde a implantação de uma solução GED é completamente comprometida a não ser que haja uma mudança organizacional completa.
- Falta de padronização de documentos
- Não aplicação da tabela de temporalidade
- Desordem arquivística
- Gestão do HERJ não comprometida com a com a gestão documental
Caso 3: Hospital Evangélico do Rio de Janeiro - HERJ
Problemas:
- Lentidão na recuperação de documentos
- Um prontuário pode levar de 30 minutos a 30 dias para ser recuperado (quando é recuperado)
- Lentidão no atendimento
- Prejuízo financeiro em causas legais
- Último processo -> Mais de R$ 100.000,00
- Entre muitos outros...
Caso 3: Hospital Evangélico do Rio de Janeiro - HERJ
Empresa contratada: GED Brazil
Proposta inicial
- Reestruturação do acervo
- Document Imaging
Reestruturação do acervo
- Reorganização do arquivo
- Aplicação da tabela de temporalidade
- Higienização
- Padronização
- Treinamento
Caso 3: Hospital Evangélico do Rio de Janeiro - HERJ
Document Imaging
- Digitalização de:
- Prontuários
- Financeiro
- Boletins médicos
-Documentos de farmácia- Entre outros...
Não prevê o descarte de prontuários médicos
Caso 3: Hospital Evangélico do Rio de Janeiro - HERJ
Benefícios:
- Agilidade na consulta de prontuários médicos
- Economia de papel
- Preservação do documento original
- Acabar com perdas de documentos
- Entre outros...
Caso 3: Hospital Evangélico do Rio de Janeiro - HERJ
Pela percepção da falta de familiaridade com as constantes inovações tecnológicas no âmbito da informação e pelo fato desse contexto de Sociedade da Informação ser um tanto quanto recente, nota-se uma deficiência na formação do médico para atuar visto que nos cursos de medicina faltam disciplinas de informática médica. E a importância de um bibliotecário ou um arquivista para gerenciar um prontuário eletrônico em vista da falta de preparo dos médicos é percebida, já que o campo profissional do médico em sua grande maioria é voltado para o cuidado com os pacientes. Um profissional de informação que lide com o gerenciamento desse tipo de documento se faz presente.
Considerações
ANDREASI, Silvia Aparecida. O Prontuário Eletrônico do Paciente e o papel do médico.
Brasil: RBSPB, [s.d.]
CHARNOVSKI, Rafael; BORGES, Regiane Pizzetti; MARTINS, Paulo João. Uma proposta de uso de Assinatura Digital em prontuário Eletrônico do Paciente. Santa Catarina: UNESC, [s.d.]. Disponível em: <http://www.sbis.org.br/cbis9/arquivos/634.pdf >. Acesso em: 13. Jul. 2010.
DIAS, Juliana Lopes. A utilização do prontuário eletrônico do paciente pelos hospitais de Belo Horizonte. Revista Textos de La CiberSociedad, n.16, 2008. Disponível em: <http://www.cibersociedad.net/textos/articulo.php?art=194>. Acesso em 14 jul. 2010.
FREIRE, Ségio Miranda. Sigilo das informações. Disponível em: <http://www.ans.gov.br/data/files/8A958865266CAFE201267FB9CDED2DB2/TT_AS_19_SMirandaFreire_SigiloInformacoes.pdf >. Acesso em: 14 jul. 2010.
Referências
JUNIOR, Geraldo de Oliveira de Francisco et al. Validade do Prontuário médico eletrônico como prova jurídica. São Paulo: UNIFESP, [s.d.]
LEÃO, Beatriz de Faria; COSTA, Cláudio Giulliano Alves as; FORMAN, John Lemos. Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde. SBIS/CFR, 2007.
LEGISLAÇÃO GED. Gestão Eletrônica de Documentos. Disponível em: http://www.ged.net.br/resolucaocfm1821.html Acesso em: 14 jul. 2010.
PINTO, Virgínia Bentes. Prontuário Eletrônico do Paciente: documento técnico de informação e comunicação do domínio da saúde. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Florianópolis, n.21, 1º sem. 2006.
PROJETO Prontuário Eletrônico. Disponível em: <http://www.fmt.am.gov.br/p_eletronico.htm>. Acesso em 14 jul. 2010.
Referências
top related