apostila valendo

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  • APOSTILA PREPARATRIA PARA O EXAME DE MOTONAUTA E ARRAIS-AMADOR. OBTENO DA HABILITAO PARA PILOTAR JET-SKI E EMBARCAES NA ATIVIDADE DE ESPORTE E RECREIO, NOS LIMITES DA NAVEGAO INTERIOR.

    6 Edio Julho de 2013

    COMUNICADO

    Esta edio da Apostila de Motonauta e Arrais-Amador est

    de acordo com a Norma da Autoridade Martima NORMAM-03/DPC, atualizada pela Portaria n 29, de 21 de fevereiro de 2013, decorre do que estabelece a Lei n 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispe sobre a segurana do trfego aquavirio LESTA, e do Decreto n 2.596 de 18 de maio de 1998 RLESTA, que a regulamenta.

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    MATERIAL EXCLUSIVO DO SITE PORTALDOAMADOR

    importante alertar que nossas apostilas recebem numerao nica e senha exclusiva, e so personalizadas ao comprador (canto inferior esquerdo). Dessa forma, aps receber o material, voc somente poder fazer uso para o seu aprendizado e para preparar-se para o exame, no estando autorizado ao revend-lo, nem distribu-lo sob qualquer forma.

    Se voc baixou este material de outro site na Internet ou algum repassou este material para

    voc, saiba que estar fazendo uso de uma cpia pirata e pirataria crime. Se voc identificar que este material est sendo utilizado por outra empresa ou est sendo distribudo em outro site, por favor, denuncie para ns pelo email [email protected]. PROCESSO DE HABILITAO

    Para obter a habilitao na categoria de Motonauta ou Arrais-Amador o candidato deve:

    Ser penalmente imputvel (ter 18 anos de idade).

    Saber ler e escrever.

    Possuir documento oficial de identificao com foto (RG, CPF ou CNH).

    Obter atestado mdico, fornecido por qualquer mdico (com carimbo do CRM) que comprove bom estado psicofsico (fsico, auditivo, mental e visual), incluindo limitaes caso existam, podendo o atestado ser substitudo pela Carteira Nacional de Habilitao (CNH) dentro da validade.

    Obter Declarao de Frequncia para Motonautas, atestando que realizou aulas prticas, com no mnimo, 3 horas de durao, em jet-ski ou Atestado de Embarque para Arrais- Amador, atestando que possui, no mnimo, 6 horas de embarque, em embarcaes de esporte e/ou recreio. Tais documentos, somente, podem ser emitidos por Entidade Nutica (Escolas, Associaes, Clubes Nuticos, etc.), cadastrados na Capitania dos Portos, Delegacia ou Agncia da Marinha.

    EXAME DE HABILITAO A prova de Motonauta ou Arrais-Amador pode ser convencional ou eletrnica, constituda de 20 questes para Motonauta ou 40 questes para Arrais-Amador, ambas de mltipla escolha, distribudas proporcionalmente de acordo com o Programa recomendado. O candidato ser considerado aprovado com 50% ou mais de acertos. A durao da prova ser de 1 hora e 30 minutos para Motonauta ou 2 horas para Arrais-Amador.

    NOTA DO AUTOR A preparao do candidato da responsabilidade de quem certificar os seus conhecimentos. No entanto, a conscientizao da importncia do cumprimento do contido na NORMAM-03/DPC por parte de todos que, direta ou indiretamente, estejam envolvidos com a navegao, de imensa importncia para uma navegao segura e a preservao da vida humana no mar. Lembre-se: o comandante ou piloto responsvel por tudo o que diz respeito embarcao, pela vida de seus

    tripulantes, familiares e amigos, bem como de seu bem maior, sua prpria vida.

    Capito-Tenente (RM1-AA) Evangelista da Silva Arte, criao, desenvolvimento e atualizao.

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    NDICE

    Legislao Nutica 1 a 12

    Manobra de Embarcao 13 a 23

    Navegao e Balizamento 24 a 37

    Primeiros Socorros 38 a 48

    Combate a Incndio 49 a 54

    Sobrevivncia no Mar 55 a 65

    Noes de Comunicaes 66 e 67

    Bandeiras do Cdigo Internacional de Sinais 68

    Quadro de Sinais Nuticos (Balizamento Fluvial) 69 e 70

    ANEXOS

    Quadro de Infraes mais comuns e Penas Aplicadas

    Suplemento (Questes para fixao)

    O quadro a seguir apresenta os modelos de insgnias, de uso facultativo, para serem usadas

    como distintivo ou bordadas, nas lapelas, camisetas ou bons dos Amadores: (NORMAM-03/DPC)

  • www.ventoempopa.com [LEGISLAO NUTICA]

    Introduo A segurana da navegao, em guas brasileiras rege-se pela Lei Federal 9.537/97, de 11 de dezembro de 1997, conhecida como Lei de Segurana do Trfego Aquavirio (LESTA), e pelo Decreto 2.596/98, conhecido como RLESTA, que a regulamenta.

    Atividade de Esporte e Recreio

    NORMAM - Norma da Autoridade Martima DPC - Diretoria de Portos de Costas

    Competncias

    - No exterior, a autoridade diplomtica representa a autoridade martima, no que for pertinente a lei.

    Ordenamento das

    Praias

    Todas as embarcaes classificadas na atividade de esporte e/ou recreio, devero observar a NORMAM-03/DPC, que a Norma da Autoridade Martima para Amadores, Embarcaes de Esporte e/ou Recreio e para Cadastramento e Funcionamento das Marinhas, Clubes e Entidades Desportivas Nuticas.

    A NORMAM-03/DPC decorre do que estabelece a LESTA e RLESTA.

    Organizao Martima Internacional (IMO) - Agncia

    especializada da ONU, que trata de assuntos relativos navegao, orientando os pases membros.

    Marinha do Brasil (MB) - a Autoridade Martima Brasileira. Diretoria de Portos e Costas (DPC) - Estabelece as normas de

    trfego e permanncia nas guas nacionais para as embarcaes de esporte e/ou recreio.

    Capitanias, Delegacias e Agncias (CP/DL/AG) - Responsveis pela fiscalizao (Inspeo Naval) do trfego aquavirio nos aspectos relativos segurana da navegao, salvaguarda da vida humana no mar e preveno da poluio ambiental, bem como o estabelecimento de Normas de Procedimentos relativas rea sob sua jurisdio.

    Nas reas prximas s praias, sejam elas, martimas, fluviais ou lacustres, tambm competncia das Capitanias, Delegacias e Agncias fiscalizarem, podendo delegar competncia para rgos pblicos, estaduais ou municipais. Assim, uma infrao cometida nas reas adjacentes s praias poder ter pena de multa aplicada pelos rgos municipais.

    Municpios Compete aos Municpios estabelecer o ordenamento do uso das praias, especificando as reas destinadas a banhistas e prtica de esportes aquticos o qual poder ser incorporado ao Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro.

    Portanto, uma infrao cometida nas reas adjacentes s praias poder ter pena de multa aplicada pelos rgos municipais.

    Lei 9.537/97 Lei de Segurana do Trfego Aquavirio - LESTA

    A segurana da navegao, nas guas sob jurisdio nacional rege-se por esta lei.

    Conceitos e Definies I - Amador - todo aquele com habilitao certificada pela autoridade martima para operar embarcaes de esporte e recreio, em carter no profissional.

    Conforme entendimento genrico, amador aquele que no atua como profissional, ou seja, aquele que faz da navegao aquavria uma opo de esporte e/ou lazer. Desta forma, um amador no poder ser contratado para conduzir embarcao classificada como de esporte e/ou recreio.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Arrais-Amador e Motonauta 1

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    II - Aquavirio - todo aquele com habilitao certificada pela

    autoridade martima para operar embarcaes em carter profissional.

    Ao contrrio do amador, o aquavirio todo aquele que exerce sua profisso a bordo de embarcaes, ou seja, se o proprietrio de uma embarcao de esporte e recreio, no tem inteno de pilotar sua embarcao, poder contratar esse profissional para conduzir sua embarcao.

    III - Armador - pessoa fsica ou jurdica que, em seu nome e sob sua responsabilidade, apresta a embarcao com fins comerciais, pondo-a ou no a navegar por sua conta.

    Normalmente o proprietrio da embarcao que por sua conta e risco, pe a embarcao em atividade comercial.

    IV - Embarcao - qualquer construo, inclusive as plataformas flutuantes e, quando rebocadas, as fixas, sujeita inscrio na autoridade martima e suscetvel de se locomover na gua, por meios prprios ou no, transportando pessoas ou cargas.

    Do caiaque ao navio de grande porte, passando pelo jet-ski e pelas plataformas de petrleo, todos so considerados embarcaes, pois se locomovem ngua por meios prprios ou no (como as chatas e as barcaas).

    Vamos Recordar LESTA - Lei de Segurana do Trfego Aquavirio Lei n 9.537, de 11/12/1997.

    RLESTA - Decreto que regulamenta a LESTA Decreto n 2.596, de 18/05/1998.

    Interrupo da viagem - proibido exceder a lotao estabelecida, passvel de ocorrer interrupo da singradura (viagem) quando a embarcao estiver com excesso de lotao.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    V - Inspeo Naval - atividade de cunho administrativo que

    consiste na fiscalizao do cumprimento da LESTA e RLESTA, e das normas e regulamentos dela decorrentes.

    , portanto, o meio pelo qual as Capitanias, Delegacias e Agncias auxiliam a Diretoria de Portos e Costas (DPC) a exercer seu papel de fiscalizao das Normas.

    VI - Instalao de apoio - instalao ou equipamento, localizado nas guas, de apoio execuo das atividades nas plataformas ou terminais de movimentao de cargas.

    Refere-se s instalaes que ajudam na execuo das atividades das plataformas petrolferas e portos e terminais privados de movimentao de carga.

    VII - Lotao - quantidade mxima de pessoas autorizadas a embarcar, incluindo a tripulao.

    Entenda-se, todos que esto a bordo da uma embarcao.

    VIII - Navegao em mar aberto - a realizada em guas martimas consideradas desabrigadas.

    Aquela realizada fora das guas interiores, consideradas abrigadas.

    IX - Passageiro - todo aquele que, no fazendo parte da tripulao nem sendo profissional no tripulante prestando servio profissional a bordo, transportado pela embarcao.

    A definio no difere da existente para o transporte areo ou terrestre. Todo aquele que transportado pela embarcao sem estar prestando servio a bordo, passageiro, ainda que clandestino.

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    X - Plataforma - instalao ou estrutura fixa ou flutuante,

    destinada s atividades direta ou indiretamente relacionadas com a pesquisa, explorao e explotao dos recursos oriundos do leito das guas interiores e seu subsolo ou do mar, inclusive da plataforma continental e seu subsolo.

    Plataformas de explorao de petrleo em guas sob jurisdio nacional, includa a plataforma continental e seu subsolo.

    XI - Prtico - aquavirio no tripulante que presta servios de praticagem embarcado.

    Profissional que leva e traz embarcaes do ponto de espera de prtico para reas de fundeio ou atracadouros nos portos ou terminais privativos ou vice-versa.

    XII - Profissional no tripulante - todo aquele que, sem exercer atribuies diretamente ligadas operao da embarcao, presta servios eventuais a bordo.

    Os que prestam servios a bordo, tais como, garom, msico, crupi, sem integrarem a tripulao.

    Tribunal Martimo - O Tribunal Martimo, rgo autnomo, auxiliar do Poder Judicirio, vinculado ao Comando da Marinha, tem como atribuies julgar os acidentes e fatos da navegao, bem como manter o registro da propriedade martima das embarcaes.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Quebra de coluna

    XIII - Proprietrio - pessoa fsica ou jurdica, em nome de quem a propriedade da embarcao inscrita na autoridade martima e, quando legalmente exigido, registrado no Tribunal Martimo.

    aquele que legalmente detm, em seu nome, o ttulo de propriedade da embarcao.

    XIV - Tripulao de Segurana - quantidade mnima de tripulantes necessria para operar, com segurana, a embarcao.

    o nmero mnimo de tripulantes dentro de padres de segurana, assim considerados por atos internacionais.

    XV - Tripulante - aquavirio ou amador que exerce funes, embarcado, na operao da embarcao.

    o que exerce suas funes a bordo de embarcaes, no sentido de faz-la navegar, isto , operando-a. O tripulante no necessita ser habilitado, desde que suas funes a bordo no o exijam.

    XVI - Vistoria - ao tcnica-administrativa, eventual ou peridica, pela qual verificado o cumprimento de requisitos estabelecidos em normas nacionais e internacionais, referentes preveno da poluio ambiental e s condies de segurana e habitabilidade de embarcaes e plataformas.

    o ato legal, previsto e prorrogvel, pelo qual a autoridade martima inspeciona a embarcao, no sentido de constatar o cumprimento da legislao em vigor. Tal ao gera um documento de comprovao denominado de Certificado de Segurana da Navegao (CSN). Tipos de Vistorias para embarcaes de esporte e/ou recreio: Vistoria Inicial - se realiza durante ou aps a construo,

    modificao ou transformao da embarcao; Vistoria de Reclassificao - se realiza para reclassificar a

    embarcao da navegao interior para mar aberto;

    Vistoria de Arqueao - se realiza em embarcaes com

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    comprimento maior ou igual a 24 metros, antes da expedio do

    Certificado Nacional de Arqueao, do Certificado Internacional de Arqueao ou das Notas para Arqueao.

    Vistoria de Renovao se realiza em embarcao de comprimento igual ou maior de 24 metros para renovao do CSN.

    Comandante

    Autoridade do Comandante - Todas as pessoas a bordo esto sujeitas autoridade do Comandante.

    Compete ao

    Comandante

    Importante: - A menos que o Comandante seja formalmente designado pelo proprietrio, este ser considerado o Comandante se estiver presente a bordo e for habilitado para a rea que estiver navegando.

    Poderes do Comandante

    Suspenso da Habilitao - No caso de descumprimento das suas competncias estabelecidas, aplicvel ao Comandante a suspenso do certificado de habilitao em at 12 meses.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Tambm denominado Mestre, Arrais ou Patro, o tripulante responsvel pela operao e manuteno da embarcao, em condies de segurana, extensivas carga, aos tripulantes e s demais pessoas a bordo.

    a autoridade suprema a bordo a quem todos esto sujeitos (tripulao, passageiros e no tripulantes), tem competncia para realizar casamentos, registrar bitos e nascimentos, prender aqueles que puserem em risco a navegao, dentre outras importantes atribuies.

    I - cumprir e fazer cumprir a bordo, a legislao, as normas e os regulamentos, bem como os atos e as resolues internacionais ratificadas pelo Brasil. II - cumprir e fazer cumprir a bordo, os procedimentos estabelecidos para a salvaguarda da vida humana, para a preservao do meio ambiente e para a segurana da navegao, da prpria embarcao e da carga. III - manter a disciplina a bordo. IV - proceder: a) lavratura, em viagem, de termos de nascimento e bito ocorridos a bordo, nos termos da legislao especfica; b) ao inventrio e arrecadao dos bens das pessoas que falecerem a bordo, entregando-os autoridade competente, nos termos da legislao especifica; e c) realizao de casamentos e aprovao de testamentos in

    extremis, nos termos da legislao especfica.

    V comunicar autoridade martima:

    a) qualquer alterao dos sinais nuticos de auxlio navegao

    e qualquer obstculo ou estorvo navegao que encontrar;

    b) acidentes e fatos da navegao ocorridos com sua

    embarcao; e

    c) infrao a esta lei ou das normas e dos regulamentos dela decorrentes, cometida por outra embarcao.

    O Comandante, no exerccio de suas funes e para a garantia da segurana das pessoas, da embarcao e da carga transportada, pode: I - impor sanes disciplinares previstas na legislao

    pertinente;

    II - ordenar o desembarque de qualquer pessoa;

    III - ordenar a deteno de pessoa em camarote ou alojamento,

    se necessrio com algemas, quando imprescindvel para a

    manuteno da integridade fsica de terceiros, da embarcao

    ou da carga; e

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    IV - determinar o alijamento de carga.

    Substituio do Comandante

    Medidas Administrativas

    Danos aos Sinais

    Nuticos

    O Comandante, no caso de impedimento, substitudo por outro tripulante, segundo a precedncia hierrquica, estabelecida pela autoridade martima, dos cargos e funes a bordo das embarcaes.

    O Comandante um ser humano como qualquer outro, e como tal, pode, por exemplo, ficar doente, devendo em qualquer caso de impedimento, ser substitudo para possibilitar que o navio prossiga viagem.

    Especificamente para o navegante Amador, a autoridade

    martima pode adotar as seguintes medidas administrativas: I apreenso do certificado de habilitao (Carteira de Habilitao de Amador); II apreenso, retirada de trfego ou impedimento da sada de embarcao;

    A embarcao apreendida deve ser recolhida a local determinado pela autoridade martima. O proprietrio, armador ou preposto responde, nesta ordem, perante a autoridade martima, pelas despesas relativas ao recolhimento e guarda da embarcao apreendida. III embargo de construo, reparo ou alterao das caractersticas de embarcao; e IV imposio das medidas administrativas previstas na LESTA e regulamentada na RLESTA, tais como: multa, suspenso e cancelamento da habilitao.

    Os danos causados aos sinais nuticos sujeitam o infrator a repar-los ou indenizar as despesas de quem executar o reparo, independente da penalidade prevista.

    Independente da reparao ou indenizao das despesas, o infrator estar sujeito a pena de multa do grupo D (R$ 40,00 a 1.600,00) ou suspenso da habilitao at sessenta dias, de acordo com a RLESTA.

    Dbitos Decorrentes de A autoridade martima sustar o andamento de qualquer Infrao documento ou ato administrativo de interesse de quem

    estiver em dbito decorrente de infrao a LESTA, at a sua quitao.

    Na prtica, uma medida de grande utilidade para a autoridade martima, tendo em vista que os infratores tudo faro para o bom andamento de qualquer documento ou ato administrativo.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Arrais-Amador e Motonauta 5

  • Apresentamos em anexo a esta

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    Decreto 2.596/98 Regulamento da Lei de Segurana do Trfego Aquavirio - RLESTA

    O Decreto 2.596/98, assinado pelo Presidente da Repblica em 18 de maio de 1998,

    regulamenta a Lei n 9.537 (LESTA). Entrou em vigor em 9 de junho de 1998.

    Da Navegao

    Por exemplo:

    - Se a navegao est sendo realizada em guas martimas consideradas desabrigadas e entre portos brasileiros e estrangeiros, podemos classifica-la como: uma navegao de mar aberto de longo curso.

    Outro exemplo:

    - Se est sendo realizada em guas martimas consideradas desabrigadas e entre portos brasileiros, podemos classific-la como: uma navegao de mar aberto de cabotagem.

    Infraes e Penalidades

    Nota: - Certificado de Habilitao o equivalente a Carteira de Habilitao de Amador (CHA), no caso do Amador Nutico.

    Auto de Infrao - Lavrado o Auto, o infrator dispor de quinze (15) dias teis de prazo para apresentar sua defesa, contados da data do conhecimento do Auto de Infrao. Caso no concorde com o valor da multa aplicada, o infrator dispor de cinco (5) dias teis para interpor pedido de reconsiderao autoridade imediatamente superior.

    Muito Importante: Apostila um Quadro de Infraes Mais Comuns e Penalidades Aplicadas.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Para efeito da RLESTA, a navegao classificada como: I - Mar Aberto - a realizada em guas martimas consideradas, desabrigadas, podendo ser:

    a) longo curso: realizada entre portos brasileiros e estrangeiros;

    b) cabotagem: a realizada entre portos ou pontos do territrio brasileiro, utilizando a via martima ou esta e as vias navegveis interiores;

    c) apoio martimo: realizada para apoio logstico a embarcaes e instalaes em guas territoriais e na Zona Econmica Exclusiva (200 milhas); e

    d) apoio porturio: realizada em hidrovias exclusivamente nos portos e terminais.

    II - Interior a navegao realizada em hidrovias interiores, assim considerados rios, lagos, canais, lagoas, baias, angras, enseadas e reas martimas consideradas abrigadas.

    Constitui infrao s regras do trfego aquavirio a

    inobservncia de qualquer preceito da LESTA/RLESTA e de normas complementares emitidas pela autoridade martima.

    da competncia do representante da autoridade martima, a prerrogativa de estabelecer o valor da multa e o perodo de suspenso do Certificado de Habilitao, respeitados os limites estipulados na RLESTA.

    O procedimento administrativo se inicia com a notificao, que antecede a lavratura do Auto de Infrao, assegurando o direito do contraditrio e a ampla defesa, sem o qual nenhuma penalidade poder ser imposta. A pena de suspenso da habilitao no poder ser superior a 12 meses.

    As infraes, para efeito de multa, so classificadas em grupos de A a G, sendo seus valores estabelecidos conforme tabela abaixo:

    Para efeito da RLESTA o autor material da infrao poder ser: I - o tripulante; II - o proprietrio, armador ou preposto da embarcao; III - a pessoa fsica ou jurdica que construir ou alterar as

    Arrais-Amador e Motonauta 6

    GRUPOS MULTA (R$) A de 40,00 a 200,00 B de 40,00 a 400,00 C de 40,00 a 800,00 D de 40,00 a 1.600,00 E de 40,00 a 2.200,00 F de 80,00 a 2.800,00 G de 80,00 a 3.200,00

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    caractersticas da embarcao;

    IV - o construtor ou proprietrio de obra sob, sobre ou s margens das guas; V - o pesquisador, explorador ou proprietrio de jazida mineral sob, sobre ou s margens das guas; VI - o prtico; e VII - o agente de manobra e docagem.

    Constatao da Infrao

    Reincidncia da

    Infrao

    A infrao e seu autor material sero constatados: I - no momento em que for praticada a infrao; II - mediante apurao; e III - por inqurito administrativo.

    A reincidncia, para efeito de gradao das penalidades, a repetio da prtica da mesma infrao em um perodo igual ou inferior a 12 meses.

    A repetio na prtica da mesma infrao implicar, em caso de pena de multa ou suspenso do Certificado de Habilitao, se o prprio artigo que a impuser no estabelecer outro procedimento, na multiplicao da penalidade por dois, trs e assim sucessivamente.

    Normas da Autoridade Martima (NORMAM-03/DPC) Aprovada pela Portaria n 101, de 16 de dezembro de 2003, da Diretoria de Portos e Costas

    da Marinha do Brasil, a Norma da Autoridade Martima para Amadores, Embarcaes de Esporte e/ou Recreio e para Cadastramento e Funcionamento das Marinhas, Clubes e Entidades Desportivas Nuticas.

    Aplicao A NORMAM-03 aplica-se a todas as embarcaes classificadas na atividade de esporte e/ou recreio (lazer). Estabelece procedimentos a serem cumpridos desde a construo da embarcao at sua baixa dos bancos de dados da Marinha.

    Habilitao da Categoria de Amadores

    Exames para Amadores - As Capitanias, Delegacias e Agncias, so os rgos responsveis pela aplicao das provas de Amadores.

    Importante:

    - Os Amadores habilitados antes de 02JUL2012, podero pilotar moto aqutica (jet-ski) at o vencimento da habilitao. A partir dessa data, qualquer categoria de Amador poder conduzir moto aqutica, desde que comprove ter realizado o treinamento prtico.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Conforme o nvel de exigncia de habilitao necessrio para conduzir embarcaes de lazer, os Amadores constituem um nico grupo, e podem ser habilitados nas seguintes categorias:

    Veleiro pode conduzir pequenas embarcaes a vela (sem

    motor), nos limites da navegao interior.

    Motonauta pode conduzir somente moto aqutica nos limites da navegao interior.

    Arrais-Amador pode conduzir embarcaes nos limites da navegao interior, exceto moto aqutica.

    Mestre-Amador pode conduzir embarcaes entre portos nacionais e estrangeiros nos limites da navegao costeira, exceto moto aqutica.

    Capito-Amador pode conduzir embarcaes entre portos nacionais e estrangeiros, em qualquer rea, ou seja, sem limitaes geogrficas, exceto moto aqutica.

    So consideradas categorias iniciais: Veleiro, Motonauta e Arrais-Amador. A Idade mnima para habilitao de Veleiro de oito (8) anos. Demais categorias a partir de dezoito (18) anos completos.

    Arrais-Amador e Motonauta 7

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    Dispensa da Habilitao

    Suspenso, Apreenso

    e Cancelamento da Habilitao

    Lembrando que, de uma maneira geral, a pena de suspenso da habilitao no poder ser superior a 12 meses.

    Fiscalizao

    Inspetor Naval - a designao dada ao agente de Inspeo Naval. So militares ou civis designados para executar as aes de fiscalizao.

    reas Seletivas para a

    Navegao

    Linha Base

    - Considera-se como linha base, a linha de arrebentao das ondas ou, no caso de lagos e lagoas onde se inicia o espelho dgua.

    Respeite os Banhistas

    - Trafegar em rea reservada a banhistas poder suspender o Certificado de Habilitao em at 60 dias.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Esto dispensados de possuir habilitao os condutores de dispositivos flutuantes e de embarcaes midas sem propulso a motor utilizados na atividade de esporte e/ou recreio.

    A autoridade martima poder suspender ou apreender a habilitao do Amador, pelo prazo mximo de at 120 dias, sem prejuzo de outras penalidades previstas, quando o Amador:

    entregar a conduo da embarcao pessoa no habilitada;

    conduzir a embarcao em estado de embriaguez alcolica ou sob efeito de substncia txica de qualquer natureza;

    utilizar a embarcao de esporte e/ou recreio, em atividades comerciais, para transporte de passageiros ou carga; e

    utilizar a embarcao para prtica de crime. O Amador ter sua habilitao cancelada, sem prejuzo de outras

    penalidades previstas, na legislao em vigor quando: conduzir embarcao com a Carteira de Habilitao suspensa; e reincidir em faltas discriminadas no item anterior.

    Toda embarcao est sujeita a fiscalizao por uma equipe de Inspeo Naval, devendo o proprietrio ter ateno ao Termo de Responsabilidade que foi assinado por ocasio da inscrio ou registro da embarcao. Ressalta-se que no uso da embarcao nas imediaes de praias, reas frequentadas por banhistas e/ou onde no exista um rgo prximo da Marinha, a fiscalizao pode ser realizada por rgos conveniados, tais como, Prefeituras Municipais, Polcia Militar e Bombeiros.

    Termo de Responsabilidade o documento em que o proprietrio da embarcao de esporte e/ou recreio assume a responsabilidade pela condio de operao de sua embarcao.

    So estabelecidos os seguintes limites de navegao para embarcaes, equipamentos e atividades que interfiram na navegao, nas proximidades de praias, dos lagos ou lagoas, de modo a proteger os banhistas:

    para embarcaes de propulso a remo ou a vela, a partir de 100 metros da linha base; e

    para embarcaes de propulso a motor, reboque de esqui aqutico, paraquedas e painis de publicidade, a partir de 200 metros da linha base. As embarcaes podero se aproximar da linha base para

    fundear, caso no haja nenhum dispositivo contrrio estabelecido pela autoridade competente. Porm, toda aproximao dever ser feita perpendicular linha base e com velocidade no superior a 3 ns, preservando a segurana dos banhistas.

    A linha base usada para delimitar as reas seletivas para a navegao. A partir dessa linha so estabelecidos os limites para o trfego de embarcaes em reas com frequncia de banhistas.

    Arrais-Amador e Motonauta 8

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    reas de Segurana

    reas de Segurana - So reas de trfego e fundeio proibido.

    Avisos aos Navegantes - So publicaes em forma de folheto, cujo propsito fornecer aos navegantes em geral, informaes destinadas atualizao de cartas e publicaes nuticas brasileiras.

    Embarcaes de Esporte e/ou Recreio

    Cabine Habitvel - Considera-se cabine habitvel aquela que possui condies de habitabilidade.

    vedada s embarcaes midas a

    navegao em mar aberto, exceto as embarcaes de socorro.

    Classificao da

    Navegao de Esporte e/ou Recreio

    Navegao Interior: - rea - ocorre em guas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baas, rios e canais, onde normalmente no sejam verificadas ondas com alturas significativas que no apresentem dificuldades ao trfego das embarcaes. - rea 2 - ocorre em guas parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam observadas ondas com alturas significativas e/ou combinaes adversas de agentes ambientais, tais como vento, correnteza ou mar, que dificultem o trfego das embarcaes.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    No permitido o trfego e fundeio de embarcaes nas seguintes reas consideradas de segurana:

    a menos de 200 metros das instalaes militares; reas prximas s usinas hidreltricas, termoeltricas e

    nucleoeltricas (os limites sero fixados e divulgados pelas concessionrias responsveis pela rea);

    fundeadouros de navios mercantes;

    canais de acesso aos portos;

    proximidades das instalaes do porto; a menos de 500 metros das plataformas de petrleo;

    reas especiais nos prazos determinados em Avisos aos Navegantes; e

    nas reas adjacentes s praias, reservadas para os banhistas.

    As Embarcaes de lazer so divididas quanto ao comprimento, da seguinte forma:

    Embarcao Mida - so consideradas midas aquelas com comprimento inferior ou igual a cinco (5) metros (todas), ou com comprimento menor que oito (8) metros que apresentem convs aberto ou fechado, sem cabine habitvel e sem propulso mecnica fixa e que, caso utilizem motor de popa, este no exceda 30HP.

    Embarcao de Mdio Porte so consideradas de mdio porte aquelas com comprimento inferior a 24 metros, exceto as midas.

    Embarcao de Grande Porte (Iate) so consideradas de grande porte (ou iate), aquelas com comprimento igual ou superior a 24 metros.

    A NORMAM-03 classifica a navegao de esporte e/ou recreio como: I - Mar Aberto navegao realizada em guas consideradas desabrigadas. Subdivide-se em:

    a) Costeira: navegao realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro dos limites de visibilidade da costa, no excedendo a 20 milhas da costa.

    b) Ocenica: navegao martima realizada fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros limites estabelecidos, ou seja, sem restries (SR), tambm realizada entre portos nacionais e estrangeiros.

    II Interior - a navegao realizada em guas abrigadas (rea1) ou parcialmente abrigadas (rea 2) ao longo dos rios, baias, enseadas, angras e canais cujos limites so estabelecidos pela Capitania local.

    Os Amadores habilitados nas categorias de Veleiro, Motonauta e Arrais-Amador, somente, podem navegar dentro dos limites da navegao interior. Os Amadores habilitados na categoria de Mestre- Amador esto aptos a navegar, at o limite da Navegao Costeira (at 20 milhas da costa). Os Amadores habilitados na categoria de Capito-Amador esto aptos a conduzir embarcaes em todas as reas, ou seja, sem limitaes geogrficas.

    Arrais-Amador e Motonauta 9

  • cbicos ingleses, ou seja, 2,83m ,

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    Inscrio e Registro de Embarcao

    Inscrio - As embarcaes obrigadas inscrio, devem ser inscritas nas Capitanias, Delegacias e Agncias da Marinha do Brasil.

    Registro - As embarcaes maiores de 100AB, devem ser registradas no Tribunal Martimo. Arqueao - Medio do volume dos espaos de um barco. a capacidade til de um barco, representada pelo volume do espao disponvel para transportar pessoas ou carga, consideradas assim, como arqueao bruta. Por conveno, a medida da arqueao expressa em unidades de cem ps

    3

    equivalente a uma tonelada de arqueao. Diz-se, por exemplo, que a embarcao X tem 200 de arqueao bruta ou 200AB.

    Prazos para Inscrio

    ou Registro de Embarcao

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Inscrio - de uma embarcao o seu cadastramento na Capitania, Delegacia ou Agncia, com atribuio do nome e do nmero de inscrio e a expedio do respectivo Ttulo de Inscrio de Embarcao (TIE).

    o ato pelo qual o proprietrio da embarcao por si ou por seu representante legal se faz conhecer perante a autoridade martima (Capitanias, Delegacias ou Agncias), atribuindo nome embarcao, recebendo o nmero de inscrio e o documento hbil de propriedade da embarcao.

    Para as embarcaes midas o documento expedido pela Capitania dos Portos, ser o Ttulo de Inscrio de Embarcaes Midas (TIEM).

    Esto obrigadas inscrio: - todas as embarcaes com propulso a motor, com exceo daquelas que, por exigncia legal, devam ser registradas no Tribunal Martimo.

    Esto dispensadas de inscrio: - embarcaes midas sem propulso a motor e as utilizadas como auxiliares de outra maior cujo motor no exceda a 30HP; e - dispositivos flutuantes destinados a serem rebocados, do tipo banana-boat, com at 10 (dez) metros de comprimento.

    Registro - de uma embarcao o seu cadastramento no Tribunal Martimo com atribuies do nmero de registro e a expedio da Proviso de Registro de Propriedade Martima (PRPM).

    A legislao, acordos e convenes internacionais firmados pelo Brasil, determinam um tratamento diferenciado para as embarcaes com comprimento igual ou maior de 24 metros, que possuam mais de 100 AB (arqueao bruta). Por isso a obrigao de registro no Tribunal Martimo.

    A inscrio e/ou o registro da embarcao dever ser requerido na Capitania, Delegacia ou Agncia, no prazo de 15 dias, contados a partir da data de emisso do documento de aquisio. No caso de embarcao adquirida no estrangeiro, a contagem se inicia na chegada ao porto onde ser inscrita ou registrada.

    No perodo contado da data de emisso do documento de aquisio (Nota Fiscal, Fatura, etc.), at o perodo mximo de 15 dias, a embarcao poder trafegar desde que o proprietrio obtenha na Capitania o nmero de inscrio, faa a marcao do nmero no casco da embarcao e realize o pagamento do seguro DPEM. Somente nesse caso, o documento fiscal substitui o documento de inscrio e registro da embarcao at o recebimento do documento definitivo.

    Em caso de sinistro (incndio, naufrgio, perda, etc.), no havendo meios ou interesse em recuperar a embarcao, o mesmo prazo de 15 dias, dever ser observado para o pedido de cancelamento da inscrio ou registro junto a Capitania onde foi inscrita a embarcao.

    Arrais-Amador e Motonauta 10

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    Apreenso da Embarcao

    Importante: - A embarcao quando apreendida deve ser recolhida a local determinado pela Autoridade Martima.

    Cancelamento da

    Inscrio da Embarcao

    Validade da

    Documentao

    Motos Aquticas

    Proibies e Recomendaes

    Moto Aqutica - Abrange as embarcaes comumente conhecidas como jet-ski e similares.

    Advertncia - obrigatrio o uso de placa ou

    adesivo junto chave de ignio da moto aqutica alertando o usurio quanto obrigatoriedade de o condutor ser habilitado como Motonauta (MTA).

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Alm de multa ao proprietrio, possvel de ocorrer apreenso de uma embarcao, quando:

    navegando em rea para a qual no foi classificada; conduzida por pessoa no habilitada;

    trafegando sem o documento de inscrio (TIE ou TIEM);

    sendo utilizada para a prtica de crime;

    trafegando sem as luzes e marcas previstas no RIPEAM;

    trafegando em pssimo estado de conservao; inobservncia de determinao para interromper a

    singradura (viagem);

    violao de lacre da Capitania, Delegacia ou Agncia;

    for utilizada comercialmente;

    descumprir restries das reas seletivas para a navegao; trafegar em reas de segurana;

    conduzida por pessoa em estado de embriaguez ou sob o efeito de substncia txica de qualquer natureza.

    So situaes que geram o cancelamento da inscrio da

    embarcao:

    houver naufragado;

    for desmontada para sucata ou for abandonada;

    tiver seu paradeiro ignorado por mais de dois (2) anos ou o registro anulado;

    provado ter sido a inscrio feita mediante declarao, documentos ou atos inquiridos de dolo, fraude ou simulao;

    determinado por sentena judicial transitado em julgado; ou

    deixar de arvorar a bandeira brasileira.

    Carteira de Habilitao de Amador (CHA) - 10 anos;

    Ttulo de Inscrio de Embarcaes - 5 anos;

    Bilhete de Seguro Obrigatrio (DPEM) 12 meses. Todas as embarcaes devero portar, quando aplicvel, os

    documentos listados acima, alm do Termo de Responsabilidade.

    No uso da moto aqutica, para uma conduo segura, algumas regras bsicas devem ser observadas:

    Obrigatrio:

    ser habilitado na Categoria de Motonauta; ter a moto aqutica inscrita em qualquer Capitania,

    Delegacia ou Agncia;

    uso do colete salva-vidas classe V, II ou III, homologado pela DPC, para todos os ocupantes do veculo;

    prender a chave de segurana ao pulso, colete salva-vidas ou qualquer parte do condutor; e

    conhecer e respeitar as reas de segurana previstas na NORMAM-03.

    Arrais-Amador e Motonauta 11

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    Reboque

    - Exceto as motos aquticas a partir de trs lugares e as empregadas no servio de salvamento da vida humana e em esportes aquticos do tipo tow-in surf esto isentas da proibio de reboque

    Prescries de Carter

    Geral

    Danos aos Sinais Nuticos: - Os danos causados aos sinais nuticos sujeitam o infrator a repar- los ou indenizar as despesas de quem executar o reparo.

    Apreenso da Embarcao - Caso a embarcao infrinja alguma regra e seja determinada a sua apreenso, o proprietrio dispor de 90 dias para sanar as irregularidades determinantes da apreenso para que a embarcao no fique sujeita a leilo ou incorporao aos bens da unio. Bandeira ALFA - Significado: estou com mergulhador na gua mantenha-se afastado.

    Proibido: o uso para reboque; conduzir passageiro na frente para que no interfira na

    conduo da moto aqutica; uso noite (a moto aqutica no possui luzes de navegao); trafegar em reas de segurana e em locais interditados

    navegao; navegar em velocidade superior permitida para uma

    determinada rea; e trafegar a menos de 200 metros de praias com incidncia de

    banhistas.

    Recomendaes:

    uso de roupas protetoras (neoprene); calados do tipo croc ou neoprene;

    luvas e culos de proteo.

    Toda embarcao deve obedecer s seguintes regras: - no permitido lanar ncora (ferro) em locais onde possam prejudicar o trfego no porto e nas vias navegveis ou causar danos s canalizaes e cabos submarinos; - no permitido movimentar propulsores havendo perigo de acidentes com pessoas que estejam na gua ou de avarias em outras embarcaes; - somente as embarcaes que possuem luzes de navegao, previstas no RIPEAM, podem operar sem restries quanto ao horrio, durante o dia ou noite; - as embarcaes no devero fazer zigue-zagues nem provocar marolas desnecessrias em reas restritas ou congestionadas de embarcaes; - as embarcaes devem evitar cortar a proa de outra embarcao em movimento, ou reduzir a distncia perigosamente, principalmente em situaes de pouca visibilidade; e - as embarcaes devem manter-se afastadas daquelas que estiverem exibindo a bandeira Alfa do Cdigo Internacional de Sinais ou uma bandeira encarnada com transversal branca, indicando atividade de mergulhadores. - No caso de embarcao estrangeira que apresente irregularidades, representando ameaa de danos ao meio ambiente, tripulao, a terceiros ou segurana do trfego aquavirio, poder ser ordenada a no entrar no porto, no sair do porto, sair das guas jurisdicionais ou arribar em porto nacional.

    Muito Importante: Antes de sair para o passeio, entregue na Marina ou Iate Clube, o Plano de Navegao

    ou Aviso de Sada, para possibilitar o seu resgate em caso de emergncia. Se no estiver em Clube ou

    Marina, deixe algum em terra ciente para onde voc vai e quando pretende retornar. Antes de sair,

    verifique tambm, a previso do tempo, bem como, planeje o gasto de combustvel.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Arrais-Amador e Motonauta 12

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    Veremos nesta unidade, Manobra de Embarcao: atracar, desatracar, pegar a boia,

    manobra em espao limitado com emprego de um e dois hlices, identificao, classificao e nomenclatura de embarcaes midas e leme e seus efeitos.

    Marinharia A arte ou profisso de marinheiro, restrita, na concepo de hoje, a atividades menores, tais como dar ns, fazer trabalhos com cabos, lona, brim, realizar pequenas manobras de peso a bordo, dirigir embarcaes midas, tratar do exterior do navio.

    [Dicionrio Aurlio - Cf. arte do marinheiro, arte naval e nutica].

    Embarcao Construo flutuante, feita de madeira e/ou ferro, que transporta com segurana, sobre a gua (salgada ou doce), pessoas e/ou carga.

    Navios e Barcos O significado natural de barco o de um navio pequeno. Navio o termo empregado para designar embarcaes de grande porte.

    Identificao de corpos e partes da embarcao Os barcos so divididos em corpos, formando

    os corpos de vante e de r. A medida longitudinal da embarcao chamada comprimento; e a sua medida transversal chamada boca, medido de borda a borda. As posies relativas para quem est a bordo, so consideradas assim: se estiver na parte de trs, estar a r e se estiver na parte da frente estar a vante. Os lados da embarcao so os bordos - se estiver voltado para a parte da frente parte de vante o lado que fica direita chamado boreste e o lado que fica esquerda e chamado bombordo. A parte da frente da

    embarcao a proa e a parte de trs, a popa. As embarcaes so divididas ao meio formando os corpos de vante e de r. A parte do casco que divide os dois corpos a meia-nau um referencial de uma regio da embarcao que se situa entre a proa e a popa. O revestimento ou forro exterior que envolve toda a embarcao chamado costado; as partes curvas do costado de um bordo a outro - prximas a proa - so as bochechas a da direita chamada bochecha de boreste e a da esquerda, bochecha de bombordo. As partes curvas do costado de um bordo e de

    outro prximas popa so as alhetas a da direita alheta de boreste e a da esquerda, alheta de bombordo. Linha dgua a interseo da superfcie da gua com o costado da embarcao. tambm chamada linha dgua a faixa pintada no casco entre os calados mximo (a plena carga) e o calado leve (embarcao vazia). O calado a medida da altura, desde a quilha (fundo da embarcao) at a linha dgua, quando a embarcao est flutuando. Borda livre a distncia vertical entre a linha de flutuao (superfcie da gua) at o convs principal. O pontal ou pontal moldado a medida vertical entre o convs principal e a quilha. A superfcie do casco que fica

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Arrais-Amador 13

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    mergulhada na gua chamada obras vivas ou carena; e a parte que fica acima da linha dgua,

    chamada obras mortas.

    Estabilidade Bsica

    Caturro ou Arfagem

    Balano

    (figura 1)

    (figura 2)

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Chama-se estabilidade a capacidade que tem uma embarcao de retornar sua posio de equilbrio, depois de um caturro ou aps um balano motivados por foras externas, tais como: efeito das ondas, estado do mar conjugado velocidade da embarcao, arrumao de pesos a bordo, embarque ou desembarque de cargas, entre outros fatores que interferem no comportamento da embarcao. Caturro, ou arfagem, o movimento de oscilao vertical da embarcao no sentido longitudinal (proa-popa); e balano, o movimento de oscilao lateral da embarcao de um bordo para outro (sentido BE-BB).

    Estabilidade longitudinal (sentido proa-popa) No movimento longitudinal, os principais problemas apresentados por uma embarcao esto diretamente relacionados com o ritmo do caturro e a modificao do trim. Chama-se trim, ou compasso, a diferena entre os calados a vante e a r da embarcao (calados de proa e de popa). Quando o calado de vante igual ao calado de r, diz-se que a embarcao est trimada (trim correto, sem compasso ou em guas parelhas); quando o calado r maior que o calado a vante, diz-se que a embarcao est derrabada; e quando o calado a vante maior do que o calado a r, diz-se que a embarcao est abicada. Para segurana da embarcao, devemos buscar os meios para fazer com que a mesma fique sempre com o trim correto (calado igual, avante e a r).

    Estabilidade Transversal (sentido BE-BB) - Diretamente relacionada com a segurana da embarcao, a estabilidade transversal, depende em grande parte do estado do mar, podendo atingir valores elevados, e tambm da distribuio correta de pesos a bordo. Um balano rpido demonstra boa estabilidade; j um balano lento, indica estabilidade deficiente.

    Distribuio de Pesos A correta distribuio de pesos a bordo fundamental

    para manter a estabilidade e o equilbrio de uma embarcao. Por outro lado, a m distribuio de pesos pode causar deformaes no casco no sentido do comprimento que provoca esforos denominados: alquebramento e contra- alquebramento. Alquebramento pode ocorrer pela maior concentrao de pesos nas extremidades (proa e popa) da embarcao provocando uma curvatura longitudinal com convexidade para cima (figura 1); contra-alquebramento provocado pela maior concentrao de pesos no centro da embarcao (meia nau) e pouco peso na popa ou proa podendo vir a quebrar ao meio em caso de mau tempo. O contra-alquebramento caracteriza-se por uma curvatura longitudinal com a convexidade para baixo (figura 2). Quando uma embarcao inclina transversalmente, ou seja, pende para

    Arrais-Amador 14

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    um dos bordos (lados), devido movimentao de peso, ou

    por embarque ou desembarque de peso a bordo, diz-se que ela est com banda; quando a embarcao no est inclinada transversalmente, diz-se que ela est adriada. Portanto, dividir os pesos entre as laterais uma boa prtica.

    Centro de Gravidade (G) e Centro de Carena (C) As embarcaes so projetadas para em caso de

    oscilaes laterais, retornarem a posio inicial de equilbrio. Para que isso ocorra, como vimos, devemos ter ateno na distribuio longitudinal e transversal de pesos a bordo. O Centro de Gravidade (G) o ponto onde o peso total da

    Embarcao em equilbrio as obras vivas (ou carena) so simtricas.

    A figura acima representa a embarcao adernada (por causa da

    inclinao o centro de carena se movimenta).

    Embarque e Desembarque - no embarque ou desembarque de pessoas ou de cargas a bordo, devemos tomar muito cuidado a fim de evitar imprevistos, tais como: queda na gua ou at mesmo o emborcamento da embarcao.

    embarcao se concentra atuando verticalmente para baixo (peso = deslocamento).

    Toda embarcao desloca um determinado volume de gua (deslocamento) recebendo uma fora denominada empuxo que a empurra de baixo para cima e a faz flutuar. O ponto onde se concentra a fora de empuxo de baixo para cima chamado Centro de carena (C). chamado brao de endireitamento a distncia entre as verticais em que atuam as foras de gravidade e de empuxo. Ele proporciona o momento de endireitamento da embarcao quando est se inclina (aderna) para um dos bordos (BB-BE). claro que existe um limite para a inclinao de uma embarcao que, se ultrapassado, certamente produzir o seu emborcamento.

    Metacentro - o ponto de encontro de duas linhas de ao da fora de empuxo quando a embarcao se inclina de dois ngulos muito prximos.

    Efeito de Pesos Altos - uma embarcao com centro de gravidade elevado, ao se inclinar por um motivo qualquer (balano ou m distribuio de pesos) produzir uma inclinao maior, pela atuao da fora da gravidade, transformando o brao de endireitamento em um brao de emborcamento. O excesso de peso em partes altas ou a m distribuio de pesos em relao s laterais prejudica a estabilidade da embarcao. Portanto, evite pesos altos, coloque mais peso na parte de baixo que na parte de cima da sua embarcao.

    Efeito de Superfcie livre ocorre quando uma embarcao sofre uma inclinao por motivos externos e tendo um tanque parcialmente cheio, seu contedo se movimenta e o peso do lquido nele contido se desloca como se fosse um peso inserido lateralmente, concorrendo para acentuar a inclinao da embarcao.

    Leme, Hlice e Seus Efeitos

    Leme Para uma embarcao se movimentar, isto , sair navegando, preciso que tenha um aparelho de governo. O leme o principal aparelho de governo da embarcao. Instalado na

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

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    popa, o leme constitudo de uma estrutura metlica ou de

    madeira, que tem por finalidade dar direo a embarcao e mant-la no rumo determinado. Basicamente o leme se divide em: madre, cana e porta. A madre o eixo do leme. Pela madre movimenta-se o leme. A cabea a parte da madre onde encaixa a cana do leme, que uma barra de madeira ou ferro com a qual se pode movimentar o leme para governar a embarcao (Alm da cana do leme, o leme pode ser comandado por um timo ou por uma roda de leme). A superfcie do leme chamada porta - sobre a porta que age a presso da gua para fazer o barco mudar de rumo. No leme, existem ainda as governaduras que so peas de lato ou ferro que do apoio ao leme e permitem o movimento vertical - uma espcie de dobradia.

    por intermdio do leme que se faz o barco guinar (girar para boreste e bombordo). O leme s tem ao quando a embarcao est em movimento. Porm, estando embarcao fundeada, havendo correnteza passando sob a embarcao, o leme ter o mesmo efeito que com a embarcao se deslocando.

    Hlice As pequenas embarcaes em geral so movidas por motores, que transmitem um movimento de rotao a um eixo (eixo propulsor), que possui um hlice em sua extremidade. O eixo propulsor apoiado em mancais que suportam seu peso e o mantm alinhado. Um mancal muito importante o da bucha telescpica do eixo que se localiza na abertura do casco por onde o eixo passa para fora da embarcao. H embarcaes que possuem mais de um hlice, embora a maioria possua apenas um e este fica submerso e situa-se na popa da embarcao, envolto por uma pea robusta situada no extremo da quilha, denominada cadaste.

    Efeitos do Leme e do Hlice sobre uma

    Embarcao

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    As embarcaes de esporte e recreio (lazer) geralmente so movidas por motor de popa ou motor de centro com rabeta. Nessas embarcaes movidas por motor de popa, o prprio motor funciona como leme.

    Teoricamente, o efeito mximo do leme obtido com 45 de inclinao da porta em relao a quilha da embarcao, porm, sabe-se que na prtica, o seu efeito mximo no passa dos 35, para ambos os bordos. Os hlices mais empregados so os hlices que giram para a direita.

    Agora, vamos analisar o efeito do leme e do hlice, considerando uma embarcao de um s hlice, com rotao para a direita, comum s embarcaes de lazer.

    Tendncia da Proa das Embarcaes

    Quando se vira o leme para a direita (boreste) a proa vira para a direita (boreste), sempre.

    Quando se vira o leme para a esquerda (bombordo); na situao de embarcao e hlice em marcha a VANTE, a proa vira para a esquerda (bombordo), sempre; na

    Arrais-Amador 16

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    situao de embarcao e hlice em marcha a R, a proa

    vira para a direita (boreste), sempre; na situao de embarcao com seguimento a VANTE e hlice dando atrs, inicialmente a proa vira para a esquerda (bombordo) e em seguida para a direita (boreste) rapidamente; invertendo-se o seguimento da embarcao e o hlice dando adiante, a proa vira para a direita (boreste) lentamente.

    Com o leme a meio; na situao de embarcao e hlice em marcha a VANTE, partindo do repouso, a proa vira para a esquerda (bombordo) lentamente; com seguimento, a proa vira para a direita (boreste) lentamente; na situao de embarcao e hlice em marcha a R, a proa vira para a direita (boreste) lentamente, sempre; na situao de embarcao com

    Ao final desta unidade apresentamos um Quadro resumo com a tendncia da proa em embarcaes de um s hlice.

    Atracar e Desatracar

    Corda e Cabo - Diz-se que na Marinha no h corda. Tudo cabo. Cabos grossos e cabos finos, cabos fixos e cabos de laborar..., mas tudo cabo. Existem, porm, duas excees: A corda do sino e a corda dos relgios. Amarra - Corrente ou cabo que serve para prender a ncora ao paiol da amarra ou ao convs da embarcao. Fundear e Suspender - As manobras de fundear e suspender devem ser feitas, sempre observando as condies de vento, corrente e mar, procurando alinhar-se ao que predominar mais.

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    seguimento a VANTE e hlice dando atrs, a proa vira para a direita (boreste) lentamente; invertendo-se o seguimento da embarcao e o hlice dando adiante, a proa pode ir para a esquerda (bombordo) ou para direita (boreste).

    Quando em mar ruim para vencer as ondas grandes deve- se acelerar na subida e desacelerar antes da descida.

    Prender uma embarcao a um cais ou a outra embarcao que j esteja atracada atracar, neste ltimo caso diz-se que a atracao foi a contrabordo de outra embarcao; desprender do cais ou de outra embarcao onde esteve atracada desatracar; t-la seguro a uma boia pegar a boia (ou amarrar); largar a bia onde esteve desamarrar ou largar; a manobra de lanar uma ncora ao fundo para com ela manter a embarcao segura e parada em determinado local no mar fundear ou ancorar; iar a ncora, recolhendo a amarra do fundo, para permitir a movimentao da embarcao suspender. A corrente que leva a ncora (ferro) ao seu fundeadouro a amarra; a amarra dividida em sees denominadas quartis. O conjunto de quartis de uma amarra forma uma quartelada, que varia em seu comprimento, de acordo com o tamanho da embarcao.

    Para realizar a manobra de atracar, usam-se cabos de grande bitola. Uma embarcao fica presa ao cais pelos cabos. Os cabos que prendem a embarcao ao cais chamam-se espias. Para prender uma embarcao ao cais preciso usar espias, jogando-as ao cais para que algum as amarre aos cabeos ou argolas existentes no cais. Os cabeos, que podem ser singelos ou duplos, so peas que servem para prender as espias das embarcaes quando atracadas ao cais. As espias so consideradas os cabos principais de amarrao da embarcao, devem ser leves e flexveis, para serem manejadas com facilidade, e tambm resistentes para aguentar a embarcao na posio desejada, junto ao cais. De acordo com a sua posio, em relao embarcao, as espias recebem nomes.

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    Espias - So os cabos usados para amarrar uma embarcao no cais, trapiche, porto e outros locais.

    Seguimento: - o movimento da embarcao aps a parada do motor. Diminui quando existe corrente pela proa.

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    A espia colocada a vante da embarcao na direo da proa chama-se lanante de proa (1), a espia colocada para r da embarcao na direo da popa chama-se lanante de popa (5); as espias que saem de vante ou de r na direo do meio da embarcao chamam-se espringue de proa (2) e espringue de popa (4); a espia que sai da embarcao perpendicular ao cais, sem inclinao para vante ou para r chama-se travs (3). Portanto, os espringues, lanantes e traveses evitam que a embarcao se movimente ou se afaste do cais.

    QUADRO RESUMO PARA FIXAR MELHOR (1) Lanante de proa evita que a embarcao caia a r. (2) Espringue de proa evita que a embarcao caia a vante. (3) Travs evita que a embarcao se afaste do cais. (4) Espringue de popa impede que a embarcao caia a r. (5) Lanante de popa impede que a embarcao caia a

    vante.

    So muitas as formas de manobrar uma embarcao para atracar, desatracar ou simplesmente movimentar a embarcao ao longo de um cais. O certo que o uso das espias economiza tempo e espao, e o seu emprego deve estar de acordo com os efeitos de correntes, ventos, leme e hlice.

    Cuidados Bsicos para Atracar A melhor hora para atracar a um cais quando a mar

    est parada (sem corrente). Recomenda-se demandar ao local da atracao com pouco segmento.

    Durante uma atracao devemos nos aproximar do cais formando, entre o rumo do barco e o cais, um ngulo oblquo e, na medida do possvel contra o vento e a correnteza.

    Atracao com vento ou corrente perpendiculares ao cais tornam a atracao mais difcil e perigosa.

    Se a aproximao for por barlavento (figura 1), deve-se aproximar-se paralelo ao cais, bem devagar, quase que parando. O prprio vento ou corrente levaro a embarcao a encostar-se ao cais. Logo que possvel, passar as espias de proa e popa.

    Se a aproximao for por sotavento (figura 2), deve-se chegar ao cais num ngulo aproximado de 45. Quando a bochecha da embarcao tocar o cais, deve-se passar um espringue de proa e dar leme para o bordo contrrio ao cais e mquinas adiante devagar. A popa certamente encostar ao cais.

    Atracao com vento ou corrente paralela ao cais (figura 3), deve ser feita sempre contra o vento ou correnteza, aproximando-se ao cais com um ngulo aproximado de 30, com mquina adiante devagar. Quando a proa se aproximar do cais, logo que possvel, passar um lanante de proa e parar a mquina. O vento e a correnteza encostar a popa ao cais.

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    A corrente de proa permite que a embarcao seja

    governada pelo leme, como se estivesse em movimento. Quando a proa se aproxima do cais, basta passar a espia de proa.

    A atracao deve ser feita enquanto a embarcao tem seguimento, ou seja, conserva algum movimento aps a parada do motor.

    O seguimento diminui quando h corrente pela proa. A corrente de proa permite que a embarcao seja governada pelo leme, como se estivesse em movimento. Quando a proa se aproxima do cais, basta passar a espia de proa.

    Para embarcaes de um s hlice, de passo direito, recomenda-se a atracao por bombordo, a no ser que a direo da corrente ou do vento aconselhe o contrrio.

    Cuidados Bsicos para Desatracar Para desatracar deve-se, como regra geral, largar os cabos

    de r, procurando manobrar para abrir a popa, aproveitar o efeito do leme para afastar a popa e ento largar os cabos de vante.

    Quando no h corrente ou vento (figura 4) Leme a meio, mquinas adiante devagar e colocao de defensas para proteger o costado. Ao iniciar o deslocamento, deve-se dar leme no sentido contrrio ao cais lentamente at que a popa fique safa. Pode-se tambm largar todas as espias exceto o espringue de popa, ir entrando com a espia, leme contrrio ao cais e dar mquinas adiante devagar.

    Quando h corrente ou vento pela popa (figura 5) Primeiro, devemos largar todas as espias, exceto a que diz para r, na proa (espringue de proa), mantendo o leme na direo do cais, dar comandos para adiante e ir entrando com o espringue de proa, para afastar a popa do cais; quando julgar suficiente o afastamento da popa, deve-se colocar o leme a meio e dar comandos de mquinas atrs devagar, e soltar ento o espringue e de proa at que a embarcao se afaste do cais o suficiente para que, com segurana, possa dar adiante seguindo o rumo desejado.

    Quando h corrente ou vento pela proa Largar todas as espias, exceto a que diz para vante, na popa, (espringue de popa), mantendo o leme contrrio ao cais, dar comandos para trs. Com isto a embarcao afasta a proa do cais; dar comandos adiante logo que for conveniente, soltando o espringue de popa e manobrando o leme de maneira que a proa fique na direo desejada, dar mquinas adiante devagar. De uma maneira geral, com corrente de proa a desatracao fica mais fcil folgando-se primeiro os cabos de vante, mantendo-se os cabos de r apertados (figura 6).

    Fundear Chama-se fundear ou ancorar manobra de lanar uma ncora ao fundo, para com ela manter a embarcao segura por meio de sua amarra; para fundear devemos inverter a mquina e

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    quando a embarcao estiver caindo a r, largar a ncora.

    Estando a embarcao presa no fundo do mar, a ncora mantm a embarcao no fundeadouro, que o local onde ela est fundeada. Assim, a embarcao no arrastada por ventos, correntezas ou ondas. A ncora, tambm chamada de ferro. Todas as embarcaes, exceto as midas, devem dotar uma ncora, com no mnimo, 20 metros de cabo ou amarra. No entanto, independente das Normas, recomenda-se que toda

    Embarcao fundeada

    Embarcao na boia (pegar a boia)

    Boia de Arinque - o tipo de boia utilizada por embarcaes de grande porte para indicar o local onde a ncora est no fundo.

    embarcao tenha uma ncora a bordo, compatvel com o seu tamanho.

    Para marcar o local em que foi fundeada a ncora, ou seja, onde se largou a ncora, usa-se uma bia de arinque; essa bia alm de mostrar a posio da ncora, tem importncia quando a ncora se perde; o comprimento do cabo (amarra) depende dos locais onde habitualmente deva ser fundeada a embarcao; o filame o pedao da amarra necessrio para fundear a embarcao; em boas condies de tempo e mar, ou seja, num fundeio normal, o tamanho do filame (quantidade de amarra a se largar) deve ser no mnimo 3 vezes a profundidade do lugar em que foi lanado o ferro; havendo risco de mau tempo ou fundeio demorado o indicado de 5 a 7 vezes a profundidade do lugar; para embarcaes mais leves e em condies normais de tempo e mar, usa-se um filame menor. Se houver pouco espao para permitir o uso do filame indicado, ele pode ser reduzido, mas se deve empregar um ancorote mais pesado. Chama-se pegar a boia manobra de amarrar a embarcao a uma boia flutuante. Para se pegar uma boia, devemos aproar a embarcao a ela, com pouco seguimento.

    ncora ou Ferro No se pode pensar em fundear ou ancorar, sem falar de ncora ou ferro. H diferentes tipos de ncoras, a mais tradicional e uma das mais antigas de que se tem notcia o tipo Almirantado; devido principalmente s dificuldades de manobra e de arrumao a bordo, pois possuem braos fixos, foi substituda pelas ncoras do tipo patente. As quais no sero abordadas nesta apostila, por no fazerem parte da bibliografia para Arrais-Amador.

    ncoras para Embarcaes de Esporte e/ou Recreio A que se v na figura ao lado do tipo Danforth. Esta

    ncora a mais comum para embarcaes de lazer. Destinada aos fundos de areia, lama ou cascalho, ela possui algumas partes mveis e, por isso, fcil de guardar a bordo. Mais barata que outros modelos, a "Danforth", no entanto, precisa de um "filame" (cabo) 5 vezes maior que a profundidade do local para fixar-se. Para fundos de areia dura, deve-se optar por "patas" finas; no se mostram eficientes para fundos de pedra.

    ncora Bruce - alm de unhar mais forte, a ncora Bruce precisa de um filame mnimo apenas de trs (3) vezes maior que a profundidade do fundeadouro, ou seja, quase metade do cabo que seria usado com uma ncora Danforth. Em fundos de pedra, este modelo tem o inconveniente de ser difcil de ser

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    arrancado.

    ncora CQR ou Arado - Com capacidade de Fixao superior dos outros modelos, especialmente em areia e lama, a ncora Arado mais segura, pois dificilmente se solta quando a correnteza ou o vento mudam de direo. Como desvantagem, podemos citar a dificuldade de unhar em fundos duros, de guardar (estivar) e avaria nas partes mveis.

    ncora Garatia - Projetada para fundos de pedra ou coral, a ncora Garatia pode ser feita em casa, com um tubo de PVC e ferros de construo. Sua maior vantagem que os ganchos se enroscam no fundo e abre-se com facilidade quando o cabo puxado; recomendada apenas para embarcaes pequenas, menores de 5 metros de comprimento.

    Fateixa Dobrvel Boa para fundo de pedra, pode ser usada como Ancorote. Recomendada para embarcaes pequenas.

    Ancorote uma verso menor de ncora, normamente usadas para fundeios temporrios ou como auxiliares da ncora principal.

    ncora Flutuante Tambm denominada Drogue ou ncora de Mau Tempo, ao contrrio das outras, no serve para fundear, usada para diminuir a velocidade da embarcao que, no mar esteja a merc de vagas e do vento, ou seja, de mau tempo.

    De uma maneira geral, um bom fundeadouro tem como caractersticas: ter uma profundidade adequada ao fundeio e ao tipo de ncora, ter um fundo de boa tena e ser abrigado de ventos, correntes e ondas.

    Algumas Expresses Marinheiras

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    Matroca a expresso matroca significa: derivar em funo do vento e correntes martimas.

    Correr com o Tempo a expresso correr com o tempo significa: por o mar pela alheta e navegar com velocidade reduzida para aguentar um temporal.

    Curva de Giro Padro a curva que a embarcao faz quando o leme est para um dos bordos a um determinado grau considerado padro e a uma determinada velocidade padro.

    Garrando quando uma embarcao levada pelo vento, corrente ou mar, arrastando pelo fundo sua ncora, diz-se que ela est garrando.

    Por a embarcao capa a manobra efetuada quando se quer manter a embarcao com a proa chegada ao vento para aguentar o mau tempo, com pouco segmento, mas abatendo consideravelmente e formando uma esteira de calma.

    Suspender sair com a embarcao do local de fundeio, recolhendo a ncora.

    Tena significa o tipo de fundo (qualidade).

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    Ns e Voltas Apresentamos aqui alguns dos principais ns e voltas para que voc aprenda, pois eles sero muito teis a bordo e nas mais variadas situaes:

    Meia Volta Sua principal funo servir como base ou parte de outros ns.

    N de azelha Usado para fazer uma marcao num cabo, ou silar uma parte do cabo que esteja coada (ferida em consequncia de atrito). - Aprenda a fazer este n na internet, no endereo: http://www.guiadenos.com.br/nos_view.asp?id={62C90F1F-452E-46B5- 8928-A6DFAB11523D}

    N direito Usado para unir (emendar) cabos de mesma espessura (bitola). No recorre. - Aprenda a fazer este n na internet, no endereo: http://www.guiadenos.com.br/nos_view.asp?id={8711DCB7-BF1F-454D- 83A5-0B8D4FE24A62}

    N torto Pouco usado, confunde-se com o n direito. Veja que a segunda volta invertida. Porm recorre.

    N de escota Usado para unir (emendar) dois cabos de diferentes bitolas pelo chicote ou um chicote a um olhal ou ala. - Aprenda a fazer este n na internet, no endereo: http://www.guiadenos.com.br/nos_view.asp?id={307A436D-012D-4CFB-86AF- EA6D7FBA90DE}

    Lais de guia o n mais usado. Serve para formar uma ala ou um balso. Muito usado para amarrar embarcaes pequenas ao arganeu de uma boia. - Aprenda a fazer este n na internet, no endereo: http://www.guiadenos.com.br/nos_view.asp?id={B5C6828E-86BD-4A02-8945- ED31644F9251}

    N de Catau Usado para encurtar um cabo ou esconder um ponto gasto (coado, pudo).

    N de pescador Usado para encurtar uma linha, escondendo um ponto em que ela esteja coada (gasta). - Aprenda a fazer este n na internet, no endereo: http://www.guiadenos.com.br/nos_view.asp?id={72814FB2-7653-469A-AECC- 2A55478618A5} Volta falida Usados para fixar Volta da Ribeira Usada para Volta do Fiel Usada para fixar as espias nos cabeos. amarrar um mastro. Antena, e de

    modo geral objetos leves para iar. o chicote em mastro, verga malaqueta ou cunho.

    NOTA: As pontas dos cabos so chamadas CHICOTE do CABO, o meio do cabo chamamos de SEIO do CABO. Um cabo fino, como aqueles fixados as boias circulares chamamos de RETINIDA.

    Para maiores detalhes sobre ns e voltas, acesse: http://www.guiadenos.com.br ou baixe uma Apostila de Ns, no endereo: http://www.classesagrupadas.xpg.com.br/materiais/apostilanos.pdf

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  • QUADRO TENDNCIA DA PROA EM EMBARCAES DE UM S HLICE COM ROTAO PARA A DIREITA

    Adaptado do Livro Arte Naval Maurlio M. Fonseca 6 Ed. 2002 pag. 589

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    Legenda: AV a vante AR a r BB Bombordo BE - Boreste

    Muito Importante: O quadro acima, adotado pela Diretoria de Portos e Costas (DPC) na prova de Arrais-Amador, vlido apenas como regra gerai e mostrado a ttulo de instruo, por ser o comportamento que ocorre com maior frequncia nas embarcaes. Assim, independente do comportamento de sua embarcao, considere o quadro apresentado como muito importante para se d bem na prova.

    Lembre-se: O leme comandado pelo timo tem a funo de dar direo a uma embarcao e mant-la no rumo traado, ou seja, por meio do leme que se faz a embarcao guinar (para boreste ou bombordo), exceto nos casos de correnteza, uma vez que o seu efeito ser resultante da fora das guas sobre sua porta. Assim, estando embarcao com seguimento (movimento) para vante, ao girarmos o timo para um bordo, a proa da embarcao ir para esse bordo, ou seja, se o timo est guinando para boreste a proa ir para boreste e vice-versa. Ao contrrio, quando a embarcao est com seguimento para r e guina-se para boreste, a proa vai para bombordo e vice-versa. Nesses casos, teremos a impresso que a proa da embarcao passou a ser a popa.

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    EFEITOS DO HLICE

    Posio do

    LEME

    Embarcao e Hlice em Marcha AV

    Embarcao e Hlice em Marcha AR

    Embarcao com

    seguimento a AV e hlice dando atrs

    Embarcao com

    seguimento a AR e hlice

    dando adiante

    Partindo do

    repouso

    Com

    seguimento

    Partindo do

    repouso

    Com

    seguimento

    A MEIO Para BB lentamente

    Para BE lentamente

    Para BE lentamente

    Para BE lentamente

    Para BE lentamente

    Pode ir para BB ou BE

    A BB

    Para BB rapidamente

    Para BB

    Para BE muito

    lentamente

    Para BE rapidamente

    Inicialmente para BB e em seguida para

    BE rapidamente

    Para BE lentamente

    A BE Para BE lentamente

    Para BE Para BE lentamente

    Para BE lentamente

    Para BE Para BE lentamente

    Ao do Leme

    Grande Grande Muito pequena

    Pouco maior sem mquina

    Pequeno Mdio

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    Veremos nesta unidade, Noes Bsicas de Luzes de Navegao, Luzes Especiais e

    Regras de Governo, Sistema de Balizamento Martimo da IALA B, Sinais de Perigo e Sinais Diversos.

    RIPEAM

    Finalidade do RIPEAM - Evitar abalroamento no mar, utilizando-se regras internacionais de navegao, luzes, marcas e sinais. Aplicao do RIPEAM - As regras do RIPEAM se aplicam a todas as embarcaes em mar aberto e em todas as guas a este ligadas, navegveis por navios de alto mar, e para embarcaes em guas interiores.

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    A Conveno sobre o Regulamento Internacional para Evitar abalroamento no Mar (COLREG), conhecida no Brasil como RIPEAM, foi adotada pela Organizao Martima Internacional (IMO), no ano de 1972 e entrou em vigor, internacionalmente, em 1977. O RIPEAM apresenta medidas para evitar abalroamento no mar, utilizando-se regras internacionais de navegao, luzes e marcas e ainda sinais sonoros, convencionadas pelos pases membros da IMO e que padronizam as aes e manobras, a fim de evitar acidentes envolvendo mais de uma embarcao. O RIPEAM composto de 38 regras, 4 anexos e incorpora as emendas de 1981, 1987, 1989, 1993 e 2001.

    Palavras e Termos utilizados pelo RIPEAM:

    A palavra embarcao designa qualquer engenho ou aparelho, inclusive veculos sem calado (sobre colches de ar) e hidrovirios, usado ou capaz de ser usado como meio de transporte sobre a gua.

    O termo embarcao de propulso mecnica designa qualquer embarcao movimentada por meio de mquinas ou motores.

    O termo embarcao a vela designa qualquer embarcao sob vela, ou seja, com a mquina de propulso, se houver, no esteja em uso.

    O termo embarcao engajada na pesca designa qualquer embarcao pescando com redes, linhas, redes de arrasto ou qualquer outro equipamento que restringe sua manobrabilidade. A pesca de anzol no se inclui nesta definio.

    O termo embarcao sem governo designa uma embarcao que se encontra incapaz de manobrar.

    O termo em movimento se aplica a todas as embarcaes que no se encontram fundeadas, amarradas a terra ou encalhadas.

    O termo embarcao com capacidade de manobra restrita designa uma embarcao que devido a natureza de seus servios, se encontra restrita em sua capacidade de manobrar.

    O termo embarcao restrita devido ao seu calado designa uma embarcao que, devido ao seu calado em relao profundidade e largura de um canal, est com severas restries de manobra.

    O termo no visual significa que uma embarcao observa a outra visualmente.

    O termo em movimento se aplica a todas as embarcaes que no se encontram fundeadas, amarradas a terra ou encalhadas.

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    Regras de Governo e Navegao

    Abalroamento - Ato ou efeito de abalroar. Choque de dois veculos em terra, na gua ou no ar. Velocidade de Segurana - a velocidade que possibilita uma ao apropriada e eficaz para evitar abalroamento bem como para ser parada a uma distncia apropriada s circunstncias e condies predominantes devemos diminuir a velocidade.

    Embarcaes a vela de comprimento inferior a 20 metros, em movimento, poder exibir uma lanterna combinada no mastro onde melhor possa ser vista.

    Regras para conduzir embarcaes em qualquer condio de visibilidade:

    Em face de NO existir sinalizao em alto mar, efetuar constante vigilncia visual, auditiva e eletrnica, usando velocidade de segurana para poder manobrar a tempo de evitar um abalroamento.

    Existe um risco de abalroamento com outra embarcao quando a sua marcao for constante e a distncia estiver diminuindo. Em caso de dvida presuma que o risco de coliso existe.

    Toda manobra para evitar abalroamento dever ser feita de forma franca e positiva, com ampla antecedncia, demonstrando outra embarcao, que houve alterao de movimento, para ser imediatamente visualizada pela outra embarcao, resultando em uma passagem a distncia segura.

    Usar as regras prescritas e soar os sinais de manobra previstos no RIPEAM.

    Regras para conduzir embarcaes em canais estreitos:

    Uma embarcao dever manter-se to prxima e segura do limite exterior do canal, que estiver ao seu boreste, ou seja, quando duas embarcaes navegam num canal estreito, em rumos apostos, aproximando- se, ambas devem ir mais para a margem de seu boreste.

    Uma embarcao deve evitar o mximo possvel fundear em um canal estreito.

    Uma embarcao no deve cruzar um canal estreito se esta manobra vier atrapalhar a passagem de outra que s pode navegar no canal.

    Embarcaes com menos de 20 metros de comprimento, embarcaes a vela ou engajadas na pesca no devem atrapalhar a passagem de outra embarcao que s possa navegar com segurana dentro do canal.

    Regras para conduzir embarcaes no visual uma da outra:

    Situao de Roda a Roda Quando duas embarcaes, a propulso mecnica, estiverem se aproximando em rumos diretamente opostos, ou quase diretamente opostos, em condies que envolvam risco de abalroamento, as duas guinam para boreste, passando bombordo com bombordo. A situao de roda a roda caracterizada quando os rumos so diretamente ou quase diretamente opostos.

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    Situao de Ultrapassagem

    Quaisquer que sejam as condies, toda embarcao que esteja ultrapassando outra dever manter-se fora do caminho dessa outra. Uma embarcao est ultrapassando outra quando se aproxima vindo de uma direo de mais de 22,5 para r do travs dessa ltima. Nessa situao, a embarcao considerada uma embarcao alcanadora.

    A embarcao alcanadora (de maior velocidade), no tem preferncia de passagem, devendo manobrar para passar pela outra, a sua frente com segurana.

    Situao de Rumos Cruzados Quando duas embarcaes, a propulso mecnica, navegam em rumos que se cruzam, tem preferncia de passagem a que avistar a outra pelo seu bombordo, isto , a que v a luz verde da outra embarcao. Nesse caso, a embarcao que avistar a outra por boreste (ver a luz encarnada da outra embarcao), deve manobrar, mantendo-se fora do caminho da outra evitando cruzar a sua proa (frente), manobrando antecipada e substancialmente. A embarcao que tem preferncia deve manter seu rumo e velocidade ou manobrar apenas quando verificar que a coliso parece inevitvel por omisso da responsvel pela manobra.

    Manobra em Canais Estreitos

    - Quando duas embarcaes navegam num canal estreito, em rumos opostos, aproximando-se, a manobra correta para evitar risco de abalroamento que ambas as embarcaes devem ir mais para a margem de seu boreste.

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    As regras de navegao e manobras em rios e canais que apresentem restries sejam em rea para evoluo ou profundidade, principalmente se a embarcao for a propulso mecnica, requerem do navegante alguns cuidados e procedimentos, quanto a:

    Velocidade - A velocidade em canais e rios, principalmente em locais de pouca profundidade, tende a aumentar o calado da embarcao. Na prtica, se a quantidade de gua embaixo da quilha for pequena em relao ao calado, deve-se reduzir a velocidade da embarcao para que esta no venha a tocar o fundo.

    Tendncia em guas restritas - Verifica-se, principalmente em canais e rios estreitos, uma tendncia das ondas que se formam na proa de encontrarem resistncia na margem mais prxima, repelindo a proa para o bordo oposto. Nesse caso, a tendncia de a proa guinar para a margem mais distante e a popa ser atrada para a margem mais prxima.

    Cruzamento de embarcaes - Quando duas embarcaes

    passam em rumos paralelos e em sentidos contrrios, pequena distncia, pode haver uma interferncia recproca devido ao movimento das guas, gerado pelo sistema de ondas que se inicia na proa, e pela corrente de suco. Convm que ambas as embarcaes mantenham a velocidade a mais reduzida possvel para lhes permitir governar.

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    Regras de Preferncia Entre Embarcaes

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    Exceto em situaes especiais, a Regra 18 do RIPEAM define quem deve manobrar, dependendo da propulso, emprego e situao da embarcao.

    Vejamos as regras:

    Uma embarcao propulso mecnica em movimento dever manter-se fora do caminho de embarcaes: A. Sem governo B. Com capacidade de manobra restrita C. Engajada na pesca D. A vela

    Uma embarcao de vela em movimento tem preferncia em relao a uma embarcao a motor, mas dever manter- se fora do caminho de embarcaes: A. Sem governo B. Com capacidade de manobra restrita C. Embarcao engajada na pesca

    Uma embarcao engajada na pesca em movimento tem preferncia em relao a uma embarcao a vela, mas dever manter-se afastada do caminho de embarcaes: A. Sem governo B. Com capacidade de manobra restrita

    Uma embarcao com capacidade de manobra restrita em movimento tem preferncia em relao a uma embarcao a vela e embarcao engajada na pesca, mas dever manter-se fora do caminho de embarcaes: A. Sem governo.

    Uma embarcao sem governo tem preferncia em relao

    a todas as demais embarcaes.

    Toda embarcao que no uma embarcao sem governo ou com capacidade de manobra restrita dever, se as circunstncias do caso o permitir, evitar atrapalhar a passagem segura de uma embarcao restrita devido ao seu calado, exibindo os sinais adequados situao.

    Uma embarcao restrita devido ao seu calado dever

    navegar com cuidado redobrado, levando em conta suas condies especiais.

    Toda embarcao obrigada a manobrar dever, tanto

    quanto possvel, faz-lo antecipadamente, e de forma clara, possibilitando que a outra embarcao perceba a sua inteno e que tenha a eficcia de se manter bem safa da outra.

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    Luzes e Marcas de Navegao

    Visibilidade Restrita - Pode ser causa por Chuvas Torrenciais, Nvoa, Nevada, Nevoeiro, Tempestade e outras de mesma natureza.

    Quanto apresentao das luzes, as bias do balizamento podem ser cegas ou luminosas.

    Exibio das Luzes de Navegao

    Embarcaes de Esporte e/ou Recreio de comprimento inferior a 12 metros, exibem normalmente luzes de bordo e uma luz circular branca.

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    As luzes de navegao devem ser exibidas do pr ao nascer do sol e em perodos de visibilidade restrita, sendo que no deve haver outras luzes que possam confundir a sua identificao por parte de outras embarcaes.

    As marcas de navegao so cegas (no emitem luzes) e devem ser exibidas no perodo diurno. Elas so apresentadas em cones, esferas e cilindros, de cor preta.

    Definio das Luzes de Navegao:

    Luz de mastro uma luz branca contnua, situada sobre o eixo longitudinal da embarcao, visvel em um setor horizontal de 225 desde a proa at 22,5 por ante-a-r do travs de ambos os bordos. Se houver duas exibidas, a do mastro de r da embarcao ter que ser sempre a mais alta.

    Luz de bordo uma luz verde a boreste e encarnada a bombordo, visvel em setores de 112,5 desde a proa at 22,5 por ante-a-r do travs do seu respectivo bordo.

    Luz de alcanado uma luz branca contnua situada to prximo possvel da popa, visvel apenas de quem vem de r, em um setor horizontal de 135, posicionada para projetar sua luz sobre um setor de 67,5 de cada bordo a partir da popa.

    Luz de reboque uma luz amarela com as mesmas caractersticas da luz de alcanado, e por cima desta, quanto ao seu posicionamento e visibilidade. As luzes de navegao so setorizadas para melhor identificar o

    movimento da embarcao, noite.

    Embarcaes de propulso mecnica em movimento com

    mais de 50 metros de comprimento devem exibir:

    luz de mastro de vante branca luz de mastro de r mais alta que a de vante branca

    luzes de bordos

    luz de alcanado

    Embarcaes com comprimento entre 12 e 50 metros devem exibir: luz de mastro de vante branca

    luz de mastro de r (facultativa)

    luzes de bordos

    luz de alcanado

    Embarcaes menores que 7 metros, independentemente do tipo de propulso, devem apresentar uma luz branca; se tiver velocidade maior que 7 ns, deve apresentar tambm luzes de bordos.

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    As luzes anteriormente citadas devem ser exibidas pelas

    embarcaes em situaes normais. Em situaes especiais outras luzes podero ser exibidas.

    Vejamos algumas:

    Luzes de reboque e empurra se o comprimento do reboque for inferior a 200 metros de comprimento, a embarcao rebocadora deve exibir:

    2 luzes brancas (verticais) no mastro a vante

    luz de alcanado

    luzes de bordos

    luz de reboque (amarelo) acima da de alcanado. Se o comprimento do reboque for superior a 200 metros,

    veremos:

    3 luzes brancas (verticais) no mastro a vante

    luz de alcanado luzes de bordos

    luz de reboque (amarelo) acima da de alcanado.

    Embarcaes empurrando ou rebocando a contrabordo devem exibir:

    As mesmas luzes dos casos anteriores, exceto a luz amarela de reboque; e

    Se for incapaz de se desviar do seu rumo, deve tambm exibir as luzes de embarcao com capacidade de manobra restrita.

    Embarcaes simultaneamente rebocando e empurrando ou rebocando a contrabordo devem exibir:

    As mesmas luzes dos casos anteriores. Se for incapaz de se desviar do seu rumo, deve tambm

    exibir as luzes de embarcao com capacidade de manobra restrita.

    Embarcao sem governo deve exibir:

    2 luzes encarnadas (verticais) no mastro a vante - Com seguimento, exibir tambm:

    Luzes de bordos

    Luz de alcanado

    Embarcao com capacidade de manobra restrita deve exibir:

    3 luzes verticais, sendo a superior e a inferior encarnadas, e a do meio branca - Com seguimento, exibir tambm:

    Luzes de mastro

    Luzes de bordos

    Luz de alcanado

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    Arrais-Amador e Motonauta 29

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    Embarcao fundeada deve exibir:

    1 luz circular branca na parte de vante

    1 luz circular branca mais baixa que a de vante na parte de r Se o comprimento for inferior a 50 metros pode exibir

    somente uma luz branca onde melhor possa ser vista.

    Embarcao encalhada deve exibir:

    2 luzes encarnadas circulares (verticais)

    Luzes de fundeio (conforme regra acima)

    Embarcao transportando carga perigosa deve exibir:

    1 luz encarnada no alto do mastro ou a Bandeira Bravo durante o dia.

    Embarcao engajada em varredura de minas deve exibir:

    3 luzes circulares verdes, sendo: 1 prxima do topo do

    Bandeira B

    Bandeira ALFA

    Exemplar [005098] pertencente : Paulo Carvalho Silva Filho

    mastro de vante e as outras duas, uma de cada lado da verga do mesmo mastro.

    Embarcao engajada em operao submarina ou de dragagem com capacidade de manobra restrita e com existncia de obstruo deve exibir:

    luzes de embarcao com capacidade de manobra restrita

    2 luzes circulares encarnadas no bordo onde se encontra a obstruo.

    2 luzes circulares verdes

    Com seguimento usar luzes de bordos e luz de alcanado.

    Se estiver fundeada no deve exibir as luzes de fundeio. E na impraticabilidade do uso das luzes e marcas, por uma embarcao que esteja em operaes submarinas, deve-se usar uma Bandeira ALFA disposta a uma altura mnima de 1 metro, devendo ser visvel em todos os setores.

    Embarcao restrita devido ao seu calado deve exibir:

    3 luzes circulares encarnadas (verticais) Luz de mastro vante e a r (Se a embarcao tiver

    comprimento inferior a 50m no obrigada a exibir esta segunda luz a r)

    Luzes de bordos

    Luz de alcanado

    Embarcao vela, quando tambm usando propulso mecnica deve exibir:

    Uma marca em forma de cone, com vrtice para baixo.

    Arrais-Amador e Motonauta 30

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    Marcas de Navegao Como vimos anteriormente, as regras referentes s luzes se aplicam ao perodo noturno. Durante o dia as Regras so definidas por meio de marcas, onde melhor possam ser vistas.

    Vejamos as Regras:

    Embarcao fundeada

    1 esfera preta

    Embarcao sem governo 2 esferas pretas na vertical

    Embarcao rebocando 2 cones pretos unidos pela ba