projeto carro principal valendo
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIACENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA DE METODOLOGIA DE PROJETO DE PRODUTOS
PROJETO DE UM CARRINHO DE LOMBA
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO
Francis Rossi
Jader BeckLucas Silveira dos SantosMauricio Braun ChagasTiago Neves Zambonato
Santa Maria, RS, Brasil2011
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PROJETO DE UM CARRINHO DE LOMBA
Francis Rossi
Jader BeckLucas Silveira dos SantosMauricio Braun ChagasTiago Neves Zambonato
Projeto de Desenvolvimento de Produto apresentado ao Curso de
Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de SantaMaria (UFSM, RS), como requisito parcial para aprovação na disciplinaMetodologia de Projeto de Produto.
Orientador: Prof. Dr. Eng. Leonardo Nabaes Romano
Santa Maria, RS, Brasil2011
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LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – População brasileira em 2010. ............................................................ 9
Quadro 02 – Lista de Requisitos. ........................................................................... 16
Quadro 03 – Definição de função global. .............................................................. 19
Quadro 04 – Matriz Morfológica. ............................................................................ 22
Quadro 05 – Nomenclatura de conjuntos e subconjuntos. ................................. 27
Quadro 06 – Lista de peças. ................................................................................... 29
Quadro 07 – Plano de Manufatura.......................................................................... 34
Quadro 08 – Especificações técnicas e recomendações. ................................... 36
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Cronograma do Projeto....................................................................... 11
Figura 02 – Diagrama de Gantt. .............................................................................. 12
Figura 03 – Realização do QFD. ............................................................................. 15
Figura 04 – Procedimento para abstração. ........................................................... 18
Figura 05 – Árvore de função. ................................................................................ 20
Figura 06 – Concepção 01 do projeto. ................................................................... 23
Figura 07 – Concepção 02 do projeto. ................................................................... 24
Figura 08 – Arquitetura de conjunto e subconjunto............................................. 26
Figura 08 – Estrutura............................................................................................... 30
Figura 09 – Sistema de Rolagem. .......................................................................... 31
Figura 10 – Sistema de Acomodação. ................................................................... 31
Figura 11 – Sistema de Frenagem. ........................................................................ 32
Figura 12 – Leiaute final do projeto. ...................................................................... 33
Figura 13 – Vista ortogonal do modelo. ................................................................ 35
Figura 14 – Vista lateral. ......................................................................................... 35
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
2 PLANEJAMENTO DE PROJETO E DO PRODUTO ............................................... 8
2.1 Nome do Projeto e do Produto .......................................................................... 8
2.2 Público Alvo e Mercado ..................................................................................... 8
2.2.1 Público Alvo ............................................................................................. 8
2.2.2 Mercado ................................................................................................... 9
2.3 Características do Produto e Preço Meta ........................................................ 10
2.4 Cronograma de desenvolvimento .................................................................... 10
3 PROJETO INFORMACIONAL ............................................................................... 12
3.1 Requisitos básicos, técnicos e de atratividade................................................. 12
3.1.1 Requisitos básicos ................................................................................. 13
3.1.2 Requisitos técnicos ................................................................................ 13
3.1.3 Requisito de Atratividade ....................................................................... 14
3.1.4 Realização do QFD ............................................................................... 14
3.2 Lista de especificações de projeto ................................................................... 15
4 PROJETO CONCEITUAL ...................................................................................... 16
4.1 Identificação dos problemas essenciais ........................................................... 17
4.2 Função global e subfunções – diagrama/árvore de funções ............................ 18
4.2.1 Função global ........................................................................................ 18
4.2.2 Subfunções do produto .......................................................................... 19
4.2.3 Árvore de funções .................................................................................. 20
4.3 Princípios de Solução ...................................................................................... 21
4.4 Concepções Alternativas ................................................................................. 22
4.5 Concepção selecionada ................................................................................... 24
5 PROJETO PRELIMINAR ....................................................................................... 25
5.1 Leiaute do produto ........................................................................................... 25
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5.2 Lista de materiais e estimativa de custo .......................................................... 27
5.3 Modelagem dos Conjutos ................................................................................ 30
5.4 Leiaute Final .................................................................................................... 32
6 PROJETO DETALHADO ....................................................................................... 33
6.1 Plano de Manufatura........................................................................................ 33
6.2 Modelo ............................................................................................................. 34
6.3 Especificações Técnicas do Produto ............................................................... 35
6.4 Lições Aprendidas ........................................................................................... 36
7 BIBLIOGRAFIAS ................................................................................................... 38
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7
1 INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos, percebe-se que atividades ao ar livre ficam cada vezmais às sombras do avanço tecnológico. Nas últimas décadas, este avanço e a nova
forma de organização social dos grandes centros têm contribuído para uma forma
restritiva e solitária de recreação. Brincadeiras coletivas como pular corda, bolinha
de gude e empinar pipa entraram quase em ostracismo nos dias atuais.
Entretanto, esse período proporciona um embate de culturas no que diz
respeito à evolução dos tipos de brinquedos e brincadeiras. As formas comuns de
entretenimento dos jovens, giram em torno de brinquedos sofisticados, em grandequantidade e variedade, jogos eletrônicos, televisão, celulares e internet.
O que acontece é que hoje os jovens têm passado cada vez mais tempo em
frente à tela do computador. Esse tempo não se deve somente a idéia de que isso
os entretém mais facilmente. Diversos fatores contribuem com essa tendência, tais
como o crescimento das cidades e atividades extracurriculares.
Estando a par disso, despertou-se o interesse em desenvolver um produto
que promovesse a socialização, criatividade e adrenalina aliada à segurança e baixocusto para os jovens. Desta forma, surge o carrinho de lomba “Go Deep ”, com
desejo de resgatar a diversão das últimas décadas aos tempos atuais.
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2 PLANEJAMENTO DE PROJETO E DO PRODUTO
O planejamento do produto é a etapa onde são estimados todos os rumos do
projeto mensurando orçamento, tempo e demais requisitos necessários para a sua
realização. Assim, obtém-se um mapa que pode ser consultado a qualquer instante
pelo gerente de projeto para determinar se as atividades estão sendo realizadas de
acordo com o esperado.
É de suma importância que o planejamento esteja concluído e bem definido
antes que o processo de projetação se inicie e, se preciso for, um tempo maior pode
ser gasto nesta fase dada sua importância para as demais.
2.1 Nome do Projeto e do Produto
O nome do projeto foi definido com “Go Deep” o termo em inglês significa “ir
fundo”, remete ao princípio de funcionamento do produto e ao mesmo tempo passa
a ideia de aventura, uma das expectativas do público alvo.
Já o nome do produto foi decidido utilizar o mesmo do projeto, entretanto
somente as iniciais e o número da versão do carro, assim o nome do produto é
GD01, assim GD significa “Go Deep” e o 01 remete a primeira versão do projeto.
2.2 Público Alvo e Mercado
2.2.1 Público Alvo
A escolha do público foi realizada com base em dados do IBGE, no qual a
pesquisa informa que, adolescentes e adultos entre 16 e 25 anos, representam
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33.927.049 pessoas. Essa população caracteriza-se por ser a faixa etária em que
compreende a maior parte dos praticantes de esportes radicais.
Quadro 01 – População brasileira em 2010.
Faixa etária População - 2010
16 a 20 anos 16.464.161
21 a 25 anos 17.462.888
Total 33.927.049
Fonte: IBGE (2010).
A escolha dos jovens foi decorrente de proporcionar um brinquedo usado
geralmente por crianças, e que com um toque a mais de alguns fatores como
desempenho e segurança, acompanhado de muita adrenalina venha a seduzir esse
novo público.
Considerando que o brinquedo pode ser usado na rua, sem qualquer custo e
não exija grande manutenção, ainda objetiva-se atrair as diversas classes
brasileiras.
2.2.2 Mercado
A globalização e a exigência do mercado de trabalho têm mudado de forma
muito significativa a vida das pessoas. A permanência em ambientes com espaço
limitado, cercados de dispositivos eletrônicos, aliados a uma grande carga detrabalho são frequentemente motivos de estresse. Isto tem motivado muitas pessoas
a buscar saída em atividades ao ar livre e tem movimentado o mercado dos esportes
radicais.
“O perfil da indústria do esporte de aventura mudou de vez. Se antesas empresas que exploravam esse nicho de mercado trabalhavam de formaimprovisada e quase que artesanal, hoje vê-se pesos pesados da economiase aventurando em um setor que não para de crescer. Basta notar que,
hoje, gigantes como a montadora Fiat, as fabricantes de artigos esportivosTimberland e Try On, a empresa de bicicletas Caloi e outros ícones docapitalismo se renderam aos encantos desse nicho. Todas elas partem em
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busca de um mercado que, no Brasil, movimenta US$ 300 milhões por anoe cresce a uma média de 25% ao ano” (ISTOÉ Dinheiro, 2011).
O projeto do carrinho de lomba direciona-se ao público que busca a prática de
um esporte radical sem a necessidade de um grande investimento, uma vez que os
atuais produtos similares possuem um custo relativamente alto em função de
envolverem grande valor agregado à marca.
2.3 Características do Produto e Preço Meta
As características do carrinho de rolimã para o desenvolvimento do projeto
deve-se ter em vista atributos que sirvam para qualificar esse produto.
Desta forma, torna-se fundamental que o produto possua propriedades, como:
Possuir freio;
Ter três ou quatro rodas;
Suportar uma pessoa;
Ser pilotável; Ter baixo atrito no deslocamento.
De acordo com as características e os preços dos carrinhos pesquisados que
estão sendo comercializados, notou-se grande diferença de preços entre os modelos
encontrados. A faixa de preços encontra-se em média entre R$ 250,00 para um
modelo básico até R$ 800,00 para um modelo com mais sofisticação.
Desta forma, de acordo com a pesquisa de mercado realizada, em que omodelo básico encontra-se com valor de partida relativamente alto, fugindo do poder
aquisitivo de grande parte da população, pretende-se suprir o público alvo, com um
preço meta estipulado em R$ 130,00, atendendo desta forma requisitos como
qualidade, segurança e durabilidade para que possam atender as expectativas dos
usuários.
2.4 Cronograma de desenvolvimento
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Uma vez formulado o problema, definidos os objetivos e público alvo, torna-se
imprescindível a elaboração de um cronograma de atividades. Este deve conter
informações da sequência de tarefas a serem executadas no decorrer de todas as
etapas de projetação até a entrega do projeto final.
O cumprimento fiel do cronograma é fator determinante para que cada fase
do projeto seja executada de forma adequada e que todas elas estejam em
consonância. Desta forma, o projeto do produto em si torna-se efetivo, obtendo-se
um produto coeso e potencialmente diferenciado em relação aos demais da mesma
categoria.
O cronograma foi desenvolvido utilizando como ferramenta computacional osoftware Microsoft Office Project. Neste é feito um gráfico de Gantt que mostra o
desenvolvimento das etapas em função do tempo decorrido entre cada uma delas.
Figura 01 – Cronograma do Projeto.
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Figura 02 – Diagrama de Gantt.
3 PROJETO INFORMACIONAL
Durante o projeto informacional as características do planejamento do projeto
e do planejamento do produto são, então, amadurecidas, para que desta forma se
possa, de modo mais claro e objetivo, buscar as informações sobre características
do produto, tornando mais simples as tarefas a serem seguidas.
Segundo BACK (2008), a fase de projeto informacional destina-se à definição
das especificações de projeto do produto. São realizadas diversas tarefas que
buscam a definição dos fatores de influencia no projeto do produto.
3.1 Requisitos básicos, técnicos e de atratividade
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Para uma melhor compreensão dos requisitos estes são divididos em três
partes, requisitos básicos, técnicos e de atratividade.
3.1.1 Requisitos básicos
De acordo com ROMANO (2011) Os Requisitos básicos, tratam-se de
requisitos implícitos que muitas vezes não são manifestados pelo cliente. Desta
forma, torna-se clara a importância destas condições, pois será através destas
informações que se definirá o sucesso ou o fracasso de um produto, caso atenda, ounão as expectativas do cliente.
Os requisitos necessários para o funcionamento do carrinho de lomba são:
Sustentação;
Locomoção;
Controle de frenagem;
Diversão.
3.1.2 Requisitos técnicos
Nestes requisitos, são contemplados os dados técnicos ou específicos do
projeto, por isto, são requisitos explícitos manifestados pelo cliente e que podem ser
especificados de forma precisa.
Baixo peso;
Durabilidade;
Fácil manutenção;
Ergonomia;
Acabamento;
Boa dirigibilidade.
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3.1.3 Requisito de Atratividade
Estes requisitos foram selecionados como forma de se diferenciar dos demais
concorrentes do mercado, sempre procurando manter a mesma emoção que é
transmitida para o usuário. Segundo afirma ROMANO (2011), os clientes nem se
dão conta deles, no entanto, podem ser bem utilizados para diferenciar o produto em
desenvolvimento dos concorrentes
Os requisitos selecionados pela equipe são:
Variadas cores;
Acento com encosto;
Engate para tração;
Facilidade no transporte;
Sistema de amortecimento.
3.1.4 Realização do QFD
O QFD (Quality Function Deployment ) também conhecido como House of
Quality (Casa da qualidade em uma tradução literal) é um método que auxilia a
tomar decisões em relação aos requisitos do projeto.
Os requisitos são relacionados de acordo com um peso para cada requisito,
este peso foi definido pelos projetistas onde cada um deu um valor de 1 a 5 para
cada “O que”, assim os valores foram determinados para a realização do método.
Para a realização do QFD foi utilizado um programa desenvolvido pelaUniversidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que tem como denominação
“Quality Function Deployment”.
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Figura 03 – Realização do QFD.
3.2 Lista de especificações de projeto
Analisando os requisitos, necessidades e vontades bem como o resultado do
QFD, é definido uma lista de especificações do projeto e o que é necessário para a
construção do layout básico do produto. Esta lista não é definitiva e pode sofrer
alterações ao decorrer do desenvolvimento do projeto.
Estas especificações são definidas como exigências e desejos e são listadas
na tabela a seguir:
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Empresa: Go DeepSA
Lista de Requisitos IdentificaçãoFolha: 01
Pagina: 01Projeto:Go Deep
Produto:GD01
Modificação D/E Especificações Requisitos
EEEE
EE
DDE
DD
DDE
D
E
1 Geometria:
Comprimento de 1000 a 1300 mm.Largura máxima 800 mm.Tamanho do acento de 300 a 450 mm.Possuir 3 ou 4 rodas.
2 Material:
Deverá pesar no máximo 10kg.Suportará no máximo 90kg.
3 Segurança:
Ausência de cantos vivos.Haste para as mãos.Sistema de Frenagem.
4 Atratividade: Sistema de amortecimento.Engate para tração.
Encosto e regulagem do acento.Pintura.Acabamento
5 Manutenção Fácil manutenção.
6 Prazo: Data de entrega: 01 de Dezembro de 2011.
Equipe:Francis RossiJader Beck
Lucas Silveirados Santos
MauricioBraun ChagasTiago NevesZambonato
Edição única
Quadro 02 – Lista de Requisitos.
4 PROJETO CONCEITUAL
A equipe de projeto deve, no início desse trabalho, ter por objetivo a criaçãode várias soluções alternativas para o mesmo problema. Assim podecomparar e combinar soluções e, ao longo do processo de projeto,
selecionar a melhor e mais inovadora concepção para o produto. (BACK et al , 2008, p. 247).
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No projeto conceitual é a etapa onde a base do produto não está estabelecida
a base do produto, ela depende diretamente da identificação dos problemas
essenciais, para o estabelecimento de um conceito do mesmo.
Uma vez com os problemas definidos passasse a definir as funções e
subfunções do produto. Nesta etapa deve-se concentrar em buscar a maior
quantidade de soluções possíveis e não focar apenas em soluções já existentes, por
mais absurdas e incoerentes que possam parecer.
Entende-se por criatividade a habilidade dos membros da equipe de terideias novas e úteis para resolver o problema proposto ou de sugerirsoluções para a concepção de um produto. Produtos, processos, soluções
de problemas e idéias criativas devem possuir as seguintes qualidades:apresentar novidade, ser única; ser útil ou apreciada e simples (BACK et al ,2008, p. 248).
4.1 Identificação dos problemas essenciais
No procedimento para chegar a uma solução nova, duradoura, não se devedeixar-se conduzir somente por ideias fixas ou convencionais ou se dar por
satisfeito com elas. Pelo contrário, é preciso verificar cuidadosamente secaminhos inovadores e práticos que levem à solução são passíveis deimplementação. Para a dissolução das idéias fixas e liberação de idéiasconvencionais, é útil a abstração objetivada (PAHL et al , 2005, p. 112).
Para a identificação dos principais problemas, é necessário que possamos
abstrair qualquer forma de solução, independente se ela é ou não uma solução
viável.
Segundo Romano, Back e Ogliari (2005) na etapa da identificação de
problemas essenciais podemos seguir a metodologia visando formular o problema.
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Figura 04 – Procedimento para abstração.
Como a figura 01 demonstra nesta etapa devemos suprir qualquer vontade ou
conhecimento pré-estabelecido para qualquer tipo de solução ou forma de resolução
dos problemas, assim devemos ser capazes de abstrair e ampliar a nossa visão em
torno do problema, está é a maneira mais segura de gerarmos soluções inovadoras
e revolucionarias.
4.2 Função global e subfunções – diagrama/árvore de funções
4.2.1 Função global
Segundo ROMANO (2011) função global define o objetivo do produto, é a
função total do produto.
Aplicando as etapas propostas pela Figura 04, podemos encontrar a função
global do produto.
Resultado da primeira e segunda etapa Ter largura máxima de 800mm Ter comprimento de 1000 a 1300 mm Possuir tamanho do acento de 300 a 450 mm Possuir 3 ou 4 rodas Ter peso próprio máximo de 10kg
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Suportar um usuário de até 90kg Possuir sistema de frenagem Estar livre de cantos vivos Permitir mudança de direção Proporcionar diversãoResultado da terceira etapa Possuir tamanho e peso adequado Permitir equilíbrio em movimento ou parado Sustentar pessoas Acomodar pessoas de diferentes tamanhos Proporcionar dirigibilidade Possuir sistema de frenagem Proporcionar diversãoResultado da quarta etapa Ser facilmente transportável por uma pessoa Permitir o deslocamento de pessoas Proporcionar dirigibilidade adequada Possibilitar frenagem Proporcionar diversãoResultado da quinta etapa (função global do produto) Deslocar uma pessoa, permitindo paradas, boa dirigibilidade e facilidade de
transporte podendo ser utilizado como forma de diversão.Quadro 03 – Definição de função global.
4.2.2 Subfunções do produto
Para uma melhor compreensão das soluções, devemos decompor a função
global em subfunções, funções mais simples, que venham a suprir todas as
necessidades do projeto.
Dependendo da complexidade da tarefa a ser solucionada, a função global resultantetambém será mais ou menos complexa. Nesse contexto compreende-se por
complexidade o grau de transparência das relações entre entrada e saída, amultiestratificação dos processos físicos necessários, bem como o número final desubconjuntos e peças avulsas envolvidas (PAHL et al, 2005).
Assim podemos dividir a função global em:
Sustentação do condutor: o condutor deve ser sustentado de forma
adequada.
Ser seguro: o carro deve possuir segurança para o condutor, bem como não
apresentar partes que possam vir a causar danos ao mesmo.
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Deslocar o carro: deve possuir um sistema onde o carro seja capaz de se
deslocar com a atuação de uma força externa (tração ou gravidade).
Mudança de direção: o condutor deve poder mudar a direção do carro, assim
ele terá um maior controle sobre o carro.
Sistema de Freio: o condutor deverá ser capaz de parar ou reduzir o carro
quando achar necessário.
4.2.3 Árvore de funções
Uma maneira visual e simples de organizar as subfunções é a árvore de
funções, ela é representada em forma de organograma:
Figura 05 – Árvore de função.
Assim podemos extrair da Figura 05 as principais funções do carro.
1. Sustentar o condutor;
2. Movimentar o carro;
3. Mudar o carro de direção;
Deslocar esustentar uma
pessoa
Movimentaçãodo carro
Deslocar ocarro
Dirigir o carro
Mudar dedireção
Frear o carro
Sustentação dapessoa
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4. Frenar o carro;
4.3 Princípios de Solução
Para os princípios de solução foram geradas algumas alternativas para cada
subfunção do produto, assim podemos combinar as soluções propostas e encontrar
as concepções do produto.
Subfunções Solução 01 Solução 02 Solução 03 Solução 04a) Chassi
V1 V2
b) Banco
V1
Sem Banco
V2
c) Freio
V1 V2
d) Engate
V1
Sem Engate
V2
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e) Barra de
direção
V1/V2
f) Haste
V2V1
Sem Haste
g) Roda
V2V1
Quadro 04 – Matriz Morfológica.
4.4 Concepções Alternativas
Para se obter uma melhor concepção para o protótipo foram escolhidas duas
soluções alternativas com base no preenchimento de todos os requisitos do projeto.
Cada opção possui suas particularidades, a primeira tem.
V1 = a1 + b2 + c1 + d3 + e1 + f3 + g3.
Esta combinação resultou em um carro com um chassi com um rasgo no meio
para uma redução no peso do mesmo, um banco para uma maior segurança do
piloto, um freio posicionado para que o piloto possa manter as mãos agarradas no
mesmo e assim possuir um maior equilíbrio enquanto está em movimento com o
carrinho, um engate de reboque para que o carrinho possa ser rebocado por meiode uma força externa, um eixo vazado para uma redução na massa total do carrinho,
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a presença de haste para carregar o carrinho com uma maior facilidade, podendo
assim arrastar o carrinho de forma a facilitar o deslocamento dele e a utilização de
rodas de borracha devido ao seu baixo custo, um dos requisitos mais importantes do
projeto.
Figura 06 – Concepção 01 do projeto.
Já na segunda concepção busco a utilização de soluções mais comuns e
mais conhecidas para o desenvolvimento da concepção, o que resultou em uma
nova concepção para o projeto.
V2 = a3 + b4 + c2 + d4 + e1 + f1 + g1.
Como já mencionado nessa concepção podemos notar os fortes traços dos
carrinhos de lomba clássicos, com um chassi maciço sem a presença de banco, a
utilização de dois freios, este vem a ser um fato inovador no carrinho, pois a
presença de dois freios facilita na frenagem bem como a obter manobras com mais
facilidade, a presença de uma haste para facilitar o carregamento do carrinho, um
eixo vazado para a redução da massa do carrinho e os tradicionais rolamentos como
forma de roda do mesmo, sendo talvez uma concepção mais barata que a anterior.
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Figura 07 – Concepção 02 do projeto.
4.5 Concepção selecionada
A equipe analisou as duas concepções e optou pela concepção V1. Esta
concepção possui algumas vantagens quando comparada com a segunda
concepção. Uma das principais diferenças pode ser notada na redução de massa
encontrada nela, já que para a segunda possuímos um chassi maciço, bem com a
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presença de um banco, que é um agente de segurança um dos requisitos apontados
como importantes no QFD.
Como um dos requisitos de projeto era a presença do freio, foram
desenvolvidas soluções e foi escolhida aquela que viria a trazer um menor custo
para o produto final, mas com uma grande eficiência sobre o carrinho já que este
pode atingir elevadas velocidades que precisa de certo controle, visando o preço de
mercado e a competitividade buscada para o projeto.
5 PROJETO PRELIMINAR
Nesta etapa do projeto é feita a seleção do leiaute final do carrinho, para poder
obter um sucesso nesta etapa devemos identificar todos os requisitos de forma,
leiaute, material e segurança. Também devemos estabelecer aqui as dimensões do
projeto e dar uma visualizada nele em uma modelagem em 3D.
5.1 Leiaute do produto
Este processo tem como objetivo a alocação das funções do produto aos seus
respectivos componentes físicos, sendo assim devemos dividir em conjuntos e
subconjuntos.
A arquitetura modular será utilizada no projeto, pois ela gera uma maior
facilidade na manutenção e na fabricação do carrinho, bem como numa possível
montagem e desmontagem.
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Figura 08 – Arquitetura de conjunto e subconjunto.
O quadro a seguir demonstra a nomenclatura de conjuntos e subconjuntos.
G1: Carrinho de lomba
C1: Conjunto de estrutura
P1: Chassi
P2: Parafuso M10
P3: Arruela M10
P4: Porca M10
C2: Conjunto de acomodação
P5: Banco
P6: Parafuso M10
P7: Arruela M10P8: Porca M10
C3: Conjunto de freio
P9: Manete de freio
P10: Parafuso M10
P11: Arruela M10
P12: Porca M10
C4: Conjunto de rolamento
P13: Eixo traseiro
P14: Eixo dianteiro
G1
C1
P1
P2
P3
P4
C2
P5
P6
P7
P8
C3
P9
P10
P11
P12
C4
S1
P15
P16
P17
P13 P14
C5
S2
P19
P20
P21
P18
C6
P22
P23
P24
P25
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27
S1: Subconjunto da roda
P15: Roda
P16: Pneu
P17: Pino de travamentoC5: Conjunto de engate
P18: Engate para reboque
S2: Subconjunto de acoplamento
P19: Parafuso M10
P20: Porca autotravante M10
P21: Arruela lisa M10
C6: Conjunto da haste
P22: Haste
P23: Parafuso M10
P24: Arruela M10
P25: Porca M10
Quadro 05 – Nomenclatura de conjuntos e subconjuntos.
5.2 Lista de materiais e estimativa de custo
Nesta seção vamos definir quais serão os materiais utilizados no produto com
base na sua durabilidade, facilidade de produção e custo.
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TABELA
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29
TABELA
Quadro 06 – Lista de peças.
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5.3 Modelagem dos Conjutos
Para uma melhor visualização do projeto foi realizado uma modelagem dos
conjuntos e subconjuntos como uma forma de representação do projeto conceitual
em um software 3D.
O software utilizado para a modelagem do carrinho foi o SoliWorks, software
utilizado em larga escala por varias empresas. Este software possui conexões com
outros softwares CAD/CAM/CAE, possibilitando assim a sua programação para a
produção em série por máquinas que operam utilizando CNC (comando numéricocomputacional).
Pelas figuras 08, 09, 10 e 11 a seguir definem-se os conjuntos do carrinho.
Figura 08 – Estrutura.
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Figura 09 – Sistema de Rolagem.
Figura 10 – Sistema de Acomodação.
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Figura 11 – Sistema de Frenagem.
5.4 Leiaute Final
Após toda a modelagem do carrinho foi feita uma montagem do mesmo, com
o desenha montado podemos visualizar melhor a concepção escolhida pelo grupo.
Também podemos ver uma vista explodida do modelo.
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Figura 12 – Leiaute final do projeto.
6 PROJETO DETALHADO
O projeto detalhado consiste em esclarecer aspectos como o plano de
manufatura dos produtos fabricados pela própria empresa, as especificações
técnicas do produto, assim como análises finais do produto. Na etapa final do projeto
detalhado são abordadas as lições adquiridas na criação do carrinho de rolimã.
6.1 Plano de Manufatura
Nesta etapa do projeto, distinguimos através do Plano de Manufatura os
processos de fabricação a serem realizados nas diferentes peças do carrinho de
lomba. Realizado tal processo, as peças serão utilizadas na linha de montagem da
fábrica. O Quadro que segue mostra o plano de manufatura para os componentes
produzidos pela empresa.
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Conj. Peça (Código) Processo
E s t r u t u r a
Chassi (GD01.01.00.001) Corte → Furação
Eixo Traseiro (GD01.04.00.001)Corte → Usinagem → Furação →
Montagem
Eixo Dianteiro (GD01.04.00.002)Corte → Usinagem → Furação →
Montagem
Engate (GD01.05.00.001)Corte → Usinagem → Furação →
Montagem
A c o m
o d a ç ã o
Banco (GD01.02.00.001) Corte → Furação → Montagem
F r e i o Manopla (GD01.03.00.001)
Corte → Furação →Acoplamento →
Montagem
Quadro 07 – Plano de Manufatura
6.2 Modelo
Com o intuito de buscar uma aproximação mais real do projeto foi produzido
um modelo em escala reduzida, este modelo tem como objetivo demonstrar a
estrutura de uma forma simples do carrinho, é um modelo estático, construído de
massa de modelar.
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Figura 13 – Vista ortogonal do modelo.
Figura 14 – Vista lateral.
6.3 Especificações Técnicas do Produto
No Quadro 08 vamos listar as especificações do produto bem como as
maneiras de utilização do carrinho.
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Especificações Técnicas
Características Gerais
O carro possuí um sistema de rolagem com quatro (04) rodas, um sistema de direção
fornecido pela barra frontal guiado pelos pés do condutor, o freio é encontrado no centro docarro onde o acionamento é manual pelo condutor, um engate dianteiro para traçãoexterna.Características Técnicas
Peso:Largura:Altura:Comprimento:Altura o chão:Capacidade de carga:Distancia entre eixos:Volume:
5,28kg800mm543,5mm1100mm104,5mm90kg1021,43mm0,0159 m³
Recomendações de Uso e Segurança
Faixa etária recomendada16 a 50 anos
ConservaçãoManter em local sob abrigo da chuva e outros intempéries.Não exceder o peso limite.Manter rodas e eixos sempre lubrificados.
SegurançaUtilização de equipamentos de segurança quando utilizar o carrinho, como capacetes,luvas, joelheiras e cotoveleiras.Não utilizar o carrinho em locais com transito de veículos.Não ultrapassar a velocidade de 50km/hr.Verificar os pinos de travamento antes da utilização do mesmo.Trocar a borracha do freio quando gasta.Ter cuidado na execução de manobras.
Quadro 08 – Especificações técnicas e recomendações.
6.4 Lições Aprendidas
No decorrer do projeto destacou-se a importância do trabalho em equipe, que
foi fundamental para as tomadas de decisões, fator primordial na industria.
Outro aspecto detectado foi comprovar da importância de se utilizar uma
metodologia de projeto de produto, muito embora a característica natural do
engenheiro seja a de detectar o problema e tentar solucioná-lo imediatamente. A
metodologia sem dúvida facilitou e agregou qualidade ao desenvolvimento doproduto, que passou por uma série de operações dispostas em uma ordem lógica.
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A integração de diversos recursos para a realização deste projeto, que
engloba desde metodologias na área de marketing ao desenho detalhado, capacitou
a equipe responsável em distintos softwares.
Apesar da serie de dificuldades obtidas para realizar uma pesquisa de
mercado ampla e concreta, os objetivos necessários para sanar as necessidades
dos clientes foram praticamente todos alcançados tornando o projeto do carro de
rolimã GD 01 competitivo no mercado. Essa situação foi almejada desde uma das
premissas do projeto, que contemplaria um baixo custo, para poder oferecer opção
ao mercado de esportes radicais, que é bastante restrito no Brasil, devido a
características culturais e econômicas do país.
Em suma, o projeto teve enorme importância para o desenvolvimento
intelectual de seus componentes, trazendo benefícios aos mesmos e agregando
conhecimentos úteis aos seus futuros desempenhos profissionais. A oportunidade
de criar um produto treinou a equipe em competências necessárias à atuação
profissional, como a liderança, planejamento, visão sistêmica e empreendedorismo.
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7 BIBLIOGRAFIAS
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2nd Edition. Translated by Ken Wallace, Luciënne Blessing and Frank Bauert.London: Springer-Verlag, 1996.
BACK, N. et al . Projeto integrado de produtos: planejamento, concepção emodelagem. 1 ed. Barueri: Manole, 2008. 601p.
LUCROS RADICAIS. Istoedinheiro. Disponível em: <http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/4633_LUCROS+RADICAIS>. Acesso em 10nov. 2011.
INSTITUTO BRASILIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Distrito Federal,2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 10 Nov. 2011.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Pró- Reitoria de Pós-Graduação ePesquisa. Estrutura e Apresentação de Monografias, Dissertações e Teses:MDT. Santa Maria, 2006. 56p.
ROMANO. L. N. Projeto Informacional. 2011. 24 slides. Apresentação emPowerPoint®.
ROMANO. L. N. Projeto Conceitual. 2011. 60 slides. Apresentação emPowerPoint®.
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ROMANO. L. N. Projeto Preliminar B. 2011. 28 slides. Apresentação emPowerPoint®.
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ROMANO. L. N. Introdução ao Gerenciamento de Projeto de Produto . 2011. 67
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